PROCEDIMENTOS ESPECIAIS - CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTOCONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO– Foge da ordem lógica do processo (devedor fugindo do credor), neste caso o devedor corre atrás do credor.Ex: cheque devolvido.

- Muito usada na Justiça do Trabalho – funcionário que abandona o emprego e não busca as verbas decisórias. – o empregador entra com a consignação em pagamento e deposita os valores para o Estado, este fica cuidando até alguém retirar.- Muito usada nas Revisionais. Toda revisional deve ser obrigatoriamente condicionada a consignação em pagamento. O devedor mostrar qual o valor que entende ser correto, e deve ser depositado em juízo.

CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL: Art. 890, CPC: - CONSIGNAÇÃO JUDICIAL

Art. 890, CPC: “Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.”§1º. Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário oficial, onde houver, situado no local do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor por carta de aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação da recusa.- Quando quiser consignar pagamento em dinheiro pode utilizar da consignação extrajudicial (bancária). O banco recebe o valor e a deposita em uma conta especial e notifica o credor a vir receber o pagamento. Credor tem 10 dias para dizer se concorda ou não com a oferta.

Art. 890, §2º, CPC: “Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando a disposição do credor a quantia depositada.” Caso não responda, fique omisso, presume-se que aceitou o valor. Caso não aceite basta a recusa por escrito, sem precisar fundamentar. É uma forma de autotutela. Esta forma não é aceita com relação a entes públicos.

- Art.890, §3º, CPC: “Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa.”

Ocorrendo a recusa, pode aproveitar o depósito caso ingresse com a ação de consignação (judicial) no prazo de 30 dias. Esse prazo de 30 dias era para dar agilidade dentro do processo.

1º pedido – abertura de conta judicial para depósito. 2º pedido – citação do réu para apresentação de defesa.

A vantagem de aproveitar o depósito é que se evita as consequências da mora. A inicial deve ser instruída com a prova do depósito e da recusa. Caso a ação não seja proposta no prazo previsto (30 dias), ficará sem efeito o depósito (art.890, §4º, CPC). –

Art. 890, §4º, CPC: “Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.”

VALIDADE – válida somente quando for quantia em dinheiro, não vale para depósito de coisas, nem válida contra o estado, apenas entre particulares.PRAZO - 10 dias para manifestar a recusa (informar se aceita ou não). O credor deve responder se aceita, caso permaneça inerte tem-se uma presunção de que foi aceito. Mesmo sendo extrajudicial tem validade. A lei não exige que ele justifique sua escolha, apenas que informe se aceita ou não.

ART. 890, CPC

PONTO POSITIVO Rapidez da solução da questão.Não precisa de advogado.

PONTO NEGATIVO As custas do devedor sem sucumbência.- Art.891, CPC: “Requer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for julgada improcedente.”. A consignação ocorrerá no lugar do pagamento, cessando para o devedor os juros e os riscos.

- Art. 892, CPC: “Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento.” – não há necessidade de ingresso no judiciário para cada mensalidade da prestação. Ajustando a forma de pagamento, da primeira vez, as demais deverão ser quitadas (depositadas) mensalmente, sem haver necessidade de formalidades. Ou seja, quando se tratar de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar depositando as demais sem formalidades.

- REQUISITOS DA INICIAL E PROCEDIMENTO.Art. 893, CPC:”O autor, na petição inicial, requererá:I – o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do §3º do art. 890;

- Art.890, §3º, CPC: “Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor dentro de 30 (trinta) dias, a ação de consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa.”

II – a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta.

Requerer autorização para depósito da quantia ou coisa no prazo de 5 dias contados do deferimento; Requerer citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta; Se o objeto da demanda for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será citado para exercer o direito no prazo de 5 dias, devendo o juiz fixar lugar, dia e hora; **Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos que o disputam para provarem seu direito;

DEPÓSITO DE COISAS - não é admitido de forma extrajudicial.DEPÓSITO DE COISAS INDETERMIDADA – o juiz irá escolher dia, hora e local para que ele exerça a escolha. Se o sujeito não for buscar o juiz irá marcar uma multa por dia.

- Art. 897, CPC: “Não oferecida a contestação, e ocorrentes os efeitos da revelia, o juiz julgará procedente o pedido, declarará extinta a obrigação e condenará o réu nas custas e honorários advocatícios.” Não oferecida a contestação, incide os efeitos da revelia. Julga-se procedente o pedido condenando-se o réu ao pagamento de custas e honorários declarando-se extinta a obrigação.

- Art. 899, §1º, CPC: “Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a conseqüente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. Caso o réu não concorde com o valor depositado, poderá levantar o valor, dando-se quitação parcial do devedor, e prosseguir com a cobrança do restante da dívida.

- Art. 899, §2º: “A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos.” A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará o valor devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover a execução nos mesmos autos.

- 899, §2º– sublinhar “facultado” A sentença vira um título judicial contra o próprio autor.- “facultado” - o credor poderia ingressar com outra ação para fazer a cobrança.