conselho de secretarias municipais de saúde de minas gerais · do decreto federal n.º 7.508/2011....

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Edição 01 Março de 2013 Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais Julho de 2013

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Edição 01Março de 2013

Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais

Julho de 2013

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2 Revista Cosems MG - Edição Especial

AO LEITOREXPEDIENTE

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG) apresenta no lançamento da edição 2013 de sua revista, importantes ações ins tucionais que apontam estratégias pensadas para o fortalecimento da ins tuição e dos gestores mu-nicipais de saúde que são atores essenciais na construção de um Sistema Único de Saúde de qualidade. Representando as ações mu-nicipais que trazem um elevado impacto na gestão municipal foram apresentadas as brilhantes experiências exitosas mineiras, também divulgadas nas reuniões mensais do COSEMS/MG de 2012.

O COSEMS/MG foi fundado há 22 anos e tem como obje vo ser o elo entre os Secretários Municipais de Saúde e as esferas estadual e federal. O Conselho é uma en dade sem fi ns lucra vos, com au-tonomia administra va, fi nanceira e patrimonial.

A missão do COSEMS/MG é trabalhar pela autonomia dos municí-pios, congregando os gestores municipais de saúde, atuando como órgão permanente de intercâmbio de experiências e informações para seus membros através da par cipação efe va na formulação das polí cas públicas de saúde no estado de Minas Gerais, buscan-do a melhoria da saúde da população mineira.

A equipe COSEMS/MG deseja que esta publicação potencialize a propagação de importantes informações para todos os municípios interessados na efe vação de uma polí ca pública de saúde efi caz para a população.

Presidente

Mauro Guimarães Junqueira

SMS São Lourenço

Vice- presidente:

Sinvaldo Alves Pereira

SMS Pirapora

Escritório Central- COSEMS/MG

Secretária Execu va:

Keliane Cunha Teixeira

Assessoria Jurídica:

Alberto Carrilho

Cris ane Tavares

Assessoria Técnica:

Paola Soares Mo a

Márcia Moreira Morais

Magali Brito Araújo

Assessoria de Comunicação:

Nathália Freitas

Informá ca:

Artur Aus n Umbelino

Álvaro Santos

Administra vo:

Romaine Barbosa Silva

Ludmila Fernandes de Souza

Apoio do escritório:

Marília do Socorro Santos Magalhães

Geodásio Oliveira Rocha

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COSEMS/MG no 3º Encontro Estadual da Saúde

Parceria entre COSEMS/MG e SES/MG fortalece setor de regu-lação em Minas Gerais

O processo de regionalização do COSEMS/MG no território minei-ro e sua atuação frente a esta nova realidade

COSEMS/MG inova e cria curso voltado para gestores estreantes na área da saúde

Região de Saúde de Barbacena fortalece governança no território

Candeias realiza festa junina da saúde

Itabira cria projeto de Ouvidoria Itinerante

Santa Vitória realiza projeto de integração para pacientes da saúde mental

Alpinópolis elabora plano de bo-nificação para profissionais que atuam na Atençã Básica

Jacutinga realiza evento de saú-de preventiva voltado para a po-pulação masculina

Grupiara adere a projeto que visa à conscientização do ambiente livre de Tabaco

SUMÁRIO

Governador Valadares dá exemplo de ações voltadas para a saúde do idoso hipertenso

Dom Viçoso cria projeto visando o bem estar da terceira idade

Brumadinho cria estratégia para mapear Unidades de Saúde da Família

São João do Manhuaçu e Orizânia entram na luta contra a obesidade com o projeto “apertando o cinto”

Entrevista com Presidente do Conselho de Secretarias Munici-pais de Saúde de Minas Gerais e o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais

Prêmio COSEMS em Ação 2013

COSEMS/MG realiza pesquisa e constata sucesso da estratégia Apoiador Regional

COSEMS/MG inicia programa de capacitação à distância para ges-tores e técnicos do SUS/MG

Fiscalização da Gestão da Saúde pelo Ministério Público

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COSEMS/MG no 3º Encontro Estadual da Saúde

Realizado do dia 26 a 28 de Feverei-ro de 2013, o 3º Encontro Estadual da Saúde, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG) em parceria com o Conse-lho de Secretarias Municipais de Saú-de de Minas Gerais (COSEMS/MG) no Expominas, em Belo Horizonte, teve como obje vo acolher os novos ges-tores e técnicos dos 853 municípios do Estado, apresentando-os as po-lí cas públicas em saúde através de a vidades estruturadas por palestras e mesas redondas. Contando com a presença de aproximadamente dois mil par cipantes, sendo 711 gestores municipais com a presença custeada pelo COSEMS/MG, além de autorida-des como o governador do Estado, Antonio Anastásia, o evento também

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visou o anúncio de alguns projetos importantes como a deliberação que autoriza o incen vo fi nanceiro aos agentes comunitários e técnicos de saúde, responsáveis por iden fi carem mães para o Projeto Mães de Minas e inves mentos no novo PRO-HOSP.

Na abertura do evento, o governa-dor Anastásia, destacou os princi-pais avanços ob dos pelo progresso das gestões municipais. Segundo o governador, é preciso somar os es-forços governamentais para superar as difi culdades e tornar o Sistema Único de Saúde (SUS) cada vez mais efi caz. “Nosso governo, através da Secretaria de Estado de Saúde, está de portas escancaradas para dar su-porte, iden fi car problemas e para trabalhar em conjunto com o obje-

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vo de superar os muitos desafi os existentes”, afi rmou.

Mauro Junqueira, presidente do CO-SEMS/MG destacou em seu pronun-ciamento a importância da defesa do SUS, enfa zando os dados posi vos que o sistema apresentou em Minas Gerais nos âmbitos dos procedimen-tos clínicos, da prevenção e promo-ção à saúde, dos procedimentos com fi nalidade diagnós ca, dentre ou-tros. Mauro também realçou o quan-to é essencial manter a aplicação mí-nima de recursos próprios em saúde. “Destaco que não é só ter mais re-cursos é preciso fazer gestão munici-pal e regional para usar melhor o que temos hoje e para tanto devemos observar a Lei Complementar 141 e o Decreto 7508/11”, assegurou.

“A Saúde não acontece somente no município. É necessária a ar culação regional para a governança deste espaço, onde pacientes são referen-ciados para fora do município em serviços de média e alta complexida-de. O gestor tem que par cipar efe- vamente do COSEMS Regional e da

CIR – instância de pactuação regional - a fi m de pleitear, discu r e pactuar polí cas públicas de saúde que re-almente atendam e tragam impacto posi vo na região”, garan u o presi-dente do COSEMS/MG.

As mesas destaques do encontro res-saltaram assuntos como: a rede de urgência e emergência, a atenção pri-mária e organização das redes para condições crônicas, a saúde mental, a vigilância em saúde nas redes de atenção, a rede viva vida e a cidadania e o Sistema Único de Saúde (SUS), os

aspectos legais no SUS, os consórcios intermunicipais em saúde, a assistên-cia farmacêu ca no SUS, os sistemas logís cos e de apoio e o pro-hosp.

O Presidente Mauro compôs a mesa que abordou a série de serviços para a população dentro do projeto Mães de Minas, que faz parte do programa Viva Vida. Para ele, que apresentou a experiência exitosa do município de São Lourenço que possui uma unida-de do Viva Vida atendendo a micror-região, “o programa vai fazer um con-

trole muito maior no que diz respeito ao acolhimento da gestante, do pré--natal e do acompanhamento desta futura mãe em toda a rede, através da atenção básica, do centros viva vida, das maternidades e da UTI”.

Estande do COSEMS/MG: Can- nho Mineiro

O COSEMS/MG também montou um estande dando destaque ao ‘’Can -nho Mineiro’’, reservado para a ex-posição de produtos, objetos e ideias de vários municípios pertencentes

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aos COSEMS Regionais. O espaço também foi u lizado para acolher os gestores municipais, coletar dados atualizados sobre os novatos na ges-tão e informar sobre cursos e ações do conselho mineiro.

Eleição Diretoria COSEMS/MG: Biênio 2013-2015

Na ocasião, a única chapa inscrita para compor a diretoria do COSEMS/MG no biênio 2013-2015,“CONSENSUS”, foi eleita por aclamação. Segundo Mauro, o COSEMS/MG é o maior, melhor estru-turado, organizado e a vo Conselho do país. “Digo isto, pois nestes úl mos 40 dias, andamos por toda esta Minas Ge-rais, visitamos as 28 regiões administra- vas e elegemos 28 presidentes regio-

nais do COSEMS. Foram dias de grande sa sfação, pois encontramos os secre-tários mobilizados, atuantes e cheios de vontade de discu r, receber apoio e informações para desenvolver o seu importante papel de Gestor de Saúde. Foram dois dias em cada região, con-

tando com a presença de 83% dos ges-tores de Minas. Isto só aumenta a nossa responsabilidade, de manter viva esta chama para que a saúde aconteça efe- vamente na região e que estes atores

desenvolvam juntos ações e serviços de saúde de forma que os pacientes não necessitem de grandes deslocamentos e que tenham perto de casa a melhor assistência à saúde”, afi rmou.

Não é só ter mais recursos é preciso fazer gestão municipal e regional para usar melhor o que temos hoje e para tanto devemos observar a Lei Complementar 141 e o Decreto 7508/11.Mauro Junqueira, presidente do COSEMS/MG

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Parceria entre COSEMS/MG e SES/MG fortalece setor de regulação em Minas Gerais

O Conselho de Secretarias Munici-pais de Saúde de Minas Gerais (CO-SEMS/MG) fi rmou em julho de 2012, um convênio junto à Secretaria de Es-tado da Saúde de Minas Gerais (SES/MG) com a fi nalidade de disseminar informações técnicas e norma vas e induzir melhorias e aprimoramentos nos processos e ro nas dos serviços de regulação do município polo das macrorregiões e/ou microrregiões.

O projeto de Apoio Ins tucional em Regulação, Controle, Avaliação e Au-ditoria no âmbito do SUS/MG foi pla-nejado a par r de um diagnós co que apontou fragilidades na organização das equipes de regulação municipais, em contraponto ao cenário atual do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como pano de fundo a implementação do Decreto Federal n.º 7.508/2011.

Regulação

Segundo a Subsecretaria de Regu-lação em Saúde da SES/MG, Maria Le cia Duarte Campos, o resultado esperado é a melhor qualidade da assistência prestada, redução nas ações puni vas de controle externo e do desperdício de recursos públi-cos. ‘’Por meio de processo de sele -vo foram contratados 31 apoiadores em regulação para atuação em 100 municípios pólos de saúde do Es-tado. Estruturado em seis grandes módulos temá cos, o projeto ca-pacita os apoiadores em regulação para as a vidades de campos e u -liza um fórum na Web para manter a sinergia e o vínculo técnico entre os profi ssionais com os técnicos da SES/MG e COSEMS/MG. Os apoiadores em regulação, contam ainda, com a parceria técnica dos coordenadores

dos núcleos regionais de regulação”, informou a Subsecretária.

A metodologia adotada está funda-mentada no treinamento em serviço, para que o próprio ambiente de tra-balho seja o local de aprendizagem e mudança. O conteúdo e a abordagem estão voltados para a programação e u lização efi ciente dos recursos dis-poníveis para a formalização compe-tente das relações contratuais e para o fortalecimento e qualifi cação dos mecanismos de controle e avaliação dos serviços prestados.

Mauro Junqueira, Presidente do CO-SEMS/MG, acredita que através des-te projeto Minas poderá conseguir manter uma Programação Pactuada Integrada (PPI) viva, espelhada na realidade das regiões e dos atendi-

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cidadãos aos serviços de saúde de média e alta complexidade, de forma tempes va e qualifi cada.

O Sistema Estadual de Regulação As-sistencial é reconhecido como parte dos sistemas de apoio e logís co do SUS/MG, destacando-se: as Centrais Macrorregionais de Regulação As-sistencial/Complexos Reguladores; o SUSfácilMG; o Sistema Nacional de Cadastro Nacional de Estabeleci-mentos (SCNES); a Programação Pac-tuada Integrada (PPI); o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA); o Sistema de Informações Hospitalares (SIH), o Sistema de Auditoria (SisAud) e o Sistema de Contratação (SisCont).

De acordo com Maria Le cia, a ini-cia va é uma proposta dos apoiado-res em regulação é de grande ampli-tude para a construção de um saber inovador, capaz de gerar mudanças posi vas na gestão dos municípios pólos. ‘’A expecta va é grande em torno das mudanças nas prá cas e processo de trabalho da regulação, resultando numa assistência de me-lhor qualidade nos territórios para os usuários do SUS/MG”, afi rma.

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Regulação

mentos dos municípios. “Fortalecer a regulação, além de outras coisas, permite orientar os inves mentos necessários para cobrir vazios assis-tenciais e melhorar o acesso da po-pulação”, assegurou. Mauro ainda completou: “esta é mais uma grande conquista da brilhante parceria que o Conselho tem com a SES/MG”.

Pela visão geral dos apoiadores em regulação, a ação a nge uma das áreas mais crí cas e complexas do SUS. “O projeto não poderia vir em um momento mais oportuno, visto a proximidade de importantes mudan-ças na formatação do SUS. Par cipar deste trabalho, além de um grande crescimento pessoal, é extremamen-te gra fi cante, pois com as a vidades que realizamos em nossos municí-pios, percebemos que conseguimos ser um amparo para os profi ssionais

da área”, assegurou Michael Diana, apoiador atuante nos municípios de Contagem e Ouro Preto.

Desde o início do projeto, foram re-alizadas quatro capacitações com o obje vo de preparar os profi ssionais selecionados a atuarem em seus res-pec vos territórios e elaborar um balanço das ações.

Sistema de Regulação

O Sistema Estadual de Regulação de Minas Gerais tem como obje vo ordenar e norma zar as prá cas e processos de trabalho dos serviços de saúde de média e alta comple-xidade, por meio da realização da programação sica e fi nanceira, da contratação, controle e auditoria da assistência. Portanto, deve garan r o bom funcionamento do SUS/MG no que tange ao acesso equânime dos

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Matéria

O processo de regionalização do COSEMS/MG no território mineiro e sua atuação frente a esta nova realidade

Para potencializar o processo de des-centralização, fortalecendo Estados e municípios para exercerem papel de gestores e para que as deman-das dos diferentes interesses loco regionais possam ser organizadas e expressadas na região, é reforçada a diretriz da regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa diretriz desperta para o fato de que a capa-cidade de governo das municipalida-des é condição necessária à coesão entre os agentes polí cos e sociais de uma Região de Saúde. Os entes locais executam as ações de saúde, mas precisam de colaboração hori-zontal e ver cal para desenvolver as capacidades técnico/administra vas

requeridas para a efe vação da ges-tão do sistema público de saúde, nos âmbitos municipal e regional.

O processo de regionalização da atenção à saúde, reforçado pela ne-cessidade de construção de Redes de Atenção à Saúde em Minas Ge-rais, especialmente referente à ges-tão regional de saúde trouxe à luz um novo cenário para o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS-MG). As representações regionais do COSE-MS-MG, organizados em COSEMS Regionais não contavam com apoio sufi ciente para acompanhar as de-cisões emanadas das instâncias de

pactuação regional, levar propostas à Comissão Intergestores Bipar te (CIB) Estadual e tampouco capilari-zar as decisões da CIB Estadual para essas instâncias regionais de gestão.

Também como efeito da regiona-lização, aconteceu o enfraqueci-mento dos COSEMS regionais, com a atomização de encontros de ges-tores em diversas instâncias de pac-tuação bipartite regional dentro do mesmo território de COSEMS Regio-nal, dificultando sua mobilização, a disseminação de informações para a implementação de políticas de saúde e a formação de consensos de base regional.

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Matéria

Segundo Mauro Junqueira, Presi-dente do COSEMS/MG, esse cená-rio impôs uma nova proposta de atuação do COSEMS-MG frente à gestão regional de saúde. Buscando fortalecer a ins tuição, os COSEMS regionais e os gestores municipais na gestão microrregional de saúde, foram implantadas ações de apoio ins tucional que hoje já apresentam resultados importantes no amadu-recimento das pactuações inerentes à Gestão Compar lhada do SUS no âmbito Regional, Estadual e Federal.

“Assim, desde 2008 o COSEMS-MG desenvolve ações que buscam res-gatar a importância da organização dos municípios em torno de seu CO-SEMS Regional bem como apoiar os municípios na gestão municipal e re-gional de saúde”, afi rma Mauro.

As principais estratégias desenvolvi-das nos últimos anos pelo COSEMS--MG com este fim foram: O prêmio COSEMS em Ação, O Projeto Apoia-dor, o Plano de Trabalho dos COSE-MS e a nova formação dos COSEMS Regionais.

O Plano de Trabalho dos COSEMS Regionais – ênfase na u lização do Fórum regional

O Plano de Trabalho Regional, ins -tuído em 2008, é elaborado quadri-mestralmente pelos COSEMS e deve ser aplicado em a vidades discu das na região que fortaleçam a atuação do COSEMS no território. Os recursos podem ser u lizados para a compra de material de consumo ou bens de capital. Assim, vários COSEMS Regio-nais já compraram mobiliário, equi-pamentos mul mídia, notebooks, bem como material de escritório, conec vidade e contrataram serviços de publicidade para divulgar as ações realizadas em sua região.

Atualmente consiste no compro-me mento fi nanceiro que varia de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) a R$3.500,00 (três mil e qui-nhentos reais) por quadrimestre por COSEMS Regional. Este valor é cons tuído por uma parte fi xa e por uma parte variável e depende no número de municípios abrangidos pelo COSEMS Regional. O indicador

acompanhado para defi nir o repasse da parte variável é o quan ta vo de acessos ao Fórum Regional dos ges-tores de cada território. Este Fórum Regional é mediado pelo Apoiador Regional do COSEMS, que posta e discute de forma contextualizada com todos os gestores da área de abrangência do COSEMS Regional temas de interesse municipal e re-gional do SUS. Os gestores devem acessar o Fórum no mínimo 01 vez por semana, e o acesso médio é es-calonado e transformado no valor fi nanceiro a ser repassado.

O destaque e importância na u liza-ção do Fórum Regional deve-se ao en-tendimento de que para a atuação dos gestores municipais nas Comissões Re-gionais, a informação contextualizada é fator de grande importância.

O acesso ao Fórum Regional no úl -mo ano (quando passou a ser men-surado) alcançou a média de u li-zação semanal por 33,5% dos 853 municípios mineiros.

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Matéria

Nova conformação dos COSE-MS Regionais, Revisão do re-gimento interno da CIR e CIRA e custeio deslocamento e ali-mentação para par cipação dos gestores municipais na CIR, CIRA e COSEMS Regional – ações ins tucionais em 2013.

A fragmentação dos COSEMS regio-nais em várias CIB Micro até o fi nal de 2012 impactava diretamente na presença do gestor municipal de saúde na reunião de COSEMS re-gional, pois o encontro presencial dos gestores estava disperso nas reuniões de CIB Micro que aconte-ciam em vários pontos do território

de um mesmo COSEMS regional, difi cultando a presença do gestor na reunião específi ca do COSEMS Regional. Em 2013, reconhecendo esta difi culdade, foi realizada uma nova territorialização das áreas de responsabilidade e conformação de COSEMS Regional e foram implanta-das algumas ações para fortalecer a aglu nação e mobilização regional.

De acordo com Paola Mo a, Co-ordenadora da Assessoria Técnica COSEMS/MG, a nova conformação dos COSEMS Regionais, a par r de janeiro de 2013, segue a divisão ad-ministra va da Secretaria de Esta-do da Saúde de Minas Gerais (SES/MG) tornando possível a presença

da diretoria regional do COSEMS nas reuniões bipar te do espaço regional. Atualmente são 28 (vinte e oito) Unidades Regionais de Saú-de da SES/MG e também 28 (vinte e oito) representações regionais de COSEMS/MG.

“Aliado a esta nova conformação o COSEMS/MG propôs à SES/MG uma novo regimento interno para as Co-missões Intergestores Regional, ga-ran ndo sua realização no mesmo dia de reunião do COSEMS Regional, bem como garan ndo o custeio desloca-mento e alimentação para par cipa-ção dos gestores municipais nestas reuniões”, afi rmou Paola.

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Matéria

COSEMS/MG inova e cria curso voltado para gestores estreantes na área da saúde

O COSEMS/MG, com a fi nalidade de aprimorar a qualidade de gestão do SUS Municipal, vem realizando desde junho de 2012, o curso “De repente...gestor!”, voltado para ges-tores municipais de saúde de Minas Gerais, sem experiência na área. O curso tem 24h de duração e obje va capacitar e aprimorar os novos ges-tores, facilitando assim o entendi-mento das diretrizes e princípios do SUS e os fundamentos legais e ope-racionais do sistema, além de quali-fi car os profi ssionais estreantes para a execução das Polí cas de Saúde nos municípios e microrregiões. No total, as turmas são compostas por aproximadamente 30 alunos.

As aulas são ministradas pelas as-sessoras técnicas do COSEMS/MG, Paola Mo a, Marcia Moreira, Ma-gali Araújo e pela assessora jurídica, Cris ane Tavares. Dentre os assun-tos abordados, estão: as responsabi-lidades dos gestores, o controle so-cial, decreto 7.508, a gestão do SUS/MG- a SES/MG, fórum COSEMS/MG, redes de atenção, fundo municipal de saúde, transferências SUS, lei complementar 141, a atenção bási-ca, a assistência farmacêu ca, a vigi-lância em saúde, assistência de Mé-dia e Alta Complexidade, PPI, Tabela Nacional, Sistemas de Informação, o Plano Municipal de Saúde, o Relató-rio Anual de Gestão, a Programação Anual de Saúde, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a

Lei Orçamentária Anual, a relação MP e Judiciário, a contratação de RH, os processos de compras e a ju-dicialização da saúde.

Mauro Junqueira, Presidente do CO-SEMS/MG, afi rma que o curso surgiu

a par r da preocupação do Conse-

lho com o início da gestão munici-

pal onde o cidadão comum assume

o compromisso de ser Secretário de

Saúde sem o mínimo conhecimento

de suas atribuições e obrigações. “A

O curso “De repente...gestor!” será ofertado para nove turmas em 2013

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Revista Cosems MG - Edição Especial 1313 Revista Cosems MG - Edição Especial

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saúde não é uma pasta qualquer da administração pública. Trabalhamos com vidas. Para o COSEMS/MG, dis-seminar a informação e o conheci-mento para a Gestão Municipal é com certeza é uma grande contribui-ção para um Sistema Único de Saú-de (SUS) mais equânime, igualitário, efi caz e efi ciente”, assegura.

Segundo a professora Paola, este cur-so permanente é pioneiro no estado, por trabalhar tantas questões do SUS em conjunto. “O De Repente...gestor! propõe uma discussão mais ampliada e com um conteúdo mais denso por isso prepara o gestor de forma com-pleta, deixando-o mais seguro para atuar em seu município”.

O curso permanente, já formou nove turmas desde seu início, em junho de 2012. “Hoje o curso é um sucesso, tanto pela constante troca de gestores quanto pela maneira em que ele é con-duzido pelo COSEMS/MG pois apre-senta informações consolidadas em um processo de capacitação perma-nente e didá co”, completou Mauro.

Segundo Benevenute Maia, gestor municipal de Carneirinho há apenas dois meses e par cipante da 1ª tur-ma do “De repente...gestor” de 2013, o curso atendeu suas expecta vas. “Achei todo o conteúdo abordado muito interessante e proveitoso. O material didá co disponibilizado tam-bém foi muito bom. A capacitação realmente me surpreendeu. Estou saindo muito sa sfeito e mais segu-ro”. E ainda completou: “o que mais me interessou no curso foi a aborda-gem da lei 141 que é extremamente importante para a realização de uma gestão honesta e bem feita”, afi rmou.

Para Odair José Barros, gestor mu-nicipal de Goiabeiras há três meses e par cipante da 3ª turma do curso em 2013, muitas dúvidas estão sen-do sanadas devido às aulas. “Além de nos ajudar respondendo aos nos-sos ques onamentos, o curso está nos ins gando a aprofundar nossos conhecimentos sobre a área. O que achei muito importante foi o quanto estamos aprendendo sobre nossas responsabilidades”, afi rmou.

Magali Araújo, uma das professoras do curso, afi rma que nas há uma gran-de interação entre professor e aluno e dos alunos entre si, o que comprova o interesse e a par cipação de todos no processo de estudo. “Os ques o-namentos de alguns itens apresen-tados e o relato de experiências por alguns gestores comprovaram que o

curso é de grande importância para a capacitação destes novos gestores porque os conteúdos apresentados são de grande relevância para a ges-tão pública municipal”.

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Região de Saúde de Barbacena fortalece governança no território

Experiência Exitosa

Ação também promove a equidade no acesso

Visando realizar de forma microrre-gional o processo regulatório para os procedimentos de alta complexidade da região de Saúde de Barbacena, ins- tuiu-se através da CIR, uma Comis-

são Microrregional de Alta Complexi-dade, na intenção de buscar soluções conjuntas e qualifi car o acesso para procedimentos de alta complexidade e efetuar o processo regulatório, ga-ran ndo a execução plena das metas pactuadas na PPI Assistencial para os procedimentos de alta complexidade no território, realizados em Barbace-na e também em outros polos (Belo Horizonte e SJDR).

Através da implementação da Co-missão, composta por dois gestores

municipais de saúde, dois técnicos da Regulação Assistencial e dois profi s-sionais médicos, fi cou garan da, em todos os segmentos, a representação do município pólo de Barbacena. Foi elaborado um regulamento interno que defi niu as normas, diretrizes, o campo de atuação da Comissão, sen-do seus membros referendados na CIR para a garan a da legi midade.

Todos os municípios adstritos enca-minham suas respec vas demandas que são cadastradas num sistema de informação, analisadas pela equipe médica e classifi cadas por grau de prioridade em função do protocolo assistencial. A Comissão atua como uma câmara técnica e não tem poder

delibera vo, mas a sua ação promo-veu uma compreensão do território, das difi culdades e superações de cada gestão e de forma democrá ca e par cipa va promoveu a compre-ensão da PPI, dos princípios do SUS e da lógica da regionalização o que por si só já seria um grande resultado.

Os principais resultados alcançados foram: a redução do tempo de es-pera para os procedimentos de alta complexidade, a melhoria do de-sempenho de execução (exames re-alizados e meta programada na PPI) e o fortalecimento da relação entre gestores no território e redução da fila de espera.

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Experiência Exitosa

Candeias realiza festa junina da saúde

Com o obje vo de promover a inte-gração social, entretenimento e apre-sentar à população os esforços que estão sendo empregados para a me-lhoria do atendimento em saúde com qualidade e humanização, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família do muni-cípio de Candeias, realizou no mês de junho de 2012, o “II Arraiá do NASF”. Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e Desenvolvimento Social, o evento aconteceu reafi rmando o su-cesso que foi sua 1ª edição.

Foram selecionados membros da co-munidade como professores, alunos, funcionários do setor saúde e os pró-prios membros do NASF para a qua-drilha e a encenação do casamento da roça. Os ensaios aconteceram no mês de junho, durante o período noturno. Para o evento foi realizada uma en-cenação de um “casamento da roça”, com muito humor e crí cas a autome-dicação. Em seguida houve a anima-díssima “Quadrilha da Saúde” com a narração enriquecida por temas per- nentes à saúde da população, como

por exemplo, a vacinação, a a vidade sica, a hipertensão, dentre outros.

Foram exibidos vídeos sobre as bele-zas e as riquezas que o município de Candeias pode oferecer à população local e aos visitantes. Ar stas regio-nais fi zeram apresentações musicais e o público presente pôde usufruir de barracas com comidas picas de festa junina em uma infraestrutura plane-jada para dar conforto e comodidade. Tudo foi transmi do simultaneamen-te pelo telão instalado na praça.

Para os autores da ideia, o impacto posi vo do evento é verifi cado pelo aumento da adesão das pessoas aos G.Os. (Grupos Opera vos) do NASF: - palestras realizadas nos PSFs, - gru-pos de a vidade sica, - grupos de

fi sioterapia, - entrega de medica-mentos, - atendimentos de fonoau-diologia, - acompanhamento psicoló-gico, - acompanhamento nutricional, além dos cursos ministrados pela equipe do NASF como cuidadores de idosos e crianças.

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Itabira cria projeto de Ouvidoria ItineranteCom o obje vo de aproximar os usuá-rios do Sistema Único de Saúde (SUS) à Ouvidoria da Secretaria de Saúde, o município de Itabira criou o Pro-jeto Ouvidoria I nerante. A ação dá oportunidade aos usuários do SUS se manifestarem quanto ao atendimen-to recebido por eles nas unidades de saúde do município. Além disso, tem como fi nalidade elaborar propostas a par r dos registros dos pacientes a fi m de melhorar os serviços presta-dos à população.

Inicialmente, a metodologia de tra-balho executada pela Ouvidoria I -nerante entre agosto/11 a janeiro/12 foram visitas aos 39 Serviços de Saú-de da Secretaria Municipal de Saúde. Nas visitas, dois funcionários unifor-mizados da Ouvidoria, afi xavam um banner de apresentação do projeto e explicavam a função da Ouvidoria do SUS e da I nerante. Posteriormente,

eram registradas as manifestações dos usuários e também dos funcio-nários. Foram criados ques onários específi cos para usuários e funcioná-rios, que abordavam temas em rela-ção ao atendimento fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde e por sua gestão. No total, foram registra-das 1194 manifestações, sendo 650 de usuários e 544 de funcionários.

No fi nal do trabalho, com base nas ma-nifestações registradas, foi elaborado o relatório gerencial, com propostas de intervenção para melhoria no atendi-mento aos usuários e funcionários. Este relatório foi discu do em reunião com a presença do secretário e de todos os chefes dos departamentos da Secreta-ria de Saúde e a par r dos dados esta- s cos gerados pelos ques onários, o

gestor desenvolveu algumas ações de saúde para a melhoria do serviço pres-tado. Dentre elas, estão:

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: Ouvidoria de Saúde I neranteMunicípio: ItabiraAutor do documento: Nélia Apa-recida Jerônimo Cunha; Assisten-te Social e Ouvidora Municipal de Saúde – Especialista em Saúde Pública (FUNCESI) e Atendimento Sistêmico à Famílias (PUC-MINAS).

- Reformas nos aparelhos e equipa-mentos no espaço do Centro de Re-abilitação;

- Criação de Comissões para resolu-ção de difi culdades no trabalho da Farmácia e no fl uxo das marcações de exames e consultas;

- Agilidade no processo de descentra-lização das farmácias regionais;

- Contratação de mais médicos espe-cialistas;

- Contratação de médicos para todas as Unidades de Saúde da Família.

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FICHA TÉCNICATítulo da experiência: Semana de Saúde Mental: “SUStentar a dife-rença: saúde não se vende, gente não se prende”Município: Santa VitóriaAutor do documento: Lucia Helena Gonçalves Silva- Assistente Social

Santa Vitória realiza projeto de integração para pacientes da saúde mental

De 14 a 17 de maio de 2012, o municí-pio de Santa Vitória, visando integrar os pacientes com transtornos men-tais e suas famílias à comunidade, re-alizou a Semana da Saúde Mental in -tulada “SUStentar a diferença: saúde não se vende, gente não se prende”, com a vidades para es mular o aco-lhimento e promover o entendimen-to das doenças que acometem esta parcela da população.

A Equipe Mul disciplinar do Centro Terapêu co Amanhecer, idealizado-ra e executora do projeto, fez um levantamento prévio dos pacientes em cada território do município e confeccionou convites e camisetas a fi m de captar o maior número de pacientes possível para par ciparem da ação. No total foram convidadas 400 pessoas e cada uma delas, fi cou responsável por chamar dois inte-grantes de sua família.

As ofi cinas foram desenvolvidas para promover o bem estar através do

riso, e para romper com os es gmas e preconceitos impostos aos pacientes com transtornos mentais. Segundo a equipe idealizadora do projeto, pri-meiramente o obje vo foi de buscar o bem estar emocional dos pacien-tes, acompanhantes e profi ssionais da saúde, através da transmissão de valores como o respeito e o amor ao próximo. “Durante as ofi cinas obser-vamos que houve a presença maciça dos pacientes e seus familiares, que par ciparam interagindo com muita alegria”, afi rmou Lucia Helena, assis-tente social pertencente à equipe que realizou a experiência.

No fi nal de cada ofi cina, foi aber-to um espaço para os pacientes se expressarem. Para a felicidade da equipe do Centro Terapêu co Ama-nhecer, a grande maioria manifestou o desejo de repe r as ofi cinas em outras oportunidades.

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Alpinópolis elabora plano de bonificação para profissionais que atuam na Atenção Básica

O município de Alpinópolis com o ob-je vo de mo var e valorizar os pro-fi ssionais de saúde que atuam nas Equipes de Saúde da Família (ESF) do município criou um disposi vo legal que possibilita a remuneração das ESF avaliando seu desempenho no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). A demanda surgiu com a necessidade de atender aos re-quisitos de avaliação após a contratu-alização ao programa. O departamen-to jurídico do município foi procurado para realizar o estudo de viabilidade.

“A legi mação do programa de boni-fi cação é uma conquista dos trabalha-dores que direcionam os recursos do PMAQ com a promulgação de um dis-posi vo legal, visando melhorar o de-sempenho e desse modo possibilitan-do evolução no processo de trabalho da equipe, viabilizando a qualidade do acesso e atendimento na atenção básica”, afi rmou José Rodrigues Frei-re, servidor do setor de Planejamento e Gestão do Trabalho da Secretaria Municipal de Saúde de Alpinópolis.

O PMAQ busca induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, com garan a de um padrão de qualidade comparável na-cional, regional e localmente de ma-neira a permi r maior transparência e efe vidade das ações governamen-tais direcionadas à Atenção Básica em Saúde em todo o Brasil. A adesão ao programa trouxe vantagens fi nancei-ras aos municípios, visto que esses foram contemplados com incen vos fi nanceiros da esfera federal dire-cionados à qualifi cação da atenção básica. Para cada equipe de atenção Básica (EAB) contratualizada, o mu-nicípio receberá mensalmente, me-diante transferência fundo a fundo 20% do valor integral do componente de Qualidade do Piso da Atenção Bá-sica (PAB) variável. Desse modo cada município, após contratualização, re-ceberá mensalmente R$ 1300,00 por EAB e R$ 1700,00 quando houver ESB vinculada à EAB.

O aumento do repasse do incen vo fi nanceiro está condicionado à avalia-ção dos resultados. Cada EAB poderá receber o valor máximo R$ 6500,00

e para aquelas que apresentam equipe de Saúde bucal vinculada à EAB o valor será de R$8500,00. Ao se tratar dos trabalhadores da saú-de, o PMAQ apresenta como um de seus pressupostos e objetivos o seu desenvolvimento, bem como a motivação e proatividade dos en-volvidos, visto que serão esses que operacionalização o programa com a proposta de melhorar a qualidade e o acesso ao atendimento.

A par r dos estudos de viabilidade e impacto da u lização do recurso do PAB variável da Qualidade para remu-neração por desempenho, o municí-pio de Alpinópolis elaborou o projeto de Lei Complementar nº 008/2012 no dia 26 de março. O projeto foi apro-vado por unanimidade pelo legisla -vo municipal e a lei foi sancionada no dia 30 de março, entrando em vigor a par r de abril de 2012. No proje-to foi defi nido o percentual de 0 a 3,5% sobre o salário base de cada categoria como bonifi cação e mais 5% para o profi ssional Agente Comu-nitário de Saúde (ACS) que mais se destacasse(tabela01).

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Categoria profi ssional Salário BaseSimulação percentual máximo de 3,5% sobre o salário base

Agente comunitário de Saúde - ACS R$ 624,68 R$ 646, 54

Auxiliar de Saúde Bucal – ASB R$ 624,68 R$ 646, 54

Técnico de enfermagem - TEC. ENF R$ 773,41 R$ 800,48

Enfermeiro- ENF R$ 2208, 67 R$2285,97

Den sta – DEN. R$ 2090, 58 R$2163,75

Médico – MED. R$ 8298,13 R$8588,56

Auxiliar de serviços Gerais – AUX SG

R$ 544,31 R$563,36

Fonte: Departamento Municipal de Fazenda

Tabela 01: Categorias profi ssionais da ESF do município de Alpinópolis, salário base e simulação de percentual máxima incidido em cada categoria

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: O PMAQ e a proposta para implantação de re-muneração por desempenho Município: AlpinópolisAutor do documento: José Rodri-gues Freire Filho- Farmacêu co Co-autora: Profª. Dra. Aldaísa Cas-sanho Forster - USP/ Ribeirão Preto

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Jacutinga realiza evento de saúde preventiva voltado para a população masculinaO município de Grupiara iniciou em outubro de 2011, um projeto que ob-je va a redução e/ou eliminação da dependência do Tabaco, prevenindo doenças e promovendo saúde e edu-cação ambiental. Primeiramente, para dar o exemplo para os cidadãos de Grupiara o projeto foi executado com os fumantes que trabalham na Unida-de Básica de Saúde do Município, e depois para o restante da população.

No Decorrer da ação, dos seis funcio-nários da UBS que par ciparam três conseguiram eliminar o vício do Ta-baco e três ainda encontram-se em tratamento. Com a população gru-piarense, está sendo feito o acompa-nhamento com 57 par cipantes, que aderiram ao projeto e estão seguindo o acompanhamento e tratamento. Os obje vos específi cos do trabalho foram: sensibilizar e cadastrar todos os fumantes, avaliar e acompanhar os que desejavam abandonar o vício, formar grupos de reuniões frequen-tes e garan r um ambiente livre da fumaça do Tabaco.

Segundo o médico da UBS, Dr. Ha-roldo José de Almeida, uma observa-ção importante vista no decorrer do projeto é que alguns par cipantes abandonaram o vício somente com as orientações das palestras e sessões, não precisando de medicamentos e adesivos. “O projeto é excelente e de extrema relevância para a saúde, pois se trata de prevenção a doenças gra-ves futuras”, afi rmou.

De acordo com informações da Secre-taria Municipal de Saúde de Grupia-ra, o controle do tabagismo requer a

integração de diversas abordagens. A abordagem psicológica emprega téc-nica cogni vo-comportamental e a terapia comportamental procura auxi-liar o fumante a iden fi car os es mu-los relacionados ao desejo e ao ato de fumar. U liza técnicas cogni vas e de modifi cação do comportamento para interromper a associação entre a situ-ação es mulante, a fi ssura de fumar e o comportamento de consumo, além de estratégias para lidar com estresse e afetos posi vos e nega vos, solução de problemas e manejo dos sintomas de síndrome de abs nência. Amplia também a melhoria da autoes ma, a asser vidade e o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais.

Resultados

Foram realizados 432 testes de PSA (Valores encontrados: Alterado = 10 acima de 10 ng/dl; 22 entre 3.1 e 9.9 e restante inferior a 3).Os casos alte-rados foram encaminhados à especia-listas. Cerca de 136 homens passaram por Avaliação Postural com os profi s-sionais do setor da fi sioterapia, sendo que destes 92 relataram que sentem dor. Todos receberam orientações.

Aproximadamente 250 homens fo-ram avaliados pelo SISVAN, onde foi encontrado 75% com sobrepeso e obesidade. A maioria são homens se-dentários. Mais de 500 pessoas foram orientadas para evitar consumo de gorduras saturadas e álcool.

Foram entregues mais de 1.000 pre-serva vos e cerca de 300 homens foram orientados sobre DST’s. No estande do Hiperdia, 395 homens aferiram sua pressão arterial e três encaminhados para controle. 420 homens fi zeram o teste de glicemia (05 foram encaminhados ao Pronto Atendimento e atualmente fazem controle na Atenção Primária). Du-rante a avaliação odontológica, 390 kits foram entregues com orientação para escovação diária.

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: Saúde do Homem: Só falta eleMunicípio: Jacu ngaAutora do documento: José Alex Orrú

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Grupiara adere a projeto que visa à conscientização do ambiente livre de TabacoO município de Grupiara iniciou em outubro de 2011, um projeto que ob-je va a redução e/ou eliminação da dependência do Tabaco, prevenindo doenças e promovendo saúde e edu-cação ambiental. Primeiramente, para dar o exemplo para os cidadãos de Grupiara o projeto foi executado com os fumantes que trabalham na Unida-de Básica de Saúde do Município, e depois para o restante da população.

No Decorrer da ação, dos seis funcio-nários da UBS que par ciparam três conseguiram eliminar o vício do Ta-baco e três ainda encontram-se em tratamento. Com a população gru-piarense, está sendo feito o acompa-nhamento com 57 par cipantes, que aderiram ao projeto e estão seguindo o acompanhamento e tratamento. Os obje vos específi cos do trabalho foram: sensibilizar e cadastrar todos os fumantes, avaliar e acompanhar os que desejavam abandonar o vício, formar grupos de reuniões frequen-tes e garan r um ambiente livre da fumaça do Tabaco.

Segundo o médico da UBS, Dr. Ha-roldo José de Almeida, uma observa-ção importante vista no decorrer do projeto é que alguns par cipantes abandonaram o vício somente com as orientações das palestras e sessões, não precisando de medicamentos e adesivos. “O projeto é excelente e de extrema relevância para a saúde, pois

se trata de prevenção a doenças gra-ves futuras”, afi rmou.

De acordo com informações da Secre-taria Municipal de Saúde de Grupia-ra, o controle do tabagismo requer a integração de diversas abordagens. A abordagem psicológica emprega téc-nica cogni vo-comportamental e a terapia comportamental procura auxi-liar o fumante a iden fi car os es mu-los relacionados ao desejo e ao ato de fumar. U liza técnicas cogni vas e de modifi cação do comportamento para interromper a associação entre a situ-ação es mulante, a fi ssura de fumar e o comportamento de consumo, além de estratégias para lidar com estresse

e afetos posi vos e nega vos, solução de problemas e manejo dos sintomas de síndrome de abs nência. Amplia também a melhoria da autoes ma, a asser vidade e o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais.

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: Projeto TabagismoMunicípio: GrupiaraAutores do documento: Le cia Moreira Sartori, Farmacêu ca Rede Farmácia de Minas Unidade Grupiara e Joana Pereira De Olivei-ra, Secretária Municipal de Saúde de Grupiara.

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Governador Valadares dá exemplo de ações voltadas para a saúde do idoso hipertensoCom o obje vo de ampliar as ações da atenção primária apoiando a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, o município mineiro de Governador Valadares realizou no período de novembro de 2010 a maio de 2011, através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), uma série de a vidades voltadas à promoção da saúde do idoso hipertenso. Alcançan-do resultados signifi ca vos, como a diminuição nos índices da pressão ar-terial sistólica e diastólica, bem como redução do sedentarismo dos idosos do município, o NASF contou com o trabalho de quatro equipes formadas por assistentes sociais, educadores -sicos, farmacêu cos, fi sioterapeutas, nutricionistas e psicólogos.

O município está dividido em 19 re-giões, abrangendo toda a zona urba-na. Possui 263.689 habitantes, sendo 30.780 idosos, representando 11,7% da população. O número total de ido-sos cadastrados pelas Equipes de Saú-de da Família é de 11.534, sendo que 7.507 indivíduos são idosos hiperten-sos. A fi nalidade do projeto foi de ve-rifi car a alteração da Pressão Arterial (PA) em idosas hipertensas par ci-pantes das a vidades desenvolvidas pelos profi ssionais em um dos NASF’s do município. As idosas foram inclu-ídas em grupos de a vidades sicas, onde foram assis das três vezes por semana, com exercícios sicos resis- dos (musculação) e aeróbios (cami-

nhadas e hidroginás ca), com inten-sidade moderada.

U lizando uma abordagem quan -ta va, foi realizada uma inves gação para concluir os resultados da aplica-ção do projeto no município. Foram avaliadas idosas hipertensas, com ida-de entre 60 e 70 anos, funcionalmen-te independente. Os dados ob dos foram concluídos mediante aferição de pressão arterial, e monitorados no período de novembro 2010 a maio de 2011. Cerca de 10% das idosas, nham pressão arterial sistólica em

torno de 22mmhg, e ao fi nal do perío-do avaliado, apresentavam em torno de 15 mmhg, tendo uma redução de 7mmhg. Em outro grupo, houve uma redução menor na pressão diastólica, sendo que em torno de 30% apresen-tavam aproximadamente 11mmhg, e ao fi nal do período avaliado, já esta-vam em torno de 8mmhg. Além disso, as idosas apresentaram uma redução no uso de medicamentos.

Segundo as autoras do estudo no mu-nicípio, a regularidade do exercício e

a inicia va destas usuárias de par ci-parem das a vidades demonstraram, além da diminuição nos índices da pressão arterial sistólica e diastólica, uma redução signifi ca va do sedenta-rismo. Para Rutelene Paula de Souza, educadora sica do NASF, é necessá-rio que as polí cas públicas se voltem para atenção básica, a fi m de promo-ver saúde e qualidade de vida, com-batendo o sedentarismo e as doenças da modernidade.

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: NASF: Ter-ritório de Promoção da saúde do idoso hipertensoMunicípio: Governador ValadaresAutores do documento: Rutelene Paula de Souza (Educadora Física NASF Governador Valadares); Fer-nanda Magalhães Duarte Rocha (enfermeira Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares e Mestre em Gestão Integrada do Território/UNIVALE) e Suely Maria Rodrigues (professora UNIVALE).

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Dom Viçoso cria projeto visando o bem estar da terceira idade

A prá ca regular da a vidade sica é uma importante ação para a melhoria da saúde pública. Na terceira idade, o obje vo da a vidade é o retardamen-to do processo do envelhecimento, através da manutenção de um estado saudável que possibilite a normaliza-ção da vida e minimize os fatores de riscos. Por esse mo vo, Dom Viçoso implantou, no ano de 2012, o Projeto Eu Faço A vidade Física.

Para Carlos Teodoro da Silva, 68 anos, o projeto ajudou a diminuir vários problemas que chegaram com a ida-de. “Desde que o projeto começou sou uma pessoa muito mais inde-pendente para realizar os afazeres do co diano, uma vez que as a vidades sicas melhoraram minha musculatu-

ra, força e até memória. A equipe de saúde também me disse que agora meus exames estão ó mos”, contou.

Segundo a educadora sica de saúde da prefeitura de Dom Viçoso, Wanes-

sa de Lima, o projeto tem como meta melhorar a saúde e o equilíbrio sico e emocional dos par cipantes com a minimização dos efeitos nega vos que a velhice causa no idoso (desva-lorização sica, econômica e social), por meio de a vidades adaptadas às suas reais necessidades. “Esses exercícios, quando realizados regular-mente, trazem inúmeros bene cios. Aumentam a longevidade, melhoram a saúde de um modo geral, os níveis de energia, a disposição, levando-os a ter mais confi ança nos seus afaze-res. Eles também afetam de maneira posi va o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação e o convívio social”, afi rma.

Antes de dar início às a vidades, os agentes de saúde encaminham todos os interessados para que realizem um diagnós co clínico para saber se a pessoa está apta a realizar os exer-cícios. Na avaliação são realizados

exames de ap dão sica, medição da altura, peso e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). “A a vida-de sica consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados. No entanto, para que seus bene cios se-jam alcançados é necessário que os par cipantes sejam supervisionados por um profi ssional capacitado”, es-clareceu o diretor de Saúde de Dom Viçoso, Sebas ão Marcio dos Santos.

O projeto conta com o apoio da equi-pe do Programa Saúde da Família (PSF), Conselho Municipal de Saúde e de um professor de educação si-ca, pós-graduado em geriatria e ge-rontologia. “Procuramos com essas parcerias fazer com que os integran-tes do projeto sempre par cipem dos eventos na cidade, tais como, desfi le cívico, palestras, Dia da Be-leza, Dia da Mulher, Festa da APAE, eventos culturais nas escolas, fes -vidades religiosas assim como o Dia da Padroeira do Brasil. Temos como suporte a Secretaria de Cultura e Di-retoria Municipal de Educação e Saú-de”, fi nalizou Wanessa.

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: O PMAQ e a proposta para implantação de re-muneração por desempenho Município: AlpinópolisAutor do documento: José Rodri-gues Freire Filho- Farmacêu co Co-autora: Profª. Dra. Aldaísa Cas-sanho Forster - USP/ Ribeirão Preto

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Brumadinho cria estratégia para mapear Unidades de Saúde da FamíliaVisando a implementação de ações de melhoria no atendimento às fa-mílias cadastradas nas Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Brumadinho, foi realizado pelos membros da equipe de saúde e da coordenação da Atenção Básica, um mapeamento de cada micro área do município. Através do levantamento dos processos de trabalho u lizados, foi possível diagnos car a situação de saúde local.

Cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) u lizou dos seus conhecimen-tos e habilidades no desenvolvimen-to do trabalho, confeccionando ma-quetes com um mapa sico da micro área iden fi cando as vias de acesso, áreas de lazer, escolas, creches, igrejas, comércios, áreas de risco, barreiras geográfi cas, dentre outras. Para iden fi car as informações de saúde, foram u lizados alfi netes de cores diferentes, padronizadas para todas as USFs do município iden- fi cando hipertensos, diabé cos,

acamados, alcoólicos, gestantes, menores de um ano, tuberculosos, que possuem hanseníasee pacien-tes com necessidades especiais.

Os principais resultados observados foram uma maior interação entre as USF do município e o fortalecimento da intersetorialidade através da par- cipação das demais Secretarias e

outros Setores. Além disso, foi apre-sentada a 1ª Mostra Municipal do

trabalho dos ACS com apresentação do mapa inteligente. Segundo os au-tores da experiência, o mapa inteli-gente qualifi cou a problema zação das questões passíveis de interven-ções da equipe da USF facilitando avaliação, planejamento e defi nição de prioridades, além de aprimorar a comunicação entre a equipe e novos integrantes e colaboradores. “Alguns desafi os a serem superados são a padronização na confecção dos mapas, recursos fi nanceiros e espaço adequado dentro das unida-des saúde da família”, explicou uma das autoras da experiência.

FICHA TÉCNICA

Título da experiência: O processo

de construção dos mapas inteli-

gentes das Unidades Saúde da Fa-

mília de Brumadinho – MG

Município: Brumadinho

Autores do documento: Júnio de

Araújo Alves, Joyce Rosa de Sousa

e Claudinéia Aparecida Chagas

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Experiência Exitosa

São João do Manhuaçu e Orizânia entram na luta contra a obesidade com o projeto “apertando o cinto”Excesso de peso, hábitos não saudá-veis de alimentação, alto índice de doenças crônicas e sedentarismo. Es-tes foram alguns dos mo vos que os municípios de São João do Manhua-çu e Orizânia levaram em considera-ção para adotarem o projeto “Aper-tando o Cinto”, que visa reduzir estes agravantes e melhorar a qualidade de vida da população.

O Projeto “Apertando o Cinto” foi executado por uma equipe de profi s-sionais de saúde, incluindo agentes de saúde e enfermeiras que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF). A nutricionista que atende o município, Meire Cordeiro Cardozo elaborou o projeto considerado por ela grandioso e ousado. Inicialmente foi feita a divulgação da ação e o ca-dastramento de pessoas interessadas e com o perfi l ideal. São João do Ma-nhuaçu e Orizânia veram 200 e 100 pessoas inscritas, respec vamente, que par ciparam de encontros por aproximadamente quatro meses.

Nos encontros os par cipantes rea-lizavam a vidades sicas, orientados pela nutricionista Meire, e par ci-pavam de palestras mo vacionais sobre as mudanças de hábitos que teriam que enfrentar. “O Apertando o Cinto revolucionou a vida de mui-tos par cipantes destas duas cida-des que já veram a oportunidade de conhecer uma forma adequada, saudável e prazerosa de se cuidar e emagrecer”, afi rma Meire.

As reuniões serviam também para coletar informações sobre peso, es-tatura, medidas das circunferências abdominal, da cintura, do quadril e do braço dos pacientes. Os dados de cada um eram registrados e acompa-nhados durante toda a experiência por agentes de saúde. Foram coleta-das também informações acerca dos hábitos alimentares, presença de pa-tologias, uso de medicação e sobre es lo de vida (fumo, e lismo, prá ca regular de a vidade sica), buscando fazer um compara vo da evolução do público antes e depois da interven-ção. Para incen var a par cipação efe va de todos, os dois municípios elegiam, conforme a evolução dos grupos trabalhados, três par cipantes com maior perda de peso e maior as-siduidade e os premiava com brindes.

A prefeitura de São João do Manhua-çu mo vou sua população premiando o primeiro lugar com uma câmera fo-tográfi ca digital mais um ano de vale alimentação saudável no valor de R$30,00 por mês. O segundo lugar recebeu um vale-compra no valor de R$500,00 mais um ano de vale alimen-tação saudável no valor de R$20,00 por mês. O terceiro lugar ganhou um kit de produtos de beleza mais um ano de vale alimentação saudável no valor de R$10,00 por mês. “Melhorei meu astral e minha saúde. Meus familiares também estão felizes e minha vida de-pois desse projeto é outra”, afi rmou Elzy da penha Dornelas Estanislau, uma das par cipantes do projeto.

Resultados

São João do Manhuaçu - 1ª Turma: 71 par cipantes assíduos – 478,1kg emagrecidos pelo grupo; 2ª Turma: 67 par cipantes assíduos – 272,9kg emagrecidos pelo grupo.

Orizânia: 1ª Turma: 37 par cipantes assíduos – 126,9kg emagrecidos pelo grupo; 2ª Turma: 56 par cipantes assí-duos (ainda no 4º encontro do grupo) – já com 54,3kg de emagrecimento.

FICHA TÉCNICATítulo da experiência: Apertando o cinto Municípios: São João do Manhua-çu e OrizâniaAutora do documento: Meire Cor-deiro Cardozo; Nutricionista CRN9-6342 – Especialista em Nutrição Clínica (UniFoA) e Alimentação e Nutrição do Escolar (UFOP)

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Entrevista

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Entrevista

Entrevista com Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais e o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais

Revista COSEMS/MG: O Decreto nº 7.508/2011, que regulamentou a Lei nº 8.080/1990, ao explicitar con-ceitos, princípios e diretrizes do SUS passou a exigir uma nova dinâmica na organização e gestão do sistema de saúde, sendo a principal delas o aprofundamento das relações inter-federa vas e a ins tuição de novos instrumentos, documentos e dinâmi-cas na gestão compar lhada do SUS.

Dentre esses novos elementos, tem destaque a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RE-NASES; a Relação Nacional de me-dicamentos Essenciais – RENAME; o mapa da saúde; o planejamento integrado das ações e serviços de saúde; as regiões de saúde; a ar cu-lação interfedera va e o contrato or-ganiza vo da ação pública da saúde.

O contrato organiza vo da ação pública-COAP, como um instrumen-to da gestão compar lhada, tem a função de defi nir entre os entes federa vos as suas responsabilida-des no SUS, permi ndo, a par r de uma região de saúde, uma organiza-ção dotada de unicidade conceitual, com diretrizes, metas e indicadores, todos claramente explicitados e que devem ser cumpridos dentro de pra-zos estabelecidos. Tudo isso pactua-do com clareza e dentro das prá cas federa vas que devem ser adotadas num Estado Federa vo.

O Presidente do Conselho de Secre-tarias Municipais de Saúde de Minas

O COAP apresenta importantes avanços do ponto de vista da gestão do SUS

Gerais (COSEMS/MG), Mauro Jun-queira e o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), Antonio Jorge de Souza Marques abordam nesta entrevista os aspec-tos estaduais e municipais referentes ao COAP. Confi ra!

Que oportunidades a assinatu-ra do COAP apresenta para a gestão estadual?

Antonio Jorge: O Contrato Orga-niza vo de Ação Pública de Saúde – COAP apresenta importantes avanços do ponto de vista da gestão do SUS. Uma série de evoluções já vinham ocorrendo desde o advento do pacto, como a questão dos blocos de fi nan-ciamento, o Termo de Compromisso de Gestão, dentre outros. Todavia, havia a necessidade de integrar os di-versos instrumentos e a par r destes fortalecer a implantação das redes de atenção. A proposta do COAP si-nalizando para um instrumento de contratualização mais unifi cado, con-dizente com a implantação das redes de atenção e aderente a lógica da gestão para resultados é bastante in-teressante. Muito disso que está pro-posto já vem sendo experimentado em Minas Gerais. Por exemplo, nos-sos Programas estão todos contratua-lizados com a lógica da gestão por re-sultados com os municípios mineiros. Diferente dos indicadores do pacto que estavam sujeitos a um processo

de monitoramento proforme, desvin-culado de incen vos, os Programas mineiros são pactuados entre o Ges-tor Estadual e os Gestores municipais com um conjunto de compromissos e metas, que são monitorados no âm-bito regional. O COAP pode fortalecer

este processo que já vem ocorrendo há alguns anos no Estado, trazendo para esta lógica também os recursos federais e fortalecendo a implantação das redes de atenção.

Mauro: Em Minas Gerais optamos em cons tuir um grupo de trabalho para discu r a implementação do COAP nas diversas regiões do Estado. Este grupo técnico tem como princi-pal tarefa apresentar uma proposta que envolva e leve as regiões infor-mações para o desenvolvimento de um contrato que expresse efe va-mente todas as necessidades, capaci-

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Entrevista

dade instalada, vazios assistenciais e responsabilidades tripar te. A assina-tura do COAP será um momento pro-picio para que todos os municípios mineiros possam efe vamente assu-mir a gestão dos seus prestadores.

Quanto a garanti a da aplicação do recurso fi nanceiro mínimo consti tucional estadual e mu-nicipal defi nido na lei 141/12, o COAP apresentaria a efi cácia desta aplicação? Como?

Antonio Jorge: Penso que o COAP traz algumas contribuições para a questão do fi nanciamento, na medi-da que fortalece uma visão mais inte-grada da par cipação dos três entes e que provoca a discussão de um pro-cesso de planejamento ascedente. A ideia é que ele possa contribuir para o processo aloca vo, melhorando a qualidade do gasto. Todavia, é neces-sário que a discussão do mínimo cons- tucional seja estendida para os três

entes federados. O Governo Federal ainda concentra a imensa maioria das receitas, o que faz com que Estados e municípios fi quem fortemente one-rados para cumprir suas obrigações. Em outras palavras, a discussão do COAP precisa ter a forte par cipação do ente federal inclusive no que tan-ge a alocação de mais recursos para a saúde por parte deste.

Mauro: A par r do COAP, fi ca mais claro aquilo que foi defi nido na re-gião referente à responsabilidade de cada ente federado, daí pode-se co-brar a aplicação mínima de cada um. Lembrando que os municípios já apli-cam o mínimo cons tucional desde a

aprovação da Emenda 29 e não tem condições nenhuma de aumentar os valores hoje aplicados que na média são 22,5% de recursos próprios. Te-mos que vencer a luta junto ao Go-verno Federal para que este aplique o mínimo de 10%.

primária como principal porta de en-trada do sistema e coordenadora do cuidado. Em função das principais causas de mortalidade e morbidade segundo o Estudo de Carga de Do-enças realizado pela FIOCRUZ, foram priorizadas 5 redes: Saúde Mental, Viva Vida, Hiperdia, Mais Vida e a Rede de Urgência e Emergência. Nestes programas estão contempla-dos os pontos d eatenção especiali-zados que fazem parte de cada rede. Para conectar estes pontos entre sí e com a atenção primária, existe um conjunto de programas que visa implantar os sistemas logís cos e fa-zer funcionar os sistemas de apoio, como o Sistema Estadual de Trans-porte em Saúde e a Rede de Farmá-cias de Minas. O COAP, como dito anteriormente, deverá ser ins tuí-do em nosso Estado, nas regiões de saúde, na perspec va de implantar e fazer funcionar as redes de atenção.

Mauro: Todos os programas estru-turadores de Minas Gerais bem como todos os programas e estratégias que se dão por adesão ou que são de res-ponsabilidade municipal, estarão no contrato organiza vo, pois irão com-por um rol de serviços públicos a dis-posição da comunidade. Em Minas os programas como o VIVA VIDA, o MAIS VIDA, o MÃE DE MINAS, o SETS entre outros são pactuados na CIBE e são importantes para as regiões de saúde pois representam metas e obje vos pactuados com município e regiões para melhoria do acesso e da quali-dade do atendimento no território. Isto com certeza aumenta a respon-sabilidade do Estado na aplicação permanente de recursos próprios e diminui vazios assistenciais.

A assinatura do COAP será um momento propicio para que todos os municípios mineiros possam efetivamente assumir a gestão dos seus prestadores.

“Fale um pouco sobre os progra-mas prioritários da saúde em MG, todos pactuados na CIB, e a importância do COAP neste contexto.

Antonio Jorge: Os Programas prio-ritários do Estado foram concebidos na perspec va de viabilizar a implan-tação das Redes de Atenção. Como base para tudo isso, há o Saúde em Casa que visa fortalecer a atenção

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Incentivo

Prêmio COSEMS em Ação 2013

O Prêmio COSEMS EM Ação, criado em 2008, foi ins tuído para contem-plar os COSEMS Regionais cujos ges-tores se empenharam em desenvol-ver a vidades visando à melhoria da qualidade da par cipação na imple-mentação e proposição de polí cas públicas no Sistema Único de Saúde em Minas Gerais (SUS/MG).

Este ano, seu edital apresenta uma série de modifi cações em itens que somam pontos para o prêmio. Den-tre elas estão: o aumento na fre-quência dos presidentes dos CO-SEMS REG nas reuniões mensais do COSEMS/MG, a progressão do número de no cias dos COSEMS REG enviadas para serem postadas no site do Conselho, a mudança da entrega das atas de reunião e lista de presença padronizadas antes fei-

tas pessoalmente, passando para serem postadas através do sistema dos apoiadores, além do aumento na porcentagem de acesso ao fórum regional pelos gestores.

De acordo com Keliane Cunha, Se-cretária Execu va do COSEMS/MG, as mudanças foram necessárias. “Al-teramos a variação na porcentagem das faixas de acordo com critérios que distribuem os municípios de for-ma mais justa, já que foram criados mais três COSEMS REG, o que pode-ria causar uma disparidade devido à distribuição da quan dade de mu-nicípios em cada COSEMS Regional. Também foi muito importante para facilitarmos o trabalho do escritório central de contabilizar os pontos, a postagem das atas e listas em um sistema que já apresenta o relatório

sem a necessidade de fazê-lo de for-ma manual”, afi rmou.

O prêmio obje va incen var e va-lorizar resultados dos COSEMS REG na melhoria da capacidade de aglu- nação dos municípios sob sua ju-

risdição, na discussão da polí ca estadual no contexto regional, na capacidade de trazer propostas para discussão no nível central, na agili-dade na disseminação das informa-ções, na maior interlocução com o Escritório Central e no compareci-mento nas reuniões ordinárias men-sais do COSEMS/MG.

Para Mauro Junqueira, Presidente do COSEMS/MG, O prêmio COSE-MS em Ação trouxe para os territó-rios regionais uma disputa saudável envolvendo presidentes regionais,

Ação que objetiva incentivar e valorizar resultados dos Cosems Regionais apresenta mudanças em seu edital

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Incentivo

gestores e apoiadores na busca por resultados que refl etem na melhora da saúde pública. “A pontuação da ação envolve demandas do COSEMS estadual, mas também ações que impactam diretamente a gestão, como o envio do SIOPS e do RAG. Isto faz com que os municípios cum-pram suas metas e entreguem seus relatórios em tempo hábil. Anual-mente mudamos algumas metas de acordo com a necessidade e os no-vos programas e planejamento do COSEMS/MG. Estas mudanças cau-sam um novo olhar dos presidentes para implementação de estratégias regionais que levam a par cipação do gestor e sua equipe. Hoje, com o prêmio ins tuído, percebo os COSE-MS Regionais muito mais ar culados e preocupados com a par cipação de todos os atores no território, o que possibilita ao nível central uma maior capilaridade nas suas ações e informações. O Prêmio COSEMS em Ação é mais uma estratégia posi va do COSEMS/ MG em busca da defe-sa do SUS”, assegurou.

Serão premiados três COSEMS Regio-nais, que ob verem maior pontuação de acordo com os critérios estabeleci-dos no edital, disponibilizado no site do COSEMS/MG, da seguinte forma:

a) Primeiro Lugar: Crédito fi nanceiro no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais)

b) Segundo Lugar: Crédito fi nanceiro no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais)

c) Terceiro Lugar: Crédito fi nanceiro no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais)

Entende-se por crédito fi nanceiro, o valor que será pago pelo COSEMS/MG, de acordo com os Planos de Trabalho de aplicação em custeio e ou capital, a serem encaminhados

pelos vencedores para u lização do recurso acima descrito, no prazo má-ximo de 90 dias após a premiação.

Em 2012, os COSEMS Regionais ven-cedores do 1º, 2º e 3º lugar foram, respec vamente: Varginha, Passos e Uberlândia. Segundo o presiden-te do COSEMS Regional Varginha, Hermógenes Vaneli, que recebeu o prêmio pela segunda vez conse-cu va, a premiação é fundamental para potencializar as a vidades dos COSEMS enquanto instancia regio-nal. “Como os demais COSEMS REG temos carências e difi culdades, o que em muitos casos, é fator im-pedi vo para o alcance de algumas metas propostas. O recurso recebi-do possibilita a execução de nossa programação em tempo hábil, nos dando condições de oferecer um suporte adequado aos par cipan-tes das reuniões ordinárias e even-tuais capacitações que realizamos durante o ano, como por exemplo, mala direta com material impresso via correio, envio de torpedo para as convocações, aquisição de materiais

e equipamentos áudio visuais, equi-pamentos de informá ca e escritó-rio, material impresso para todas as reuniões em quan dade sufi ciente para atender a todos par cipantes, coff e break, dentre outras”.

Novo item

O edital do prêmio também possui um novo item. Com a criação do Curso “De repente... Gestor!” volta-do aos gestores novatos, o COSEMS/MG irá pontuar os COSEMS REG que mais indicarem secretários munici-pais para realizarem o curso.

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Resultado

COSEMS/MG realiza pesquisa e constata sucesso da estratégia Apoiador Regional

O Conselho de Secretarias Muni-cipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG), com o obje vo de registrar e avaliar a estratégia “Apoiadores Regionais” disponibili-zou no site www.cosemsmg.org.br em maio deste ano um ques onário voltado aos novos gestores muni-cipais de saúde a fi m de conhecer sua visão geral quando da chegada à gestão contando com a atuação do Apoiador Regional Descentralizado do COSEMS/MG.

Os novos gestores foram indagados sobre a atuação do apoiador, a faci-lidade no contato com o profi ssional, as a vidades realizadas por eles, a se-gurança percebida com sua atuação, a disseminação de informações de forma clara e contextualizada, entre outros aspectos. Analisando as 122 respostas válidas ob das, o COSEMS/MG constatou que 100% dos gestores e gestoras conhecem seu respec vo apoiador e 99% conhecem sua atu-ação. Através da pesquisa também

foi revelado que 90% dos gestores demoraram menos de um mês para ter o primeiro contato com o profi s-sional, o que signifi ca contato com o nível central do COSEM/MG. Outra averiguação posi va foi sobre a se-gurança que o apoiador passa no que diz respeito a orientações: 99% das respostas indicando “sim”.

Para Paola Mo a, Coordenadora da Área Técnica do COSEMS/MG, esta é a primeira oportunidade de verifi car a percepção de gestores que aca-baram de chegar à gestão sobre os apoiadores regionais. “Já avaliamos anteriormente o impacto para os gestores que acompanharam o Pro-jeto desde a sua implantação e ago-ra era importante avaliar a atuação do apoiador na ó ca dos novos se-cretários municipais. O ques onário foi composto por respostas fecha-das com campo fi nal de observação, para apurar de forma ágil as mani-festações dos gestores”, afi rmou.

Em 2011 foi realizada outra pesqui-sa. Alguns resultados analisados a par r da implantação da estratégia apoiador foram o fortalecimento da disseminação e contextualização de informações, rebaixando custos de transação e a assimetria de infor-mação es mulando assim a coope-ração. Outro importante efeito a ser destacado foi a sustentação da atua-ção regional do COSEMS, aglu nan-do gestores no COSEMS Regional, possibilitando a contextualização da discussão estadual do Conselho com a SES/MG, estabelecendo assim, um círculo virtuoso de par cipação nas instâncias gestoras do Sistema Úni-co de Saúde (SUS).

Segundo Mauro Junqueira, Presi-dente do COSEMS/MG, por conhe-cer toda a estratégia proposta por esta ação, bem como o envolvimen-to de todos os nossos apoiadores, este resultado era esperado. “O resultado só surpreendeu por ter sido extrema-mente expressivo posi vamente, che-

Conselho solicita resposta de questionário para os novos gestores sobre a atuação dos apoiadores descentralizados e comprova resultado positivo. Estratégia completa 4 anos em 2013.

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Resultado

gando a apresentar respostas com 99% de “sim”, demonstrando, por exemplo, que o COSEMS/MG chegou aos no-vos gestores em apenas trinta dias de governo e que a sua maioria absoluta reconhece os bene cios desta estra-tégia para a gestão municipal. Sinto--me na obrigação de con nuar dando todo apoio a esta estratégia, buscando fortalecer a cada dia os nossos apoia-dores com capacitação, treinamento e informação, para que com isto o ges-tor municipal possa também estar for-talecido e poder desempenhar bem a sua função”, declarou.

A apoiadora Regional de Governa-dor Valadares, Kelen Braga, afi rma que com o sucesso do resultado da pesquisa, pode-se perceber como a estratégia apoiador contribui para o fortalecimento da gestão bipar te do SUS em Minas Gerais. “Acho a estra-tégia fantás ca, pois realizamos um serviço diferenciado e estamos pre-sentes em vários espaços, contribuin-do para a autonomia e conhecimen-to dos gestores, buscando soluções, orientações precisas e esclarecedoras diante das difi culdades”, garan u.

De acordo com a apoiadora Regio-nal de Diaman na, Cácia Guedes, o resultado da pesquisa refl e u o trabalho que vem sendo realizado. “Acredito que o resultado retratou

as consequências de uma a vidade bem exercida que consolida a gestão municipal frente aos tantos desafi os do SUS, contribuindo para uma ges-tão mais efi caz”.

Contexto

Criado em 2009, a ação ins tucio-nalizada Apoiador que comemora quatro anos em 2013, conta com 22 apoiadores descentralizados res-ponsáveis por, no mínimo, 2 e no máximo 6 CIR (Comissão Interges-tora Regional). Todos os apoiadores descentralizados estão referencia-dos a um COSEMS Regional atuando em conjunto com presidentes, auxi-liando os gestores municipais de de-terminado território, subsidiando-os nas ações regionais. A ação surgiu com a fi nalidade de resolver proble-mas advindos da assimetria de infor-mações entre os gestores mineiros e os COSEMS Regionais e Estadual, além de visar o fortalecimento da capacidade técnica municipal.

A ação foi concebida quando se percebeu que as 25 representações regionais do COSEMS/MG não con-tavam com apoio sufi ciente para acompanhar as decisões emanadas das 76 microrregiões de saúde e condições de levar propostas à CIB Estadual. Além disso, exis a difi cul-dade em capilarizar as decisões da

CIB Estadual para as instâncias re-gionais de Gestão.

O sistema de comunicação dos apoiadores atua em três níveis, por meio de endereços eletrônicos previamente cadastrados: entre os apoiadores e seu território; dos apoiadores com o seu presidente; e ainda com o nível central do CO-SEMS. Outra potente ferramenta de comunicação da ação é o Fórum dos Apoiadores que, por sistema virtual, garante a comunicação ágil entre os apoiadores e a coordenação, pos-sibilitando a troca de experiências entre os territórios, bem como o rá-pido acesso às ações desencadeadas em cada espaço regional, subsidian-do o encaminhamento de soluções pactuadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) e pelo COSEMS em todo o estado de Minas Gerais. Há também o fórum regional, onde os temas propostos para discussão podem ser postados por qualquer usuário cadastrado. Os demais par cipantes podem se manifestar ou responder questões apontadas pelos companheiros, o que es mula a intera vidade entre eles. O fórum regional foi criado a fi m de fortalecer uma efe va e con- nua discussão no âmbito regional

das polí cas públicas de saúde.

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Projeto Piloto

COSEMS/MG inicia programa de capacitação à distância para gestores e técnicos do SUS/MGO Conselho de Secretarias Munici-pais de Saúde de Minas Gerais (CO-SEMS/MG), a fi m de capacitar ges-tores e técnicos de saúde dos 853 municípios mineiros para que eles tenham a possibilidade de tornar os sistemas de saúde municipais, especialmente no que diz respei-to à gestão dos recursos do SUS, mais efi cazes, efi cientes e efe vos, irá executar durante todo o ano de 2013, o projeto piloto de capacita-ção à distância. Devido à dispersão geográfi ca e a dimensão do público em questão, o COSEMS/MG adotou a modalidade de educação à distân-cia, como forma de oferecer uma capacitação de qualidade, com a fl exibilidade exigida pelo perfi l do público, não impondo difi culdades quanto a deslocamento ou horário para dedicação aos estudos.

O primeiro curso a ser disponibiliza-do foi o de Execução fi nanceira no SUS/MG e teve início na primeira quinzena de junho. O obje vo de abordar este tema é de conhecer as modalidades de transferência dos recursos do SUS pelos entes, as nor-mas e diretrizes para as movimenta-ções de contas e da gestão do Fundo Municipal de saúde, bem como as responsabilidades legais no proces-so de licitação e na formalização dos contratos. Além disso, é essencial, pois revela a importância de iden -fi car as receitas correntes e de capi-tal por Bloco de fi nanciamento e de

conhecermos as diretrizes, normas e leis para o processo de planejamen-to orçamentário 2014-2017. Com a vigência da Lei 141/2012 é preciso que haja uma reorganização para seu cumprimento no que tange as

prestações de contas fi nanceiras, sua

informação bimensal do SIOPS para a

gestão do SUS, além do controle ex-

terno pelo Tribunal de contas, através

do SICONV e GEICOM.

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Revista Cosems MG - Edição Especial 3434 Revista Cosems MG - Edição Especial

Projeto Piloto

Os sistemas municipais de saúde mi-neiros guardam grande diversidade, em decorrência das disparidades de extensão territorial, de população e o grau de desenvolvimento de cada município. No entanto, os problemas de gestão, de controle e de prestação de contas dos recursos da saúde se equivalem, exigindo uma capacitação permanente de gestores e técnicos.

O projeto, que terá a duração de 12 (doze) meses, pretende ser uma ex-periência piloto para a implantação de um programa permanente de ca-pacitação a distância do COSEMS. A facilidade de atualização dos conte-údos e o reaproveitamento do ma-terial didá co criado representam uma vantagem extremamente im-portante em uma a vidade que está subme da a mudanças constantes de normas e exigências, informa-ções que devem chegar às pontas do sistema com rapidez e efi ciência.

Para Mauro Junqueira, Presidente do COSEMS/MG, um dos grandes desafi os do Conselho é a chegada de muitos novos gestores munici-pais, fazendo com que seja preciso buscar meios de levar a informação de forma didá ca, contextualizada e de fácil compreensão para todos os territórios. “Além de todas as ferra-mentas que o COSEMS/MG dispõe para os gestores, como o nosso site, o fórum regional dos COSEMS, os COSEMS Regionais e os apoiadores dos COSEMS Regionais, decidimos implantar mais uma ação conside-rando o momento onde são prepa-

rados os orçamentos plurianuais, o plano municipal de saúde e outros instrumentos que são a base legal dos sistemas municipais de saúde. Também avaliamos as mudanças que serão necessárias tendo em vis-ta a Lei 141 e o decreto 7508 que traz novidades para a gestão da saú-de. É com este intuito que abrimos uma vaga exclusiva para cada Secre-tário de Saúde, mais uma vaga para um técnico do município, vagas para técnicos da Secretaria de Estado da Saúde, para membros dos con-sórcios e outros COSEMS Estaduais para que possamos disseminar a in-formação e alinharmos as condutas em todo o território mineiro, capa-citando gestor e técnicos para uma gestão mais efi caz e efi ciente, pro-tegendo o gestor através de sua for-mação. Com o apoio e a adesão dos territórios iremos con nuar com esta estratégia buscando ouvir os gestores e suas necessidades para colocarmos novos cursos e capacita-ções de temas que atendam as de-mandas dos municípios”, afi rmou.

A meta do programa é ofertar qua-tro cursos específi cos para os 853 gestores municipais, sendo que dois deles também serão abertos para 3.412 técnicos municipais da saúde, totalizando 4.265 pessoas a serem capacitadas e 5.118 matrículas.

Curso 2: Instrumentos de ges-tão do SUS

Este curso visa subsidiar a elabora-ção do Plano Municipal de Saúde e

a elaboração da Programação Anual

de Saúde. Além disso, é importan-

te para a confecção do Relatório de

Gestão e para fortalecer o papel do

Controle Social no SUS e dos processo

de planejamento. Este curso especifi -

camente será oferecido aos técnicos

dos sistemas municipais de saúde.

Curso 3: Aspectos jurídicos no SUS

Com o obje vo de discu r a legislação

aplicada: Lei n° 8.080, Lei n° 8.142,

Decreto nº 7.508, Lei Complementar

141, Lei de responsabilidade Fiscal,

as responsabilidades gestoras frente

ao MP, Poder Judiciário e órgãos de

controle externo, o curso de aspectos

jurídicos será oferecido, em turmas

separadas, a gestores e técnicos dos

sistemas municipais da saúde.

Curso 4: Controle Assistencial

Este curso tem como fi nalidade

abordar os princípios organiza vos

da Rede de Atenção, conhecer os

instrumentos de controle assisten-

cial e parâmetros de programação

e u lização de equipamentos assis-

tenciais; ensinar sobre os fl uxos de

referência e contra referência assis-

tencial além dos contratos assisten-

ciais. Ela será oferecido aos técnicos

dos sistemas municipais da saúde.

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Gilmar de Assis Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de

Justi ça de Defesa de Saúde – CAOSAUDE

Fiscalização da Gestão da Saúde pelo Ministério Público

A Fiscalização da Gestão da Saúde pelo Ministério Público é matéria cons tu-cional, portanto, um poder dever de agir, em face dos postulados do Di-reito Administra vo. A própria Cons- tuição Federal, em dois momentos,

quando tratou do direito fundamental da saúde, ao dotar às ações e servi-ços de saúde o caráter de relevância pública (ar go 197), dispôs, expressa-mente, como função ins tucional do Ministério Público, zelar por esses ser-viços de relevância pública, mediante a promoção de medidas necessárias à sua garan a (ar go 129, II).

Recentemente, a Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012, re-gulamentadora do § 3º do ar go 198 da Cons tuição Federal, ao tratar da fi scalização da gestão da saúde (Capí-tulo IV, Seção IV), expressamente in-cluiu o Ministério Público, ao lado de outros atores com competência fi sca-lizadora, para a adoção das medidas cabíveis sempre que houver descum-primento de suas disposições.

Dessume-se, portanto, que sua atua-ção cons tucional não se volta apenas para a garan a assistencial da saúde, pelos diversos gestores, de forma programá ca, nos seus aspectos da prevenção, promoção e recuperação da saúde, mas também nas matérias próprias à organização do SUS, nos seus aspectos administra vos e ope-racionais, como, exemplos, a aplica-ção dos recursos mínimos em ações e serviços públicos de saúde; natureza das ações e serviços de saúde; repas-se e aplicação dos recursos mínimos; movimentação dos recursos pelos entes governamentais; transparên-

cia e visibilidade da gestão de saúde; prestação de contas; instrumentos de gestão obrigatórios.

E nem poderia ser diferente, haja vista que é responsável cons tucionalmen-te, como ins tuição permanente, pela defesa da ordem jurídica, do regime democrá co e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Por outro lado, importante que sua atuação seja resolu va e efe va, pre-ferencialmente cole va, na perspec- va da construção de uma realidade

social não dissociada da solidariedade operacional, executada pelo conjunto dos atores, que deverão estar compro-me dos na implantação programá ca da polí ca pública da saúde, na ó ca de um novo arranjo organiza vo.

É sempre possível a convergência do diálogo ins tucional e operacional pela tríade: Direito, Saúde e Cidadania.

A ação ins tucional da Mediação Sa-nitária – Direito, Saúde e Cidadania, criada pela Administração Superior do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, sob a coordenação do Centro de Apoio Operacional das Promoto-rias de Jus ça de Defesa da Saúde (CAOSAUDE), regulamentada pela Re-solução PGJ nº 78, de 18 de setembro de 2012, é um bom exemplo dessa convergência, com resultados exito-sos, em face das Regiões de Saúde.

Nasceu da percepção estratégica da necessidade de construção de espaços democrá cos compar lhados pelos diversos atores, jurídicos ou não, res-ponsáveis pela implantação concre-ta do direito fundamental da saúde, com respeito aos diversos saberes, no

enfrentamento e resolução das com-plexas demandas cole vas de saúde, de forma a resultar na efe va constru-ção de polí cas públicas de saúde, de forma regionalizada, descentralizada, universal, integral e igualitária.

A interação democrá ca entre esses atores no co diano de suas prá cas estabelecem constantemente siner-gias, aproximações de seus saberes e vivência ins tucional, diminuindo sig-nifi ca vamente as tensões e confl itos, como, por exemplo, a judicialização, a par r da revisão das idéias, da en-campação do conhecimento técnico, jurídico e social e da ação cria va es-truturante no campo decisório.

Acreditamos que o SUS cons tui-se na mais importante polí ca pública de inclusão social do mundo e sua construção e fortalecimento, de for-ma programá ca, se dá dia-a-dia, me-diante a par cipação e o querer fazer por todos os seus atores, saindo do discurso à prá ca.

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Artigo

Page 36: Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais · do Decreto Federal n.º 7.508/2011. Regulação Segundo a Subsecretaria de Regu-lação em Saúde da SES/MG, Maria

Diretoria COSEMS/MG-Biênio 2013-2015

PresidenteMAURO GUIMARÃES JUNQUEIRASecretaria Municipal de Saúde de São Lourenço

Vice-PresidenteSINVALDO ALVES PEREIRASecretaria Municipal de Saúde de PIRAPORA

Secretário GeralSAULO APARECIDO DE OLIVEIRA PINTOSecretaria Municipal de Saúde de PADRE PARAÍSO

1º SecretárioJOSÉ LAERTE DA SILVA BARBOSASecretaria Municipal de Saúde de JUIZ DE FORA

1º TesoureiroJULIANO REZENDE MELLOSecretaria Municipal de Saúde de IGARAPÉ

2º TesoureiroMARISTELA SILVA DE MELLOSecretaria Municipal de Saúde de LARANJAL

Conselho Fiscal 1IVAN JOSÉ DA SILVASecretaria Municipal de Saúde de PONTE NOVA

Conselho Fiscal 2HENRIQUE RAMOS DE SOUSASecretaria Municipal de Saúde de JOAÍMA

Conselho Fiscal 3MARCOS ROGÉRIO DE PAULA OLIVEIRASecretaria Municipal de Saúde de ALPINÓPOLIS

Conselho FiscalMARINA DE VILHENA DIASSecretaria Municipal de Saúde de CAMPANHA

Conselho FiscalFELÍCIO RODRIGUES DA SILVASecretaria Municipal de Saúde de SÃO GERALDO

Conselho FiscalMÁRCIO ROCHA DAMASCENOSecretaria Municipal de Saúde de IPANEMA

CONARESFLÁVIO MELLO DE MENDONÇASecretaria Municipal de Saúde de JOÃO PINHEIRO

CONARESRENATO FRAGA VALENTIMSecretaria Municipal de Saúde de GOVERNADOR VALADARES

CONARESAPARECIDA LINHARES PIMENTASecretaria Municipal de Saúde de POÇOS DE CALDAS

CONARESJOSÉ RAIMUNDO DIASSecretaria Municipal de Saúde de SANTA CRUZ DE MINAS

CESJOSÉ MÁRCIO ZANARDISecretaria Municipal de Saúde de LUZ

CESDAYSE CARVALHO ORNELASSecretaria Municipal de Saúde de RIACHINHO

CIBEMAURO GUIMARAES JUNQUEIRASecretaria Municipal de Saúde de SÃO LOURENÇO

CIBEMARCELO GOUVEA TEIXEIRASecretaria Municipal de Saúde de BELO HORIZONTE

CIBEJOANA PEREIRA DE OLIVEIRASecretaria Municipal de Saúde de GRUPIARA

CIBERUBENS DE ALMEIDA CASTROSecretaria Municipal de Saúde de CORONEL FABRICIANO

CIBEMICHELLE PEREIRA DOS SANTOSSecretaria Municipal de Saúde de SANTO HIPÓLITO

CIBESANDRA APARECIDA BARBOSA FER-NANDESSecretaria Municipal de Saúde de SANTA VITÓRIA

CIBEMARIA DE JESUS LOREDO ROCHASecretaria Municipal de Saúde de ARAÇUAÍ

CIBE SuplenteMOISÉS PEREIRA CUNHASecretaria Municipal de Saúde de TAPIRA

CIBE SuplenteMÉRIO RODRIGUES ALVESSecretaria Municipal de Saúde de ALFENAS

CIBE SuplenteWANESSA DOS ANJOS DIASSecretaria Municipal de Saúde de MONTE AZUL

CIBE SuplenteDANIEL JOSÉ DA SILVASecretaria Municipal de Saúde de ANTÔNIO CARLOS

CIBE SuplenteMARIA DO CARMO DE CASTRO GON-ÇALVESSecretaria Municipal de Saúde de NOVA ERA

CIBE SuplenteONEDES BRUNO LOPES DE SOUZASecretaria Municipal de Saúde de JANUÁRIA

CIBE SuplenteRONALDO SOARES CAMPELOSecretaria Municipal de Saúde de LASSANCE