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PROCURADORIAS DA REPÚBLICA NOS MUNICÍPIOS CARTA DE CONJUNTURA

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PROCURADORIASDA REPÚBLICANOS MUNICÍPIOS

CARTA DE CONJUNTURA

ROBERTO MONTEIRO GURGEL SANTOSPROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DEBORAH MACEDO DUPRAT DE BRITTO PEREIRAVICE-PROCURADORA

SANDRA VERÔNICA CUREAUVICE-PROCURADORA-GERAL ELEITORAL

LAURO PINTO CARDOSO NETOSECRETÁRIO-GERAL

LEOPOLDO KLOSOVSKI FILHOSECRETÁRIO-GERAL ADJUNTO

PROCURADORIASDA REPÚBLICANOS MUNICÍPIOS

CARTA DE CONJUNTURA

Brasília 2012

CARTA DE CONJUNTURA - PROCURADORIAS DA REPÚBLICA NOS MUNICÍPIOSASSESSORIA DE MODERNIZAÇÃO E GESTÃO ESTRATÉGICA

SUPERVISÃOMARCIO LIMA MEDEIROS

ELABORAÇÃORODRIGO HITOSHI DIAS

REVISÃOALLANA ALBUQUERQUE

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOSECOM

APRESENTAÇÃO

No contexto da Modernização do Ministério Público Federal, surgem as Cartas

de Conjuntura. De acordo com o Dicionário Aurélio, conjuntura signifi ca uma “si-

tuação nascida de um encontro de determinadas circunstâncias, e que se considera

como o ponto de partida de uma evolução, uma ação, um fato”. Dessa maneira,

as Cartas de Conjuntura surgem como publicações aperiódicas com o objetivo de

retratar situações ou temas relevantes para a Gestão Institucional, sintetizando os

entendimentos mais recentes e compartilhando dados e informações, de modo a

aprimorar o conhecimento institucional, fortalecendo, assim, o Objetivo Estratégi-

co: “Implementar o processo de Gestão do Conhecimento”.

Neste primeiro encarte, o assunto tratado diz respeito às Procuradorias da Re-

pública nos Municípios, que fazem parte do Ministério Público Federal (MPF),

órgão integrante do Ministério Público da União (MPU). O MPF está organizado

em três instâncias que atuam perante o Poder Judiciário: a Procuradoria Geral da

República (3ª Instância), as Procuradorias Regionais da República (2ª Instância) e as

Procuradorias da República (1ª Instância).

A Procuradoria Geral da República (PGR), localizada em Brasília, atua perante

o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribu-

nal Superior Eleitoral (TSE).

As Procuradorias Regionais da República (PRRs), localizadas em Brasília, Rio

de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife, atuam perante os Tribunais Regionais

Federais (TRFs) e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Já as Procuradorias da República (PRs), com sede nas capitais dos Estados, atu-

am perante os juízes federais e, quando no exercício de funções eleitorais, perante

os TREs e órgãos da Justiça Eleitoral. Adicionalmente, “nos municípios do interior

onde tiverem sede juízos federais, a lei criará unidades da Procuradoria da Repúbli-

ca no respectivo Estado” (art. 81, parágrafo único da Lei Complementar 95/1993).

A essas procuradorias dá-se o nome de Procuradorias da República nos Municípios

(PRMs), que são “unidades administrativas vinculadas às respectivas unidades ges-

toras nos Estados” (art. 100 do Regimento Interno do Ministério Público Federal).

APRESENTAÇÃO

PROCESSO DE CRIAÇÃO DE PRMs 7

1 - Histórico das criações 7

2 - Instalação de PRMs 10

3 - Tipos de solicitações 12

3.1 - Implantação de PRM 12 3.2 - Fusão de PRM 12 3.3 - Reestruturação de PRM 13

4 - Estrutura das PRMs 14

5 - Situação Atual 16

6 - Considerações sobre a implantação de PRM 18

ESTUDOS SOBRE PROCURADORIAS DE 1ª INSTÂNCIA 20

1 - Proposta da FGV 21

1.1 - Defi nição das circunscrições geográfi cas 21 1.2 - Índice de intensidade de demanda (IID) 21 1.3 - Índice de Feitos por Procurador (IFP) 22 1.4 - Critérios para Implantação e Dimensionamento das unidades 23 1.5 - Considerações dobre estudo da FGV 24

2 - Estudo da AMGE 27

2.1 - Indicadores propostos 27 2.2 - Pontuação dos indicadores 28 2.3 - Validação das pontuações 30 2.4 - Instalação de novas procuradorias 34

ANEXO I 37

ANEXO II 40

SUMÁRIO

1 - HISTÓRICO DAS CRIAÇÕES

As Procuradorias da República nos Municípios foram originariamente

criadas pelo Decreto-Lei 2.386/1987 com o nome de Núcleos das Procura-

dorias da República. O atual nome somente começou a vigorar a partir de

1991, com a promulgação da Lei 8.252.

De 87 a 95, foram editados um decreto e três leis sobre a criação de

PRMs, num total de 41, todas elas com localização defi nida. Em outras pa-

lavras, a própria norma já defi nia os municípios onde seriam instaladas as

Procuradorias. Esse modelo, entretanto, gerava problemas para o MPF: como

não era possível prever os municípios onde seriam instaladas varas federais,

a instalação de PRMs era retardada até a criação de nova lei ou então era

realizada sem a devida norma legal.

Para mitigar esse problema, a Lei 10.053/2000 inovou ao criar 20 PRMs

sem especifi cação de localidade, possibilitando à Administração discricio-

nariedade na defi nição dos municípios onde seriam implantadas as novas

estruturas administrativas, o que proporcionou maior fl exibilidade e celeri-

dade ao processo.

Em 2003, nova legislação trouxe a possibilidade de grande expansão

ao órgão visando atender as demandas geradas pela sociedade e pela inte-

riorização da Justiça Federal. Para tanto, 107 PRMs foram localizadas em

municípios específi cos, enquanto 91 PRMs tiveram especifi cadas as regiões

onde deveriam ser implantadas, fi cando a critério da Administração do

MPF sua localização municipal.

Considerando a última lei editada, já foram criadas 159 PRMs com locali-

zação defi nida e 111 sem localização defi nida (tabela 1).

PROCESSO DE CRIAÇÃO DE PRMs

7Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

Tabela 1: Normas de criação de PRMs com quantitativo e saldo remanescente

Norma e AnoQuantidade de PRMs criada

Saldo

Decreto-lei 2.386 de 198719 PRMs

com localização defi nida1

Lei 8.252 de 199111 PRMs

com localização defi nida0

Lei 9.035 de 19955 PRMs

com localização defi nida0

Lei 9.037 de 19957 PRMs

com localização defi nida0

Lei 10.053 de 2000

10 PRMs com localização defi nida

20 PRMs sem localização defi nida

0

20*

Lei 10.771 de 2003

107 PRMs com localização defi nida

91 PRMs sem localização defi nida

23

60

Total

159 PRMs com localização defi nida

111 PRMs sem localização defi nida

24

80

* Vale ressaltar que as 20

procuradorias implan-

tadas antes da aprovação

da Lei 10.771/2003,

em municípios sem

localização defi nida,

foram nominadas pela

referida lei, permitindo a

utilização das 20 PRMs

inominadas criadas pela

Lei 10.053/2000.

O advento da Lei 12.011/2009, que criou 230 varas federais, e da Reso-

lução nº 102/2010 do Conselho da Justiça Federal (CJF), que defi niu a lo-

calização e o cronograma de implantação dessas varas, gerou uma demanda

de implantação de procuradorias em 64 municípios onde não existe PRM.

Há, ainda, onze municípios com varas federais criadas por leis anteriores que

não possuem Procuradoria da República, num total de 75 municípios* sem

PRM, como disposto na tabela 2.

* O Anexo I apresenta a lista dos municípios onde não há PRM implantada em que há varas federais ou com previsão de

implantação, incluindo informações sobre o município e ano de implantação da vara.

8C

art

a d

e C

onj

untu

ra

Tabela 2: Número de municípios com relação à existência de varas federais e procuradorias da República

Região UF

Números de Municípios

com varas implantadas

com varas a implantar

com PRMs

semPRMs

Total

1ª Região

ACAMAPBADFGOMAMGMTPAPIRORRTO

1211217419553312

1124

2182431

1

1211214316452211

1124

52113442

2

23316195

27796413

Total 66 30 55 41 96

2ª RegiãoESRJ

620

420

2 620

Total 26 24 2 26

3ª RegiãoMSSP

730

111

632

29

841

Total 37 12 38 11 49

4ª RegiãoPRRSSC

182117

3172117

13

182417

Total 56 3 55 4 59

5ª Região

ALCEPBPERNSE

384933

11222

243633

25352

4961153

Total 30 8 21 17 38

Total Geral 215 53 193 75 268

Elaboração própria. Fonte

dos dados: Site CJF, em

31/12/10. Lei 10.772/2003,

Resolução CJF 102/2010,

dados administrativos

da Secretaria de Planos

e Orçamentos do MPF.

OBS: nessa análise não

foram considerados

municípios que possuem

apenas Juizados Especiais

Federais autônomos.

Coxim/MS também não

foi considerado como

município com PRM por

não haver portaria criando

essa procuradoria.

9Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

Apesar de o MPF ainda dispor de 104 PRMs a serem implantadas, essas

previsões legais não contemplam a maioria dos municípios da 1ª Região que

não contam com a presença do Parquet mas que possuem varas federais ou

previsão destas. Para sanar este problema, está em estudo a elaboração de um

Anteprojeto de Lei pela Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica

(AMGE) para que fossem redistribuídas as PRMs entre as diferentes regiões,

adequando, assim, a demanda futura de PRMs com a interiorização da Justiça

Federal.

Adicionalmente, considerando a defasagem do número de cargos de

procuradores (824) em relação ao de juízes federais (1649), foi proposto o

Projeto de Lei 2202/2011 com vistas à criação de 660 novos cargos de Pro-

curadores da República até 2020. A iniciativa tem como objetivo equiparar

o número de procuradores com o de juízes federais que atuam perante uma

vara federal, desconsiderando os Juizados Especiais Federais autônomos –

JEF’s autônomos.

Todas as Procuradorias da República nos Municípios implantadas até o

momento estão localizadas em cidades que possuem varas federais em fun-

cionamento, seguindo o comando não unívoco da Lei Complementar 75/93

em seu art.81, parágrafo único.

Entretanto, observa-se uma lacuna no ordenamento vigente quanto à

competência para autorizar, priorizar e defi nir critérios para a implantação de

Procuradorias da República em Municípios. Tradicionalmente, essa função

tem sido exercida pelo PGR, ouvido o Conselho Superior do MPF (CSMPF),

quando defi nem a alocação de vagas para o concurso de ingresso na carreira

de membros. Cumpre observar que o Regimento Interno do MPF estabelece

no art. 4º, incisos XXV e XXVI, que compete ao Procurador-Geral da Repú-

blica defi nir e fi xar as estruturas administrativas das unidades e autorizar a

criação de procuradorias pólo – competência esta proferida pela LC 75/93 em

seu art. 49, inciso XX.

Atualmente, a instalação de nova PRM segue o seguinte fl uxo (fi gura 1):

2 INSTALAÇÃO DE PRMS

10C

art

a d

e C

onj

untu

ra

Previsão legal ou implantação de nova vara federal;1.

Procurador-chefe da Procuradoria da República no Estado solicita ao 2.

Procurador-geral da República (PGR) a implantação de PRM no município

indicado;

PGR encaminha processo ao Secretário-geral (SG);3.

SG solicita avaliação de viabilidade para Secretarias Nacionais;4.

AMGE verifi ca se há previsão legal de instalação de PRM e prioridade de 5.

lotação de membros nos devidos municípios, como defi nido pelo PGR;

SPO avalia a disponibilidade orçamentária;5.1.

SGP avalia disponibilidade de pessoal (membros e servidores);5.2.

AMGE sugere modelo de implantação, ou seja, se a unidade será implan-6.

tada in loco ou se a procuradoria será criada como uma satélite, na qual

membros e servidores são lotados na Procuradoria da República mais

próxima (procuradoria pólo);

SG encaminha proposta para o PGR;7.

PGR defi ne se há implantação de PRM;8.

PGR cria portaria e 10. informa demandante;9.

SG toma providências e 12. informa demandante;11.

Procuradores-chefes recebem informações.13.

Figura 1: Fluxograma atual de solicitação de implantação de PRM

Cria

ção d

e PRM

sPG

RSG

Proc

urad

ores

-Che

fes

11Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

Conforme descrito na fi gura 1, após a previsão legal ou implantação de

nova vara federal em um município, os procuradores-chefes das respectivas

unidades gestoras realizam uma das seguintes demandas:

3.1 Implantação de PRM

3.2 Fusão de PRM

Motivo: existência ou implantação de vara federal (exceto Juizado Espe-

cial Federal Autônomo) em município onde não há PRM.

Análise: Secretaria Geral do MPF avalia a disponibilidade e/ou viabilida-

de dos seguintes itens: i) dotação orçamentária, ii) membros e servidores para

lotação, e iii) cargos em comissão e funções de confi ança conforme porte da

PRM.

Autorização: Procurador-Geral da República.

Implicação: 1) Aluguel, compra ou construção de imóvel; e 2) lotação de

membros e servidores.

Obs: Vale esclarecer que, enquanto a nova PRM não é instalada, o pro-

curador destinado à unidade é lotado provisoriamente na Procuradoria da

República localizada na capital do Estado.

Motivo: implantação de vara federal (exceto Juizado Especial Federal Au-

tônomo) em município onde não há PRM, mas, por existir Procuradoria da

República em município próximo, considera-se conveniente que os processos

relacionados àquele município sejam de responsabilidade do município com

Procuradoria instalada. Neste caso, o município com Procuradoria instalada

é denominado pólo, enquanto que o município sob sua atuação é denomi-

nado satélite. Em outras palavras, a procuradoria itinerante é chamada de

PRM-satélite.

3 - TIPOS DE SOLICITAÇÕES

12C

art

a d

e C

onj

untu

ra

Análise: Secretaria Geral do MPF avalia a disponibilidade e/ou viabilida-

de dos seguintes itens: i) dotação orçamentária, ii) membros e servidores para

lotação, e iii) cargos em comissão e funções de confi ança conforme porte da

PRM.

Autorização: Procurador-Geral da República.

Implicação: 1) O número de varas existentes no município satélite passa

a ser considerado no quantitativo sob jurisdição do município pólo; 2) rea-

liza reestruturação de PRM considerando o novo quantitativo de varas sob

jurisdição da PRM pólo; e 3) pagamento de ¼ da diária destinado a ressarcir

os custos de deslocamento da procuradoria pólo para a satélite de membros e

servidores, quando necessário.

Obs: não há aluguel nem compra de imóveis referente a esse tipo de so-

licitação.

3.3 Reestruturação de PRM

Motivo: implantação de vara federal (exceto Juizado Especial Federal

Autônomo) em município onde há PRM.

Análise: Secretaria Geral do MPF valida a alteração dos critérios que

demandam a modifi cação do grupo ao qual a PRM pertence e verifi ca a dis-

ponibilidade e/ou viabilidade dos seguintes itens: i) dotação orçamentária, ii)

membros e servidores para lotação, e iii) cargos em comissão e funções de

confi ança conforme porte da PRM.

Autorização: Procurador-Geral da República.

Implicação: lotação de membros, servidores e/ou funções decorrentes

do acréscimo de varas federais, caso seja pertinente.

13Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

De acordo com o §2° do art. 1° do Regimento Interno do MPF, “as Pro-

curadorias da República nos Municípios são unidades de lotação vinculadas

às Procuradorias da República da respectiva unidade da Federação, sendo

denominadas como unidades administrativas”. Elas são classifi cadas em três

grupos (art. 101):

1º Grupo – com atuação perante a cinco ou mais varas; ˙

2º Grupo – com atuação perante a três ou quatro varas; e ˙

3º Grupo – com atuação perante a uma ou duas varas. ˙

A estrutura para implantação das PRMs é defi nida a seguir:

4 - ESTRUTURA DAS PRMS

Setor de Autuação

e Distribuição

Setor de Acompanhamento

Processual

Setor de Apoio Administrativo

Setor de Pessoal

Coordenadoria

Subcoordenadoria Jurídica

Subcoordenadoria Administrativa

Figura 2: Estrutura organizacional das Procuradorias da República nos Municípios

1 CC12 FC24 FC1

1 Analista Processual1 Analista Administrativo12 Técnicos Administrativos

1 Técnico de Informática3 Técnicos de Transporte

1º Grupo (art. 102)

14C

art

a d

e C

onj

untu

ra

Coordenadoria

Subcoordenadoria Jurídica

Subcoordenadoria Administrativa

2º Grupo (art. 103)

SetorAdministrativo

Setor Jurídico

Coordenadoria

3º Grupo (art. 104)

1 FC32 FC2

1 Analista Processual8 Técnicos Administrativos2 Técnicos de Transporte

1 FC32 FC1

2 Técnico Administrativo1 Técnico de Transporte

Fonte: Regimento Interno MPF 2010 e documentos da Assessoria de Planejamento, Organização e Desenvolvimento (APOD).

Nota: AP – Analista Processual; AA – Analista Administrativo; FC – Função Comissionada; TA – Técnico Admi-

nistrativo; TI – Técnico de Informática; TT – Técnico de Transporte.

Obs: Para cada procurador a mais nas PRMs, considera-se a inclusão de mais um analista processual, um técnico

administrativo e uma FC2. Municípios localizados em zona de fronteira apresentam estruturas mais robustas,

porém não existe um critério padrão para alocação de membros, servidores e funções para essas áreas.

15Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

Atualmente, existem 139 Procuradorias da República nos Municípios (ver

Anexo II), abrangendo 27 PRMs satélites, localizadas em 22 estados. Dessas,

101 estão classifi cadas no 3º grupo, 25 classifi cadas no 2º e 13 classifi cadas no

1º, conforme pode ser visualizado na tabela 5. Destaca-se a concentração de

unidades nas Regiões Sudeste e Sul, com pelo menos 15 procuradorias em

cada estado, exceto no Espírito Santo.

5 - SITUAÇÃO ATUAL

Elaboração própria.

Fonte: dados administrativos

da Secretaria de Planos e

Orçamento do MPF.

Figura 3: Procuradorias por grupo e estado

AL PAGO RJAM PBMA RNBA PEMG ROCE PIMS RS SEES PRMT SC SP

1 1

11 1 1

1

11 1 1

1

9 910 10

12

144

3 3 3 3 3 3

8

3

36

7

6

3

6

41

1

1

2

2

2

1

2

2

2

22

2

3º Grupo 2º Grupo Satélite1º Grupo

16C

art

a d

e C

onj

untu

ra

A AMGE realizou um levantamento sobre a situação dos imóveis das 139

PRMs. A maioria delas (70,5%) encontra-se em imóveis alugados e apenas 27

(19,4%) estão em imóveis próprios (fi gura 4). Das 98 alugadas, seis já possuem

sede própria que estão em processo de reforma, enquanto dentre as demais, duas

já possuem imóveis alugados e uma possui nova sede própria.

Fonte: AMGE/SG,

Pesquisa sobre PRMs.

Figura 4: Situação dos imóveis das 139 PRMs

Própria Alugada Não responderamOutros

19%

3%7%

71%

27

410

98 Tipos de Unidades

17Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

O atual modelo de criação de PRMs não gera efi ciência na tomada de de-

cisão, onerando tanto as Procuradorias da República nos Estados, bem como

a administração central pelo fato de que cada solicitação é avaliada individu-

almente sem que haja critérios técnicos previamente defi nidos. Apesar de o

modelo ter sido adequado no passado, a previsão de implantação de 230 varas

federais até 2014 não permite que o Ministério Público Federal avalie cada

situação sem considerar o impacto de todas as implantações do Judiciário.

É necessário realizar um estudo para avaliar os impactos da interiorização

da justiça, defi nir a estratégia e um cronograma de implantação de PRMs,

planejado de tal forma que as futuras unidades possuam:

previsão legal; ˙

previsão orçamentária de custeio para despesas correntes; ˙

previsão orçamentária para despesas com pessoal (membros e servidores); ˙

reserva de vagas de membros e servidores do concurso em vigor; ˙

levantamento de imóveis disponíveis para locação ou aquisição. ˙

Vale destacar que não existe normatização específi ca nem resolução acerca

desse processo, tampouco um manual que defi na as etapas de solicitação e

implantação de novas unidades administrativas. A falta dessa normatização

refl etiu-se na ausência de padronização na ação da Administração para efe-

tivar as implantações. A carência de procedimentos escritos já acarretou a

implantação de procuradorias satélites, sem justifi cativa documentada, em

locais onde não há presença de varas federais. Sugere-se, dessa forma, que o

procedimento de criação de novas unidades administrativas seja normatizado

e que toda implantação seja autorizada por meio de portaria do Procurador-

Geral da República.

Dessa forma, considerando que a Resolução nº 102/2010 do CJF prevê a

localização e o tipo das varas federais a serem implantadas até 2014, sugere-se

que, antecipadamente, seja deliberada, baseada em critérios objetivos, a perti-

nência de criação de PRMs e as prioridades de implantação pelo Procurador-

6 CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPLANTAÇÃO DE PRM

18C

art

a d

e C

onj

untu

ra

Geral da República, assim como a lotação de membros e servidores nessas

unidades, de acordo com o fl uxograma apresentado a seguir:

PGR ou CSMPF ou CGE* solicita estudo sobre implantação de PRM;1.

Secretaria Geral realiza estudo baseado em critérios defi nidos pelo 2.

CSMPF;

SG encaminha estudo para interessados;3.

PGR defi ne prioridades, ouvido o CSMPF;4.

Portaria PGR estabelece cronograma de implantação;5.

PGR publica portaria e 7. Informa interessados;6.

SG realiza inclusão na proposta orçamentária de custeio da nova PRM, 8.

recursos para construção ou aluguel de imóveis, bem como recursos de

pessoal para fazer frente à lotação de membros e servidores nas devidas

procuradorias; e 9. informa interessados.

Figura 5: Fluxograma de proposta para implantação de PRM

* O Comitê de Gestão Estratégica (CGE) faz parte do Sistema Integrado de Gestão Estratégica e Govenança (SIGE), criado pela

Portaria PGR nº733/2011, e é responsável por assessorar as atividades relativas à modernização da gestão administrativa do MPF.

Reun

ião d

e Est

rutu

ra /

Cria

ção d

e PRM

PGR

SG

7.

8. 9.

19Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios

Com o intuito de subsidiar a tomada de decisão quanto à localização de

Procuradorias da República de 1ª Instância e sua estrutura administrativa,

foi apresentado um estudo preliminar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),

como parte do Projeto de Modernização da Gestão Administrativa, durante

o I Encontro Nacional de Governança e Integração da Gestão Administrativa

do MPF, que aconteceu entre os dias 4 e 8 de abril de 2011. Após as apresen-

tações, os procuradores-chefes das Procuradorias Regionais e das Procura-

dorias da República nos Estados e seus convidados fi zeram questionamentos

e sugestões sobre a proposta. Com base nas discussões suscitadas durante

esse encontro, a FGV aperfeiçoou o seu modelo que foi apresentado no II

Encontro de Governança, que ocorreu entre os dias 27 e 29 de junho de 2011.

Por fi m, a proposta fi nal da FGV foi apresentada nos dias 27 e 28 de setembro

durante a I Reunião de Avaliação Estratégica (RAE).

Concomitantemente, a Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica

(AMGE) do MPF, com o objetivo de aperfeiçoar o modelo apresentado pela

FGV, elaborou um modelo alternativo para a implantação de novas PRMs e

para a defi nição de critérios de estrutura das unidades de 1ª instância, uti-

lizando variáveis de fácil mensuração e que consolidam as varáveis citadas

durante as discussões nos referidos encontros de governança.

ESTUDO SOBRE PROCURADORIAS DE 1ª INSTÂNCIA

20C

art

a d

e C

onj

untu

ra

A proposta de implantação ou localização de unidades do MPF apresentada

pela FGV pode ser dividida em quatro partes: 1) a defi nição de circunscrições

geográfi cas; 2) a criação de um indicador de intensidade de demanda (IID);

3) a criação de um índice de feitos por procurador (IFP); e 4) a proposição de

critérios para avaliar a prioridade de implantação de novas procuradorias e

para defi nir o dimensionamento das unidades.

1 - PROPOSTA DA FGV

1.1 Defi nição das circunscrições geográfi cas

1.2 Índices de intensidade de demanda (IID)

A primeira etapa foi a proposição de conjuntos de municípios com carac-

terísticas econômicas, sociais, políticas e demográfi cas similares, chamados

de circunscrição geográfi ca. Os municípios pertencentes a cada circunscrição

foram selecionados com base na proximidade com o município “sede” e com a

utilização de critérios do IBGE como microrregião, região metropolitana, colar

metropolitano e regiões integradas de desenvolvimento. Foram propostas 241

circunscrições geográfi cas, sendo 166 localizadas em municípios onde há a pre-

sença de procuradoria de 1ª instância, 58 em municípios onde serão criadas varas

federais, e 17 onde não há presença nem do MPF nem do Judiciário Federal.

O IID busca apontar a efetiva necessidade da população, refl etindo a di-

nâmica socioeconômica e demográfi ca, além de estar atrelado às atribuições

constitucionais do MPF. Para defi nir um indicador de demanda que permita

determinar qual circunscrição tem potencial para abrigar uma nova unidade

do MPF, foram utilizadas variáveis exógenas*. Esse índice foi dividido em

sete dimensões, que foram normalizadas, recebendo valores entre 0 e 1 para

fi ns de comparação. O Índice de Intensidade de Demanda do MPF seria

obtido a partir da média aritmética simples (com ou sem ponderação) das sete

dimensões, apresentadas a seguir:

* Variável exógena é uma variável que não é afetada pela atuação dos membros do Ministério Público Federal (ex: população).

21Pro

curad

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Repúb

lica no

s Municíp

ios

Fiscalização da administração pública: ˙ número de convênios do Go-

verno Federal fi rmados.

Meio ambiente: ˙ áreas de unidades de conservação federais, aglomeração

de municípios em zona costeira, ocorrências com alto impacto observadas

com freqüência no meio ambiente municipal nos últimos 24 meses.

Ordem econômica, tributária e direitos do consumidor: ˙ PIB per capita e

densidade demográfi ca.

Patrimônio cultural, artístico e histórico: ˙ número de unidade tom-

badas pela União.

Crimes comuns, violência e controle da atividade policial: ˙ aglome-

ração de municípios em zona de fronteira, movimentação de carga em

portos e aeroportos, movimentação de passageiros em aeroportos.

Direitos humanos e políticas sociais: ˙ IDH.

Minorias: ˙ população indígena e comunidades quilombolas.

1.3 Índice de feitos por procurador (IFP)

O IFP busca demonstrar a demanda existente de cada unidade, relativiza-

da pelo número de procuradores, utilizando a seguinte fórmula:

média histórica de entrada de processos em cada unidade

número de procuradores existentes em cada unidade.IFP =

Durante os encontros, foi proposta a inclusão de diversas outras variáveis

no cálculo do IFP (com ou sem a utilização de pesos), a saber:

Proposta 1

Número de ações penais em trâmite na primeira instância; ˙

procedimentos investigatórios criminais em andamento; ˙

número de ações civis públicas cadastradas no MPF e em trâmite na pri- ˙

meira instância;

peças informativas de natureza criminal autuadas no último ano; ˙

inquérito policial em trâmite; ˙

peças informativas de natureza cível autuadas no último ano; ˙

mandados de segurança; e ˙

ações ordinárias em que é necessária a intervenção do MPF. ˙

22C

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Proposta 2

Ajuizamento de ações penais; ˙

procedimentos investigatórios criminais em andamento; ˙

ajuizamento de ações civis públicas; ˙

expedição de recomendações; ˙

celebração de compromisso de ajustamento de conduta; ˙

alegações fi nais; ˙

pareceres em medidas assecuratórias; ˙

indicação de diligências em inquérito policial; ˙

parecer processual com análise mérito; ˙

arquivamento criminal; ˙

despachos em procedimentos investigatórios criminais; ˙

arquivamento; ˙

procedimento administrativo/ inquérito civil; ˙

peças informativas; ˙

despachos em procedimentos administrativos/ Inquéritos civis; ˙

instauração de procedimentos investigatórios criminais; ˙

instauração de inquéritos civis; ˙

cotas diversas em inquérito policial; e ˙

parecer processual sem análise do mérito. ˙

1.4 Critérios para implantação e dimensionamento das unidades

Para definir a implantação de nova unidade do Parquet, as circuns-

crições propostas seriam ordenadas de acordo com o IID e aquelas

que f icassem acima da mediana, ou seja, que estivessem entre as 120

melhores posicionadas, deveriam possuir ao menos uma unidade do

Ministério Público Federal. As 120 primeiras seriam denominadas uni-

dades com “Alta demanda potencial” e as demais com “Baixa demanda

potencial”.

23Pro

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Repúb

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ios

Com o intuito de avaliar o dimensionamento das unidades, seria utilizada

uma combinação do IDD e do IFP. O IDD seria recalculado utilizando as

circunscrições fi nais, que seriam divididas em alta e baixa demanda potencial.

Para o IFP, seria proposto um ponto de corte (não apresentado pela FGV),

que defi niria se a unidade está operando acima ou abaixo de sua capacidade.

A combinação desses resultados implicaria em quatro situações, apresentadas

a seguir com suas respectivas propostas:

Situação 1: Alta “demanda potencial” e unidade operando “acima da ca- ˙

pacidade”.

Proposta: aumentar a estrutura.

Situação 2: Alta “demanda potencial” e unidade operando “abaixo da ˙

capacidade”.

Proposta: manter a estrutura existente e orientar a unidade para uma

postura proativa.

Situação 3: Baixa “demanda potencial” e unidade operando “acima da ˙

capacidade”.

Proposta: caso excepcional, estudar solução particular.

Situação 4: Baixa “demanda potencial” e unidade operando “abaixo da ˙

capacidade”.

Proposta: reduzir a estrutura.

Circunscrições geográfi cas

Para a Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica, os municípios

“sedes” das circunscrições geográfi cas das unidades do Ministério Público

Federal devem acompanhar a localização de varas federais, em consonância

com a Lei Complementar 75/93 em seu art. 81, parágrafo único, haja vista o

atual passivo existente de 72 municípios que possuem vara federal, mas não

possuem PRM. Nada impede, entretanto, que num momento futuro existam

unidades do Parquet em municípios onde não há vara federal.

1.5 Considerações sobre estudo da FGV

24C

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ra

Índices de intensidade de demanda e de feitos por procurador

Para ambos os índices, a FGV propôs a utilização de um excessivo número

de variáveis que, ao fi nal, criam indicadores difíceis de serem mensurados e

que não possuem um signifi cado objetivo e de fácil explicação.

A inclusão de diversas variáveis se assemelha ao termo pejorativo utili-

zado em econometria: o kitchen sink (ou pia da cozinha), que é incluir uma

longa lista de variáveis para explicar um determinado fenômeno. Em outras

palavras, são jogadas diversas informações na pia na espera que saia algo

bom dessa variedade de elementos. Quando diversos dados são analisados

conjuntamente, observam-se diversos problemas: 1) as informações apresen-

tadas podem não ser comparáveis, gerando difi culdade na mensuração e no

entendimento do indicador fi nal; 2) as variáveis, por serem muito específi cas,

geram um viés na análise fi nal do indicador; e 3) pode surgir o problema de

multicolinearidade das variáveis explicativas.

O primeiro problema apresentado, a comparação entre as variáveis, pode

ser exemplifi cado utilizando a própria atribuição multifacetada do Minis-

tério Público Federal. Ou seja, como podemos criar um indicador que leve

em consideração um Processo Investigatório Criminal, um Procedimento

Administrativo em matéria ambiental e um Procedimento Administrativo de

improbidade administrativa? Pela materialidade do fato? Pelo impacto social?

Pelo tempo necessário para realizar tal procedimento? Com certeza poderiam

ser utilizados pesos ou ponderações para equilibrar essa equação. Entretanto,

cada procurador teria uma opinião distinta com relação a cada um desses pesos.

Além disso, cada temática poderia ser pormenorizada de modo a representar

a especifi cidade de cada caso, não fi cando claro até que nível essas distinções

seriam feitas. Vale ressaltar que não se pretende negar a importância de cada

uma dessas variáveis em sua avaliação, mas sim que essas variáveis sejam uti-

lizadas na avaliação do caso concreto dos resultados e não na formulação do

indicador em si (ver item 2.3 – Validação das pontuações).

O segundo problema, que é um desdobramento do primeiro, refere-se à

especifi cidade de algumas informações propostas. Por exemplo, informações

como municípios em zona de fronteira e litorânea, e movimentação de cargas

e passageiros em aeroportos são características peculiares de determinadas

regiões, de modo que sua inclusão favorece áreas específi cas e gera um viés do

25Pro

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Repúb

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resultado fi nal de acordo com as variáveis selecionadas. Novamente, sugere-

se que essas variáveis sejam utilizadas na validação e avaliação do indicador

frente ao caso concreto das unidades.

Por fi m, a multicolinearidade representa um fenômeno estatístico que

ocorre quando duas variáveis explicativas são altamente correlacionadas, ge-

rando estimativas menos precisas e a utilização de informações redundantes.

No caso da criação de um indicador, a utilização de variáveis correlacionadas

dá maior peso para um determinado aspecto. Por exemplo, a utilização do

número de passageiros e de carga em aeroportos está relacionada com o porte

do aeroporto. Ou seja, aeroportos de maior porte como Guarulhos e Tom

Jobim apresentariam maior movimentação tanto de cargas como de pessoas,

gerando um peso maior para esses aeroportos de maneira desproporcional.

Adicionalmente, aeroportos de maior porte estão localizados em cidades que

possuem um Produto Interno Bruto maior. Em outras palavras, ao tentar es-

pecifi car um determinado problema por meio da inclusão de mais variáveis,

dá-se maior ênfase a uma determinada característica que poderia ser avaliada

considerando apenas uma única variável com característica mais global.

Critérios de defi nição de implantação e de dimensionamento

Ao propor que o ponto de corte do Índice de Intensidade de Demanda seja

a posição da circunscrição em relação à mediana, a FGV faz com que a classifi -

cação das unidades seja dependente do número de circunscrições propostas e

não apenas da demanda efetiva estimada. Em outras palavras, se o número de

circunscrições propostas fosse de 500 ao invés de 241, teríamos 250 localidades

caracterizadas como “Alta demanda potencial”, ao invés de 120. Adicionalmen-

te, essa proposta desconsidera que já existem 139 unidades implantadas, o que

difi cultaria a implantação de novas unidades.

Por fi m, quando avaliamos o critério para a defi nição do dimensionamento da

unidade, essa classifi cação binária faz com que exista um tratamento diferenciado

para unidades que apresentem classifi cações distintas, mas que estão muito pró-

ximas uma das outras. Ou seja, enquanto a unidade na posição 120 é considerada

“Alta demanda potencial”, a 121 é considerada “Baixa demanda potencial”, sendo

que a diferença real entre elas é provavelmente muito baixa. Portanto, a defi nição

de um ponto de corte pode prejudicar unidades que estão próximas a esse ponto.

26C

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O objetivo da AMGE foi propor uma metodologia inicial para alocar

recursos conforme critérios técnicos previamente defi nidos, utilizando

um indicador que refl etisse e consolidasse as sugestões dos procuradores-

chefes presentes nos Encontros de Governança do MPF e de modo a evitar

os possíveis problemas apresentados pela proposta da FGV. O indicador a

ser apresentado não busca estimar a estrutura ideal, mas apenas auxiliar os

tomadores de decisão com uma ferramenta técnica que refl ita a necessidade

das unidades do MPF.

Para tanto, a proposta considerou a jurisdição das Procuradorias da República

de 1ª instância existentes, ou seja, os municípios sob responsabilidade de cada

procuradoria, e variáveis exógenas à atuação do MPF que agem como proxies* da

demanda efetiva (demanda atual + reprimida) de atuação do Parquet.

2 ESTUDO DA AMGE

Quatro indicadores foram propostos, todos eles ponderados pelo número

de procuradores nas Procuradorias da República de 1ª Instância, a saber:

População de 2010 por procurador: ˙ este indicador busca refl etir a de-

manda social e o número de pessoas que podem ser afetas por programas

sociais e que estão na faixa de pobreza. Esse indicador também guarda

correlação com a quantidade de órgãos federais, que geralmente estão

presentes em localidades com maior porte populacional.

Produto Interno Bruto (PIB) de 2008 por procurador: ˙ este indicador

refl ete o orçamento municipal, a movimentação de mercadorias, assim como

está relacionado à existência de grandes empreendimentos.

Número de municípios por procurador: ˙ este indicador está diretamen-

te relacionado com a quantidade de atos de improbidade administrativa e a

quantidade de convênios federais com municípios.

Área por procurador: ˙ está relacionado com a existência de áreas de pro-

teção ambiental, assim como tem impacto no tempo de deslocamento dos

membros para áreas mais distantes, e no acesso da população ao MPF.

2.1 Indicadores Propostos

* Proxy – mede indiretamente a variável de interesse utilizada quando o objeto de estudo é difícil de medir ou observar.

Obs: Sugere-se não utilizar o número de entradas ou manifestações, pois esses podem ser facilmente viesados por interesses temáticos,

regionais ou pela falta de padronização na alimentação do banco de dados do MPF. Adicionalmente, a utilização das mencionadas variáveis

é insufi ciente para captar a demanda reprimida de alguns municípios que não contam com a presença física de uma unidade do MPF.

27Pro

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Para cada um desses indicadores foi avaliada a distribuição estatística e, em

seguida, as procuradorias de 1ª instância foram divididas em quartis (ou seja,

em grupos representando 0-25%, 25-50%, 50-75% e 75-100%). Atribuiu-se um

ponto para as unidades que apresentaram os piores resultados (75-100%) em

cada um dos indicadores e retirou-se um ponto das unidades com as situações

mais brandas (0-25%, ver tabela 3). Essa proposta tem o intuito de reduzir as

desigualdades das diversas procuradorias ao pontuar apenas os extremos de cada

um dos indicadores. Por exemplo, quando o indicador habitantes por procu-

rador é analisado, é possível identifi car uma procuradoria onde o procurador é

responsável por mais de 1,4 milhões de pessoas, enquanto em outra procurado-

ria cada procurador é responsável por 61,7 mil habitantes.

Tabela 3: Faixas de pontuação por indicador.

Indicadores

Habitantes (mil) Municípios PIB (R$ bilhões) Área (km²) Pontos

75% - 100% 521,5 - 1.423 25 - 80 6,4 - 23,4 21.363 - 173.719 1

25% - 75% 215,2 - 521,5 5 - 25 2,9 - 6,4 2.664 - 21.363 0

0 - 25% 61,7 - 215,2 0,1 - 5 0,4 - 2,9 37 - 2.664 -1

Elaboração própria. Fonte

dos dados: Ipeadata e

dados administrativos

da Secretaria de Planos

e Orçamentos do MPF.

OBS: Todos os indicadores

estão ponderados pelo

número de procuradores de

cada unidade.

Após analisar os indicadores, cada município onde está localizada uma

procuradoria de 1ª instância recebeu uma pontuação fi nal entre -4 e 4. Por

exemplo, se no município X cada procurador for responsável, em média,

por 600 mil habitantes, um PIB de 8 bilhões, uma área de 1.500 km², e 8

municípios, a procuradoria mencionada receberia 1 ponto nos indicadores

habitante e PIB e perderia 1 ponto no indicador área, totalizando 1 ponto

após somar-se a pontuação de cada um dos indicadores.

Dessa maneira, das 166 procuradorias da República de 1ª instância

instaladas, 37 (22,2%) tiveram pontuação de 2, 3 ou 4, sugerindo que essas

procuradorias têm estrutura mais defasada com relação a outras procura-

dorias (fi gura 6).

2.2 Pontuação dos Indicadores

28C

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Pela tabela 4, nota-se que as unidades em situação crítica (pontuações 2,

3 ou 4) possuem um número menor de procuradores do que as unidades em

situação admissível (pontuações -2, -3 ou - 4). Entretanto, nas unidades em

pior situação, cada membro é responsável, em média, por uma quantidade

maior de pessoas, de PIB, de municípios e de área de abrangência, indicando

que pode haver uma inversão de prioridade na alocação de Procuradores da

República em áreas que apresentam menor demanda estimada.

Figura 6: Quantidade de procuradorias de 1ª instância por pontuação

10%

18%11%

4%

3%

10%

21%

15%8%

17

3019

7

5

16

35

2413

Percentual de Unidades

Elaboração própria.

Fonte: AMGE/SG.

Estudo sobre procura-

dorias da República de 1ª

instância.

4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4

29Pro

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Tabela 4: Média dos indicadores por pontuação.

Número por procurador

Número de Procuradores

Habitante (mil) PIB (R$ bilhões) Municípios Área (km²)

-4 4,8 129,2 1,9 2,0 845

-3 11,6 167,7 3,0 3,3 4.229

-2 5,7 205,2 3,1 5,1 17.522

-1 5,3 276,0 5,0 12,3 11.982

0 3,0 357,2 5,5 13,4 15.791

1 1,7 401,2 4,9 24,6 19.435

2 1,3 640,4 9,8 20,4 21.392

3 1,3 835,6 6,9 38,3 38.674

4 1,0 879,2 11,0 46,7 59.714

SituaçãoAdmissível

7,7 183,4 3,0 4,1 10.943

Situação Ruim

3,1 354,6 5,1 17,2 16.231

Situação Crítica

1,2 779,0 8,6 34,0 37.004Elaboração própria.

Fonte dos dados: GPS

Consulta, Ipeadata.

Com o objetivo de avaliar a pertinência da proposta da AMGE, as pontuações

obtidas por cada unidade de primeira instância foram analisadas considerando di-

versas variáveis sugeridas durante os Encontros de Governança, descritas abaixo:

a) número de entradas em 2011 por procurador;

b) número de manifestações em 2011 por procurador;

c) número de unidades de conservação por procurador;

d) número de terras indígenas por procurador;

e) número de comunidades quilombolas por procurador;

f) número de JEFs autônomos por procurador;

g) média municipal do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2000;

h) média municipal do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)

de 2007;

2.3 Validação das Pontuações

30C

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i) taxa de alfabetização de pessoas com 10 anos ou mais - Censo 2010;

j) percentual da população com renda inferior a R$70,00 - Censo 2010;

k) percentual da população com renda inferior a R$127,50 - Censo 2010;

l) média municipal do Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) até junho

de 2010 do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), que é composto por

diversos indicadores:

acesso ao conhecimento; ˙

acesso ao trabalho; ˙

condição habitacional; ˙

desenvolvimento infantil; ˙

disponibilidade de recursos; e ˙

vulnerabilidade. ˙

A tabela 5 apresenta os resultados das variáveis de a-f. Considerando as

variáveis de entradas e manifestações por procurador, percebe-se que, de

modo geral, o número de processos aumenta proporcionalmente à pon-

tuação. Enquanto as procuradorias categorizadas em situação admissível

apresentam uma média de 1.674 entradas e 1.817 manifestações por pro-

curador, aquelas em situação crítica apresentam valores de 2.813 e 3.207,

respectivamente, corroborando a hipótese que os indicadores utilizados

estariam relacionados com parte da demanda institucional.

Similarmente, o número de unidades de conservação, de terras indíge-

nas e de comunidades quilombolas por procurador está relacionado à pon-

tuação, sendo que as unidades em situação crítica apresentaram números

superiores àquelas em localidades com situação admissível. Esses valores

podem estar relacionados à demanda atual do MPF e à demanda reprimida

nessas temáticas. Dessa maneira, quanto maior o número de unidades de

conservação, terras indígenas e comunidades quilombolas por procurador,

menos efetiva será a sua atuação nessas temáticas.

Por fi m, quando avaliamos a quantidade de JEFs autônomos por pro-

curador, verifi camos, em geral, um aumento de responsabilidade para

pontuações maiores.

31Pro

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Tabela 5: Média das variáveis de validação (a - f) por pontuação.

Número por procurador

Entradas ManifestaçõesUnidades de Conservação

Terras Indígenas

Comunidades Quilombolas

JEFs Autônomos

-4 2.251 2.200 0,4 0,2 0,1 0,12

-3 1.460 1.539 0,5 0,5 0,8 0,20

-2 1.687 1.903 0,8 2,3 2,3 0,19

-1 1.596 1.767 0,6 1,9 7,1 0,20

0 1.967 2.186 1,2 1,0 3,5 0,30

1 2.442 2.562 1,0 1,6 6,4 0,23

2 2.945 3.138 1,6 3,2 5,9 0,33

3 2.628 3.033 2,3 1,4 19,1 0,24

4 3.084 3.762 2,5 0,9 7,7 0,00

SituaçãoAdmissível

1.674 1.817 0,7 1,4 1,6 0,18

SituaçãoRuim

2.048 2.222 1,0 1,4 5,3 0,25

SituaçãoCrítica

2.813 3.207 2,1 1,9 12,5 0,23

Foram considerados, também, índices de desenvolvimento municipal,

como o IDH 2000 e o IFDM 2007, assim como a taxa de alfabetização e o

percentual da população com renda inferior a R$ 70,00 e R$ 127,50*, com

base nos resultados preliminares do Censo de 2010 (variáveis g-k, tabela

6). Como demonstram os resultados, as procuradorias em situação crítica

localizam-se próximas a municípios que possuem IDH e IFDM mais baixos,

com piores taxas de alfabetização e com percentuais de pobreza maiores. Isso

pode sugerir que os municípios com presença do MPF em situação crítica

talvez sejam os mesmos que apresentam maior necessidade.

Elaboração própria.

Fonte dos dados:

Transparência MPF,

dados administrativos

da 6ªCCR, ICMBio,

Instituto Palmares,

site CJF.

* O governo brasileiro utiliza diferentes cortes de renda monetária domiciliar per capita para selecionar benefi ciários

para seus programas e políticas sociais, considerando-se pobres as famílias e indivíduos cuja renda domiciliar per

capita situa-se abaixo de determinado patamar de renda monetária (R$ 70 - extremamente pobres para o Programa

Bolsa Família, e R$ 127,50 para o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social de idosos e defi cientes).

32C

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Tabela 6: Média das variáveis de validação (g - k) por pontuação.

IDH 2000IFDM 2007

Taxa de Alfabetização

10+ (2010)

Renda até R$70 (2010)

Renda até R$127,50 (2010)

-4 0,80 0,73 94,2 1,1% 5,3%

-3 0,74 0,67 89,8 3,2% 10,4%

-2 0,73 0,63 88,6 6,0% 16,3%

-1 0,74 0,66 89,0 6,1% 14,6%

0 0,74 0,66 90,0 4,3% 12,1%

1 0,72 0,65 87,0 6,1% 14,5%

2 0,73 0,66 88,9 4,6% 12,6%

3 0,68 0,57 82,5 12,0% 25,8%

4 0,72 0,62 88,2 5,0% 14,2%

Situação Admissível

0,74 0,65 89,7 4,5% 12,9%

Situação Ruim

0,73 0,66 88,7 5,3% 13,5%

Situação Crítica

0,71 0,61 85,8 8,2% 19,2%

Com vistas a aprofundar a análise de indicadores sociais, foi utilizado

o Índice de Desenvolvimento da Família desenvolvido pelo Ministério do

Desenvolvimento Social. Esse índice é composto por diversos indicadores,

que variam de 0 a 1, sendo que valores próximos a 1 representam melhores

condições das famílias. Quando avaliamos os resultados (tabela 7), verifi ca-

mos que há pouca variação nos diversos indicadores quando organizados por

pontuação. Os indicadores de acesso a conhecimento, a trabalho e a recursos

apresentam situações piores nos municípios onde estão localizadas procura-

dorias em situações críticas. O primeiro indicador considera analfabetismo e

escolaridade das famílias, enquanto o segundo indicador considera disponibi-

lidade de trabalho, qualidade do posto de trabalho e remuneração, e o terceiro

considera pobreza, extrema pobreza e geração de renda. Esse resultado está

em linha com os índices de desenvolvimento humano apresentados ante-

riormente (IDH e IFDM), que utilizam indicadores de renda, escolaridade e

saúde em seus cálculos.

Elaboração própria.

Fonte dos dados:

Ipeadata. IBGE

33Pro

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Tabela 7: Média das variáveis de validação (IDF) por pontuação.

IDF – Índice de Desenvolvimento da Família

Geral Vulnera-bilidade

Acesso a Conhecimento

Acesso a Trabalho

Acesso a Recursos

Desenv. Infantil

Condição Habitacional

-4 0,61 0,69 0,42 0,24 0,56 0,94 0,77

-3 0,58 0,68 0,40 0,22 0,49 0,94 0,75

-2 0,57 0,67 0,39 0,20 0,46 0,94 0,73

-1 0,58 0,69 0,40 0,22 0,51 0,94 0,73

0 0,59 0,69 0,40 0,22 0,52 0,95 0,75

1 0,59 0,70 0,38 0,23 0,51 0,95 0,74

2 0,58 0,69 0,39 0,22 0,51 0,95 0,75

3 0,56 0,71 0,35 0,17 0,45 0,95 0,73

4 0,59 0,71 0,38 0,19 0,50 0,95 0,78

Situação Admissível

0,58 0,68 0,40 0,21 0,49 0,94 0,74

Situação Ruim

0,59 0,70 0,39 0,22 0,51 0,95 0,74

SituaçãoCrítica

0,57 0,70 0,37 0,20 0,48 0,95 0,75

Em suma, a pontuação proposta parece estar adequada com a variável de

produtividade, seja entrada ou manifestação, assim como com variáveis que

podem representar a demanda reprimida ou a necessidade social de atuação

do Ministério Público Federal.

Elaboração própria.

Fonte dos dados:

Ministério do

Desenvolvimento Social.

Como pode ser observado, o modelo da AMGE aprecia apenas as Procu-

radorias da República já implantadas, desconsiderando as localidades onde já

existam novas varas federais sem a presença do MPF, ou onde haja previsão de

implantação. Isso se deve a dois motivos: 1) não é possível estimar o número de

procuradores que seriam responsáveis pela nova jurisdição nem determinar os

municípios pertencentes à nova circunscrição, ou seja, não é possível calcular os

indicadores se não tivermos o número de procuradores lotados em tal localidade

nem os municípios da nova circunscrição; e 2) a instalação de nova PRM não

2.4 Instalação de novas procuradorias

34C

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deve considerar apenas a demanda estimada.

Portanto, visando defi nir a localidade da instalação de novas Procuradorias da

República em Municípios (ver anexo I para lista de municípios), a Assessoria de Mo-

dernização e Gestão Estratégica sugere que seja utilizada a distância entre o muni-

cípio com vara federal e a Procuradoria mais próxima como critério inicial, seguido

da avaliação de custo benefício da implantação dessa nova Procuradoria. O critério

distância foi proposto porque está fortemente associado à difi culdade de acesso tanto

dos Procuradores como dos cidadãos, sendo responsável pela demanda reprimida

em algumas regiões do Brasil. Como pontos de corte, a Assessoria sugere:

Acima de 150 km (28 municípios - 38,9%) – implantar nova PRM pólo; ˙

Entre 100 e 150 km (16 municípios - 22,2%) – avaliar custo-benefício e ˙

especifi cidades;

Abaixo de 100 km (28 municípios - 38,9%) – implantar PRM-satélite (aten- ˙

dimento itinerante).

Novamente, esse critério é apenas sugestivo e deve servir como ponto de

partida para a discussão de implantação de nova Procuradoria. É importante

considerar a demanda estimada da Procuradoria da República atual, assim

como as características específi cas da circunscrição ao avaliar o caso concreto.

Vale lembrar que a lotação de um procurador em um novo município signifi ca

que uma unidade já implantada não receberá essa lotação, assim como o custo

de aluguel ou compra de nova unidade e as despesas correntes serão direciona-

das a outras unidades, reduzindo os ganhos de escala de centralizar a atividade

ministerial. Portanto, a criação de nova unidade deve ser bem ponderada para

que os recursos sejam investidos da maneira mais efi ciente, sem que isso res-

trinja o acesso da população e a presença do Estado.

Em levantamento feito junto à Secretaria de Planos e Orçamento, foi

estimado que o custo corrente de uma PRM (água, luz, logística, aluguel) é

de aproximadamente R$580.000,00, excluindo-se as despesas com pessoal e

investimento na aquisição de imóvel. Destarte, após a consideração da distân-

cia, deve-se avaliar se é mais vantajoso para o MPF instalar uma procuradoria

em um novo município ou se é melhor realizar atendimentos itinerantes,

criando PRMs satélites.

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O presente documento teve como objetivo consolidar o conhecimento

existente acerca das Procuradorias da República nos Municípios, propondo

novos fl uxos para implantação e reestruturação de procuradorias, baseado

em estudo elaborado pela Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica

(AMGE).

A análise realizada demonstrou que as informações relativas às PRMs

encontravam-se fragmentadas, apresentando, inclusive, divergências no en-

tendimento quanto à implantação de algumas PRMs satélites. Observou-se,

ainda, inefi ciência na tomada de decisão para a implantação de novas PRMs,

sobrecarregando a administração central pelo número excessivo de solicitações

similares, além de não apresentar retornos satisfatórios aos solicitantes - os Pro-

curadores-chefes. Isso se deve pela falta de padronização desse procedimento.

Considerando a criação de 230 varas federais até 2014, é de suma impor-

tância que o MPF se planeje criando rotinas e critérios para que sua estrutura

não fi que defasada em relação ao Judiciário e, principalmente, para que seus

membros possam cumprir suas atribuições constitucionais.

Para auxiliar na defi nição das lotações de Procuradores da República de

1ª instância, a AMGE apresentou estudo que classifi ca as unidades existentes

baseado em indicadores que relacionam o número de procuradores lotados

em determinada unidade com a população, o produto interno bruto, o nú-

mero de municípios e a área que estão sob responsabilidade dessa unidade, a

denominada jurisdição ou circunscrição geográfi ca. Dessa forma, os tomado-

res de decisão têm informações comparáveis para subsidiá-los na defi nição da

lotação de procuradores por unidade e por estado, assim como na proposição

de implantação de novas unidades (PRMs).

Por fi m, a Assessoria de Modernização e Gestão Estratégica espera que

esse trabalho possa dar início a uma mudança institucional que busque con-

solidar e compartilhar o conhecimento gerado pelos inúmeros membros e

servidores que se dedicam diariamente ao cumprimento da nobre Missão

do Ministério Público Federal: “Promover a realização da justiça, a bem da

sociedade e em defesa do Estado Democrático de Direito”.

CONCLUSÃO

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Anexo I – Lista de municípios sem PRM com vara federal ou com previsão de implantação de vara

Ano UF Nome do Município Dist. Amaz. Front. Pop. PIB Área

* AL União dos Palmares 73 N N 62.358 314 421

* CE Crateús 207 N N 72.812 315 2.988

* CE Iguatu 139 N N 96.495 532 1.017

* CE Quixadá 129 N N 80.604 359 2.020

* CE Tauá 288 N N 55.716 234 4.009

* ES Linhares 109 N N 141.306 2.911 3.502

* GO Aparecida de Goiânia 19 N N 455.657 3.874 288

* MS Coxim 255 N N 32.159 375 6.409

* PE Goiana 62 N N 75.644 542 502

* PE Ouricuri 389 N N 64.358 233 2.423

* PE Palmares 97 N N 59.526 344 339

2010 ES Serra 25 N N 409.267 11.641 554

2010 GO Formosa 152 N N 100.085 655 5.812

2010 GO Uruaçu 228 N N 36.929 304 2.142

2010 MA Bacabal 191 S N 100.014 455 1.683

2010 MG Paracatu 204 N N 84.718 1.092 8.230

2010 MG Teófi lo Otoni 148 N N 134.745 1.044 3.242

2010 MG Unaí 303 N N 77.565 1.334 8.447

2010 MS Bela Vista 125 N S 23.181 213 4.893

2010 MT Diamantino 188 S N 20.341 902 8.230

2010 PB Monteiro 170 N N 30.852 147 986

2010 PI Parnaíba 334 N N 145.705 672 436

2010 PR Guaíra 116 N S 30.704 359 561

2010 RO Guajará Mirim 512 S S 41.656 506 24.856

2010 SP Barretos 97 N N 112.101 1.549 1.566

2010 SP Itapeva 191 N N 87.753 1.056 1.826

2010 SP Mauá 15 N N 417.064 5.677 61

2010 SP Osasco 29 N N 666.740 30.024 64

2010 TO Araguaína 375 S N 150.484 1.445 4.000

2011 AP Laranjal do Jarí 237 S S 39.942 307 30.972

2011 AP Oiapoque 574 S S 20.509 216 22.625

2011 BA Irecê 306 N N 66.181 362 319

Ano = ano de implantação da vara federal; Dist. = Distância em km para o município com Procuradoria da República

mais próximo; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ mi-

lhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.

* Varas criadas pela Lei 10.772/03

OBS: o município de Andradina em São Paulo não foi listado porque possui apenas JEF autônomo.

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Ano Nome do Município Dist. Amaz. Front. Pop. PIB Área

2011 BA Teixeira de Freitas 357 N N 138.341 907 1.164

2011 CE Itapipoca 81 N N 116.065 493 1.604

2011 GO Jataí 104 N N 88.006 1.861 7.174

2011 MG Contagem 15 N N 603.442 14.870 195

2011 MG Manhuaçu 112 N N 79.574 1.119 628

2011 MG Muriaé 140 N N 100.765 886 842

2011 MT Barra do Garças 309 S N 56.560 829 9.079

2011 PA Redenção 354 S N 75.556 552 3.824

2011 PB Guarabira 72 N N 55.326 343 166

2011 PE Arcoverde 97 N N 68.793 329 351

2011 PE Jaboatão dos Guararapes 19 N N 644.620 6.390 259

2011 RN Açu 77 N N 53.227 313 1.303

2011 RN Pau dos Ferros 151 N N 27.745 161 260

2011 RS Capão da Canoa 135 N N 42.040 429 97

2011 RS Gravataí 26 N N 255.660 5.353 464

2011 SP Jundiaí 44 N N 370.126 15.107 432

2011 SP Lins 76 N N 71.432 1.576 570

2011 SP Mogi das Cruzes 46 N N 387.779 6.709 713

2011 SP São Vicente 8 N N 332.445 2.459 149

2011 TO Gurupi 211 S N 76.755 851 1.836

2012 AL Santana do Ipanema 92 N N 44.932 185 438

2012 AM Tefé 576 S N 61.453 271 23.705

2012 BA Alagoinhas 76 N N 141.949 1.156 752

2012 GO Itumbiara 219 N N 92.883 2.047 2.463

2012 MG Ituiutaba 143 N N 97.171 1.326 2.598

2012 MG Ponte Nova 122 N N 57.390 646 471

2012 MG Viçosa 160 N N 72.220 565 299

2012 PA Paragominas 242 S N 97.819 852 19.342

2012 PA Tucuruí 214 S N 97.128 2.591 2.086

2012 PB Patos 118 N N 100.674 543 473

2012 PI Floriano 190 N N 57.690 395 3.410

2012 SP Catanduva 68 N N 112.820 1.887 291

2013 AC Cruzeiro do Sul 732 S S 78.507 594 8.779

Ano = ano de implantação da vara federal; Dist. = Distância em km para o município com Procuradoria da Repú-

blica mais próximo; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$

milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.

* Varas criadas pela Lei 10.772/03

OBS: o município de Andradina em São Paulo não foi listado porque possui apenas JEF autônomo.

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Ano = ano de implantação da vara federal; Dist. = Distância em km para o município com Procuradoria da Repú-

blica mais próximo; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$

milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.

* Varas criadas pela Lei 10.772/03

OBS: o município de Andradina em São Paulo não foi listado porque possui apenas JEF autônomo.

Ano Nome do Município Dist. Amaz. Front. Pop. PIB Área

2013 BA Bom Jesus da Lapa 139 N N 63.480 327 4.200

2013 MA Balsas 312 S N 83.528 897 13.142

2013 MG Janaúba 130 N N 66.803 520 2.181

2013 MT Juína 413 S N 39.255 432 26.396

2013 PA Itaituba 281 S N 97.493 581 62.040

2013 PI Corrente 818 N N 25.407 94 3.048

2013 RO Vilhena 326 S S 76.202 1.109 11.519

2013 RS Palmeira das Missões 105 N S 34.328 533 1.419

2014 MG Poços de Caldas 101 N N 152.435 2.872 547

2014 PI São Raimundo Nonato 289 N N 32.327 128 2.416

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Anexo II – Lista de municípios com Procuradoria da República de 1ª Instância.

UF Nome do Município Amaz. Front. PIB Pop. Área

AC RIO BRANCO S S 3.549 336.038 8.836

AL MACEIÓ N N 9.143 932.748 503

AL Arapiraca N N 1.392 214.006 356

AM MANAUS S N 38.116 1.802.014 11.401

AM Tabatinga S S 179 52.272 3.225

AP MACAPÁ S N 4.295 398.204 6.409

BA SALVADOR N N 29.668 2.675.656 693

BA Barreiras N N 1.597 137.427 7.859

BA Campo Formoso N N 315 66.616 7.259

BA Eunápolis N N 1.120 100.196 1.179

BA Feira de Santana N N 5.264 556.642 1.338

BA Guanambi N N 463 78.833 1.297

BA Ilhéus N N 1.633 184.236 1.760

BA Itabuna* N N 1.945 204.667 432

BA Jequié N N 1.388 151.895 3.227

BA Juazeiro* N N 1.451 197.965 6.501

BA Paulo Afonso N N 1.976 108.396 1.580

BA Vitória da Conquista N N 2.620 306.866 3.406

CE FORTALEZA N N 28.351 2.452.185 315

CE Juazeiro do Norte N N 1.987 249.939 248

CE Limoeiro do Norte N N 491 56.264 752

CE Sobral N N 1.702 188.233 2.123

DF BRASÍLIA N N 117.572 2.570.160 5.788

ES VITÓRIA N N 22.694 327.801 99

ES Cachoeiro de Itapemirim N N 2.253 189.889 877

ES Colatina N N 1.553 111.788 1.423

ES São Mateus N N 900 109.028 2.343

GO GOIÂNIA N N 19.457 1.302.001 733

GO Anápolis N N 6.265 334.613 933

GO Luziânia* N N 1.806 174.531 3.961

GO Rio Verde N N 3.616 176.424 8.380

MA SÃO LUÍS S N 14.724 1.014.837 835

Ano = ano de implantação da vara federal; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não. * PRM satélite.

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UF Nome do Município Amaz. Front. PIB Pop. Área

MA Caxias N N 738 155.129 5.151

MA Imperatriz S N 1.741 247.505 1.369

MG BELO HORIZONTE N N 42.151 2.375.151 331

MG Divinópolis N N 2.965 213.016 708

MG Governador Valadares N N 2.589 263.689 2.342

MG Ipatinga N N 6.183 239.468 165

MG Juiz de Fora N N 7.140 516.247 1.436

MG Lavras* N N 1.107 92.200 565

MG Montes Claros N N 3.463 361.915 3.569

MG Passos N N 1.096 106.290 1.338

MG Patos de Minas N N 1.626 138.710 3.190

MG Pouso Alegre N N 2.215 130.615 543

MG São João Del Rei N N 838 84.469 1.464

MG São Sebastião do Paraíso* N N 912 64.980 815

MG Sete Lagoas N N 4.744 214.152 538

MG Uberaba N N 6.222 295.988 4.524

MG Uberlândia N N 14.270 604.013 4.115

MG Varginha N N 2.854 123.081 395

MS CAMPO GRANDE N N 10.462 786.797 8.093

MS Corumbá N S 2.846 103.703 64.963

MS Dourados N S 2.872 196.035 4.086

MS Naviraí* N S 604 46.424 3.194

MS Ponta Porã N S 727 77.872 5.331

MS Três Lagoas N N 1.518 101.791 10.207

MT CUIABÁ S N 9.015 551.098 3.363

MT Cáceres S S 820 87.942 24.351

MT Rondonópolis S N 4.355 195.476 4.159

MT Sinop S N 1.734 113.099 3.942

PA BELÉM S N 15.316 1.393.399 1.059

PA Altamira S N 568 99.075 159.533

PA Castanhal* S N 1.114 173.149 1.029

PA Marabá S N 3.594 233.669 15.128

PA Santarém S N 1.655 294.580 22.887

Ano = ano de implantação da vara federal; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não. OBS: não foi considerado o município de Coxim/MS por não haver portaria criando essa procuradoria.* PRM satélite.

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s Municíp

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UF Nome do Município Amaz. Front. PIB Pop. Área

PB JOÃO PESSOA N N 7.661 723.515 212

PB Campina Grande N N 3.458 385.213 594

PB Sousa N N 468 65.803 739

PE RECIFE N N 22.452 1.537.704 219

PE Caruaru N N 2.195 314.912 921

PE Garanhuns N N 832 129.408 459

PE Petrolina N N 2.375 293.962 4.558

PE Salgueiro* N N 277 56.629 1.687

PE Serra Talhada N N 501 79.232 2.980

PI TERESINA N N 7.522 814.230 1.756

PI Picos N N 505 73.414 535

PR CURITIBA N N 43.319 1.751.907 435

PR Apucarana N N 1.311 120.919 558

PR Campo Mourão N N 1.550 87.194 758

PR Cascavel N S 4.439 286.205 2.101

PR Foz do Iguaçu N S 6.011 256.088 618

PR Francisco Beltrão N S 972 78.943 735

PR Guarapuava N N 2.279 167.328 3.116

PR Jacarezinho N N 405 39.121 603

PR Londrina N N 8.033 506.701 1.653

PR Maringá N N 6.151 357.077 488

PR Paranaguá N N 7.107 140.469 827

PR Paranavaí N N 884 81.590 1.202

PR Pato Branco N S 1.217 72.370 539

PR Ponta Grossa N N 5.020 311.611 2.068

PR Toledo* N S 2.152 119.313 1.197

PR Umuarama N S 1.083 100.676 1.233

PR União da Vitória N N 520 52.735 720

RJ RIO DE JANEIRO N N 154.777 6.320.446 1.200

RJ Angra dos Reis N N 5.112 169.511 825

RJ Barra do Piraí* N N 1.062 94.778 579

RJ Campos dos Goytacazes N N 29.126 463.731 4.027

RJ Duque de Caxias * N N 32.266 855.048 468

Ano = ano de implantação da vara federal; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.* PRM satélite.

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UF Nome do Município Amaz. Front. PIB Pop. Área

RJ Itaboraí* N N 1.702 218.008 430

RJ Itaperuna N N 1.106 95.841 1.105

RJ Macaé N N 8.003 206.728 1.217

RJ Magé* N N 1.676 227.322 389

RJ Niterói N N 9.232 487.562 134

RJ Nova Friburgo N N 2.266 182.082 933

RJ Nova Iguaçu * N N 8.360 796.257 521

RJ Petrópolis N N 5.433 295.917 796

RJ Resende N N 4.503 119.769 1.095

RJ São Gonçalo N N 8.185 999.728 248

RJ São João de Meriti N N 3.475 458.673 35

RJ São Pedro Da Aldeia N N 667 87.875 333

RJ Teresópolis N N 2.084 163.746 771

RJ Três Rios* N N 1.145 77.432 326

RJ Volta Redonda N N 7.764 257.803 183

RN NATAL N N 8.657 803.739 167

RN Caicó N N 397 62.709 1.229

RN Mossoró N N 3.026 259.815 2.099

RO PORTO VELHO S S 5.218 428.527 34.096

RO Ji-Paraná S N 1.355 116.610 6.897

RR BOA VISTA S S 3.578 284.313 5.687

RS PORTO ALEGRE N N 36.775 1.409.351 497

RS Bagé N S 1.159 116.794 4.096

RS Bento Gonçalves N N 2.399 107.278 382

RS Cachoeira do Sul N N 1.074 83.827 3.735

RS Canoas N N 12.580 323.827 131

RS Carazinho* N S 965 59.317 665

RS Caxias do Sul N N 11.716 435.564 1.644

RS Cruz Alta N S 1.239 62.821 1.360

RS Erechim N S 1.979 96.087 431

RS Lajeado N N 1.620 71.445 90

RS Novo Hamburgo N N 4.418 238.940 224

RS Passo Fundo N N 3.493 184.826 783

Ano = ano de implantação da vara federal; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.* PRM satélite.

43Pro

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UF Nome do Município Amaz. Front. PIB Pop. Área

RS Pelotas N S 3.564 328.275 1.610

RS Rio Grande N S 5.403 197.228 2.710

RS Santa Cruz do Sul N N 3.287 118.374 733

RS Santa Maria N N 3.255 261.031 1.788

RS Santa Rosa N S 1.279 68.587 490

RS Sant'ana do Livramento N S 889 82.464 6.950

RS Santiago* N S 476 49.071 2.413

RS Santo Ângelo N S 1.057 76.275 681

RS Uruguaiana N S 2.447 125.435 5.716

SC FLORIANÓPOLIS N N 8.121 421.240 672

SC Blumenau N N 7.392 309.011 520

SC Brusque* N N 2.316 105.503 283

SC Caçador N N 1.241 70.762 982

SC Chapecó N S 4.295 183.530 624

SC Concórdia N S 1.641 68.621 797

SC Criciúma N N 2.792 192.308 236

SC Itajaí N N 10.183 183.373 289

SC Jaraguá do Sul N N 4.801 143.123 533

SC Joaçaba N N 784 27.020 232

SC Joinville N N 13.220 515.288 1.147

SC Lages N N 2.362 156.727 2.630

SC Laguna* N N 410 51.562 441

SC Mafra N N 866 52.912 1.404

SC Rio do Sul N N 1.266 61.198 258

SC São Miguel do Oeste N S 616 36.306 234

SC Tubarão N N 1.627 97.235 300

SE ARACAJU N N 6.946 571.149 182

SE Estância* N N 832 64.409 644

SE Itabaiana* N N 654 86.967 337

SP SÃO PAULO N N 357.117 11.253.503 1.523

SP Americana N N 5.627 210.638 133

SP Araçatuba N N 2.724 181.579 1.167

SP Araraquara N N 3.924 208.662 1.004

Ano = ano de implantação da vara federal; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.* PRM satélite.

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UF Nome do Município Amaz. Front. PIB Pop. Área

SP Assis N N 1.094 95.144 460

SP Avaré* N N 851 82.934 1.213

SP Bauru N N 6.004 343.937 668

SP Botucatu* N N 2.142 127.328 1.483

SP Bragança Paulista N N 2.186 146.744 513

SP Campinas N N 29.363 1.080.113 795

SP Caraguatatuba* N N 919 100.840 485

SP Cruzeiro* N N 952 77.039 306

SP Franca N N 3.792 318.640 606

SP Guaratinguetá N N 1.816 112.072 752

SP Guarulhos N N 31.966 1.221.979 319

SP Jales N N 609 47.012 369

SP Jaú N N 1.556 131.040 686

SP Marília N N 3.057 216.745 1.170

SP Ourinhos N N 1.420 103.035 296

SP Piracicaba N N 8.853 364.571 1.377

SP Presidente Prudente N N 3.182 207.610 563

SP Ribeirão Preto N N 13.897 604.682 651

SP Santo André* N N 13.447 676.407 175

SP Santos N N 24.614 419.400 281

SP São Bernardo do Campo N N 29.873 765.463 409

SP São Carlos N N 3.913 221.950 1.137

SP São João da Boa Vista N N 1.566 83.639 516

SP São José do Rio Preto N N 7.057 408.258 431

SP São José dos Campos N N 20.719 629.921 1.100

SP Sorocaba N N 13.073 586.625 449

SP Taubaté N N 6.888 278.686 625

SP Tupã N N 790 63.476 629

TO PALMAS S N 2.594 228.332 2.219

Ano = ano de implantação da vara federal; Amaz. = municípios da Amazônia Legal; Front. = municípios de fronteira; PIB de 2008 em R$ milhões; Pop. = população de 2010; Área em km²; S = sim; N = não.* PRM satélite.

45Pro

curad

oria

s da

Repúb

lica no

s Municíp

ios