conheça os 04 cursos de pós-graduação para 2017 · queijo o item 24.0 já ... por fim lembramos...

79
Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017...

Upload: vukhue

Post on 08-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017...

Page 2: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Boletim CONT-TRIB-JUR em 30.jan.2017

“Tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível. ”

(Fernando Pessoa)

NOVAS MERCADORIAS SÃO INCLUÍDAS NA SUBSTITUIÇÃO

TRIBUTÁRIA A PARTIR DE MARÇO EM MG - SUPERMERCADOS

Por Solution Consultoria 26/01/17

Matéria disponível em http://www.solutioncontabilidade.com/artigos_info.php?id=76

Com a publicação do Decreto Nº 47.141 em 25/01/2017, passarão a vigorar a partir de 01 de marco

de 2017, o regime da substituição tributária para alguns produtos.

O Decreto trouxe várias alterações no “layout” do Anexo XV, como mudança nas descrições de produtos,

nos códigos CEST, a inclusão e exclusão de Estados em Protocolos de ICMS e até a revogação de

Capítulos inteiros do Anexo XV, como o 15- Plásticos, 18- Cerâmicos e 27 – Vidros.

Porém alertamos que tais revogações, não excluirão qualquer mercadoria do Regime da ST, apenas as

migraram para outros Capítulos.

Segue abaixo as Principais mudanças para o Setor Supermercadista:

Queijo O item 24.0 já previa aplicabilidade da ST para os queijos classificados na NCM 0406, porém o novo

Decreto preferiu subdividir nos itens:

24.1 – Queijo muçarela - 0406.10.10

24.2 - Queijo minas frescal - 0406.10.90

24.3 - Queijo ricota - 0406.10.90

24.4 - Queijo petit suisse - 0406.10.90

Essas readequações aconteceram em vários produtos, como nas massas alimentícias separando-as em tipo

sêmola e granoduro, nos biscoitos e até nas carnes resultante de abate de suínos, que foi acrescido na

descrição o estado “simplesmente temperado”, juntamente a condição de congelado, frescos, resfriados

etc.

Para aquelas empresas que já entendia que esses produtos eram ST, não existe qualquer alteração a

realizar no enquadramento tributário.

Cacau em Pó O cacau em pó, com adição de açúcar ou de outros edulcorantes, em embalagens de conteúdo inferior ou

igual a 1 kg, classificados no código NBM/SH 1806.10.00 foi incluído no item 6.1 do capítulo 17 da Parte

2 do Anexo XV do RICMS, portanto será incluído no regime de substituição tributária a partir

01/03/2017.

Page 3: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Mistura para Pão Já as misturas e preparações para pães, classificadas nos códigos NBM/ SH 1901.20.00 e 1901.90.90

devem ser alteradas para o regime da ST no prazo determinado, antes da publicação do novo decreto para

essas NCM’s já era prevista a Substituição Tributária apenas para as Misturas de bolos.

Lembramos que os supermercados que possuem atividade industrial* (padaria, lanchonete) deverão

observar as regras quanto aplicabilidade da ST nas aquisições de insumos, como no caso das misturas para

fabricação de pão frances.

*verificar Decreto 47.123 29/12/2016

Mala e Maletas para Viagem A tributação das malas e maletas para viagem, classificados nos códigos NBM/SH 4202.1 e 4202.9

também foram alteradas pelo decreto, porém na prática a classificação desses produtos já era bastante

confusa (como toda descrição que traz a finalidade do produto), devido a previsão da ST para as maletas e

pastas para documentos e de estudante, e artefatos semelhantes e as malas e maletas de toucador.

Água sanitária, branqueador e outros alvejantes Foi adicionado ao item 1.0 do Capitulo 11 – Materiais de Limpeza a NCM 3402.20.00, desta forma todos

os produtos enquadrados na descrição como Água Sanitária, Branqueador e outros alvejantes,

classificados na referida NCM, deverá recolher o ICMS ST a partir de março.

Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

destas mercadorias, no dia imediatamente anterior a alteração do regime, conforme Resolução 4.855/2015.

Acesso o decreto e verifique as demais mudanças:

http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/decretos/2017/d47141_2017.htm

Síntese

Solution

Orientamos as empresas que comercializam os produtos mencionados na matéria, verificarem

com o departamento tributário ou escritório de Contabilidade, quais alterações devem realizar

no cadastro tributário, para que esses produtos enquadrem como ST a partir de 01/03/2016 e

quanto o recolhimento do Imposto sobre os estoques..

Solution Contabilidade e Consultoria ltda.

Tel: (35) 3422-2963 (035) 8827-3371

Visite nosso site: www.solutioncontabilidade.com

SPED Fiscal - PVA - Publicada a versão 2.3.3

Postado por José Adriano em 26 janeiro 2017 às 12:00

Foi liberado a versão 2.3.3 do programa (PVA) da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI)

Esta versão 2.3.3 acerta erro de validação no Registro C176 - Ressarcimento de ICMS em Operações

com Substituição Tributária (código 01, 55) referente a arredondamento e informação de valores com

mais de 03 casas decimais.

Faça o download da Versão 2.3.3 do PVA da EFD, conforme o seu sistema operacional:

➤ Para Windows: PVA_EFD_w32-2.3.3.exe

➤ Para Linux: PVA_EFD_linux-2.3.3.bin

Page 4: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Fonte: SPED/RFB

http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/2109

editado por Tadeu Cardoso

NF-e NT 2015.003 - VERSÃO 1.93

Publicado por Jorge Campos em 23 janeiro 2017 às 13:05 em NF-e

Pessoal,

Mais uma atualização da NT 2015.003.

20/01/2017 - Atenção: Publicada em Documentos> Notas Técnicas a versão 1.93 da NT 2015/003

para também considerar o ano da NF referenciada nas operações com NF complementar ou NF de ajuste.

(Clique no link para baixar: NT 2015.003 v1.93)

Assinado por: Coordenação Técnica do ENCAT

Alterações introduzidas na versão 1.93

Alterada a regra de validação NA11-10 para também considerar o ano da NF referenciada nas operações

com NF complementar ou NF de ajuste.

NF-e - sobre a série única - subsérie, sobre download, o

GTIN-EAN, o download do xml, e a manifestação -

AJUSTE SINIEF 17/16 Publicado por Jorge Campos em 24 janeiro 2017 às 8:25 em NF-e

Pessoal,

Embora a primeira NF-e tenha sido emitida em 2006, passados 10 anos, ainda encontramos empresas

questionando alguns detalhes sobre aspectos da NF-e (mod. 55). E, qual não é a nossa surpresa, que no

final do ano o Confaz publicou o Ajuste Sinief 17/16, trazendo estas" novidades", que em muitos casos já

havia sido absorvido pelo mercado como uma prática, e outras, ainda gerando dúvidas.

Alerto que as novidades ainda serão especificadas no “Manual de Orientação do Contribuinte -

MOC"

Seguem os detalhes abaixo:

O primeiro item muito questionado pelas empresas, com vários posts aqui, é sobre o as séries e subséries,

e a novidade é a seguinte:

1. NF-e – Ajuste Sinief 17/16 – Atualizações

O Confaz publicou o Ajuste Sinief 17/16, atualizando e corrigindo algumas questões relacionadas à NF-e,

por exemplo:

Page 5: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

SOBRE A SÉRIE ÚNICA NA NF-e: "Cláusula terceira A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no MOC, por meio de

software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária,

observadas as seguintes formalidades:

d) o § 1º:

"§ 1º As séries da NF-e serão designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente, observando-se o

seguinte:

I - a utilização de série única será representada pelo número zero;

SOBRE AS SUBSÉRIES:

II - é vedada a utilização de subséries.";

SOBRE O GTIN-EAN: No início do ano, publicamos a normatização do INPI, definindo que os brinquedos deverão sair da

fábrica com o código GTIN-EAN.

Agora encontramos esta obrigatoriedade no AJUSTE SINIEF 07/16, para as empresas cujos produtos

possuem, o EAN. Detalhe, se vc é revendedor ou distribuidor, e não sabe se o produto possui este código,

verifique com o fabricante.

A NOVIDADE: e) o § 6º:

"§ 6º Fica obrigatório o preenchimento dos campos cEAN e cEANTrib da NF-e, quando o produto

comercializado possuir código de barras com GTIN (Numeração Global de Item Comercial)."; Vc deve estar se perguntando: Eu sou fabricante e não tenho este código?

Se vc está nesta situação, então, corra! porque os seus clientes começarão a não aceitar produtos sem este

código. Lembrando que para o Varejo esta obrigatoriedade, já é há muito, uma realidade.

DOWNLOAD OU ENVIO DO XML Sobre a obrigatoriedade de envio do .xml, ainda surgem dúvidas sobre a obrigatoriedade de envio do

arquivo .xml, porque, a legislação não era explícita....não era....agora a palavra

"OBRIGATORIAMENTE", foi acrescentada pelo ajuste sinief 17/16:

VIII - da cláusula sétima:

a) o § 7º:

“§ 7º Deverá, obrigatoriamente, ser encaminhado ou disponibilizado download do arquivo da NF-e e seu

respectivo Protocolo de Autorização de Uso:

I - ao destinatário da mercadoria, pelo emitente da NF-e, imediatamente após o recebimento da

autorização de uso da NF-e;

II - ao transportador contratado, pelo tomador do serviço antes do início da prestação correspondente.”;

e, sobre a manifestação do destinatário, no item confirmação, tivemos uma novidade, sobre o prazos

dos segmentos não listado no anexo II: II - a cláusula décima quinta-C:

“Cláusula décima quinta-C Os eventos Confirmação da Operação, Desconhecimento da Operação ou

Operação não Realizada poderão ser registrados em até 90 (noventa) dias, contados a partir da data de

autorização da NF-e.

Page 6: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

§ 1º O prazo previsto no caput não se aplica às situações previstas no Anexo II deste Ajuste.

§ 2º Os eventos relacionados no caput poderão ser registrados uma única vez cada, tendo validade

somente o evento com registro mais recente.

§ 3º Depois de registrado algum dos eventos relacionados no caput em uma NF-e, as retificações a que se

refere o § 2º poderão ser realizadas em até 30 (trinta) dias, contados da primeira manifestação.”.

Por fim, temos o início de vigência do ajuste sinief 17/06:

Cláusula quinta Este ajuste entra em vigor no primeiro dia do segundo mês subsequente à data de sua

publicação no Diário Oficial da União.

Abs

segue o link do ajuste sinief 17/16: https://goo.gl/KFspJ8

NF-e - Divulgada a atualização da NT nº 3/2015 que trata

das operações interestaduais com consumidor final

Postado por José Adriano em 24 janeiro 2017 às 12:42

Foi divulgada, no portal da Nota Fiscal Eletrônica, a atualização da Nota Técnica (NT) nº 3/2015, versão

1.93, que trata das operações interestaduais com consumidor final.

Esta NT altera o leiaute da NF-e para receber as informações do ICMS devido para a Unidade da

Federação (UF) de destino nas operações interestaduais de venda para consumidor final não contribuinte,

atendendo às definições da Emenda Constitucional nº 87/2015.

Ela visa atender, também, à necessidade de identificar o Código Especificador da Substituição Tributária

(Cest) que estabelece a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de

sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o

encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, conforme definições do Convênio ICMS

nº 92/2015.

As alterações das versões 1.10, 1.20, 1.30, 1.40, 1.50, 1.60, 1.70, 1.71, 1.80, 1.90, 1.91 e 1.92, constam no

histórico das alterações da versão atualizada (1.93).

A versão 1.93 da NT nº 3/2015 altera a regra de validação NA11-10 para também considerar o ano da NF

referenciada nas operações com NF complementar ou NF de ajuste.

(Nota Técnica nº 3/2015, versão 1.93. Disponível em:

http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/listaConteudo.aspx?tipoConteud...=. Acesso em: 24.01.2017)

Fonte: Editorial IOB

Page 7: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

ICMS-Confaz: Divulgado ato que trata de recolhimento do

imposto do café destinado a contribuintes do ES, MG e SP

23 jan 2017 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Por meio do Ato Cotepe/ICMS nº 1/2017 - DOU 1 de 23.01.2017, foi alterado o Anexo Único do Ato

Cotepe/ICMS nº 26/2016, o qual divulga a lista de contribuintes em relação aos quais não se aplica o

recolhimento do imposto no momento da saída interestadual de café em grão cru ou em coco destinada a

contribuintes localizados nos Estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e de São Paulo, nos termos do

Protocolo ICMS nº 55/2013.

Fonte: LegisWeb

CNPJ: Receita Federal altera tabela de documentos e

orientações

23 jan 2017 - IR / Contribuições

Através do Ato Declaratório Executivo Codac nº 3/2017 - DOU 1 de 23.01.2017, a Receita Federal do

Brasil (RFB) substituiu o Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 1.634/2016, que dispõe sobre a

Tabela de Documentos e Orientações, a ser observada para fins de inscrição, alteração e baixa no Cadastro

Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Fonte: LegisWeb

Atualização do valor de contribuição mensal do

MEI

26 de janeiro de 2017, 10:20

Em função da correção do salário mínimo a partir de 01 de janeiro para R$ 937,00, o valor da contribuição

mensal dos Microempreendedores Individuais (MEI) foi atualizado.

O MEI deverá recolher mensalmente, através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional),

os seguintes valores, independentemente do montante da sua receita bruta:

R$ 46,85 a título de contribuição previdenciária relativa à pessoa do empresário, na qualidade de

contribuinte individual (equivalente a 5% do limite mínimo mensal do salário de contribuição);

R$ 1,00 (um real), a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto;

R$ 5,00 (cinco reais), a título de ISS, caso seja contribuinte desse imposto.

Estes novos valores serão devidos no recolhimento de 20 de fevereiro, referente ao mês de competência de

janeiro/2017.

Não haverá alteração nos recolhimentos de 20 de janeiro, referente ao mês de dezembro/2016.

Page 8: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Judiciário abre nova frente em guerra fiscal

25 jan 2017 Barbara Lima

STJ aplica novo entendimento sobre restituição de imposto para

casos de substituição tributária e especialistas acreditam que isso

deva aumentar as reclamações por parte dos fiscos estaduais

São Paulo – Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pode ter aberto a possibilidade das Fazendas

estaduais cobrarem mais Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas que

usam a substituição tributária.

Com base em um novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), a 2ª Turma do STJ condenou o

fisco do Distrito Federal a restituir uma empresa que foi obrigada a arcar com valor maior de ICMS. Segundo

o especialista tributário do Demarest Advogados, Thiago Amaral, isso ocorreu porque a empresa teve de

pagar mais imposto por conta do regime adotado – como base na presunção do que será no valor pago pelo

consumidor final. “Uma fábrica, por exemplo, teria que recolher o tributo pelo preço na gôndola do

supermercado. O problema é que o valor presumido é em muitos casos maior que o efetivamente cobrado

no fim da cadeia”, acrescenta o advogado.

Em disputa contra o fisco, a empresa em questão já havia obtido a restituição na Justiça, mas um

entendimento anterior do STF foi usado pelo Distrito Federal para anular a decisão. O Supremo tinha

defendido que só é devido o retorno de valores se o produto não for vendido no final da cadeia. A situação

se inverteu em novembro do ano passado, no julgamento de um Recurso Extraordinário sob regime de

repercussão geral, quando o STF mudou completamente o seu entendimento sobre a questão e definiu que

o valor cobrado a maior por conta da substituição tributária deve ser devolvido ao contribuinte independente

da mercadoria ser vendida ou não ao consumidor final da cadeia produtiva.

Em consonância com essa nova regra, o relator do processo no STJ, ministro Herman Benjamin, anulou a

reversão da decisão e manteve o juízo anterior, cobrando da Fazenda estadual a restituição.

Para Thiago Amaral, fora a confusão envolvida nesse caso, a sentença do STJ tem o efeito de fortalecer o

entendimento do STF, o que deve se tornar motivo de muita polêmica.

“Apesar do STF não falar nada sobre isso, o caso abre margem para o fisco também cobrar o complemento

do imposto caso ocorra o inverso e o preço final do produto for maior do que o valor presumido a título de

tributo”, explica.

Disputa

Segundo o advogado tributarista do Peixoto & Cury Advogados, Gustavo Perez Tavares, se os fiscos fizerem

cobranças administrativas do adicional, as empresas poderão questionar esse ato na Justiça.

“As Fazendas precisam de uma lei estadual que permita essa cobrança. Em São Paulo e Pernambuco, já

existem legislações nesse sentido, mas nos outros estados não”, observa.

Outro problema, de acordo com a sócia da área tributário do Siqueira Castro Advogados, Gabriela Miziara

Jajah, é que o Estado pode usar esse entendimento para fiscalizar mais de perto as empresas. “Aumentam

Page 9: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

os incentivos para a lógica de a substituição tributária deixar de ser seguida e a Fazenda olhar de perto o

final da cadeia para cobrar mais ICMS.”

O especialista em direito tributário e sócio do escritório Dorta & Horta Advogados, Erick Miyasaki,

acrescenta que o próprio dispositivo da substituição tributária já é polêmico. “Se o cálculo fosse feito nas

várias etapas da produção, ele seria mais exato e justo, embora fosse mais complexo em termos de

fiscalização”, avalia.

Na opinião do advogado, a nova diretriz, deve causar problemas com questionamentos administrativos e

judiciais, mas é uma tentativa de corrigir essa injustiça. “Os processos ficaram mais simples, mas o imposto

estava sendo majorado para o contribuinte”, destaca.

Ricardo Bomfim

FONTE: DCI

Quando devo informar meu INVENTÁRIO

FÍSICO no SPED FISCAL? Mensalmente,

trimestralmente ou anualmente?

By Priscila Garcia | 21/01/2014 |

Temos percebido que ainda existem muitas dúvidas sobre quando apresentar o inventário físico no SPED

FISCAL. Há empresas que espontaneamente escrituram seus estoques mensalmente (sem necessidade) e

outras deixam de apresentar a informação, expondo-se às penalidades previstas na Lei nº 12.873/2013 (3%

do valor das transações comerciais ou das operações financeiras no caso de informação omitida, inexata

ou incompleta).A questão não é complexa. Os totais do inventário devem ser informados ao SPED através

do Bloco H, nas mesmas periodicidades e hipóteses da escrituração do Livro Registro de Inventário

em papel. Como regra geral, a escrituração do Livro Registro de Inventário deve ser efetivada dentro de

60 dias, contados da data do balanço ou, em caso de empresa que não mantenha Registro Contábil,

contados do último dia do ano civil.

Ou seja: quem vai determinar a periodicidade (mensal, trimestral ou anual) de informação do inventário

físico na EFD é a legislação pertinente, nos casos e prazos por ela previstos. A escrituração pode ocorrer

no final no período, na mudança de forma de tributação da mercadoria, na solicitação de baixa cadastral,

na alteração de regime de pagamento/condição do contribuinte ou por solicitação da fiscalização. Nos

meses em que não houver previsão legal de obrigatoriedade de escrituração do Livro Registro de

Inventário, o Bloco H da EFD deverá ser aberto pelo Registro H001 (onde constará a informação de que

não haverá dados a serem informados) e logo em seguida será encerrado pelo Registro H990.

Conforme o Regulamento do Imposto de Renda de 1999, art. 190, Parágrafo único, II, as empresas

inscritas no SIMPLES deverão escriturar o Livro de Registro de Inventárioanualmente, no término de

cada ano-calendário; da mesma forma devem proceder as pessoas jurídicas habilitadas à opção pelo

regime de tributação com base no lucro presumido, de acordo com o art. 527, II, do mesmo diploma

legal.

Se a tributação ocorrer com base no lucro real, o Livro Registro de Inventário deverá ser escriturado ao

final de cada período de apuração: trimestralmente ouanualmente (quando houver opção pelos

Page 10: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

recolhimentos mensais durante o curso do ano-calendário, com base na estimativa, de acordo com o

RIR/1999, art. 261).

As empresas que utilizam balanço com vistas à suspensão ou redução do imposto devido

mensalmente, com base em estimativa, também devem escriturar o livro Registro de inventário

anualmente. Cabe esclarecer que estas empresas devem levantar os estoques existentes na data dos

balanços ou balancetes que objetivem a suspensão ou a redução do Imposto de Renda, para fins de

determinação do resultado, exceto se possuírem registro permanente de estoques integrado e coordenado

com a contabilidade, hipótese em que somente há a obrigatoriedade de ajustar os saldos contábeis, pelo

confronto da contagem física, ao final do ano-calendário ou no encerramento do período de apuração (nos

casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção de atividade). De qualquer modo, nos balanços ou

balancetes de suspensão ou redução levantados de janeiro a novembro, é dispensada a escrituração

do livro Registro de Inventário (IN SRF nº 93/1997, art. 12, §§ 3º e 4º). Ou seja, não se deve confundir o

levantamento dos estoques com vistas à determinação do resultado com a obrigatoriedade de escrituração

do Livro Registro de Inventário.

A partir de julho de 2012, as empresas que exerçam as atividades descritas na Classificação Nacional de

Atividades Econômicas/Fiscal (CNAE-Fiscal) sob os códigos4681-8/01 e 4681-8/02 deverão apresentar o

Bloco H com informações do inventáriomensalmente, para discriminar os valores itens/produtos do

Inventário realizado ao final de cada mês. Neste caso, no Registro H005, deve ser Informado como motivo

do Inventário o código “05” (Por determinação dos fiscos).

De maneira resumida, as empresas deverão transmitir seus estoques no Bloco H com as seguintes

periodicidades:

1. Mensalmente: obrigatório para as empresas com CNAE-Fiscal 4681-8/01 e4681-8/02; facultativo

para as empresas que espontaneamente queiram apresentar seus estoques (transmissão do

inventário ao final de cada mês);

2. Trimestralmente: obrigatório para as empresas tributadas com base no Lucro Real Trimestral

(transmissão do inventário nos meses de maio, agosto, novembro e fevereiro);

3. Anualmente: obrigatório para todas as demais empresas não citadas anteriormente (transmissão do

inventário no mês de fevereiro);

4. Outros prazos: mediante exigência legal específica ou determinação dos fiscos.

Magazine Luiza perde causa de PIS e Cofins no

Carf

27 de janeiro de 2017

A 3ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) manteve cobrança

no valor de R$ 110 milhões – segundo fontes da Receita Federal – do Magazine Luiza. O processo discute

o pagamento de PIS e Cofins referente ao período entre 2006 e 2009.

A autuação foi efetuada em 2011 e tem cinco pontos principais. Um dos mais relevantes, que interessa a

diversas empresas, aborda o conceito de insumo. A empresa considerou que embalagens,

combustíveis, taxas pagas a administradoras de cartões e juros de financiamento obtido junto ao

BNDES, seriam insumos. Por esse motivo, aproveitou créditos que seriam gerados com essas despesas.

Para a maioria dos conselheiros, porém, os itens não poderiam ser enquadrados nessa hipótese.

Page 11: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Outro ponto relevante é relacionado à LuizaCred, braço financeiro da companhia, fruto da parceria entre a

varejista e a Fininvest. Para o Fisco, a empresa teria descumprido as regras de permanência no regime

cumulativo de apuração do PIS e da Cofins – que não permite o aproveitamento de créditos. Por isso,

cobrou a diferença de alíquotas das contribuições entre o regime cumulativo e não cumulativo.

Por causa da mudança do regime de tributação de receitas do contrato com a Fininvest, a varejista

recalculou os créditos de PIS e Cofins em relação às aquisições de fornecedores estabelecidos na Zona

Franca de Manaus. Apesar de mudar a apuração das contribuições em 2006, a empresa só informou

a situação aos fornecedores em 2007, o que foi considerado inadequado pelo Fisco.

Também foi discutida a inclusão de juros sobre capital próprio na base de cálculo do PIS e da Cofins.

O último ponto é a tributação de bonificações, pagas pelos fornecedores por amortização de custos e

ressarcimento de despesas com propaganda cooperada (em que a loja anuncia os produtos). Os juros

de mora sobre a multa de ofício foram excluídos no julgamento de 2014.

O assunto chegou à Câmara Superior após recurso da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN)

sobre os juros e do contribuinte sobre o mérito. Inicialmente, a Câmara Superior não julgaria o recurso, por

entender que os paradigmas (recursos com decisões opostas) apresentados pela empresa para levar o caso à

análise não eram adequados. Mas, a varejista obteve uma liminar que reconheceu a similitude. Por isso, o

processo foi julgado.

O julgamento do processo foi retomado ontem, após pedido de vista em novembro. Por maioria, o recurso

da PGFN foi aceito e o recurso da empresa negado. Segundo o relator, conselheiro Andrada Marcio Canuto

Natal, representante da Fazenda, inicialmente, o Magazine Luiza tributava todas as suas receitas pela

sistemática da não cumulatividade, inclusive o contrato da Luizacred. Posteriormente, passou a

tributar as receitas no regime misto e se beneficiar de um aproveitamento maior de crédito. A forma

como a mudança foi feita e comunicada foi considerada inadequada.

As bonificações adicionais foram consideradas receitas e, por isso, incluídas na base das contribuições.

Os juros sobre capital próprio também devem integrar a base de cálculo, segundo o relator. A

empresa os afastava da tributação por considerar que têm natureza de dividendos.

A discussão sobre o conceito de insumo e a geração de créditos para o PIS e a COFINS está na 1ª

Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O julgamento sobre a tese ainda não foi concluído. Por

enquanto, o placar é favorável aos contribuintes, que contabilizam quatro votos contra a

interpretação restritiva adotada pela Receita Federal e um a favor.

No Carf, a nova composição da 3ª Turma da Câmara Superior julgou o tema no início de 2016. Na ocasião,

a maioria dos julgadores considerou que, para o uso de créditos, o insumo deve ser necessário ao

processo produtivo e, consequentemente, à obtenção do produto final. No caso, que envolvia a Sadia,

foram considerados insumos acessórios como luvas e máscaras, pallets (suporte para movimentar

cargas), embalagens e material de limpeza. O serviço de lavagem de uniformes ficou de fora.

Fonte: Valor Economico

Page 12: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Carf mantém autuação bilionária à Unilever

27 de janeiro de 2017

O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) manteve uma cobrança de Imposto sobre

Produtos Industrializados (IPI) da Unilever Brasil Industrial cujo valor passa de R$ 1,482 bilhão,

segundo fontes da Fazenda Nacional. A Receita Federal desconsiderou a segregação de atividades da

companhia em duas empresas, a industrial e a comercial. O tema foi julgado pela 1ª Turma da 3ª Câmara

da 3ª Seção do Carf ontem. Mas a empresa ainda pode recorrer à Câmara Superior do conselho, ou apresentar

embargos de declaração contra a decisão da turma. O valor de R$ 1,482 bi é referente a 2013.

A companhia considera a organização um modelo mais eficiente. Defende ser uma estrutura mundial,

que não foi criada com a mera intenção de economizar IPI. A autuação se refere ao intervalo entre

2008 e 2010. Para o Fisco, o mecanismo possibilita, indevidamente, o pagamento reduzido de IPI.

Segundo a fiscalização, a empresa usou para a base do IPI os valores dos produtos na saída da

operação industrial – quando são vendidos à operação comercial da Unilever. Nessa etapa, são cerca

de um terço do valor em relação à saída do estabelecimento comercial, segundo a Receita. Por isso,

na autuação, foram considerados como base de cálculo do IPI os valores de venda dos produtos pela

unidade comercial.

O conselheiro relator Valcir Gassen, representante dos contribuintes, negou o pedido da empresa. No voto,

citou a grande diferença de valores indicados nas notas fiscais na saída da Unilever industrial com

relação à operação comercial. Para o relator, há uma simulação na divisão em duas empresas. Por

isso, a base de cálculo do IPI deveria ser o valor de venda da unidade comercial e não da industrial.

Já para a conselheira Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, representante dos contribuintes, não

há simulação. Segundo Maria Eduarda, as duas empresas existem e a separação é comum em

companhias internacionais. “Acho que há uma falha na autuação, que confunde coisas”, afirmou

durante os debates.

Ela votou para cancelar a autuação quanto à acusação de simulação. Mas manteve a parte referente à

devolução de mercadorias – a empresa pedia a compensação com valores de produtos que teriam sido

devolvidos da unidade comercial para a industrial. Num placar de cinco votos a três, porém, prevaleceu o

entendimento do relator. A Unilever não quis comentar o resultado do julgamento.

Fonte: Valor Economico

Empresa consegue adiar para março aumento de

alíquota de IPI

26 jan 2017 Carolina Oliveira

Uma empresa do setor de alimentos conseguiu na Justiça Federal que o aumento da alíquota de IPI seja

cobrado apenas a partir do dia 29 de março e não desde 1º de janeiro, como estabelece o Decreto nº

8.950, de 2016. A norma, de 29 de dezembro, atualiza a tabela do Impostos sobre Produtos

Industrializados (TIPI) e majora as alíquotas de alguns produtos do setor de alimentos, automobilístico,

dentre outros.

Page 13: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A empresa que propôs a ação pagava alíquota zero do tributo, na comercialização de refrescos em pó. Com

o aumento, passará a recolher 14% de alíquota.

Segundo o advogado da companhia, Frederico Pereira Rodrigues da Cunha, do Gaia, Silva, Gaede &

Associados, a cobrança de uma alíquota maior já no primeiro trimestre é inconstitucional. Pelo artigo 150,

inciso II, alínea c da Constituição, a majoração de tributo apenas pode ocorrer após decorridos 90 dias da

data em que foi publicada a lei.

De acordo com o advogado, a União não tem respeitado esse prazo em alguns decretos, mesmo com decisões

do Supremo Tribunal Federal (STF) que asseguram a anterioridade nonagesimal.

A decisão foi dada em uma tutela de urgência pela juíza federal substituta Priscilla Mielke Wickert Piva, da

2ª Vara Federal de Chapecó (SC). A juíza destacou o entendimento do STF na ação direta de

inconstitucionalidade (Adin) nº 4.661, pela qual foi decidido que a majoração de alíquota de IPI submete-

se ao princípio da anterioridade nonagesimal. “Inexorável, portanto, concluir-se que, tendo em vista que o

Decreto nº 8.950 foi publicado em 29 de dezembro de 2016, o prazo de 90 dias se encerra em 29 de março

de 2017, momento a partir do qual poderá ser exigido o IPI incidente sobre refrescos em pó na alíquota de

14%”.

A Procuradoria da Seccional da Fazenda Nacional de Chapecó informou que não vai contestar o pedido,

tendo em vista o teor do Parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda nacional (PGFN)/CAT nº 931/2012. O

parecer diz que em consequência de decisões do Supremo, devem ser respeitados os 90 dias para a efetiva

majoração da alíquota de IPI.

De acordo com o advogado da companhia, outros contribuintes que tiveram as alíquotas de IPI majoradas

também podem fazer uso de medida judicial para que a nova alíquota só entre em vigor no fim de março. A

recomendação é que entrem com ação judicial o quanto antes, já que o IPI é destacado nas notas fiscais de

venda e repassado esse ônus ao comprador das mercadorias, o que dificulta a recuperação posterior dessas

quantias.

Para a advogada Aline Cristina Braghini, do Celso Cordeiro e Marco Aurélio de Carvalho Advogados, “é

flagrantemente inconstitucional e despropositada a exigência do IPI majorado sem observar comando

constitucional”. Para ela, o decreto “fere a segurança jurídica e a previsibilidade necessárias para a atividade

empresarial”. Ela diz que o escritório também tem sido consultado sobre o tema.

Fonte: Portal Contábeis; Valor Econômico

Fisco veda créditos de PIS e Cofins de frete

internacional

26 jan 2017 Barbara Cruz

A Receita Federal definiu que o pagamento pelo transporte internacional de mercadorias exportadas,

ainda que a beneficiária seja empresa brasileira, não gera créditos de PIS e Cofins.

O entendimento está previsto na Solução de Divergência n.º 3, da Coordenadoria-Geral de Tributação

(Cosit) publicada no dia 24 de janeiro de 2017, no Diário Oficial da União. O entendimento servirá de

orientação para todos os fiscais do país. Até então, havia soluções de consulta divergentes dentro da própria

Receita sobre o assunto.

Page 14: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Os créditos das contribuições são relevantes porque quando reconhecidos podem ser usados para pagar

tributos federais.

As soluções de consulta concordam que o frete da venda de produtos elaborados por determinada empresa

não é considerado insumo – assim, não gera crédito. Mas algumas entendem que, no caso de isenção doPIS

e da Cofins, o crédito só estaria vedado na revenda ou se o serviço for um insumo para a produção da

mercadoria.

A Medida Provisória n.º 2.158-35, de 2001, isenta dePIS e Cofins as receitas auferidas por meio do

transporte internacional de carga ou passageiros.

A solução de divergência é importante para exportadores no regime não cumulativo de apuração do PIS e

da Cofins, que são as grandes empresas, segundo o advogado Flávio Sanches, do Veirano Advogados. “Se

você toma serviço de transportador estrangeiro não há direito a crédito, mas se ele é domiciliado no Brasil

havia dúvidas”, afirma.

Segundo o advogado, a Lei n.º 10.833, de 2003, diz que não gera crédito a aquisição de bem ou serviço não

sujeito ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção. “Mas parte da Receita aceitava o

argumento de que o exportador não exporta o frete. Assim, não o considerava como bem ou serviço e

reconhecia o direito ao crédito”, afirma Sanches.

Para Gabriela Miziara Jajah, do setor tributário do Siqueira Castro Advogados, a orientação da Receita está

em linha com o posicionamento restritivo que vem adotando sobre o aproveitamento de créditos de PIS e

Cofins. “Ou seja, de se criar impedimentos ao desconto de bens e serviços essenciais à determinada

atividade”, afirma.

Segundo a advogada, o próprio legislador já tem flexibilizado a tomada de créditos dePIS e Cofins, ao

admitir que, nas vendas como suspensão, isenção, alíquota 0% ou não incidência das contribuições, os

créditos sejam mantidos.

Fonte: CRCSP

Empresários temem 'indústria da multa' do fisco

Postado por José Adriano em 25 janeiro 2017 às 10:00

Empresários da indústria questionaram nesta terça-feira (24/01) o Ministério da Fazenda em função da

Medida Provisória 765, que criou o bônus de eficiência para os auditores fiscais da Receita Federal.

"Temos preocupação que a medida pode incentivar indústria da multa, e não é o momento para isso",

disse o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, que também é

representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), após encontro na sede do Ministério em

Brasília.

"Quando se cria um incentivo às multas, isso pode ser um dificultador para a geração de emprego e a

retomada do crescimento", emendou Guerra.

Na reunião, onde foram discutidos também temas como reforma trabalhista e tributária, o secretário da

Receita Federal, Jorge Rachid, argumentou que o bônus não será focado na aplicação de multas, mas sim

na eficácia conjunta das ações, relataram os empresários.

Page 15: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A reunião de hoje na sede da Fazenda reuniu representantes da indústria e senadores. Embora a reforma

tributária tenha sido um dos temas, os relatos são de que o governo ainda não tem uma proposta fechada

para o assunto.

"A indústria mostrou a necessidade de fato de ter simplificação e redução de custos acessórios (com a

reforma tributária), mas o governo ainda não tem uma proposta. Assim que tiver, vamos sentar novamente

para conversar. Há consenso que temos que uniformizar a legislação do ICMS, que traz grande ônus à

indústria, uma vez que tem muitas legislações diferentes", disse o presidente da Federação das Indústrias

de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte.

O senador Cristovam Buarque (PPS-PE) defendeu que o governo federal busque, com as reformas que

estão por vir, atacar problemas que hoje atingem a camada mais pobre da população.

"As reformas que estão sendo feitas são positivas, mas não têm ainda a cara e o gosto do povo. É preciso

justiça fiscal, que o imposto de renda tenha elevação nas camadas mais altas e redução nas camadas mais

baixas", disse o parlamentar.

ESTADÃO CONTEÚDO

via http://www.dcomercio.com.br/categoria/leis_e_tributos/empresarios_t...

Preparando-se para a EFD–Reinf

Postado por José Adriano em 26 janeiro 2017 às 10:00

Por Vanessa Miranda Cavazzana e Henry Carlos F. Antunes, da Thomson Reuters*

Um dos mais recentes módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), a Escrituração Fiscal

Digital das Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária Substituída (EFD-Reinf) consolida as

informações sobre retenções na fonte de Imposto de Renda, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,

PIS/PASEP e COFINS que decorram de contratações de bens ou serviços sem relação de trabalho.

Além disso, abrange as informações sobre as retenções previdenciárias na contratação entre pessoas

jurídicas e as contribuições previdenciárias sobre a receita bruta.

Com a implementação desse módulo, a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), bem

como parte das informações prestadas na EFD-Contribuições deixarão de ser exigidas.

Apesar de a Receita Federal do Brasil (RFB) ainda não ter publicado a regulamentação da obrigação

acessória, o leiaute EFD-Reinf em versão beta foi disponibilizado em seu site o que possibilitou às

empresas adequarem seus padrões internos de armazenamento e compilação de informações, implicando,

inclusive, na adaptação de softwares a fim de atender aos requisitos da nova obrigação acessória.

As tabelas com os códigos também foram disponibilizadas pela RFB e apresentam-se conforme segue:

Tabela Informação Conteúdo

Tabela 1 Código para pagamentos Códigos de pagamentos da retenção na fonte

para beneficiários no Brasil e no Exterior,

Page 16: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

indicando se a informação é obrigatória para

pessoa física e para pessoa jurídica.

Tabela 2 Regras para utilização dos

códigos de pagamento a

pessoas físicas

Códigos que indicam quais informações são

obrigatórias de acordo com o código do

rendimento (tabela 1), tais como 13º, deduções

e rendimentos isentos.

Tabela 3 Rendimentos de

beneficiários no exterior

Código para cada tipo de rendimentos pago ao

beneficiário do exterior, tais como lucros,

royalties, juros e ganho de capital.

Tabela 4 Formas de tributação para

rendimentos de beneficiários

no exterior

Códigos identificando a forma de tributação

incidente na operação com o exterior, tais

como: retenção com alíquota padrão e não

retenção por isenção.

Tabela 5 Informações sobre os

beneficiários dos

rendimentos no exterior

Códigos identificando qual a relação entre a

fonte pagadora e o beneficiário dos rendimentos

(se são matriz e filial, filial e matriz,

controladora, investidora etc).

Tabela 6 Classificação de serviços

prestados mediante cessão

de mão de obra/empreitada

sujeitos a retenção de

Contribuição previdenciária

Códigos dos serviços submetidos à retenção na

fonte de contribuição previdenciária.

Tabela 7 Países Códigos de todos os países.

Tabela 8 Classificação tributária Códigos que indicam se a fonte pagadora é do

Simples Nacional, MEI, Consórcio, produtor

rural, Associação Desportiva que mantém

Clube de Futebol Profissional etc.

Tabela 9 Código de atividades,

produtos e Serviços Sujeitos

à Contribuição Sobre a

Receita Bruta.

Códigos com todas as operações submetidas à

Contribuição Previdenciária sobre a Receita

Bruta e suas respectivas alíquotas.

Nesse momento, a governança corporativa deve atuar fortemente, a fim de alinhar seus processos internos

e buscar as melhores Soluções para que a EFD-Reinf seja atendida no prazo e com as informações dentro

do que a legislação prevê, afastando a possibilidade de aplicação de penalidades.

Vale lembrar que, as informações prestadas na EFD-Reinf serão cruzadas com as demais obrigações

acessórias e devem estar compatíveis. Como exemplo citamos o SISCOSERV, que apresenta as operações

de serviços do exterior, tal como a nova obrigação. A divergência de dados de uma mesma operação pode

implicar em autuação por falta ou insuficiência de retenção na fonte, por exemplo.

*Artigo produzido pela Thomson Reuters com exclusividade para o Blog do José Adriano

Fonte: http://www.joseadriano.com.br/profiles/blogs/preparando-se-para-a-e...

Page 17: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Termo amplo

Isenção de Imposto de Renda sobre venda de imóvel também vale

para quitações

23 de janeiro de 2017, 13h17

Por Brenno Grillo

As legislações que tratam de outorga de isenção devem ser interpretadas literalmente, como determina o

artigo 111 do Código Tributário Nacional. Sendo assim, não cabe pagar Imposto de Renda sobre

montantes recebidos por venda de imóvel e que serão usados na quitação de financiamentos habitacionais

assumidos anteriormente.

Não incide IR também sobre capital obtido em venda de imóvel que será usado para pagar financiamento

habitacional.

Assim entendeu, por maioria, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. A Fazenda Nacional

questionava o uso do valor da venda de um imóvel no pagamento de um financiamento contratado tempos

depois da compra do primeiro bem. O órgão argumentava que a Receita Federal proibiu esse tipo de

operação na Instrução Normativa 599/2005.

O parágrafo 11, inciso I, do artigo 2º da IN ficou assim redigido: “O disposto neste artigo não se aplica,

dentre outros I - à hipótese de venda de imóvel residencial com o objetivo de quitar, total ou parcialmente,

débito remanescente de aquisição a prazo ou à prestação de imóvel residencial já possuído pelo alienante”.

Para o ministro Mauro Campbell Marques, que redigiu o voto vencedor, o recurso da Fazenda Nacional

não deve ser concedido porque as restrições impostas pela Receita Federal vão contra o objetivo da Lei

11.196/2005, que garantiu a isenção se o dinheiro for aplicado na compra de imóveis em até 180 dias após

a celebração do contrato de venda. A norma, destacou, visou otimizar o mercado imobiliário e reduzir a

tributação sobre o capital usado.

“Com efeito, é de sabença geral que a grande maioria das aquisições imobiliárias das pessoas físicas é

feita mediante contratos de financiamento de longo prazo (até trinta anos). Isto porque a regra é que a

pessoa física não tenha liquidez para adquirir um imóvel residencial à vista. Outro ponto de relevo é que a

pessoa física geralmente adquire o ‘segundo imóvel’ ainda ‘na planta’ (em construção), o que dificulta a

alienação anterior do ‘primeiro imóvel’, já que é necessário ter onde morar”, explicou o ministro.

Mauro Campbell Marques detalhou que a finalidade da Lei 11.196/2005 é melhor aproveitada com a

possibilidade, dentro dos 180 dias, de se conceder a isenção também para quitações de débitos

remanescentes de imóveis já adquiridos ou de parcelas de financiamentos firmados anteriormente e ainda

em curso.

Mauro Campbell Marques destacou em seu voto que o texto questionado não apresenta qualquer restrição

ao uso do produto da venda para pagar financiamentos de imóveis.

“A necessidade de interpretação restritiva das normas isentivas também não socorre a Fazenda Nacional,

isto porque a literalidade da norma insculpida no art. 39, da Lei n. 11.196/2005 exige apenas a aplicação

do "produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País. Efetivamente, não há

Page 18: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

qualquer discrímen que estabeleça literalmente o momento da aquisição onde será aplicado o capital da

venda”, disse o ministro.

“Não há qualquer registro na lei de que as aquisições de que fala sejam somente aquelas cujos contratos

ocorreram depois da venda do primeiro imóvel residencial”, complementou Campbell Marques, que foi

seguido pelos ministros Og Fernandes e Assusete Magalhães.

Voto vencido O relator do caso, ministro Herman Benjamin, teve seu voto vencido no julgamento. Segundo ele, o

recurso deveria ter sido provido porque a norma que concede a isenção deve ser interpretada literalmente,

como define o artigo 111 do Código Tributário Nacional, que abrange em seu inciso II a outorga de

isenção.

E, na norma questionada, a redação é a seguinte: “Fica isento do imposto de renda o ganho auferido por

pessoa física residente no País na venda de imóveis residenciais, desde que o alienante, no prazo de 180

(cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato, aplique o produto da venda na aquisição de

imóveis residenciais localizados no País”.

É justamente no trecho “aplique o produto da venda na aquisição” que está a controvérsia. Segundo

Herman Benjamin, a norma busca estimular o financiamento imobiliário e a construção de novos imóveis,

ou seja, objetiva aquecer o mercado imobiliário. “Não se referem, portanto, a operações já existentes (já

resguardadas pelo regime jurídico aplicável às obrigações e contratos inadimplidos), mas àquelas cuja

realização visam propiciar”, disse sobre a norma questionada.

Herman Benjamin, relator que ficou vencido no julgamento, entendeu que não há como ampliar a

abrangência da lei para pagar financiamentos habitacionais.

“Não há, por esse motivo, como ampliar a interpretação do termo ‘aplicar na aquisição de imóvel’ para o

sentido perseguido nos autos (equiparar o ato de adquirir ao ato de quitar obrigação preexistente)”,

complementou o ministro.

Entendimento de segundo grau A decisão de Mauro Campbell Marques seguiu o entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª

Região. Para a corte de segundo grau, a instrução normativa da Receita extrapolou seu poder de

regulamentar ao criar uma restrição não prevista na lei.

“Como se pode ver da reprodução acima, a Lei nº 11.196/05, ao dispor acerca da isenção do IRPF sobre o

ganho na alienação de imóvel residencial, apenas exigiu que, no prazo de 180 dias da venda, seja aplicado

'o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais localizados no País'.”

De acordo com o TRF-4, a isenção deve ser reconhecida de forma extensiva, abrangendo imóveis

adquiridos posterior e anteriormente à alienação de outro bem similar. “A lei estabeleceu como requisito

da isenção do IRPF não propriamente a aquisição de novo imóvel no prazo de 180 dias da venda, mas a

aplicação/utilização, neste período, do recurso obtido com a venda de imóvel na compra de novo imóvel.”

A corte de segunda instância explicou também que o legislador, se quisesse usar como requisito a

aquisição do novo imóvel, teria detalhado isso na norma, e ainda deu uma aula de gramática à Fazenda

Nacional: “Logo, o verbo nuclear da hipótese de incidência prevista na norma isentiva não foi adquirir ,

mas sim aplicar na aquisição [...] A diferença entre 'adquirir' e 'aplicar na aquisição', apesar de sutil, é de

máxima relevância para a correta interpretação (literal) da norma isentiva veiculada no art. 39 da Lei nº

11.196/05”.

Page 19: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

O tributarista Fábio Calcini, do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, elogia a decisão do STJ e destaca

que a norma da Receita Federal inseriu ilegalmente uma exigência não prevista em lei: a utilização do

produto da venda do imóvel para quitação total ou parcial de bem adquirido à prazo ou já possuído pelo

alienante.

"O posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, sem deixar de realizar uma interpretação literal da

isenção, nos termos do art. 111 do CTN, não deixa de levar em consideração a finalidade do texto

normativo a fim de proporcionar efetivamente uma justiça fiscal e fomentar as operações imobiliárias",

detalhou o advogado.

Clique aqui para ler o voto vencedor no STJ.

Clique aqui para ler o voto vencido.

REsp 1.469.478

Brenno Grillo é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 23 de janeiro de 2017, 13h17

Receita ignora TRF-4 e inclui taxa portuária no

cálculo de imposto

23 de janeiro de 2017

Os valores pagos pelos serviços de capatazia (movimentação de mercadorias em portos, incluindo sua

conferência) não podem incidir no cálculo do imposto de importação. A vedação está em vigor na região

Sul por força da Súmula 92 do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com jurisdição nos estados do

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apesar disso, a Receita Federal vem aplicando a cobrança.

A saída das empresas tem sido recorrer ao Judiciário. Na primeira instância o entendimento também tem

sido em favor do contribuinte. Na 3ª Vara Federal de Itajaí (SC), o juiz Alexandre Lira de Oliveira acolheu

mandado de segurança de empresa que queria evitar de pagar o imposto indevido.

Em um dos casos, o desembargador Otávio Roberto Pamplona, do TRF-4, explicou o motivo da cobrança

ser ilegal: “A legislação estabelece que o valor aduaneiro compreende as despesas ocorridas até o porto de

destino ou local de importação. Logo, as despesas ocorridas dentro do porto, com a capatazia, não podem

ser incluídas no conceito de valor aduaneiro e consequentemente, não podem ser consideradas no cálculo

do imposto de importação”.

Em outra ação, o desembargador Johonsom Di Salvo, do TRF-4, ressalta que se a cobrança ilegal foi feita

e paga pelo importador, o Estado deverá ressarci-lo. “Reconhece-se em favor da impetrante o direito à

compensação de valores eventualmente pagos a título de imposto de importação tendo na base de cálculo

também as despesas aqui mencionadas. A compensação poderá ser feita com outros tributos administrados

pela Receita Federal”, disse o julgador.

“O impacto dessa ilegalidade é muito negativo e afeta praticamente todos os setores da atividade produtiva

no Brasil”, alerta o advogado Eduardo Bitello, diretor da área de tributos do Grupo Marpa Gestão Tributária

Ele diz que apesar do alcance da Súmula 92 estar limitado ao TRF4-, seus fundamentos vêm sendo

invocados em processos judiciais nas outras regiões do país, especialmente em São Paulo e no Nordeste.

Page 20: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Fonte: ConJur

Nova regra do Noclar - Código de Ética dos

profissionais da contabilidade sofrerá alteração

Postado por José Adriano em 24 janeiro 2017 às 9:00

Em julho de 2017, o Brasil passará a adotar uma nova normal internacional, a Noclar (“Não conformidade

com leis e regulações”, na sigla em inglês), que torna obrigatória a comunicação pelos contadores das

empresas e auditores independentes às autoridades competentes, sem quebrar o sigilo profissional, sobre

desvios de leis e regulamentos, como práticas de corrupção, lavagem de dinheiro e determinação

deliberada de não pagar impostos.

A norma será a nova regra para o Código de Ética do profissional da contabilidade, que já evidencia a

necessidade de o profissional atentar-se para que seus serviços não sejam utilizados para atividades ilícitas

e ilegais. Além disso, desde 2014, os contadores e as empresas de serviços contábeis já são obrigados a

denunciar às autoridades competentes operações suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção.

A Noclar orienta que o contador interno, se identificar irregularidades, deve comunicá-las a seus

superiores. Se a situação não for resolvida internamente, a irregularidade deverá ser obrigatoriamente

reportada às autoridades. Dessa forma, os profissionais da contabilidade terão ainda mais

responsabilidades sobre irregularidades, suspeitas ou confirmadas, descobertas no exercício de suas

funções.

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), juntamente com o Conselho Federal de

Contabilidade (CFC), estão trabalhando no processo final da tradução da norma, na interpretação e

avaliação da sua aplicação no contexto brasileiro.

http://www.crcmg.org.br/noticia/ver/id/2739/n/nova-regra-do-noclar-...

Solução de Consulta COSIT Nº 166 DE 14/01/2017

Publicado no DO em 26 jan 2017

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ

EMENTA: LUCRO PRESUMIDO. GANHO DE CAPITAL.

ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO. CÔMPUTO

OBRIGATÓRIO.

A pessoa jurídica que apurar o imposto com base no lucro presumido e alienar bem classificável no ativo

não circulante, ressalvados os investimentos permanentes em participações societárias e as aplicações em

ouro, não considerado ativo financeiro, deverá determinar o ganho de capital considerando como

custo ou valor contábil o custo de aquisição diminuído dos encargos de depreciação correspondentes

a esse período de apuração.

Page 21: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 521, § 1º, do Decreto nº 3.000, de 1999 (RIR/1999 ); Art. 4º, §§ 1º e 2º,

III, da Instrução Normativa SRF nº 93, de 24 de dezembro de 1997 ; arts. 5º, § 9º, III , e 122, II e § 11, da

IN RFB nº 1.515, de 2014 ; e Perguntas 23 e 24, do Capítulo XIII, do Perguntas e Respostas - DIPJ 2014.

Solução de Consulta COSIT Nº 75 DE 23/01/2017

Publicado no DO em 27 jan 2017

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: LUCRO REAL. DEPRECIAÇÃO. CÔMPUTO

OPCIONAL.

No âmbito da legislação do Imposto sobre a Renda, o cômputo, como custo ou encargo, em cada período

de apuração, da importância correspondente à diminuição do valor dos bens do ativo não circulante

resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal, é opcional para a pessoa jurídica

que apure o imposto com base no lucro real.

PASSAGEM DO LUCRO PRESUMIDO PARA O LUCRO REAL. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO.

CÔMPUTO OBRIGATÓRIO.

A pessoa jurídica que apurava o imposto com base no lucro presumido e optou pela sua apuração com

base no lucro real deverá levantar balanço de abertura onde considere como utilizadas as cotas de

depreciação dos bens do ativo não circulante correspondentes àquele período de apuração.

LUCRO PRESUMIDO. GANHO DE CAPITAL. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO. CÔMPUTO

OBRIGATÓRIO.

A pessoa jurídica que apurava o imposto com base no lucro presumido e alienar bem classificável no ativo

não circulante, ressalvados os investimentos permanentes em participações societárias e as aplicações em

ouro, não considerado ativo financeiro, deverá determinar o ganho de capital considerando como custo ou

valor contábil o custo de aquisição diminuído dos encargos de depreciação, inclusive os correspondentes a

esse período de apuração.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 305 do Decreto nº 3.000, de 1999 (RIR/1999); Art. 4º, § 1º, da Instrução

Normativa SRF nº 93, de 1997; art 3º, § 8º, da IN RFB nº 1.396, de 2013; arts. 5º, § 9º, III, e 122, II e §

11, da IN RFB nº 1.515, de 2014; item 2 do PN CST nº 79, de 1976; itens 4 e 5 do PN CST nº 33, de

1978; e Perguntas 23 e 24 do Capítulo XIII do Perguntas e Respostas - DIPJ 2014.

Solução de Consulta COSIT Nº 36 DE 16/01/2017

Publicado no DO em 27 jan 2017

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ

EMENTA: LUCRO REAL. DESPESA DE PROPAGANDA.

VEICULAÇÃO DE ANÚNCIO EM EMISSORA DE RADIODIFUSÃO

COMUNITÁRIA. INDEDUTIBILIDADE.

Page 22: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A pessoa jurídica optante pelo lucro real não pode deduzir como despesa de propaganda as importâncias

pagas ou creditadas para a veiculação de anúncios publicitários de cunho empresarial em emissora de

rádio comunitária.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 52.795, de 1963, arts. 1º e 7º; Lei nº 4.680, de 1965, arts. 4º e 5º;

Lei nº 9.612, de 1998, arts. 1º, 3º, 4º e 7º; Decreto nº 2.615, de 1998, arts. 38 e 40, incisos XIII e XV;

Decreto nº 3.000, de 1999 (Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999), arts. 299 e 366.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL

EMENTA: BASE DE CÁLCULO. DESPESAS DE PROPAGANDA. VEICULAÇÃO DE ANÚNCIO

EM EMISSORA DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA. INDEDUTIBILIDADE.

A pessoa jurídica não pode deduzir, na determinação da base de cálculo da CSLL, como despesa de

propaganda as importâncias pagas ou creditadas para a veiculação de anúncios publicitários de cunho

empresarial em emissora de rádio comunitária.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 7.689, de 1988, art. 2º; Decreto nº 52.795, de 1963, arts. 1º e 7º; Lei nº

4.680, de 1965, arts. 4º e 5º; Lei nº 9.612, de 1998, arts. 1º, 3º, 4º e 7º; Decreto nº 2.615, de 1998, arts. 38

e 40, incisos XIII e XV; Lei nº 4.506, de 1964, art. 47; Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil Brasileiro,

art. 166; ADI RFB nº 32, de 2009.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral Substituta

Solução de Divergência COSIT Nº 10 DE 25/01/2017

Publicado no DO em 27 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS.

DIVERSOS ITENS.

Tratando-se de pessoa jurídica que se dedica à produção de celulose, de papel, e de papelão para venda, os

gastos incorridos com partes e peças de reposição, combustíveis e lubrificantes, bem como com

serviços de manutenção aplicados às máquinas e equipamentos utilizadas no corte, no tratamento e

no transporte da madeira não geram crédito no regime de apuração não cumulativa da Contribuição

para o PIS/Pasep, por não se enquadrarem no conceito de insumo previsto no art. 3º, II, da Lei nº 10.637,

de 2002.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º,II; IN SRF nº 247, de 2002, art. 66, I, "b", e § 5º.

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

Page 23: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. DIVERSOS ITENS.

Tratando-se de pessoa jurídica que se dedica à produção de celulose, de papel, e de papelão para venda, os

gastos incorridos com partes e peças de reposição, combustíveis e lubrificantes, bem como com serviços

de manutenção aplicados às máquinas e equipamentos utilizadas no corte, no tratamento e no transporte da

madeira não geram crédito no regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, por

não se enquadrarem no conceito de insumo previsto no art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º,II; IN SRF nº 404, de 2004, art. 8º, I, "b", e § 4º.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Divergência COSIT Nº 11 DE 25/01/2017

Publicado no DO em 27 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS.

DIVERSOS ITENS.

Os gastos com partes e peças e serviços de manutenção aplicados em empilhadeiras e veículos

utilizados no transporte interno (mesmo estabelecimento da pessoa jurídica) de matérias-primas e

produtos em elaboração, desde que tais dispêndios não sejam incorporados ao bem em manutenção,

são considerados insumos, permitindo a apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep de

acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002;

Os combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas e equipamentos de produção e nos veículos de

transporte interno da produção são considerados insumos, gerando créditos da não cumulatividade da

Contribuição para o PIS/Pasep de acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002;

As partes e peças, os serviços de manutenção e os combustíveis e lubrificantes consumidos em

empilhadeiras e veículos utilizados no transporte de matérias-primas e produtos em elaboração entre

estabelecimentos distintos da mesma pessoa jurídica não são considerados insumos, não permitindo a

apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep de acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de

2002; e

Os gastos com serviços de transporte das partes e peças que se desgastam e são utilizadas em

empilhadeiras e veículos não geram crédito da Contribuição para o PIS/Pasep de acordo com o art. 3º, II,

da Lei nº 10.637, de 2002, posto que tais montantes devem ser incorporados ao custo de aquisição dos

bens, e a possibilidade de crédito deve ser aferida em relação aos correspondentes bens adquiridos.

Page 24: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º,II; IN SRF nº 247, de 2002, art. 66, I, "b", e § 5º.

VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DOU DE 11.10.2016

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. DIVERSOS ITENS.

Os gastos com partes e peças e serviços de manutenção aplicados em empilhadeiras e veículos utilizados

no o transporte interno (mesmo estabelecimento da pessoa jurídica) de matérias-primas e produtos em

elaboração, desde que tais dispêndios não sejam incorporados ao bem em manutenção, são considerados

insumos, permitindo a apuração de crédito da Cofins de acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de

2002;

Os combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas e equipamentos de produção e nos veículos de

transporte interno da produção são considerados insumos, gerando créditos da não cumulatividade da

Cofins de acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003;

As partes e peças, os serviços de manutenção e os combustíveis e lubrificantes consumidos em

empilhadeiras e veículos utilizados no transporte de matérias-primas e produtos em elaboração entre

estabelecimentos distintos da mesma pessoa jurídica não são considerados insumos, não permitindo a

apuração de crédito da Cofins de acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003; e

Os gastos com serviços de transporte das partes e peças que se desgastam e são utilizadas em

empilhadeiras e veículos não geram crédito da Cofins de acordo com o art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de

2003, posto que tais montantes devem ser incorporados ao custo de aquisição dos bens, e a possibilidade

de crédito deve ser aferida em relação aos correspondentes bens adquiridos.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º,II; IN SRF nº 404, de 2004, art. 8º, I, "b", e § 4º.

VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DOU DE 11.10.2016

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Consulta COSIT Nº 78 DE 24/01/2017

Publicado no DO em 27 jan 2017

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL -

COFINS

Page 25: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO. ATIVO

IMOBILIZADO. FABRICAÇÃO. CRITÉRIO DE APROPRIAÇÃO.

DEPRECIAÇÃO.

A fabricação de máquina ou equipamento, pela própria pessoa jurídica que irá incorporá-la(o) ao

seu ativo imobilizado, para aplicação direta na produção de bens destinados à venda ou na

prestação de serviços, é fato que autoriza, no regime de não cumulatividade, o desconto de crédito

da Cofins, a ser aferido com base nos encargos de depreciação dessa máquina ou desse

equipamento.

Nessa hipótese, em que o bem do imobilizado é fabricado por quem dele fará uso, é inadmissível a

apropriação de créditos segundo critérios de tempo desvinculados de sua vida útil, ou seja,

desvinculados de sua depreciação, e o cômputo desses créditos só pode ser iniciado, quando o bem

do imobilizado estiver instalado, posto em serviço ou em condições de produzir.

A adoção dessa sistemática de apropriação, com base na depreciação de bem integrante do

imobilizado, é incompatível com o creditamento estratificado por custos de fabricação considerados

isoladamente, vale dizer, considerados a partir da data de aquisição de cada parte ou peça (sujeita

ao pagamento da contribuição) destinada a compor o aludido bem, e com base nos valores de cada

um desses componentes.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, inc. VI, § 1º, inc. III; Lei nº 11.774, de 2008,

art. 1º; IN SRF nº 404, de 2004, art. 8º; IN SRF nº 457, de 2004, art. 1º; e Lei nº 4.506, de 1964, art. 57.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Divergência COSIT Nº 9 DE 25/01/2017

Publicado no DO em 27 jan 2017

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS

INDUSTRIALIZADOS - IPI

EMENTA: As aquisições, por estabelecimento industrial, de matéria prima, produto intermediário

e material de embalagem com notação "NT" na Tipi, provenientes de estabelecimento atacadista

não contribuinte do IPI, não dão direito ao crédito de que trata o art. 227 do Ripi/2010.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal de 1988, art. 153, § 3º, II; Decreto-Lei nº 400, de 1968,

art. 6º; Decreto nº 7.212, de 2010, arts. 225, 227, 251, I, e 256; Parecer Normativo CST nº 125, de 1971.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Page 26: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Substituta

Solução de Consulta COSIT Nº 165 DE 14/01/2017

Publicado no DO em 26 jan 2017

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL

EMENTA: INSTALAÇÃO DE PORTAS, JANELAS, TETOS, DIVISÓRIAS E

ARMÁRIOS EMBUTIDOS DE QUALQUER NATUREZA. RETENÇÃO DE 11%.

NÃO INCIDÊNCIA.

A atividade de instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material

são tributadas pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123, de 2006 , por se classificarem como serviços

de instalação, reparação e manutenção em geral de que trata o inciso IX, do § 5-B, do art. 18, da Lei

Complementar nº 123, de 2006 .

Não há incidência da retenção de 11% (onze por cento) de que trata o art. 31, da Lei nº 8.212, de 1991 ,

sobre as receitas auferidas por empresa optante pelo Simples Nacional, que preste serviços de instalação

de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material, por se tratar de prestação de

serviço sujeito a tributação na forma do Anexo III, da Lei Complementar nº 123, de 2006

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, IX, e § 5-C, I ; Lei nº

8.212, de 1991, art. 31, caput e § 1º ; e IN RFB nº 971, de 2009, arts. 191 , 322, I e X , e Anexo VII .

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

O que é Dimob e por que os corretores precisam ficar

atentos?

Você sabe o que é Dimob? Se não sabe e é corretor de imóveis, é muito importante ficar atento a este

conteúdo. e já ouviu falar, essa é uma boa oportunidade de saber mais informações sobre ela.

postado 20/01/2017 19:03:27 - 1.792 acessos

O que é Dimob?

Bom, primeiramente, vamos entender o conceito e como ela surgiu. Dimob quer dizer Declaração das

Informações sobre Atividades Imobiliárias. É uma obrigação acessória anual, requerida pela Instrução

Normativa 1.115 e deve ser entregue à Receita Federal via Certificado Digital. Como toda obrigação

acessória, é de natureza fiscalizatória, ou seja, o governo instituiu para ter mais controle das

movimentações existentes.

Page 27: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Quando e por que surgiu?

A Dimob surgiu em 2003. O motivo de sua criação foi o resultado de processos de fiscalização

envolvendo grandes empresas do ramo de construção e administração de imóveis. Isso se seu um ano

antes, em 2002, e foi identificado uma fraude da ordem de R$ 1 bilhão. Com base neste retorno dos

processos, o governo instituiu a obrigação em 21 de fevereiro de 2003.

Quem deve entregar?

Deve entregar a Dimob todas as empresas de natureza jurídica que exercem as atividades de locação,

intermediação ou venda de imóveis e é aí que entra a figura do corretor de imóveis, que está enquadrada

no serviço de intermediação.

Fique atento a alguns pontos importantes: a Dimob só deve ser entregue se a sua empresa apresentou

faturamento. Quando não apresentar faturamento, esta entrega é dispensada. Mas todo o recebimento de

valores deve estar suportado por uma nota fiscal.

O que se pede na ficha?

Além disso, o empresário deve ter atenção às informações complementares, que também devem ser

controladas por nota fiscal. São elas:

1. – Dados do comprador (Nome completo e CPF)

2. – Dados do vendedor (Nome completo e CPF)

3. – Data do contrato de compra e venda do imóvel

4. – Endereço completo do imóvel vendido

5. – Valor do imóvel vendido

Prazo de Entrega :

A Dimob será entregue, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao que se refiram as

suas informações, por intermédio do programa Receitanet disponível na Internet.

Para a apresentação da Dimob referente aos fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário 2010, é

obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido, exceto para

as pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições

devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) . Para os anos-calendário

anteriores a 2010, a utilização do certificado digital é facultativa para a transmissão da Dimob.

Multa por atraso na entrega :

A não apresentação da Dimob no prazo estabelecido ou a sua apresentação com incorreções ou omissões

acarretará a aplicação das seguintes penalidades, definidas no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de

24 de agosto de 2001.

Art. 57 - O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16

da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões será intimado

para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria da

Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas:

I - por apresentação extemporânea:

Page 28: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que

estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração

apresentada, tenham apurado lucro presumido ou tenham optado pelo Simples Nacional;

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas

jurídicas;

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas;

II - por não cumprimento à intimação da RFB, para cumprir obrigação acessória ou para prestar

esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-

calendário;

III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas:

a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comerciais ou das

operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável

tributário;

b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das

transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação

aos quais seja responsável tributário.

§ 1º Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nos

itens II e III serão reduzidos em 70% (setenta por cento).

§ 2º Para fins do disposto no item I, acima, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração,

tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de

reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra b do inciso I do caput.

§ 3º A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for

cumprida antes de qualquer procedimento de ofício.

§ 4º Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas previstas na alínea a do

inciso I, no inciso II e na alínea b do inciso III.

Fonte: Conube/RFB

Cobrança abusiva do ICMS na conta de luz

Conheça os seus direitos!

Publicado por Karina Peres Arruda

Você sabia que pode estar pagando até 35% a mais na sua conta de luz?

Milhares de pessoas pagam até 35% (trinta e cinco por cento) a mais na tarifa de energia elétrica, devido a

uma arrecadação equivocada do Governo Estadual.

Page 29: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Isso porque, no cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o Governo

deveria tributar apenas o valor da energia elétrica efetivamente consumida. Ao invés disso, na base de

cálculo do referido imposto há também a inclusão da Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição

(TUSD) e da Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão (TUST).

Buscando a solução do erro e retificação das próximas faturas, a população tem se socorrido à Justiça,

pleiteando também a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente relativos aos últimos 5 (cinco)

anos.

Importante ressaltar que tal direito não está restrito às pessoas físicas, mas também às pessoas jurídicas.

Embora alguns Tribunais tenham suscitado a suspensão das ações sobre o tema, há diversos casos

julgados favoráveis aos consumidores, inclusive decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça

(STJ).

Para entrar com a ação é necessário reunir cópia das últimas contas de Luz, RG e CPF do titular e

comprovante de residência.

Recomenda-se sempre a contratação de um advogado de sua confiança para ingresso de demandas

judiciais. Lembre-se, ele é especialista no assunto e trabalhará para defender os seus direitos!

A inércia do povo faz prosperar uma sociedade que cultua a ilegalidade.

O Judiciário é a ferramenta apta a corrigir tais desconformidades.

Karina Peres Arruda

Benefícios do ISS fixo para os escritórios de

serviços contábeis optantes pelo Simples

A Lei Complementar 157/2016, que alterou em alguns aspectos a LC 116/2003 (a qual estabelece regras

gerais sobre o Imposto Sobre Serviços – ISS), está gerando procedimentos equivocados por parte de

algumas prefeituras catarinenses quando da cobrança do ISS devido pelos escritórios de contabilidade.

Dentre os destaques da LC 157/2016, estão a fixação de uma alíquota mínima de ISS de 2% e a proibição

de o imposto em questão ser objeto de isenção, incentivos e benefícios fiscais, que resulte em alíquota

inferior a esse percentual.

Para entender o equívoco, que levou a prefeitura de São José/SC, por exemplo, a revogar a norma que

regulamenta o recolhimento fixo para os escritórios de contabilidade, é necessário analisar a lei que

institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar nº

123/2006), haja vista que o texto estabelece uma exceção a estes profissionais.

Como se verifica em seu artigo 18, as micro e pequenas empresas que exerçam a atividade de

contabilidade recolherão o ISS em valor fixo, na forma da legislação municipal.

“Art. 18. (…)

Page 30: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

(…)

§ 22-A. A atividade constante do inciso XIV do § 5º-B deste artigo recolherá o ISS em valor fixo, na forma

da legislação municipal”.

Assim, todas as microempresas e empresas de pequeno porte que prestem serviços de contabilidade, ainda

que optantes do Simples Nacional, possuem o direito de recolher o ISS em valores fixos mensais, nos

termos da legislação municipal.

Isso porque o verbo contido na legislação está no modo imperativo, não dando aos Municípios, neste

parágrafo 22-A, ao contrário do que consta no CAPUT do artigo 18 da LC 123/2006, a opção de instituir,

caso seja seu interesse, outra forma que não o pagamento do imposto de forma fixa. Diante da

imperatividade contida na norma, caberá a obrigatoriedade do pagamento do imposto de forma fixa para

os profissionais contábeis, cabendo aos Municípios apenas regulamentar os aspectos procedimentais do

recolhimento do fixo.

Necessário salientar que com o advento da LC n. 155/2016 houve alteração de algumas regras para os

optantes do Simples. Contudo, foi mantida a exceção contida para os escritórios de contabilidade.

Ora, a Emenda Constitucional 37/2002, ao alterar o artigo 156, §3º, I, da Constituição Federação, passou a

permitir expressamente que o legislador infraconstitucional tratasse do tema. Vale ressaltar que, na

prática, a previsão de uma alíquota mínima para o ISS e a proibição de benefícios e incentivos fiscais com

alíquotas inferiores a 2% não traz grande inovação, já que o artigo 8º-A e seu parágrafo 1º apenas replicou

a norma contida no texto da Ato das Disposição Constitucional Transitórias (em seu artigo 88), vejamos:

Art. 88.

Enquanto lei complementar não disciplinar o disposto nos incisos I e III do § 3º do art. 156 da

Constituição Federal, o imposto a que se refere o inciso III do caput do mesmo artigo: (Incluído pela EC

37/2002)

I – terá alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e 34 da

Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968; (Incluído pela EC 37/2002)

II – não será objeto de concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais, que resulte, direta ou

indiretamente, na redução da alíquota mínima estabelecida no inciso I. (Incluído pela EC 37/2002)

Assim, a regra é para que não haja a concessão de benefícios, incentivos e isenções para o ISS, a fim de

reduzir a guerra fiscal travada entre os munícipios. Todavia, em nenhum momento houve a revogação da

benesse instituída no artigo 18, §22-A da LC n. 123/06.

Portanto, a exceção prevista na legislação que regulamenta o Simples continua irretocável, cabendo ao

munícipio lançador do imposto definir o valor e a forma de recolhimento, não podendo obstar a fruição

deste benefício.

Até mesmo porque, em razão do princípio da especialidade em eventual conflito de normas, deve

prevalecer a norma específica sobre a genérica.

Ainda, mesmo que fosse outra a intenção do legislador, qual seja, em revogar a benesse concedida aos

profissionais da contabilidade pela LC 123/2006, tal comando só teria vigência a partir de 30/12/2017,

pois de forma expressa a LC 157/20016 determinou o prazo de 01 ano para que os munícipios se adaptem

à legislação.

Page 31: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Diante disto, entende-se que a LC n. 72/2016 sancionada pelo município de São José não deve prevalecer

sobre a LC n. 123/2006, nem encontra amparo na LC 157/2016, haja vista ter sido promulgada antes

mesmo da respectiva Lei Federal, não respeitando, ainda, o prazo estipulado.

por Fernando Telini – advogado tributarista da Telini e Falk Advogados Associados

Postado por: Márcia Quartiero

Como parcelamento de dívidas tributárias vai ajudar

o contribuinte

Medida permite parcelamento de débitos em até 120 prestações e uso de prejuízo fiscal para abater dívidas

tributárias

postado 26/01/2017 08:14:15 - 3.859 acessos

A Receita Federal deve regulamentar o Programa de Regularização Tributária (PRT) no próximo dia 1º de

fevereiro. Caso a medida seja regulamentada nesta data, pessoas físicas e empresas terão um prazo de 120

dias para aderir ao programa.

O novo PRT permitirá que as dívidas tributárias sejam parceladas em até 120 prestações - atualizadas

mensalmente de acordo com a Taxa Selic. O valor mínimo de cada prestação é de R$ 200 para pessoas

físicas e de R$ 1 mil para empresas

Além desta vantagem, o programa oferece outro benefício ao contribuinte. “Vamos supor que alguém

tenha muitas dívidas tributárias. Depois da regulamentação do PRT, se ele tiver um saldo de prejuízo

fiscal, poderá utilizá-lo para abater em impostos como PIS e COFINS, desde que estes débitos não estejam

inscritos em Dívida Ativa na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Algo que as empresas

reivindicavam há tempos”, explicou o gerente da Prime Contabilidade, Gabriel Moretti. “Outra coisa

importante: caso você tenha uma impugnação na Receita Federal, ela cairá na hora da adesão ao

programa”, continuou.

O advogado tributarista Carlos Eduardo Xavier de Souza afirmou que a medida deve aliviar o caixa das

empresas, ainda mais em tempos de crise. “Começa pelo parcelamento. Diluir os débitos fiscais em dez

anos é uma medida que dá fôlego aos empreendedores brasileiros em um cenário econômico conturbado

como vivemos. O fato de usar o prejuízo fiscal para abater tributos administrados pela Receita Federal

também é uma ótima novidade para os contribuintes”, avaliou.

Moretti salientou que pessoas e empresas podem aderir automaticamente ao PRT, a não ser que o débito já

esteja com a Procuradoria Geral e supere os R$ 15 milhões. “Neste caso, o devedor necessita apresentar a

Carta Fiança ou Seguro Garantia Judicial para conseguir o parcelamento. É bom lembrar que o programa

parcela impostos não pagos até o dia 30 de novembro. Se o contribuinte não acertar débitos vencidos após

esta data, ele perderá o benefício. Se não pagar o FGTS, ocorrerá a mesma coisa”, concluiu.

Fonte: Agência Lupacom

Page 32: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

MG: Contribuintes devem adotar novos códigos

para liberação de produtos importados

26 de janeiro de 2017

A Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG) orienta os contribuintes mineiros que

importam matéria-prima, bens para o ativo imobilizado ou produtos acabados para comercialização a

ficarem atentos à mais recente versão da nomenclatura do Sistema Harmonizado de Designação e de

Codificação de Mercadorias, a SH-2017. A normatização entrou em vigor no dia 1º de janeiro e resultou em

nova estruturação da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), em razão das

diversas modificações na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Os novos códigos devem ser

informados nos documentos necessários para que os produtos sejam liberados pela aduana.

Sob a administração da Organização Mundial das Alfândegas, foram incluídos 233 conjuntos na

nomenclatura. São eles: 85 no setor agrícola; 45 no químico; 25 no de máquinas; 13 no de madeiras; 15 no

têxtil; 6 no de metais comuns; 18 no de transportes e 26 outros segmentos no Sistema Harmonizado (SH).

Com isso, a nova versão alterou pelo menos 1.300 códigos de NCM. As normas relativas às alterações já

foram publicadas, inclusive a nova TIPI, aprovada pelo Decreto nº 8.950, de 29 de dezembro de 2016.

A TIPI é a matriz de alíquotas referenciais para incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

no mercado interno ou importados, organizada de acordo com a NCM. Em razão das mudanças estruturais

na TIPI, diversos códigos de classificação fiscal de mercadorias foram alterados, o que poderá dificultar a

expedição de documentos necessários no desembaraço aduaneiro.

Para minimizar dúvidas, encontra-se disponível quadro com a correlação entre os códigos constantes das

tabelas elaboradas com o SH 2012 e as tabelas elaboradas com o SH 2017. A tabela de correlação pode ser

acessada na página do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no endereço eletrônico

http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior-9/arquivos-atuais.

Averiguação

Os contribuintes mineiros detentores de regimes especiais que necessitam de aposição de visto fiscal na

Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação de Recolhimento do ICMS (GLME)

devem, com antecedência, averiguar a nova classificação fiscal de mercadorias na NCM/SH 2017.

Assim, a empresa deverá demostrar, por produto, a correspondência entre a classificação na NBM/SH que

consta no RE e a classificação atual da mercadoria no Sistema Harmonizado 2017, que será informada na

documentação relativa ao desembaraço aduaneiro. Importante frisar que a correta classificação das

mercadorias na NBM/SH é de responsabilidade do contribuinte.

Fonte: Agência Minas

Page 33: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Systax realiza pesquisa com 1.165 empresas e levanta como

o mercado tem reagido frente o CEST

O objetivo da pesquisa foi mapear como o mercado tem reagido e se adequado frente o CEST, que busca

estabelecer uma forma de uniformizar e identificar as mercadorias e bens passíveis de sujeição ao regime de

substituição tributária. Porém, na prática, esse foi um dos assuntos obrigatórios que mais exigiu esforços por parte

das empresas em 2016. Para tanto, a Systax divulga sua pesquisa inédita sobre o tema no período que marca pouco

mais de um ano da vigência do CEST.

A pesquisa contou com a contribuição de 1.165 empresas e apurou, por exemplo, que até o momento apenas 27%

das empresas estavam 100% adequadas à aplicação do CEST e que 20% ainda não haviam começado a se preparar.

Também foi possível concluir que 73% das empresas estão em risco fiscal, pois podem estar aplicando

incorretamente a substituição tributária, gerando problemas, inclusive, para todas as empresas que compõem sua

cadeia de comercialização.

Conheça todos os detalhes e os resultados que foram obtidos

a partir desta pesquisa inédita:

Veja o resultado da pesquisa

Gestão dos impostos indiretos é dificuldade em

89% das empresas

27 jan 2017 Fernanda Rodrigues

A gestão dos impostos indiretos é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas brasileiras. A

alta complexidade tributária, as diferentes legislações para sua aplicação nos estados e municípios e a

necessidade de envolvimento de diversos setores na tarefa de responder às exigências do Fisco são

algumas das razões pelas quais 89% das empresas brasileiras admitam ter grande dificuldade em manter-

se em conformidade.

O resultado está na sondagem de opinião Desafios da Gestão de Impostos Indiretos no Brasil, realizada

pela Thomson Reuters, provedor líder mundial em notícias e informação para mercados profissionais,

durante o Sinergy 2016, promovido no mês de outubro, em São Paulo. Para elaborar o estudo, foram

ouvidos 39 líderes de área de impostos e finanças de grandes empresas com atuação no mercado brasileiro

durante o evento global, que discute o papel da tecnologia na transformação da área contábil, fiscal e de

gestão do comércio exterior.

O objetivo da pesquisa, diz o especialista em soluções fiscais e tributárias da Thomson Reuters, Renato

Promenzio, foi compreender como o aumento nos últimos anos de impostos indiretos vinha sendo

assimilado pelos clientes. A resposta foi ainda mais alarmante do que o esperado. Os gestores não estão

conseguindo responder integralmente às exigências fiscais, ou seja, têm grande dificuldade em pontos-

chave à sobrevivência das empresas atualmente.

Page 34: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Dos entrevistados, 53,85% apontam que a principal dificuldade da sua empresa ao realizar a gestão de

impostos indiretos está em manter-se em compliance (conformidade, em inglês) e evitar possíveis

penalidades e juros. Outros 51,28% afirmam que a dependência do departamento de TI (Tecnologia da

Informação) para atualizar a política fiscal torna os processos mais lentos e inseguros.

Em terceiro lugar está a demora nos processos de transação manual, com 38,46% das respostas. Mesmo

que 89,74% dos profissionais afirmem que a empresa onde trabalha já tem implantado o ERP

(Planejamento de Recurso Corporativo, em inglês), sistema de informação que integra todos os dados e

processos de uma organização, muitas atualizações são feitas manualmente, gerando um gasto de tempo

desnecessário. Em cerca de 30% das empresas, as equipes ou profissionais contábeis gastam de 20% a

40% do seu tempo com a atualização de políticas fiscais.

Outros 25,6% destes profissionais afirmam que de 40% a 60% do tempo de sua equipe é dedicado a essa

atualização. Paralelamente, praticamente todos (95%) gostariam de dedicar mais tempo à análise de dados

e à tomada de decisões estratégicas para a gestão fiscal da organização. Os gestores escutados acreditam

que a tecnologia pode ser uma importante aliada na melhoria da gestão dos tributos indiretos e que a

automação desses impostos simplifica o processo de conformidade fiscal.

O custo de conformidade – ou seja, os recursos necessários para cumprir a complexa legislação tributária

– é alto, diz a advogada e sócia da área Tributária do De Vivo, Whitaker e Castro Advogados, Vanessa

Inhasz Cardoso. Entre as obrigações estão emissão de notas fiscais, escrituração de livros, entrega de

declarações e manutenção de documentos fiscais em perfeita ordem, para exibição ao Fisco quando

solicitado.

O maior impacto para as empresas é o custo financeiro dos tributos indiretos, pontua a especialista, “seja

em razão da carga tributária que as empresas estão sujeitas ou em razão do custo para administração e

gerenciamento dos tributos”. “Notamos que as empresas de médio e grande porte mudam de estado e

município de acordo com as políticas fiscais adotadas nesses locais”, exemplifica Promenzio.

Talvez hoje a melhor saída para a simplificação tributária seja investir em softwares que possam ser

atualizados pela empresa gestora do sistema em tempo real a partir das alterações na legislação ou nas

exigências de dados e nos leiautes definidos pelo Fisco.

Brasileiros não compreendem a tributação indireta

Pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de Janeiro e Ipsos no ano passado, com mais de mil brasileiros

de 72 municípios, aponta que apenas 50% das pessoas afirmaram perceber o pagamentos de impostos

sobre produtos e serviços (indiretos). Esse número aumenta vertiginosamente quando é avaliada a

consciência sobre impostos em geral – 78% dos entrevistados demonstraram reconhecer que pagam

tributos. Porém os primeiros impostos lembrados são os tributos municipais – IPTU e taxas de iluminação

e lixo (74%).

Apesar da edição da Lei nº 12.741/12, que criou a necessidade de indicação dos tributos incidentes sobre

os produtos e serviços vendidos, a compreensão por parte dos consumidores ainda não chegou ao patamar

ideal. “Há muito desconhecimento da maior parte da população brasileira sobre a problemática dos

tributos indiretos”, reflete a advogada Vanessa Inhasz Cardoso. Uma das ferramentas mais discutidas é a

criação de um im posto único, seguindo o modelo do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), usado

inclusive em países vizinhos, como Uruguai e Argentina, e europeus.

A mudança vem sendo discutida no Brasil há muitos anos e faz parte da reforma tributária, que tramita no

Congresso há mais de 30 anos. A ideia de adoção do IVA no Brasil buscaria substituir os três principais

Page 35: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

tributos indiretos (IPI, ICMS e ISS) por um único imposto sobre o valor agregado. Também há propostas

para inclusão do PIS e da Cofins em uma cobrança unificada. Porém a alteração em questão é uma

operação complexa e que envolve todos os estados e municípios brasileiros. “Um dos problemas que são

suscitados quando se discute sobre a instituição do IVA é sobre a escolha da técnica”, lembra Vanessa.

Existem basicamente duas opções: desconto de imposto sobre imposto e a denominada compensação da

base sobre a base. “O Brasil já adota o sistema de desconto do imposto sobre imposto, para fins do ICMS

e IPI, razão pela qual seria mais fácil a utilização dessa técnica”, explica a advogada. Outro problema é a

divisão da arrecadação do imposto entre estados e municípios de origem e destino. “Isso já é um problema

dentro do sistema atual e que teria que ser melhor avaliado em um possível sistema alternativo do IVA. A

solução é bem difícil e depende da análise de dados econômicos e financeiros dos referidos entes”, prevê a

especialista.

Modelo em vigor acirra a guerra fiscal

As alíquotas de Imposto de Renda jurídica estão em queda em todo o mundo. Na medida em que tentam

resolver déficits orçamentários, as autoridades tributárias buscam aumentar as alíquotas de impostos

indiretos e a fiscalização para produzir receitas adicionais e compensar a queda de receita com o Imposto

de Renda. Simultaneamente, sistemas fiscais estão se tornando ainda mais sofisticados na identificação de

erros e na recuperação dos impostos, impondo uma pressão ainda maior sobre a receita da empresa.

Devido às constantes mudanças nos impostos indiretos, empresas de todos os tipos e em todo o mundo

estão se esforçando para atingir a regularidade. Os departamentos de impostos estão mais focados em

reduzir riscos, aumentando a precisão, agilizando a automação de ponta a ponta e centralizando o controle

de determinação e cumprimento de obrigações fiscais. O Brasil apresenta um alto volume de alterações

tributárias – em torno de 17 mil anuais. Desse total, 60% são de tributos indiretos.

O ICMS é o imposto indireto com maior número de alterações, de acordo com o estado. Há três ordens

distintas e autônomas de tributação. A União, os estados e os municípios podem instituir e definir os

critérios de incidência dos tributos, desde que observados os limites constitucionais. Um dos efeitos da

opção por investir nos impostos indiretos nos moldes em que são adotados no País é a guerra fiscal entre

estados e municípios. O fenômeno é antigo e amplamente utilizado para manter ou atrair novos

investimentos nos territórios mediante a concessão de incentivos fiscais (redução de alíquotas, redução da

base de cálculo dos tributos, postergação do pagamento dos impostos – diferimento e concessão de

créditos presumidos).

Conforme a advogada e sócia da área Tributária do De Vivo, Whitaker e Castro Advogados, Vanessa

Inhasz Cardoso, a guerra fiscal está, sim, relacionada com a estrutura tributária que o Brasil adota, o que

acaba impactando o crescimento econômico, e a tributação elevada afasta novos investimentos, além de

onerar os contribuintes. “Essa forma cria anomalias no regime que acabam por prejudicar o sistema como

um todo.

A busca por mecanismos que melhorem a arrecadação e contribuam para a sustentabilidade do pacto

federativo é um tema que precisa ser discutido seriamente pelos órgãos representativos de classe, juristas,

economistas e deputados/ senadores”, defende.

Fonte: Jornal do Comércio Via R7

Page 36: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

SPED completa 10 anos de inovação e simplificação

26 jan 2017 Barbara Cruz

Nesse domingo, 22 de janeiro, o Sistema Publico de Escrituração Digital completou 10 anos,

revolucionando a prestação de dados aos fiscos federal, estadual e municipal, e inaugurando a era dos

grandes dados na Receita Federal.

Nascido oficialmente com a edição do Decreto 6.022 de 22 de janeiro de 2007 , o Sistema Público de

Escrituração Digital (SPED) se propunha a ser:

(…) instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros

e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas,

inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

Passados 10 anos de seu nascimento, vê-se que o SPED amadureceu para tornar-se bem mais do que isso.

Tornou-se o leading case internacional de prestação de informações ao fisco (seja ele federal, estadual ou

municipal).

Converteu-se em um dos principais instrumentos de simplificação da prestação de informações e porta de

entrada para a maioria esmagadora dos dados na Receita Federal.

O SPED avançou em etapas sob a égide da construção coletiva. A Nota Fiscal Eletronica (NF-e), a

Contabilidade Digital (ECD) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS e IPI) foram os projetos

pioneiros. Desde então, porém, o ecosistema SPED avançou para englobar a apuração do IRPJ, das

Contribuições Sociais sobre Faturamento e sobre a folha de pagamentos além do acompanhamento das

operações financeiras e de outros documentos fiscais.

Atualmente o sistema encontra-se completo, embora alguns módulos ainda estejam em desenvolvimento,

conforme o quadro abaixo.

Documentos fiscais Escriturações

Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Escrituração Contábil Digital (ECD)

Nota Fiscal de Consumidor

Eletrônica (NFC-e)

Escrituração Contábil Fiscal (ECF)

Nota Fiscal de Serviço

Eletrônica (NFS-e)*

Escrituração Fiscal Digital do ICMS e do IPI (EFD-ICMS-IPI)

Conhecimento de Transporte

Eletrônico (CT-e)

Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (EFD-

Contriibuições)**

Manifesto de Documentos

Fiscais Eletrônico (MDF-e)

Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Trabalhistas

e Previdenciárias (eSocial)

Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações sobre as

Contribuições Previdenciárias Substitutivas (EFD-Reinf)**

eFinanceira***

* Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep da Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

** Ainda em elaboração.

Page 37: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

*** Conjunto de arquivos digitais referentes a cadastro, abertura, fechamento e auxiliares, e pelo módulo

de operações financeiras.

O SPED tornou-se um sistema harmônico de prestação de informações pelo contribuinte e o grande

caminho da simplificação tributária de forma concreta. Ao longo desse caminho o paradigma anterior de

Programas Geradores de Declaração (PGD) foi sendo substituído por escriturações assinadas digitalmente

e muito mais próximas aos fatos geradores de interesse.

O subsecretário de fiscalização, auditor-fiscal, Iagaro Jung Martins, lembra que a substituição de

declarações por escriturações é o caminho da simplificação e da segurança tanto para empresas quanto

para o fisco. Dacon e DIPJ foram substituídas pela EFD-COntribuições e pela ECF, respectivamente. O

eSocial, por sua vez substituírá mais de 13 obrigações acessórias federais.

Os números do SPED traduzem sua relevância. Mais de 15 bilhões de NF-e emitidas e mais de 24 milhões

de escriturações enviadas anualmente. O novo sitio do SPED em menos de 10 meses ultrapassou as 5

milhões de visualizações. O eSocial trouxe a formalização dos empregados domésticos de um patamar de

200 mil para mais de 2 milhoes de trabalhadores cadastrados.

“O SPED é uma construção social coletiva, onde a Receita Federal tem um papel de liderança,

fomentando parcerias e coordenado o desenvolvimento”, comenta o auditor-fiscal Clovis Belbute Peres,

chefe da Divisão de Escrituração Digital (Didig), que supervisiona o SPED na RFB.

“O SPED não é apenas um repositório ou um sistema de coleta, é uma instituição da sociedade. Uma

forma pela qual a sociedade construiu um modelo em que, trabalhando em parceria com o fisco, amplia

controles e simplifica a prestação de informações. O ecossistema parece estar completo, mas ainda há

muito para ser aperfeiçoado e desenvolvido”, completa.

Governo anunciou medidas de simplificação e facilitação no final de 2016

No dia 15 do mês passado o governo federal apresentou medidas com o objetivo de elevar a produtividade

e estimular a recuperação da economia do país. Divididas em dez grandes eixos, as iniciativas vão

promover a desburocratização, a simplificação de regras para empresas e pessoas físicas, a facilitação para

a concessão de crédito e o refinanciamento de dívidas.

Fonte: Receita Federal

Ano Novo, declaração nova! Vem aí a BEPS

Postado por José Adriano em 27 janeiro 2017 às 10:00

No apagar das luzes do ano de 2016, a Receita Federal do Brasil (RFB) publicou uma legislação

introduzindo uma nova declaração para atender o BEPS. Mas afinal, o que é BEPS?

Trata-se da sigla em inglês para “Base Erosion and Profit Shifting”, que pode ser traduzida como Erosão

da Base Tributável e Transferência de Lucros.

Empresas globais estruturaram as suas atividades para que os impostos sobre a renda fossem pagos em

países com tributação reduzida – de forma que a alíquota efetiva sobre a renda ficasse bem abaixo da

Page 38: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

alíquota nominal. Isto quer dizer que o lucro era transferido de um país para o outro e tributado somente

no país com a alíquota reduzida. No Brasil, por exemplo, o percentual é de 34%.

A pedido dos países membros do G20, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE) coordenou um projeto batizado de Action Plans, com 15 planos de ação para combater essas

transferências artificiais de lucros para países com tributação reduzida. As versões finais dos planos foram

aprovadas em 2015 e o Brasil, por ser membro do G20, está comprometido em adotar essas medidas em

sua legislação interna.

Desta forma, no dia 29 de dezembro de 2016, a RFB publicou a Instrução Normativa (IN) nº 1.681/2016,

que dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação das informações da Declaração País a País (DPP). A DPP

é conhecida fora do Brasil como Country by Country Reporting (CbCr), que trata sobre as regras de

preços de transferência, e estabeleceu um padrão de informação a ser exigido pelas empresas

multinacionais.

A DPP é um relatório anual a ser preenchido e enviado ao Fisco do país de residência do controlador final,

contendo informações como receitas, lucro antes do imposto de renda, imposto de renda pago e devido,

capital social, lucros acumulados, número de empregados e ativos tangíveis. No caso do Brasil, o

contribuinte deverá preencher o Bloco W dentro da ECF a ser transmitida em 2017, relativo ao exercício

do calendário 2016. A RFB compartilhará essas informações em layout pré-definido com as demais

administrações tributárias que sejam signatárias do acordo, para troca automática de informações

tributárias.

A responsabilidade pelo preenchimento dos dados na DPP, em geral, é da empresa controladora final com

residência tributária no Brasil. As subsidiárias de companhias estrangeiras que estão no Brasil não

precisam preenchê-la, mas devem identificar os dados da entidade declarante.

Estão dispensados da entrega da DPP os grupos multinacionais cuja receita consolidada no ano

fiscal anterior ao ano da declaração, seja inferior a: (i) R$ 2.260.000.000,00 se o controlador for

residente no Brasil para fins tributários ou, (ii) € 750.000.000,00, ou o equivalente convertido pela

cotação de 31 de janeiro de 2015 para a moeda local da jurisdição de residência para fins tributários

do controlador final.

Cabe lembrar que, de acordo com a normativa, a falta de preenchimento das informações relativas à DPP

implicará no impedimento da transmissão da ECF. Além disso, no caso de omissão das informações, a

penalidade prevista é de 3% (três por cento) do valor omitido, inexato ou incompleto.

Com as trocas de informações da DPP entre os diversos países, os fiscos terão uma importante ferramenta

para auxiliá-los a mapear e identificar as operações sujeitas às regras de preços de transferência e verificar

se as mesmas estão sendo aplicadas corretamente. No caso da RFB, a DPP vai facilitar a identificação das

empresas que ainda permanecem à sombra da legislação, ignorando a aplicação das regras ou aplicando as

normas impostas pela sua matriz, mas nem sempre de acordo com as regulamentações brasileiras.

Ano Novo, declaração nova, mas desta vez a culpa não é da Receita Federal. O BEPS veio para fechar

algumas brechas que ficaram abertas por décadas e, com isso, o Brasil ainda adotará muitas medidas para

cumprir com os compromissos assumidos junto ao G20.

Fonte: Site Contábil

Page 39: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Fabricantes querem frear sonegação para promover a

isonomia no setor de materiais de construção

Postado por José Adriano em 27 janeiro 2017 às 9:00

Por Juliana Estigarríbia

A sonegação na indústria de materiais de construção gira em torno de R$ 10 bilhões por ano no País,

apontam representantes do setor. A principal consequência para os fabricantes seria a falta de isonomia

entre as empresas.

"Principalmente em períodos de crise, a sonegação aumenta para reduzir os preços dos produtos", afirmou

ao DCI o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter

Cover.

Segundo ele, a sonegação ocorre de duas formas na indústria: na compra de matérias-primas e na venda

para o varejo. "Com essa prática, a diferença de preço pode chegar a 30% em relação às empresas formais,

que perdem ainda mais competitividade."

Cover conta que a sonegação é um problema grave em toda a cadeia da construção, atingindo fabricantes,

varejo e empreiteiras. Mas ele revela que o tributo mais sonegado na indústria é o Imposto Sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

De acordo com o diretor-geral do grupo Astra, Manoel Flores, os segmentos mais pulverizados

apresentam o problema com maior frequência. "No negócio de metais sanitários, por exemplo, temos mais

de 80 concorrentes e a sonegação é recorrente", pondera o executivo.

Já os segmentos que tendem a sofrer menos com o problema são os mais concentrados, como cimento e

aço. "Estas indústrias são mais fáceis de ser fiscalizadas, portanto, absolutamente formais", diz Cover.

O dirigente também aponta como áreas mais propensas à sonegação aquelas com processos produtivos

menos sofisticados, o que facilita a pulverização de pequenos fabricantes informais.

Na visão do diretor do grupo Astra, a carga tributária no Brasil é muito alta e a sonegação dificulta ainda

mais o dia-a-dia das empresas.

"Ao longo dos anos, a tributação vem aumentando no Brasil e a sonegação só aprofunda a distorção entre

os fabricantes", pontua.

O executivo destaca que as empresas que atuam formalmente no setor têm buscado combater o problema.

"A perda de isonomia é visível."

Ações

O presidente da Abramat revela que a entidade tem promovido ações para combater a sonegação na

indústria de materiais de construção. "Abrimos uma frente de trabalho com secretarias da Fazenda no

Sudeste, Sul e Nordeste para ajudar os governos no combate a essa prática", diz Cover. O dirigente afirma

que a entidade não pode revelar quais são as Pastas envolvidas porque isso dificulta a fiscalização.

Page 40: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

"Temos mostrado ao governo as principais práticas de sonegação na indústria de materiais de construção e

quais os segmentos que mais sofrem com o problema", esclarece. "Também indicamos os pontos de venda

que trabalham dessa forma", complementa.

Cover diz ainda que só empresas que demonstram conformidade podem se manter associadas à Abramat.

"Procuramos estimular a formalidade de todas as formas."

Conforme o dirigente, o combate à sonegação é uma pauta de grande interesse do governo especialmente

nesse momento de crise, em que o aumento da arrecadação é fundamental para equilibrar as contas

públicas.

No entanto, Cover admite que o problema precisa ser enfrentado no médio e longo prazo. "O que ajuda a

combater a sonegação tanto no nosso setor quanto na economia como um todo é a redução da carga

tributária", avalia.

Segundo o dirigente, combater a sonegação é um mecanismo importante para dar competitividade à

indústria ao mesmo tempo em que eleva a arrecadação do governo. "Quando as contas públicas estiverem

mais equilibradas, podemos voltar a pleitear uma redução da carga tributária."

Fonte: DCI via http://fenacon.org.br/noticias/fabricantes-querem-frear-sonegacao-p...

Boleto bancário poderá ser pago em qualquer instituição após

vencimento

24 jan 2017 - Contabilidade / Societário

As formas como milhões de brasileiros pagam suas contas começa a mudar a partir de março. Alvo de

fraudes milionárias nos últimos anos, os boletos bancários vão ficar mais modernos. O benefício mais

visível para o cliente será a possibilidade de pagamento em qualquer banco mesmo após a data de

vencimento.

Por trás da inovação, está um projeto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que fará com que

todos os boletos passem a ser registrados em uma única plataforma até o fim do ano. A nova forma de

cobrança também mudará a forma como empresas e instituições financeiras organizam os pagamentos.

O número de boletos emitidos no país chegou a 3,7 bilhões em 2015. A movimentação chamou a atenção

de quadrilhas que se especializaram em fraudar os documentos. Sem o registro, o banco só toma

conhecimento da emissão do boleto quando o documento bate na compensação, o que facilita a ação dos

criminosos. No ano passado, o volume de recursos desviados com o golpe chegou a R$ 320 milhões, de

acordo com dados preliminares da Febraban.

Com o novo sistema, a empresa que emitir uma cobrança precisa enviar os dados para o banco, que

alimenta a plataforma. No momento do pagamento, os dados do código de barras serão comparados com

os registrados no sistema. “Se as informações não estiverem na base, ou o boleto foi fraudado ou não foi

registrado”, afirma Walter de Faria, diretor-adjunto de operações da Febraban.

A nova plataforma também deve evitar outros problemas recorrentes envolvendo boletos, como o erro no

preenchimento de informações e o pagamento de títulos em duplicidade, segundo Faria. As mudanças

ocorrerão de forma gradual. Em março, entrarão no sistema os boletos com valor acima de R$ 50 mil.

Dois meses depois, as faturas a partir de R$ 2 mil passarão a ser registradas. O cronograma se estende até

Page 41: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

dezembro, quando 100% das cobranças devem estar na plataforma.

O processo de adaptação dos sistemas de bancos e empresas emissoras corre bem e não deve haver

atrasos, segundo o executivo. Originalmente, o sistema estava previsto para entrar em operação no início

deste ano.

Embora o registro não seja obrigatório, Faria espera que a adesão seja ampla, já que os títulos que não

estiverem na plataforma só poderão ser pagos no banco ao qual estão vinculados. “Além disso, os

fraudadores provavelmente vão monitorar as empresas que decidirem operar o sem registro”, afirma.

A perspectiva da entrada no novo sistema de cobrança ainda não inibiu as quadrilhas especializadas no

chamado “golpe do boleto”. “A percepção é que houve uma migração recente da fraude de pessoas físicas

para organizações maiores”, afirma Fernando Carbone, diretor da Kroll, consultoria de riscos que tem sido

contratada por empresas lesadas com o golpe. Carbone diz que a soma de recursos desviados de clientes

nos últimos meses foi de aproximadamente R$ 21 milhões.

Em geral, a fraude ocorre com um vírus instalado no computador do pagador do boleto. Mas as quadrilhas

também se especializaram em encontrar falhas na página da internet ou e até em obter informações com

funcionários da empresa emissora do boleto, segundo o diretor da Kroll.

Além de dificultar a ação dos golpistas, o registro dos boletos na plataforma vai mudar o cotidiano de uma

série de companhias. A principal preocupação é com o aumento de custos. O valor da cobrança registrada

vai depender da negociação com os clientes, mas a tendência é que seja maior do que o sistema atual. “Os

bancos podem negociar um valor menor no registro e compensar com uma tarifa nos títulos que forem

liquidados”, diz Eduardo Morishita, gerente de Produtos do Bank of America Merrill Lynch (BofA).

Os impactos da mudança serão diferentes dependendo da forma que cada empresa realiza sua cobrança.

Entre os segmentos mais afetados está o de comércio eletrônico. Com o novo sistema, quando um

consumidor optar por fazer uma compra com boleto, o documento precisará antes passar pelo sistema do

banco. Hoje, esse processo é feito de forma automática pelo site.

As vantagens do novo sistema, porém, devem mais do que compensar a mudança no procedimento,

segundo Dênis Corrêa, gerente-executivo da diretoria de soluções empresariais do Banco do Brasil. No

BB, além de o sistema permitir a emissão e o registro do boleto de forma simultânea durante a compra, o

processamento da operação será feito em 30 minutos, contra um dia que a loja precisa esperar hoje para

saber se o boleto foi pago e despachar o pedido. “Trata-se de um benefício tremendo para o comércio”,

diz.

Quem também deve mudar a forma de atuação em consequência da mudança são as entidades que se

valem da emissão de boletos como forma de arrecadar recursos, como as ONGs, associações e igrejas.

Como a maioria dos títulos não é paga, o custo do registro pode não valer a pena.

De forma indireta, o novo sistema de cobrança de boletos pode afetar até a competição bancária. Com a

possibilidade de pagamento de boletos vencidos em toda a rede, instituições de menor porte devem ganhar

maior competitividade em serviços prestados a empresas. “Com a mudança, cai por terra o argumento de

que as empresas precisam de um banco com rede de agências em cash management [gestão de caixa]”,

afirma Annali Duarte, diretora dos negócios de transações bancárias do BofA.

Fonte: Valor Econômico

Page 42: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

MG - SPED Fiscal - VAF/DAMEF - Registro 1400

- Resolução 4.972/2017

Postado por José Adriano em 26 janeiro 2017 às 11:00

Altera a Resolução n° 4 .730, de 17 de dezembro de 2014, que estabelece a obrigatoriedade de

apresentação do Registro 1400 da Escrituração Fiscal Digital (EFD) e institui o Manual de

Orientação para a geração do Registro 1400 da Escrituração Fiscal Digital (EFD).

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe

confere o inciso III do § 1° do art. 93 da Constituição Estadual, e tendo em vista o disposto no art. 46 do

Anexo VII do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto n° 43.080, de 13 de dezembro de

2002,

Clique para ver a resolução 7.730 atualizada:

http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/resolucoes/2014/rr4730_2014.htm

Amortização

Resumo:

Veremos neste Roteiro os procedimentos para contabilização da amortização, sem deixar de passar no que

a legislação do Imposto de Renda versa sobre o assunto. Para tanto, utilizaremos como fonte de estudo o

Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999, bem como outras

fontes citadas ao longo do texto.

1) Introdução:

Da leitura da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A's), podemos extrair um conceito bem didático de

amortização, qual seja, que a amortização é o modo pelo qual se registra, contabilmente, a diminuição de

valor dos bens dos Ativos Imobilizado e Intangível correspondente à perda do valor do capital aplicado na

aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou

exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente

limitado.

Já para fins de aplicação da legislação do Imposto de Renda, amortização de direitos, bens, custos e

despesas consiste na "recuperação contábil" do capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou

exercício tenha duração limitada, ou de bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo limitado por

lei ou contrato, e dos custos, encargos ou despesas, registrados no Ativo Diferido, que contribuirão para a

formação do resultado de mais de um período de apuração (1).

Para a aplicação da amortização devem ser observadas 2 (duas) características básicas e cumulativas, a

saber: i) prazo de duração limitado e; ii) inexistência de indenização. Portanto, a amortização tem lugar

quando o limitante da vida útil for o tempo, diferentemente da depreciação, que é pelo uso, tempo e

obsolescência.

Page 43: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Para explicar melhor, como exemplo, se alugarmos um imóvel e fazermos benfeitorias nele, só podemos

utilizar a amortização se o contrato de locação for por prazo determinado e não houver direito à

indenização das benfeitorias edificadas. Neste caso, se o contrato for feito por tempo indeterminado,

utilizaremos a depreciação, mas se o contrato prever o ressarcimento do valor das benfeitorias não há nem

amortização e nem depreciação.

Feitos esses breves comentários, passaremos a analisar nos próximos capítulos os procedimentos para

contabilização da amortização, sem deixar de passar no que a legislação do Imposto de Renda versa sobre

o assunto. Para tanto, utilizaremos como fonte de estudo o RIR/1999, bem como outras fontes citadas ao

longo do texto.

Notas Tax Contabilidade:

(1) Com a edição da Lei nº 11.941/2009 (artigo 37), que alterou o disposto no artigo 178, § 1º da Lei nº

6.404/1976, o subgrupo do Ativo Diferido foi inserido no grupo do Ativo não Circulante, sendo

substituído pelo subgrupo do Intangível.

(2) O Comitê de Pronunciamentos Contábeis editou o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1), para tratar

do Ativo Intangível, cuja consulta recomendamos.

Base Legal: Art. 183, § 2º, "b" da Lei nº 6.404/1976 (UC: 03/01/17); Art. 58, caput da Lei nº 4.506/1964

(UC: 03/01/17); Arts. 324, caput e 325, I e II do RIR/1999 (UC: 03/01/17) e; Questão 064 do Capítulo

VIII do Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica 2016..

2) Conceitos:

2.1) Amortização:

Para entender o conceito contábil de amortização, convêm analisar os dizeres da Lei nº 6.404/1976:

Art. 183. (...)

§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada

periodicamente nas contas de:

(...)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da

propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada,

ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado

(...)

Como podemos verificar, contabilmente a amortização é o modo pelo qual se registra a diminuição de

valor dos bens dos Ativos Imobilizado e Intangível correspondente à perda do valor do capital aplicado na

aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou

exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente

limitado.

Page 44: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Base Legal: Art. 183, § 2º, "b" da Lei nº 6.404/1976 (UC: 03/01/17).

2.2) Diferença entre depreciação e amortização:

A depreciação e a amortização apresentam várias diferenças, tanto contábil como tributária, mas a

principal delas reside no fato da primeira incidir sobre os bens físicos de propriedade do próprio

contribuinte. Já a amortização se relaciona com a diminuição de valor de bens que, nos termos da lei ou

contrato que regule a concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente ao fim do prazo

da concessão, sem indenização; ou que, locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, quando não

houver direito ao recebimento de seu valor; ou dos direitos com prazo limitado (legal ou contratualmente).

Em outras palavras, observado o que dispõe o item 7 do Parecer Normativo CST nº 27/1981, segundo o

RIR/1999, a depreciação será calculada em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização

econômica do bem (artigo 310 do RIR/1999); a de amortização, em função do número de anos restantes

de existência do direito (artigo 327 do RIR/1999).

Base Legal: Item 7 do PN CST nº 27/1981 (UC: 03/01/17) e; Questão 071 do Capítulo VIII do Perguntas

e Respostas Pessoa Jurídica 2016 (UC: 03/01/17).

2.3) Recuperação contábil do capital empregado:

Essa "recuperação contábil" do capital empregado é feita mediante o uso da faculdade, estabelecida pela

legislação, de se computar, em cada período de apuração, como custo ou despesa operacional, o encargo

de amortização, com a utilização de percentual que traduza a recuperação do capital aplicado ou dos

recursos aplicados em despesas que contribuam para a formação do resultado de mais de um período de

apuração.

Base Legal: Questão 065 do Capítulo VIII do Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica 2016 (UC:

03/01/17).

3) Tratamento tributário:

3.1) Recuperação Contábil do Capital aplicado:

A "recuperação contábil" do capital aplicado será efetuada mediante o uso da faculdade, estabelecida pela

legislação tributária, de se computar em cada período de apuração do Imposto de Renda, como custo ou

despesa operacional, o encargo de amortização com a utilização de percentual que traduza a recuperação

do capital aplicado.

Base Legal: Art. 58, caput da Lei nº 4.506/1964 (UC: 03/01/17) e; Arts. 324, caput e 325, I e II do

RIR/1999 (UC: 03/01/17).

3.2) Capital e bens amortizáveis:

O contribuinte poderá amortizar o capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício

tenha duração limitada, ou de bens cuja utilização pelo contribuinte tenha o prazo legal ou

contratualmente limitado, tais como:

Page 45: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

a. patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais, licenças, autorizações

ou concessões;

b. investimento em bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço

público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo da concessão, sem indenização;

c. custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza,

inclusive de exploração de fundos de comércio (valor pago a título de luvas ou semelhantes);

d. custos das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em bens de terceiros,

quando não houver direito ao recebimento de seu valor (3);

e. o valor dos direitos contratuais de exploração de florestas de que trata o subcapítulo 3.6 abaixo

(artigo 328 do RIR/1999).

Não se admite a amortização de bens, custos ou despesas, para os quais seja registrada quota de exaustão.

Além disso, a partir de 01/01/1996, somente será considerada como dedutível a amortização de bens e

direitos intrinsecamente relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços.

Por fim, somente serão admitidas as amortizações de custos ou despesas que observem as condições

estabelecidas na legislação.

Notas Tax Contabilidade:

(3) Leia também nosso Roteiro de Procedimentos intitulado "Benfeitorias em bens de terceiros".

Analisaremos neste trabalho como classificar, avaliar e contabilizar benfeitorias em bens, móveis e

imóveis, de terceiros.

(4) Os dispêndios com abrigos para usuários de ônibus, adquiridos de terceiros e instalados em vias

públicas, com fim específico de promover a publicidade da empresa adquirente por prazo superior a 1

(um) ano, findo o qual eles revertem ao domínio público, devem ser registrados em conta do Ativo

Imobilizado (AI), podendo ser amortizados no prazo durante o qual a empresa poderá dispor do bem para

fazer sua publicidade, desde que as importâncias desembolsadas não sejam ressarcidas por qualquer

forma.

Base Legal: Art. 58, caput, §§ 5º e 6º da Lei nº 4.506/1964 (UC: 03/01/17); Art. 13, III, da Lei nº

9.249/1995 (UC: 03/01/17); Arts. 324, §§ 2º e 4º e 325, caput, I, § 2º do RIR/1999 (UC: 03/01/17) e; ADN

CST nº 15/1976 (UC: 03/01/17).

3.2.1) Marcas e patentes:

Conforme visto já visto acima, é cristalino que o valor da marca somente poderá ser amortizado se o

direito ao seu uso ou à sua exploração tiver duração limitada, caso contrário, se o direito de uso ou

exploração tiver duração ilimitada a dedutibilidade da amortização ficará prejudicada.

As patentes, por sua vez, possuem prazo limitado de duração, findo o qual as invenções caem em domínio

público, encerrando-se o privilégio da sua exploração.

Portanto, os gastos com patentes podem ser amortizados dentro desse período. Para tanto, a taxa de

amortização da patente será o resultado da divisão de 100% (cem por cento) pelo número de anos de

duração, conforme fixado na legislação especial.

Page 46: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

No caso dos gastos com a aquisição de direito de uso ou exploração de marca, quando tiver duração

limitada, a taxa de amortização da mesma será o resultado da divisão de 100% (cem por cento) pelo

número de anos de duração fixado em "Contrato de Cessão de Uso de Marca" ajustado entre o dono da

marca (cedente) e o cessionário.

Base Legal: Decreto nº 5.798/2006 (UC: 03/01/17) e; Arts. 325, I, "a", 326, caput e 327, caput, I do

RIR/1999 (UC: 03/01/17).

3.3) Recursos não amortizáveis:

Os recursos aplicados em direitos cujo exercício ou duração não tenha prazo determinado não podem ser

amortizados, muito menos depreciados.

Também não é admitida a amortização de bens ou direitos para os quais seja registrada quota de exaustão,

como, por exemplo, recursos minerais ou empreendimentos florestais destinados ao corte para

industrialização, comercialização ou consumo, ressalvada a hipótese estudada no subcapítulo 3.6 abaixo.

Por fim, temos que também não são amortizáveis (mas podem ser depreciados em função do prazo de vida

útil) os custos das construções ou benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados de terceiros,

quando o contrato de locação ou arrendamento não tiver prazo de duração determinado, ou, mesmo tendo

prazo determinado, não vedar à empresa locatária ou arrendatária o direito de ser indenizada pelas

benfeitorias realizadas.

Base Legal: Art. 325, § 2º do RIR/1999 (UC: 03/01/17); PN CST nº 210/1973 (UC: 03/01/17) e; PN CST

nº 104/1975 (UC: 03/01/17).

3.4) Início e prazo de amortização:

A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no Ativo

Imobilizado e no Intangível, a fim de que sejam:

a. registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os

empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão

produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou

b. revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e

para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

Base Legal: Art. 183, § 3º da Lei nº 6.404/1976 (UC: 03/01/17).

3.5) Determinação da quota de amortização:

A quota de amortização dedutível em cada período de apuração será determinada pela aplicação da taxa

anual de amortização, fixada em conformidade com o subcapítulo 3.5.1, sobre o valor original do capital

aplicado.

Se a amortização tiver início ou terminar no curso do período de apuração anual, ou se este tiver duração

inferior a 12 (doze) meses, a taxa anual será ajustada proporcionalmente ao período de amortização,

quando for o caso.

Page 47: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A amortização poderá ser apropriada em quotas mensais, dispensado o ajuste da taxa para o capital

aplicado ou baixado no curso do mês.

Base Legal: Arts. 58, § 1º e 57, § 1º da Lei nº 4.506/1964 (UC: 03/01/17); Art. 326 do RIR/1999 (UC:

03/01/17) e; Questão 066 do Capítulo VIII do Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica 2016 (UC:

03/01/17).

3.5.1) Taxa anual de amortização:

A taxa anual de amortização será fixada tendo em vista o número de anos restantes de existência do direito

ou do prazo (legal ou contratual) de utilização dos bens.

A título de exemplo, imaginemos uma determinada empresa que realizou, em maio de 20X2, benfeitorias

em bens locados de terceiros conforme contrato de 3 (três) anos firmado em 01/05/20X1 (Validade do

contrato: 01/05/20X1 até 30/04/20X4). Portanto, neste exemplo, a empresa poderá amortizar as

benfeitorias no prazo de 2 (dois) anos, correspondentes ao prazo contratual restante (maio/20X2 a

abril/20X4).

A taxa anual de amortização admitida para as benfeitorias é de 50% (cinquenta por cento), conforme

cálculo abaixo:

Taxa anual = 100% / 2 anos (maio/20X2 a abril/20X4) ==> Taxa anual = 50%

Base Legal: Arts. 58, § 1º e 57, § 1º da Lei nº 4.506/1964 (UC: 03/01/17) e; Art. 327, caput, I do

RIR/1999 (UC: 03/01/17) e; Questão 066 do Capítulo VIII do Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica

2016 (UC: 03/01/17).

3.5.2) Limite para amortização:

Em qualquer hipótese, o montante acumulado das quotas de amortização não poderá ultrapassar o custo de

aquisição do bem ou direito, registrado contabilmente.

Base Legal: Art. 58, § 2º da Lei nº 4.506/1964 (UC: 03/01/17) e; Art. 324, § 1º do RIR/1999 (UC:

03/01/17).

3.5.3) Bem ou direito que terminar antes da amortização integral:

Se a existência ou o exercício do direito, ou a utilização do bem, terminar antes da amortização integral de

seu custo, o saldo não amortizado constituirá encargo no período de apuração em que se extinguir o direito

ou terminar a utilização do bem

Base Legal: Art. 58, § 4º da Lei nº 4.506/1964 (UC: 03/01/17) e; Art. 324, § 3º do RIR/1999 (UC:

03/01/17).

3.6) Direitos de exploração de florestas:

A quota anual de amortização do valor dos direitos contratuais de exploração de florestas terá como Base

de Cálculo o valor do contrato e será calculada em função do prazo de sua duração.

Page 48: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Opcionalmente, poderá ser considerada como data do início do prazo contratual, para os efeitos do

disposto neste subcapítulo, a do início da efetiva exploração dos recursos.

Ocorrendo à extinção dos recursos florestais antes do término do prazo contratual, o saldo não amortizado

poderá ser computado como custo ou encargo do período de apuração em que ocorrer a extinção.

As disposições deste subcapítulo não se aplicam aos contratos de exploração firmados por prazo

indeterminado.

Base Legal: Art. 5º do Decreto-Lei nº 1.483/1976 (UC: 03/01/17) e; Art. 328 do RIR/1999 (UC:

03/01/17).

4) Tratamento contábil:

Em termos de lançamentos contábeis, a empresa apropriará a amortização a débito do resultado do período

de apuração e a crédito da conta de amortização acumulada, da seguinte forma:

Pelo registro do encargo de amortização, referente ao período de _____:

D - Amortização (CR)

C - Amortização Acumulada (CR-ANC-I)

Legenda:

CR: Conta de Resultado; e

CR-ANC-I: Conta Redutora - Ativo Não Circulante - Imobilizado.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 03/01/17).

4.1) Exemplo prático:

A título de exemplo, suponhamos que a empresa Vivax Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda. tenha

realizado, em maio de 20X2, benfeitorias no valor total de R$ 34.500,00 (trinta e quatro mil e quinhentos

reais) em uma máquina de prensar locada de terceiros, cujo contrato possui, entre outras, as seguinte

cláusulas:

Cláusula Termos

Data da assinatura do contrato de

locação:

01/05/20X1

Prazo de duração da locação: 3 anos, contados da data da assinatura.

Reembolso das benfeitorias: Os valores despendidos pela locatária não serão indenizados

pelo locador.

Conforme podemos verificar, o contrato de locação tem validade no período de 01/05/20X1 (data da

assinatura) até 30/04/20X4 (final dos 3 anos). Terminado o contrato, a máquina de prensar será devolvida

ao locador.

Page 49: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Considerando que as benfeitorias começaram a ser efetivamente utilizadas em maio/20X2, temos que a

Vivax poderá amortizar as mesmas no prazo de 2 (dois) anos, correspondentes ao prazo contratual restante

(maio/20X2 a abril/20X4).

A taxa anual de amortização admitida para as benfeitorias é de 50% (cinquenta por cento), conforme

cálculo abaixo:

Taxa anual = 100% / 2 anos (maio/20X2 a abril/20X4) ==> Taxa anual = 50%

Já o cálculo do encargo mensal de amortização é o seguinte:

a. quota anual de amortização: R$ 34.500,00 X 50% = R$ 17.250,00;

b. duodécimos mensais de amortização: R$ 17.250,00 / 12 = R$ 1.437,50;

Portanto, a Vivax poderá lançar para despesa o valor mensal de R$ 1.437,50 (um mil, quatrocentos e trinta

e sete reais e cinquenta centavos) à título de amortização das benfeitorias realizadas na máquina de

prensar alugada.

Considerando essas informações, a Vivax deverá efetuar o seguinte lançamento contábil com fito a

registrar em sua escrituração o encargo de amortização do mês de maio/20X2:

Pelo registro do encargo de amortização das benfeitorias realizadas em máquina de prensar

alugada, referente ao período de maio/20X2:

D - Amortização (CR) _ R$ 1.437,50

C - Amortização Acumulada (CR-ANC-I) _ R$ 1.437,50

Legenda:

CR: Conta de Resultado; e

CR-ANC-I: Conta Redutora - Ativo Não Circulante - Imobilizado.

Nos meses seguintes, a Vivax deverá efetuar o mesmo lançamento contábil.

Base Legal: Equipe Tax Contabilidade (UC: 03/01/17).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 02/01/2017 pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade e está atualizado

até a legislação vigente em 27/01/2017 (data da sua última atualização), sujeitando-se, portanto, às

mudanças em decorrência das alterações legais.

Não é permitido a utilização dos materiais publicados pela Tax Contabilidade para fins comerciais, pois os

mesmos estão protegidos por direitos autorais. Também não é permitido copiar os artigos, materias e

arquivos do Portal Tax Contabilidade para outro site, sistema ou banco de dados para fins de divulgação

em sites, revistas, jornais, etc de terceiros sem a autorização escrita dos proprietários do Portal Tax

Contabilidade.

Page 50: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Soluções para o Bloco K

Postado por Jurânio Monteiro em 24 janeiro 2017 às 10:23

Aumentar o seu poder de fiscalização, sem onerar e burocratizar mais ainda o contribuinte. Este é,

atualmente, o grande desafio do Bloco K, que entra em vigor neste mês de janeiro ainda de maneira

simplificada para as empresas com faturamento superior a R$300 milhões por ano.

Graças a um ajuste publicado pela Receita Federal no final do ano passado, as empresas estão

temporariamente livres de informar aspectos sigilosos da confecção dos seus produtos. Este era

considerado, até então, o grande gargalo para a adesão a esta nova sistemática que visa aprimorar o

controle dos estoques por parte da Receita.

A obrigatoriedade, porém, se fará presente a partir do próximo ano para segmentos específicos, quando

também serão enquadradas as empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões.

O problema reside no fato de que, pelos moldes em que foi concebido, o Bloco K exige que as empresas

informem cada detalhe dos insumos utilizados na concepção do produto final.

Na prática, seria como uma marca de suco precisar informar a exata quantidade de água, aromatizante,

açúcar e demais componentes constantes em cada embalagem. Ela estaria, com isso, revelando por tabela

os segredos da sua fórmula para os concorrentes.

Trata-se de uma medida amplamente contestável em sua base legal, e que traz consequências ainda mais

graves do ponto de vista do ambiente de negócios no País. Ou alguém acredita que as grandes

multinacionais seguirão produzindo no Brasil e expondo os seus segredos industriais para empresas em

escala mundial?

A Receita argumenta alegando que os dados não ficarão disponíveis para todo o mercado e serão

guardados de maneira sigilosa. O ambiente virtual, contudo, não é capaz de oferecer 100% de segurança.

Se o próprio site do Google no Brasil foi hackeado e tirado do ar por alguns minutos, o que se dirá de

outros sistemas menos seguros.

Diante de todos estes elementos, torna-se impossível cumprir na íntegra as obrigações trazidas pelo Bloco

K da maneira como está constituído.

Tais distorções ocorrem porque a Receita instituiu esta nova sistemática apenas transpondo as informações

do livro Registro de Controle da Produção e do Estoque - RCPE modelo 3 para o ambiente virtual, sem

considerar as consequências que a exposição dessas informações traria para as indústrias.

Até então, para consultar este livro, era necessário um fiscal ir até a empresa e checar se os dados ali

informados condiziam com o que foi prestado ao fisco. Isso dava aos empresários a tranquilidade de que

essas informações não seriam expostas ao mercado. No ambiente virtual, essa segurança passa a não

existir mais.

Sensível a essa problemática, o fisco aceitou manter o Bloco K pelos valores totais do produto final, e não

mais pela quantidade de matérias-primas. Entretanto, manteve a obrigatoriedade de escriturar o Livro

Modelo 3.

Page 51: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Dessa forma, as indústrias, distribuidoras e alguns atacadistas com faturamento anual acima de R$ 78

milhões têm o ano de 2017 para adquirirem um software que controle melhor os seus processos de

produção, passando a gerir melhor os seus estoques, para poderem cumprir a obrigação.

Trata-se de uma solução momentânea para este problema trazido pelo Bloco K, já que tal alívio nas regras

inicialmente estabelecidas tem o prazo de dois anos para acabar, conforme o ajuste publicado pela Receita.

Caberá ao empresariado, agora, se manter mobilizado para tornar essa mudança permanente e se capacitar

para cumprir a obrigação nos moldes atuais. Da Receita, espera-se que se mantenha sensível aos anseios

dos empresários e não prejudique ainda mais o ambiente de negócios do País.

Marcio Shimomoto - Presidente da King Contabilidade. via Administradores.com

Opinião

Novas medidas relacionadas à guerra fiscal de

ISS

26 de janeiro de 2017, 7h25

Por Daniel Corrêa Szelbracikowski

Em dezembro de 2016 foi publicada a Lei Complementar (LC) 157 que alterou a LC 116/03 relativamente

ao imposto sobre serviços (ISS) e a Lei 8.129/1992 que dispõe sobre a improbidade administrativa.

Já comentamos aqui na ConJur acerca da aparente inconstitucionalidade da tributação de negócios

jurídicos que não se qualificam como serviços, como é o caso do streaming (item 1.09 da lista de serviços)

e do armazenamento e hospedagem de dados (item 1.03). Frisamos que a atual repartição constitucional de

competências tributárias combinada com a revolução tecnológica experimentada pela sociedade possibilita

a ausência de sujeição de determinadas utilidades ao ISS e ICMS, simultaneamente. Isso revelaria a

necessidade de reforma do cinquentenário sistema tributário para substituir o ISS, ICMS, IPI, PIS e

Cofins, tributos que gravam o consumo, por um IVA Nacional, não-cumulativo. Isso facilitaria a cobrança

de tributo sobre todo e qualquer processo de agregação econômica de valor.

A par dessa questão, a recente LC 157/16 introduziu normas relacionadas à denominada “guerra fiscal” de

ISS que serão objeto deste exame.

A guerra fiscal caracteriza-se pela competição generalizada entre os entes subnacionais pelos

investimentos privados [1] tendo como contrapartida a concessão de incentivos ou benefícios tributários

[2]. Essa disputa tem impacto sobre a livre concorrência e a receita pública, que tende a um ponto de

equilíbrio “no fundo do poço” (racetothebottom) [3]. Dentre outras possíveis causas, a guerra fiscal é

reflexo da falta de cooperação no federalismo brasileiro, resultante da ausência de uma política de

desenvolvimento nacional [4].

Para evitar a guerra fiscal relacionada ao ISS (entre municípios), a LC 157/16 procurou regular o disposto

nos incisos I e III do §3º do art. 156 da Constituição Federal. Referidos artigos impõem à Lei

Complementar o estabelecimento das alíquotas mínimas e máximas do imposto, bem como a forma e as

condições para a concessão de incentivos fiscais.

Page 52: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Até agora a LC 116/03 era omissa quanto à alíquota mínima e à forma de concessão dos incentivos fiscais

de ISS. A questão vinha sendo tratada temporariamente pelo artigo 88 do ADCT, o qual estabelece

alíquota mínima de 2% para o ISS [5] e veda a concessão de incentivos que resultem, direta ou

indiretamente, na redução da referida alíquota.

Nesse ponto, a LC 157/2016 praticamente repetiu o que já estava posto no ADCT. Acresceu à LC 116/03

o artigo 8-A para estabelecer, em seu caput, a mesma alíquota mínima já prevista no ADCT (2%) [6]. No

parágrafo primeiro do mesmo dispositivo [7] vedou definitivamente a possibilidade de concessão de

incentivos fiscais de ISS, seja qual for a sua forma de atuação sobre a “regra-matriz de incidência

tributária” [8]. Em regra [9], qualquer incentivo que atue sobre a alíquota, a base de cálculo ou mediante a

concessão de créditos será considerado ilegal.

Em relação à fixação da alíquota mínima, poder-se-ia sustentar ter havido afronta à autonomia municipal

(artigo 18 da CF). No entanto, a ponderação entre os princípios da autonomia municipal e do pacto

federativo sugere a prevalência do segundo (artigos 1º e 60, § 4º, I da CF). A fixação de alíquota mínima é

essencial para evitar a concorrência fratricida entre os municípios. Garante, portanto, a harmonia do pacto

federativo. Esse sopesamento já havia sido realizado pelo constituinte derivado quando, por intermédio da

EC 37/02, introduziu a norma do artigo 88, I, do ADCT. Sem esse piso o caminho estaria aberto para os

municípios fixarem alíquotas reduzidíssimas do imposto com o consequente recrudescimento da guerra

fiscal.

Quanto à forma de concessão de incentivos fiscais, a LC 157/16 parece não ter suprido a exigência do

artigo 156, §3º, III da CF. Isso porque a Constituição não veda definitivamente a concessão de incentivos

de ISS. Ao contrário, a Carta Maior reza que caberá à lei complementar “regular a forma e as condições

como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados”. O verbo “serão” denota que

o Constituinte não pretendia vedar todo e qualquer incentivo fiscal, mas admitia que esses pudessem ser

concedidos após a lei complementar estabelecer “a forma” e “as condições” para tanto. No mesmo sentido

é a previsão para a “revogação” de incentivos que pressupõe logicamente sua prévia concessão. A

necessidade de regulação por lei complementar gerou apenas uma proibição temporária para a concessão

de incentivos, nos termos do artigo 88, II do ADCT, enquanto não satisfeita a referida condição

legislativa.

Ao deixar de regular a forma e as condições pelas quais os incentivos fiscais poderiam ser concedidos e

simplesmente vedar a sua concessão, a lei complementar parece ter descumprido sua finalidade à luz do

artigo 156, §3º, III da CF.

Destaca-se, ainda, a previsão da LC 157/16 de que será nula a lei ou o ato do município ou do Distrito

Federal que desrespeitar as referidas vedações “no caso de serviço prestado a tomador ou intermediário

localizado em município diverso daquele onde está localizado o prestador do serviço”, possibilitando ao

“prestador do serviço, perante o município ou o Distrito Federal que não respeitar as disposições deste

artigo, o direito à restituição do valor efetivamente pago do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

calculado sob a égide da lei nula” (artigo 8º-A, §§ 2º e 3º). Além dessa sanção direcionada à pessoa

jurídica de direito público (município), a lei complementar acresceu o artigo 10-A à Lei de Improbidade

Administrativa (Lei 8.429/1992), segundo o qual o agente público que conceder (ato comissivo) ou

mantiver (ato omissivo) benefício fiscal contrário às diretrizes constantes do artigo 8-A da LC 116/03

responderá por ato de improbidade administrativa, perderá a função pública, terá seus direitos políticos

suspensos de 5 a 8 anos e pagará multa de até três vezes o valor do benefício.

Essas três regras têm o condão de contribuir para a prevenção da guerra fiscal de ISS. Isso porque

penalizam o agente público que mantiver ou conceder incentivos fiscais e o próprio município na hipótese

em que o serviço é prestado a tomador localizado em município diverso. Em suma, se o município reduz

Page 53: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

ilegalmente a alíquota mínima para serviço prestado exclusivamente em seu território — ou seja, causa

um prejuízo apenas para si — a sanção ficará circunscrita ao agente público. Se o serviço for prestado a

tomador ou intermediário localizado em outro município — ou seja, o prejuízo extrapola os seus limites

territoriais para atingir municípios vizinhos — haverá sanção também aos cofres do município

incentivador que restituirá integralmente o tributo pago pelo contribuinte, sem prejuízo da aplicação da

pena de improbidade ao agente público.

Registre-se que o projeto original em trâmite no Senado previa a inclusão de um 4º parágrafo ao artigo 3º

da LC 116/03 em que expressamente se transferia a competência do imposto para o município do

domicílio do tomador (ou intermediário) do serviço na hipótese de concessão de incentivo fiscal de ISS

[10]. Essa norma foi vetada pela Presidência da República [11], sob o plausível fundamento de que seriam

criados problemas operacionais para as empresas em função da modificação do sujeito ativo da relação

jurídica tributária depois da realização do fato gerador. Apesar do veto presidencial em relação ao §4º,

permaneceram hígidas as normas dos §§2º e 3º do artigo 8-A da LC 116/03. Estas, conforme visto,

induzem [12] os municípios a não concederem incentivos que afetem a concorrência intermunicipal, sob

pena de ainda serem obrigados a restituir o tributo incentivado.

O mecanismo criado tende a ser mais eficaz para acabar com a guerra fiscal do que o estabelecido no

artigo 8º, II da LC 24/75 para os incentivos fiscais de ICMS. No caso do ICMS, o Estado que concede

incentivo fiscal ilícito deve cobrar a diferença de imposto do contribuinte. Ou seja, relativamente ao

ICMS, o Estado que age inconstitucionalmente é obrigado pela lei a aproveitar-se de sua própria torpeza

mediante a cobrança do diferencial de imposto. No caso do ISS isso aparentemente não ocorrerá. O

município incentivador perderá o que arrecadou com o benefício na hipótese de o tomador do serviço

localizar-se em Município diverso.

Além de consubstanciarem um “incentivo negativo” [13] aos entes subnacionais para a realização da

guerra fiscal, as novas disposições legais revelam um “diálogo institucional” [14] entre o Congresso

Nacional e o Supremo Tribunal Federal que, em 2016, fixou a tese de que “é inconstitucional lei

municipal que veicule exclusão de valores da base de cálculo do ISSQN fora das hipóteses previstas em

lei complementar nacional” no julgamento da ADPF 190 [15].

Em suma, a LC 157/2016 parece ter descumprido sua finalidade ao deixar de regular o artigo 156, §3º, III

da CF relativamente à forma e às condições para a concessão de incentivos fiscais de ISS, simplesmente

vedando-os. Por outro lado, andou bem ao estabelecer sanções para a concessão de incentivos fiscais

ilícitos de ISS. Ao prever a responsabilização do agente público e impor sanção patrimonial ao município,

a lei desestimula a realização da guerra fiscal entre os municípios.

1 Guilherme Bueno de Camargo explicita que a guerra fiscal decorre da generalização “(...) de uma

competição entre entes subnacionais pela alocação de investimentos privativos por meio da concessão de

benefícios e renúncia fiscal, conflito este que se dá em decorrência de estratégias não cooperativas dos

entes da Federação e pela ausência de coordenação e composição dos interesses por parte do governo

central” (CAMARGO, Guilherme Bueno de. A guerra fiscal e seus efeitos: autonomia x centralização. In:

CONTI, José Maurício (Org.). Federalismo fiscal. São Paulo: Manole, 2004, p. 187).

2 Segundo o Supremo Tribunal Federal, “incentivos ou estímulos fiscais são todas as normas jurídicas

ditadas com finalidades extrafiscais de promoção do desenvolvimento econômico e social que excluem

total ou parcialmente o crédito tributário” (577348, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI,

Tribunal Pleno, REPERCUSSÃO GERAL - DJe-035 26-02-2010).

Page 54: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

3 Comentando sobre a Guerra Fiscal de ICMS, José Roberto Afonso assenta que “(...) a pior faceta da

guerra fiscal não passa pela tributação em si, nem mesmo em minar a receita efetiva e as finanças

estaduais, mas a grave distorção que impõe a livre concorrência no País. Como é um incentivo que afeta

diretamente o nível de preço, e permite uma arbitrariedade ao infinito, plantas iguais, de produtos iguais,

suportam um ônus de carga diferente dependendo do local em que for instalada e das vantagens que

conseguiram angariar do Estado numa negociação individualizada – e, na maioria das vezes, nada publica.

Talvez não haja uma forma de intervenção estatal tão aguda na economia porque distorce totalmente as

condições de concorrência. Foi criada uma lógica perversa: muitos empreendedores, mesmo que talvez

preferissem evitar o risco de um benefício irregular, são compelidos à guerra fiscal simplesmente se seu

concorrente conseguir uma vantagem fiscal que o deixe em melhor condição para competir. Neste

contexto, por opção ou falta dela, por atração ou por reação, a guerra fiscal do ICMS se tornou uma

prática universal e chegou perto de provocar um equilíbrio contraditório: quando todos os estados

concedem incentivos, de uma ou outra forma, e quanto todos os investidores produtivos acabam sendo

incentivados, de certa forma se chegou a um equilíbrio, entretanto, ‘no fundo do poço’ (tomando

emprestada a expressão racetothebottom, comum na literatura internacional sobre a matéria)” (AFONSO,

José Roberto. ICMS: diagnóstico e perspectivas. In: REZENDE, Fernando (Org.). O federalismo

brasileiro em seu labirinto: crise e necessidade de reformas. Rio de Janeiro: FGV, 2013, p. 212). Vide

também: SHAH, Anwar. Competição inter-regional e cooperação federal: competir ou cooperar? Não é

essa a questão. Fórum Internacional sobre Federalismo no México Veracruz. México, 15-17 novembro de

2001, p. 7.

4 Vide a propósito: BERCOVICI, Gilberto. Desigualdades regionais, estado e constituição. São Paulo:

Max Limonad, 2003.

5 Excetuados os serviços de (i) execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de

construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de

poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e

montagem de produtos, peças e equipamentos (item 7.02 da lista anexa de serviços), (ii) reparação,

conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (item 7.05) e de transporte

coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros (item 16.01).

6 Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por

cento).

7 § 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou

financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob

qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da

aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens

7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta Lei Complementar.

8 Vide CARVALHO, Paulo de Barros, Curso de Direito Tributário, 26ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2014, pp.

331/335.

9 Exceto para os serviços também excluídos da alíquota mínima (itens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa à

lei).

10 “§ 4o Na hipótese de descumprimento do disposto no caput ou no § 1o, ambos do art. 8o-A desta Lei

Complementar, o imposto será devido no local do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço

ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado.”

Page 55: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

11 Justificativa ao veto do § 4º do art. 3º da LC 116/03 (na redação da LC 157/16): “Os dispositivos

imputariam elevado custo operacional às empresas. Além disso, a definição da competência tributária

deve vir expressamente definida em lei complementar, não cabendo sua definição a posteriori, como pode

ocorrer nas hipóteses previstas pelos dispositivos.” (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-

2018/2016/Msg/VEP-720.htm)

12 Sobre as normas indutoras de comportamentos em matéria tributária, vide: SCHOUERI, Luís Eduardo.

Normas tributárias indutoras e intervenção econômica. Rio de janeiro: Forense, 2005.

13 Essa foi a expressão utilizada na exposição de motivos da LC 157/2016:

https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/108390

14 Sobre o tema, vide: VICTOR, Sérgio Antônio Ferreira. Diálogo institucional e controle de

constitucionalidade: debate entre o STF e o Congresso Nacional. São Paulo: Saraiva, 2015.

15 Julgamento realizado pelo Plenário do STF em 29/09/2016.

Daniel Corrêa Szelbracikowski é advogado, mestre em Direito Constitucional, especialista em Direito

Tributário e sócio da Advocacia Dias de Souza

Revista Consultor Jurídico, 26 de janeiro de 2017, 7h25

A figura do investidor-anjo

06 jan 17

Em outubro, publicamos em nosso blog uma notícia abordando as principais alterações trazidas pela Lei

Complementar 155/2016 que dentre outros assuntos, aprovou novas regras e limites para o Simples

Nacional e inovou ao regulamentar a figura do “investidor-anjo” e a permissão deste tipo de investimento

para sociedades participantes do Simples Nacional.

A Lei Complementar (LC) 155/2016 originou-se com o “Projeto Crescer Sem Medo”, cujo objetivo

principal, traduzido no próprio nome do projeto, é o fomento e incentivo às micro e pequenas empresas

mediante aportes de capital realizados pelos denominados investidores-anjo, e, de uma forma geral e mais

ampla, por meio dos demais mecanismos de incentivo trazidos pela LC 155/2016 e já mencionados acima.

Investidor-anjo

Este objetivo de fomento com aporte de capitais está bem definido e especificado no art. 61-A da Lei

Complementar 155/2016 e a definição da nomenclatura “investidor-anjo” e de quem poderá se enquadrar

como tal, em seu parágrafo 2º, conforme abaixo transcrito:

“Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a sociedade

enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei

Complementar, poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital social da empresa.

2º O aporte de capital poderá ser realizado por pessoa física ou

por pessoa jurídica, denominadas investidor-anjo.”

Page 56: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A LC garante também aos fundos de investimento a possibilidade de aportarem capital, na qualidade de

investidores-anjo, em micro e empresas de pequeno porte participantes do Simples Nacional.

O investimento anjo surgiu apenas com a LC 155/2016?

Embora a permissão e a regulamentação deste tipo de investimento para as micro e pequenas empresas

inscritas no Simples Nacional só tenha ocorrido neste ano, há algum tempo já se fala sobre os chamados

investidores-anjo, mesmo em terras tupiniquins.

Essa é uma prática já muito difundida em países como os Estados Unidos, Portugal e tantos outros da

Europa, onde os chamados investimentos-anjo já se encontram muito mais desenvolvidos e são realizados

em grande escala e onde a regulamentação deste tipo de investimento também já está muito mais

solidificada.

No Brasil, já existem alguns sites que funcionam como uma plataforma para aqueles que querem se lançar

como investidores-anjo e investir em uma sociedade/empresa com potencial de crescimento, como as

startups. Muitos deles são, inclusive, anteriores à LC 155/2016. Na outra ponta, estes mesmos sites

também servem para que as sociedades/empresas lancem suas ideias e negócios na busca de investidores.

Embora a figura do investidor-anjo não tenha surgido no Brasil apenas com a Lei Complementar, com a

nova regulamentação e a possibilidade de haver investimentos nas micro e pequenas empresas

participantes do Simples, tanto por pessoas físicas, como jurídicas e Fundos de Investimento, acredita-se

que esse tipo de investimento ganhará notoriedade, ao passo que há muito mais informação e

principalmente certa proteção para aqueles que deliberarem por realizar o chamado investimento-anjo.

O investidor-anjo se enquadra como sócio?

O aporte feito pelo investidor-anjo não lhe confere a qualidade de sócio da sociedade investida, tampouco

o valor investido comporá o capital social. Assim, a atividade social continuará sendo exercida única e

exclusivamente pelos sócios e o investidor não responderá por qualquer dívida da sociedade, nem mesmo

em caso de recuperação judicial.

Quais são as vantagens tributárias?

Como consequência importante, este aporte realizado pelo investidor-anjo, além de não constituir-se como

capital social da sociedade investida, também não será considerado como parte das receitas do investidor.

Logo, o investidor-anjo não sofrerá um acréscimo em seu patrimônio e o investimento não será tido como

receita tributável.

Neste mesmo sentido, também não haverá qualquer risco deste investidor-anjo vir a ser desenquadrado do

Simples Nacional, caso assim esteja enquadrado.

Quais são as outras vantagens?

Obviamente, ainda que não se enquadre como sócio, uma remuneração será devida ao investidor-anjo

frente ao seu investimento e correspondente aos resultados distribuídos. Estes valores serão acordados

conforme contrato de participação, mas, conforme previsto pela legislação específica, não poderão ser

superiores a 50% dos lucros da sociedade investida.

Page 57: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Quanto ao direito de resgate, a LC estabeleceu ser necessário um prazo mínimo de dois anos do efetivo

aporte de capital, podendo, contudo, ser estabelecido um prazo superior no Contrato de Participação.

Os haveres do investidor, salvo disposição contratual em contrário, serão pagos tendo como base o

montante efetivamente realizado e a situação patrimonial da sociedade, na data em que forem devidos os

valores, e os quais serão verificados mediante levantamento de balanço especial. Não poderão, contudo,

ultrapassar o valor investido e devidamente corrigido.

Possibilidade de transferência

Outro ponto que merece destaque é a possibilidade de que haja a transferência da titularidade do aporte

realizado a um terceiro interessado. Claro que, via de regra e salvo estipulação em sentido contrário no

contrato de participação, essa transferência a terceiro alheio à sociedade dependerá do consentimento dos

sócios e da própria sociedade/empresa investida.

Por fim, cabe ressaltar que, caso os sócios da sociedade ou empresa investida deliberem pela venda da

empresa e/ou da sociedade, o investidor-anjo terá direito de preferência em sua aquisição, como também

direito de venda conjunta da titularidade do aporte por ele realizado.

Investimento anjo como alternativa

Frente a todas essas características e regras estipuladas para o investidor anjo, pode-se dizer que este tipo

de investimento configura-se como uma alternativa àquelas sociedades e/ou investidores que muitas vezes

operam com o modelo de compra e venda de parte das quotas das chamadas startups, com celebração de

acordos de investimento bem elaborados, obrigações e responsabilidades pré-estabelecidas para cada uma

das partes envolvidas, para posterior compra da integralidade das quotas de referida sociedades e/ou de,

pelo menos, o suficiente para que tenham o controle da sociedade investida.

Também se faz como alternativa a outros modelos de contratos/negócios com startups costumeiramente

utilizados no mercado, como os contratos de parceria, de concessão de mútuo conversível em

participações e de subscrição de debêntures conversíveis em participações.

Podemos dizer também que se assemelha e pode ser uma alternativa às denominadas “sociedades em

conta de participação”. Estas possuem como característica principal o fato de apenas o(s) sócio(s)

aparentes (ostensivo), via de regra, responderem pela sociedade, sendo o sócio participante um mero

investidor do negócio, com participação nos resultados correspondentes.

Frente às inúmeras vantagens e à nova regulamentação objeto deste artigo, não restam dúvidas que o

investimento-anjo ganhará mais notoriedade e que tem grandes chances de cair no gosto dos investidores e

de possíveis novos investidores brasileiros.

Como já mencionado, há muitos sites que auxiliam tanto aqueles que querem se lançar como investidores-

anjo como aquelas empresas/sociedades que buscam o investimento e que se abrem ao mercado como

sociedades/empresas a serem investidas.

A importância da contabilidade

Para aquelas que buscam um investidor, especialistas destacam que uma boa contabilidade é a chave do

negócio para atrair investidores-anjo. A manutenção de uma contabilidade regularizada com todas as

Page 58: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

informações em dia, bem como a possibilidade de se demonstrar fatos financeiros relacionados ao

negócios a ser investido, são essenciais para quem busca investidores deste tipo. Consequentemente,

aqueles que querem se lançar como investidores-anjo também deverão dar atenção a tais pontos.

Uma coisa é fato. Com as novas mudanças trazidas com a Lei Complementar 155/2016, ainda que o atual

momento econômico não seja favorável, o investimento anjo tem grandes chances de ganhar mais espaço

e adeptos em todo o país. Parece, aliás, ser um bom momento para estudar e conhecer mais o assunto e

para a prospecção de possíveis negócios a serem investidos.

Liz Christante Pinheiro Azevedo

Divisão Societária e Patrimonial

BLB Brasil Auditores e Consultores

Os Programas de Compliance e a prevenção de infrações

previstas na nova Lei Anticorrupção

17 jan 17

A corrupção é um mal secular, que assombra e compromete todo o sistema organizacional público ou

privado. Seja no Brasil ou em qualquer outro país. Dentre as ações criadas para combatê-la, aparecem os

Programas de Compliance.

Corrupção e os Programas de Compliance

No Brasil, a corrupção vem se alastrando há séculos. Em todas as fases históricas ela nunca deixou de

existir e sempre foi uma particularidade característica de formação do nosso país.

Atualmente, em proporção maior do que em outros tempos, o Brasil vem se destacando nos noticiários

pelos inúmeros casos de corrupção, instalados em quase todos os setores públicos que possuem contratos

com organizações privadas.

Várias são as ações tomadas para fins de combate aos atos de corrupção, sendo a medida mais atual a

criação da nova Lei Anticorrupção. A Lei nº 12.846/2013 dispõe sobre a responsabilização administrativa,

civil e penal de pessoas jurídicas e pessoas físicas pela prática de atos corruptivos, praticados no âmbito

das empresas, interna e externamente.

A Lei traz em seu texto as condutas irregulares que podem ser praticadas pelos agentes no âmbito interno

das empresas. Também traz como serão as sanções que insurgirão nos casos em que essas condutas sejam

efetivadas.

A nova Lei Anticorrupção menciona também, no artigo 16, sobre o acordo de leniência, que poderá ser

celebrado entre as empresas e o Estado. Isso resultará na diminuição da pena quando houver colaboração

com as investigações pelos atos de corrupção. Tal acordo vem se evidenciando, cada vez mais, por ter sido

celebrado por grandes empreiteiras no âmbito dos processos da operação Lava-Jato.

A referida legislação também teve como intuito, em sua criação, que as empresas adotassem medidas

regulamentadoras para evitar a prática da corrupção e da lavagem de dinheiro. Que nada mais é do que a

adoção de Programas de Compliance.

Page 59: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Compliance

O termo Compliance surgiu do verbo inglês “to comply”, que quer dizer estar de acordo, em

conformidade. Trazendo para o “juridiquês”, seria o mesmo que dizer cumprir a lei, estar de acordo com a

legislação.

O compliance é uma medida antiga de combate à corrupção, previsto há muito tempo na legislação

estrangeira, especialmente no Foreign Corrupt Practices Act of 1977 – FCPA norte-americano – e no

britânico Bribery Act 2010.

Entretanto, no Brasil, ainda é uma prática adotada em menor proporção. Porém, vem ganhando

considerável espaço, demonstrando ser extremamente importante nas relações empresariais.

São vários os aspectos motivacionais para instalação das medidas de compliance. A corrupção, em suas

várias formas, provoca prejuízos financeiros imediatos, destrói a imagem e a reputação das organizações.

Além disso, estraga o ambiente de trabalho, aumenta os custos de investimento e alimenta condutas

nocivas para o desenvolvimento econômico e social.

Exemplo disso são os mais recentes escândalos de corrupção em nosso país, envolvendo tratativas de

empresas privadas com o setor público, como Mensalão, Operação Lava-Jato, entre outras.

Compliance na esfera empresarial

O compliance na esfera empresarial surge como um princípio essencial da Governança Corporativa, o qual

se dispõe como um requisito para as sociedades atualmente, visto abarcar pontos essenciais para se ter

ética e transparência nas relações empresariais internas e externas.

O uso de código de ética, código de conduta, canal de denúncia, desenvolvimento de controles internos,

procedimentos internos de divulgação de temas relacionados à corrupção, análise de aderência ética dos

profissionais e parceiros comerciais, são formas de compliance cada vez mais crescente nas organizações

com escopo de mitigar fraudes internas.

Portanto, compliance no aspecto empresarial seria a adoção de atos internos para fins de evitar os atos

fraudulentos/corruptos nas empresas, objetivando a mitigação dos riscos legais.

Já no âmbito criminal, os programas de compliance estão relacionados às políticas internas de prevenção,

investigação ou supervisão de condutas. O objetivo é evitar ou descobrir delitos praticados por meio ou

sob a proteção da pessoa jurídica.

A nova Lei Anticorrupção prevê em seu texto os programas de compliance para que haja a diminuição das

condutas ilícitas, relacionadas às práticas dos atos de corrupção e lavagem de dinheiro. Condutas essas que

vêm afetando substancialmente o mercado empresarial.

Sendo assim, dada a necessidade de se combater os atos ilícitos praticados pelas empresas e steakholders a

essas relacionados, os quais visam atingir a liderança no poderio a qualquer custo, pode-se inferir que o

compliance é uma medida que deve ser imposta no âmbito das relações comerciais, internacionais e

nacionais, como já vem sendo.

Page 60: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Importância do compliance

As normas de compliance ajudam a prevenir os riscos operacionais, abrem novos mercados e possibilitam

maior concessão de empréstimos pelas instituições financeiras. Além disso, atraem investimentos,

atribuem credibilidade, conferem ética, transparência, segurança e estabilidade jurídica, impedindo a

penalização das empresas e dos sócios pela infringência das normas legais.

Ressalta-se que a implantação dos programas de compliance, para algumas empresas, é indiscutivelmente

importante e bem visto no meio corporativo e mercado financeiro. Afinal, não se visualizam imagens

negativas na implementação destes programas, posto que os resultados são perceptíveis e até mesmo

podem garantir retorno financeiro, devido os benefícios acima mencionados.

Portanto, as normas de compliance são importantes tanto para o aspecto empresarial como pelo aspecto

penal. A sua adoção, é imprescindível para tentar combater a corrupção e os atos de lavagem de dinheiro.

Mas também é medida importante para o crescimento e desenvolvimento econômico das empresas.

A BLB Brasil, por meio de sua Divisão de Tributos, oferece serviços de gestão de risco e implantação de

Programas de Compliance. Clique aqui e saiba mais.

André Lemos Batista

Divisão de Tributos

BLB Brasil Auditores e Consultores

O absurdo das subcontas na adoção inicial nas diferenças

de taxas de depreciação

24 jan 17

Em 2008 os critérios contábeis no Brasil foram alterados visando o alinhamento com as normas

internacionais de contabilidade (IFRS). Essas alterações foram instituídas pela Lei 11.638/07 sendo que a

neutralidade tributária foi garantida de forma expressa pela Lei 11.941/09 que também instituiu o Regime

Tributário de Transição (RTT), cujo objetivo era eliminar os efeitos tributários causados pelas diferenças

de critérios contábeis vigentes anteriormente ao IFRS e as novas regras.

Em outras palavras, ao contribuinte sempre ficou garantido que as alterações das normas contábeis não

poderiam afetar a carga tributária, nem para mais nem para menos. Durante a vigência do RTT essa

neutralidade foi garantida na sua integridade, sem prejuízos nem para o fisco nem para o contribuinte.

Contudo, veio a Lei 12.973/14 que extinguiu o Regime Tributário de Transição e regulamentou o que

ficou conhecido como Regime Tributário Definitivo (RTD). Para alteração do RTT para o RTD, a referida

lei trouxe algumas regras para a adoção inicial do novo regime.

Subcontas

Basicamente, a Lei exigiu que o contribuinte tributasse, já no primeiro mês do novo regime (por meio de

adição), as diferenças positivas entre os ativos e passivos apurados com base nos critérios antigos e as

novas regras (Art. 66º da Lei 12.973/14). Porém, caso o contribuinte optasse por não oferecer essa

Page 61: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

diferença à tributação de imediato, poderia criar subcontas para adicioná-las à medida de sua realização,

inclusive mediante depreciação.

Pois bem, é justamente aqui que o contribuinte perdeu a neutralidade tributária que sempre foi a principal

garantia para evitar o aumento de tributos, provocados pela alteração dos critérios contábeis. Indo direto

ao ponto, essa determinação legal antecipa o recolhimento de impostos sobre o lucro, na medida em que

aumenta o tempo de aproveitamento da despesa de depreciação.

Isso ficou ainda mais evidente com a regulamentação do citado art. 66º que se deu pelo art. 164º da IN

1.515/15. Essa instrução normativa, inclusive, tendo em vista a complexidade e falta de objetividade da

redação, tanto da Lei quanto da IN, trouxe vários exemplos no sentido de auxiliar o contribuinte a adotar

as determinações ora pretendidas.

Essas regras, conforme veremos, acabam por alongar o prazo de aproveitamento da despesa com

depreciação dos bens. Para entendermos melhor, nos valeremos exatamente do exemplo demonstrado no

Anexo IV da IN 1.515/15.

Exemplo

Neste exemplo, adotou-se a aquisição do bem em 2013 no valor de R$ 60 mil, sendo:

Taxa de depreciação Fiscal: 25% ao ano (realização no prazo de 4 anos)

Taxa de depreciação Societária: 10% ao ano (realização no prazo de 6 anos)

Diferença positiva na adoção inicial em janeiro de 2015 (considerando 2 anos de depreciação):

Depreciação acumulado societária….R$ 20 mil

Depreciação acumulada fiscal…………R$ 30 mil

Diferença……………………………………R$ 10 mil

O valor da subconta a ser criada em janeiro de 2015 é de R$ 10 mil e será adicionada a medida da

depreciação societária restante, ou seja, em quatro anos.

Diante desses dados, vejamos quais são os reflexos no lucro real:

Page 62: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Resta claro, com base no quadro acima, que neste caso o contribuinte não consegue aproveitar a despesa

com depreciação em quatro anos, mas apenas após decorridos seis anos. Neste sentido, a neutralidade

tributária foi corrompida, lesando o contribuinte.

Em linha com esse mesmo entendimento, o Conselho Regional de Contabilidade (CRC-SP) e demais

entidades contábeis, com a colaboração do eminente contador e advogado Miguel Silva, levaram esse

questionamento à Receita Federal. Recentemente o CRC-SP publicou em seu informativo semanal uma

matéria muito interessante sobre o tema que sugiro a leitura.

Infelizmente, mais uma vez, como sempre fez, o Fisco continua se aproveitando da contabilidade para

tributar e fiscalizar o contribuinte. Entendemos que a contabilidade, instrumento importantíssimo para o

empresário, não deveria servir de apoio à tributação, principalmente após a internacionalização das regras

contábeis (IFRS).

Por fim, diante deste absurdo cometido pelo Fisco ao regulamentar a Lei 12.973/14 por meio da IN

1.515/15, resta ao contribuinte, mais uma vez, recorrer ao judiciário para se livrar da arbitrariedade da

Receita Federal.

Daniel de Faria

Gerente de Tributos

BLB Brasil Auditores e Consultores

Deixar de declarar o imposto de renda é crime?

Publicado por Evinis Talon

Em 2012, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu o seguinte:

PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 1º, INCISO I,

DA LEI Nº 8.137/90. NÃO APRESENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA DA

PESSOA FÍSICA. ATIPICIDADE. O crime contra a ordem tributária (art. 1º, inciso I, da Lei nº 8.137/90)

pressupõe uma conduta ativa ou omissiva dolosa, com o intuito de suprimir ou reduzir a tributação. A não

apresentação de declaração anual do Imposto de Renda não constitui infração penal, mas mera infração

tributária. Absolvição do réu pela atipicidade da conduta (artigo 386, III, do Código de Processo Penal).

(TRF4, ACR nº 5005382-31.2010.404.7002, Sétima Turma, Relator Luiz Carlos Canalli, juntado aos

autos em 14/12/2012)

Em outras palavras, o TRF4 considerou atípica a conduta de quem deixa de apresentar a declaração anual

do imposto de renda. Contra essa decisão, o Ministério Público Federal interpôs Recurso Especial (REsp

nº 1390125/PR), ainda pendente de julgamento.

Anteriormente, em 2011, a Sétima Turma do TRF4 já havia decidido de forma unânime pela atipicidade

dessa conduta, argumentando que o crime de sonegação tributária exige conduta ativa ou relevante

omissão para a consciente supressão, ainda que parcial, de tributos, como ocorre na declaração parcial de

rendimentos, com supressão de rendas. Fundamentou no sentido de que a mera ausência de declaração

seria atípica (TRF4, ACR nº 0032172-06.2002.404.7201, Sétima Turma, Des. Federal Néfi Cordeiro, D.

E. 02/09/2011).

Page 63: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A questão central do debate consiste na análise da natureza dessa infração. Em outras palavras, a mera

ausência de apresentação da declaração anual do imposto de renda é apenas uma infração tributária ou

também se caracteriza como infração penal?

Evidentemente, neste artigo, afasta-se qualquer debate sobre a omissão de receitas na declaração, a

utilização de documentos falsos para obter restituição ou qualquer outra conduta cujo caráter penal não

tenha objeções na jurisprudência. Cinge-se, portanto, à ausência de apresentação da declaração.

No caso julgado pelo TRF4, imputava-se a prática do crime previsto no art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90, “in

verbis”:

Art. 1º Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e

qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I – omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

Por meio de uma análise literal desse tipo penal, observa-se que o legislador descreveu como típicas as

condutas consistentes em omitir informação e prestar declaração falsa. Obviamente, a ausência de

declaração anual do imposto de renda não se amolda como declaração falsa, restando apenas eventual

subsunção à omissão de informação.

Entendo que não há tipicidade formal em relação ao tipo penal do art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90 na conduta

daquele que apenas deixa de realizar a declaração anual do imposto de renda. A omissão de informação,

expressão prevista no tipo penal, não pode ser confundida com a omissão de declaração anual.

Talvez por equívoco do legislador, o termo “omitir informação” abrange somente a conduta daquele que

declara parcialmente os rendimentos (“omitir informação”), não abrangendo a conduta de quem deixa de

realizar a declaração anual do imposto de renda.

Portanto, considero formalmente atípica a conduta analisada.

Ademais, o supracitado tipo penal é um crime material, diante da exigência de um resultado naturalístico

(“suprimir ou reduzir tributo”). Nesse diapasão, exige-se o elemento subjetivo doloso, havendo alguma

divergência se seria o dolo genérico ou o específico.

De qualquer sorte, conquanto tenha considerado a exigência do dolo genérico de suprimir ou reduzir a

tributação, o TRF4, na decisao de 2012, entendeu pela atipicidade.

Eventual desconsideração da tese da atipicidade ainda poderia dar ensejo ao acolhimento da alegação de

inexigibilidade de conduta diversa, por péssima situação financeira do agente, excluindo a culpabilidade e,

por conseguinte, corroborando uma decisão absolutória.

Leia em: Evinis Talon

Page 64: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

IRPF: Pagamento de ISS Pode Ser Deduzido no

Livro Caixa

Solução de Consulta Cosit 20/2017.

Fonte: Blog Guia TributárioLink: https://guiatributario.net/2017/01/25/irpf-pagamento-de-iss-pode-ser-

deduzido-no-livro-caixa/

O imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) pago pelo contribuinte ou retido pela fonte pagadora

em razão da prestação de serviços como engenheiro civil, na qualidade de autônomo (sem vínculo

empregatício), pode ser escriturado no livro caixa como despesa de custeio necessária à percepção do

respectivo rendimento bruto.

Referida despesa é dedutível da receita decorrente do exercício da referida atividade na apuração da base

de cálculo do imposto sobre a renda, observadas as limitações impostas pela legislação de regência.

Base: Solução de Consulta Cosit 20/2017.

Na Troca de Contador, Há Obrigação de Fechar o

Balanço?

Fonte: Blog Guia ContábilLink: https://boletimcontabil.net/2017/01/26/na-troca-de-contador-ha-

obrigacao-de-fechar-o-balanco/

Não.

O contador que está recebendo o novo cliente deverá elaborar o respectivo Contrato de Prestação de

Serviços Contábeis onde estará a extensão de sua responsabilidade técnica.

Quando a mudança ocorrer durante o exercício social, o profissional que está passando a escrita contábil

para outro não é obrigado a levantar balanço e confeccionar diário, pois as demonstrações contábeis

devem ser encerradas somente ao final do exercício.

Entretanto, deve ser confeccionado o balancete mensal.

IMPORTTANTES PRONUNCIAMENTOS DA RFB POR MEIO DE

SOLUÇÕES DE CONSULTA:

Solução de Consulta COTEX Nº 99011 DE 19/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

Page 65: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

EMENTA: Na sistemática de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, não há

possibilidade de creditamento, na modalidade aquisição de insumos e na modalidade aquisição de

energia elétrica de terceiros, em relação aos dispêndios com aquisição de óleo combustível utilizado

no abastecimento de gerador de energia elétrica mantido por pessoa jurídica que explora atividade

de supermercado e padaria.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002; art. 15 da Lei nº 10.865, de 2004; Instrução

Normativa SRF nº 247, de 2002.

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS

EMENTA: Na sistemática de apuração não cumulativa da Cofins, não há possibilidade de creditamento,

na modalidade aquisição de insumos e na modalidade aquisição de energia elétrica de terceiros, em

relação aos dispêndios com aquisição de óleo combustível utilizado no abastecimento de gerador de

energia elétrica mantido por pessoa jurídica que explora atividade de supermercado e padaria.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003; art. 15 da Lei nº 10.865, de 2004; Instrução

Normativa SRF nº 404, de 2004.

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COTEX Nº 99010 DE 18/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

TERCEIRIZAÇÃO. CRÉDITO. INSUMOS

A terceirização de serviços de recauchutagem de pneumáticos e de serviços de oficina para

aplicação, por conta e ordem da consulente, na instalação de equipamentos, revisão, conserto, etc de

veículos colocados à venda, no caso concreto não pode ser considerada insumo e, portanto, não gera

créditos da Contribuição para o PIS/Pasep, pois a atividade-fim exercida pela consulente

corresponde à venda de veículos - hipótese essa não prevista na definição de insumos nos termos do

art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002, que estabelece que os serviços apenas serão caracterizados

como insumos quando aplicados ou consumidos na prestação de serviços (como atividade-fim da

pessoa jurídica) ou na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda (a consulente

apenas vende veículos, não os produz).

Page 66: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

A atividade de venda de carros usados sujeita-se à apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep,

não havendo apuração de créditos nesse regime.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º; IN SRF nº 247, de 2002.

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. TERCEIRIZAÇÃO. CRÉDITO.

INSUMOS

A terceirização de serviços de recauchutagem de pneumáticos e de serviços de oficina para aplicação, por

conta e ordem da consulente, na instalação de equipamentos, revisão, conserto, etc de veículos colocados à

venda, no caso concreto não pode ser considerada insumo e, portanto, não gera créditos da Cofins, pois a

atividade-fim exercida pela consulente corresponde à venda de veículos - hipótese essa não prevista na

definição de insumos nos termos do art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002, que estabelece que os serviços

apenas serão caracterizados como insumos quando aplicados ou consumidos na prestação de serviços

(como atividade-fim da pessoa jurídica) ou na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à

venda (a consulente apenas vende veículos, não os produz).

A atividade de venda de carros usados sujeita-se à apuração cumulativa da Cofins, não havendo apuração

de créditos nesse regime.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, arts. 3º; IN SRF nº 404, de 2004.

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COTEX Nº 99008 DE 18/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS.

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. PARTES E PEÇAS DE REPOSIÇÃO.

SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO.

As despesas com aquisição de partes e peças de reposição usadas em máquinas e equipamentos

utilizados diretamente na produção de bens destinados a venda, quando não representem acréscimo

de vida útil superior a um ano ao bem em que forem aplicadas, são consideradas insumos para os

Page 67: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

fins de creditamento na forma do disposto no art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003, desde que

respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. As mesmas

disposições se aplicam às despesas efetuadas com serviços de manutenção dos aludidos

equipamentos e máquinas utilizados diretamente na produção de bens destinados à venda, quando

prestados por pessoas jurídicas domiciliadas no País.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, II; IN SRF nº 404, de 2004, art. 8º, I, "b" e § 4º.

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.

PARTES E PEÇAS DE REPOSIÇÃO. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO.

As despesas com aquisição de partes e peças de reposição usadas em máquinas e equipamentos utilizados

diretamente na produção de bens destinados a venda, quando não representem acréscimo de vida útil

superior a um ano ao bem em que forem aplicadas, são consideradas insumos para os fins de creditamento

na forma do disposto no art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de 2002, desde que respeitados todos os demais

requisitos normativos e legais atinentes à espécie. As mesmas disposições se aplicam às despesas

efetuadas com serviços de manutenção dos aludidos equipamentos e máquinas utilizados diretamente na

produção de bens destinados à venda, quando prestados por pessoas jurídicas domiciliadas no País.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, II, IN SRF nº 247, de 2002, art. 66, I, "b", e §

5º.

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COTEX Nº 99013 DE 19/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS.

SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO. PARTES E PEÇAS DE REPOSIÇÃO.

Os serviços de manutenção de máquinas que são utilizadas diretamente na fabricação de produtos,

bem como as aquisições de partes e peças de reposição dessas máquinas permitem a apuração de

créditos da Cofins na modalidade aquisição de insumos, desde que não promovam aumento de vida

Page 68: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

útil da máquina superior a um ano, conforme disposto no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833, de

2003, observados os demais requisitos normativos e legais atinentes à matéria.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, inciso II; Instrução Normativa SRF nº

404, de 2004, art. 8º, I, "b" e § 4º.

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO.

PARTES E PEÇAS DE REPOSIÇÃO.

Os serviços de manutenção de máquinas que são utilizadas diretamente na fabricação de produtos, bem

como as aquisições de partes e peças de reposição dessas máquinas permitem a apuração de créditos da

Contribuição para o PIS/Pasep na modalidade aquisição de insumos, desde que não promovam aumento

de vida útil da máquina superior a um ano, conforme disposto no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.637, de

2002, observados os demais requisitos normativos e legais atinentes à matéria.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, inciso II; Instrução Normativa SRF nº 247, de

2002, art. 66, I, "b" e § 5º.

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COTEX Nº 99016 DE 20/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: Na sistemática de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, há

possibilidade de creditamento, na modalidade aquisição de insumos, dos materiais de limpeza

aplicados ou consumidos na prestação do serviço de limpeza e conservação contratado com o

fornecimento de tais materiais.

Entretanto, não há possibilidade de creditamento em relação aos dispêndios com a aquisição de materiais

de limpeza para utilização em atividades intermediárias da pessoa jurídica.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002; art. 15 da Lei nº 10.865, de 2004; Instrução

Normativa SRF nº 247, de 2002.

Page 69: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS

EMENTA: Na sistemática de apuração não cumulativa da Cofins, há possibilidade de creditamento, na

modalidade aquisição de insumos, dos materiais de limpeza aplicados ou consumidos na prestação do

serviço de limpeza e conservação contratado com o fornecimento de tais materiais.

Entretanto, não há possibilidade de creditamento em relação aos dispêndios com a aquisição de materiais

de limpeza para utilização em atividades intermediárias da pessoa jurídica.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003; art. 15 da Lei nº 10.865, de 2004; Instrução

Normativa SRF nº 404, de 2004.

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COTEX Nº 99015 DE 20/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. DIREITO DE

CREDITAMENTO. INSUMOS. DIVERSOS ITENS.

Na sistemática de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep, há possibilidade de

creditamento, na modalidade aquisição de insumos, em relação aos dispêndios com a aquisição de

água utilizada no processo produtivo dos bens que serão disponibilizados à venda e com o serviço de

calibração de equipamentos diretamente utilizados na fabricação de produtos finais, desde que o

emprego desse serviço não importe, para o bem objeto de manutenção, em acréscimo de vida útil

superior a um ano.

Por outro lado, não há direito de creditamento, na modalidade aquisição de insumos (inciso II do

art. 3º das leis nº 10.833, de 2003, e nº 10.637, de 2002), em relação aos dispêndios com a aquisição

de gás nitrogênio para limpeza de tubulações de tanques e inertização dos mesmos, de paletes

utilizados como embalagem de transporte, e com a realização de estudos e incineração de resíduos.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º; RIR/1999, art. 346; IN SRF nº 247, de 2002,

art. 66 e 67.

Page 70: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. DIREITO DE CREDITAMENTO. INSUMOS. DIVERSOS

ITENS.

Na sistemática de apuração não cumulativa da Cofins, há possibilidade de creditamento, na modalidade

aquisição de insumos, em relação aos dispêndios com a aquisição de água utilizada no processo produtivo

dos bens que serão disponibilizados à venda e com o serviço de calibração de equipamentos diretamente

utilizados na fabricação de produtos finais, desde que o emprego desse serviço não importe, para o bem

objeto de manutenção, em acréscimo de vida útil superior a um ano.

Por outro lado, não há direito de creditamento, na modalidade aquisição de insumos (inciso II do art. 3º

das leis nº 10.833, de 2003, e nº 10.637, de 2002), em relação aos dispêndios com a aquisição de gás

nitrogênio para limpeza de tubulações de tanques e inertização dos mesmos, de paletes utilizados como

embalagem de transporte, e com a realização de estudos e incineração de resíduos.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º; RIR/1999, art. 346; IN SRF nº 404, de 2004,

art. 8º.

(VINCULADA À SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA COSIT Nº 7, DE 23 DE AGOSTO DE 2016,

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE OUTUBRO DE 2016.)

ASSUNTO: Normas de Administração Tributária

EMENTA: CONSULTA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS LEGAIS DE APRESENTAÇÃO.

DECLARAÇÃO DE INEFICÁCIA PARCIAL.

O processo administrativo de consulta se presta a dirimir dúvidas relativas à interpretação da legislação

tributária federal, não alcançando questões de natureza procedimental.

DISPOSITIVOS LEGAIS: IN RFB nº 1.396, de 2013, arts. 3º, § 2º,IV, e 18, I, II e XI.

Ineficácia parcial.

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COTEX Nº 99004 DE 16/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

Page 71: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS.

MATERIAIS DE USO E CONSUMO. FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS

DE PEQUENO VALOR.

Os materiais de uso e consumo, ferramentas e utensílios de pequeno valor que se desgastam em

função da ação exercida sobre o produto em fabricação permitem a apuração de créditos da Cofins

na modalidade aquisição de insumos, conforme disposto no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833, de

2003, observados os demais requisitos normativos e legais atinentes à matéria.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, inciso II; Instrução Normativa SRF nº 404, de

2004, art. 8º, I, "b" e § 4º.

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. MATERIAIS DE USO E CONSUMO.

FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS DE PEQUENO VALOR.

Os materiais de uso e consumo, ferramentas e utensílios de pequeno valor que se desgastam em função da

ação exercida sobre o produto em fabricação permitem a apuração de créditos da Contribuição para o

PIS/Pasep na modalidade aquisição de insumos, conforme disposto no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833,

de 2003, observados os demais requisitos normativos e legais atinentes à matéria.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 7, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da

União (DOU) de 11 de outubro de 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, inciso II; Instrução Normativa SRF nº 247, de

2002, art. 66, I, "b" e § 5º.

FAUSTO VIEIRA COUTINHO

Coordenador

Substituto

Solução de Consulta COSIT Nº 53 DE 19/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS

EMENTA: ADICIONAL DE ALÍQUOTA DA COFINS-IMPORTAÇÃO.

DEFENSIVOS AGROPECUÁRIOS DA POSIÇÃO 38.08 DA TIPI.

INAPLICABILIDADE.

Page 72: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Nos termos do Parecer Normativo Cosit nº 10, de 20 de novembro de 2014, publicado no DOU de 21 de

novembro de 2014, o adicional de alíquota da Cofins-Importação estabelecido pelo § 21 do art. 8º da

Lei nº 10.865, de 2004, jamais foi aplicável na importação de defensivos agropecuários classificados

na posição 38.08 da Tipi, permanecendo aplicável a redução a zero de alíquota promovida pelo

inciso II do caput do art. 1º da Lei nº 10.925, de 2004.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 12.546, de 2011, Anexo I; Lei nº 10.925, de 2004, art. 1º, II; Lei nº

10.865, de 2004, art. 8º; e Parecer Normativo Cosit nº 10, de 20 de novembro de 2014.

Solução de Consulta vinculada ao Parecer Normativo Cosit nº 10, de 20 de novembro de 2014, publicado

no Diário Oficial da União de 21 de novembro de 2014.

Os efeitos produzidos pela apresentação de consulta sobre a interpretação da legislação tributária cessarão

após 30 (trinta) dias da data de publicação na Imprensa Oficial, posteriormente à apresentação da consulta

e antes de sua solução, de ato normativo que discipline a matéria consultada, nos termos do § 4º do art. 18

da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013.

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Consulta COSIT Nº 50 DE 19/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: MÉTODO DE RATEIO PROPORCIONAL PARA DETERMINAÇÃO

DOS CRÉDITOS. TOTALIDADE DAS RECEITAS SUBMETIDAS AO REGIME

NÃO CUMULATIVO. INAPLICABILIDADE.

O método de rateio proporcional previsto no inciso II do § 8º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003,

utilizado para determinação dos créditos da Cofins, não se aplica à pessoa jurídica que se sujeita à

incidência não cumulativa em relação à totalidade de suas receitas.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, § 8º, II.

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: MÉTODO DE RATEIO PROPORCIONAL PARA DETERMINAÇÃO DOS CRÉDITOS.

TOTALIDADE DAS RECEITAS SUBMETIDAS AO REGIME NÃO CUMULATIVO.

INAPLICABILIDADE

O método de rateio proporcional previsto no inciso II do § 8º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002,

utilizado para determinação dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep, não se aplica à pessoa jurídica

que se sujeita à incidência não cumulativa em relação à totalidade de suas receitas.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, § 8º, II.

Page 73: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Divergência COSIT Nº 5 DE 23/01/2017

Publicado no DO em 26 jan 2017

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

EMENTA: Em relação aos dispêndios com frete suportados pelo vendedor na operação de venda de

produtos sujeitos a cobrança concentrada ou monofásica da Contribuição para o PIS/Pasep:

a) é permitida a apuração de créditos da contribuição no caso de venda de produtos produzidos ou

fabricados pela própria pessoa jurídica;

b) é vedada a apuração de créditos da contribuição no caso de revenda de tais produtos, exceto no

caso em que pessoa jurídica produtora ou fabricante desses produtos os adquire para revenda de

outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante desses mesmos produtos.

Em relação aos dispêndios com frete suportados pelo vendedor na operação de venda de álcool,

inclusive para fins carburantes:

a) é permitida a apuração de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep no caso de venda de

produto produzido ou fabricado pela própria pessoa jurídica;

b) é vedada a apuração de crédito da contribuição, exceto no caso em que a pessoa jurídica

produtora ou importadora do produto o adquire para revenda de outra pessoa jurídica produtora

ou importadora do mesmo produto.

É permitida a apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep em relação à armazenagem de

mercadorias (bens disponíveis para venda):

a) produzidas ou fabricadas pela própria pessoa jurídica; ou

b) adquiridas para revenda, exceto em relação à armazenagem de:

b.1) mercadorias em relação às quais a contribuição tenha sido exigida anteriormente em razão de

substituição tributária;

b.2) produtos sujeitos anteriormente à cobrança concentrada ou monofásica da contribuição, exceto

no caso em que pessoa jurídica produtora ou fabricante de tais produtos os adquire para revenda de

outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante desses mesmos produtos; e

b.3) álcool, inclusive para fins carburantes, exceto no caso em que a pessoa jurídica produtora ou

importadora de álcool, inclusive para fins carburantes, o adquire para revenda de outra pessoa

Page 74: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

jurídica produtora ou importadora do mesmo produto.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Legais: Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 3º, inciso IX e art. 15,

inciso II; Lei nº 11.727, de 23 de junho de 2008, art. 24; Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 5º,

§§ 13 a 16.

(Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 2, de 13 de janeiro de 2017, publicada no DOU de

18.01.2017)

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS

EMENTA: Em relação aos dispêndios com frete suportados pelo vendedor na operação de venda de

produtos sujeitos a cobrança concentrada ou monofásica da Cofins:

a) é permitida a apuração de créditos da contribuição no caso de venda de produtos produzidos ou

fabricados pela própria pessoa jurídica;

b) é vedada a apuração de créditos da contribuição no caso de revenda de tais produtos, exceto no caso em

que pessoa jurídica produtora ou fabricante desses produtos os adquire para revenda de outra pessoa

jurídica importadora, produtora ou fabricante desses mesmos produtos.

Em relação aos dispêndios com frete suportados pelo vendedor na operação de venda de álcool, inclusive

para fins carburantes:

a) é permitida a apuração de créditos da Cofins no caso de venda de produto produzido ou fabricado pela

própria pessoa jurídica;

b) é vedada a apuração de crédito da contribuição, exceto no caso em que a pessoa jurídica produtora ou

importadora do produto o adquire para revenda de outra pessoa jurídica produtora ou importadora do

mesmo produto.

É permitida a apuração de crédito da Cofins em relação à armazenagem de mercadorias (bens disponíveis

para venda):

a) produzidas ou fabricadas pela própria pessoa jurídica; ou

b) adquiridas para revenda, exceto em relação à armazenagem de:

b.1) mercadorias em relação às quais a contribuição tenha sido exigida anteriormente em razão de

substituição tributária;

b.2) produtos sujeitos anteriormente à cobrança concentrada ou monofásica da contribuição, exceto no

caso em que pessoa jurídica produtora ou fabricante de tais produtos os adquire para revenda de outra

pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante desses mesmos produtos; e

b.3) álcool, inclusive para fins carburantes, exceto no caso em que a pessoa jurídica produtora ou

importadora de álcool, inclusive para fins carburantes, o adquire para revenda de outra pessoa jurídica

produtora ou importadora do mesmo produto.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 3º, inciso IX; Lei nº 11.727, de

23 de junho de 2008, art. 24; Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 5º, §§ 13 a 16.

Page 75: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

(Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 2, de 13 de janeiro de 2017, publicada no DOU de

18.01.2017)

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Divergência COSIT Nº 8 DE 24/01/2017

Publicado no DO em 26 jan 2017

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. ARMAZENAGEM

E FRETE NA OPERAÇÃO DE VENDA. TRANSPORTE

INTERNACIONAL DE CARGAS.

No regime de apuração não cumulativa, não geram direito a crédito da Cofins os valores

despendidos no pagamento de transporte internacional de mercadorias exportadas, ainda que a

beneficiária do pagamento seja pessoa jurídica domiciliada no Brasil.

A empresa comercial exportadora não poderá se utilizar de créditos da Cofins, na forma do disposto

no art. 3º, inciso IX, da Lei nº 10.833, de 2003, relativamente a frete e armazenagem vinculados à

exportação, por expressa vedação legal contida no art. 6º, § 4º, da Lei nº 10.833, de 2003.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, IX, § 2º, II, §§ 8º e 9º, art. 6º, §§ 3º e 4º;

Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 14.

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. ARMAZENAGEM E FRETE NA OPERAÇÃO

DE VENDA. TRANSPORTE INTERNACIONAL DE CARGAS.

No regime de apuração não cumulativa, não geram direito a crédito da Contribuição para o PIS/Pasep os

valores despendidos no pagamento de transporte internacional de mercadorias exportadas, ainda que a

beneficiária do pagamento seja pessoa jurídica domiciliada no Brasil.

A empresa comercial exportadora não poderá se utilizar de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep, na

forma do disposto no art. 3º, inciso IX c/c art. 15, II, da Lei nº 10.833, de 2003 relativamente a frete e

armazenagem vinculados à exportação, por expressa vedação legal contida no art. 6º, § 4º c/c art. 15, III,

da Lei nº 10.833, de 2003.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, § 2º, II, §§ 8º e 9º; Lei nº 10.833, de 2003, art.

3º, IX, art. 6º, § 4º, art. 15, II e III; Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 14, § 1º.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Page 76: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Consulta COSIT Nº 9 DE 13/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS

EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A RECEITA BRUTA.

LEI Nº 12.546, DE 2011. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO. NÃO SUJEIÇÃO.

As receitas decorrentes da atividade constitutiva do objeto social da Sociedade em Conta de Participação

devem compor a base de cálculo da contribuição previdenciária devida pelo sócio ostensivo, empresa de

construção de obras de infraestrutura, enquadrada nos grupos 421, 422, 429 e 431 da Classificação

Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), conforme inciso VII do art. 7º e §§ 9º e 10 do art. 9º da

Lei nº 12.546, de 2011.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 7, de 1970, artº. 1º, § 1º; Lei Complementar nº 70, de

1991, art. 1º; Lei nº 5.172, de 1966 (CTN), arts. 97, 111 e 121; Lei nº 7.689, de 1988, art. 4º; Lei nº

10.406, de 2002, arts. 991 e 993; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º e 9º; Lei nº 8.212, de 1991, art. 15, I;

Decreto nº 3.000, de 1999 (RIR/1999), art. 148; Decreto nº 4.524, de 2002, arts. 3º e 81; Instrução

Normativa SRF nº 179, de 1987; Instrução Normativa SRF nº 390, de 2004, art. 8º; Instrução Normativa

RFB nº 1.252, de 2012, arts. 1º e 4º, § 4º; Instrução Normativa RFB nº 1.422, de 2013, art. 1º, § 1º;

Instrução Normativa RFB nº 1.470, de 2014, art. 52.

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Consulta COSIT Nº 54 DE 19/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL

EMENTA: OPÇÃO PELO SIMPLES. SERVIÇOS

ADMINISTRATIVOS.

A mera prestação de serviços de apoio administrativo, tais como serviços de cobranças extrajudiciais,

preenchimento de pedidos de venda e informações sobre cadastros, não é causa impeditiva da opção pelo

Simples Nacional.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, I.

Page 77: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Consulta COSIT Nº 51 DE 19/01/2017

Publicado no DO em 23 jan 2017

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: EXPORTADOR. COMISSÃO. EXTERIOR. INCIDÊNCIA.

ALÍQUOTA ZERO.

Ocorre a hipótese de incidência do imposto de renda na fonte sobre as comissões devidas por exportadores

brasileiros a seus agentes no exterior, independentemente da sua forma de pagamento, entretanto, a

alíquota encontra-se reduzida a zero quando o beneficiário for residente em país não considerado como de

tributação favorecida.

DISPOSITIVOS LEGAIS: RIR/1999, arts. 685 e 691, II; Lei nº 9.779, de 1999, art. 8º; PN CST nº 140, de

1973.

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: EXPORTADOR. COMISSÃO. EXTERIOR. FATO GERADOR.

O pagamento de comissões devidas por exportadores brasileiros a seus agentes no exterior constitui fato

gerador da Cofins-Importação, uma vez que se configura a importação de serviços.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.865, de 2004, art. 1º, § 1º, II.

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: EXPORTADOR. COMISSÃO. EXTERIOR. FATO GERADOR.

O pagamento de comissões devidas por exportadores brasileiros a seus agentes no exterior constitui fato

gerador da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação, uma vez que se configura a importação de

serviços.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.865, de 2004, art. 1º, § 1º, II.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Page 78: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Solução de Consulta COSIT Nº 99003 DE 16/01/2017

Publicado no DO em 25 jan 2017

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL

EMENTA: AGÊNCIA DE PUBLICIDADE. BASE DE CÁLCULO.

Por ser fruto de operação em conta alheia, estão excluídos da base de cálculo do Simples Nacional os

valores recebidos por agência de publicidade para mero repasse aos veículos de comunicação, em

razão de gastos feitos por conta e ordem do anunciante e em nome deste. No entanto, por decorrer

de operação em conta própria, estão incluídos na base de cálculo do Simples Nacional os valores

cobrados do anunciante, relativos aos pagamentos diretos aos veículos, feitos pela agência em seu

próprio nome.

SOLUÇÃO VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 70, DE 24 DE MAIO DE 2016.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 4º. Lei nº 7.450, de 1985, art. 53.

RIR/1999, art. 651. IN SRF nº 123, de 1992, art. 2º. PN CST nº 7, de 1986, item 19.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta

Solução de Consulta SRRF02 Nº 2001 DE 17/01/2017

Publicado no DO em 24 jan 2017

ASSUNTO: Normas de Administração Tributária

EMENTA: REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO APLICÁVEL ÀS

INCORPORAÇÕES IMOBILIÁRIAS. RECEITAS ADMITIDAS.

Após formalizada a opção pelo RET, serão tributadas na forma do caput do art. 4º da Lei nº 10.931, de

2004 , independentemente do momento em que auferidas, as receitas efetivamente recebidas pela

incorporadora com a venda das unidades imobiliárias que compõem a incorporação submetida ao Regime,

bem como as receitas financeiras e variações monetárias decorrentes desta operação. SOLUÇÃO DE

CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 274, DE 26 DE SETEMBRO DE

2014.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.931, de 2004, arts. 1º a 4º ; IN RFB nº 934, de 2009, art. 2º , IN RFB

nº 1.435, de 2013, art. 3º .

ALDENIR BRAGA CHRISTO

Chefe

Page 79: Conheça os 04 cursos de Pós-Graduação para 2017 · Queijo O item 24.0 já ... Por fim lembramos também que deverá ser recolhido para Estado Mineiro o ICMS ST sobre os estoques

Solução de Consulta COSIT Nº 165 DE 14/12/2016

Publicado no DO em 26 jan 2017

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL

EMENTA: INSTALAÇÃO DE PORTAS, JANELAS, TETOS,

DIVISÓRIAS E ARMÁRIOS EMBUTIDOS DE QUALQUER

NATUREZA. RETENÇÃO DE 11%. NÃO INCIDÊNCIA.

A atividade de instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material

são tributadas pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123, de 2006, por se classificarem como serviços

de instalação, reparação e manutenção em geral de que trata o inciso IX, do § 5-B, do art. 18, da Lei

Complementar nº 123, de 2006.

Não há incidência da retenção de 11% (onze por cento) de que trata o art. 31, da Lei nº 8.212, de 1991,

sobre as receitas auferidas por empresa optante pelo Simples Nacional, que preste serviços de instalação

de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material, por se tratar de prestação de

serviço sujeito a tributação na forma do Anexo III, da Lei Complementar nº 123, de 2006

DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 5º-B, IX, e § 5-C, I; Lei nº 8.212,

de 1991, art. 31, caput e § 1º; e IN RFB nº 971, de 2009, arts. 191, 322, I e X, e Anexo VII.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral

Substituta