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CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE CACHORROS QUENTES AMBULANTES DO MUNICÍPIO DE APUCARANA-
PR
Melo, H. K.; Toledo, E. A.
RESUMO
As condições higiênico-sanitárias de cachorro-quente ambulante
possuem uma grande importância socioeconômica, cultural e nutricional.
Através de check-list foram detectado que as condições higiênico-sanitárias
e as práticas inadequadas de manipulação de alimentos podem trazer
grandes prejuízos para a saúde do consumidor, como uma intoxicação
alimentar. As condições de funcionamento dos estabelecimentos
apresentaram-se insatisfatórias, vendo que os manipuladores necessitam de
treinamento.
Palavra chave: Alimento de Rua, Cachorro-Quente, Higiene-
Sanitária.
ABSTRACT
The sanitary conditions of hot dog walking have a major
socioeconomic, cultural and nutritional. Through check-list were detected that
sanitary conditions and inadequate practices of food handling can bring great
harm to the health of the consumer, such as food poisoning. The operating
conditions of the establishments had to be unsatisfactory, seeing that
handlers need training.
Keyword: Street Food, Hot Dog, Hygiene and Sanitary.
Introdução
O comércio de alimentos por ambulantes tem aumentado
consideravelmente, pois constitui uma atividade econômica e alternativa
para desempregados, contudo no Brasil, a ocorrência de doenças
transmitidas por alimentos (DTA) não é de notificação compulsória, o que
compromete a real avaliação do problema (LUCCA, A.; TORRES, E. A.
2002).
É uma atividade informal que satisfaz as necessidades especialmente
das classes de baixa renda, mas existem outros motivos para a escolha dos
alimentos de rua: refeições rápidas, baixo custo, proximidade do local de
trabalho ou estudo.
Um ponto negativo em tudo isso é que muito desses alimentos
oferecem risco para saúde da população que ingere esses alimentos.
Nos últimos anos, a preocupação com a segurança alimentar tem
crescido, provocando uma série de discussões entre organizações
governamentais, instituições de ensino, e indústria alimentícias sobre
programas que assegurem toda população sobre produtos que não sejam
prejudiciais à saúde. Este trabalho tem como objetivo avaliar as condições
higiênico-sanitárias em estabelecimentos comerciais de cachorros quentes
que será avaliada somente os “trailers” localizados na cidade de Apucarana-
PR. Comparar através de check-list, as condições higiênico-sanitárias dos
estabelecimentos, práticas inapropriadas de manipulação e manipuladores
com higiene pessoal inadequada, condições higiênico-sanitárias dos
estabelecimentos e avaliar as condições de funcionamento.
Referencial teórico-metodológico
No Brasil os alimentos de rua estão crescendo cada vez mais, por
causa do desemprego ou por que as pessoas querem ter sua independência
financeira, com isso está gerando uma preocupação muito grande em
questão alimento seguro. As doenças transmitidas por alimentos têm sido
vista como um grande problema da saúde pública no mundo, causando
perdas econômicas e afetando a confiança do consumidor. O mesmo foi
avaliado através de um check-list, que visa identificar as condições
higiênico-sanitárias de cachorro-quentes ambulantes e os pontos críticos
dos estabelecimentos na cidade de Apucarana-PR.
Resultados e discussão
Foram avaliados as condições higiênico-sanitárias em 12 estabelecimentos
de cachorro-quentes ambulantes, alimentos de rua como mostra o gráfico 1, que
apenas 11 (92%) estão adequados e 1 (8%) inadequado, esse possuindo uso de
aliança e brinco, segundo a RDC nº 216, de 15 de setembro de (2004), os
adornos pessoais acumulam sujeira e micróbios, além de poderem cair nos
alimentos causando ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de
alimentos contaminados.
Gráfico 1 - Utilização de jóias e adornos.
A análise do gráfico 2, mostra que 10 (83%) fazem a higienização das
mãos e 2 (17%) não faz, porém nem todos os estabelecimento tinham locais
para realizar a higienização. O manipulador é a pessoa mais importante, ele
não pode fumar espirrar ou tossir, mascar goma, comer, cuspir, palitar
dentes enquanto estiver lidando com alimentos, não passar a mão na boca,
18%
1192%
Sim Não
nariz, cabelos ou cabeça, as mãos devem ser lavadas tantas vezes quanto
necessário e após o uso do sanitário (banheiro) (RDC SS-142, 1993).
Resultados semelhantes foram obtidos em trabalhos realizados por Mello,
(2010) em relação à contaminação dos alimentos pelas mãos, embora os
manipuladores saibam dessa possibilidade (94,2% de respostas corretas), foi
observado nos estudados que a frequência da higienização das mãos é muito
baixa.
Gráfico 2 - Higienização das mãos.
Através dos resultados obtidos pela pesquisa realizada em
Apucarana nos estabelecimentos de cachorro-quentes ambulantes,
podemos analisar que os manipuladores conhecem os procedimentos
adotados pela vigilância sanitária para ter qualidade e higiene adequada dos
alimentos, porém falta experiência.
Conclusão
De acordo com a análise de dados observados, foi possível notar
alguns fatores importantes e indispensável durante o preparo de lanches,
como por exemplo, a prática inapropriada de manipulação e manipuladores
1083%
217%
Sim Não
com higiene pessoal inadequada podendo assim ocorrer problemas,
também observado práticas inadequadas de manipular os lanches, e as
condições de funcionamento dos estabelecimentos apresentou-se
insatisfatórias. Isso mostra que devem ser tomadas algumas medidas para
evitar contaminação dos alimentos, como aplicação de normas sanitárias
para vendedor ambulante, oferta de cursos para capacitação dos
vendedores.
Referência
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. D.O.U. Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 16 set. 2004. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimentos/bps.htm>. Acesso em: 24 de julho de 2012.
BRASIL. Secretaria da saúde. Resolução RDC SS-142. Norma técnica relativa ao comércio de ambulante de gênero alimentícios. Secretaria municipal da saúde. Diário Oficial do Estado, Ourinhos, SP, 3 de maio de 1993. Disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/E_RS-SS-142_030593.pdf>. Acesso em: 22 de agosto de 2012.
LUCCA, A.; TORRES, E. A. F. S. Condições de higiene de "cachorro-quente" comercializado em vias públicas. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 3, jun. 2002, vol.36, no.3, p.350-352. ISSN 0034-8910. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000300015&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 10 de março 2012.
MELLO, A. G.; GAMA, M. P.; MARIN, V. A.; COLARES, L. G. T. Conhecimento dos manipuladores de alimentos sobre boas práticas nos restaurantes públicos populares do Estado do Rio de Janeiro. Braz. J. Food Technol., Campinas, v. 13, n. 1, p. 60-68, Jan./Mar. 2010. Disponível em: <http://www.ital.sp.gov.br/bj DOI: 10.4260/BJFT2010130100008>. Acesso em: 20 de abril 2012.