avaliaÇÃo das condiÇÕes higiÊnico- sanitÁrias de

58
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE RESTAURANTES POPULARES NO RIO GRANDE DO NORTE LUCIANA BATISTA DE LIMA NATAL-RN 2016

Upload: others

Post on 03-Jul-2022

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-

SANITÁRIAS DE RESTAURANTES POPULARES NO

RIO GRANDE DO NORTE

LUCIANA BATISTA DE LIMA

NATAL-RN

2016

Page 2: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

LUCIANA BATISTA DE LIMA

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-

SANITÁRIAS DE RESTAURANTES POPULARES NO

RIO GRANDE DO NORTE

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Graduação em

Nutrição da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte como requisito final

para obtenção do grau de Nutricionista.

Orientadora: Prof.ª.Drª. Larissa Mont’Alverne Jucá Seabra

Co-Orientadora: Camila Valdejane S. de Souza

NATAL-RN

2016

Page 3: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE
Page 4: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

Dedico aos meus pais os quais

sempre me apoiaram e não

mediram esforços para que eu

chegasse a essa etapa da minha

vida.

Page 5: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado forças nos momentos mais difíceis da graduação e

permitido que este momento acontecesse, aos meus pais, Francisca de Paula e Manoel Batista,

pelo apoio em toda a minha trajetória de vida.

À minha orientadora Larissa Mont’Alverne Jucá Seabra e coorientadora Camila Valdejane,

por toda a dedicação, conselhos e oportunidade de me orientar na elaboração deste trabalho.

A todos os colegas, amigos e professores que diretamente ou indiretamente contribuíram para

realização desta etapa de minha vida, о meu muito obrigado.

Page 6: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

“Direi do Senhor: Ele é o meu

Deus, o meu refúgio, a minha

fortaleza, e nele confiarei. Porque

ele te livrará do laço do

passarinheiro, e da peste

perniciosa.”

Sl 91.2-3

Page 7: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

LIMA, Luciana Batista de. Avaliação das condições higiênico-sanitárias de Restaurantes

Populares no Rio Grande do Norte. 2016. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso

(Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Natal, 2016.

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias de Restaurantes

Populares (RP) no Rio Grande do Norte (RN). A amostra se deu por meio de sorteio aleatório,

onde, das 24 unidades de restaurantes distribuídas no RN, sorteou-se 10 para participarem da

pesquisa. Assim, foi realizada uma única visita aos RP. Para coleta de dados foi aplicada uma

lista de verificação baseada na Resolução RDC nº 216/2004 da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária, contendo ao todo 183 itens de verificação agrupados em 12 blocos

avaliativos, que permitiu avaliar as condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos. Para

a obtenção do diagnóstico final de cada RP, foi calculada a média de adequação proveniente

do diagnóstico inicial. Para classificar os restaurantes no que se refere às boas praticas,

utilizou-se o seguinte critério: “Muito ruim” quando atendeu de 0% a 19% de adequação dos

requisitos; “Ruim”: de 20% a 49%; “Regular”: de 50% a 69%; “Boa”: de 70% a 90% e

“Muito boa”: de 91% a 100%. A média geral de adequação dos 10 Restaurantes Populares foi

de 69%, no qual somente 50% atingiu o ponto de corte de 70% de adequação dos requisitos

avaliados, variando a classificação de “Ruim” a “Muito boa”. O bloco “edificação,

instalações, equipamentos, móveis e utensílios” foi o que apresentou mais inadequações,

atingindo média de 59%. Já o bloco manejo dos resíduos apresentou 83% de adequação. O

estudo demonstrou que os estabelecimentos apresentaram condições inadequadas para o

processo de produção de alimento. Por meio da analise efetuada, observou-se que no aspecto

higiênico-sanitário, não há garantia de alimentos seguros, podendo comprometer os objetivos

do Programa e assim o cumprimento da politica de Segurança Alimentar.

Descritores: Boas práticas de manipulação; controle higiênico sanitário; restaurantes

populares; segurança alimentar.

Page 8: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

2. OBJETIVOS............................................................................................................................. 6

2.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 6

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 6

3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................ 7

3.1. POLÍTICA PUBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL ......... 7

3.2. RESTAURANTES POPULARES ........................................................................... 9

3.3. CONDIÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS EM UAN............................................ 10

4. METODOLOGIA ...................................................................................................................13

4.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTUDO ...................................................... 13

4.2. MÉTODO .............................................................................................................. 13

4.3. ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 14

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................15

5.1 CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DOS RESTAURANTES ......................... 15

5.2 RESULTADOS POR BLOCO ............................................................................... 16

5.3 MÉDIA GERAL DOS BLOCOS ............................................................................................27

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................29

REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................31

ANEXO ...........................................................................................................................................35

Page 9: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

3

1. INTRODUÇÃO

A desigualdade social do Brasil leva um quadro ambíguo, por ser um país rico

em quantidade e variedade de alimentos, no entanto ainda se tem um elevado número de

pessoas a passar fome (SILVA; ARAUJO, 2011).

No cenário em que o país se encontrava, onde muitos brasileiros viviam com

renda mensal inferior a R$ 70, foi lançado no ano de 2011 o Plano Brasil Sem Miséria, que

tem por objetivo superar a extrema pobreza, reduzindo as desigualdades e promovendo

inclusão social. O público prioritário do programa são os brasileiros que se encontram em

situação de extrema pobreza. A mesma se manifesta de múltiplas formas além da

insuficiência de renda, pode-se destacar a insegurança alimentar e nutricional, baixa

escolaridade, pouca qualificação profissional, fragilidade de inserção no mundo do trabalho,

acesso precário à água, energia elétrica e saúde e moradia. Superar a extrema pobreza requer,

portanto, a ação articulada desses e de outros setores. É por isso que o mesmo envolve vários

ministérios, com a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

(MDS) (BRASIL, 2016b).

Para lidar com os desafios que assolam a pobreza, o plano se organiza em três

eixos de atuação, sendo eles: transferências monetárias para alívio imediato da situação de

extrema pobreza, provimento ou ampliação de serviços e ações de cidadania e de bem-estar

social, oferta de oportunidades de qualificação e ocupação e renda. Esses eixos se

complementam, melhorando a vida das famílias no presente e proporcionando perspectivas

mais promissoras para o futuro. O programa é coordenado pelo Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e tem a participação de 22 ministérios, além da

parceria de estados e municípios, de bancos públicos, do setor privado e da sociedade civil

(BRASIL, 2016b).

Assim, dentro desse contexto de Insegurança Alimentar e Nutricional, onde

uma parcela significativa da população não tem acesso ao mercado tradicional de refeições

prontas, na maioria das vezes por residirem em áreas distantes de seus locais de trabalho, o

custo e o tempo necessário para deslocamento os impedem de realizarem as refeições em

casa, a implantação de Restaurantes Populares visou ampliar a oferta de refeições

nutricionalmente balanceadas e seguras, comercializadas a preços acessíveis para essa

população (BRASIL, 2004a).

Page 10: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

4

Para assegurar o direito humano à alimentação adequada para essas pessoas

com dificuldade de acesso aos alimentos, o governo federal lançou no ano de 2003 o

programa Restaurante Popular que é integrado à rede de ações e programas do Fome Zero,

política de inclusão social, que tem por o intuito de construir uma rede de proteção alimentar

em áreas de grande circulação de pessoas que realizam refeições fora de casa, atendendo

dessa maneira, os segmentos mais vulneráveis nutricionalmente (BRASIL, 2004a).

O estado do Rio Grande do Norte possui ao todo 24 unidades de Restaurantes

Populares, em 20 municípios potiguares, assegurando diariamente 22 mil refeições à

população de menor poder aquisitivo. Essa rede de restaurantes populares é mantida pelo

Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência

Social (SETHAS) (Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência Social, 2016).

A oferta de refeições é realizada através de um contrato entre a SETHAS e

empresas terceirizadas, que são as responsáveis por gerenciar os restaurantes e distribuir as

refeições. A secretaria é responsável pelo planejamento para implantação das unidades, pela

contratação através de licitação da empresa terceirizada para produção de refeição, pelo

repasse financeiro para a empresa terceirizada, bem como pela supervisão e avaliação geral do

programa (SILVA; ARAUJO, 2011).

Os serviços de alimentação como os restaurantes, lanchonetes e cantinas,

devem garantir a segurança alimentar, através de procedimentos específicos que minimizem

os efeitos danosos à saúde do consumidor (LACERDA, 2008). Este autor também retrata que

mediante as Resoluções, Portarias e Leis que regulamentam o uso destes estabelecimentos,

são obtidos parâmetros de controle de qualidade dos alimentos, da saúde dos manipuladores e

das condições físicas destes estabelecimentos.

As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) são aquelas que envolvem

riscos à saúde provenientes de aspectos biológicos, químicos ou físicos presentes nos

alimentos, gerando ocorrências clínicas derivadas da possível ingestão de alimentos que

possam estar contaminados com microrganismos patogênicos, objetos lesivos, substâncias

químicas ou que já contenham substâncias naturalmente tóxicas em sua constituição (SILVA

JR., 2014). Estudos relatam a ocorrência de DTA em usuários de serviço de alimentação,

como o de Marchiet al. (2011), no qual enumera a ocorrência de surtos de DTA no Município

de Chapecó, Estado de Santa Catarina ocorridos no período de 1995 a 2007. O mesmo

menciona uma porcentagem de ocorrência de surtos nos setores de alimentação comercial e

industrial, sendo respectivamente 29,5% e 11,4% dos casos.

Page 11: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

5

Conforme estudo realizado por Hughes et al. (2006) no qual investigou

transmissão de doenças infecciosas intestinais de origem alimentar, na Inglaterra e País de

Gales, os principais locais envolvidos foram comércio de alimentos, como cantinas, hotéis,

restaurantes, bares e cafeteiras, além delocais com produção de alimentos para coletividades,

como residências para grupos coletivos, colônias de férias, casas de cuidado e bases militares.

Os autores ainda relatam que Salmonella spp. foi responsável por mais da metade dos casos

(52%) e que C. perfringens foi à segunda causa dos surtos (29%).

Relatos do Ministério da saúde do ano de 2016, destaca que a Salmonella spp.

foi o segundo maior agente etiológico responsável pelos surtos de DTA, com 14,3% dos

surtos, no Brasil no período de 2000 a 2015, seguido de S. aureus com 7,6% (BRASIL,

2016).

Considerando a importância de produção de refeições que não apresentem

riscos a saúde do consumidor, o presente estudo tem como objetivo conhecer as condições

higiênico-sanitárias das UAN de Restaurantes Populares no Rio Grande do Norte, avaliando o

atendimento às Boas Práticas e identificando possíveis inadequações que podem trazer

consequências negativas à saúde pública.

Page 12: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

6

2. OBJETIVOS

2.1.OBJETIVO GERAL

Avaliar as condições higiênico-sanitárias de Restaurantes Populares no Rio Grande do

Norte.

2.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar as condições higiênico-sanitárias na produção e comercialização de refeições

nos Restaurantes Populares;

Classificar as UAN no que se refere ao cumprimento das Boas Práticas.

Page 13: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

7

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. POLÍTICA PUBLICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Alimentação adequada constitui um direito fundamental, inerente à dignidade

da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos, garantida na Constituição Federal,

na qual o poder público tem a obrigação de adotar políticas e ações que se façam necessárias

para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população (BRASIL, 2006).

A Lei de Segurança Alimentar e Nutricional ainda afirma ser dever do poder

publico respeitar, proteger, promover, prover, informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a

realização do direito humano a alimentação adequada, bem como garantir os mecanismos para

sua exigibilidade (BRASIL, 2006). Neste sentido, a Segurança Alimentar e Nutricional

consiste na:

Realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de

qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras

necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde

que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e

socialmente sustentáveis (BRASIL, 2006, p.4).

No ano de 2000 com a instituição da LOSAN, determinou-se que as políticas

públicas direcionadas a questões de alimentação e nutrição devem incluir em suas ações, a

ampliação das condições de acesso aos alimentos, como também a promoção da saúde,

nutrição e da alimentação da população, incluindo grupos em situação de vulnerabilidade

social (BRASIL, 2006).

Para assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) às pessoas

com dificuldades de acesso aos alimentos, o governo federal impulsionou a estratégia do

Programa Fome Zero no ano de 2003, politica inserida na promoção da segurança alimentar e

nutricional. Esse projeto foi reconhecido como uma importante iniciativa, ao levantar

alternativas para combater o flagelo da fome no país (BRASIL, 2010).

Essa estratégia envolve três eixos: ampliação da demanda efetiva de alimentos,

barateamento do preço dos alimentos e programas emergenciais para atender à parcela da

população excluída do mercado. Baseada que a fome no país tem três dimensões

fundamentais: a insuficiência de demanda, decorrente da concentração de renda, dos elevados

níveis de desemprego e subemprego e do baixo poder aquisitivo dos salários pagos à maioria

da classe trabalhadora; de outro, a incompatibilidade dos preços atuais dos alimentos com o

Page 14: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

8

baixo poder aquisitivo da maioria da sua população; e a terceira, a fome daquela parcela da

população pobre, excluída do mercado de alimentos, muitos dos quais trabalhadores

desempregados ou subempregados, idosos, crianças e outros grupos carentes que necessitam

de um atendimento emergencial (BRASIL, 2010).

É fundamental frisar que a segurança alimentar vai além da superação da

pobreza e da fome. O círculo vicioso que liga a pobreza e a fome é difícil de ser superado

somente com políticas compensatórias. É necessário aliar o objetivo da política de segurança

alimentar com estratégias de desenvolvimento econômico e social que garantam a

equidade e inclusão social. Algumas políticas podem ajudar a caminhar nesse sentido, como o

programa Restaurante Popular (BRASIL, 2010).

O Programa Restaurante Popular (RP) constitui uma política pública de acesso

à alimentação e a garantia da segurança alimentar, constituída no âmbito do Ministério do

Desenvolvimento Social e Cobate à Fome, visando à promoção da alimentação saudável por

meio da oferta de refeições prontas, nutricionalmente balanceadas, comercializadas a preços

acessíveis, originadas de processos seguros, servidas em locais adequados e confortáveis, de

maneira a garantir a segurança alimentar e nutricional (BRASIL, 2004a).

De acordo com o manual e o roteiro de implantação os Restaurantes Populares

caracterizam-se como uma estrutura multifuncional dentro da perspectiva do Sistema de

Segurança Alimentar e Nutricional, por isso devem desenvolver atividades de

desenvolvimento social, geração de emprego e renda, como educação alimentar, palestras

sobre valor nutricional dos alimentos, oficinas de aproveitamento e combate ao desperdício de

alimentos, realização de campanhas educativas, shows, apresentações e reuniões da

comunidade (BRASIL, 2004a, 2007).

O manual também retrata que os restaurantes podem atuar como reguladores de

preços dos estabelecimentos localizados em seu arredores, contribuindo também para uma

elevação da qualidade das refeições servidas e higiene dos estabelecimentos (BRASIL,

2004a).

Essas Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) devem ser implantadas em

regiões de ampla circulação diária de trabalhadores e indivíduos sob-risco de insegurança

alimentar, como as áreas centrais das cidades, e que sejam preferencialmente próximas aos

locais de transporte de massa, além de atender a idosos, desempregados e estudantes

(BRASIL, 2007).

Silva e Araujo ( 2011) ao avaliarem a política de Segurança Alimentar através

dos Restaurantes Populares do Rio Grande do Norte no aspecto do acesso ao alimento,

Page 15: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

9

constataram que o programa viabiliza o acesso aos alimentos de acordo com a Segurança

Alimentar, mas, apresenta algumas deficiências que o impossibilita de cumprir seus objetivos,

tornando-o o ineficiente como uma política de Segurança Alimentar.

3.2.RESTAURANTES POPULARES

Restaurantes Populares são UAN que tem por princípios fundamentais a

produção e comercialização de refeições nutricionalmente balanceadas, a preços acessíveis,

para população em situação de insegurança alimentar. Devem ser implantados em regiões de

grande movimentação diária de trabalhadores de baixa renda, formais e/ou informais, que se

alimentam fora de casa, prioritariamente aos extratos sociais mais vulneráveis (BRASIL,

2007).

O bom funcionamento deste programa é papel do Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que deve criar uma rede de proteção alimentar

em áreas de grande circulação de pessoas que realizam refeições fora de casa, atendendo

dessa maneira, os segmentos mais vulneráveis nutricionalmente (BRASIL, 2004a).

No RN, o programa conta atualmente com 24 unidades de Restaurantes

Populares em 20 municípios potiguares, e estando três instaladas em Natal e os demais

distribuídos nos municípios de Mossoró, Assú, Caicó, Currais Novos, Macaíba, Pau dos

Ferros, Parelhas, Areia Branca, Extremoz, Ceará-Mirim, Macau, Santa Cruz, São Paulo do

Potengi, Nova Cruz, João Câmara, Parnamirim, Canguaretama, Santo Antônio e Apodi

(Secretaria de Estado do Trabalho, Habitação e Assistência Social, 2015).

De acordo com o roteiro de implantação a gestão dos Restaurantes Populares

pode se dar diretamente por órgão da administração pública ou por meio de parcerias com

organizações sem fins lucrativos (BRASIL, 2007). Nos Restaurantes Populares do RN, a

administração pública optou por terceirizar a operacionalização dos mesmos, por meio da

contratação de empresa de alimentação industrial (SILVA, 2008). Nesse modelo de gestão,

fica transferida à iniciativa privada a exploração comercial do restaurante, cabendo à

administração pública a função de avaliação e monitoramento dos serviços (BRASIL, 2007).

Silva (2008) ao Avaliar a Política de Segurança Alimentar implementada

através dos Restaurantes Populares n Rio Grande do Norte (RPR), verificou a qualidade

higiênico-sanitária dos alimentos servidos nestes locais, onde foi observado que não há

Page 16: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

10

garantia de alimentos de qualidade higiênico-sanitária, comprometendo, assim, o Programa

como um programa de segurança alimentar.

3.3.CONDIÇÕES HIGIÊNICO SANITÁRIAS EM UAN

O modo de vida nas grandes cidades tem gerado progressivo crescimento do

número de pessoas que realizam suas refeições fora do domicílio (BRASIL, 2007). A vida

moderna conferiu um ritmo acelerado ao cotidiano dos indivíduos, causando mudanças nos

hábitos de vida e alimentares, modelado por diversos fatores, como o aumento da jornada de

trabalho, dificuldades em locomoção, aumento da população em centros urbanos e da

utilização da mão de obra feminina. Por este motivo, torna-se cada vez maior o número de

refeições feitas fora do domicílio, gerando um aumento no quantitativo de restaurantes

(ALVES, UENO, 2010).

Os Serviços de Alimentação podem ser definidos como estabelecimentos

envolvidos com atividades relacionadas diretamente ao alimento, como manipulação, preparo,

armazenamento, ou a exposição para a venda, e cujo alimento pode ser consumido, ou não, no

local. Estes estabelecimentos que prestam serviço de alimentação devem buscar satisfazer as

características básicas como a higiene e qualidade das refeições (BRASIL, 2004b).

Para alcançar um alimento com boa qualidade e não colocar em risco a saúde

dos consumidores deve-se controlar a contaminação, a multiplicação e a sobrevivência

microbiana nos vários tipos de ambientes dos serviços de alimentação, não esquecendo os

aperfeiçoamentos das ações de controle sanitários nas mesmas, que devem ser constantes

(LACERDA, 2008). O controle e monitoramento é a forma de sabermos se algo está sendo

feito da maneira correta ou não, para podermos corrigir, se for o caso (MATIAS, 2007).

DTA é uma síndrome geralmente constituída de anorexia, náuseas, vômitos

e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, atribuída à ingestão de alimentos ou água

contaminados, também podem ocorrer afecções extraintestinais, em diferentes órgãos e

sistemas (BRASIL, 2010).

Conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Brasil, no ano de

2015, ocorreram 575 surtos de DTA, na qual estima-se que 9,267 pessoas ficaram doentes.

Os autores também mencionam a distribuição de surtos de DTA por local de ocorrência, onde

os restaurantes/padarias (similares) ficaram em segundo lugar com 15,4% dos surtos

ocorridos no período (BRASIL, 2016).

Page 17: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

11

Assim, o controle de qualidade nos serviços de alimentação é importante, tendo

o propósito de evitar as ocorrências de DTA, mediante a implantação de métodos adequados

voltados para a preparação dos alimentos (SILVA JR., 2014).

Assim sendo, garantir a segurança alimentar durante a produção, preparação,

distribuição e armazenamento de alimentos, exige cuidados especiais com o ambiente de

trabalho, os equipamentos e utensílios, os alimentos propriamente ditos, os manipuladores de

alimentos, com as instalações sanitáriaso controle de pragas, entre outros (ALVES, UENO,

2010).

Neste sentido e, considerando a necessidade de ações de controle higiênico-

sanitário na área de alimentos, visando à proteção da saúde do consumidor, a Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regulamentou por meio da Resolução da

Diretoria Colegiada - RDC n.º 216, de 15 de setembro de 2004, as Boas Práticas para os

Serviços de Alimentação (BRASIL, 2004).

A resolução RDC 216/2004 estabelece o Regulamento Técnico de Boas

Práticas para Serviços de Alimentação, tendo como objetivo garantir condições higiênicas

sanitárias adequadas do alimento preparado. Dentro do âmbito de aplicação dessa legislação

estão os segmentos de alimentação que desenvolvam atividades de manipulação, preparação,

fracionamento, distribuição, transporte, armazenamento, exposição à venda e entrega de

alimentos preparados para o consumo, englobando osrestaurantes, cantinas, cozinha industrial

entre outros. A legislação ainda prevê os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP),

documentos que descrevem instruções sequenciais de operações específicas inerentesà rotina

na manipulação de alimentos, dentro de um serviço de alimentação (BRASIL, 2004b).

Embora a qualidade do alimento oferecido à população tenha sido uma

preocupação do governo, o que se constata pelas várias publicações de legislações referentes

ao tema, ainda é significativo o número de casos de Doenças Transmitidas por Alimentos

(DTA) que ocorrem todos os anos (MATIAS, 2007). Prováveis condicionantes compreendem

o descaso ou o desconhecimento por parte dos envolvidos com a produção de alimentos, fato

estes que reforçam a necessidade de criar instrumentos de monitoramento e de avaliação das

UAN (WENDISCH, 2010).

Para alcançar um alimento com boa qualidade e não colocar em risco a saúde

dos consumidores deve-se controlar a contaminação, a multiplicação e a sobrevivência

microbiana nos vários tipos de ambientes dos serviços de alimentação, não esquecendo os

aperfeiçoamentos das ações de controle sanitários nas mesmas, que devem ser constantes

Page 18: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

12

(LACERDA, 2008). O controle e monitoramento é a forma de sabermos se algo está sendo

feito da maneira correta ou não, para podermos corrigir, se for o caso (MATIAS, 2007).

Ferreira et al. (2010) ao avaliarem a adequação às boas práticas em unidades de

alimentação e nutrição em Viçosa, MG no ano de 2010, chegaram à conclusão que das 9

UANs avaliadas, 8 obtiveram porcentagem de 75 a 100% de adequação dos itens avaliados,

mas apesar da boa classificação geral das UANs, os autores destacam a necessidade de adoção

de ações corretivas com relação à estrutura física com o intuito de garantir a qualidade das

refeições e segurança dos clientes.

Genta, et al. (2005) ao analisar as Boas Práticas através de check-list aplicado

em restaurantes self-service da região central de Maringá, Estado do Paraná, chegaram ao

resultado que muitas das não-conformidades encontradas nos estabelecimentos pesquisados

são consideradas críticas na produção do alimento seguro, e por isso os restaurantes

pesquisados, necessitam adequar-se imediatamente à Resolução RDC 216/MS (Brasil, 2004),

melhorando assim suas condições higiênico-sanitárias.

Mello et al. (2010) em estudo referentes ao conhecimentos dos manipuladores

de alimentos sobre Boas Práticas (BP) nos restaurantes populares do Estado de Rio de

Janeiro, avaliaram o nível de conhecimento dos mesmos relacionando à sua capacitação e esta

com as condições higiênico-sanitárias. O nível de conhecimento dos manipuladores foi

classificado como regular, com média de 56,09% de acertos. Os autores também avaliaram o

entendimento sobre o termo “Boas Práticas de Manipulação” e, 81,6% dos trabalhadores

responderam não saber o que significa, ou responderam incorretamente, mesmo tendo sido

capacitados.

Page 19: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

13

4. METODOLOGIA

4.1.CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTUDO

O presente estudo foi encaminhado ao CEP HUOL e aprovado sob parecer nº

1.438.229. A coleta de dados foi realizada em Restaurantes Populares localizados no RN. Ao

todo existem 24 unidades de Restaurantes Populares distribuída em todo o estado, no entanto

para essa pesquisa foi realizado um cálculo amostral conforme o estudo de Souza (2017), e a

partir de sorteio aleatório, 10 unidades foram selecionadas para o estudo.

As unidades de RP analisadas são dos municípios de: Santa Cruz, Natal-

Central, Nova Cruz, Caicó, Ceará Mirim, Pau dos Ferros, Curais Novos, Areia Branca, Assú e

Canguaretama.

4.2.MÉTODO

Para a avaliação das BP nos RP, foi aplicada a lista de verificação desenvolvida

por Saccol, Stangarlin e Hecktheuer (2013) (Anexo 1), que tem como base a Resolução RDC

nº 216/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2004). A lista contém ao

todo 183 itens de verificação agrupados em 12 blocos relacionados à: 1) edificações,

instalações, equipamentos, móveis e utensílios; 2) higienização de instalações, equipamentos,

móveis e utensílios; 3) controle integrado de vetores e pragas urbanas; 4) abastecimento de

água; 5) manejo dos resíduos; 6) manipuladores; 7) matérias-primas, ingredientes e

embalagens; 8) preparação do alimento; 9) armazenamento e transporte do alimento

preparado; 10) exposição a consumo do alimento preparado; 11) documentação e registro e

12) responsabilidade. O bloco 9 armazenamento e transporte do alimento preparado, não se

aplicava a realidade dos restaurantes pesquisado, e por isso não foi avaliado seus itens.

Foi realizada 1 única visita, sem notificação prévia aos Restaurantes Populares,

e neste mesmo momento foi apresentada aos proprietários dos estabelecimentos a carta de

anuência assinada pelo coordenador de Desenvolvimento Social da SETHAS, visando

informá-los acerca das condições do estudo e esclarecendo sobre a pesquisa.

Em seguida, se deu a aplicação de uma lista de verificação in loco, gerando

assim um diagnóstico para a obtenção de média de classificação final dos estabelecimentos.

Os dados foram coletados a partir da visualização das reais condições de cada restaurante. Os

requisitos que não puderam ser avaliados através da avaliação visual foram respondidos por

Page 20: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

14

meio de questionamento com o responsável pelo local e/ou apresentação de documentação

comprobatória, durante a coleta dos dados. Os doze blocos foram analisados individualmente.

4.3.ANÁLISE DOS DADOS

4.3.1. Classificação dos restaurantes

A lista de verificação permite avaliar e classificar os itens em “adequados”

(AD), quando estes se encontram em acordo com a RDC nº 216/2004, “inadequados” (IN),

quando não estão em conformidade com as normas, e “não aplicáveis” (NA), quando os itens

não são aplicáveis à realidade do local, contudo, os itens “não aplicáveis” foram subtraídos no

cálculo da porcentagem de adequação. Para o calculo das médias de adequação foi realizado

uma regra de três simples, como demonstrado a formula a seguir:

% Adequação Total =itens avaliados (183 – itens não aplicáveis)

itens adequados=

100%

X

A partir das porcentagens de adequações obtidas através da aplicação do check

list, os serviços de alimentação foram classificados, quanto à adequação dos requisitos,

segundo Saccol, Stangarlin e Hecktheuer (2013) como:

Muito boa: 91% a 100% de adequação dos requisitos;

Boa: 70% a 90% de adequação dos requisitos;

Regular: 50% a 69% de adequação dos requisitos;

Ruim: 20% a 49% de adequação dos requisitos;

Muito ruim: 0% a 19% de adequação dos requisitos.

Assim, considerou-se ≥ 70% o “ponto de corte” para classificar as UANs como

“adequada” no que se refere às condições higiênico–sanitárias, esse ponto de corte também

foi utilizado para avaliar os blocos individualmente. Essa classificação reflete o diagnóstico

da qualidade do serviço prestado pelo estabelecimento.

Page 21: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

15

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DOS RESTAURANTES

Conforme mostra a Figura 1, no que diz respeito à qualidade higiênico sanitária

dos 10 Restaurantes Populares avaliados, apenas 50% atingiu o ponto de corte de 70% de

adequação dos requisitos avaliados, fator este preocupante, pois um ambiente inadequado

pode gerar prejuízos à saúde dos usuários do programa e colaboradores dos serviços de

alimentação. A média geral de adequação dos restaurantes foi de 69%. O restaurante 2

apresentou maior percentual de adequação (95%) e o restaurante 10 apontou menor percentual

(49%). Diante disso, a classificação dos restaurantes avaliados variou, sendo 1 restaurante

classificado como “Ruim” (de 20% a 49%), 4 classificados como “Regular” (de 50% a 69%),

4 restaurantes como “Boa” (de 70,% a 90%) e 1 classificado com 95% de adequação “Muito

boa” (de 91% a 100%).

Figura 1 – Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias nos Restaurantes

Populares do RN.

Segundo Ferreira et al. (2011), de 9 UANs do tipo self-service da região

metropolitana de Belo Horizonte/MG analisadas segundo as boas práticas, a porcentagem de

adequação variou de 72,9% a 92,6%, de acordo com o critério de classificação estabelecido

pela RDC nº 275/2002, sendo 1 classificado no grupo 2 (51 a 75% adequação) e as demais no

grupo 1 (76 a 100% de adequação). Já no estudo de Spinelli et al. (2013), 50% dos

restaurantes comerciais da região sul foram classificados no grupo 1 (76% a 100% adequação)

Page 22: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

16

e 31,2% da região central. Nesse mesmo estudo 43,7% dos estabelecimentos da região sul

foram classificados no grupo 2 com 51% a 75% de adequação e 56,2% das UANs da região

central. Resultados esses semelhantes a essa pesquisa.

Silva (2008), ao avaliar a política de Segurança Alimentar e a qualidade

higiênico-sanitária no Estado do Rio Grande do Norte através do Programa Restaurantes

Populares, concluiu que os Restaurantes Populares analisados não garantiam alimentos de

qualidade higiênico-sanitária.

5.2 RESULTADOS POR BLOCO

5.2.1 Resultado por bloco específico

5.2.1.1 Edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios.

A Figura 2 exibe a média percentual de adequação referente ao bloco 1

(edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios) de cada Restaurante Popular

avaliado, e foi possível observar que somente dois restaurantes atingiram a média de 70%, o

que demonstra a precariedade dos RP no que se refere às edificações e instalações.

Figura 2 – Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente a edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios.

A baixa média para esse bloco se deu devido à presença de objetos em desuso

na área externa e interna, muitas das edificações e instalações não foram projetadas para

serem UAN, sendo galpões adaptados para serem os restaurantes, assim não possibilitavam

um fluxo ordenado e sem cruzamento, também não facilitavam as operações de manutenção e

limpeza, pisos e paredes desgastados, os tetos e forros não estavam íntegros, as portas não

Page 23: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

17

possuíam fechamento automático como também não eram ajustadas ao batente. Verificou-se

ainda que a iluminação e ventilação estavam inadequadas, as instalações elétricas não eram

embutidas ou protegidas, estado de conservação dos equipamentos irregular, como também

não existiam registros de operação de manutenção dos equipamentos. A média geral para esse

bloco foi de 59% de adequação.

No estudo de Souza et al. (2009) em uma unidade hoteleira em Timóteo/MG, a

porcentagem de atendimento dos quesitos de Edificação, instalações, equipamentos, móveis e

utensílios foi de 85%. Esta pesquisa evidenciou a inexistência adequada da projeção das

edificações e as instalações, proporcionando cruzamentos na etapa de produção, e as telas não

eram removíveis.

Já no estudo de Mayra et al. (2015) com duas UANs de hotéis no município de

Caruaru/PE o percentual de adequações observado foi de 81% e o percentual de inadequações

de 19%, estes percentuais corresponderam as seguintes inadequações: a não separação das

áreas operacionais, inadequação de pisos e janelas.

5.2.1.2 Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios

A Figura 3 apresenta a média de adequação de cada restaurante avaliado

referente ao bloco 2 (higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios). Dos

restaurantes avaliados, 9 restaurantes atingiram média de 70%.

Figura 3 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente à higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios.

Page 24: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

18

Mayra et al. (2015) em seu estudo constataram 73% de adequação, onde os

mesmos relataram como principais inadequações a pouca frequência de higienização

adequada, evidenciados pela presença de pratos e panelas sujos, empilhadas sobre as pias por

algumas horas após as refeições, a ausência de registros de operações de higienização, pouca

frequência de limpeza das áreas de preparação.

Na maioria dos RP do presente estudo, foi observado que as instalações,

equipamentos, móveis e utensílios não eram mantidos em condições higiênicos sanitárias, não

existiam registros das higienizações, as caixas de gorduras não eram periodicamente limpas,

bem como se o descarte dos resíduos era adequado conforme legislação e os equipamentos

utilizados na área de higienização não eram guardados em local adequado. A média geral

desse bloco foi de 80% de adequação.

5.2.1.3 Controle integrado de vetores e pragas urbanas

No que diz respeito ao controle integrado de vetores e pragas urbanas, as

médias percentuais de adequação encontradas foram satisfatórias. Percebe-se que os

restaurantes 2 e 4 apresentaram total adequação, enquanto que os demais restaurantes

demonstraram médias acima de 65%, quando comparadas entre si, com exceção do

restaurante 10 que apresentou menor média (00%) fator bastante preocupante, como pode ser

visualizado na Figura 4.

Figura 4 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente a controle integrado de vetores e pragas urbanas.

Page 25: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

19

A ANVISA determina que os serviços de alimentação devem adotar um

conjunto de ações contínuas e eficazes no controle de vetores e pragas urbanas. Somente

quando as medidas de prevenção utilizadas não forem eficazes, deverá ser empregado e

executado por uma empresa especializada o controle químico, conforme legislação específica

e com produtos regularizados pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2004).

Mello et al. (2013) relataram em seu estudo realizado no município de Porto

Alegre/RS 100% de adequação em todas as UANs. Silva et al. (2013) ao analisarem duas

UAN localizadas no município de Vitória/ES também constataram 100% de adequação para o

item controle integrada de vetores e pragas urbanas. No presente estudo 70% das UANs

atingiram o ponte de corte nesse quesito. As principais inadequações encontradas em nossa

pesquisa foram a presença de pragas e a ausência de ações que impedisse o acesso e

proliferações de vetores. Com relação ao restaurante 10, o mesmo não apresentou documentos

comprobatórios para o controle de vetores e pragas urbanas. A média geral para esse bloco foi

de 75% de adequação.

5.2.1.4 Abastecimento de água

Com relação ao abastecimento de água, as médias foram em sua maioria

“boas”, com valores superiores a 70% de adequação, com exceção de 3 restaurantes. Verifica-

se que mais uma vez, que o restaurante 10 apresentou total inadequação com relação ao

abastecimento de água.

Figura 5 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente a abastecimento de água.

Page 26: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

20

Para a manipulação dos alimentos verificou-se que a maioria dos restaurantes

utilizava somente água potável, oriunda da rede pública de abastecimento. Algumas

inadequações foram observadas, como o estado de conservação, higienização e a frequência

de higienização dos reservatórios de água que estavam a desejar. A média geral do bloco foi

de 69%.

No estudo de Mello et al. (2013), as unidades só utilizavam água potável e

todas as UANs possuíam registro de higienização periódica do reservatório de água. Souza et

al. (2009) em análise de condições higienico sanitária em Minas Gerais no ano de 2009,

verificaram um percentual de adequação de 100% em relação ao abastecimento de água,

como também comprovou bom estado de conservação do reservatório de água dessas UAN

hoteleiras.

Em estudo com UANs hospitalares de Montes Claros/MG, Reis et al. (2015)

verificaram 46% de adequação em relação ao abastecimento de água. Já Spinelli et al. (2013)

ao compararem as Boas Práticas entre restaurantes comerciais da região central e região sul da

cidade de São Paulo/SP, encontraram médias de adequação para os itens relacionados ao

abastecimento de água da região central e sul respectivamente de 83% e 89%.

5.2.1.5 Manejo dos resíduos

Quanto ao bloco 5, manejo dos resíduos, as médias de adequação em sua

maioria foram “boas”, chama-se a atenção para o restaurante 6 que apresentou média de 25%.

As inadequações encontradas Para este bloco foram relacionadas à presença de coletores sem

identificação, ausência de acionamento sem contato manual, em número insuficiente e

inadequado a carga de resíduos diários produzidos. A média geral para esse bloco foi de 83%

de adequação.

Em relação ao manejo de resíduos, Mello et al. (2013) em avaliação com

UANs de Porto Alegre/RS observaram que apenas uma UAN possuía todos os coletores de

resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos dotados de tampas acionadas

sem contato manual, identificados, íntegros, em número suficiente e com uso adequado.

Mayra et al. (2014) ao realizarem uma avaliação com UANs hoteleiras no

município de Caruaru/PE, verificaram percentual de adequações de 78% para este item. Reis

et al. (2015) encontrou 100% de adequações, dados semelhantes ao estudo em questão,

conforme demonstrado no gráfico a seguir:

Page 27: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

21

Figura 6 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente a manejo dos resíduos.

5.2.1.6 Manipuladores

As médias de adequação encontradas para o bloco 6 foram variadas, observa-se

que apenas o restaurante 10 apresentou uma média de adequação inferior a 40%, enquanto os

demais obtiveram médias de adequação acima de 50%.

Figura 7 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente a manipuladores.

Como demonstra o gráfico, 70% das UANs atingiram a média de corte, as

inadequações encontradas com relação a manipuladores foram o não afastamento do

manipulador quando apresentam lesões, a conservação e limpeza dos uniformes, a troca diária

Page 28: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

22

dos uniformes, bem como o tamanho e limpezas das unhas. A média geral para esse bloco foi

de 73% de adequação.

No estudo de Ferreira et al. (2011) em uma UAN de pequeno e médio porte,

localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte/MG a porcentagem de adequação

variou entre 86 e 100%. Já Cardoso et al. (2005) constataram que das cantinas universitárias

analisadas, apenas 40% dos manipuladores mantinham as unhas cortadas e limpas.

Genta et al. (2005) ao avaliarem das Boas Práticas através de Check-list

aplicado em restaurantes self-service da região central de Maringá/PR, apresentou de 12% a

56% para as não conformidades. Passos e Vilaça (2010) ao avaliarem boas práticas em

restaurantes do município de Miranorte/TO, constataram índice de não conformidades de 43%

a 86%. Dados estes similares com os resultados encontrados pelas pesquisadoras deste estudo.

5.2.1.7 Matérias-primas, ingredientes e embalagens.

Figura 8 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente a matérias-primas, ingredientes e embalagens.

Os resultados obtidos para o bloco 7, matérias-primas, ingredientes e

embalagens, apresentaram em sua maioria média de adequação satisfatória, o restaurante 9

apresentou menor média, sendo 46% como mostrado na Figura 8.

Page 29: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

23

Muitos dos restaurantes não armazenavam as matérias primas de forma

adequada. As principais inadequações foram com relação a não submissão à inspeção na

recepção os alimentos, aos equipamentos de refrigeração que eram velhos, os alimentos que

não eram acondicionados de maneira correta nem identificados, como também se encontrou

estrados de madeira. A média geral para esse bloco foi de 77% de adequação.

Bernardo et al. (2014) ao avaliarem UANs da Rede Hoteleira de Belo

Horizonte/MG, constatou médias de adequação de 85% para esse bloco. Resultados estes

semelhantes com os dados descritos neste trabalho.

5.2.1.8 Preparação do alimento

Figura 9 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente à preparação do alimento

No bloco 8, que se refere ao preparo do alimento, apenas 4 restaurantes tiveram

uma média de adequação superior a 70%, o restaurante 10 apresentou menor média, com

apenas 47% de adequação, como nota-se na Figura 9. As inadequações encontradas foram

com relação a não verificação da temperatura no tratamento térmico, a forma de

descongelamento, a conservação do alimento preparado a temperaturas inferiores a 60 ºC. E a

temperatura de congelamento superior a -18 ºC. Para os alimentos perecíveis não existiam um

controle do tempo de permanência à temperatura ambiente, como também para os que

utilizavam óleo e gordura não existiam medidas que garantissem que esse produto não é uma

Page 30: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

24

fonte de contaminação química, bem como a substituição dos mesmos quando apresentavam

alterações de suas propriedades físico-químicas ou sensoriais. A média geral para esse bloco

foi de 70% de adequação.

No estudo de Mayra et al. (2015), foi observado um percentual de 28% de

inadequações para esse bloco. Já no estudo realizado por Souza et al. (2009), no preparo de

alimento o índice de não conformidade foi de 45%.

5.2.1.9 Exposição ao consumo do alimento preparado

Figura 11 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente à exposição ao consumo do alimento preparado.

Com relação à exposição ao consumo do alimento preparado, somente 60% dos

restaurantes atingiram o ponto de corte de 70% de adequação, com exceção para o restaurante

2, onde este item não se aplicava a realidade do local, como mostra a Figura 11. Essa variação

nas médias de adequação se da devido alguns pontos específicos, como: ausência de adequado

monitoramento da temperatura dos equipamentos de exposição, o que não torna possível

garantir que o alimento esteja realmente sendo armazenado para o consumo da forma correta.

Em alguns estabelecimentos não existia barreira de proteção que prevenissem a contaminação

pelo consumidor. Os equipamentos de exposição de alimentos não estavam em adequado

estado de higiene. A média geral para esse bloco foi de 69% de adequação. Arbos et al.

Page 31: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

25

(2015) encontraram 39,5% para os itens referentes à exposição dos alimentos preparados para

consumo como “não conformes”.

5.2.1.10 Documentação e registro

Quanto ao bloco 11, referente à documentação e registro, 6 dos 10 restaurantes

apresentaram médias de adequação satisfatórias. Toda a documentação necessária ao

funcionamento de serviços de alimentação é de inteira responsabilidade por parte dos

proprietários, já que são responsáveis pela qualidade do serviço prestado.

Figura 12 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente à documentação e registro.

A legislação vigente determina que os serviços de alimentação devem dispor

de um Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), e

esses documentos precisam estar disponíveis para os funcionários do serviço e as autoridades

sanitárias quando forem solicitados tais documentações (BRASIL, 2004).

No presente estudo, dois restaurantes não dispunham do manual de Boas práticas, e

alguns não traziam as instruções sequenciais das operações, frequência de execução e

natureza dos materiais. Silva (2008) destaca que o Manual de Boas Práticas é um instrumento

que facilita a implementação das boas práticas, assegurando a qualidade higiênico-sanitária

dos alimentos produzidos e/ou servidos.

Foi observado que nem todos os quatros POP exigidos pela RDC 216

(Higienização de instalações, equipamentos e móveis; Controle integrado de vetores e pragas

urbanas; Higienização de reservatório e Higiene e saúde dos manipuladores) estavam

Page 32: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

26

devidamente registrados e implantados nestes estabelecimentos. O que atribui pontuação zero

(0,00%). A média geral para esse bloco foi de 66% de adequação.

Ferreira (2011) em estudo com UAN institucionais obteve resultados positivos

quanto à documentação, 8 dos estabelecimentos estudadas apresentaram documentação

adequada como preconiza a legislação vigente. É importante salientar que tal situação se

repete em outros estabelecimentos, como no estudo realizado por Stangarlin, Delevati e

Saccol (2008), que observaram 92% dos estabelecimentos no centro de Santa Maria-RS não

apresentavam tal documento. De acordo com Saccol (2007) uma das dificuldades encontradas

nos serviços de alimentação é a elaboração do Manual de Boas Práticas (MBP).

5.2.1.11 Responsabilidade

No bloco 12, referente à Responsabilidade, 6 restaurantes apresentaram média

de adequação de 100%, os demais não atingiram o ponto de corte.

Figura 13 - Percentual médio de adequação das condições higiênico-sanitárias dos Restaurantes

Populares referente à responsabilidade.

Foi observado que em alguns restaurantes não tinha responsável técnico, onde

em uma das unidades o responsável era um técnico em nutrição. A média geral para esse

bloco foi de 73% de adequação.

O funcionário responsável pelas atividades de manipulação deve ter

capacitação e a mesma deve ser comprovada mediante registro da aplicação do curso, com

Page 33: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

27

conhecimentos nos temas: higiene pessoal, contaminantes alimentares; doenças transmitidas

por alimentos; manipulação higiênica dos alimentos e Boas Práticas (BRASIL, 2004).

Souza et al (2009) em estudo com uma UAN hoteleira, na cidade de

Timóteo/Mg constatou quanto à responsabilidade técnica 100% de adequação. O mesmo

resultado foi observado por Mello et al, 2013 ao avaliar a adequação às boas práticas em

unidades de alimentação e nutrição no município de Porto Alegre/RS.

É importante ressaltar a confiança por parte dos usuários em estar consumindo

uma refeição oferecida nos Restaurantes Populares, pois entende-se que a oferta de alimentos

seja nutritiva e segura, uma vez que se trata de uma politica do governo federal. No entanto,

esses fatores dependem dos profissionais envolvidos, como o responsável técnico. Segundo o

Conselho Regional de Nutricionistas – 2ª região, para garantir a segurança no preparo das

refeições, reduzindo surtos de toxinfecção alimentares, é imprescindível a presença de um

responsável técnico, este profissional responde pela qualidade, eficiência e segurança dos

serviços prestados nestes estabelecimentos.

Segundo a Resolução CFN nº 380/2005 que dispõe sobre as áreas de atuação,

atividades obrigatórias e complementares do nutricionista, compete ao mesmo, no exercício

de suas atribuições em UAN, planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços

de alimentação e nutrição. Realizar assistência e educação nutricional a coletividade ou

indivíduos sadios ou enfermos em instituições públicas e privadas. A responsabilidade

técnica exercida pelo Nutricionista é o compromisso profissional e legal na execução de suas

atividades, compatível com a formação e os princípios éticos da profissão, visando à

qualidade dos serviços prestados à sociedade. Na qual a Resolução CFN nº 419/2008 dispõe

sobre critérios para assunção de responsabilidade técnica no exercício das atividades do

nutricionista.

O nutricionista vem exercendo atividades que vão além do controle de

qualidade e segurança dos alimentos, ele contribui para o sucesso e permanência do

estabelecimento no mercado, ao cumprir com seus juramentos, e trabalhando em benefício da

saúde da sociedade, resultando em benefícios relacionados a custos, redução do desperdício e

à segurança na qualidade dos produtos oferecidos (CRN, 2011).

5.3 MÉDIA GERAL DOS BLOCOS

A Tabela 1 demostra as médias individuais e geral dos blocos avaliativos por

restaurantes, os blocos dos Restaurantes Populares foram classificadas como "regular" e

Page 34: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

28

"boa". Sendo quatro blocos classificado com média de adequação regular e sete com

classificação como boa. O bloco Edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios

foi o que apresentou menor média de classificação (59%), já a melhor média de classificação

foi do bloco manejo dos resíduos com média de adequação de 83%.

Tabela 1: Média de adequação por bloco das unidades de restaurantes populares do Rio Grande do Norte.

Restaurante/Blocos 1 2 3 4 5 6 7 8 10 11 12

1 64,81 87,50 66,67 100,00 75,00 76,92 84,62 66,67 100,00 100,00 100,00

2 87,03 100,00 100,00 100,00 100,00 92,31 100,00 100,00 NA 100,00 100,00

3 45,10 82,35 83,33 100,00 83,33 84,62 84,62 84,62 77,78 95,83 100,00

4 67,27 70,59 100,00 71,43 100,00 76,92 76,92 68,42 77,78 33,33 66,67

5 61,82 70,59 83,33 100,00 75,00 84,62 100,00 83,33 100,00 100,00 100,00

6 60,00 100,00 66,67 85,41 25,00 92,31 84,62 93,33 60,00 0,00 0,00

7 42,31 88,24 83,33 75,00 75,00 53,85 76,92 52,63 55,56 100,00 100,00

8 30,91 70,59 83,33 28,57 100,00 69,23 61,54 52,94 100,00 50,00 0,00

9 50,91 70,59 83,33 33,33 100,00 61,54 46,15 55,00 40,00 79,17 100,00

10 75,47 58,82 0,00 0,00 100,00 38,46 50,00 46,67 80,00 0,00 66,67

Total 585,63 799,27 749,99 693,74 833,33 730,78 765,39 703,61 691,12 658,33 733,34

Média 59 80 75 69 83 73 77 70 69 66 73

Page 35: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

29

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados do presente estudo demonstraram que os Restaurantes Populares

avaliados não apresentaram condições higiênicas satisfatórias, uma vez que apenas 50%

atingiram a média de 70%, refletindo assim, condições inadequadas no processo de produção

de alimentos, evidenciando um possível risco para a saúde dos usuários do programa. O bloco

edificação, instalações, equipamentos, móveis e utensílios foi o que apresentou mais

inadequações, atingindo média de 59%, já o bloco manejo dos resíduos apresentou maior

adequação de 83%.

É relevante destacar a importância da oferta de alimento seguro, sendo

imprescindível a adoção de medidas que controlem os riscos, desde sua origem até o

consumo. Dessa forma, a manipulação dos alimentos a partir das Boas Práticas é fundamental

para a redução dos perigos de origem alimentar. Percebe-se que os Restaurantes Populares do

RN não estão em conformidade com a legislação vigente no País, ou seja, contrariando a

política de Restaurantes Populares implantada pelo governo federal como um programa de

segurança alimentar.

Umas das limitações encontradas na realização deste estudo se trata da

dificuldade de acesso as UANs por parte dos proprietários para realização da pesquisa,

ausência de nutricionista em algumas unidades, bem como o registro e apresentação de

documentos comprobatórios.

Esta pesquisa é importante para observar a deficiência da implantação da

política publica dos Restaurantes Populares, evidenciada pelos achados e falhas na

fiscalização e avaliação do programa, recomenda-se um maior envolvimento por parte dos

proprietários e da SETHAS no cumprimento da política. Os resultados encontrados demonstra

a importância de avaliar a política de Restaurantes Populares, uma vez que através desta

podem ser identificados os itens que necessitam passar por ajustes, e assim acompanhar

melhor a atuação e as falhas da política.

Portanto, diante dos resultados encontrados, sugere-se que, os estabelecimentos

pesquisados melhorem suas condições higiênico-sanitárias, a fim de garantirem a produção de

alimentos seguros, não trazendo prejuízo aos usuários e se adequando à política dos

Restaurantes Populares. Além disso, necessita-se de maior número de profissionais para a

fiscalização desses estabelecimentos, com critérios mais severos nas fiscalizações. É

interessante fazer a conscientização dos proprietários dos estabelecimentos da importância do

Page 36: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

30

responsável técnico, mostrando resultados positivos e ressaltando importância de se consumir

um alimento saudável, sem contaminação.

Page 37: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

31

REFERÊNCIAS

ALVES, M. G.; UENO, M. Restaurantes self-service: segurança e qualidade sanitária dos

alimentos servidos. Revista de Nutrição. Campinas, v. 23, n. 4, ago. 2010.

BERNARDO, P. V.; VALENTIM, E. C. N.; OLIVEIRA, A. E. S.; RAMOS, S. A. Avaliação

das Boas Práticas na Produção de Refeições na Rede Hoteleira de Belo Horizonte,

MG. Rev.Unopar: Cient Ciênc Biol Saúde, Belo Horizonte, v. 16, n. 4, p.265-270, 25 jul.

2014.

BRASIL. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Lei de Segurança

Alimentar e Nutricional. Brasília, DF. 15 set. 2006a.

______.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância

Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças

transmitidas por alimentos/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,

Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,

2010.158 p. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/images/PDF/2014/setembro/22/Manual-VE-

DTA.PDF>Acesso em: 23. mar. 2016a.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Brasil Sem Miséria. Disponível

em: <http://mds.gov.br/assuntos/brasil-sem-miseria>. Acesso em: 30 nov. 2016b.

______. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Fome Zero: A experiência brasileira.

Brasília, 2010.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Manual Programa

restaurante popular. Brasília, set. 2004a.

______. Resolução CFN n° 380, de 09 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a definição das

áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, estabelece parâmetros numéricos de

referência, por área de atuação, e dá outras providências.

______. Resolução RDC n° 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento

técnico de boas práticas para serviço de alimentação. Diário oficial da República Federal do

Brasil: Brasília, 15 set. 2004b.

______. Restaurantes Populares: roteiro de implantação. Brasília, 2007.

______.______. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das doenças.

Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis. Unidade de Vigilância das Doenças de

Transmissão Hídrica e Alimentar. Doenças Transmitidas por Alimentos – Brasília.

Disponível em:<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/marco/10/Apresenta----o-

dados-gerais-DTA-2016.pdf >Acesso em: 23. mar. 2016c.

CARDOSO, R. C. V.; SOUZA, E. V. A.; SANTOS, P. Q. Unidades de alimentação e nutrição

nos campi da Universidade Federal da Bahia um estudo sob a perspectiva do alimento seguro.

Rev.Nutr., Campinas, v. 18, n. 5, p. 669-680, Out. 2005.

Page 38: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

32

FERREIRA, M. A.; SÃO JOSÉ, J. F.B.; TOMAZINI, A. P. B.; MARTINI, H. S. D.;

MILAGRES, R. C. M.; PIMHEIRO- SANTANA, H. M. Avaliação da adequação às boas

práticas em unidades de alimentação e nutrição. Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.), São Paulo, v.

70, n. 2, jun. 2011. Disponível em <http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.

php?script=sci_arttext&pid=S0073-98552011000200020&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 18

out. 2016.

FERREIRA, M.A.; SÃO JOSÉ, J.F.B.; TOMAZINI, A.P.B.; MARTINI, H.S.D.;

MILAGRES, R.C.M.; PINHEIRO-SANT’ANA, H.M. Avaliação da adequação às boas

práticas em unidades de alimentação e nutrição. Ver. Inst Adolfo Lutz. São Paulo, v. 70, n.

2, p. 230-5, 2011.

GENTA, T. M. S.; MAURÍCIO, A. A.; MATIOLI, G. Avaliação das Boas Práticas através de

Check-list aplicado em restaurantes self-service da região central de Maringá, Estado do

Paraná. Acta Sci. Health Sci, Maringá, v. 27, n. 2, p.151-156, 19 dez. 2005.

GONÇALVES, M. P; CAMPOS, S. T; SARTI, F. M. Políticas públicas de segurança

alimentar no Brasil: Uma análise do Programa de Restaurantes Populares. Rev

Gestão&PolPúblicas. São Paulo, v. 1, n. 1, p. 92-111, 2011.

HUGHES, C; GILLESPIE, I.A; O’BRIEN, S.J. Foodborne transmission of infectious

intestinal disease in England and Wales, 1992–2003. Rev. Food Control.v.18, n.7, p. 66-72,

2007.

LACERDA, A. L. L. Avaliação das condições ambientais e de segurança das cantinas da

Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2008.

MARCHI, D. M; BAGGIO, N; TEO, C. R. P. A; BUSATO, M. A. Ocorrência de surtos de

doenças transmitidas por alimentos no Município de Chapecó, Estado de Santa Catarina,

Brasil, no período de 1995 a 2007. Rev.Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 20, n. 3, set.

2011.

MATIAS, Ricardo Soares. O Controle de Pragas urbanas na Qualidade do alimento soluçar

uma Visão da Legislação federal. Rev.Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 27, supl. 1,

p. 93-98, ago.2007.

MAYRA, N.; SILVA, M. G.; BEZERRA, M. J; BEZERRA, M. Q. SANTOS, F. M.; SOUZA,

E. A. ARAÚJO, G. G.; SOUZA, G. V.; PORTO, L. C.; ARAÚJO, L. C.; FERNANDES, M.

A.; CANTALICE, J. C. L. L. Condições higiênico-sanitárias das unidades produtoras de

alimentos em hotéis do município de Caruaru, Pernambuco. Veredas: Revista Eletrônica de

Ciência, Caruaru, v. 7, n. 2, p.109-122, 2014.

MELLO, A. G; GAMA, M. P; MARI, V. A. Conhecimento dos manipuladores de alimentos

sobre boas práticas nos restaurantes públicos populares do Estado do Rio de Janeiro. Bras.J.

Food Technol. Campinas, v. 13, n. 1, p. 60-68, Jan./mar, 2010.

Page 39: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

33

MELLO, J. F.; SCHNEIDER, S.; LIMA, M. S.; FRAZZON, J; COSTA, M. Avaliação de

higiene e das boas práticas em UAN. Rev. Alim. Nutr.Braz. J. Food Nutr., v. 24, n.2, p.

175-182, abr./jun. 2013.

OLIVEIRA, A. B. A; PAULA, C. M. D; CAPALONGA, R; CARDOSO, M. R. I; TONDO,

E. C. Doenças Transmitidas por Alimentos, Principais Agentes Etiológicos e Aspectos gerais:

Uma revisão. Rev. HCPA. Porto Alegre, v. 30, n. 3, p. 279-295, 2010.

PASSOS, M. B. A.; VILAÇA, A. C. Avaliação das boas práticas em restaurantes do

município de Miranorte – TO. 2010

PINELLI, M. G. N.; COELHO, J. M.; SACCOL, A. L. F.; Comparação das boas práticas

entre restaurantes comerciais da região central e região sul da cidade de São Paulo (SP). Rev.

Univap, São José dos Campos, v. 35, n. 20, p.119-129, jul. 2014.

SACCOL, A. L. F.; STANGARLIN, L.; HECKTHEUER, L. H. Instrumentos de Apoio

Para Implantação das Boas Práticas Em Empresas Alimentícias. 1. ed. Rio de janeiro:

Rubio, 2013.

Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social. Disponível em:

<http://www.sethas.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=9940&ACT=null&PAG

E=0&PARM=null&LBL=Restaurante+Popular#sthash.WLjl9o2P.dpuf> Acesso em: 28. Nov.

2015.

Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social. Restauraante Popular.

Disponível em:

<http://www.sethas.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=9940&ACT=null&PAG

E=0&PARM=null&LBL=Restaurante+Popular> Acesso em: 01. Dez. 2016.

SILVA JR., E. A. Manual de controle higiênico-sanitário em serviços de alimentação. 7.

ed. São Paulo: Varela, 2014.

SILVA, G. C. B. Avaliação da Política de Segurança Alimentar através dos restaurantes

populares do Rio Grande do Norte. 2008.132 f. Dissertação (Mestrado em Administração

na área de gestão e políticas públicas)-Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),

Natal, 2008.

SILVA, G. C. B.; ARAUJO, M. A. D. Programa Restaurante Populares: uma política de

acesso aos alimentos?. In: BARBOSA, Alba de Oliveira et al. Gestão Pública no Rio

Grande do Norte: Experiências em Análise. Natal, RN: Edufrn, 2011. Cap. 9. p. 253-2271

SILVA, L. C. SANTOS, D. B.; SÃO JOSÉ, J. F. B.; SILVA, E. M. M. Boas práticas na

manipulação de alimentos em unidades de alimentação e nutrição. Demetra: alimentação,

nutrição & saúde, [s.l.], v. 10, n. 4, p.797-820, 17 dez. 2015. Universidade de Estado do Rio

de Janeiro. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.12957/demetra.2015.16721>.Acesso em: 18

out. 2016.

Page 40: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

34

SOUZA, Camila Valdejane Silva de. Conhecimento e Atitudes referentes à Segurança dos

Alimentos de Manipuladores em Restaurantes Populares do Rio Grande do Norte. 2017.

Dissertação - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, 2017

SOUZA, C. H.; SATHLER, J.; JORGE, M. N.; HORST, R. F. M. L. Avaliação das condições

higiênico sanitárias em uma unidade de alimentação e nutrição hoteleira, na cidade de

Timóteo-MG. Nutrir Gerais: Revista Digital de Nutrição, Itapetinga, v. 3, n. 4, p.312-329,

Fev/Jul. 2009.

WENDISCH, C. Avaliação da Qualidade de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN)

Hospitalares: construção de um instrumento. 2010. 136 p. Dissertação (Mestrado) - Curso de

Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2010.

Page 41: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

35

ANEXO

Anexo 1: Lista de verificação (Saccol) baseada na RDC – 216/2004 ANVISA.

LISTA DE AVALIAÇÃO PARA BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE

ALIMENTAÇÃO*

Nome completo do avaliador:

Data da avaliação:

Assinatura:

Identificação da empresa

1. Razão social:

2. Nome de fantasia:

3. Alvará/licença sanitária:

4. Inscrição estadual/municipal:

5. CNPJ/CPF:

6. Fone: 7. Fax:

8. E-mail:

9. Endereço (Rua/Av):

10. Nº 11. Compl.:

12. Bairro: 13. Município:

14. UF: 15. CEP:

16. Número de funcionários:

17. Horário de funcionamento:

18. Responsável legal/proprietário do estabelecimento:

*Fonte: SACCOL; STANGARLIN;HECKTHEUER, 2013.

Page 42: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

36

AVALIAÇÃO

Marque com um X a resposta de cada pergunta (AD = Adequado / IN = Inadequado)

(*) Na = Não se aplica

Em caso de inadequação (IN): descreva a não conformidade ao lado (Descrever a

Inadequação)

1. EDIFICAÇÕES, INSTALAÇÕES,

EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E

UTENSÍLIOS.

AVALIAÇÃO

Áreas Externas NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.1 Estão livres de objetos em desuso ou

estranhos ao ambiente?

1.2 Livres de presença de animais?

Áreas Internas NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.3 Estão livres de objetos em desuso ou

estranhos ao ambiente?

1.4 Livres de presença de animais?

Edificação e Instalações NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.5 São projetadas de modo a possibilitar um

fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as

etapas de preparação dos alimentos?

1.6 São projetadas para facilitar as operações de

manutenção, limpeza e, quando for o caso,

desinfecção?

1.7 O acesso às instalações é independente e não

comum a outros usos (ex: habitação)?

1.8 Existe controle do acesso de pessoal?

1.9 O dimensionamento é compatível com todas

as operações?

1.10 Existe separação entre as diferentes

atividades por meios físicos ou por outros meios

eficazes?

Page 43: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

37

1.11 As instalações são abastecidas de água

corrente?

1.12 As instalações dispõem de conexões com

rede de esgoto ou fossa séptica?

Instalações Físicas - Pisos NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.13 Têm revestimentos lisos, impermeáveis e

laváveis?

1.14 São mantidos íntegros, conservados, livres

de rachaduras, trincas, vazamentos, infiltrações,

bolores e descascamentos?

Instalações Físicas - Paredes NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.15 Têm revestimentos lisos, impermeáveis e

laváveis?

1.16 São mantidas íntegras, conservadas, livres de

rachaduras, trincas, vazamentos, infiltrações,

bolores e descascamentos?

Instalações Físicas – Tetos/Forros NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.17 Possuem revestimentos lisos, impermeáveis

e laváveis?

1.18 São mantidos íntegros, conservados, livres

de rachaduras, trincas, vazamentos, infiltrações,

bolores e descascamentos?

Portas NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.19 São mantidas ajustadas aos batentes (bem

fechadas/vedadas) e estão bem conservadas?

1.20 Na área de preparação e armazenamento,

dispõem de fechamento automático?

1.21 Na área de preparação e armazenamento, são

providas de telas milimetradas?

Janelas e Outras Aberturas (sistema de

exaustão) NA* AD IN

Descrever a

Inadequação

1.22 As janelas são mantidas ajustadas aos

batentes (bem fechadas/vedadas) e estão bem

conservadas?

Page 44: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

38

1.23 Na área de preparação e armazenamento, são

providas de telas milimetradas?

1.24 As telas são removíveis para facilitar a

limpeza periódica?

Ralos e Grelhas NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.25 Quando presentes, os ralos são sifonados?

1.26 Quando presentes, as grelhas têm dispositivo

de fechamento?

Caixa de Gordura e Esgoto NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.27 Sua dimensão é compatível ao volume de

resíduos?

1.28 Estão localizados fora da área de preparação

e armazenamento de alimentos?

1.29 Apresentam adequado estado de conservação

e de funcionamento?

Iluminação NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.30 A iluminação da área de preparação permite

adequada visualização?

1.31 As luminárias localizadas na área de

preparação são apropriadas e estão protegidas

contra explosão e quedas acidentais?

Ventilação NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.32 Garante a renovação do ar e a manutenção

do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós,

partículas em suspensão e condensação de

vapores?

1.33 O fluxo de ar está adequado, não incidindo

diretamente sobre os alimentos?

1.34 Os equipamentos e os filtros para

climatização estão bem conservados?

Page 45: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

39

1.35 Existe registro periódico da troca de filtros,

da limpeza e da manutenção dos componentes do

sistema de climatização (conforme legislação

específica)?

Instalações Elétricas NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.36 Estão embutidas ou protegidas em

tubulações externas?

1.37 São íntegras, permitindo a higienização dos

ambientes?

Instalações Sanitárias e Vestiários NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.38 Situam-se em local sem comunicação direta

com a área de preparação e armazenamento ou

com os refeitórios?

1.39 São mantidos organizados e em adequado

estado de conservação?

1.40 São providos de portas externas com

fechamento automático?

1.41 As instalações sanitárias dispõem de

lavatórios de mãos e os produtos destinados à

higiene pessoal (papel higiênico, sabonete líquido

inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro

e antisséptico, coletores com tampa e acionados

sem contato manual e toalhas de papel não

reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para

secagem das mãos)?

Lavatório na Área de Manipulação NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.42 Existe lavatório exclusivo para a higiene das

mãos na área de manipulação, em posições

estratégicas em relação ao fluxo de preparo?

1.43 Existem lavatórios em número suficiente

para atender toda a área de preparação?

1.44 Dispõem de: sabonete líquido inodoro e

antisséptico ou sabonete liquido inodoro e

produto antisséptico, toalhas de papel não

reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de

secagem das mãos, e coletor de papel acionado

sem contato manual?

Page 46: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

40

Equipamentos NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.45 Quando entram em contato com alimentos,

são de materiais que não transmitam substâncias

tóxicas, odores, nem sabores aos alimentos

(conforme legislação específica)?

1.46 São mantidos em adequado estado de

conservação e são resistentes à corrosão e a

repetidas operações de higienização?

1.47 Possuem as superfícies lisas, impermeáveis,

laváveis e isentas de rugosidades, frestas e outras

imperfeições?

1.48 São realizadas manutenções programadas e

periódicas, bem como o registro dessa operação?

1.49 É realizada a calibração dos instrumentos de

medição, bem como o registro dessa operação?

Utensílios NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.50 Os que entram em contato com alimentos

são de materiais que não transmitam substâncias

tóxicas, odores, nem sabores aos alimentos

(conforme legislação específica)?

1.51 São mantidos em adequado estado de

conservação e são resistentes à corrosão e a

repetidas operações de higienização?

1.52 Suas superfícies são lisas, impermeáveis,

laváveis e isentas de rugosidades, frestas e outras

imperfeições?

Móveis NA* AD IN Descrever a

Inadequação

1.53 Quando entram em contato com os alimentos

são de materiais que não transmitam substâncias

tóxicas, odores, nem sabores aos alimentos

(conforme legislação específica)?

1.54 São mantidos em adequado estado de

conservação e são resistentes à corrosão e a

repetidas operações de higienização?

1.55 Apresentam as superfícies lisas,

impermeáveis, laváveis e estão isentos de

rugosidades, frestas e outras imperfeições?

Page 47: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

41

2. HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES,

EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS AVALIAÇÃO

Áreas Externas NA* AD IN Descrever a

Inadequação

2.1 As instalações, os equipamentos, móveis e

utensílios são mantidos em condições higiênico-

sanitárias?

2.2 A frequência de higienização é adequada?

2.3 Há registro das higienizações quando não

forem de rotina?

2.4 A área de preparação é higienizada quantas

vezes forem necessárias e imediatamente após o

término do trabalho?

2.5 As caixas de gordura são periodicamente

limpas?

2.6 O descarte dos resíduos das caixas de gordura

é adequado (conforme legislação específica)?

2.7 As operações de higienização são realizadas

por funcionários comprovadamente capacitados?

2.8 Os funcionários responsáveis pela

higienização das instalações sanitárias utilizam

uniforme apropriado e diferenciado daquele

utilizado na manipulação de alimentos?

Produtos Saneantes (higiene ambiental, pessoal

e do alimento) NA* AD IN

Descrever a

Inadequação

2.9 São regularizados pelo Ministério da Saúde?

2.10 A diluição, o tempo de contato e o modo de

uso e/ou aplicação obedecem às instruções

recomendadas pelo fabricante?

2.11 São identificados e guardados em local

reservado?

2.12 São tomadas precauções para impedir a

contaminação dos alimentos por produtos

químicos?

Page 48: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

42

2.13 Os produtos utilizados nas áreas de preparo e

armazenamento são inodoros (sem odor)?

Utensílios e Equipamentos utilizados na

Higienização NA* AD IN

Descrever a

Inadequação

2.14 São próprios para atividade?

2.15 Estão conservados, limpos e disponíveis em

número suficiente?

2.16 São guardados em local reservado?

2.17 Os materiais utilizados da higienização de

instalações são diferentes daqueles usados para

higienização das partes dos equipamentos e

utensílios que entrem em contato com o alimento?

3. CONTROLE INTEGRADO DE VETORES

E PRAGAS URBANAS

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

3.1 A edificação, as instalações, os equipamentos,

os móveis e os utensílios são livres de vetores e

pragas urbanas?

3.2 Existe um conjunto de ações eficazes e

contínuas com o objetivo de impedir a atração, o

abrigo, o acesso e/ou proliferação de vetores e

pragas urbanas?

3.3 O controle químico é executado por empresa

especializada (conforme legislação específica)?

3.4 A empresa especializada utiliza produtos

regularizados pelo Ministério da Saúde?

3.5 A empresa especializada segue procedimentos

pré e pós-tratamento?

3.6 Os equipamentos e utensílios, antes de serem

reutilizados, são higienizados para remoção dos

resíduos de produtos químicos?

Page 49: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

43

4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

4.1 É utilizada somente água potável para

manipulação de alimentos?

4.2 Quando utilizada solução alternativa de

abastecimento de água, a potabilidade é atestada

semestralmente por laudos laboratoriais?

4.3 O reservatório é edificado e/ou revestido de

materiais que não comprometam a qualidade da

água (conforme legislação específica)?

4.4 O reservatório está devidamente tampado,

livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações e

descascamentos?

4.5 O reservatório está em adequado estado de

higiene e conservação?

4.6 O reservatório é higienizado a um intervalo

máximo de seis meses, e são mantidos registros

de operação?

4.7 O gelo utilizado em alimentos é fabricado

com água potável e é mantido em condição

higiênico-sanitária?

4.8 O vapor, quando utilizado em contato com

alimentos ou com superfícies que entrem em

contato com alimentos, é produzido com água

potável?

5. MANEJO DOS RESÍDUOS

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

5.1 Os coletores são identificados, íntegros, de

fáceis higienização e transporte?

5.2 Há coletores em número e capacidade

suficientes para conter os resíduos?

5.3 Os coletores das áreas de preparação e

armazenamento têm tampas acionadas sem

contato manual?

Page 50: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

44

5.4 Os resíduos são frequentemente retirados e

estocados em local fechado e isolado da área de

preparação e armazenamento?

6. MANIPULADORES

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

6.1 É realizado controle da saúde dos

manipuladores e este é registrado (conforme

legislação específica)?

6.2 Quando apresentam lesões e/ou sintomas de

enfermidades, são afastados da preparação?

6.3 Apresentam-se com uniforme compatível à

atividade, conservado e limpo?

6.4 O uniforme é trocado, no mínimo diariamente

e usado exclusivamente nas dependências internas

do estabelecimento?

6.5 As roupas e os objetos pessoais são guardados

em local específico e reservado para esse fim?

6.6 Lavam cuidadosamente as mãos antes de

manipular o alimento, após qualquer interrupção

do serviço, após usar os sanitários e sempre que

se fizer necessário?

6.7 São fixados cartazes de orientação sobre a

correta antissepsia das mãos e demais hábitos de

higiene, em locais de fácil visualização, inclusive

nas instalações sanitárias e nos lavatórios?

6.8 Não: fumam, falam quando desnecessário,

cantam, assobiam, espirram, cospem, tossem,

comem, manipulam dinheiro, falam no celular ou

praticam outros atos que possam contaminar o

alimento?

6.9 Apresentam-se de cabelos presos e protegidos,

não sendo permitido o uso de barba ou bigode?

6.10 As unhas são mantidas curtas, limpas e sem

esmalte ou base?

6.11 Antes da manipulação são retirados todos os

objetos de adorno pessoal e a maquiagem?

Page 51: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

45

6.12 Os manipuladores são supervisionados

periodicamente?

6.13 Os visitantes cumprem os requisitos de

higiene e de saúde estabelecidos para

manipuladores?

7. MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E

EMBALAGENS

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

7.1 Existem critérios para avaliação e seleção dos

fornecedores?

7.2 O transporte é realizado em condições

adequadas de higiene e conservação?

7.3 A recepção é realizada em área protegida e

limpa?

7.4 São submetidos a inspeção e aprovação na

recepção?

7.5 Só se recebem matérias-primas e ingredientes

com embalagem íntegra?

7.6 A temperatura das matérias-primas e dos

ingredientes é verificada na recepção e no

armazenamento (quando aplicável)?

7.7 Quando reprovados na recepção, são

imediatamente devolvidos ao fornecedor ou são

identificados, armazenados separadamente e é

determinado o seu destino final?

7.8 São armazenados em local limpo e

organizado?

7.9 São adequadamente acondicionados e

identificados?

7.10 A utilização respeita o prazo de validade ou

é observada a ordem de entrada das matérias-

primas e dos ingredientes?

7.11 São armazenados sobre paletes, estrados e/ou

prateleiras, respeitando-se o espaçamento mínimo

necessário?

Page 52: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

46

7.12 Os paletes, estrados e/ou prateleiras são de

material liso, resistente, impermeável e lavável?

7.13 São adotadas medidas para evitar que as

matérias-primas, os ingredientes e as embalagens

contaminem o alimento preparado?

8. PREPARAÇÃO DO ALIMENTO

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

8.1 As matérias-primas, os ingredientes e as

embalagens utilizados para preparação estão em

condições higiênico-sanitárias e são adequados às

atividades (conforme legislação específica)?

8.2 O número de funcionários, equipamentos,

móveis e/ou utensílios disponíveis é compatível

com a produção?

8.3 Evita-se contato direto ou indireto entre

alimentos crus, semi-prontos e prontos?

8.4 Os funcionários que manipulam alimentos

crus fazem a higiene das mãos antes de manusear

alimentos prontos?

8.5 Produtos perecíveis são expostos à

temperatura ambiente somente pelo tempo

mínimo necessário?

8.6 Quando as matérias-primas não forem

totalmente utilizadas, são adequadamente

acondicionadas e identificadas?

8.7 Limpam-se as embalagens primárias das

matérias-primas antes do preparo (quando

aplicável)?

8.8 O tratamento térmico assegura a qualidade

higiênico-sanitária dos alimentos (no mínimo

70ºC, em todo alimento ou combinações

adequadas de tempo e temperatura)?

8.9 São verificados o tempo e temperatura do

tratamento térmico e, quando aplicável, são

avaliadas as mudanças na textura e na cor na parte

central do alimento?

Page 53: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

47

8.10 Existem medidas que assegurem que o óleo e

a gordura utilizados em fritura não constituam

uma fonte de contaminação química para o

alimento preparado?

8.11 Óleos e gorduras são aquecidos a

temperaturas não superiores a 180ºC

8.12 Óleos e gorduras são prontamente

substituídos sempre que houver alterações das

características físico-químicas ou sensoriais?

8.13 Alimentos congelados são descongelados

antes do tratamento térmico ou seguem-se as

orientações constantes no rótulo do fabricante?

8.14 O descongelamento é feito em refrigeração à

temperatura inferior a 5ºC, em micro-ondas ou

conforme orientações constantes no rótulo do

fabricante?

8.15 Os alimentos submetidos ao

descongelamento são mantidos sob refrigeração

se não forem imediatamente utilizados, não

devendo ser congelados?

8.16 Alimentos preparados são conservados a

temperatura superior a 60°C no máximo por 6

horas?

8.17 Alimentos preparados conservados sob

refrigeração ou congelamento são previamente

submetidos ao processo de resfriamento?

8.18 No resfriamento, a temperatura do alimento

preparado é reduzida de 60°C a 10°C até 2 horas?

8.19 Após resfriamento, o alimento preparado é

conservado sob refrigeração a temperaturas

inferiores a 5°C, ou congelado a temperatura igual

ou inferior a -18°C?

8.20 O prazo máximo de consumo do alimento

preparado e conservado sob refrigeração

(temperaturas inferiores a 4°C) é de 5 dias?

8.21 Os alimentos preparados e armazenados sob

refrigeração ou congelamento são adequadamente

acondicionados e identificados?

Page 54: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

48

8.22 A temperatura de armazenamento do

alimento preparado é regularmente monitorada e

registrada?

8.23 Os alimentos consumidos crus são

submetidos a processo de higienização (quando

aplicável)?

8.24 Mantém-se documentado controle de

garantia da qualidade dos alimentos preparados?

9. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE

DO ALIMENTO PREPARADO

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

9.1 Alimentos preparados armazenados ou à

espera de transporte são identificados e

protegidos?

9.2 O armazenamento e transporte acorrem em

condições de tempo e temperatura adequados?

9.3 A temperatura do alimento preparado é

monitorada durante essas etapas?

9.4 Os meios de transporte são higienizados e

estão livres de vetores e pragas urbanas?

9.5 Os meios de transporte são dotados de

proteção para o alimento?

9.6 Os meios de transporte só transportam cargas

que não comprometam a qualidade do alimento

preparado?

10. EXPOSIÇÃO A CONSUMO DO

ALIMENTO PREPARADO

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

10.1 As áreas de exposição e de consumo são

mantidas organizadas e em adequadas condições

higiênico-sanitárias?

10.2 Os manipuladores realizam a antissepsia das

mãos e utilizam utensílios ou luvas descartáveis

(quando aplicável)?

Page 55: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

49

10.3 Os equipamentos, móveis e utensílios

disponíveis nessas áreas estão em número

suficiente e em adequado estado de conservação?

10.4 Os equipamentos de exposição de alimentos

estão em adequado estado de higiene e

funcionamento?

10.5 A temperatura dos equipamentos de

exposição é regularmente monitorada?

10.6 Os equipamentos dispõem de barreiras de

proteção que previnam a contaminação pelo

consumidor ou outras fontes?

10.7 Os utensílios na consumação são

descartáveis, ou são devidamente higienizados e

armazenados em local protegido?

10.8 Os ornamentos e plantas da área de

consumação não constituem fonte de

contaminação?

10.9 A área de recebimento de dinheiro, cartões e

outros meios utilizados para pagamento de

despesas é reservada?

10.10 Os funcionários responsáveis pelos

pagamentos são orientados a não manipular

alimentos preparados, embalados ou não?

11. DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO

AVALIAÇÃO

NA* AD IN Descrever a

Inadequação

11.1 Dispõem de Manual de Boas Práticas e de

Procedimentos Operacionais Padronizados

(POP)?

11.2 Esses documentos estão acessíveis aos

funcionários e à autoridade sanitária, quando

requeridos?

11.3 Os registros são mantidos por no mínimo 30

dias contados a partir da data de preparação dos

alimentos?

POP - Higienização de Instalações,

Equipamentos e Móveis NA* AD IN

Descrever a

Inadequação

11.4 Está implementada, ou seja, os

procedimentos descritos estão sendo cumpridos?

Page 56: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

50

11.5 Contém as instruções sequenciais das

operações e a frequência de execução,

especificando o nome, o cargo e/ou a função dos

responsáveis pelas atividades?

11.6 Contém as seguintes informações: natureza

da superfície, método, princípio ativo e

concentração, tempo de contato, temperatura e

desmonte dos equipamentos (quando aplicável)?

11.7 Os POP estão aprovados, datados e

assinados pelo responsável?

POP - Controle Integrado de Vetores e Pragas

Urbanas NA* AD IN

Descrever a

Inadequação

11.8 Está implementado, ou seja, os

procedimentos descritos estão sendo cumpridos?

11.9 Contém as instruções sequenciais das

operações e a frequência de execução,

especificando o nome, o cargo e/ou a função dos

responsáveis pelas atividades?

11.10 Contempla as medidas preventivas e

corretivas para impedir a atração, o abrigo, o

acesso e/ou proliferação de vetores e pragas

urbanas?

11.11 Quando é utilizado controle químico,

apresenta comprovante da execução do serviço

fornecido pela empresa especializada contratada

(conforme legislação específica)?

11.12 Os POP estão aprovados, datados e

assinados pelo responsável?

POP - Higienização do reservatório NA* AD IN Descrever a

Inadequação

11.13 Está implementada, ou seja, os

procedimentos descritos estão sendo cumpridos?

11.14 Contém as instruções sequenciais das

operações e a frequência de execução,

especificando o nome, o cargo e/ou a função dos

responsáveis pelas atividades?

Page 57: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

51

11.15 Contêm as seguintes informações: natureza

da superfície, método, princípio ativo e

concentração, tempo de contato, temperatura e

desmonte dos equipamentos (quando aplicável)?

11.16 Quando realizada por empresa terceirizada,

apresenta o certificado de execução do serviço?

11.17 Os POP estão aprovados, datados e

assinados pelo responsável?

POP - Higiene e saúde dos manipuladores NA* AD IN Descrever a

Inadequação

11.18 Estão implementadas, ou seja, os

procedimentos descritos estão sendo cumpridos?

11.19 Contêm as instruções sequenciais das

operações e a frequência de execução,

especificando o nome, o cargo e/ou a função dos

responsáveis pelas atividades?

11.20 Contemplam as etapas, a frequência e os

princípios ativos usados na antissepsia das mãos

dos manipuladores?

11.21 Contemplam as medidas adotadas em caso

de lesão nas mãos, sintomas de enfermidade ou

suspeita de problema de saúde?

11.22 Especificam os exames que os

manipuladores são submetidos, bem como a

periodicidade de sua execução?

11.23 Descreve o programa de capacitação em

higiene, com a carga horária, o conteúdo

programático, a frequência de realização e a

forma de arquivar os registros?

11.24 Os POP estão aprovados, datados e

assinados pelo responsável?

12. RESPONSABILIDADE AVALIAÇÃO

Responsável pelas Atividades de Manipulação NA* AD IN Descrever a

Inadequação

Page 58: AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO- SANITÁRIAS DE

52

12.1 O responsável pelas atividades de

manipulação dos alimentos é o proprietário ou um

funcionário designado, devidamente capacitado,

sem prejuízo dos casos em que há previsão legal

para responsabilidade?

12.2 São capacitados periodicamente em: higiene

pessoal, contaminantes alimentares; doenças

transmitidas por alimentos; manipulação higiênica

dos alimentos e Boas Práticas?

12.3 A capacitação é comprovada mediante

documentação?

CONSIDERAÇÕES FINAIS

CLASSIFICAÇÃO DO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO

( ) Muito boa: 91% a 100% de adequação dos requisitos

( ) Boa: 70% a 90% de adequação dos requisitos

( ) Regular: 50% a 69% de adequação dos requisitos

( ) Ruim: 20% a 49% de adequação dos requisitos

( ) Muito ruim: 0% a 19% de adequação dos requisitos