concurso - técnico em segurança

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GILMAR LUCIANO SANTOS ESCOLTA VIP BELO HORIZONTE/2012

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Apostila para concursos.

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  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    ESCOLTA VIP

    BELO HORIZONTE/2012

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    ESCOLTA VIP

    Primeira Edio - Janeiro de 2012

    Esta obra est inteiramente disponvel em: www.professorgilmarluciano.com

    Todos os direitos reservados

    TEXTO:

    Gilmar Luciano Santos

    PRODUO EDITORIAL:

    Thassa Lacerda

    Francis Bossaert

    Gilmar Luciano Santos

    EDITORAO GRFICA:

    Probabilis Assessoria LTDA.

    COLABAORAO E VENDAS:

    Centro de Oratria Gilmar Luciano

    IMPRESSO:

    Formato Artes Grficas

    APOIO:

    Diplomata Livros

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    CAPTULO I .......... Erro! Indicador no

    definido.

    GENERALIDADES 1. INTRODUO ........................................................................................................................... 10

    2. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 10

    3. QUALIDADE DO PRODUTO E QUALIDADE DO SERVIO ............................................. 11

    4. CULTURA E POLTICA DE SEGURANA .......................................................................... 12

    5. SISTEMA DE SEGURANA .................................................................................................... 13

    6. SEGURANA PESSOAL .......................................................................................................... 14

    7. POSTURA E VESTIMENTA DO PROFISSIONAL DE SEGURANA................................ 15

    8. PODER DE CONVENCIMENTO ............................................................................................ 16

    9. QUALIDADE COMPORTAMENTAL, EQUILBRIO E INTELIGNCIA EMOCIONAL

    17

    10. ADMINISTRAO DE CONFLITOS E PROBLEMAS ......................................................... 17

    11. PROFISSIONALISMO DO AGENTE DE SEGURANA ....................................................... 18

    12. CONHECIMENTO TCNICO-PROFISSIONAL E TREINAMENTO ................................ 20

    CAPTULO II ....................................................................................................................................... 22

    CONCEITUAO BSICA ............... 22 1. DIGNITRIO/AUTORIDADE ................................................................................................... 22

    2. PROTEO DE VIP SEGURANA PESSOAL ................................................................... 22

    3. DISPOSITIVO DE SEGURANA (DS) ..................................................................................... 22

    4. ESQUEMA DE SEGURANA (ES) ........................................................................................... 23

    5. ORGANIZADOR LOCAL (OL) ................................................................................................. 23

    6. PROGRAMA TENTATIVA ........................................................................................................ 23

    7. SERVIO DE SEGURANA ...................................................................................................... 23 7.1 Importncia do VIP ................................................................................................................................... 23

    7.2 Comportamento do VIP ............................................................................................................................. 23

    7.3 Conjuntura atual ........................................................................................................................................ 23

    8. SEGURANA DE VIPs ............................................................................................................... 23 8.1 Classificao .............................................................................................................................................. 23

    8.2 Quanto modalidade ................................................................................................................................. 24

    8.3 Tipos .......................................................................................................................................................... 24

    8.4 Forma de atuao: ..................................................................................................................................... 25

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    8.5 CAUSAS DOS ATENTADOS ................................................................................................................. 25

    CAPTLO III ........................................ 26

    CLASSIFICAO DE SEGURANA

    DE VIP ................................................. 26 1. SEGURANA DE PESSOAL ...................................................................................................... 26

    2. SEGURANA DE CORRESPONDNCIA ............................................................................... 26

    3. SEGURANA DAS COMUNICAES .................................................................................... 26

    4. SEGURANA DE MATERIAL .................................................................................................. 27

    5. SEGURANA DAS INSTALAES ......................................................................................... 27 5.1 Fatores a serem neutralizados: ................................................................................................................... 27

    5.2 Fatores que afetam a segurana das instalaes: ....................................................................................... 27

    5.3 Medidas de Proteo ................................................................................................................................. 28

    6. SEGURANA NOS DESLOCAMENTOS ................................................................................. 28 6.1 Tipos: ......................................................................................................................................................... 28

    6.2 Classificao .............................................................................................................................................. 29

    6.3 Medidas de segurana nos deslocamentos: ............................................................................................... 29

    7. SEGURANA NOS ITINERRIOS .......................................................................................... 30 7.1 Classificao .............................................................................................................................................. 30

    8. PLANEJAMENTO ESTRATGICO ......................................................................................... 31

    9. SEGURANA MDICA .............................................................................................................. 31

    10. SEGURANA DE BAGAGEM ................................................................................................... 32

    11. SEGURANA DA ALIMENTAO ......................................................................................... 32

    CAPTULO IV .................................... 33

    ESCOLTAS .......................................... 33 1. FINALIDADE ............................................................................................................................... 33

    2. ESCOLTA A P ............................................................................................................................ 33 2.1 Composio ............................................................................................................................................... 33

    2.2 Formaes bsicas ..................................................................................................................................... 33

    2.3 Regras bsicas de proteo individual ....................................................................................................... 36

    2.4 Equipamento individual dos AS ............................................................................................................ 36

    3. ESCOLTA MOTORIZADA ........................................................................................................ 36 3.1 Composio ............................................................................................................................................... 36

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    3.2 Comboio .................................................................................................................................................... 38

    3.3 Normas de utilizao das viaturas ............................................................................................................. 41

    3.4 Equipamento da viatura ............................................................................................................................. 41

    3.5 Situaes a serem evitadas pelo motorista do VIP .................................................................................... 41

    CAPTULO V ....................................... 42

    ATAQUES AO VIP / ATUAO ....... 42 1. REGRAS BSICAS .................................................................................................................... 42

    1.1 Ataques em deslocamento a p .................................................................................................................. 42

    1.2 Ataques em deslocamento motorizado ...................................................................................................... 42

    1.3 Informaes sobre o alvo: ......................................................................................................................... 43

    1.4 Reconhecimento: ....................................................................................................................................... 43

    1.5 Planejamento: ............................................................................................................................................ 43

    1.6 Surpresa, Rapidez e Violncia: .................................................................................................................. 43

    1.7 Coordenao e Controle: ........................................................................................................................... 43

    1.8 Mecanismo de Fuga: ................................................................................................................................. 43

    1.9 Aproveitamento de Obstculos: ................................................................................................................ 43

    2 TIPOS DE EMBOSCADAS ....................................................................................................... 44 2.1 Emboscada Urbana: ...................................................................................................................................... 44

    2.2 Emboscada Rural: ......................................................................................................................................... 44

    3 CARACTERSTICAS ................................................................................................................. 44 3.1 Urbana: ...................................................................................................................................................... 44

    3.2 Rural .......................................................................................................................................................... 44

    4 ASPECTOS GERAIS .................................................................................................................. 45

    5 FORMAS DE EMBOSCADA .................................................................................................... 45

    6 CONDUTA NAS DIVERSAS SITUAES: ......................................................................... 45 6.1 Ataque sem bloqueio: ................................................................................................................................ 45

    6.2 Ataque com bloqueio parcial frente ........................................................................................................ 46

    6.3 Ataque com bloqueio total frente ........................................................................................................... 46

    6.4 Ataque com bloqueio frente e retaguarda ............................................................................................ 46

    6.5 Emboscadas Duplas ................................................................................................................................... 47

    6.6 Procedimentos bsicos .............................................................................................................................. 47

    6.7 No caso especfico das AES CONTRA EMBOSCADAS, podemos citar: .......................................... 47

    6.8 Recomendaes aos Motoristas ................................................................................................................. 47

    7 CONCLUSO .............................................................................................................................. 48

    CAPTULO VI ........ Erro! Indicador no

    definido.

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    PLANEJAMENTO DO APOIO DO

    POLICIAMENTO OSTENSIVO ... Erro!

    Indicador no definido. 1. PLANEJAMENTO ............................................................................ Erro! Indicador no definido.

    1.1 Reconhecimento ......................................................................................... Erro! Indicador no definido.

    1.2 Estudo de situao ...................................................................................... Erro! Indicador no definido.

    2. EXECUO ....................................................................................... Erro! Indicador no definido.

    CAPTULO VII .................................... 49

    PLANEJAMENTO DE PROTEO

    DE VIPs ................................................ 49 1. INTRODUO ............................................................................................................................. 49

    2. ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PLANEJAMENTO ............................................................. 49 2.1 Programa Oficial ....................................................................................................................................... 49

    2.2 A pessoa do VIP ........................................................................................................................................ 49

    2.3 Riscos ........................................................................................................................................................ 49

    2.4 Locais de Aparies em Pblico e Deslocamentos ................................................................................... 49

    2.5 Meios disponveis ...................................................................................................................................... 49

    3. PLANO DE PROTEO DE AUTORIDADES ........................................................................ 50 3.1 Definio ................................................................................................................................................... 50

    4. CONCLUSO ............................................................................................................................... 50

    CAPTULO VIII .................................. 51

    SEGURANA FSICA DAS INSTALAES .................................. 51

    1. INTRODUO ............................................................................................................................. 51

    2. FATORES DE INFLUNCIA NO NVEL DE SEGURANA ................................................ 51 2.1 rea do Imvel (dimenses) ..................................................................................................................... 51

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    2.2 Localizao do Imvel ........................................................................................................................... 51 2.3 Tipos de Imveis ..................................................................................................................................... 52 2.4 Densidade Populacional da rea .......................................................................................................... 53 2.5 Estabilidade Emocional e Poltica da Populao ................................................................................ 53 2.6 Nvel de Eficincia da Polcia e rgos de Segurana da rea........................................................ 53 2.7 Vias de Acesso da rea.......................................................................................................................... 53 2.8 Situao quanto a Pontos Dominantes ................................................................................................ 54 2.9 Condies Meteorolgicas Predominantes ......................................................................................... 54 2.10 Definio e Limites ............................................................................................................................ 54 2.11 Assistncia Mdico-Hospitalar ........................................................................................................ 54 2.12 Sistema de gua e Esgoto................................................................................................................. 54 2.13 Sistema de Comunicaes ................................................................................................................ 54 2.14 Sistema de Iluminao ...................................................................................................................... 54 2.15 Sistema de Barreiras .......................................................................................................................... 55

    3. PLANO DE SEGURANA DE RESIDNCIAS E ESCRITRIOS ....................................... 55 3.1 Planta Geral e de localizao do Imvel ................................................................................................... 55

    3.2 Concluso .................................................................................................................................................. 60

    4. PROVIDNCIAS BSICAS DA EQUIPE AVANADA EM EVENTOS NA RMBH ......... 60

    5. PROVIDNCIAS BSICAS EM LOCAIS EXTERNOS (RMBH E INTERIOR) ................ 61 5.1 Aeroporto .................................................................................................................................................. 61

    5.2 Recinto fechado ......................................................................................................................................... 62

    5.3 Coquetel, jantar, almoo, recepo ............................................................................................................ 62

    5.4 Uso de Garagem ........................................................................................................................................ 62

    5.5 Uso de Elevadores ..................................................................................................................................... 62

    5.6 Inauguraes ao ar Livre ........................................................................................................................... 63

    5.7 Feiras exposies, passeios tursticos ........................................................................................................ 63

    5.8 Palanque .................................................................................................................................................... 63

    5.9 Cooper ....................................................................................................................................................... 63

    6. PROVIDNCIAS PARA VIAGENS AO INTERIOR DO ESTADO ...................................... 63 6.1 Providncia iniciais ................................................................................................................................... 63

    6.2 Providncias na cidade do evento .............................................................................................................. 64

    6.3 Hospedagem do Governador e Comitiva ................................................................................................... 67

    7 PROVIDNCIAS BSICAS EM VIAGENS A OUTROS ESTADOS .................................... 67

    8 PROCEDIMENTOS BSICOS PARA EVENTOS EM ESTDIOS ...................................... 68 8.1 Providncias preliminares ......................................................................................................................... 68

    8.2 Providncias no dia do evento ................................................................................................................... 68

    8.3 Providncias em caso de emergncias: ...................................................................................................... 70

    CAPTULO IX ..................................... 71

    VARREDURA ...................................... 71

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    1. CONCEITO ................................................................................................................................... 71

    2. REQUISITOS DO INSPETOR ................................................................................................... 71 2.1 Cultura Geral. ............................................................................................................................................ 71

    2.2 Conhecimentos especficos. ...................................................................................................................... 72

    3. EQUIPES DE VARREDURA ...................................................................................................... 72

    4. DIVISO DO AMBIENTE .......................................................................................................... 72

    5. O QUE PROCURAR .................................................................................................................... 73

    6. ONDE PROCURAR ..................................................................................................................... 74

    7. COMO PROCURAR .................................................................................................................... 74

    8. INDCIOS ...................................................................................................................................... 75

    9. O ACHADO ................................................................................................................................... 75

    10. SIGILO .......................................................................................................................................... 76

    11. EQUIPAMENTOS ........................................................................................................................ 76

    12. CONCLUSO ............................................................................................................................... 76

    13. OBSERVAO............................................................................................................................. 76

    CAPTULO X ...................................... 77

    BOMBAS E EXPLOSIVOS ................ 77 1. CONCEITOS ................................................................................................................................. 77

    2. EFEITOS IMEDIATOS DA EXPLOSO DE UMA BOMBA ................................................ 77

    3. SENSIBILIDADE ......................................................................................................................... 77

    4. CLASSIFICAO ........................................................................................................................ 77

    5 CARACTERSTICAS GERAIS DOS EXPLOSIVOS: ............................................................. 77

    6 DETONADORES .......................................................................................................................... 79 6.1 Cpsulas explosivas no eltricas .............................................................................................................. 79

    6.2 Cpsulas explosivas eltricas .................................................................................................................... 79

    6.3 Regras de Segurana no Manuseio de Detonadores .................................................................................. 79

    7 BOMBAS POSTAIS ..................................................................................................................... 80 7.1 Ponto de origem ........................................................................................................................................ 80

    7.2 Escrita do remetente .................................................................................................................................. 80

    7.3 Objetos soltos ............................................................................................................................................ 80

    7.4 Peso ........................................................................................................................................................... 80

    7.5 Flexibilidade .............................................................................................................................................. 80

    7.6 Fio ou arame aparente ............................................................................................................................... 80

    7.7 Orifcio ...................................................................................................................................................... 80

    7.8 Marcas de gordura ou graxa no envelope (ou umidade) ............................................................................ 80

    7.9 Odor ........................................................................................................................................................... 81

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    7.10 Rigidez ...................................................................................................................................................... 81

    7.11 Espessura ................................................................................................................................................... 81

    7.12 Envelope interno ....................................................................................................................................... 81

    7.13 Formato ..................................................................................................................................................... 81

    7.14 Selos e lacres alterados ou violados .......................................................................................................... 81

    7.15 Emisso de sons ........................................................................................................................................ 81

    8 FORMAS DE ACIONAMENTO ................................................................................................. 81

    9 MEIOS DE DETECO ............................................................................................................. 81

    10 MECANISMOS DE BOMBAS E EXPLOSIVOS ...................................................................... 82 10.1 Presso: ..................................................................................................................................................... 82

    10.2 Descompresso: ......................................................................................................................................... 82

    10.3 Tenso: ...................................................................................................................................................... 82

    10.4 Trao: ....................................................................................................................................................... 82

    10.5 Tempo ou retardo: ..................................................................................................................................... 82

    10.6 Eltrico: ..................................................................................................................................................... 82

    11 INDCIOS DE EXISTNCIA DE BOMBAS ............................................................................. 82 11.1 Em instalaes e reas ............................................................................................................................... 82

    12 SEGURANA E REVISTA DE AUTOMVEIS ...................................................................... 83 12.1 Revista Preliminar: .................................................................................................................................... 83

    12.2 Revista completa: ...................................................................................................................................... 83

    12.3 Material necessrio .................................................................................................................................... 83

    12.4 Procedimento do Agente ........................................................................................................................... 83

    12.5 Procedimento do Chefe da equipe de segurana ....................................................................................... 83

    13 MEDIDAS A SEREM ADOTADAS EM VARREDURAS DE REAS E INSTALAES . 84 13.1 As tcnicas para se proceder a uma varredura ........................................................................................... 84

    CAPTULO XI ..................................... 85

    DIREO DEFENSIVA E OFENSIVA

    ............................................................... 85 1. DIREO DEFENSIVA .............................................................................................................. 85

    2. FONTES DE PERIGO ................................................................................................................. 87 2.1 Regras gerais de utilizao de viaturas ...................................................................................................... 87

    2.2 Deslocamentos prvios pelos itinerrios escolhidos (reconhecimento):.................................................... 87

    2.3 Cobertura do carro do dignitrio: .............................................................................................................. 87

    2.4 Relao ideal de equipamentos para viatura. ............................................................................................. 87

    3. DIREO OFENSIVA ................................................................................................................ 88 3.1 Cavalo-de-Pau de frente ............................................................................................................................ 88

    3.2 Cavalo-de-pau de r................................................................................................................................... 88

    4. AQUAPLANAGEM OU HIDROPLANAGEM ......................................................................... 89

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    CAPTULO I

    1. INTRODUO Os profissionais de segurana privada esto preparados para atuar com plena segurana e motivados a enfrentar com sucesso as ameaas existentes, ou at mesmo realizar suas tarefas com qualidade? Nosso objetivo repassar conhecimentos bsicos de segurana de modo que o agente possa adotar com suas as metas da organizao onde trabalha, administrando o seu tempo, organizando-se com mais eficcia e assim, atravs do conhecimento adquirido, no venha a criar conflitos e problemas, venha a administr-los e solucion-los. A conscientizao profissional, aliada qualidade comportamental e ao equilbrio emocional, aumentar a credibilidade do profissional de segurana. A principal misso de um profissional de segurana privada a de administrar conflitos e problemas. A iniciativa, o bom-senso e o discernimento so qualidades imprescindveis queles que trabalham em segurana. A fase dos lees-de-chcara cosia do passado e, aqueles que resistem a esse profissional e no aceita as mudanas, estar certamente fadado ao fracasso. Outro aspecto que devemos estar sempre pensando em preveno, pois, como sabemos, atitudes preventivas representam segurana. Em segurana privada, se no estivermos atentos s conseqncias de uma simples atitude, ao ou resposta, poderemos ser os responsveis por prejuzos incalculveis, sejam materiais como morais. Segurana sinnimo de preveno. 2. OBJETIVOS 2.1 Padronizao das Linguagens e comportamentos, como ocorre em todo o Brasil, face s aes conjuntas dos Servios de Segurana. 2.2 Permitir o conhecimento de tcnicas pouco difundidas, ms vitais na execuo da atividade de segurana VIP.

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    3. QUALIDADE DO PRODUTO E QUALIDADE DO SERVIO Antes de falarmos a respeito de qualidade, temos que ter a viso de estar constantemente pesquisando, testando e reformulando os nossos produtos e servios, sempre com um objetivo em mente: fornecer autoridade atendida/protegida o que ela precisa para se sentir segura e apoiada. Proporcionar qualidade como a autoridade define, significa compreender plenamente ambas as dimenses da qualidade: qualidade do produto e qualidade do servio. Se a qualidade do produto a parte de O que voc obtm da experincia da

    autoridade, a qualidade do servio a parte de Como voc o obtm. Conseqentemente, percebemos que a qualidade do produto algo tangvel, enquanto que a qualidade do servio classificada como algo intangvel. Tendo em vista essas questes, percebemos que a administrao de um servio de apoio e segurana a uma autoridade exige um comprometimento e um trabalho bem mais imaginativo de forma a compreender que a qualidade do servio pode se transformar numa arma altamente efetiva e a favor daqueles que o executam. Um melhor resultado, ou seja, um resultado mais efetivo de nossas aes, depende, preliminarmente, da combinao da qualidade do produto oferecido com a qualidade do nosso servio e, certamente, podemos afirmar que, se temos qualidade no nosso servio, seja pelo zelo, educao, ateno s tarefas, etc garantiro um produto de qualidade. Lembrando-se sempre que o sucesso de uma organizao no garantir a boa qualidade de uma prestao de servio e seus produtos, pois muito se deve tambm mudana de gostos, cenrios poltico-social-econmico, etc. Assim, temos que ter sempre em mente o seguinte:

    Crie uma viso que preserve sempre a autoridade: tenha uma viso clara sobre a sua posio na estrutura e sobre o que tem que ser feito, sem comprometer a autoridade. Lembre-se que voc est empenhado em uma misso de fundamental importncia para a Instituio a qual representa.

    Desvencilhe-se da burocracia: as organizaes que desenvolvem objetivos bem definidos e amplamente compartilhados despertam as suas sonolentas burocracias e comeam realmente a servir bem a seus clientes.

    Aprenda com os vitoriosos: aqueles que estudam os vitoriosos e vejam seus exemplos, tanto os que deram certo e os que falharam, estaro fortalecendo o seu compromisso em servir s autoridades com as quais trabalham e, certamente, aprendero tcnicas que ajudaro a descobrir e eliminar causas de insatisfaes dos clientes.

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    Esteja sempre se medindo: Nas organizaes em processo acelerado de melhoria, as pessoas medem quase tudo que possa lhes informar seu desempenho, contribuindo, assim, para a efetividade de suas aes. Deve-se analizar-se no somente em relao ao seu desempenho em aes passadas, mas tambm ao desejo da autoridade e em relao de quem esteja realizando melhor uma tarefa semelhante.

    Faa o que voc diz: lidere sempre pelo exemplo. 4. CULTURA E POLTICA DE SEGURANA Conte-me e eu vou esquecer. Mostre-me e eu vou me lembrar. Envolva-me e eu vou entender.

    (Confcio)

    necessrio delimitar alguns conceitos, buscar sua fonte e significado para que possamos, muitas vezes, fazer o entendimento de algo e oper-lo de forma mais efetiva. Muito se tem falado de uma cultura de segurana, meio pelo qual busca-se na organizao a aceitao e o entendimento de uma realidade. Devemos entender que uma cultura de segurana, no um produto acabado que podemos simplesmente aplica-lo, ou seja, estamos diante do desgio de criar, mudar, enfatizar e reforar comportamentos e prticas em seres humanos e que compreende processos de aceitao e de rejeio, calcados na personalidade, na ideologia e as escolhas individuais de cada um, onde interferncias estruturais ou conjunturais do mundo agem ininterruptamente. A segurana precisa estruturar e trabalhar visando buscar uma gesto adequada aos seus propsitos, a partir do reconhecimento do ambiente onde se insere e atua. Estabelecer uma cultura de segurana exige o desprendimento do gestor, o entendimento de todas as nuanas e variveis que interferem no assunto, em especial, o entendimento das diferenas que formam o coletivo. Afinal, para que serve ? Para estabelecermos uma poltica de segurana eficaz, efetiva e eficiente, devemos levar em conta essas anlises ambientais e trabalhar com modelos adequados de sensibilizao, reconhecimento e aceite. Fatores transversais como a tica, as relaes sociais, a economia, a administrao devem ser agregados ao propsito de tornar coletivo o interesse pela segurana. O conceito preventivo, o qual veremos em diversos momentos nesse manual, deve sr

    buscado em seus desdobramentos que agrupam o planejamento da segurana, a anlise de riscos e o gerenciamento de riscos.

  • GILMAR LUCIANO SANTOS

    Em uma poca que os riscos ampliam-se, importante que se busque estabelecer uma poltica de segurana, calcada na cultura do comprometimento individual e coletivo, ou seja, preciso gerar e cultivar a cultura de segurana para que a poltica de segurana funcione. 5. SISTEMA DE SEGURANA A melhor vitria aquela obtida sem a necessidade de combater

    (Sun Tzu)

    A segurana fundamenta-se essencialmente na instituio de sistemas de segurana integrado (recursos humanos e tecnologia), com o escopo de inibir e impedir a ocorrncia de evento crtico. A operao baseia-se na preveno, na ao anteriormente planejada e preparada, capaz de dar uma resposta adequada ao nvel de ameaa particularmente com as justificativas tcnicas embasadas em anlise de risco, perdas potenciais que podero ocorrer, a credibilidade da estrutura de segurana e as medidas que elevam o nvel desta segurana. Preveno que se estrutura com vistas provvel represso, ou seja, reagir a impedir a consumao da ao, quando, no tendo sido evitada ou dissimulada, estiver em fase de consumao. Preveno sempre e represso quando necessrias, so fases distintas e interdependentes. Quanto mais um sistema de segurana tiver condies e reagir, menos necessidade ter de faze-lo, eis que a simples ao preventiva, que a antecede, por si s inibidora. O sistema de segurana deve ter a finalidade de garantir a integridade de terceiros e o patrimnio, o que exige particularmente condies de garantir a segurana dos integrantes do prprio sistema. O exerccio da segurana exige por parte de seus integrantes e partcipes a plena conscientizao da necessidade de uma doutrina de segurana e risco, de um ambiente mais organizado e de ferramentas adequadas. Nesse contexto, desde o responsvel pela sua prpria segurana, quanto os agentes responsveis pela segurana, tem o dever de conhecer e avaliar os riscos provveis que o cercam, a fim de evit-los, de preveni-los e de inibi-los. Cabe, portanto, primordialmente a cada envolvido no processo, estar devidamente motivado e preparado para cumprir o seu papel de forma pontual e determinante.

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    Exercer esta capacitao gerenciadora de riscos nada mais do que cumprir com o dever elementar de garantir a vida e preservar o patrimnio. 6. SEGURANA PESSOAL A Segurana pessoal tem adquirido status de especialidade com o uso de tcnicas apuradas de proteo a executivos, artistas e polticos. A figura de um brutamontes, com aparncia truculenta, arma mostra e atitude

    agressiva, que correspondiam imagem de um profissional da rea de segurana, foi superada. O profissional de segurana de hoje deve estar integrado aos modernos conceitos da atividade, treinado, atualizado, preparado fsica e intelectualmente, dispor de meios para cumprir sua tarefa e dedicar-se integralmente a ela. Um princpio bsico da segurana pessoal a preservao da integridade fsica da pessoa resguardada. Entre as situaes a serem evitadas esto as acidentais ou as intencionais, esto desde as tentativas de seqestros s ocasies embaraosas que possam afetar a imagem da autoridade protegida. Um dos objetivos finais da segurana o de permitir a pessoa protegida para que ela possa realizar suas atividades com a tranqilidade necessria. Podemos, ainda, distinguir outros dois tipos de segurana: proteo executiva e escolta. No caso da escolta, os veculos utilizados tm de ser compatveis com o carro do protegido e devem possuir quatro portas. A comunicao um fator primordial e podem ser utilizados rdios ou aparelhos celulares. A logstica item importante para a escolta, fatores como manuteno, limpeza, documentao, abastecimento, armas e munies so essenciais para a boa operao. J a proteo executiva envolve planejamento e inteligncia. Deve ser feito um estudo prvio da vida do cliente para que possa haver a preparao para eventuais ocorrncias. O projeto elaborado inclui segurana monitorada, viagens, automveis, sistema de comunicaes e fatores de exposio do protegido. Algumas atitudes so fundamentais: observar, identificar, analisar e reagir so posturas indispensveis para o profissional. Nosso principal instrumento de trabalho so os olhos e para cada cenrio existe uma tcnica diferente de atuao. Quando da elaborao de um plano de segurana, alguns pontos devem ser observados, tais como: seu poder aquisitivo, o grau de visibilidade e a probabilidade de ser seqestrado, pois existem pessoas com alta visibilidade, mas com pouco risco de serem

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    seqestradas e outras com baixa visibilidade, porm altamente seqestrveis. Alm o seqestro, crime tpico dos grandes centros, elementos como religio, sistema governamental, conflitos internos e externos pem ser fatores de criminalidade e influenciam fortemente o projeto a ser elaborado. A permanncia de um rgido esquema de segurana tambm esbarra na, maioria das vezes, na quebra da intimidade familiar. Assim, verificamos que existe a doutrina, a realidade e a demanda pela segurana, para as quais podemos definir, conforme esquema abaixo, o grau de risco existente: O sigilo das atividades desenvolvidas pela pessoa protegida deve ser mantido e preservado, a fim de que se preserve sua imagem e ainda contra chantagens, extorses e espionagens. Devendo, se necessrio, a adoo de termo de responsabilidade em caso de divulgao e informaes. A preveno a principal arma da segurana e nela est inclusa a tcnica de ocultamento, que consiste em negar o acesso de informaes pelos seus antagonistas da gora e local em que a pessoa protegida se encontrar. A equipe de escolta responsvel pelo embarque e desembarque do protegido, juntando-se, posteriormente com a equipe de segurana para a proteo propriamente dita. O servio de proteo a uma determinada pessoa dinmico, no pode ser estabelecido em rotinas e nem ser metdico, devendo o agente de segurana encarar as mudanas como crescimento pessoal e profissional, no se deixando contaminar pelo vrus da apatia e desleixo. Deve, ainda, ter comedimento em suas aes, ter austeridade, ser discreto e manter reserva na aes, ser uma pessoa sem vaidade e traja-se condizentemente com a funo a que exerce 7. POSTURA E VESTIMENTA DO PROFISSIONAL DE SEGURANA A postura e a vestimenta do profissional evoluiu com os conceitos da atividade. O agente de segurana deve vestir-se se adaptando de acordo com a situao e o ambiente.

    Doutrina

    Realidade

    Demanda

    Indicao do

    crescimento do grau

    de risco para a

    pessoa protegida

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    Deve-se adaptar situao e no obedecer a um esteretipo fixo. O comportamento padro deve ser baseado na discrio, na educao contnua e falar somente o necessrio. Caractersticas como capacidade de apreenso e memorizao dos fatos, adaptao a diferentes situaes, bem como conhecimento da linguagem corporal tambm so relevantes em uma profisso que substituiu a fora fsica pelo uso do raciocnio. Atuar com diplomacia em qualquer situao sempre a melhor estratgia. Tratar com respeito e educao tambm so linhas de ao preventiva, capazes de inibir uma ao delituosa. O profissional de segurana deve usar sempre o seu poder de convencimento, sua percepo, fazer uso do bom-senso e discernimento, pois, se sua linha de ao for sempre baseada no respeito, certamente em situaes de conflito ele ter automaticamente o apoio de todos, o que extremamente importante para a soluo dos maiores problemas. Assim, atravs de sua postura, apresentao pessoal, atitude preventiva, linha de ao planejada, fora de presena, ateno e respeito s pessoas; sem precisar usar sua arma, o profissional capaz de inibir e abortar uma ao contra a pessoa protegida. A imagem desse tipo de profissional deve transmitir uma sensao de segurana

    queles que o rodeiam. Se durante a avaliao dos riscos, no planejamento da ao delituosa, o indivduo desconfiar que o agente de segurana representa um problema em potencial, normalmente tal ao abortada. 8. PODER DE CONVENCIMENTO fundamental para um profissional de segurana ter poder de convencimento e, no possvel convencer uma pessoa se no dominamos o assunto com o qual estamos tratando. Sabemos que as palavras convencem, mas os exemplos arrastam e, em segurana, necessrio que estejamos sempre preocupados com o que as pessoas esto pensando a nosso respeito, no as pessoas com as quais trabalhamos, mas com as que esto ao nosso redor. Parece uma atitude ftil, sem muita importncia; entretanto, se um agente de fato delituoso achar que somos uma presa fcil, ele no hesitar em atacar. Assim, ao contrrio do que a maioria das pessoas acha, devemos usar o conhecimento,

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    estrategicamente, para convence-los que, cs tentem, representamos um problema em potencial para o sucesso da ao criminosa. sempre importante lembrar que poder de convencimento o domnio do conhecimento, da atividade e do assunto. O domnio do conhecimento tcnico-profissional proporciona e facilita em muito a aquisio do poder de convencimento. Um outro fator que o profissional de segurana deve ter e posicionamento superior, que nada mais que ouvir o inaudvel e passar a observar o que as pessoas comuns no vem. Deve trabalhar na essncia da percepo, saber e compreender a diferena entre ouvir e escutar. Posicionar-se d forma superior ouvir o inaudvel, ou seja, perceber sons que possam de maneira substancial influenciar em nossa atividade, sons que as pessoas comuns no prestam ateno e, por conseguinte, no os captam. Quando realmente aprendemos a ouvir, adotamos uma posio superior e percebemos o que h no corao das pessoas, no olhar, na mente, em seus gestos e atitudes. Isso demonstrar de fazer com que os outros percebam que voc capaz de atua preventivamente e frente deles. 9. QUALIDADE COMPORTAMENTAL, EQUILBRIO E INTELIGNCIA EMOCIONAL Confiar nos incultos e no se preparar o maior dos crimes. Preparar-se de antemo para todas as contingncias a maior das virtudes.

    (Sun Tzu)

    Atravs do equilbrio emocional e da qualidade comportamental, os profissionais de segurana vendem uma determinada imagem. Com certeza, so necessidades estratgicas para o agente de segurana a sabedoria, a sinceridade, a humildade, a coragem e a exigncia, so cinco dos atributos bsicos indispensveis de um profissional de segurana. Atravs da sabedoria, do conhecimento, o agente adquire o poder do convencimento. Atravs do conhecimento, desenvolve sua percepo e reconhece facilmente quando os riscos so eminentes e, conseqentemente, inibe atitudes hostis. Se for sincero, atravs de suas linhas de ao e das suas atitudes, ter fora de presena. Se for humano, amar o prximo e entender que o respeito conseqncia do saber respeitar. Se for corajoso, alcanar a vitria em razo do treinamento constante, buscando sempre o condicionamento reflexivo. Se for exigente, ser respeitado, pois age atravs do exemplo.

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    10. ADMINISTRAO DE CONFLITOS E PROBLEMAS A dificuldade cria a capacidade de resolv-la.

    (Oliver Wendell Holmes, Jr.)

    A principal funo de um profissional de segurana administrar conflitos e problemas, e no provoc-los ou cri-los. Agir com iniciativa, bom-senso e discernimento, usando sempre empatia nas situaes mais delicadas significa entender o real significado da palavra qualidade. fundamental para quem trabalha no atendimento de pessoas e, s assim, seremos capazes de administrar todos os conflitos e problemas que porventura surgirem. Devemos perceber o que a pessoa protegida tem a nos dizer, sem jamais interromp-la ou at mesmo que precise se expressar pela fala. Sabemos que comportamento gera comportamento, assim, devemos ter muito cuidado com a nossa conduta e atitude. Somos profissionais de segurana, precisamos entender que uma simples abordagem pode desencadear um grande problema. Determinados seguranas tm muita dificuldade de entender que um olhar errado, do tipo arrogante, prepotente, pode gerar muita confuso, pois tudo depende at mesmo o

    estado emocional do nosso cliente. Portanto, use o seu feeling constantemente, perceba e use seus sentimentos. 11. PROFISSIONALISMO DO AGENTE DE SEGURANA O sucesso uma questo de sorte. Pergunte a qualquer fracassado. (Earl Wilson) Ter fora de presena questo de xito ou fracasso para um profissional de segurana. Mas, o que fora de presena? Podemos definir que a fora de presena a sensao de respeito que se expressa a uma pessoa pelo simples fato ela estar ali. Algumas pessoas, pelo seu comportamento, poder de convencimento, administrao de conflitos e problemas, adquirem, conseqentemente, a chamada fora de presena. Vrios so os fatores que contribuem para o aumento da fora de presena; o olhar a forma de observar, o ouvi, a postura, a apresentao pessoal, a atitude, as linhas de ao, enfim, o respeito.

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    Quando o agente executa suas atribuies com profissionalismo, o respeito ma conseqncia, mas quando ele no sabe se posicionar, torna-se um verdadeiro problema. simples: se respeitarmos, seremos conseqentemente respeitados. Segundo Clarence B. Randall, O lder precisa saber, deve saber que sabe e deve ser capaz de deixar totalmente claro para os que esto sua volta que sabe, ou seja, ele

    deve se manter atualizado e inteirado do que est ocorrendo em seu local de servio, a fim de conseguir repassar as orientaes corretamente. Um bom profissional de segurana, atravs dos seus sentimentos, sabe reconhecer a importncia do seu cliente e, conseqentemente, a sua necessidade. Deve saber

    valorizar o seu cliente e prestar-lhe um bom servio. Ao estabelecer um contato com a pessoa protegida, deve-se agir com naturalidade, falando sempre de forma clara, educadamente e em bom tom, sem a necessidade de gritar, usando bom-senso e o discernimento. Devemos iniciar o contato pessoal com um cumprimento, usando palavras agradveis do tipo: por gentileza, obrigado, seja bem-vindo, por favor, etc., de preferncia chamando-o pela forma de tratamento adequada seguida pelo nome/cargo. No se deve utilizar jarges ou grias nas conversaes, a

    fim de se estabelecer um perfeito canal de comunicaes. Ser profissionais significa ser competentes, para isso devemos executar nosso servio com preciso. No decorrer de nossa atividade de segurana, devemos, ao observar algo ou algum, avaliar a situao baseado em dados tcnicos, no subestimando informaes que podem ser preciosas para o sucesso da misso, do tipo: as expresses faciais, os lbios, os olhos, a forma de olhar, o ouvir, a pele, rubor, palidez, sudorese, tremores, aumento da freqncia cardaca, disfuno respiratria, movimentos bruscos, ansiedade, nervosismo, etc. muito importante aprender a observar as pessoas, uma questo de treinamento. O estrategista Sun Tzu, em seu livro, diz que: Se o teu objetivo fazer com que o

    inimigo venha de boa vontade, tens de lhe oferecer vantagens. S no desejas que ele venha, ters que lhes mostrar as dificuldades, ou seja, os profissionais de segurana s

    devem reagir em ultimo caso, e claro, se estiverem preparados; sempre com o mximo de cautela e com a devida reflexo, os exageros, os excessos, devem ser pesquisados com bastante cautela, com extremo cuidado. Pode ser que no seja nada, mas temos que usar o nosso feeling o tempo todo a fim de evitar uma situao constrangedora ou perigosa.

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    Um profissional de segurana entusiasmado capaz e inibir uma ao perigosa ou constrangedora, em razo das atitudes e linhas de ao que adota, isso no contar com a sorte e sim um preparo para a atividade. O entusiasmo pode representar um problema em potencial. A palavra entusiasmo significa exaltao, arrebatamento, paixo viva, grande alegria. Assim, a conseqncia do entusiasmo s pode ser o sucesso, pois o profissional entusiasmado faz as coisas acontecerem. Entretanto, no podemos confundir entusiasmo com otimismo, j que otimismo acreditar que uma determinada coisa vai da certo, torcer para que no d errado, e entusiasmo e fazer a coisa dar certo, fazer acontecer. O entusiasmo que facilita a quebra de paradigmas, nos d a viso de futuro e nos conduz ao sucesso. Podemos ainda utilizar duas frases ditas: a primeira por Dale Carnegie - Entusiasmo aquele ingrediente de vitalidade, misturado com uma firme convico no que est fazendo, garantindo o xito e qualquer projeto que voc empreenda a segunda por Michel Lynberg onde Os anos deixam rugas na pele, mas a perda do entusiasmo deixa rugas na alma. 12. CONHECIMENTO TCNICO-PROFISSIONAL E TREINAMENTO Somente se aproxima da perfeio quem a procura com constncia, sabedoria e, sobretudo, com muita humildade.

    (Provrbio chins)

    Diz que no saber no o pior, o pior pensar que sabe. Isso nos leva ao questionamento da importncia da humildade ao receber algum ensinamento e outra pessoa mais experiente. As pessoas comuns aprendem com o prprio erro, entretanto existem aqueles que so considerados especiais, pois alm de aprenderem procuram aprender com o erro dos outros, ou seja, busca na experincia alheia um crescimento profissional para si. Em segurana muito importante que aprendamos com o erro dos outros. No mnimo com o prprio erro, contudo bom lembrar que nem sempre teremos a chance de aprender com o prprio erro, pois muitas vezes o erro pode vir a ser fatal. Lao-tse disse que: Aquele que conquista uma vitria sobre outro homem forte, mas quem

    conquista uma vitria sobre si mesmo, poderoso. A par disso, o que foi discorrido at o presente momento, podemos afirmar que no h mistrio, o grande segredo para que sejamos bons em alguma coisa o treinamento e

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    para atingirmos nossos objetivos teremos que sacrificar muitos prazeres que a vida nos oferece. Para a aquisio de um condicionamento reflexivo, existem trs pontos que so fundamentais: a vocao, a dedicao e a constncia de treinamento. Somente no treinamento diuturno que conseguimos nos aprimorar nas nossas tcnicas e atingir um grau de perfeio, a velocidade e a qualidade de nossas aes. A dedicao esta relacionada com a tcnica e no adianta termos vocao para uma atividade se no possuirmos o conhecimento tcnico e no adianta termos conhecimento tcnico se no treinarmos constantemente. Sejamos pr-ativos a fim de adquirir o condicionamento reflexivo necessrio. Qualquer pessoa que faa o mesmo movimento vrias vezes, acaba adquirindo atravs da constncia o condicionamento reflexivo e com muita dedicao e constncia de treinamento, ser possvel mudar o comportamento. importante que estejamos sempre quebrando aqueles velhos paradigmas que nos impedem de alar vos cada vez mais altos; extremamente importante que deixemos de resistir s mudanas. Atualmente encontramo-nos na era do conhecimento, e como disse Andrew Carnegie O preo da perfeio a prtica constante, por isso fundamental que estejamos sempre preocupados em, constantemente, amolar os nosso machado, assim, com menos golpes, seremos mais eficientes e eficazes.

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    CAPTULO II

    CONCEITUAO BSICA 1. DIGNITRIO/AUTORIDADE

    Aquele que exerce cargo elevado ou tem alta graduao especfica. VIP (Very Important Person). PMI (Persona Mucho Importante). O Estado assume a responsabilidade de prevenir eventuais danos, acidentais ou premeditados, integridade fsica daqueles que, de alguma forma, representem altos interesses de determinado segmento social ou poltico, nacional ou estrangeiro. 2. PROTEO DE VIP SEGURANA PESSOAL

    um conjunto de medidas que sero adotadas para a garantia da integridade fsica de um VIP dentro de uma rea restrita, de responsabilidade de um nmero limitado de agentes, que se preocupa, quase exclusivamente, com a pessoa do VIP. O servio de proteo e segurana o conjunto de sistemas preventivos, adotados para proteger uma determinada pessoa. Est atividade pode ser desenvolvida durante um longo perodo de tempo, ou pode ser empregada para locais e datas definidas. Pode ser fixa ou mvel, de acordo com as necessidades da pessoa a ser escoltada. A segurana implica em uma srie de responsabilidade para uma instituio e requerem medidas de preveno, pela experincia tcnica de servio, pelo servio de informao e pelas modalidades de cerimonial, deslocamentos e outros fatores distintos de momento e circunstncia. Este sistema preventivo tem como principal finalidade, o resguardo da integridade fsica, a preveno de atentados e outras aes que coloquem em risco a vida ou exponham a situaes no prevista a pessoa a ser escoltada (VIP). Dentro de sua rea de atuao e em cooperao com outras reas, como relaes pblicas, imprensa, evitar a divulgao de situaes constrangedoras ou particulares da autoridade, que no precisam ser veiculadas. 3. DISPOSITIVO DE SEGURANA (DS)

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    Conjunto de medidas e meios empregados para assegurar a integridade fsica do VIP (Dignitrio/Autoridade) na tentativa de defesa e proteo que garantem no sentido mais amplo, desde o inicio deslocamento at o termino do evento. 4. ESQUEMA DE SEGURANA (ES) Faz parte integrante do DS e se constitui pelo conjunto de meios empregados para assegurar a integridade fsica do VIP no local do evento. 5. ORGANIZADOR LOCAL (OL) o responsvel pelo convite ao VIP e medidas administrativas relacionadas com o evento. Normalmente, o ponto de contato do Servio de Segurana para adoo de medidas julgadas convenientes. 6. PROGRAMA TENTATIVA Sugesto apresentadas pelo OL sobre o programa a ser cumprido pela autoridade. Aprovada a sugesto torna-se Programa Oficial (PO). 7. SERVIO DE SEGURANA o rgo destinado a propiciar proteo e segurana a uma VIP. Sua organizao condicionada pelos seguintes aspectos: 7.1 Importncia do VIP

    Refere-se ao grau de importncia do VIP dentro de um contexto social. Sua importncia vincula-se diretamente ao seu poder de influencia.

    7.2 Comportamento do VIP

    o fator importante na organizao da segurana. As atitudes liberais em relao ao pblico em geral ensejam medidas mais abrangentes e de certa forma mais veladas. As preocupaes em atender convites de forma pontual e a eleio de comportamentos imutveis pelo VIP tm reflexos na sua segurana. O contrrio tambm fator condicionante. 7.3 Conjuntura atual

    Levando em seus aspectos polticos, econmicos e sociais, geradores de sentimentos e de adoo de atitudes extremadas por indivduos. 8. SEGURANA DE VIPs Constituem segurana as atenes e medidas proporcionadas a uma autoridade, que garantam a sua integridade fsica, tomada em sentido amplo.

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    8.1 Classificao

    Quanta a forma de obteno 8.1.1 Passiva

    Quando se oculta do pblico em geral o itinerrio, a agenda, a programao, etc... 8.1.2 Ativa Quando se toma medidas efetivas de segurana como controle de trnsito, segurana ostensiva, etc... 8.2 Quanto modalidade 8.2.1 Esttica Quando se usa, por exemplo, AS ou policiais para guarnecimento de determinado ponto. 8.2.2 Dinmica Quando se usa, por exemplo, AS no acompanhamento ao VIP durante seu deslocamento. 8.3 Tipos 8.3.1 Equipe de Proteo o grupo de Agentes de Segurana (AS) que se desloca permanentemente com o VIP, sendo responsvel pela sua proteo imediata e sua evacuao na configurao de um atentado ou situao crtica. 8.3.2 Equipe Precursora o grupo de agentes que se desloca antes do VIP, a fim de verificar no local do evento, se todas as providncias solicitadas anteriormente pelo servio de segurana foram tomadas. 8.3.3 Equipe de Vistoria um grupo de AS que se desloca anteriormente ao VIP, com tempo varivel, a fim de

    detectar ou neutralizar, se possvel, qualquer engenho explosivo ou dispositivo que oferea periculosidade. Deve ser integrada por peritos em explosivos. 8.3.4 Equipe de Segurana Velada o grupo cujos "AS" so distribudos nos locais de eventos e/ou itinerrios a serem percorridos pelo VIP, com trajes adequados rea e infiltrados na populao com a finalidade de detectar imediatamente qualquer hostilizao ou atentado.

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    8.3.5 Ostensiva um servio de preveno executado vista da populao, buscando, pela presena do elemento fardado ou no e colocado em destaque, a fim de anular ou inibir a ao de elementos adversos que atentam contra o VIP. Atua, ainda, em funes atribudas legalmente s Fraes (trnsito, preveno e combate a incndios, etc.). 8.4 Forma de atuao: Grfico 8.5 CAUSAS DOS ATENTADOS

    8.5.1 Ideolgicas: Aquelas determinadas pela discordncia ideolgica, pelo descontentamento com as posies do VIP ou do segmento que ele representa, quanto ao sistema de idias adotado, tais como o atentado terrorista. 8.5.2 Econmicas: Provocadas pela discordncia na rea econmica ou por eventuais prejuzos financeiros causados pelo VIP ou pelo segmento que ele representa, tais como o seqestro. 8.5.3 Pessoais: H uma grande diversidade de questes de natureza pessoal que podem dar ensejo ao atentado, como cime, dio, vingana ou outros impulsos (fanatismo, psicopatia).

    A

    Equipe de Proteo

    Equipe de Seg. Velada

    Seg. Ostensiva

    VIP

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    UNIDADE III

    CLASSIFICAO DE SEGURANA DE VIP

    1. SEGURANA DE PESSOAL

    Levada a efeito com direcionamento a pessoas que tm ou busquem acesso ao VIP. O servio de Segurana deve fazer um levantamento de dados e acompanhamento de todo pessoal envolvido direta ou indiretamente com o VIP e seus familiares. O acompanhamento deve visar mudanas de comportamento atitudes no comuns nas pessoas envolvidas com o VIP, alm de atualizao de dados referentes vida pregressa. A segurana de pessoal visa, assim, impedir que pessoas consideradas como ameaa segurana do VIP ou que a ela possam importunar, obtenham acesso mesma ou instalao onde ela estiver presente. Dever ser obtida atravs da identificao de funcionrios, convidados, pessoal, imprensa. 2. SEGURANA DE CORRESPONDNCIA Direcionada correspondncia destinada ao VIP, sejam cartas, presentes, encomendas, etc, adotando-se o procedimento de vistori-las antes que cheguem s mos do VIP, o que deve ser feito em local adequado, no prximo do VIP. 3. SEGURANA DAS COMUNICAES Levada a efeito com direcionamento s comunicaes via rdio, executadas pelo servio de segurana (Orgnicas), bem como aos equipamentos usados pelo VIP (Inorgnicas). Na orgnica, todas as comunicaes do servio de segurana devem desenvolver-se dentro de um sigilo tal a no comprometer a segurana e a no tornar pblico assuntos rotineiros inerentes ao VIP. Assim, necessrio codificar etapas de operaes, funes do VIP, itinerrios e seus pontos crticos e ordens que, no desenrolar das operaes, se faam presentes. importante que o servio de segurana, atravs de sua Central de Comunicaes, saiba a posio exata do VIP durante seu deslocamento. Para tal, devemos tomar eixos importantes da cidade e os elegermos como pontos, que sero codificados e informados pela Equipe de Segurana central, quando a comitiva por eles passar. Est codificao deve ter no mnimo trs chaves e fornecida ao pessoal de servio do dia. Nos deslocamentos rotineiros do dia a dia, as codificaes dever ter no mnimo um nmero de cinco chaves e igual procedimento deve ser adotado quanto sua divulgao, ou seja, somente as pessoas envolvidas na segurana dever ter acesso a estas informaes. Estas codificaes devem ser alteradas periodicamente a fim de se

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    evitar uma rotina. Na inorgnica, os aparelhos usados pelo VIP devem ser vistoriados com antecedncia, correndo suas linhas, se for o caso, e mantidos idneos durante o tempo potencial de uso pelo VIP. 4. SEGURANA DE MATERIAL Direcionada a materiais que possam servir de encobrimento de artefatos nocivos ou de materiais que pela sua composio estrutural ou formal possam atingir a integridade do VIP. Deve ser preocupao constante e uma prtica imprescindvel busca de artefatos nocivos em mveis, adornos e etc, os quais podem apresentar perigo de desabamento (lustres) ou de ferimentos (mveis com partes pontiagudas ou cortantes). O tipo de piso tambm se enquadra nesta classificao. Pisos escorregadios devem ser cobertos por tapetes, e no sendo possvel, evitar o uso de ceras. 5. SEGURANA DAS INSTALAES Direcionada s instalaes a serem usadas pelo VIP, tais como sua residncia, local de trabalho, locais de eventos, locais de pernoite, etc. obtida atravs de medidas de proteo geral, fiscalizao e controle do acesso queles locais, alm dos que abrangem todos os dispositivos, atividades e tcnicas que possam ser teis proteo fsica das instalaes (iluminao, abastecimento, preveno de incndio, etc). 5.1 Fatores a serem neutralizados:

    - Ameaa instalao; - Atos de terrorismo e sabotagem; - Aes de furto; - Acidentes; - Incndios; - Aes da natureza. 5.2 Fatores que afetam a segurana das instalaes: - Topografia; - Localizao (cidade, subrbio, campo); - Caracterstica (casa, apartamento, casa isolada, casa geminada); - Sistema de Comunicaes; - Sistema de gua e esgoto; - Sistema de iluminao; - Vias de Acesso; - Adjacncias; - Densidade populacional; - Estabilidade emocional e poltica da populao; - Nvel de eficincia da Poltica e rgos de segurana; - ndice de criminalidade; - Assistncia mdico-hospitalar;

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    - Nvel de eficincia do Corpo de Bombeiros; - Condies meteorolgicas. 5.3 Medidas de Proteo 5.3.1 Barreira: Tudo aquilo que se pode colocar entre o conhecimento ou rea que se deseja proteger e o indivduo ou qualquer coisa que oferea perigo ou ameaa. Podem ser Naturais (rvores, vertentes, etc), Estruturais (constitudas geralmente de alvenaria ou vegetais), Humanas, Animais (ces, etc), Eletro-eletrnicos (Cerca eltrica, interfone, circuito interno de TV e dispositivos de alarme). 5.3.2 Sistema de identificao e controle: Deve visar um controle total das instalaes no que diz respeito a funcionrios, visitantes, pessoal de manuteno e servios, veculos, etc. Se a instalao for Hotel o sistema de segurana deve ocupar os apartamentos ao lado, acima e abaixo do VIP. No sendo possvel, dever manter estreita vigilncia sobre seus ocupantes, tendo, s mos, relao de hspedes e respectivos apartamentos. 5.3.3 Sistema de preveno contra acidentes e incndio: Se na instalao no houver este sistema, deve-se solicitar ao corpo de Bombeiros mais prximo, a efetivao de medidas de preveno. 5.3.4 Sistema de Comunicaes: Ser direcionada s comunicaes por telefones, via rdio, FAX e computadores e todos os equipamentos utilizados como meio de comunicao. A fim de manter a privacidade do VIP em sua conversas e despachos. 5.3.5 Sistema de circuito interno de TV: Consiste na instalao de circuito interno de TV acoplado a dispositivos de alarmes, em toda rea externa da residncia ou edifcio, bem como em reas no privativas, a fim de no retirar a privacidade do VIP. Ns portes e portadas devero ser instalados interfones, a fim de se identificar os familiares, visitantes, funcionrios, prestadores de servios, que pretendam adentrar na residncia ou edifico.

    6. SEGURANA NOS DESLOCAMENTOS Deslocamento o movimento de um VIP de um local para outro qualquer. 6.1 Tipos:

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    - A p; - Transportado (motorizado, animal); - Misto (Combinao de tipos). 6.2 Classificao 6.2.1 Quanto misso: - Rotineiros: Deslocamentos que se sucedem no tempo de forma reiterada. o que ocorre da residncia para o local de trabalho ou escola por exemplo; - Especiais: Deslocamentos para atendimento a programaes oficiais ou de cunho social; - Inopinados: Deslocamentos que se processam sem conhecimento prvio do servio de segurana, ao contrrio dos rotineiros e especiais. 6.2.2 Quanto flexibilidade: - Flexveis: Permite a mudana de um tipo para outro; - No flexveis: No permite mudanas do tipo. 6.2.3 Quanto ao meio de transporte: - Areo; - Aqutico (Lacustre, fluvial ou martimo); - Terrestre. 6.2.4 Quanto ao sigilo: - Ostensivo: de conhecimento pblico; - Sigiloso: de conhecimento restrito. 6.2.5 Quanto ao horrio: - Diurno; - Noturno. 6.2.6 Quanto aos meios empregados: - Simples: Quando no necessita de apoio de outros rgos; - Complexo: Quando h necessidade de apoio em grande escala, podendo envolver maior nmero de rgos, tais como CB, PM, PF, PRF, PC, etc. 6.3 Medidas de segurana nos deslocamentos: 6.3.1 Rotineiros - Trocar o horrio; - Trocar o carro do VIP; - Mudar o itinerrio; - Fazer o carro do VIP sair, sem este, em horrio diversos.

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    6.3.2 Especiais - Reconhecimento dos itinerrios principais e alternativos com motoristas e elementos de segurana; - Estudo da expectativa de recepo ao VIP no dia do evento; - Tentar ganhar tempo, procurando atrasar o VIP; - Utilizao e importncia das comunicaes. 6.3.3 Inopinados - Tentar ganhar tempo, procurando atrasar o VIP; - Mobilizao das equipes do servio de segurana; - Utilizao e importncia das comunicaes. 7. SEGURANA NOS ITINERRIOS Itinerrios o caminho percorrido por um VIP, quando esta se desloca de um ponto para outro. 7.1 Classificao 7.1.1 Quanto Importncia: - Principal: o itinerrio eleito para o deslocamento por oferece maior segurana; - Alternativo: o itinerrio do qual se far uso em caso de necessidade. 7.1.2 Quanto flexibilidade: - Flexveis: Permite mudana; - No flexveis: No permite mudana, o itinerrio nico. 7.1.3 Escolha do itinerrio uma deciso decorrente de um recolhimento de planejamento sobre o deslocamento a p ou transportado, a ser percorrido por um VIP. Deve ser considerado na escolha a classificao do tipo de deslocamento. 7.1.4 Pontos Crticos So locais de maior risco no itinerrio, e, por este motivo, devem ser guarnecidos, como por exemplo, os seguintes: - Local de trfego intenso; - Sinais luminosos; - Passarelas; - reas pouco iluminadas;

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    - Estradas com vegetao lateral; - Lombadas e Subidas ngremes; - Pontos dominantes; - Viadutos, tneis, pontes, desvios, quebra - molas, passagem de nvel; - Obras, tapumes e bueiros. 7.1.5 Regras bsicas de segurana na utilizao dos itinerrios - Evitar rotina; - Utilizar a maior velocidade possvel e segura; - Redobrar os cuidados nos pontos crticos; - Usar veculo adequado rea e ao terreno; - Usar o caminho mais seguro, que nem sempre o mais curto; - Utilizar apoio do Policiamento Ostensivo quando necessrio; - Ter reserva disposio. 8. PLANEJAMENTO ESTRATGICO O planejamento estratgico a formulao do conjunto de norams, aes e comportamento que so adotados para se preservar a autoridade. Este planejamento pode ser dividido em dois grandes planos de operaes: Plano de Operaes de Defesa das instalaes e Plano de Operaes dos Deslocamentos. As normas so resultado da anlise da situao especifica a ser considerada, levando se em considerao as peculiaridades de locais, pessoas, tipo de trabalho realizado, se local pblico, se local privado, se local de uso restrito ou controlado, etc... As aes so as respostas preestabelecidas a serem desencadeadas em caso de ameaas e outros fatores, que sero combinado e de prvio conhecimento de todo o pessoal envolvido na proteo e do prpria VIP. Os comportamentos so processos utilizados na preveno e resguardo efetivo do VIP. Os comportamentos so combinados a partir das anlises e formulao das normas. 9. SEGURANA MDICA Levada a efeito com direcionamento sade do VIP, entendido de forma ampla, preventiva e ativamente. obtida atravs da adoo de medidas destinadas a prestar assistncia mdica e odontolgica, em caso de emergncia e em qualquer local, mesmo durante deslocamento. assegurada atravs das seguintes medidas:

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    9.1 Hospitais de apoio:

    O servio de segurana deve ter um cadastramento dos hospitais em condies de atender o VIP, em qualquer local que ela se encontre. 9.2 Sala reservada:

    Por ocasio de eventos deve-se reservar uma sala para atendimento ao VIP, se necessrio. Esta deve ser idnea e guarnecida por AS (Agentes de Segurana) e de fcil acesso, inclusive a veculos. 9.3 Coordenador mdico: O servio de segurana dever possuir em seus quadros profissionais da rea de sade que faro a coordenao medica em caso de necessidade, sendo responsvel pelo cadastramento dos hospitais e atualizao de suas performances. 9.4 Evacuao aro-mdica (EVAM): Deve ser feita uma previso de EVAM com utilizao de avio ou helicptero, para este ltimo elegendo-se heliportos ou helipontos. 9.5 Apoio Geral: Neste aspecto consideramos o apoio de pista, no caso de EVAM, o apoio de ambulncias e equipamentos mdicos prprios. 10. SEGURANA DE BAGAGEM Direcionada bagagem do VIP, evitando-se o extravio e assegurando sua incolumidade. A bagagem deve ser etiquetada pelo servio de segurana e conduzida por um AS, designado para tal tarefa. 11. SEGURANA DA ALIMENTAO Levada a efeito com direcionamento ao preparo, higiene e qualidade dos alimentos a serem servidos ao VIP. Deve ser feita uma vistoria na cozinha onde ser preparada a alimentao, atentando-se para o local de armazenamento de gneros e, ainda, eleger garons que serviro o VIP.

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    CAPTULO IV

    ESCOLTAS 1. FINALIDADE

    Escolta a atividade levada a efeito pela Equipe de Proteo, consiste no emprego da tcnica de segurana, objetivando a integridade do VIP, em sentido amplo, desenvolvendo-se a p ou motorizada. 2. ESCOLTA A P a segurana proporcionada ao VIP quando est se desloca a p. 2.1 Composio

    A escolta a p constituda pela Equipe de Proteo, Equipe Precursora e Equipe de Segurana Velada, de uma forma mais ampla. Todavia na totalidade dos deslocamentos a p, a equipe de proteo que se faz presente. Sua composio varivel, dependendo do tipo de evento, aceitao pblica do VIP, condies meteorolgicas e etc. Normalmente constituda por cinco AS, um dos quais o Chefe da Equipe Precursora, que nas formaes no tem lugar fixo, devendo deslocar-se em posies que lhes assegure um maior controle da equipe e da situao. 2.2 Formaes bsicas 2.2.1 Losango um tipo de processo de acompanhamento indicado para se fazer em locais fechados, como em corredores, entradas e sadas de sales ou auditrios, que necessite de deslocamento rpido, e o nmero de acompanhante for pequeno. recomendado tambm nos deslocamentos de VIP dos locais fechados para a tomada de viaturas, onde se atravessa pequenos espaos, de hotis para veculos, etc... recomendado quando o VIP est se deslocando sozinho:

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    Vantagens - um processo gil que permite deslocamentos rpidos; - Permite que o agente que vai frente observe os locais a serem percorridos; - Da boa condio de visibilidade; - Permite o efeito sanfona (aproximar ou distanciar); - Isola pontos especficos de passagem, como portas e corredores perpendiculares; - Facilita uma retirada de emergncia. Desvantagens - Deixa o VIP muito prximo ao pblico; - Permite eventuais infiltraes pelos lados; - No bloqueia com antecedncia; - contra indicado para situaes onde o VIP permanece estacionado. Regras de aplicao Deve ser montado com a participao de 05 agentes. O chefe estar sempre atrs e a direita da autoridade. Quando houver transposio de portas ou ambientes, passa o primeiro AS, ponta do losango, os dois diagonais passam cada um de cada vez

    frente do VIP e em seguido o chefe e o ultimo AS. Fazem a proteo do VIP o AS

    diagonais e os agentes pontas do losango contra atacam. 2.2.2 Caixa: Utilizada quando se fizer necessrio cerrar sobre o VIP. o tipo de formao que proporciona tambm uma melhor segurana aproximada. 2.2.3 Cunha

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    um tipo de processo de acompanhamento indicado quando o VIP est acompanhado de outras autoridades ou convidados. um processo que pode ser indicado para deslocamentos em lugares mais amplos, onde a possibilidade de atentados seja pouco provvel. Locais como aeroportos, ptios de prdios onde so realizadas solenidades, etc... Vantagens - Permite melhor deslocamento do VIP e convidados, sem presena marcante da equipe de segurana; - Permite melhor cobertura dos acontecimentos por parte da imprensa; - A ao da equipe de segurana no compromete as solenidades; - A presena de outras pessoas tornam o alvo mais difcil. Desvantagens - Deixa a autoridade muito exposta; - No controla eficientemente infiltraes da platia; - Atua apenas nas laterais do espao; - Dificulta uma retirada rpida ou de emergncia; - Permite pouca mobilidade dos agentes. Regras de aplicao O chefe da equipe deve se postar o mais prximo possvel, atrs e a direita do VIP. O nmero de agentes vai variar de acordo com o local a ser visitado ou nmero de pessoas envolvidas nos deslocamentos. As primeiras aes de proteo do agente mais prximo do VIP.

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    Os agentes que estiverem mais perto do sinistro que oferecero resistncia, enquanto os outros retiram o VIP do local. 2.2.4 Em Cunha Invertida ou V: Utilizada quando a frente para onde se desloca o VIP j se encontra protegida. o tipo de formao que menos chama a ateno e a que melhor favorece a imagem do VIP. 2.3 Regras bsicas de proteo individual - Formaes Flexveis; - Cobertura do corpo; - Manter a imagem do VIP; - Observao constante; - Manuteno de intervalos e distncias; - Mnimo um agente s costas do VIP; - Procedimento diante das cmeras; - Cuidado com emboscadas duplas. 2.4 Equipamento individual dos AS - Colete a prova de bala; - Armamento individual; - Estojo de primeiros socorros; - Equipamento de comunicaes. 3. ESCOLTA MOTORIZADA a segurana proporcionada ao VIP quando est se desloca em veculos. 3.1 Composio

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    A composio de uma Escolta Motorizada no deve obedecer a rgidos padres, devendo variar conforme a necessidade. Todavia a prtica nos tem mostrado que a composio mnima ideal a segurana a dois carros. No se considera aqui a viatura reserva. A viatura do VIP deve ser conduzida por um AS e outro deve se deslocar direita deste para proteo imediata. Este AS conhecido nos meios de segurana em todo o pas como Mosca. um AS treinado e automatizado para cobrir o corpo do VIP com o seu

    prprio em caso de atentados. Assim, a composio bsica de uma escolta a seguinte: Legenda: VIP V Ch Equipe de Proteo X Sub Ch Equipe de Proteo / Agente de Segurana Motorista M Viatura de Segurana A Viatura de Segurana B

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    3.2 Comboio Vrios so os tipos e formaes do comboio. No entanto, devemos buscar na sua formao uma disposio que realmente oferea segurana, com diminuio dos riscos. Assim que propomos as seguintes formaes nas situaes que se seguem.

    3.2.1 Deslocamentos Simples EM PARADAS EM MOVIMENTO

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    3.2.2 Deslocamentos Complexos a) Situao Normal Batedores Batedores ores Piloto Seg. B Seg. B Vtr VIP Vtr VIP Seg. A Seg A Batedores Fecha-comboio

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    b) Situao Anormal Varredura Piloto Seg B Vtr. VIP Seg. A Fecha-comboio

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    3.3 Normas de utilizao das viaturas - Carro examinado e guardado (sempre idneo); - Inspeo antes do uso; - Deslocamento pelo itinerrio previamente escolhido; - Portas trancadas e vidros fechados (Sem ar condicionado abertura de cinco cm); - Mxima velocidade, com segurana; - Estacionar sempre, aps o desembarque, com a frente voltada para a sada; - O motorista no deve permanecer sentado no carro estacionado. 3.4 Equipamento da viatura - Estojo de primeiros socorros; - Armas longas; - Dois estepes; - Ferramentas e lanternas; - Mscara contra gs; - Equipamento de comunicaes; - Pertences pessoais para pernoite. 3.5 Situaes a serem evitadas pelo motorista do VIP - Parada, ainda que rpida, ao lado de nibus, veculos fechados ou caminhes; - Parada prxima ao meio-fio; - Parada prxima a filas de coletivos; - Parada prxima a bancas e carrinhos de vendedores ambulantes; - Deslocamento junto ao meio-fio.

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    CAPTULO V

    ATAQUES AO VIP / ATUAO

    1. REGRAS BSICAS PROTEO DO VIP REMOO DO VIP REAO ADEQUADA 1.1 Ataques em deslocamento a p

    1.1.1 Ataque verbal:

    Multido xingando, ofensas verbais Cerrara formao e passar rapidamente, buscar local idneo.

    1.1.2 Ataque fsico:

    Agresso a socos, pedradas, pauladas etc Fechar a formao e apressar o passo, reao adequada, retirar o VIP da rea, caso necessrio. 1.1.3 Ataque com armas: Alerta em imediato (Gritar Arma ou Faca), Cerrar a formao, reagir rpido com

    armas ou golpes, curvar o VIP e retir-lo da rea. 1.1.4 Ataque com bomba ou granada: Alerta em imediato (Gritar Bomba) e deitar-se no solo e sobre o VIP cobrindo seu corpo, retir-lo da rea, assim que possvel. 1.1.5 Ataque com armas de longo alcance: Proteger o corpo do VIP, retirando-o da rea para abrig-lo.

    1.2 Ataques em deslocamento motorizado

    1.2.1 Emboscada 1.2.1.1 Conceito A emboscada um ataque de surpresa contra um alvo em movimento, ou temporariamente parado, com a finalidade de destru-lo, captur-lo, inquiet-lo ou causar-lhe danos apreciveis em pessoal e material. Consiste, essencialmente, em forma concentrado, repentino, de posies variadas, normalmente cobertas e vantajosas. Poder ser precedida de uma ao de bloqueio de itinerrio, com o objetivo de causar

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    uma parada do alvo, ainda que momentaneamente, reforando, assim a vantagem do agressor. 1.2.1.2 Aspectos da emboscada Tendo em vista a principal caracterstica desse tipo de ao a SURPRESA torna-se difcil o estabelecimento de padres de conduta para as AES CONTRA EMBOSCADAS. No entanto, ao analisarmos os objetivos atingidos por agressores em casos j conhecidos, podemos chegar a algumas idias bsicas que nos levam a concluir pela adoo de vrias medidas que possam evitar e, at mesmo, repelir, com sucesso, esse tipo de ataque. A idia principal seria: A MELHOR FORMA DE SE EVITAR UMA

    EMBOSCADA NO ENTRAR NELA. Os agressores de um VIP, normalmente, levam em considerao os seguintes aspectos para suas aes: 1.3 Informaes sobre o alvo:

    Por menores que sejam, so exploradas ao mximo no planejamento, na preparao e execuo da emboscada. Normalmente, so obtidas atravs de dados veiculados na imprensa, levantamentos da rotina descuidada da vtima, por intermdio de informaes e at elementos infiltrados em ambientes freqentados pelo VIP; 1.4 Reconhecimento:

    Visando a ambientao com a rea e a escolha do local exato para a ao, posies alternativas, bem como vias de fuga rpidas e seguras; 1.5 Planejamento:

    Considerando todas as linhas de ao provveis de serem adotadas pelo alvo. Uma vez concluda esta fase, a ao deve ser submetida a ensaio(s) em reas semelhantes e distantes da escolhida, de preferncia no exterior; 1.6 Surpresa, Rapidez e Violncia:

    Caracterizam, inicialmente, a superioridade do atacante e tendem a inibir a capacidade de reao do alvo; 1.7 Coordenao e Controle:

    Estabelecidos no planejamento e reforados no(s) ensaio(s), onde cada atacante conhece exatamente sua atuao individual e em relao ao grupo; 1.8 Mecanismo de Fuga:

    Com itinerrios bem definidos no Reconhecimento, usados distintamente pelos componentes da fora agressora, conduzindo-os a locais seguros, podendo chegar at mesmo ao exterior; e 1.9 Aproveitamento de Obstculos:

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    Naturais ou artificiais que dificultam ou impeam a manobra e a fuga do alvo, tais como pontes, barrancos, construes, etc. 2 TIPOS DE EMBOSCADAS Existem, basicamente, 02 (dois) tipos de emboscadas: DELIBERADAS E INOPINADAS Nos casos de aes contra autoridades trataremos das DELIBERADAS, pois o agressor escolhe antecipadamente o seu alvo, o local de ao e o(s) seu(s) objetivos(s): A partir dessa classificao, chegamos a 02 (dois) grupos: 2.1 Emboscada Urbana:

    Normalmente utilizada para tentativas de seqestro. Dentre os casos conhecidos, a incidncia foi maior; 2.2 Emboscada Rural:

    Normalmente utilizada para a tentativa de assassinatos. Tendo em vista que as aes empreendidas contra autoridades demonstram, normalmente, um quadro poltico instvel, normal que tais personalidades evitem deslocamentos freqentes a regies mais distantes, evitando dessa forma uma exposio perigosa. Surge a a particular eficincia da EMBOSCADA URBANA. 3 CARACTERSTICAS 3.1 Urbana:

    3.1.1 Normalmente utilizada para tentativas de seqestro com fins polticos ou obteno de fundo. Poder, ainda, objetivar assassinatos, desde que no haja oportunidade de realiz-la em rea rural ou periferias; 3.1.2 Reconhecimento minucioso, em funo dos hbitos ou rotina do alvo, bem como das vrias opes de locais adequados, itinerrios e vias de fuga; 3.1.3 Os agressores tem facilidade de se conf