concreto resumo

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CONCRETO 1- CONCEITOS: Concreto é um material formado pela mistura de cimento, água, agregado graúdo (brita ou cascalho) e agregado miúdo (areia). O concreto fresco tem consistência plástica, podendo ser moldado, na forma e dimensões desejadas, bastando lançar a massa fresca no interior de formas de madeira ou outro material adequado. O concreto endurecido tem elevada resistência à compressão, mas baixa resistência à tração. O concreto é o material mais utilizado na construção. Composto basicamente de cimento Portland, areia, brita e água, tem emprego frequente em estruturas, pavimentação, obras de arte, pré- fabricados, etc. Apesar de não ser tão resistente quanto o aço, o concreto é mais usado nas obras de engenharia por várias razões, dentre elas: Excelente resistência à água: Ao contrário do aço e da madeira, o concreto pode ser empregado nas estruturas em contato com a água sem sofrer danos. Produzido com cimentos especiais (resistentes à sulfatos) torna-se imune a ação de meios agressivos encontrados em efluentes industriais e esgotos domésticos. Facilidade de Moldagem No estado fresco, o concreto pode ser empregado para moldar peças estruturais de formas e tamanhos variados, fluindo com relativa facilidade pelas armaduras e formas. Menor custo: Os componentes básicos do concreto são de fácil obtenção e relativamente baratos resultando valores entre 25 e 40 dólares por tonelada, conforme a região. Além disso, o consumo de energia para a produção do concreto é baixo, se comparado à fabricação de outros materiais de engenharia.

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CONCRETO

1- CONCEITOS:

Concreto um material formado pela mistura de cimento, gua, agregado grado (brita ou cascalho) e agregado mido (areia).

O concreto fresco tem consistncia plstica, podendo ser moldado, na forma e dimenses desejadas, bastando lanar a massa fresca no interior de formas de madeira ou outro material adequado.

O concreto endurecido tem elevada resistncia compresso, mas baixa resistncia trao.

O concreto o material mais utilizado na construo.

Composto basicamente de cimento Portland, areia, brita e gua, tem emprego frequente em estruturas, pavimentao, obras de arte, pr- fabricados, etc.

Apesar de no ser to resistente quanto o ao, o concreto mais usado nas obras de engenharia por vrias razes, dentre elas:

Excelente resistncia gua:

Ao contrrio do ao e da madeira, o concreto pode ser empregado nas estruturas em contato com a gua sem sofrer danos. Produzido com cimentos especiais (resistentes sulfatos) torna-se imune a ao de meios agressivos encontrados em efluentes industriais e esgotos domsticos.

Facilidade de Moldagem

No estado fresco, o concreto pode ser empregado para moldar peas estruturais de formas e tamanhos variados, fluindo com relativa facilidade pelas armaduras e formas.

Menor custo:

Os componentes bsicos do concreto so de fcil obteno e relativamente baratos resultando valores entre 25 e 40 dlares por tonelada, conforme a regio. Alm disso, o consumo de energia para a produo do concreto baixo, se comparado fabricao de outros materiais de engenharia.

O concreto estrutural pode ser empregado isoladamente, sem reforos de armaduras e neste caso chamado de concreto simples.

Frequentemente, nas estruturas, o concreto empregado com reforo de armaduras, posicionadas criteriosamente ao longo das peas estruturais. Quando esta armadura alojada nas peas estruturais sem prvio alongamento, temos o concreto armado e o desempenho da estrutura depender da aderncia entre o concreto e armadura.

Quando as armaduras introduzem tenses de compresso na estrutura, capazes de impedir ou limitar a fissurao e o deslocamento da estrutura tem-se o concreto protendido.

2- QUALIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

Para que a estrutura de concreto possa atender as expectativas da fase de projeto imprescindvel que se adote um sistema de garantia da qualidade que defina os procedimentos, especificaes e responsabilidades de todos os envolvidos na produo e utilizao do edifcio.

Neste sistema devem ser considerados:

1. Planejamento

2. Projeto

3. Materiais e componentes

4. Armazenamento de materiais e componentes

5. Execuo

6. Operao e Manuteno

2.1. Planejamento

A estrutura de concreto deve permitir o alojamento das instalaes (hidrulicas, eltricas, comunicaes, ar condicionado, incndio, etc.) segundo diretrizes pr-estabelecidas no projeto de arquitetura que determinar o tipo de estrutura com vigas, lajes planas, rigidez do conjunto, etc.

2.2. Projeto

So necessrias recomendaes que estabeleam o padro de detalhamento exigido (projeto, detalhamento, memoriais descritivos), as normas que devero ser contempladas e exigncias relativas estrutura em estudo.

Estas recomendaes assim como as do planejamento devem orientar o projeto da estrutura e seu recebimento pelo contratante.

2.3. Qualificao dos Materiais

Empregar procedimentos para garantir a qualidade dos produtos utilizados na obra.

A qualificao de fornecedores indispensvel antes da aquisio dos materiais e, nesta etapa, recomendvel exigir-se ensaios dos fornecedores que atestem a conformidade dos materiais.

2.4. Recebimento e armazenamento de materiais

Aps a qualificao dos fornecedores, inicia-se a aquisio de materiais e, nesta etapa, sero necessrios documentos indicando os procedimentos exigveis para o recebimento e armazenamento.

Materiais podem necessitar de ensaios laboratoriais para a liberao. Outros, uma simples verificao visual pode ser suficiente para comprovar se o produto recebido atende s exigncias mnimas.

2.5. Execuo da Estrutura

Recomendaes quanto execuo das estruturas devero contemplar as normas em vigor e as tcnicas recomendadas para o emprego do concreto em estruturas.

Devem ser definidos os ensaios exigveis, as tolerncias para desvios na execuo, o nvel de controle, as ferramentas empregadas para a execuo e inspeo como: esquadro, fio de prumo, rgua de nvel, nvel de mangueira, laser, etc.

2.6. Operao e Manuteno

So necessrias recomendaes que orientem o contratante na utilizao adequada do edifcio, prevenindo acidentes por aes inadvertidas e descrevendo as aes de manuteno necessrias para o prolongando a vida til da edificao.

Estatsticas internacionais indicam que de 8 a 10% dos defeitos nas edificaes decorrem do uso inadequado.

Estes documentos devem incluir recomendaes que facilitem os reparos estabelecendo os procedimentos necessrios para garantir o funcionamento do conjunto do edifcio.

Devem estar ao alcance dos proprietrios, usurios e administradores da edificao.

2.7. Segurana das Estruturas de Concreto

A norma brasileira de projeto e execuo de obras de concreto armado NBR 6118 considera as resistncias e aes como variveis aleatrias, admitindo-se uma distribuio estatstica que resulta no valor caracterstico.

Para variveis com distribuies complexas ou desconhecidas, adota-se coeficientes de ponderaes parciais.

As aes so tratadas pelo coeficiente de majorao f .

Os coeficientes de majorao (m) englobam os materiais e a qualidade da execuo da estrutura

O valor de fck um termo estatstico e corresponde ao valor da resistncia a compresso com probabilidade de 5% de ser ultrapassado para menos, na amostragem de um lote. Os valores de fck e fcj (j dias) so facilmente compreendidos ao visualizar a curva de Gauss, na Figura, onde Sd o desvio padro.

Curva de Gauss

1,65 Sd

O coeficiente de minorao do concreto, resulta de outros 3 coeficientes parciais:

c1 - considera a real variabilidade intrnseca do concreto

c2 - considera as diferenas entre a produo da estrutura e dos corpos-de-prova

c3 - considera eventuais defeitos localizados

OBS.:

fc: resistncia mdia compresso do concreto;

fcj: resistncia mdia compresso aos j dias;

fck: resistncia caracterstica compresso;

fcm: resistncia mdia de dosagem.

Os corpos de prova so moldados e curados em condies padronizadas prximas das ideais e, portanto, sua resistncia no corresponde exatamente a do concreto da estrutura.

A resistncia compresso dos corpos-de-prova mede o potencial da mistura empregada, traduzindo o mximo valor possvel caso a manipulao e cura fossem ideais.

3- CLASSIFICAO DO CONCRETO

3.1. Classe

A evoluo da resistncia compresso pode ser estimada, em carter orientativo, conforme a NBR 6118 (Tabela a seguir).

Os nmeros referentes a cada classe indicam a resistncia caracterstica compresso em MPa, para a idade de 28 dias.

Os concretos so classificados em grupos de resistncia, Grupo I e Grupo II, conforme a resistncia caracterstica compresso (fck), determinada a partir do ensaio de corpos-de-prova preparados de acordo com a NBR 5738 e rompidos conforme a NBR 5739.

Dentro dos grupos, os concretos normais com massa especfica seca, de acordo com a NBR 9778, compreendida entre 2.000 Kg/m3 e 2.800 Kg/m3 so designados pela letra C seguida do valor da resistncia caracterstica compresso (fck), expressa em MPa, conforme tabelas 1 e 2 da norma.

Segundo a NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - Classificao por grupos de resistncia, o concreto utilizado para estruturas deve pertencer a uma das seguintes classes: C15, C20, C25, C30, C35, C40, C45 e C50.

Concretos C15 (Reviso da NBR 6118) somente sero empregados em fundaes e estruturas provisrias.

O concreto tem boa resistncia s tenses de compresso e nas estruturas responsvel por resistir aos esforos que produzem compresso.

Por esta razo, os projetos de estruturas especificam a resistncia compresso, que obtida em laboratrio atravs de ensaios de ruptura compresso de corpos de prova cilndricos (NBR 5739), moldados com o concreto coletado na obra, conforme a NBR 5738.

Quando se fala da resistncia de um concreto sem especificar a sua idade, deduz-se que o ensaio foi realizado aos 28 dias.

Norma NBR 6118/2004, determina que para concretos com armadura passiva (concreto armado), o valor mnimo da resistncia caracterstica compresso deve ser de 20MPa.

Onde h armadura ativa (concreto protendido), este valor no deve ser inferior a 25MPa.

3.2. Massa Especfica

A massa especfica dos concretos no estado slido varia de 2000Kg/m3 a 2800Kg/m3.

Usualmente, adota-se o valor de 2400Kg/m3, para efeito de clculo, quando no se conhece a massa especfica do concreto simples e, 2500Kg/m3 para o concreto armado.

Os concretos leves tm massa especfica entre 1600Kg/m3 e 2000Kg/m3 e podem ser aplicados em peas estruturais, enchimento de pisos, lajes e painis pr-fabricados.

Os concretos pesados tm massa especfica entre 3200Kg/m3 e 3750Kg/m3 e so utilizados em cmaras de raios X ou gama, paredes de reatores atmicos, contrapeso, lajes de sub-presso.

3.3. Composio

Na composio do concreto endurecido encontram-se os slidos da pasta de cimento, agregados, ar incorporado e gua.

Pasta de cimento representa: de 25% a 40% do volume total do concreto sendo que o cimento constitui de 7% a 15% (220 Kg/m3 a 470Kg/m3) .

A gua: de 16% a 21% (160 L/m3 a 210 L/m3).

Os agregados constituem de 60% a 80% do volume do concreto e tm grande influncia nas propriedades do concreto endurecido, exigindo cuidados relativos suas propriedades (granulometria, forma dos gros, absoro dgua) e impurezas presentes.

Para se obter concreto com uma trabalhabilidade adequada, utiliza-se uma quantidade de gua muito superior necessria para a hidratao do cimento.

Mas se o acrscimo de gua melhora a trabalhabilidade do concreto fresco, por outro lado, reduz a resistncia compresso, aumenta a permeabilidade, fator este que reduz a durabilidade do concreto endurecido.

O ajuste preciso da quantidade de gua utilizada no amassamento do concreto de fundamental importncia para se obter um concreto de boa qualidade.

3.4. Classificao segundo a ABNT NBR 8953:2009- Verso Corrigida 1:2011

1) Classifica os concretos em normais, leves ou pesado/denso, em funo de sua massa especfica, classificao que no ocorria em nenhuma outra norma.

2) Classifica os concretos em 3 grupos, sendo os grupos I e II concretos estruturais e um grupo de concretos no estruturais que seriam os fck 10 MPa e o 15 MPa. Os concretos do grupo I comeam com o fck 20 MPa e vo at o fck 50 MPa. Os concretos do Grupo II so considerados de alto desempenho e comeam com fck 55 MPa e atingem at fck 100 MPa.

3) Classifica os concretos pela sua trabalhabilidade, sendo criadas 5 classes: S10: concretos com consistncia seca, que vo desde o abatimento 10mm at 45mm;

S50: concretos pouco trabalhveis, que vo desde o abatimento 50mm at 95mm;

S100: concretos de aplicao normal, que vo desde o abatimento 100mm at 155mm;

S160: concretos plsticos aplicados por bombeamento, que vo desde o abatimento 160mm at 215mm;

S220: os concretos fludos.

4. PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

Concreto fresco: concreto no estado plstico, antes do endurecimento.

Propriedades no estado fresco: maior interesse para a aplicao.

Algumas propriedades do concreto endurecido dependem fundamentalmente de suas caractersticas enquanto no estado fresco.

4.1 TRABALHABILIDADE

a propriedade mais importante do concreto fresco e engloba diversas caractersticas de difcil avaliao quantitativa.

O concreto considerado trabalhvel quando apresenta caractersticas:

Consistncia e dimenso mxima do agregado adequadas obra a que se destina, tais como: dimenses das peas, espaamento e distribuio das armadura;

Adequado ao mtodo de lanamento, adensamento e acabamento empregado, sem apresentar segregao ou exsudao, podendo ser adequadamente compactado e envolvendo totalmente as armaduras.

O esforo para manipular uma quantidade de concreto fresco com perda mnima de sua homogeneidade determina sua trabalhabilidade.

A consistncia, medida pelo ensaio de abatimento do tronco de cone, indica a mobilidade e fluidez do concreto.

A dificuldade para adensar o concreto determinada pelas caractersticas de mobilidade e pela facilidade com que a eliminao de vazios pode ser atingida, sem prejudicar sua estabilidade.

A estabilidade da mistura ou coeso indica a capacidade de reteno de gua (oposta da exsudao) e a capacidade de reteno do agregado grado na massa de concreto fresco (oposto da segregao).

Pode-se dizer que os dois componentes principais da trabalhabilidade so a fluidez, que determina a facilidade de mobilidade e a coeso que determina a resistncia exsudao e segregao da mistura.

Na prtica, a definio do teor de gua adequado tem grande importncia na trabalhabilidade do concreto fresco:

Mistura muito seca: exigir o emprego excessivo de energia no adensamento e poder resultar no adensamento inadequado e em superfcies mal acabadas.

Mistura mida pode encarecer a mistura e provocar a desagregao e enfraquecimento da estrutura concretada.

A falta de gua mais prejudicial que um pequeno excesso.

O concreto fresco deve encher completamente as frmas e, alm disso, possuir condies para depositar-se sem perder a continuidade (uniformidade).

A perda de continuidade ou coeso decorre da separao dos constituintes da mistura de duas formas distintas:

1.a) Forma de segregao: os gros maiores tendem a se separar dos demais quando o concreto transportado em calhas ou depositado nas frmas. Uma das causas desta segregao a diferena de tamanhos de gros e da massa especfica dos constituintes.

Seu aparecimento pode ser prevenido pela escolha conveniente da granulometria dos agregados e pelos cuidados tomados nas operaes de mistura, transporte, lanamento e adensamento do concreto fresco. Em misturas muito plsticas, observa-se a separao da pasta.

Este tipo de segregao observa-se tambm quando da vibrao muito intensa durante o adensamento do concreto, que obviamente resultar num concreto descontnuo e mais fraco.

2.a) Forma de segregao, a gua da mistura tende a elevar-se at a superfcie do concreto recm lanado, fenmeno conhecido como exsudao.

Dos constituintes da mistura, a gua o mais leve e sob a ao da gravidade os slidos dispersos na mistura tendem a se sedimentar enquanto que a gua migra para a superfcie.

A exsudao decorre da incapacidade dos agregados em reter a gua na mistura. A gua exsudada acumula-se embaixo dos agregados maiores e embaixo das barras horizontais da armadura quando esta existe. Este fenmeno, que ocorre particularmente na parte superior dos elementos estruturais, torna o concreto desta regio mais poroso e enfraquecido. A aderncia da pasta ao agregado ou armadura fica prejudicada.

O conceito de trabalhabilidade envolve tambm caractersticas relativas natureza da obra em questo e aos mtodos construtivos empregados:

- Um concreto adequado concretagem de peas de grandes dimenses e pouco armadas pode no ser o adequado para peas delgadas e muito armadas.

- Um concreto adequado para o adensamento com vibrao, dificilmente ser adensado satisfatoriamente manualmente.

4.2 FATORES QUE INFLUENCIAM NA TRABALHABILIDADE

4.2.1. Teor gua/Mistura Seca

Este o principal fator que influi na consistncia do concreto fresco.

Para uma mesma granulometria e consumo de cimento, o acrscimo gradual de gua vai tornando a mistura mais plstica.

Quando a quantidade de gua excede um certo limite, a pasta torna-se to fluida que se segrega da mistura. Neste estado, os gros de agregado passam a atritar-se diretamente uns sobre os outros, o que resulta em perda da fluidez e conseqentemente da trabalhabilidade.

4.2.2. Tipo e finura do Cimento

Para uma mesma consistncia os cimentos Portland podem diferir quanto necessidade de gua na mistura.

Quanto maior o teor de cimento, tanto maior a quantidade de gua necessria. Concretos que possuam uma quantidade elevada de cimento ou cimento muito fino apresentam excelente coeso, mas uma tendncia a ser viscoso.

4.2.3. Granulometria e Forma do Gro

Ex.: Admitindo-se mantidas as quantidades de cimento e gua num concreto e variando-se a proporo dos agregados, conforme segue:

a) 70% Areia e 30% Brita

b) 50% Areia e 50% Brita

c) 30% Areia e 70% Brita

Com o aumento da proporo de brita, a superfcie total dos gros diminui, o que contribui para um melhor envolvimento dos gros pela pasta e uma reduo do atrito interno da mistura; consequentemente o concreto fica mais plstico Figuras A e B

FIG.: Influncia da granulometria

Se a quantidade de brita aumentar excessivamente, a falta de argamassa criar vazios na mistura permitindo o atrito direto das britas, resultando em grande perda da plasticidade com dificuldades para o adensamento (FIG.c).

A forma do gro do agregado tambm tem influncia:

- Formas esfricas e cbicas exigem menos gua para uma mesma consistncia e, portanto devem ser preferidas.

- Dimetro mximo do agregado grado

- A NBR 6118 limita a dimenso mxima caracterstica do agregado grado utilizado no concreto, em funo da espessura nominal do cobrimento: Dmx.: 1,2 Cnom.

Nas vigas, o espaamento mnimo entre as faces livres das barras longitudinais tem que ser, pelo menos, 20% maior (1,2x) que a dimenso mxima caracterstica do agregado grado.

A dimenso mxima do agregado tambm dever se compatvel com o equipamento de transporte do concreto.

4.2.4. Aditivos

O uso de aditivos redutores de gua (plastificantes) para uma quantidade de gua constante pode aumentar o abatimento do concreto.

Os incorporadores de ar aumentam o volume da pasta e melhoram a consistncia da mistura. Este tipo de aditivo aumenta a coeso atravs da reduo da exsudao e segregao.

4.2.5. Tempo, Temperatura e Umidade Relativa do Ar

As misturas de concreto fresco enrijecem com o tempo. Isto no deve ser confundido com a pega do cimento, pois resulta da absoro de parte da gua pelo agregado e da evaporao de outra parte, principalmente se o concreto exposto ao sol, vento, temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar.

4.3. CONSISTNCIA

A consistncia do concreto definida pelo:

Tipo de transporte do concreto dentro da obra;

Dificuldade da aplicao do concreto;

Complexidade da forma;

Quantidade de armadura

ENSAIO DE ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE- SLUMP TEST

NBR NM-67/ Fev. 1998 (anterior: NBR 7223)

Este ensaio, embora no represente uma boa avaliao da trabalhabilidade, serve para a anlise da consistncia de concretos plsticos.

No indicado para concretos de consistncia muito seca ou fluida e tem como principal utilidade, controlar a uniformidade entre as diversas amassadas.

O ensaio consiste em preencher um tronco de cone padro com concreto fresco e, aps o preenchimento, remove-se o molde determinando-se o quanto o concreto abateu em centmetros. Este parmetro conhecidocomo abatimento Slump (em ingls). Ver slides 19 a 22 para mais detalhes.

A tabela a seguir, indica os limites de consistncia em funo da aplicao e tipo de adensamento do concreto:

A tabela a seguir, indica os limites de consistncia em funo da aplicao e tipo de adensamento do concreto:

No Manual do Concreto (ABCP) so indicadas alguns valores do abatimento: em condies normais, tem-se as seguintes consistncias medidas pelo abatimento do tronco de cone: (Fonte Manual do Concreto/ABCP):

20 (10mm): concreto consistncia seca, utilizado em extrusoras de concreto, e concreto projetado via seca;

40 (1 mm): concreto para piso, aplicados com vibro-acabadoras; 60 (10mm): concreto convencional;

100 (20mm): concreto bombevel;

120 (20mm): concreto bombevel para distncia vertical e/ou horizontal; mdia; concreto aparente;

150 (20mm): concreto bombevel para distncia vertical ou horizontal grande;200 (30mm) ou 220(30mm): hlice contnua; parede diafragma/ estao; concreto auto-

adensvel.

4.4. ADITIVOS PARA O CONCRETO (Artigo da ABESC)

O desconhecimento e a falta de informao gerou, ao longo dos anos, um certo preconceito quanto utilizao desses produtos; se for mal utilizado, com certeza trar prejuzos. Para o Eng. Levy von Sohsten Rezende, coordenador tcnico da ABESC, aditivo no um remdio; ele no corrige uma dosagem mal feita.

Segundo o Eng. Mauro Movikawa, da Reax: o engenheiro deve sempre consultar a e com a assistncia tcnica dos produtores/fabricantes.

Histria: os aditivos so bastante antigos. J eram utilizados pelos romanos muito antes da existncia do concreto de cimento Portland. Na Roma Antiga, eles usavam clara de ovo, sangue de animal e outros ingredientes como aditivos. Os aditivos so produtos qumicos adicionados mistura de concreto em teores no maiores que 5% em relao massa de cimento.

Pode-se afirmar que existem atualmente 9 tipos fundamentais de aditivos: aceleradores, retardadores, incorporadores de ar, plastificantes e superplastificantes (e seus derivados, aceleradores e retardadores).

Aditivos aceleradores: tm como principal objetivo acelerar o processo de endurecimento do concreto, enquanto os retardadores adiam essa reao.

Aditivo plastificante (muito utilizado no Brasil pelo setor concreteiro): tem como principais propriedades a reduo da gua e a melhoria da trabalhabilidade da mistura, facilitando o seu adensamento e acabamento. Destaca-se ainda a melhoria nas condies de transporte at a obra, ocasionada pela diminuio da perda de consistncia ao longo do tempo que impe limites prestao dos servios de concretagem.

Aditivos superplastificantes: surgiram a partir da dcada de 70. Com eles, foi possvel grande avano na tecnologia do concreto, que a dosagem de concretos com resistncias elevadas.

Possibilitam a execuo de concretos de elevada resistncia (como o CAD). Isto porque se trabalha com baixssimo teor de gua e consequentemente aumento da resistncia.o Um aditivo deste pode reduzir em at 30% a quantidade de gua no concreto (Eng. Levy , da ABESC).

Aditivos incorporadores de ar: consistem na introduo de microbolhas de ar, com o objetivo de melhorar a trabalhabilidade do concreto (aumenta a durabilidade, diminui a permeabilidade e a segregao, deixando o concreto mais coeso e homogneo).

5. PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO

5.1. Resistncia do Concreto

Propriedade mais valorizada, e mais controlvel

Resistncia/Ruptura:

Tenso mxima que a amostra de concreto pode suportar;

Inversamente proporcional porosidade;

Fatores que influem na resistncia podem ser classificados em 3 categorias:

1) Caractersticas e propores dos materiais

2) Condies de Cura

3) Parmetros do ensaio

Ensaio de compresso: nem sempre h sinais visveis de fratura externa, no entanto, as fissuras internas tero atingido um estado avanado tal que o corpo-de-prova no suporta mais uma carga maior.

5.1.1. Resistncia Trao

Os ensaios para determinao direta da resistncia do concreto trao axial (fct) so de difcil execuo. As dificuldades decorrem de problemas de fixao do corpo-de-prova mquina de ensaio para que a ruptura no ocorra por influncia das garras de fixao.

Embora a resistncia trao do concreto seja baixa e at ignorada nos projetos de edificaes, seu valor pode ser til nos servios em que estejam previstas retraes decorrentes de variao de umidade e temperatura.

Nestes casos adota-se o ensaio desenvolvido pelo engenheiro brasileiro Lobo Carneiro, conforme a NBR 7222 - Resistncia trao simples de argamassa e concreto por compresso diametral de corpos-de-prova cilndricos.

Sob a ao da carga vertical P, surgem tenses horizontais de trao, que so determinadas pela expresso abaixo:

Vrias alternativas foram propostas. De modo geral, admite-se o ensaio de ruptura por trao na flexo de corpos-de-prova de concreto simples e o ensaio de ruptura indireta por compresso diametral de cilindros iguais aos usados no ensaio de compresso (1).

Resistncia trao indireta fct,sp - segundo a ABNT NBR 7222:

Outro ensaio que permite avaliar a resistncia trao do concreto o ensaio de flexo de prismas. Utilizam-se dois tipos de carregamentos, como segue:

O ensaio de flexo utilizado com frequncia para o controle do concreto e rodovias e pavimentos de aeroportos, onde as solicitaes de flexo so mais acentuadas que as de trao axial.

No ensaio de flexo, como se considera uma relao tenso de deformao linear ao longo de toda a seo da viga, os valores da resistncia trao obtidos tendem a ser superestimados.

Resistncia trao na flexo fct,f, segundo a NBR 12142: flexo pura

Resistncia trao direta fct pode ser considerada igual a:

0,9 fct,sp (indireta) ou 0,7 fct,f (na flexo)

Na falta de ensaios para obteno de fct,sp e fct,f , pode ser avaliado o seu valor mdio ou caracterstico por meio das equaes seguintes:

Onde:fct,m e fck so expressos em MPa.

Resistencia a trao ( 10 a 15% da Resistencia a compresso )

5.1.2. Determinao da Resistncia Compresso

A resistncia compresso a propriedade de maior interesse no estudo e aplicao do concreto em estruturas.

Ensaio de compresso: nem sempre h sinais visveis de fratura externa, no entanto, as fissuras internas tero atingido um estado avanado tal que o corpo-de-prova no suporta mais uma carga maior.

Normas:

ABNT NBR 5738:2003 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilndricos ou prismticos de concreto

ABNT NBR 5739:2007- Ensaio de compresso de corpos-de-prova cilndricos.

Moldagem e cura de corpos-de-prova cilndricos ou prismticos de concreto NBR 5738:2003

A) Moldes Cilndricos

Devem ter altura igual ao dobro do dimetro.

dimetro deve ser de 10, 15, 20, 25, 30 ou 45 cm.

As medidas diametrais tm tolerncia de 1% e a altura 2%.

Os planos das bordas circulares extremas do molde devem ser perpendiculares ao eixo longitudinal do molde.

B) Moldes Prismticos

Devem ter seo transversal quadrada, com superfcies lisas e livres de salincias, e cumprir com os seguintes requisitos:

- O comprimento deve ser pelo menos 50 mm maior que o vo de ensaio e 50 mm maior que trs vezes a dimenso do lado da seo transversal do corpo- de-prova;

- A dimenso transversal deve ser de no mnimo 150 mm;

- A tolerncia das dimenses deve ser inferior a 2% e nunca maior do que 2mm.

Ensaio- moldagem:

1.o) Aps determinao do trao do concreto atravs da DOSAGEM (Parte 2) do Preparo (manual ou mecnico; in loco ou em central) (Parte 3);

2.o) Adensamento manual com haste :

No adensamento de cada camada devem ser aplicados golpes de socamento, uniformemente distribudos em toda a seo transversal do molde, conforme Tabela 1.

No adensamento de cada camada, a haste de socamento no deve penetrar na camada inferior j adensada.

Se a haste de socamento criar vazios na massa do concreto, deve-se bater levemente na face externa do molde at o fechamento deste.

Com auxlio de uma rgua metlica ou colher de pedreiro, fazer o rasamento na superfcie do molde de modo a ficar uniforme (Figura).

Adensamento vibratrio:

- Colocar todo o concreto de cada camada antes de iniciar a vibrao;

- A vibrao deve ser aplicada, em cada camada, apenas o tempo necessrio

para permitir o adensamento conveniente do concreto no molde.

- Esse tempo considerado suficiente, no instante em que o concreto apresente

superfcie relativamente plana e brilhante.

- Quando empregado vibrador de imerso, deixar a ponta deste penetrar aproximadamente 25 mm na camada imediatamente inferior.

- Durante o adensamento, o vibrador de imerso no deve encostar nas laterais e no fundo do molde, devendo ser retirado lenta e cuidadosamente do concreto.

- Aps a vibrao de cada camada, bater nas laterais, de modo a eliminar as bolhas de ar e eventuais vazios criados pelo vibrador.

- No caso de corpo-de-prova cilndrico, de dimenso bsica igual a 100 mm ou 150 mm, o vibrador de imerso deve ser inserido ao longo do eixo do molde.

- No caso de corpo-de-prova prismtico de dimenso bsica igual a 150 mm, o vibrador de imerso deve ser inserido perpendicularmente superfcie do concreto, em trs pontos equidistantes ao longo do eixo maior do molde.

- A vibrao deve ser procedida inicialmente no ponto central e posteriormente em cada um dos pontos extremos, que devem distar um quarto do comprimento em relao s extremidades deste.

Moldagem e cura de corpos-de-prova cilndricos ou prismticos de concreto NBR 5738:2003

Ensaio- Cura

Cura inicial

Aps a moldagem, colocar os moldes sobre uma superfcie horizontal rgida, livre de vibraes e de qualquer outra causa que possa perturbar o concreto.Durante as primeiras 24 hs (no caso de corpos- de-prova cilndricos), ou 48 hs (no caso de corpos- de-prova prismticos), todos os corpos-de-prova devem ser armazenados em local protegido de intempries, sendo devidamente cobertos com material no reativo e no absorvente, com a finalidade de evitar perda de gua do concreto.

Os corpos-de-prova a serem ensaiados a partir de um dia de idade, moldados com a finalidade de verificar a qualidade e a uniformidade do concreto utilizado em obra ou para decidir sobre sua aceitao, devem ser desmoldados 24 hs aps o momento de moldagem, no caso de corpos-de-prova cilndricos, ou aps 48 hs, para corpos-de- prova prismticos.

Antes de serem armazenados, os corpos-de-prova devem ser identificados. Imediatamente aps sua identificao, os corpos-de-prova devem ser armazenados at o momento do ensaio em soluo saturada de hidrxido de clcio a (23 2)C Os corpos-de-prova no devem ficar expostos ao gotejamento em cmara mida temperatura de (23 2)C e umidade relativa do ar superior a 95%, nem ao de gua em movimento.

Impedir a secagem das superfcies dos corpos-de-prova prismticos entre o momento em que so retirados do local de cura e a realizao do ensaio. Na prtica: retira-se o corpo de prova da soluo 24h antes do ensaio.

Ensaio- Preparao das bases dos corpos-de-prova cilndricos para rompimento aps a cura: REMATE, RETIFICAO ou CAPEAMENTO

a) Remate com pasta de cimento (procedimento opcional)

Decorridas 6 hs a 15 hs do momento da moldagem, passar uma escova de ao sobre o topo do corpo-de-prova e remat-lo com uma fina camada de pasta de cimento consistente, com espessura menor ou igual a 3 mm.

A pasta deve ser preparada de 2 hs a 4 hs antes de seu emprego.

O acabamento dos topos dos corpos-de-prova deve ser feito com o auxlio de uma placa de vidro plana, com no mnimo 12 mm de espessura e dimenses que ultrapassem em pelo menos 25 mm a dimenso transversal do molde.

b) Retificao

Consiste na remoo, por meios mecnicos, de uma fina camada de material do topo a ser preparado. Esta operao normalmente executada em mquinas especialmente adaptadas para essa finalidade, com a utilizao de ferramentas abrasivas.

A retificao deve ser feita de tal forma que se garanta a integridade estrutural das camadas adjacentes camada removida, e proporcione uma superfcie lisa e livre de ondulaes e abaulamentos.

As falhas de planicidade, em qualquer ponto da superfcie obtida, no devem ser superiores a 0,05 mm.

c) Capeamento

Consiste no revestimento dos topos dos corpos-de-prova com uma fina camada de material apropriado, como enxofre ou almofadas elastomricas. Ou uma mistura de enxofre e caulim ou cimento e 5% a 10% de negro-de- fumo. Deve ser utilizado um dispositivo auxiliar, denominado capeador, que garanta a perpendicularidade da superfcie obtida com a geratriz do corpo-de-prova.

A superfcie resultante deve ser lisa, isenta de riscos ou vazios e no ter falhas de planicidade superiores a 0,05 mm em qualquer ponto.

A espessura da camada de capeamento no deve exceder 3mm em cada topo.

Outros processos podem ser adotados, desde que estes sejam submetidos avaliao prvia por comparao estatstica, com resultados obtidos de corpos de prova capeados por processo tradicional, e os resultados obtidos apresentem-se compatveis.

A superfcie que ficar em contato com os pratos da prensa deve ser plana e normal geratriz do cilindro.

d) Capeamento com enxofre

A NM 77:96 recomenda:

A resistncia compresso da argamassa de enxofre seja superior a 34,5 MPa aps 2hs a sua moldagem;

O material de capeamento no deve fluir nem fraturar durante o ensaio dos corpos- de-prova e deve apresentar resistncia compresso e mdulo de elasticidade superiores ao do concreto a ser ensaiado;

A dosagem aproximada em massa para a argamassa de enxofre.

e) Sistemas de capeamento no colados

Capeamento elastomrico confinado - ASTM C 1231/C 1231M (2000)

As almofadas elastomricas se deformam no carregamento inicial e se conformam no contorno das extremidades do cilindro, sendo impedidas de deslocarem-se lateralmente por prato de metal com anel, proporcionando-se assim uma distribuio uniforme da carga no topo do corpo de prova.

Os capeamentos no colados so admitidos em uma ou em ambas superfcies do corpo de prova. No devem ser usados para ensaios de aceitao de concretos com resistncias abaixo de 10 MPa e acima de 85MPa;

Ensaio Rompimento dos corpos-de-prova

At a idade de ensaio, os corpos-de-prova devem ser mantidos em processo de cura mida ou saturada;

As faces de aplicao de carga dos corpos-de-prova (topos inferior e superior) devem ser rematadas.

Os corpos-de-prova devem ser rompidos compresso em uma dada idade especificada, com as tolerncias de tempo descritos a seguir:

A carga de ensaio deve ser aplicada continuamente e sem choques com velocidade de carregamento (Tabela)

Nenhum ajuste deve ser efetuado nos controles da mquina, quando o corpo-de- prova estiver se deformando rapidamente ao se aproximar de sua ruptura.

O valor da tenso de ruptura compresso (fc) dos corpos-de-prova obtido pela expresso:

Forma de Ruptura do Concreto

Ruptura compresso de concretos de baixa resistncia ou mdia resistncia fck40MPa.

O carregamento do corpo-de-prova provoca o aparecimento de fissuras, cuja orientao segue a mesma orientao das tenses de compresso.

Prximo aos pratos da prensa, por ao de foras de atrito, a ruptura ocorre em forma de cone.

A ruptura real, sem ao das tenses de atrito criadas pelo contato dos pratos (FIG.):

Forma de Ruptura do Concreto

Tipos de ruptura dos corpos de prova- Anexo da ABNT NBR 5739:2007

Ensaio Apresentao dos resultados

O certificado de resultados de ensaio de corpos-de- prova moldados segundo a NBR 5738 deve conter as seguintes informaes:

a) nmero de identificao do corpo-de-prova;

b) data de moldagem;

c) idade do corpo-de-prova;

d) data do ensaio;

e) dimenses dos corpos de prova;

f) tipo de capeamento empregado;

g) classe da mquina de ensaio (segundo NBR-NM-ISO-7500-1:2004);

e) resultado da resistncia compresso individual dos corpos-de-prova e do

exemplar;

f) tipo de ruptura do corpo-de-prova (opcional).

Quando a disperso entre resultados de um mesmo exemplar for significativa, convm investigar o tipo de ruptura, pois defeito na moldagem e/ou no arremate dos topos e bases dos corpos de prova podem ser identificados e sanados.

Geralmente quando ocorre uma disperso significativa a ruptura enquadra-se nos tipos F e G (com fraturas junto ao topo e/ou base).

6- FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESISTNCIA DO CONCRETO

6.1- Relao gua/cimento

A relao entre a quantidade de gua e a quantidade de cimento utilizados num concreto comumente conhecida como relao gua/cimento. A resistncia de um concreto depende principalmente da resistncia da pasta, alm da aderncia da pasta ao agregado e outras propriedades de agregado.

O excesso de gua no concreto resultar numa pasta mais porosa e, consequentemente, em menor resistncia compresso, alm de menor aderncia entre a pasta e o agregado. Da a importncia da relao gua/cimento no estudo da resistncia do concreto.

A expresso conhecida como Lei de Abrams permite avaliar a resistncia do concreto em funo da relao gua/cimento.

A: valor da ordem de 1.000

B: nmero varivel com a idade e qualidade do aglomerante

A expresso permite determinao da resistncia em funo da gua e do cimento e que resultou num baco conhecido como Curva de Abrams:

6.2- Grau de Hidratao

Na hidratao do cimento, os cristais originados constituem um slido resistente chamado de gel de silicato de clcio hidratado. O volume do produto de hidratao pode ser 100% maior que o volume do slido de cimento, antes da hidratao.O resultado que os fenmenos que conduzem ao endurecimento e evoluo da resistncia do concreto, provocam o entrelaamento dos cristais que vo se expandindo dentro dos limites da pasta, com a evoluo da hidratao.

6.3- Tipo e Teor de Cimento

O cimento sem dvida o componente que mais influi na resistncia de um concreto. Dentre as caractersticas do cimento que interferem na resistncia esto:

Finura

Composio qumica

Os gros mais finos hidratam com mais velocidade influenciando nas resistncias iniciais e pouco nas resistncias em longo prazo. Os compostos C3A e C4AF hidratam primeiro, mas pouco interferem na resistncia do concreto. J o C3S hidrata com maior velocidade, desenvolvendo a resistncia nas primeiras idades. O C2S tem grande influncia na resistncia, mas de forma mais lenta.

6.4- Qualidade da gua

Algumas impurezas presentes na gua podem prejudicar a pega do cimento ou a resistncia do concreto.

Em geral, a gua potvel considerada adequada produo do concreto, desde que isenta de acar e citratos. A utilizao de guas agressivas no amassamento do concreto deve ser estudada com cuidado, levando-se em considerao seus efeitos na pega do cimento, na resistncia do concreto e na corroso das armaduras. Para peas em concreto protendido, o emprego de gua do mar proibido.

O pH recomendado para a gua de amassamento deve estar entre 5 a 8.

6.5- Influncia do Agregado

Aderncia da pasta/agregado

A ligao entre a pasta e o agregado depende da textura superficial e da composio qumica de seus gros.Sabe-se que gros com maior rugosidade superficial aumentam a resistncia compresso e flexo do concreto.

Para agregados derivados de basalto, cuja composio apresenta maiores teores de slica, obtm-se melhores resultados de aderncia.

Tamanho do Gro

Para concretos de elevada resistncia compresso, dimenso mxima acima de 38mm, pode conduzir a resultados desfavorveis, principalmente porque gros maiores tm menor rea de contrato agregado/pasta e, consequentemente, as tenses de contato so mais elevadas. A descontinuidade granulomtrica outra explicao para esta reduo de resistncia, por aumentar a heterogeneidade do concreto.No quadro a seguir, observa-se a influncia do tamanho do gro na resistncia do concreto.

Resistncia do Gro

Os agregados mais resistentes produzem, para uma mesma relao

gua/cimento, concretos mais resistentes.

Mdulo de Deformao do Gro

Quanto maior a rigidez do agregado, maior ser a parcela das cargas externas absorvidas por ele.Isto alivia o efeito das cargas externas sobre a pasta, resultando no aumento da resistncia do concreto.

6.6- Influncia da Idade

A resistncia do concreto cresce com sua idade, com velocidade distinta para cada tipo de cimento.

6.7- Influncia da Cura

A cura representa todos os cuidados adotados para facilitar a hidratao do cimento, como o controle da temperatura e da umidade.

A funo da cura manter o concreto saturado, ou o mais prximo possvel da saturao, at que o espao ocupado pela gua da pasta do cimento tenha sido preenchido, no volume desejado, pelos produtos da hidratao do cimento. A saturao completa do cimento Portland exige, de gua, cerca de 40% do total de sua massa. Cerca de 23% desta gua quimicamente combinada para a formao dos chamados produtos de hidratao e o resto fica fisicamente absorvido na superfcie das partculas do gel.

Normalmente o concreto feito com relao a/c superior a 0,4 e contm, por conseguinte, mais gua do que necessria para a hidratao do cimento. Nessas condies, a hidratao se processar ininterruptamente, desde que o concreto no venha a se ressecar.

Observa-se que o progresso da resistncia funo no apenas da idade, como tambm da temperatura a que se submete o concreto.

Chama-se de maturidade a somatria do produto idade x temperatura, expressa em oC x horas ou oCx dias. A resistncia uma funo da maturidade do concreto, conforme mostra a equao:

Onde:

= temperatura, em graus Celsius

t = tempo, em horas ou dias

Alternativa para acelerar o desenvolvimento da resistncia:

Elevao da temperatura promovendo a cura do concreto com vapor;

A combusto de gases, aquecimento eltrico e radiao infravermelha.

6.8- Influncia relativa ao Ensaio

Dentre os fatores que mais influenciam nos resultados de ensaios, destacam-se:

- Moldagem dos corpos de prova

- Forma e dimenses dos corpos de prova

Na moldagem dos corpos-de-prova o adensamento inadequado o grande responsvel por desvios obtidos nos valores de resistncia (ABNT NBR 5738: 2003).

A qualidade do capeamento efetuado antes do rompimento dos corpos de prova tambm influenciam na eficincia do ensaio e consequentemente nos resultados de resistncia do concreto.

7- Outras propriedades do concreto

7.1- Resistncia abraso

A resistncia abraso uma caracterstica importante nas superfcies sujeitas movimentao de cargas. A destruio da estrutura do material se processa quer por rompimento dos gros do agregado, quer pelo rompimento dos gros, quer pelo seu arrancamento.

A utilizao de agregados mais duros e de maior tamanho de gro diminui o desgaste. A melhor qualidade da pasta de cimento de unio dos gros dos agregados contribui na mesma direo.

De um modo geral, a resistncia abraso cresce proporcionalmente com a resistncia compresso do concreto entre 200 e 400 Kg/cm2.

Com resistncias inferiores a 200 Kg/cm2, o desgaste cresce mais rapidamente.

7.2- Condutibilidade eltrica

extremamente varivel com a composio e, sobretudo com a umidade. Para os concretos comuns de 300 kg de cimento por m3 de dosagem, a resistncia eltrica varia entre 104 e 107 ohms/cm2, entre as idade de 1 dia e 800 dias, havendo um aumento de 1000 vezes em sua resistncia.

O concreto um mau condutor de eletricidade, no chegando, porm, a ser um isolante.

7.3- Propriedades trmicas

Os concretos usuais conduzem melhor o calor do que os concretos de baixa densidade e as alvenarias.

A condutibilidade, o calor especfico, a dilatao trmica e resistncia ao fogo englobam caractersticas trmicas que dependem em especial da espessura da pea e dos materiais empregados na composio do concreto (cimento, agregados, ao).

7.4- Propriedades acsticas

Do ponto de vista de tratamento acstico nos edifcios, o concreto usual, estrutural, responde pela propagao sonora em proporo relativamente modesta.

O concreto influencia especialmente no isolamento sonoro este vai depender diretamente da espessura da pea.

8. Deformaes do Concreto

As variaes do volume do concreto podem ser causadas por mudanas do teor de gua (higromtricas), reaes qumicas, variao de temperatura (trmicas) ou pela ao de cargas (mecnicas).

8.1- Retrao

A retrao do concreto a reduo do volume de forma reversvel ou no, em razo da reduo do teor de gua. Quando a retrao ocorre no concreto ainda fresco minutos aps o adensamento, ela chamada de retrao plstica e frequentemente acompanhada por abertura de fissuras.

A umidade do ar, a temperatura, a velocidade do vento e o volume da concretagem so fatores que influenciam neste tipo de deformao.

Quando a retrao resulta do movimento da gua na pasta j endurecida chamada de retrao hidrulica podendo atingir valores da ordem de 800x10- 6 para umidades relativas entre 25% e 50%.

Quando a retrao resulta do movimento da gua na pasta j endurecida chamada de retrao hidrulica podendo atingir valores da ordem de 800x10-6 para umidades relativas entre 25% e 50%.

A finura do cimento, concentrao dos agregados, relao gua/cimento, condies de cura e as dimenses da pea concretada so fatores que influenciam neste tipo de deformao.

A retrao pode ocorrer, tambm, em razo da hidratao contnua do cimento, principalmente em grandes massas de concreto e em peas com dimenses transversais acima de 30cm.

Este tipo de retrao chamado de retrao autgena e atinge valores em torno de 400x10-6 at a idade de 60 dias, quando se estabiliza.

A combinao do CO2, da atmosfera, com compostos hidratados do cimento, como o Ca(OH)2, resulta produtos slidos de volume menor. Isto provoca a retrao por carbonatao, que atinge valores em torno de 800x10-6.

8.2- Dilatao Trmica

Como o coeficiente de dilatao trmica da pasta cimento maior que o dos agregados, o coeficiente de dilatao trmica da mistura tanto menor, quanto maior for a concentrao dos agregados.

8.3- Deformaes devidas ao de carregamentos

8.3.1- Mdulo de deformao

A relao entre a tenso de compresso aplicada ao concreto e a deformao decorrente chamada de mdulo de deformao e, expressa a sua rigidez.

O diagrama tenso-deformao do concreto no linear e seu mdulo de deformao deve ser estimado, uma vez que um parmetro importante no projeto de estruturas de concreto.

Dentre os fatores que influenciam no mdulo de deformao do concreto esto: o mdulo de deformao do agregado, a concentrao de agregado e a resistncia do concreto.

8.3.2- Mdulo de Poison:

A relao entre a deformao transversal e a deformao longitudinal chamada de coeficiente de Poison.

Para o concreto a NBR 6118 recomenda o valor de 0,2, para as deformaes elsticas.

8.3.3- Fluncia

o aumento da deformao decorrente da ao de tenses constantes ao longo do tempo, como indicado esquematicamente na figura.

Inicialmente, h uma relao proporcional entre tenso e deformao e, adicionalmente, h uma deformao cuja presena e magnitude so influenciadas pelo tempo durante o qual a tenso aplicada atua. A relao tenso-deformao uma funo do tempo

Do mesmo modo que a retrao hidrulica, a fluncia parcialmente recupervel.

Com o descarregamento: observa-se uma reduo instantnea da deformao devida recuperao elstica.

A recuperao instantnea seguida de uma gradual reduo de deformao com consequente recuperao da fluncia. Dentre os fatores que contribuem para a fluncia do concreto destacam-se: Temperatura elevada e baixa umidade relativa;

Baixa resistncia da pasta;

Baixa concentrao de agregados.

A aplicao de uma tenso constante em uma pea de concreto sob condies de umidade relativa de 100% leva a um aumento da deformao ao longo do tempo, chamada fluncia bsica. Considera-se que na fluncia bsica j est embutida a deformao autgena sofrida pelo concreto.

A fluncia adicional que ocorre quando a pea sob carga tambm est submetida a secagem chamada fluncia por secagem.

A fluncia total a soma das fluncias bsica e por secagem.

O termo "fluncia especfica" aqui definido como a deformao de fluncia por unidade de tenso aplicada e "coeficiente de fluncia" definido como a relao entre a deformao por fluncia e a deformao elstica. Aps um ano sob carga mantida a deformao do concreto, devido fluncia, pode atingir at trs vezes o valor da deformao observada no instante de aplicao da carga.

8.3.4- Permeabilidade do Concreto

a facilidade com que um fluido pode escoar atravs de um corpo slido.

Tanto a pasta de cimento como os agregados tm alguma porosidade e, o prprio concreto contm vazios decorrentes da dificuldade de adensamento que variam de 1% a 10% da mistura.

Sabe-se que o movimento da gua atravs de uma parede de concreto ocorre pelo gradiente de umidade entre os dois lados, ou por efeito osmtico, e no apenas pela altura piezomtrica.

A permeabilidade uma propriedade de grande importncia na durabilidade das estruturas de concreto, particularmente naquelas em contato com a gua.

8.3.4.1- Influncia do grau de hidratao e da composio da pasta

Para um mesmo grau de hidratao, a permeabilidade do concreto menor quanto menor for a relao gua/cimento. Quanto maior o grau de hidratao da pasta, com o passar do tempo, menor o espao disponvel para o gel e, consequentemente, menor a permeabilidade. Para que isso ocorra, fundamental a cura do concreto.

A composio do cimento tem influncia na velocidade de hidratao e, somente neste aspecto afeta permeabilidade. Sabe-se que, para uma mesma relao gua/cimento, cimentos com menor rea especfica produzem concretos com mais porosidade que cimentos mais finos.

8.3.4.2- Influncia do agregado

Se o agregado de um concreto tem baixa permeabilidade a rea onde o fluxo de gua pode ocorrer reduzida e, sua presena prolonga o trajeto do fluxo, forando-o a circunscrever as partculas do agregado, contribuindo para a reduo da permeabilidade.

Para reduzir o volume de vazios do agregado, granulometria descontnua so mais indicadas, embora possam produzir problemas em sua trabalhabilidade.

Concretos impermeveis podem necessitar de uma quantidade de finos maior que a usualmente tolerada nos concretos normais. Neste caso, deve ser estudada o teor de finos necessrio, a forma de seus gros e seu comportamento quando da adio da gua.

8.3.5- Durabilidade do Concreto

A durabilidade representa o tempo de vida til de um material exposto a determinadas condies ambientes.

No caso das estruturas de concreto, estima-se que as edificaes durem de 20 a 30 anos, at serem substitudas por outras. J as obras como barragens, pontes e tneis, so projetadas e construdas para atingir acima de 100 anos.

Por se tratar de um material alcalino, o concreto atacado em meios cidos.

A prpria atmosfera, nos centros urbanos, pode constituir um meio agressivo, uma vez que a concentrao de poluentes provoca chuvas cidas ou em dias de muita umidade, uma nvoa com altos nveis de acidez.

As aes mecnicas, fsicas e qumicas atuando de forma isolada ou combinada por meio do intemperismo natural ou resultante de resduos industriais, contribuem para a reduo da vida til do concreto.

A reduo da permeabilidade do concreto , portanto, uma medida importantssima do ponto de vista do aumento da durabilidade do concreto. O emprego de cimentos resistentes a sulfatos e com baixos teores de C3A, tambm aumentam a vida til do concreto.

A ABNT NBR 6118:2003 recomenda a relao gua / cimento em funo da agressividade do meio, conforme mostram as Tabelas a seguir.

Tabela 1

OBS.:

1. Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nvel acima) para ambientes internos secos (salas, dormitrios, banheiros, cozinhas e reas de servio de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestidos com argamassa e pintura).

2. Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nvel acima) em obras nas regies de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, em partes da estruturas protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou em regies onde chove raramente.

3. Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indstrias de celulose e papel, armazns de fertilizantes, e indstrias qumicas

OBS.:O concreto empregado na execuo das estruturas deve cumprir os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655.

9- Preparo, controle e recebimento (ABNT NBR 12655:2006)

9.1- Modalidades de preparo e responsabilidades

9.1.1- Modalidades de preparo do concreto

a) Concreto preparado pelo executante da obra

Responsabilidade do responsvel tcnico pela execuo da obra (item 9.1.5)

b) Concreto preparado por empresa de servios de concretagem

A central deve assumir a responsabilidade pelo servio e cumprir as prescries relativas s etapas de preparo do concreto, bem como as disposies desta Norma e da ABNT NBR 7212.

A documentao relativa ao cumprimento destas prescries e disposies deve ser disponibilizada para o responsvel pela obra e arquivada na empresa de servios de concretagem, sendo preservada durante o prazo previsto na legislao vigente.

9.1.2- Responsabilidades no preparo e na aceitao

Aceitao do concreto: Exame sistemtico do concreto, de acordo com esta Norma, de modo a verificar se atende s especificaes.

Aceitao do concreto fresco: Verificao da conformidade das propriedades especificadas para o estado fresco, efetuada durante a descarga da betoneira.

Aceitao definitiva do concreto: Verificao do atendimento a todos os requisitos especificados para o concreto.

Recebimento do concreto: Verificao do cumprimento da NBR 12655, atravs da anlise e aprovao da documentao correspondente, no que diz respeito s etapas de preparo do concreto e sua aceitao.

9.1.3- Atribuies

O concreto para fins estruturais deve ter definidas todas as caractersticas e propriedades de maneira explcita, antes do incio das operaes de concretagem.

O proprietrio da obra e o responsvel tcnico por ele designado devem garantir o cumprimento da norma e manter documentao que comprove a qualidade do concreto.

Os responsveis pelo recebimento do concreto so o proprietrio da obra e o responsvel tcnico pela obra, designado pelo proprietrio.

A documentao comprobatria do cumprimento desta Norma (relatrio de ensaios, laudos e outros) deve estar disponvel no canteiro de obra, durante toda a construo e deve ser arquivada e preservada pelo prazo previsto na legislao a construo, e deve ser arquivada e preservada pelo prazo previsto na legislao vigente, salvo o disposto em 4.1.2 da norma

9.1.4- Profissional responsvel pelo projeto estrutural

Cabem a este profissional as seguintes responsabilidades, a serem explicitadas nos contratos e em todos os desenhos e memrias que descrevem o projeto tecnicamente, com remisso explcita para determinado desenho ou folha da memria:

a) registro da resistncia caracterstica compresso do concreto (fck) obrigatria em todos os desenhos e memrias que descrevem o projeto tecnicamente;

b) especificao de fcj para as etapas construtivas, como retirada de cimbramento, aplicao de protenso ou manuseio de pr-moldados;

c) especificao dos requisitos correspondentes durabilidade da estrutura e elementos pr-moldados, durante sua vida til, inclusive da classe de agressividade adotada em projeto Durabilidade (Tabelas 1 e 2);

d) especificao dos requisitos correspondentes s propriedades especiais do concreto, durante a fase construtiva e vida til da estrutura, tais como:

- de deformao mnimo na idade de desforma, movimentao de elementos pr-moldados ou aplicao da protenso;

- outras propriedades necessrias estabilidade e durabilidade da estrutura.

Requisitos para o concreto e mtodos de verificao, segundo as NBR 6118 e 12655

OBS.:

1. Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nvel acima) para ambientes internos secos (salas, dormitrios, banheiros, cozinhas e reas de servio de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestidos com argamassa e pintura).

2. Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nvel acima) em obras nas regies de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, em partes da estruturas protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou em regies onde chove raramente

3. Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indstrias de celulose e papel, armazns de fertilizantes, e indstrias qumicas.

9.1.5- Profissional responsvel pela execuo da obra

Ao profissional responsvel pela execuo da obra de concreto cabem as seguintes responsabilidades:

a) escolhadamodalidadedepreparodoconcreto;

b) escolha do tipo de concreto a ser empregado e sua consistncia, dimenso mxima do agregado e demais propriedades, de acordo com o projeto e com as condies de aplicao;

c) atendimento a todos os requisitos de projeto, inclusive quanto escolha dos materiais a serem empregados;

d) aceitao do concreto, definida nos itens 3.2.1, 3.2.2 e 3.2.3 da norma;

e) cuidados requeridos pelo processo construtivo e pela retirada do escoramento, levando em considerao as peculiaridades dos materiais (em particular do cimento) e as condies de temperatura ambiente;

f) ) verificao do atendimento a todos os requisitos da Norma.

9.2- Dosagem do concreto

Dosagem a determinao da quantidade de cada um dos materiais para a produo de um metro cbico de concreto.

Dosagens experimentais so necessrias para se encontrar o ponto de equilbrio de trabalhabilidade e consumo ideal de cimento dentro da resistncia desejada. H vrios mtodos para a determinao da dosage. No Brasil, os mais utilizados so: Instituto Tecnolgico do Rio Grande do Sul (ITERS), Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo S.A. (IPT) e da Associao Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Todos os mtodos so empricos, no havendo uma expresso matemtica exata que defina a composio do concreto.

Escolha de um dos mtodos: questo de adaptao ao tipo de concreto que se deseja produzir (trabalhabilidade) e aos materiais empregados, por exemplo: concretos para elementos pr-fabricados, a desforma a um dia a premissa para a dosagem.

Procedimento para especificao do concreto:

As caractersticas da pea a concretar so definidas pelo calculista (projeto);

Um laboratrio especializado inicia os estudos experimentais que definiro um trao a ser obedecido pelo concreteiro: DOSAGEM. O responsvel tcnico da obra tem a funo de manter a documentao que comprove a qualidade do concreto que ser empregado.

9.2.1- Estudo de dosagem do concreto (NBR 12655: 2006)

Dosagem racional e experimental:

Composio de cada concreto de Classe C15 ou superior a ser utilizado na obra deve ser definida em dosagem, com antecedncia ao incio da concretagem.

Estudo de dosagem deve ser realizado com os mesmos materiais e condies semelhantes quelas da obra, tendo em vista as prescries do projeto e as condies de execuo. O clculo da dosagem deve ser refeito cada vez que for prevista mudana de marca, tipo ou classe de cimento, na procedncia e qualidade dos agregados e demais materiais.

Dosagem emprica

O trao de concreto pode ser estabelecido empiricamente para o concreto da classe C10, com consumo mnimo de 300Kg de cimento por metro cbico.

9.2.2- Clculo da resistncia de dosagem

O concreto obtido de materiais, em parte naturais, por processos de fabricao em condies muito variveis, suas propriedades, dentre as quais destaca-se a resistncia compresso, em geral no apresentam a uniformidade desejvel.

Mesmo que mantida a origem dos materiais, o trao, os equipamentos e operrios envolvidos na produo do concreto, os resultados da resistncia compresso sofrem variao de um ensaio para outro.

Estes resultados se agrupam em torno de um valor mdio chamado tendncia central(FIG.) e sua maior ou menor disperso em torno da tendncia central depende da manuteno da uniformidade dos materiais e do processo ao longo da produo.

Para garantir que a resistncia caracterstica compresso do concreto produzido para uma estrutura (fck,est) no fique abaixo do valor especificado em projeto (fck), adota- se para a resistncia de dosagem (fcj) um valor superior a partir de critrios definidos pela NBR 6118 com desvio padro conhecido e desvio-padro desconhecido.

Onde:

fcj a resistncia mdia de dosagem a j dias de idade,em MPa.

fck a resistncia caracterstica do concreto compresso (MPa),especificada em projeto,a j dias de idade.

Sd o desvio padro de dosagem (Sd), em MPa

A) Desvio-padro (Sd) conhecido

Se o desvio-padro (Sn) da resistncia compresso for conhecido e determinado a partir de ensaios com corpos de prova da obra considerada, ou de outra obra, cujo concreto tenha sido elaborado com os mesmos materiais, executado com o mesmo equipamento e iguais condies de controle de qualidade, a resistncia de dosagem ser calculada pela expresso

Onde:Kn tem o valor seguinte, de acordo com o nmero de ensaios

O desvio padro de dosagem Sd poder ser conhecido se a obra possuir no mnimo 20 (vinte) resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias, em perodo anterior ao que se deseja fazer novo trao. Neste caso no considerar Sd inferior a 2 MPa.

B) Desvio-Padro desconhecido (Sd)

Se o desvio-padro (Sd) da resistncia compresso no for conhecido, o construtor indicar para efeito de dosagem inicial, o modo como pretende conduzir a construo, de acordo com o qual ser fixado o desvio padro de dosagem, conforme o controle de qualidade da obra

Condio A:

Aplicvel s classes C10 at C80 - o cimento e os agregados so medidos em massa, a gua de amassamento medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em funo da umidade dos agregados.

Considerar Sd = 4,0 MPa.

Condio B:

Aplicvel s classes C10 at C25: o cimento medido em massa, a gua de amassamento medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume, de acordo com a NBR 8953

Condio C:

Aplicvel apenas aos concretos de classe C10 e C15 - o cimento medido em massa, os agregados so medidos em volume, a gua de amassamento medida em volume e a sua quantidade corrigida em funo da estimativa da umidade dos agregados e da determinao da consistncia do concreto, conforme disposto na ABNT NBR NM 67 (ensaio de abatimento do tronco de cone), ou outro mtodo normalizado.

OBS.: Nesta condio, exige-se, para os concretos de classe at C15, consumo mnimo de 350 Kg de cimento por metro cbico.

Considerar Sd = 7,0 MPa.

Mtodo de Dosagem ABCP

Este mtodo indicado para concretos de consistncia semi-plstica fluida e contra indicado para concretos com agregados leves.

Os resultados devem ser testados numa mistura experimental para a comprovao das caractersticas especificadas para o concreto.

Exemplo de Clculo e uso de bacos, Quadros e Tabelas:

Exerccio 1: Calcular

Exigncias/ dados de Projeto:

1- Materiais

1.1 - Concreto:

- Tipo de obra: estrutura de um edifcio. Elemento: lajes e vigas

-Grau de exposio: condies normais; estrutura protegida, agressividade fraca

-Resistncia mnima de projeto : fck 20 MPa;

- Adensamento: por vibrao mecnica;

- Consistncia desejada: Slump 90mm 10mm;

- Condio de dosagem (NBR 12655): Tipo B

1.2- Cimento: Ita CP IIF-32 real cimento= 3,15 Kg/dm3 ci= 2,60 Kg/dm3

1.3 - Areia: a= 1,50 Kg/dm3 a= 2,63 Kg/dm3 MF= 2,48 (mdia)

1.4- Brita: p= 1,57 Kg/dm3 p= 2,90 Kg/dm3 mx.= 19mm (Brita 1)

(OBS.: 1dm3= 1 litro)

1o PASSO: Definio da Relao gua/Cimento inicial ( xi ou a/c)

Considera-se nesta etapa a durabilidade e resistncia mecnica que se deseja do concreto.

Utiliza-se 2 critrios: da Resistncia e da Durabilidade

Critrio da Resistncia: (xires)

Determinada primeiramente a tenso de dosagem fc28, em funo da tenso/ resistncia caracterstica do concreto fck.

Segundo a NBR 12655 => Condio B => Sd=5,5MPa.

fc28= 20 + 1,65.5,5=> fc28=29MPa

Da FIGURA I: fc28=29MPa => xires=0,54

FIGURA I: Relao gua/cimento em funo da resistncia compresso requerida e tipo de cimento. Curva de Abrams.

Critrio da Durabilidade (xi d)

Determinada atravs das Tabelas da NBR 6118, de acordo com o tipo de ambiente da obra, classe de agressividade ou risco de deteriorao da estrutura.

Escolha do xi:

Pelo critrio da resistncia => Da FIGURA I: fc28=29MPa => xires=0,54

Pelo critrio da durabilidade => Tabelas (NBR 6118 e 12655) - Grau de

Agressividade -FRACA=> Classe I=> concreto C 20 MPa => xidurab=0,60

Xi ser o menor valor dos dois valores => xires=0,54

Ento: xi= 0,54

QUADRO I: Valores aproximados de m para a primeira mistura experimental

QUADRO II: Valores aproximados de p/g (Vgros) para mistura inicial (pedra britada)

O Quadro II apresenta o volume (Vg) de agregados compactados em funo de m ; MF, mx. do agregado grado e tipo de adensamento.

Dados anteriores:

MF= 2,8 => areia mdia

mx= 19mm/ vibrao mecnica

mi = 4,8Kg (2.o Passo)

Ento, do Quadro II, tem-se:

mi=4,0---------Vg=1,66

mi=4,8---------Vg=1,88

mi=5,0---------Vg=1,94

Vg= 1,88 (valor interpolado)

4.o PASSO: Fase Experimental: verificao da Consistncia- Laboratrio

De posse do trao inicial (Ti) passa-se para a fase experimental- no laboratrio;

Verificao da consistncia:

Elabora-se uma mistura empregando-se agregados secos e medidos em massa referente a 2 ou 3 Kg de cimento;

Procura-se ajustar a consistncia da mistura em cada caso particular atravs de um controle visual e utilizando-se de um dos mtodos de determinao da consistncia do concreto como o SLUMP TEST.

1.o) Determinao do trao bsico (Tbi)

Para 3Kg de cimento, tem-se:

3Kg de cimento => 5,91 Kg de areia => 8,5 Kg de brita => 1,62litros de gua

2.) Preparo da massa na betoneira e verificao da consistncia e coeso: TENTATIVAS

Hiptese: a boa consistncia e coeso ocorreu aps vrias tentativas, com a adio de 400g de areia, sendo que foi necessrio usar mais a gua do que a inicialmente prevista 1,73 litros. Ento o trao bsico inicial resultante :

Tbi= 3 : (5,91+0,4) : 8,5 x= 1,73 (:3)

Tbi 1: 2,1 : 2,83 x= 0,58

5o PASSO: Primeiro Trao Final 1 (T1)

necessrio determinar no mnimo trs valores de Traos final (T1, T1 e T1) para determinar o trao final para o preparo do concreto conforme dados de projeto.

Adaptar-se- o trao procurado consistncia obtida experimentalmente atravs do ajuste Equao da reta bsica:

6.o PASSO: Determinao da curva resistncia x fator a/c para os materiais empregados

A curva resistncia x fator a/c refere-se a literatura (na Figura I) no representa os materiais empregados no exemplo de dosagem do concreto. Obtm-se a curva real por meio da produo de trs traos com fatores a/c distintos de forma a termos um trao rico, um trao normal e um trao pobre.

Determinao dos Traos normal (T1) , pobre (T1) e rico ( T1)

a) Para o Trao normal (T1) , adotou-se o trao final

b) Para o trao pobre (T1) adotou-se o prprio trao bsico (Tb). T1 =Tb =1:2,10:2,83 x1=0,58

c) Para o trao rico ( T1) adotou-se o x= 0,52 e procedeu-se o ajuste

T1= 1: 1,86 : 2,67 x1= 0,54

para determinao do trao:

T1 =Tb =1:2,10:2,83 x1=0,58

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Logo: Trao Final T1

T1= 1: 1,86 : 2,67 x1= 0,54

Concreto__________________________________________

Adotou-se (aleatoriamente) para o trao mais rico o valor de x= 0,52 ( x=0,52 < x1=0,58 e que x = xb=0,58).

A reta bsica tem por equao:

m= 10,01. x 0,878

Logo: m = 10,01 . 0,52- 0,878 => m= 4,33Kg

p=m+2 .pb =4,33+2. 2,83=>p=2,58Kg mb+2 4,93 + 2

Concreto__________________________________________

7.oPASSO: Determinaodaresistnciaacompressodostraos

Para cada um dos traos molda-se uma srie de, no mnimo, 6 corpos de prova conforme as normas NBR 5738, NBR 5739 e NBR NM 33. Sendo , no mnimo, 2 corpos de prova no trao normal (T1 ), 2 corpos de prova no trao pobre (T1) e 2 corpos de prova no trao rico (T1).

Resultados do ensaio de resistncia compresso aos 28 dias Traos T1, T1 e T1

Hipottico para finalizao dos clculos:Aps rompimento dos 6 corpos de prova de cada trao, obteve-se os seguintes valores em laboratrio de Fc28 para cada Trao T1, T1 e T1:

Tb = T1

T1

T1

x

0,58

0,54

0,52

Fc28 mdio

30,1

31,4

33,2

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a= 4,33 2,58 => a= 1,75Kg Ento:

T1= 1: 1,75 : 2,58 x1= 0,52

Concreto__________________________________________

8.o PASSO: Ajuste final

Plota-se a correlao real entre fc28 e x, baseando-se nos resultados anteriores. Para fc28 = 29 MPa, tem-se na curva o valor de xifinal= 0,59 . No baco:

Concreto__________________________________________

Aps a locao da reta no grfico monolog, para fc28 = 29 MPa=> xifinal= 0,59 Logo, a equao da reta ser:

mf=10,01.x 0,878 p/ xifinal =10,01.0,59-0,878 => mf= 5,03 Kg

pf= mf+2 . pb = 5,03+ 2 . 2,83 => pf= 2,87Kg. mb+2 4,93 + 2

af=5,032,87 => af=2,16Kg

Trao final => 1: 2,16 : 2,87 x= 0,59

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Concreto__________________________________________ 9.3- Consumo de materiais por metro cbico de concretoDados do exerccio:

Cimento: real cimento= 3,15 Kg/dm3 ci= 2,60 Kg/dm3 Areia: a= 1,50 Kg/dm3 a= 2,63 Kg/dm3Brita: p= 1,57 Kg/dm3 p= 2,90 Kg/dm3 v= vazios= 0

(OBS.: 1dm3= 1 litro)

Trao final => 1: 2,16 : 2,87 x= 0,59

9.3.1- Materiais secos em peso

C= Kg a= Kg p=Kg x=

9.3.2- Materiais secos em volumeC= m3 a= m3 p= m3 x=

Concreto__________________________________________ 9.3- Consumo de materiais por metro cbico de concreto

9.3.3- Materiais midos em peso Muareia= 2% i=15% Mupedra=3% C= Kg a= Kg p=Kg x=

9.3.4- Materiais midos em volume

C= m3 a= m3 p= m3 x=

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Concreto__________________________________________

EXERCCIOS DE FIXAO

Concreto__________________________________________ 9- Preparo, controle e recebimento (ABNT NBR 12655:2006)9.4- Controle e recebimento

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Concreto__________________________________________ 9- Preparo, controle e recebimento (ABNT NBR 12655:2006)

9.4- Controle e recebimento

Para garantir um controle confivel e considerando a complexidade das estruturas dos edifcios, o nmero de etapas de execuo, o volume de concreto necessrio por etapa, importante que desde o incio da construo estabelea-se um plano de controle e recebimento do concreto.

Concreto__________________________________________

9.4- Controle e recebimento (ABNT NBR 12655) 9.4.1- Quanto Documentao

O primeiro passo a conferncia do lacre da betoneira, que assegura que o material contido naquele caminho est da forma como saiu da central dosadora. O lacre passou a ser exigido, h alguns anos, em razo de furtos de concreto por funcionrios das concreteiras.

Em seguida, o profissional que receber deve checar os dados da nota fiscal, especialmente o horrio em que o caminho saiu da central, o volume transportado e a especificao do concreto. Visualmente, possvel, tambm, checar o tipo de agregado utilizado. A nota fiscal e especificao do concreto: fck, agregados utilizados, abatimento e horrio de sada do caminho da usina.

Lembrar que do incio do carregamento at o fim do adensamento, no se deve ultrapassar o tempo de 2 horas e 30 minutos.

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Ao receber o caminho-betoneira da concreteira, o construtor ou a empresa designada para faz-lo seguir alguns procedimentos para realizar a aceitao ou rejeio do concreto.

Concreto__________________________________________ 9.4- Controle e recebimento (ABNT NBR 12655)

9.4.2- Quanto aos Ensaios

Ensaios de controle e aceitao: Para cada tipo e classe de concreto a ser colocado em uma estrutura

devem ser realizados os ensaios de controle descritos a seguir.

A- Ensaio de Consistncia- Slump Test (NM 67:1998)

Concreto__________________________________________ 9.4- Controle e recebimento (ABNT NBR 12655)

9.4.2- Quanto aos Ensaios

A- Ensaio de Consistncia- Slump Test ( ABNT NBR NM 67:1998)

Ensaio de consistncia pelo abatimento do tronco de cone, conforme ABNT NBR 7223, ou pelo espalhamento do tronco de cone, conforme ABNT NBR 9606:

Concreto produzido na obra:

Para o concreto preparado pelo executante da obra, devem se realizados ensaios sempre que houver alteraes de umidade dos agregados na obra:

a) Na primeira amassada do dia;

b) Ao reiniciar o preparo aps uma interrupo da jornada de concretagem de pelo menos 2hs;

c) Na troca de operadores;

d) Cada vez que foram moldados corpos-de-prova.

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B- Ensaio de Resistncia Compresso- Controle estatstico

Concreto__________________________________________ 9.4- Controle e recebimento (ABNT NBR 12655)

A- Ensaio de Consistncia- Slump Test 9 ( NM 67:1998) Para concreto preparado em empresa de servios de concretagem devem se

realizados ensaios de consistncia a cada betonada (cada caminho).

Concreto dosado em central

Todo caminho betoneira; 5 minutos aps o trmino da homogeneizao; Aps descarga de aproximadamente 0,5 m3.

Concreto__________________________________________ 9.4- Controle e recebimento (ABNT NBR 12655)

B- Ensaio de Resistncia Compresso- Controle estatstico

Para controle estatstico, deve-se coletar amostras do concreto no ato do recebimento e durante a concretagem.

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Concreto__________________________________________ 9.4- Controle e recebimento (ABNT NBR 12655)

B- Ensaio de Resistncia Compresso- Controle estatstico

B.1- Formao de lotes para amostragem

A amostragem do concreto para ensaios de resistncia compresso deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes.

Concreto__________________________________________

B- Ensaio de Resistncia Compresso- Controle estatstico

B.1- Formao de lotes para amostragem

Cada lote formado por concreto de uma mesma famlia (tabela), mesma classe (tabela), mesmos procedimentos, mesmo equipamento, conforme tabela a seguir.

LIMITES MXIMOS PARA A DEFINIO DE NMERO DE LOTES

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Concreto__________________________________________ B.1- Formao de lotes para amostragem

Cada lote formado por concreto de uma mesma famlia, mesma classe, mesmos procedimentos, mesmo equipamento, conforme tabela a seguir.

Concreto__________________________________________ B.2- Retirada de amostras (ABNT NBR 5750)

Para cada lote, as amostras devem ser coletadas aleatoriamente durante a operao de concretagem

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Concreto__________________________________________ B.2- Retirada de amostras

Colher a amostra no 2.o tero do caminho Figura Coletar pelo menos 30 litros de amostra

Tipos:

Concreto__________________________________________

B.2- Retirada de amostras

Cada exemplar constitudo por dois CPs da mesma amassada (NBR 5738) para cada idade de rompimento.

Fatores a considerar:

Classe de resistncia compresso (NBR 8953) At classe C50(Grupo I) = 6 exemplares Classe > C50(Grupo II) = 12 exemplares

A cada lote deve corresponder uma amostra de, no mnimo, 6 exemplares. Cada exemplar constitudo por 2 corpos de prova, coletados da mesma amassada e moldados no mesmo ato, para cada idade de rompimento (ABNT NBR 8953- Classificao):

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Amostragem Parcial:Retira-se exemplares de algumas betonadas de concreto para controle estatstico devero ser de no mnimo seis exemplares para concreto do grupo I (at C50, inclusive) e 12 exemplares para os concretos do grupo II, > C50)

Amostragem Total:Retira-se exemplares de cada amassada de concreto (concreto dosado em central)

Aplica-se a casos especiais

Concreto__________________________________________ B.3 Resultados (ABNT NBR 12655)

Toma-se como resistncia do exemplar o maior dos dois valores obtidos no ensaio do exemplar.

RESISTNCIA DE DOSAGEM x RESISTNCIA DE PROJETO

Determinao do fck:

Projetista adota um valor caracterstico: fck

Concreto__________________________________________ B.4 Tipos de controle da resistncia do concreto (NBR 12655)

Controle estatstico por amostragem parcial Controle do concreto por amostragem total

Para cada um destes tipos de controle prevista uma forma de clculo do valor estimado da resistncia caracterstica FCKest dos lotes de concreto em anlise no laboratrio.

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A ser superado por 95% ou mais do concreto produzido e lanado na estrutura

Concreto__________________________________________

Controle estatstico por amostragem parcial

Retira-se exemplares de algumas betonadas de concreto para controle estatstico. Devero ser de no mnimo 6 exemplares para concreto do grupo I (at C50, inclusive) e 12 exemplares para os concretos do grupo II ou > C50)

DEFINIO DO Fck,est AMOSTRAGEM PARCIALA) Lotes com nmero de exemplares (n) 6 n < 20 (Grupo I)

Concreto__________________________________________

Controle estatstico por amostragem parcial DEFINIO DO fck,est AMOSTRAGEM PARCIAL

Valores de 6 (fator de correo), na tabela, em funo da condio de preparo do concreto e do nmero de exemplares da amostra, admitindo-se interpolao linear:

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Onde:

Nota: no se tomar para fckest valor menor que 6. f1 Adotando-se para 6 os valores da Tabela a seguir.

m = n/2. Despreza-se o valor mais alto de n, se for mpar;

f1, f2, .....fm = valores de resistncias dos exemplares, em ordem crescente.

Concreto__________________________________________

Controle estatstico por amostragem parcial DEFINIO DO fck,est AMOSTRAGEM PARCIAL

B) Lotes com nmero de exemplares n 20:

Concreto__________________________________________

Controle estatstico por amostragem parcial DEFINIO DO fck,est AMOSTRAGEM PARCIAL

Exemplares n 20

DESVIO PADRO (Sd) : da amostra de elementos, calculado com um grau de liberdade a menos [(n-1) no denominador da frmula],em MPa.

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Onde:fcm= resistncia mdia dos exemplares do lote, para m dias

de idade (em MPa);Sd= desvio padro da amostra de elementos, calculado com um

grau de liberdade a menos[(n-1) no denominador da frmula],em MPa.

Concreto__________________________________________

Controle por amostragem total

Consiste no ensaio de exemplares de cada amassada de concreto e aplica-se a casos especiais, a critrio do responsvel tcnico pela obra. No h limitao para o nmero de exemplares do lote e o valor do Fck,est ser:

DEFINIO DO fck,est AMOSTRAGEM TOTAL

Lotes com exemplares n 20:

Onde: f1 o menor resultado da srie

Menor resultado da srie

Concreto__________________________________________

Controle por amostragem total CASOS EXCEPCIONAIS

Para concreto dosado na obra, pode-se dividir a estrutura em lotes de no mximo 10m3 e amostr-los com nmero de exemplares entre 2 e 5.Nestes casos, denominados excepcionais, o valor estimado dado por :

fckest= 6 . f1onde 6 dado pela tabela a seguir, para os nmeros de exemplares de 2 a 5.

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Lotes com exemplares n> 20:

Onde: i= 0,05 x nmero de exemplares(n). Se o valor de i for fracionrio, adota-se o

nmero inteiro imediatamente superior.

Exemplo: Tendo 40 exemplares, o fck estimado ser o f2 f2=f(0,05x40)= f2, ou seja, o 2.o menor resultado da srie

Concreto__________________________________________ 9.4.3- Recebimento do concreto (ABNT NBR 12655)

Receber o concreto consiste na verificao do cumprimento da norma, atravs da anlise e aprovao da documentao correspondente , no que diz s etapas de execuo do concreto e sua aceitao.

Aceitao ou rejeio dos lotes:

A aceitao do concreto quanto resistncia compresso feita atravs da comparao entre o valor obtido em ensaio (resistncia caracterstica compresso estimativa fck,est - e o especificado em projeto- fck.

Concreto__________________________________________ 9.4.3- Recebimento do concreto (ABNT NBR 12655)

Eseofckest estiverabaixodaespecificaodoprojeto?Em caso de rejeio dos lotes, devem-se recorrer aos critrios estabelecidos

na ABNT NBR 6118:

O responsvel pela obra dever comunicar o projetista de estrutura e a concreteira para que sejam definidas as providncias:

A estrutura poder ser reforada;A estrutura poder ser aproveitada com restries quanto ao seu carregamento ou seu uso;A parte condenada da estrutura ser demolida;

Realizar ensaios de avaliao estrutural Responsvel pelo projeto estrutural.

Extrair testemunhos da regio afetada, conforme NBR 6118 e NBR 7680; Para os corpos-de-prova extrados valem os mesmos critrios da amostragem do concreto.

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Concreto__________________________________________ 9.4.3- Recebimento do concreto (ABNT NBR 12655)

Eseofckest estiverabaixodaespecificaodoprojeto?Em caso de rejeio dos lotes, devem-se recorrer aos critrios estabelecidos

na ABNT NBR 6118:

O responsvel pela obra dever comunicar o projetista de estrutura e a concreteira para que sejam definidas as providncias:

A estrutura poder ser reforada;A estrutura poder ser aproveitada com restries quanto ao seu carregamento ou seu uso;A parte condenada da estrutura ser demolida;

Concreto__________________________________________

EXERCCIOS

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Realizar ensaios de avaliao estrutural Responsvel pelo projeto estrutural.

Extrair testemunhos da regio afetada, conforme NBR 6118 e NBR 7680; Para os corpos-de-prova extrados valem os mesmos critrios da amostragem do concreto.