concessão de medidas protetivas pelo delegado de polícia - henrique hoffmann

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  • 7/25/2019 Concesso de medidas protetivas pelo delegado de polcia - Henrique Hoffmann

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    COMO CITAR:

    CASTRO, Henrique Hoffmann Monteiro de; CARNEIRO, Pedro Rios. Concesso de medidas

    protetivas na delegacia avano necessrio. Revista Consultor Jurdico, jun. 2016. Disponvel em:

    . Acesso em: 20 jun. 2016.

    OPINIO

    Concesso de medidas protetivas na

    delegacia avano necessrio20 de junho de 2016, 17h34Por Henrique Hoffmann Monteiro de Castro e Pedro Rios Carneiro

    A Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, surgiu para coibir e prevenir a

    violncia domstica e familiar contra a mulher, como j anuncia seu artigo inaugural, num

    processo de especificao dos sujeitos de direitos.[1]Essa ao afirmativa[2]decorre do

    compromisso assumido pelo Brasil em tratados internacionais de direitos humanos,[3]e dodever constitucional de o Estado assegurar a assistncia famlia na pessoa de cada um dos

    que a integram, criando mecanismos para coibir a violncia no mbito de suas relaes (art.

    226, capute 8 da CF).

    Malgrado no tenha criado novos tipos penais, a Lei Maria da Penha incrementou o rigor no

    tratamento do agressor de mulheres, de modo a combater o perverso ciclo da

    violncia,[4]possibilitando a priso em flagrante em crimes de menor potencial ofensivo e

    principalmente estabelecendo medidas protetivas de urgncia.

    Na atual sistemtica, a concesso de medidas protetivas exclusividade do magistrado. Quando

    a ofendida busca amparo na Delegacia, seu pedido de medidas protetivas deve ser encaminhado

    pelo delegado em 48 horas (art. 12, III), e o juiz deve decidir em 48 horas (art. 18, I). Aps o

    deferimento, o agressor deve ser intimado da deciso, o que pode demorar dias, se tudo der

    certo e o suspeito no fugir. Ou seja, na melhor das hipteses, aproximadamente 1 semana

    separa o comparecimento da ofendida Delegacia e a concretizao da medida protetiva contra

    seu algoz. Mesmo o encaminhamento de alguns casos ao planto judicial, que no analisa todas

    as situaes de violncia domstica, no capaz de atender exigncia de celeridade na

    decretao das medidas.

    Os prejuzos da excessiva burocratizao do procedimento podem ser aferidos na prtica. As

    constataes feitas pelo relatrio final da CPMI da Violncia Domstica,[5]baseadas em

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    relatrio de auditoria do TCU, revelam que a insuportvel morosidade na proteo da vtima

    no exceo, mas a regra. A depender da regio, o prazo para a concesso das medidas de 1

    a 6 meses, tempo absolutamente incompatvel com a natureza mesma desse instrumento, a

    impor medidas cabveis para a imediata reverso desse quadro.

    Em termos prticos, o que se tem visto que a mulher que sofre violncia domstica no deixa

    a Delegacia j protegida por uma medida protetiva, mas com um papel sem qualquer

    efetividade, uma promessa distante de que o agressor ser afastado algum dia.

    A prtica tem evidenciado que o modelo atual, que subtrai da ofendida o direito a ser protegida

    j na Delegacia de Polcia, no tem sido capaz de contornar os efeitos deletrios do tempo,

    obrigando-a a aguardar longo lapso temporal sem a assistncia devida. Para quem est na

    ultrajante posio de vtima de violncia domstica, poucos dias, horas ou at minutos sem a

    proteo so uma eternidade, aumentando de modo insuportvel essa odiosa vulnerabilidade.

    O prprio nome do instituto evidencia essa necessidade: medidas protetivas de

    urgncia.Quando o Estado demora para agir, ofende a prpria natureza da medida, deixando a

    ofendida com o justo receio de que voltar a ser vitimada e o agressor com o caminho livre para

    dela se aproximar e voltar a delinquir.

    Noutro giro, preciso fazer alguns esclarecimentos acerca da reserva de jurisdio. Trata-se de

    exigncia de que a restrio a determinado direito fundamental deve ser precedida de ordem

    judicial. Isto , assiste ao Judicirio no apenas o direito de proferir a ltima palavra, mas

    sobretudo a prerrogativa de dizer a primeira.[6]

    Em alguns casos a Constituio no deixou opes: no se pode abrir mo da anterior deciso

    judicial. Em outras situaes, a Lei Maior deixou para o legislador a opo de exigir ou no

    prvia ordem judicial. Com efeito, o desenho constitucional adotado indica que nem sempre se

    demanda chancela judicial prvia, o que em nada ofende o princpio da separao dos poderes

    ou tampouco afeta o posterior controle ulterior do Judicirio (que permanece com a ltima

    palavra).

    Destarte, quanto busca e apreenso domiciliar (art. 5, XI da CF) e interceptao telefnica

    (art. 5, XII da CF), vigora a reserva constitucional de jurisdio.[7]J quanto a diversas outrasmedidas, o legislador possui margem para outorgar a outras autoridades o poder de deciso.

    No mbito da persecuo penal, atribuiu autoridade policial a possibilidade de adotar manu

    propriauma srie de medidas, tais como a priso em flagrante (art. 304 do CPP), a liberdade

    provisria com fiana (art. 322 do CPP), a apreenso de bens (art. 6, II do CPP), a requisio

    de percias, objetos e documentos (art. 6, VII do CPP e art. 2, 2 da Lei 12.830/13), a

    conduo coercitiva (arts. 201, 1, 218, 260 e 278 do CPP) e a ao controlada no crime

    organizado (art. 8, 1 da Lei 12.850/13.

    Nessa esteira, quanto s medidas protetivas de urgncia, o fato de atualmente a lei demandar

    prvia ordem judicial (arts. 22 a 24 da Lei 11.340/06) no significa que a sistemtica no possa

    ser alterada, pois no h impeditivo da Constituio nesse sentido. No causaria qualquer

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  • 7/25/2019 Concesso de medidas protetivas pelo delegado de polcia - Henrique Hoffmann

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    perplexidade a autorizao para que o delegado de polcia condicionasse a liberdade do agressor

    por meio das medidas protetivas, pois no sistema em vigor j pode limitar o direito locomoo

    por meio da fiana e tambm restringir por completo a liberdade ambulatorial decretando a

    priso.

    Assim, conquanto a Lei 11.340/06 tenha representado um avano no tratamento estatal daviolncia domstica, indubitavelmente necessita de algumas adaptaes a fim de adequ-la

    realidade e promover maior efetividade proteo da mulher. Nesse contexto surgiu o PLC

    07/2016.

    O art. 12-B permite que, verificada a existncia de risco atual ou iminente vida ou integridade

    fsica e psicolgica da vtima ou de seus dependentes, a autoridade policial (preferencialmente

    da delegacia de proteo mulher) aplique provisoriamente, at deliberao judicial, certas

    medidas protetivas de urgncia, intimando desde logo o agressor. As providncias consistem em

    proibir o agressor de se aproximar da ofendida, de manter contato com ela ou de frequentar

    determinados lugares; encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa de proteo ou de

    atendimento; ou ainda determinar a reconduo da ofendida e de seus dependentes ao

    respectivo domiclio, aps afastamento do agressor.

    O prprio legislador admite que:

    Reconhecemos o papel fundamental da autoridade policial. Os Delegados de Polcia Civil

    so os primeiros garantidores dos direitos do cidado vtima de delitos penais. Suaatuao pautada pelo comprometimento com a legalidade dos procedimentos, a

    acuidade na apurao dos fatos e o embasamento jurdico tcnico e imparcial das

    investigaes.[8]

    A doutrina segue a mesma linha:

    Salto aos olhos, nesse contexto, a figura do delegado de polcia como o primeiro

    garantidor dos direitos e interesses da mulher vtima de violncia domstica e familiar,

    afinal, esta autoridade est disposio da sociedade vinte e quatro horas por dia, durante

    os sete dias da semana, tendo aptido tcnica e jurdica para analisar com imparcialidadea situao e adotar a medida mais adequada ao caso.[9]

    No se pode olvidar que o delegado de polcia agestricto sensuem nome do Estado[10],integra

    carreira jurdica[11]e profere decises escoradas em anlise tcnico-jurdica.[12]Ora, se a

    vtima pode sair da Delegacia com a medida protetiva decretada pela autoridade policial, no

    faz o menor sentido, ferindo o princpio da eficincia, impor ofendida uma via crcis para

    efetivar a proteo.

    Complementa a doutrina:

    indispensvel assegurar autoridade policial que, constatada a existncia de risco atual

    ou iminente vida ou integridade fsica e psicolgica da vtima ou de seus dependentes,

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    aplique provisoriamente, at deliberao judicial, algumas das medidas protetivas de

    urgncia, intimando desde logo o agressor.[13]

    Na verdade, a aprovao desse projeto de lei representar um avano no s para a tutela

    dos direitos das vtimas de violncia domstica e familiar, mas tambm para os interesses

    dos prprios agressores, vez que, conforme exposto, o delegado de polcia ter sua

    disposio outras ferramentas diversas da priso. Assim, ao invs de deixar de conceder

    liberdade provisria mediante fiana ao preso em flagrante, a autoridade policial poder

    lavrar o auto, conceder a fiana e decretar, incontinenti, a medida protetiva que o proba

    de se aproximar da vtima.[14]

    A inovao em nada afeta a capacidade postulatria da vtima. Mesmo que autoridade de

    Polcia Judiciria no vislumbre a existncia de risco atual ou iminente vida ou integridade

    fsica e psicolgica da vtima, continua intocvel a possibilidade de a ofendida requerer as

    medidas protetivas, pedido que dever ser encaminhado normalmente pelo delegado ao juiz em

    48 horas.

    No h qualquer prejuzo ao controle judicial da providncia ou inafastabilidade da jurisdio.

    semelhana do que ocorre com a priso em flagrante decretada pelo delegado (arts. 306, 2 e

    310 do CPP), o juiz dever ser comunicado da medida no prazo de 24 horas e poder manter ou

    rever a medida aplicada, ouvido o Ministrio Pblico no mesmo prazo (art. 12-B, 1, do PLC

    07/2016). A deciso do delegado de polcia, ainda que produza efeitos imediatos e tenha srias

    repercusses nos direitos fundamentais dos investigados, no definitiva, na medida em que

    est submetida a anlise e confirmao judicial.

    O objetivo to somente conferir maior efetividade estatal na garantia da incolumidade fsica e

    psicolgica da vtima. Por isso mesmo continua dependendo de ordem judicial a suspenso da

    posse de armas, afastamento do lar, suspenso de visitas aos dependentes menores, prestao de

    alimentos provisrios, separao de corpos, proibio de celebrao de contratos, suspenso de

    procuraes e prestao de cauo provisria.

    Do mesmo modo que o magistrado no um mero homologador de decises de priso em

    flagrante pelo delegado, no se tornar um mero chancelador de decretaes de medidasprotetivas pela autoridade policial. Persiste inclume a plena liberdade de convencimento do

    juiz para concordar ou no com a deciso fundamentada do delegado, podendo reverter a

    deliberao em exguo prazo de 24 horas. A possibilidade de controle por parte do Poder

    Judicirio ser ainda mais efetiva aps a imposio pela Corte Suprema[15]da realizao de

    audincia de custdia. Ao deliberar sobre a legalidade da priso em flagrante, o juiz dever

    tambm decidir sobre a manuteno, modificao ou revogao das medidas protetivas de

    urgncia impostas pela autoridade policial.

    A defesa continuar podendo acessar aos autos do inqurito policial e peticionar ao delegado

    (art. 7, XXI do EOAB),[16]alm de permanecer livre o questionamento perante o juzo (art. 5,

    XXXV da CF), pela via do habeas corpusou do mandado de segurana, sem qualquer prejuzo

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    ao contraditrio e ampla defesa. Do mesmo modo, quando o delegado prende em flagrante,

    impe a fiana ou apreende bens, o fato de se tratar de deciso administrativa limitadora de

    direitos no impede o suspeito de questionar tais deliberaes perante a prpria autoridade

    policial ou o Judicirio, cujas vias de acesso persistem desobstrudas.

    De igual maneira, nenhuma afronta existe atuao do Ministrio Pblico, que ser

    obrigatoriamente ouvido sobre a decretao das medidas protetivas, continuando inalteradas a

    legitimidade para requerimento de medidas protetivas e a atribuio de controle externo

    policial.

    A mudana no acarretar necessariamente atraso nas investigaes policiais, at porque nas

    hipteses em que o agressor for conduzido Delegacia de Polcia, j sair intimado da Unidade

    Policial, no sendo preciso qualquer diligncia externa para efetivar a intimao.

    Em resumo a proposta de alterao no suprime direitos, apenas os acrescenta Lei 11.340/06.

    importante lembrar que o princpio da proporcionalidade se manifesta no apenas pela

    proibio do excesso, mas tambm pela vedao da proteo insuficiente,[17]e que a tutela de

    direitos fundamentais deve ser adequada, clere e efetiva.[18]Insistir com a atual demora para

    proteger a mulher vtima de violncia domstica somente aumenta a probabilidade de o Brasil

    voltar a ser advertido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em razo da ineficcia

    judicial, a impunidade e a (...) falta de cumprimento do compromisso assumido pelo Brasil de

    reagir adequadamente ante a violncia domestica.[19]

    Obviamente a alterao legislativa no significar a panaceia para a questo da violnciadomstica no Brasil, porquanto a efetividade de qualquer lei depende da concretizao de

    polticas pblicas. Persistir a dificuldade de intimao do agressor no conduzido em flagrante

    Delegacia, e a necessidade de recrudescimento da fiscalizao do agressor. Todavia, essa

    constatao no tem o condo de fossilizar a legislao e servir de muro contra a evoluo

    normativa. preciso mitigar os obstculos que a vtima ainda encontra para ser socorrida. No

    se enxerga melhor forma de respeitar a histrica luta das mulheres pela afirmao de seus

    direitos, batalha que no pode ser maculada por interesses corporativistas.

    [1]PIOVESAN, Flvia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. So Paulo:

    Saraiva, 2013, p. 160.

    [2]ATHABAHIAN, Serge. Princpio da igualdade e aes afirmativas. So Paulo: RCS

    Editora, 2004, p. 18.

    [3]Em especial a Conveno sobre a eliminao de todas as formas de discriminao contra a

    mulher (promulgada pelo Decreto 4.377/02) e a Conveno Interamericana para prevenir, punir

    e erradicar a violncia contra a mulher Conveno de Belm do Par (promulgada pelo

    Decreto 1.973/96).

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  • 7/25/2019 Concesso de medidas protetivas pelo delegado de polcia - Henrique Hoffmann

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    [4]DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na justia: a efetividade da Lei 11.340/2006

    de combate violncia domstica e familiar contra a mulher. So Paulo:: Revista dos Tribunais,

    2007, p 18.

    [5]Disponvel em: .

    Acesso em: 14 jun. 2016.

    [6]CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da constituio. Coimbra:

    Almedina, 2003, p.664.

    [7][7] STF, MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/09/99.

    [8]Parecer da Comisso de Constituio de Justia ao PLC 07/2016, Rel. Senador Aloysio

    Nunes Ferreira, DP 31/05/2016.

    [9]SANNINI NETO, Francisco. Lei Maria da Penha e o delegado de polcia. Canal Cincias

    Criminais, jun. 2016. Disponvel em: . Acesso em: 15 jun. 2016.

    [10]STJ, RMS 43172, Rel. Min. Ari Pargendler, DJe 22/11/2013.[11]STF, Tribunal Pleno, ADI 3441, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 09/03/2007.

    [12]STF, HC 115.015, Rel. Min. Teori Zavascki, DJ 27/08/2013; STJ, RHC 47.984, Rel. Min.

    Jorge Mussi, DJ 04/11/2014.

    [13]DIAS, Maria Berenice. Medias protetivas mais protetoras. Disponvel em:

    . Acesso em: 19 jun. 2016.

    [14]SANNINI NETO, Francisco. Lei Maria da Penha e o delegado de polcia. Canal Cincias

    Criminais, jun. 2016. Disponvel em: . Acesso em: 15 jun. 2016.[15]STF, ADPF 347 MC, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 09/09/2015.

    [16]CASTRO, Henrique Hoffmann Monteiro de; COSTA, Adriano Sousa. Advogado

    importante no inqurito policial, mas no obrigatrio. Revista Consultor Jurdico, jan. 2016.

    Disponvel em: . Acesso em: 14 jan. 2016.

    [17]SILVA, Lus Virglio Afonso da. O proporcional e o razovel. In: Revista dos Tribunais,

    ano 91, n. 798, abr. 2002; SARLET, Ingo Wolfgang. Constituio e proporcionalidade: o direito

    penal e os direitos fundamentais entre a proibio de excesso e a proibio de insuficiente.Revista Brasileira de Cincias Criminais. n. 47. mar.-abr. 2004.

    [18]CAMBI, Eduardo. Neoconstitucionalismo e neoprocessualismo: direitos fundamentais,

    polticas pblicas e protagonismo judicirio. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, p. 219.

    [19]CIDH, Relatrio 54/2001.

    Henrique Hoffmann Monteiro de Castro delegado de Polcia Civil do Paran, mestrando em

    Direito pela Uenp, especialista em Direito Penal e Processual Penal pela UGF e em Segurana

    Pblica pela Uniesp. Tambm professor convidado da Escola Nacional de Polcia Judiciria,

    da Escola Superior de Polcia Civil do Paran, da Escola da Magistratura do Paran e da Escola

    do Ministrio Pblico do Paran e professor-coordenador do Curso CEI e da ps-graduao em

    Cincias Criminais da Facnopar. Redes sociais:Facebook,Twitter,PeriscopeeInstagram

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  • 7/25/2019 Concesso de medidas protetivas pelo delegado de polcia - Henrique Hoffmann

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    Pedro Rios Carneiro Defensor Pblico em Santa Catarina.

    Revista Consultor Jurdico, 20 de junho de 2016, 17h34