concepções de alfabetização - pnaic
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OBJETIVOS
• Refletir sobre as concepções de alfabetização no contexto histórico-
brasileiro e suas implicaçõespedagógicas.
• Entender a concepção de alfabetizaçãona perspectiva do letramento e perspectiva histórico-cultural.
HISTÓRIA ORAL DE ALFABETIZAÇÃO
Vamos conhecer o relato da história de alfabetização de um senhor, que retrataum pouco da prática sedimentada pela
escola primária.
Vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=9Lt5liP31O0
Trata-se do método da SOLETRAÇÃO
Foi o primeiro método empregadouniversalmente na aprendizagem da
leitura, utilizado desde o ano 68 a.C, emRoma e na Grécia antiga.
Baseado na REPETIÇÃO, tem uma grandepreocupação em ensinar, primeiramente,
os nomes das LETRAS
Por este processo a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo: CASA, assim, c,
a,ca, s, a, sa, casa.
ABORDAGEM TRADICIONAL DE ALF.
Essa abordagem, revelada no depoimento e no material didático foi preconizada através de dois
métodos de alfabetização:
MÉTODOS SINTÉTICOS
MÉTODOS ANALÍTICOS
MÉTODOS SINTÉTICOS
“Maneira de se iniciar o ensino da leitura pelaspartes das palavras, sendo que:
- No método alfabético ou da soletração, inicia-se esse ensino com a identificação das letras do alfabeto pelos seus nomes, formando-se depois
as sílabas e, com elas, palavras, até chegar à leitura de sentenças ou histórias.
No método fônico, enfatizam-se inicialmente, as relações entre sons e símbolos gráficos,
completando-se com a sequência anteriormentedescrita.
No método silábico inicia-se o ensino peloconhecimento das famílias silábicas, ensinando-se a partir delas a formação de palavras.
A LEITURA NO MÉTODO FÔNICO
Processo de transcrição dos sons da fala.
Fundamentado numa visão empirista-associacionista de aprendizagem, cujos
processos básicos seriam a percepção e a memória, pauta-se na proposta de ensinar
isoladamente as unidades fonológicas mínimas, os fonemas, e a memorizar as letras que
representam graficamente esses fonemas.
MÉTODOS ANALÍTICOS
Tem seu início a partir de 1890 devido a umanova concepção de criança, de espaço, de
sociedade, enfim, de educação.
Maneira de se iniciar o ensino da leitura com unidades completas de linguagem, para
posterior divisão em partes ou elementosmenores.
PALAVRAÇÃO
Inicia-se esse ensino com palavras, que depoissão divididas em sílabas e letras.
SENTENCIAÇÃO
Inicia-se com sentenças inteiras, que sãodivididas em palavras, e estas, em sílabas e
letras.
HISTÓRIAS
Inicia-se com histórias completas, para depoisse orientar a atenção para sentenças, palavras,
sílabas, letras.
MÉTODO GLOBAL
Enfatiza-se inicialmente o imediatoreconhecimento de palavras ou sentenças
inteiras e, ocasionalmente, pode seridentificado com os métodos da palavração,
sentenciação ou das histórias.
CARTILHAS
MÉTODO MISTO
Acredita-se que pela memorização e repetiçãoas pessoas vão aprender a ler. Os sujeitos
conseguem memorizar letras e sílabas, mas como memorizar não é o mesmo que aprender, alguns não conseguem concluir o processo de
alfabetização. Assim, memorizam letras e sílabasmas não lêem e fazem cópias sem compreender
o que está sendo copiado…
Podemos dizer que:
• Cerceiam a entrada de palavras, restringindo à apresentação de palavras que tenhamdeterminadas famílias silábicas, aquela játrabalhada e a que se está trabalhando.
Apesar de variarem a unidade de ensino (letras, fonemas, sílabas, palavras, textos), se assemelhavam em alguns
aspectos:
Concepção de leitura e escrita como decodificação e codificação;
Ensino transmissivo, partindo das unidades maisfáceis para as mais difíceis;
Concepção de aluno como uma “tábua rasa”, um papel passivo diante do conhecimento;
Sem vinculação com os usos sociais da leitura e da escrita.
“PRONTIDÃO”
Ensinar a ler e a escrever com base nos métodosanalíticos ou sintéticos exigia que as crianças
apresentassem uma prontidão para o início do processo de alfabetização.
Essa prontidão estava relacionada aodesenvolvimento de habilidades perceptivas, de coordenação motora e de discriminação auditiva
e visual.
ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA
No campo da alfabetização, são os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a
Psicogênese da Língua Escrita que trazem novoscontornos para as práticas de alfabetização. Em
seus estudos, demonstram que a escritaalfabética não é um código, o qual se aprende a
partir de atividades de memorização e repetição e propõem uma concepção de língua
escrita como um sistema de notação (alfabético)
Assim, partindo de uma concepção linguística da escrita como sistema de representação da fala, buscaram explicações sobre as formas medianteas quais as crianças aprendem a ler e a escrever,
ou seja, o processo de construção dos conhecimentos no domínio da língua escrita.
Para isso, adotaram técnicas associadas aométodo da indagação, com registros de
situações em que as crianças eram levadas a escrever o seu próprio nome, de um amigo,
familiar, e “palavras que não haviam sidoensinadas”.
As análises dessas situações evidenciaram paraas pesquisadoras que o desenvolvimento da
escrita na criança ocorre por níveis sucessivos, caracterizados por uma hipótese central e umasérie de fatores que levaram a outros tipos de
classificação.
EMÍLIA FERREIRO
Defendeu a importância do aprendiz serexposto ao mundo da escrita a partir da
participação em práticas sociais de leitura e escrita.
Chamou a atenção para a importância do ambiente – que deve ser alfabetizador -
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seriaalfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da
leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e
letrado (SOARES, 1998, p. 47)