conceito de imposto

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Conceito de Imposto Podemos definir o imposto através de 3 elementos: Objetivo; Subjetivo e Teleológico(finalista) Objetivamente: O Imposto é uma prestação (natureza obrigacional) - Pecuniária (dare pecúnia) - Unilateral (Não existe uma contraprestação específica do Estado) - Definitiva (não dá lugar a reembolso) - Coativa (Tem por fonte a lei e é independente da vontade do contribuinte) Subjetivamente: O imposto é devido por - Detentores (individuais ou coletivos) de capacidade contributiva - A favor de entidades que exerçam funções ou tarefas públicas. (para não limitar a hipótese de impostos exigíveis a favor de entidades privadas que exerçam funções públicas) Teleologicamente: - O imposto é exigido pelas entidades que exerçam funções públicas para a realização dessas funções; ( O imposto pode ter outras funções, desde que não sancionatória) - Desde que não tenha caráter sancionatório. ( Se com o imposto se pretende sancionar, estamos perante uma multa (sanção pecuniária penal) ou coima (sanção pecuniária contra-ordenacional) Distinção entre imposto (tributo unilateral) e taxa (tributo bilateral) O prof Casalta Nabais divide a figura dos tributos em duas categorias: imposto e taxa. 1º - O imposto obedece ao principio da legalidade fiscal, e é medido com base na capacidade contributiva; 2º - As taxas bastam-se com a reserva à lei parlamentar do seu regime geral; e a sua medida assenta no princípio da proporcionalidade taxa/prestação estadual proporcionada ou taxa/custos específicos causados à respetiva comunidade. O tributo é unilateral quando não existe uma contraprestação individualizada, mormente quando o bem público é indivisível não há taxas mas imposto.

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Distinção entre imposto e taxa

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Conceito de Imposto

Podemos definir o imposto atravs de 3 elementos: Objetivo; Subjetivo e Teleolgico(finalista)

Objetivamente: O Imposto uma prestao (natureza obrigacional)

Pecuniria (dare pecnia) Unilateral (No existe uma contraprestao especfica do Estado) Definitiva (no d lugar a reembolso) Coativa (Tem por fonte a lei e independente da vontade do contribuinte)

Subjetivamente: O imposto devido por

Detentores (individuais ou coletivos) de capacidade contributiva A favor de entidades que exeram funes ou tarefas pblicas. (para no limitar a hiptese de impostos exigveis a favor de entidades privadas que exeram funes pblicas)

Teleologicamente:

- O imposto exigido pelas entidades que exeram funes pblicas para a realizao dessas funes; ( O imposto pode ter outras funes, desde que no sancionatria)- Desde que no tenha carter sancionatrio. ( Se com o imposto se pretende sancionar, estamos perante uma multa (sano pecuniria penal) ou coima (sano pecuniria contra-ordenacional)

Distino entre imposto (tributo unilateral) e taxa (tributo bilateral)

O prof Casalta Nabais divide a figura dos tributos em duas categorias: imposto e taxa.

1 - O imposto obedece ao principio da legalidade fiscal, e medido com base na capacidade contributiva;2 - As taxas bastam-se com a reserva lei parlamentar do seu regime geral; e a sua medida assenta no princpio da proporcionalidade taxa/prestao estadual proporcionada ou taxa/custos especficos causados respetiva comunidade.

O tributo unilateral quando no existe uma contraprestao individualizada, mormente quando o bem pblico indivisvel no h taxas mas imposto.

O tributo bilateral quando temos um servio pblico, presente e individualizvel (divisvel): ex propinas, portagens.A taxa implica portanto um sinalagma jurdico, ou seja, uma prestao e uma contraprestao; e tambm um sinalagma econmico: o valor da taxa aferido com base numa ideia de proporcionalidade ou custo/benefcio. Portanto, na parte em que a taxa excede esse valor, encontraremos j um imposto oculto.Imposto Tributo unilateral, visto que no existe um contraprestao individualizada. Quando o bem pblico indivisvel no h taxas mas imposto.(Parece que a maioria da doutrina se pronuncia no sentido de equiparar os encargos por mais-valias ao imposto. 1 - No se vislumbra uma contra-prestao especfica a favor do contribuinte; 2 - Tm por base manifestaes da capacidade contributiva resultantes do exerccio de uma atividade administrativa e no, ou no exclusivamente, de uma atividade do respetivo contribuinte.)

Caso 1: Tipos de tributos Farto dos garridos reclamos e anncios luminosos na cobertura de prdios lisboetas, que segundo presidente da CML desarmonizavam a esttica da cidade e afastavam os turistas;

O executivo camarrio de Lisboa apresentou respectiva Assembleia Municipal uma proposta de criao de uma Taxa Especial a incidir sobre todo e qualquer objecto e estrutura publicitria colocado na cobertura ou telhado dos imveis sitos nos bairros histricos do Castelo, Mouraria, Prncipe Real e Chiado.

Ainda de acordo com a proposta, o tributo deveria assentar sobre (i) o valor tributrio dos prdios e, sempre que este valor se revele manifestamente desatualizado, (ii) sobre uma ponderao da mdia dos rendimentos sujeitos a IRS declarados pelos proprietrios desses imveis.

A referida proposta propunha tambm a criao de isenes especficas para (i) os imveis cujo valor patrimonial no excedesse os 2500 e para (ii) as sedes dos partidos polticos.

A proposta prev a criao de um imposto, taxa ou contribuio especial?

A colocao, em prdios de propriedade privada, de anncios de natureza comercial tem directa e muito marcante incidncia externa, que extravasa da esfera dominial do respectivo titular. Pela natureza do efeito til pretendido, ela contende necessariamente com o espao pblico, cuja gesto e disciplina compete edilidade exercitar. Justifica-se, assim, que a actividade publicitria seja relativamente proibida (cfr., entre outros, o Acrdo n. 558/98), ficando sujeita a um licenciamento prvio pelas cmaras municipais, para salvaguarda do equilbrio urbano e ambiental (artigo 1. da Lei n. 97/88 de 17 de Agosto, alterada pela Lei n. 23/2000, de 23 de Agosto).

emisso da licena, o mesmo dizer, o levantamento do obstculo jurdico (que j vimos no ser arbitrrio) d origem a uma relao com o obrigado tributrio distinta da que intercede com a generalidade dos administrados, no quadro da qual a entidade emitente assume uma particular obrigao a duradoura obrigao de suportar (pati) uma actividade que, embora respeitando aqueles deveres, interfere permanentemente com a conformao de um bem pblico. Com o licenciamento, alteram-se as posies jurdicas recprocas de administrao e administrado, ficando aquela onerada, enquanto a situao persistir, com uma obrigao at a inexistente.

http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/acordaos/20100177.htmlhttp://www.pgdlisboa.pt/jurel/cst_main.php?ficha=1797&pagina=60&nid=9429http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/f75240547ca4c098802574500037eca7?OpenDocument&ExpandSection=1