comunicado se de 31 de março de 1986 - conselho de escola

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  • COMUNICADO SE DE 31 DE MARO DE 1986

    Conselho de Escola

    Aos Diretores de Diviso Regional, Diviso Especial do Vale do Ribeira, Delegados

    de Ensino e Diretores de Escola.

    Considerando que:

    - o artigo 95 da Lei Complementar n. 444, de 27-12-85, que dispe sobre o

    Conselho de Escola, auto-aplicvel, dispensando, portanto, regulamentaes;

    - a eleio do Conselho de Escola deve realizar-se no primeiro ms letivo;

    - inmeras foram as consultas recebidas, solicitando esclarecimentos sobre diversos aspectos do Conselho de Escola,

    O Senhor Secretrio de Estado da Educao determina que seja divulgado o texto

    abaixo, com a finalidade de responder a dvidas apresentadas por integrantes das Unidades Escolares e por Autoridades de Ensino.

    "CONSELHO DE ESCOLA"

    "O Secretrio Estadual de Educao d a seguinte orientao para a instalao e

    funcionamento do Conselho de Escola em todas as Unidades Escolares da rede estadual de ensino:

    o artigo 95 do Estatuto do Magistrio, constando da Lei Complementar n. 444, de

    27-12-85, instituiu o Conselho de Escola, definindo de forma incisiva e explcita o

    seu carter deliberativo, e propondo uma composio mais representativa dos

    diversos segmentos envolvidos na Unidade Escolar.

    Com a publicao desta lei, ficam revogadas as decises anteriores referentes ao Conselho de Escola, quais sejam:

    a) os artigos 9, 10 e 11 do atual Regimento Comum das Escolas Estaduais de 1. e 2. Graus;

    b) a Lei Complementar n. 375, de 19-12-84.

    De acordo com a maior incidncia das dvidas apontadas, trataremos o assunto, dividindo-o em quatro itens:

    1. Natureza do Conselho de Escola.

    Sendo a escola um dos principais servios que o Estado presta populao,

    o Conselho de Escola, tal como est constitudo, uma conquista que

    evidencia a poltica adotada pelo Governo do Estado, viabilizando a efetiva

    participao da comunidade na discusso, reflexo e soluo dos problemas que lhes so inerentes, legitimando a autonomia da Unidade Escolar.

    As mudanas mais significativas e que conferem ao Conselho de Escola o

    direito de participar do cotidiano da Unidade Escolar, na medida em que ele

    se configura em um frum de expresso e deciso, so as seguintes:

    Andr e MarjourieNotaMarked definida por Andr e Marjourie

    Andr e MarjourieNotaMarked definida por Andr e Marjourie

    Andr e MarjourieNotaMarked definida por Andr e Marjourie

    Andr e MarjourieNotaMarked definida por Andr e Marjourie

    Andr e MarjourieRealce

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    Andr e MarjourieRealce

    Andr e MarjourieRealce

  • - a natureza deliberativa se concretiza nas atribuies do Conselho de

    Escola;

    - a nova composio proposta assegura uma participao paritria dos

    segmentos da "comunidade escolar", isto , 50% dos membros so alunos e

    pais de alunos, os outros 50% esto divididos entre os docentes (40%), especialistas (5%) e funcionrios (5%).

    Ao ser atribudo poder de deciso a todos os segmentos integrantes da

    Unidade Escolar, compartilham-se com o Diretor os esforos na busca de respostas coletivas aos problemas que a escola enfrenta.

    Assim, a responsabilidade pela poltica administrativas, financeira e

    pedaggica da escola, em consonncia com as normas legais e diretrizes da SE, passa a ser de todos.

    2. Composio e atribuies.

    O total de membros que devem compor o Conselho de Escola oscilar entre

    20 e 40 elementos, e contar, sempre , com mais um membro o Diretor da Escola, que o preside, tendo todos o direito a voz e voto.

    Para se estabelecer a proporcionalidade entre o nmero de membros do

    Conselho de Escola e o nmero de classes da Unidade Escolar, h uma

    infinidade de critrios possveis. Cada escola soberana para escolher o

    critrio que julgar mais adequado sua realidade.

    guisa de sugesto, vamos citar apenas alguns exemplos:

    - n. de classes n. de componentes

    at 14 20

    15 a 17 23

    18 a 20 26

    21 a 23 29

    24 a 26 32

    27 a 29 35

    30 a 32 38

    igual ou acima de 33 40

    - n. de classes n. de componentes

    at 20 20

    21 a 30 25

    31 a 40 30

    41 a 50 35

    igual ou acima de 51 40

    Andr e MarjourieNotaMarked definida por Andr e Marjourie

    Andr e MarjourieNotaMarked definida por Andr e Marjourie

    Andr e MarjourieRealce

    Andr e MarjourieRealce

  • - n. de classes n. de componentes

    at 15 20

    16 a 21 22

    - n. de classes n. de componentes

    22 a 27 24

    28 a 33 26

    34 a 39 28

    40 a 45 30

    46 a 51 32

    52 a 57 34

    58 a 63 36

    64 a 69 38

    igual ou acima de 70 40

    Fica, entretanto, a pergunta:

    Como compor os Conselhos nas Escolas Isoladas, UEACs, de Emergncia?

    Podero seus participantes compor o Conselho da Escola-Sede, qual esto

    vinculadas, ou organizar um nico Conselho, abrangendo as Escolas localizadas em reas prximas.

    Nas Escolas, como as Agrupadas, que no tem o mnimo de elementos

    previstos em lei, necessrios para a formao do Conselho de Escola, as

    decises devero ser tomadas com a participao da Comunidade, propiciando, assim, a vivncia democrtica.

    Aos educadores, atravs de seu empenho e criatividade, caber um papel preponderante no desencadear desta ao.

    Sobre as atribuies do Conselho de Escola, no que colidir o disposto em

    outras legislaes com o disposto no artigo 95 (Conselho de Escola) da Lei

    Complementar n. 444/85 (Estatuto do Magistrio), esta, por ser

    hierarquicamente superior quelas, revoga tacitamente as disposies em

    contrrio, e no que no colidir, continuam em vigor as disposies legais

    existentes.

    A Lei Complementar inova no que se refere a todas as aes da vida escolar

    que passam a ser resultado de decises coletivas.

    3. Eleio e Convocao.

    A eleio dos representantes de professores, especialistas de educao,

    funcionrios, pais e alunos deve realizar-se em assemblias distintas, e ser

    precedida de amplos debates, para assegurar o afloramento das idias e

    aspiraes, garantindo desta forma, uma representao de carter real de

    cada um destes segmentos.

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  • De capital importncia a convocao para o Conselho de Escola, cujas

    reunies devero efetuar-se ordinria ou extraordinariamente. Para a

    realizao de tais reunies, ao se escolher o dia e horrio, assim como ao se

    estabelecer o prazo para sua convocao (feita por escrito, com cincia dos

    convocados, ou por edital afixado em local visvel), sempre devem ser

    levada em conta disponibilidade de todos os membros componentes do Conselho.

    4. Outras questes.

    a. Sobre a maioria absoluta e maioria simples:

    maioria absoluta refere-se ao total de membros que compem o Conselho

    de Escola, sendo alcanada com a presena de 50% mais um do total de membros.

    maioria simples refere-se ao total de membros do Conselho presentes

    reunio. Garantida a presena da maioria absoluta dos membros do

    Conselho, uma questo ser aprovada por maioria simples, ou seja, maioria de votos.

    b. Sobre o direito a voto do aluno:

    para o aprendizado do exerccio democrtico, temos a certeza de que importante

    o aluno, de qualquer idade, ter direito tanto a voz quanto a voto. Entretanto,

    queremos levantar algumas questes para reflexo:

    a inexistncia de um Direito aplicvel s peculiaridades da vida escolar;

    as faixas etrias variadas da clientela da escola de 1. e 2. graus;

    a dificuldade de aplicao do disposto no Cdigo Civil referente ao previsto

    no 4. do artigo 95 da Lei Complementar n. 444/85 (gozo da capacidade

    civil).

    Apesar da complexidade das colocaes feitas, reinteramos que o aluno deve

    exercer o seu direito a voz e a voto em todos os assuntos deliberados pelo Conselho da Escola.

    a. Sobre o Grmio Estudantil

    A criao e a organizao do Grmio Estudantil, como entidade autnoma

    representativa dos interesses dos estudantes, esto asseguradas pela Lei

    Federal n. 7.398, de 4-11-85. Portanto, no cabe ao Conselho de Escola

    deliberar sobre a criao, organizao e funcionamento do Grmio

    Estudantil. Estatutos prprios sero elaborados e aprovados em Assemblia

    Geral do corpo discente de cada estabelecimento de ensino, convocada para este fim.

    b. Quanto ao Calendrio e Regimento Escolar, o Conselho de Escola poder deliberar sobre assuntos que no estejam fixados nas normas em vigor.

    Aproveitamos a oportunidade para lembrar que se encontra em estudo elaborao de um novo Regimento Comum das Escolas Estaduais de 1. e 2. Graus.

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  • Outras dvidas que venham a surgir devero ser encaminhadas, atravs do

    Assistente para Assuntos Comunitrios ( A.A.C. ) das DREs, para as Coordenadorias.

    NOTAS:

    A Lei n. 7.398/85 encontra-se pg. 68 do vol. 12 da Coletnea Federal de Legislao de ensino de 1. e 2. Graus.

    Encontram-se na Coletnea Estadual de Legislao de Ensino de 1. e 2. Graus.

    A Lei Compl. n. 375/84 pag. 62 do vol. XVIII;

    A Lei Compl. n. 444/85 encontra-se pg. 92 do vol. XX;

    O Par. CEE n. 390/78 ( RCEEPSG ) pg. 386 do vol. V.

    http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/notas/comSE31_03_86.htm