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COMUNICAÇÕES PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL MAIO 2014 • ANO LXI • Nº 05 35º aniversário da nomeação PATRONO DA ECOLOGIA

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COMUNICAÇÕESPROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL

MAIO 2014 • ANO LXI • Nº 05

35º aniversário da nomeaçãoPATRONO DA ECOLOGIA

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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASILRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP www.franciscanos.org.br | [email protected]

SUMÁRIO ________________________________________

MENSAGEM DO MINISTRO PROVINCIAL- Maria, modelo eclesial para a Evangelização.....................................................................................................................................................................211

FORMAÇÃO PERMANENTE- “Fundamentação bíblica do matrimônio”, quarto artigo de Frei Nilo Agostini.............................................................................................................213- Mensagem da XXIII Assembleia Geral da UCLAF................................................................................................................................................................216

SAV- Entrevista: Frei Paulijacson Pessoa de Moura..............................................................................................................................................................................220- Missões nas escolas do Oeste Catarinense...........................................................................................................................................................................223- SAV-RJ: Encontro vocacional reflete sobre as vocações............................................................................................................................................................224- SAV-RJ: Vocação e descoberta..............................................................................................................................................................................................224

FORMAÇÃO E ESTUDOS- Notícias do Seminário São Francisco de Assis de Ituporanga...................................................................................................................................................225- Seminário Frei Galvão acolhe POSTULINTER...................................................................................................................................................................226- Noviciado: Primeiro NOVINTER 2014................................................................................................................................................................................227

FRATERNIDADES- Paróquia São Paulo Apóstolo de Agudos: Missa nas residências........................................................................................................................................228- “Maio”, poema de Frei Walter Hugo de Almeida...............................................................................................................................................................228- Encontro do Regional de Agudos.......................................................................................................................................................................................229- Regional de São Paulo faz primeiro encontro.......................................................................................................................................................................230- Frades se reúnem para o Regional em Lages.................................................................................................................................................................................231- Gaspar: Paróquia São Pedro Apóstolo em missão..................................................................................................................................................................232- Gaspar: Formação das equipes de liturgia.................................................................................................................................................................................233- Gaspar: Encontro “amigos de São Francisco e Santa Clara”.................................................................................................................................................233- Ceia Ágape: preparação para a Páscoa em Gaspar.....................................................................................................................................................................234- “A maior e a mais antiga festa cristã”, artigo de Frei Luiz Iakovacz........................................................................................................................................235- Um grande e profundo retiro na Barra......................................................................................................................................................................................236- Orquestra de câmara de Budapeste se apresenta no Santuário de Vila Velha......................................................................................................................238- “Frei Bruno” em segunda edição..............................................................................................................................................................................................239- Dupla festa em Santo Amaro da Imperatriz............................................................................................................................................................................240- Complementação de estudos em Teologia...............................................................................................................................................................................241- Encontro do Regional do Contestado....................................................................................................................................................................................241- Curso de franciscanismo em Rondinha: a alegria de evangelizar na visão franciscana..........................................................................................242- Tríduo Pascal no Convento São Boaventura...........................................................................................................................................................................243- JUFRA: Jovens encenam a Paixão do Senhor no Convento São Francisco....................................................................................................................244

EVANGELIZAÇÃO- Sefras celebra a Páscoa.........................................................................................................................................................................................................245- Conselho Diretor discute a sustentabilidade..........................................................................................................................................................................246- Sefras assina convênio para trabalho no Jardim Peri............................................................................................................................................................247- USF registra crescimento de 141% nos últimos 4 anos....................................................................................................................................................248

DEFINITÓRIO PROVINCIAL- Notícias do Encontro de 1º a 3 de abril...........................................................................................................................................................................249

OFM- 35º Aniversário da Nomeação de São Francisco como Patrono da Ecologia...................................................................................................................253

SANTA SÉ- Gestão dos bens eclesiásticos.................................................................................................................................................................................................254

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES- Novo livro de Antônio Moser..................................................................................................................................................................................................255- Falecimento................................................................................................................................................................................................................................255

AGENDA......................................................................................................................................................................................................256

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“Santa Virgem Maria, não há mulher nascida no mundo semelhante a ti, filha e serva do altíssimo Rei e Pai celestial, Mãe de nosso

Santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espirito Santo: rogai por nós com São Miguel Arcanjo e todas as Virtudes do céu e todos os

santos junto a vosso santíssimo e dileto Filho, nosso Senhor e Mestre”.Caríssimos irmãos e irmãs,Com esta Antífona Mariana, rezada por São

Francisco e Santa Clara no Ofício da Paixão do Senhor, desejo introduzir nosso boletim de Maio das COMUNICAÇÕES da Província. Assim, em primeiro lugar, nos unimos aos confrades do Regional do Espírito Santo e nos sintonizamos com o povo capixaba e todos os romeiros, para ampliar ainda mais o eco do hino de louvor tantas vezes cantado na semana da Oitava da Páscoa nos entornos do Convento de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, ES: “Virgem da Penha, Senhora nossa, Ave Maria!”.

O Convento da Penha, sem dúvida alguma, é o Santuário Mariano por excelência da nossa

MENSAGEM ________________________________________

Província. Através da presença diária e do atendimento fiel dos nossos confrades que lá nos representam, sobre cada um de nós recai a responsabilidade e a continuidade da devoção à Virgem Mãe de Deus, tão próprio do nosso carisma franciscano e profundamente impregnada na alma do Povo de Deus. Nossa Senhora das Alegrias, a ‘Virgem feita Igreja’, presente na piedade e na fé de Frei Pedro Palácios foi, sem dúvida alguma, a ‘Estrela da Evangelização’ do povo capixaba e que, desde os primórdios, amparou todos os evangelizadores no alegre anúncio do Evangelho de Jesus Cristo.

Assim hoje, mais do que nunca, somos desafiados a acolher o apelo do Papa Francisco para,

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MARIA, MODELO ECLESIAL PARA A EVANGELIZAÇÃO

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MENSAGEM ________________________________________franciscanamente, tenhamos a fé, a consciência e a convicção de que, “juntamente com o Espirito Santo, está Maria no meio do povo. Ela reunia os discípulos para invoca-lo, e assim tornou possível a explosão missionária que se deu no Pentecostes. Ela é a mãe da Igreja evangelizadora e, sem Ela, não podemos compreender cabalmente o espírito da nova evangelização” (Evangelii Gaudium, nº 284).

Em segundo lugar, a Virgem Maria, agora invocada com o nome de Nossa Senhora de Guadalupe e Mãe da América Latina, também ocupou um lugar de destaque na XXIII Assembleia Geral da UCLAF que se realizou nos dias 07 a 11 de abril de 2014, na Fraternidade de San Juan Bautista de Coyoacán da cidade do México, sede da Província mexicana dos Santos Evangelhos. A temática que orientou a assembleia foi: “Rumo ao Capítulo Geral de 2015” (cf. a mensagem página 216).

Concelebrando a Eucaristia com os Ministros e Custódios da UCLAF, o Ministro Geral Fr. Michael Anthony Perry assim nos admoestou no Santuário da Virgem de Guadalupe: “Nós, como Maria de Nazaré, Mãe de Jesus nosso Senhor, e como Juan Diego, somos chamados a empreender um caminho de fé, abrindo nossos corações e nossas vidas à misericórdia, ao perdão, à justiça, ao amor e à paz de Deus... Somos chamados, como discípulos missionários, a compartilhar com todos o que encontramos, oferecendo-lhes um sinal de esperança e o abraço da misericordiosa e do amor”.

Em terceiro lugar retomo a Exortação Apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, em especial o belíssimo título ‘A Estrela da nova evangelização’. Também nós, Frades Menores, em comunhão com o Povo de Deus, no início deste mês consagrado a Maria, queremos recorrer ‘à Mãe do Evangelho vivente’ para que ela ‘nos fortaleça na fé e nos ensine a deixar-nos seduzir pelo Espírito ante os novos desafios da evangelização’. Também experimentamos em nós a tristeza das ‘fazes de aridez, de ocultação e até de certo cansaço na nossa ‘peregrinação evangelizadora’. ‘Que fixemos n’Ela nosso olhar, para que nos ajude a anunciar a todos a mensagem de salvação e para que os novos discípulos se tornem operosos evangelizadores’. E mais: ‘Há um estilo mariano na atividade evangelizadora da Igreja. Porque sempre que

olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. Nela vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam maltratar os outros para se sentir importantes’.

Também suplicamos à ‘Estrela da nova evangelização’ para que nós, na nossa vocação e missão, sejamos evangelizadores contemplativos, disponíveis, alegres, ternos, justos, cuidadosos e generosos como Maria que ‘sai à pressa da sua povoação para ir ajudar os outros. Esta dinâmica de justiça e de ternura, de contemplação e de caminho para os outros faz d’Ela um modelo eclesial para a evangelização. Pedimos-Lhe que nos ajude, com a sua oração materna, para que a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos, e torne possível o nascimento de um mundo novo’ (cf. Evagelii Gaudium 287-288).

E com o olhar terno de São Francisco, concluo minha mensagem de maio com a Saudação á Mãe de Deus: “Ave, ó Senhora Santa, Rainha santíssima, Mãe de Deus, ó Maria, que és virgem feita Igreja, eleita pelo santíssimo Pai celestial, que te consagrou por seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito. Em ti residiu e reside toda a plenitude da graça e todo o bem”.

E pela intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, o Senhor nos abençoe e nos guarde no seu amor!

FREI FIDÊNCIO VANBOEMMEL, OFMMINISTRO PROVINCIAL

01: Após reunião dos Guardiães, visita fraterna ao Mosteiro de Piratininga e aos confrades de Bauru.02-03: Presença no retiro dos Benfeitores do PVF, em Agudos.05: Retorno e novos exames médicos (Hospital do Câncer A. C. Camargo).06-07: Conselho do Secretariado para a Formação e os Estudos em São Paulo13-14: Reunião do Conselho de Evangelização 19: Encontro do Regional de São Paulo23-26: Visita Fraterna Rondinha, inauguração da gruta de Nossa Senhora.

MAIO - AGENDA DO MINISTRO

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FORMAÇÃO PERMANENTE ________________________________________A FAMÍLIA NUM TEMPO DE MUDANÇAS

FREI NILO AGOSTINI

FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA DO MATRIMÔNIO

No livro do Gênesis (1,26), lemos que Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança e, no versículo 27, a Escritura ressalta que “homem e mulher” o criou. Em Gn 2,18, acrescenta-se que “não é bom que o homem esteja só”, criando então Deus a mulher; esta fora reconhecida por Adão, ao dizer: “Esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne!”

Deus, que é Amor (cf. 1Jo 4,8), criou o ser humano à sua imagem e semelhança. “Por este motivo, a vocação ao amor é o que faz do homem a autêntica imagem de Deus: se faz semelhante a Deus à medida que se converte em alguém que ama”1. Existe aí uma conexão entre Deus e o ser humano, homem e mulher. É o ser humano no seu corpo e na sua alma, na integralidade do seu ser, que está aí incluído no Amor.

1. A estrutura criacional domatrimônio (Antigo Testamento)Este amor no matrimônio é sublinhado nas

páginas bíblicas; para dar-lhe estabilidade, apontam para a fidelidade conjugal. É o que vemos no decálogo (Ex 20,2-17), quando ali é dito “não cometerás adultério” e “não desejarás a mulher do próximo”. Mesmo tendo esta base, no Antigo Testamento, o matrimônio tem fortes traços laicos e profanos; é celebrado nas famílias, não na sinagoga. Mesmo assim, “ele é vivido como um evento profundamente

religioso, no qual se renova a ação criadora de Deus”2. Desde este tempo, o matrimônio é marcado por uma estrutura própria, que o rito vem confirmar.

Os capítulos 2−3 do Gênesis trazem a mais antiga teologia do matrimônio. A escola javista imprime aí sua marca (segunda metade do século X aC). Quer-se retratar a experiência quotidiana e, ao mesmo tempo, refletir à luz da fé. Sente-se que a vida matrimonial está marcada pela dupla experiência do amor de Deus, por um lado, e do mal, por outro lado. Por que tal contradição? Por causa do pecado do ser humano. O próprio matrimônio pode revelar o projeto de Deus e pode escondê-lo; pode alimentar-se do desígnio de Deus como pode estar tomado pelo pecado.

O belo é ver que Deus tira o homem da sua solidão e lhe dá uma companheira a altura. Ao afirmar que “não é bom que o homem esteja só”, Deus dá o fundamento de uma das experiências mais profundas e primordiais da humanidade. O ser humano não existe para viver solitário, porque tem sempre necessidade dos outros, porque é feito para o diálogo. Neste relato, exprime-se a ideia de união. “O homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2,24). A força dessa união é tal que supera qualquer ligação de sangue (... “deixa seu pai e sua mãe”).

Deus, ao exprimir a intenção de dar ao homem uma companheira que lhe corresponda ou lhe seja

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semelhante, afirma a concepção segundo a qual homem e mulher são semelhantes em dignidade, chamados a viver na complementaridade (ela lhe é uma ajuda). Ambos têm a mesma origem, a mesma natureza (daí a figura da “costela”). “Esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2,21). Fica evidenciada aí a alegria do homem face à mulher, ela que traz estampada a mesma dignidade, sendo chamados à correspondência de um face ao outro; chega-se a outra bela expressão: “E se tornam uma só carne” (Gn 2,24). Aqui é indicada a união completa, uma comunhão de vida interpessoal que reúne todas as dimensões do humano. A expressão “e se une à sua mulher”, aponta para o matrimônio monogâmico, ou seja, sai das mãos de Deus o casal humano formado de um só homem e de uma só mulher, sendo esta a estrutura criacional do matrimonio.

No entanto, quando o pecado se instala (... serpente), se estabelece uma ruptura, uma corrupção no homem e na mulher; eles perdem a transparência, se envergonham da sua nudez; a desordem se instala. Um acaba acusando o outro. Quebra-se o desígnio de Deus e o homem passa a dominar a mulher (Gn 3,16), o que não corresponde à vontade de Deus.

“Homem e mulher Deus os criou” (Gn 1,27). “Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom” (Gn 1,31). Todas as realidades da criação são belas e boas (segundo o adjetivo hebraico). Inclui-se aí a própria sexualidade. Tudo é incorporado na história salvífica de Deus e atravessado pela sua graça. A sexualidade faz parte dessa realidade positiva, mas não é autônoma, quer dizer, deve ser mantida dentro do projeto na qual foi pensada/criada; ela

não é vivida sem regras ou puramente livre. Mesmo se ela faz parte da estrutura dialogante e realizadora do humano, ela pode cair na busca egoísta de prazer, fazendo da pessoa do/a outro/a um puro objeto. Não se trata aqui de uma visão negativa da sexualidade, fruto de uma visão dualista. O problema é quando a sua vivência entra na pequenez ou no vazio do pecado.

2. O matrimônio no Novo Testamento

Para falar do matrimônio, o Novo Testamento utiliza a riqueza que vem do Antigo Testamento. Porém, introduz algumas novidades relevantes: “a indissolubilidade do pacto nupcial, o primado do Reino de Deus, o caminho do celibato, o arquétipo da sociedade conjugal não é mais Adão e Eva, mas Cristo e a Igreja”3. À medida que se insere no mistério de Cristo, o matrimônio recebe o seu último aprofundamento.

“O que Deus uniu o homem não separe” (Mc 10,9). Num contexto em que a mulher podia ser despedida ou repudiada, podendo ser dada uma carta de divórcio, Jesus vem e afirma a indissolubilidade. Mateus 19,1-9 e Marcos 10,1-12 apresentam este relato. Em Lucas 16,18 fica clara a afirmação: “Todo aquele que despede a sua mulher e se casa com outra comete adultério”. Jesus toma radicalmente posição contra o repúdio da mulher, contra qualquer forma de divórcio. Não há exceções. Jesus reenvia ao projeto criador de Deus. “Nunca leste que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher... De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus uniu o homem não separe” (Mt 9,4-6). “A

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FORMAÇÃO PERMANENTE ________________________________________estabilidade da aliança esponsal faz parte do desígnio da criação... Dizer que a indissolubilidade é lei da criação significa dizer que esta é universal, inscrita na natureza mesma do amor nupcial. É estrutura antropológica universal”4.

A grande novidade, a partir de Jesus, é a clareza e a profundidade com que ele exprime a natureza intrínseca do matrimônio, ligando-a ao amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.

Os Evangelhos inserem o matrimônio no seguimento de Jesus Cristo, no qual vem sublinhado o dom total de si, a fidelidade e a solidariedade como notas próprias. Ao mesmo tempo, o matrimônio aponta para a comunhão com Deus. Ele é a figura dessa comunhão.

“Este mistério é grande” diz São Paulo aos Efésios (5,32). “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo também amou a sua Igreja e se entregou por ela... É assim que os maridos devem amar as suas esposas, como amam seu próprio corpo. Aquele que ama a sua esposa está amando a si mesmo. Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Pelo contrário, a nutre e a cerca de cuidados, como Cristo faz com a Igreja, e nós somos membros do seu corpo” (Ef 5,25-30).

Há uma grandiosidade neste texto paulino. Trata-se de um quadro excepcional. De Cristo vem o amor que salva, cabendo à Igreja inserir-se nele, respondendo pela “obediência”. O arquétipo do matrimônio é Cristo, a união de Cristo com a Igreja. Tudo se liga a esta aliança esponsal de Cristo e sua Igreja. Cristo-Igreja constitui-se no modelo, na norma. Aí o matrimônio cristão deve inspirar-se. Esse “como” Cristo traz um panorama vasto de

aplicações, mas tem fundamentos como estes: amor desinteressado, fidelidade definitiva, completo dom de si, perdão.

Cristo-Igreja revela aquilo que Deus opera em cada matrimônio cristão.

“Em cada matrimônio, Deus faz reviver a misteriosa união de Cristo com a Igreja. No matrimônio... realiza-se o mistério divino: o espaço conjugal... torna-se um lugar no qual o mistério salvífico de Cristo se reatualiza e se visibiliza: lugar, portanto, de salvação, de profecia e de testemunho. De salvação, porque é na sua concreta experiência matrimonial que os cônjuges são unidos no amor salvífico de Cristo que os livra do egoísmo e os abre ao completo dom de si mesmos. De profecia, porque a experiência do dom de si no recíproco amor é uma experiência humana, concreta, que antecipa e prefigura a realidade última, para a qual o homem é encaminhado: a comunhão plena e definitiva com Deus. E de testemunho, porque é através do amor concreto e visível dos esposos cristãos que o mundo entra em contato com o ‘verdadeiro amor’, que é o centro da novidade cristã e o sinal mais credível da morte/ressurreição de Cristo” 5.

Notas1 BENTO XVI. Catequesis. Vaticano, 17 de maio

de 2005.2 MAGGIONI, Bruno. Il matrimonio nella

Bibbia. In: GOFFI, Túlio (dir.). Nuova enciclopedia del matrimonio. Edizione rinnovata. Brescia: Queriniana, 1988, p. 147.

3 Ibidem, p. 160.4 Ibidem, p. 164.5 Ibidem, p. 173.

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Ministros provinciais e cus-tódios das quatro Conferências da América Latina e Caribe da Ordem dos Frades Menores es-tivemos reunidos de 7 a 11 de abril de 2014 na Fraternidade de San Juan Bautista de Coyo-acán da Cidade do México por ocasião da celebração da XXIII Assembleia Geral da UCLAF. A temática orientadora foi: “Rumo ao Capítulo Geral de 2015”, que marcou o tom reflexivo, avalia-tivo e propositivo do nosso en-contro.

É tradição da UCLAF reu-nir-se a cada dois anos para fazer memória de nossa caminhada como irmãos latino-americanos e caribenhos, em chave de con-versão e de gratidão; para retor-nar ao essencial de nossa fé e de nossa espiritualidade; também tem sido ocasião privilegiada

MENSAGEM DA XXIII ASSEMBLEIA GERAL DA UCLAF

para ler os sinais de Deus sempre novos e atualizar nosso carisma, através de projetos comuns, sob a luz que emana dos mesmos. É, sem dúvida alguma, nosso kairós, um momento intenso no qual o Espírito, sempre novo, nos volta a chamar pelo próprio nome, ali-menta-nos com sua palavra e nos envia a ser profetas da Esperança nos lugares de fratura de nosso contexto latino-americano e ca-ribenho. Foram-nos inspiradoras em nosso encontro as palavras do Papa Francisco dirigidas aos reli-giosos e religiosas, nas quais nos recorda que “a Vida Consagrada é profecia”. O Papa está convencido do que Deus nos pede hoje: “sair do ninho que nos abriga para ser enviados até as fronteiras do mundo, evitando a tentação de domesticá-las” .

Particularmente significativa

para experimentarmos a densida-de deste momento de renovação espiritual que vive toda a Igreja foi a presença do Ministro Geral, Frei Michael A. Perry, que num jeito simples e fraterno colocou--se entre nós durante toda a jor-nada, em atitude de escuta aten-ta, de iluminação e interpelação evangélica. Exortou-nos a superar o provincialismo temeroso e mí-ope para abrir-nos à colaboração interprovincial e intercultural na tarefa comum do Reino. Convi-dou-nos a não temer o caminho de reestruturação que acontece em muitas partes da Ordem, mas

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FORMAÇÃO PERMANENTE ________________________________________a compreendê-lo como oportuni-dade para repensar, à luz da Pala-vra, da Tradição e dos desafios de nossa época, a identidade e mis-são particular dos irmãos no seio da Igreja e do mundo. Agradeceu, de forma especial, a participação ativa de nossas Conferências nos projetos missionários da Ordem e insistiu para acentuarmos nos-so compromisso nesta direção, pois é o modo no qual se traduz em ação concreta nosso reiterado compromisso de ser fraternidade em missão e nos afasta da auto-conservação estéril. Este cami-nho necessita que os ministros e custódios estejamos particular-mente atentos em nossas entida-des ao ponto de partida essencial sem o qual não haverá verdadeira mudança na Ordem: a formação inicial e permanente. O Ministro Geral insistiu que não podemos continuar formando em massa, mas personalizadamente; não de modo pontual, mas contínuo, como estilo de vida para nos mantermos fiéis à nossa vocação.

Recordou qual é a coluna verte-bral de todo processo formativo: a experiência místico-espiritual, fonte de todo profetismo genui-namente libertador. Para isso urge formar formadores que não só tenham a preparação acadêmi-ca, mas que sejam testemunhas de uma vida de fé encarnada. Estes desafios levaram o Ministro Geral a convidar a UCLAF a pensar na urgência de estabelecer centros ou programas de estudos comuns no nosso contexto latino-ameri-cano e caribenho que garantam a atualidade do patrimônio fran-ciscano, atendendo às temáticas fundamentais da espiritualidade franciscana, o pensamento e o pa-trimônio artístico franciscano, a formação de formadores, a evan-gelização missionária, os com-promissos com a justiça, a paz e a integridade da Criação, entre outros.

O Ministro Geral, Fr. Micha-el A. Perry, o Vigário Geral, Fr. Julio Bunader e o Definidor geral Frei Nestor Schwerz fizeram co-

locações muito significativas no nosso encontro baseados em da-dos estatísticos surgidos recen-temente de estudos promovidos pela Ordem , o que nos permitiu realizar um diagnóstico realista que orienta a estabelecer pro-jetos comuns a fim de enfren-tarmos com responsabilidade a situações verdadeiramente ur-gentes.

Entre eles chama a atenção e são alarmantes os dados que indicam a dificuldade dos frades para assumir uma vida de oração e contemplação; a pouca clareza na compreensão de nossa iden-tidade carismática franciscana; a falta de abertura comunicati-va entre os irmãos; o desafio de viver os conselhos evangélicos; a dificuldade para conviver com os pobres e marginalizados; o escasso compromisso para esta-belecer diálogos em nível ecu-mênico e inter-religioso… Esses dados são duplamente impor-tantes quando sabemos que as saídas da Ordem têm justamente

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como causas principais: o distan-ciamento da identidade francis-cana (48%), as dificuldades para estabelecer relações comunitá-rias (41%), junto aos aspectos próprios de cada subjetividade no que se refere à vivencia de dos conselhos evangélicos (44%). As iluminações recebidas da par-te do assessor Guillermo Uribe, carmelita descalço, e aquelas que provêm da Ordem mesma, sobretudo no que concerne ao desafio afetivo-sexual nos con-vidam a assumir este enorme desafio dentro de três linhas de ação relacionadas entre si: fra-terna, terapêutica e canônica. O Vigário Geral, Frei Julio Buna-der, nos deixou uma pergunta aberta que desejamos que per-maneça conosco em todo per-curso de discernimento que nos cabe realizar: “Acaso esta não é uma oportunidade histórica, an-tropológica, cultural e religiosa que nos é oferecida para renovar

o dom do chamado a viver e dar testemunho do Evangelho em fra-ternidade e minoridade, fonte de todo bem e da felicidade? Somen-te valorizando plenamente todos os nossos talentos, assumindo com coragem nossa fragilidade e acompanhando nossas dinâmicas internas, chegaremos a identificar estratégias e orientações em vista da fidelidade perseverante”.

Em nível prático a UCLAF quis enfrentar esses desafios de maneira consensual propon-do que o seu Conselho Diretor estude, no prazo de um ano, a possibilidade de criar no âmbito latino-americano ou caribenho uma casa de acolhida para irmãos em dificuldades. Também pede ao mesmo Conselho Diretor e no mesmo prazo que elabore um elenco de fraternidades voltadas especialmente para a renovação espiritual dos irmãos, para, as-sim, considerar a possibilidade de criar ou fortalecer uma frater-

nidade dedicada a ajudar frades a reavivar os valores fundamentais de nossa vocação. Com a finali-dade de enriquecer nossa identi-dade franciscana se exige um re-torno às nossas fontes. Para isso a UCLAF pede à sua coordenação que através das conferências pro-mova o estudo das experiências e iniciativas já existentes sobre nosso patrimônio franciscano de formação e estudos para integrá--las e colocá-las a serviço das Pro-víncias e Custódias no âmbito da UCLAF.

Na linha de continuida-de com Assembleias anteriores, a UCLAF incentiva, também, o fortalecimento do Master em Evangelização a partir da ótica franciscana que se vem sendo re-alizado com boas perspectivas de futuro em Petrópolis, mediante o compromisso de enviar ao menos três estudantes por conferencia de língua espanhola e seis da Confe-rência Brasileira. Para responder

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FORMAÇÃO PERMANENTE ________________________________________à nossa identidade minorítica que se traduz hoje num compromis-so irrenunciável com os pobres e com a casa comum de todos (a natureza), a UCLAF ratifica seu compromisso com o Projeto Amazônia de enviar ao menos um irmão por conferência e esta-belecendo um determinado apoio financeiro que favoreça a missão. A UCLAF parabeniza e agrade-ce a Frei Eugenio Ortiz pela pai-xão com a qual vive, acompanha e contagia a ação missionária da Fraternidade de Requeña, na Amazônia.

Finalizamos nosso encontro levando ao Tepeyac a realidade de dor e esperança na qual vivem tantos irmãos e entidades da Or-dem; também a realidade de so-frimento e de resistência utópica de nossos povos, especialmente da Venezuela, neste momento complexo de sua História. Ali Maria nos esperava desfazendo todos nossos temores: “No estou

eu aqui que sou tua mãe?”. Pu-demos assim, proclamar, junto a ela, conscientes de nossas fragili-dades, a grandeza do Senhor: se alegrou nosso espírito nele que é nosso Deus, salvador libertador. O Ministro Geral se despediu dos confrades aos pés do manto milagroso no qual os humildes e simples nos repartem a imagem de uma Virgem grávida compro-metida com sua libertação. Que-remos aqui fazer nossas as suas palavras e dirigi-las, finalmente, a todos os irmãos do Continente: “Nós, como Maria de Nazaré, Mãe de Jesus Nosso Senhor, e como Juan Diego, somos chamados a empreender um caminho de fé, abrindo nossos corações e nossas vidas à misericórdia, ao perdão, à justiça, ao amor e à paz de Deus… Somos chamados, como discípu-los missionários, a compartilhar com todos o que encontramos, oferecendo-lhes um sinal de espe-rança e o abraço da misericórdia e

do amor”. A UCLAF aproveita para

anunciar que seu novo presi-dente é Frei Ignacio Ceja, Minis-tro Provincial da Província dos Santos Francisco e Santiago e Presidente da Conferência Santa Maria de Guadalupe do México, America Central e Caribe. Tam-bém comunicamos que a XXIV Assembleia será em Cochabam-ba, Bolívia, de 16 a 20 de maio de 2016, sendo sua temática a apli-cação das decisões do Capítulo Geral de 2015. Agradecemos vivamente a generosa hospita-lidade dos irmãos da Província do Santo Evangelho do México, em especial ao seu provincial Frei Francisco Morales Valerio e do guardião da fraternidade, Fr. Juan Pedro Murillo.

Na Fraternidade San Juan Bautista de Coyoacán, Cida-de de México, Distrito Federal, hoje, aos onze dias do mês de abril do ano 2014.

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MOACIR BEGGO

Natural de São Miguel, no Rio Grande do Norte, Frei Paulijacson Pessoa de Moura será ordenado diácono, no dia 18 de maio próximo, pelo bispo diocesano Dom José Negri, PIME. Sua ordenação será às 15 horas na Catedral São Paulo Apóstolo de Blumenau, SC. Conheça como Francisco entrou duplamente em sua vida e o pensa este futuro servidor da Igreja e da Ordem Franciscana.

Comunicações – Em primeiro lugar, fale de sua vida.

Frei Paulijacson Pessoa de Moura - Nasci em 16 de dezembro de 1981, em São Miguel, RN. Sou o segundo de cinco filhos. Fui batizado com o nome Francisco, em 16 de janeiro de 1982, fato desconhecido por mim até o ano 2000, quando, então, com 18 anos de idade fui pro-curar o meu batistério para ser crismado. A secretária da minha paróquia procurava minha certidão de batismo, óbvia e inutilmente, pelo meu nome, Paulijacson. Ora, pelo nome dos meus pais e padrinhos descobri que meu nome de batismo é Francisco. Fiquei surpreso e ao mes-mo tempo curioso para saber o que tinha acontecido. Nem meus pais sabiam disso. Soube que, quando o padre achava o nome do batizando um tanto incomum, como é o meu nome civil – Paulijacson –, ele simplesmente colo-cava um nome mais conhecido ou dava algum nome de santo. No meu caso, chamou-me de Francisco. Quando fui ser crismado, perguntei à coordenadora da Crisma o que diria ao bispo no momento em que perguntasse por meu nome. Ela respondeu: “Fala Francisco”. E assim o fiz. Ou seja, meu nome cristão é Francisco, mas o civil é Paulijacson, pois em nenhum dos meus documentos consta o nome Francisco. Quando soube já era tarde demais (risos). Enfim, gosto do meu nome civil e gosto mais ainda do nome Francisco. Sobretudo quando co-nheci a história de Francisco de Assis e me encantei com o seu testemunho de vida. Recentemente, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, ao ser eleito Papa, escolheu o nome de Francisco: um motivo a mais para me alegrar.

Meus pais sempre trabalharam no comércio. Até decidir pela Vida Religiosa trabalhei com eles. Sempre participava das missas, mas até os 15 anos de idade pen-sava em ser médico. Nunca tinha passado pela minha cabeça em ser religioso ou padre. Mas aos poucos, depois de fazer algumas experiências de namoro, festas, como qualquer outro jovem da minha idade, sentia que faltava alguma coisa. Tudo aquilo, mesmo sendo muito bom,

ENTREVISTA | FREI PAULIJACSON PESSOA DE MOURA

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não me completava, sentia certo vazio. Perguntava-me: “Meu Deus, que sentido tem a vida?” “O que vou fazer da minha vida?” “O que realmente me faz feliz?” Assim como São Francisco, eu, sem o saber, fazia alguns ques-tionamentos parecidos: “Senhor, o queres que eu faça?” Fiquei algum tempo com tais indagações.

Comunicações – Então, começou o seu discerni-mento vocacional?

Paulijacson Moura – Isso. Certo dia, um jovem amigo da família, que na época morava em Brasília, como aspirante da Congregação dos Servos da Caridade, estava de férias na minha cidade e veio almoçar na minha casa. Ele começou a contar como era a vida deles no con-vento: oração em comum, trabalhos diversos, pastorais, esporte, vida comunitária, etc. Ao ouvi-lo, pensei: “É esse estilo de vida que quero para mim”. A partir daí fui me engajando na Igreja, nas diversas pastorais, e fui fazendo toda uma caminhada de discernimento vocacional.

Engajei-me em algumas pastorais da minha co-munidade – Igreja Matriz São Miguel Arcanjo – para começar um discernimento vocacional mais profundo. O testemunho do jovem aspirante despertou em mim a vontade de ser padre. Mas, desde o início, tinha claro: queria ser padre religioso. Na casa dos meus avós mater-nos, encontrei algumas revistas dos Frades Franciscanos Conventuais, “Cavaleiros da Imaculada”, nas quais era possível ver as propagandas vocacionais da OFMConv.

DOIS FRANCISCOS NA MINHA VIDA

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SAV ________________________________________Identifiquei-me de imediato com a história da vida de São Francisco de Assis e o modo de viver dos frades. O hábito franciscano sempre me chamou a atenção. Ficava encantado – e ainda fico! – vendo os freis vestindo o bu-rel franciscano. Queria então ser como eles. Depois disso, escrevi para os Conventuais que tinham fraternidade em Fortaleza, CE e participei de um encontro vocacional. Gostei do encontro e daí em diante ficamos nos corres-pondendo. Todavia, neste período, entre 16 e 17 anos de idade, comecei a participar do grupo vocacional da minha paróquia, formado por moças e rapazes, o qual era acompanhado pelas Irmãs da Sagrada Face, de origem italiana. A fundadora da congregação, Beata Maria Pia Mastena, queria que existisse também o ramo masculino da Sagrada Face. Infelizmente ela morreu sem realizar este projeto. No entanto, este sonho permaneceu no coração das Irmãs da congregação. Elas partilharam este desejo da madre fundadora conosco. Interessamo-nos por este bonito ideal e começamos a ser acompanhados por elas. Depois de quatro anos de acompanhamento vocacional, em 2002, entrei na Congregação da Sagrada Face, na qual dois jovens já faziam uma experiência em Fortaleza – CE. Fiquei um ano como aspirante e estudan-do filosofia. Mas neste tempo, o desejo de ser franciscano permanecia. Resolvi então pedir um tempo para melhor discernir a vocação e fui morar em São Paulo, em 2003, com minha irmã que lá residia.

Comunicações - Por que escolheu ser frade fran-ciscano?

Paulijacson Moura - Como sempre gostei de estudar, comecei a fazer um cursinho para vestibular. Com o tempo, fui percebendo que queria mesmo era

ser frade franciscano. Estando em São Paulo, consegui o telefone do Convento São Francisco através de uma revista vocacional e liguei para o Frei Nazareno Lüdtke. Marcamos uma conversa e comecei o acompanhamento vocacional. Neste período, desisti do cursinho para ves-tibular, pois já tinha em mente ingressar no convento, e comecei a procurar trabalho. Frei Johannes Bahlmann, à época guardião do Convento e hoje bispo de Óbidos – PA, precisava de alguém que ajudasse o enfermeiro João nos cuidados com os frades idosos e doentes. Aceitei de prontidão o serviço e foi um tempo muito bom, de muita aprendizagem. Deste modo, participava dos encontros vocacionais aos domingos e trabalhava durante a sema-na, sempre no Convento. Assim, pude ver mais de perto como era a vida dos frades, o que me ajudou muito a decidir inequivocamente pela vida religiosa franciscana. Após um ano de acompanhamento vocacional, ingressei no ano de 2004 no aspirantado, em Ituporanga – SC.

Comunicações - De forma concreta, como você pretende exercer o seu diaconato aí na Paróquia?

Paulijacson Moura - Como o próprio nome já sugere, diácono significa: criado, servidor, ministro. Esta definição traduz bem o ministério eclesial que irei exercer na Paróquia São Pedro Apóstolo de Gaspar. É um serviço (diakonia) da caridade, da Palavra de Deus e da liturgia. Estes três serviços não podem separar-se um do outro: encontram-se articulados sob o sinal comum do “serviço”. De forma concreta, ministrarei os sacramen-tos do batismo e do matrimônio, visitarei os doentes, darei bênçãos diversas, darei a bênção do Santíssimo Sacramento, farei a Celebração da Palavra, distribuirei a Sagrada Comunhão e farei pregações. Portanto, como

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OS ANOS DE FORMAÇÃO2004: Aspirantado em Ituporanga – SC. 2005: Postulantado em Guaratinguetá – SP. 2006: Nociado em Rodeio – SC.28 de dezembro de 2006: Primeira Profissão Religiosa, Festa dos Santos Inocentes, Mártires.2007, 2008 e 2009: Filosofia em Curitiba – PR. 2010, 2011, 2012 e 2013: Teologia em Petrópolis – RJ. 6 de agosto de 2011: Profissão Solene, Festa da Transfiguração do Senhor.ESTÁGIOS PASTORAISJulho de 2007: Convento São Francisco – São Paulo.Janeiro de 2008: Convento Bom Jesus dos Perdões – Curitiba/PR.Julho de 2008: Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz/SC.Janeiro de 2009: Fraternidade São Boaventura, Rondinha – Campo Largo/PR.Janeiro de 2010: Convento Bom Jesus dos Perdões – Curitiba/PR.Julho de 2010: Convento São Francisco – São PauloJaneiro de 2011: Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Nilópolis/RJ.Julho de 2011: Convento Sagrado Coração de Jesus – Petrópolis/RJ.Janeiro de 2012: Instituto Teológico Franciscano e Fraternidade São Francisco – Petrópolis/RJ.Janeiro de 2013: Convento Santo Antônio – Rio de Janeiro.

diácono, colocar-me-ei inteiramente ao serviço das comunidades e dos irmãos como servidor de todos.

Comunicações - Como está sendo a sua experi-ência na evangelização em Gaspar?

Paulijacson Moura - Está sendo muito positiva e gratificante. O povo é muito generoso e bondoso. Acolheu-me de forma muito carinhosa e amiga. A fra-ternidade também me recebeu muito bem. Estou muito feliz, graças a Deus. Nesta experiência de evangelização, o Definitório Provincial me nomeou responsável direto da FAV (Fraternidade de Acolhimento Vocacional) de Gaspar para acompanhar mais de perto os aspirantes que acolhemos. E, de modo geral, estou ajudando na formação dos agentes de pastoral. Acompanho as Pastorais Litúrgica, Catequética e Batismal, os Grupos de Reflexão Bíblica e o Movimento de Irmãos. Sempre que possível também ajudo na Pastoral da Esperança. Enfim, tenho visitado muitas famílias, abençoando-as e benzendo suas casas.

Comunicações - Deixe, para terminar, uma mensagem àqueles que querem seguir Jesus Cristo, a exemplo de São Francisco.

Paulijacson Moura - O cristianismo não é para pessoas moles, tampouco ser franciscano o é. Somente pessoas com coragem e determinação resoluta terão a força necessária para prosseguir neste caminho de discipulado, de seguimento. Cristo cria “bons soldados” não mimando-os, mas deixando-os passar por grandes dificuldades. A preparação militar, ou até mesmo o treino esportivo, é duro. Nenhum general orienta suas tropas dando-lhes o máximo de conforto e descanso. Nenhum técnico fortalece seus atletas sem dor e suor. Do mesmo jeito podemos nos preparar para passar por momentos duros na vida cristã-franciscana, porque o Senhor quer que fiquemos fortes e firmes, pois não há ressurreição sem cruz. Há tantas frustrações em nossa vida, às vezes nos amamos tão pouco, nos depreciamos tanto que afogamos em nós a alegria de viver, mas Deus ressuscitador pode despertar de novo nossa confiança e nossa alegria. Nossas lutas e sofrimentos não são em vão, mas devem ser vivenciadas pela experiência do Cristo ressuscitado. O exegeta suíço R. Pesch afirma que a experiência primeira dos cristãos consistiu em que “os discípulos se deixaram apanhar, fascinar e transformar pelo Ressuscitado”. Crer no Ressuscitado é saber descobri-lo vivo nos últimos e menores dos ir-mãos, convertendo-nos à compaixão e à solidariedade. Isto nos coloca em sintonia com o tempo pascal que estamos celebrando e celebrar a Páscoa é encarar a vida de maneira diferente, alegre e positiva, proclamando a todos a alegria do Evangelho. Deste modo, todos aqueles que querem seguir Jesus Cristo, a exemplo de Francisco de Assis, são marcados por uma intensa alegria. Alegria

sim, mas alegria que nada tem de infantil e barulhento. Alegria que, apesar de sua in-tensidade, tem duração permanente, pois sua fonte é próprio Cristo ressuscitado. A alegria é expressão da concepção franciscana da vida. Daí que ser franciscano é partilhar a sorte dos pobres, dos sofredores, dos injustiçados, sofrer na alma as suas dores, aceitar se identificar com eles e participar dos seus sofrimentos, a fim de melhor os ajudar a conquistar a liberdade e a vida plena. Não ter medo de se sujar ao lado dos pecadores, dos marginalizados, se isso contri-buir para promovê-los e para lhes dar mais dignidade e mais esperança.

Portanto, se é este espírito que o anima, jovem, venha ser franciscano! Deus haverá de reproduzir em você a vida dos grandes apóstolos dos tempos passados, dos Paulos, dos Franciscos, dos grandes missionários, etc. O verdadeiro seguidor de Jesus Cristo, como São Francisco o foi, deve ser como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Assim, como franciscanos, queremos estar ao serviço das novas relações que Deus quer estabelecer com os homens e mulheres, através do dom da fraternidade e da alegria. A fraternidade e a alegria, que muitos anseiam, são possíveis em Jesus Cristo.

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O Serviço de Animação Vo-cacional realizou um trabalho missionário e vocacional nas es-colas das Paróquias de Coronel Freitas e Concórdia (SC), tendo como objetivos principais discu-tir com os jovens questões perti-nentes aos valores humanos, com ênfase na Campanha da Fraterni-dade 2014, bem como a questão vocacional. O trabalho foi realiza-do de 26 de março a 4 de abril por Frei Diego Melo e contou com a colaboração dos confrades do Serviço de Animação Vocacional local e dos aspirantes Francisco Dalilson e Wagner Salomão, que atualmente fazem sua experiên-cia vocacional na Fraternidade de Xaxim (SC).

Todas as escolas acolheram a missão com entusiasmo, na ex-pectativa de que a presença dos frades no ambiente escolar trou-xesse algo novo para seus alunos, deixando a mensagem de uma sociedade mais fraterna, bem como despertando nos jovens um trabalho de discernimento voca-cional. Os aspirantes dão as suas impressões sobre a missão:

PELA EQUIPE DO SAV

MISSÕES NAS ESCOLAS DO OESTE CATARINENSE

“Para mim, foi uma experiência muito boa fazer parte deste trabalho realizado nas escolas. Quando se apresentava a questão do tráfico humano (vídeo do relato de uma jovem que foi aliciada a e traficada), os alunos observavam com atenção e ficaram muito surpresos ao perceberem que um dos principais focos de aliciamento de pessoas para o tráfico humano no Brasil ocorre aqui, na região Sul. Os debates em algumas escolas foram muito ricos. Outro assunto abordado foi a espetacularização da violência. A triste realidade era perceber que, para a maioria deles, a violência é algo comum: ao ser mostrado um vídeo de uma briga na saída da escola, percebeu-se que era algo normal na realidade escolar da região, sendo que alguns já haviam

presenciado em sua escola cenas parecidas.” (Francisco Dalilson, aspirante)

“Foi uma grande experiência fazer parte deste trabalho missionário. Percebe-se que quanto mais próximo do centro urbano, maior a aversão à discussão de valores, não só de valores religiosos, mas também de valores humanos, sendo que princípios de ética e cidadania são totalmente ignorados pelos jovens. No que diz respeito ao discernimento vocacional, percebe-se que, devido ao imediatismo dos dias atuais, poucos jovens pensam no futuro pessoal e profissional de suas vidas, o que é preocupante. Por esta razão, as missões realizadas nas escolas de Concórdia foram de extrema importância, pois foram trabalhados com estes jovens não só a questão da dignidade da pessoa humana, mas também a autocrítica e o planejamento para o futuro, questões primordiais para o desenvolvimento pessoal em nossos dias.” (Wagner Salomão, aspirante)

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Realizou-se no dia 13 de abril (domingo), o terceiro en-contro vocacional de 2014 no convento Santo Antonio do Lar-go da Carioca. Os trabalhos de animação vocacional estão a car-go do Frei Nazareno José Lüdtke, promotor local e regional para as vocações. Os jovens foram recebidos para o café da manhã, sendo este o primeiro momento de alegre convívio. Às 10 horas, após procissão do Domingo de Ramos, teve início a Santa Missa, celebrada pelo Frei Geraldo Ha-gedorn. O sacerdote, no decorrer da homilía, falou sobre o signifi-cado da Celebração de Ramos: A missão Redentora de Jesus Cris-to; bem como da preparação do cristão, para, dignamente, viven-ciar os mitérios da Semana Santa e da Páscoa.

Ao término da celebração,

FREI NAZARENO JOSÉ LÜDTKE

ENCONTRO VOCACIONAL REFLETE SOBRE AS VOCAÇÕES

os vocacionados se dirigiram à sala de recreação para conversar e partilhar experiências. Ao meio--dia, pontualmente, no refeitório do Convento, foi servido o almoço. Após a refeição, às 14 horas, teve início a reflexão do encontro, cuja temática foram as vocações espe-cíficas. Para melhor compreensão do tema, anteriormente mencio-nado, foram refletidos dois textos, o primeiro: sobre a multiplicidade de vocações; o segundo: de auto-

ria do Cardeal Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, tratando da vida consagrada. Os textos, lidos e comentados por todos, concorre-ram positivamente para a forma-ção dos jovens vocacionados. Às 17 horas, as atividades do encon-tro foram encerradas. Que o Altís-simo conceda aos jovens a graça do discernimento, em meio aos variados caminhos vocacionais, que compõem a vida da Igreja.

VOCAÇÃO E DESCOBERTA

Realizou-se no dia 23 de março (domingo), o segundo encontro vocacional de 2014, no Convento de Santo Antônio do Largo da Carioca. O trabalho de acolhida vocacional está a cargo do Frei Nazareno José Lüdtke, promotor local e regional, para as vocações.

O encontro teve início às 10 horas com a Santa Missa, celebrada pelo Frei Anselmo Fracasso. Na homilia, o referido religioso exortou à prática das boas ações, de forma generosa e sem medidas a todos. Nas pa-lavras do sacerdote, a prática do bem e da virtude “nos afasta das

coisas que nos afastam de Deus”.Após a cerimônia, a reunião

prosseguiu em uma agradável convivência, condição que pro-piciou a troca de ideias entre os vocacionados. Os trabalhos con-taram com a presença de dois aspirantes, os jovens Cristian Souza e Luiz Alexandre, os quais participam da experiência das

PELA EQUIPE DO SAV-RIO Fraternidades de Acolhimen-to Vocacional (FAV’s), em São João de Meriti. Os jovens fala-ram aos vocacionados sobre a primera etapa do Aspirantado, incentivando-os à descoberta vocacional.

O coordenador do encon-tro, Frei Nazareno explanou so-bre a caminhada vocacional e, ao mesmo tempo, apresentou as várias etapas da formação fran-ciscana. Ao término das ativida-des, os vocacionados demons-traram ânimo e determinação em continar o discernimento sobre o plano do Altíssimo em suas vidas. Que Deus e São Francisco de Assis abençoem suas vocações.

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NOTÍCIAS DE ITUPORANGASEMINÁRIO SÃO FRANCISCO DE ASSIS

REFORMAS PARA O ASPIRANTADOAs reformas no seminário

para acolher a turma dos aspiran-tes que farão sua segunda etapa de formação em nossa fraternidade já começaram. Já com um mês de ati-vidades, os dormitórios, banheiros e salas de aula já estão sendo pre-parados para que a integração das duas etapas (Aspirantado e Semi-nário Menor) ocorram da melhor forma possível. A área onde os as-pirantes residirão será a antiga hos-pedaria do seminário, reformulada para que cada dormitório compor-te até 8 aspirantes. Para bem aten-der às necessidades do grupo, o banheiro foi ampliado, bem como a adaptação de um quarto para que um dos frades também resida junto ao grupo. A sala de estudo e aulas dos aspirantes também já está sendo trabalhada, localizando-se no cômodo onde eram os antigos chuveiros. O projeto inclui a troca de todo o telhado, janelas e a retira-da de colunas. Como se vê, a parte estrutural já está em andamento, bem como a organização e plane-jamento do conteúdo de formação. Que sejam bem vindos aqueles que vêm! Nossa casa está de portas abertas para acolhê-los e fazer esta experiência franciscana junto de vocês!

VISITA A SALTO PILÃONo dia 26/04, os seminaristas,

professores e frades fizeram visita à Usina Hidrelétrica de Salto Pilão, que se localiza na cidade de Ibira-ma. Atendendo a um pedido de de-monstração prática de conteúdos letivos, o grupo pôde compreender melhor como funciona o processo de produção de energia a partir do movimento das águas, com capa-

FREI RODRIGO SANTOS

cidade de produção para atender a 700 mil pessoas, indo montanha adentro para conhecer as máqui-nas. Um passeio-aula interessante há muito aguardado, que mesmo entre tombos e cantorias incessan-tes (pra não dizer irritantes!)

STAND NA FESTA DA CEBOLAA cidade de Ituporanga reali-

za anualmente a Festa da Cebola, o maior evento do município. Neste ano, a Secretaria Municipal de Ur-banismo lançou o “Programa de Educação Socioambiental Partici-pativa de Ituporanga” que promo-veu um espaço para que as escolas da cidade expusessem seus traba-lhos de preservação do meio am-biente. O seminário se fez presen-te com um stand da “Sala Verde”, iniciativa de conscientização que já está tomando forma em nossa fra-ternidade, com o plantio de árvores nativas e que será oficialmente lan-çada na Feira de Conhecimentos deste ano. Aguardem mais notícias em breve!

RETIRO E SEMANASANTAA Semana Santa foi um tempo

forte de oração e celebrações que nos encaminhavam para a Grande Páscoa do Senhor. A rotina da casa muda completamente para bem vi-ver esta experiência pascal, que já teve início no final de semana an-terior, dia 11, com o retiro pregado

por Frei Marcos Prado dos Santos que se estendeu até o Domingo de Ramos. Como todos os anos, as celebrações da Ceia do Senhor e da Vigília Pascal ocorreram na co-munidade Nossa Sra. de Fátima, enquanto as da Paixão do Senhor e do Domingo de Páscoa se deram no seminário. Na quinta-feira, dia 17, a casa foi preparada para a ce-lebração do Ágape no refeitório, às escuras e em clima de oração, que se seguiu com a Vigília Eucarísti-ca na capela. O clima de silêncio e reserva se estendeu desde a vi-gília até a manhã do sábado. Ain-da na sexta-feira, os seminaristas tiraram a manhã para um deserto para, à tarde, rezarem a via-sacra e a celebração da paixão junto aos fieis da comunidade local. A pedi-do dos próprios, à noite se reuni-ram para assistir ao filme “A Pai-xão de Cristo”. A Vigília Pascal foi bem celebrada e seguida pela Ceia da Páscoa, no seminário, em cli-ma festivo (além de muito choco-late, para alegria de todos...). Cris-to ressuscitou!, todos cantavam (e creiam, foram muitos cantos neste final de semana...) no Domingo da Páscoa, que se juntou a moti-vos marcantes como a primeira comunhão do seminarista Ma-theus Rodrigues e o primeiro ano de ordenação presbiteral de Frei Rodrigo que se uniram para a fes-ta da ressurreição, coroada com a sessão solene do Grêmio Literário e o recreio festivo à noite.

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Os três primeiros dias des-se mês de abril tiveram casa cheia e dias movimentados no Postulantado Frei Galvão (Gua-ratinguetá - SP). Isso porque o Seminário recebeu pela primei-ra vez o “Postulinter”: encontro de formação e convivência entre postulantes de diversas congre-gações religiosas.

Organizado pela Confe-rência dos Religiosos do Brasil (CRB) do Regional do Vale do Paraíba, o encontro foi assesso-rado pela Irmã Regina Abdel-nur, leiga consagrada do Insti-tuto Secular das Catequistas de São Francisco de Assis. Ir. Regi-na é psicóloga, com pós-gradu-ação em Jung, e trabalha com o acompanhamento vocacional.

Além dos postulantes da

FILIPE LOPES, POSTULANTE

SEMINÁRIO ACOLHE POSTULINTER casa, participaram também os formandos das seguintes congre-gações: Irmãs Franciscanas de Siessen (Guaratinguetá); Irmãs Franciscanas da 3ª Ordem Será-fica (Guaratinguetá); Congrega-ção do Divino Mestre (Cruzeiro); Congregação das Filhas de N. Sra. das Graças (Pindamonhangaba) e Ordem de Santa Cruz (Guara-tinguetá). Durante os três dias do Postulinter, trabalhou-se a temá-tica do autoconhecimento, neces-sário para uma sadia vida fraterna e para um maduro discernimen-to no caminho religioso. Foram apresentados temas da psicologia e sanadas dúvidas pessoais e co-munitárias.

Entre as colocações da psi-cóloga e as discussões em grupo, houve tempo para a prática de esporte e ainda para uma noite cultural, realizada na quarta-feira

à noite, quando também se cele-brou o aniversário do Frei Marco, mestre do Postulantado.

Para a assessora, Irmã Regi-na, a integração entre diferentes carismas é valiosa, à medida que a troca de experiências revela a riqueza existente na diversidade, e ao mesmo tempo o que é co-mum em meio ao plural: o desejo de seguir Jesus Cristo. No sentido do autoconhecimento, o estilo de vida “fraterno – comunitário”, é privilegiado. Em suas palavras “[essa vida] é mais difícil, mas igualmente mais rica, o outro é o nosso espelho”.Essa “edição 2014” do Postulinter foi não só “intercongregacional”, mas igual-mente internacional... Entre os participantes estiveram um padre austríaco, um filipino e ainda um postulante alemão. Todos da Or-dem da Santa Cruz.

GUARATINGUETÁ

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Entre os dias 24 e 28 de março realizou-se o primeiro Novinter do ano de 2014. O encontro é formado por Noviciados que se encontram para formação conjunta. O encontro ocorreu no Noviciado Franciscano São José em Rodeio ( SC). Além dos 18 noviços da Ordem dos Frades Me-nores (OFM) estiveram presentes oito da Ordem dos Frades Menores Capu-chinhos (OFMCap), cinco da Congre-gação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, os Dehonianos (SCJ) e duas Irmãs Carmelitas do Sagrado Coração de Jesus. Ao todo foram 33 noviços. Também participaram os respectivos mestres Frei Samuel Lima, Frei Idacir Henrique, Padre Tito e Irmã Maria Ana Tereza da Sagrada Cruz, acompa-nhando as noviças Carmelitas.

O primeiro Novinter tem como eixo geral de reflexão o tema da For-mação Humana na Vida Religiosa Consagrada. O assessor deste primei-ro encontro foi Irmão Otalívio Sartu-ri, religioso Marista. Irmão Otalívio é psicopedagogo, mestre em Espiri-tualidade e experiente orientador de jovens religiosos e candidatos a Vida Religiosa Consagrada, alem de orien-tador nos Colégios Maristas.

No primeiro dia dos trabalhos, construiu-se, um tema específico fun-damental que nortearia as reflexões e perpassaria todas as temáticas dos trabalhos ao longo da semana de es-tudos. Desse modo, o título escolhido foi “Autoconhecimento e cultivo de si”. O objetivo da escolha desta temá-tica e aprofundar acerca da liberdade essencial que deve perpassar a opção fundamental de vida: seguimento ra-dical de Jesus Cristo na Vida Religiosa Consagrada pelos conselhos evangéli-cos, de acordo com o carisma próprio da Família Religiosa.

Para começar bem as reflexões coube observar o contexto pós-mo-derno no qual a Vida Religiosa (VR)

FREI ADRIANO C. DE OLIVEIRA EFREI HONORATO G. GABRIEL

PRIMEIRO NOVINTER 2014

está inserida. Assim, abriu-se discus-são sobre as principais características de nosso tempo histórico. Alguns pontos se destacaram como tais ca-racterísticas: imediatismo, superfi-cialidade, hedonismo, niilismo e, não obstante, o consumismo que fomenta a cultura do descartável, a cultura do provisório e a cultura da indiferença. Irmão Otalívio fez uma abordagem sintética sobre as varias teorias e auto-res da psicologia e suas contribuições para nossa reflexão. Inclusive trouxe elementos da antropologia cristã para tomar visíveis os fundamentos essen-ciais de nossa vocação e nossa busca.

Dentre os temas abordados po-demos destacar os principais: as ca-deias de emoções no processo de um ato humano; fatores que compõem o temperamento; autoestima; os possí-veis fantasmas que dificultam ser livre; necessidades fundamentais próprias da condição humana; manifestações de insegurança; agressividades e suas facetas; dependência afetiva; envol-vimento e enamoramento; cultivo da afetividade e sexualidade. Tais refle-xões possibilitam o autoconhecimento e a autoanálise em vista de descobrir e desvelar as potencialidades e sonhos e nisso o amor e a ação de Deus na vida e na história de cada vocacionado ao Reino de Deus.

Em contrapartida, a reflexão leva a compreensão e assim se firma a de-cisão e o esforço pessoal para mergu-lhar dentro de si, na própria história e no mistério da vocação. Desse modo, como afirmou Santo Tomás de Aqui-

no “A graça supõe a natureza”. No entanto, podemos completar: a gra-ça de Deus transforma a natureza em vista do radical ideal de seguimento de Jesus Cristo na Vida Religiosa Consagrada. Durante toda a semana além das manhãs e tardes de estudo houve várias outras atividades, como apresentação dos carismas de cada congregação através de teatro, músi-ca, dança, poesias; filmes de caráter formativo; momentos de deserto, re-flexão pessoal; momentos de oração com Adoração e Benção do Santíssi-mo Sacramento e também a anima-da e descontraída noite cultural com diversas apresentações. No último dia houve uma manhã de Deserto no Eremitério Beato Frei Egídio nas montanhas de Rodeio, finalizando o Novinter com a Celebrarão Euca-rística. O primeiro Novinter foi de grande aproveitamento para todos, onde cada um pode mergulhar den-tro de si, em sua história, vivências, sonhos, interrogações.

Tal mergulho foi enriquecido pela convivência fraterna, partilhas de vida e experiências, momentos de descontarão, oração. A Vida Reli-giosa Consagrada é um caminho fe-cundo para espalhar as sementes do Reino de Deus na vivencia da Con-sagração em nada de próprio, pure-za de coração e atitude obediencial. Tantos jovens reunidos em busca de um mesmo ideal e um sinal proféti-co para nossa sociedade é um sinal de que Deus continua chamando operários à Messe.

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A Paróquia São Paulo Após-tolo de Agudos iniciou no dia 31 de março o projeto “A santa Mis-sa em sua casa”. Como o primeiro deste tipo a ser realizado na cida-de, surgiu desde a visita pastoral do Bispo Diocesano Dom Caeta-no Ferrari em outubro de 2013, quando foram impulsionadas as missões realizadas nas casas dos doentes. O projeto pretende levar a Missa até as pessoas que, por algum motivo, não conseguem participar dela na Igreja.

Entusiasta e idealizador do “A santa Missa em sua casa”, o pá-roco Frei Ademir Sanquetti afir-ma que esta é a oportunidade de seguir os ensinamentos do Papa Francisco e sair de dentro da Pa-róquia para missão. “Pretendo fazer a Missa nas casas das pesso-as que estão doentes e precisan-do de nossa ajuda e apoio. É uma nova missão, este é o nosso obje-tivo”, diz. As Missas serão realiza-das uma vez por mês, sempre em

ISABELA GASPAR

MISSA NAS RESIDÊNCIAS

residências que possuem pessoas doentes e já visitadas pelo pároco, contemplando os seis setores que a paróquia possui. “Esta primeira Missa que realizamos foi no bair-ro Santa Angelina em Agudos, que compreende ao setor São Francis-co da nossa Paróquia. As próximas seguirão esta mesma linha, sempre em um setor, até completarmos os seis”, comenta.

Com um filho de 43 anos que necessita de cuidados especiais a senhora Helena Franco dos San-tos, de um belo sorriso e devota de Nossa Senhora Aparecida, ficou emocionada e muito feliz por ter

recebido a comunidade da Paró-quia São Paulo Apóstolo em sua residência. “Foi uma maravilha. Não tenho palavras para expressar a emoção que senti. Foi uma ver-dadeira bênção”, comentou emo-cionada.

O projeto “A santa Missa em sua casa” pretende seguir com Missas realizadas mensalmente. Toda comunidade agudense e da região é convidada a participar. Os endereços dos locais de celebração serão informados três dias antes na página oficial da paróquia no Facebook (facebook.com/saopau-loagudos).

MAIOFrei Walter Hugo de AlmeidaMaio me lembra esse labor tão santo O gesto grande de poder amar,Trabalho é coisa diva, sacrossanto,Tempo sagrado para Deus louvar...

No altar do mundo, o meu trabalho é oferta,É minha Missa a estender no meu dia,É minha prece e minha lei e é certa,E assim eu vivo sempre na alegria...

Maio também é mês da Virgem Santa,A Mãe dos homens, a Mãe do Senhor,Maio das flores, das noivas, me encanta!...

Maio sagrado para nós também,Porque aboliu a dor da escravidão,E assim podemos entoar o Amém!...

PARÓQUIA SÃO PAULO APÓSTOLO DE AGUDOS

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No dia 24 de março aconte-ceu o primeiro encontro do Re-gional de Agudos no Seminário S. Antônio. Estavam presentes praticamente todos os frades do Regional, com exceção de Frei Pedro Pinheiro (em via-gem). Contamos também com a presença fraterna de D. Ca-etano, Bispo de Bauru, de Frei Mário Tagliari, nosso Definidor e de Frei Diego (Coordenador da Pastoral Vocacional). Nosso Regional conta com dois novos membros: Frei Paulo Borges, em Agudos, e Frei Leonardo Pinto dos Santos, em Bauru.

Na primeira parte do en-

FREI JORGE MAOSKI

REGIONAL DE AGUDOS contro nos dedicamos ao estudo do subsídio sobre o redimen-sionamento que a Província enviou aos Regionais, à luz de textos bíblicos e outros. Houve uma proveitosa reflexão e par-tilha das casas sobre a questão.

Em seguida, Frei Mário nos relatou sobre o interesse de algumas entidades na utilização do Seminário. A Província está em diálogo e o assunto deverá ser pauta também na reunião dos Guardiães em abril. Depois Frei Diego nos falou sobre a experiência das FAVs, que está dando certo até agora, convo-cando o Regional para assu-mir mais essa nova realidade do acolhimento vocacional na

Província. Temos 18 aspiran-tes este ano em 9 casas, que no segundo semestre estarão em Ituporanga.

Frei Mário recordou a to-dos sobre o Capítulo das Estei-ras em setembro e confirmou a presença do Ministro Geral no “Esteirão”. Também falou dos confrades enfermos e ou-tras comunicações. Por fim, agendamos os encontros deste ano, assim definidos: dia 23 de junho em Sorocaba; dia 1º de Setembro em Bauru; e o Re-gional recreativo dia 24 de no-vembro.

Terminamos o encontro com a bênção de D. Caetano e nos dirigimos para o almoço.

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Reunindo seis fraternidades e 47 frades, o Regional de São Paulo fez o primeiro encontro de 2014 no dia 17 de março, na Fraterni-dade do São Francisco, no Centro de São Paulo. Frei Adriano Freixo Pinto, Coordenador do Regional, saudou a todos com animados “Bom dia!” e “Paz e Bem!”. Ainda como introito, Frei José Francisco de Cássia Santos, Definidor Re-gional, observou que o tema Redi-mensionamento, objeto de estudo mais amplo em 2014, não é “assun-to requentado”, pontual, mas pro-posta da Ordem. Em 2013, esteve em nível individual; agora, sê-lo-á em termos de Formação Provin-cial, nós, como Fraternidade, na Fraternidade Provincial. “Para não sermos atropelados pela História” – rematou.

O Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, acrescen-tou: “Trata-se de um grande de-safio. Debrucemo-nos sobre ele, a partir de cada Fraternidade. Como Regional, podemos nos fortalecer, repensar a nossa missão em nossa realidade.” E frisou: “Sermos críti-

FREI ADRIANO FREIXO PINTO E FREI AGOSTINHO SALVADOR PICCOLO

REGIONAL DE SÃO PAULO FAZ PRIMEIRO ENCONTRO

cos, não só em foco individual, sim ver o todo, retomar visão global de Província, nosso rosto.” Frei Mário Tagliari, Definidor e Ecônomo, pon-derou: “Cumpre pensar, aprofundar, escrever o Projeto Evangelizador Franciscano para, então, executar.”

1. Tema de Estudo Geral : Nossa Vida e Missão – Redimen-sionamento

Frei Adriano focou o corpo do estudo do ano: Nossa Vida e Missão – Redimensionamento. Por subsí-dio, distribuiu um primeiro fôlder orientador da Província, didatica-mente elaborado segundo o método VER, JULGAR, AGIR. Consultou se o estudaríamos em grupos ou no plenário, sendo reposta geral pelo plenário. Procedeu-se, então, ao trabalho de conhecimento do texto preparado. Partindo da leitura em comum do subsídio, expuseram-se enriquecedoras considerações.

* Importa dar qualidade aos nossos trabalhos, não diminuí-los e continuar a fazer o mesmo. Atentar a realidades prementes, de periferia, sermos perspicazes e corajosos.

* O jeito de sermos Francisca-nos é o que vale, sermos ação trans-formadora.

2ª. parte da manhã, 11 h – A

Vida nas nossas FraternidadeFrei Adriano deu o toque ini-

cial: “Estamos realmente correspon-dendo à partilha de nossa vida?” E as Fraternidades, por seus represen-tantes, destacaram a convivência, suas atividades maiores, dificul-dades e vocacionados. Frei Guido Scheidt, há pouco em Bragança Paulista, revelou a admiração pelo cuidado aos Confrades enfermos, o serviço de Enfermeiras/os, sua com-petência e dedicação pessoal.

1. Pari Frei Adriano expôs que, no Pari, há duas missões dis-tintas, a social (Sefras) e a evange-lizadora (presença de manutenção tradicional).

Frei José Francisco informou que, com a transferência da unidade da USF para a Freguesia do Ó e o fechamento do Colégio Bom Jesus Santo Antônio do Pari, haverá um redimensionamento de espaços: o prédio pequeno, para uso nosso (trabalho e acolhimento); o grande, aluguel e escritórios; restauração de serviços da Rua Japurá; por questão histórica, o serviço mais no centro, e projeto de novo trabalho no Jardim Peri (crianças e outros); parceria com a “Missão Central”, no trabalho social com Jovens Alemães.

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2. São Francisco, Centro – Frei Luiz Henrique abriu a parti-lha sobre Vida e Missão.

A primeira preocupação – re-velou surpreendentemente: não te-mos o “habite-se” nem da casa, nem da igreja, pela Prefeitura e Corpo de Bombeiros! De 31 de janeiro até fevereiro, o Arquiteto, consultado para possíveis restauros, apresentou um projeto, sempre caro.

O redimensionamento da Casa serviria para encontros e aluguel. Outro ponto destacado: a falta de segurança no Centro, dificuldade comum de todo o Setor (o nosso, da Sé); foram até canceladas as ce-lebrações das 18 h no “Santuário”, designação de tradição respeitosa mais do que “Paróquia”. Frei Alvaci comunicou a interação ora da PVF (Pró-Vocações Franciscanas) com o SAV (Serviço de Animação Vo-cacional), no intuito de modificar estilo de trabalho já desgastado; vale dinamizar a Equipe, que se mostra afim, capaz e dedicada.

São Francisco, Vila Clementi-no – A Fraternidade em si tem duas realidades: 5 atuam na Sede Provin-cial, 3 na Paróquia, com harmonia e ajuda mútua; na vida de oração, recitam-se as Laudes com o povo todos os dias, as Vésperas na Qua-

resma; o horário de celebrações e expediente na Secretaria ajustam-se às realidades das pessoas; o atendi-mento nos hospitais, numerosos na área, aos doentes e seus familiares é uma tônica, graças aos serviços de Frei Euclydes e Frei Roberto Ishara.

Frei Tagliari falou dos anos de estudo e mudanças dos Frades e do prédio da Vila Clementino: hoje, 8, formam uma só Fraternidade, convivência e ocupação de espaços comuns; o 26º. andar foi readequa-do, a boa procura de estudantes, de médicos, é grande, o aluguel fácil, 8 apartamentos com boa estrutura, ao preço de 2.500 reais ao mês.

3. Santos – Frei André Becker salientou os 374 anos de presença franciscana em Santos. “Curiosida-de estranha – disse: não há nenhum documento da Província!”

Em termos de conclusãoFindas as exposições, Frei

Adriano perguntou: Em termos de conclusão, o que destacar? As in-tervenções manifestaram o desafio: Como Fraternidade, sermos pre-sença mais qualificada diante desses desafios. Questionando-nos: qual o olhar de Deus para nossa realidade?

Frei Regis Daher: Amparo e Bragança Paulista, sem alterações significativas. As demais, realidades

FRATERNIDADES ________________________________________estarão mudando com os desafios mesmos.

Frei Fidêncio: fechar ou abrir sem mais não seria solução ne-nhuma. Precisamos ter avaliações, olhares críticos. Onde podemos nos qualificar melhor? Refletir bem: visão crítica!

“Redimensionamentos físi-cos”: São Francisco e Pari

Quais apêndices, apresenta-ram-se as seguintes informações:

Frei Mário sobre o São Fran-cisco – Em contato com a Frater-nidade do São Francisco: melhorar o espaço dos Confrades (os anda-res); os outros: para encontros e aluguel; Frei Adriano, em relação ao Pari, apresentou vídeo espe-cial, boa visualização dos espaços, projetos e possibilidades: Colégio (encerradas as atividades em 20 de dezembro de 2013); Salão novo (Rua Alexandrino Pedroso) e Sa-lão atual. Projeto com realização prioritária: lavanderia, depósito, estacionamento.

Prédio da USF – todo aluga-do: térreo = shopping, andares, es-critórios;

Convento = atrás do prédio; contratos de aluguel.

O próximo Regional ficou agendado para 19 de maio.

FRADES SE REÚNEM PARA O REGIONAL EM LAGESAconteceu, nos dias 24 e 25

de março, o primeiro encontro do Regional Planalto Catarinense e Alto Vale do Itajaí na Paróquia Nossa Sra. Aparecida (do Navio), em Lages. A organização do Re-gional continua como acertado no ano anterior, ou seja, com início na segunda-feira à tarde, com o café, se dedicando à partilha das frater-nidades e outros assuntos e, na ma-nhã do dia seguinte, voltando-se para a reflexão e partilha de uma temática.

Neste ano, como proposta de Formação Permanente, os regio-nais seguem o subsídio oferecido pelo Governo Provincial acerca do redimensionamento, sendo o

primeiro, na verdade, um convite a uma revisão de nossa presença nos locais onde atuamos pastoralmen-te. O tema mostrou-se difícil de ser abordado dado que, habilmente, so-mos tentados a generalizações dis-tantes de nossa realidade, que nos impedem de uma visão concreta de nossas fragilidades e potencialida-des vividas em nossas fraternidades. Mas, ao menos a tentativa é válida e promete render frutos futuros.

Os aspirantes que, atualmen-te, fazem sua experiência de FAV no Convento de Lages foram apre-sentados e mostram-se felizes com este contato com os frades, o que foi relembrado no Regional que este contato pode se estender às demais

fraternidades, mesmo que por um curto período. E, assim, foi o nos-so primeiro regional. Que venha a continuação da reflexão do redi-mensionamento que se segue e que a partilha seja sempre mais válida para nossa caminhada evangeliza-dora e fraterna!

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FRATERNIDADES ________________________________________GASPAR

Com o objetivo de pre-parar e motivar as lideranças, para enviá-las em missão, no ano 2015, Dom José Negri, pre-sidiu missa na Paróquia São Pe-dro Apóstolo, no dia 06 de abril deste de 2014.

Em sua homilia, Dom José lembrou as mulheres que foram ao túmulo de Jesus, na manhã de Páscoa, e cheias de entusias-mo saíram para anunciar a sua Ressurreição. Atualizando hoje o testemunho das mulheres, ele enfatizou que é preciso sair para as ruas e bater nas por-tas dos nossos vizinhos e falar: “Hoje, eu encontrei Jesus”.

As primeiras comunidades cristãs nos deixaram o exem-

PARÓQUIA EM MISSÃOplo a ser seguido. “Diariamen-te, todos juntos frequentavam o Templo e nas casas partiam o pão, tomando o alimento com alegria e simplicidade de cora-ção. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E a cada dia o Senhor acrescentava à comunidade outras pessoas que iam aceitando a salvação” (Atos 2,46-47).

Os conflitos sociais, gerados por uma sociedade injusta, cla-mam aos céus e pedem de cada batizado uma resposta e uma ação. Nosso Deus é um Deus que age. Os desafios do mundo con-temporâneo nos impulsionam na direção dos nossos irmãos que sofrem.

Dom José lembrou também as palavras do Papa Francisco.

“Não deixemos que nos roubem a esperança neste Cristo vivo que caminha ao nosso lado e não nos deixa sucumbir nas malhas da morte”.

O evangelho da Ressurreição de Lázaro deve ecoar no coração de cada liderança. As palavras de Jesus “Lázaro, vem para fora” (João 11,43) devem conscientizar--nos para uma nova evangeliza-ção. A evangelização do encontro, do amor e da esperança. Agrade-cendo a visita de Dom José, Frei Germano Guesser, nosso Pároco, manifestou sua alegria com a pre-sença de um grande número de lideranças dispostas a seguir os ensinamentos do divino Mestre Jesus. “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho à toda cria-tura” (Mc 16,15).

LEONOR DAROS

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FRATERNIDADES ________________________________________FORMAÇÃO DAS

EQUIPES DE LITURGIA Programada e planejada desde o ano 2013,

aconteceu no dia 29 de março de 2014 a forma-ção para os membros das Equipes de Liturgia da Paróquia São Pedro Apóstolo. Frei Carlos Ignácia, com a sabedoria de um mestre, introduziu o estu-do explicando a origem da palavra Liturgia, a qual é uma ação, uma obra, um serviço que se realiza em favor do povo.

Desde a obra da criação, relatada no Gênesis, percebemos a ação de Deus em favor da humani-dade.

Continuando sua obra, Deus enviou seu pró-prio Filho para prestar um maior serviço à huma-nidade. Toda a vida de Jesus foi uma vida a serviço em benefício das pessoas. Em suas palavras “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de uma multidão” (Mc 10,45).

O envio do Espírito Santo permitiu aos dis-cípulos organizarem-se em comunidade e senti-rem-se povo de Deus. Hoje, Deus continua nos prestando o melhor serviço, continua a fazer a melhor liturgia chamando-nos à vida e a sermos seus colaboradores, fazendo-nos seus filhos, res-gatando a dignidade humana, alimentando-nos e fortalecendo-nos na luta, pelo Pão da Palavra e pelos Sacramentos.

A liturgia que Deus é e que Deus faz, nós a celebramos, torna-se viva e presente quando a celebramos. Celebrar é tornar presente uma re-alidade através de um rito. Celebrar a Eucaristia é tornar presente a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Embasado nos escritos de Frei Faustino Paludo, assessor de Liturgia da CNBB, Frei Carlos salientou que as celebrações requerem um míni-mo de organização e planejamento.

A equipe de liturgia, como um bom fruto da renovação conciliar, é o coração do serviço de ani-mação litúrgica de uma comunidade, paróquia ou diocese.

Por mais simples que seja uma celebração, a equipe deve estar ciente da distribuição dos di-ferentes serviços e ministérios, da sequência har-moniosa do ritual, do sentido de cada momento e elemento litúrgico. A assembleia, em Cristo, é o sujeito da ação litúrgica. A ação litúrgica é uma obra de arte.

Enfim, a equipe deve ser apaixonada pelo que faz, pois o amor é criativo. O amor não deixa faltar nada e nem desanima, pois amor e serviço caminham juntos.

Pela Equipe de Coordenação de Liturgia da Paróquia São Pedro Apóstolo, Leonor Daros

ENCONTRO “AMIGOS DE SÃO FRANCISCO

E SANTA CLARA”Mais uma vez, neste ano de 2014, a Fraternidade da Or-

dem Franciscana Secular da Paróquia de Gaspar fez o Encontro dos “Amigos de São Francisco e Santa Clara”.

Ocorreu no dia 30 de março, tendo início com a Santa Missa na Igreja Matriz. Após a missa os participantes foram re-cepcionados com um saboroso café no Salão Cristo Rei, onde se realizou o encontro.

Frei Paulijacson Pessoa de Moura, OFM, que atualmente trabalha em nossa Paróquia, com muita sabedoria abordou o tema: “Alegria, Júbilo, Felicidade, Tristeza e Humorismo Fran-ciscano”. Em outras palavras, a “Alegria Franciscana”.

A alegria sempre acompanhou São Francisco de Assis. Ele foi um homem de alegria espontânea e vibrante. Por isso, toda a espiritualidade franciscana está marcada, impregnada por in-tensa alegria.

A alegria franciscana tem origem divina, em Jesus Cristo, ela é permanente. Francisco e Clara se encontraram com Jesus e se transformaram. Eles eram alegres e felizes porque não esta-vam centrados em si mesmos, mas em Jesus Cristo.

Após a explanação, discutiu-se em grupos e colocou-se em plenário os modos de manifestação da alegria franciscana: Jesus Cristo, Fonte de Alegria; Alegria na Ação; Alegria nas Atitudes; Alegria diante da Criação; Alegria na Fraternidade; Alegria na Pobreza; Alegria no Sofrimento e Alegria na Liberdade.

A animação do encontro foi a encargo de Luiz Otávio Bas-tiani, um dos animadores da Equipe de Liturgia da nossa paró-quia. Felipe dos Santos, um dos Amigos de São Francisco, fez uma animada brincadeira, com distribuição de prêmios.

Frei Germano Guesser, OFM, Assistente da Ordem Fran-ciscana Secular e Pároco da Paróquia São Pedro, falou sobre o que marcou muito a sua vida no seminário: os encontros regio-nais entre os Frades de outras Fraternidades, caracterizados pela alegria por uma alegria contagiante.

Frei Germano agradeceu a presença de todos e deu a ben-ção de São Francisco. O encontro encerrou-se com um delicioso almoço.

Gertrudes Crescencia Spengler, coordenadora de Formação da OFS

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Com muita reflexão e imer-sos na esperança de uma feliz Ressurreição, os catequistas da Paróquia São Pedro Apóstolo, tiveram oportunidade de iniciar sua preparação para a Páscoa, numa Ceia Ágape, organizada pela equipe de coordenação pa-roquial, no dia 14/04/2014.

Recebidos com cantos de meditação, os catequistas foram preparando-se para reviver o momento em que Jesus reuniu--se com os apóstolos, para cele-brar a Última Ceia.

Com o Evangelho de Lc 15,11-32, que relata a parábo-la do Pai Misericordioso, Frei Paulijacson, permitiu, a nós catequistas, rever nossos con-ceitos sobre o julgamento que

CEIA ÁGAPE: PREPARAÇÃO PARA A PÁSCOA

LEONOR DAROS

FRATERNIDADES ________________________________________

emitimos perante nossos cate-quizandos e às pessoas em geral. Voltando nosso olhar sobre o re-lato e, analisando as nossas atitu-des, constatamos que não temos a mesma generosidade do Pai, re-presentado na parábola.

Valorizamos somente o filho mais velho que se julga melhor porque sempre esteve com o Pai. Não percebemos que sua atitude é de indignação quando este acolhe o filho mais novo, que volta arre-pendido.

Não temos, nós catequistas, as mesmas atitudes do filho mais velho, com os catequizandos que não correspondem às nossas ex-pectativas?

Esquecemos facilmente que Deus, nosso Pai, é misericordioso e complacente e que está sempre de braços abertos para acolher

os que erram. Interiorizando um pedido de perdão, fomos convi-dados a estender nossas mãos so-bre a Bíblia e em seguida, lavá-las, simbolizando o arrependimento e a purificação.

A quem desejasse, também foi possível realizar a confissão individual na presença de nosso Pároco, Frei Germano.

Celebrando o ritual e relem-brando as palavras de Jesus, na Última Ceia, “Façam isto em mi-nha memória”, foi servida a Ceia Ágape com Pão Ázimo, o cordei-ro, as ervas amargas e o vinho.Que a oportunidade de celebrar e a confraternização vivida, nesta noite tão significativa, fortaleça e encoraje cada catequista na sua missão de anunciar a Boa Nova do Cristo Ressuscitado, a todos os catequizandos.

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FRATERNIDADES ________________________________________ARTIGO

A MAIOR E A MAIS ANTIGA FESTA CRISTÃ

Após a Ressurreição, Cristo deixou esta incisiva ordem aos apóstolos: “Ide, fazei discípulos meus to-dos os povos, batizando--os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei” (Mt 28,19-20). De fato, eles partiram e evangeli-zaram vários países onde, também, sofreram o mar-tírio – como nos dia a Tradição da Igreja. A Pai-xão, Morte e Ressurrei-ção de Cristo marcaram, profundamente, os após-tolos. Este fato, não só se tornou o núcleo da sua pregação, com também, começaram a ler o Anti-go Testamento sob a ótica pascal, especialmente, da Ressurreição. Assim, no dia de Pentecostes, Pedro dirigiu a Palavra a uma multidão de diferentes culturas e nações, re-in-terpretando vários textos bíblicos e afirmando que Cristo – morto e sepultado – “Deus O ressuscitou, e disto nós somos testemunhas” .

Tal anúncio causou um im-pacto tão grande que os ouvintes perguntaram “que devemos fazer”? A resposta foi: “Arrependei-vos e cada um seja batizado em nome do Senhor Jesus. Naquele dia, cer-ca de três mil pessoas abraçaram a fé” (cf. At 2, 14-41). Notemos que uma evangelização convincente leva o ouvinte a pedir o batismo. Por isso, os primeiros cristãos, após um catecumenato de três anos, li-vremente, pediam este sacramen-to que era celebrado, somente, na

FREI LUIZ IAKOVACZ

Vigília Pascal, isto é, na noite em que se anunciava a Ressurreição de Jesus. Esta experiência era um verdadeiro “sepultar-se com Cristo para, com Ele, ressurgir a uma vida nova” (Rm 6,4). Por isso, a Páscoa se tornou o centro do Ano Litúrgi-co, e tudo girava ao redor dela. No entanto, tanto ontem como hoje, pairam “dúvidas” sobre a Ressurrei-ção. Alguns descreem dela, porque o evangelista Mateus diz que as au-toridades religiosas, maliciosamen-te, subornaram os guardas para que desmentissem a Ressurreição de Cristo, dizendo que o corpo foi roubado enquanto dormiam; e “esta versão continua até hoje” (cf. Mt 28,11-15). Outros descreem porque as “aparições” foram pou-

cas e a um grupo seleto: algumas mulheres (cf. Mc 16,1-8), aos após-tolos (cf. Jo 20,19-29) e a uns quinhentos discí-pulos (cf. 1Cor 15,6).

Mais ainda: quan-do Paulo anunciou a Ressurreição no areó-pago de Atenas, os ou-vintes “zombaram dele e disseram: sobre isso te ouviremos numa outra ocasião” (cf.. At 17,16-34).Então... onde bus-car a certeza da Ressur-reição?! Consideremos uma coisa: a Ressur-reição não consiste no re-avivamento de um cadáver, nem se explica com provas e argumen-tos. Para os cristãos, junto com o “sepulcro vazio” e as “aparições”, a Ressurreição se fun-damenta na dimensão da fé e da liberdade. É

o próprio Cristo quem o decla-ra, textualmente: “Eu sou a Res-surreição e a Vida. Quem crer em mim, ainda que esteja mor-to, viverá. E quem crê em Mim, jamais morrerá” (Jo 11,25-26). Se quisermos anunciar a Ressur-reição, comecemos a viver como ressuscitados, isto é, como pes-soas que servem e se sacrificam pelo próximo, que sabem amar e dar a vida por amor. Foi assim que Jesus viveu, e é assim que po-deremos nos tornar provas vivas da sua Ressurreição. Então, “nos-so corpo se revestirá da incorrup-tibilidade e o nosso ser mortal, em imortal” (1Cor 15,54). Este é o verdadeiro sentido da Ressur-reição!

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FRATERNIDADES ________________________________________

Desde o início da minha formação inicial sempre ali-mentei uma grande admiração pela história e vida de nosso confrade, hoje bispo, Dom Frei Luiz Flávio Cappio. Além dis-so, sempre me senti cativado para conhecer mais de perto a realidade em que ele vivia bem como do povo que lhe foi con-fiado.

Assim, embora de manei-ra muito rápida, tive a graça de compartilhar 12 dias vivendo e conhecendo a realidade da Dio-cese de Barra, dos dias 9 a 20 de abril, no sertão Baiano. Muito poderia escrever sobre essa ex-periência, pois tudo foi muito intenso e marcante. Cada en-contro, cada comunidade, cada celebração, cada viagem e cada família visitada valeriam muitas linhas.

No entanto, compartilharei apenas algumas sintéticas im-pressões, cujo objetivo é tornar

UM GRANDE E PROFUNDO RETIRO NA BARRA

FREI DIEGO ATALINO DE MELO mais conhecida da Província essa realidade em que vivem alguns de nossos confrades, bem como despertar também o desejo em outros para vivenciar essa bela experiência missionária.

Acolhido pelo nosso con-frade Dom Frei Luiz Flávio Ca-ppio, que há 40 anos se encontra no sertão baiano, pude conhecer um pouco da realidade da sua

diocese, visitando e celebrando em algumas comunidades. Em um território equivalente ao es-tado do Rio de Janeiro, a Diocese da Barra compreende 11 muní-cipios, com 11 paróquias, 3 Pró--Paróquias e aproximadamente 1000 comunidades.

Para atender toda essa rea-lidade, Dom Luiz conta com 16 sacerdotes, algumas religiosas e alguns consagrados das novas comunidades de vida. Embora com grandes distâncias e condi-ções de acessos ainda muito pre-cárias, todos fazem o possível e impossível para atender a todas as comunidades. Todos são ver-dadeiros missionários.

Nas comunidades, encon-trei um povo encantador. Gente simples, provada pela pobreza e pelas intempéries da natureza do sertão baiano, mas que não per-de a sua fé e a sua religiosidade. Tal como o mandacaru, que so-brevive às mais longas secas, o povo permanece firme na sua fé e na esperança de dias melhores,

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não obstante a falta de interesse e o esquecimento por parte do po-der público.

No entanto, se para os polí-ticos esse povo não vale mais do que votos contabilizados, para o Bispo é o que de mais sagrado existe. Como verdadeiro pastor que tem o ‘cheiro das suas ove-lhas’, Dom Luiz conhece cada parte de sua diocese. Seu maior testemunho vem das próprias pessoas, que não se cansam de dizer que ele é o Frei do povo, que visita as famílias, os enluta-dos, os enfermos, que gosta de ir à casa das pessoas, enfim, um homem incansável na doação de sua vida por aqueles que lhe fo-ram confiados. Homem de pro-fundo espírito de oração, Dom Luiz é como chuva no deserto, fazendo renascer a vida e a es-perança na vida castigada do seu povo.

Suas próprias palavras reve-lam a profunda relação que exis-te entre ele e o povo que ele esco-lheu servir: “Fiz da terra deles o meu torrão, da casa deles o meu lar, dos seus filhos os meus ir-mãos, do seu escasso pão o meu banquete. De sua água barrenta e suja o meu vinho saboroso, de suas humildes capelas a minha catedral, de suas alegrias a mi-nha festa, de seus sofrimentos e angústias as minhas lágrimas”.

De nossa Província, tam-bém temos o Frei Moiséis Beser-ra de Lima, que há 10 anos está a serviço da Diocese, bem como Frei Fidelio Gonçalves Ferreira.

Ambos desenvolvem um tra-balho belíssimo junto ao povo baiano. Frei Moisés mora a cerca de 450 km de Barra, na Pró-pa-róquia de Cocal, distrito de Bro-tas de Macaúbas. Impressiona a simplicidade com que ele vive e desenvolve seu incansável traba-lho pelas 26 comunidades, mui-tas delas localizadas em região de difícil acesso.

Demonstra-se bastante ani-mado e motivado na missão que lhe foi confiada e não lhe faltam vigor e coragem para visitar, ce-lebrar e animar as comunidades. Tanto o Bispo quanto o povo es-tão bastante contentes com o seu trabalho evangelizador.

Já Frei Fidelio acaba de con-cluir um triênio de dedicação no Palácio Episcopal, organizando e catalogando todo o arquivo his-tórico da Diocese, cujo centená-rio foi celebrado em 2013. Dom Luiz não se cansa de agradecer e ressaltar a importância da con-tribuição de nosso confrade para a história de sua diocese. Atual-mente, Frei Fidélio encontra-se a

serviço da Pró-paróquia de Ibi-raba, distante cerca de 50 km de Barra. Vive uma vida de simpli-cidade, servindo às mais de 60 comunidades que estão aos seus cuidados.

Dom Luiz não se cansa de dizer que as portas da Diocese estão abertas para todos os con-frades que queiram vivenciar e conhecer um pouco mais dessa realidade. Lembra-se, com sau-dades, do tempo em que alguns estudantes passaram um mês conhecendo e ajudando nas co-munidades. Pessoalmente posso testemunhar que a experiência e o aprendizado são inestimá-veis. Tenho certeza de que um tempo de estágio e convivência nessa realidade somente tem a acrescentar na nossa formação franciscana, seja ela inicial ou permanente, pois tudo respi-ra o franciscanismo: o espírito profundamente franciscano do Bispo, o grande Rio que traz vida para o povo e lhe faz ter uma reverência especial por São Francisco, o espírito de oração, o despojamento e a simplicida-de com se que vive, a relação profunda com a natureza e etc.

Enfim, volto agradecido a Deus por essa oportunidade. Sinto-me como se estivesse re-tornando de um grande e pro-fundo retiro, onde pude revi-sitar meu noviciado interior e retornar para as origens de mi-nha própria vocação. Por tudo isso, que Deus seja louvado!

FRATERNIDADES ________________________________________

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ORQUESTRA DE CÂMARA DE BUDAPESTE SE APRESENTA NO SANTUÁRIO DE VILA VELHA

Dia 09 de Abril o Santuário Divino Espírito Santo de Vila Ve-lha, abriu-se mais uma vez para acolher mais um evento cultural, desta vez promovido pela Prefeitura Municipal. Igreja cheia, não completamente lotada, para a apresentação desta que é considerada uma das melhores orquestras da Hungria.Fundada a 60 anos, a or-questra apresentou obras de compositores como Mozart, Bartok e Weiner e contou ainda com o solista clarinetista italiano Alessandro Travaglini.

Mais uma vez, a iniciativa foi prestigiada por paroquianos e pelo povo de Vila Velha – presença marcante de jovens estudantes de música.

Ao final os músicos da Orquestra se confraternizaram com a Fraternidade Local num lanche no refeitório da residência.

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Lançado no dia 16 de março, na Romaria Penitencial, em Joaçaba, o livro Frei Bruno: Tudo para Todos, de 320 páginas, esgotou-se. Só no dia da Romaria, Frei Clarêncio autografou 402 exemplares. A segunda edição estará dis-ponível já no dia 26 de abril. A biografia de Frei Bruno era uma exigência primária do processo de beatificação. Frei Clarêncio aguarda o chamado dos párocos de Xaxim e Rodeio para outros lançamentos. Em São José, na gran-de Florianópolis, o lançamento está marcado junto com a reinauguração da igreja, no momento em restauro, onde há exatamente cem anos Frei Bruno foi nomeado pároco e trabalhou até maio de 1918. O livro pode ser adquirido na Secretaria da Cúria Diocesana de Joaçaba por 25 reais. À Cúria Diocesana de Joaçaba podem também ser pedidos santinhos com a oração que pede a Deus a beatificação de nosso Confrade.

“FREI BRUNO” EM SEGUNDA EDIÇÃO

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A Festa da Penha 2014 terá uma edição especial em breve!

Aguarde!

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DUPLA FESTAEM SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

A Festa do Divino em Santo Amaro da Imperatriz ocorre to-dos os anos no final de semana de Pentecostes. É considerada a maior festa do Divino da grande Flo-rianópolis. Já há muitos anos, na missa das 19hs do dia da Páscoa, é realizado o envio das Bandeiras do Divino Espírito Santo. Para o povo da Paróquia de Santo Amaro, é sinal de que as tradicionais nove-nas terão início e a grandiosa festa do Divino se aproxima. O símbolo que se destaca é a Bandeira do Di-vino que percorre ruas e casas de nossa Paróquia. A história da ca-minhada da bandeira inicia-se nos Açores chegando ao Litoral Catari-nense e também a Santo Amaro já em 1854, no mesmo ano da cria-ção da Paróquia de Santo Amaro, no dia 29 de maio. Tanto ontem, quanto hoje, a Bandeira continua tendo a sua importância, porque os costumes e as tradições passa-ram de geração à geração.

Neste ano, completam-se 160 anos da Paróquia e de uma belís-sima festa que apresenta como herança a religiosidade e a cultura açoriana e também a histórica vi-sita da Imperatriz por estas terras. Para a nossa Paróquia, os 50 dias do tempo Pascal tornam-se uma verdadeira missão popular. A Ban-deira do Divino percorre as ruas e

“Deixa a Bandeira passar, deixa a Bandeira entrar é o Espírito Santo chegando, chegando para te abençoar. Junta a tua família, e prepara o teu lar! Numa salva de flores, promessas, louvores, vamos ofertar”.

casas. Muitas pessoas recordam que, de pequeno, ainda criança, viam a Bandeira do Divino chegar pelas mãos dos procuradores nas casas dos pais, avós... a fim de abençoar e levar graças do Espírito Santo para quem a recebe. Em todas as noites, a visita da Bandeira é celebrada por aquela comunidade ou rua com a tradicional Novena Açoriana. As pessoas se reúnem em uma casa, onde cantam-se orações e hinos ao Divino, confraternizam-se e reali-zam o tradicional leilão das massas

(tipo de pão doce com ervas em forma de pé, coração, braço, ca-beça... de acordo com a graça alcançada). Após o leilão, a Fa-mília Machado na voz do vô e da vó, fazem seus filhos e netos tocarem violão, tambor e violi-no, dando acordes para o repen-te em honra ao Divino Espirito Santo, que se caracteriza pelo improviso – os cantadores fazem os versos “de repente”, incluindo versos do Espírito Santo na in-tenção da família que cumpre a promessa com a novena em sua casa. No final, a benção do “pa-dre” não pode faltar. Neste ano, são 6 Bandeiras do Divino, com 27 procuradores da Bandeira e

estão programadas 53 novenas para os 50 dias do Tempo Pascal.

Talvez o objetivo primeiro da Bandeira do Divino seria de convi-dar a todos para a Festa de Pentecos-tes e num passado não tão distante, era o de buscar uma prenda para a realização das festividades. Hoje, sua função é ainda mais importan-te, a de levar a benção da saúde a todas as pessoas que abrem as por-tas de suas casas e animar o povo na vivência da Fé.

FREI DANIEL DELLANDREA

Em meio à Festa do Divino, Paróquia faz 160 anos.

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REGIONAL DO CONTESTADO

Nos dias 07 e 08 de abril, os frades das 04 paróquias (Concór-dia, Luzerna, Xaxim e Coronel Freitas), reuniram-se para o pri-meiro encontro do ano. Estavam presentes, também, Frei Délcio Lo-renzetti que substitui Frei Dionísio Morás, em Concórdia; os 02 voca-cionados que moram em Xaxim, mas que ficarão, por determinado tempo, nas demais fraternidades do Regional, continuando, ali, a formação; e Frei Diego, responsá-vel provincial das Vocações. Este, ao falar das orientações provinciais sobre as FAVs, alertou, sobretudo, o que se refere à formação e ao tes-temunho de vida. Dentre as várias reflexões que foram feitas, duas de-las chamaram atenção.

FREI LUIZ IAKOVACZ

A primeira foi sobre o Evan-gelho da mulher surpreendida em adultério (Jo 8,1-11). Além das diversas explicações exegéticas e teológicas, abordou-se, também, as múltiplas situações de hoje, re-lacionadas com a CF/2014 sobre o Freático Humano.

O outro ponto, foi sobre o redimensionamento. Lemos e co-mentamos o primeiro folder en-

viado pela Província, sobre o “ver nossa realidade”. Chagamos à conclusão que as 04 paróquias do Regional, fazem um bom traba-lho. O que precisamos melhorar é a qualidade de nossa evange-lização, acompanhada do teste-munho de vida. Assim, não nos tornamos “meros funcionários do sagrado”, e sentimos o “cheiro das ovelhas”, como recomenda o Papa Francisco. A seguir, fizemos a tradicional partilha das frater-nidades, avisos e lembretes, mo-mentos de lazer e descontração.

Marcamos o próximo en-contro para o dia 30 de junho e 01 de julho, e o tema a ser refle-tido é o segundo folder da Pro-víncia que aborda o “julgar” do redimensionamento. Nos despe-dimos no abraço de Paz e Bem.

COMPLEMENTAÇÃO DE ESTUDOS EM TEOLOGIAEste Curso de Complementa-

ção de Estudos em Teologia, que a PUC do Rio de Janeiro está ofere-cendo é um dos últimos, pois está para ser aprovada a regulamen-tação dos Cursos de Graduação em Teologia (o projeto tramita no Congresso). Portanto, no futuro deverão seguir o curso completo de graduação em Teologia, já regu-lamentado pelo MEC.

O Curso de Complementação de Estudos em Teologia é ofereci-do aos alunos possuidores de Di-ploma de Teologia, expedidos por Instituições não credenciadas pelo MEC, a possibilidade de convali-dar seus diplomas.

PROCESSO SELETIVO

Inscrições: 7 de abril a 23 de maio de 2014, exceto no período de 17 a 23 de abril.

Local: PUC-Rio, no Depar-tamento de Teologia, situado na Rua Marquês de São Vicente, 225,

Gávea, RJ, de segunda a sexta-feira. O preenchimento do Requerimento de Inscrição, neste caso, será feito no local de inscrição assim como o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais).

Prova: 6 de junho de 2014 das 15h às 17h

Resultado: 24 de junho de 2014.

Matrícula dos aprovados: 2 ou 3 de julho de 2014 das 9h às 11 h e das 14h às 16h

MANUAL DO CANDIDATOO Manual fornece informa-

ções relevantes para os candidatos ao Processo Seletivo para o curso de Teologia Complementação de Estudos PUC-Rio – 2014/2. A criação deste curso, em condições especiais, é baseada no Parecer da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação n° 63/2004 de 19/02/2004, ho-mologado pelo Ministro da Edu-cação e publicado no DOU em 01/04/2004. Antes de se inscrever para o Processo Seletivo, o can-didato deve conhecer as normas que regem o Concurso.

DOWNLOAD DO MANUAL DO CANDIDATOhttp://www.puc-rio.br/vestibular/estudos_teologia/#manualPara mais informações: Departamento de Teologia da PUC-Rio / Fone: (21) 3527- 1300

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CURSO DE FRANCISCANISMO

A ALEGRIA DE EVANGELIZAR NA VISÃO FRANCISCANA

Por ocasião da promulgação da Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), a Fraternidade Franciscana São Boaventura tem a alegria de oferecer um Curso sobre A Alegria de Evangelizar na visão Franciscana. O Curso destina-se aos frades e irmãs das Ordens e Congregações religiosas franciscanas, aos membros da OFS e a todos os que desejam aprofundar os seus conhecimentos sobre o Evangelho de Jesus Cristo como fonte de alegria, bem como sobre a alegria de evangelizar sob a inspiração de São Francisco e Santa Clara de Assis.

LOCAL E DATAFraternidade Franciscana São Boaventura - Rondinha – Campo Largo – PR21 a 24 de outubro de 2014

COORDENAÇÃOFrei João Mannes e Frei Fábio Cesar Gomes

PROFESSORES● Frei Fábio Cesar Gomes. Doutor em Teologia, com especialização em Espiritualidade Franciscana.● Frei Fidêncio Vanboemmel. Mestre em Espiritualidade Franciscana.● Frei João Mannes. Doutor em Filosofia, com especialização na Filosofia Mística de São Boaventura.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO1. A Exortação Apostólica do Papa Francisco: Evangelii Gaudium2. O Evangelho de Jesus Cristo como fonte de alegria3. A evangelização nas Fontes Franciscanas4. A alegria como virtude do evangelizador franciscano5. Leitura de textos de São Francisco e de Santa Clara de Assis sobre a alegria6. Desafios do mundo atual e contribuição franciscana para uma “nova evangelização”.

ORGANIZAÇÃO DO CURSO

20/10 – Chegada21/10 – 08h45 - Início do Curso24/10 – 11h30 – Término do Curso

CUSTOHospedagem, alimentação e Curso = R$ 200,00

PAGAMENTODurante o Curso

PARA INSCRIÇÕES ENTRAR EM CONTATO COM:Frei João MannesE-mail: [email protected]: (041) 9134-4969

Site da Fraternidade São Boaventurawww.franciscanos.org.br/rondinha

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A cada ano a Igreja se rejuve-nesce. Isso porque se coloca no-vamente no caminho da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.

Depois de percorrer com Jesus os quarenta dias “cinzas” de espera, de oração, de jejum e de penitência, colocamo-nos, em comunhão com toda a Igreja, na celebração do grande Tríduo Pascal. Grande porque revela a grandeza dos mistérios celebra-dos! E, como de costume, aqui no Convento São Boaventura, todas as celebrações trazem a seriedade do preparo e o comprometimen-to de cada confrade, que se empe-nha para que toda a fraternidade e pessoas que aqui frequentam, celebrem bem estes momentos de graça. Frei João Mannes, foi o presidente do Tríduo Pascal e a cada dia nos motivou a caminhar com Jesus e perceber em cada gesto Dele o itinerário pelo qual também devemos percorrer.

Além das celebrações do Trí-duo, celebramos o Ágape e, em

TRÍDUO PASCAL NO CONVENTO SÃO BOAVENTURA

FREI JOSÉ AÉCIO DE OLIVEIRA

seguida tivemos nosso momento de vigília com o Senhor. Na sexta--feira da Paixão do Senhor, cele-bramos pela manhã o Ofício das trevas, e às dezenove horas uma devocional Via-Sacra, que saindo da Igreja, celebrou-se a 14ª esta-ção no cemitério da fraternidade.

No sábado pela manhã, reza-mos o ofício das Trevas e durante o dia preparamos a nós mesmos e a nossa casa para bem cele-brarmos a Solene Vigília Pascal. Alguns confrades foram celebrar nas comunidades vizinhas, mas quando retornaram, grande foi a alegria de todos, afinal, Cristo Ressuscitou. Ceamos alegres e ju-bilosos no Senhor!

A celebração do domingo ficou sob a presidência de Frei Fábio Gomes, que reforçou a necessidade de deixarmos Deus abrir os sepulcros e ressuscitar as coisas mortas que insistimos em deixá-las em nós. Após a Missa fizemos a benção do Convento e pudemos nos deliciar com um churrasco e bastante chocolates.

Que as alegrias da Páscoa sejam constantes em nossa vida. Afinal, mesmo diante da dor e da morte, a certeza de que Cris-to ressuscitou e nós com Ele nos anima a seguirmos sempre em frente, sem ficarmos em nossos sepulcros que nos isolam dos ir-mãos e de Deus.

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A Paróquia e Santuário São Francisco de Assis, no Largo São Francisco, em São Paulo, lo-tou para ver a encenação da a 4ª Via-Sacra Franciscana, que teve como atores a Juventude Francis-cana da Fraternidade das Chagas e os jovens vocacionados à vida franciscana.

Em espírito de oração e de-voção, fiéis vieram celebrar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Sexta-Feira Santa (18 de abril). A celebração da Paixão foi presidida pelo Cardeal Dom Cláudio Hummes e concelebrada pelos frades do Convento. O Car-deal, em sua partilha da Palavra com os fiéis, destacou os últimos momentos da vida de Jesus, seu

JOVENS ENCENAM A PAIXÃO DO SENHORANDERSON DE MORAES MARIANO

E SUZAN APARECIDA VIEIRA

sofrimento, dor e morte.Logo após a celebração, deu-

-se início a Via-Sacra. Cada esta-ção era intercalada com cantos, reflexões e encenações do cami-nho doloroso de Jesus. Frei Alvaci Mendes da Luz nos ajudou a re-fletir em cada passo do calvário de Jesus. Destacava pontos fortes e marcantes que nos levaram a uma profunda reflexão interior. Nas estações em que se reviveram as quedas de Jesus foram aborda-dos alguns pontos da Campanha da Fraternidade deste ano: “Fra-ternidade e o tráfico humano”.

Os jovens, por sua vez, re-viveram com emoção cada mo-mento. Os fiéis também foram protagonistas participando com devoção dos cantos e refrões que eram entoados durante os mo-mentos da encenação. Um dos

pontos mais emocionantes foi a 13ª estação, em que a Mãe Maria acolhe nos braços o seu filho Je-sus, morto e desfigurado.

Na execução dos momentos de oração e cantos, também aju-daram Frei Alexandre Rohling e Frei Odorico Decker com sua famosa gaita.

A Via-Sacra terminou com a adoração do Senhor Morto, trazida pelos irmãos da Ordem Franciscana Secular. Certamen-te, foram momentos intensos de emoção e oração, que levaram todos os fiéis presentes a percor-rerem com Jesus este caminho doloroso e vivenciar melhor os mistérios da nossa fé.

“Maior amor não há que se entregar. Maior amor não há e a vida doar. Maior amor não há que a VIDA doar.”

JUFRA

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Trabalhadores e voluntários esperavam ansiosos do lado de fora do salão São Francisco, onde funciona o atendimento do Sefras com a população de rua – o “Chá do Padre”. Enquanto isso, a equi-pe do Setor de Espiritualidade, se preparava para abrir as portas e iniciar uma vivência lúdica e cele-brativa da espiritualidade pascal. Do lado de dentro, uma grande mesa em forma de circulo, fazia a menção de que ali aconteceria uma ceia. Panos coloridos, flores e incenso proporcionaram um ambiente celebrativo. Três fai-xas com as palavras: “Acolhida”, “Cuidado” e “Diálogo” – estavam penduradas e decoravam a Festa

de Páscoa do Sefras, comemorada no dia 17 de abril, em São Paulo.

“Neste ano de 2014, o Sefras elegeu o tema “fraternidade”, des-dobrado pelas palavras: “acolhi-da, cuidado e diálogo” e deseja-mos que elas sejam concretizadas nas relações que teremos com a nossa rede de solidariedade (par-ticipantes, doadores, voluntários, trabalhadores e parceiros). Foi por meio dos símbolos, gestos e vivência que aconteceram duran-te a programação da Festa de Pás-coa que apresentamos o compro-misso que queremos ter com os que chegam até nós”, contou frei Brayan Filipe, do setor de espiri-tualidade.

O coordenador geral do Se-fras, Frei José Francisco de Cás-

sia dos Santos, ao dialogar com os trabalhadores, expressou que as páscoa é um evento místico porque anima a espiritualidade cristã e os trabalhos do Sefras e não começou nesta celebração e não se encerra nela. Igualmente, ele considerou que é um evento político porque faz a memória de Jesus que fez uma opção pre-ferencial pelos empobrecidos da sua época e teve como consequ-ência a sua morte de cruz.

A celebração de páscoa no Sefras encerrou com uma gran-de ceia onde todos puderam dia-logar, se confraternizar e expres-sar os sentimentos que aquele momento tinha despertado ne-les. Ao final, uma grande ciran-da concluiu a vivencia pascal.

SEFRAS CELEBRA A PÁSCOAFABIANO VIANA

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O Estatuto do Sefras pres-creve que o Conselho Diretor se reúna a cada ano para avaliar, planejar e deliberar sobre as ne-cessidades institucionais. Diante disso, os frades que compõem a direção da instituição se reúnem para cumprir esta demanda ju-rídica.

Todavia, afirmou o Diretor Presidente, Frei José Francisco de Cassia dos Santos que este é um trabalho realizado conti-nuamente no Sefras por meio das equipes de trabalhos. “Mas, aproveitamos a oportunida-de para reunir não somente os Frades da Diretoria e Conselho Diretor, mas também todos os Associados.

É um momento de parti-lhar as demandas e de reani-

CONSELHOR DIRETOR DISCUTE A SUSTENTABILIDADE DO SEFRAS

FABIANO VIANA

mar a esperança, assumindo em fraternidade, a nossa decisão de continuar esta forma de Solida-riedade”, explicou Frei José.

Além dos assuntos corri-queiros, este ano o conselho e os associados se debruçaram em pensar formas de sustentabilida-de da instituição. “Como manter os inúmeros trabalhos que o Se-fras possui?”. Foi a pergunta que norteou a discussão.

O Sefras é juridicamente de-nominado uma Associação sem fins lucrativos que além dos só-cios tem como presidente Frei José Francisco de Cássia dos Santos; vice-presidente, Frei Má-rio Luiz Tagliari; secretário Frei Wilson Batista Simão e três con-selheiros: Frei Sandro Roberto da Costa, Frei James Girardi, Frei Adriano Freixo Pinto.das e deco-ravam a Festa .

PELOS PROJETOS

CEFRANNo dia 4 de abril, o Se-

fras realizou por meio do Centro Franciscano de Luta contra a Aids (Cefran), no Bairro do Belém, Zona Les-te de São Paulo, a entrega do certificado de conclusão da oficina de informática.

O curso ocorreu entre janeiro e março e teve como objetivo a inclusão digital e o exercício da cidadania no auxilio à prevenção das DSTs.

GENTE VIVAAo montar a progra-

mação de oficinas socioe-ducativas para este ano, o Sefras, por meio do Centro de Convivência da Criança

e do Adolescente (Gente Viva), consultou a comuni-dade onde atua, na Vila São José, em Petrópolis, RJ, para saber qual o interesse de-les nas atividades. Entre as sugestões para 2014, foi pe-dida uma oficina de técni-cas de decoração de unhas. Sendo assim, no dia 1º de abril, foi realizado o apren-dizado de pedicure, asses-sorada pela professora Ana Carolina Messori.

Destinada a um grupo de meninas, o curso teve como objetivo estimular a autoestima e o cuidado pes-soal. Ao término da oficina foi sorteado entre as partici-pantes um kit de produtos de beleza.

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No dia 11 de abril, o Sefras assinou um convênio com a Pre-feitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Assis-tência e Desenvolvimento Social (Smads) para desenvolver um serviço de Convivência e forta-lecimento de vínculos, para 120 crianças e adolescentes, entre 6 e 15 anos, moradoras do bairro Jardim Peri Alto, na Zona Norte de São Paulo.

O termo de parceria e con-vênio foi assinado pelo diretor presidente do Sefras, Frei José Francisco de Cassia dos Santos em conjunto com as técnicas da prefeitura, na Supervisão de As-sistência Social (SAS) Casa Ver-de/Cachoerinha. A inauguração do espaço está prevista para em maio, enquanto isto, a institui-

SEFRAS ASSINA CONVÊNIO PARA TRABALHO NO JARDIM PERIFABIANO VIANA

ção realiza processo seletivo para formar a equipe, em seguida, a formação destes profissionais e a reforma de espaços para aco-lher com qualidade as crianças e adolescentes. Ele foi fechado no final de 2013 e o trabalho redi-mensionado para atender uma comunidade com carência de trabalho social. De acordo com a coordenadora deste novo servi-ço - que será chamado de “Sefras

Peri” - , Ângela Assis, o público infanto-juvenil dessa região ca-rece de serviços que garantam sua proteção integral. “Trata--se de uma região periférica da cidade, um bolsão de pobreza e o Centro Criança e Adolescente (CCA) tem o papel de constituir através espaços de convivência, a participação e a cidadania, além da ação preventiva e da defesa de direitos”, contou Ângela.

PELOS PROJETOS

SEFRAS CURITIBA Com o objetivo de arrecadar

verba para o custeio do atendimen-to à população de rua e às gestantes empobrecidas, o Sefras Curitiba, no Paraná, realizou entre os dias 27 e 29 de março, três dias de bazares com a ajuda de 10 voluntários. O evento aconteceu no salão da Pa-róquia da Igreja Bom Jesus dos Per-dões, no centro da cidade.

USF E SEFRAS DEBATEM TRÁFICO HUMANOAlunos e docentes da Univer-

sidade São Francisco (USF) e pro-fissionais e pessoas atendidas pelo Serviço Franciscano de Solidarie-dade (Sefras) uniram-se para trazer o debate e a informação sobre o trá-fico humano, tema da Campanha da Fraternidade neste ano, para a

sociedade. Os debates aconte-

ceram após a exibição de filmes, cuja primeira ses-são foi o longa-metragem “Anjos do Sol” (classifica-ção etária 14 anos), filme brasileiro dirigido por Rudi Lagemann. Rodado em 2006, “Anjos do Sol”

conta a história de uma jovem que é vendida por sua família por não ter condições de sustentá-la. O destino da garota é a prostituição. A personagem ilustra a realidade de uma enorme massa de jovens.

O que se pretende com a exibição destes filmes, seguidos de debates com professores espe-cialistas no assunto e profissionais de ONGs e Centros de Direitos Humanos que trabalham com o atendimento às vítimas de tráfico humano, é a conscientização da sociedade através da informação e da formação. O primeiro cine--debate aconteceu no Sefras (R. Riachuello, 268) no dia 25 de abril, às 14 horas. No dia 26 a exibição foi realizada na USF (R. Antonieta Leitão, 129).

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USF REGISTRA CRESCIMENTO DE 141% NOS ÚLTIMOS 4 ANOS

A Universidade São Francisco (USF) cresceu 141% nos últimos quatro anos no número de alunos ingressantes, somando quase 3 mil novos alunos só no último vesti-bular. Os dados levantados pelo Núcleo de Registro e Controle Aca-dêmico da instituição mostram que este crescimento permitiu que a USF alcançasse aproximadamente 10 mil alunos matriculados nos seus cursos de graduação. Para se ter uma ideia, de acordo com o CEN-SO da Educação Superior 2012, úl-timo realizado pelo Ministério da Educação (MEC), a média nacio-nal de crescimento de ingressantes, entre 2010 e 2012, foi de 25,9%. No mesmo período, a USF registrou um aumento de 38,57%. O desem-penho da universidade é ainda mais relevante se considerarmos os últi-mos dois anos, quando a USF atin-giu o índice de 73% de crescimento no número de novos alunos.

O resultado é fruto das pro-fundas mudanças realizadas desde 2010 pela atual gestão que, com apoio da Mantenedora, renovaram a universidade e aprofundaram sua inserção regional. “Em 2010 assu-mimos a reitoria com o objetivo de promover um reposicionamento da USF, de forma a mantê-la susten-tável no novo cenário do mercado educacional, e ainda garan-tir a manutenção e melhoria da qualidade acadêmica. Os resultados começaram a ser notados a partir de 2012, com essa evolução extraor-dinária”, comenta o profes-sor Hector Escobar, Reitor da instituição. A qualidade dos cursos de graduação

Resultados demonstram sucesso nas estratégias de reposicionamento de mercado iniciadas a partir de 2010 pela atual gestão; no âmbito acadêmico, avaliações externas reafirmam a qualidade de ensino.

é um dos atrativos que a instituição oferece aos vestibulandos. Além de conceitos satisfatórios nas avaliações do MEC, a USF obteve boas pon-tuações no Guia do Estudante e no Ranking Universitário Folha.

Como universidade, além da graduação, considera-se na avaliação da qualidade a relevância no âmbito da pesquisa, área valorizada e reco-nhecida dentro da USF. “O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia foi novamente avaliado com conceito 6 , em uma escala cuja nota máxima é 7, fato que resultou em um convite para o ingresso no PROEX – Programa de Excelência da CAPES, um reconhecimento à qualidade da USF que beneficiará diretamente nossos alunos, uma vez que receberemos mais recursos para

pesquisas”, explica a professora Iara Fernandes, Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Outro ponto que favoreceu o aumento da procura pela instituição foi o alto índice de empregabilidade dos alunos, fomentados por meio de convênios e parcerias do Núcleo de Empregabilidade e Empreendedo-rismo. “Uma prova da seriedade que temos com a formação de qualidade dos nossos alunos tem sido o reco-nhecimento por parte do mercado na busca por estagiários e trainees, para ocuparem cargos em grandes em-presas, maioritariamente, multina-cionais”, completa o Reitor. O com-promisso social é parte da qualidade acadêmica. Como instituição confes-sional, a USF tem como missão de vivenciar o legado deixado pelo seu Patrono São Francisco de Assis, de cuidado e apoio à comunidade local em que está inserida, às quais presta serviços gratuitos de assistência jurí-dica, assistência multiprofissional de saúde, apoio à formação de professo-res, cooperação com órgãos oficiais, atividades culturais, entre outras.

“Todos esses são frutos nasci-dos do carisma franciscano, semeado pelos frades que aqui trabalharam e, gradativamente, foram incorporados pelos colaboradores de todas as áre-as e funções. Pode-se afirmar com

segurança que, graças ao trabalho pioneiro de cons-tituir a identidade institu-cional, a missão da USF é hoje conhecida e vivencia-da em toda a comunidade universitária, imprimindo um caráter próprio à sua tarefa educativa”, enfatiza o Reitor.

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NOTÍCIAS DO DEFINITÓRIO PROVINCIALSÃO PAULO, 1º A 3 DE ABRIL DE 2014

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No primeiro como nos demais dias do Definitório Pro-vincial, realizado de 1º a 3 de abril, na Sede Provincial, em São Paulo, os Definidores iniciaram suas atividades rezando as Laudes na igreja paroquial com pessoas da comunidade que, durante o tempo da quaresma, juntam-se à Fraternidade Imaculada Conceição para a prece matinal. Grande parte dos assuntos tratados nas sessões dos três dias de Definitório segue noticiada abaixo.

1) Encontros Regionais – reflexão a partir do subsídio 1Os Definidores relataram como foi a reflexão suscitada pela abordagem do 1º subsídio (de 3), preparado pela Formação Permanente para os Encontros Regionais deste ano. Verificou--se que em boa parte dos Regionais os frades conseguiram desenvolver significativa análise do “ver” como estamos em nossas fraternida-des e trabalhos. Sobretudo nos Regionais em que o encontro se estende por mais tempo, houve um trabalho mais aprofundado. Alguns Regionais, porém, tiveram dificuldade de se ater às questões propostas e discutir a partir delas. Sente-se a dificuldade de olhar o todo da Província, e não apenas o local em que

cada um ou cada fraternidade se encontra. Há ainda incompreensões quanto à necessidade de redimensionamento, identificando-o com a questão de “fechar casas”, quando na verdade ele pode comportar um abrir frentes, a partir de novas e apropriadas opções que se façam. Percebeu-se que falta uma participação mais efetiva dos frades jovens e mesmo estudantes nas discussões, afinal o redimensionamento que se impõe e que se busca é em vista, em grande parte, dos que estão vindo.

2) Encontros Regionais – proposta para o 2º subsídioFrei Estêvão apresentou aos Definidores a pro-posta de composição do 2º subsídio para os En-contros Regionais. Se o primeiro levava a “ver”

onde e como estão nossas presenças, o segundo preten-de já um “julgar”, por tanto, uma análise a partir de nosso carisma e valores próprios, e dos desafios e interpelações do nosso tempo, e da própria Igreja. Os Definidores ajuda-

ram a aprimorar as questões que constarão no subsídio em vista da discussão nos Regionais.

3) Reunião dos guardiães e coordenadores – programaçãoOs Definidores ultimaram a programação da reunião dos guardiães e coordenadores dos dias 29 e 30 de abril, em Agudos, lembrando que o texto base para a reflexão do primeiro dia será a entrevista do Papa Francisco durante o en-contro com os superiores gerais, em Roma, no final do ano passado. No segundo dia, ocorrerá a Assembleia Civil obrigatória, além da aborda-gem de questões administrativas e financeiras. Serão convidados para a reunião também os presidentes das entidades da Província.

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4) Capítulo das Esteiras – primeiros passos de preparaçãoA comissão nomeada pelo Definitório para preparar o Capítulo das Esteiras de setembro próximo reuniu-se pela primeira vez no dia 19 de março na Sede Provincial, em São Paulo. Os frades começaram a pensar no tema e no lema do grande encontro. Preocupam-se já com a motivação para que todos os frades e frater-nidades priorizem a participação. Trataram da questão das inscrições, indicaram nomes e atribuições para a equipe de logística, de co-municação, de liturgia, de animação, de esporte e recreação, de cultura. Esboçaram inclusive uma programação diária do Capítulo, em que também se farão presentes, o Ministro Geral, Frei Michael, e o Definidor da América Latina, Frei Nestor. As próximas reuniões da comissão estão marcadas para o dia 7 de maio, no Largo São Francisco, em São Paulo, e para o dia 29 de julho, no Convento do Sagrado, em Petrópolis.

5) Paróquias - encaminhamentos1) Continuam as tratativas com o bispo de

Sorocaba para a entrega de uma das três paróquias cuidadas pelos frades naquela cidade. Frei Fidêncio já se encontrou com ele no mês passado. Considerando o perfil de cada uma, e mesmo o nosso carisma, discute-se no momento sobre qual delas devolver para a Diocese.

2) Começa também o estudo em vista da en-trega da paróquia de Miguel Pereira e Por-tela, RJ, assunto que deverá ocupar também, é lógico, o Secretariado de Evangelização.

6) Agudos – propostas de aluguel do SeminárioO Definitório analisou duas propostas de uso e aluguel dos espaços do Seminário de Agudos, em busca de uma solução para o patrimônio e para investimento, e a questão será encaminha-da para discussão na reunião dos guardiães e coordenadores nos dias 29 e 30 de abril.

7) FIMDA - reflexãoO Definitório deteve-se por bom tempo em ava-liar e analisar as potencialidades e dificuldades da missão em Angola, ambas consideráveis. O fato é que a missão de Angola faz parte de uma frente de evangelização de grande interesse por

parte de toda a Província. Em maio haverá Assembleia da Fundação, da qual tomará parte Frei Estêvão, moderador da Evangelização Missionária, e Frei Evandro, definidor.

8) Master de EvangelizaçãoNas Comunicações anteriores foi publicada matéria sobre o Master deste ano, há pouco inaugurado em Petrópolis. Frei Laerte de Fa-rias dos Santos tomará parte do curso.

9) Frei Elias Dalla Rosa – retorno à ProvínciaNo final de maio ou começo de junho, Frei Elias, que por vários anos prestou serviços junto à Cúria Geral em Roma, retornará à Província, e receberá, portanto, no próximo Definitório, a sua transferência. Frei Elias, aliás, recupera-se de cirurgia para correção de hérnia umbilical. Desde já, nosso “bom--retorno” ao confrade!

10) 1º Encontro de Reitores dos Santuários da CFMBFrei Vicente Ronaldo da Silva, secretário do SI-FEM, enviou comunicação sobre o 1º Encon-tro de Reitores e Responsáveis por Santuários da CFMB, que acontecerá de 22 a 24 de junho de 2014, em Vila Velha, ES. Apresentou ficha de inscrição e a programação do encontro.

11) Encontro anual do SIFEM/JPIC - notíciasOs Definidores apreciaram as informações sobre o Encontro anual do SIFEM/JPIC, realizado no dia 24 de março passado, em Anápolis, GO. Na pauta constaram os assun-tos: 1º Congresso Internacional de Missão e Evangelização, 1º Encontro de Reitores e/ou responsáveis por Santuários, 2º Encontro Na-cional de Jovens, Coleta Missionária pelo Dia da Amazônia, partilha dos serviços, Seminário sobre a Mineração na Amazônia, Experiência Under Ten.

12) II Encontro Nacional de Jovens da CFMBOs Definidores também apreciaram o plano de ação do II Encontro Nacional de Jovens da CFMB, a se realizar de 16 a 19 de julho de 2015, em Belo Horizonte, MG. Tema: Francisco e Clara e o seguimento a Jesus Cristo – desafios da sociedade para as juventudes. Pensa-se na participação de 500 jovens (média de 45 por

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DEFINITÓRIO PROVINCIAL ________________________________________província ou custódia). Os responsáveis pela preparação do encontro são: equipe do SIFEM/JPIC, SERFE e SAV.

13) CFMB - encaminhamentosFrei Fidêncio informou sobre assuntos tratados na reunião da CFMB de março deste ano, alguns deles abaixo elencados.1) Documento do Conselho Plenário da

Ordem (CPO): já foi traduzido e será publicado pela Província Santa Cruz, MG, conforme número de exemplares pedido por cada entidade;

2) Missão de Roraima: a nova fraternidade é composta por Frei Armando, guardião (Província S. Francisco), Frei Jacó Paiva, ecônomo (Custódia S. Benedito), Frei Pe-dro Bruxel (Província S. Francisco), e dois frades da Província S. Cruz em experiência missionária por um ano. A Província S. Francisco permanecerá naquela missão até o próximo Capítulo. O SIFEM poderá au-xiliar na reflexão e levantamento de dados, bem como em uma melhor articulação da coleta em favor da Amazônia.

3) Fusão de entidades: Fundação N. Sra de Fátima, MG, com a Custódia do Sagrado Coração de Jesus, SP, até o final de 2015. A Fundação N. Sra. das Graças, PI, com a Província N. Sra da Assunção, MA, no dia 25 de julho deste ano.

4) SERFE: Atividades a serem desenvolvidas: Experiência Under Ten, Curso para Forma-dores (primeira etapa de 9 a 21 de março de 2015; segunda etapa de 29 de maio a 11 de junho), Experiência “Reviver o dom da vocação” (em maio de 2016).

5) Encontro dos Ecônomos da CFMB: acontecerá de 18 a 22 de agosto de 2014, em Campo Grande, MS. Para as entidades que ainda não a tem, foi solicitado que elaborem a própria Ratio Econômica, e que se fomentem nas entidades encontros com os ecônomos locais. Pede-se também que o documento “Economia Fraterna” seja estudado.

6) Encontro Provincial de Juventude: O SIFEM propõe para as Entidades, para o ano de 2014, que promovam um encontro provincial com a Juventude, em prepara-ção para o encontro nacional, já noticiado

nestas Comunicações. Prevê-se um modo de auxiliar no acompanhamento dos jovens até o encontro nacional.

7) Comissão da Educação: cada entidade que tiver atividade educativa deverá nomear um frade para fazer parte do SIFEM.

8) Moderador da Formação Permanente na Comissão Executiva do SERFE: Frei João Carlos Karling, da Província São Francisco de Assis, fará parte da Comissão Executiva do SERFE.

9) Visita do Ministro Geral às entidades da CFMB: de 21 a 23 de setembro, o Ministro Geral visitará a Custódia das 7 Alegrias de N. Sra.; de 24 a 27 de setembro, a Província da Imaculada Conceição do Brasil; de 5 a 10 de outubro, a Custódia São Benedito da Amazônia;

10) Próxima reunião da CFMB: em Cuiabá, de 25 a 29 de agosto, sendo convocados os coordenadores dos serviços do SERFE e SIFEM.

14) Esboço do Instrumentum laboris do Capítulo Geral 2015Frei Fidêncio também informou que os Mi-nistros Provinciais já receberam o projeto do instrumentum laboris para o Capítulo Geral de 2015, de modo que as Conferências possam analisá-lo e contribuir com observações e me-lhoramentos.

15) Experiência Under Ten – programaçãoO Definitório tomou conhecimento da progra-mação da Experiência Under Ten, na Ama-zônia, em Jacareacanga, PA, junto aos índios da etnia Mundurucu, promovida pela CFMB, a acontecer de 10 a 25 de setembro de 2014. Infelizmente, a data coincide com o Capítulo das Esteiras da Província.

16) Frente das Paróquias e Santuários1) Substituindo a Frei João Reinert, o Definitó-

rio nomeou um colegiado para coordenar a Frente das Paróquias e Santuários: Frei José Idair Ferreira Augusto, Frei Adriano Freixo Pinto e Frei Valdecir Schwambach.

17) Licenciados e egressos1) Frei Jandir Pereira da Luz, que pertencia à

Fraternidade São Damião, de Malange, em

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DEFINITÓRIO PROVINCIAL ________________________________________Angola, pediu e recebeu licença para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano.

2) Em carta de 3 de março, Dom José Ro-dríguez Carballo, arcebispo secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apos-tólica, afirma que a mesma Congregação concede a Frei João Maria dos Santos o indulto para deixar a Ordem, sendo que o Ordinário de Dourados pretende acolhê--lo em sua Diocese ad experimentum nos termos do cân. 693 do CIC.

3) Em carta de 26 de março, Enéas M. Prestes de Oliveira, licenciado para morar fora da Fraternidade Provincial por um ano, extin-to o prazo, pediu desligamento definitivo da Ordem.

4) Alexandre Verardi, que havia pedido licen-ça para morar fora da Fraternidade Provin-cial por um ano, contraiu matrimônio civil no dia 15 de fevereiro, em Umuarama, PR, motivo pelo qual, ipso facto, demitiu-se da Ordem.

18) Frei Raul Budal da Silva - tratamentoFrei Raul se encontra por um período em Bra-gança Paulista para tratamento de saúde, aos cuidados da Dra. Ângela e da fraternidade local.

19) Patrimônio – avalO Definitório deu aval para que o Economato Provincial, de forma adequada e com assessoria jurídica, comece a estudar o modo de passar às respectivas mitras certos tipos de patrimônio (igrejas, salões paroquiais, residências dos fra-des), que, embora juridicamente estejam em nome da Província, “moralmente”, em vários lugares, pertencem às comunidades eclesiais, e, portanto, em última análise, às mitras.

20) Biblioteca de Teologia da Província Santa Cruz - doaçãoO ITF recebeu como doação parte da biblioteca de Teologia da Província de Santa Cruz, MG, situada em Divinópolis, antiga casa de estudos de Teologia da Província mineira. Os atuais frades estudantes fazem o curso de Teologia junto ao ISTA, em Belo Horizonte. Os livros,

em geral, dos anos 1950 a 2000, ajudam a completar o acervo da biblioteca do ITF. Há inclusive uma série de Revistas de Teologia, Espiritualidade e Filosofia, em várias línguas, que poderão completar as coleções do ITF. Reiterados agradecimentos, assim, à Província de Minas pela doação.

21) Reunião do Conselho Gestor das Entidades - mudança de dataA próxima reunião do Conselho Gestor das Entidades da Província, inicialmente marcada para o dia 15 de maio, foi transferida para o dia 29 de abril, à noite, aproveitando o encontro dos guardiães e coordenadores em Agudos, o que inclusive propicia a participação do Defi-nitório Provincial.

22) Capítulo Provincial 2015 - data Considerando a determinação do Definitório Geral de que as Províncias não realizem seu Capítulo no mesmo ano do Capítulo Geral, e considerando que o Ministro Geral, em carta de 19 de março, a pedido de Frei Fidêncio, abriu exceção permitindo que a Província da Imaculada realize o seu Capítulo a partir do dia 8 de dezembro de 2015, o Definitó-rio pré-agendou o Capítulo Provincial para os dias 8 a 17 de dezembro de 2015. A data será confirmada na reunião dos guardiães e coordenadores. Ainda quanto ao Capítulo, o Definitório começou a pensar em nomes para o serviço de Visitador Geral. Este deverá já ter feito o curso para Visitadores em Roma. Tal curso não será oferecido até o próximo Capítulo Geral.

23) Agenda 2014 – acréscimos e alteraçõesConfira na última página destas Comunica-ções.

24) Autorizações de viagemPor motivos diversos, receberam autorização para viajar ao Exterior: Frei Antônio Moser, Frei Conrado Lindmeier, Frei Ivo Müller, Frei James L. Girardi, Frei João Pereira Lopes e Frei Luiz Henrique Ferreira Aquino.

Frei Walter de Carvalho Júnior Secretário

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Em meio a uma crise ambien-tal do planeta, a Ordem Francis-cana convida a todos para celebrar dos 35 anos de nomeação de São Francisco de Assis como Patrono da Ecologia pelo Papa João Paulo II. No dia 29 de novembro de 1979, o Papa João Paulo II, que será ca-nonizado neste mês, dava o título merecidamente ao santo que ensi-nou como se deve respeitar e amar a Deus, à criação e às suas criaturas. Para dar início a esta comemora-ção, a Ordem dos Frades Menores, com sede em Roma, através do gru-po “Romans VI” (o grupo dos seis animadores gerais da Justiça, Paz e Integridade da Criação – JPIC- da Família Franciscana) lançou um site dando as orientações e oferecendo subsídios para celebrar esta data.

“Estamos muito contentes em anunciar a criação desta página, que está disponível na rede desde o Dia Mundial da Água, 22 de março. A data de lançamento nos recorda que nosso compromisso de trabalhar pela integridade da criação deve ser algo concreto e prático. Os recursos estão disponíveis em vários idio-mas e inclusive uma reflexão sobre a celebração, a declaração do Papa ao nomear São Francisco como Pa-trono da Ecologia, uma celebração eucarística, uma oração ecumênica, normas para uma celebração inter-religiosa, uma oração da Cruz Maia, algumas preces e um artigo sobre a espiritualidade franciscana”, expli-cam Joe Rozansky e Fabio L’ Amour, OFM.

Esta página pode ser acessada no endereço www.francis35.org e a Ordem lembra que a data para a co-memoração de São Francisco como Patrono da Ecologia é 29 de novem-bro deste ano. “Convidamos a todos os que podem preparar eventos, orações, encontros para comemorar este aniversário em datas e momen-tos oportunos, tanto em nível pesso-

PATRONO DA ECOLOGIAOrdem convida para celebrar o 35º aniversário da

nomeação de São Francisco de Assis

al como comunitário. Vocês devem, claro, incluir a Família Franciscana nos seus planos, mas também asse-gurar-se de convidar os leigos para, com eles, promover entre todas as pessoas um espírito de cuidado da criação, no espírito de Francisco. Onde for possível, se pode conside-rar de vincular esta celebração com a celebração do Espírito de Assis, que tem lugar a cada ano no dia 28 de outubro”, acrescentam Frei Joe e Frei Fábio, em carta no site da Or-dem dos Frades Menores.

Em nome da Ordem, pedem que compartilhem o mais ampla-mente possível este material. “Pedi-mos que nos enviem um breve artigo sobre qualquer celebração que reali-zarem na sua região, junto com fotos para serem publicadas. Que Deus os bendiga em seus trabalhos pelo cui-dado da criação, que é um presente que compartilhamos com todas as criaturas de Deus”, completam.

A crise ambiental segundo a ONUHá dois anos, na Rio+20, a

ONU divulgava um relatório para o Meio Ambiente (Pnuma) mos-trando que as emissões de gases de

efeito estufa podem dobrar nos próximos 50 anos, levando a um aumento na temperatura global de 3 graus Celsius ou mais até o final do século. Perdas na agricultura, danos de eventos climáticos extre-mos e os maiores custos de saúde vão reduzir o PIB global.

China, Índia e Coreia do Sul estão promovendo energia reno-vável e eficiência energética e con-cordaram com metas voluntárias de redução de emissões.

Mais de 600 milhões de pes-soas devem ficar sem acesso a água potável até 2015, enquanto mais de 2,5 bilhões de pessoas não terão acesso a saneamento básico. Des-de 2000, os reservatórios de água subterrânea se deterioraram ainda mais, enquanto o uso mundial de água triplicou nos últimos 50 anos.

O relatório identificou o Oeste da Ásia entre as regiões de maior preocupação com escassez de água e uso eficiente da água. Mesmo com a demanda por água crescendo, os recursos hídricos re-nováveis per capita na região irão diminuir em mais da metade até 2025, sugerindo que mais usinas de dessalinização que usam muita energia serão necessárias. A per-da anual de florestas caiu de 16 milhões de hectares na década de 1990 para cerca de 13 milhões de hectares entre 2000 e 2010. Euro-pa e América do Norte estão con-sumindo os recursos do planeta a níveis insustentáveis.

O consumo também aumen-tou na região da Ásia-Pacífico, que ultrapassou o restante do mundo para se tornar o maior usuário único dos recursos naturais. Um estudo separado da ONU desco-briu que o consumo de materiais na região mais que dobrou de 17,4 bilhões de toneladas em 1992 para mais de 37 bilhões de toneladas em 2008.

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GESTÃO DOS BENS ECLESIÁSTICOS

Ao Venerável IrmãoCardeal João Braz de Aviz Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica

Envio a minha cordial sau-dação para si e para todos os par-ticipantes no Simpósio Interna-cional sob o tema “A gestão dos bens eclesiásticos dos Institutos de Vida Consagrada e das Socie-dades de Vida Apostólica ao ser-viço do humanum e da missão da Igreja”. O nosso tempo é caracte-rizado por mudanças significati-vas e progressos em muitas áreas, com consequências importantes para a vida dos homens. Contu-do, apesar de terem reduzido a pobreza, as conquistas alcança-das muitas vezes contribuíram para construir uma economia de exclusão e da inequidade: “Hoje, tudo entra no jogo da competi-tividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco” (cf. Exort. Apost. Evangelii gaudium, 53). Diante da precarie-dade em que vive a maioria dos homens e das mulheres do nos-so tempo, bem como diante da fragilidade espiritual e moral de tantas pessoas, especialmente os jovens, como comunidade cris-tã sentimo-nos interpelados.Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de vida apostólica podem e devem ser sujeitos pro-tagonistas e activos na vivência e testemunho que o princípio de gratuidade e a lógica do dom en-contram o seu lugar na actividade económica. O carisma de funda-ção de cada Instituto está inscri-to integralmente nesta “lógica” no ser-dom, como consagrados,

dai o vosso verdadeiro contributo ao desenvolvimento económico, social e político. A fidelidade ao carisma de fundação e ao patrimó-nio espiritual consequente, junta-mente com as finalidades próprias de cada Instituto, permanecem o primeiro critério de avaliação da administração, gestão e de todas as intervenções feitas nos Institutos, em qualquer nível: “A natureza do carisma dirige as energias, susten-ta a fidelidade e orienta o trabalho apostólico de todos para a única missão “(Exort. Apost. postsin. Vita consecrata, 45).É necessário vigiar atentamente para que os bens dos Institutos sejam admi-nistrados com cautela e transpa-rência, sejam tutelados e preser-vados, combinando a prioritária dimensão carismático-espiritual com a dimensão económica e a eficiência, que tem o seu próprio humus na tradição administrati-va dos Institutos que não tolera desperdícios e está atenta ao bom uso dos recursos.Após o encerra-mento do Concílio Vaticano II, o Servo de Deus Paulo VI falava de “uma nova e autêntica mentalida-de cristã” e de um “novo estilo de vida eclesial”: “Observamos com atenção vigilante que, num perío-do como o nosso, todo ele absorvi-

do na conquista, na posse, no gozo dos bens económicos, se sente na opinião pública, dentro e fora da Igreja, o desejo, quase a necessida-de, de ver a pobreza do Evangelho e de querer reconhecê-la lá onde o evangelho é pregado, é representa-do”. (Audiência geral de 24 de Ju-nho 1970).

Quis recordar tal necessida-de também na Mensagem para a Quaresma deste ano. Os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica foram sempre voz profética e vibrante testemu-nho da novidade que é Cristo, de se conformar com Aquele que se fez pobre enriquecendo-nos com a sua pobreza. Esta pobreza amorosa é solidariedade, partilha e carida-de e exprime-se na sobriedade, na busca da justiça e na alegria do es-sencial, sempre avisados contra os ídolos materiais que obscurecem o verdadeiro significado da vida. Não serve uma pobreza teórica, mas a pobreza que se aprende to-cando a carne de Cristo pobre, nos humildes, nos pobres, nos doentes, nas crianças. Sede ainda hoje, para a Igreja e para o mundo, os postos avançados da atenção a todos os pobres e a todas as misérias, ma-teriais, morais e espirituais, com a superação de qualquer egoísmo na lógica do Evangelho que ensina a confiar na Providência de Deus.

Enquanto exprimo a minha gratidão à Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que promoveram e prepararam o Simpósio, espero que ele traga os resultados desejados. Invoco para isso a intercessão da Bem-Aven-turada Virgem Maria e a todos vos abençoo.

Do Vaticano, 8 de Março de 2014

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NOVO LIVRO DE ANTÔNIO MOSER

Onde se inspirar para salvar a Teologia Moral do descrédito em que se encon-tra? Qual a tarefa que cabe a ela? Qual a melhor pedago-gia para tirar o acento sobre os mandamentos e sinali-zar o caminho para a terra prometida?Segundo Dom Gregório Paixão, OSB, bispo diocesano de Petrópolis (RJ), inspirado no hábito de alegria e franciscanidade das atitudes do Papa Francisco, Frei An-tônio Moser descortina essa novidade, latina e universal, trazida pelo Papa advindo do “fim do mundo”, que nos aler-ta sobre as periferias existen-ciais e nos apresenta a alegria do seguimento de Jesus Cristo, cujo fardo é leve (Mt 11,30b).

“Frei Moser nos mostra que o ser humano con-tinua descobrindo e criando realidades novas, com uma mentalidade nova e linguagem plural. Não pou-cos cristãos reivindicam, mesmo que não percebam, o clamor de sua súplica: uma moral que aponte ca-minhos novos, cujo foco se concentre mais nas pos-sibilidades do que nos impedimentos, tirando do te-

Teologia MoralA busca dos

fundamentos e princípios para uma vida feliz

souro da fé coisas novas e velhas, suscitadas pela força do Espírito Santo. Desejamos, sim, vencer o rosto carrancudo, en-rugado e cadavérico de um proceder que mais condena do que susci-ta caminhos possíveis para encontrarmos o real sentido da vida, e a salvação”.Segundo o bis-po, a Igreja é vista por muitos como a “Igreja dos nãos”. “Agora, como bem nos ensina o Papa Francisco, precisamos fazer ressoar a ‘Igreja do Sim’”, acrescenta.

Para Dom Gregó-rio, o presente livro se torna leitura obriga-tória para aqueles que desejam conhecer e

perscrutar os novos caminhos da Teologia Moral, aqui liberta da índole marcadamente casuística, ra-cionalista e jurídica, lançando-a em novos empre-endimentos salvíficos no seio da humanidade, que precisa de sal e fermento de fé, esperança e amor para viver da plenitude de Cristo.Frei Antônio Mo-ser, diretor-presidente da Editora Vozes, obteve os graus de mestre e doutor na França e na Itália. É professor no Instituto Teológico Franciscano.

FALECIMENTOSRA. ELISA ILDEGART SCHMITT WIGGERS

Faleceu na manhã da quarta-feira, dia 02 de abril, às 10h30, a Senhora Elisa Ildegart Schmitt Wiggers, mãe de Frei Clésio Wiggers. O velório ocorre na Paróquia Santo Antônio, em Imbuia, SC, onde será celebrada missa nesta noite, às 20h. Amanhã, dia 03 de abril, às 10h, haverá missa de corpo presente na Paróquia Santo Estêvão, em Ituporanga. Logo após, o cortejo segue para o Cemitério da Comunidade Lageado Águas Negras, onde o corpo será sepultado. Senhora Elisa Wiggers tinha 80 anos e faleceu

em decorrência de um AVC isquêmico. Ela também sofria de diabetes e outras complicações. Deixa sete filhos, entre eles dois sacerdotes: Frei Clésio Wiggers, frade de nossa Província, e Padre Pedro Paulo Wiggers, da Diocese de Rio do Sul, SC, Pároco no Município de Imbuia. De acordo com Frei Clésio, Senhora Elisa era conhecida e estimada por diversos frades, especialmente pelos colegas de turma de seu filho e por aqueles que passaram por Ituporanga a trabalho.Unamo-nos em oração por Frei Clésio e por toda sua família, rendendo glórias a Deus por esta irmã que, a partir de hoje, O contempla face a face na eternidade.

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AGENDA 2014Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil

(*) As alterações e acréscimos estão sublinhados

MAIO 05 a 16 Tempo Forte do Definitório Geral;05 a 09 Retiro no Eremitério (Rodeio);06 e 07 Reunião do Conselho do Secretariado para a

Formação e os Estudos (S. Francisco – S. Paulo);13 e 14 Reunião do Conselho de Evangelização;15 Reunião do Conselho Gestor da Província (Sede

Provincial);18 Ordenação Diaconal de Frei Paulijacson Pessoa

de Moura (Blumenau - SC);19 Encontro do Regional de São Paulo (Pari);19 a 23 Retiro no Eremitério (Rodeio);

JUNHO 02 a 04 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);13 a 15 Encontro Vocacional em Ituporanga;16 Encontro do Regional de Pato Branco;20 a 22 Encontro Vocacional em Petrópolis;23 Encontro do Regional de Curitiba (Aldeia);23 Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba);30 Encontro do Regional do Espírito Santo

(Colatina);30 e 01 Encontro do Regional do Contestado;

JULHO04 a 06 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;07 e 08 Conselho do SAV (São Paulo - São Francisco);07 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;30 a 01 Assembleia Anual do Sefras;

AGOSTO11 a 15 Retiro e Reunião do Definitório Provincial (Rio

de Janeiro);18 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança

Paulista);25 Encontro do Regional de Curitiba (São

Boaventura);25 a 29 Reunião da CFMB (Cuiabá);

SETEMBRO 01 Encontro de Formadores (Ituporanga);01 Encontro do Regional de Agudos (Bauru);01 e 02 Encontro do Regional do Contestado;02 e 03 Reunião do Conselho do Secretariado para a

Formação e os Estudos (Rodeio);08 Encontro do Regional de Pato Branco;08 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;23 a 25 Capítulo das Esteiras (Agudos);

23 a 25 Jubileus (no Capítulo das Esteiras);

OUTUBRO 09 Reunião do Conselho Gestor da Província (Sede

Provincial);13 e 14 Encontro Provincial da Frente de Evangelização

da Comunicação (Rondinha);14 a 16 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);18 a 19 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Marcos Prado (São Lourenço - MG);20 a 24 Retiro no Eremitério (Rodeio);21 a 24 Curso de Franciscanismo (Rondinha);

NOVEMBRO 03 a 15 Tempo Forte do Definitório Geral;12 e 13 Encontro do Regional de Pato Branco

(recreativo);13 a 16 Encontro Vocacional em Guaratinguetá;14 a 16 Encontro dos Irmãos Leigos;20 a 23 Encontro Vocacional em Ituporanga;24 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo;24 a 28 Retiro no Eremitério (Rodeio);25 a 27 Reunião do Definitório Provincial (São Paulo);29 e 30 Ordenação Presbiteral e Primeira Missa de Frei

Paulijacson Pessoa de Moura (São Miguel - RN);

DEZEMBRO 01 Encontro do Regional do Espírito Santo

(Recreativo);01 Encontro do Regional de Curitiba (Recreativo -

Caiobá);01 Encontro do Regional de São Paulo (Recreativo -

Guarujá);01 e 02 Encontro do Regional do Contestado

(recreativo);15 a 19 Tempo Forte do Definitório Geral;

2015MAIO 10 a 07 Capítulo Geral (Assis).