comunicaÇÃo interna da fundaÇÃo oswaldo cruz · primeira edição fora do rio de janeiro. o...

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ Peter Ilicciev

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

Peter Ilicciev

2 | LINHA DIRETA

Para depois do trabalho

Por Edurado Muller

Programa de Prepa-ração para a Aposen-tadoria (PPA), desen-

volvido pela equipe do NúcleoAtenção Integral à Aposenta-doria da Coordenação de Saú-de do Trabalhador da Direto-ria de Recursos Humanos(Naia/CST/Direh), realizou suaprimeira edição fora do Riode Janeiro. O Centro de Pes-quisa Aggeu Magalhães(CPqAM/Fiocruz Pernambu-co) foi a unidade escolhidapara dar início ao processo deexpansão da iniciativa. Osmódulos do Programa acon-teceram no período de 5 a 9de maio e contaram com aparticipação de 13 servidores.

A equipe deslocou-se atéRecife e durante os cinco diaspromoveu palestras, dinâmicasde grupo e ações de sensibili-zação e orientação relativas ao

Oprocesso de transição para aaposentadoria. “Desde sua cri-ação, o Programa de Prepara-ção para Aposentadoria estáprojetado para inclusão das uni-dades regionais da Fiocruz”,explica a coordenadora do Pro-grama, Conceição Robaina.“Um breve mapeamento da si-tuação dos servidores nos apon-tou que as iniciativas teriamque ser particularizadas, sejapelo número de servidores emcondição de se aposentar, sejapelo tamanho da equipe localde saúde do trabalhador”.

Vida em versosO último dia do Programa

foi marcado por um clima deemoção e homenagens aos par-ticipantes. Versos em formatode cordel, gênero literário mui-to popular no nordeste brasilei-ro, foram preparados pela As-sessoria de Comunicação da

Programa de Preparação para Aposentadoria chega a servidores de Pernambuco

Sustentabilidade na Fiocruz Brasília

Direh, parceira da iniciativa. Osversos contavam a trajetóriaprofissional dos participantese ficaram em exposição nomezanino da Fiocruz Pernam-buco. Foi apresentado aindaum vídeo criado especialmen-te para o encerramento doPrograma com mensagens dopresidente da Fiocruz, PauloGadelha, do diretor de Recur-sos Humanos, Juliano Lima, edo diretor do CPqAM, SinvalPinto Brandão Filho.

Há previsão para que, em2015, o Programa chegue aoCentro de Pesquisa GonçaloMuniz (CPqGM), na Bahia. OCentro de Pesquisa Leônidas eMaria Deane (CPqLMD), naAmazônia, e o Centro de Pes-quisa René Rachou (CPqRR), emMinas Gerais, estão também en-tre as unidades que poderão re-ceber os módulos do PPA aindaem 2015, desde que identifica-da demanda suficiente.

Por Nayane Taniguchi eNathállia Gameiro

s vésperas doDia Mundial doMeio Ambien-te, comemora-

do em 5 de junho, a Di-retoria de Brasília (Di-reb/Fiocruz Brasília) lan-çou a Campanha de Sus-tentabilidade e Consu-mo Consciente. A incia-tiva tem como objetivoconscientizar os funcio-nários a adotarem hábi-tos sustentáveis na uti-lização dos recursos dainstituição como, por

À

Direb lança campanha de consumo consciente

exemplo, água, luz, energiaelétrica, ar-condicionado, te-lefone, papel e copos plásti-cos, a fim de evitar o des-perdício e consumo de for-ma inadequada.

Voltada para o públicointerno e externo – funcio-nários, alunos e professoresque circulam diariamentepelo prédio da Fiocruz Bra-sília -, a campanha terá aduração de 12 meses. Acada trimestre será aborda-do um tema, guiado por umdos quatro elementos da na-tureza: água, terra, ar efogo. Serão usadas váriasestratégias para garantir a

integração, mobilização e oengajamento dos trabalha-dores ao longo de toda aação. Uma delas, em refe-rência a super-herois, cria aLiga da Sustentabilidade.

O grupo, formado porquatro trabalhadores de di-ferentes áreas, será capa-citado por técnicos para per-correr periodicamente to-dos os setores e estimularas pessoas a adotarem prá-ticas sustentáveis. A partirdestas visitas, selos serãodispostos nas áreas, indi-cando de que forma têmsido a adesão dos trabalha-dores à causa. A apresen-

COMUNICAÇÃO INTERNADA FIOCRUZ JORNALLINHA DIRETA Nº 19MAIO/JUNHO 2014

Coordenação: Wagner deOliveira

Edição : Claudia Lima

Redação e Reportagem: Da-niela Savaget, Daniela Muzi,Eduardo Muller, Fernanda Mar-ques, Gustavo Mendelsohn deCarvalho, Leonardo Azevedo,Nathállia Gameiro, Nayane Ta-niguchi e Talita Barroco.

Revisão: Claudia Lima

Projeto gráfico e edição dearte: Rodrigo Carvalho

Fotografia: Gutemberg Brito,Peter Ilicciev e Rodrigo Mexas.

Impressão: Walprint Gráfica eEditora

Contato: [email protected]

tação da campanha foifeita pelo coordenadorda Assessoria de Co-municação (Ascom) daFiocruz Brasília, Wag-ner Vasconcelos. “Que-remos que as pessoasse apropriem das infor-mações e as incorpo-rem ao seu dia a dia,não só no trabalho,mas em suas vidas”,afirmou.

Veja o lançamento dovídeo da Campanha em

Foto: Ascom Fiocruz/PE

www.youtube.com/watch?v=GKSWRal30BE

LINHA DIRETA | 3

Por Daniela Savaget

Ambulatório SouzaAraújo, vinculado aoInstituto OswaldoCruz (IOC), acaba de

receber o Certificado de Acre-ditação Internacional por meiodo Consórcio Brasileiro deAcreditação (CBA), órgão liga-do à Joint Commission Interna-tional (JCI), maior e mais anti-ga comissão acreditadora dosEstados Unidos. Com o título,o ambulatório passa a ser re-conhecido como o primeirocentro brasileiro do país espe-cializado em hanseníase a atu-ar alinhado aos padrões de ex-celência internacional.

O anúncio foi feito duranteas comemorações do aniversá-rio de 114 anos da Fiocruz, rea-lizadas na última semana domês de maio. Na ocasião, achefe do Laboratório e do Am-bulatório de Hanseníase, Euze-nir Sarno, traçou um histórico dadoença no Brasil, destacandoque hoje o Ambulatório possui,de fato, o reconhecimento dasua posição de referência. “Issonos mostra que estamos no ca-minho certo”, afirmou.

Na Fundação, assim comoo Souza Araújo, diferentes uni-dades também são acredita-das, como o Centro de Estudosda Saúde do Trabalhador e Eco-logia Humana (CESTEH), da Es-cola Nacional de Saúde Públi-ca Sergio Arouca (Ensp), e o La-boratório de Filariose, do Cen-tro de Pesquisa Aggeu Maga-lhães (CPqAM/Fiocruz Pernam-buco). A acreditação é o reco-nhecimento formal, por um or-ganismo independente especi-alizado em normas técnicas,de que uma instituição atendea requisitos previamente defi-nidos e demonstra ser compe-tente para realizar suas ativida-des com segurança.

“O processo de acredita-ção se configura como uma ini-ciativa fundamental para a ele-

Ovação da qualidade dos servi-ços nas dimensões da gestãoe do atendimento direto aousuário. Os padrões definidospara a acreditação são harmo-nizados internacionalmente”,afirma o vice-presidente deAmbiente, Atenção e Promo-ção da Saúde da Fiocruz, Val-cler Rangel, que coordenou oprocesso de acreditação doSouza Araújo. “Com isso, osserviços passam a se adequaràs melhores práticas que visemà qualidade do cuidado e à se-gurança dos pacientes, crian-do um movimento permanen-te de manutenção desses pa-drões. Para a Fiocruz, a acre-ditação coloca a atenção àsaúde prestada em suas uni-dades como referência de qua-lidade para todos os serviçosno SUS”, completa.

Sistema deGestão daQualidade

A coordenadora da Qua-lidade da Fiocruz, Mirian Co-hen, explica que, para enten-der a importância do proces-so de certificação, é precisoconhecer a finalidade da Ges-tão da Qualidade. “Ela visaapoiar a organização rumo aoalcance de seus objetivos es-tratégicos. Para isso, é preci-so que a instituição se orga-nize de forma a aperfeiçoaros seus recursos, usar ao má-ximo as suas competênciasinternas, atualizar-se cons-tantemente e estar em con-dições de desenvolver práti-cas sustentáveis”, ressalta.“No dia a dia, organizamoso Sistema de Gestão da Qua-lidade para que a organiza-ção tenha sucesso nas suasmetas, cumprindo sua missãoinstitucional”, completa.

Nesse cenário, a organiza-ção emprega um conjunto de

Por que acreditar?

metodologias e técni-cas que garantem osrequisitos de qualida-de para o desenvol-vimento de seus pro-cessos de trabalho. Ainstituição pode, en-tão, se dispor a parti-cipar de processosque busquem eviden-ciar a qualidade in-trínseca de seus ser-viços. Tal movimen-to pode se dar demaneira voluntária,com foco na sus-tentabilidade, ou deforma compulsória,uma vez que exis-tem questões que,pela própria nature-za, exigem a manu-tenção de padrõesde qualidade.

“Alguns proces-sos, como os produ-tivos, são obrigatóri-os. Para tanto, a ins-tituição precisa estarcertificada por orga-nismos determina-dos pela organizaçãobrasileira. O principaldeles, no Brasil, é aAgência Nacionalde Vigilância Sanitá-ria (Anvisa)”, afirmaMirian. Hoje, estáem processo de acre-ditação o Núcleo deSaúde do Trabalha-dor (Nust/CST/Di-reh). O Sistema deGestão da Qualidadeda Vice-Presidênciade Pesquisa e Labo-ratórios de Referên-cia (VPPLR) possui ocertificado NBR ISO9001:2008, pela Bri-tish Standards Institu-tion (BSI) – que noBrasil é acreditadapelo Instituto Nacio-nal de Metrologia,Qualidade e Tecno-logia (Inmetro).

Fundação busca evidenciar a qualidadede seus processos e serviços

4 | LINHA DIRETA

Por Leonardo Azevedo

Fiocruz deu maisum passo importan-te no caminho dademocratização da

informação, tornando dispo-nível de forma fácil, públicae sem custo o conteúdo inte-gral de suas publicações etodo o conhecimento produ-zido na instituição. Com apublicação da Política deAcesso Aberto ao Conheci-

mento, em março, a Fun-dação se alinha a di-

retrizes e expe-riências in-

Aternacionais e ao Movimen-to para o Acesso ao Conhe-cimento, com a ideia de in-formação científica comoconceito de cidadania e decomunicação pública da ciên-cia como valor fundamental.

“A Política reflete a ca-pacidade da instituição decompreender as diversas di-mensões da cidadania plenae de se colocar como prota-gonista no campo da saúdepública no país”, ressalta opresidente Paulo Gadelha. “Épreciso que as instituições seadequem a novas formas depensar a apropriação e pro-dução coletiva nos campos dainformação e comunicaçãona sociedade moderna”, diz.

A adoção da Política éum compromisso da Fio-

cruz com a socieda-de, uma vez que

Aprovada em março pelo Conse-lho Deliberativo (CD), a Política é re-sultado de um processo iniciado emoutubro de 2010, quando foi consi-derada como prioridade pelo 6º Con-gresso Interno da Fiocruz. Um anodepois, a Escola de Saúde PúblicaSergio Arouca (Ensp) aderiu ao Mo-vimento Internacional de Acesso Li-vre ao Conhecimento e o Institutode Comunicação e Informação Cien-tífica em Saúde (Icict) lançou o Re-positório Institucional Arca. A par-tir daí, o Conselho Deliberativo apro-vou os princípios norteadores daPolítica e a criação de um Grupo Téc-nico com o objetivo de aprofundartais princípios. Fóruns, discussões eeventos sobre o assunto foram rea-lizados. Uma consulta pública reu-niu colaborações ao documento ela-borado por um Grupo de Trabalhocomposto por profissionais de diver-sas áreas da Fundação.

BVSAs Bibliotecas Virtuais em Saúde (BVS) são uma iniciati-

va do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciên-cias da Saúde (Bireme/Opas) e do Ministério da Saúde para amplia-ção à informação em saúde. Coordenada pelo Icict, a BVS Fiocruzintegra diferentes acervos temáticos, como doenças infecciosas e pa-rasitárias, aleitamento materno e saúde pública, e tem o objetivo dedifundir a informação científica e tecnológica em saúde. A páginada BVS é www.bvsfiocruz.fiocruz.br

SciELO LivrosA Editora Fiocruz integra o projeto que oferece dezenas de títu-

los em formato eletrônico (PDF e Epub). O objetivo é maximizar avisibilidade, a acessibilidade, o uso e o impacto dos livros acadêmicosbrasileiros. O Portal SciELO Livros já conta com seis editoras e maisde 300 livros on-line, cerca de 250 deles em acesso livre e os outrosem acesso controlado, disponíveis para aquisição em formato ele-trônico por preços reduzidos.

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a sua produção intelectual,em todas as áreas do conhe-cimento, está disponível paratodos os usuários e não res-trita apenas para a comuni-dade acadêmica. O usuáriotem acesso de qualquer lu-gar, em qualquer dia e horá-rio, sem a necessidade de as-sinaturas de revistas ou peri-ódicos. Assim, a pesquisa deum profissional da Fundaçãopode servir de referência tan-to para um estudante na pe-quena Serra da Saudade(MG), menor município do Bra-sil, com aproximadamente 825habitantes, quanto para umpesquisador em Garissa, cida-de com 67 mil habitantes nonordeste do Quênia.

Para o pesquisador, émuito importante saber sesua pesquisa está tendo im-pacto, contribuindo para oavanço da pesquisa no seucampo de atuação. O aces-so aberto a qualquer leitorpermite um aumento nos in-dicadores de impacto do con-teúdo intelectual produzidopela instituição, com a cita-ção de estudo ou pesquisaem trabalhos de cientis-tas de outras institui-ções. Essa questãoestá diretamen-

te ligada à redução da pos-sibilidade de plágio, uma vezque os trabalhos estão “linka-dos” com os seus autores,identificados por um endere-ço eletrônico simples e per-sistente. Segundo estudo di-vulgado em 2004 (Brody eHarnard), artigos disponíveislivremente recebem entre2,5 e 5,8 mais citações queartigos off-line.

Os trabalhos estão arma-zenados no Repositório Ins-titucional Arca, do Institutode Comunicação e Informa-ção Científica em Saúde(Icict). É um ambiente segu-ro, que garante a preserva-ção da memória institucionale tem impacto direto no pla-nejamento e gestão da pes-quisa na Fiocruz. O acessoaberto também apre-senta vertente nocampo da trans-

parência, como forma deprestar contas dos recursosempregados na pesquisa,oriundos majoritariamentede recursos públicos. “A Po-lítica está alinhada com avisão de transparência nagestão e nas instituições depesquisa, garantidas as sal-vaguardas em questões desoberania nacional e de pro-dução do conhecimento di-recionado para a inovação”,ressalta a vice-presidente deEnsino, Informação eComunicação, NísiaTrindade Lima.

O que antes era um atovoluntário e nem sempre sis-temático passa a ser um com-promisso da instituição e decada um de seus pesquisado-res, possibilitando o acessoaberto à comunidade cientí-fica e a quem mais possa inte-ressar, explica Nísia. “Ganhaa sociedade, que temacesso à infor-

mação; o próprio produtor doconhecimento, que tem assim,entre outros pontos, um direi-to ao resultado e preservaçãodo seu trabalho. Enfim, ganhaa instituição, ganha o autor,ganha a sociedade”, enfatiza.

No Portal doAcesso Aberto, ousuário encontrauma série de in-formações sobre aPolítica, além detemas como direi-to autorial, repo-sitórios institucio-nais, integridadeda pesquisa na Fi-ocruz, glossário ebenefícios do aces-so aberto e per-guntas frequen-tes, como a ques-tão relacionada àpreservação e inte-gralidade da pes-quisa em relação adados sigilosos ouque podem se tor-nar patentes. A pá-gina foi desenvol-vida pela Vice-Pre-sidência de Ensino,Informação e Co-municação (VPEIC)e a equipe do Por-tal Fiocruz (Icict), econtou com a cola-boração da Coorde-nadoria de Comuni-cação Social (CCS).O endereço é http://portal.fiocruz.br/acessoaberto.

Toda produção intelectual da Fundaçãoestá disponível no Repositório Institucional Arca(www.arca.fiocruz.br), administrado pelo Insti-tuto de Comunicação e Informação Científica eTecnológica em Saúde (Icict). Na página é possí-vel acessar o conteúdo por assunto de interes-se, autor ou unidade da Fiocruz. Além do Por-tuguês, a página está disponível em três línguas:espanhol, inglês e francês.

O Arca é uma plataforma tecnológica queconjuga base de dados web e serviços de in-formação. Com o repositório, artigos científi-cos, teses e dissertações, relatórios técnicos,vídeos e todo um conjunto de conteúdos di-gitais originários da pesquisa, do ensino e dodesenvolvimento tecnológico da Fiocruz ga-nham mais visibilidade.

Atualmente está em tramitaçãono Senado o Projeto de Lei 387/2011, do senador Rodrigo Rollem-berg (PSDB-DF), que propõe que odesenvolvimento e implantação derepositórios institucionais seja obri-gatório para as universidades e ins-titutos de pesquisa.

Apesar de ainda não ter uma leique trate do assunto, o Brasil tem ob-tido destaque quando se trata deacesso aberto. Estudo encomendadopela Comissão Europeia mostra quequase 50% dos artigos publicadosentre 2004 e 2011 nos países do blo-co, Estados Unidos, Canadá, Japão eBrasil encontram-se disponíveis emacesso aberto na Internet. O Brasil li-dera o ranking com 63% dos artigosem acesso aberto.

Quando se fala do impacto dapesquisa acadêmica produzida emcada instituição, a Fundação se des-taca no país. Pesquisa da Universi-dade de Leiden (Holanda) apontoua Fiocruz como o melhor institutode pesquisa no Brasil em termos dequalidade de produção científica. Oresultado foi apresentado no IV En-contro Brasileiro de Bibliometria eCienciometria (EBBC), que ocorreuem maio, na Universidade Federal dePernambuco (UFPE).

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Por Gustavo Mendelsohnde Carvalho

ntegração é um ele-mento essencial e in-dispensável nas ativi-dades da Diretoria de

Planejamento (Diplan). Sem acolaboração estreita das unida-des e demais instâncias da Fio-cruz, não seria possível, porexemplo, coordenar o processode planejamento e de constru-ção da proposta orçamentáriaanual da instituição.Tampoucopoderia ser elaborado o Relató-rio de Gestão (que pode ser con-sultado no Portal na Intranet Fi-ocruz), instrumento de presta-ção de contas ao governo fede-ral e à sociedade, que a cadaano implica num amplo esforçocoletivo. No momento, alémdesses processos permanentes,novos projetos reforçam a bus-ca pela integração do planeja-mento com outras unidades esetores. Confira a seguir algunsdesses projetos.

Modelo GerencialContábil

Quais serviços e gastos emmateriais de consumo tiverammais impacto no aumento dasdespesas? Como monitorar asdespesas da Fiocruz? Para res-ponder questões como essas, aDiplan - com o apoio da Direto-ria de Administração (Dirad) eacompanhamento direto daVice-Presidência de Gestão eDesenvolvimento Institucional(VPGDI) - está elaborando ummodelo gerencial contábil. Tra-ta-se de um sistema de padro-nização dos registros contábeise monitoramento de despesas,para qualificar o processo geren-cial e fornecer informações ade-quadas para a prestação de con-tas e tomada de decisão.

O projeto visa desenvolvero Plano Interno da Fiocruz, ten-do como base conceitos do Sis-tema Integrado de Administra-

ção Financeira (Siafi) e mode-los de outras instituições públi-cas, de modo a compatibilizarplanejamento, programação or-çamentária e execução, facili-tando o monitoramento físico-financeiro do orçamento. Issosignifica aperfeiçoar o acompa-nhamento das ações constan-tes na Lei Orçamentária Anual(LOA) e das despesas executa-das com recursos extra orça-mentários. O êxito do projetodepende de uma boa definiçãodas áreas de negócio e do ma-peamento das operações eprincipais despesas das unida-des, com sua classificação de-talhada no Plano Interno. Aexpectativa é que este patamarseja alcançado até 2016.

ReestruturaçãoOutro resultado do traba-

lho integrado foi a unificaçãodo processo de cooperação téc-nica com a transferência, no fimde abril, da Seção de Presta-ção de Contas de Convênios(SPCC), até então vinculada àDirad, para a Coordenação deConvênios (CConv), da Diplan.A decisão tem como objetivodar maior fluidez e evitar a frag-mentação dos processos deacompanhamento dos projetosde cooperação técnica da Fio-cruz com outras entidades na-cionais, públicas ou privadas.

Até então, as atividades deanálise, formalização e celebra-ção de acordos e convênios vi-nham sendo realizadas pelaCConv e a prestação de contas,pela SPCC. Esta separação for-mal dos processos de trabalho edas competências dificultava atroca de informações e saberes.A mudança faz parte do proces-so de reestruturação, cujo obje-tivo é aprimorar processos e com-petências, para que os projetosde cooperação técnica nacionalsejam executados de forma maisefetiva e eficaz, trazendo maisqualidade no atendimento àsunidades e parceiros.

Integração é a chaveConstrução das propostas orçamentárias emparceria é meta do Planejamento

Avaliação deDesempenhoe EscolaCorporativa

A introdução de uma cultu-ra de avaliação na Fiocruz é umdesafio, que tem na integraçãoum ponto forte. Nesse sentido,a corresponsabilidade sobre aAvaliação de Desempenho Ins-titucional é, talvez, o exemplomais consolidado dotrabalho integrado en-tre a Diplan e a Dire-toria de Recursos Hu-manos (Direh), quecoordenam, res-pectivamente, oscomponentes institucionale individual.

Outro exemplo é o pro-jeto da Escola Corpora-tiva Fiocruz, coorde-nado pela Direh,no qual a Diplancolabora diretamenteno desenvolvimento doPlano de Capacitação daÁrea de Planejamento. Des-taque recente neste campo foi oCurso de Capacitação em Pla-nejamento e Gestão Estratégica,que recebeu alunos de todas uni-dades da Fiocruz e contou como apoio do Serviço de Capacita-ção da Direh. A Diplan tambémparticipa da Capacitação emGestão de Projetos, ação associ-ada ao Serviço de Soluções Edu-cacionais, que está em fase deelaboração do termo de referên-cia e definição de metodologiae tecnologia adequadas.

PDTI ePlanejamentoInstitucional

A Diplan e a Coordena-ção Geral de Tecnologia daInformação (CGTI) estão tra-balhando em conjunto para

que haja maior integraçãoentre o planejamento institu-cional mais amplo e o plane-jamento específico na áreade Tecnologia da Informação.Além de encontros sistemá-ticos entre as equipes, foi re-alizada, em meados de abriluma oficina com a participa-ção das áreas de TI e de pla-nejamento das diversas uni-dades da Fiocruz. Tem sidomuito estimulado o trabalhoconjunto das equipes para aconstrução do Plano Diretorde Tecnologia da Informaçãoda Fiocruz. O que se esperaé que, em setembro desteano, quando começa o pro-

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cesso deplanejamentodas unidadespara 2015, jáseja possívelum maior ali-nhamento. Paratanto, está sendofeita uma adaptação no Sis-tema de Apoio à Gestão Es-tratégica (Sage), com a cola-boração da CGTI. Além disso,as duas áreas estão empenha-das em alcançar o alinhamen-to pretendido, com base noPlano Estratégico de Tecnolo-gia da Informação (PETI 2014/2015), disponível também des-de abril.

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As imagens que fazem parte da ex-posição e outras dos arquivos de ne-gativos de vidro do IOC estão dispo-níveis na base Arch (repositório deinformações sobre o acervo arquivís-tico permanente da Fiocruz). A pes-quisa pode ser realizada pelo sitehttp:/ /arch.coc.fiocruz.br/ .Além dessas imagens, a base reúnedocumentos institucionais e pessoais,dos gêneros textual, iconográfico, car-tográfico, sonoro e filmográfico, queabrangem o período de 1803 até osdias atuais, referentes à história da Fi-ocruz e da saúde pública. Outras in-formações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].

Por Daniela Savaget

omo integrante doConselho de Gestãodo Patrimônio Gené-tico (CGEN), a Fio-

cruz tem subsidiado discussõesimportantes quanto à necessi-dade de esclarecimentos sobrea legislação de acesso ao pa-trimônio genético no país, ouseja, para uso da biodiversida-de nativa. É o caso recente daproposta de orientação técnicaencaminhada ao CGEN peloMinistério de Ciência, Tecnolo-gia e Inovação (MCTI) a partirde questionamentos de pesqui-sadores da Fiocruz, consideran-do a necessidade de se escla-recer a aplicabilidade da legis-lação vigente para a busca deinformações de origem genéti-ca disponíveis em bancos dedados de domínio público.

A representante no CGENda Fundação, a assessora daVice-Presidência de Pesquisa eLaboratórios de Referência Ma-nuela da Silva, explica que asdiscussões tiveram início a par-tir de dúvidas de pesquisadoresapresentadas em semináriosrealizados na instituição sobre atemática. “Para os pesquisado-res não estava claro se a con-sulta e uso de informações ge-néticas em bancos de dados dedomínio público também se su-jeitava à autorização de acessoao patrimônio genético”, expli-ca Manuela. “Foi quando levei,em nome da Fiocruz, tal questi-onamento ao CGEN”, ressalta.

Manuela lembra que depoisde extensas discussões e deba-tes chegou-se a duas propostas.“A orientação técnica que nósdiscutimos com vários outros con-selheiros, redigida pelo MCTI,

defendia que a pesquisa de in-formações de origem genéticadisponíveis em bancos de dadosnacionais e internacionais dedomínio público não se sujeita àprévia autorização de acesso aopatrimônio genético. A segunda,uma resolução, visava à neces-sidade de um cadastro de pes-quisadores para o acesso a estasinformações”, afirma.

VotaçãoEm maio deste ano, com

15 votos a favor de um total de17, foi deliberado que a leitu-ra, consulta, comparação, ave-riguação, inquirição e extração(incluindo outras atividades re-alizadas por simulação porcomputador) de informações deorigem genética disponíveis embancos de dados nacionais einternacionais de domínio pú-blico não se sujeita à autoriza-ção de acesso ao patrimôniogenético. Entretanto, caso hajaposterior acesso à amostra decomponente do patrimônio ge-nético relacionado à informa-ção obtida do banco de dados,será necessária a autorização.

A orientação técnica ain-da não foi publicada, mas a de-liberação sobre a sua publica-ção consta em ata da reuniãodo CGEN realizada no mês demaio de 2014.

Outrasiniciativas

Esta é apenas uma dascontribuições da Fiocruz para omelhor entendimento da legis-lação de acesso ao patrimôniogenético, com base em questi-onamentos da comunidade ci-

entífica, incluindo pesquisadoresda instituição. Em março desteano, o CGEN editou a últimaorientação técnica que esclare-ce que a utilização de parasi-tas, pragas e vetores de doen-ças como alvo de teste das pro-priedades de componentes quí-micos, sintéticos ou naturais,não configura acesso ao patri-mônio genético destes organis-mos para as finalidades da Me-dida Provisória nº 2.186-16, de23 de agosto de 2001, desdeque não envolva isolamento, ca-racterização ou identificação demoléculas ou substâncias prove-nientes destes organismos.

É possível citar ainda outroesclarecimento realizado peloCGEN, exposto no boletim infor-mativo de setembro de 2013. Oesclarecimento foi resultado dequestionamentos de microbiolo-gistas de várias instituições, en-tre as quais a Fiocruz, e levadoao Conselho pela Sociedade Bra-sileira de Microbiologia. O docu-mento explica em que etapadevem ser realizados os depósi-tos de subamostra nos casos deacesso ao patrimônio genéticoque envolvam micro-organismos.

Manuela esclarece que aspesquisas científicas que te-nham como objetivo a seleçãode micro-organismos, ou, ainda,de clones metagenômicos*,com base em um potencial bio-tecnológico, geralmente come-çam com centenas ou milharesde isolados ou clones. Sendoassim, havia dúvidas se serianecessário o depósito em insti-tuição fiel depositária de todosos isolados ou clones, ou apenasdaqueles que foram seleciona-dos e, portanto, foram devida-mente caracterizados. Assim, oboletim informativo torna clara

a visão de que apenas os micro-organismos e clones seleciona-dos devem ser depositados.

LegislaçãoOs pesquisadores da Fiocruz

e outros interessados na temá-tica podem ter mais informaçõessobre Acesso ao PatrimônioGenético no Portal Fiocruz(www.fiocruz.br). É importanteque todos da Fundação que re-alizam pesquisas com a biodi-versidade conheçam a legisla-ção e que estejam em confor-midade com ela. No caso depesquisas envolvendo acesso aoPatrimônio Genético, a Vice-Pre-sidência de Pesquisa e Labora-tórios de Referência, como açãoestratégica, recomendada quese use a Plataforma Carlos Cha-gas para estas solicitações, se-guindo as orientações disponí-veis no Portal. Se as dúvidaspersistirem, os pesquisadoresdevem entrar em contato comos Núcleos de Inovação Tecno-lógica (NITs) de suas unidades.

Acessar componente dopatrimônio genético e conheci-mento tradicional associado,

C

Patrimônio Genético:Fiocruz contribui comorientações técnicasNormas do CGEN resultam de demandas equestionamentos de pesquisadores da Fundação

bem como remeter amostrapara o exterior sem autorizaçãodo órgão competente ou em de-sacordo com a obtida são infra-ções. Também está em desa-cordo com a legislação deixarde repartir os benefícios resul-tantes da exploração econômi-ca de produto ou processo de-senvolvido a partir do acesso eprestar falsa informação relaci-onada ao acesso. As infraçõespodem ser punidas com adver-tência, multa e até perda ou sus-pensão da participação em li-nha de financiamento.

*Metagenômica é a análisegenômica de organismos e tempapel fundamental na análise dogenoma de comunidades de mi-cro-organismos de um determina-do ambiente por técnicas indepen-dentes de cultivo. Fornece a infor-mação da capacidade metabólicae funcional da comunidade micro-biana e perfis evolutivos de fun-ção e estrutura das comunidades.

Outras informaçõessobre o CGEN podem seracessadas no site do Mi-nistério do Meio Ambien-te (www.mma.gov.br).

Foto: Rodrigo Mexas

Foto: PeterIlicciev

Por Daniela Muzi

m sintonia com aPolítica de AcessoAberto ao Conheci-

mento da instituição, a Video-Saúde Distribuidora da Fiocruzdecidiu fortalecer o canal decomunicação pela Internet. OCanal da VideoSaúde no You-tube disponibilizava, majorita-riamente, trailers de suas pro-duções, orientando os usuári-os a solicitar gratuitamente àDistribuidora cópias em DVDcom o conteúdo integral dosvídeos. Com a reformulação,passa a disponibilizar conteú-

Acervo disponível VídeoSaúde amplia acesso à sua produçãodos integrais de obras como osdocumentários SUS 25 anos(2014), Democracia Fiocruz(2014), Paracoco: endemia bra-sileira (2013) e a série de víde-os produzidos em parceria coma Secretaria de Vigilância Sa-nitária (2010).

O programa VideoSaúde,atualmente exibido no CanalUniversitário do Rio de Janeiro(UTV) e em outras seis emisso-ras brasileiras – Canal Saúde,NBR, Canal Minas Saúde, TVFloripa, TV Feevale e TV UFPR– também será disponibilizadono canal da distribuidora no You-tube. O programa exibe os ví-

deos do acervo da instituição,que reúne mais de oito mil títu-los em saúde pública, realiza-dos por sindicatos, ONGs, pro-dutoras, televisões, instituiçõesde saúde e pela própria Fiocruz,e conta com a autorização damaioria dos seus colaboradores.

O acesso aberto aos con-teúdos na internet não exclui-rá a possibilidade de solicita-ção de cópias gratuitas à Vi-deoSaúde, já que o intuito éampliar o acesso da populaçãoàs produções audiovisuais emsaúde disponíveis no acervo daDistribuidora e contribuir parao fortalecimento do SUS.

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Para saber mais:Canal da VideoSaúde no Youtube: https://www.youtube.com/videosaudefio