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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Compromisso com a qualidade COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ Projeto reúne crianças no Campus Mata Atlântica Fundação recebe certificação do GesPública PÁG. 8 Parceria recupera memória do câncer Novos servidores participam de curso PÁG. 4 PÁG. 6 PÁG. 3

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Compromissocom aqualidade

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

Projeto reúne crianças noCampus Mata Atlântica

Fundação recebecertificação do GesPública

PÁG. 8

Parceria recuperamemória do câncer

Novos servidoresparticipam de curso

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2 | LINHA DIRETA

COMUNICAÇÃO INTERNA DA FIOCRUZJORNAL LINHA DIRETA Nº 6 - DEZEMBRO/2011Coordenadoria de Comunicação Social (CCS)

Coordenação - Wagner de OliveiraEdição - Claudia Lima e Wagner de Oliveira

Redação e reportagem - Claudia Lima, Glauber Queiroz,Leonardo Azevedo, Mara Figueira

Revisão - Ricardo ValverdeProjeto gráfico e edição de arte - Guto Mesquita

Fotografia - Peter Ilicciev e Arquivo CCSSugestões de matéria: [email protected]

Peter Ilicciev

A Fiocruz recebeu 26 vo-lumes de obras raras repatri-adas, entre livros e estampas,que foram apreendidas naaduana da Argentina. O pro-

Exames periódicosInicialmente previstos para

serem retomados em setembro,os exames médicos periódicosdos servidores da Fundação ti-veram seu início alterado parao fim de novembro. A mudan-ça ocorreu em virtude da ne-cessidade de ajustes internos epor conta de um impasse no sis-tema Siape – Saúde, do gover-no federal, onde as informaçõesreferentes à saúde ocupacionaldos servidores deveriam ficar ar-mazenadas. O entrave aindanão foi superado. Contudo,para não atrasar mais o crono-grama, os exames foram inici-ados sem o uso do sistema, mascom a perspectiva de uma so-lução breve para que o mesmopossa ser utilizado.

A ação vem atendendo pri-meiramente aos servidores doCentro de Criação de Animaisde Laboratório (Cecal) e daCoordenação de Saúde do Tra-balhador (CST/Direh). A CSTatua como membro executivodo Programa Fiocruz Saudávele coordena a ação. É atribui-ção dos serviços de recursoshumanos de cada unidadeonde a ação estiver sendo rea-lizada fazer contato com os ser-vidores, informando sobre suaparticipação no periódico. O se-tor entrega uma carta com asdevidas orientações e requisi-ção de exames, que devem serfeitos em uma rede de labora-tórios específica, conveniadacom o FioSaúde. Haverá pos-tos de coleta na própria Fiocruz,em Manguinhos.

Uma das principais novi-dades desse novo processo éque a metodologia adotada écapaz de evidenciar relaçõesexistentes entre saúde e tra-balho. Quando aprovado, ocronograma de exames 2012será amplamente divulgado.

Fundação integraconsórcio mundialWIPO Re:Search

A Fiocruz passou a integraro consórcio mundial WIPORe:Search, que visa asseguraro acesso em escala global amedicamentos para doençasnegligenciadas. Lançado em26/10 pela Organização Mun-dial de Propriedade Intelectu-al (Ompi) em Genebra, oconsórcio une instituições depesquisa, universidades e a in-dústria farmacêutica transna-cional por intermédio de umaplataforma público-privada aser gerenciada pela própriaOMPI e pela BIO Ventures forGlobal Health (BVGH) – or-ganização sem fins lucrati-vos cuja missão é acelerar odesenvolvimento de novosmedicamentos, vacinas e di-agnósticos da indústria bio-tecnológica, a fim de atenderas necessidades dos paísesem desenvolvimento. Na prá-tica, o consórcio pode elimi-nar patentes ou outras formasde proteção de medicamen-tos voltados para o combatea doenças negligenciadas,facilitando o acesso ao tra-tamento para malária ou tu-berculose, por exemplo.

ConselhoSuperior da Fiocruztoma posse

A Fiocruz já tem seu Con-selho Superior, órgão que terácomo missão exercer, emnome da sociedade civil, ocontrole social da instituição.O Conselho começa suas ati-vidades com 20 integrantesindicados pela Fundação eque tiveram a aprovação doministro da Saúde, AlexandrePadilha. Para o presidente daFundação, Paulo Gadelha, ainstalação do Conselho Supe-rior renova a tradição da ins-tituição de estar em sintoniacom os anseios e necessida-des da população brasileira,o que ocorre desde a sua cri-ação, em 1900. “Desde o nas-cedouro a Fiocruz pensou oBrasil, a construção do Esta-do nacional, a identidade bra-sileira, o desenvolvimento dopaís e em como resolver osproblemas de saúde da popu-lação”, afirmou.

De acordo com o decre-to número 4.725 da Presi-dência da República, queaprovou o Estatuto da Fio-cruz, o Conselho Superior éum órgão de controle socialcomposto por representantesda sociedade civil. Ao con-selho compete, entre outrasfunções, apreciar o Plano deDesenvolvimento Estratégi-co e de Objetivos e Metas,proposto pelo Conselho De-liberativo da Fundação; su-gerir modificações àqueleconselho e emitir parecer fi-nal ao Ministério da Saúde;e recomendar a adoção dasprovidências que julgar con-venientes, com vistas à ade-quação das atividades daFiocruz para a consecuçãodos seus objetivos.

Projetos premiadosA Fiocruz recebeu a nota

máxima do Programa Nacio-nal de Eficiência Energéticaem Edificações (Procel Edifica)pelo projeto de construção doCentro de Documentação eHistória da Saúde (CDHS),concebido para abrigar o mai-or e mais expressivo conjuntodocumental sobre a saúde dopaís desde o fim do século 19.O projeto, coordenado peloServiço de Infraestrutura daCasa de Oswaldo Cruz, foi ela-borado pelos arquitetos Cristi-ane Cabreira e AlexandrePessoa, ex-colaboradores daunidade. O trabalho obteve oselo Procel, desenvolvido econcedido pelo Programa Na-cional de Conservação deEnergia Elétrica, sob a coorde-

nação do Ministério de Minase Energia e da Eletrobras.

Em outra avaliação, o pré-dio da Diretoria Regional de Bra-sília (foto) foi escolhido por umjúri popular como o melhor pro-jeto na categoria edifícios insti-tucionais – educação, no 4ºconcurso O melhor da arquite-tura promovido pela revistaArquitetura e Construção, daeditora Abril. Foram 48,4% dosvotos, via internet. O projetoresultou de um trabalho dearquitetos da Dirac-FiocruzBeatriz Naomi Onishi e MárcioMagalhães das Neves - e doCentro de Planejamento OscarNiemeyer (Ceplan) da Univer-sidade de Brasília (UnB) – Al-berto de Faria, Fátima Pires eFabiana Couto.

Obras raras recuperadascesso de repatriação come-çou em 2007, por iniciativada Procuradoria da Funda-ção, e contou a participaçãodo Departamento de Recupe-

ração de Ativos e Coopera-ção Jurídica Internacional,órgão vinculado ao Ministé-rio da Justiça e da Delegaciade Polícia Federal de Foz doIguaçu, da SuperintendênciaRegional do Paraná.

As obras haviam sido fur-tadas da Seção de Obras Ra-ras A. Overmeer da Bibliotecade Ciências Biomédicas doInstituto de Comunicação eInformação Científica e Tec-nológica em Saúde (Icict). Oacervo remonta ao século 16e reúne 40 mil exemplares.O conjunto das obras rarasrepatriadas representa docu-mentos de valor patrimoni-al , histórico e científ icoinestimáveis para a comuni-dade científica nacional. Sãoobras ricamente ilustradasque, em sua maioria, permi-tem explorar a biodiversida-de e o meio ambiente.

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Por Mara Figueira

ais de 2,5 mil quilô-metros separam oMaranhão do Rio de

Janeiro. Mas essa distâncianão foi obstáculo para Glau-cia Barbosa, a mais nova ana-lista de gestão em saúdepública da Fiocruz no perfilgestão do trabalho. Ao seraprovada no concurso reali-zado pela Fundação em2010, ela decidiu trocar suaterra natal pela Cidade Ma-ravilhosa, aonde chega commuitas expectativas. “A Fio-cruz oferece oportunidades decrescimento, tem várias unida-des no país e valoriza muito aformação”, diz, explicandopor que decidiu prestar con-curso para a instituição. “Ago-ra espero ficar bem instalada,gostar do trabalho e me de-senvolver tanto pessoal quan-to profissionalmente”.

Desenvolvimento que jácomeçou não só para Glaucia,mas para pouco mais de cemnovos analistas de gestão emsaúde pública que vão atuar

nas unidadesda Fiocruz noRio de Janeiro.Em 16 de no-vembro, eles ini-ciaram o curso deespecialização emgestão de organi-zações de ciência etecnologia em saúde comoparte das atividades de inte-gração à Fundação. Na aber-tura do curso – que prossegueaté junho de 2012 e será co-ordenado pela Escola Nacio-nal de Saúde Pública SergioArouca (Ensp) –, o vice-presi-dente de Gestão e Desenvol-vimento Institucional daFiocruz, Pedro Barbosa, expli-cou que a entrada dos novosservidores será feita aos pou-cos. “A ideia é permitir umainteração o mais sistemáticacom a Fiocruz, de forma que,em cada espaço que traba-lhem, estejam compreenden-do a razão do todo”, afirmou.

A iniciativa,pioneira na Fiocruz, represen-ta uma mudança na culturada gestão institucional. Segun-do o diretor de recursos Hu-manos da Fundação, Julianode Carvalho Lima, há umapreocupação especial comessa área devido à compreen-são da comunidade Fiocruzsobre a necessidade de aper-feiçoar continuamente o pa-drão de gestão e qualificaçãode gestores. A Direh e a Pre-sidência impementaram umprograma de desenvolvimen-to para os analistas da insti-

tuição e para os que estão in-gressando. A especializaçãodos novos funcionários já é par-

te deste programa.Motivo de

ansiedade paraos novos servi-dores, a lotaçãona Fiocruz serádefinida durante ocurso, quando sepretende identifi-car o perfil e ascompetências decada profissional.Até o fim de janeiro,as atividades serão in-tensivas. A partir daí,até junho, os encontrosserão mais esporádicospara permitir a elabora-

ção do trabalho de conclusãode curso. Nesse trabalho, osnovos servidores deverão pro-por intervenções na área emque estiverem trabalhando.“Temos desafios com o qualcontamos com a contribuiçãode cada um. Os desafios da Fio-cruz a partir de agora serão detodos nós”, afirma Lima.

Uma responsabilidade queos novos servidores da Fiocruztêm consciência. “Quero de-sempenhar bem minha funçãoe ajudar a Fiocruz a se desen-

Curso com sabor de boas-vindas

Novos analistas degestão em saúde públicada Fiocruz participamde especialização

volver cada vez mais”, diz oanalista de gestão em saúdepública no perfil transferênciade tecnologia, Christoph Mi-lewski, que prestou concursopara a Fundação por a insti-tuição ser uma referência na-cional e internacional. “Esperodescobrir essa variedade deatividades que a Fiocruz rea-liza, além de encontrar algocom que me identifique e emque eu possa ser útil”, com-pleta o analista de gestão emsaúde pública no perfil ges-tão do desenvolvimento insti-tucional Leonardo dos SantosNascimento.

SAIBA MAIS

Está sendo desen-volvida uma platafor-ma de educação adistância que dará su-porte à realização docurso, na modalidadesemipresencial, a par-tir de março de 2012,para os novos analistasde gestão em saúdede unidades da Fiocruzem outros estados.

Leonardo e Glaucia:novos analistas degestão em saúdepública da Fiocruz

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No campus Fiocruzda Mata Atlântica, oNúcleo de EducaçãoNão Formal atraicrianças eadolescentes

Por Mara Figueira

música da peça Mi-rona, a princesa cho-rona ainda está na

memória das gêmeas Careme Carine Moura Silva, de 10anos. A ida ao teatro é lem-brada pelas irmãs como umadas atividades mais legais quejá foram oferecidas pelo Nú-cleo de Educação Não Formalem Ciência, Saúde e Ambien-te, um espaço criado em 2007na Colônia Juliano Moreira, naZona Oeste do Rio de Janeiro,como parte do Programa deImplantação do Campus Fio-cruz da Mata Atlântica, quefica na região. Assim como acanção da peça continua naponta da língua, também per-manece na memória das irmãso passeio a Manguinhos. “Vi-sitamos o Castelo de OswaldoCruz”, conta Carine. “O queeu mais gostei foi andar detrenzinho”, acrescenta Carem.

As irmãs são uns exem-plos das cerca de 40 criançase adolescentes da comunida-

nha. Eles gostam de vir aqui:tem mais crianças e eles tam-bém gostam de ler”. No diada visita da equipe do LinhaDireta, Danielli planejava pe-gar emprestado o livro Comofazer brinquedos, fugindo umpouco do seu tema favorito.“Gosto muito de ler livros deépoca”, conta.

Um lugar parachamar de seu

Coordenadora do núcleo,Adriana Assumpção contaque a ideia de criar o espaçosurgiu a partir de um estudofeito pela organização não-governamental Viva Rio. O tra-balho mostrou que ascomunidades da região têmmuitas crianças e seria impor-tante atender a esse públicofora do horário escolar. “Co-meçamos aqui um trabalhoque tem como foco a consci-ência ambiental e a promo-ção do conhecimento sobresaúde, ciência e tecnologia,

seguindo a linha do Museu daVida”, explica Adriana. “Naárea, não havia nenhuma bi-blioteca. Organizamos a nos-sa com doações e, com aajuda da Biblioteca da Saúdeda Mulher e da Criança, doInstituto Fernandes Figueira, aestruturamos melhor”.

Hoje, mais de 70 crian-ças, jovens e adultos são ca-dastrados. “Meus fi lhossempre levam livros paracasa”, conta Ana Lúcia Rodri-gues de Carvalho, mãe dePedro, de 9 anos, e de MariaAlícia, de 5. Mesmo quemainda não lê aproveita, comoLaura, a filha de 6 anos deDanielli. “O que tem de maislegal na casinha são os livros”,garante ela, que escuta ashistórias contadas pela mãee se diverte também só de veras figuras. “Algumas coisasque você vê na escola têm noslivros daqui”, acrescenta Lidi-ane Cristine, de 11 anos.

Os livros estão para rom-per as paredes da bibliotecada casinha. Com o apoio da

“Mirona, Mirona,

você é uma

chorona

Pega o balde

Pega a vassoura

Penteia o cabelo e

passa a tesoura”

de Caminho da Cachoeira queatualmente frequentam a pe-quena casa branca. Antes cha-mada de laboratório pelosmeninos e meninas, hoje émais conhecida pelo carinho-so apelido de casinha. Comidades que variam entre doise 16 anos, elas encontram noNúcleo – atualmente um es-paço permanente do Museuda Vida no Campus da MataAtlântica – um lugar para brin-car, ler, assistir a vídeos, parti-cipar de passeios e atividadesdiversas. “Tudo daqui é legal:as brincadeiras, as atividades,os livros e os vídeos”, diz JoãoVítor de Abreu Lourenço, de11 anos, que começou a fre-quentar a casinha depois queuma amiga o chamou.

Mãe de Laura, de 6 anos,e de Denis, de 8, Danielli Vi-talino sempre leva os filhospara o Núcleo de EducaçãoNão Formal em Ciência, Saú-de e Ambiente, que funcionade segunda a sexta-feira, de10h às 16h. “Eu passo, vejoaberto, aí digo: hoje tem casi-

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Os irmãos Laura e Denis sãoexemplos das cerca de 40crianças e adolescentes quefrequentam o Núcleo deEducação Não Formal emCiência, Saúde e Ambiente

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Cooperação Social da Presi-dência da Fiocruz, o núcleorecebeu um carrinho repletode títulos, que será usado emeventos e nas atividades de-senvolvidas com as crianças aoar livre. Em uma das ações,as crianças vão auxiliar a equi-pe do campus na retirada deespécies nocivas às plantasnativas da Mata Atlântica. “Éa oportunidade de trabalharobras ligadas a essa temáti-ca”, conta Adriana, dando umexemplo prático de como abiblioteca itinerante poderá serutilizada (leia o boxe Uma his-tória contada em traços, fotose relatos e descubra como opróprio Núcleo virou livro pe-las mãos das crianças que ofrequentam).

Atividades paraquem gosta deaprender

Além da biblioteca, o Nú-cleo de Educação Não Formalem Ciência, Saúde e Ambien-te conta ainda com uma salade vídeo-debate, em que sebusca utilizar materiais comfoco na ciência e na saúde,como os produzidos pelo Ca-nal Saúde, mas onde tambémsão exibidos os filmes quetoda criança gosta – como odesenho animado Madagás-car, o favorito do Denis, de 8anos, frequentador do espaçodesde a abertura. Tambémsão realizadas atividades eoficinas que envolvem as de-mais unidades da Fiocruz,como o Crescer Saudável.

O projeto é do Centro Co-laborador em Alimentação e

Nutrição da Escola Nacionalde Saúde Pública SergioArouca (Cecan/Ensp) - liga-do ao Programa de Promo-ção da Segurança Alimentar,Nutricional e Ambiental emTerritório em Torno do Cam-pus Fiocruz Mata Atlântica naRegião Metropolitana do Riode Janeiro. “Aprendi coisasque não sabia”, conta Gabri-ela Maria Xavier da Fonseca,de 11 anos. As crianças eadolescentes passaram poravaliação nutricional, foramapresentadas à pirâmide ali-mentar e conheceram os di-ferentes grupos de alimentose a importância de cada um.“Buscamos trabalhar com ascrianças, de forma lúdica, as-suntos ligados à nutrição e àalimentação, estimulandocomportamentos saudáveis,dentro da realidade de vida decada um”, conta Denise Bar-ros, coordenadora do Cecan.

Os alunos foram convida-dos a montar um prato de ver-dade, ir ao supermercado edescobrir o que há de melhordo ponto de vista nutricionalpara pôr no carrinho, fazeruma oficina de sucos, cultivaruma horta em garrafas pet emuito mais. “As crianças e osadolescentes queriam partici-par de cada etapa”, conta anutricionista Roberta Araújo,bolsista do Cecan, uma dasque estiveram no Núcleo con-duzindo as atividades. “No úl-timo dia, muitas tambémvieram nos contar que já es-tavam comendo mais frutas,se movimentando mais ou co-mendo com mais frequêncianas horas certas. Foi uma ex-periência maravilhosa. Mostrou

que pequenas mudanças po-dem fazer grande diferença”.

Novos horizontesà vista

Além de incentivar a lei-tura e investir na realização deatividades ligadas à ciência, àsaúde e ao ambiente, há ain-da um investimento por partedo núcleo em realizar visitasa outras instituições. “A ideiaé que as crianças e os adoles-centes possam ampliar seushorizontes culturais, já quedescobrimos logo no inícioque a maioria nunca tinha idoao teatro, nem ao cinema”,conta Adriana. Meninos emeninas já foram levados aoMuseu de Arte Moderna doRio de Janeiro e se divertiramno Festival Internacional deCinema Infanto-Juvenil. “Assaídas são quase sempre fei-tas aos sábados e viram umgrande passeio em família, jáque os pais costumam ir jun-to”, conta Adriana.

Há um mês trabalhandono núcleo como estagiário, oeducador e contador de his-tórias João Batista conta quea experiência tem sido muitorica. “Este é um dos únicoslugares de referência que ascrianças têm aqui nessa re-gião”, explica ele, que con-duz jogos, leituras, contaçãode histórias e outras ativida-des. “Um pouquinho de cadacoisa agrada a todos”, diz.Amanda Nascimento, de 11anos, confirma. “Gosto dasatividades que a Adriana e opessoal daqui inventam”, diz.

Atividades ligadas à foto-grafia, por exemplo, fazemsucesso entre a garotada.Como as máquinas fotográfi-cas trazidas pela equipe donúcleo para registrar as açõesdesenvolvidas sempre desper-

tavam a atenção de meninose meninas, que queriam ma-nuseá-las, surgiu a ideia deusar esse interesse em ativi-dades educativas. Crianças eadolescentes participaram deuma oficina com o fotógrafoda Coordenadoria de Comu-nicação Social da Presidência,Peter Ilicciev, em que apren-deram noções básicas da téc-nica fotográfica.

A partir daí, passaram aregistrar sua comunidade, asatividades do núcleo, o próprioCampus Fiocruz da MataAtlântica. Além disso, partici-param de exposições e con-cursos – como o promovidopela Casa de Oswaldo Cruz,que reuniu fotografias do pa-trimônio arquitetônico e natu-ral dos campi de Manguinhose da Mata Atlântica e acabourendendo um curso de fotogra-fia para todas as crianças doNúcleo que participaram dacompetição.

Para 2012, crianças e ado-lescentes estão empolgadoscom a ideia de retomar a pro-dução do Jornal da Casinha(veja um exemplar ao lado).“Queremos fazer um inven-tário de aves e bichos da re-gião, característicos da MataAtlântica, que os meninos e

meninas que vêm ao núcleoconhecem”, explica Adriana.A educadora adianta que osadolescentes estão empolga-dos também em contar as his-tórias atuais da Colônia JulianoMoreira, principalmente emrelação aos amores. Para2012, a expectativa é fazerainda uma versão menor deum jogo de tabuleiro como omeio ambiente como tema,criado originalmente em for-mato gigante para ser apre-sentado na 5ª Feira de Saúdee Ambiente do Campus Fio-cruz da Mata Atlântica comas próprias crianças e adoles-centes do Núcleo como peças.

Iniciativas como essa cola-boram para mostrar aos mora-dores os objetivos da instalaçãoda Fiocruz na área, com pes-quisas centradas na biodiversi-dade da Mata Atlântica eexpansão de atividades reali-zadas no campus de Mangui-nhos, além de criação deparques, museus e arquivos.“A forma como a Fiocruz ge-riu a sua presença foi esclare-cendo para as famílias oporquê da presença da institui-ção aqui”, conta a coordena-dora do Núcleo de EducaçãoNão Formal em Ciência, Saú-de e Ambiente.

A família da casinha bran-ca. Assim as crianças e os ado-lescentes que frequentam oNúcleo de Educação Não For-mal em Ciência, Saúde eAmbiente resolveram batizar olivro que fizeram juntos, a mui-

Uma história contada em traços, fotos e relatostas mãos, contando a históriado espaço. Transformada emrealidade com a ajuda daequipe do Multimeios e lan-çada em junho de 2011, aobra traz fotos, desenhos erelatos de quem brinca,

aprende e se diverte na pe-quena casa do Campus daMata Atlântica. Para quemquiser conhecer um poucomais desse lugar, vale a penapedir um exemplar pelo te-lefone (21) 2456-6423.

Ida ao teatro ficou na memória das gêmeas Carem e Carine

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Por Leonardo Azevedo

nalisar a trajetória dasações de controle docâncer realizadas no

Brasil, com a recuperação defontes documentais e icono-gráficas relevantes para estu-dos e pesquisas. Esse é oobjetivo do projeto História doCâncer – Atores, Cenários ePolíticas Públicas, resultado daparceria entre o Instituto Na-cional de Câncer José de Alen-car (Inca) e o Departamentode Pesquisa da Casa deOswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

Coordenado pelo pesqui-sador titular da Casa de Oswal-do Cruz Luiz Antonio Teixeirae pelo professor associado daFaculdade de Medicina daUniversidade Federal Flumi-nense (UFF) Marco Porto, oprojeto surgiu após a publica-ção do livro De doença des-conhecida a problema desaúde pública: o Inca e o con-

trole do câncer no Brasil. Aobra, de autoria de Teixeira eda pesquisadora Cristina Oli-veira Fonseca, foi lançada em2007 como parte das come-morações dos 70 anos do Inca.

Atualmente estão emcurso quatro iniciativas. Umadelas é a organização de umbanco de imagens com ma-terial informativo de açõesnacionais de controle do cân-cer. Tendo como linha prin-cipal de pesquisa o câncerdo colo do útero, o acervotambém incorpora cartazes efolders sobre o tabagismo e ocâncer de mama de campa-nhas não apenas do instituto,mas de outras organizaçõesbrasileiras. Boa parte do ma-terial foi doada por funcioná-rios do Inca.

Luiz Antonio ressalta aimportância do trabalho, queestará disponível para estu-dos, pesquisas e análises deoutros profissionais. “A his-

tória é um instrumento impor-tante para mostrar o crescimen-to de ações governamentaispara o controle do câncer,com a ampliação das campa-nhas, visando o esclarecimen-to das pessoas”.

O olhar sobrea doença

São mais de 300 cartazes,que mostram as transforma-ções na abordagem da doen-ça. Até a década de 1980, aspeças publicitárias tinhamcomo mote o medo, com autilização de imagens bélicas,comparando o trabalho dosmédicos às atividades dos sol-dados durante o combate. Ocaranguejo, símbolo do signode câncer e uma das imagensmais usadas, era apresentadoaterrorizando suas vítimas,como um grande inimigo. Asmulheres eram mostradas

Recuperar o passadopara compreendero presenteParceria entre Fiocruz e Inca pretende recuperar a memória do câncer no país

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polêmicas, com a desmistifi-cação de questões relaciona-das ao exame e tratamento docâncer. “Compreender todatrajetória dos esforços feitospara o controle dessa doençaé entender o presente”, lem-bra Marco Porto.

O acervo conta aindacom documentos do trabalhorealizado pela Associaçãodas Pioneiras Sociais, atualHospital do Câncer III, unida-de do Inca localizada naZona Norte do Rio, e do mé-dico Mário Kröeff, responsá-vel pela primeira campanhacontra o câncer no país, reali-zada em 1948. Pioneiro, o mé-dico promovia programas derádio, organizava exposições,ministrava palestras e produziuum filme sobre o assunto.

Memória oralOutro projeto é a criação

de acervo oral, com depoi-mentos de gestores e de pro-fissionais da área técnica docontrole do câncer. Entre osentrevistados está o coordena-dor-executivo do Pró-Instituto

Sul-Americano de Governo emSaúde (Pró-Isags), José GomesTemporão. “O essencial é dis-seminar essas informaçõesque até pouco tempo estavamguardadas em armários e queagora estarão acessíveis paraconsulta”, afirma a chefe doServiço de Edição e Informa-ção Técnico-Científica do Inca,Letícia Casado.

Segundo ela, a parceriacom a Fiocruz é fundamentalpara o andamento do projeto.Todo esse material estará dis-ponível para consulta on-linepela Biblioteca Virtual em Saú-de (BVS) do Inca e por outrosendereços, que ainda serãodefinidos. Também faz partedo projeto a construção de umcentro de memória em câncer.

O prédio, localizado na Ruado Resende, no centro do Rio,pertence ao Inca e está sendoesvaziado. O projeto de restau-ração do local já foi elaboradoe o de obras para adequaçãodo espaço ainda será elabora-do - e conta com compromissode financiamento do BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES).

como vítimas impotentes, to-madas de pavor.

A partir dos anos 1990,com o Sistema Único de Saú-de (SUS) já em vigor, as cam-panhas mudam de foco:procuram envolver as pesso-as e a sociedade na busca pormelhores condições de vida.O objetivo é alertar para anecessidade de adotar açõespara uma vida saudável, vi-sando à promoção da saúde,com destaque para a preven-ção e a detecção precoce.

Pesquisadores de váriaspartes do mundo já tiveram aoportunidade de conferir deperto a coleção, em exposiçõesrealizadas durante dois even-tos no Rio de Janeiro: no 14ºCongresso Mundial de Patolo-gia Cervical e Colposcopia e na2ª Jornada Internacional de Ci-totecnologia do Inca.

O próximo passo é exporo material para o público. Se-gundo Marco Porto, a ideia éusar a exposição como umaforma de conscientização eelemento de educação e saú-de em espaços populares,abordando questões simples e

A doençaO câncer do colo do útero

é o segundo mais frequentena população feminina no Bra-sil, atrás apenas do câncer demama. Por ano são quase 5

mil vítimas fatais e 19 mil no-vos casos. Na maioria das ve-zes, a doença é provocada poralguns tipos de vírus HPV, co-mum em 70% das mulheresque já tiveram relações sexu-ais. A infecção pelo HPV podeprovocar a chamada lesão pre-

cursora, identificada pelo exa-me preventivo (Papanicolaou).Essa lesão se desenvolve deforma lenta e evolui para tu-mor. Mulheres diagnosticadasprecocemente, se tratadas ade-quadamente, têm praticamen-te 100% de chance de cura.

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Fiocruz chega ao fimdo ano com motivospara comemorar: a

instituição recebeu o certifi-cado de nível 6 de gestão doPrograma Nacional de Ges-tão Pública e Desburocrati-zação (GesPúbl ica) doMinistério do Planejamento,Orçamento e Gestão. “Tudoisso é fruto da determinaçãodo conjunto de trabalhadoresda instituição, voltados parao compromisso claro de pen-sar e garantir que aquilo quenós fazemos seja marcadopela qualidade, trajetória,imagem, missão e excelên-cia da Fiocruz”, declarou opresidente da Fundação, Pau-lo Gadelha.

Comemorar a certifica-ção é também se compro-meter com a manutenção eampliação da qualidade nassuas práticas. “A validadedo certificado vai até de-zembro de 2012, o que noslembra que não podemosparar”, brincou Gadelha,que recebeu o certificadodas mãos do representantedo Núcleo de GesPública noRio de Janeiro, Luiz Berga-mini, na presença da direto-ra de Inovação e Melhoriada Gestão da Secretaria deGestão Pública do Ministé-

rio do Planejamento, Valé-ria Salgado.

A entrega ocorreu duran-te o 1º Encontro de Gestãoda Qualidade e Cultura daExcelência na Fiocruz, quereuniu 150 pessoas no audi-tório térreo da Escola Nacio-nal de Saúde Pública SergioArouca (Ensp) em 29 de no-vembro. A política da quali-dade explicita o compromissoda alta administração com osistema de gestão da quali-dade: o conjunto de proces-sos e normas que definemrequisitos que devem seratendidos para que resultadosconfiáveis sejam alcançadosem determinados processos.

“Hoje a Fundação per-cebe o avanço que teve des-de a ú l t ima ava l iação,saltando do nível 4 para onível 6. A Fiocruz é uma ins-tituição com ampla área deatuação e começa a poten-cializar seu peso institucio-nal no campo da ciência etecnologia em saúde a par-tir da avaliação da sua prá-tica de gestão”, avalia acoordenadora da Qualidadeda Fiocruz e responsávelpela Secretaria Executiva doComitê Gestor da Qualida-de e do Comitê GesPúblicaFiocruz, Mirian Cohen.

Facilidadeno acesso

Durante o evento, foramlançados produtos institucio-nais ligados ao aprimoramen-to contínuo buscado pelaFundação: a Carta de Servi-ços ao Cidadão e a Pesquisade Satisfação e Imagem dosCidadãos, disponíveis paraacesso numa nova ferramen-ta, a Intranet da Qualidade.“Estamos aqui em um mo-mento de comemoração, masprecisamos olhar para frentee aprimorar nossa oferta ao ci-dadão, avançando no campoda GesPública”, reforçou ovice-presidente de Gestão eDesenvolvimento Institucio-nal, Pedro Barbosa.

A Carta de Serviços aoCidadão é um instrumentoproposto pelo GesPública queexpressa os principais com-promissos da instituição noatendimento a seus diversospúblicos e procura facilitar oacesso aos serviços e produ-tos da Fiocruz. Imediatamen-te a partir de seu lançamentocomeçou o processo de ava-liação e revisão da publica-ção - um trabalho que devecontar com a participação detoda a comunidade Fiocruz.

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Fiocruz recebe certificação do GesPúblicaFundação reafirma compromisso com a qualidade em suas práticas e no atendimento à população

Na Pesquisa de Satisfa-ção foram ouvidos 600 secre-tários municipais e estaduaisde Saúde de todo o Brasil,com o objetivo de avaliar aimagem e a atuação da Fio-cruz. “Este é o principalsegmento de usuários daFiocruz, que assume emsua missão o compromissode consolidação do SUS”, dizMirian. O objetivo é utilizaresse trabalho como ponto departida para estreitar o rela-cionamento da Fundaçãocom as secretarias munici-pais e estaduais de Saúde detodo o país.

A Fundação alcançouavanços em relação às auto-avaliações de gestão feitasnos anos anteriores. “No cri-tério seis, que foca em pes-soas, o processo de melhoriada prática de avaliação do de-sempenho, o mapeamentodas competências e a forma-ção de gestores merecem des-taque”, diz Mirian Cohen,citando alguns dos progressosfeitos. “No critério três, quefoca nos cidadãos, a segmen-tação dos usuários, a Cartade Serviços e a Pesquisa deImagem e Satisfação comgestores do Sistema Único deSaúde também foram pontosfortes”, avalia.

Ambulatóriosrecebemcertificaçãointernacional

Duas unidades ambula-toriais foram acreditadaspelo Consórcio Brasileiro deAcreditação (CBA), queaplica o método de acredi-tação internacional da orga-nização norteamericanaJoint Commission Internatio-nal (JCI). A certificação foiconferida ao Serviço deReferência Nacional em Fi-larioses do Centro de Pes-quisa Aggeu Magalhães(CpAM/Fiocruz Pernambu-co) e ao Centro de Estudosda Saúde do Trabalhador eEcologia Humana da Esco-la Nacional de Saúde Públi-ca Sergio Arouca (Cesteh/Ensp). O processo de acre-ditação internacional éuma avaliação externa quetem como objetivo criar emanter uma cultura de se-gurança na instituição e dequalidade no atendimento.

Para consultar os docu-mentos no formato digitalna Intranet da Qualidadesolicite acesso pelo [email protected].

O presidente Paulo Gadelharecebe o certificado do GesPública