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COMPORTAMENTO DE HERBICIDAS NO AMBIENTE Arthur Arrobas Martins Barroso PhD Weed Science - 2017

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Page 1: COMPORTAMENTO HERBICIDAS NO AMBIENTE · Inversões térmicas podem também afetar aplicações e causar derivas que ... Volatilização: Mudança de um composto na sua forma líquida

COMPORTAMENTO

DE HERBICIDAS

NO AMBIENTE

Arthur Arrobas Martins BarrosoPhD Weed Science - 2017

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Herbicidas

- Moléculas químicas que interferem na fisiologia e bioquímica de plantaslevando a redução do desenvolvimento e morte dessas.

- 44% do total de pesticidas usados no mundo.

- 60% do herbicida aplicado atinge o solo.

- Poluição do solo e da água.

- Redução biodiversidade de microorganismos.

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Deriva

Fotodecomposição

Volatilização

TRANSPORTE

RETENÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

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1 – TRANSPORTECONTAMINAÇÃO EM TANQUE

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1 – TRANSPORTECONTAMINAÇÃO EM TANQUE

Tríplice lavagem mais importante que o produtoLuke, 2017

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1 – TRANSPORTECONTAMINAÇÃO EM TANQUE

Gundiff et al., 2017

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1 – TRANSPORTECONTAMINAÇÃO EM TANQUE

Greg Kruger, 2018

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1 – TRANSPORTEDERIVA

Deriva: Movimento físico de um herbicida na forma de partículas ou gotas doalvo pretendido durante a aplicação.

Estados Unidos - Missouri e Arkansas baniram a utilização do herbicidadicamba após mais de 600 reclamações de produtores rurais relacionados àderiva do herbicida, o que surgiu após a liberação da tecnologia Xtend® daMonsanto, constituída da utilização de uma soja transgênica tolerante aodicamba.

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Estágios soja

Red

uçã

o p

rod

uti

vid

ade

soja

(%

)

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DERIVA - Função

A - Condições climáticas

Velocidade do vento, temperatura e umidade relativa.

vento deriva

Inversões térmicas podem também afetar aplicações e causar derivas quepermanecem concentradas e formam nuvens que se deslocam lentamentecausando danos consideráveis por onde passam. Pulverizações no amanhecerevitam condições de vento e escapam de períodos de inversão térmica.

Altas temperaturas e baixa umidade relativa, tempo de vida de uma gotapulverizada pelo evaporação.

Não modificamos, apenas observamos

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Inversão térmica

Condição normal – Terra absorve radiação solar e emite energia ao seu

redor. O ar em torno da superfície aquece, expande e eleva-se. O ar mais

frio fica mais longe da superfície.

Inversão – Ar próximo ao solo mais frio que o ar acima desse.

Partículas ficam presas na massa de ar e são suspendidas no ar ao invés de

atingir as plantas ou o solo.

Estão suscetíveis a ventos.

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DERIVA

B - Tecnologia de aplicação

Altura de pulverização, Velocidade aplicação e Diâmetro gotas.

alturas de pulverização, deriva pelo vento

75 cm para pontas de 80°, 50 cm para pontas de 110°.

velocidades de aplicação evitam com que a pulverização seja deslocada para cima e faça vórtices atrás do pulverizador.

Recomenda-se que essa velocidade não ultrapasse os 10 km/h.

O diâmetro das gotas é função das pontas de pulverização utilizadas (diâmetro do orifício), da pressão e da tensão superficial da calda aplicada.

Podemos modificar

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DERIVA – Diâmetro de gotas

Pontas antideriva - Gotas maiores e menores quantidades de gotas finas.Pontas com pré-orifício para a regulagem da vazão, enquanto o orifício de saídaregula a criação a distribuição de gotas.Gotas mais grossas que são cheias de ar.

Ps: gotas grossas tendem a ser menos distribuídas no alvo ou escorrer da superfíciealvo. Ex: Pontas TT e AIXR operados à baixas pressões para o controle da deriva epara maiores pressões, pontas do tipo AI e TTI.

Reduções da pressão na aplicação.

Adjuvantes “espessadores de calda” como polímeros de amido, poliacrilamida,elevam o diâmetro de gotas. Esses produtos aumentam a viscosidade da calda,reduzindo o número de gotas pequenas.

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Adjuvantes à Formulação

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Velocidade e ponta

Greg Kruger, 2018

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Elevar diâmetro até quanto ?

Sem DERIVASem CONTROLE

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TEEJET, 2018

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Misturas ?

Alves, 2017.

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Então

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Volatilização: Mudança de um composto na sua forma líquida ou sólida para um gás.Movimento do herbicida na forma gasosa.

A volatilização de herbicidas com baixa fitotoxicidade pode não criar problemas aculturas não-alvos, porém prejudicam a qualidade ambiental.

A volatilização de herbicidas, tóxicos à outras plantas ou espécies é indesejada e deveser evitada.

Pressão de vapor (PV) - Tendência da substância química em escapar na forma degás. Maior PV, maior chance de volatilização.

Constante da Lei de Henry (Kh) – Razão em que há divisão do volume de moléculasdo herbicida, determinando a compatibilidade relativa do composto para cada meioaté o equilíbrio entre vapor e a fase de solução.

1 – TRANSPORTEVOLATILIZAÇÃO

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A volatilidade dos herbicidas em condições de T°C e UR do ar.

Condições impróprias para a aplicação de herbicidas classificados

na categorias de voláteis.

ln (PV) = A–B/(T + C)A, B e C são constantesT temperatura em Kelvin

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Kh = PV/SMaior KhMais volátil

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Ávila, 2018

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Ávila, 2018

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Trifluralina = 0,3 mg/L

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Baixa solubilidade

em água

Não se liga ao solo

Alta pressão de

Vapor

Alta chance de

volatilizar

Baixa chance de volatilizar

Solúvelem água

Ligação ao solo

Baixa pressão de

vapor

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1. A incorporação de herbicidas

Implementos (para herbicidas menos solúveis, como trifluralina) ou por irrigações (herbicidas mais solúveis).

2. Novas formulações

Adjuvantes tendem a reduzir essa evaporação, - Novo 2,4-D sal colina com “Colex-D”.

Novas formulações, como por exemplo, herbicidas granulados.

3. Aplicação em ultrabaixo volume

Aplicações de 5 a 50 L ha-1 de volume de calda.

Herbicidas veiculados em óleos.

4. Ambiente

Prevenção volatilização

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Prevenção deriva e volatilização

1. Delta T

Diferença temperatura bulbomolhado e bulbo seco emgraus °C.

Deve estar entre 2 e 8.

2. Temperatura

3. Velocidade e direção vento

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Efeito deriva e volatilização dicamba

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2 – RETENÇÃOPRECIPITAÇÃO

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2 – RETENÇÃOSORÇÃO

A sorção indica a capacidade de um solo reter o herbicida evitando seu movimento dentro e/ou fora da matriz do solo

Sorção = Adsorção + Absorção + Precipitação

Adsorção – Fenômeno temporário no qual o herbicida dissolvido na solução do solo se fixa às partículas coloidais do solo

Absorção – Absorção do herbicida por raízes ou outras estruturas de plantas

Precipitação – Formação precipitados entre herbicidas e argilominerais ou partícula orgânicas

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1. Solo

Matéria orgânica eleva a sorção, principalmente húmus (partículas grandes eanéis aromáticos com radicais carboxílicos e outros grupos ionizáveis quefornecem cargas negativas e características apolares, conferindo interaçãocom herbicidas apolares e catiônicos.

CTC elevada, aumenta a sorção de herbicidas básicos e não-iônicos, poiseleva-se a área específica dos coloides de argila e teores de carbono orgânicono solo.

SORÇÃO - Função

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1. Solo

Mineralogia – Cuidado. DEPENDE DO TIPO ARGILA.

Argila 2:1, ex: Montmorilonita é expansiva com maior área superficial, maiorsorção.

Argila 1:1, como caulinita, sem expansão, cargas dependentes de pH.

Ainda no Brasil, óxidos de Fe e Al, sorção de herbicidas ácidos fracos.

pH do solo - Relação com capacidade de dissociação eletrolítica – pKa.

Em geral, pH mais elevado, menor sorção.

SORÇÃO - Função

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2. Herbicidas

Kow

Kd

Koc

pKa

SORÇÃO - Função

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Categorias de Lipofilicidade

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Valor de pH do solo no qual 50 % das moléculas se encontram naforma molecular e 50 % na forma ionizada.

Tendência de ionização em uma determinada faixa de pH

Herbicidas ácidos fracos – aniônicos:

Herb-COOH ↔ H+ + Herb-COO-

Forma Molecular

Forma aniônica

Herbicidas básicos fracos – catiônicos:

Herb-NH2 ↔ H+ + Herb-NH3+

Forma Molecular não

protonada

Forma molecular protonada

Ex.: Imidazolinonas e sulfoniluréias Ex.: triazonas

Constante de ionização (pKa)

Herbicidas não iônicos (permanecem formamolecular em solução) Ex.: trifluralin, alachlor,metolachlor, diuron.

Herbicidas catiônicos (permanecem formacatiônica em todos os pH’s possíveis)Ex.: paraquat e diquat.

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Moléculas ionizáveis

Imazaquin

pKa = 3,8 -+ H3O++ H2O

Moléculas ácidas

Herbicida ácido na forma aniônica – mais disponível na solução do solo.

pH solo > pKa

Outros exemplos: imazetaphyr, metsulfuron, nicosulfuron 2,4-D

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Moléculas ionizáveis

Ametrina

+ H2O

2CH(CH3)2

+

+ OH-

pKa = 4,1

Herbicida básico na forma protonada – mais retido no solo.

pH solo < pKa

Moléculas básicas

Outros exemplos: atrazine, hexazinone e simazine

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Capacidade do herbicida ser dessorvido, liberando a molécula.

Cuidado com a elevação do pH para ácidos fracos, com acalagem, pode acarretar a dessorção de herbicidas, impactantoculturas agrícolas.

2 – RETENÇÃODESSORÇÃO

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Velini, 2017

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1- TRANSPORTERUN-OFF (ESCORRIMENTO SUPERFICIAL)

Escorrimento superficial – Movimento do herbicida na superfície do solo juntocom água e solo/sedimento.

Função:

Práticas culturais, sistema de plantio adotado, volume de aplicação,declividade da área, das condições climáticas e do solo local.

Elevadas precipitações, em geral, levam consigo as moléculas de herbicidas

Maior o volume de aplicação, maior a possibilidade de escorrimento

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Escoamento Superficial (Runoff)

CONTAMINAÇÃO POR HERBICIDAS EM CORPOS HÍDRICOS DA MICROBACIA DO CÓRREGO RICO (SP) E ASPECTOS TOXICOLÓGICOS

DE ATRAZINE A JUVENIS DE Piaractus mesopotamicus

Dr. Edson Aparecido dos Santos; Dr. Robinson Antonio Pitelli e Dra. Núbia Maria Correia

Silva, 2017

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Lixiviação - Movimentação vertical do herbicida no solo.

Pode ser ascendente ou descendente.

Função: Sorção, persistência e ambiente.

1- TRANSPORTELIXIVIAÇÃO

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1. pH solo -Para herbicidas fracamente carregados eletronicamente, como as imidazolinonase sulfoniluréias, a redução no pH do solo eleva a adsorção desses no solo, reduzindo sualixiviação.

2. pKa - Maior pKa, maior lixiviação. Herbicidas ácidos são adsorvidos nos colóides do soloquando o pH atinge o valor de pKa. Para herbicidas ácidos, quando o pH está acima do pKa,espécies aniônicas dominam e a adsorção é menor. Quando o pH do solo está abaixo do pKa,predominam espécies moleculares e adsorção pode aumentar. Herbicidas básicos, como atriazina, apresentam elevado pKa e a adsorção desses é maior em baixos pHs, poisdificilmente o solo apresentara uma pH superior a seu pKa.

3. Água e temperatura - Maior quantidade de água, maior a lixiviação. Temperaturas elevadastendem a elevar a lixiviação, por reduzirem a adsorção (reações exotérmicas).

4. Sistema de plantio – A presença de palhada também altera a dissipação de herbicidas.Maiores deposições de palha no sistema, evitam o contato do herbicida com solo, diminuindoa lixiviação desse. Porém ao longo prazo, o solo tem sua estrutura elevada a presença demacroporos, o que facilita essa lixiviação.

LIXIVIAÇÃO - Função

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Figura 2: Colunas de solo com o tratamento de amicarbazone, sem período deseca, aos 15 DAS, sem palha (A) e com palha (B).

Figura 3: Colunas de solo com o tratamento de amicarbazone, com 30 DAT deperíodo de seca, aos 15 DAS, sem palha (A) e com palha (B).

Exemplo Prático de Lixiviação

Silva, 2017

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3- TRANSFORMAÇÃO

Fotólise, Degradação Biológica, Degradação Química

1. Fotólise

Fotodecomposição. Energia solar rompe ligações químicas e/ou catalisa outrosprocessos como a hidrólise.

2. Degradação Biológica

Microbiana é a mais importante. Herbicidas são fonte de carbono, energia enutrientes. Enzimas secretadas pelos microrganismos.

3. Degradação Química

Oxiredução, hidrólise.

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Precisa de incorporação ao solo seja por irrigação ou mecânica

(igual ao pendimethalin)

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Degradação

• Transformações que levam a formação de metabólitos ou completa mineralização das moléculas, obtendo como produto final água, CO2 e compostos inorgânicos.

• Se não apresenta degradação, possibilidade de apresentar carryover

• CARRYOVER – Herbicida mantém integridade das suas moléculas e características funcionais, podendo causar efeitos fitotóxicos a culturas subsequentes daquela que foi aplicado.

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ProcessosPerdas totais

máximas (%)

Volatilização 90

Lixiviação 4

Escoamento superficial 10

Absorção 10

Fontes: Oliveira Jr & Constantin, 2001

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Habilidade que um composto tem para reter a integridade de sua molécula e consequentemente suas características físicas, químicas e biológicas e

funcionais no ambiente

E o tempo que a molécula de pesticida permanece biologicamente ativa no ambiente

Leva em conta principalmente a meia vida do pesticida t ½ que e definida como o tempo necessário para que ocorra a dissipação

de 50 % da quantidade inicial do herbicida aplicado

Persistência

Silva, 2017

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P.A.I. P.C.P.I.

P.T.P.I.

Cana planta ano 20- 40 diasCana planta ano e meio 20-50 dias Cana soca “ seca “ (maio/set) 30-40 diasCana soca “úmida” (out/dez) 20-30 dias

Cana planta ano 20-120 diasCana planta ano e meio 20-150 diasCana soca “seca“ (maio/set) 30-100 diasCana soca “úmida” (out/dez) 20-90 dias

Cana planta ano 90-120 diasCana planta ano e meio 90-150 diasCana soca “ seca “ (maio/set) 90-100 diasCana soca “úmida” (out/dez) 70-90 dias

PAI Período anterior àinterferênciaPTPI Período total deprevenção da interferênciaPCPI Período crítico deprevenção da interferênciaFonte: Adaptado de Procopioo et al., 2003

Persistência Permite Posicionar um

Herbicida Para o Controle Durante um

Período de Tempo

Período Critico de

Interferência

Silva, 2017

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Meia vida de12 a 15 mesesCarryover

Persistência

Silva, 2017

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CARRYOVER X PERSISTÊNCIA

A persistência sempre é maior que o carryover

O herbicida pode persistir sem causar efeitos fitotóxicos, não estando disponível por estar ligado, sorvido ou transformado

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VOLTANDOTEMPO DE MEIA-VIDA

Tempo necessário para queocorra a dissipação de 50%da quantidade inicial doherbicida aplicado

OBSERVAR

A recomendação de bula podeser alterada (a resposta dependede vários fatores)

Cada cultura responde a umherbicida

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EXEMPLOS

Paraquat- Meia vida de 3.000 ias – Muito Persistente Inexiste carryover

Tembotrione – Meia vida de 4,2 a 87,2 dias – Não-PersistenteCarryover em batata 5 meses após aplicado

Mais exemplos:Reunidos por Kássio Mendes Ferreira - UFV

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MONITORAR RESÍDUOS - BIOENSAIOS

Solo aplicado – Amostras aleatórias – Observar crescimento espécies testeSolo sem aplicação - Amostras aleatórias - Observar crescimento espécies teste

Porém,

Método não exatoNão determina o herbicida

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Dinâmica de herbicidas

Volatilização

VolatilidadePressão de vapor

TemperaturaPrecipitação

Irrigação

Sorção Fotodecomposição

Solubilidade IonizaçãopKa e pKb

AbsorçãoPlantas

Propágulos

Sensibilidade a luzComprimentos de onda absorvidos

Exposição a luz

K de partição no soloKd e Koc

LixiviaçãoDisponibilidade em soluçãoK de partição octanol água

Koa ou Kow

Cobertura do soloPalhada

Persistência – duração do período de controle

Degradação

química

Degradação

microbiana

FormulaçãoAdjuvantes e aditivos

Tecnologia de aplicaçãoDeposição

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Deposição

PLANTA

Absorção / Translocação

Metabolismo

SOLO

Sorção / colóides

solução

PALHA

Retenção

Remoção pela chuva

Perdas ou degradação

FotóliseMicrobiana QuímicaLixiviação Volatilização

Chuva ou irrigação

Mov. lateral e ascendente

Tecnologia

Adjuvantes e aditivos

Condições climáticas

APLICAÇÂO

Carregamento de gotas

Carregamento de vapor

Outras perdas

DERIVA OU NÃO

DEPOSIÇÃO

Ambiente / Água

Culturas vizinhas

operadores

CONTAMINAÇÂO

Dinâmica de herbicidas

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Propriedades físico-químicas de herbicidas

Solubilidade água (ppm)

Lipo

filicidad

e

Herbicidas

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FITOREMEDIAÇÃO

• Texto online

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PRÁTICA

• Montar um pulverizador costal.

• Aplicar água com duas diferentes pontas, pressão e altura de pulverização.

• Verificar a distribuição de gotas e deriva.

• Lembrar cálculo de calibração. Volume de aplicação.

• Comparar aplicação de água e água + adjuvantes

1- Água

2 – Água + Óleo vegetal – Quebra tensão superficial gota, diminui tamanho gota.

3 – Água + Espalhante Adesivo - Quebra tensão superficial gota.