complemento solidário para idosos - 2ª edição

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PARA COMPLEMENTO SOLIDÁRIO CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA IDOSOS MEDIDAS DO GOVERNO 2 ª Ediç ão Ministério da Saúde

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Cadernos do Governo Civil de Évora, «Complemento Solidário para Idosos, 2ª Edição»

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Page 1: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

PARACOMPLEMENTO SOLIDÁRIO

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA

IDOSOS

MEDIDAS DO GOVERNO

2ª Edição

Ministério da Saúde

Page 2: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

PARACOMPLEMENTO SOLIDÁRIO

IDOSOS

Page 3: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 4: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

Introdução 05

FAQ’s

Enquadramento Legislativo

Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 Dezembro

Portaria n.º 77/2007, de 12 Janeiro

Decreto Regulamentar n.º 14/2007, de 20 Março

Decreto-Lei n.º 252/2007, de 05 Junho

Portaria n.º 1446/2007, de 08 Novembro

Despacho n.º 4324/2008, de 19 Fevereiro

Portaria n.º 209/2008, de 27 Fevereiro

Portaria n.º 253/2008, de 04 Abril

Portaria n.º 413/2008, de 09 Junho

Decreto Regulamentar n.º 17/2008, de 26 Agosto

Portaria n.º 1547/2008, de 31 de Dezembro

06

08

49

52

61

70

76

82

85

88

94

97

Portaria n.º 98-A/2006, de 01 Fevereiro

Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 08 Fevereiro

Decreto-Lei n.º 236/2006, de 11 Dezembro

18

27

44

66

73

Portaria n.º 833/2007, de 03 Agosto

Portaria n.º 17/2008, de 10 Janeiro (revogada pela Portaria n.º 209/2008)

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 03

ÍNDICE

Page 5: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 6: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 05

ÍNTRODUÇÃO

MAIS DO QUE O ENVELHECIMENTOÉ A DEPENDÊNCIA QUE NOS DEVE PREOCUPAR.

O Complemento Solidário para Idosos é uma prestação pecuniária do subsistema de solidariedade do Sistema Público deSegurança Social, destinada a cidadãos nacionais ou estrangeiros, com idade igual ou superior a 65 anos, pensionistas, quepossuam baixos recursos económicos.

O CSI constitui-se como uma importante medida de discriminação positiva do Governo, necessária para combater pro-blemas de exclusão, simultaneamente correctora de situações de pobreza e desigualdade e promotora da solidariedadeintergeracional na família.

É preocupação deste Governo servir de igual forma todos os cidadãos, sem deixar contudo de criar as condições deexcepção consideradas necessárias para aqueles que, pela sua condição etária, económica, social e/ou familiar, não con-seguem, por si só, ter acesso aos direitos cívicos, sociais e humanos mais elementares.

Para ter acesso a este complemento o requerente deve dirigir-se aos serviços de atendimento da Segurança Social ou a umaLoja do Cidadão perto de si – e aí preencher o impresso próprio desta medida.

Para além do apoio económico, os beneficiários do CSI têm ainda direito a apoios na Saúde, nomeadamente nas despesascom medicamentos, na aquisição de óculos e lentes, na aquisição ou reparação de próteses dentárias e na atribuição de umcheque-dentista para consultas e tratamentos. Os apoios na área da Saúde devem ser solicitados no Centro de Saúde ou naUnidade de Saúde Familiar da qual o idoso faz parte.

Page 7: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA06

FAQ’S

O QUE É?

É uma prestação mensal do Estado para aumentar os rendimentos dos cidadãos idosos que mais precisam.

Todos os idosos pensionistas a viver em Portugal há pelo menos 6 anos, com baixos rendimentos e que tenham 65 ou maisanos.

O valor máximo de referência do CSI é de € 413,00/Mês.Rendimentos mensais elegíveis (valores indicativos):Idoso isolado – inferior a € 4.960,00/AnoCasal de idosos – € 8.690,00/Ano

Não. Mas de 2 em 2 anos será renovada automaticamente, a menos que se verifiquem alterações aos rendimentos dobeneficiário, devendo nesse caso o mesmo informar os Serviços de Segurança Social dessas alterações.

.Apoio económico mensal;

. 50% de comparticipação financeira para as despesas com medicamentos;

.Apoio de 100,00€ para aquisição de óculos e lentes, a cada 2 anos;

.Apoio de 250,00€ para aquisição e reparação de próteses dentárias amovíveis, a cada 3 anos;

. Cheque Dentista no valor de 80,00€/Ano.

Pode. Mas a ajuda dos filhos contribui para que os pais tenham acesso à prestação mais elevada.

Requerendo e apresentando os seguintes documentos:Bilhete de Identidade; Cartão de Contribuinte e Cartão de Pensionista;

QUEM TEM DIREITO?

QUAIS OS VALORES DE REFERÊNCIA?

É UMAPRESTAÇÃO VITALÍCIA?

DE QUE BENEFÍCIOS POSSO USUFRUIR?

POSSO CANDIDATAR-ME SEMAAJUDADOS MEUS FILHOS?

COMO?

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 07

FAQ’S

ONDE?

Em qualquer serviço de atendimento da Segurança Social ou nas Lojas do Cidadão.

Para os complementos adicionais com despesas de saúde, os beneficiários do CSI devem solicitar estes apoios noCentro de Saúde ou na Unidade de Saúde Familiar onde sejam utentes.

Em qualquer altura do ano.

.

. Portaria n.º 413/2008, de 09 Junho

. Portaria n.º 209/2008, de 27 Fevereiro

. Despacho n.º 4324/2008, de 19 Fevereiro

. Portaria n.º 17/2008, de 10 Janeiro (revogada pela Portaria n.º 209/2008)

. Portaria n.º 1446/2007, de 08 Novembro

. Portaria n.º 833/2007, de 03Agosto

. Decreto-Lei n.º 252/2007, 05 Julho

. Decreto Regulamentar n.º 14/2007, 20 de Março

. Portaria n.º 77/2007, de 12 Janeiro

. Decreto-Lei n.º 236/2006, de 11 Dezembro

. Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 06 Fevereiro

. Portaria n.º 98-A/2006, de 01 Fevereiro (revogada pela Portaria n.º 413/2008)

. Decreto-Lei 232/2005, de 29 Dezembro

QUANDO?

QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

Decreto Regulamentar n.º 17/2008, de 26Agosto

. Portaria n.º 253/2008, de 04Abril

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA08

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Decreto-Lei n.º 232/2005de 29 de Dezembro

Os indicadores de pobreza relativos a Portugal evidenciam a necessidade decorrecção das intoleráveis assimetrias de rendimento existentes entre osPortugueses, que penalizam particularmente os mais idosos, pese embora aevolução positiva ocorrida nos últimos 10 anos.

A informação disponível demonstra ainda que, entre a população portu-guesa que se encontra em situação de pobreza, é precisamente no grupodos mais idosos (65 anos ou mais) que se continuam a verificar as situaçõesde maior severidade e em que os níveis de privação decorrentes da escassezde recursos monetários são ainda mais elevados, pelo que se impõe umaintervenção dirigida a esta faixa etária no sentido de melhorar a situação defragilidade social em que se encontra.

A este quadro não será alheio o facto de no grupo em causa se concentrarem essencialmente pensionistas, cujo rendimentoda pensão assume ainda valores baixos, apesar dos esforços desenvolvidos no sentido de elevar o valor das pensões mínimas.

Por outro lado, sendo verdade que o peso do rendimento das pensões no total do rendimento destas pessoas assume umvalor significativo, constituindo assim um elemento determinante da sua situação de pobreza, é igualmente verdade queexiste um conjunto importante de outras fontes de rendimento que pesam de forma diferenciada nos recursos monetáriosglobais de cada idoso.

Urge, portanto, proceder a uma reconfiguração da política de mínimos sociais para idosos, diferenciando as situaçõesdescritas, o que, para além de reforçar o princípio de justiça social em que assenta aquela política, virá igualmenteaumentar a sua eficácia no combate à pobreza dos idosos.

De facto, uma avaliação rigorosa permite perceber que a estratégia prosseguida até aqui, assente no aumento genera-lizado do valor das pensões mínimas, tratando de igual forma o que é diferente, se revela uma estratégia financeiramenteinsustentável, se se continuar a assumir como objectivo um aumento substancial de todas as pensões, ou ineficaz nacapacidade de produzir mudanças com significado na situação daqueles que delas realmente precisam e se encontram emsituação de pobreza, a manterem-se os ritmos de crescimento das pensões dos últimos anos.

Por estas razões, reitera-se a imperatividade de proceder a uma reformulação profunda das políticas de mínimos sociaispara idosos, procurando atingir maiores níveis de eficácia na redução de desigualdades, mas também maiores níveis deresponsabilização de todos os que podem e devem contribuir para melhorar a qualidade de vida dos idosos, designada-mente as suas famílias.

A criação do complemento solidário para idosos, sendo uma medida inscrita no Programa do XVII Governo Constitucional,prossegue os objectivos anteriormente enunciados e afigura-se um passo importante na redefinição da estratégia demínimos sociais em Portugal.

Cria o Complemento Solidário

para Idosos – CSI, um apoio

económico para garantir um

limiar mínimo de rendimentos

(400€/mês), para os idosos

mais pobres e apoios para

despesas com saúde

Page 10: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 09

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

O complemento solidário para idosos traduz uma verdadeira ruptura com a anterior política de mínimos sociais paraidosos, através de uma aposta na concentração dos recursos disponíveis nos estratos da população idosa com menoresrendimentos, na atenuação das situações de maior carência de uma forma mais célere – por efeito da atribuição de umvalor de prestação com impacte significativo no aumento do rendimento global dos idosos – e na solidariedade familiar,enquanto forma de expressão de uma responsabilidade colectiva e instrumento de materialização da coesão social.

A diferenciação do complemento solidário para idosos através da consideração dos efeitos da solidariedade familiar nosrecursos globais dos idosos é, simultaneamente, justa e necessária porque trata de forma diferente o que é diferente, per-mitindo canalizar mais recursos para os idosos mais necessitados, designadamente os idosos isolados e sem apoio familiar.

O complemento solidário para idosos constitui uma prestação do subsistema de solidariedade destinada a pensionistas commais de 65 anos, assumindo um perfil de complemento aos rendimentos preexistentes, sendo o seu valor definido porreferência a um limiar fixado anualmente e a sua atribuição diferenciada em função da situação concreta do pensionistaque o requer, ou seja, sujeita a rigorosa condição de recursos.

Os objectivos de justiça social prosseguidos por esta prestação, associados aos impactes visados com a sua criação,impõem que a atribuição do complemento solidário para idosos dependa de uma actuação pró-activa dos serviços dasegurança social, bem como de uma rigorosa e alargada avaliação dos recursos dos seus requerentes, de forma a garantirque o esforço nacional a empreender neste domínio tenha como destinatários aqueles que realmente mais precisam.

Assim:Nos termos das alíneas e do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

1 - O presente Decreto-Lei institui uma prestação extraordinária de combate à pobreza dos idosos, adiante designada porcomplemento solidário para idosos, integrada no subsistema de solidariedade, que visa a melhoria do nível de rendi-mento dos seus destinatários.

2 - O complemento solidário para idosos é uma prestação pecuniária de montante diferencial.

1 - Têm direito ao complemento solidário para idosos os titulares de pensões de velhice e sobrevivência ou equiparadasde qualquer sistema de protecção social nacional ou estrangeiro, que residam legalmente em território nacional esatisfaçam as condições previstas no presente .

2 - Têm igualmente direito ao complemento solidário para idosos os cidadãos nacionais que não reúnam as condições deatribuição da pensão social por não preencherem a condição de recursos e os titulares de subsídio mensal vitalício quesatisfaçam as condições de atribuição constantes do presente .

a) c)

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Objecto e natureza

Âmbito pessoal

Page 11: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA10

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 3.º

Artigo 4.º

1 - Para efeitos do presente , consideram-se «residentes legais» os cidadãos nacionais, os estrangeiros com título válidode autorização de residência, os refugiados e os apátridas com títulos válidos de protecção temporária que permane-çam em território nacional pelo menos 270 dias em cada ano civil, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2 - São equiparados a residentes legais os estrangeiros detentores de qualquer título válido nos termos do disposto nodiploma que define o regime jurídico da entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do territórioportuguês.

3 - O disposto nos números anteriores não prejudica o estabelecido em instrumento internacional a que Portugal seencontre vinculado.

1 - O reconhecimento do direito ao complemento solidário para idosos depende de o requerente satisfazer, cumulativa-mente, as seguintes condições:a) Ter idade igual ou superior a 65 anos, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 24.º;b) Residir em território nacional, pelo menos, nos últimos seis anos imediatamente anteriores à data da apresen-

tação do requerimento da prestação;c) Possuir recursos de montante inferior ao valor de referência do complemento fixado no artigo 9.º

2 - A condição prevista na alínea do número anterior não é aplicável aos cidadãos nacionais que tenham exercido a suaúltima actividade profissional no estrangeiro, desde que preencham, cumulativamente, as seguintes condições:a) À data da entrega do requerimento da prestação residam em território nacional;b) Residam em território nacional pelo período igual ao que intermediou entre o momento em que lhe foi atribuída

pensão de velhice, de sobrevivência ou equiparada e o momento da apresentação do requerimento;c) Aatribuição de pensão de velhice, de sobrevivência ou equiparada não tenha ocorrido há mais de seis anos.

3 - O cômputo do tempo determinado pela aplicação do disposto na alínea do número anterior é feito nos termos aregulamentar.

4 - O reconhecimento do direito ao complemento solidárioparaidosos depende ainda de o requerente:a) Autorizar a entidade gestora da prestação a aceder à informação fiscal e bancária relevante para atribuição do

complemento solidário para idosos;b) Declarar a disponibilidade para exercer o direito a outras prestações de segurança social a que tenha ou venha a

ter direito;c) Declarar a disponibilidade para exercer o direito de crédito que tenha ou venha a ter sobre terceiros.

5 - As condições previstas no número anterior são extensíveis ao cônjuge ou pessoa que com o requerente viva em uniãode facto, nos termos previstos no artigo seguinte.

b)

b)

Residência

Condições de atribuição

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 11

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 5.º

Artigo 6.º

Artigo 7.º

Para efeitos do presente, considera-se que o agregado familiar do requerente integra, para além do próprio, o seu cônjugeou a pessoa que com ele viva em união de facto há mais de dois anos.

1 - Na determinação dos recursos do requerente são tidos em consideração, em termos a regulamentar, os rendimentos:a) Do requerente e do seu cônjuge ou de pessoa que com ele viva em união de facto;b) Dos filhos do requerente na qualidade de legalmente obrigados à prestação de alimentos nos termos do artigo

2009.º do Código Civil.

2 - Na determinação dos rendimentos referidos no número anterior deve atender-se à dimensão e características dosagregados.

1 - Para efeitos da determinação dos recursos do requerente, consideram-se, nomeadamente, os seguintes rendimentosdo seu agregado familiar:a) Rendimentos de trabalho dependente;b) Rendimentos empresariais e profissionais;c) Rendimentos de capitais;d) Rendimentos prediais;e) Incrementos patrimoniais;f) Valor de realização de bens móveis e imóveis;g) Pensões;h) Prestações sociais que não sejam de atribuição única;i) Valor da comparticipação da segurança social, sempre que os elementos do agregado familiar do requerente se

encontrem institucionalizados ou utilizem equipamentos sociais, geridos por entidades públicas, privadas ou dosector da economia social;

j) Uma percentagem do valor do património mobiliário e imobiliário;l) Transferências monetárias ou bancárias de pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, a favor dos ele-

mentos do agregado familiar do requerente.

2 - Consideram-se, ainda, para efeitos do disposto no número anterior, os rendimentos dos agregados fiscais dos filhos dorequerente mencionados nas alíneas a do número anterior.

3 - Os rendimentos a que se referem os números anteriores reportam-se ao ano civil anterior ao da data da apresentaçãodo requerimento, desde que os meios de prova se encontrem disponíveis, e, quando tal se não verifique, reportam-seao ano imediatamente anterior àquele, sem prejuízo, designadamente, do disposto no número seguinte.

a) g)

Conceito de agregado familiar

Determinação dos recursos do requerente

Rendimentos a considerar

Page 13: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA12

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

4 - Sempre que existam os rendimentos referidos nas alíneas e do n.º 1, os mesmos reportar-se-ão a um dos anos civisdeterminados de acordo com o critério estabelecido no número anterior, nos termos a regulamentar.

5 - Os rendimentos previstos no n.º 3 são objecto de actualização, nos termos a regulamentar.

6 - Para efeitos do disposto nos n.º 1 e 2, consideram-se os rendimentos anuais.

O montante do complemento solidário para idosos corresponde à diferença entre o montante de recursos do requerente,determinado nos termos dos artigos anteriores, e o valor de referência do complemento, tendo como limite máximo esteúltimo valor.

1 - O valor de referência do complemento é de 4.200,00€/Ano, sendo objecto de actualização periódica, por Portariaconjunta dos Ministros das Finanças e do Trabalho e da Solidariedade Social, tendo em conta a evolução dos preços, ocrescimento económico e a distribuição da riqueza.

2 - Sempre que o agregado familiar do requerente seja composto por dois elementos, o valor de referência docomplemento poderá ser determinado pela aplicação de uma escala de equivalência ao valor referido no númeroanterior, nos termos a regulamentar.

O direito ao complemento solidário para idosos adquire-se a partir do mês seguinte ao da recepção do requerimento, desdeque devidamente instruído.

1 - O direito ao complemento solidário para idosos é suspenso nas seguintes situações:a) Não verificação das condições estabelecidas na alínea do n.º 1 e nas alíneas e do n.º 2 do artigo 4.º;b) Incumprimento do disposto no artigo 3.º e no n.º 1 do artigo 13.º;c) Incumprimento das obrigações constantes dos n.º 1 e 2 do artigo 14.º e do artigo 20. ;d) Após o trânsito em julgado de decisão judicial condenatória do titular que determine a privação da sua liberdade.

h) i)

c) a), b) c)

s

s o

Artigo 8.º

Artigo 9.º

Artigo 10.º

Artigo 11.º

Montante do complemento solidário para idosos

Valor de referência do complemento

Aquisição do direito

Suspensão e retoma do direito

Page 14: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 13

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

2 - A suspensão do direito ao complemento solidário para idosos inicia-se a partir do mês seguinte àquele em queocorreram os factos que a determinaram, sem prejuízo da sua retoma.

3 - Consideram-se «prestações indevidamente pagas» as que o forem em momento posterior ao que determina asuspensão da prestação nos termos previstos no número anterior.

4 - Adecisão de suspensão do complemento não está sujeita a audiência prévia dos interessados.

5 - A entidade gestora deve notificar a suspensão do direito no prazo máximo de 30 dias úteis após o conhecimento dosfactos que a determinaram, devendo, em igual prazo, solicitar a devolução de prestações indevidamente pagas.

6 - A retoma do direito ao complemento solidário para idosos tem lugar no mês seguinte àquele em que deixem de severificar os condicionalismos que hajam determinado a suspensão, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

O direito ao complemento solidário para idosos cessa, designadamente, nos seguintes casos:a) Decorridos dois anos após o início da suspensão nos termos dos n.º 1 e 2 do artigo anterior;b) Por morte do titular.

1 - Os titulares do complemento solidário para idosos são obrigados a:a) Comunicar qualquer alteração de residência e de composição do seu agregado familiar;b) Apresentar todos os meios probatórios que sejam solicitados pela instituição gestora, nomeadamente para

avaliação da situação patrimonial, financeira e económica dos membros do seu agregado familiar e dos agregadosfiscais dos seus filhos;

c) Comunicar a atribuição de qualquer novo apoio público, designadamente prestações sociais, a qualquer dosmembros do seu agregado familiar.

2 - As obrigações previstas no número anterior têm de ser cumpridas no prazo de 15 dias úteis a contar da data daocorrência dos factos ou da notificação pela instituição gestora.

3 - As falsas declarações, omissões ou outros factos relativos aos deveres dos beneficiários dos quais resultem a atri-buição indevida do complemento solidário para idosos não impedem a produção dos efeitos previstos no presente,sem prejuízo:a) Da aplicação do regime da responsabilidade emergente do recebimento de prestações indevidas;b) Do apuramento de responsabilidade penal ou contra-ordenacional regulada em legislação especial.

Artigo 12.º

Artigo 13.º

s

Perda do direito

Deveres dos beneficiários

Page 15: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA14

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 14.º

Artigo 15.º

Artigo 16.º

Artigo 17.º

1 - Sempre que o requerente do complemento solidário para idosos tenha direito a outras prestações de segurança social,fica obrigado a exercê-lo, no prazo de 60 dias úteis a contar da data da notificação do direito, ou no prazo que seencontre estabelecido no regime jurídico da prestação, se este for superior.

2 - Nas situações em que o requerente do complemento solidário para idosos tenha direitos de crédito relativamente aterceiros, fica obrigado a exercer esses direitos no prazo de 60 dias úteis a contar da data da notificação para o efeito.

3 - A entidade gestora fica sub-rogada no exercício do direito previsto nos números anteriores nos casos em que o titulardo complemento solidário para idosos não o exerça.

A autoridade competente para a aplicação da coima devida por falsas declarações pode determinar, sempre que agravidade da infracção e a culpa do agente o justifique, a aplicação da sanção acessória da privação do direito à prestaçãopor um período até dois anos.

1 - A gestão do complemento solidário para idosos compete ao Instituto da Segurança Social, I. P., no território continen-tal, e às entidades competentes das administrações regionais autónomas, nas respectivas Regiões.

2 - No exercício das suas competências, cabe à entidade gestora, designadamente, proceder à averiguação oficiosa dosrecursos do requerente relevantes para a atribuição da prestação e exercer o direito de sub-rogação, previsto no n.º 3do artigo 14.º

1 - Aatribuição do complemento solidário para idosos depende da apresentação de requerimento dirigido à entidade gestora.

2 - O requerimento deve ser instruído com os necessários meios de prova, nos termos a regulamentar.

3 - O modelo de requerimento do complemento solidário para idosos é aprovado por Portaria do Ministro do Trabalho e daSolidariedade Social.

Obrigação de exercício de direitos e sub-rogação

Sanção acessória

Entidade gestora

Requerimento

Page 16: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 15

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 18.º

Artigo 19.º

Artigo 20.

Artigo 21.º

Têm legitimidade para requerer o complemento solidário para idosos, para além dos interessados, os respectivosfamiliares ou outras pessoas ou instituições que lhes prestem ou se disponham a prestar assistência, sempre que os mesmonão possam proceder à apresentação do respectivo requerimento.

1 - O complemento solidário para idosos é pago, mensalmente, por referência a 12 meses.

2 - O complemento solidário para idosos é pago aos respectivos titulares ou aos seus representantes legais, salvo odisposto no número seguinte.

3 - O complemento solidário para idosos poderá ainda ser pago às pessoas ou entidades que prestem assistência aostitulares do direito, desde que consideradas idóneas pela instituição gestora, nas seguintes situações:a) Quando os titulares do complemento solidário para idosos sejam incapazes e se encontrem a aguardar a nomeação

do respectivo representante legal;b) Quando os titulares se encontrem impossibilitados de modo temporário ou permanente de receber a prestação,

por motivo de doença, ou se encontrem internados em estabelecimentos de apoio social ou equiparados.

1 - Os titulares do complemento solidário para idosos estão obrigados à renovação da prova de rendimentos de dois emdois anos contados a partir da data do reconhecimento do direito ao complemento, sem prejuízo do disposto nonúmero seguinte.

2 - Sempre que seja apresentado um segundo requerimento para efeitos de atribuição da prestação num mesmoagregado familiar, o período para renovação da prova de rendimentos poderá ser inferior a dois anos.

A entidade gestora deve promover a articulação com as entidades e serviços competentes para comprovar os requisitos deque depende a atribuição e manutenção do complemento solidário para idosos com vista a assegurar o correctoenquadramento das situações a proteger.

o

Legitimidade para requerer

Pagamento da prestação

Renovação da prova de rendimentos

Articulação com outros serviços

Page 17: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA16

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 22.º

Artigo 23.º

Artigo 24.º

Artigo 25.º

No âmbito do presente , as decisões da entidade gestora são comunicadas de acordo com o disposto no Código doProcedimentoAdministrativo.

O presente Decreto-Lei é regulamentado por decreto regulamentar no prazo de 30 dias após a sua publicação.

A idade para o reconhecimento do direito ao complemento solidário para idosos é fixada nos termos seguintes:a) Igual ou superior a 80 anos, no ano de 2006;b) Igual ou superior a 75 anos, no ano de 2007;c) Igual ou superior a 70 anos, no ano de 2008;d) Igual ou superior a 65 anos, no ano de 2009.

O presente Decreto-Lei entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2006, com excepção do artigo 23.º, o qual entra em vigor nodia seguinte ao da respectiva publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 de Dezembro de 2005. —

Promulgado em 19 de Dezembro de 2005.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 19 de Dezembro de 2005.O Primeiro-Ministro,

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — FernandoTeixeira dos Santos —Alberto Bernardes Costa — Pedro Manuel Dias de Jesus Marques.

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Comunicação da atribuição da prestação

Regulamentação

Aplicação progressiva

Entrada em vigor

Page 18: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 19: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA18

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 98-A/2006de 1 de Fevereiro

A instituição do complemento para idosos através do Decreto-Lei n.º232/2005, de 29 de Dezembro, constitui a concretização de uma dasmedidas prioritárias inscritas no Programa XVII Governo Constitucional, noâmbito da segurança social.

A atribuição do referido complemento depende da apresentação de reque-rimento à entidade gestora da prestação, cujomodelo, nos termos do estabelecido pelo n.º 3 do artigo 17.º do citado Decreto-Lei, é aprovado por Portaria do Ministériodo Trabalho e da Solidariedade Social.

Assim:Manda o Governo, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, peloMinistro do Trabalho e da Solidariedade Social, que seja aprovado o modelo de requerimento do complemento solidáriopara idosos, mod. CSI 01-DGSSFC, e respectivos anexosA, B e C, constantes de anexo à presente Portaria, da qual faz parteintegrante.

Apresente Portaria produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2006

O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, , em 25 de Janeiro de 2006JoséAntónio Fonseca Vieira da Silva

Aprova os modelos derequerimento do CSI (REVOGADAPELA PORTARIA N.º 413/2008)

Page 20: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 19

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Decreto Regulamentar n.º 3/2006de 6 de Fevereiro

Pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o XVII Governo Cons-titucional, tal com havia inscrito no seu Programa, procedeu à criação docomplemento solidário para idosos.

Com a criação desta nova prestação social procedeu-se a uma reconfiguração da política de mínimos sociais paraidosos, diferenciando as situações que efectivamente são diferentes, o que, para além de reforçar o princípio dejustiça social em que assenta esta nova política, virá igualmente aumentar a sua eficácia no combate à pobreza dosidosos.

O complemento solidário para idosos traduz uma verdadeira ruptura com a anterior política de mínimos sociaispara idosos, através de uma aposta na concentração dos recursos disponíveis nos estratos da população idosa commenores rendimentos, na atenuação das situações de maior carência de uma forma mais célere – por efeito da atri-buição de um valor de prestação com impacte significativo no aumento do rendimento global dos idosos – e nasolidariedade familiar, enquanto forma de expressão de uma responsabilidade colectiva e instrumento de ma-terialização da coesão social.

O complemento solidário para idosos constitui uma prestação do subsistema de solidariedade destinada a pensionistas commais de 65 anos, assumindo um perfil de complemento aos rendimentos preexistentes, sendo o seu valor definido porreferência a um limiar fixado anualmente e a sua atribuição diferenciada em função da situação concreta do pensionistaque o requer, ou seja, sujeita a rigorosa condição de recurso.

Conforme o disposto no artigo 23.º do citado diploma legal, o Governo comprometeu-se a proceder à sua regulamentaçãono prazo de 30 dias após a sua publicação.

Assim:Ao abrigo do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, e nos termos da alínea do artigo 199.º daConstituição, o Governo decreta o seguinte:

O presente diploma regulamenta o Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, que instituiu o complemento solidáriopara idosos, adiante designado por complemento.

c)

Artigo 1.º

Objecto

Regulamenta o Decreto-Lein.º 232/2005, que cria o CSI

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA28

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Artigo 4.º

Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, são consideradas pensõesequiparadas as pensões substitutivas de rendimentos de trabalho ou destinadas a garantir mínimos de subsistência, denatureza não indemnizatória, nem de prémio de seguro ou pensões derivadas destas, cuja atribuição seja periódica e portempo indeterminado, que integram a protecção nas eventualidades de invalidez, velhice e morte dos respectivos siste-mas de protecção social.

A prova de residência em território nacional, nos termos do disposto no artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 deDezembro, é feita através de:

a) Atestado de residência emitido pela junta de freguesia, por outro documento que o demonstre ou por verificaçãooficiosa dos elementos constantes nos organismos da segurança social, no caso de cidadão nacional;

b) Títulos previstos nos n.º 1 e 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, ou declaração deentidade competente, no caso de cidadãos estrangeiros, refugiados e apátridas.

1 - A contagem do prazo referido na alínea do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, faz--se de forma contínua e ininterrupta, observando-se a condição de residência em território nacional de, pelo menos,270 dias em cada ano civil.

2 - O período relevante de residência dos cidadãos nacionais que tenham exercido a sua última actividade em territórioestrangeiro previsto na alínea do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, começa acontar a partir da data de início de residência do requerente em território nacional, após o início da pensão atribuídapelo organismo estrangeiro.

3 - Sempre que o tempo decorrido entre a data de início da residência e o momento de apresentação do requerimentoseja inferior ao período de tempo que intermediou entre a data de início da pensão e a apresentação do requeri-mento, a entidade gestora suspende o procedimento administrativo até que decorra o remanescente deste perío-do de tempo.

4 - Para efeitos do número anterior o procedimento administrativo é retomado com a apresentação dos meios de provarelativos ao período de residência que se encontrava em falta.

s

b)

b)

Situações equiparadas

Residência em território nacional

Contagem do prazo de residência

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 29

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 5.º

Artigo 6.º

Artigo 7.º

1 - Na determinação do conceito do agregado familiar do requerente, considera-se que integram o mesmo agregadofamiliar o cônjuge ou a pessoa que com ele viva em união de facto há mais de dois anos.

2 - Não integram o mesmo agregado familiar os cônjuges que se encontrem separados judicialmente de pessoas e bens.

O agregado fiscal de cada um dos filhos do requerente é constituído, para além deste, pelas pessoas que compõem o seuagregado familiar nos termos em que o mesmo se encontra definido no Código do IRS.

1 - Para efeitos de aplicação da alínea do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, e defini-ção da solidariedade familiar, consideram-se os rendimentos anuais dos agregados fiscais dos filhos do requerenteprevistos no n.º 2 do artigo 7.º do mesmo diploma, nos termos dos números seguintes, sem prejuízo do disposto no n.º 3do artigo 13.º

2 - O rendimento por adulto equivalente de cada um dos agregados fiscais dos filhos do requerente determina acomponente de solidariedade familiar ou a exclusão do direito ao complemento.

3 - O rendimento por adulto equivalente é determinado segundo a seguinte fórmula:

em que:é o rendimento por adulto equivalente;

é o rendimento do agregado fiscal do filho do requerente;é o número de adultos equivalentes do agregado fiscal do filho do requerente calculado de acordo com uma escala

de equivalência que atribui um peso de 1 ao primeiro adulto, ou primeiro menor quando não existam adultos, de 0,7 acada um dos restantes adultos e de 0,5 a cada um dos menores, considerados no ano a que se reportam os rendi-mentos.

1 - O valor do rendimento por adulto equivalente de cada um dos agregados fiscais dos filhos é integrado num dos seguin-tes escalões:Escalões de rendimento por adulto equivalente por indexação ao valor de referência do complemento

b)

Rae =

RaeRae

(Rae), (VR):

Agregado familiar do requerente

Agregado fiscal dos filhos

Solidariedade familiar

RaeR

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA30

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Escalão 1 — até 2,5 ×Escalão 2— superior a 2,5 × até 3,5 ×Escalão 3 — superior a 3,5 × até 5 × Escalão 4 — superior a 5 ×

1 - A componente de solidariedade familiar assume os valores de 0%, 5% ou 10% do valor de referência do complementopara os 1.º, 2.º ou 3.º escalões, respectivamente.

2 - Quando o valor do rendimento por adulto equivalente se situa no 4.º escalão determina a exclusão do requerente dodireito ao complemento.

3 - O total da componente de solidariedade familiar resulta do somatório das componentes de solidariedade familiarapuradas para cada um dos filhos do requerente.

4 - Para a determinação da componente de solidariedade familiar são considerados os filhos que sejam sujeitos passivos,nos termos do disposto no Código do IRS, com excepção dos que tenham falecido.

5 - Os apoios dados pelos filhos do requerente a título de transferências monetárias ou de pagamento de equipamentossociais são sempre considerados como solidariedade familiar, substituindo o valor resultante da aplicação do dispostono n.º 7 sempre que o seu total seja superior a este último.

1 - Nos termos do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o valor de referência docomplemento é de 4.200,00€/Ano.

2 - Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o valor de referência docomplemento é igual ao produto do coeficiente de equivalência de 1,75 pelo valor de referência do complementoprevisto no número anterior.

1 - Os recursos do requerente integram o rendimento anual dos elementos que compõem o seu agregado familiar, nostermos dos números seguintes.

2 - Nas situações em que o agregado familiar do requerente é constituído apenas pelo próprio, o montante dos recursosdo requerente é apurado através do somatório dos seus rendimentos, acrescido da componente de solidariedadefamiliar.

3 - Nas situações em que o agregado familiar do requerente é constituído pelo próprio e pelo seu cônjuge ou pessoa quecom ele viva em união de facto, os recursos do requerente são apurados nos seguintes termos:

VR;VR × VR;VR VR; VR.

Artigo 8.º

Artigo 9.º

Valor de referência do complemento

Apuramento dos recursos do requerente

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 31

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

a) Somatório dos rendimentos individualizados do requerente, acrescido da componente de solidariedade familiar;b) Somatório dos rendimentos do agregado familiar do requerente, acrescido da componente de solidariedade familiar.

4 - Nas situações em que ambos os membros do agregado familiar são requerentes ou sendo um deles titular do comple-mento e o outro requerente, os recursos de cada um deles são apurados através do somatório dos seus rendimentosindividualizados, acrescido das respectivas componentes de solidariedade familiar, sem prejuízo do disposto no nú-mero seguinte.

5 - Sempre que, nas situações previstas no número anterior, em relação a um dos elementos do agregado familiar não sejaverificada a condição de recursos prevista na alínea do artigo 10.º este deixa de ser considerado como requerente,passando, a partir desse momento, a ser tratado como cônjuge, sendo o montante dos recursos do requerentedeterminado de acordo com o disposto no n.º 3.

A condição de recursos do requerente para acesso ao complemento prevista na alínea do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, verifica-se sempre que:

a) O montante dos recursos do requerente, determinado nos termos do n.º 2 do artigo anterior, seja inferior ao valorde referência do complemento previsto no n.º 1 do artigo 8.º;

b) Qualquer um dos montantes dos recursos do requerente, determinados nos termos das alíneas e do n.º 3 doartigo anterior, seja inferior, respectivamente, aos valores de referência do complemento previsto nos n.º 1 e 2do artigo 8.º;

c) O montante dos recursos de cada requerente, determinado nos termos do n.º 4 do artigo anterior, seja inferior aovalor de referência do complemento previsto no n.º 2 do artigo 8.º e, cumulativamente, o rendimento individuali-zado de cada requerente, acrescido da respectiva componente de solidariedade familiar, seja inferior ao valor dereferência do complemento previsto no n.º 1 do artigo 8.

1 - O complemento, nas situações em que o agregado familiar do requerente é constituído apenas pelo próprio, é igual àdiferença entre o valor de referência do complemento previsto no n.º 1 do artigo 8.º e o montante dos recursos dorequerente, determinado nos termos previstos no n.º 2 do artigo 9.º

2 - Nas situações em que o agregado familiar do requerente é constituído pelo próprio e pelo seu cônjuge ou por pessoaque com ele viva em união de facto, o complemento é igual ao menor dos valores resultantes do cálculo a efectuar nostermos das alíneas seguintes:a) A diferença entre o valor de referência do complemento previsto no n.º 1 do artigo 8.º e o montante dos recursos

do requerente, determinado nos termos previstos na alínea do n.º 3 do artigo 9.º;b) A diferença entre o valor de referência do complemento previsto no n.º 2 do artigo 8.º e o montante dos recursos

do requerente, determinado nos termos previstos na alínea do n.º 3 do artigo 9.º

c)

c)

a) b)

a)

b)

Artigo 10.º

Artigo 11.º

s

Verificação da condição de recursos do requerente

Cálculo do complemento

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA32

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

1 - Nas situações em que ambos os membros do agregado familiar são requerentes, o complemento atribuído é igual àdiferença entre o valor de referência do complemento previsto no n.º 2 do artigo 8.º e o montante dos recursos de umdos requerentes, determinado nos termos previstos no n.º 4 do artigo 9.º, repartida por cada um de forma proporcio-nal às respectivas necessidades, nos termos do número seguinte.

2 - A repartição é efectuada pela aplicação do ponderador à diferença referida no número anterior, calculado atravésdas fórmulas:

e

em que:1 é o ponderador do primeiro requerente;2 é o ponderador do segundo requerente;é o valor de referência do complemento previsto no n.º 1 do artigo 8.º;

Y1 é o total dos rendimentos individuais do primeiro requerente, acrescidos da respectiva componente de solidarie-dade familiar;Y2 é o total dos rendimentos individuais do segundo requerente, acrescidos da respectiva componente de solidarie-dade familiar.

1 - Para apuramento dos rendimentos do agregado familiar do requerente são considerados os rendimentos anuaisprevistos no n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, nos termos constantes dos artigos 15.ºa 26.º do presente decreto regulamentar.

2 - Aapresentação dos rendimentos referidos no número anterior deve ser feita de forma individualizada.

3 - Quando não seja possível a apresentação individualizada dos rendimentos a sua individualização é oficiosamenterealizada através da repartição equitativa desse valor pelos elementos do agregado familiar.

4 - Sempre que se verifiquem rendimentos em co-titularidade ou co-propriedade com pessoas que não integrem oagregado familiar do requerente, o valor de rendimento a considerar é o correspondente à quota-parte dos elementosdo agregado familiar do requerente.

5 - Os rendimentos a considerar para efeitos de atribuição do complemento reportam-se ao ano civil anterior ao da datade apresentação do requerimento ou ao ano imediatamente anterior a este, no caso de não se encontraremdisponíveis os meios de prova exigidos.

6 - Encontrando-se os elementos do agregado familiar do requerente obrigados a entregar declaração de imposto sobre orendimento de pessoas singulares à administração fiscal, deve a mesma ser apresentada para efeitos de verificaçãodos seus rendimentos.

W

WWVR

Artigo 12.º

Rendimentos do agregado familiar do requerente

YY

YW

VR

VR

21

1

1 2

)(

��

� WW 121��

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 33

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 13.º

Artigo 14.º

Artigo 15.º

1 - Para apuramento dos rendimentos dos agregados fiscais dos filhos, são consideradas todas as categorias de ren-dimentos anuais previstas no n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, sem prejuízo do dis-posto nos números seguintes.

2 - Os rendimentos constantes da alínea do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, são con-siderados nos termos do Código doIRS.

3 - Não são considerados os rendimentos dos elementos do agregado fiscal dos filhos que tenham falecido.

4 - Os rendimentos a considerar para efeitos de determinação da componente de solidariedade familiar reportam-se aoano civil anterior ao da data de apresentação do requerimento ou ao ano imediatamente anterior a este, no caso denão se encontrarem disponíveis os meios de prova exigidos.

5 - Nas situações em que os filhos do requerente estejam obrigados a entregar declaração de imposto sobre o rendimentodas pessoas singulares à administração fiscal ou declaração de imposto equivalente noutros sistemas fiscais, os rendi-mentos declarados para efeitos de determinação da componente de solidariedade familiar reportam-se à respectivanota de liquidação ou a documento equivalente de outros sistemas fiscais.

Sempre que os rendimentos presentes para efeitos de atribuição do complemento sejam apresentados em moedadiferente do euro a sua conversão é realizada pela taxa de câmbio em vigor à data da entrega do requerimento.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se rendimentos de trabalho dependente os rendimentosefectivamente auferidos pelos elementos do agregado familiar do requerente no ano civil em causa, nos termos dodisposto no Código do IRS, designadamente os provenientes de:a) Trabalho por conta de outrem;b) Exercício de função, serviço ou cargo públicos;c) Situação de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva;d) Remunerações acessórias;e) Abonos e falhas;f) Gratificações.

2 - Para além da declaração de IRS podem ser solicitados outros documentos comprovativos do valor do rendimento detrabalho dependente, designadamente os seguintes:

f)

Rendimentos do agregado fiscal dos filhos do requerente

Taxas de câmbio

Rendimentos de trabalho dependente

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA34

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

a) Declaração da entidade patronal;b) Fotocópia de recibos de vencimento.

3 - Aprova de rendimentos pode ser realizada através dos registos da segurança social, quando existentes.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se os rendimentos empresariais e profissionais efectivamen-te auferidos pelos elementos do agregado familiar do requerente ou as remunerações convencionais declaradas porestes, para efeitos de determinação do montante de contribuição para a segurança social pelos trabalhadores inde-pendentes no ano civil em causa, provenientes, designadamente:a) Do exercício de qualquer actividade comercial, industrial, agrícola, silvícola ou pecuária;b) Da propriedade intelectual ou industrial;c) Do exercício por conta própria de qualquer actividade de prestação de serviços.

2 - No caso dos rendimentos ao abrigo do regime simplificado ou gerados por acto isolado, o valor a considerar pa-ra efeitos da determinação do rendimento do agregado familiar do requerente é o total do resultado da apli-cação:a) Do coeficiente 0,2 ao valor de vendas de mercadorias ou produtos, ao valor da prestação de serviços no âmbito de

actividades hoteleiras e similares e subsídios à exploração destinados a compensar preços de vendas;b) Do coeficiente 0,65 ao valor dos rendimentos provenientes da propriedade intelectual, ao valor das prestações de

serviços e outros rendimentos.

3 - O valor mínimo a considerar para efeitos do disposto no número anterior é de 2.620,00€/Ano, sem prejuízo da suaeventual actualização pelo Código do IRS.

4 - No caso de rendimentos ao abrigo de contabilidade organizada, o valor a considerar para efeitos de de-terminação dos rendimentos do agregado familiar do requerente é o maior dos valores declarados a títulode:a) Lucro, apurado nos termos do IRS;b) Remunerações convencionais declaradas para efeitos de determinação do montante de contribuição para a segu-

rança social pelos trabalhadores independentes.

5 - Para além da declaração de IRS podem ser solicitados outros documentos comprovativos do valor dos rendimentosempresariais e profissionais, designadamente recibos e facturas emitidos nos termos do artigo 115.º do Código doIRS.

6 - Nos casos de indisponibilidade dos documentos referidos no número anterior, a prova de rendimentos pode serrealizada através dos registos da segurança social, quando existentes.

Artigo 16.º

Rendimentos empresariais e profissionais

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 35

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 17.º

Artigo 18.º

Artigo 19.º

1 - Para efeitos da atribuição do complemento, consideram-se rendimentos de capitais uma percentagem do valor dopatrimónio mobiliário.

2 - O valor a considerar para efeitos de determinação dos rendimentos dos elementos do agregado familiar do requerenteé de montante igual a 5% do valor total do património mobiliário.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se os rendimentos prediais efectivamente auferidos no anocivil em causa, sem prejuízo do disposto no n.º 3.

2 - Por rendimentos prediais entendem-se, designadamente, as rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos, pagas oucolocadas à disposição dos respectivos titulares, bem como as importâncias relativas à cedência do uso do prédio oude parte dele e aos serviços relacionados com aquela cedência, a diferença auferida pelo sublocador entre a rendarecebida do subarrendatário e a paga ao senhorio, à cedência do uso, total ou parcial de bens imóveis e a cedência deuso de partes comuns de prédios.

3 - Sempre que o valor dos rendimentos prediais seja de montante inferior ao determinado por efeito de aplicação do dispos-tonon.º 2 doartigo seguinte, aquele não se considera para efeitos de rendimentodoagregado familiar do requerente.

4 - Para além da declaração de IRS, podem ser solicitados outros documentos comprovativos do valor dos rendimentosprediais, designadamente duplicado dos recibos de rendas.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se património imobiliário os prédios rústicos, urbanos emistos propriedade dos elementos do agregado familiar do requerente em 31 de Dezembro do ano em causa.

2 - O valor a considerar para efeitos de determinação dos rendimentos do agregado familiar do requerente é de montanteigual a 5% do valor total do património imobiliário aferido pelo valor que conste dos documentos mencionados nonúmero seguinte.

3 - A prova do valor do património imobiliário é feita através da caderneta predial actualizada ou, na falta desta, porcertidão de teor matricial ou documento que haja titulado a respectiva aquisição.

4 - O disposto neste artigo não se aplica aos imóveis ou fracções destinados à habitação permanente do requerente.

Rendimentos de capitais

Rendimentos prediais

Património imobiliário

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA36

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 20.

Artigo 21.º

Artigo 22.º

o

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se património mobiliário, designadamente, créditos deposi-tados em contas bancárias, valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado e acções e outrosactivos financeiros de que os elementos do agregado familiar do requerente sejam titulares em 31 de Dezembro doano em causa.

2 - Aprova do valor do património mobiliário é realizada, designadamente, através de:a) Títulos de depósitos bancários;b) Documentos emitidos por instituições bancárias ou outras competentes.

Para efeitos da atribuição do complemento, consideram-se incrementos patrimoniais os rendimentos que configurem umacréscimo ao património dos elementos do agregado familiar do requerente não enquadráveis como rendimento de qual-quer outra categoria no ano civil em causa, nos termos do disposto no Código do IRS, designadamente:

a) Indemnizações que visem a reparação de danos emergentes e de lucros cessantes;b) Importâncias atribuídas em virtude da assunção de obrigações de não concorrência;c) Acréscimos patrimoniais não justificados.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, considera-se valor de realização de bens móveis e imóveis o resultado daalienação de bens e direitos no ano civil em causa, designadamente:a) Venda de imóveis ou de direitos e de cessões de posições contratuais sobre imóveis;b) Venda de partes sociais e outros valores mobiliários;c) Venda de direitos de propriedade intelectual e industrial;d) Rendimentos provenientes de operações relativas a instrumentos financeiros derivados.

2 - O valor a considerar para efeitos de determinação dos rendimentos dos elementos do agregado familiar do requerente é demontante igualaovalordarealizaçãodeduzidodeeventuaisempréstimos,semprejuízododispostonosnúmerosseguintes.

3 - Sempre que o valor de realização de bens móveis, imóveis ou direitos seja, no mesmo ano civil, integralmente conver-tido em património mobiliário ou imobiliário da titularidade dos elementos do agregado familiar do requerente, o seuvalor não é considerado para efeitos de rendimento dos elementos do agregado familiar do requerente.

4 - Sempre que o valor de realização de bens móveis ou imóveis seja, no mesmo ano, parcialmente convertido empatrimónio mobiliário ou imobiliário da titularidade dos elementos do agregado familiar do requerente, o valor a con-

Património mobiliário

Incrementos patrimoniais

Valor de realização de bens móveis e imóveis

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 37

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

siderar, a este título, para efeitos de rendimento deste agregado familiar é 5% do valor de realização não convertidoem património.

5 - Para além da declaração de IRS podem ser solicitados outros documentos comprovativos do valor da realização debens móveis e imóveis, designadamente:a) Escrituras de compra e venda;b) Contratos de compra e venda;c) Documento comprovativo da liquidação de empréstimo.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se as pensões, nos termos constantes no Código do IRS, doselementos do agregado familiar do requerente no ano civil em causa, designadamente:a) Pensões de aposentação ou reforma, pensão de velhice, pensão de invalidez, pensão de sobrevivência ou outras

pensões da mesma natureza;b) Rendas temporárias ou vitalícias;c) Prestações a cargo de companhias de seguros ou de fundos de pensões.

2 - Para além da declaração de IRS, podem ser solicitados outros documentos comprovativos do valor dos rendimentos depensões, designadamente documentos emitidos pelo organismo pagador da pensão ou renda do valor das pensões.

3 - Os meios de prova referidos no número anterior podem ser dispensados nos casos de pensões pagas pelo Instituto daSegurança Social, I. P.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se os rendimentos de todas as prestações sociais doselementos do agregado familiar do requerente no ano civil em causa, à excepção das seguintes:a) Subsídio de funeral;b) Subsídio por morte;c) Apoios eventuais de acção social;d) Complemento solidário para idosos.

2 - No caso da prestação de rendimento social de inserção (RSI), o valor a considerar, para efeitos da atribuição do com-plemento, é o resultado da divisão do valor anual da prestação pelos elementos que compõem o agregado familiar dotitular.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se o valor anual da prestação de RSI e o número de elementosdo agregado familiar do seu titular em 31 de Dezembro do ano em causa ou à data de cessação da prestação, quandoesta tenha ocorrido.

Artigo 23.º

Artigo 24.º

Pensões

Prestações sociais

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA38

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

4 - Para comprovação dos rendimentos de prestações sociais podem ser solicitados documentos emitidos pelo organismopagador das mesmas.

5 - Os meios de prova referidos no número anterior podem ser dispensados nos casos de prestações pagas pela entidadegestora da prestação.

1 - Quando qualquer dos elementos do agregado familiar do requerente utilize equipamentos sociais, considera-se comorendimento um valor correspondente ao valor das comparticipações da segurança social, para efeitos de atribuição docomplemento.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se equipamentos sociais os equipamentos integrados na redepública, privada e solidária, comparticipados ou não pela segurança social, designadamente os das seguintes tipologias:a) Lar de idosos;b) Centro de dia;c) Centro de convívio;d) Apoio domiciliário.

3 - O valor a considerar para efeitos de determinação do rendimento dos elementos do agregado familiar do requerente éde montante igual ao valor anual da comparticipação paga pela segurança social por utente para a tipologia de equi-pamento em causa, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

4 - No caso de utilização de equipamentos não comparticipados pela segurança social, o valor referido no númeroanterior é considerado, a este título, para efeitos de rendimento dos elementos do agregado familiar do requerentenos casos em que o pagamento do custo do equipamento seja realizado por instituições ou pessoas que não integram oagregado familiar do requerente ou de filho deste.

5 - No caso de utilização de equipamentos não comparticipados pela segurança social, o valor referido no n.º 3 é conside-rado a título de solidariedade familiar sempre que o pagamento do custo do equipamento seja realizado pelos filhosdo requerente.

6 - Acomprovação da utilização dos equipamentos sociais, bem como dos respectivos custo e tipologia, é feita através dedeclaração da instituição que gere o equipamento social nos casos em que não seja possível determinar a situaçãopelos serviços de segurança social ou pelo requerente.

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se as transferências monetárias periódicas para os elementosdo agregado familiar do requerente efectuadas por indivíduos ou instituições públicas ou privadas no ano civil em causa.

Artigo 25.º

Artigo 26.º

Comparticipação da segurança social

Transferências monetárias ou bancárias

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 39

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

2 - Por transferências monetárias entendem-se as doações e as pensões de alimentos que traduzam uma forma de apoiomonetário destinadas a melhorar o nível de rendimento dos elementos do agregado familiar do requerente,designadamente as que se destinam a apoiar despesas com alojamento, alimentação, saúde, comunicações ou outras.

3 - Para efeitos de determinação do rendimento dos elementos do agregado familiar do requerente, não sãoconsideradas, a este título, as transferências para eles realizadas que integrem os rendimentos constantes dos artigosanteriores.

4 - Acomprovação das transferências monetárias é realizada através de:a) Extractos bancários sobre movimentos de conta ou documentos equivalentes, caso se realizem por via bancária;b) Declaração do próprio, nas demais situações.

1 - O requerimento é obrigatoriamente instruído com os seguintes documentos relativos aos elementos do agregadofamiliar do requerente:a) Fotocópia do documento de identificação da segurança social ou do cartão de pensionista da segurança social ou

de outros sistemas de protecção social;b) Fotocópia do documento de identificação civil;c) Fotocópia do documento de identificação fiscal;d) Declaração de disponibilidade para o reconhecimento de direitos e cobrança de créditos;e) Declaração que autorize a entidade gestora da prestação a aceder à informação fiscal e bancária relevante para

atribuição do complemento.

2 - O requerimento é ainda obrigatoriamente instruído com os seguintes documentos relativos aos elementos doagregado familiar do requerente, sempre que aplicáveis à sua situação:a) Fotocópia da declaração de IRS;b) Documentos comprovativos dos rendimentos, nos termos previstos no presente decreto regulamentar.

3 - Na instrução do requerimento, o requerente deve ainda apresentar obrigatoriamente os seguintes documentos:a) Documento comprovativo da residência, conforme o artigo 3.º;b) Declaração em que conste o início da pensão, para os cidadãos referidos no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º

232/2005, de 29 de Dezembro;c) Declaração de disponibilidade para exercer o direito a alimentos no caso previsto no n.º 3 do artigo 29.º

4 - O requerimento é ainda obrigatoriamente instruído com os seguintes elementos relativos aos dos filhos dorequerente, nos casos em que estes sejam sujeitos passivos de IRS ou de imposto equivalente no âmbito de sistemasfiscais estrangeiros:a) Número do documento de identificação da segurança social;b) Fotocópia da declaração de IRS e respectiva nota de liquidação ou declaração alternativa de rendimentos.

5 - No caso de os filhos do requerente se encontrarem obrigados a apresentar declaração de rendimentos em paísestrangeiro quanto a estes rendimentos, o requerimento é instruído exclusivamente através da declaração alternati-

Artigo 27.º

Instrução do requerimento

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA40

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

va de rendimentos mencionada na alínea do número anterior, podendo ainda ser dispensados da apresentação dainformação prevista na alínea do mesmo número.

1 - Os requerentes podem ser dispensados da apresentação de alguns dos documentos previstos nos n.º 1, 2 e 3 dopresente artigo, caso esteja salvaguardado o acesso à informação em causa por parte da segurança social,designadamente por efeito de processos de interconexão de dados com outros organismos daAdministração Pública.

1 - Na falta de apresentação de alguns dos meios de prova previstos no artigo anterior, a entidade gestora notifica orequerente para, no prazo de 10 dias úteis contados a partir da data da notificação, proceder à sua entrega.

2 - A não apresentação dos documentos em falta, nos termos do número anterior, determina a aplicação do disposto noartigo 91.º do Código do ProcedimentoAdministrativo.

1 - Quando o requerente não instrua o requerimento com a declaração dos rendimentos do agregado fiscal de algum dosfilhos, por desconhecimento do seu paradeiro, na determinação dos recursos do requerente não é considerada asolidariedade familiar desse filho.

2 - Se algum dos filhos do requerente recusar a entrega dos meios de prova relativos aos rendimentos do seu agregado fa-miliar, deve ser apresentada declaração que comprove essa recusa.

3 - A declaração prevista no número anterior deve ser acompanhada da disponibilidade do requerente em exercer odireito a alimentos em relação a esse filho, não sendo neste caso considerada a solidariedade familiar do respectivofilho na determinação dos recursos do requerente.

4 - Se o requerente não se disponibilizar para exercer o seu direito a alimentos, na determinação dos recursos do reque-rente integra-se o montante de solidariedade familiar para esse filho, previsto no 3.º escalão, consagrado no n.º 4 doartigo 7.º

5 - A concretização da disponibilidade prevista no n.º 3 deve ser realizada no prazo máximo de seis meses após oreconhecimento do direito ao complemento, através da entrega de duplicado da apresentação em juízo da respectivapetição inicial.

6 - No caso de incumprimento do disposto no número anterior, a componente de solidariedade familiar assume automati-camente, para o filho em causa, o valor previsto no n.º 4.

b)a)

s

Artigo 28.º

Artigo 29.º

Falta de apresentação de elementos de instrução do requerimento

Declaração dos rendimentos do agregado fiscal dos filhos

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 41

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 30.

Artigo 31.º

Artigo 32.º

o

1 - Os rendimentos considerados para efeitos de atribuição do complemento são actualizados ao ano civil anterior ao daapresentação do requerimento, sempre que tal se demonstre necessário.

2 - Os rendimentos considerados para efeitos de atribuição do complemento são ainda actualizados no início de cada anocivil posterior à data de reconhecimento do direito ao complemento, reportando-se a actualização ao ano civilimediatamente anterior.

3 - A actualização dos rendimentos é realizada mediante aplicação do índice geral de preços no consumidor, semhabitação, fixado em Outubro do ano a que se reporta a actualização.

4 - O disposto no número anterior não se aplica aos rendimentos considerados no artigo 25.º

5 - A actualização dos rendimentos referidos no número anterior é determinada pelo coeficiente anual de actualizaçãodas comparticipações da segurança social para equipamentos sociais.

1 - O pagamento do complemento é realizado mensalmente excepto nos casos em que o complemento a atribuir assumaum valor mensal inferior a 5,00€.

2 - Sempre que o complemento a atribuir assuma um valor mensal inferior a 5,00€, há lugar a pagamento quando osvalores mensais acumulados atinjam um valor de 5,00€ ou dois anos após o reconhecimento do direito aocomplemento, caso o valor acumulado até à data seja inferior a 5,00€.

1 - A renovação da prova faz-se pela demonstração da situação do requerente nos termos e com os documentos previstosno presente decreto regulamentar, com a periodicidade prevista no artigo 20. do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 deDezembro.

2 - Para efeitos no disposto no n.º 2 do artigo 20. do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, quando a renovaçãoocorra no prazo de um ano após o reconhecimento do direito ao complemento, fica o seu titular isento deapresentação de nova prova, podendo ainda o requerente que determina o processo de renovação antecipada ficarisento de apresentação de prova de rendimentos.

o

o

Actualização dos rendimentos

Pagamento do complemento

Renovação da prova de rendimentos

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA42

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 33.º

O presente Decreto Regulamentar produz efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2006.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 de Janeiro de 2006. —

Promulgado em 27 de Janeiro de 2006.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 27 de Janeiro de 2006.O Primeiro-Ministro,

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — FernandoTeixeira dos Santos —Alberto Bernardes Costa — Pedro Manuel Dias de Jesus Marques.

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Produção de efeitos

Page 44: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA44

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Decreto-Lei n.º 236/2006de 11 de Dezembro

Tal como havia inscrito no seu Programa, o XVII Governo Constitucional,pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, instituiu umaprestação extraordinária de combate à pobreza dos idosos que de-signou de complemento solidário para idosos. Com a instituição des-ta prestação o Governo apostou na concentração dos recursos dis-poníveis nos estratos da população idosa com menores rendimentos,na atenuação das situações de maior carência de uma forma maiscélere e na solidariedade familiar enquanto forma de expressão deuma responsabilidade colectiva e instrumento de materialização dacoesão social.

Como se consagrou no Decreto-Lei instituidor do complemento solidário para idosos, esta é uma prestação do subsistemade solidariedade destinada a pensionistas com mais de 65 anos, tendo-se instituído a sua aplicação de forma progressivapor quatro anos, ou seja, consagrou-se que a idade para o reconhecimento do direito ao complemento solidário para idososseria igual ou superior a 80 anos, no ano de 2006, igual ou superior a 75 anos, no ano de 2007, igual ou superior a 70 anos, noano de 2008, e igual ou superior a 65 anos, no ano de 2009. No entanto, as condições orçamentais do corrente anopermitem encurtar em um ano o período de tempo previsto para a aplicação progressiva desta prestação, permitindo que aprestação chegue mais depressa a quem mais precisa.

Procede-se, pois, com o presente , ao encurtamento, em um ano, no período previsto para aplicação do complemento,sendo que no ano de 2007 a idade para o reconhecimento do direito será igual ou superior a 70 anos.

Volvidos que são nove meses de aplicação em concreto da legislação em vigor, que se traduziram na implementação destanova prestação, o Governo aproveita a presente alteração para proceder a alguns ajustamentos com o intuito de a tornarmais clara e objectiva.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das RegiõesAutónomas.

Assim:Nos termos da alínea do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição o Governo decreta o seguinte:

O presente Decreto-Lei procede à alteração do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro.

a)

Artigo 1.º

Objecto

Altera o Decreto-Lein.º 232/2005, que cria o CSI,destacando-se alterações ao

nível da idade mínima deacesso a este benefício, quepassa a partir de 2008 a ser

de 65 anos

Page 46: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 45

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 2.º

Artigo 7.º

Artigo 9.º

Artigo 11.º

Os artigos 7.º, 9.º, 11.º, 12.º, 17.º, 20. e 24.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, passam a ter a seguinte redacção:

«

1 - ………………………………………………..

2 - Consideram-se, ainda, para efeitos do disposto no número anterior, os rendimentos dos agregados fiscais dos filhos dorequerente mencionados nas alíneas a do número anterior, ou outros, desde que considerados rendimento paraefeitos de base de incidência de IRS.

3 - ………………………………………………..

4 - Sempre que existam os rendimentos referidos nas alíneas e do n.º 1, os mesmos podem reportar-se aos anoscivis determinados no número anterior e ao ano da apresentação do requerimento, nos termos a regulamentar.

5 - Os rendimentos previstos nos n.º 1 e 2 são objecto de actualização nos termos a regulamentar.

6 - ………………………………………………..

1 - ………………………………………………..

2 - ………………………………………………..

3 - Pela Portaria mencionada no n.º 1 é também actualizado o montante do complemento solidário para idosos atribuído.

1 - O direito ao complemento solidário para idosos é suspenso nas seguintes situações:a) Não verificação da condição estabelecida na alínea do n.º 1 do artigo 4.º;b) …………………………………………c) Incumprimento das obrigações constantes do artigo 20. ;d) …………………………………………

o

s

o

a) g)

g), h) i)

c)

Alteração ao Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro

[.. .]

[.. .]

[.. .]

Page 47: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA46

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

2 - ………………………………………………..

3 - ………………………………………………..

4 - ………………………………………………..

5 - ………………………………………………..

6 - ………………………………………………..

a) …………………………………………b) …………………………………………c) Por desistência do titular;d) Por aplicação de sanção acessória que determine a privação do direito à prestação.

1 - Aatribuição do complemento solidário para idosos, bem como a renovação da prova de recursos, depende da apresen-tação de requerimento dirigido à entidade gestora.

2 - A não verificação da condição estabelecida na alínea do n.º 2 do artigo 4.º determina a suspensão do procedimentoadministrativo até que, nos termos do disposto no n.º 3 do mesmo artigo, a mesma se verifique.

3

4

1 - Os titulares do complemento solidário para idosos estão obrigados à renovação da prova de recursos de dois em doisanos, contados a partir da data do reconhecimento do direito ao complemento, sem prejuízo do disposto no númeroseguinte.

2 - O período para renovação da prova de recursos pode ser inferior a dois anos:

Artigo 12.º

Artigo 17.º

Artigo 20.

b)

- (Anterior n.º 2.)

- (Anterior n.º 3.)

o

[.. .]

[.. .]

Renovação da prova de recursos

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 47

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

a) Sempre que seja apresentado um segundo requerimento para efeitos de atribuição da prestação num mesmoagregado familiar;

b) Sempre que exista uma alteração do agregado familiar do titular da prestação, designadamente por efeito decasamento ou de união de facto.

A idade para o reconhecimento do direito ao complemento solidário para idosos é fixada nos termos seguintes:a) …………………………………………b) Igual ou superior a 70 anos, no ano de 2007;c) Igual ou superior a 65 anos, no ano de 2008;

É revogada a alínea do n.º 1 do artigo 13.º e a alínea do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro.

O presente Decreto-Lei entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2007.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Outubro de 2006. —

Promulgado em 21 de Novembro de 2006.Publique-se.O Presidente da República,ANÍBALCAVACO SILVA.

Referendado em 22 de Novembro de 2006.O Primeiro-Ministro,

Artigo 24.º

Artigo 3.º

Artigo 4.º

d) (Revogada.)

c) d)

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — FernandoTe ixeira dos Santos — José Manuel Vieira Conde Rodrigues — Pedro Manuel Dias de Jesus Marques.

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

[.. .]

Norma revogatória

Entrada em vigor

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 49

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 77/2007de 12 de Janeiro

Pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o XVII GovernoConstitucional procedeu à criação do complemento solidário paraidosos.

O complemento constitui uma prestação do subsistema de solidariedade destinada a pensionistas com 65 ou mais anos deidade, uma vez que estes se inserem precisamente no grupo populacional mais exposto a níveis de privação decorrentes da

escassez de recursos monetários, constituídos muitas vezes por rendimentos exclusivamente provenientes de pensões mínimas.

Com esta medida o Governo pretendeu aumentar a eficácia no combate à pobreza dos idosos, reforçando o princípio dejustiça social ao diferenciar, na atribuição do complemento, as situações que efectivamente são diferentes.

Para a correcção das assimetrias de rendimento existentes entre os Portugueses torna-se essencial salvaguardar a manutençãode um limiar mínimo de rendimento para os pensionistas com 65 ou mais anos de idade em situação de pobreza.Amanutençãodesse limiar de rendimento, conforme o disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, com aredacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, é garantida através da actualização periódica dovalor de referência considerado para determinação do montante do complemento, bem como do montante de complementosolidário para idosos atribuído, tendo em conta a evolução dos preços, o crescimento económico e a distribuição da riqueza.

Um bom indicador para aferir o crescimento económico e, simultaneamente, reflectir a evolução dos preços, bem como adistribuição de rendimentos no ano a que se reportam os recursos dos requerentes, é a evolução da riqueza nacional

pelo que a actualização do valor de referência do complemento e do montante de complemento solidário paraidosos atribuído, conforme o disposto na presente Portaria, é efectuada com base na estimativa de crescimento nominaldo produto interno bruto no ano de 2006.

Esta actualização acompanha a evolução dos preços de forma a garantir a manutenção do poder de compra para os titu-lares da prestação e assegura um poder de compra, semelhante ao destes, aos novos requerentes, bem como considera aevolução, em termos gerais, do bem-estar dos Portugueses.

Assim:Nos termos do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada peloDecreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Trabalho eda Solidariedade Social, o seguinte:

O valor de referência do complemento solidário para idosos bem como o montante de complemento solidário para idososatribuído são actualizados nos termos previstos no presente diploma.

percapita,

per capita

Artigo 1.º

Âmbito

Estabelece os valores

de referência do CSI

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA50

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Artigo 4.º

Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o valor de referência docomplemento solidário para idosos é actualizado pela aplicação de 3,3%, correspondente à estimativa de crescimentonominal do produto interno bruto no ano de 2006, fixando-se o mesmo a partir de 1 de Janeiro de 2007 em4338,60€.

Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o montante de comple-mento solidário para idosos atribuído é actualizado pela aplicação de 3,3% de aumento, correspondente à estimativa decrescimento nominal do produto interno bruto no ano de 2006.

O disposto na presente Portaria produz efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2007.

Em 22 de Dezembro de 2006.O Ministro de Estado e das Finanças, Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,

Secretário de Estado da Segurança Social.

per capita

per capita

Fernando Teixeira dos Santos. —Pedro Manuel Dias de Jesus Marques,

Actualização do valor de referência do complemento

Actualização do Complemento

Produção de efeitos

Page 52: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 53: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA52

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Decreto Regulamentar n.º 14/2007de 20 de Março

Pelo Decreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, o Governo procedeu àalteração do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, antecipandoem um ano o período inicialmente previsto para a aplicação progressiva daidade para o reconhecimento ao direito ao complemento solidário paraidosos.

Com a referida alteração foram também introduzidos ajustamentos eclarificações que a experiência colhida durante o período de implementaçãoda prestação, já decorrido, demonstrou serem úteis.

Ora, as alterações introduzidas no Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, reflectem-se no diploma que o regulamen-tou, o qual, por sua vez, também carece de algumas clarificações e ajustamentos, que pelo presente diploma se introduzem.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das RegiõesAutónomas.

Assim:Ao abrigo do disposto no artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, e nos termos da alínea do artigo199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

O presente Decreto Regulamentar procede à alteração do Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro.

Os artigos 7.º, 9.º, 10.º, 12.º, 13.º, 16.º, 18.º, 22.º, 23.º, 24.º, 26.º, 27.º, 30. , 31.º e 32.º do Decreto Regulamentar n.º3/2006, de 6 de Fevereiro, passam a ter a seguinte redacção:

1 - ……………………………………………….

c)

Artigo 1.º

Artigo 2.º

«Artigo 7.º

o

Objecto

Alteração ao Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro

[.. .]

Estabelece os escalõesde rendimentos atribuídos

aos filhos e antecipaem um ano

a idade mínima pararequerimento do CSI

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 53

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

2 - ……………………………………………….

3 - ……………………………………………….

4 - O valor do rendimento por adulto equivalente de cada um dos agregados fiscais dos filhos é integrado num dosseguintes escalões:Escalões de rendimento por adulto equivalente (Rae), por indexação ao valor de referência do complemento (VR)determinado nos termos do disposto no n.º 1 do artigo seguinte;Escalão 1 — até 2,5 ×VR;Escalão 2— superior a 2,5 ×VR até 3,5 ×VR;Escalão 3 — superior a 3,5 ×VR até 5 ×VR;Escalão 4 — superior a 5 ×VR.

5 - A componente de solidariedade familiar assume os valores de 0%, 5 % ou 10% do valor de referência do complementopara os 1.º, 2.º ou 3.º escalões, respectivamente, determinado nos termos do artigo seguinte.

6 - ……………………………………………….

7 - ……………………………………………….

8 - ……………………………………………….

9 - ……………………………………………….

1 - ……………………………………………….

2 - ……………………………………………….

3 - ……………………………………………….

4 - Nas situações em que ambos os membros do agregado familiar são requerentes ou sendo um deles titular docomplemento e o outro requerente, os recursos de cada um deles são apurados através do somatório dos rendimentosde ambos, acrescido das respectivas componentes da solidariedade familiar, sem prejuízo do disposto no númeroseguinte.

5 - Na situação prevista no número anterior, sempre que o elemento do agregado familiar, com maior valor derendimentos individualizados acrescido da componente de solidariedade familiar que não verifique apenas uma dascondições de recursos previstas na alínea do artigo 10.º, deixa de ser considerado como requerente, passando, apartir desse momento, a ser tratado como cônjuge, sendo o montante dos recursos do requerente determinado deacordo com o disposto no n.º 3.

Artigo 9.º

c)

[.. .]

Page 55: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA54

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 10.º

Artigo 12.º

Artigo 13.º

A condição de recursos do requerente para acesso ao complemento solidário para idosos prevista na alínea do n.º 1 doartigo 4.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, verifica-se sempre que:

a) ……………………………………………….;b) os montantes dos recursos do requerente, determinados nos termos das alíneas e do n.º 3 do artigo anterior,

sejam simultaneamente inferiores aos respectivos valores de referência do complemento previsto nos n.º 1 e 2 doartigo 8.º;

c) ……………………………………………….

1 - ……………………………………………….

2 - ……………………………………………….

3 - ……………………………………………….

4 - ……………………………………………….

5 - Os rendimentos a considerar para efeitos de atribuição do complemento reportam-se ao ano civil anterior ao da datade apresentação do requerimento ou ao ano imediatamente anterior a este, no caso de não se encontraremdisponíveis os meios de prova exigidos, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

6 - Para efeitos de atribuição do complemento e no caso dos rendimentos previstos nas alíneas e do n.º 1 do artigo7.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, podem ser considerados os rendimentos do ano de apresentaçãodo requerimento, designadamente quando estes não sejam de natureza idêntica à dos rendimentos de anos anteriorese não constituam rendimento substitutivo destes.

7 - Encontrando-se os elementos do agregado familiar do requerente obrigados a entregar declaração de imposto sobre orendimento de pessoas singulares, deve a mesma ser apresentada para efeitos de consideração dos seus rendimentos.

1 - ……………………………………………….

2 - ……………………………………………….

c)

a) b)

g), h) i)

s

[.. .]

[.. .]

[.. .]

Page 56: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 55

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

3 - Não são considerados os rendimentos dos elementos do agregado fiscal dos filhos quando aqueles tenham, entretanto,falecido.

4 - ……………………………………………….

5 - ……………………………………………….

1 - ……………………………………………

2 - No caso dos rendimentos ao abrigo do regime simplificado ou gerados por acto isolado o valor a considerar para efeitosda determinação do rendimento do agregado familiar do requerente é o total do resultado da aplicação:a) Do coeficiente previsto em sede de CIRS ao valor de vendas de mercadorias ou produtos, ao valor da prestação de

serviços no âmbito de actividades hoteleiras e similares e subsídios à exploração destinados a compensar preçosde vendas;

b) Do coeficiente previsto em sede de CIRS ao valor dos rendimentos provenientes da propriedade intelectual, aovalor das prestações de serviços e outros rendimentos.

3 - ……………………………………………

4 - ……………………………………………

5 - ……………………………………………

6 - ……………………………………………

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, consideram-se os rendimentos prediais efectivamente auferidos peloselementos do agregado familiar do requerente no ano civil em causa sem prejuízo do disposto no n.º 3.

2 - ……………………………………………

3 - ……………………………………………

4 - ……………………………………………

Artigo 16.º

Artigo 18.º

[.. .]

[.. .]

Page 57: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA56

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 22.º

Artigo 23.º

Artigo 24.º

1 - Para efeitos de atribuição do complemento, considera-se valor de realização de bens móveis e imóveis, o resultado daalienação de bens e direitos dos elementos do agregado familiar do requerente, no ano civil em causa, designada-mente:a) ……………………………………………….b) ……………………………………………….c) ……………………………………………….d) ……………………………………………….

2 - ……………………………………………

3 - ……………………………………………

4 - ……………………………………………

5 - ……………………………………………

1 - ……………………………………………

2 - Para além da declaração de IRS podem ser solicitados ao requerente outros documentos comprovativos do valor dosrendimentos de pensões, designadamente documentos emitidos pelo organismo pagador da pensão ou renda.

3 - Sempre que se trate de pensões pagas pela entidade gestora da prestação, os meios de prova referidos no númeroanterior não são entregues, a não ser em situações excepcionais e quando, fundamentadamente, forem solicitadospor aquele organismo.

1 - ……………………………………………

2 - ……………………………………………

3 - Para comprovação dos rendimentos de prestações sociais poderão ser solicitados ao requerente documentos emitidospelo organismo pagador das mesmas.

[.. .]

[.. .]

[.. .]

Page 58: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 57

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

4 - Sempre que se trate de prestações sociais pagas pela entidade gestora da prestação os meios de prova referidos nonúmero anterior não são entregues, a não ser em situações excepcionais, e quando, fundamentalmente, foremsolicitados por aquele organismo.

5 -

1 - ……………………………………………

2 - ……………………………………………

3 - ……………………………………………

4 - O valor das transferências monetárias destinadas ao requerente, quando realizadas pelos seus filhos, é considerado atítulo de solidariedade familiar.

1 - ……………………………………………

2 - ……………………………………………

3 - ……………………………………………

a) ……………………………………………….b) Declaração em que conste o início da pensão, para os cidadãos referidos no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º

232/2005, de 29 de Dezembro;c) ……………………………………………….

4 - ……………………………………………

5 - No caso de os filhos do requerente se encontrarem obrigados a apresentar declaração de rendimentos em paísestrangeiro, quanto a estes rendimentos, o requerimento é instruído exclusivamente através da declaraçãoalternativa de rendimentos mencionada na alínea do número anterior, sendo ainda dispensados da apresentação dainformação prevista na alínea do mesmo número.

6 - ……………………………………………

(Revogado.)

5 - (Anterior n.º 4.)

b)a)

Artigo 26.º

Artigo 27.º

[.. .]

[.. .]

Page 59: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA58

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 30.º

Artigo 31.º

Artigo 32.º

1 - Os recursos previstos no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, são actualizados ao ano civilanterior ao do reconhecimento do direito, para efeitos de atribuição ou renovação do complemento, sempre que talse demonstre necessário.

2 - A actualização dos recursos é realizada mediante aplicação de um coeficiente resultante da variação média do índicede preços no consumidor (IPC), sem habitação, correspondente aos últimos doze meses e para os quais existam valoresdisponíveis à data de 30 de Novembro do ano a que se reporta a actualização.

3 -

4 -

5 -

1 - ……………………………………………

2 - Sempre que o complemento a atribuir assuma um valor mensal inferior a 5,00€, há lugar a pagamento quando osvalores mensais acumulados atinjam o valor de 5,00€.

3 - Sempre que o complemento a atribuir assuma um valor mensal inferior a 1,00€, considera-se este como o valor mensaldo complemento atribuído.

1 - A renovação da prova, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 20. do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro,faz-se pela demonstração da situação dos elementos do agregado familiar do titular, nos termos a regulamentar porPortaria do membro do Governo responsável pelas áreas do trabalho e da solidariedade social, com a periodicidadeprevista no mesmo artigo.

2 - Para os efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 20. do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro:a) Quando a renovação ocorra no prazo de um ano após o reconhecimento do direito ao complemento, fica o seu

titular isento de apresentação de nova prova de recursos, podendo ainda o requerente que determina o processode renovação antecipada ficar isento de apresentação de prova de recursos;

b) O titular da prestação fica obrigado à apresentação de nova prova de recursos nos casos em que a renovaçãodecorra de uma alteração do seu agregado familiar por casamento ou união de facto, ou a seu pedido.

(Revogado.)

(Revogado.)

(Revogado.)

o

o

Actualização dos recursos

[.. .]

[.. .]

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 59

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

3 - A renovação da prova, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 20. do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro,faz-se pela demonstração da situação dos elementos do agregado familiar do titular, nos termos e com os documentosprevistos no presente decreto regulamentar.»

São revogados o n.º 5 do artigo 24.º e os n.º 3, 4 e 5 do artigo 30. do Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro.

O disposto no presente Decreto Regulamentar produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de Dezembro de 2006. —

Promulgado em 23 de Fevereiro de 2006. Publique-se.O Presidente da República,ANÍBALCAVACO SILVA.

Referendado em 28 de Fevereiro de 2007.O Primeiro-Ministro,

o

s o

Artigo 3.º

Artigo 4.º

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa —Fernando Te ixeira dos Santos —Alberto Bernardes Costa — JoséAntónio Fonseca Vieira da Silva.

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Norma revogatória

Produção de efeitos

Page 61: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 61

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Decreto-Lei n.º 252/2007de 5 de Julho

Envelhecer com saúde, autonomia e independência constitui, hoje, umdesafio à responsabilidade individual e colectiva, com tradução significa-tiva no desenvolvimento económico do País. Este desafio refere-se nãoapenas à sustentabilidade do próprio sistema de saúde mas, acima de tudo,à garantia da equidade no acesso e na qualidade dos cuidados de saúdeprestados.

O progressivo envelhecimento demográfico, entre outros aspectos, tem determinado o aumento das doenças crónicas eincapacitantes em determinados grupos da população, designadamente os idosos, com implicação directa nos custos daaquisição de medicamentos ou outros produtos necessários à manutenção e protecção da saúde.

Constata-se, ainda, que é precisamente entre os idosos que o risco de pobreza é mais elevado, particularmente nos idososque vivem isolados, pelo que importa ter em conta a aplicação do princípio da diferenciação positiva enquanto instru-mento de justiça social.

Sabendo que existem, em Portugal, idosos com rendimentos muito reduzidos e que despendem grande parte dos seusrecursos económicos com a saúde, nomeadamente com medicamentos e outras áreas de apoio com baixa comparticipaçãopelo Estado, é intenção deste governo atribuir-lhes benefícios adicionais, atendendo à sua situação sócio-económicamuito desfavorecida.

Esta medida enquadra-se nas políticas globais definidas no Programa do XVII Governo Constitucional quanto à redução dasdesigualdades e melhoria da qualidade de vida dos idosos e assenta, particularmente, nos princípios definidos para aatribuição do complemento solidário para idosos.

Os benefícios adicionais criados pelo presente Decreto-Lei traduzem-se em reembolsos aos beneficiários, por este ser ummecanismo de célere implementação.

O sistema que agora se implementa não inviabiliza que, num futuro próximo, se adopte um procedimento mais ajustado àcondição sócio-económica desta população, designadamente através de mecanismos que obviem ao pagamento inicial docusto destes produtos.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das RegiõesAutónomas.

Assim:Nos termos da alínea do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:a)

Cria benefícios de saúdeadicionais à prestação do CSI,

tais como descontos nas despesascom medicamentos, aquisiçãode óculos e próteses dentárias

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA62

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Artigo 4.º

O presente Decreto-Lei procede à criação de benefícios adicionais de saúde para os beneficiários do complementosolidário para idosos instituído pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro.

1 - São criados os seguintes benefícios adicionais:a) Participação financeira em 50% da parcela do preço dos medicamentos não comparticipada pelo Estado;b) Participação financeira em 75% da despesa na aquisição de óculos e lentes até ao limite de 100€, por cada período

de dois anos;c) Participação financeira em 75% da despesa na aquisição e reparação de próteses dentárias removíveis até ao

limite de 250,00€, por cada período de três anos.

2 - Os benefícios adicionais incidem apenas sobre a parcela não comparticipada ou reembolsada.

3 - Aparticipação financeira do Estado nos benefícios adicionais é efectuada por reembolso.

1 - Para a atribuição das participações financeiras previstas no artigo anterior, os beneficiários do complemento solidáriopara idosos devem apresentar no centro de saúde onde estão inscritos, pessoalmente ou por representante, odocumento válido comprovativo da sua situação de beneficiário do complemento solidário para idosos, emitido peloInstituto da Segurança Social, I. P.

2 - A apresentação do documento previsto no número anterior é efectuada apenas na primeira vez em que o beneficiáriodo complemento solidário pretenda fruir dos benefícios adicionais criados pelo presente .

Para beneficiarem das participações financeiras referidas nas alíneas e do n.º 1 do artigo 2.º, os beneficiários docomplemento solidário para idosos devem apresentar no centro de saúde onde estão inscritos, pessoalmente, por repre-sentante ou por correio, os seguintes documentos:

a) Cópia da receita médica e da respectiva factura;b) As facturas discriminadas comprovativas da despesa e respectiva quitação;c) Os documentos de prescrição de óculos e lentes oculares.

a), b) c)

Objecto

Benefícios Adicionais

Condições para a atribuição dos benefícios adicionais

Obrigações dos beneficiários

Page 64: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 63

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 5.º

Artigo 6.º

Artigo 7.º

Artigo 8.º

1 - A decisão de atribuição dos benefícios adicionais bem como a verificação dos documentos e condições previstas nopresente Decreto-Lei compete aos centros de saúde, sem prejuízo da validação da situação do beneficiário peloInstituto da Segurança Social, I. P.

2 - A gestão da atribuição dos benefícios adicionais de saúde no âmbito do Ministério da Saúde compete à administraçãocentral do Sistema de Saúde, I. P.

1 - Aadministração central do Sistema de Saúde, I. P., envia, até ao 8.º dia do mês subsequente ao do pedido do benefício,ao Instituto da Segurança Social, I. P., a ordem de pagamento para a totalidade dos benefícios adicionais concedidosno mês anterior, nos termos dos números seguintes.

2 - A ordem de pagamento identifica o beneficiário, com nome e número de identificação de segurança social, indica ovalor do benefício a atribuir e discrimina a despesa.

3 - O pagamento do benefício adicional é efectuado pelo Instituto da Segurança Social, I.P., juntamente com opagamento do complemento solidário para idosos no mês subsequente ao da recepção da respectiva ordem depagamento.

1 - Os benefícios adicionais criados pelo presente Decreto-Lei são financiados por verbas do Orçamento do Estado nostermos a regulamentar por Portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, da saúde, dotrabalho e da solidariedade social.

2 - As condições que se afigurem necessárias a observar na atribuição dos benefícios adicionais previstos no presenteDecreto-Lei são definidas por Portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde.

O regime previsto no presente Decreto-Lei aplica-se às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, sem prejuízo dasadaptações da estrutura própria da administração regional autónoma a introduzir por decreto legislativo regional.

Atribuição e processamento dos benefícios adicionais

Pagamento dos beneficios adicionais

Regulamentação

Regiões Autónomas

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA64

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 9.º

O presente Decreto-Lei entra em vigor 30 dias após a data da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 de Abril de 2007. —

Promulgado em 5 de Junho de 2007.Publique-se.O Presidente da República,ANÍBALCAVACO SILVA.

Referendado em 6 de Junho de 2007.O Primeiro-Ministro,

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — FernandoTeixeira dos Santos — JoséAntónio Fonseca Vieira da Silva —António Fernando Correia de Campos.

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Entrada em Vigor

Page 66: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA66

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Portaria n.º 833/2007de 3 de Agosto

O Governo, através do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5de Julho, procedeu àcriação de benefícios adicionais de saúde para os beneficiários do comple-mento solidário para idosos, com o objectivo de apoiar uma faixa da popu-lação cuja situação económica é muito desfavorecida.

Esta medida visa a reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade de vidadestas pessoas, ao diferenciar, positivamente, a atribuição daqueles bene-fícios adicionais para medicamentos e outros bens com baixa comparticipa-ção do Estado.

Considerando que se torna necessário determinar os procedimentos necessários para viabilizar o pagamento das parti-cipações financeiras, o presente diploma vem estabelecer a respectiva regulamentação.

Assim:Nos termos e ao abrigo do n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de Julho, manda o Governo, pelo Ministro daSaúde, o seguinte:

A presente Portaria regula o procedimento do pagamento das participações financeiras dos benefícios adicionais criadospelo Decreto -Lei n.º 252/2007, de 5 de Julho.

1 - Para efeitos de atribuição dos benefícios adicionais o Instituto da Segurança Social, I. P., emite o documento compro-vativo da qualidade de beneficiário do complemento solidário para idosos, nos termos previstos no Decreto-Lei n.º252/2007, de 5 de Julho.

2 - O documento é apresentado no centro de saúde onde o idoso se encontre inscrito, devendo o titular ou o seu represen-tante ser portador do cartão do utente.

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Objecto

Apresentação do documento comprovativo da qualidade de beneficiário do complemento solidário para idosos

Regula os procedimentosnecessários para

viabilizar o pagamentodas participações

financeiras dos benefíciosadicionais de saúde

no âmbito do CSI

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 67

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 3.º

Artigo 4.º

Artigo 5.º

Artigo 6.º

Os prazos previstos nas alíneas ) e ) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de Julho, são contados a partirda data da recepção, no centro de saúde, do documento comprovativo da qualidade de beneficiário do complementosolidário para idosos.

Para efeitos de reembolso, o prazo de entrega dos documentos comprovativos da despesa efectuada é de 180 dias contadosa partir da data da emissão do recibo.

1 - Compete ao director do centro de saúde, ou a quem por este for designado, proceder à verificação da conformidadedos documentos comprovativos da despesa, previstos no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de Julho, nosseguintes termos:a) Conferir que a despesa a reembolsar se circunscreve aos medicamentos comparticipados pelo Estado;b) Verificar o cumprimento dos prazos estabelecidos.

2 - Após a verificação da conformidade dos documentos referidos no número antecedente, a informação da despesa dobenefício adicional é enviada para aAdministração Central do Sistema de Saúde que, posteriormente, a remete para aSegurança Social.

3 - Quando os documentos comprovativos da despesa não estejam em conformidade o beneficiário do complementosolidário é informado, através de ofício, desta decisão.

4 - Nos casos referidos no número anterior o beneficiário do complemento solidário para idosos pode, querendo,reclamar nos termos da lei geral.

Os reembolsos das participações financeiras relativas aos benefícios adicionais não são acumuláveis com os reembolsos jáexistentes.

b c

Contagem dos prazos

Prazo de entrega dos documentos comprovativos da despesa

Verificação dos documentos

Reembolsos

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA68

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 7.º

Artigo 8.º

1 - O mecanismo de atribuição das participações financeiras dos benefícios adicionais aos beneficiários do complementosolidário para idosos é avaliado e monitorizado e, sempre que necessário, ajustado às necessidades.

2 - A Administração Central do Sistema de Saúde elabora, semestralmente, um relatório fundamentado sobre aatribuição dos benefícios adicionais contendo, designadamente, o índice de utilização destes benefícios, o tipo dedespesa e uma avaliação crítica aos procedimentos administrativos adoptados.

3 - O relatório referido no número antecedente é remetido aos Ministros do Trabalho e da Segurança Social e da Saúde.

Apresente Portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Pelo Ministro da Saúde,Secretário de Estado da Saúde, em 26 de Julho de 2007

Francisco Ventura Ramos,

Avaliação

Entrada em vigor

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Page 71: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA70

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 1446/2007de 8 de Novembro

Pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, foi instituído o comple-mento solidário para idosos, cuja atribuição e manutenção obedecem arigorosos critérios de apuramento dos recursos dos requerentes e dos titu-lares da prestação.

Daí que a lei preveja a renovação da prova de recursos de dois em dois anos,contados a partir da data do reconhecimento do direito ao complemento, es-tabelecendo, igualmente, que a renovação da prova depende da apresen-taçãode requerimentodirigidoà entidade gestora.

O Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro, determina, no n.º 1 do artigo 32. , que a renovação da prova é feitapela demonstração da situação dos elementos do agregado familiar do titular do complemento, cujo procedimento deveser regulamentado por Portaria do membro do Governo responsável pelas áreas do trabalho e da solidariedade social.

Assim:Manda o Governo, ao abrigo do disposto n.º 1 do artigo 32. do Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro, com aredacção dada pelo Decreto Regulamentar n.º 14/2007, de 20 de Março, pelo Ministro do Trabalho e da SolidariedadeSocial, o seguinte:

Apresente Portaria fixa os procedimentos da renovação bienal da prova de recursos dos titulares de complemento solidáriopara idosos, adiante designado por CSI.

Aprova de recursos é diferenciada tendo em conta o tipo de agregado familiar e de rendimentos dos titulares do CSI.

O requerimento da renovação da prova de recursos é personalizado, constando de modelos próprios adequados à situaçãoconcreta dos titulares do CSI.

º

º

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Objecto

Âmbito pessoal

Requerimento

Define os procedimentosque os beneficiários

do CSI têm de cumprir parafazer prova dos seus

rendimentos, de doisem dois anos

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 71

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 4.º

Artigo 5.º

1 - A entidade gestora envia aos tirulares do CSI o modelo de requerimento adequado à sua situação concreta, com aantecedência mínima de 60 dias relativamente ao primeiro dia do mês em que se completam dois anos de atribuiçãoinicial, ou de renovação bienal da prestação.

2 - Os titulares do CSI devem remeter aos serviços da segurança social os modelos de requerimento devidamentepreenchidos e instruidos, até ao último dia útil do mês anterior em que se completam dois anos de atribuição inicial,ou de renovação bienal da prestação.

3 - A não recepção nos serviços de segurança social do requerimento de renovação bienal da prova de recursos, até aoúltimo dia útil do mês em que se completam dois anos de atribuição inicial, ou de renovação bienal da prestação,determina, nos termos da lei, a suspensão imediata do pagamento do CSI.

Apresente Portaria produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008.

Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Secretário de Estado daSegurança Social, em 31 de Outubro de 2007.

Pedro Manuel Dias de Jesus Marques,

Procedimento

Entrada em vigor

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Page 74: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 73

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAE DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 17/2008de 10 de Janeiro

Pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o XVII Governo Consti-tucional procedeu à criação do complemento solidário para idosos.

O complemento constitui uma prestação do subsistema de solidariedade des-tinada a pensionistas com 65 ou mais anos de idade, uma vez que estes se inse-rem precisamente no grupo populacional mais exposto a níveis de privação de-correntes da escassez de recursos monetários, constituídos muitas vezes porrendimentos exclusivamente provenientesde pensõesmínimas.

Com esta medida, o Governo pretendeu aumentar a eficácia no combate à pobreza dos idosos, reforçando o princípio dejustiça social ao diferenciar, na atribuição do complemento, as situações que efectivamente são diferentes.

Para a correcção das assimetrias de rendimento existentes entre os Portugueses torna-se essencial salvaguardar a manu-tenção de um limiar mínimo de rendimento para os pensionistas com 65 ou mais anos de idade em situação de pobreza. Amanutenção desse limiar de rendimento, conforme disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro,com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, é garantida através da actualizaçãoperiódica do valor de referência considerado para determinação do montante do complemento, bem como do montante decomplemento solidário para idosos atribuído, tendo em conta a evolução dos preços, o crescimento económico e a dis-tribuição da riqueza.

À semelhança do ocorrido aquando da actualização do valor de referência do complemento e do montante de com-plemento solidário para idosos a atribuir em 2007, concretizada através da Portaria n.º 77/2007, de 12 de Janeiro,considera -se que a evolução da riqueza nacional é um bom indicador para aferir o crescimento económico e,simultaneamente, reflectir a evolução dos preços, bem como a distribuição de rendimentos no ano a que se reportam osrecursos dos requerentes.

Assim, a actualização do valor de referência do complemento e do montante de complemento solidário para idososatribuído, conforme disposto na presente portaria, é efectuada com base na estimativa de crescimento nominal do pro-duto interno bruto no ano de 2007.

Esta actualização garante assim aos titulares da prestação e aos seus novos requerentes um rendimento que evolui emfunção da evolução real dos rendimentos dos Portugueses.

Assim:Nos termos do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada peloDecreto -Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Trabalho eda Solidariedade Social, o seguinte:

per capita

per capita

Actualiza o valor de

referência do CSI para

4.529,50€, para idosos

isolados (REVOGADA PELA

PORTARIA N.º 209/2008)

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA74

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Artigo 4.º

O valor de referência do complemento solidário para idosos bem como o montante de complemento solidário para idososatribuído são actualizados nos termos previstos no presente diploma.

Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o valor de referência docomplemento solidário para idosos é actualizado pela aplicação da percentagem de 4,4%, correspondente à estimativa decrescimento nominal do produto interno bruto no ano de 2007, fixando -se o mesmo a partir de 1 de Janeiro de2008 em 4.529,50€.

Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o montante de comple-mento solidário para idosos atribuído é actualizado, pela aplicação da percentagem de 4,4% de aumento, correspondenteà estimativa de crescimento nominal do produto interno bruto no ano de 2007.

O disposto na presente Portaria produz efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2008.

Em 21 de Dezembro de 2007.O Ministro de Estado e das Finanças, O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,

per capita

per capita

Fernando Teixeira dos Santos. — JoséAntónio Fonseca Vieira da Silva.

Âmbito

Actualização do valor de referência do complemento

Actualização do complemento

Produção de efeitos

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Page 77: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA76

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Despacho n.º 4324/2008de 19 de Fevereiro

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, aprovado pelo Despachon.º 153/2005 (2. série), publicado no 2.ª série, n.º 3,de 5 de Janeiro, que se encontra em execução, enquadrado no Plano Nacio-nal de Saúde 2004-2010, definiu como objectivos a redução da incidência eda prevalência das doenças orais nas crianças e adolescentes, a melhoriados conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral e a promoção daequidade na prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens comnecessidades de saúde especiais.

As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um importante problema de saúde pública, uma vezque afectam grande parte da população e influenciam os seus níveis de saúde, bem-estar e de qualidade de vida.

A prevenção e o controlo das doenças orais implicam a execução sistemática e continuada de actividades de promoção dahigiene oral, educação alimentar, aumento da resistência dentária e tratamento, tão precoce quanto possível, das lesõesque a prevenção não conseguir evitar.

Ciente desta realidade, o XVII Governo Constitucional prevê, no seu Programa do Governo, o desenvolvimento dos cuidadosde saúde oral em sede de cuidados de saúde primários.

Sucede que o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral vigente, apesar de proporcionar a cerca de 60.000 crianças ejovens acesso a cuidados curativos, se encontra desajustado, devendo ser revisto e reestruturado até ao final de 2008, deforma a assegurar a prestação equitativa de cuidados de saúde oral ao longo do ciclo da vida, com base em procedimentossimplificados e orientados para a satisfação das necessidades de saúde nos grupos de maior de vulnerabilidade, garantindoum melhor acesso aos serviços e o alargamento progressivo das populações abrangidas. Acresce ainda a necessidade de seaumentar a cobertura dos cuidados curativos, de forma a atingir 80.000 jovens destinatários/ano e se proceder à suaavaliação, para redesenho posterior.

Importa, assim, desde já, adoptar medidas que abranjam, além de crianças e jovens, também as mulheres grávidasseguidas no Serviço Nacional de Saúde e os idosos beneficiários do complemento solidário para idosos.

Na verdade, as mulheres grávidas representam um outro grupo populacional a ter em atenção, uma vez que as alteraçõeshormonais características neste período aumentam a frequência das doenças periodontais que, por sua vez, condicionamnegativamente as práticas de higiene oral, favorecendo o aumento da incidência e da gravidade da cárie dentária.

Com efeito, existe associação entre o nível de doença oral da grávida e a ocorrência de prematuridade, baixo peso ànascença e pré-eclampsia. Alguns estudos evidenciam mesmo a existência de transmissão mãe-filho de bactérias pato-génicas envolvidas na génese das doenças orais.

Neste contexto, aAssembleia Mundial de Saúde sugere aos Estados membros que integrem nas suas políticas a prevenção econtrolo das doenças orais, na mãe e na criança.

ª Diário da República,Cria o cheque-dentista, para

os beneficiários do CSI, no

valor de 80,00€/Ano, para

despesas com consultas,

diagnósticos e tratamentos

Page 78: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 77

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Estima-se que este Programa venha a abranger, anualmente, 65 000 grávidas, que optam por efectuar a vigilância da suagravidez nas estruturas afectas ao Serviço Nacional de Saúde.

No que respeita aos idosos, o processo de envelhecimento contribui também para uma maior ocorrência de problemas desaúde oral, designadamente de periodonpatias e perda de peças dentárias, gerando uma maior necessidade de cuidadosmédicos dentários. Esta situação é particularmente grave nas pessoas idosas com menos rendimentos, merecendo particu-lar atenção do Governo que, através do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de Julho, decidiu participar financeiramente em75% na despesa com a aquisição e reparação de próteses dentárias removíveis, até ao limite de 250 euros, dos beneficiáriosdo complemento solidário para idosos, instituído pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro. Não estavam, porém, co-bertos os encargos com as consultas médicas necessárias à preparação da aplicação de próteses e suas posteriores afinações.

Assim, determino:

1 - O presente Despacho alarga o Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, inicialmente destinado apenas a crian-ças e jovens escolarizados, adiante designado de Programa.

2 - O alargamento do Programa abrange:a) As grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde;b) Os idosos beneficiários do complemento solidário para idosos que sejam utentes do Serviço Nacional de Saúde.

O presente alargamento visa promover a saúde oral das grávidas e o tratamento de problemas de saúde oral nos idosos,com o objectivo de avaliar e diminuir a incidência e a prevalência das doenças orais nestes dois grupos de cidadãos, atravésda prestação de um conjunto de cuidados de medicina dentária, nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento.

1 - O acesso às consultas de medicina dentária efectiva-se através de cheque-dentista, personalizado, emitido eentregue pelo centro de saúde onde o utente é seguido, que regista os dados de identificação do utente.

2 - Para a emissão de cheque-dentista é necessário, consoante o caso:a) Declaração médica que ateste a gravidez;b) Documento válido comprovativo da situação de beneficiário do complemento solidário para idosos, emitido pelo

Instituto da Segurança Social, I. P.

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Objecto e âmbito

Objectivos

Consultas de medicina dentária

Page 79: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA78

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

3 - A emissão dos cheques-dentista subsequentes depende da necessidade de proceder a ulteriores tratamentos,previstos e devidamente fundamentados no plano de tratamento estabelecido na primeira consulta pelo médicoaderente.

4 - As grávidas podem receber, além do cheque inicial, até dois cheques-dentista subsequentes, destinados a consultas etratamentos.

5 - O somatório dos cheques-dentista atribuídos às grávidas não pode ultrapassar os 120 euros.

6 - Aexecução dos tratamentos pode ser concluída até 60 dias após o parto.

7 - Os idosos podem receber até dois cheques-dentista por ano, destinados a consultas e tratamentos.

8 - O somatório dos cheques-dentista atribuídos aos idosos não pode ultrapassar os 80 euros anuais.

9 - Os utentes podem escolher qualquer prestador, desde que constante da lista de médicos aderentes da respectiva re-gião de saúde.

Os cuidados preventivos e curativos de medicina dentária são prestados em consultórios de médicos estomatologistas emédicos dentistas aderentes, inscritos nas respectivas ordens profissionais, podendo os higienistas orais que integramesses consultórios, vir a prestar, no âmbito das suas competências, cuidados de saúde oral sob a orientação e responsabili-dade dos médicos aderentes.

Os médicos aderentes garantem a observância das condições higio-sanitárias das instalações e equipamentos, de acordocom a legislação aplicável, bem como o cumprimento das obrigações impostas pela Entidade Reguladora da Saúde.

1 - AARS abre candidaturas para estomatologistas e médicos dentistas que pretendam aderir ao alargamento do Progra-ma, numa base regional, disponibilizando, electronicamente, o contrato de adesão.

2 - Os interessados preenchem, electronicamente, o formulário e remetem à ARS documento comprovativo de que estãoautorizados a exercer a profissão e declaração em como garantem aos utentes abrangidos pelo presente alargamento

Artigo 4.º

Artigo 5.º

Artigo 6.º

Prestadores

Instalações

Adesão dos prestadores

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 79

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

do Programa a qualidade da prestação de cuidados, das instalações e equipamentos, e a igualdade na marcação erealização de consultas, relativamente aos demais doentes dos seus consultórios.

3 - Após a adesão, a identificação do médico passa a constar da lista de médicos aderentes, organizada por região desaúde, e disponível no Portal da Saúde e nos sítios na internet da Direcção-Geral da Saúde e de cadaARS.

1 - O pagamento dos cheques-dentista depende da sua prévia validação.

2 - A validação implica a confirmação dos cuidados prestados, pelo utente, através de assinatura legível no respectivocheque-dentista.

3 - Os cheques-dentista validados são enviados pelo médico aderente à ARS respectiva, acompanhados da informaçãonecessária, registada no sistema de informação, até ao oitavo dia do mês seguinte à realização dos tratamentos.

4 - AARS procede à liquidação nos 30 dias subsequentes.

As ARS podem estabelecer protocolos com autarquias locais para alargamento suplementar da cobertura a outros grupos--alvo ou para ampliação do número de actos por utente, recaindo os correspondentes encargos financeiros sobre estasúltimas.

1 - Acoordenação do alargamento do Programa a nível nacional cabe à Direcção-Geral da Saúde, a quem compete ainda:a) Definir os indicadores base de monitorização e avaliação técnico-científica do alargamento do Programa.b) Divulgar o presente alargamento do Programa aos profissionais e entidades envolvidas através de circular normativa.c) Avaliar a execução do Programa e propor os necessários aperfeiçoamentos.

2 - A coordenação referida no número anterior é orientada pelo responsável do Programa, na Direcção-Geral da Saúde,Mestre Rui Manuel Domingues Calado, que acumula com as funções que desempenha na Sub-Região de Saúde deSantarém.

3 - Acoordenação e execução do alargamento do Programa a nível regional, incluindo os procedimentos administrativos efinanceiros inerentes àquele, cabem àARS.

Artigo 7.º

Artigo 8.º

Artigo 9.º

Pagamento

Colaboração com outras entidades

Coordenação do alargamento do Programa

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA80

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 10.

Artigo 11.

º

º

O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, aprovado pelo Despacho n.º 153/2005 (2. série), publicado no2.ª série, n.º 3, de 5 de Janeiro, é revisto durante o ano de 2008.

O presente Despacho entra em vigor a 1 de Março de 2008.

22 de Janeiro de 2008.O Ministro da Saúde,

ª Diário daRepública,

António Fernando Correia de Campos.

Revisão

Entrada em vigor

Page 82: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 83: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA82

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAE DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 209/2008de 8 de Fevereiro

No âmbito das políticas sociais, o XVII Governo Constitucional assumiu comoprioridade o combate à pobreza e à exclusão social dos mais idosos, assentena promoção de meios que possibilitem melhorar a sua condição de vida.

É precisamente na população com 65 ou mais anos onde se constatam maiores níveis de privação decorrentes da escassezde recursos monetários, uma vez que esta população depende, na sua maioria, exclusivamente de rendimentos prove-nientes de pensões mínimas.

Assim, o complemento solidário para idosos, criado pelo Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, é uma prestaçãoque visa garantir a este grupo de população mais vulnerável um nível de rendimento que lhe permita sair de uma situaçãode pobreza extrema.

Nos termos do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada peloDecreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, prevê-se que o valor de referência considerado para determinação domontante do complemento solidário para idosos, bem como do montante de complemento atribuído, seja actualizadoperiodicamente.

Assim, a Portaria n.º 17/2008, de 10 de Janeiro, veio proceder à actualização do valor de referência e do complementosolidário para idosos a partir de 1 de Janeiro de 2008.

Foram, contudo, recentemente divulgados pelo instituto Nacional de Estatística, no âmbito do «Inquérito às Condições deVida e Rendimento», realizado em 2006, os principais indicadores sobre o risco de pobreza e desigualdade na distribuiçãodos rendimentos monetários.

Assim, tendo por objectivo garantir um rendimento que permita a este grupo populacional situar-se acima do novo limiarde pobreza, procede-se à actualização, quer do valor de referência, quer do valor do complemento atribuído, de acordocom o novo limiar actualizado com base na estimativa do crescimento nominal do produto interno brutoverificado nos dois anos precedentes.

Esta actualização garante assim, aos titulares da prestação e aos seus novos requerentes, um aumento no seu rendimentodisponível, contribuindo, igualmente para a diminuição das desigualdades na distribuição de rendimentos e no combate àssituações de pobreza.

Assim:Nos termos do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, com a redacção que lhe foi dada peloDecreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Trabalho eda Solidariedade Social, o seguinte:

per capita

Actualiza os valores de

referência do CSI

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 83

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Artigo 4.º

Artigo 5.º

Artigo 6.º

O valor de referência do complemento solidário para idosos bem como o montante de complemento solidário para idososatribuído são actualizados nos termos previstos na presente Portaria.

Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o valor de referência docomplemento solidário para idosos é actualizado pela aplicação da percentagem de 10,635%, fixando-se o mesmo a partirde 1 de Janeiro de 2008 em 4.800,00€.

Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o montante de comple-mento solidário para idosos atribuído é actualizado pela aplicação da percentagem de 10,635% de aumento.

É aplicável o regime constante da presente Portaria nas situações em que a aquisição do direito ao complemento solidáriopara idosos, a que se reporta o artigo 10. do Decreto-Lei n.º 232/2005, se verifique desde 1 de Janeiro de 2008.

É revogada a Portaria n.º 17/2008, de 10 de Janeiro.

O disposto na presente Portaria produz efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2008.

Em 8 de Fevereiro de 2008.O Ministro de Estado e das Finanças, Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,

Secretário de Estado da Segurança Social

º

Fernando Teixeira dos Santos. —Pedro Manuel Dias de Jesus Marques,

Âmbito

Actualização do valor de referência do complemento

Actualização do complemento

Disposições transitórias

Norma revogatória

Produção de efeitos

Page 85: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 86: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 85

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 253/2008de 4 de Abril

O Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, na redacção dada peloDecreto-Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, que instituiu o regimedo complemento solidário para idosos (CSI), estabelece no artigo 17.º,conjugado com o artigo 20.º, a obrigatoriedade de os titulares do comple-mento procederem à renovação da prova de recursos de dois em dois anos.

Os procedimentos de renovação foram fixados pela Portaria n.º 1446/2007,de 8 de Novembro, determinando-se que a prova de recursos deve ser diferenciada, tendo em conta o tipo de agregadofamiliar e de rendimentos destes beneficiários.

Face à caracterização efectuada aos actuais titulares do complemento, prevê -se que, relativamente a um grande número,não haja alteração significativa das condições iniciais que determinaram a atribuição da prestação, quer relativamenteaos condicionalismos sócio-familiares, quer aos respectivos rendimentos.

Neste pressuposto é possível simplificar o procedimento de renovação bienal do complemento, com dispensa de formali-dades que podem ser avaliadas pelos serviços da segurança social.Assim:Manda o Governo, ao abrigo do disposto n.º 1 do artigo 32.º do Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro, coma redacção dada pelo Decreto Regulamentar n.º 14/2007, de 20 de Março, pelo Ministro do Trabalho e da SolidariedadeSocial o seguinte:

Apresente Portaria procede à alteração da Portaria n.º 1446/2007, de 8 de Novembro.

Os artigos 3.º e 4.º da Portaria n.º 1446/2007, de 8 de Novembro, passam a ter a seguinte redacção:

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Objecto

Alteração à Portaria n.º 1446/2007, de 8 de Novembro

Altera a Portaria

n.º 1446/2007 e estabelece

a renovação oficiosa

de prova de recursos

Page 87: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA86

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

«Artigo 3.º

Artigo 4.º»

Artigo 3.º

O requerimento da renovação da prova de recursos é personalizado, constando de modelos próprios adequados à situaçãoconcreta dos titulares do CSI, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

1 - A renovação bienal da prova de recursos do CSI é efectuada oficiosamente pela entidade gestora, desde quese verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:a) Não se tenha verificado alteração no agregado familiar do titular ou no agregado familiar dos seus filhos;b) Não se tenha verificado alteração na composição ou no montante dos rendimentos do agregado familiar do titular,

ou do agregado familiar dos seus filhos, declarados anteriormente.

2 - Aentidade gestora procede ainda à renovação bienal, de forma oficiosa, quando se verifique alteração da composiçãoou do montante de rendimentos do agregado familiar do titular nas situações em que essa alteração resulteda atribuição de prestações ou complementos da respectiva competência.

3 - A renovação bienal da prova de recursos do CSI, nas situações em que se verifique alteração da composiçãodo agregado familiar do titular ou alteração dos rendimentos do agregado familiar do titular, ou dos seus filhos,declarados anteriormente, é efectuada por apresentação do requerimento personalizado, a que se refere o artigoanterior.»

Apresente Portaria produz efeitos a partir de 1 de Fevereiro de 2008.

Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,, Secretário de Estado da Segurança Social, em 22 de Fevereiro de 2008.Pedro Manuel Dias de Jesus Marques

[...]

[...]

Produção de efeitos

Page 88: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 89: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 413/2008de 9 de Junho

Aatribuição do complemento solidário para idosos, instituído pelo Decreto--Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, depende da apresentação de reque-rimento à entidade gestora da prestação, cujo modelo e respectivos anexosconstam da Portaria n.º 98-A/2006, de 1 de Fevereiro.

Após dois anos de implementação do complemento, verifica-se ser possível simplificar o modelo de requerimento e res-pectivos anexos, designadamente através do cruzamento de dados com a administração fiscal, actualmente mais agili-zado, por forma a facilitar o seu preenchimento, tendo em conta o universo dos seus destinatários, salvaguardando, contu-do a recolha dos elementos legalmente exigidos por forma a garantir a continuação de uma avaliação rigorosa da condiçãode recursos dos requerentes.

Assim:Manda o Governo, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, pelo Ministro do Trabalho e daSolidariedade Social, o seguinte:

A presente Portaria aprova o modelo de requerimento do complemento solidário para idosos, mod. CSI 01-DGSS, e respec-tivo anexo, mod. CSI 01/2-DGSS, que constam em anexo a esta Portaria, da qual fazem parte integrante.

É revogada a Portaria n.º 98-A/2006, de 1 de Fevereiro.

Apresente Portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, , Secretário de Estado da Segu-rança Social, em 3 de Junho de 2008

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Artigo 3.º

Pedro Manuel Dias de Jesus Marques

Âmbito

Revogação

Produção de efeitos

Aprova o novo modelode requerimento

do CSI

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA88

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 89

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA90

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 91

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA92

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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01

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Decreto Regulamentar n.º 17/2008de 26 de Agosto

Decorridos cerca de dois anos e meio sobre a aprovação do Decreto-Lei n.º232/2005, de 29 de Dezembro, que cria o Complemento Solidário paraIdosos, é hoje possível, fruto da experiência colhida durante o período dasua implementação progressiva e do aperfeiçoamento dos meios informáti-cos, proceder a ligeiros ajustamentos no sentido de agilizar o acesso àquelaprestação.

Da análise do impacte que o complemento tem na melhoria das condições de vida dos idosos que dele beneficiam,concluiu-se que é ainda possível diminuir os níveis de privação decorrentes da escassez de recursos económicos dos idososque frequentam equipamentos sociais de carácter não residencial. Na verdade, após análise das situações dos requerentesem concreto, concluiu-se que estes idosos, apesar de frequentarem equipamentos sociais, continuam, na sua maioria,a suportar encargos fixos, designadamente com a habitação própria, o que determina uma diminuição dos rendimentosefectivamente disponíveis.

Aproveita-se ainda a oportunidade para garantir uma melhor protecção dos idosos que são beneficiários de rendimentosocial de inserção, salvaguardando-se que o efeito da consideração do montante de complemento, entretanto atribuído norecálculo do valor da prestação de rendimento social de inserção, não conduza a uma diminuição de ambas as prestações.

Por outro lado, sendo verdade que o peso do rendimento das pensões no total do rendimento destas pessoas assume umvalor significativo, constituindo assim um elemento determinante da sua situação de pobreza, é igualmente verdade queexiste um conjunto importante de outras fontes de rendimento que pesam de forma diferenciada nos recursos monetáriosglobais de cada idoso.

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das RegiõesAutónomas.

Assim:Ao abrigo do disposto no artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, e nos termos da alínea c) do artigo199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Os artigos 24.º e 25.º do Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro, na redacção dada pelo DecretoRegulamentar n.º 14/2007, de 20 de Março, passam a ter a seguinte redacção:

Artigo 1.º

Alteração ao Decreto Regulamentar n.º 3/2006, de 6 de Fevereiro

Altera o Decreto

Regulamentar n.º 3/2006, na

redacção dada pelo Decreto

Regulamentar n.º 14/2007

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA94

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

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02

Artigo 24.º

Artigo 25.º

Artigo 2.º

1 - ………………………………………………………………………………………...2 - Para efeitos de atribuição do complemento, não se consideram, ainda, os rendimentos da prestação do rendimento

social de inserção (RSI), quando da sua consideração resulte uma diminuição desta prestação e da prestaçãode complemento solidário para idosos.

3 - Sempre que for de considerar a prestação de RSI, o valor a atender, para efeitos da atribuição do complemento,é o resultado da divisão do valor anual da prestação pelos elementos que compõem o agregado familiar do titular.

4 - (Anterior n.º 3.)5 - (Anterior n.º 4.)

1 - 1 -Quando algum dos elementos do agregado familiar do requerente resida em equipamento social, considera-se comorendimento o montante correspondente ao valor das comparticipações da segurança social, para efeitos de atribuiçãodo complemento.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se equipamentos sociais os equipamentos integrados na redepública, privada e solidária, comparticipados ou não pela Segurança Social.

3 - ………………………………………………………………………………………...4 - ………………………………………………………………………………………...5 - ………………………………………………………………………………………...6 - ……………………………………………………………………………………….»

O presente Decreto Regulamentar entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Julho de 2008. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa — FernandoTeixeira dos Santos —Alberto Bernardes Costa — Pedro Manuel Dias de Jesus Marques.

Promulgado em 9 deAgosto de 2008.Publique -se.O Presidente da República, .

Referendado em 11 deAgosto de 2008.O Primeiro-Ministro, .

ANÍBAL CAVACO SILVA

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa

[...]

[...]

Entrada em vigor

CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 95

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Page 97: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
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O complemento solidário para idosos, instituído pelo Decreto -Lei n.º232/2005, de 29 de Dezembro, visa o combate à pobreza e à exclusão socialdos mais idosos, traduzindo -se na atribuição de uma prestação pecuniáriade montante diferencial assente numa avaliação rigorosa da condição derecursos dos requerentes.

Nos termos do artigo 9.º do diploma supracitado, na redacção dada peloDecreto -Lei n.º 236/2006, de 11 de Dezembro, prevê -se a actualizaçãoperiódica do valor de referência considerado para determinação domontante do complemento solidário para idosos, bem como do montantedo complemento atribuído, tendo em conta a evolução dos preços,

o crescimento económico e a distribuição da riqueza, aferidos, à semelhança do que vem acontecendo em anos anteriores,com base na evolução do produto interno bruto nominal per capita.

Em conformidade, procede -se, através da presente portaria, à actualização do valor de referência do complemento e domontante do complemento solidário atribuído com base na estimativa de crescimento nominal do produto interno brutoper capita correspondente ao 3.º trimestre de 2008, garantindo -se, deste modo, a manutenção de um limiar mínimo derendimentos aos pensionistas com 65 ou mais anos em situação de pobreza.

Assim:Nos termos do disposto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto-Lein.º 236/2006, de 11 de Dezembro, manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e do Trabalho e daSolidariedade Social, o seguinte:

O valor de referência do complemento solidário para idosos bem como o montante de complemento solidário para idososatribuído são actualizados nos termos previstos no presente diploma.

Para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o valor de referência docomplemento solidário para idosos é actualizado pela aplicação da percentagem de 3,333%, correspondente à estimativade crescimento nominal do produto interno bruto per capita correspondente ao 3.º trimestre de 2008, fixando -se o mesmoa partir de 1 de Janeiro de 2009 em €4960.

Artigo 1.º

Artigo 2.º

Âmbito

Actualização do valor de referência do complemento

Actualiza o valor

de referência, bem como

o montante do Complemento

Solidário para Idosos e revoga

a Portaria n.º 209/2008,

de 27 de Fevereiro

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAE DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL

Portaria n.º 1547/2008de 31 de Dezembro

02 CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA 97

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Page 99: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

Artigo 3.º

Artigo 4.º

Artigo 5.º

Para efeitos do disposto no n.º 3 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 232/2005, de 29 de Dezembro, o montante de complemen-to solidário para idosos atribuído é actualizado pela aplicação da percentagem de 3,333 % de aumento.

É revogada a Portaria n.º 209/2008, de 27 de Fevereiro.

O disposto na presente portaria produz efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2009.

Em 18 de Dezembro de 2008.

O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos. — Pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,Pedro Manuel Dias de Jesus Marques, Secretário de Estado da Segurança Social.

Actualização do complemento

Disposição revogatória

Produção de efeitos

01CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA98

ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

Page 100: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição
Page 101: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

FICHA TÉCNICA

2ª Edição

PropriedadeLayoutConcepção e PaginaçãoImpressãoTiragemData

Governo Civil do Distrito de ÉvoraPostigo Aberto

Governo Civil do Distrito de Évora e Portigo AbertoRelgráfica - artes gráficas

200 exemplaresJunho 2009

01CADERNOS DO GOVERNO CIVIL DE ÉVORA100

Page 102: Complemento Solidário para Idosos - 2ª Edição

R. Francisco Soares Lusitano 7000-897 Évora T 266 739 830 F 266 739 [email protected] www.gov-civil-evora.gov.pt

. . ..

Centro Distrital de Segurança Social de Évora

Serviço Local de Alandroal

Serviço Local de Arraiolos

Serviço Local de Borba

Serviço Local de Estremoz

Serviço Local de Montemor-o-Novo

Serviço Local de Mora

Rua Chafariz D'EL-Rei, n.º 22

7000-853 ÉVORA

Telefone 266 760 410

Fax 266 744 426

E-mail [email protected]

Praça da República, n.º 29 - B

7250-116 ALANDROAL

Telefone 268 449 253

Fax 268 449 253

Praça Lima e Brito, n.º 20

7040-027 ARRAIOLOS

Telefone 266 499 167

Fax 266 499 167

Rua dos Combatentes do Ultramar, n.º 1

7150-139 BORBA

Telefone 268 894 313

Fax 268 894 313

Rua Professor Egas Moniz, n.º 1 - R/C

7100-129 ESTREMOZ

Telefone 268 332 327

Fax 268 332 327

Avenida Gago Coutinho, n. 61 a 63

7050-099 MONTEMOR-O-NOVO

Telefone 266 899 600

Fax 266 899 608

Largo Movimento das Forças Armadas

7490-217 MORA

Telefone 266 403 743Fax 266 403 743

Serviço Local de Mourão

Serviço Local de Portel

Serviço Local de Redondo

Serviço Local de Reguengos de Monsaraz

Serviço Local de Vendas Novas

Serviço Local de Viana do Alentejo

Serviço Local de Vila Viçosa

Largo Portas de São Bento

7240-263 MOURÃO

Telefone 266 560 250

Fax 266 744 426

Rua da Vidigueira, bloco 3 R/C

7220-390 PORTEL

Telefone 266 612 142

Fax 266 612 142

Rua Comendador Rui Gomes, n.º 6

7170-047 REDONDO

Telefone 266 989 280

Fax 266 989 288

Rua Serpa Pinto, n.º 17

7200-320 REGUENGOS DE MONSARAZ

Telefone 266 503 100

Fax 266 503 100

Avenida Estêvão de Almeida, n.º 47 - R/C

7080-079 VENDAS NOVAS

Telefone 265 891 679

Fax 265 891 679

Rua Padre Luís Cruz, n.º 15

7090-284 VIANA DO ALENTEJO

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Fax 266 953 137

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