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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 1/35 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet Projeto FEUP 2015/2016 MIEEC: Armando Sousa Nuno Fidalgo Manuel Firmino Sara Ferreira Equipa 3: Supervisor: Sérgio Cunha Monitor: Manuel Silva Estudantes & Autores: André Baltazar [email protected] Carlos Barros [email protected] Daniel Baptista [email protected] Nelson Pereira [email protected]

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 1/35

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G

para acesso à Internet

Projeto FEUP 2015/2016 – MIEEC:

Armando Sousa Nuno Fidalgo

Manuel Firmino

Sara Ferreira

Equipa 3:

Supervisor: Sérgio Cunha Monitor: Manuel Silva

Estudantes & Autores:

André Baltazar [email protected] Carlos Barros [email protected]

Daniel Baptista [email protected] Nelson Pereira [email protected]

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Resumo

Vivemos num mundo em evolução, e até há pouco tempo atrás, apenas se conseguia

conectar à Internet por meio de cabos. Este método ainda hoje é muito conhecido, no

entanto apresenta alguns obstáculos, por exemplo o comprimento do cabo restringe a

mobilidade do computador; a ligação por cabo pode exigir adaptações no espaço em que

haja a necessidade de vários computadores se conectarem à rede. Para fazer face a estes

obstáculos surgiram a redes sem fios, Wi-Fi. E, atualmente, é cada vez mais usada, não só

em ambientes domésticos, mas também em espaços públicos.

Outra tecnologia que também sofreu uma grande evolução ao nível das redes móveis

foi o 4G, criado com o intuito de oferecer uma rede com até 10 vezes as velocidades da

rede móvel 3G.

Neste relatório pretende-se estudar as características do Wi-Fi e da rede móvel 4G,

estabelecendo-se algumas comparações técnicas entre elas. Para realizar uma

comparação e para que esta seja válida foi necessário abordar os mesmos temas em

ambas as tecnologias, sendo eles os seguintes: segurança, consumo energético, taxa de

dados, gama de frequências, largura de banda, robustez a variação de sinal, partilha do

meio, sincronização, área de cobertura e ramos de protocolos.

No fim é possível concluir que estas duas tecnologias apresentam diferentes

características quando analisadas no mesmo tema, apresentando cada uma vantagens e

desvantagens.

Palavras-Chave

Wi-Fi; 4G; mobile; evolução; velocidade; comparação.

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Agradecimentos

Este projeto teria sido muito mais difícil de realizar se não tivesse existido a ajuda do

supervisor, Sérgio Cunha, e do monitor, Manuel Silva.

As palestras e atividades realizadas na primeira semana deste ano letivo também nos

permitiram melhorar os nossos conhecimentos e hábitos necessários para realizar um

relatório, assim como o poster e a apresentação.

Agradecemos assim, ao monitor, ao supervisor e também à Faculdade de Engenharia

da Universidade do Porto.

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Índice

Lista de figuras ............................................................................................................... 5

Lista de tabelas .............................................................................................................. 5

1. Introdução ................................................................................................................... 6

2. Wi-Fi ........................................................................................................................... 7

2.1. Origem ................................................................................................................. 7

2.2. Funcionamento..................................................................................................... 7

3. 4G ............................................................................................................................... 9

3.1. Origem ................................................................................................................. 9

3.2. Funcionamento..................................................................................................... 9

4.Parâmetros de comparação ....................................................................................... 10

4.1. Taxa de dados ................................................................................................... 10

4.1.1. Teste prático ................................................................................................ 11

4.2. Segurança .......................................................................................................... 13

4.3. Ramos de protocolos ......................................................................................... 15

4.4. Gamas de frequência ......................................................................................... 17

4.5. Largura de banda ............................................................................................... 19

4.6. Variação de sinal ................................................................................................ 21

4.6.1. Distância do router. ...................................................................................... 21

4.6.2. Obstáculos Físicos ao sinal. ........................................................................ 21

4.7. Partilha do meio ................................................................................................. 24

4.7.1. Redes Ad-Hoc ............................................................................................. 24

4.7.2. Hotspots ...................................................................................................... 24

4.8. Área de cobertura ............................................................................................... 25

4.9. Sincronização ..................................................................................................... 27

4.10. Consumo energético ........................................................................................ 28

5. Conclusões ............................................................................................................... 30

Referências bibliográficas ............................................................................................. 32

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Lista de figuras

Figura 1 - Conversão de megabits em megabytes ........................................................ 10

Figura 2 - Velocidades teóricas e reais das redes móveis. ........................................... 11

Figura 3 - Teste com o wi-fi da FEUP (eduroam), à esquerda e com 4G no mesmo local,

à direita. .............................................................................................................................. 12

Figura 4 - Frequências dos canais na gama dos 2,4Ghz e interferências causadas entre

si ......................................................................................................................................... 17

Figura 5 - Alteração da frequência (canal) de um router e funcionalidade “Monitor de

qualidade Wireless”. ........................................................................................................... 18

Figura 6 – Largura de banda ........................................................................................ 19

Figura 7 - Distância do Wi-Fi e do 4G. .......................................................................... 20

Figura 8 – Distribuição do Wireless sem repetidor de sinal. .......................................... 22

Figura 9 - Distribuição do Wireless com repetidor de sinal. ........................................... 23

Figura 10 - Esquema que demonstra utilização dos acess points ................................. 26

Figura 11 - Torre de transmissão/receção de redes móveis ......................................... 26

Figura 12 - Duração da bateria quando usados diferentes tipos de tecnologia: Wi-Fi, 4G

e 3G. ................................................................................................................................... 29

Lista de tabelas

Tabela 1 - Modelo OSI. ................................................................................................ .16

Tabela 2 - Resumo das frequências usadas pelas diferentes gerações de redes móveis

em Portugal. ....................................................................................................................... 18

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1. Introdução

Este trabalho tem como tema "Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para

acesso à Internet" e foi realizado no âmbito da unidade curricular "Projeto Feup".

Como ponto de partida foram escolhidos alguns temas em que é possível comparar

estes dois diferentes modos de nos conectarmos a uma rede e em cada um deles foram

pesquisadas características das duas diferentes tecnologias.

No início realizou-se uma pequena introdução ao Wi-Fi e ao 4G, descrevendo

sucintamente a sua origem e um pouco do seu funcionamento e no decorrer do relatório

descrevem-se as características da cada um relativamente ao tópico abordado.

Propõe-se assim analisar estas duas tecnologias, que revolucionam o nosso mundo

facilitando o acesso à Internet e a outros serviços relacionados com a mesma, e assim obter

as vantagens e desvantagens que cada uma apresenta.

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2. Wi-Fi

2.1. Origem

O nome Wi-Fi surge como uma abreviatura do termo “Wireless Fidelity”, embora nunca

tenha sido confirmado pela entidade responsável pelo licenciamento de produtos baseados

nesta tecnologia, a Wi-Fi Alliance.

Através desta tecnologia, existe a possibilidade de criar redes onde é possível ligar

dispositivos compatíveis, como computadores, smartphones, tablets, impressoras, etc.

tendo estes apenas de se encontrar geograficamente próximos uns dos outros. Não há

necessidade do uso de cabos, já que os dados são transmitidos por radiofrequência.

Consequentemente, isto proporciona várias vantagens, pois é possível utilizar a rede desde

que o utilizador se encontre dentro dos limites de alcance da transmissão, também torna

que a conexão dos dispositivos à rede seja mais rápida e evita ainda que tenhamos de

adaptar uma estrutura para que se efetue a passagem de fios.

Devido às vantagens enumeradas anteriormente que diminuem os gastos associados a

esta tecnologia, redes Wi-Fi foram implementadas nos mais variados ambientes, por

exemplo: aeroportos, restaurantes, escolas, cafés, escritórios, etc., o que demonstra a sua

enorme flexibilidade. Para usufruir destas redes basta possuir um dispositivo compatível

com esta tecnologia.

Desde há muito tempo que a criação de um padrão de normas e especificações era um

objetivo para várias empresas, e conforme as suas pesquisas apresentavam propostas

diferentes. Por este motivo, algumas empresas como 3Com, Nokia, Alcatel-Lucent (na altura

Lucent techonolies) e Symbol Technologies (adquirida pela Motorola) juntaram-se para

enfrentar este problema, desta forma surgiu a Wireless Enthernet Compatibility Alliance

(WECA) em 1999, e mais tarde o nome foi alterado para Wi-Fi Alliance. Mas imediatamente

começaram-se a associar mais empresas estando este número a aumentar

constantemente.

2.2. Funcionamento

O Wi-Fi funciona baseando-se no protocolo IEEE 802.11, contudo, isto não implica que

qualquer dispositivo que trabalhe segundo este padrão seja Wi-Fi. Para isso é necessário

que a Wi-Fi Alliance avalie e certifique o produto e então este recebe um selo com esta

marca. Desta forma garante-se aos utilizadores que todos os produtos com selo Wi-Fi

Certified seguem regras de funcionamento que permitem a interação com outros

equipamentos.

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Regras para a criação e utilização de redes wireless são definidas pelo padrão 802.11.

O Wi-Fi é transmitido por sinais de radiofrequência, estes propagam-se pelo ar e podem

abranger áreas na casa das centenas de metros. Como este não é o único serviço que

utiliza sinais de rádio, é necessário que haja exigências estabelecidas pelo governo de cada

país segundo as quais cada serviço deve trabalhar a fim de evitar problemas, sobretudo de

interferências.

No entanto existem intervalos de frequência que podem ser utilizados sem que

entidades de cada governo tenham de aceitar, estes são designados de ISM (Industrial,

Scientific and Medical), que trabalham com os seguintes intervalos: 902 MHz - 928 MHz; 2,4

GHz - 2,485 GHz e 5,15 GHz - 5,825 GHz. Os dois últimos são os que o Wi-Fi usa, podendo

variar conforme a versão do protocolo 802.11.

Para que uma rede Wi-Fi seja estabelecida, os dispositivos têm que se conectar a

aparelhos que fornecem o acesso. Por sua vez, estes são chamados de Access Point(AP).

Portanto, quando um ou mais dispositivos se conectam a um AP, obtém-se uma rede,

designada por Basic Service Set(BSS).

Devido a possibilidade de existir mais do que um BSS no mesmo local é importante que

seja escolhida uma identificação para cada um, esta é denominada de Service Set Identifier

(SSID), e trata-se de um conjunto de caracteres que é inserido no cabeçalho de cada pacote

de dados, dizendo de forma mais simples, é o nome que cada rede sem fio tem.[1]

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3. 4G

3.1. Origem

As redes móveis iniciaram-se com o velho 1G (a primeira geração), este foi construído

na década de 1980, tratava-se de um serviço que permitia apenas chamadas de voz. No

início de 1990, a evolução deu-se e surgiu o 2G, este já fornecia aos utilizadores o acesso a

dados básicos, como mensagens de texto e e-mail.

No início de 2000 assistimos ao aparecimento do 3G, e com ele surgiu também o

conceito de Internet móvel. Com uma conexão mais rápida, permite navegar na Web

embora no início ainda fosse uma experiência um bocado lenta. Com o tempo houve a

necessidade de tornar esta tecnologia mais rápida e de imediato começou-se a trabalhar

neste objetivo.

Nos dias de hoje, vivemos na presença do 4G, não havendo nenhum padrão

universalmente conhecido. Trata-se apenas de um termo comercial para representar apenas

que se trata de um serviço de Internet mais rápido do que o 3G.

3.2. Funcionamento

Assim como o 3G, o 4g é “IP-based” (Internet protocol), ou seja, guia-se segundo um

protocolo para enviar e receber pacotes de dados. Ao contrário do 3G, o 4G usa IP também

na comunicação por voz, sendo assim designado por “all-IP”. Para enviar e receber dados,

em primeiro lugar o dispositivo tem que comunicar com a estação base, composta por torres

fixas equipadas com antenas, cuja função é transmitir dados de e para a Internet e para os

dispositivos.

A rede móvel 4G é uma tecnologia que ultrapassa em muito a comunicação por voz, ao

contrário das tecnologias anteriores ao 3G, que se limitavam ao envio e receção de

chamadas bem como, mais tarde, de SMS. As maiores novidades implementadas no 4G

são várias, entre as quais se destacam a possibilidade de ser usada para

videoconferências, “mobile TV”, conteúdo em HD (Alta Definição), entre outros, com a

vantagem de poder ser utilizado onde quisermos e quando quisermos. Para além destas

vantagens que só eram possíveis através da internet fixa, o 4G também conta com uma

redução de custos associados à tecnologia e investimentos para a ampliação da mesma.

Mas qual é, afinal, a principal diferença entre o 4G e o 3G? Essa diferença é a

velocidade, ou seja, a razão da criação do 4G e das próximas gerações. O 4G foi criado

para atingir velocidades 10 ou mais vezes superiores às do 3G, podendo chegar, assim,

rapidamente ao nível do wi-fi. [2]

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4.Parâmetros de comparação

4.1. Taxa de dados

A taxa de dados ou, mais especificamente, a taxa de transferência de dados indica o

número médio de bits que passam ou são transmitidos por unidade de tempo entre

dispositivos. É a velocidade com que os dados são transmitidos e é normalmente medida

em bits por segundo ou múltiplos deste, como por exemplo, Kbps, Mbps e Gbps.[3]

Estas unidades de transmissão de dados, principalmente Mbps (Mbit/s ou megabits por

segundo) que é frequentemente usada para determinação da velocidade da conexão à

internet, não devem ser confundidas com MB (megabytes) ou MB/s (megabytes por

segundo) que são normalmente usadas para determinar o tamanho de ficheiros (KB, MB,…)

e a velocidade de transferência de um ficheiro dentro de um computador ou da internet

(KB/s, MB/s,…). Visto que 8 bits equivalem a 1 byte, uma ligação à internet com velocidade

de download máxima de 120 Mbps não ultrapassa os 15 MB/s, pois 120/8=15. [4] [5]

Figura 1 - Conversão de megabits em megabytes

A taxa de dados varia com os diferentes protocolos, padrões ou normas de wifi

disponíveis atualmente, bem como, por outro lado, com as várias gerações de redes

móveis.

A taxa de dados, referente à velocidade de download, é de 600 Mbps (Mbit/s) para o

padrão 802.11n, que ainda é o mais usado atualmente, e cerca de 1.3 até 6.93 Gbps

(Gbit/s) para padrões mais recentes como o 802.11ac e 802.11ad. Estes valores aplicam-se

a testes em condições excelentes de utilização.

Apesar destes valores surpreendentes, maior parte das conexões de internet vulgares

ainda não atingem velocidades tão elevadas, o que não justifica o investimento de, por

exemplo, um utilizador normal de internet em sua casa, em routers que suportem estes

padrões mais recentes.[6][7][8]

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Com 4G LTE (“Long Term Evolution”), a velocidade de download pode atingir,

teoricamente, os 100Mbps (Mbit/s) mas, em utilização, a média varia entre 14 e 21 Mbps.

Com uma das mais recentes redes desta geração e que ainda se encontra em

desenvolvimento, o 4G LTE advanced (“Long Term Evolution Advanced”) ou 4G+, a

velocidade de 100Mbps é teoricamente o máximo para um utilizador em movimento e de

1Gbps para um utilizador parado num local com boa cobertura de rede. No entanto, a

velocidade média consta-se que irá, num momento inicial, atingir apenas 450 Mbps (para o

caso de um utilizador fixo).

Apesar destas grandes diferenças entre velocidades teóricas e velocidades médias

reais, a diferença de velocidade entre o 4g e o 3g, seu antecessor, e a maior estabilidade da

mesma é perfeitamente notável pelo utilizador.[9][10][11]

Figura 2 - Velocidades teóricas e reais das redes móveis. [12]

4.1.1. Teste prático

Com um simples teste realizado na FEUP, foram testadas ambas as tecnologias e foi

possível obter os seguintes resultados de velocidades:

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Figura 3 - Teste com o wi-fi da FEUP (eduroam), à esquerda, e com 4G no mesmo local, à direita.

Neste teste, realizado com boa cobertura wi-fi e 4G na FEUP, foi utilizado o aplicativo

“SpeedTest” da Ookla para determinar as velocidades de download e upload de ambos.

Como estes valores podem, por vezes, ser instáveis, realizaram-se vários testes e utilizou-

se, como referência, a mediana em ambos os casos (Figura 3). Assim, concluiu-se que

neste local, como previsto, o wi-fi superou o 4G em termos de velocidade de resposta, de

download e de upload.

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4.2. Segurança

O principal problema relacionado com a segurança da rede sem fio é a simplicidade

usada no acesso à rede, pois para nos podermos ligar basta estarmos dentro do seu

alcance.

Muitas pessoas, de forma oculta, conectam um dispositivo a uma determinada rede e

aproveitam-se dos seus recursos sem terem autorização para tal, em consequência várias

medidas de segurança foram criadas para que estas situações não ocorram.

Estas medidas de segurança resumem-se em mecanismos de autentificação, o WEP

(Wired Equivalent Privacy) foi o primeiro a ser criado e, quando ativado, é configurada uma

chave de segurança, esta encripta as informações que são trocadas por determinados

dispositivos através desta rede. [13]

Contudo o uso do WEP não é recomendado devido às potenciais falhas de segurança.

Pois este mecanismo faz uso de vetores de inicialização que fazem com que a chave seja

facilmente decifrada. Tomando o exemplo de uma rede que utiliza WEP de 64 bits, tem 24

bits como vetores de inicialização. Os bits restantes formam uma chave muito fácil de ser

quebrada.

Desta forma, em 2003, surgiu outra solução: o Wired Protected Access (WPA). O WPA

baseia-se no mesmo modelo do WEP mas funciona de uma forma muito mais segura.

Apesar desta evolução, a Wi-Fi Alliance procurou obter um esquema de segurança

ainda mais seguro. E assim foi criado o 802.11i, tratando-se de um conjunto de

especificações de segurança, sendo também designado como WPA2. Advanced Encrypion

Standard (AES) é um padrão de criptografia utlizado muito seguro e eficiente que é utilizado

neste método. No entanto também apresenta uma desvantagem: exige um processamento

muito elevado, sendo assim aconselha-se o seu uso a quem deseja um alto nível de

segurança, mas o desempenho de equipamentos de redes pode sempre ser afetado. [1]

No caso das redes móveis, devido a algumas fraquezas na tecnologia 2/2.5G e à

necessidade de suportar a transmissão de voz e de dados, a terceira geração (3G) foi

desenvolvida. Com a criação desta geração, foram também resolvidos grande parte dos

problemas de segurança que o 2G apresentava: foi criado um método mais genérico de

autentificação e agrupamento de chaves (Authentication and Key Agreement,AKA), foram

também introduzidos mecanismos de criptagem mais fortes. No entanto continuam a existir

vário problemas relacionados com a segurança no 4G. [14]

Existem interferências no meio causadas pelo homem, devido a estas os sistemas de

comunicação pode parar de funcionar devido a uma relação elevada de sinal-ruido. Ataques

de interferência podem ser facilmente realizados, desde que se possua o equipamento e o

conhecimento necessário para realizar tais ataques. A frequência de radio pode ser

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 14/35

bloqueada, se um transmissor enviar um sinal com a mesma frequência. O sinal LTE é

muito complexo, composto por vários subsistemas, e em certos casos, se um dos

subsistemas for desligado, toda a estação base é desligada. A natureza aberta da

arquitetura e dos protocolos do 4G fazem com que a rede seja suscetível a vários tipos de

ataques. [15]

Para fazer face a alguns dos problemas existentes existem várias soluções: o controlo

de acesso, que mede o nível de proteção necessário para evitar usos não autorizados da

internet; a autentificação que serve para confirmar a identidade de cada pessoa que se

conecta à rede; a confidencialidade dos dados, através da qual se garante que os

utilizadores não acedam a dados para os quais não tenham autorização; segurança na

comunicação, permitindo que a informação circule apenas entre os pontos autorizados; e

por fim a integridade dos dados, que possibilita a exatidão dos dados pois estes podem ser

modificados, apagados ou replicados sem autorização, e também permite a deteção de

tentativas não autorizadas para alterar os dados. [16]

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 15/35

4.3. Ramos de protocolos

Por definição os protocolos são as regras a que os dispositivos que se ligam a rede

estão sujeitos.

Apesar de que os protocolos do Wi-Fi e os do 4G são diferentes tantos os de uma

tecnologia como os da outra podem ser agrupados no chamado modelo OSI (Open

Systems Interconnection), que é simplesmente designação dada à estrutura onde estão

organizados os protocolos para ser mais fácil a compreensão do funcionamento dos

protocolos. Sabemos que o modelo OSI está organizado em camadas e serve para

demonstrar uma espécie de hierarquia entre elas, isto porque o controlo é passado de

camada para camada em direção à camada mais inferior. [17][18][19][20]

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 16/35

Modelo OSI

Camada

Função

Exemplos de protocolos

1.Física

Engloba o hardware envolvido num certo processo. Neste caso a camada física trata dos meios nos quais circulam os dados, é a mais inferior de todo o modelo OSI.

Modem, RDIS, RS-232, EIA-422, RS-449, Bluetooth, USB, ...

2.Ligação de dados

É a segunda camada mais inferior do modelo OSI. Esta camada consegue identificar erros existentes na camada física e dá ainda a opção de poder corrigir os erros detetados.

Ethernet, 802.11 (WiFi), 802.1Q (VLAN), 802.1aq (SPB),802.11g, HDLC,Token ring, FDDI, PPP, ...

3.Rede

É a terceira camada mais inferior do modelo OSI. Esta camada tem como funções a condução de pacotes, controla o congestionamento e faz a contagem dos bytes utilizados.

IP (IPv4, IPv6), Ipsec, ICMP, ARP, RARP, NAT...

4.Transporte

É a quarta camada do modelo OSI. Nesta camada é feito o controlo do fluxo de informação, garantindo a transferência de dados completa e faz a correção de erros.

NetBEUI, TCP, UDP, RTP, SCTP, DCCP, RIP ...

5.Sessão

É a quinta camada do modelo OSI e faz o controlo do fluxo de dados entre aplicações.

NetBIOS...

6.Apresentação

É a sexta camada do modelo OSI. Converte a informação para que esta possa ser usada na camada de aplicação, ou seja nesta camada é feita a conversão de dados para que estes possam ser lançados na rede.

XDR, TLS ...

7.Aplicação

É a sétima e última camada do modelo OSI. Tem como função fazer a comunicação entre a rede e os aplicativos instalados no dispositivo.

HTTP, SMTP, FTP, SSH, Telnet, SIP, RDP, IRC, SNMP, NNTP, POP3,...

Tabela 1 - Modelo OSI. [17][18][19][20]

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4.4. Gamas de frequência

As redes wi-fi e as móveis, como o 2g, 3g e 4g, operam em diferentes gamas de

frequências e possuem diferentes formas de funcionamento e distribuição.

No caso do wi-fi, o protocolo 802.11 usa atualmente cinco gamas de frequências

distintas: 2,4 GHz (Gigahertz), 3,6 GHz, 4,9 GHz, 5 GHz e 5.9 GHz. Cada escala é dividida

numa multiplicidade de canais legalmente permitidos e todos os países aplicam os seus

próprios regulamentos para os canais admissíveis e níveis de potência máxima dentro

dessas gamas de frequências.

Estes canais são resultado de pequenas diferenças de frequência dentro de cada

gama, o que torna um sinal diferente do outro. Por exemplo, na banda (gama) dos 2,4 Ghz,

o canal 1 corresponde a 2,412 Ghz; o canal 2 a 2,417 Ghz; etc.

A banda de frequências mais comum e mais usada atualmente em redes wi-fi é, ainda,

a de 2,4 GHz (usada pelos protocolos 802.11 b, g e n). Em Portugal, por exemplo, são

permitidos os primeiros 13 canais nesta gama.[21]

Figura 4 - Frequências dos canais na gama dos 2,4Ghz e interferências causadas entre si [21]

É necessária a existência de diversos canais dentro de cada gama de frequências,

mesmo com pequenas diferenças entre si, com vista a evitar a interferência entre sinais wi-fi

de routers diferentes, quer seja dentro da mesma rede ou em redes distintas. Para isso, os

dispositivos que emitem sinal wi-fi possuem uma página de configuração onde é possível,

entre outras opções, alterar o canal em que o sinal está a ser emitido. Alguns aparelhos,

para complementar esta opção, possuem uma funcionalidade que deteta a frequência

emitida pelos dispositivos wi-fi que os rodeiam e indica quais os melhores canais a escolher

para um melhor desempenho via wireless.[22]

A figura seguinte é uma captura de ecrã que mostra a mudança de canal num router

com wi-fi, obtida através do acesso à página de configuração do mesmo.

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 18/35

Figura 5 - Alteração da frequência (canal) de um router e funcionalidade “Monitor de qualidade

Wireless”.

No caso das redes móveis (em geral), as gamas de frequências utilizadas em Portugal

são cinco e estão distribuídas para transmitirem sinal das diferentes gerações ainda

disponíveis atualmente, denominadas 2g, 3g e 4g.

Em Portugal, são usadas as seguintes gamas de frequências para as redes móveis: 800

Mhz (Megahertz), 900 Mhz, 1800 Mhz, 2100 Mhz e 2600 Mhz (2,6 Ghz) (1000 Mhz = 1

Ghz). No entanto são usadas frequências ligeiramente diferentes dentro de cada gama, para

ser possível diferenciar o sinal das diferentes operadoras (tal como nas frequências de wi-fi).

Para emissão de sinal 2G (GSM) são usadas (em Portugal) as frequências na banda

dos 900 Mhz e dos 1,8 Ghz. Já para o 3G (UMTS) foi adquirida a gama dos 2,1 Ghz e, por

fim, para o 4G (LTE) são utilizadas as restantes gamas, dos 800 Mhz e dos 2,6 Ghz. É de

notar que GSM, UMTS e LTE são sistemas de comunicações móveis que permitem a

emissão do sinal das diferentes gerações de redes. [23][24]

Geração de redes móveis Frequências

2G (GSM) 900 Mhz e 1,8 Ghz

3G (UMTS) 2,1 Ghz

4G (LTE) 800 Mhz e 2,6 Ghz

Tabela 2 - Resumo das frequências usadas pelas diferentes gerações de redes móveis em

Portugal. [24]

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 19/35

4.5. Largura de banda

Quando nos referimos a wireless, largura de banda é o termo usado para referir os

conjuntos de frequências dentro da frequência mínima e máxima que o sinal emite. O sinal

é analógico e é medido em hertz. Existe um limite físico para os canais que é designado lei

de Hartley, que nos diz que o limite de taxa de dados digitais, ou capacidade de canal, de

um link de comunicação físico é proporcional à sua largura de banda em hertz (figura 6).

[25]

Figura 6 – Largura de banda. [26]

Usando o 802.11n como referência, o método de transmissão varia entre as faixas de

frequências 2,4 GHz e/ou 5 GHz, e com taxas de transferências entre 65Mbps e 450Mbps.

[27].

No 4G, podemos utilizar a mesma definição, apesar de existirem algumas diferenças

que são necessárias de referenciar. A largura de banda do 4g é semelhante a do wireless,

com a particularidade de ambos serem projetados para fins diferentes. O 4g foi projetado

para redes com alcances maiores, enquanto o wireless é projetado para redes de menor

alcance. Quer isto dizer que ambas as tecnologias são utilizadas de maneira diferente,

tendo em conta a necessidade prática do problema. [28]

Quer isto dizer que o 4G trabalha com frequências diferentes.

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Figura 7 - Distância do Wi-Fi e do 4G.

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 21/35

4.6. Variação de sinal

Existem diversas interferências físicas que podem influenciar um qualquer sinal. Em

relação ao wireless e 4G, existem um conjunto de fatores principais que afetam o sinal.

4.6.1. Distância do router.

Como já foi referido anteriormente, o wireless é uma rede de curto alcance, isso

implica que quanto maior a distância da fonte de emissão de sinal, mais fraco o sinal vai

ser. Podemos então concluir que a disposição do emissor tem que ser estudada, para que

este se encontre num local onde satisfaça o maior número de casos possíveis, quer isto

dizer que num determinado espaço onde se realize uma instalação wireless, temos que

colocar o emissor onde exista o maior aglomerado de recetores.

4.6.2. Obstáculos Físicos ao sinal.

Normalmente, o que temos em consideração quando falamos nestes obstáculos são

as paredes. Quando um router é posicionado num determinado espaço, quantas mais

paredes o sinal tiver que atravessar, mais fraco se vai tornar. Porém existem casos

específicos em que isso não se verifica devido a natureza do sinal. Como é sabido, o sinal

wireless tem tendência a subir, isto significa que um recetor posicionado acima do emissor,

mesmo tendo mais obstáculos, poderá obter um sinal melhor, visto que está enquadrado

com a projeção do sinal.

Também é importante referir que existem outros tipos de obstáculos como por

exemplo: redes wireless vizinhas, outros equipamentos eletrónicos domésticos e até mesmo

humanos. [29]

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 22/35

Figura 8 – Distribuição do Wireless sem repetidor de sinal.

Como melhorar?

As redes wireless têm uma solução que resolvem os dois problemas em simultâneo,

utilizando os repetidores de sinal. Com os repetidores conseguimos aumentar a distância de

alcance do sinal, e por sua vez evitar obstáculos físicos visto que podemos ligar via cabo.

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Figura 9 - Distribuição do Wireless com repetidor de sinal.

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4.7. Partilha do meio

Por partilha do meio entende-se a troca de informação oriunda de dois ou mais

dispositivos que se possam ligar à rede sem fios.

Existem duas formas de partilhar informação com outros dispositivos: as redes Ad-hoc

e os hotspots.

4.7.1. Redes Ad-Hoc

As redes Ad-Hoc são redes que não precisam de pontos de acesso para que seja

possível a ligação, isto é cada dispositivo serve de “ponto de acesso”, em vez de haver um

local por onde passe toda a informação é possível que os sistemas ligados possam

comunicar diretamente entre si, sendo assim possível a partilha do meio. [30]

4.7.2. Hotspots

Um hotspot é uma zona de acesso, criada por um dispositivo, onde é possível ligar-se à

rede. Os hotspots costumam usar tecnologia wi-fi porém o aparelho que dá origem ao

hotspot não necessita de estar ligado a uma rede wi-fi. Por exemplo é possível criar um

hotspot através de um telemóvel ligado à rede móvel 4G, afinal criar um hotspot não é mais

do que converter um sinal para outro e depois construir um ponto de acesso com o sinal

convertido. [31]

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4.8. Área de cobertura

A área de cobertura de uma rede wi-fi é totalmente diferente de uma rede móvel (2G,

3G ou 4G), devido, principalmente, à tecnologia utilizada e à distribuição do sinal.

O alcance de uma rede wi-fi depende principalmente do número e tipo de pontos de

acesso (routers) usados para construí-la. Para além disso, o alcance do sinal wi-fi de

qualquer ponto de acesso também varia significativamente dependo do dispositivo utilizado.

Outros fatores que são também determinantes no alcance de uma rede wi-fi são, por

exemplo:

- o padrão 802.11 por ela utilizado;

- a potência de transmissão do router (ou pontos de acesso);

- a existência de obstruções físicas ao sinal;

- a interferência com outros equipamentos nesse local.

Normalmente, os routers wi-fi em redes domésticas a emitir à frequência tradicional de

2,4Ghz emitem sinal alcançável a cerca de 46 metros no interior e até 92 metros no exterior.

[32][33]

Apesar das vantagens de utilizar um router que use o padrão 802.11ac ou ad, como por

exemplo, uma velocidade mais elevada por wi-fi, existe a grande desvantagem do sinal por

eles emitido ser mais suscetível a obstruções (paredes, mobília, …) devido a utilizar a

banda dos 5 Ghz em vez dos 2,4 Ghz. Este facto é comprovável através de leis físicas.

No entanto, a gama dos 2,4 Ghz também é afetada em termos da área de cobertura por

certos aparelhos eletrónicos usados em casa, como o micro-ondas que, quando em

funcionamento, emite frequências entre os 2,4 e os 2,45 Ghz, podendo causar interferência

com o sinal wi-fi de um router.

Para contrariar estes problemas, são usados, quando necessário em termos de

alcance, vários pontos de acesso dentro da mesma rede (com o mesmo nome e credenciais

de acesso, se aplicável), sendo apenas diferenciáveis pelo canal em que estão, ou seja,

frequência em que emitem o sinal e que estão interligados por cabo, resultado em pouca ou

nenhuma perda de velocidade. Podem também ser utilizados para este efeito os extensores

de sinal wireless (“Range extenders”) que são dispositivos que, captando o sinal wi-fi de um

router, retransmitem-no com o mesmo nome e credenciais. Neste último caso, não é

necessário cabos para interligar os aparelhos, mas há, normalmente, perdas de velocidade

e de velocidade de resposta.[34]

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Figura 10 - Esquema que demonstra utilização dos acess points. [35]

O alcance do sinal das redes móveis (em geral), por sua vez, depende do número de

torres emissoras/recetoras que um certo local possui. Estas torres são também conhecidas

como “células”.

Nas cidades, cada célula pode ter um alcance de até cerca de 0,80 km, enquanto nas

zonas rurais, o alcance pode chegar até 8 km.

Como estão localizadas em pontos altos e emitem sinais de maior potência, estas

torres de transmissão/receção de redes móveis (células) têm um alcance superior ao wi-fi.

As antenas mais potentes (e também que estão mais altas) podem transmitir com 50 até

100 watts de potência.

No entanto, apesar de este sinal ser menos suscetível a interferências do que o wi-fi,

também pode ser reduzido dentro de áreas cobertas e em zonas que se encontrem longe

de uma torre (ou “célula”).[36][37][38]

Figura 11 - Torre de transmissão/receção de redes móveis. [39]

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4.9. Sincronização

Por definição sincronizar é tornar duas ou mais coisas simultâneas isto é, fazer com

que ocorram ao mesmo tempo. No caso do Wi-fi e da rede móvel 4G será fazer com que a

partilha de informação entre o emissor e o recetor do sinal seja simultânea. [40]

Tanto no Wi-fi como na rede móvel 4G a comunicação entre os emissores e os

recetores é feita sem fios.

No caso do Wi-fi a transmissão de dados é realizada através de ondas rádio tendo estas

um alcance médio de 100 metros dependendo do protocolo. Porém, como existem mais

serviços que utilizam ondas rádio é necessário que cada um desses serviços opere de

acordo com as normas estipuladas pelo governo do em que o serviço atua, isto para que a

possibilidade de interferências seja praticamente nula, porém há intervalos de frequência

cujos sinais não precisam de esperar pela aprovação das autoridades. As frequências são:

no intervalo de 2.400-2.500 GHz (para os protocolos 802.11b, 802.11g, e 802.11n) e 4.915–

5.825 GHz (para os protocolos 802.11a e 802.11n). [1] [34]

Quanto à rede móvel 4G inicialmente o sinal é transmitido por fios até à antena (que

vai emitir o sinal) onde o sinal e convertido de forma a respeitar os padrões/protocolos a que

está sujeito. A frequência em que o sinal é emitido pode ir até aos 2600 MHz, que são

frequências mais altas do que na geração anterior, o que também permite maior alcance do

sinal emitido. [41]

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4.10. Consumo energético

Com o avanço da tecnologia tudo mudou, tanto as tecnologias 4G e WiFi como os

dispositivos móveis, mas o mesmo fator limitante continua a existir: a duração da bateria.

Os consumidores não têm grande escolha senão adotar uma estratégia através da

qual a bateria seja mais eficiente e se aguente por mais tempo, existem técnicas básicas

como reduzir o brilho do ecrã, desligar o GPS ou usar o modo silencioso. Mas centremo-nos

na forma como nos conectamos à Internet.

Atualmente os dispositivos móveis possuem 3 rádios: GSM (Global System for Mobile

Communications), WiFi e Bluetooth e sempre que um destes é usado mais energia é

consumida. Comparando entre eles, na maioria dos casos o GMS utiliza mais bateria

seguido do WiFi e do Bluetooth. No entanto esta ordem pode variar de uns dispositivos para

outros. [42]

A maioria dos dispositivos móveis desligam automaticamente o 4G quando estão

conectados via Wi-Fi. Um dispositivo conectado a uma rede Wi-Fi consome,

significativamente menos energia, do que quando conectado ao 4G. Por outro lado, caso o

dispositivo não esteja conectado a uma rede Wi-Fi, é aconselhável que o Wi-Fi seja

desligado, caso contrário o dipositivo irá constantemente procurar uma rede e consumir

bateria durante o processo. [43]

Isto leva-nos a pensar que devemos desligar os dados móveis sempre que podemos,

mas não tem que ser necessariamente assim isto porque, no caso do 4G, na maioria do

tempo, o rádio GSM não está a transmitir, este trabalha ligando ocasionalmente o telefone à

Internet para verificar o estado da conexão com o objetivo de otimizar a qualidade de

receção. Se for feita ou recebida uma chamada, o rádio vai transmitir durante a chamada,

certificando-se que se mantém conectado com a antena emissora mais forte. Quando é

enviado uma mensagem de texto, ele transmite durante o processo de envio e, em seguida,

para. Quando se está num local onde o sinal é irregular, o rádio GSM possui intervalos em

que se tenta ligar à rede. [42]

Muitas pessoas pensam que o 4G consome bateria tão rápido simplesmente porque é

mais forte no entanto não é assim tão simples, e as razões disto não estão relacionadas

com a tecnologia 4G em si. Atualmente, os provedores fazem os dispositivos com a

capacidade de se conectar a redes 3G e 4G simultaneamente. Isto significa que é duas

vezes mais difícil para manter uma conexão e, desta forma, o dispositivo usa duas vezes

mais energia. Sempre que se faz uma chamada ou se envia e recebe uma mensagem de

texto, o rádio 3G tem que fazer uma pausa. Esta mudança de estado causa uma tensão

enorme na bateria. Quando se está a viajar, o dispositivo tem que estar, constantemente

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 29/35

a mudar de torres para se manter ligado à rede, esta mudança faz com que a bateria seja

consumida mais rapidamente.[44]

Por outro lada o Wireless é uma conexão que está sempre ligada. Os rádios Wi-Fi estão

constantemente a transmitir independentemente de existirem ou não dados a ser

transmitidos através da conexão. No entanto pode-se dizer que a longo prazo estes rádios

usam menos energia que os rádios GSM[42]. A existência de uma placa de rede nos

dispositivos faz com que o consumo de energia aumente, não só pela existência a da placa

em si mas também pelo gasto adicional feito pelos restantes componentes para se

manterem conectados com a placa de rede. Para que a placa de rede possa realizar as

suas funções é necessário que haja uma interação com o processador, os barramentos e a

memória e isto gera um consumo adicional.[45]

Figura 12 - Duração da bateria quando usados diferentes tipos de tecnologia: Wi-Fi, 4G e 3G.

[46]

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5. Conclusões

No fim da realização deste relatório conclui-se que cada uma das tecnologias, Wi-Fi e

4G apresenta as suas próprias características tendo obtido várias conclusões ao longo dos

vários tópicos abordados.

Atualmente o Wi-Fi possui valores de velocidades superiores mas com toda a evolução

registada ao nível do 4G, as redes móveis podem vir a obter valores iguais ou mesmo

superiores aos do Wi-Fi.

Ao nível da segurança foi possível observar que tanto o Wi-Fi como o 4G apresentam os

seus métodos para tornarem o acesso à rede mais seguros, no entanto nenhum deles

possui um método 100% fiável;

São utlizadas gamas de frequências diferentes pelos dois tipos de rede e são usadas de

maneira diferente, no Wi-Fi os intervalos são divididos em canais para evitar interferências

enquanto no 4G a frequência dentro da cada intervalo varia conforme a operadora. O

espetro das frequências utilizadas pelo Wi-Fi é muito maior do que o das redes móveis em

geral.

A largura de banda do 4G e do Wi-Fi é semelhante, a diferença entre as duas

tecnologias está no alcance das redes emitidas.

O 4G é mais robusto que o Wi-Fi pois este ultimo foi criado para computadores que são

equipamentos eletrónicos que estão em repouso e sofrem poucas variações de sinal que,

por norma, são sempre as mesmas. Já o 4G foi projetado para sofrer mais variações visto

que é uma tecnologia para equipamentos móveis, logo esta sujeito a mais variações, como

por exemplo num carro em movimento.

Para que seja possível partilhar o meio tanto no Wi-Fi como no 4G são usados hotspots

ou redes Ad-hoc. No primeiro caso existe um ponto de acesso e no segundo não, pois os

dispositivos ligam-se entre eles.

A área de cobertura de uma rede Wi-Fi depende principalmente do número de pontos

de acesso que nela existem enquanto no 4G depende do número de antenas (células) que

existem numa determinada área. No entanto a cobertura de todas as redes móveis é

superior devido à potência destas mesmas antenas. Em geral, o sinal Wi-Fi é mais

suscetível a interferências do que o 4G.

A sincronização no 4G apresenta uma maior facilidade, pois permite mais utilizadores

conectados ao mesmo tempo e num maior raio

Ao nível do consumo energético conclui-se que o 4G consome mais bateria que o Wi-Fi.

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No caso do 4G não é a tecnologia em si que provoca este gasto enorme de bateria mas sim

a forma como os dispositivos estão configurados. Claro que estão configurados desta forma

por algum motivo, e caso contrário o 4G não iria funcionar com tanta eficácia.

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[36] Wikipedia. “Cellular Network” Acedido a 11 de outubro de 2015

https://en.wikipedia.org/wiki/Cellular_network#Mobile_phone_network

[37] Wikipedia. “Mobile phone radiation and health”. Acedido a 11 de outubro de 2015

https://en.wikipedia.org/wiki/Mobile_phone_radiation_and_health

[38] Informationszentrum Mobilfunk. “How do mobile phone base stations work?” Acedido a

13 de outubro de 2015 http://www.izmf.de/en/how-do-mobile-phone-base-stations-work

[39] Wikipedia “Telecom infrastructure sharing” Acedido a 15 de outubro de 2015

https://en.wikipedia.org/wiki/Telecom_infrastructure_sharing

[40] Infopedia. “Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico - sincronizado” Acedido a 11 de

Outubro de 2015

http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/sincronizado

[41] Wikipedia. “4G ”. Acedido a 10 de outubro de 2015 https://en.wikipedia.org/wiki/4G

[42] CareAce.”Tip: Which Uses more battery—WiFi or 3G/4G data connections?”. Acedido a

9 de outubro 2015 http://www.careace.net/2011/10/06/tip-which-uses-more-

battery%E2%80%94wifi-or-3g4g-data-connections/

[43] PhoneTipz. “Does Wi-Fi Consume More Battery Power than 3G or 4G/LTE?”. Acedido a

9 de outubro de 2015. http://phonetipz.com/does-wi-fi-consume-more-battery-power-than-3g-

or-4g-lte/;

[44] PhoneTipz. “Why Does 4G Really Drain Your Battery?”. Acedido a 9 de outubro de

2015. http://phonetipz.com/why-does-4g-really-drain-your-battery/;

[45] Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ EEL879 - Redes de Computadores II.

“Wi-Fi e consumo de energia”. Acedido a 9 de outubro de 2015

http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2012_2/lpwifi/Consumo_wifi.html

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Comparação técnica entre Wi-Fi e rede móvel 4G para acesso à Internet 35/35

[46] COMPUTER WORLD. “3G vs. 4G: Real-world speed tests”. Acedido a 9 de outubro de

2015. http://www.computerworld.com/article/2511923/wireless-networking/3g-vs-4g-real-

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