comparação da bioimpredância vs dexa

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Docente: Drª Diana Teixeira Discentes: Alexandra Candeias nº51539 Cláudia Costa nº53222 Elisa Lázaro nº52620 Keila Monteiro nº50719 Curso de Dietética e Nutrição Planeamento de Dietas

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Este trabalho explica em que consiste Bioimpredância e DEXA, comparando os dois métodos de avaliação do peso corporal.

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Page 1: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Docente: Drª Diana Teixeira

Discentes: Alexandra Candeias nº51539

Cláudia Costa nº53222

Elisa Lázaro nº52620

Keila Monteiro nº50719

Curso de Dietética e Nutrição

Planeamento de Dietas

Page 2: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Introdução• Devido à crescente incidência das doenças crónicas não transmissíveis

como a obesidade e suas complicações como a diabetes melitos tipo II e

doenças cardiovasculares, torna-se imperativo monitorizar e controlar o

excesso de peso nas populações e indivíduos afetados.

• Para esse efeito, utilizam-se métodos de medição antropométricos os

quais incluem a medição do peso, altura, perímetro abdominal e pregas

cutâneas.

• Para além disso, existem métodos de avaliação da composição corporal

mais complexos como: bioimpedância elétrica, radiologia, ultra

sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

• Compete ao clínico selecionar o método mais apropriado consoante a

situação e os meios disponíveis.

• Apresentamos aqui, dois métodos disponíveis para a avaliação do

estado nutricional do individuo, a Bioimpedância elétrica (BIA) e DEXA.

Page 3: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 4: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Bioimpedância elétrica (BIA)

• Objetivos de utilização

• Estimar a composição corporal e o estado

nutricional de um indivíduo ou de uma comunidade

e, posteriormente identificar o risco de

desenvolvimento de problemas nutricionais

• Quantificar este risco e suas complicações e

monitorar a adequação da terapia nutricional

• Estado de hidratação corporal

Page 5: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Estima os seguintes componentes corporais:

Água corporal total (ACT)

Massa livre de gordura (MLG)

Massa Gorda (MG)

• Fornece informações como:

Distribuição dos fluidos nos espaços intra e extracelulares

Qualidade, tamanho e integralidade celular

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 6: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Funcionamento:

• A BIA baseia-se no princípio da condutividade elétrica para a estimativa dos compartimentos corporais.

• A massa livre de gordura (MLG) é um tecido altamente condutor de corrente elétrica devido à elevada quantidade de água, material orgânico e eletrólitos. Corresponde ao esqueleto, músculo, colagénio, tendões e derme.

• A massa gorda (MG) e o tecido ósseo são maus condutores elétricos, comportando-se como isolante. Corresponde à gordura subcutânea e à gordura que envolve as vísceras e os órgãos.

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 7: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Válido para:

• Indivíduos:

Gestação, bem como em crianças, idosos e atletas.

• Não aplicável a crianças e adultos com excesso de peso

• Situações clínica:

• Desnutrição, traumas, cancro, pré e pós-operatório,

hepatopatias, insuficiência renal

• Apenas para a população referência

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 8: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Aplicação:

• A avaliação é realizada com o paciente deitado com as

pernas afastadas e os braços em paralelo afastados do

tronco.

• Os elétrodos pletismógrafos são colocados em locais

específicos da mão e do pé do lado dominante.

• Por meio dos elétrodos distais é introduzida uma corrente

impercetível que é captada pelos elétrodos proximais. Assim, os valores de resistência e reactância obtidos são utilizados

para o cálculo dos percentuais de água corporal, massa

magra e gordura corporal por meio do software fornecido

pelo fabricante.

• Existem aparelhos de bioimpedância portáteis que imprimem

de imediato os valores de composição corporal.

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 9: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Vantagens

• Informação processada rapidamente

• Método não-invasivo e prático

• Reprodutível e relativamente barato

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 10: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Fatores que afetam o resultado:

Alimentação

Ingestão de líquidos

Desidratação ou retenção hídrica

Utilização de diuréticos

Ciclo menstrual.

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 11: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Desvantagens

Apesar das indicações como método preciso e confiável, alguns resultados obtidos em determinadas pesquisas revelam-se algumas vezes discrepantes, quando comparados com outros recursos.

Utilização de uma variabilidade de equações disponíveis para vários grupos de indivíduos, que são aplicadas de forma equivocada em amostras bastante heterogénicas;

Além disso, podem interferir as diferenças étnicas e de composição corporal entre as populações, bem como o estado de hidratação dos indivíduos avaliados;

Prever a gordura corporal em obesos é difícil uma vez que estes comportam uma maior proporção de massa corporal e água corporal concentradas no tronco, a hidratação da MLG é menor nos obesos, além disso, o rácio de água intracelular e extracelular está aumentada.

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 12: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Condições de utilização

• Calibração regular do aparelho• Correto manuseamento e manutenção dos elétrodos em sacos

fechados e protegidos do calor• Posição do indivíduo avaliado, conforme recomendação do fabricante;• Jejum de 4 horas, antes do exame• Abstinência alcoólica de 8 horas, antes do exame• Abstinência de atividade física e sauna, por 8 horas, antes do exame• Esvaziamento da bexiga antes da realização do exame• Temperatura do ambiente por volta dos 22ºC• Pele desprovida de lesões e limpa com álcool• Distância entre os elétrodos de, no mínimo, 5cm• Observância do ciclo menstrual• Presença de obesidade• Utilização de material isolante, como toalha entre os membros inferiores• Impedimento de contato com superfície metálica e joalharia• Utilização de meias colantes• Portadores de Pacemaker impedidos de realizar o exame

Bioimpedância elétrica (BIA)

Page 13: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 14: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)Objetivos de utilização:

A técnica a utilizar para avaliar a densidade

mineral óssea (DMO) sendo o método padrão para

o diagnóstico e seguimento da evolução dos

doentes com osteoporose

Calcular a massa óssea a partir da diferença de

absorção dos raios X de duas energias diferentes

Page 15: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Quantifica os seguintes componentes corporais:

Massa livre de gordura (MLG)

Massa Gorda (MG)

Massa óssea

Baseia-se em:

Níveis de hidratação

Níveis de conteúdo de Potássio

Densidade tecidular

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 16: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Aplicação:

• Os raios X são emitidos por uma fonte localizada

abaixo do individuo, o qual permanece em

posição supino sobre a mesa.

• Após passar pelo individuo, os raios X atenuados

são medidos por um detetor. Faz análises

transversas do corpo, em intervalos de 1 cm, da

cabeça aos pés.

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 17: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Válido para:

• Avaliação do risco de desenvolvimento de

osteoporose em:

Mulheres com idade superior a 50 anos

Homens com idade superior a 60 anos

• Avaliação dos estados nutricional em indivíduos

com tratamentos específicos

• Avaliação de picos de massa óssea em crianças e

adolescentes

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 18: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Vantagens:

• Fornece informações com uma única medição no

indivíduo

• Cobre a maioria da população

• Utilização relativamente rápida (10-20 min) e de

fácil manuseio

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 19: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Desvantagens ligadas ao indivíduo:

• Deve ser tida em consideração a utilização em

indivíduos em que se conhece haver desidratação

• Não é aplicável a indivíduos obesos

• Útil para comparações entre os grupos, mas não é

eficaz na quantificação da diferença específica

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/54643/5/103136_04-57T_TL_01_P.pdf

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 20: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Desvantagens ligadas ao indivíduo:

• Evidências de subestimação e sobrestimação de

indivíduos

• Limitações acerca do peso corporal e estatura

• Incapacidade de detetar a quantidade de água

contida na massa magra devido aos principais

componentes desta apresentarem coeficientes de

atenuação similares

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Fonte: http://www.efdeportes.com/efd121/avaliacao-da-composicao-corporal-por-dexa.htm

Page 21: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Desvantagens ligadas ao aparelho:

• Limitações inerentes à tecnologia, ao modelo e ao

software empregado

• Manutenção e calibração dos aparelhos periódica

• Uso de radiação ionizante

• Falta de dados de referência

• Método dispendioso

• Requer utilizador especializado

• Não é útil como método de campo

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Fonte: http://www.efdeportes.com/efd121/avaliacao-da-composicao-corporal-por-dexa.htm

Page 22: comparação da Bioimpredância VS DEXA

• Condições de utilização:

• Impossibilidade de se movimentar durante o período do exame

• Impossibilidade de realizar o exame se possuir artefactos não removíveis no corpo, como próteses e hastes metálicas

• Remoção de todos os objetos metálicos e de joalharia

• Necessário jejum de 4 horas

• Suspender a suplementação de cálcio nas 24horas anteriores

Absorciometria radiológica de

dupla energia (DEXA)

Page 23: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Conclusão

• Estes dois métodos são uteis para estudos de largaescala em que se conjugam informações consistentesprovenientes de equipamentos em clinicas e centros deinvestigação

• Um exemplo deste tipo de estudos são os da NationalHealth and Nutrition Examination Survey (NHANES) ondeBIA e DEXA são usados para estabelecer normas ereferências na população

• No entanto, deve-se ter em conta que a BIA sobrestimamedições em percentagem de massa gordacomparativamente à medição pelo método DEXA.

Page 24: comparação da Bioimpredância VS DEXA

Bibliografia

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Interpretation”. Journal of Diabetes Science and Technology . 2008; Vol.2 : 1139-1146.

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• KYLE, U. G. et al. “Bioelectrical impedance analysis part I: review ofprinciples and methods”. Clinical Nutrition. 2004; Vol. 23: 1226–1243.

• KYLE, U. G. et al. “Bioelectrical impedance analysis — part II:

utilization in clinical practice”. Clinical Nutrition. 2004. Vol. 23: 1430–

1453.

• GALLAGHER, D. “Healthy percentage body fat ranges: an approach

for developing guidelines based on body mass index”. Am J Clin

Nutr. 2000. Vol 72 : 694–701.