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Companhia de Marcas e Controladas Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2010 e Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

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Companhia de Marcas e Controladas Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2010 e Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

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COMPANHIA DE MARCAS E CONTROLADAS

BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010(Em milhares de reais - R$)

Nota 2010 Nota 2010ATIVO explicativa (Consolidado) PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO explicativa (Consolidado)

CIRCULANTE CIRCULANTECaixa e equivalentes de caixa 8 3.535 Fornecedores 17.720 Contas a receber de clientes 9 77.309 Empréstimos e financiamentos 17 90.573 Estoques 10 55.727 Salários, provisões e contribuições sociais 18 6.002 Impostos a recuperar 11 4.039 Impostos a recolher 19 14.359 Créditos diversos 1.349 Imposto de renda e contribuição social 12.d) 2.436 Total do ativo circulante 141.959 Contas a pagar 20 8.580

Parcelamento de tributos 21 5.297 NÃO CIRCULANTE Adiantamento de clientes 1.350 Realizável a longo prazo: Partes relacionadas 13.a) 6.993

Depósitos judiciais 777 Outras obrigações 429

Partes relacionadas 13.a) 1.692 Total do passivo circulante 153.739

2.469 Imobilizado 14 26.264 NÃO CIRCULANTEIntangível 15 24.941 Empréstimos e financiamentos 17 4.630

Ágio 7 e 16 32.227 Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas 27 13.800 Total do ativo não circulante 85.901 Parcelamento de tributos 21 21.484

Imposto de renda e contribuição social diferidos 12.a) 3.487

Total do passivo não circulante 43.401

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social 22.a) 28.635 Prejuízos acumulados (41.531) Ajustes de avaliação patrimonial 558

Passivo a descoberto atribuído aos controladores (12.338) Participação não controladora 22.c) (709)

Total do passivo a descoberto (13.047) Recursos para aumento de capital 13.b) 43.767

Total do patrimônio líquido e recursos para aumento de capital 30.720

TOTAL DO ATIVO 227.860 TOTAL DO PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO 227.860

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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COMPANHIA DE MARCAS E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADOPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010(Em milhares de reais - R$, exceto o prejuízo por ação)

Nota 2010explicativa (Combinada)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 23 206.885

CUSTO DOS PRODUTOS E MERCADORIAS VENDIDAS 24 (83.785)

LUCRO BRUTO 123.100

DESPESAS (RECEITAS) OPERACIONAISVendas 24 (56.150) Gerais e administrativas 24 (48.324) Depreciações e amortizações (4.269) Outras receitas operacionais 1.748

(106.995)

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 16.105

RESULTADO FINANCEIROReceitas financeiras 25 1.165 Despesas financeiras 25 (25.505) Variação cambial, líquida (163)

(24.503)

PREJUÍZO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (8.398)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALCorrentes 12.c) (4.718) Diferidos 12.c) 1.036

PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (12.080)

ATRIBUÍVEL AParticipação controladora (11.372) Participação não controladora (708)

(12.080)

PREJUÍZO POR AÇÃO - R$

Básico e diluído - total 28 (0,56)

A Companhia não possui valores a serem divulgados como resultados abrangentes no exercício corrente.

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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COMPANHIA DE MARCAS E CONTROLADAS

DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PASSIVO A DESCOBERTOPARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010(Em milhares de reais - R$)

Ajustes de Total do Total doNota Capital Prejuízos avaliação passivo a Participação patrimônio

explicativa social acumulados patrimonial descoberto não controladora líquido

SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2010 (COMBINADOS) - NÃO AUDITADOS 8.563 (30.188) 587 (21.038) - (21.038)

Aumento de capital com investimento em controladas 22.a) 20.072 - - 16.340 (1) 16.339 Realização do custo atribuído de imobilizado - 29 (29) - - - Prejuízo do exercício - (11.372) - (11.372) (708) (12.080)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (CONSOLIDADOS) 28.635 (41.531) 558 (16.070) (709) (16.779)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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COMPANHIA DE MARCAS E CONTROLADAS

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (Em milhares de reais - R$, exceto quando de outra forma indicado)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

Operação

A Companhia de Marcas (“Companhia”) é uma sociedade por ações de capital fechado, com sede na cidade e no Estado do Rio de Janeiro, na Rua São Miguel, 11, tendo como acionista controlador Richards Participações S.A. (“RCH Part”).

A Companhia foi constituída em 29 de agosto de 1985, por incorporações de diversas empresas, cuja principal marca, a Richards, iniciou suas atividades em 1974, tendo como objetivo principal o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, podendo, ainda, participar como sócia ou acionista em outras sociedades.

Atualmente, a distribuição de produtos da Companhia e de suas controladas está suportada por uma plataforma de 62 lojas próprias em operação e 55 franqueados.

Em abril de 2010, a Companhia efetuou reestruturação societária das empresas do seu grupo de controle, a qual envolveu a centralização dos investimentos diretos ou indiretos na Companhia. Consequentemente, como resultado dessa reestruturação, e a partir de 10 de abril de 2010, as empresas RF Participações Ltda., Rio Ventura Participações e Empreendimentos Ltda., Ferreira e Luz Confecções S.A., SLN Indústria de Roupas Ltda. e SLN Licenciamentos Ltda. passaram a ser controladas diretas ou indiretas da Companhia.

A respectiva reestruturação foi efetuada através da emissão, pela Companhia, de 20.072.561 ações ordinárias, com valor de R$1,00 cada uma. Concluída a subscrição das novas ações emitidas, os acionistas integralizaram as ações de emissão da Companhia, totalizando um aumento de capital de R$20.072, mediante a conferência do seguinte número de ações e cotas de empresas que passaram a ser controladas diretas:

Descrição Ações/cotas Conferência de cotas da RF Participações 9.063.777Conferência de cotas da Rio Ventura 9.998Conferência de cotas da Ferreira e Luz 10.220.567Conferência de ações da SLN Indústria e SLN Licenciamentos 25.065 Como resultado da reestruturação descrita, em 31 de dezembro de 2010, as seguintes empresas fazem parte das demonstrações financeiras da Companhia:

RF Participações Ltda. (“RF Participações”): tem por objetivo principal a comercialização de franquias, exploração de marcas e participação em outras sociedades, além de ser proprietária da marca “Richards”, e possui as seguintes controladas:

- SLN Licenciamentos Ltda. (“SLN Licenciamentos”): tem por objetivo principal o licenciamento e a cessão do direito de uso de marcas ou patentes, sendo proprietária da marca “Salinas”.

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Companhia de Marcas e Controladas

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- SLN Indústria de Roupas Ltda. (“SLN Indústria”): atua na confecção e comércio varejista de roupas para banho e fins esportivos.

Rio Ventura Participações e Empreendimentos Ltda. (“Rio Ventura”): tem por objetivo principal a participação em outras sociedades, possuindo as seguintes controladas e coligadas:

- Bintang Licenciamentos Ltda. (“Bintang”): tem como objetivo principal o licenciamento de marcas, além de ser proprietária da marca “Bintang”.

- SLN Licenciamentos e SLN Indústria.

Roots House Comércio de Roupas Ltda. (“Roots House”): atua no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, vestuários esportivos em geral.

Ferreira e Luz Confecções S.A. (“Ferreira e Luz”): tem por objetivo a industrialização e o comércio de roupas e acessórios de uso comum.

2. BASE DE ELABORAÇÃO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Em razão da reestruturação societária descrita na nota explicativa nº 1, os resultados das empresas RF Participações, Rio Ventura, Ferreira e Luz, SLN Indústria. e SLN Licenciamentos passaram a ser consolidados pela Companhia a partir de maio de 2010. Considerando que até 30 de abril de 2010 essas empresas faziam parte de um mesmo grupo de controle e com o objetivo de apresentar o resultado de 12 meses do negócio “Companhia de Marcas”, para melhor demonstrar o resultado de suas operações naquele exercício, a Companhia está apresentando o resultado combinado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010. Adicionalmente, a Companhia de Marcas elaborou as respectivas demonstrações financeiras para efeitos da Oferta Pública Inicial de sua investidora Inbrands S.A., a ser realizada no Brasil, e também para fins de esforço de venda no exterior como Oferta 144A e Reg-S, nos Estados Unidos e na Europa. A demonstração do resultado combinado é baseada em informações financeiras históricas das entidades combinadas que foram ajustadas de acordo com as praticas contábeis da Companhia.

As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”, e as práticas contábeis adotadas no Brasil, identificadas como “Consolidado (BR GAAP e IFRS)”.

As demonstrações financeiras da Companhia são as primeiras elaboradas de acordo com as IFRSs.

As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos técnicos e as orientações e as interpretações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

A elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRSs requer o uso de certas estimativas contábeis. Também requer que a Administração exerça o seu julgamento na aplicação das políticas contábeis da Companhia.

As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis (nota explicativa nº 4). O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos.

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Companhia de Marcas e Controladas

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3. BASE DE CONSOLIDAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas. O controle é obtido quando a Companhia tem o poder de controlar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade para auferir benefícios de suas atividades.

As empresas que compõem as demonstrações financeiras consolidadas são representadas pela Companhia e por suas controladas, diretas e indiretas, com as seguintes participações societárias:

Participação

societária - % Direta Indireta RF Participações 85,00 -

SLN Licenciamentos 24,00 64,80SLN Indústria 25,00 67,50

Rio Ventura 100,00 -Bintang - 80,00

Roots House 80,00 -Ferreira e Luz 99,00 -

As demonstrações financeiras consolidadas compreendem os seguintes procedimentos:

Eliminação dos direitos e das obrigações, das receitas, dos custos e das despesas decorrentes de negócios realizados entre as sociedades incluídas no resultado combinado.

Identificação da participação dos não controladores no resultado das controladas consolidadas e no balanço patrimonial consolidado dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietários da controladora.

4. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As principais práticas contábeis, descritas a seguir, foram aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras:

a) Princípios gerais

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência. As receitas de vendas e os correspondentes custos são registrados quando da transferência dos riscos e benefícios associados às mercadorias e aos produtos vendidos.

A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de quaisquer estimativas de devoluções e descontos comerciais.

A receita de “royalties” é reconhecida pelo regime de competência de acordo com a essência de cada contrato, desde que seja provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurada com confiabilidade. Os contratos de “royalties” são determinados com base no valor de venda de produtos aos franqueados e são reconhecidos de acordo com os termos de cada contrato.

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b) Moeda funcional e de apresentação

A moeda funcional e de apresentação utilizada para mensurar os itens da Companhia e de suas controladas nas demonstrações financeiras é o real (R$), representando o principal ambiente econômico no qual as empresas atuam.

c) Transações e saldos em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da Companhia, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa de câmbio vigente na data de encerramento de cada período de relatório. Os ganhos e as perdas de variação cambial resultante da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos no resultado do exercício.

d) Ativos financeiros

Os ativos financeiros mantidos pela Companhia e por suas controladas são classificados de acordo com a finalidade para a qual foram adquiridos ou contratados, nas seguintes categorias:

(i) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros adquiridos com a finalidade de realização no curto prazo, mantidos para negociação. Classificam-se nesta categoria os instrumentos financeiros derivativos.

(ii) Ativos financeiros mantidos até o vencimento

Compreendem os ativos financeiros não derivativos com vencimentos definidos adquiridos com a finalidade de realização no vencimento, mensurados ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos de acordo com os prazos e as condições contratuais. A Companhia não possui valores classificados nesta categoria.

(iii) Ativos financeiros disponíveis para venda

Compreendem os ativos financeiros não derivativos, como títulos e/ou ações cotadas, ou não em mercados ativos, que possam ter os seus valores justos razoavelmente estimados. A Companhia não possui valores classificados nesta categoria.

(iv) Empréstimos e recebíveis

Compreendem os ativos financeiros não derivativos com recebimentos fixos ou determináveis, não são cotados em um mercado ativo. São considerados nesta categoria os ativos caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e outras contas a receber.

As compras e vendas regulares dos ativos financeiros são reconhecidas na data da negociação.

Os ativos financeiros são inicialmente reconhecidos e mensurados pelo valor justo por meio do resultado e os custos de transação, debitados ao resultado do exercício. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado.

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Ativos financeiros, exceto aqueles designados pelo valor justo por meio do resultado, são avaliados por indicadores de redução ao valor recuperável no fim de cada período de relatório. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas se, e apenas se, houver evidência objetiva da redução ao valor recuperável do ativo financeiro como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após seu reconhecimento inicial, com impacto nos fluxos de caixa futuros estimados desse ativo.

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo, se houver, são registrados pelo regime de competência nas rubricas “Receita financeira” ou “Despesa financeira”, na demonstração do resultado, quando realizados ou incorridos.

A Companhia baixa um ativo financeiro apenas quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa provenientes desse ativo expiram, ou transfere o ativo e, substancialmente, todos os riscos e benefícios da propriedade para outra empresa. Em casos de não transferir nem reter substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do ativo financeiro, mas continuar a controlar o ativo transferido, a Companhia reconhece a participação retida e o respectivo passivo nos valores que terá de pagar. Se retiver substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo da propriedade do ativo financeiro transferido, a Companhia continua reconhecendo esse ativo, além de um empréstimo garantido pela receita recebida.

e) Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados como:

(i) Valor justo por meio do resultado

Compreendem os passivos mantidos para negociação mensurados pelo valor justo e cujos ganhos ou perdas são reconhecidos diretamente ao resultado.

(ii) Outros passivos financeiros

Compreendem os passivos mensurados pelo método de juros efetivos, incluindo empréstimos, com alocação dos juros efetivos incorridos pelo respectivo período do contrato.

O método de juros efetivos é utilizado para calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil líquido.

A baixa de passivos financeiros ocorre somente quando as obrigações são extintas e canceladas ou quando vencem. A diferença entre o valor contábil do passivo financeiro baixado e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado.

f) Instrumentos financeiros derivativos

A Companhia possui instrumentos financeiros derivativos para administrar a sua exposição a riscos de taxa de câmbio, substancialmente representados por contratos de câmbio a termo. Os derivativos são inicialmente reconhecidos ao valor justo na data de contratação e são posteriormente remensurados pelo valor justo no encerramento de cada período de relatório. Os ganhos ou as perdas são reconhecidos no resultado imediatamente.

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g) Caixa e equivalentes de caixa

Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras realizáveis em até 90 dias da data da aplicação ou considerados de liquidez imediata ou conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, os quais são registrados pelos valores de custo auferidos até a data de encerramento de cada período de relatório, que não excedem o seu valor de mercado ou de realização.

h) Contas a receber e provisão para créditos de liquidação duvidosa

As contas a receber são registradas e mantidas nos balanços pelo valor nominal dos títulos representativos desses créditos. As contas a receber de títulos a receber de clientes franqueados são monitoradas individualmente, sendo a provisão para créditos de liquidação duvidosa constituída com base na análise de risco da totalidade da carteira de clientes e respectiva probabilidade de recebimento.

i) Estoques

Registrados pelo custo de aquisição ou produção de cada coleção e, quando aplicável, deduzidos de provisão para ajustá-los ao valor líquido de realização, quando este for inferior, ou para perdas de itens sem movimentação, excessivos ou não realizáveis, mediante análises periódicas conduzidas pela Administração.

j) Investimentos

Nas demonstrações financeiras consolidadas, as mudanças nas participações da Companhia em controladas que não resultem em perda do controle são registradas como transações de capital. Os saldos contábeis das participações da Companhia e de não controladores são ajustados para refletir mudanças em suas respectivas participações nas controladas. A diferença entre o valor com base no qual as participações não controladoras são ajustadas e o valor justo das considerações pagas ou recebidas é registrada diretamente no patrimônio líquido e atribuída aos proprietários da Companhia.

k) Imobilizado

Registrado ao valor justo na data de transição e ao custo de aquisição ou construção, para as adições posteriores à data de transição, deduzido de depreciação e, quando aplicável, perda por redução ao valor de recuperação. A depreciação inicia-se quando da abertura da loja e início de sua utilização. Os terrenos não sofrem depreciação.

A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método linear, conforme taxas demonstradas na nota explicativa nº 14, de modo que o valor do custo menos o seu valor residual após sua vida útil seja integralmente baixado. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados na data de encerramento de cada período de relatório e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente.

Um item do imobilizado é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado.

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Ativos mantidos por meio de arrendamento financeiro são depreciados pela vida útil esperada da mesma forma que os ativos próprios ou por um período inferior, quando aplicável, conforme termos do contrato de arrendamento em questão.

A Administração da Companhia, com base em análise efetuada por terceiros especialistas, avaliou a valor justo os custos das classes do ativo imobilizado, com base na adoção do custo atribuído aos ativos e, ainda, concluiu que as taxas admitidas para a depreciação representam adequadamente o tempo de vida útil-econômica esperada para os bens do ativo.

l) Intangível

Os ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos separadamente são registrados ao custo, deduzido da amortização e, quando aplicável, das perdas por redução ao valor recuperável. A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos, conforme demonstrado na nota explicativa nº 15.

Os direitos de uso de infraestrutura são pagos pela Companhia quando da assinatura dos contratos de aluguel e são amortizados linearmente pelo prazo do respectivo contrato de locação.

A vida útil estimada e o método de amortização são revisados na data de encerramento de cada período de relatório, e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente.

m) Redução ao valor recuperável de ativos tangíveis e intangíveis, excluindo ágio

Na data de encerramento de cada período de relatório, o valor contábil de seus ativos tangíveis e intangíveis é revisado para determinar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por redução ao valor recuperável. Se houver tal indicação, o montante recuperável do ativo é estimado com a finalidade de mensurar o montante dessa perda, se houver.

Se o montante recuperável de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for menor que seu valor contábil, o valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) é reduzido ao seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado.

n) Combinação de negócio e ágio

As aquisições de negócios são contabilizadas pelo método de aquisição. A contrapartida transferida em uma combinação de negócios é mensurada pelo valor justo, que é calculado pela soma dos valores justos dos ativos assumidos e dos passivos incorridos pela Companhia na data de aquisição e das participações emitidas pela Companhia em troca do controle da adquirida. Os custos relacionados à aquisição são geralmente reconhecidos no resultado, quando incorridos. Na data de aquisição, os ativos adquiridos e os passivos assumidos identificáveis são reconhecidos pelo valor justo na data da aquisição.

O ágio é mensurado como o excesso da soma da contrapartida transferida, do valor das participações não controladoras na adquirida e do valor justo da participação do adquirente anteriormente detida na adquirida sobre os valores líquidos na data de aquisição dos ativos adquiridos e passivos assumidos identificáveis.

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Companhia de Marcas e Controladas

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Quando a contrapartida transferida pela Companhia em uma combinação de negócios inclui ativos ou passivos resultantes de um acordo de contrapartida contingente, a contrapartida contingente é mensurada pelo valor justo na data de aquisição e incluída na contrapartida transferida em uma combinação de negócios.

Quando uma combinação de negócios é realizada em etapas, a participação anteriormente detida pela Companhia na empresa adquirida é remensurada pelo valor justo na data de aquisição, ou seja, na data em que a Companhia adquire o controle, e o correspondente ganho ou perda, se houver, é reconhecido no resultado.

o) Arrendamento mercantil

Os contratos de arrendamento mercantil são classificados no momento da sua contratação, entre:

Financeiros: os arrendamentos em cujos termos a Companhia e suas controladas assumem os riscos e benefícios inerentes à propriedade são classificados como arrendamentos financeiros e são registrados no imobilizado e submetidos a depreciações calculadas de acordo com a vida útil estimada dos respectivos bens.

Operacional: os contratos de locação de unidades comerciais da Companhia e de suas controladas são classificados como arrendamentos mercantis operacionais, cujos custos são reconhecidos no resultado do exercício como despesa operacional.

p) Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no reconhecimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, passam a ser mensurados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos financeiros, juros e variações monetárias, incorridos até a data de encerramento de cada período de relatório, conforme os termos definidos contratualmente.

q) Outros ativos e passivos circulantes e não circulantes

Os ativos estão apresentados pelo custo ou valor líquido de realização, se inferior, e os passivos demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias e cambiais incorridos até a data de cada período de relatório.

r) Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

As provisões são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou presumida) resultante de eventos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja provável.

O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa das considerações requeridas para liquidar a obrigação no fim de cada exercício, considerando-se os riscos e as incertezas relativos à obrigação.

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Companhia de Marcas e Controladas

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A provisão para riscos está atualizada até a data de encerramento de cada período de relatório pelo montante provável de perda, observadas suas naturezas, e apoiada na opinião dos assessores jurídicos da Companhia e de suas controladas. Para fins das demonstrações financeiras, os fundamentos e a natureza para constituição das provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas estão descritos na nota explicativa nº 27.

s) Imposto de renda e contribuição social

A despesa com Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL representa a soma dos impostos correntes e diferidos.

Impostos correntes

A provisão para IRPJ e CSLL está baseada no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas ou despesas tributáveis ou dedutíveis em outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão é calculada individualmente por empresa com base nas alíquotas vigentes no fim do exercício. Na Companhia, a provisão para IRPJ foi constituída à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$240. A provisão para CSLL foi constituída à alíquota de 9% sobre o lucro tributável.

Para as controladas diretas e indiretas RF Participações, SLN Licenciamentos, SLN Indústria, Rio Ventura, Bintang e Ferreira e Luz, as bases de cálculo do IRPJ e da CSLL são apuradas de acordo com os critérios estabelecidos na legislação fiscal vigente, sendo utilizado o regime de lucro presumido.

Impostos diferidos

O IRPJ e a CSLL diferidos (“impostos diferidos”) são reconhecidos sobre as diferenças temporárias no fim de cada exercício entre os saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras e as bases fiscais correspondentes usadas na apuração do lucro tributável, incluindo saldo de prejuízos fiscais e base negativa, até o limite do seu valor recuperável.

A recuperação do saldo dos impostos diferidos ativos é revisada no fim de cada exercício e quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo é ajustado pelo montante que se espera que seja recuperado.

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t) Normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas

A Companhia não adotou as IFRSs novas e revisadas, já emitidas e não vigentes, a seguir:

Pronunciamento Descrição

Aplicável a períodos anuais com início

em ou após Modificações à IFRS 1 Isenção Limitada de Divulgações

Comparativas da IFRS 7 para Adotantes Iniciais

01/07/2010

Modificações à IFRS 1 Eliminação de Datas Fixas para Adotantes pela Primeira Vez das IFRSs

01/07/2011

Modificações à IFRS 7 Divulgações - Transferências de Ativos Financeiros

01/07/2011

IFRS 9 (conforme alterada em 2010)

Instrumentos Financeiros 01/01/2013

Modificações à IAS 12 Impostos Diferidos - recuperação dos ativos subjacentes quando o ativo é mensurado pelo modelo de valor justo da IAS 40

01/01/2012

Modificações à IAS 32 Classificação de Direitos 01/02/2010

Modificações à IFRIC 14 Pagamentos Antecipados de Exigência Mínima de Financiamento

01/01/2011

A Administração está efetuando revisão detalhada para que se possa avaliar, de forma razoável, os possíveis efeitos sobre as demonstrações financeiras consolidadas.

5. PRINCIPAIS FONTES DE JULGAMENTO E ESTIMATIVAS

Na aplicação das práticas contábeis descritas na nota explicativa nº 4, a Administração deve fazer julgamentos e elaborar estimativas a respeito dos valores contábeis dos ativos e passivos para os quais não são facilmente obtidos de outras fontes. As estimativas e as respectivas premissas estão baseadas na experiência histórica e em outros fatores considerados relevantes. Os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas.

As estimativas e premissas subjacentes são revisadas continuamente e os respectivos efeitos são reconhecidos no período em que são revistas, se a revisão afetar apenas este período, ou também em períodos posteriores se a revisão afetar tanto o período presente como períodos futuros.

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a) Redução dos valores de recuperação dos ativos

Os itens do imobilizado e do ativo intangível, com prazo de vida útil definida, que apresentam indicadores de perda de seu valor recuperável, com base em fatores financeiros e econômicos e, considerando, prazo de maturação dos investimentos, têm seus valores contábeis anualmente revisados, através de estudo detalhado para cada unidade geradora de caixa (“UGC”) pelo cálculo do fluxo de caixa futuro descontado e utilização de taxa para desconto a valor presente, para assegurar que eventual provisão para perdas do valor contábil seja registrada no resultado do período analisado.

b) Redução ao valor recuperável do ágio

Para determinar se o ágio apresenta redução em seu valor recuperável, é necessário fazer estimativa do valor em uso das UGCs para as quais o ágio foi alocado. O cálculo do valor em uso exige que a Administração estime os fluxos de caixa futuros esperados oriundos das referidas UGCs e a taxa de desconto adequada para que o valor presente seja calculado.

c) Provisão para perdas com estoques

A provisão para perdas com estoques é avaliada em virtude da obsolescência dos estoques conforme a coleção a que pertencem e considerando os estoques sem condição de venda, por deterioração, ou pelo giro abaixo das estimativas previstas.

d) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

As contas a receber de títulos a receber de clientes franqueados são monitoradas individualmente, sendo a provisão para créditos de liquidação duvidosa constituída com base na análise de risco da totalidade da carteira de clientes e respectiva probabilidade de recebimento.

e) Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

A provisão para riscos é constituída para exposições fiscais e processos judiciais que representam perdas prováveis e são estimadas com certo grau de segurança. A avaliação da probabilidade de perda é amparada pela opinião dos advogados internos e externos da Companhia.

f) Impostos diferidos

Os ativos e passivos fiscais diferidos são calculados com base em estudo sobre a expectativa de realização do lucro tributável futuro, trazido a valor presente e deduzido de todas as diferenças temporárias, anualmente revisado e aprovado pela Administração. As projeções dos resultados futuros consideram as principais variáveis de desempenho da economia brasileira, o volume e o preço das vendas e as alíquotas dos tributos.

6. TRANSIÇÃO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS

6.1. Efeitos da adoção das IFRS nas demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras apresentadas de acordo com as IFRSs.

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6.2. Mudanças de práticas contábeis

A transição para as IFRSs resultou nas seguintes mudanças de práticas contábeis:

a) Divulgação

(i) CPC 40/IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação

O CPC 40/IFRS 7 requer a apresentação de informações que permitam aos usuários avaliar a significância dos instrumentos financeiros para a posição patrimonial e performance da entidade; a natureza e a extensão dos riscos oriundos de instrumentos financeiros aos quais a entidade está exposta; e a forma pela qual a entidade gerencia esses riscos. A Administração efetuou a divulgação adicional requerida em suas informações e demonstrações financeiras de acordo com as exposições financeiras e de negócio, além do seu gerenciamento de risco e capital, conforme nota explicativa nº 28.

(ii) CPC 41/IAS 33 - Resultado por Ação

O CPC 41/IAS 33 determina que o resultado por ação deva ser calculado e divulgado em: (a) básico, dividindo-se o lucro ou prejuízo pelo número médio ponderado de ações ordinárias em poder dos acionistas, excluídas as mantidas em tesouraria, durante o período; e (b) diluído, no qual o lucro ou o prejuízo atribuível aos titulares de ações ordinárias são ajustados (capital próprio ordinário) da Companhia, bem como o número médio ponderado de ações totais em poder dos acionistas (em circulação), para refletir os efeitos de todas as ações ordinárias potenciais diluidoras.

b) Ajustes e reclassificações

(i) CPC 36/IAS 27 - Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas

De acordo com o CPC 36/IAS 27, a participação não controladora é apresentada no balanço patrimonial como parte do patrimônio líquido, segregada da participação dos acionistas da controladora. Na demonstração do resultado, a participação não controladora não é deduzida na avaliação do lucro líquido, sendo apenas destacada da participação dos acionistas da controladora.

Adicionalmente, as mudanças na participação da controladora sobre a controlada, que não resultem em perda de controle, devem ser contabilizadas como transações de capital, e não no resultado do exercício. Qualquer diferença entre o montante pelo qual a participação dos não controladores tenha sido ajustada e o valor justo da quantia recebida ou paga deve ser reconhecida diretamente no patrimônio líquido atribuível aos proprietários da controladora.

(ii) CPC 26/IAS 1- Apresentação das Demonstrações Financeiras

O CPC 26/IAS 1 determina a base de apresentação das demonstrações financeiras, para assegurar a comparabilidade, seja das demonstrações de períodos anteriores da mesma entidade, seja das demonstrações financeiras de outras entidades. O principal impacto está na alocação integral do IRPJ e da CSLL diferidos para o ativo não circulante.

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(iii) ICPC 10 - Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43.

A Administração da Companhia optou pela adoção da prática de revisão dos custos históricos dos bens do ativo imobilizado e utilização da prática do custo atribuído (“deemed cost”), conforme opção prevista nos parágrafos 20 a 29 da ICPC 10.

O valor atribuído ao custo do imobilizado foi ajustado pelo seu valor justo, estimado com base em laudo de avaliação emitido por empresa especializada com experiência profissional contratada especificamente para esse fim.

(iv) CPC 32/IAS 12 - Tributos sobre o Lucro

A diferença comentada no item 5.b.(iv) entre as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil e a aplicação dos CPCs/IFRSs foram objeto de análise para registro de IRPJ e CSLL diferidos.

6.3. Aplicação do CPC 37(R1)/IFRS 1 - Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras a serem apresentadas de acordo com as IFRSs.

A Companhia adotou as seguintes isenções, opcionais, na aplicação retrospectiva integral:

a) Isenção para combinação de negócios - a Administração optou por não aplicar retroativamente o CPC 15/IFRS 3 nas combinações de negócios passadas e, dessa forma: (i) manteve a mesma classificação anteriormente adotada em suas demonstrações financeiras pelos critérios contábeis anteriores; e (ii) reconheceu todos os ativos e passivos na data de transição em 1º de janeiro de 2010 que foram adquiridos ou assumidos; ajustando diretamente ao patrimônio líquido.

b) Isenção sobre ativos e passivos de controladas, entidades controladas em conjunto e coligadas - as controladas da Companhia não possuíam demonstrações financeiras apresentadas em IFRSs na data de transição; por essa razão, a Administração optou por adotar a mesma data de transição em suas controladas.

c) Isenção relativa à designação de instrumentos financeiros reconhecidos anteriormente - a Companhia optou por classificar e avaliar seus instrumentos financeiros de acordo com a IAS 32 e IAS 39 (equivalentes ao CPC 38 e CPC 39, respectivamente) na data de transição; portanto, a análise retrospectiva dos contratos originais, dos atuais instrumentos financeiros, não foi efetuada na data de transição para as IFRSs/CPCs. Todos os instrumentos financeiros contratados após a data de transição foram analisados e classificados de acordo com as IFRSs/CPCs na data de sua contratação.

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d) Para as seguintes opções, a Companhia não possui transações e/ou não se aplicava para suas operações na data de transição: (i) transações de pagamentos baseados em ações; (ii) contratos de seguro; (iii) determinação da existência de contratos que contenham arrendamentos; (iv) benefícios de longo prazo a empregados; (v) diferenças acumuladas de conversão; (vi) não há apresentação de demonstrações separadas, que levassem a avaliar os investimentos pelo custo e/ou valor justo; (vii) instrumentos financeiros compostos; (viii) passivos decorrentes de desativação incluídos no custo de ativos imobilizados; (ix) ativos financeiros e ativos intangíveis contabilizados de acordo com a ICPC 01/IFRIC 12; (x) transferência de ativos de clientes; e (xi) liquidação de passivos financeiros com instrumentos patrimoniais.

A Companhia adotou as seguintes exceções na aplicação retrospectiva, conforme segue:

a) Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros - a Administração concluiu não existir ativos e passivos financeiros não derivativos que devessem ser excluídos dos registros contábeis, na data de transição para as IFRSs.

b) Contabilização de operações de “hedge” - a Companhia não possuía nenhuma transação classificada como “hedge” para fins de IFRSs na data de transição; por essa razão, não existiam ajustes a ser contabilizados.

c) Participação de não controladores - a Companhia avaliou a aplicação as exigências previstas no CPC 35 e 36/IAS 27 - Demonstrações Consolidadas e Separadas, e concluiu que: (i) a Companhia não possui resultado abrangente a ser distribuído entre controladores e não controladores que pudessem resultar em uma participação de não controladores negativa (saldo devedor); (ii) a Companhia não possuía mudanças de participação em controladas que deveriam ser classificadas no patrimônio líquido por não resultarem em perda de controle; e (iii) a Companhia não possui operações descontinuadas em controlada.

7. COMBINAÇÕES DE NEGÓCIOS

a) Empresas adquiridas

Em 1º de janeiro de 2010, foi concretizada a aquisição de controle da SLN Indústria. A SLN tem por objetivo principal a criação, produção e comercialização de roupas para banho e fins esportivos com a marca “Salinas”.

Em 10 de abril de 2010, foi concretizada a aquisição da Roots House. A Roots House tem por objetivo principal a criação, produção e comercialização de roupas de moda praia com a marca “Bintang”.

Como resultado das aquisições, espera-se que a Companhia aumente seu portfólio de marcas e lojas, incluindo “Salinas” e “Bintang”, além da redução de custos administrativos, logísticos e de produção, por meio de economias de escala e concentração de operações.

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Companhia de Marcas e Controladas

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b) Análise dos ativos e passivos adquiridos

Em cumprimento aos dispositivos do CPC15/IFRS 3 - Combinação de Negócios, a Companhia contratou terceiros especialistas para avaliar o valor justo dos ativos adquiridos e passivos assumidos, na proporção adquirida da SLN Indústria e Bintang. Assim, com base no laudo de avaliação emitido por especialistas, a contraprestação anteriormente referida pode ser assim alocada:

Aquisição da “Salinas”

Descrição Valor justona aquisição

Valor contábil do ativo líquido adquirido (9.034)Alocação do valor justo:

Marca - “Salinas” 8.566Valor justo dos estoques 1.998IRPJ e CSLL diferidos sobre os ajustes do valor justo (3.592)

Valor justo dos ativos líquidos negativos (2.062) Preço total de compra 30.000Valor justo da adquirida 2.062Ágio na aquisição 32.062 Aquisição da “Bintang”

Descrição Valor justona aquisição

Valor contábil do ativo líquido adquirido 328Alocação do valor justo:

Marca - “Bintang” 385Valor justo imobilizado 443Valor justo dos estoques 24IRPJ e CSLL diferidos (290)

Valor justo dos ativos líquidos 890 Preço total de compra 1.055Valor justo da adquirida (890)Ágio na aquisição 165 A mensuração da mais-valia dos ativos adquiridos e passivos assumidos foi determinada pela Administração com base em estudo de empresa especializada. Os fluxos de caixa futuros dos ativos adquiridos foram definidos em razão dos cálculos de rentabilidade futura usados nos estudos de aquisição e descontados a valor presente pelo “Weighted Average Cost of Capital - WACC” e utilizados para mensuração dos ativos identificados. No caso específico da “Salinas”, o imobilizado adquirido está registrado ao seu valor justo, não havendo alocações neste valor.

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A Companhia utilizou a metodologia de “suspensão de royalty” para cálculo do valor da marca na identificação de ativos adquiridos. O método é baseado no princípio do fluxo de caixa incremental após impostos derivado do fato de a Companhia não ter de efetuar pagamentos de “royalties” a terceiros pela utilização da marca. Consequentemente, o valor justo da marca pode ser atribuído ao fluxo de caixa gerado por essas economias trazidas a valor presente pela aplicação de uma taxa de desconto que represente o risco associado. Adicionalmente, como marcas, geralmente não possuem vida mensurável, também foi acrescentada perpetuidade ao fluxo de caixa.

A Companhia utilizou a metodologia de aplicação da margem líquida sobre os itens de estoque de produtos acabados menos as estimativas de custo de venda.

As operações demonstradas não apresentam nenhum pagamento contingente.

c) Ágio apurado na aquisição

Os ágios apurados nas aquisições formam o valor residual substanciados de benefícios que são substancialmente representados por sinergias nos processos de compra e distribuição de mercadorias, crescimento de venda e participação no mercado, desenvolvimento de mercados futuros alinhados com a estratégia de geração de lucros futuros da Companhia. Esses benefícios não são reconhecidos separadamente do ágio, uma vez que os benefícios econômicos futuros não podem ser razoavelmente estimados.

d) Impacto das aquisições no resultado da Companhia

A aquisição da Bintang e da Salinas gerou os seguintes resultados, incluídos nas demonstrações financeiras combinadas a partir de 1º de janeiro de 2010:

Descrição Bintang Salinas Receita líquida de vendas 1.206 29.680 Margem de contribuição 10 7.084 Prejuízo (764) (10.887)

8. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

2010 (consolidado)

Caixa 561Bancos conta movimento 1.822Aplicações financeiras 1.152

3.535 As aplicações financeiras referem-se a aplicação automática dos saldos de conta corrente, com liquidez imediata e insignificante risco de alteração de valor, remuneradas por taxa de 15% sobre a variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI.

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9. CONTAS A RECEBER

2010 (consolidado)

Títulos e faturas a receber 23.409Cartões de crédito 53.258Outros 2.843Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2,201)

77.309 O período médio de crédito na venda de produtos no atacado (“títulos e faturas a receber”) é de 44 dias e no varejo (“cartões de crédito”) é de 77 dias. A Companhia constituiu provisão para créditos de liquidação duvidosa com base na análise de risco da totalidade da carteira de clientes, probabilidade de recebimento e considerando os valores vencidos superiores a 180 dias, com base na experiência passada de inadimplência e da análise da situação financeira atual de cada devedor.

Nenhum cliente representa mais de 10% do saldo total de contas a receber de clientes de títulos e faturas a receber; com relação a cartões de crédito, o contas a receber está distribuído substancialmente nas seguintes operadoras: Visa (52%), Redecard (32%) e American Express (14%).

A exposição máxima ao risco de crédito nas datas de encerramento dos períodos de relatório é o valor contábil de cada faixa de idade de vencimento dos títulos e faturas a receber conforme demonstrado a seguir:

2010 (consolidado)

A vencer: Superior a 181 dias 154De 91 a 180 dias 18.937De 61 a 90 dias 18.723De 31 a 60 dias 26.331Até 30 dias 11.782

Vencidos: Até 30 dias 752De 31 a 60 dias 111De 61 a 90 dias 142De 91 a 180 dias 313Superior a 181 dias 2.265

79.510 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue:

2010 (consolidado)

Saldo no início do exercício (1.796)Baixa dos créditos considerados irrecuperáveis 369Provisão do exercício (774)Saldo no fim do exercício (2.201)

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Companhia de Marcas e Controladas

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10. ESTOQUES

2010 (consolidado)

Produtos acabados  32.521Matéria-prima  34.146Mercadorias em trânsito  1.357Provisão para giro lento e obsolescência (12.297)

55.727A movimentação da provisão para giro lento e obsolescência é como segue:

Saldo no início do exercício (9.489)Provisão do exercício (2.808)Saldo no fim do exercício (12.297)

11. IMPOSTOS A RECUPERAR

2010 (consolidado)

IRPJ 652 Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 1.777 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 1.045 Programa de Integração Social - PIS 227 Outros 338

4.039

12. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

2010 (consolidado)

Passivo não circulante-

Custo atribuído ao imobilizado 340 Efeito de imposto na alocação do preço pago na

aquisição da “Salinas” e “Bintang” 3.147 3.487

b) Imposto de renda e contribuição social diferidos - não registrados

A Companhia está em processo de reestruturação societária e operacional, além da aquisição e estruturação de novos negócios; dessa forma, não foram constituídos IRPJ e CSLL diferidos, provenientes de diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de CSLL da Companhia; tais créditos serão constituídos quando da formalização e aprovação do plano de negócios individualizado por entidade jurídica da Companhia.

Em 31 de dezembro de 2010, os saldos de prejuízos fiscais e base negativa de CSLL, para os quais não há prazo-limite para utilização e que estão limitados a 30% do lucro ajustado anual para fins fiscais de acordo com a legislação fiscal em vigor e diferenças temporárias, eram compostos como segue:

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Prejuízos fiscais e base negativa de CSLL - R$5.160.

Diferenças temporárias - R$9.494.

Esses créditos estão sendo controlados no Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR e totalizam R$4.982.

c) Conciliação da despesa efetiva de IRPJ e CSLL

2010

(combinado) Prejuízo antes do IRPJ e da CSLL (8.398)Alíquota vigente 34% Expectativa de despesa do IRPJ e da CSLL 2.855

Efeito do IRPJ e da CSLL sobre as diferenças permanentes:

Adições permanentes (299)Lucro das controladas cuja tributação é feita com base no lucro presumido:

Reversão do efeito da tributação - lucro real 1.235 Tributação pelo regime do lucro presumido, utilizando-se a receita bruta de

vendas como base para cálculo (4.718)Efeitos dos ajustes da Lei nº 11.638/07 (1.107)

Efeito do IRPJ e da CSLL sobre diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa do exercício, para os quais não foram registrados os impostos diferidos correspondentes:

Prejuízo fiscal e base negativa da Companhia (891)Diferenças temporárias da Companhia (2.113)Prejuízo fiscal e base negativa de controladas (140)Outros 606

Total da despesa de IRPJ e CSLL debitadas ao resultado do exercício (3.682) Despesa distribuída entre:

Corrente (4.718)Diferido 1.036

(3.682) De acordo com a legislação fiscal vigente, os registros contábeis e fiscais do IRPJ e da CSLL dos últimos cinco exercícios encontram-se abertos para uma eventual fiscalização por parte das autoridades fiscais. Outros impostos e contribuições sociais permanecem sujeitos à revisão e aprovação pelos órgãos competentes por períodos variáveis de tempo.

d) Conciliação do saldo a pagar de IRPJ e CSLL

2010 (consolidado)

Despesa de IRPJ e CSLL corrente 4.718Antecipações de IRPJ e CSLL no exercício (2.282)Saldo a pagar em 31 de dezembro 2.436

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13. PARTES RELACIONADAS

a) Contrato de mútuo

As transações com partes relacionadas referem-se substancialmente a contratos de mútuos celebrados com a Inbrands S.A. (“Inbrands”), no valor de R$6.993 em 31 de dezembro de 2010, com juros equivalentes a 17,73% ao ano e R$773 de despesa de juros debitada ao resultado do exercício.

Adicionalmente, a Companhia efetuou adiantamentos a seus controladores majoritários no valor de R$1.692.

b) Recursos para aumento de capital

A Companhia adquiriu um empréstimo com a acionista Inbrands Moda Rio S.A. (“Moda Rio”), cujo valor é de R$40.000, a juros equivalentes a 17,73% ao ano, em conexão com a primeira fase do contrato de venda da Companhia para a Moda Rio. Esse empréstimo está vinculado à segunda fase da transação de venda da Companhia e será utilizado para aumentar a participação da Moda Rio na Companhia, cujo contrato prevê a finalização dessa transação até 15 de maio de 2011. Dessa forma, esse empréstimo foi considerado como pré-pagamento na venda da Companhia e, consequentemente, classificado em conjunto com o patrimônio líquido. A movimentação dos empréstimos em 2010 é como segue:

Empréstimos recebidos em 10 de junho 40.000Despesas financeiras 3.767Saldo no fim do exercício 43.767

c) Remuneração dos administradores

No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a remuneração dos diretores e membros da Administração da Companhia foi de R$492.

A Companhia não concede benefícios pós-emprego e benefícios de rescisão de contrato de trabalho. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, contemplando as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/07, e com o Estatuto Social da Companhia, é responsabilidade dos acionistas, em Assembleia Geral, fixar o montante global da remuneração anual dos administradores.

14. IMOBILIZADO

Taxa anual de

depreciação - % Custo Depreciaçãoacumulada

Valor líquido

Benfeitorias 10 20.540 (1.574) 18.966Máquinas e equipamentos 9 5.347 (3.456) 1.891Móveis e utensílios 13 7.487 (3.449) 4.038Equipamentos de informática 33 3.522 (2.153) 1.369 36.896 (10.632) 26.264

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As alterações registradas na rubrica “Imobilizado” foram as seguintes:

01/01/10 AdiçõesAquisição

de negócios Depreciação 31/12/10 Benfeitorias 14.516 5.581 443 (1.574) 18.966Máquinas e equipamentos 1.778 202 - (89) 1.891Móveis e utensílios 2.888 1.343 - (193) 4.038Equipamentos de informática 1.323 311 - (265) 1.369Total 20.505 7.437 443 (2.121) 26.264 Avaliação do valor recuperável

Os testes de recuperação são realizados anualmente conforme descrito nas notas explicativas nº 3 e nº 4. Durante o exercício de 2010, a Companhia aplicou testes para identificação de fatores que pudessem levar a necessidade de revisar o valor recuperável do ativo imobilizado. Essas análises levaram em conta o atual nível de rentabilidade de cada uma das lojas, além de fatores específicos ao segmento de moda. A Administração, com base nessas análises, não identificou eventos que pudessem denotar a existência de ativos registrados por valores superiores aos respectivos valores contábeis.

Ativos cedidos em garantia

Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não possui ativos cedidos em garantia para empréstimos e/ou processos judiciais.

15. INTANGÍVEL

Taxa anual de amortização - % Custo

Amortizaçãoacumulada

Valor líquido

Direito de cessão de uso 10 18.138 (2.148) 15.990Marcas - 8.951 - 8.951 27.089 (2.148) 24.941 Os direitos de uso são valores pagos ao shopping center para instalação das lojas, cujo valor é amortizado de acordo com o período do contrato de locação da referida loja, em dez anos, considerando um período de renovação automática.

As alterações registradas na rubrica “Intangível” foram as seguintes:

01/01/10Aquisiçãode negócio Amortização 31/12/10

Direito de cessão de uso 18.138 - (2.148) 15.990Marcas 8.566 385 - 8.951 26.704 385 (2.148) 24.941

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16. ÁGIO

Data de aquisição

2010 (consolidado)

Ágio na aquisição de empresa:

SLN Indústria 01/2010 32.062Bintang 04/2010 165

32.227 As alterações registradas na rubrica “Ágio” foram as seguintes:

2010

(consolidado) Saldo no inicial 32.062Adição (nota explicativa nº 7) 165Saldo no fim do exercício 32.227 Alocação do ágio às unidades geradoras de caixa

O valor contábil do ágio foi alocado, para fins de teste de redução ao valor recuperável, para as seguintes unidades geradoras de caixa:

2010

(consolidado) Salinas 32.062Bintang 165 32.227 O valor recuperável dessa unidade geradora de caixa é determinado com base no cálculo do valor em uso utilizando as projeções dos fluxos de caixa com base em orçamento financeiro de cinco anos aprovado pela Administração e taxa de desconto de 15,8% ao ano para Salinas e 15,5% ao ano para Bintang.

Salinas

As projeções dos fluxos de caixa para o período orçado baseiam-se nos valores a serem obtidos com venda de produtos das marcas. Os fluxos de caixa posteriores ao período de cinco anos foram extrapolados a uma taxa de crescimento anual média de 26,5% que corresponde à taxa prevista de crescimento estratégico da marca amparada pelos planos de negócio da Administração. A Administração acredita que qualquer tipo de mudança razoavelmente possível nas premissas-chave, nas quais o valor recuperável se baseia, não levaria o valor contábil total a exceder o valor recuperável total da unidade geradora de caixa.

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Bintang

As projeções dos fluxos de caixa para o período orçado baseiam-se nos valores a serem obtidos com venda de produtos das marcas. Os fluxos de caixa posteriores ao período de cinco anos foram extrapolados a uma taxa de crescimento anual média de 7,8% que corresponde à taxa prevista de crescimento estratégico da marca amparada pelos planos de negócio da Administração. A Administração acredita que qualquer tipo de mudança razoavelmente possível nas premissas-chave, nas quais o valor recuperável se baseia, não levaria o valor contábil total a exceder o valor recuperável total da unidade geradora de caixa.

17. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Modalidade Encargos Vencimento Garantias 2010

(consolidado)

Capital de giro: Banco do Brasil CDI + 0,41% ao ano Julho de 2011 Nota promissória e

aval dos sócios 103

Banco do Brasil CDI + 0,46% ao ano Fevereiro de 2011 Aval dos sócios 321Bicbanco CDI + 0,70% ao ano Abril de 2011 Aval dos sócios e

duplicatas 5.035

Citibank CDI + 0,38% ao ano De fevereiro de 2011 a março de 2011

Aval dos sócios e duplicatas

4.351

HSBC CDI + 0,40% ao ano Abril de 2011 Aval dos sócios 1.026Itaú CDI + 0,50% ao ano Março de 2011 Aval dos sócios 5.105Safra CDI + 0,40% ao ano De fevereiro de 2011

a agosto de 2011 Recebíveis cartões 21.314

Santander (Real) CDI + 0,50% ao ano De março de 2011 a janeiro de 2012

Aval dos sócios 6.139

Conta Garantida: Bradesco 1% a.m. De fevereiro de 2011

a março de 2011 Recebíveis cartões 5.921

HSBC 1,10% a.m. Fevereiro de 2011 Recebíveis cartões 28.451

Arrendamento Mercantil: HSBC 1,88% a.a. De junho de 2011 a

agosto de 2011 Aval dos sócios 30

Banco HP 1,37% a.a. Outubro de 2012 Estoques 103HSBC 1,5% a.a. De janeiro de 2012 a

julho de 2013 Aval dos sócios 288

Safra 1,38% a.a. Julho de 2013 Aval dos sócios 70HSBC 2.22% a.a. Agosto de 2011 Aval dos sócios 436

Financiamento de importação:

HSBC Libor + 0,83% ao ano De janeiro de 2011 a outubro de 2011

Aval dos sócios 9.279

Bradesco Libor + 0,83% ao ano De julho de 2011 a outubro de 2011

Aval dos sócios 730

Financiamento com shopping-

(*) De fevereiro de 2011 a setembro de 2015

Aval dos sócios 6.501

Total 95.203

Circulante 90.573Não circulante 4.630 95.203

(*) Encargos calculados com base em percentual de faturamento nas unidades ou parcelas fixas.

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Todos os empréstimos da Companhia são denominados em reais - R$. Não há cláusulas restritivas (“covenants” financeiros) relacionados aos contratos mencionados.

18. SALÁRIOS, PROVISÕES E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

2010

(consolidado) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS a recolher 363Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a recolher 1.532Provisão de férias e encargos 4.002Outros 105 6.002

19. IMPOSTOS A RECOLHER

2010

(consolidado) ICMS 6.109IRRF 1.141PIS 763COFINS 3.437Imposto Sobre Serviços - ISS 959Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 1.583Outros 367 14.359

20. CONTAS A PAGAR

2010

(consolidado) Aluguel de lojas 3.779Serviços prestados a pagar 4.074Contratos NDF (nota explicativa nº 28) 371Outras contas a pagar 356 8.580

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21. PARCELAMENTO DE TRIBUTOS

2010 (consolidado)

ICMS 6.059PIS/COFINS - Parcelamento Espontâneo 8.651PIS/COFINS - REFIS 1.564IRPJ - Parcelamento Espontâneo 652IRPJ - REFIS 211CSLL - Parcelamento espontâneo 211CSLL - REFIS 75INSS - Parcelamento espontâneo 3.631INSS - REFIS 2.822Multas fiscais 2.043Outros - REFIS1 862 26.781 Passivo circulante 5.297Passivo não circulante 21.484 26.781 A Companhia e suas controladas possuíam débitos fiscais parcelados de acordo com a Lei nº 10.522/02, corrigidos mensalmente pela taxa SELIC. Durante 2010, a Companhia e as referidas controladas aderiram ao parcelamento de débitos fiscais (REFIS) previsto na Lei nº 11.941/09, optando por liquidar esses débitos fiscais em até 180 meses.

Descrição 2010

(consolidado) Saldo no início do exercício 20.052Inclusões de parcelamentos 10.511Atualização monetária - taxa SELIC 913Pagamentos efetuados (4.695)Saldo no fim do exercício 26.781

22. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social

Em 31 de dezembro de 2010, o capital social da Companhia, no montante de R$28.635, estava representado por 20.426.948 ações ordinárias e sem valor nominal e com direito a voto nas deliberações da Assembleia Geral, distribuídas conforme segue:

Ações % Richards Participações S.A. 18.384.253 90Inbrands Moda Rio Participações S.A. 2.042.695 10 20.426.948 100

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Conforme alteração contratual realizada em 10 de abril de 2010, foi aprovado o aumento do capital social no montante de R$20.072, com emissão de 20.072.561 novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, com preço de emissão de R$1,00 por ação. As ações foram subscritas e integralizadas pelos acionistas mediante a conferência de ações representativas do capital do social da RF Participações, Rio Ventura, Ferreira e Luz, SLN Indústria e SLN Licenciamentos.

Conforme disposto no Estatuto Social da Companhia, as principais deliberações em Assembleias Gerais dependerá de aprovação por acionistas, representando, no mínimo, a maioria do capital social votante da Companhia, incluindo, necessariamente, o voto afirmativo da Inbrands Moda Rio Participações S.A.

b) Política de distribuição de lucros

A distribuição de lucros obedecerá às destinações de seu Estatuto Social, o qual contém as seguintes destinações:

5% para reserva legal.

Distribuição de dividendos mínimos obrigatórios, em percentual a ser definido em Assembleia Geral, respeitando as regras previstas na legislação vigente (mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, após a constituição de reserva legal e a formação de reserva para contingência).

c) Participação não controladora

Saldo no início do exercício -Participação no resultado do exercício (708)Efeito na aquisição de participação de não controladores (1)Saldo no fim do exercício (709)

23. RECEITA DE VENDAS

2010

(combinado) Venda a varejo - mercado interno 248.856Venda por atacado- mercado interno 58.757Venda por atacado - mercado externo 3.285Receita de venda de mercadorias 310.898    “Royalties” 4.119Serviços de consultoria e licenciamento 466Receita de prestação de serviços 4.585 Devoluções, cancelamentos e descontos (34.948)Tributos municipais (893)Tributos estaduais (45.785)Tributos federais (26.972)Deduções (108.598) Receita operacional líquida 206.885

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24. INFORMAÇÕES SOBRE A NATUREZA DAS DESPESAS

A Companhia apresentou a demonstração do resultado utilizando uma classificação das despesas baseada na sua função. As informações sobre a natureza dessas despesas reconhecidas na demonstração do resultado é apresentada a seguir:

2010 (combinado)

Custo de estoque (83.785)Despesa com pessoal e encargos (32.804)Despesa com ocupação e manutenção predial (4.848)Despesa com aluguel, condomínio e fundos de promoção (17.204)Propaganda e publicidade (5.753)Comissões sobre venda (15.001)Despesa com administradora de cartão (4.470)Despesas com material de embalagem (419)Infraestrutura de tecnologia (488)Logística e distribuição (5.679)Taxas, impostos e contribuições (1.258)Serviço de segurança e limpeza (403)Material de consumo (1.154)Serviços contratados diversos (6.205)Perdas com créditos de liquidação duvidosa (27)Outras despesas (900)Viagem e transporte (1.980)Provisão para riscos (5.881) (188.259) Classificadas como:

Custo dos produtos e mercadorias vendidas (83.785)Despesas com vendas (56.150)Despesas gerais e administrativas (48.324)

(188.259)

25. RESULTADO FINANCEIRO

2010 (combinado)

Despesas financeiras:

Despesas e tarifas bancárias (949)Juros passivos (12.778)Atualização monetária - parcelamentos (913)Juros com mútuos passivos de partes relacionadas (4.540)IOF (3.625)Outras despesas (2.700)

(25.505)Receitas financeiras:

Descontos obtidos 691 Outras receitas 474

1.165

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26. ARRENDAMENTO OPERACIONAL - LOCAÇÃO DE LOJAS

Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia e suas controladas possuíam 61 contratos de locação de suas lojas firmados com terceiros, os quais a Administração analisou e concluiu que se enquadram na classificação de arrendamento mercantil operacional. Os contratos de locação das lojas, em sua maioria, preveem uma despesa de aluguel variável, incidente sobre as vendas, ou um valor mínimo atualizado anualmente por diversos índices representativos da inflação, com prazos de validade de cinco anos, sujeitos a renovação. As áreas de Logística e Administrativa da Companhia também possuem contrato de locação.

O valor da locação dos imóveis é sempre o maior valor entre: (a) o equivalente à taxa média de 5,91% das vendas mensais brutas, realizadas pela loja; ou (b) um valor mínimo mensal atualizado anualmente por determinados índices representativos da inflação, conforme o caso. Os referidos contratos de locação possuem período de determinado com prazo de cinco anos, sujeitos à renovação contratual amigável ou judicial (ação renovatória).

No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, as despesas de aluguel, condomínio e fundos de promoção totalizaram R$17.204 no consolidado.

Os compromissos futuros (consolidados) oriundos desses contratos, a valores de 31 de dezembro de 2010, totalizam um montante mínimo de R$44.595, assim distribuídos:

Ano Valor 2011 11.3502012 9.9322013 8.2802014 6.8272015 a 2018 8.206 44.595

27. PROVISÃO PARA RISCOS TRIBUTÁRIOS, CÍVEIS E TRABALHISTAS

A Companhia está envolvida em processos na esfera judicial e administrativa, oriundas do curso normal de suas operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas e cíveis.

A Administração da Companhia acredita que eventuais desembolsos em excesso aos montantes provisionados, quando do desfecho dos respectivos processos, se houver, não afetarão de forma relevante o resultado das operações e a posição financeira da Companhia. Para aqueles riscos cujos desfechos negativos são considerados prováveis, a Companhia constituiu provisão para perdas. A movimentação dessa provisão é como segue:

Natureza do risco 01/01/10 Adições Atualização monetária 2010

Tributárias 4.051 1.209 802 6.062Trabalhistas 4.966 2.772 - 7.738 9.017 3.981 802 13.800 A provisão para riscos tributários é basicamente representada por riscos fiscais relacionados a ICMS.

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A provisão para riscos trabalhistas envolve diversos processos relacionados à discussão de verbas rescisórias e recolhimentos previdenciários ao INSS.

Além dos valores já provisionados, demonstrados anteriormente, em 31 de dezembro de 2010 a Companhia está envolvida em outras disputas e litígios de natureza trabalhista, cível e tributária, cujo montante é de R$10.751. Com base na análise da Administração e de seus assessores jurídicos, o risco de eventual perda foi avaliado como possível, razão pela qual não foi efetuado nenhum registro contábil de provisão para riscos.

28. PREJUÍZO POR AÇÃO

Conforme mencionado na nota explicativa nº 22, o capital social da Companhia é constituído de ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. De acordo com o pronunciamento técnico CPC 41/IAS 33 - Lucro por Ação, a tabela a seguir reconcilia o prejuízo do exercício com os valores usados para calcular o prejuízo líquido por ação básico e diluído, total e de operações continuadas.

Numerador básico e diluído- Prejuízo utilizado na apuração do prejuízo básico e diluído por ação (11.372)

Denominador básico e diluído: Ações disponíveis 20.426.948 Média ponderada das ações disponíveis 20.426.948

Prejuízo por ação básico e diluído - R$ (0,56)

29. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia e de suas controladas foram determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliação. Entretanto, considerável julgamento da Administração foi requerido na interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequada. Como consequência, as estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderiam ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de metodologias de mercado pode produzir efeitos diferentes nos valores de realização estimados.

Considerações sobre riscos

a) Gestão do risco de capital

Os objetivos da Companhia, ao administrar seu capital, são os de assegurar a continuidade das operações para oferecer retorno aos acionistas, além de manter uma estrutura de capital adequada para minimizar os custos a ela associados.

A estrutura de capital da Companhia consiste em saldos de caixa e equivalentes de caixa (nota explicativa nº 8) e patrimônio líquido (nota explicativa nº 22).

Periodicamente, a Administração revisa a estrutura de capital e sua habilidade de liquidar os seus passivos, bem como monitora tempestivamente o prazo médio de contas a receber, fornecedores e estoques, tomando as ações necessárias para mantê-los em níveis considerados adequados para a gestão financeira.

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b) Práticas contábeis significativas

Os detalhes das principais práticas contábeis e métodos adotados, incluindo o critério para reconhecimento e bases de mensuração de apropriação das receitas e despesas para cada uma das classes de ativos e passivos financeiros, além do patrimônio líquido, estão descritos na nota explicativa nº 4.

c) Categorias de instrumentos financeiros

2010

(consolidado)

Valor

contábil Ativos financeiros-

Empréstimos e recebíveis: Caixa e equivalentes de caixa 3.535Contas a receber de clientes 77.692

81.227

Outros passivos financeiros: Empréstimos e financiamentos (circulante e não circulante) 95.203Fornecedores 17.720Parcelamento de tributos 26.781Partes relacionadas 6.993Operações “Non-Deliverable Forward - NDF” 371

147.068 A Companhia, com base no prazo médio de recebimentos e pagamentos, é de opinião que os instrumentos financeiros, que estão reconhecidos nas demonstrações financeiras pelos seus valores contábeis, não apresentam variações significativas em relação aos respectivos valores de mercado no fim de cada período de relatório.

Os saldos das rubricas “Empréstimos e financiamentos” e “Parcelamento de tributos” são atualizados monetariamente com base em taxas contratuais e juros variáveis em virtude das condições de mercado; portanto, o saldo devedor registrado no fim do período de relatório está próximo do valor de mercado.

Contudo, tendo em vista que não há mercado ativo para esses instrumentos, as diferenças poderiam ocorrer se tais valores fossem liquidados antecipadamente.

d) Riscos financeiros

As atividades da Companhia e de suas controladas estão expostas a alguns riscos financeiros, tais como risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e risco limitado ao valor do prêmio pago do derivativo, que visa proteger a exposição de variação de preço da moeda.

A gestão de risco é realizada pela Administração da Companhia segundo as políticas aprovadas pela Diretoria. A área de Tesouraria da Companhia identifica, avalia e protege contra eventuais riscos financeiros em cooperação com as unidades operacionais da Companhia.

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e) Gestão do risco de taxa de juros

A Companhia está exposta ao risco de taxa de juros, uma vez que obtém empréstimos com taxas de juros pós-fixadas. A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer “hedge”/“swap” contra esse risco. Porém, monitora continuamente as taxas de juros de mercado, com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. A Companhia considera que o alto custo associado à contratação de taxas prefixadas sinalizadas pelo cenário macroeconômico brasileiro justifica a sua opção por taxas flutuantes.

Análise de sensibilidade da taxa de juros

A análise de sensibilidade foi determinada com base na exposição às taxas de juros dos passivos com taxas pós-fixadas e foi preparada assumindo que o valor do passivo em aberto no fim do período de relatório esteve em aberto durante todo o exercício. Um aumento ou uma redução de 3% é utilizado para apresentar internamente os riscos de taxa de juros ao pessoal-chave da Administração e corresponde à avaliação da Administração das possíveis mudanças nas taxas de juros.

Se as taxas de juros fossem 3% mais altas/baixas e todas as outras variáveis se mantivessem constantes, o lucro do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 diminuiria/aumentaria em R$3.551. Isso ocorre principalmente devido à exposição da Companhia às taxas de juros dos empréstimos feitos a taxas pós-fixadas.

f) Gestão do risco de taxa de câmbio

As receitas da Companhia e de suas controladas são em reais; o risco cambial decorre de eventuais operações comerciais, geradas, principalmente, pela importação de mercadorias e serviços denominada em dólar norte-americano (US$). A política de gestão de risco cambial definida pela Administração da Companhia é a de proteger-se de eventuais importações, por meio de operações compostas por contratos de opções de compra de dólar norte-americano (“Non-Deliverable Forward - NDF”), utilizado somente como instrumento de proteção de valor, e nunca como um instrumento especulativo, podendo ser realizado em operações expostas a moeda estrangeira que tenham impacto financeiro na Companhia; entretanto, não designado como “hedge”.

Uma vez definida uma importação relevante é tomado por base o nível de preço de moeda que viabiliza a comercialização das mercadorias no mercado local dentro dos padrões de margem de lucros esperados e os prazos de entrega prováveis; a partir desse fato, define-se o preço de exercício e vencimento que nortearão a contratação das opções de compra de dólar norte-americano.

A partir de 24 de novembro de 2010, foram realizadas operações com o Banco HSBC relacionadas à compra a termo de quantia de dólar norte-americano, sem entrega física, conforme segue:

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Valor de Ganho (perda)Tipo de Data do Taxa de câmbio na referência registrado contrato contrato Vencimento data do contrato - R$ (US$ mil) (R$ mil) Compra 24/11/2010 04/01/2011 1,7450 34 (3)Compra 24/11/2010 05/01/2011 1,7458 43 (4)Compra 24/11/2010 11/01/2011 1,7491 118 (10)Compra 24/11/2010 31/01/2011 1,7611 29 (3)Compra 24/11/2010 17/02/2011 1,7721 87 (8)Compra 24/11/2010 22/02/2011 1,7745 16 (1)Compra 24/11/2010 01/03/2011 1,7788 77 (7)Compra 24/11/2010 02/03/2011 1,7797 17 (2)Compra 24/11/2010 04/03/2011 1,7810 66 (6)Compra 24/11/2010 09/03/2011 1,7819 16 (2)Compra 24/11/2010 18/03/2011 1,7879 37 (4)Compra 24/11/2010 21/03/2011 1,7889 37 (4)Compra 24/11/2010 22/03/2011 1,7898 29 (3)Compra 24/11/2010 29/03/2011 1,7942 422 (41)Compra 24/11/2010 31/03/2011 1,7961 9 (1)Compra 24/11/2010 04/04/2011 1,7978 39 (4)Compra 24/11/2010 06/04/2011 1,7997 14 (1)Compra 24/11/2010 07/04/2011 1,8007 75 (7)Compra 24/11/2010 08/04/2011 1,8013 390 (38)Compra 24/11/2010 12/04/2011 1,8032 75 (7)Compra 24/11/2010 19/04/2011 1,8077 128 (13)Compra 24/11/2010 20/04/2011 1,8082 37 (4)Compra 24/11/2010 03/05/2011 1,8146 62 (6)Compra 24/11/2010 09/05/2011 1,8182 107 (11)Compra 24/11/2010 19/05/2011 1,8255 106 (11)Compra 24/11/2010 23/05/2011 1,8272 10 (1)Compra 24/11/2010 24/05/2011 1,8282 66 (7)Compra 24/11/2010 26/05/2011 1,8301 33 (4)Compra 24/11/2010 30/05/2011 1,8325 86 (9)Compra 24/11/2010 31/05/2011 1,8328 98 (10)Compra 24/11/2010 02/06/2011 1,8347 403 (42)Compra 24/11/2010 06/06/2011 1,8364 71 (8)Compra 24/11/2010 07/06/2011 1,8374 64 (7)Compra 24/11/2010 09/06/2011 1,8393 37 (4)Compra 24/11/2010 10/06/2011 1,8400 111 (12)Compra 24/11/2010 14/06/2011 1,8420 69 (8)Compra 24/11/2010 15/06/2011 1,8429 41 (4)Compra 24/11/2010 16/06/2011 1,8439 87 (10)Compra 24/11/2010 21/06/2011 1,8466 115 (13)Compra 24/11/2010 22/06/2011 1,8474 99 (11)Compra 24/11/2010 29/06/2011 1,8510 187 (20)Total 3.647 (371) Os contratos em aberto em 31 de dezembro de 2010 estão registrados pelo valor justo de R$371 na rubrica “Contas a pagar”, no passivo circulante.

Análise de sensibilidade de moeda estrangeira

A análise de sensibilidade foi determinada com base na exposição a variações de cotação no dólar norte-americano decorrentes dos contratos anteriormente mencionados e inclui somente os itens em aberto e em moeda estrangeira no fim do período de relatório. A Administração da Companhia não considera, em suas avaliações de gerenciamento de caixa, a possibilidade de variações significativas nas taxas de câmbio.

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g) Análise de sensibilidade suplementar sobre instrumentos financeiros, conforme Instrução CVM nº 475/08

A Companhia apresenta a seguir as informações suplementares sobre seus instrumentos financeiros que são requeridas pela Instrução CVM nº 475, de 17 de dezembro de 2008, especificamente sobre a análise de sensibilidade complementar à requerida pelas IFRSs e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil.

Na elaboração dessa análise, a Companhia adotou as seguintes premissas:

Identificação dos riscos de mercado que podem gerar prejuízos materiais à Companhia.

Definição de um cenário provável do comportamento de risco (Cenário I).

Definição de dois cenários adicionais com deterioração de, pelo menos, 25% e 50% na variação de risco considerada (Cenário II e Cenário III, respectivamente).

Apresentação do impacto dos cenários definidos no valor justo dos instrumentos financeiros.

Risco de taxa de juros e de câmbio

Valores - R$ mil Operação Risco Cenário I Cenário II Cenário III Juros de empréstimos Alta do CDI (2.929) (4.300) (5.164)Perda no encerramento do exercício Baixa do US$ (371) (1.943) (3.501) Perda com taxas de câmbio e juros recalculadas conforme cenários anteriormente estabelecidos.

h) Gestão de risco de crédito

As operações da Companhia e de suas controladas compreendem o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios. As vendas são suportadas legalmente por pedidos de compra, contratos e outros instrumentos legais que venham a ser necessários. A Companhia adota procedimentos específicos de seletividade e análise da carteira de clientes, visando prevenir perdas por inadimplência.

A Companhia apresenta saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa, no montante de R$2.201, para cobrir os riscos de crédito.

i) Gerenciamento do risco de liquidez

A Administração monitora as previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que se tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais.

Em virtude da dinâmica de seus negócios, a Companhia e suas controladas mantêm flexibilidade na captação de recursos, mediante manutenção de linhas de crédito bancárias, com algumas instituições. A tabela a seguir demonstra em detalhes o vencimento dos passivos financeiros contratados:

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2010-3344

2010 (consolidado)

Operação Até 1 ano De 1 a2 anos

De 2 a 5 anos

Acima de 5 anos Total

Fornecedores 17.720 - - - 17.720Parcelamento de tributos 5.297 4.494 12.517 4.473 26.781Financiamentos bancários 90.573 2.091 2.539 - 95.203Partes relacionadas 6.993 - - - 6.993Operações “Non-deliverable Forward - NDF” 371 - - - 371

Total 120.454 6.585 15.056 4.473 147.068

30. COBERTURA DE SEGUROS

A Companhia e suas controladas adotam uma política de seguros que considera, principalmente, a concentração de riscos e sua relevância. As coberturas dos seguros, em valores de 31 de dezembro de 2010, são assim demonstradas:

Limites contratados

Lucros cessantes 1.000Incêndio - estabelecimentos (lojas, Central de Distribuição e Matriz) 30.770Veículos - apenas responsabilidade civil - importância máxima por veículo 1.665

31. AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Na reunião do Conselho de Administração realizada em 13 de maio de 2011 foi autorizada a conclusão das presentes demonstrações financeiras, as quais contemplam os eventos subsequentes ocorridos após 31 de dezembro de 2010, estando aprovadas para divulgação.