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“Companheiros Espíritas Unidos” Informativo nº 157 Ano XIV junho de 2016 _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ “Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.” (O Espírito da Verdade Paris 1860 ESE cap VI) Duas asas conduzirão o espírito humano à presença de Deus: uma chama-se AMOR, a outra, SABEDORIA. Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformo- seia por dentro, emitindo, em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e, pela sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhe co- municam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto. Ambos são imprescindíveis ao progres- so, mas é justo considerar a superioridade do primeiro, porquanto a parte intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas. In: “Amor- Francisco C. Xavier / Emmanuel ESTUDANDO KARDEC O Evangelho Segundo o Espiritismo Introdução I Objetivo desta Obra – Continuação da edição de maio/16 (...) reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de cultos. Nas cita- ções, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo ape- nas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas, em vez de nos prendermos a uma ordem cronoló- gica impossível, e sem vantagem real em seme- lhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua nature- za, de maneira a que umas se deduzam das ou- tras, tanto quanto possível. A indicação dos núme- ros de ordem dos capítulos e dos versículos permi- te recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente. Esse seria apenas um trabalho material, que por si só não teria mais do que uma utilidade secundá- ria. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras e o desenvol- vimento de todas as suas consequências, com vis- tas à aplicação às diferentes situações da vida. Foi o que procuramos fazer, com ajuda dos bons Espí- ritos que nos assistem. Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se conversaram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na antiguidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo encontramos os seus tra- ços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado. Como complemento de cada preceito, damos algumas instruções, escolhidas entre as que fo- ram ditadas pelos Espíritos em diversos países, através de diferentes médiuns. Se essas instru- ções tivessem surgido de uma fonte única, pode- riam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão os seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.(1) Esta obra é para o uso de todos; cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua condu- ta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontra- rão, além disso, as explicações que lhes concer- nem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisí- vel, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios espíritos, não será mais letra mor- ta, porque cada qual a compreenderá, e será in- cessantemente solicitado a pô-la em prática, pe- los conselhos de seus guias espirituais. As instru- ções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá- los à prática do Evangelho. (1) Poderíamos dar, sem dúvida, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades e centros espíritas, além dos que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar a nossa escolha às que, por seu fundo e por sua forma, cabem mais especialmente no quadro desta obra, reservan- do para publicações posteriores as que não entraram aqui. Quanto aos médiuns, deixamos de citá-los. Na maioria, em virtude de seus próprios pedidos, e depois, porque não convinha fazer exceções. Os nomes dos médiuns não acrescentari- am, aliás, nenhum valor à obra dos Espíritos. Sua citação seria apenas uma satisfação do amor próprio, pela qual os mé- diuns verdadeiramente sérios não se interessam. Eles compreendem que, sendo puramente passivo seu papel, o valor das comunicações não aumenta em nada o seu mérito pessoal, e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho intelectual a que prestam apenas o seu concurso mecânico.

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“Companheiros Espíritas Unidos” Informativo nº 157 – Ano XIV – junho de 2016

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

“Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo.” (O Espírito da Verdade – Paris 1860 – ESE – cap VI)

Duas asas conduzirão o espírito humano à presença de Deus: uma chama-se AMOR, a outra, SABEDORIA. Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço aos semelhantes, a criatura se ilumina e aformo-seia por dentro, emitindo, em favor dos outros, o reflexo de suas próprias virtudes; e, pela sabedoria, que

começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhe co-municam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a para o Alto. Ambos são imprescindíveis ao progres-so, mas é justo considerar a superioridade do primeiro, porquanto a parte intelectual sem a moral pode

oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas.

In: “Amor” - Francisco C. Xavier / Emmanuel

ESTUDANDO KARDEC O Evangelho Segundo o Espiritismo

Introdução I – Objetivo desta Obra – Continuação da edição de maio/16

(...) reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de

moral universal, sem distinção de cultos. Nas cita-ções, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo ape-

nas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas,

em vez de nos prendermos a uma ordem cronoló-gica impossível, e sem vantagem real em seme-lhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua nature-

za, de maneira a que umas se deduzam das ou-tras, tanto quanto possível. A indicação dos núme-ros de ordem dos capítulos e dos versículos permi-

te recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente. Esse seria apenas um trabalho material, que por

si só não teria mais do que uma utilidade secundá-ria. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras e o desenvol-

vimento de todas as suas consequências, com vis-tas à aplicação às diferentes situações da vida. Foi o que procuramos fazer, com ajuda dos bons Espí-

ritos que nos assistem. Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis,

e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já

se conversaram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá

mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na antiguidade, e em todas as épocas da

humanidade. Em tudo encontramos os seus tra-ços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes

para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado. Como complemento de cada preceito, damos

algumas instruções, escolhidas entre as que fo-ram ditadas pelos Espíritos em diversos países, através de diferentes médiuns. Se essas instru-ções tivessem surgido de uma fonte única, pode-

riam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão os seus ensinamentos por

toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.(1) Esta obra é para o uso de todos; cada qual

pode dela tirar os meios de conformar sua condu-ta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontra-rão, além disso, as explicações que lhes concer-

nem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisí-

vel, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios espíritos, não será mais letra mor-ta, porque cada qual a compreenderá, e será in-

cessantemente solicitado a pô-la em prática, pe-los conselhos de seus guias espirituais. As instru-ções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes

do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.

(1) Poderíamos dar, sem dúvida, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras

cidades e centros espíritas, além dos que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e

limitar a nossa escolha às que, por seu fundo e por sua forma, cabem mais especialmente no quadro desta obra, reservan-do para publicações posteriores as que não entraram aqui. Quanto aos médiuns, deixamos de citá-los. Na maioria, em virtude de seus próprios pedidos, e depois, porque não convinha fazer exceções. Os nomes dos médiuns não acrescentari-am, aliás, nenhum valor à obra dos Espíritos. Sua citação seria apenas uma satisfação do amor próprio, pela qual os mé-

diuns verdadeiramente sérios não se interessam. Eles compreendem que, sendo puramente passivo seu papel, o valor das

comunicações não aumenta em nada o seu mérito pessoal, e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho intelectual a que prestam apenas o seu concurso mecânico.

Companheiros Espíritas Unidos ______________________________________________________________________________________________

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5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente – Momento de reflexão e ação

O segundo sábado é dia de ...

e no terceiro sábado...

Saboreie e leve para casa ∓

PALESTRAS DO MÊS DE JUNHO DIA PALESTRANTE TEMA 1 Leonardo Henrique

Missão do Homem

Inteligente na Terra 3 João Antônio Filippini Garcia

4

Reinaldo Marangoni

7 Silvia Helena Vicente

Expiação e

Arrependimento

8 Rubens Tavares Lima

10 Nazareth Coelho

11 Gerson da Silva Gonçalves

14 Osvaldo de Oliveira

Pedi

e

Obtereis

15 Roseana Armênio Caichjian

17 Dárcio Destro

18 Vinícius de Queiroz Pereira

21 Fátima Soeiro

A Paz

No Mundo 22 José Antônio Evangelista

24 Roseana Armênio Caichjian

25 Márcio Pires

28 Eliana Barroso Prugner O Evangelho de Jesus na Educação

da Juventude 29 Drª. Tereza Cristina Or

A vida não é um roubo incessante, em

que a planta lesa o solo, o animal

extermina a planta, e o homem assassina

o animal, mas um movimento de

permuta divina, de cooperação

generosa, que nunca perturbaremos sem

grave dano à própria condição de

criaturas responsáveis e evolutivas!

In: Os Mensageiros – F.C.Xavier/André Luiz

Agora também aos sábados

(exceto em dia de mesa de doces)

ANJO GUARDIÃO NA VISÃO ESPÍRITA O Orador Espírita Raul Teixeira fala sobre os Anjos à Revista Espírita Allan Kardec

em entrevista que aqui transcrevemos:

P: - É PONTO PACÍFICO EM TODAS AS RELIGI-

ÕES, QUE TODO INDIVÍDUO TEM UM ESPÍRITO

PROTETOR OU “ANJO DA GUARDA” QUE O ACOMPANHA DURANTE TODA A VIDA. ESSE ES-

PÍRITO FICA SEMPRE JUNTO DO SEU PROTEGI-DO OU SUA ATUAÇÃO SE FAZ À DISTÂNCIA?

R: - Esse Anjo da Guarda estará sempr e junto

ao seu protegido, sem que esse "estar junto" seja entendido física ou geograficamente. Mesmo

que se encontre à distância do protegido o Anjo Guardião estará "perto", desde que o seu tutela-

do se mantenha psiquicamente a ele vinculado. Isso nos permite dizer que a atuação do Guar-

dião pode fazer-se estando próxima ou distante,

fisicamente, do seu protegido. P: - A CHAMADA “VOZ DA CONSCIÊNCIA” É A

VOZ DESSE ESPÍRITO PROTETOR? R: - A voz da consciência, geralmente, se refere

à presença das leis divinas em nossa intimidade,

agindo na condição do implacável juiz que nos aplaude quando acertamos e que nos admoesta

quando erramos. Entretanto, em muitas ocasi-ões, a inspiração superior dos nossos Guardiões

pode-se apresentar como verdadeira voz da

consciência, principalmente quando nos vem ad-vertir quanto a situações comprometedoras ou,

ainda, quando nos sugere realizações importan-tes para a nossa jornada de evolução.

P: - ELE TEM RECURSOS PARA EVITAR OU PRO-VOCAR ACIDENTES OU ENFERMIDADES, COM O

OBJETIVO DE PROTEGER SEU PUPILO DE UM

MAL MAIOR? R: - Quanto mais evoluídos são os Espíritos, de

mais recursos dispõem para conduzir os seus tutelados para uma ou outra situação, sempre

atentos às necessidades e aos méritos dos seus

pupilos, principalmente quando essas necessida-des e esses méritos tenham o poder de

interferir positivamente no processo evolucional dos indivíduos.

P: - QUAIS SÃO OS RECURSOS QUE ELE ADOTA PARA DESVIAR SEU PRO-

TEGIDO DOS VÍCIOS, DAS PAIXÕES E

DEMAIS PREJUÍZOS ESPIRITUAIS? R: - Pode ele inspirar, mobilizar situa-

ções sociais em torno dos seus tutelados. Pode lançar mão de fluidos diversos, de

energias variadas, que tenham a possibilidade

de agir nas células, nos órgãos, no psiquismo. Entretanto, todas essas providências estão

sempre associadas à "lei do mérito”. P: - ESGOTADOS ESSES RECURSOS ELE SE

AFASTA DEIXANDO O PUPILO ENTREGUE A SUA PRÓPRIA SORTE?

R: - Consciente como é de que não deverá impor

ao seu tutelado, aquilo que este não queira, en-trega-o ao próprio livre arbítrio, quando, então,

se vinculará às faixas vibratórias que deseje até o momento do arrependimento e do "retorno"

aos bons climas espirituais.

P: - DIZ-SE QUE O ESPÍRITO ISMAEL É O GUIA

ESPIRITUAL DO BRASIL. TODAS AS NAÇÕES

TÊM A PROTEÇÃO DE UM ESPÍRITO HIERARQUI-CAMENTE SUPERIOR AOS DEMAIS QUE A COM-

PÕEM? R: Indubitavelmente.

P: - QUANDO DUAS OU MAIS NAÇÕES ESTÃO EM

CONFLITO, COMO FICA O RELACIONAMENTO DOS RESPECTIVOS ESPÍRITOS PROTETORES?

R: - Os nobres Guias das nações estão acima das perturbações dos seus povos, do mesmo modo

que pais maduros e conscientes não permitem qualquer problema em seu relacionamento,

quando seus filhos, meninos e irresponsáveis,

imaturos e inexperientes, se engalfinhem, se agridam pelos campos onde se desenvolvem.

Para os excelsos mentores, o serviço prestado a Jesus, em cuidando de largas faixas do Seu re-

banho ainda inferiorizado, constitui-se em gran-

de honra e estão sempre mobilizando providên-cias para que se estabeleça a paz; o entendi-

mento e a fraternidade entre as nações. P: - PARA FINALIZAR, GOSTARIA DE ACRES-

CENTAR MAIS ALGUMA INFORMAÇÃO OU CO-

MENTÁRIO SOBRE O ASSUNTO PARA OS NOS-SOS LEITORES?

R: - Quero dizer aos nossos amigos, leitores dessa notável Revista Espírita Allan Kardec, so-

bre a beleza da nossa existência atual na Terra, perante esse amontoado de dificuldades e de

tormentos que tem caracterizado o mundo, em

fase de transição. Quero dizer que todos somos muito felizes, mas muito felizes mesmo, tendo

em vista que o Criador nos está presenteando com a chance de demonstrarmos o aprendizado

de tantos imortais valores, exatamente nessa

época de compreensíveis alucinações do "ho-mem-velho", nos estertores finais de um período

inferior. Assim, que nenhum de nós se rebele. Que

ninguém assimile esses tóxicos do desalento, mas que avancemos destemerosos ofere-

cendo a Jesus o que tivermos de melhor em

nós e ao nosso alcance. Quem puder escre-ver sobre o bem, que escreva. Quem puder

falar o bem, que o fale. Quem puder cantar a mensagem do bem, que distenda sua voz. Os

que souberem encenar, que ponham a arte cêni-

ca para louvar o amor e o bem, impregnando com beleza as mentes e os corações. Quem sou-

ber ensinar, compreender, perdoar, quem souber alegrar, elevar, fazer, sorrir; quem for capaz de

amar, em qualquer nível, pois que ame, não se negue, não se omita. É esse o nosso momento

de semear felicidade e luz. Não importa que se-

jamos muito moços ou muito idosos, não nos importem as dificuldades materiais passageiras.

Que cada um de nós ofereça, para o Grande Banquete, o que tivermos de melhor, porque o

nosso melhor tempo é o tempo presente. 3

Evangelho para a Infância e a Juventude

Família é Prato Difícil de Preparar...

"Família é Prato Difícil de Preparar...

São muitos ingredientes. Reunir todos é

um problema... Não é para qualquer um.

Os truques, os segredos, o imprevisível... Às vezes, dá até vontade de desistir.

Mas a vida sempre arruma um jeito de

nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo

põe a mesa, determina o número de cadeiras

e os lugares. Súbito, feito milagre, a família

está servida. Fulana sai a mais inteligente de

todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.

Sicrano, quem diria? Solou, endureceu,

murchou antes do tempo. Este é o mais

gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o

que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a

mais apaixonada. A outra, a mais

consistente... Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua,

a faca mais afiada e tome alguns

cuidados. Logo, logo, você também

estará cheirando a alho e cebola. Não

se envergonhe de chorar. Família é

prato que emociona. E a gente chora

mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos

alteram o sabor do parentesco. Mas, se

misturadas com delicadeza, estas especiarias,

que quase sempre vêm da África e do Oriente

e nos parecem estranhas ao paladar, tornam a

família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as

medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo

e, pronto: é um verdadeiro desastre.

Família é prato extremamente sensível.

Tudo tem de ser muito bem pesado, muito

bem medido.

Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser

profissional. Principalmente na hora que se

decide meter a colher. Saber meter a colher é

verdadeira arte. Às vezes o ídolo da família, o bonzinho, o

bola cheia que sempre ajudou, azedou a

comida só porque meteu a colher. O pior é

que ainda tem gente que acredita na receita

da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Família é afinidade, é à Moda da Casa. E

cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio

amargas. Outras apimentadíssimas. Há

também as que não têm gosto de nada, seria

assim um tipo de Família Dieta, que você

suporta só para manter a linha. Seja como for,

família é prato que deve ser servido sempre

quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se

copia, inventa- se. A gente vai

aprendendo aos poucos,

improvisando e transmitindo o que

sabe no dia a dia. A gente cata um

registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de

papel... Muita coisa se perde na lembrança. O

que este veterano cozinheiro pode dizer é que,

por mais sem graça, por pior que seja o

paladar, família é prato que você tem que

experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o

pão naquele molhinho que ficou na porcelana,

na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato

que, quando se acaba, nunca mais se repete!

Feliz de quem a tem!!

Trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo

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