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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Curso de Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
RELATÓRIO
“Como se fazem Televisões: Plasma”
Unidade Curricular: Projeto FEUP
Supervisora: Professora Teresa Margarida Guerra Pereira Duarte Monitora: Sara Rocha
Equipa: 1M1_02
António Mendes Diogo Pimenta Francisca Oliveira Joana Ferraz Kevin Cardoso Tomás Pinto
II
Agradecimentos
A colaboração, disponibilidade e dedicação de certas pessoas foram
indispensáveis para a realização deste trabalho.
Para a realização deste trabalho foi fundamental a colaboração da Engª Teresa
Duarte, que nos guiou durante todo o processo e esteve sempre disponível para
auxiliar o grupo.
No que diz respeito ao tratamento da informação e organização do relatório,
foi essencial o apoio e orientação das monitoras Sara Rocha e Maria João Pires.
III
Resumo
O presente relatório representa o produto final de um vasto trabalho de
pesquisa que veio a ser desenvolvido, ao longo das últimas semanas, no âmbito da
unidade curricular Projeto FEUP, do curso de Mestrado Integrado em Engenharia
Mecânica, (MIEM), com o objetivo de dar resposta ao tema: “Como se fazem
televisões: Plasma”.
O trabalho inicia-se, portanto, com uma breve história da televisão, seguida de
uma explicação dos processos de fabrico e do funcionamento da televisão.
Posteriormente, enunciamos os principais componentes da televisão e analisamos os
seus respectivos materiais e a sua contextualização no mercado. Por fim, fazemos uma
referência à sua contextualização no mercado e refletimos acerca das vantagens e
desvantagens da utilização desta tecnologia.
Palavras-chave
Projeto FEUP
Televisão
Plasma
Materiais
Vidro
Plástico
Projeto
Processo
Funcionamento
Mercado
Cores
Contraste
Consumo
IV
Índice
Introdução ........................................................................................................................ 6
História da televisão ......................................................................................................... 7
Tecnicamente: princípios em que se baseia a televisão ............................................... 7
Evolução técnica da televisão ....................................................................................... 7
Processos de fabrico ....................................................................................................... 10
Funcionamento ............................................................................................................... 12
Componentes ................................................................................................................. 13
Vidro ............................................................................................................................ 14
Principais características ....................................................................................... 15
Composição ............................................................................................................ 17
Fabrico .................................................................................................................... 17
Plástico-ABS ................................................................................................................ 19
Principais características ....................................................................................... 20
Composição ............................................................................................................ 20
Fabrico .................................................................................................................... 21
Contextualização no mercado ........................................................................................ 22
Panasonic Corporation ................................................................................................ 23
Samsung Eletronics ..................................................................................................... 24
LG Eletronics ............................................................................................................... 24
Top Melhores Plasmas do Mercado 2013 .................................................................. 26
Vantagens e desvantagens ............................................................................................. 29
Conclusão........................................................................................................................ 30
Referências bibliográficas ............................................................................................... 31
Lista de Imagens ............................................................................................................. 32
V
Índice de imagens
Fig. 1- Exemplos das primeiras televisões [1] ................................................................... 7
Fig. 2- Esquema da evolução da televisão ........................................................................ 9
Fig. 3-Parte electrónica de uma televisão plasma [2] .................................................... 10
Fig. 4-Esquema da tela de um plasma[3] ...................................................................... 12
Fig. 5-Exemplo de televisão [4]....................................................................................... 13
Fig. 6-Solidificação de materiais cristalinos e amorfos [5] ............................................. 15
Fig. 7-Composição do vidro boro-silicatado ................................................................... 17
Fig. 8-Processo para o estiramento contínuo de lâminas de vidro (adaptação) [6] ...... 18
Fig. 9-Monómeros do polímero ABS [7] ......................................................................... 20
Fig. 10-Processo de injeção plástica [8] .......................................................................... 21
Fig. 11-Máquina moderna de modelação por injeção plástica [9]................................. 21
Fig. 12-Grãos de ABS [10] ............................................................................................... 21
Fig. 13- Esquema com os principais fabricantes de plasmas ......................................... 23
Fig. 14- Modelo TC-PST60 da Panasonic [12] ................................................................. 24
Fig. 15-Primeiro plasma da Panasonic [11] .................................................................... 24
Fig. 16-Modelo PNF8500 da Samsung [13] .................................................................... 24
Fig. 17-Modelo 60PG6700 da LG [14] ............................................................................. 25
Fig. 18-Modelo TC-PVT60 da Panasonic [15].................................................................. 26
Fig. 19-Modelo TC-PS60 da Panasonic [16] .................................................................... 27
Fig. 20-Modelo TC-PZT60 da Panasonic [17] .................................................................. 27
Fig. 21-Modelo PNF5500 da Samsung [18] .................................................................... 28
Fig. 22-Modelo PNE450 da Samsung [19] ...................................................................... 28
Fig. 23- Esquema sobre vantagens e desvantagens ....................................................... 29
“Como se fazem televisões: plasmas”
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FEUP|MIEM|Proj.FEUP
Introdução
No âmbito da unidade curricular de Projeto FEUP, do curso de Mestrado
Integrado em Engenharia Mecânica (MIEM), foi elaborado, pelo grupo nº2, da turma
1M1, constituído por: António Mendes, Diogo Pimenta, Francisca Oliveira, Joana
Ferraz, Kevin Cardoso e Tomás Pinto, o seguinte trabalho: “Como se fazem televisões:
Plasma”.
Hoje em dia, as televisões assumem um papel extremamente importante na
sociedade atual, em particular no quotidiano de cada um. Por essa mesma razão, a
ideia de sobreviver sem recurso a este aparelho é, para a maioria, inconcebível.
A televisão é, indubitavelmente, uma das invenções que mais modificou a
população, pois permite o acesso fácil e rápido a um vasto leque de informação. No
entanto, este processo evolutivo está ainda longe de se poder dar como terminado, já
que, a procura incessante por maior qualidade de imagem e mais possibilidades a nível
de interatividade leva a uma constante investigação nesta área.
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História da televisão
Tecnicamente: princípios em que se baseia a televisão
Tecnicamente, a televisão baseia-se em dois princípios: a persistência das
imagens na retina, que permite que uma sucessão de imagens fixas dê a sensação de
continuidade do movimento, e a decomposição de imagens em pontos passíveis de
serem transmitidos através de ondas hertzianas. Um sistema de televisão completo
incluirá uma câmara, que transforma as imagens em sequências de pontos, um
emissor, que faz a difusão em ondas hertzianas, e um recetor, em que as ondas
hertzianas são captadas e descodificadas numa sequência de pontos, que reproduzem
num ecrã as imagens originais. Na figura 1 encontram-se exemplos das primeiras
televisões. [1]
Evolução técnica da televisão
A evolução da televisão ao longo dos anos encontra-se representada no
esquema da próxima página (Fig.2):
Fig. 1-Exemplos das primeiras televisões [1]
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Vem da junção das palavras “tele” (longe, em grego) e “videre” (ver, em latim). Perskyi apresentou uma tese no Congresso Internacional de Electricidade, em Paris, cujo título era "Televisão". A tese descrevia um equipamento baseado nas propriedades foto condutoras do selénio, que transmitia imagens à distância.
.
1817
1842
1873
1875
1880
1884
1892
1897
1900
1926
O cientista sueco JakobBerzelius descobriu e isolou o selénio, observando a fotosensibilidade do elemento químico que desprendia electrões quando exposto à luz.
AlexanderBain transmitiu uma imagem telegráfica sem movimento.
o Na Irlanda, o operador de telégrafo Joseph May, descobriu o efeito fotoeléctrico;
o O inglês Willoughby Smith descobriu que o selénio podia transformar energia luminosa em energia eléctrica, possibilitando a transmissão de imagens por meio de corrente eléctrica.
Em Boston (EUA), George Carey propôs um sistema que era baseado na exploração de cada ponto da imagem simultaneamente.
O francês Maurice LeBlanc descobriu que imagens sucessivas apresentadas em velocidade davam a impressão de movimento.
O alemão Paul Nipkow patenteou uma proposta de transmissão de imagens à distância, e foi chamado de "fundador da técnica de TV".
JuluisElster e Hans Getbel inventaram a célula fotoeléctrica.
Karl Ferdinand Braun, da Universidade de Estrasburgo, inventou o tubo de raios catódicos.
A palavra “televisão” foi inventada pelo francês ConstantinPerskyi.
John Baird desenvolveu um sistema mecânico de transmissão de imagens.
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O iconoscópio, precursor dos actuais tubos de imagem das câmaras de televisão, permitia decompor uma imagem em milhares de pontos, convertidos num sinal modulado. Esta invenção levou ao desenvolvimento do televisor, que utilizava o tubo catódico inventado em 1897 pelo alemão Karl Braun.
Fig. 2- Esquema da evolução da televisão
Até ao final da II Guerra Mundial, assistiu-se ainda à era da rádio. A televisão só se expandiu definitivamente na década de 50, com a multiplicação das vendas de aparelhos. Diversificaram-se as produções, aumentou o número de programas transmitidos diariamente e de horas de emissão.
Em Portugal, a televisão deu os primeiros passos, a preto e branco, a
4 de Setembro de 1956. As emissões regulares tiveram início a 7 de Março de 1957. Nessa altura, só podia ser captada na região de Lisboa [2].
1934
1936
Primeiras emissões regulares de televisão, feitas em Londres pela BBC.
Vladimir Zworykin, um russo residente nos Estados Unidos, criou o iconoscópio.
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Processos de fabrico
Para fabricar uma televisão plasma são necessárias várias etapas. A televisão é
constituída por quatro partes: o exterior, a parte da receção de áudio e do sistema de
altifalante, o tubo de imagem e uma massa complicada de eletrónica, incluindo
entrada de cabo e antenas e dispositivos de saída, um recetor de controlo remoto,
chips de computador, e botões de acesso.
O Projeto:
Primeiramente, procede-se ao design da televisão, isto é, há todo um
planeamento que irá assegurar o funcionamento da televisão. Tal tarefa requer o
envolvimento de vários técnicos, entre eles engenheiros de projeto, de eletrónica e
outros. Após a conceção do protótipo do aparelho este necessita de ser aprovado
pelos gestores de produção, podendo ter de ser alterado. A figura 2 é representativa
da parte eletrónica de uma tela de plasma [3].
Fig. 3-Parte electrónica de uma televisão plasma [2]
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O Processo:
Revestimento
A maioria das caixas de televisão é constituída por plástico, por meio do
processo de moldação por injeção. Neste procedimento, é injetado plástico líquido,
sob uma pressão muito elevada, entre dois moldes de precisão. Seguidamente, as
peças são libertadas dos moldes, aparadas e limpas. Finalmente os moldes são
montados, servindo como suporte para os vários componentes da televisão.
Tubo de Imagem
O tubo de imagem das televisões é feito de vidros de precisão. Aquando do
fabrico do tubo, deixa-se uma suspensão de químicos assentar no interior da placa.
Posteriormente, este revestimento é, então, coberto por uma fina película de alumínio
que permite a passagem aos eletrões. No caso particular das televisões plasma, o
segredo está na tecnologia do gás plasma que é conseguido através da excitação de
camadas de néon ou de xénon por elétrodos [4].
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Funcionamento A tela de uma televisão plasma é composta por duas placas de vidro existindo,
entre estas, uma série de elétrodos que recebem sinais de vídeo descodificado,
exibindo-os de um modo preciso. É, por isso, necessário que o aparelho esteja ligado
para que estes sejam ativados e exibam corretamente as cores. Esta transformação
ocorre dentro de cada pixel, sendo estes subdivididos em três partes que representam
cada cor do perfil RGB (vermelho, verde e azul) e todas as cores visualizadas resultam
da combinação destas. Cada uma, dentro do pixel, é constituída por fósforo, elemento
responsável por emitir luz quando bombardeado por raios ultravioleta. A combinação
das cores e a luz emitida formam um ponto de imagem. Para que a emissão de luz seja
possível, cada subpixel também é composto por Xénon (Xe) e Néon (Ne), todos
dispostos em estado gasoso.
Estes elementos, quando submetidos a um impulso elétrico, misturam-se e
transformam-se num líquido, o Plasma. Esta descarga ocorre numa fração de segundos
e, poucos segundos depois, o Plasma torna-se estável, voltando à forma gasosa. Estas
transformações fazem com que os elétrodos libertem energia, sendo esta libertada
sob a forma de raios ultravioleta que, seguidamente, agitam o subpixel, fazendo com
que este emita luz na cor exata a
que está programado a fazer. A
intensidade de cada cor, quando
combinada, forma uma cor única.
Graças a isto, um pixel pode
reproduzir um espectro de centenas
de milhões de cores, o que permite
que a fidelidade da imagem
produzida por estas televisões seja
muito elevada [5]. Na figura 4 pode-
se visualizar a estrutura dos
plasmas.
Fig. 4-Esquema da tela de um plasma[3]
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Componentes
Como já foi referido anteriormente, as televisões plasma são constituídas por
vários componentes. Entre eles sobressaem a tela em si e a caixa, ou revestimento, do
aparelho. É importante, portanto, debruçarmo-nos sob os materiais que constituem,
então, estes componentes. São estes: o vidro e o plástico ABS. A figura 5 visa uma
melhor compreensão dos componentes e respetivos materiais que integram a
tecnologia em estudo.
CAIXA - Plástico ABS
TELA - Vidro
Fig. 5-Exemplo de televisão [4]
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Vidro O vidro é material cerâmico feito através de materiais inorgânicos a elevadas
temperaturas. Contudo, é fácil distinguir o vidro de outros cerâmicos, pois os seus
constituintes são aquecidos até ao seu ponto de fusão e de seguida são arrefecidos até
solidificarem sem cristalização. O vidro tem uma estrutura não cristalina e amorfa. As
moléculas do vidro não estão organizadas de forma regular como acontece nos sólidos
cristalinos. No vidro, as moléculas mudam a sua orientação de forma aleatória.
Conforme mencionado anteriormente, os vidros consistem em silicatos não cristalinos
que também contêm outros óxidos, tais como CaO, Na2O, K2O e Al2O3, os quais
influenciam as suas propriedades [6].
Principais Materiais
Vidro Plástico
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Principais características
Os materiais vítreos não solidificam da mesma maneira que os materiais
cristalinos (Fig. 6). Com a diminuição da temperatura, ou seja, à medida que o vidro vai
arrefecendo, vai-se tornando cada vez mais viscoso. Não existe uma temperatura de
solidificação definida como ocorre nos materiais cristalinos. De facto, uma das
distinções entre os materiais cristalinos e não cristalinos está na dependência do
volume específico (ou volume por unidade de massa, que é o inverso da densidade)
em relação à temperatura. No caso dos materiais cristalinos, existe sempre uma
diminuição descontínua no volume quando se atinge a temperatura de fusão, Tf. Por
outro lado, no caso dos materiais vítreos, o volume diminui continuamente em função
de uma redução na temperatura. Ocorre uma pequena diminuição na inclinação da
curva no que é conhecido por temperatura de transição vítrea, Tv. Abaixo dessa
temperatura, o material é considerado como sendo um vidro. Acima dessa
temperatura, o material é um líquido viscoso. Sob pressão, grupos atómicos de
silicatos deslizam uns sobre os outros, provocando uma deformação permanente no
vidro. As forças de ligação interatómicas resistem à deformação aquando da
temperatura de transição vítrea, mas são incapazes de impedir o fluxo viscoso do vidro
se a pressão aplicada for suficiente. Desta forma, quando o aumento da temperatura
ultrapassa a temperatura de transição vítrea, a viscosidade do vidro diminui e o fluxo
viscoso torna-se mais fluido.
Fig. 6-Solidificação de materiais cristalinos
e amorfos [5]
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No caso dos plasmas, o vidro é temperado, isto é as peças de vidro são
aquecidas até uma temperatura acima da região de transição vítrea mas abaixo do
ponto de amolecimento. De seguida é arrefecida até à temperatura ambiente através
de um jato de ar ou, em alguns casos, através de um banho de óleo. As tensões
residuais surgem de diferenças nas taxas de arrefecimento para as regiões da
superfície e do interior da peça. No início, a superfície arrefece mais rapidamente e,
uma vez que ela tenha arrefecido até uma temperatura abaixo do ponto de
deformação, torna-se rígida. Nesse momento, o interior, que arrefeceu mais
lentamente, encontra-se a uma temperatura mais elevada (acima do ponto de
deformação), e portanto, ainda em condição plástica. Com a continuação do
arrefecimento, o interior tenta-se contrair mais do que a superfície exterior irá
permitir. Dessa forma, o interior tende a contrair o exterior, ou a impor tensões radiais
voltadas para dentro. Como consequência, após a peça de vidro estar à temperatura
ambiente, ela mantém tensões compressivas sobre a superfície, com tensões de tração
nas regiões interiores [6].
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Composição
O vidro utilizado na produção de plasmas é um vidro boro-silicatado, isto é, um
vidro em que a substituição de óxidos alcalinos por óxidos de boro na rede de sílica dá
origem a um vidro com menor expansão. Quando o óxido de boro entra na rede de
sílica, enfraquece a sua estrutura e diminui consideravelmente o ponto de
amolecimento do vidro de sílica. O efeito de enfraquecimento é atribuído à presença
de átomos de boro tri-coordenados num plano. A composição do vidro boro-silicatado
é a que se encontra representada na figura 7 [7].
Fig. 7-Composição do vidro boro-silicatado
Fabrico
Os produtos feitos de vidro são produzidos a partir do aquecimento do vidro a
elevadas temperaturas de forma a produzir um líquido viscoso que será moldado e
desenhado até à forma desejada. Para a maioria das aplicações, especialmente quando
a transparência ótica é um fator importante, torna-se essencial que o vidro produzido
seja homogéneo e esteja isento de poros. A homogeneidade é atingida através da
fusão e da mistura completa dos ingredientes brutos. A porosidade resulta de
pequenas bolhas de gás que são produzidas. Estas devem ser absorvidas pelo material
fundido ou eliminadas de outra maneira, o que exige um ajuste apropriado da
viscosidade do material fundido.
SiO2
Na2O
K2O
B2O3
AL2O3
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Há vários processos de fabrico de vidro:
Obtenção de vidro em chapa
Cerca de 85% do vidro em chapa produzido nos Estados Unidos da América é
obtido pelo processo de flutuação (processo float), no qual sai do forno de
fusão uma banda de vidro que é posta a flutuar na superfície de um banho de
estanho fundido (Fig. 8). A banda de vidro é arrefecida numa atmosfera
controlada à medida que se move sobre o banho de estanho fundido. O vidro
em chapa sai do forno quando as superfícies já estão suficientemente
endurecidas para não ficarem marcadas pelos rolos, e passa em seguida através
de um forno comprido de recozimento, denominado lehr, onde as tensões
residuais são removidas.
Fig. 8-Processo para o estiramento contínuo de lâminas de vidro (adaptação) [5]
Sopragem, prensagem e vazamento
Peças fundas, tais como garrafas, jarros, e invólucros de lâmpadas, são
normalmente enformadas por sopragem de ar, de modo a obrigar o vidro
fundido a adquirir a forma dos moldes. Peças planas, como por exemplo as
lentes óticas, são obtidas fazendo atuar um êmbolo de compressão sobre um
molde que contém o vidro fundido (Fig. 8). Muitos artigos são feitos por
vazamento de um vidro para um molde aberto. Por exemplo, um grande
espelho de telescópio com 6m de diâmetro em vidro de boro-silicato foi
fabricado por vazamento. Peças com a forma de funil, como, por exemplo, os
tubos de televisão, são obtidas por moldação centrífuga.
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Neste caso, grandes pingos de vidro fundido caem de um alimentador para um
molde em rotação, o que faz com que o vidro seja obrigado a subir e a formar
uma parede com espessura aproximadamente uniforme [6].
Plástico-ABS
Para perceber quais os materiais utilizados na estrutura da “caixa” dos plasmas
é imprescindível começar por explicar o que é um polímero. A palavra polímero
significa “muitas partes” e, sendo um composto químico de grande massa molecular,
resulta de reações químicas de polimerização. Os polímeros são grandes moléculas
constituídas por pequenas e simples unidades químicas repetidas, denominadas de
monómeros (do grego “mono” – um). O plástico é um material orgânico polimérico
que se encontra dividido em dois grandes grupos de acordo com as suas características
de fusão e comportamentos mecânicos. Assim, temos os termoplásticos e os
termoendurecidos.
Termoplástico: é um dos plásticos mais encontrados a nível comercial. Requer
energia sob a forma de calor para ser moldado e após arrefecer permanece com a
forma deixada. Este processo pode ser repetido várias vezes sem que as suas
propriedades se alterem, ou seja, o termoplástico é um material renovável o que é
uma mais-valia nos dias que correm.
Termoendurecidos: são rígidos e quebráveis e uma vez moldados não são
possível fundi-los novamente. O aquecimento do polímero acabado promove a
decomposição do material antes da sua fusão, tornando a sua reciclagem impossível.
ABS (Acrilonitrilo butadieno estireno)
O exemplo de um termoplástico é o ABS que é usualmente utilizado no fabrico
de painéis de instrumentos e consolas de automóveis, grelhas de radiadores, tubos,
caixas de computadores e televisões etc. O seguinte esquema especifica algumas
aplicações do plástico ABS.
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Indústria Automóvel
28%
Aplicações domésticas 21%
Extrusão 11%
Telefones/ Tecnologia 9%
Rádio e Televisão 6%
Brinquedos 6%
Construção Civil 4%
Diversos 15%
Principais características
O ABS sendo um termoplástico apresenta elevada resistência ao impacto e à
abrasão e, ao mesmo tempo, é fisicamente, um material leve e fácil de moldar, possui
também uma excelente estabilidade dimensional, baixa contração de moldagem e
baixa absorção de água.
Composição
O ABS é um polímero derivado dos três seguintes monómeros: acrilonitrilo,
butadieno e estireno.
Fig. 9-Monómeros do polímero ABS [6]
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Fabrico
A Moldação por Injeção é um dos mais importantes processos usados para
produzir objetos termoplásticos. As máquinas modernas de modelação por injeção
são constituídas por um recipiente onde se encontram os grãos de um determinado
plástico que caem para dentro da máquina e entram em contacto com um “parafuso”
gigante em movimento [7]. Este “parafuso” encontra-se a uma temperatura elevada
que permite fundir o material que entra em contacto com ele, neste caso o plástico, e
este, após ser totalmente fundido, é “empurrado” para o molde que lhe dá a forma
final.
Fig. 10-Processo de injeção plástica [7]
Fig. 11-Máquina moderna de modelação por injeção plástica [8]
Fig. 12-Grãos de ABS [9]
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Contextualização no mercado No seguimento deste trabalho, surgiu, por curiosidade e interesse nesta área, a
vontade de saber e procurar mais sobre aposição das televisões plasma no mercado.
Deste modo, enumeramos de seguida as principais marcas, as quais se têm vindo a
destacar no ramo comercial.
Atualmente, os mais notáveis produtores de plasmas mundialmente são a
Panasonic Corporation, a Samsung Eletronics, a LG Eletronics e a Sony Corporation,
apesar de existirem muitos outros, como a Gradiente, a Lanix, a ProScan, a Sanyo, a
Funai, a Toshiba e a Magnavox [8].
A figura 13, da página seguinte, refere-se aos principais produtores de plasmas,
listados no parágrafo anterior.
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Panasonic Corporation
A Panasonic Corporation é uma multinacional japonesa com sede em Kadoma,
Osaka, Japão. A empresa foi fundada em 1918, tornando-se numa das maiores
produtoras de eletrónica no Japão, tendo sido eleita a quarta maior fabricante de
televisões em 2012 [9].
Fig. 13- Esquema com os principais fabricantes de plasmas
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Produziu o primeiro plasma em 1996, tendo sido um modelo de 26 polegadas.
O melhor modelo de plasma da Panasonic é o TC-PST60, sendo também o melhor
modelo de televisão plasma existente no mercado atualmente, visto que apresenta um
preço acessível e uma qualidade de imagem excelente [10].
Samsung Eletronics
A Samsung Eletronics é uma corporação multinacional com sede em Seul,
Coreia do Sul, que atua em diversos campos tecnológicos. Apresenta receitas
elevadíssimas e é ainda reconhecida como sendo a empresa mais prestigiada da Coreia
do Sul.Desde 2006 que a Samsung é a maior produtora de televisões do mundo.
A melhor televisão plasma da Samsung é o modelo PNF8500 que possui a
melhor qualidade de imagem alguma vez lançada pela marca e apresenta uma grande
vantagem relativamente aos plasmas das marcas rivais: a luz. Este modelo é capaz de
gerar uma imagem mais brilhante, que combinada com um ecrãanti-reflexo faz desta
televisão, apesar do preço bastante elevado, a melhor algum vez produzida pela
Samsung [11].
LG Eletronics
A LG Eletronics é uma corporação Sul Coreana com sede em Seul. Hoje em dia,
a LG é a segunda maior fabricante de televisões a nível mundial [12].
Fig. 15-Primeiro plasma da Panasonic [10] Fig. 14-Modelo TC-PST60 da Panasonic [11]
Fig. 16-Modelo PNF8500 da Samsung [12]
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Historicamente, a marca lançou, em 1998, o seu primeiro plasma com 60
polegadas, tendo também sido pioneira na comercialização do plasma de 71
polegadas. A LG possui cerca de 52 fábricas em todo o mundo [13].
A LG oferece uma enorme gama de modelos no que toca a televisões plasma. O
melhor no mercado disponível este ano é, sem dúvida, o 60PH6700, um modelo que
oferece diversos extras e uma imagem boa.
Relativamente aos modelos lançados pela Panasonic e pela Samsung é de notar que a
LG fica um pouco atrás no que toca à qualidade de imagem. No entanto, oferece uma
tela de ecrã maior do que as suas rivais. Constituindo, portanto, uma aposta de alto
valor no mercado, visto que, apresenta melhores recursos ao melhor preço,
comparativamente à Panasonic e à Samsung [14].
Fig. 17-Modelo 60PG6700 da LG [13]
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Top Melhores Plasmas do Mercado 2013
O primeiro tipo de televisão de tela plana chegou ao mercado há mais de 10 anos
atrás e, desde então, evoluiu bastante [15]. São muito mais resistentes agora e a sua
qualidade de imagem supera a maior parte dos outros televisores, apesar do preço ser
muito elevado e, consequentemente, nem toda a gente poder usufruir das suas
potencialidades. Os melhores modelos de plasma eleitos em 2013 foram os seguintes:
Panasonic série TC-PST60
É o melhor modelo de televisão plasma atualmente, como já foi dito
anteriormente, pois possui uma excelente qualidade de imagem e um preço acessível
[16].
Preço: 947,59 € - 1.167,12 €
Panasonic série TC-PVT60
Este modelo apresenta uma das melhores imagens de qualquer tipo de
televisão já lançadas e é mesmo o melhor de sempre em salas escuras. Quanto ao
preço este é bastante elevado [17].
Preço: 1.348,80€ - 2.188,42€
Fig. 18-Modelo TC-PVT60 da Panasonic [14]
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Panasonic série TC-PS60
Neste caso, encontramos uma das melhores qualidades de imagem e um preço
bastante acessível, sendo um dos melhores plasmas alguma vez lançados [18].
Preço: 474,15 € - 583,57 €
Panasonic série TC-PZT60
Este modelo apresenta mesmo a melhor qualidade de imagem existente no
mercado, por muitos apontada como sendo nada mais, nada menos do que perfeita. É,
no entanto, exageradamente caro [19].
Preço: 1.983,44€ - 2.553,15€
Fig. 19-Modelo TC-PS60 da Panasonic [15]
Fig. 20-Modelo TC-PZT60 da Panasonic [16]
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Samsung série PNF8500
Como já foi referido, este é o melhor modelo da Samsung, apresentando como
grande vantagem o brilho da sua imagem e a distinção das cores. Têm um preço muito
elevado [20].
Preço:1.895,17€ - 2.042,52€
Samsung série PNF5500
Oferece um ótimo design e uma boa qualidade de imagem, apesar do seu
desempenho ser significativamente afetado sob o efeito de luzes [21].
Preço: 604,73€ - 620,05€
Samsung série PNE450
Apresenta a melhor relação preço-qualidade, tendo como uma das suas
maiores vantagens a saturação de cor que é capaz de produzir [22].
Preço: 407,75€
LG 60PH6700
Oferece um fantástico som e diversos extras, tal como um largo ecrã com um
desempenho de cores muito bom [23].
Preço: 727,95€ - 1.167,15€
Fig. 21-Modelo PNF5500 da Samsung [17]
Fig. 22-Modelo PNE450 da Samsung [18]
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Vantagens e desvantagens
As televisões plasmas apresentam inúmeras vantagens. Por outro lado,
também oferecem alguns inconvenientes. O seguinte esquema enumera as vantagens
e as desvantagens da tecnologia em questão.
Vantagens • Oferta de uma ampla gama de
cores;
• Angulo de visão bastante alargado;
• Contraste muito bom;
• Indicado para ambientes iluminados e com luz controlada;
• Qualidade de imagem em movimento;
• Ideal para visualização de filmes e desporto;[24]
Desvantagens • Tamanho mínimo de 32
polegadas;
• Desgaste da vista devido à maior intensidade de radiação emitida;
• Consumo;
• Bastante reflexão de luz;[25]
Fig. 23- Esquema sobre vantagens e desvantagens
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Conclusão
Através da realização deste projeto, conclui-se que a tecnologia das
televisões, em particular das telas de plasma, é um dos grandes fenómenos da era
humana.
De facto, as televisões, além de terem revolucionado o quotidiano da
sociedade mundial, contribuíram largamente para a melhoria da qualidade de vida em
geral. Como tal, é importante tomar conhecimento do que se encontra por detrás do
desenvolvimento deste aparelho.
Em suma, apesar ainda ser uma área em expansão, visto que se encontra em
permanente progresso, a televisão reflete os hábitos da população contemporânea,
sendo, por isso, essencial compreender o seu funcionamento e utilização.
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Referências bibliográficas [1] - BOURDIEU, Pierre: Sobre a televisão, Jorge Zahar 1997;
[2] - Diciopédia X – Porto Editora;
(3) http://www.madehow.com/Volume-3/Television.html;
(4) http://www.madehow.com/Volume-3/Television.html;
[5] http://www.tecmundo.com.br/led/5534-como-funcionam-as-telas-de-lcd-lcd-de-
led-e-plasma.htm;
[6] – Callister William D. Jr., "Ciência e engenharia de materiais: Uma Introdução - 5a
edição", LTC;
[7] – Smith, William F., "Principlesofmaterialsscienceandengeneering - 3rd editon",
McGraw-Hill, 1996;
[8] http://plastics.americanchemistry.com/Life-Cycle;
[9] - http://en.wikipedia.org/wiki/Plasma_display...;
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[11] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35567256.html;
[12] - http://pt.wikipedia.org/wiki/Samsung;
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[14] - http://www.lg.com/pt/plasma-tv;
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[16] - http://reviews.cnet.com/best-plasma-tvs/;
[17] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35567256.html;
[18] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35566958.html;
[19] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35558333.html;
[20] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35567247.html;
[21] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35566923.html;
[22] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35757117.html;
[23] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35169613.html;
[24] - http://reviews.cnet.com/.../4505-6482_7-35560968.html;
[25] http://www.descomplick.blog.br/tv-de-plasma-lcd-ou-led-vantagens-e-
desvantagens-de-cada-tecnologia;
[26] http://www.conserto-tv-lcd.com.br/artigos/vantagens-e-desvantagens-das-tvs-
lcd-plasma-e-led.
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Lista de Imagens [1] http://interiyours.files.wordpress.com/2011/01/tv.jpg
[2] http://www.laptopaccessoriessupplier.com/china-
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332252.html
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Plasma-display-composition.svg
[4]http://www.limexlead.ro/prods_ph/0000004766_81437_mare.jpg
[5] Callister William D. Jr., "Ciência e engenharia de materiais: Uma Introdução - 5a
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[6]http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d8/Mon%C3%B3meros_da_f%
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[7]-
http://www2.dupont.com/Plastics/pt_US/Knowledge_Center/Processing/injection/inj
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[8]- http://image.made-in-china.com/2f0j00RMoQHIrPVZzu/Injection-Molding-
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[9]-
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[10]- http://panasonic.net/.../corporate/products/inp1996_2.html
[11]- http://hdguru.com/panasonic-tc-p65st60-plasma-hdtv-review/
[12]- http://reviews.cnet.com/flat-panel-tvs/samsung-pn60f8500/4505-6482_7-
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[14]-http://reviews.cnet.com/flat-panel-tvs/panasonic-tc-p60vt60/4505-6482_7-
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[15]- http://reviews.cnet.com/2300-33665_7-10016598-3.html
[16]- http://reviews.cnet.com/flat-panel-tvs/panasonic-tc-p60zt60/4505-6482_7-
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[18]- http://reviews.cnet.com/2300-6482_7-10017619.html
[19]- http://reviews.cnet.com/2300-34250_7-10014156-7.html