como se faz a monografia

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COMO SE FAZ UMA MONAGRAFIA Pesquisando e Apresentando PR. JOSÉ MIGUEL MENDONZA AGUILERA PROIBIDO SUA REPRODUÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR / APOSTILA 2009

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Texto explicativo sobre monografia.

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  • COMO SE FAZ UMA MONAGRAFIA

    Pesquisando e Apresentando

    PPRR.. JJOOSS MMIIGGUUEELL MMEENNDDOONNZZAA AAGGUUIILLEERRAA

    PPRROOIIBBIIDDOO SSUUAA RREEPPRROODDUUOO SSEEMM AAUUTTOORRIIZZAAOO DDOO AAUUTTOORR // AAPPOOSSTTIILLAA

    2009

  • IINNTTRROODDUUOO

    Certa vez, alguns anos passados, quando cursava a faculdade teolgica,

    soube dum fato extremamente curioso. Certo conclio reunido para o exame de

    um candidato ao ministrio, questionou atravs do seu examinador respeito

    da histria dos batistas. O examinador o inquiriu: Por favor, fale sobre os

    Anabatistas. Educadamente o candidato respondeu: Peo desculpas, mas eu

    no conheo essa senhora.

    Este episdio um tanto jocoso, sublinha um inconteste fato: nem sempre

    trazemos em nossa mente, duma forma clara, determinados conceitos, alguns,

    inclusive, relacionado com a nossa histria ou ainda vocao ministerial.

    Acrescento ainda que, numa pesquisa no primeiro semestre de 1991, na

    faculdade Teolgica Batista de So Paulo, com os alunos de 3 e 4 ano desta

    casa, apresentou alguns nmeros sintomticos. Vejamos:

    33% escolheram a FTBSP, por motivo desconhecidos, isto , por

    aqueles que no estavam relacionados na pesquisa.

    30% consideram um bom curso;

    56% o curso no atende as expectativas do aluno;

    79% no receberam uma informao adequada ao seu plano de ao

    que ser desenvolvida aps o curso;

    50% deixa a desejar na seriedade com que realiza o curso

    20% no levam o curso a srio

    Este nmero indicam sem dvidas uma nica coisa: estamos mal na

    educao teolgico e o futuro das Igrejas no nada promissor nas mos

    daqueles que foram informados (faculdade/seminrios no-formam) durante

    pelo menos 04 anos. Sem dvidas que h necessidade de reformulao, mas,

    enquanto esta no chega, a minha recomendao esta: FFAAAA VVOOCC OO SSEEUU

    CCUURRSSOO e torne-se um sanguessuga naqueles dos quais possvel apreender,

    mas no numa pedagogia precipitada, que aquela que ensinaria a repetir,

    seno naquele que voc aprenderia a apreender. O seu esforo esteja neste

    tipo de aprendizagem, independente do plano da realidade (teoria/prtica) e ao

    mesmo tempo recebe o incentivo participar da graa de Deus.

    Possivelmente a ausncia do apreender a apreender seja uma das

    razes mais decisivas da notvel perda da f de muitos, do florescimento dos

  • homens fraudulentos e de todo tipo de ventos de doutrinas, j advertidos

    pelo apstolo Paulo. Faz-se necessrio, de mestres ou ainda de pastores

    mestres (na linguagem bblica) que saibam fazer nascer e crescer nos homens

    a experincia do esprito, e que os guiem depois por esse caminho.

    nesta inquietao que me debruo para estimular pesquisa criativa,

    e no uma pesquisa papagaio, pois ao findar o curso de teologia, o aluno

    descobrir, possivelmente, se este for honesto que, ao sair da faculdade

    continua rumo formao to desejada. Assim quero ajudar e contribuir com

    seu esforo, para que se torne algum que aprendeu a andar sozinho, e que

    descobriu prola preciosa no mundo misterioso e trplice na relao: DEUS

    HOMEM MUNDO.

    nesta relao trplice que o estudante de teologia se envolve.

    Aqui se d a teoria e a prtica. Ambas se ajuntam perfeitamente, pois

    refletir num dos elementos da trade, sem influencia refletir reflexionar

    outros no criatividade, seno que , inamobilismo. Assim a teologia,

    inscreve se dentro de um busca de sentido para a existncia humana. O

    dilogo que desemboca numa problemtica teolgica leva sempre dentro de si,

    de maneira consciente ou inconsciente, um elemento de crise existencial.

    Isto leva o estudante a se aperfeioar na arte de ajudar o homem a ser

    homem, num mundo seriamente perturbado, pois lhe falou

    significativamente de Deus. (Cf. SEGUNDO, Juan Luiz. O Dogma que

    Liberta. P. 7-43).

    Conclumos que na relao triadica se d a importncia da pesquisa

    monografia criativa, independente da rea em que o aluno deseja a sua

    concentrao ou especializao. Nenhuma rea do curso teolgico deve ser

    escolhida ou servir de escape para um no enfraquecido com o problema

    / do trabalho monogrfico. Pois todas s reas preocupam se com a

    compreenso de mensagem crist, com o objetivo de viver e aplicar e viver

    num compromisso dentro e com a comunidade eclesistica que est inserida

    no mundo. Assim que a escolha da especializao pautada pela fuga ou pela

    facilidade (se existir?!) da rea, mcula quela que o vocacionou.

    Finalizando, esta apostila, ou roteiro, ou ainda qualquer outro nome que

    seja dado a esta contribuio, tem o propsito de estimular ajudar o aluno a

    apreender a apreender quebrando desta forma o sigilo bancrio to comum

  • no mundo da pesquisa, e ao mesmo contraditrio. Para concepo bancaria,

    a educao o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e

    conhecimentos, tornando o educando em objetivos passivos que escutam

    dificilmente o educador baseado na sua autoridade, tornando se assim o

    sujeito do processo. (Cf. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. P. 59).

    Ainda oferecemos orientaes para a apresentao monogrfica sem

    cairmos nos tecnicismo. Evitamos os detalhes para nos fixar nas colunas.

  • PPRROOBBLL EEMM AA QQUUEE OO EESSTTUUDD AANNTTEE EENNFFRREENNTTAA

    No Podemos negar s dificuldades que todo estudante enfrenta, e,

    especialmente queles que desejam um aprofundamento maior em

    determinados assuntos ou ainda queles que simplesmente desejam cumprir

    s suas obrigaes curriculares, embora que, esta ltima, no deve ser a

    motivao para a arte de apreender ou pesquisar, ou ainda de criar, e criar

    No retirar do nada, pois o processo de digesto prpria.

    Podemos enumerar algumas destas dificuldades:

    1. BBRREEVVIIDDAADDEE DDOO CCUURRSSOO: poucos alunos esto preocupados com a

    qualidade do tempo que levaro para se formar ou informar. A grande maioria

    sentem uma necessidade compulsria de terminar o curso em 4 anos. Outros

    at enlouquecem para fazer o curso supletivamente (em menos tempo do

    exigido) sem dvida que um estudante de tempo integral, dever cumprir s

    suas obrigaes e exercer uma maior disciplina do seu tempo. Mas, ningum

    deve procurar atalhos para encurtar o caminho do canudo, as vezes os

    atalhos so desconhecidos e produzem mais desgastes do que o normal e

    ainda por ser atalho leva a conotao de perigo.

    A possvel soluo para esta questo, esteja no pensamento que

    encerra uma determinada histria, que eu devo Ter lido nalgum lugar. Conta-se

    que, um afoite candidato ao seminrio, chegou ao gabinete do Diretor e disse:

    Sr. Diretor, preciso me preparar para a obra do Senhor, pois o mundo est

    perecendo, e h uma necessidade de que a palavra de Deus seja pregada,

    etc., e por isto, eu desejo me preparar em 6 meses. O velho Diretor coou sua

    barba branca, fitou os olhos no candidato e disse: Meu filho, voc que

    escolhe. Deus faz uma abbora em 6 meses e um simples verme ou uma

    pouco mais de gua ela apodrece, mas, Deus tambm faz um carvalho em 100

    anos e uma rvore difcil de derrubar. A escolha sua. Isto mesmo, a

    escolha sua. Pense que trabalhar com vidas, que alm de serem imagem e

    semelhana de Deus, o Filho morreu por eles, isto precioso.

    2.. OO MMUUNNDDOO QQUUEE NNOOSS RROODDEEIIAA:: O estudante tem um relacionamento

    social. Ele est envolvido em determinado grupos, alm da escola: Famlia,

    Igreja, Trabalho, etc.

  • 2.1. FFAAMMLLIIAA: mesmo os solteiros sofrem uma presso das famlias e

    ainda mais se estas no so convertidas. Que diremos, pois, dos casados,

    especialmente diante da advertncia de Paulo ao jovem Timteo: ...deve ser

    capaz de governar bem a sua prpria famlia ..., A questo : quem deve

    sofrer o maior desgaste: a famlia? O curso? Ou ele prprio?, a Igreja.

    Talvez o caminho seja diminuir o lazer (que tambm importante) e

    tornar-se mais disciplinado em determinar reas que escapam ao nosso

    controle, especialmente na distribuio do tempo. O tempo na Igreja ou

    dedicao a mesma deve ser disciplinado e no exagerado, pois muitas vezes,

    se percebe que o estudante esta envolvido em perda de tempo em vez de

    usar o tempo. Uma explicao preventiva orientadora com a famlia e filhos,

    se houverem. Sempre haver uma soluo. Fazer ligao curso igreja. Isto

    significa aproveitar as tarefas do seminrio na igreja ou ainda, direcionar o meu

    curso (tarefa, servio, etc.) em benefcio da igreja e no em detrimento da

    mesma.

    2.2. IIGGRREEJJAA: H uma cobrana sobre aqueles que se dizem ser

    vocacionados. Mesmo antes de serem abboras, esto desejado transform-

    los em doces ou usar os carvalhos para o fogo ou a construo. Maior a

    cobrana se h bolsa de estudos envolvidas. As igrejas precisam ser

    orientadas para que o estudante no se torne um Copastor antes do tempo.

    Pois no futuro sempre ser algum frustado, pois no conseguiu usufruir do

    curso como desejava e no campo envolvido com a obra o tempo se lhe escapa.

    Deve ser indicado que o melhor formula acomodao de horrios ou

    atividades. Tanto nas exigncias da escola como da Igreja. Ambas devem ser

    PPAARRCCEERRIIAASS na formao do estudante e no quem sugar mais.

    2.3. EESSCCOOLLAA:: a prpria filosofia da escola, muitas vezes, leva ao

    crescimento. A ausncia de exigncias para tornar o aluno mais criativo, o

    leva a tornar-se um mero papagaio do que um Joo de barro da teologia ou

    do ministrio. A simples cpia ou provas de certo ou errado ou mltipla

    escolha, no desperta o aluno para o empreendimento de fazer teologia

    prtica.

    Numa reformulao da filosofia da educao teolgica, deve ser

    observada a necessidade do povo, muito mais do que a conservao de um

    determinado status quo. Em termos cotidianos, pesquisa no ato isolado,

  • intermitente, especial, mas atitudes processual de investigao diante do

    desconhecido e dos limites que a natureza e a sociedade nos impe. Mas

    enquanto esta reformulao no chega, o estudante deve estar numa

    constante renovao de horizontes e na abertura de novos horizontes.

    2.4. SSEERRVVIIOO: a mensalidade, a vida a ser sustentada, etc. Obriga o

    estudante a procura do seu servio e sustento. No deslocamento do lar ao

    servio e deste a escola e no retorno casa, so gastas horas que poderiam

    ser melhor investidas .Na crise econmica dos ltimos dias no importa a

    distncia, ou at o tipo de emprego, pois, a necessidade de sobrevivncia um

    imperativo moderno que sobrepuja o direito a vida.

    Achar solues a este problema, talvez seja o caminho dos mais difceis.

    Sem nos tornar fideista ao extremo, devemos considerar nesta vocao a

    proviso de Deus, mas tambm esta no substitui a disposio do homem. Isto

    inclui, horas a menos do sono, no lazer, na perda de tempo ou em saber

    aproveitar o tempo ps os dias so maus. Recomendaramos leituras de

    livros na rea de administrao de empresas, com a devida e inteligente

    aplicao ao mundo prtico teolgico.

    3. TTEEMMPPOO: embora j tenha sido abordado algum aspecto em relao ao

    assunto, ainda podemos ampliar a questo. Sem dvidas que o estudante um

    desperdiador do tempo, no uma questo pela qual ele opta, mas sempre

    foi induzido a isto. Lamentavelmente, ele no sabe canalizar este elemento

    fundamental do dia a dia duma forma positiva e construtiva. Sempre h um

    esprito de negao ao fator tempo, isto visto em expresses tais como:

    no tenho tempo o meu tempo pouco, no vai dar tempo. Isto nada mais

    , do que um reflete da vida negativa em que muitos esto inseridos, e isto no

    s os estudante, mas na Igreja, no mundo em geral.

    O que temos visto tempo jogado fora, mas este jogar fora duma

    forma negativa, pois considero a existncia de um tempo jogado fora duma

    forma construtiva. Muitos podero pensar que a idia aqui estimulada viver

    numa priso cujo guarda um esquema rgido de horrio. Se isto lhe satisfaz

    e vlido, no o desvalorizo. Mas nosso contexto devemos saber tirar proveito

    at daquele tempo jogado fora. O tempo dinheiro, dizia Benjamim Franklin.

    Mas no esta nfase que quero dar, mas, dizer que o tempo um

    investimento em vida de qualidade. Podemos e devemos Ter, tempo para: o

  • lazer, jogar tempo fora, trabalhar, adorar, estudar, etc. Mas tudo isso, visando

    qualidade, a qual se alcana com objetividade.

    Como solucionar ou indicar um bom uso do tempo? No serei eu que

    darei a formula mgica, a qual resolver esta questo. Pois ela no existe.

    Cada um deve vivenciar o seu contexto procurando aplicar um bom

    investimento do tempo, sem cairmos na neurose do tempo. Se vlido

    disciplinar-se com horrios afixados nas paredes, agendar, cadernetas, vai e

    faz...Se vlido estar na fila do banco, INPS, nibus, com um bom livro, vai faz

    o mesmo. Mas uma recomendao particular ao estudante, nunca deixe as

    coisas para o ltimo. Particularmente dava-se o prazer de matar praticamente

    o ltimo ms do semestre, curtindo a vida, pois NNUUNNCCAA DDEEIIXXEEII OO TTRRAABBAALLHHOO PPAARRAA

    LLTTIIMMOO MMSS OOUU SSEEMMAANNAA. Veja se livre do peso antes do tempo exigido. Voc

    pode s voc querer.

    4. IINNAABBIILLIIDDAADDEE: sempre h uma pergunta em relao ao, como fazer? Ao

    enfrentar um novo mundo da faculdade, se o estudante no freqentou outra,

    depara-se com algo do qual desconhece s exigncias. As exigncias

    curriculares trazem um pedido de pesquisa ou de monografia. Mesmo o aluno

    que freqentou outra faculdade, sente que h algo estranho neste que fazer

    teologia. O aluno, de certa maneira, desafiado a professar sua f. Logo ele

    se sente desmotivado e inabilitado para a pesquisa, para a leitura, para

    datilografar. Muito se esconde atrs da inabilidade, trancam as matrias e

    ainda fogem de determinados professores. muito mais fcil dizer: no sei

    fazer, do que ao menos desejar tentar fazer.

    A melhor soluo para isto , comparar esta inabilidade inabilidade

    que se tinha para andar de bicicleta: tentar mesmo caindo.

    5. MMEEDDOO: este aspecto observado de vrios ngulos, tais como: a nota,

    que a preocupao mxima e no o fato de se o aluno est aprendendo. O

    medo da avaliao, leva a muitos at a copia ou cola de trabalhos, ou de

    pginas inteiras de livros, os quais so considerados bons. Este medo causa

    uma fobia da originalidade, evidente que no no seu sentido pleno, mas no

    aspecto de esforo de digerir, do apreender a apreender. Outro aspecto do

    medo a qualificao, isto significa ou ainda leva ao aluno a, repetir ou

    concordar com aquilo que o professor diz ou cr, porque ele o dono da

    verdade. Ou por outro ngulo, no deve dar a idia ou sentimento de

  • discordncia de determinadas doutrinas, porque haver os qualificativos to

    comuns no mundo teolgico: herege, liberal, etc. Da mesma forma, ser mais

    evanglico citar nos trabalhos livros escritos por autores considerados

    ortodoxos do que queles considerados no outro extremo, mesmo que estes

    ltimo tenham muito mais a oferecer na reflexo teolgica que os primeiros.

    Semelhantemente, mais coerente citar ou Ter na bibliografia livros de

    editoras evanglicas do que citar livros de editoras catlicas ou outras, mesmo

    que em termos de qualidade contedo estas ltimas sejam de valor

    insupervel.

    A quebras de medo s se d na base da coragem, do desejo de ampliar

    os horizontes da f. Ser como o gro de trigo que seno morre no d frutos.

    Quem tem medo aos qualificativos, renncia, ao exlio, no poder ser um

    Joo de Barro da teologia, mas continuar a ser o infeliz papagaio que se

    limita a repetir. Pesquisa faz parte da vida criativa em qualquer tempo e em

    qualquer lugar. (Pedro Demo, Pesquisa. P. 36)

  • AA LLEEII TTUURR AA UUMM PPAASSSS AATTEEMMPPOO IINNFF EELL IIZZ OOUU UUMM AA AARRTTEE QQUUEE SSEE AAPPRREENNDDEE

    Um dos grandes e graves problemas que a educao teolgica enfrenta

    : a falta de leitura ou ainda a ausncia de uma produo literria na lngua

    portuguesa falta de bons livros. As editoras evanglicas no conseguem se

    manter economicamente, se no lanarem na praa best sellers. E para que

    exista esta vendagem, as mesmas recorrem a tradues forneas, e na

    maioria refletindo uma realidade alheia ou apresentando a experincia de

    outros. Isto visto na maioria dos ttulos os quais oferecem diferenciadas

    formulas de sucesso. um tipo de manual, faa isto ou outro e acontecer

    determinadas coisas ou alcanar determinados resultados. Assim, no geral, a

    literatura evanglica na lngua portuguesa fraca, limitando se as tradues,

    s apresentaes dum certo empirismo existencialista (!?). Falta nos

    literatura de peso ou a apresentao de textos clssicos que devem ser

    indispensveis nas bibliotecas das faculdades ou dos estudantes de teologia.

    Nestes clssicos nos referimos s obras que marcaram o que fazer teolgico:

    Os Pais da Igreja, Agostinho, Lutero, Calvino, Barth, Tillich, Niebuhr, etc. A

    publicao desta ltima literatura pesaria na balana da atual produo

    evanglica que, na sua grande parte limita-se a uma exposio mais

    devocional (que tem o seu valor) pragmtica espiritualista e com parmetros

    excessivamente confessionais. (Cf. FREIRE, Paulo. A Importncia do Ato de

    Ler. Em trs artigos que se completam. Autores Associados, 1983).

    A situao adversa leitura nos obriga a oferecer algumas dicas para

    estimular o estudante a ler. Espera se que os conceitos negativos, tais como:

    no gosto de ler, me da sono, no tenho tempo, etc., sejam superados

    pelo entusiasmo e ainda pelo desejo de tornar-se um Joo de Barro da

    Teologia, um perscrutador da realidade pela lente bblica teolgica.

    Acreditamos que uma determinada viso curta dum grande nmero de

    estudantes cristos como de lderes cristos, se d pela ausncia da

    leitura. A falta de interesse e prtica desta arte diminuas condies dos cristos

    de dar a razo da sua f, sem ainda nos aprofundar da pobreza bblica -

    teolgica dos plpitos produzido pelo tipo de literatura exposta ao consumo. A

    leitura dos livros, e tambm da realidade capacita o pesquisador a desenvolver

  • ou dar conta de um tema a ser pesquisado. A leitura o ponto de partida, ela

    abre os caminhos do conhecimento.

    DD II CC AASS PPAARR AA SSEE TTOO RR NN AARR UUMM BBOOMM LLEE II TT OO RR

    Antes de mais nada devemos procura uma definio de arte de ler.

    Extramos de Adler esta definio: o processo pelo qual a mente sem nada

    com que operar salvo os smbolos do texto, e sem nenhum auxlio de fora, se

    elva por fora de suas prprias operaes. A mente passa de entender menos

    a entender mais. As operaes especializadas que fazem com que isto

    acontea so os vrios atos que constituem a arte de ler. Passar de entender

    menos a entender mais custa do prprio esforo intelectual de ler como

    fazer se por si prprio.. Em suma a arte de ler abrange todas as mesmas

    habilidades que esto subentendidas na arte da descoberta desejada: a

    cuidado de observao, memria prpria, amplitude de imaginao e,

    naturalmente, um intelecto afeito anlise e reflexo. /(Cf. ADLER, Mortimer e

    Charles Van Dorem. A arte de ler. Rio de Janeiro. Agir 1974. P. 21 e 27).

    Sem dvida que existem determinados tipos de leituras visando

    objetivos diferentes, mas que duma certa forma se entrelaam. A leitura

    formativa cujo objetivo impregnar a mente do indivduo com preceitos de

    moral e exemplo de conduta que visem o bem estar social. Exemplos: leitura

    bblica, livros devocionais, etc. A leitura informativa, na realidade, todo tipo de

    leitura informativo. Destaca-se, no entanto, este tipo com tal a fim de

    salientar-se a leitura analtica feita com o fim de pesquisar determinado assunto

    mais fundo. Este tipo de leitura procura no somente as informaes que se

    encontram na superfcie das palavras, mas as prprias bases de autoridade da

    argumentao utilizada na comprovao de determinado argumento e teoria.

    Particularmente o tipo de leitura que enfatizamos para a vida do indivduo

    sem dispensar as outras, mas esta, cremos, de bom proveito. A leitura

    recreativa, o tipo de leitura despreocupada, com o objetivo de lazer.

    OOSS NNVVEEIISS DDAA LLEEIITTUURRAA IINNFFOORRMMAATTIIVVAA (Cf. DUSILEK, Darci. A Arte da

    Investigao Criadora. Introduo Metodologia da Pesquisa. JUERP, Rio.

    1978. SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientfico.

    Cortez Ed. So Paulo, 1986). Uma leitura informativa proveitosa deve observar

  • os seguintes passos ou etapas de procedimento. No esqueamos que

    estamos falando a respeito da pesquisa.

    1 Delimitao da unidade de leitura: preciso circunscrever aquilo

    que vai ser lido . Pode ser um captulo, um tpico, ou at um livro todo. O que

    caracteriza um unidade de leitura o fato de que forma uma totalidade de

    sentido, uma unidade completa em si mesma.

    2 A leitura Prvia ou de Reconhecimento: Visa um contato ligeiro e

    visual com o livro ou a unidade de leitura a ser lida. No procura detalhes de

    contedo. Apenas um primeiro contato superficial com o a conjunto for unidade

    de leitura. A capa, folha de rosto, sumrio, prefcio e/ou apresentao,

    pequenas pores consideradas fundamentais (se descobertas) podem ser

    lidas.

    3 A leitura Inspecionai ou Exploratria: este nvel tambm

    denominada de anlise textual. Este nvel prepara para o outro nvel mais

    profundo e preceptivo. Podemos delinear alguns aspectos do mesmo:

    1. Procede-se inicialmente a uma leitura seguida e completa da

    unidade do texto em estudo, trata-se de uma leitura atenta, mas

    ainda da corrida, sem esgotar a compreenso do texto. O objetivo

    : alcanar uma viso panormica, de conjunto do raciocnio do

    autor. Sentir-se- o estilo e o mtodo do texto.

    2. Procura-se os dados a respeito do autor do texto. Geralmente

    as orelhas do livro, o prefcio e/ou apresentao (observe quem

    apresenta o livro) ou a Quarta capa apresentam as informaes

    sobre o autor e sua formao acadmica.

    3. Observe o vocabulrio do autor, levantando os conceitos e os

    termos que so fundamentos para a compreenso do texto ou

    que sejam desconhecidos por partes do pesquisador. Dissipar

    toda dvida ou ambigidade com relao aos termos.

    4. Se o texto fizer referncias a fatos histricos, a outros autores

    ou escolas de pensamentos, doutrinas, cujo sentido

    pressuposto pelo autor mas no so do conhecimento do leitor,

    tais devem ser anotados em folha parte para que essas lacunas

    sejam preenchidas. As fontes para tais: dicionrios, enciclopdias,

    livros especialistas, etc.

  • 5 Este nvel consumado pela realizao de um esquema ou

    esboo que mostra a estrutura e hierarquia dos argumentos e

    idias utilizados pelo autor. Isto no representa um resumo. A

    finalidade do esboo apresentar uma viso de conjunto da

    unidade e permite uma visualizao global do texto.

    5 A Leitura Reflexo ou Anlise Temtica: Nesta etapa procura-se a

    compreenso do texto. Neste sentido o pesquisador dever determinar o tema

    ou assunto da unidade. Avana-se um pouco mais na tentativa da apreenso

    da mensagem do autor, capta-se a problematizao do tema: Qual a

    dificuldade ou o problema a ser solucionado? Resolvida esta questo,

    automaticamente e espontaneamente surge o que o autor fala sobre o tema.

    Isto , como responde dificuldade, ao problema levantado? Aqui revela-se a

    idia central, proposio fundamental ou tese. Esta a idia mestra defendida

    pelo autor naquela unidade. Desta forma esta hiptese geral da unidade passa

    a ser defendida atravs do raciocnio. E isto nos levanta a questo a qual

    deveremos responder: como o autor demonstra sua tese, como comprova a

    sua posio bsica? Qual foi o seu raciocnio, a sua argumentao?

    5 A Leitura Interpretativa: Objetiva-se com esta etapa a assimilao

    do contedo do texto estudado atravs da interpretao de seu significado

    imediato e mediato do assunto pesquisado. A anlise Interpretativa do texto

    a fase da leitura em que mais se solicita um posicionamento crtico e feito

    objetivando estabelecer:

    A coerncia interna da argumentao

    A validade dos argumentos empregados

    A originalidade do tratamento dado ao problema

    A profundidade de anlise do tema

    O alcance de suas concluses e conseqncias

    Uma apreciao e juzo pessoal das idias

    defendidas.

    O procedimento da leitura termina com a chamada problematizao.

    Esta configura-se o levantamento e discusso de problemas relacionados com

    a mensagem do autor. Nesta etapa o pesquisador confronta qualitativamente

    as suas opinies e o que conhece o assunto com as idias do autor. Ao

  • escrever o autor pode Ter deixado muitas questes explcitas e outras

    implcitas. dever do pesquisador levant-las e debat-las.

    MMAAII SS DD II CC AASS PP AARR AA SSEE TTOO RR NN AARR UUMM BBOO MM LLEE II TT OO RR ..

    No simplesmente ler, mas saber o que ler. As dificuldades que o leitor

    brasileiro enfrenta no mundo da teologia so variadas. J foi indicada uma

    delas anteriormente e dizia falta de bons livros. Mas ainda podero existir

    outras, as quais so variadas e at pode levar a pensar que so

    insolucionveis. A seguir desejamos dar algumas sugestes que a vida tem

    ensinado a assimilar, e assim ajud-lo a entrar no mundo fantstico das

    letras, mas no vazias, mas com contedo. A ordem a ser dada no significa

    prioridade. A prioridade particularizada.

    1. Esprito de rato de biblioteca. Observe quais so os livros novos

    que a biblioteca pblica, da escola, etc., acrescentou ao seu acervo. Olha os

    fichrio. Observa as bibliotecas particulares.

    2. Lanamentos. Geralmente os jornais seculares, religiosos, revistas

    especializadas anunciam os lanamentos. Jornais e/ou revistas srias

    geralmente apresentam resenhas bibliogrficas. Cuidado! Voc pode ser

    engolfado pelo marketing. evidente que uma revista elogiar como o

    mxima o lanamento prprio.

    3. Livrarias. Faa uma alternativa de lazer o entrar nas livrarias, mesmo

    que no compre, no tenha medo de perguntar preos, observar os mais

    vendidos, os lanamentos. Folhei os livros, observe a edio (embora nem

    sempre um nmero alto de edio signifique qualidade mas, verifique). Veia o

    ndice, leia a introduo e/ou prefcio. Biografia do autor. Examine alguns

    trechos, Gaste tempo mesmo que no compre.

    4. Pido. Pea bibliografia aos professores e/ou especialistas em

    determinadas reas. Isto o ajudar selecionar o que ler ou comprar.

    5. sem medo de ser feliz. O fato da editora e/ou autor no ser

    evanglico, no significa que no possa contribuir para ampliar os seus

  • conhecimentos. LEIA alguns livros do outro lado, isto ajudar compreender

    maiormente problemas levantados e s diversas respostas, podendo assim

    optar por aquilo que lhe coerente. No tenha medo dos ttulos, mas, cuidado

    com queles que oferecem formulas mgicas para resolver os problemas.

    Evite a palha de fao e aquilo para conseguir isto, ou uma presumida

    espiritualidade visto nos livros de testemunhos. NNOO IINNCCLLUUOO AAQQUUII AA BBOOAA

    LLEEIITTUURRAA DDEEVVOOCCIIOONNAALL, esta existe e necessrio, embora existem poucos livros

    de qualidade nesta rea.

    6. Amplitude. Leia diversos temas, mesmo que a sua especializao

    seja numa rea diferente. Isto ajudar a Ter uma viso maior da realidade e

    trar um melhor exerccio de correlao desta realidade. No fuja dos livros

    que parecem indigestos, um dia voc precisa comear a comer gil. Lembre

    que a teologia est ligada no somente a Deus, mas tambm o est com o

    homem e o seu mundo.

    7. Fofoqueiro. Muitos estudante so contra isto ou aquilo, no

    aceitam isto ou aquilo, nunca leram respeito disto ou daquilo. Nunca seja

    contra por causa daquilo que os outros dizem. Leia o autor, o livro polmico,

    etc., e depois conclua, mesmo que lance mo de outros autores que criticam

    determinados ponto de vista. Fazer fofoca fcil, construir um pensamento

    crtico custa sangue suor e lgrimas.

    8. Compre. Numa poca de crise difcil fazer isto. O primeiro item a

    ser retirado do oramento mensal nas horas de crise, a cultura. Faa um

    esforo e compre bons livros, voc sempre os ter a mo, os poder rabiscar,

    sublinhar, escrever suas dvidas, pois o livro seu.

    9. Sebos. Assim como no item 3. D uma voltas nos Sebos. Geralmente

    encontrar livros novos (isto , lanados pouco tempo) mas o seu preo em

    conta, pois a sada no das melhores. Tambm encontra quelas raridades

    que sumiram h muitos tempo das livrarias evanglicas. uma boa alternativa

    de lazer.

    11. Adiantamento. No tenha medo de comprar um livro ou vrios,

    mesmo que no tenha uso imediato ou ainda parece ser indigesto. Pense que

    voc est em crescimento. Voc est montando a sua biblioteca.

  • 12. Prioridade. D prioridade s enciclopdias, dicionrios, livros texto,

    etc. Nunca demais lembrar: Fuja da espiritualizao mas NUNCA da Vida

    devocional.

    Sobre isto haveria muito mais pensar, mas o faremos em outra

    oportunidade.

    AA PPEESSQQUUIISS AA,, UUMM PPRROOBBLLEEMMAA QQUUEE SSOOLLUUOO

    Para inicio de qualquer discusso, torna-se necessrio definir os termos,

    e para tal assim o faremos, indicando que pesquisa , a atividade bsica

    cincia... Pesquisa a atividade cientfica pela qual descobrimos a realidade.

    Partimos do pressuposto de que a realidade no se desvenda na superfcie.

    No o que aparenta primeira vista. A demais, nossos esquemas

    explicativos nunca esgotam a realidade, porque esta mais exuberante que

    aqueles.

    A partir da, imaginamos que sempre existe o que descobrir na

    realidade, equivalente isto a aceitar que a pesquisa um processo

    interminvel, intrinsecamente processual. um fenmeno de aproximao

    sucessivas e nunca esgotado, no uma situao definitiva, diante da qual j

    no haveria o que descobrir. (Cf. DEMO, Pedro. Introduo Metologia da

    Cincia, p. 22-23).

    Se h que pesquisar, ento, onde colher s idias? Qual o ponto ou os

    pontos de partidas? Como ser estimulados a pesquisar? . Embora, tenhamos

    dito que o ponto de partida a leitura, devem por ainda indicar que esta leitura

    est inserida na vida, na experincia. Mesmo a escolha da leitura, do interesse

    do tema/assunto/problema no feito com neutralidade, nas palavras de

    Japiassu, a neutralidade um mito. Assim, a experincia a prima fonte

    das nossas idias, em certo sentido mesmo a nica, pois ela pode ser to

    variada e multiforme, que acaba abrangendo toda atividade humana, seja

    fsica, seja mental. Para Locke e outros, todas s idias provm da sensao,

    isto da experincia. Adquirir experincia observar, mas o esprito como

    uma caixa de ressonncia. as impresses colhidas atravs da observao

    dos fatos, atravs da experincia, consubstanciam-se em idias ou

  • representaes que, por sua vez, graas imaginao e reflexo, se

    associam, se entre cruzam, se multiplicam, se desdobram em outras.

    evidente, portanto, que no est em condies de escrever quem no dispuser

    de uma capacidade mnima de refletir, quer dizer, de selecionar, ordenar e

    associar impresses e idias advindas da observao dos fatos (GARCIA,

    Othon M. Comunicao em Prosa Moderna. Aprenda a Escrever,

    aprendendo a Pensar. P. 329-342). Cabe uma advertncia, no apologizo

    neste item sobre a questo da origem do conhecimento (Experincia vs.

    Intelecto) mas indico necessidade duma maior atitude refletiva diante do

    mundo experimental, mesmo que no defendemos a escola emprica,

    positivista, etc.

    Se experincia indicada como lugar para partirmos rumo pesquisa,

    ou ainda como fonte das idias. Uma das melhores maneira de aproveit-la

    atravs da conversa, sendo este o meio mais assduo de aprendizado de

    palavras, e consequentemente de idias. Mas, quando temos um objetivo

    imediato, a simples conversa avulsa, desordenada, no nos prov aquelas

    idias que precisamos. Devemos, ento, canaliz-las para o nosso objetivo;

    isto se consegue, dirigindo a conversa, isto se transforma em, inqurito,

    interrogatrio ou entrevista, a fim de aproveitar a experincia alheia, traduzida

    em depoimento ou testemunho.

    Suponhamos que o estudante queira fazer um trabalho que neste caso

    ser de pesquisa sobre o movimento neo - carismtico em So Paulo. O

    estudante tomar papel e lpis e...visitar estes movimentos. Para colher o

    testemunho alheio, vale dizer o depoimento dos participantes destes grupos.

    Para isso ele planejou o seu questionrio e sabe o que vai fazer. Mas no deve

    ser limitada apenas a esta coleta de dados, pois h outras fontes de

    testemunhos: os entendidos, quer dizer: os pesquisadores tais como:

    socilogos religiosos, telogos, historiadores, etc., que j tiveram contatos com

    os fatos e j esto familiarizados. Logo depois o estudante ajuntar os dados, e

    os classificar. Mas ainda cedo para fazer coisa que se aproveite, pois o

    estudante ainda no senhor do assunto, urge recorrer outra fonte, que a

    leitura. Desta forma, o estudante sair dos lugares de reunio destes

    movimentos, ter entrevistas com os entendidos do assunto e.... entre nas

    bibliotecas ou se quiser (e puder) nas livrarias.

  • Resumindo: a experincia e observao, a conversa transformada em

    inqurito, o testemunho dos entendidos, desembocando na leitura (biblioteca),

    teremos s respostas para as perguntas iniciais, isto , onde encontrar idias?

    Qual ou so os pontos de partidas para a Pesquisa?. Depois ser elaborado

    o roteiro do trabalho que findar na to almejada monografia.

    A importncia da pesquisa monogrfica, radicais em que determinado

    problema depois de afunilados, resultou numa srie de respostas, numa

    srie de informaes desconhecidas e alcanadas atravs da decodificaro

    interpretao de dados, leituras, informaes, etc. Concluiu-se um pequeno

    arcabouo de informaes que at certo ponto podem ser declaradas originais.

    Evitou-se a papagaiadice e se entrou no mundo do que fazer teolgico.

    O crescimento qualitativo do indivduo se d, no no fato de Ter decorado certo

    nmero de informaes, mas no fato de Ter compreendido os eventos ou

    afirmaes. Este crescimento se d na criao duma srie de afirmaes

    coerentes dentro de um sistema de pensamentos. O fato da heresia deve

    estar onde h incoerncia ou acomodao da f e no onde se levanta um

    arcabouo teolgico composto de: cabea, tronco e extremidades, mesmo que

    esteja em formao este corpo.

    Sem dvidas que, de certa forma, devemos desmitificar a pesquisa. Esta

    no est reservada para certos e poucos iluminados. A metodologia, as

    tcnicas de pesquisa, estarrece o novel e estudante, mas ao mesmo tempo

    no podemos banaliz-las, como Pedro Demo escreve: libertar a pesquisa do

    exclusivismo sofisticado no pode leva l ao exclusivismo oposto da

    banalizao cotidiana mgica (DEMO, Pedro. Pesquisa: Princpio Cientfico e

    Educativo p. 12.) Pois, desta forma descobrimos que a pesquisa e ensino so

    inseparveis, pois esta ltima deve ser reconhecida como cuida duma forma

    natural na prtica, pois uma definio pertinente de pesquisa neste contexto,

    dilogo com a realidade, tomando-o como processo e atitude, e como

    integrante do cotidiano. Assim, quem pesquisa tem o que comunicar. Quem

    no pesquisa apenas reproduz ou escuta. A pesquisa participante talvez a

    proposta mais ostensiva de valorizao de prtica como fonte de conhecimento

    apesar de suas banalizaes tpicas. Propugna a eliminao da separao

    entre sujeito o objeto, tentando estabelecer relao dialogal de influncia

    mtua, terica e prtica. Conhecimento adquire a dimenso de auto

  • conhecimento, aparecendo logo a importncia da formao da conscincia

    crtica como passo primeiro de toda proposta emancipatria. Todo

    conhecimento advindo da prtica necessita de elaborao terica, mas no

    menos verdadeiro a postura contrria. (DEMO, Pedro. Pesquisa. Princpio

    Cientfico e Educativo. P. 27-29).

    Cremos Ter apresentado razes suficientes e motivao suficiente para

    o estudante ser estimulado pesquisa: observao, experincia, leitura,

    reflexo, criatividade, inconformismo, etc., so elementos necessrios para o

    indivduo que deseja palmilhar a estrada do conhecimento e do que fazer

    teolgico. O pesquisador deve, desta forma, estar em estado de alerta

    todas as oportunidades, onde lhe possvel descobrir veias para o

    conhecimento ou para pesquisa. Talvez, uma das informaes mais prticas

    dizer ao jovem estudante pesquisador que, esteja sempre atento e anote

    numa caderneta ou caderno toda as possibilidades para uma pesquisa

    prtica pois no momento certo estas anotaes florescero.

    A continuao desejada responder ou ainda melhor, tentaremos ajudar

    para responder questes que atinge de perto o estudante de teologia: Como

    iniciar pesquisa? Como fazer? Como apresentar?. Etc.

  • AASS PPRR -- CCOONNDDIIEESS PPAARRAA AA MMOONNOOGGRRAAFFIIAA

    IINNTTRROODDUUOO:: Para iniciar o trabalho monogrfico no existir somente a

    obrigao ou exigncia por parte do professor rumo pesquisa. Devemos

    observar e se necessrio criar determinado pr condies para debruar-nos

    no trabalho monogrfico.

    1 VVOONNTTAADDEE: deve ser cultivado esta motivao at transform-lo em corrente

    de vontade. Deve eliminar-se o contragosto. Da angstia ao prazer.

    2 DDIISSCCIIPPLLIINNAA:: Responsabilidade de controlar o prprio empenho. Auto

    disciplina e auto iniciativa. Voc livre. Alguns conselhos: Devagar, na

    partida; dividir horas metodicamente; Afinco (Sue).

    3 CCOONNCCEENNTTRRAAOO:: Quanto menos disperso, maior eficincia. Aprenda a

    estudar. Mira Y Lopez. Como estudar e como Aprender. So Paulo, Ed.

    Mestre Jou, 1965. prestar ateno escolher, fechar o esprito ou os

    sentidos a tudo quanto seja estranho questo. Cultivar.

    3.1. Marque perodo para se encontrar no tema em exame.

    3.2. Evite interrupes

    3.3. Vigie a mente. (sonhos, devaneios, assuntos pendentes)

    44.. OORRDDEEMM:: Organize-se. Estabelea um roteiro.

    55.. AANNOOTTAAEESS EE FFIICCHHAASS:

    5.1.TUDO DE INTERESSANTE, ANOTE. Resenhas de livros, de artigos,

    frases, pensamentos seus e de outrem..

    5.2. REGISTRE AS IDIAS. (mas no anote)

    5.3. CONSTITUA UM ARQUIVO. Aqui inicia-se a parte de documentao,

    onde voc organizar e recolher todo o material que vai ser ou no

    usado na sua MONOGRAFIA. Vale tambm para constituir a sua

    prpria biblioteca.

    5.3.1. OO SSAABBEERR constitui-se pela capacidade de reflexo no interior de

    determinada rea do conhecimento.

    5.3.2. ESSA INFORMAO s pode ser adquirida atravs da

    documentao realizada criteriosamente.

  • 5.3.3. AA PPRRTTIICCAA DDAA DDOOCCUUMMEENNTTAAOO: pessoal deve, pois, tornar-se

    uma constante na vida do estudante: preciso convencer-se

    de sua necessidade e utilidade, coloc-la como integrante do

    processo de estudo e criar um conjunto de tcnicas para

    organiz-la.

    A primeira providncia a tomar se convencer que preciso se

    organizar. Compre, faa um fichrio e comea e empregar fichas, em vez de

    folhas soltas (a no ser...) e comea a esquecer os cadernos.

    5.4. TTRRSS TTIIPPOOSS DDEE FFIICCHHAASS:

    5.4.1. FFIICCHHAASS BBIIBBLLIIOOGGRRFFIICCAASS:: Essenciais para efeito de preciso

    indicao das fontes de informao. Do cuidado com elas

    depende um dos arremates da monografias, a lista

    bibliogrficas tanto quanto a correta apresentao das notas

    de rodap ou de final de captulo.

    Use cartes: 07cm x 12cm. 20cm x 12,5cm 20cm x 25cm;

    25cm x 5cm, (vd, exemplos de fichas

    anexo)

    FERNANDES, FLORESTAN

    Mudana sociais no Brasil; aspectos do desenvolvimento da sociedade brasileira. S. Paulo, difuso Europia do livro, 1960.

    7cm

    12cm

    Autor

    Ttulo

    Do

    Livro

    Dados

    essenciais

    CAMPOS, DCIO DE ARRUDA

    Cuba e o princpio da soberania Revista Brasileira, So Paulo (36) :94-0, jul./ago 1961.

    12cm

    7cm

    Autor Ttulo Do

    Artigo Ttulo Da

    Revista

    E dados

  • 5.4.2. FICHAS DE RESENHA: Servem pra registrar resenha de livros e

    artigos que examinou. Tal resumo, faa-o com suas palavras, na

    perspectiva do tema. Bem preparadas dispensam nova consulta

    fonte. Alguns cuidados :

    1. Escreva de um lado s

    2. Cada ficha deve referir-se a um s assunto e a uma nica

    fonte

    3. Registre: o ttulo de assunto tratado identificao abreviada da

    fonte que condicione recorrer ficha bibliogrfica

    4. A sua resenha ou pargrafo

    5. Na margem esquerda ou entre parnteses as pginas onde a

    matria se acha

    6. Se necessrio usar fichas adicionais no mesmo esquema

    5.4.3. Fichas Com Transcrio Literal: Servem para anotar trechos,

    idias, frases, que, em principio, paream apropriadas para citao

    textual. Naturalmente, ao redigir a monografia, muitas sero

    desprezadas ou parecero sob forma de citao livre (parfrase).

    Importante copiar o texto exatamente como est na frase. Siga, na

    confeco s fichas de resenha. possvel inscrever transcries

    literais as suas prprias idias. Indique: ausncia de sinal indicaria

    parfrase; aspas ( ) transcrio literal; barras (/....../) idias suas.

    Crime, Conceito de - exclusivamente poltico

    Thompson, Quem so?

    134 Quem faz a lei. (Legislativo(, quem persegue o delinqente (executivo) e quem o condena (Judicirio) so agentes do poder poltico. Crime e criminoso possuem um nico substrato real: o poltico. O jurdico, o moral, o natural, o cientfico, constituem apenas continente a revestir e esconder aquele contedo nuclear.

    Cabealho

    Fonte

    Nota

    Exemplo de transio literal:

  • 6. OORR GG AANN II ZZ AA OO DDOO FF II CC HH RR II OO PPEE SS SS OO AALL: O fundamental sua

    organizao. Quanto a organizao h vrios sistemas. Os mais comuns

    so classificao em ordem alfabtica; o sistema decimal e o misto. Para

    maiores e melhores explicaes consulte: SALOMON, Dlcio Vieira. Como

    fazer uma Monografia. Belo Horizonte, Interlivros, 1979. P. 105-128.

    6.1. O sistema decimal: Visto que, a nossa rea um tanto restrita, embora

    que, o bom pastor d sua vida pelo conhecimento (outras rea) este

    sistema parece adaptar-se nossa realidade. COMPRE E SONSULTE:

    Prado, Helosa de Almeida. Organizao e Administrao de

    Biblioteca. 2 ed. RJ. Livros Tcnicos e Cientficos, 1981. 221p.

    CCOONNCCLLUUSSOO;; Nenhum trabalho de pesquisa, de monografia ter bom termo

    (para alguns boa nota) seno comear bem do incio. As pr -

    condies do ao estudante de um vez determinada

    monografia dizer: sei, por que eu soube fazer.

    F, Espcie de f Marxismo exige Eu

    / Considerar que a histria marcha num dado sentido, num sentido evolutivo, depende de pura crena, pois nada de concreto prova isso. Alis, se o ser e o devir, a admisso de que o devir obedece a direo definida leva a contradio: haveria um ser fora do devir. / Examinar o ponto mais detidamente.

    Consultar autores. Reler Marx e Hegel.

    Exemplo de anotao de idia sua:

    Cabealho

    Fonte

    Nota

  • E S C O L H E N D O O T E M A

    INTRODUO: O trabalho monogrfico e descer de um helicptero quando se

    esta conhecendo uma cidade. Escolher o tema tentar reconhecer as ruas ou

    uma rua especifica da cidade. Ex. Pedra no lago.

    1. RREEAA:: Resolve-se em funo da natureza do curso realizado. Ou ainda

    resolve-se na rea de especializao do curso, no nosso caso teologia.

    Embora que isto no impea que outras cincias possam ser convidadas a

    participar

    2. RRAAMMOO:: Nunca! Use o critrio de selecionar o ramo em razo de consider-lo

    mais fcil. Nada mais fcil. O que assim parece a distancia, logo muda

    de aspecto, ao chegarmos perto.

    2.1. A monografia exige aprofundamento do tema, assim como exame

    acurado das questes a ele ligadas

    2.2. Especializao significa aprofundamento qualitativo.

    2.3. Oriente a escolha do ramo, pois, em funo da especialidade em que

    pretende atuar ou j atuando.

    3. AASSSSUUNNTTOO: Dois pontos a decidir: Primeiro, preferir tpico que tenha merecido

    ateno especial durante o curso. Em vez de partir de ponto morto,

    arranca-se logo de primeira ou Segunda, assim rapidamente atingindo o

    alvo. Opo natural do ponto de vista imediatista.

    Segundo, durante o curso por vrios motivos: professor, perodo

    conturbado, falta as aulas, etc., a gente passa aligeirado por certos pontos,

    ficando no vazio muitos questionamentos, confuso, etc., - Superioridade.

    No fim dupla alegria o guarda: apresentao de monografia interessante,

    j que tratando matria mais ou menos complicada; e destruio de inimigo

    que o incomodava...

    3.1. OORRIIGGEEMM DDOOSS AASSSSUUNNTTOOSS:

    3.1.1. AA OOBBSSEERRVVAAOO DDIIRREETTAA do comportamento dos fenmenos e dos

    fatos

    3.1.2. AA RREEFFLLEEXXOO. Perguntaram a Newton, de uma feita, como

    descobriu a lei de gravidade: - Pensando nela, respondeu.

    3.1.3. OO SSEENNSSOO CCOOMMUUMM. No obstante ser inimigo da cincia, portanto,

    digo porquanto no apresenta explicaes ou as apresenta sem

  • comprovao e fundamentao, constitui, at por isso mesmo,

    rica fonte de problemas cientficos.

    3.1.4. AA EEXXPPEERRIINNCCIIAA PPEESSSSOOAALL. Todos ns temos maneiras peculiares

    de reagir, no s s situaes concretas da vida, como as

    influncias culturais, cientficas e ideolgicas.

    3.1.5. AA OOBBSSEERRVVAAOO DDOOCCUUMMEENNTTAALL e o mercado de idias. Livros,

    revistas...

    3.1.6. OS SEMINRIOS. Quando bem dirigidos, costumam ser campo

    propcio de idias novas.

    3.1.7. AS CONTROVRSIAS. Este um dos campos mais fecundos para os

    assuntos

    3.2. Cuidados na escolha do Assunto:

    3.2.1. OO AASSSSUUNNTTOO deve ser adaptado capacidade, inclinaes e

    interesses de quem se prope elaborar um trabalho cientfico

    3.2.2. Deve satisfazer s exigncias do atual status social do

    pesquisador e ser acessvel ao seu grau de estudo ou cultura.

    3.2.3. Tempo disposio. condio imprescindvel, a fim de no se

    ter de deixar o trabalho incompleto ou de sofrer as

    conseqncia de uma acelerao final

    3.2.4. Existncia de bibliotecas, para consultas e possibilidades de

    documentao. fcil compreender este cuidado.

    3.2.5. Possibilidade de consultar especialistas no assunto, de acesso

    s fontes e outros subsdios.

    Um sinal evidente de escolha acertada o sentimento que se prova desde a

    deciso de que est trazendo uma contribuio pessoal.

    4. TTEEMMAA:: J foi determinado o assunto e na mente est pelo menos em termos

    gerais at onde vai chegar, isto , h um percurso a recorrer rumo a um

    objetivo geral. Mas agora precisa-se limitar, ou melhor, delimitar com

    preciso, o tema indicado, ou seja, preciso distingui-lo de temas afins,

    tendo presente o domnio sobre o qual vai trabalhar. Durante o estudo do

    tema delimitado pode ocorrer alguma alterao desta primeira delimitao,

    mas ainda que isto seja freqente, necessrio que o aluno inicie seu

    trabalho de posse de um tema bem definido.

  • 4.1. AA VVIISSOO clara do tema do trabalho, do assunto a ser tratado, a partir de

    determinado perspectiva, deve completar-se com sua colocao em

    termos de problema. O raciocnio parte de um trabalho no se

    desencadeia quando no se estabelece devidamente um problema. Em

    outras palavras, o tema deve ser problematizado. Toda argumentao,

    todo raciocnio desenvolvido num trabalho logicamente construdo uma

    demonstrao que visa solucionar determinado problema. Portanto, antes

    da elaborao do trabalho, preciso ter idia clara do problema a ser

    resolvido, da dvida a ser superada.

    4.2. A colocao clara s problema desencadeia a formulao da hiptese

    geral a ser comprovada no decorrer do raciocnio. Exige-se uma idia

    daquilo que se pretende dizer a respeito do assunto e que se apresenta

    como uma tomada de posio sobre o tema problema. Este adquire

    ento a forma lgica de tese, de idia central ou seja, de proposio

    portadora da mensagem principal do trabalho que dever ser demonstrada

    logicamente atravs do raciocnio. Todo discurso cientfico pretende

    demonstra uma posio a respeito do tema problematizado.

  • AANNTTEESS DDEE CCOOMMEEAARR OOUU NNOO PPRRIINNCC PPIIOO EERR AA .. .. ..

    Quem comea uma pesquisa - monogrfica esta envolvida com um

    emaranhado de conceito e informaes. um mundo complexo, multifactico,

    com contornos imprecisos. Precisa-se ento, colocar em ordem s idias.

    Necessrio sistematizar, circunda o objeto de estudo. So atividades

    lgicas, que com a prtica passam a fazer da vida, mas num determinado

    momento devem comear a serem observadas, desta forma teremos a

    formulao de um objeto ou apresentao de uma pesquisa com horizontes

    claros e definidos. Assim, so tarefa bsicas para se construir cincia:

    1. Definir os termos com preciso, para no deixar margem

    ambigidade; cada conceito deve ter um contedo especfico e delimitado; no

    pode variar durante a anlise; embora uma dose de impreciso seja normal, o

    ideal reduzi-la ao mnimo possvel, produzindo o fenmeno desejvel de

    clareza de exposio;

    2. Descrever e explicar com transparncia, no incorrendo em

    complicaes, ou seja, em linguagem hermtica, dura, ininteligvel; para bem

    explicar mister simplificar, mas preciso tambm buscar o meio termo

    entre excessiva simplificao e excessiva complicao;

    3. distinguir com rigor facetas diversas, no emaranhar termos,

    clarear superposies possveis, fugir mistura de planos da realidade; no

    cair em confuso, no sentido de confundir uma coisa com outra, de obscurecer

    regies distintas no mesmo objeto, de trocar termos destacveis.

    4. Procurar classificaes ntidas, bem sistemticas, de tal sorte que

    o objeto aparea recortado sem perder muito da sua riqueza;

    5. Impor certa ordem no tratamento do tema, de tal modo que seja

    seqncia inconsutil das concluses.

  • Sabendo que, segundo Hilton Japiassu, a neutralidade um mito. Existe

    um compromisso com a objetividade. Este um compromisso que toso

    estudante que se dedica a pesquisa deve afazer. Se observarmos alguns

    cuidados metodolgicos comuns, ficar claro como se ligam ao compromisso

    com a objetivao:

    1. EESSPPRRIITTOO CCRRTTIICCOO, significando a postura que d primazia

    contestao dos pretensos resultados cientficos, sobre sua consolidao; no

    fundo, no acredita em consolidao, mas na necessidade de constante

    superao;

    2. RRIIGGOORR no tratamento do objeto, significado sobretudo a

    necessidade de definir bem, distinguir cuidadosamente, sistematizar com

    detalhe e fineza;

    3. trabalho sine ira et estdio, significando atitude distanciada, na

    procura de no se deixar envolver em excesso por aquilo que gostaramos que

    fosse, em detrimento daquilo que de fato ;

    4. PPRROOFFUUNNDDIIDDAADDEE de anlise, significando a recusa de deter-se na

    superfcie das coisas, na viso imediata, na ingenuidade da informao

    5. OORRDDEEMM na exposio, significando a montagem concatenada,

    arrumada, clara da pesquisa e da anlise;

    6. DDEEDDIICCAAOO a cincia, tomada como vocao, ou seja, feita com

    convico intima, com prazer, com realizao pessoal;

    7. abertura incondicional ao teste alheio, a fim de superar

    colocaes subjetivistas, etreas ou excessivamente gerais, que no

    conseguem ser reproduzidas pelos colegas;

    8. assdua leitura dos clssicos, para conhecimento aprofundado

    de como virem a realidade e at que ponto foram capazes de objetivao;

    9. dedicao ao estudo das principais teorias, metodologias e da

    produo atual, com vistas ao posicionamento inteligente dentro da discusso

    e ao amadurecimento de uma personalidade prpria cientfica. (Cf. DEMO,

    Pedro. Introduo Metodologia da Cincia. P. 35-39)

    Esta longa introduo se faz necessria antes de iniciarmos o

    caminhar rumo apresentao da monografia, ou seja, uma orientao que

    servir como normas bsicas para a apresentao monogrfica da pesquisa.

  • O que oferecemos a continuao a apresentao simula duma

    pesquisa. Isto feito, com o intuito de auxiliar o aluno a apresentar uma

    monografia condizente com seu status de ministro, mordomo, despenseiro

    dos ministrios de Deus (I Co. 4:1). Particularmente, este um indicio daquilo

    que o aluno que esta sendo informado ser no caminho da formao

    pastoral ou ministerial. Ento vamos em frente...

  • FF OO LL HH AA DD EE RR OO SS TT OO

    A seguir apresentamos dois modelos de folhas de rosto, que so aceitas

    na apresentao da monografia. Devemos, ainda, acrescentar algumas

    recomendaes necessrias:

    1. A pgina de rosto ou folha de rosto constitui-se de ttulo do trabalho,

    nome do autor, indicaes do propsito, nome do professor, nome da matria

    ou disciplina, nome da instituio, local e data.

    2. Estes elementos so distribudos de maneira equilibrada tendo o

    centro da lauda como ponto de referncia.

  • HH IISSTTRRIIAA EECCLLEESSIISSTTIICCAA IIII

    PPRROOFF .. CCSSAARR CCAARRLLOOSS FFEERRRREEIIRRAA SS

    AA IIGGRREEJJAA NNOO PPEENNSSAAMMEENNTTOO DDEE AAGGOOSSTTIINNHHOO

    AALLUUNNOO:: LLUUIIZZ CCAARRLLOOSS

  • FFAACCUULLDDAADDEE TTEEOOLLGGIICCAA BBAATTIISSTTAA DDEE

    PPEERRNNAAMMBBUUCCOO AAGGOOSSTTOO DDEE 11999900

    PPEERRDD AA DDOO PPOODDEERR AAQQUUIISSIITT IIVVOO DDOO BBRR AASSIILLEEIIRROO

    NNOO PPRRIIMMEEIIRROO AANNOO DDEE GGOOVVEERRNNOO DDAA

    RREEPPBBLLIICCAA DDAASS AALLAAGGOOAASS

    PPOORR

    LLUUIIZZ IINNCCIIOO CCOOLLLLOORR DDAA SSIILLVVAA EE MMEELLLLOO

    MMOONNOOGGRR AAFFIIAA AAPPRREESSEENNTT AADD AA EEMM EEXXIIGGNNCCIIAA DDAA

    MMAATTRRIIAA SSEERRVVIIOO SSOOCCIIAALL HHOOJJEE

    PPRROOFFEESSSSOORR ::

    FFAACCUULLDD AADDEE DDEE CC IINNCCIIAASS PPOOLLTTIICC AASS EE SSOOCCIIAALL

    AAGGOOSSTTOO DDEE 11999911

  • SSUUMMRRIIOO// NNDDIICCEE

    O sumrio confundido com ndice. Este ltimo usado para as obras

    de grande porte e se localiza no fim da obra e geralmente como ndice

    remissivo ou outros. A sua classificao feito sob: assunto principais contidos

    na obra, sejam conceito, locais, nomes de pessoas ou outros. Para a prtica

    monogrfica ambos pode ser usados desde que no exista uma outra

    orientao dada pelo docente da disciplina.

    1. Este a lista da matria de que se compe a monografia, com os ttulos

    das partes, sees, captulos e/ou pargrafos, com a respectiva numerao

    das pginas iniciais.

    2. O sumrio/ndice insere-se logo aps a folha de rosto.

    3. A disposio grfica depende de sua exposio. Manter simetria

    4. As margens laterais obedecem ao critrio usado no desenvolvimento da

    dissertao.

    5. No caso de numerao dos ttulos / e / ou subttulos devem ser inseridos no

    Sumrio /ndice.

    6. Use nmeros. Estes foram criados para enumerar, letras para formar

    palavras.

    7. No sumrio / ndice, deve ser includo ou indicado todo o contedo da

    monografia, por exemplo: anexos, grficos, mapas, etc., tudo aquilo que faz

    uma seo ou captulo.

  • SSUUMM RRIIOO // NNDDIICCEE

    Introduo pg. 03

    Definio do termo Igreja pg. 05 1. No Antigo Testamento 1.1. No Novo Testamento 1.2. Igreja no perodo sub-apstolico pg. 10 2. A concepo de igreja em Agostinho pg. 12 3. Influncia do maniqueismo 3.1. Disputas na poca 3.2. A posio Agostiniana 4. A validade do pensamento de Agostinho para hoje pg. 15 Concluso pg. 16 Notas Bibliogrficas pg. 18 Bibliografia pg. 19

  • INTRODUO

    Embora, seja uma das primeiras pginas a serem lida, esta deve ser a

    ltima a ser escrita. A razo est que uma vez lido o trabalho ou monografia

    feita, havero melhores condies de escrever uma introduo como tal, isto ,

    uma introduo. Para alcanar este objetivo, indicamos 03 erros comuns nas

    introdues nos trabalhos monogrficos:

    Primeiro, introdues grandiloqentes, ambiciosas, que incluem

    interminveis discursos, arrogncia, ao afirmar que o tema escolhido

    complexo, interessante e discutido. evidente que se no fosse no valeria a

    pena ocupar-se dele.

    Segundo, introduo histrica que remete a questo a seus

    antecedentes remotos e se demora em sua descrio e anlise.

    Terceiro, introduo soluo em que se anunciam j os resultados da

    investigao. Comete-se um duplo erro: psicolgico, elimina a motivao para

    a leitura (ningum assiste um filme policial se sabe quem o assassino)

    porque priva o leitor do interesse em encontrar os argumentos e solues do

    problema encarado; e lgico, porque se o resultado j foi alcanado, tem pouco

    sentido o desenvolvimento e a argumentao. (Cf. SALOMON, Dlcio Vieira.

    Como Fazer uma Monografia. Elementos de Metodologia de Trabalho

    Cientfico. P. 272).

    Ento, o que uma introduo? a apresentao do assunto do

    trabalho monogrfico e que ser feita de maneira clara, simples e sinttica,

    colocando o tema, a situao da questo, e na medida do possvel uma

    referncia alguns trabalhos oferecidos ou debates, livros e outros j

    acontecidos em torno do assunto, finalizando com a justificao do prprio

    aparecimento da monografia.

    Explique, sucintamente, do que vai tratar, fornecendo indicao de

    como o far e das razes que o levaram a escolher dita maneira.

    Dispensveis pormenores, basta idia geral. Diga sobre o que versa o tema;

    Quais os limites que lhe imps; o interesse que oferece; aonde pretende

    conduzir o leitor; qual a utilidade da contribuio ofertada.

    No uso de exposio, procure demonstrar como tem sido discursado ou

    insuficientemente tratado o assunto; no de argumentao, refira o

  • desencontro de opinies acerca da soluo do problema...Busque guardar

    certa homogeneidade com relao ao estilo e dico empregados.

    (Cf.THOMPSON, Augusto. Manual de Orientao Para Preparo de

    Monografia. Destinado, especialmente, a bacharelandos e Iniciantes, p. 58)

  • DESENVOLVIMENTOS

    a parte mais importante da monografia, que consiste na

    fundamentao lgica do tema e tem por objetivo expor e provar. o momento

    em que, usando todo o seu poder de raciocnio, o autor monogrfico

    consegue transformar-se de pesquisador em expositor, desenvolvendo a

    passagem da lgica usada no contexto da investigao para a lgica da

    demonstrao. Para tal ato tornar-se- necessrio: explicar; discutir e

    demonstrar.

    Explicar, o ato de tornar evidente o que estava implcito, obscuro ou

    complexo. Quem explica, desdobra perante os outros uma realidade a fim de

    que a mente possa entend-la. o ato de analisar para que se consiga

    compreender. (Cf. SALOMON, Dlcio Vieira. Como fazer uma monografia. p.

    274).

    Discutir, a fase momento em que desenvolvido o raciocino do autor

    examinando s contrrias sua, mostrando a falcia dos argumentos dessas

    colocaes e anunciando a tese final como conseqncia da fraqueza dos

    pontos de vista opostos.

    Demonstrao: aplicao da deduo. Atravs de razes e partindo

    de proposio evidentes e aceitas, procura-se chegar a uma concluso. (no

    confundir com a parte final do trabalho monogrfico). Deve-se evitar os

    argumentos de ordem sentimental, os achismos (lgica passional) e o uso

    de palavras, frases e circunlquios que nada dizem: Ningum explica aos

    outros as coisas que j so sabidas.

    Ainda queremos indicar certas prticas que tanto o perodo estudantil e

    do magistrio nos ensinou:

    1. O desenvolvimento NO uma simples cpia de textos ou

    pginas completas de livros. Estes so usados para provar a nossa idia

    ou tese.

    2. A transparncia ou cpia de livros para o trabalho final

    monogrfico, o torna num verdadeiro emaranhado e desencontros de idias

    que confundem mais do que explicam, discutem ou demonstram.

  • 3. Use rascunhos, ou primeiras redaes. Depois pea algum

    mais experiente ou expert uma avaliao e siga as possveis orientaes

    dadas.

    4. Mantenha contato-informao com o professor que receber a

    monografia. Ningum melhor do que este para indicar o que ele est

    exigindo

    5. Classifique os captulos ou partes coerentemente, isto , numa

    anlise de causa e efeito.

    6. Defina com preciso e extenso os conceitos e contedos dos

    termos. Use dicionrios da lngua portuguesa e de termos tcnicos.

    7. Seja profundo. Leia. Persiga a indicao bibliogrfica.

    PERSEVERE.

  • NNOO TTAASS DDEE RROODD AAPP

    O nomes j indica a localizao destas informaes. O propsito das

    mesmas indicar e fonte bibliogrfica de onde foram extradas determinadas

    informaes, as quais se faziam necessrio citar. As notas de rodap exigem

    alguns pequenos cuidados, os quais tem levado alguns alunos a serem

    desestimulados para efetiv-las. Mas de bom gosto, citar quando

    literalmente ou para frase andamento ou de outra forma usamos algum

    pensamento alheio. Tambm o conhecimento e uso bibliogrfico que o autor da

    monografia possui.

    Para efeito deste trabalho ou apostila, indicaremos aquilo que mais

    usual no trabalho do bacharelando. Para detalhes excessivamente tcnicos o

    aluno dever recorrer a uma vasta bibliografia existente. No ponto sobre

    bibliografia indicaremos alguns destes bons livros.

    1. As notas podem ser explicativas ou bibliogrficas.

    1.1. As notas explicativas so de diferentes naturezas: comentrios que no

    se encaixam no desenvolvimento racional da discusso, tradues de

    termos ou frases estrangeiras, desdobramento de informaes dentro

    da linha de pesquisa etc.

    1.2. As notas bibliogrficas servem localizar as fontes de idias e das

    citaes utilizadas pelo autor. O nico princpio vlido, a rigor, para a

    sua elaborao, o do bom senso. Assim a nota de rodap no repete

    todas as informaes bibliogrficas j indicadas na lista bibliogrficas

    inserida no final da monografia, mas to somente os elementos

    necessrio para identificar a fonte citada.

    2. As notas so numeradas em forma consecutiva at o final do trabalho e os

    nmeros so arbicos.

    3. A chamada para a nota de rodap feita logo aps o termo que a exige, se

    no meio da frase ou logo aps o ponto, se no fim, elevando-se-a de um

    espao. No deve ficar nenhum toque vazio entre a ltima letra do termo ou

    entre o ponto ou ainda as aspas e o algarismo de chamada.

    Exemplo: Rodap ; Rodap. Karl Bearth afirmou na sua

    Dogmtica:........................

    4. O mesmo nmero alto usado no rodap sem pontuao. A nota comear

    no segundo toque da margem e a Segunda linha da nota comea na

  • margem, bem com as demais. O nmero se eleva um espao. Antes de

    escrever as notas de rodap deve-se passar um trao horizontal de 15

    espaos. Ex.:

    _______________

    A nota de rodap comea no segundo toque depois da margem. A

    Segunda linha da nota comea na margem em espao1.

    5. O contedo da nota depende, naturalmente, das exigncias do texto.

    Quando o autor j foi mencionado, a nota apenas indica o ttulo da obra

    correspondente e o nmero da pgina da citao. Se o livro e o autor j

    foram mencionados, a nota indica apenas o nmero da pgina. O termo

    pgina tanto no plural como singular abreviado com um p. Exemplo: p.

    7 ou p. 7 a 15.

    5.1. Na indicao de pginas seqncias, no caso duas seqnciais, usa-

    se a conjuno e e a mesma conjuno para as no seqncias.

    Exemplo: p. 5 e 6; p. 7 e 18.

    Usar-se a preposio a para designar uma seqncia de mais de

    duas pginas e ainda este sistema pode ser combinado, exemplos:

    p. 7 a 10 e 13; p. 7 e 10 a 15; p. 7 e 10 a 15 e 18.

    5.1.1. Quando houver uma seqncia de pginas no consecutivas,

    emprega-se a vrgula at o penltimo nmero que ser seguido da

    conjuno e. Exemplo:

    p. 7,9,15,18,50 e 115.

    6. O ttulo da mesma obra citada mais de uma vez, em pginas diferentes

    seqncias, ser indicado na nota de rodap, de forma abreviada, em lugar

    da conhecida forma op. Cit.

    6.1. Quando a mesma obra for citada mais de uma vez na mesma pgina,

    indica-se o seu ttulo na primeira citao, e apenas idem e o nmero da

    pgina, nas citaes subsequentes dessa mesma pgina, quando

    necessrio.

  • TT IIPPOOSS EE EEXXEEMMPPLLOO SS DDEE CC II TTAAEESS

    H duas espcies de citao: Citao Livre, usando suas palavras,

    voc sintetiza o pensamento trazido para a monografia (parfrase). Pode faz-

    lo com relao a um livro inteiro, um volume, um captulo, uma parte, etc.

    Evidente que se resume apenas o que se mostra essencial com relao ao

    tema. Ainda deve evitar-se que a citao livre deforme a idia original,

    adulterando-a, falsificando-a. De qualquer forma deve ser indicada a fonte.

    Um outro tipo de citao a, Citao textual, a transcrio literal do

    texto de outrem. Quando um trabalho monogrfico de um bacharelando,

    geralmente este de pouca extenso. Por isto, espera-se que esta monografia

    no seja uma colcha de cotaes ou que apresentaria o servido de um mero

    copista. Espera-se que a monografia contenha, um mnimo ao menos, de

    genuinidade. Algumas indicaes ao respeito da citao textual:

    1. Sendo breve, inclua suavemente no texto entre aspas, seguindo a mesma

    linha, exemplo: A orientao dada nos editoriais aos batistas, que estes

    devem agir como espectadores, e que no deixar de acompanhar os

    comentrios e debates que a visita tem despertado. 43

    2. Quando extenso, de forma que fique assinalada sua condio de fora

    de texto, indica-se o seguinte:

    2.1. Espao duplo antes e depois da citao (acima e debaixo)

    2.2. Espao menor entre as linhas da citao (espao 1) que aquele

    empregado no texto.

    2.3. Espao maior nas duas margens ou

    2.4. No usa aspas. A mancha indica esta ausncia. Ou ainda usando outro

    tipo de letra em relao ao texto.

    3. Quanto a citao devemos indicar

    3.1. Se na citao ou autor dar nfase a determinada frase, o autor da

    monografia na nota de rodap dever indicar entre parnteses (grifo do

    autor);

    3.2. Se na citao o autor da monografia deseja enfatizar determinada frase

    ou palavra dever indicar entre parnteses (grifos meus)

    3.3. Ambas nfases (3.1.; 3.2) devem ser indicadas no texto atravs da

    palavra ou frase sublinhada ou mudana de letras.

    4. Quando houver citao dentro da citao, esta leva aspas simples ( ).

  • 5. As omisses de uma ou algumas palavras, numa citao so simbolizadas

    por trs pontos entre parnteses. (...)

    6. Quando o autor da monografia inserir alguma explicao no interior da

    citao, est vir entre colchetes ou pelo menos entre parnteses.

    Exemplos:

    (sic) para indicar anomalia ou erro no texto citado;

    ( ! ) para indicar admirao ou nfase

    ( 9 ) para indicar dvida quando a algum pormenor

    7. A citao reproduz fielmente o original mesmo se porventura houve erro.

    8. Qualquer citao deve corresponder a um item lista bibliogrfica.

    9. SEJA HONESTO. Nunca deixe de citar a fonte quando inserida ou

    influncia o trabalho. desagradvel ser descoberto num roubo intelectual

    e ser denunciado na reviso da monografia.

  • BB IIBBLLIIOOGGRR AAFF II AA

    Podemos indicar que nesta indicao bibliogrfica verse-a a seriedade

    com que foi tratado o assunto. Muitos alunos torna-se verdadeiros fofoqueiros

    ao tratar determinados assuntos. Falam o que outros dizem ou crem. Numa

    monografia que trata, seja ao nvel crtico ou de apresentao da Teologia da

    Libertao, e, no existe na bibliografia algum livro de algum telogo

    pertencente a esta linha de pensamento, no um trabalho serio. Ou, ainda,

    falar de Calvino, Lutero, ou qualquer outro pensador, telogo, filsofo, etc., e

    no usar algumas das suas obras ser fofoqueiro intelectual. Este um

    cuidado que deve ser tomado, pois, geralmente queles que corrigem ou lem

    estes trabalhos, a primeira olhada na bibliografia e aqui o leitor ser

    estimulado a ler ou no e ainda a qualificar.

    Aqui indicaremos os elementos mais usados para escrever a bibliografia

    da monografia. No exaustiva, visto que, h determinadas formas que no

    usual no bacharelando e pecam pelo excessivo tecnicismo. Mas recomenda-se

    a boa companhia dum manual de monografia completo e tcnico. Indicaremos

    as informaes bsicas para uma monografia de bacharis.

    1. A bibliografia situa-se no final da monografia.

    2. A bibliografia uma lista de obras consultadas para a elaborao da

    monografia citada ou no no texto. Esta lista pode ser organizada segundo

    diversos critrios, porm, de determinados pela convenincia de seu uso

    pelos interessados. No importando o critrio de sua organizao, ela

    sempre ordenada alfabeticamente.

    3. Os elementos de referncia de livros, folhetos, separatas etc., so retirados

    da pginas de rosto.

    4. Ao se tratar de livros, as seguintes especificaes e ordem dos elementos

    so necessrias.

    4.1. Autor

    4.2. Ttulo

    4.3. Ttulo original (quando traduo) ou traduo do ttulo quando em

    idioma pouco conhecido)

    4.4. Tradutor, prefaciador, etc., quando necessrio

    4.5. Nmero da edio

    4.6. Local da publicao

  • 4.7. Editora

    4.8. Ano da publicao

    4.9. Nmero de volume e/ou nmero de pginas

    4.10. Indicaes de ilustrao, tabelas, etc.

    4.11. Ttulos da srie

    Exemplo:

    CASTRO, Cludio de Moura. Estrutura e Apresentao de

    Publicaes Cientficas. So Paulo, MCGraaw-Hill. 1976. 70 p.

    5. Ao se tratar de artigos de revistas ou de captulos de coletneas de diversos

    autores, ou ainda dicionrio, as seguintes especificaes e ordem dos

    elementos so necessrios:

    5.1. Autor ou autores

    5.2. Ttulos da parte referenciada

    5.3. Nome da revista ou coletnea

    5.4. Local da publicao

    5.5. Editora

    5.6. Data

    5.7. Nmero de pginas e / ou volumes

    5.8. Indicaes do volume, tomo, parte captulo e nmero da pgina inicial

    e final do artigo ou captulo completo. Exemplo:

    SCHNERRB, Robert. O Sculos XIX; As Civilizaes No Europias; do

    Limiar do sculo XX. In: CROUZET, Maurice, ed. Histria Geral das

    Civilizaes. So Paulo. Difuso Europia do Livro, 1958. T. 6, v. 14,

    335 p.

    6. Ao se tratar de artigos de jornais, as seguintes, as especificaes e ordem

    dos elementos so necessrias:

    6.1. Autor

    6.2. Ttulo do artigo

    6.3. Ttulo do jornal

    6.4. Local da publicao

    6.5. Data (dia, ms e ano)

    6.6. Nmero ou ttulo de caderno, seo, suplementos, etc.

    6.7. Pginas (5)

    6.8. Nmero de ordem de coluna (quando imprescindvel).

  • Exemplo: SANTO, J. Alves. Dos. Porque Luta Portugal na frica. O

    Estado de So Paulo. So Paulo, 28 de maio 1969. P. 64

    7. Quando um livro consultado faz parte de uma srie, ela indicada no fim

    entra parnteses.

    8. Quando so dois os autores indicam-se, ligados por & sempre o

    sobrenome antecedendo o pronome e ambos com maisculas. Em caso de

    haver mais de dois autores, menciona-se o primeiro, seguido de et alii)

    9. Considera-se como autor o editor intelectual ou compilar da obra coletiva,

    desde que no se trata de peridico ou publicao seriada, ou ainda

    verbete de dicionrio tcnico que geralmente indica o seu autor. Vd. Ponto

    5.

    10. Quando uma entidade coletiva assume a responsabilidade por um trabalho,

    ela tratada como autor.

    11. As obras annimas so referenciadas pelo ttulo

    12. Quando so referenciada diversas obras do mesmo autor, em seqncia,

    o nome do autor omitido nas referncias seguintes primeira,

    substituindo-o um travesso simples. Exemplo:

    FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro, etc.

    Sobrado e Mocambos. So Paulo...etc.

    13. o ttulo reproduzido tal como figura na pgina de rosto.

    14. O nome do diretor, tradutor, ilustrador ou de outrora colaboradores da

    edio (desde que no sejam autores), deve ser acrescentado ao ttulo

    quando necessrio.

    15. Indica-se nmero da edio quando mencionado na obra seguido de ponto

    e da abreviatura da palavra edio (2. Ed.). Emendas e acrscimos podem

    ser indicados com abreviaturas (2. Ed. Ver. Aum.)

    16. Quando for impossvel determinar o local da publicao, indica-se s.1. No

    caso da data indica-se s.d.. E quando o local, editor e data no aparecem

    na publicao, indica-se s.n.t (sem notas tipo grficas

  • BB IIBBLLIIOOGGRR AAFF II AA

    ADLER, Mortimer J. & J. VAN DOREM, Charles. A Arte de Ler. Trad. Jos

    Laurenio de Melo. Ed. Ver. Atual. Rio de Janeiro, Agir, 1974. 393 p.

    BASTOS, Llia da Rocha. Manual Para a Elaborao de Projeto e Relatrios

    de Pesquisa, Teses e Dissertaes. 2 ed. Rio de Janeiro, Zahar

    Editores, 1981. 117 p. Anexos ilustrativo e glossrio de termos tcnicos.

    BRUYNE, Paulo de, et. Alii. Dinmica da Pesquisa em Cincias Sociais. Os

    plos da prtica metodolgica. Trad. Ruth Joffily. Rio de Janeiro,

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    DEMO, Pedro. Metodologia da Cincia. 2 ed. So Paulo, Atlas, 1985.118

    p.

    Pesquisa. Princpio Cientfico e Educativo. So Paulo,

    Cortez Editora e Autores Associados. 1990 (Biblioteca de Educao,

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    DUSILEK, Darci. A Arte da Investigao Criadora. Introduo Metodologia

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    FREIRE, Paulo. A Importncia do Ato de Ler. Em Trs Artigos que se

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    V. 4 (Coleo Polmicas do Nosso Tempo)

    Pedagogia do Oprimido. 18 ed. Rio de Janeiro, Paz e

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    GARCIA, Othon M. Comunicao em Prosa Moderna. Aprenda a escrever,

    Aprendendo a Pensar. 13 ed. De Rio de Janeiro, FGV. 1986. 519 p.

    HENDRICKS, Howard. Ensinando Para Transformar Vidas. Trad. Myrian

    Talitha Lins. Belo Horizonte, Ed. Betnea. 1991. 143 p.

    LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia

    Cientfica. So Paulo, ed. Atlas. 1983. 231 p.

    PRADO, Helosa de Almeida. Organizao e Administrao de Bibliotecas.

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    Metodologia do Trabalho Cientfico. 5 ed. Belo Horizonte, Interlivros,

    1977. 317 p.

  • SEVERINO, Antnio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientfico. 13 ed.

    Ver. E ampl. So Paulo, Cortez Ed. E Editora Autores Associados, 1986.

    237 p. (coleo Educao Contempornea. Srie Metodologia e Prtica

    de Ensino)

    THOMPSON, Augusto. Manual de Orientao Para Preparo de Monografia.

    Destinado Especialmente, a Bacharelando e Iniciantes. Rio de Janeiro,

    Foren- se -Universitria, 1987. 157 p.

  • CCOONNCCLLUUSS OO

    Este o clima para o qual caminhou todo o, desenvolvimento do

    trabalho. Na introduo, foi informado aonde o leitor estaria indo, e, como

    estaria sendo transportado. Na concluso hora de dizer: CCHHEEGGUUEEII!!

    concluir um trabalho, no simplesmente colocar-lhe um ponto final. A

    concluso, como a introduo e o desenvolvimento, possui uma estrutura

    prpria. A concluso deve proporcionar um resumo sinttico, porm completo,

    da argumentao, (do desenvolvimento), das provas e os exemplos (se os

    apresentar) consignados nas duas primeiras partes do trabalho. Esta parte

    deve possuir as caractersticas do que chamamos sntese. Em primeiro lugar, a

    concluso deve relacionar as diversas partes da argumentao, unir as idias

    desenvolvidas. por isso que se dia que, em certo sentido, a concluso uma

    volta a introduo: cerra-se sobre o comeo. Esta circularidade do trabalho

    constitui um dos seus elementos estticos. (Cf. SALOMON, Dlcio Vieira.

    Como Fazer Uma Monografia. p. 275-276)

    Algumas recomendaes so vlida.

    1. ser consistente com relao ao tom do conjunto monogrfico;

    2. Proporcionar-se, em extenso, ao resto da obra;

    3. Mostrar-se claro e conclusivo;

    4. No ficar solto, mas estritamente amarrado ao que j foi dito.

    5. Se levantou-se um problema, deixar clara as solues e pistas

    para o desenvolvimento posterior na soluo do mesmo;

    6. Em caso de crtica a um pensador, pensamento, movimento,

    instituio, etc. Indicar ou descobrir na medida do possvel os aspectos

    positivos e ressalt-los e ao mesmo tempo indicando caminhos para o

    aperfeioamento. Lembra-se criticar ou indicar problemas s vezes tarefa

    fcil mas apontar solues o ministrio do pesquisador.

    7. Alguns cuidados ao criticar ou defender posies prprias ou

    instituies ao qual estamos vinculados. Isto no significa que no devam

    ser feitas tais crticas, mas que elas sejam frutos do amor e do interesse do

    aperfeioamento.

    8. Fuga da argumentao. Os argumentos j foram apresentados no

    desenvolvimento.

  • 9. As principais partculas da concluso so, como se sabe: logo,

    portanto, por conseqncia, e, at mesmo, de Forma que. Tais

    partculas encabeam perodos ou pargrafos em que Re - afirmamos e

    confirmamos o teor da proposio, ou da tese defendida.

  • RREEMM AATTEESS FF IINN AAII SS

    Durante 10 anos de magistrio teolgico talvez tenhamos aprendido

    muito mais do que ensinado. E na rea monografia sabemos e j indicamos

    algumas das dificuldades que o aluno enfrenta. Mas estas deveriam ser

    estmulos em vez de impecilhos para a pesquisa. E nesta parte final devemos

    indicar alguns pontos simples mais prticos e que o dia nos obriga apreender.

    1. A monografia faz parte do aprendizado no servio do Reino.

    2. Faa a pesquisa com o desejo de apreender e no de cumprir uma

    obrigao curricular.

    3. NUNCA deixe a monografia para a ltima coisa a ser feita. Pelo contrrio o

    ltimo deve ser a redao final, pois, durante vrios dias ou semana ou

    ainda meses, voc dedicou-se a leitura e pesquisa.

    4. Quando iniciar a redao final verificar que:

    4.1. A mquina de escrever est em bom uso

    4.2. Que a fita da mquina est em bom estado e no haver necessidade

    de troca-la durante a redao final da monografia.

    4.3. H o nmero suficiente de folhas de sulfite para iniciar e terminar o

    trabalho. Nem todas as folhas tem o mesmo tamanho, cor ou qualidade.

    4.4. Utilizar uma folha - guia dar melhores resultados estticos. Lembre

    das margens, notas de rodaps, citaes, etc.

    5. Entregue uma xerox, pois a original foi corrigida com carbex ou corretor

    lquido e isto d uma m impresso.

    6. Se alguma folha manchada (leo, sujeira, etc.) no excita em datilograf-la

    novamente. Seja ordeiro.

    7. Em caso de dvidas sempre esteja usando esta apostila ou manuais de

    mtodo de pesquisa. O nico beneficiado ser voc

    8. S tu uma beno.