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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 2006 1 Jornal do SINTESP - Ano 2006 - Nº 190 - www.sintesp.org.br - Sede - SP Como ocorre todos os anos, o Sintesp estará comemorando mais esta data. Relembre um pouco da história deste profissional lendo a matéria da página 6 II EVENTO BRACOL/SINTESP ACONTECE EM SÃO PAULO pág. 3 SINTESP REALIZA MAIS UM CURSO DE OPERADOR DE PONTES ROLANTES pág. 7 Leia também nesta edição... Editorial ........................ pág. 2 Cancelamento de Registro Profissional ................. pág. 2 Eventos ........................ pág. 3 Caos no Sistema de Ensino ..................... pág. 4 Bolsa de Emprego ..... pág. 6 A Responsabilidade do Técnico de Segurança .................... pág. 7

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Page 1: Como ocorre todos os anos, o Sintesp estará comemorando ... · principal a NR-10, esclareceu e tirou dúvidas de todos os presentes. EVENTOS SANTOS: Ocorreu no dia 29 de setembro,

Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 2006 1

J o r n a l d o S I N T E S P - A n o 2 0 0 6 - N º 190 - w w w . s i n t e s p . o r g . b r - S e d e - S P

Como ocorre todos os anos, o Sintesp estará comemorando mais esta data.Relembre um pouco da história deste profissional lendo a matéria da página 6

II EVENTO BRACOL/SINTESPACONTECE EM SÃO PAULO

pág. 3

SINTESP REALIZAMAIS UM CURSO DE

OPERADOR DEPONTES ROLANTES

pág. 7

Leia também nesta edição...

Editorial ........................ pág. 2

Cancelamentode RegistroProfissional ................. pág. 2

Eventos ........................ pág. 3

Caos no Sistemade Ensino ..................... pág. 4

Bolsa de Emprego ..... pág. 6

A Responsabilidadedo Técnico deSegurança.................... pág. 7

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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 20062

CANCELAMENTO

DE REGISTRO

PROFISSIONAL

DE TST

ediante o trabalho investigativo,em atendimento as denúncias, oSintesp detectou que em um dosprocessos de encaminhamento

para solicitação do Registro Profissionaldo Técnico de Segurança do Trabalho(NR-27) junto ao MTE, havia documen-tação irregular (27.2A).

A constatação desta irregularidade foiatravés de contato com o Instituto Pré-Universidade Canoense da Cidade de Ca-noas - RS, que averiguou que o Sr. WalterAlves da Fonseca nunca efetuou o cursode Técnico de Segurança do Trabalho, vis-to isto, o Sintesp através da Secretaria deRegistro, encaminhou em 2004 à Delega-cia de Investigação sobre Infrações con-tra Organização Sindical e Acidentes doTrabalho, e através do inquérito policialnº 047/2004, comprovou a falsidade de do-cumento e falsidade ideológica. Após isto,encaminhou o inquérito ao Fórum Crimi-nal Central, 30ª Vara, que direcionou aoMTE / SIT / DSST para as devidas provi-dências que, finalmente, através da Porta-ria 181 de 21-09-2006, efetuou o cancela-mento do Registro Profissional do referi-do infrator.

É bom destacar que esta ação é pionei-ra na história da segurança do trabalho noBrasil, credenciando-nos para instalaçãodo nosso sonhado Conselho de Classe que,sem dúvida, a honestidade de propósito eética serão primordiais.

Jornal do Sintesp - Nº 190 - Ano 2006

Publicação do Sindicato dos Técnicosde Segurança do Trabalho no Estado

de São PauloSede: Rua 24 de Maio, 104 - 5º andarRepública - Centro - CEP 01041-000

Fone (11) 3362-1104E-mail: [email protected]

Diretor Responsável:Armando Henrique - Presidente

1º Vice-Presidente:Valdete Lopes Ferreira

2º Vice-Presidente: HeitorDomingues de Oliveira

Raimundo de Oliveira, WagnerFrancisco de Paula, Laércio

Fernandes Vicente eHomero Tadeu Betti

Coordenação:Secretaria de

Comunicação e MarketingHeitor Domingues de Oliveira

Fotos: Armando, Heitor, Valdete,De Paula e Revista Proteção

Tiragem: 10 mil exemplares

Colaboração:Cristiane Reimberg

Editoração Eletrônica:Ânema Editorial LtdaFone: (11) 4401-2622

1º Secretário:Valdirio Antonio Guerra

2º Secretário:Sebastião Ferreira da Silva

1º Tesoureiro:Marcos Antonio Almeida Ribeiro

2º Tesoureiro:Luiz Carlos Lucas Prado SpinelliDiretoria Estadual: Élcio Pires,

Laerte dos Santos, LaércioSabiru Custódio, Francisco

Thomé Filho, Adonai GomesRibeiro, João Roberto Gomes deSouza, Eduardo Neves da Silva,

René Alves Cavalcanti,Olívio de Oliveira Filho e

José Antonio da SilvaConselho Fiscal: Helena

Aparecida Arcaro Conci, EliasFerreira Rodrigues, Bartolomeu

XIV COBRASEMTNo período de 27 a 29 de novembro ocorrerá o XIV

Cobrasemt e o III Fórum deResponsabilidade Socialem SSMA, no teatro Unip - Campus Paraíso.

Os eventos são rea l izados pe la OBEEST -Oranização Brasileira de Entidades em Saúde, segu-rança do Trabalho e do Meio Ambiente e contará comvárias conferências, painéis e mesas redondas. O temaprincipal do evento será: “Atitude Voluntária - Fatorde Mudanças em Prol da SSMA”.

REUNIÃO DO SENAC COM O SINTESPEm reunião realizada no mês de outubro entre as duas entidades, o Sintesp

apresentou um novo modelo de Grade Curricular para o curso de Técnico deSegurança do Trabalho que será implantado pelo Senac à partir de 2007.

É sabido que nos últimos 12 anos, a área Institucional de Segurança e Saúde no Trabalhosofre um brutal encolhimento. Portanto, neste importante momento de “escalação do time doGoverno”, é oportuno a máxima interação dos interessados e envolvidos diretamente nesteárea, buscando as seguintes respostas:

1 - Como fica o status do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (antigaSecretária de Segurança e Saúde do Trabalho) do Ministério do Trabalho?

2 - Como ficara a esperada ação integrada entre os Ministério do Trabalho, Previdência,Saúde e ONGs?

3 - Estaremos agindo de forma focada e articulada, ou continuaremos “atirando” paratodos os lados de acordo com a conveniência da corporações?

4 - A composição dos cargos de decisão no comando da Instituições do Governo nestaárea, será contemplada a participação dos especialistas como principais interessados e co-nhecedores das demandas, ou será priorizada a conhecida acomodação de interesses políti-cos, utilizando a saúde dos trabalhadores como moeda de troca e lote político?

5 - Buscaremos a universalização da ações prevencionistas, concentração somente noassistencialismo ou continuaremos com esta atual situação injusta de cobertura de uma pe-quena parcela dos trabalhadores celetistas?

6 - Como ficará o controle do corporativismo profissional da área?7 - Atingiremos a principal meta dos 200 mil Técnicos de Segurança do Trabalho na

Regulamentação do nosso Conselho de Classe, como instrumento de controle deste serviço?8 - Os aporte dos recursos destinados a esta área será honrado ou será desviado para

outras áreas com maior visibilidade de notoriedade política?9 - O sistema de formação e qualificação profissional será tratado com responsabilidade,

ou continuará “casa de ninguém”?10 - O sistema tripartite terá sustentação decisiva do Estado na posição de conflitos, ou

será forum de validação das conveniência de corporações isoladas?Conclusão: Existe uma “máxima” no estudo do Direito que entende que as Leis e Normas

são frutos de resultados da vontade social do momento, não bastando esta vontade ficarimplícita, “tem que bater lata”, neste sentido, não tenho dúvidas que o futura da nossa áreaesta nas nossas mãos (os especialistas), na qualidade de conhecedores e principais interessa-dos, devemos interagir na próxima montagem da estrutura do governo, ao contrario, ficare-mos alimentando nosso tradicional comportamento conformista e conseqüentemente permi-tindo a ternização desta mazela na relações de trabalho, vitimando os indefesos trabalhado-res.

Armando HenriquePresidente - SINTESP

O QUE ESPERAMOS DOPRÓXIMO GOVERNO?

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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 2006 3

Participantes do evento de Santo André

ABCD: No dia 28 de outubro a Regional do ABCDrealizou mais um evento no município de Santo André.

O Encontro foirealizado no auditó-rio da Câmara Mu-nic ipa l de SantoAndré com a parti-cipação de profissi-onais de segurançae de RH de váriasempresas. O evento,que teve como temaprincipal a NR-10,esclareceu e tirou dúvidas de todos os presentes.

EVENTOS

Participantes do evento de Santo André

SANTOS: Ocorreu no dia 29 de setembro, das15 às 21 horas, o evento promovido pelo Senac e o Sin-tesp na cidade de Santos.

Os palestrantes foram: Rosângela Mendes Ribeiro Sil-va com o tema “Papel dos Técnicos frente a gestão deSegurança do Trabalho”; Carlos Aparecido do Santos, como tema “NR-32” e Armando Campos explanando sobre a“Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipa-mentos e Instalações”.

Bracol, através da Filial São Paulo, promoveu, no dianove de novembro, em conjunto com o Sintesp e apoioda Revista Proteção, o II Seminário Bracol de Segu-

rança, Saúde e Medicina do Trabalho de São Paulo. O eventoaconteceu no Centro Universitário da FEI, no bairro do Paraí-so, em São Paulo - SP com a participação de aproximadamente300 pessoas.

O evento ofereceu três palestras: “Prevenção - Transfor-mando despesas em lucro. Quanto custam os acidentes?”,ministrada por Luis Augusto de Bruin, consultor técnico daBracol; “Qualidade de vida dos profissionais de Segurançae Saúde do Trabalho”, com José Antônio da Silva, diretor doSintesp e “A Aplicabilidade do PPRA na nova NR32”, comCarlos Aparecido dos Santos. Além das palestras, foramsorteadas várias assinaturas da Revista Proteção e dois DVDs.

Segundo Emerson David, supervisor da Filial São Paulo, “oevento foi um sucesso. Pudemos promover a integração dosprofissionais de SST e mostrar o compromisso da Bracol como setor, pois, através de nossos eventos técnicos, levamos in-formação aos prevencionistas”.

O Sintesp esteve presente com os funcionários Celeste eRodrigo e, ainda, com o seu presidente Armando e os diretoresHeitor Domingues, Valdírio Guerra, Altair, Renê, Luis Crispim,Benê e José Antonio.

II EVENTO

BRACOL/SINTESP

Participantes do evento atentos às palestras

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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 20064

a recente campanha política para Presidência da República,foi evidenciado a precarização do sistema de ensino, o queinfelizmente já está instalado na nossa área, apesar de todo o

nosso empenho. A qualidade dos cursos de formação de técnico emsegurança do trabalho, vem sofrendo impacto massificante e sendomercantilizado por Entidades de Ensino “salvo algumas exceções”,tendo como a principal evidência, o salto de 12 estabelecimento queministravam este curso há 10 anos, para as atuais 230 escolas no Es-tado de São Paulo, na contra mão do mercado de trabalho restritivo,configurando como situação socialmente irresponsável e de engana-ção dos consumidores, sabendo que as expectativas de salário inicial,induz os pretendentes à escolha do curso profissionalizante de técni-co em segurança do trabalho, sem a devida informação prévia. Temosum dos maiores índices de desemprego ou de profissionais atuandoem outras áreas na ordem de 30%, chegando ao absurdo de constatar-mos que turma de 30 Técnicos de segurança do trabalho de uma clas-se de escola, formados há quatro anos, não têm, até o momento, ne-nhum desse grupo exercendo a profissão. Esta situação só não é pior,do que as buscas fraudulentas do Registro Profissional que é emitidopelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Somente com a cria-ção do nosso Conselho de Classe essas fraudes poderão ser combati-das e evitadas. O mais preocupante é a inoperância dos ConselhosFederal e Estadual de Educação, sabendo que, com a atual LDB Leide Diretrizes de Base, os CE passaram a ter autonomia para liberar oscursos técnicos, o que vem ocorrendo como um Cartório, protocolan-do e autorizando qualquer requerimento sem levar em consideração areal estrutura do estabelecimento de ensino e o fato que pertencemosa área da saúde, o que jamais deveria autorizar cursos a distância,estimando estas iniciativas e nos causando grandes transtornos nocombate a estes cursos caça-níquel. Lembrando que os critérios dematriz curricular do técnico de segurança do trabalho deve ser de cri-tério mínimo nacional, adaptado as realidades regionais, com conteú-do programático bem definido e atividades de laboratório. Para con-tribuir de forma objetiva para sairmos desta lacuna, o Sintesp elabo-rou uma grade e matriz curricular e disponibilizou para o sistema deensino, MTE e Conselhos de Educação.

Como não bastasse estes desvios no sistema de cursos de forma-ção, alguns especuladores fingindo-se de desinformados, mas na ver-dade ao sentir o esgotamento deste nicho, passam a oferecer outrasmodalidades como tecnólogos em segurança do trabalho, com a tesede que a tendência, é a função de nível técnico tende a ser substituídopor nível superior, neste caso estão cometendo dois equívocos. O pri-meiro é que, se a solução para a área fosse a formação superior nãoseria necessário criar uma nova profissão, bastaria acabar com o téc-nico de segurança e deixar o espaço para o Engenheiro de Segurança,o segundo equivoco, é a criação de uma nova profissão “Tecnólogode Segurança” que não tem a menor “possibilidade” de ser regula-mentada, por conflitar com outras profissões já existente, no caso oEngenheiro e o Técnico de Segurança, na verdade o que o mercado detrabalho precisa é de especialistas por segmento de atividade, ou seja,técnico de segurança pode e deve especializar-se, por exemplo: nosetor da Indústria da construção civil, químico ou petroquímico, ele-tricitário. Sendo que o MEC reconhece como especialização pós-téc-nico, cursos com duração de no mínimo 20% da cargo do curso deformação, ou seja a nossa especialização deve ser de no mínimo 240horas, critério este que vários estabelecimento de ensino já vem ado-tando, com total perspectiva de bons resultados.

Portanto devemos como principais interessados na qualidade daFormação do Técnico de Segurança do Trabalho, interagir junto aosistema, preservando o futuro e a qualidade da formação e principal-mente em respeito à saúde e a segurança dos trabalhadores que serãoas vítimas da má formação deste profissional.

CAOS DO SISTEMA DE ENSINO

É CASO DE POLICIA?NOVO CONSELHO NACIONAL

DE SAÚDE TOMA POSSE

o dia 15 des e t e m b r odes te ano ,

tomou posse no Au-ditório do Tribunalde Contas, em Bra-sília/DF, os novosmembros do Conse-lho Naciona l deSaúde para o triênio2006/2009. O even-to teve a presençado ministro da Saú-de.

Entre os conselheiros está Valdete Lopes Ferreira, vice-presidente do Sintesp e Diretor Nacional de Saúde daForça Sindical.

Valdete Lopes no momento da posse

FEIRA DO MEIO AMBIENTE

conteceu em São Paulo nos dias 8, 9 e 10 de no-vembro deste ano, a VIII FIMAI - Feira Interna-cional de Meio Ambiente Industrial, no Pavilhão

do Expocenter Norte.Em paralelo ocorreu mais um Seminário Internacional

de Meio Ambiente Industrial, com a participação dos di-retores do Sintesp, Laerte dos Santos, Eduardo Neves daSilva e Luiz Porfírio.

Os dois eventos foram realizados pela Revista MeioAmbiente Industrial.

NOVO CONVÊNIOO Sintesp e a Editora Central de Concursos firmaram

convênio que proporcionará a todos os associados, de-pendentes e funcionários, desconto de 5% em todos oscursos existentes ou os que possam vir a existir, minis-trado por esta Central de Concursos que fica na rua Ba-rão de Itapetininga, 162 - no Centro da Capital.

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“Queremos tornar a ICOH uma gran-de base de dados sobre Saúde no Traba-lho para o mundo”, com esta frase, o pre-sidente da Comissão Internacional deSaúde no Trabalho, professor JormaRantanen, descreveu qual é o futuro daentidade, durante a sua apresentação nasolenidade em comemoração ao Cente-nário da ICOH, realizada em São Paulo,no dia 14 de novembro, promovida pelaAssociação Nacional de Medicina doTrabalho (Anamt).

A solenidade foi marcada pela apre-sentação oficial no Brasil da Declaraçãodo Centenário da ICOH. O presidente

COMISSÃO INTERNACIONAL DE SAÚDE NO

TRABALHO COMEMORA SEU CENTENÁRIO NO BRASIL

da Anamt, René Mendes, convidou aosrepresentantes do governo, trabalhadores,empresários e profissionais que atuam naárea, como os técnicos e engenheiros desegurança no trabalho, presentes ao even-to para adotarem esta Declaração, trans-formando-a num compromisso renovadocom o desenvolvimento e fortalecimentoda saúde e segurança no trabalho no Bra-sil e na América Latina. Todos aceitaramo convite e se comprometeram a incor-porarem a declaração em suas políticasem saúde no trabalho.

O presidente da ICOH, JormaRantanen, alertou para o cenário atual das

condições de trabalhono mundo. Segundo oprofessor, para maisde dois terços dosquase 3 bilhões detrabalhadores nomundo as condiçõesde trabalho não se en-contram com os pa-drões e as exigênciasmínimas preconiza-das pela OIT e pelaOMS para a saúdeocupacional, a segu-rança e a proteção so-cial.

Mudar este cená-

rio, para a ICOH, passa pela adoção daSaúde no Trabalho como um direito bási-co da população trabalhadora, como umimportante meio para o desenvolvimentosustentável e para a produtividade sociale econômica das pessoas, das empresas,das comunidades e das nações.

HISTÓRIA DA ICOH

A Comissão Internacional de Saúde noTrabalho nasceu na cidade de Milão (Itá-lia), em 1906, com a missão de atuar emprol da pesquisa, educação, informaçãoe boas práticas. A ICOH é uma entidademultidisciplinar que trabalha em parce-ria com a OMS e a OIT nas questões re-ferentes à Saúde no Trabalho. A presen-ça brasileira na ICOH é bastante signifi-cativa. O vice-presidente da entidade, éo médico do trabalho Ruddy Facci (ex-presidente da Anamt), o secretário naci-onal é médico do trabalho EdoardoSantino, e o presidente da Anamt, dr. RenéMendes, é um dos membros do Board daICOH.

CONGRESSO PAULISTA DE MEDICINA DO TRABALHO

os dias 13 e 14 de novembro ocor-reu , no audi tór io do Cent roFecomércio de Eventos, em São

Paulo, o Congresso Paulista de Medici-na, promovido pela Associação Paulistade Medicina do Trabalho.

Na abertura oficial e no encerramen-to do Congresso, o presidente do Sin-tesp, Armando Henrique, esteve partici-pando representando a entidade e os Téc-nicos de Segurança do Trabalho.

No dia 15 no mesmo local, ocorreu oFórum Presença ANAMT/2006 - Promo-vido pela ANAMT - Associação Nacio-nal de Medicina do Trabalho.

No dia 14 de novembro, à partir das18 horas, ocorreu a comemoração doCentenário da Comissão Internacional deSaúde no Trabalho, evento organizadotambém pela ANAMT.

Momento da Abertura doCongresso

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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 20066

ada atividade humana tem suaprópria história no tempo e noespaço. A segurança do traba-

lho também tem a sua. Nós, técnicosde segurança do trabalho, somosparte dessa história no Brasil.

A segurança do trabalho noBrasil começou com a ComissãoInterna de Prevenção de Acidentes- CIPA, que foi criada pelo De-creto lei 7.036 de 10 de no-vembro de 1.944 e passoua vigorar a partir de 19 dejunho de 1.945 por forçada Portaria no 229 doentão DepartamentoNacional do Trabalho.Na época, já existiamno Brasil algumas ini-ciativas privadas para prevenir aciden-tes.

No final da década de quarenta, al-gumas empresas que compreenderamo valor e a necessidade da prevençãode acidentes do trabalho decidiram darum reforço para as suas CIPAs, criandoo cargo de Inspetor de Segurança, (tí-tulo original do técnico de segurança)que teve influência do título norte ame-ricano “safety inspector” para a mesmaatividade.

As empresas indicavam para essaatividade alguém que se dedicasse emtempo integral as atividades destinadasà segurança do trabalho. Entraram paraa nova atividade, às vezes de forma em-pírica, empregados de diversas áreas deatividade nas empresas.

Aqui quero deixar registrado o quan-to foi difícil para os primeiros inspeto-res de segurança (entre os quais eu meincluo) trabalhar num terreno bruto a serdesbravado, árido de consciência pre-ventiva de acidentes. Éramos poucos evaliam muito as amizades entre nós.Quase todos se conheciam pelo nome.

As CIPAs que contavam com a par-ticipação de um inspetor de segurançaconseguiam melhores resultados na pre-venção e acidentes. Foi um começo aus-picioso, embora difícil para a nossa car-reira profissional. Caminhamos de iní-cio lado a lado com as CIPAs e coubemuito mais a nós certos méritos a elascreditados.

Dentre esses méritos alguns mere-

SOMOS VENCEDORES

cem destaques pelo pioneirismos: inte-gração ao trabalho dos novos emprega-dos; caixa de sugestões sobre medidaspara melhorar as condições do trabalho;

emissão de boletins educacionaisentre outros meios para divulgara prevenção de acidentes; treina-mentos diversos. Tudo isso emempresas que ainda nem cogita-

vam de incluir essas atividadesem seus organogramas.

Um dos nossos grandesméritos foi o preparo do ter-reno para o surgimento daengenharia de segurança dotrabalho e por tabela tam-bém da medicina do traba-lho. Como a CIPA abriu ca-minho para o início da nos-

sa jornada de técnicos de segurança, nósabrimos o caminho para a engenhariade segurança do trabalho.

É preciso estarmos conscientes deque fomos desbravadores do campo pre-vencionista, que alavancamos as ativi-dades prevencionistas nos seus primór-dios e que tudo isso contou para a nos-sa valorização profissional.

Há muito mais a ser dito e a ser res-gatado da memória da segurança do tra-balho no Brasil. Mas o que está ditoacima, é algo que tem de ser lembradopara sempre e consagrado na história daprevenção de acidentes do trabalho noBrasil.

Fomos vencedores: na organizarmosde grupos de estudo; na regulamenta-ção da profissão; na fundação de sindi-catos como o SINTESP e na expectati-va da aprovação donosso Conselho.Mas a nossa mar-cante e permanen-te vitória foi e con-tinua sendo a redu-ção dos acidentesdo trabalho, oquanto isso valepara a sociedade ecomo contribuipara a qualidade devida dos trabalha-dores brasileiros.

ÁlvaroZocchio

stamos com nossa Bolsade Emprego, plenamentehabilitada para receber o

cadastro de vagas e currículos,assim como, ser acessada livre-mente.

Contamos com a divulgaçãode profissionais e empresas,para em breve nos tornarmos omaior banco de vagas para Téc-nico em Segurança no Trabalho.Os currículos cadastrados já ul-trapassam a duas centenas. Nos-so objetivo é contribuir para adiminuição do número de Téc-nicos de Segurança disponíveisno mercado e facilitar aos diri-gentes de empresas, o processoseletivo para contratação dosprofissionais. Aproveitamos aoportunidade, para sugerir aoscolegas cadastrados, que procu-rem nas duas primeiras linhasdo Mini Curriculum, colocar in-formações que o torne o maisatraente possível para o empre-gador e escrever seu nome emletras maiúsculas, pois é o queaparece para as empresas quan-do pesquisam os profissionais.Também é muito importanteacessar o site diariamente, poisBolsa de Emprego é muito di-nâmica.

BOLSA DEEMPREGO

Dia 27 de Novembro

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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 2006 7

SINTESP, dentro da política de priorização de ofertade cursos de qualificação e aperfeiçoamento profissi-onal dos Técnicos de Segurança do Trabalho, privile-

giando os critérios técnicos e práticos, realizou mais um cursode Instrutor de Ponte Rolante, contando com o apoio e conces-são das instalações da empresa MTP – Metalurgia de Tubos dePrecisão.

O curso ocorreu da seguinte forma:Teórico – Sintesp – 28/10/2006 e prático – Empresa – 04/

11/2006, com instrutor: Antonio Adolfo de Almeida Ribeiro ecolaboração dos Diretores: Marcos Antonio de Almeida Ribei-ro e Luiz de Brito Porfírio.

SINTESP REALIZA MAIS UM

CURSO DE OPERADOR DE

PONTE ROLANTE

xiste um princípio ju-rídico que inclui osprofissionais preven-

cionistas entre os sujeitos daresponsabilidade, por ação e/ou omissão, em matéria desegurança e saúde laborati-va:

“Quem lucra de umaat iv idade prof i ss ional ,deve responder pelos riscosque gera”

Em termos de responsabi-lidade, primeiramente se si-tua o empresário, que tem odever genérico sobre a segu-rança e saúde de seus traba-lhadores, como se denota naNR-1: “Cabe ao empregador,cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regula-mentares sobre segurança e medicina do trabalho”. Ime-diatamente após, se situam as pessoas físicas ou jurídi-cas (SESMT ou Consultorias), que ostentam um cargo/função específico nesta matéria, assumindo obrigaçõescujo descumprimento possa dar lugar à atribuição da cor-respondente responsabilidade.

O descumprimento ou erro de desenvolvimento de nos-sas obrigações profissionais nos faz diretamente respon-sável pelos danos causados, ainda que limitada aos pres-supostos da responsabilidade civil e criminal, uma vezque a responsabilidade administrativa recai sobre o em-presário, bem como a social recai sobre a previdência.

Esta responsabilidade se limita quando se tratar de casofortuito ou de força maior, ou quando se possa estabele-cer a culpa (por negligência ou imprudência) ao traba-lhador acidentado. Não podendo esquecer que cabe aoempresário e a seus agentes de prevenção o ônus da pro-va, ou seja, demonstrar que atuaram com a máxima dili-gência exigida por lei e que não existiu relação de causa-lidade entre a gestão prevencionista e o dano sofrido peloacidentado.

Esta prova que nos desonera da responsabilidade, ficadifícil de comprovar quando a empresa e os serviços pre-vencionistas atuam como meros “despachantes de docu-mentos” para fins de fiscalização. Há necessidade de re-alizar ações de controle que evidenciem uma atuação res-ponsável. Com resultados. Qualquer prevencionista sabeque se a empresa tiver padrões, que sejam eficazes e quese exija seu cumprimento, o ambiente fica plenamentegerenciado e seguro, eliminando a probabilidade de ocor-rências.

A RESPONSABILIDADE DO

TÉCNICO DE SEGURANÇA SOBRE

OS TRABALHADORES AFETOS PELA

SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

Jorge Gimenez BerruezoTéc.Seg.Trab.

- Advogado

CONSELHO FEDERAL DOSTÉCNICOS DE SEGURANÇA

DO TRABALHOESTAMOS EM

CONTAGEM REGRESSIVAA NOSSA LUTA CONTINUA!

Treinamento prático

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Jornal do Sintesp - nº 190 - Ano 20068