como ocorre o efeito do estresse sobre a saúde física - medicina preventiva

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  • 8/14/2019 Como Ocorre o Efeito Do Estresse Sobre a Sade fsica - Medicina Preventiva

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    COMO OCORRE O EFEITO DO ESTRESSESOBRE A SADE FSICA?

    Viver bemDicas para o seu bem-estar e sade

    PorElisa Kozasa,

    "Um dos exemplos mais evidentes de como a mente podeafetar os sintomas fsicos est no efeito placebo"

    Quando encontramos um problema como uma angina no peito,buscamos todos os recursos mdicos disponveis para tratar do

    problema, mas ser que iremos buscar uma psicoterapia, umaorientao quanto a um melhor estilo de vida ou at mesmo pensarem ir a aulas de yoga na academia?

    Qual a relao entre uma mudana na atitude mental e umsintoma fsico como a dor no peito?

    Bem, um exemplo, que pode ser citado mesmo pela pessoa mais

    leiga, o efeito do estresse sobre a sade fsica.

    Como ocorre o efeito do estresse sobre a sade fsica?

    No crebro quando uma situao interpretada como estressante,h o disparo de dois eixos importantes: hipotlamo-hipfise-crtexda adrenal e o sistema simptico-medula da adrenal que podemnos ajudar a entender o que est acontecendo.

    Quando o primeiro eixo estimulado o hipotlamo produz o fatorliberador da corticotropina que estimula a hipfise a produzir acorticotropina. Esse hormnio ir estimular, atravs do sangue, ocrtex da adrenal (uma glndula situada acima do rim), a produzirglicocorticides, sendo o mais importante deles nesta situao, ocortisol. Esse apresenta vrias funes protetivas contra o estresseagudo, uma das mais importantes aumentar a quantidade deglicose disponvel no sangue, que permitir as clulas gerar maisenergia para enfrentar a situao.

    A adrenal uma glndula que apresenta duas regies distintas, o

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    crtex (a borda) e a medula (o meio). O cortisol considerado ogrande vilo quando se fala dos efeitos deletrios do estresse, masa verdade que em termos de curto prazo, seus efeitos sobenficos, protegendo-o contra um estresse agudo, como dito

    acima.

    O segundo eixo, desencadeado pela ativao da diviso simpticado sistema nervoso autnomo leva produo de adrenalina enoradrenalina (catecolaminas), responsveis pela resposta doorganismo em termos de alerta ou prontido para lutar ou fugir (afamosa resposta denominada pelo fisiologista Walter Cannon,professor da Universidade de Harvard, de luta ou fuga).Novamente o efeito agudo benfico e necessrio nossasobrevivncia, pois nos deixa prontos para decidir entre lutar contraa situao adversa ou simplesmente fugir.

    Estresse: Quando comea o problema?

    O problema comea quando esses dois eixos so cronicamenteativados: nesses casos, o cortisol e as catecolaminas socronicamente produzidos e conduzem a uma reduo da respostaimunolgica afetando a produo de clulas desse sistema como ascitocinas. Pode ocorrer, por exemplo, o aumento de citocinas pr-

    inflamatrias como a IL-6 e a TNF-a que esto relacionadas origem de problemas cardiovasculares, artrite, diabetes tipo 2 ealguns tipos de cncer, por exemplo.

    Tais achados so to evidentes que existe uma rea conhecidacomo psiconeuroimunologia, ou para os mais precisospsiconeuroendocrinoimunologia, responsvel pelos estudos dosefeitos dos estados mentais sobre a sade fsica, atravs dossistemas nervoso, endcrino e imunolgico.

    Efeito placebo

    Um dos exemplos mais evidentes de como a mente pode afetar ossintomas fsicos est no efeito placebo, salientado inicialmentecomo fundamental nos estudos farmacolgicos por Henry Beecher,premiado anestesiologista americano. Um grupo passando pelopossvel efeito placebo, ou o quanto acreditar que se est sendotratado, pode trazer um alvio ou at mesmo a cura para

    determinadas condies fsicas. Esse estudo necessrio antes dese colocar qualquer nova droga no mercado.

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    O grupo que efetivamente recebe a droga precisa ter melhorasignificativamente melhor que o grupo placebo. Os achados iniciaisforam realizados por Beecher enquanto mdico atuante na 2.

    Guerra Mundial: findados os estoques de morfina ele passou autilizar salina (que no tem nenhum efeito teraputico) e verificouque os soldados simplesmente por acreditar no tratamento domdico, melhoraram quanto s queixas de dor.

    Ou seja, alm de procurar o medicamento para a dor no peito, importante buscar viver melhor, reduzindo a quantidade de eventosconsiderados estressantes em nossa vida e aumentando aquelesque possam nos trazer uma profunda sensao de felicidade.

    Dica de leitura:Mind-body research moves toward the mainstream. EuropeanMolecular Organization reports. Vol. 7, no.4, pginas 358-361,2006.

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    * Elisa Kozasa ps-graduada em psicobiologia - mestrado e doutorado -(Unifesp)

    Fonte:Vya estelar UOL

    Novembro 2008

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