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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA CURSO DE BIBLIOTECONOMIA ORIENTANDA: TAISE MARIA DA SILVA COMO O BIBLIOTECÁRIO PODE SE INSERIR NAS ATIVIDADES DE LEITURA COMO BIBLIOTERAPIA? NATAL-RN 2011

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

ORIENTANDA: TAISE MARIA DA SILVA

COMO O BIBLIOTECÁRIO PODE SE INSERIR NAS ATIVIDADES DE LEITURA COMO BIBLIOTERAPIA?

NATAL-RN 2011

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TAISE MARIA DA SILVA

COMO O BIBLIOTECÁRIO PODE SE INSERIR NAS ATIVIDADES DE

LEITURA COMO BIBLIOTERAPIA?

Monografia apresentada ao Curso de Biblioteconomia sob a orientação da professora Maria do Socorro de Azevedo Borba, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ORIENTADORA: Profª. MSc. Maria do Socorro de Azevedo Borba

NATAL-RN 2011

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CATALOGAÇÃO DA PUBLICAÇÃO NA FONTE

S586c Silva, Taise Maria da.

Como o bibliotecário pode se inserir nas atividades de leitura como biblioterapia ?. / Taise Maria da Silva. – Natal: UFRN, 2011.

Orientadora: Maria do Socorro de Azevedo Borba (MSc.)

Monografia (Bacharelado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Biblioteconomia. Curso de Graduação em Biblioteconomia.

1. Biblioterapia – Monografia. 2. Bibliotecário – Monografia. 3. Biblioterapeuta – Monografia. 4. Leitura – Monografia. I Borba, Maria do Socorro Azevedo. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. Como o Bibliotecário pode se inserir nas atividades de leitura como Biblioterapia?.

RN/ UF/ DEBIB CDU 027.4

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TAISE MARIA DA SILVA

COMO O BIBLIOTECÁRIO PODE SE INSERIR NAS ATIVIDADES DE LEITURA COMO BIBLIOTERAPIA?

Monografia apresentada ao Curso de Biblioteconomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.

MONOGRAFIA APROVADA EM 08/12/2011

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Profª MSc. Maria do Socorro de Azevedo Borba – UFRN

- Orientadora -

_____________________________________________________ Profª MSc. Renata Passos Filgueira de Carvalho – UFRN

- Membro -

____________________________________________________ Profª MSc. Jacqueline A. Souza – UFRN

- Membro-

NATAL-RN 2011

4

Dedico essa Monografia a Deus, por mais uma

vitória alcançada. Aos meus pais Francisco Jorge e

Maria da Penha, pela educação, por acreditar em

minha capacidade e por tudo que fazem na minha

Vida.

5

AGRADECIMENTOS

À Deus, todo poderoso, que me concedeu mais uma vitória e me oferece

inteligência e paciência para poder enfrentar e vencer mais uma etapa da

minha vida.

Aos meus pais, Francisco Jorge e Maria da Penha, por todo amor,

esforço e educação oferecidos a mim.

As minhas tias pela acolhida em suas casas principalmente a Tia

Marlene por toda confiança depositada.

Ao meu irmão Tiago Jorge, pela torcida e por acreditar na minha

capacidade de vencer.

Aos meus primos e ao meu namorado Christiano Albuquerque pela

força, torcendo sempre que eu alcance meus ideais.

A professora e orientadora Maria do Socorro de Azevedo Borba, por

todo carinho, preocupação e incentivo durante a minha formação acadêmica.

A todos os professores do departamento de Biblioteconomia (DEBIB),

por todas as informações disseminadas ao longo desses quatros anos, e pela

atenção e respeito durante esse período.

As bibliotecárias do SEBRAE/RN, Lúcia Fontenele e Eliane do Amaral

por toda confiança e aprendizado durante os períodos dos estágios.

Enfim, aos meus colegas de sala pelo companheirismo e força diante

das situações complicadas, em especial Larissa Guipson, Edylânia Silva,

Krishna Lima, Ranieri Dantas e Leandro Allan.

6

“Tudo posso naquele que m“Tudo posso naquele que m“Tudo posso naquele que m“Tudo posso naquele que me fortalece!”e fortalece!”e fortalece!”e fortalece!”

(FILIPENSES, 4:13)

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RESUMO

Analisa como o bibliotecário pode se inserir nas atividades de leitura como biblioterapia. Identifica o profissional na atuação como difusor e mediador do conhecimento para organizações e pessoas que utilizam à leitura como uma fonte de informação e soluções para doenças. Destaca a leitura como um dos instrumentos da Biblioterapia que pode auxiliar o Biblioterapeuta a disseminar informações em diferentes ambientes com a utilização da leitura como recurso terapêutico à transformar problemas em soluções, e incentivar a leitura para usuários. Identifica a aplicação da Biblioterapia para o tratamento de doenças e sua contribuição para os usuários com instrumentos que auxiliam no processo de cura para indivíduos. Apresenta a contribuição do biblioterapeuta para atender a um determinado público e fornecer-lhes informações precisas. Processos como de mapear, organizar e disseminar informações, que contribuam para o desenvolvimento da pessoa e apresente a importância do profissional Bibliotecário em outras áreas. Diante da necessidade de apresentar a leitura numa realidade diferente e incentivar à mesma para contribuição do conhecimento. Desse modo, são explorados outros instrumentos que podem ser utilizados pelo profissional Bibliotecário na arte da Biblioterapia. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica com materiais tais como: livros e periódicos em formatos convencionais e eletrônicos - através de documentos disponibilizados via internet. Conclui, que o profissional Bibliotecário pode muito contribuir em outras áreas, de fato, a Biblioterapia auxilia muito no tratamento de pessoas e contribui para identificar problemas, pois com a leitura é possível descobrir e imaginar outros fatores dos quais estão sendo vivenciados. Palavras-chave: Biblioterapia. Leitura. Biblioteca. Biblioterapeuta.

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ABSTRACT

This study analyzes the way a librarian can be inserted in reading activities as bibliotherapy. It identifies the professional in the role as protector and mediator of knowledge to organizations and people who use reading as a source of information and solutions for disease. It also highlights reading as an instrument of the librarian theraphist that could help to disseminate information in different environments with the use of reading as a therapeutic resource to turn problems into solutions, and encourage reading for users. It identifies the application of bibliotherapy in the treatment of diseases and their contribution to the users with tools to aid in the healing process for individuals. It presents the contribution of librarian theraphist to attend a particular audience and provide them with accurate information. Processes as mapping processes, organizing and disseminating information that will contribute to the development of the person and show the importance of the professional librarian in other areas. Faced with the need to present reading in a different reality and encourage the same contribution to knowledge. Thereby, other instruments are explored and can be used by the professional librarian in the art of Bibliotherapy. The methodology used was literature research as books and periodicals in both conventional and electronic formats - through documents made available at the Internet. We can concludes that the professional librarian can help in other areas too, in fact, helps a lot Bibliotherapy in the treatment of people and helps to identify problems, because with reading is possible to discover and imagine other factors of which are being experienced.

Keywords: Bibliotherapy. Reading. Librarie. Librarian theraphist.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicação

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AACR2 – Código de Catalogação Anglo-Americano

CDD – Classificação Decimal de Dewey

CDU – Classificação Decimal Universal

CUTTER-SANBORN – Tabela de Códigos

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina

HU – Hospital Universitário

UFC – Universidade Federal do Ceará

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Atividades lúdicas ............................................................................... 18

FIGURA 2: A evolução dos bibliotecários .............................................................. 20

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SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 12

2 BIBLIOTERAPIA: TIPOS E MÉTODOS ............................................................. 15

3 BIBLIOTECÁRIO................................................................................................. 19

4 BIBLIOTECÁRIO E A BIBLIOTERAPIA............................................................. 25

4.1 AS FERRAMENTAS DO BIBLIOTECÁRIO NA BIBLIOTERAPIA..................... 27

4.1.1 Contação de histórias.................................................................................. 27

4.1.2 Brinquedoteca.............................................................................................. 29

4.1.3 Musicoterapia............................................................................................... 30

4.1.4 Tetro de fantoches....................................................................................... 31

5 QUE USUÁRIO PODEM SER TRABALHADOS NA BIBLIOTERAPIA ?........... 33

5.1 TIPOS DE USUÁRIOS...................................................................................... 35

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 37

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 39

12

1 INTRODUÇÃO

A importância da existência de um centro de informação especial no

âmbito hospitalar voltada para atender e solucionar as necessidades de

pacientes internados, e seus acompanhantes proporciona a melhoria da

reabilitação e da auto-estima de indivíduos portadores de doenças, facilitando a

pacificação das emoções nos pacientes e proporcionando prazer e alivio.

A Biblioterapia busca auxiliar uma pessoa, um grupo ou uma instituição

para disseminar e esclarecer problemas específicos. A biblioterapia não é nada

mais que a utilização dos livros sobre assuntos específicos para ajudar a

pessoas a lidar com problemas ou situações difíceis.

O bibliotecário pode e deve atuar em parceria com profissionais da área

de Ciências da Saúde, aceitando o desafio de aplicar o seu potencial

profissional no contexto institucional, facilitando a disseminação da informação

e proporcionando a função educativa, lúdica e incentivando a leitura.

Os centros de informações são criados para atender as necessidades de

um determinado público especifico e fornecer-lhes informações precisas, bem

como o auxilio do profissional bibliotecário para aplicar os processos de

planejamento social e proporcionar uma função terapêutica, pois só assim os

serviços aplicados para auxiliar o processo de tratamento serão otimizados e

eficientes a melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

O bibliotecário pode atender as necessidades desses indivíduos e

através das “ferramentas” utilizadas na biblioterapia, despertarem o gosto pela

leitura nas pessoas e conhecer as preferências e interesses para o tratamento

que delas necessitem.

Através de pesquisa bibliográfica e eletrônica sobre o tema pode-se

perceber que há milênios, observava-se entre povos a necessidade de deixar

marcas de suas existências, de alguma forma escrita ou até mesmo falada. A

escrita surgiu em meados de 1500 a.c.

13

A fala muitas vezes era representada através de desenhos, e tentavam

disseminar o que expressavam estas mensagens nas paredes das cavernas.

As parábolas de Jesus Cristo para seus discípulos tinham a preocupação de

disseminar, transmitir e ensinar aprendizados adquiridos através da narração.

Assim notou-se que a narração de histórias, e a leitura produziam no individuo

uma maneira de alivio para seus medos e frustrações, evidenciando a terapia.

Entre a união desses termos leitura e terapia surgiram a biblioterapia associada

a várias práticas de saúde, uma técnica de conversar e examinar pacientes,

com objetivo de contextualizar o diagnóstico.

Entende-se ser de suma importância o livro para diferentes atividades,

desde o desenvolvimento cultural às contações de histórias. E as mudanças

advindas por esse material didático sejam entendidas, para que o processo de

geração de fonte de informação possa favorecer outros indivíduos diante das

leituras como fonte de cura. Sendo entendido também como um instrumento

importante para o procedimento de cura para enfermos.

Para atender procedimentos metodológicos, foram realizados através de

pesquisas bibliográficas e eletrônicas com a finalidade de obter embasamento

necessário para o desenvolvimento concreto da pesquisa e a formalização da

monografia.

Diante do explícito, buscou-se nesta pesquisa apresentar como o

bibliotecário pode atuar neste segmento, e a relevância do mesmo para melhor

disseminar informações. Assim apresentar também a leitura e outras atividades

como forma de terapia para amenizar a dor e sofrimento de pessoas que

buscam uma maneira de cura para suas doenças.

Esta monografia teve como ponto de partida as seguintes

problematizações: Como se trabalha a biblioterapia? Que ferramentas se

trabalham na biblioterapia? Como o bibliotecário pode se inserir nesse

contexto? Que usuários se inserem na biblioterapia? Quais as vantagens e

desvantagens desse processo?

14

Traçaram-se então os seguintes objetivos: como objetivo geral analisar a

biblioterapia e suas vantagens para a sociedade, e como objetivos específicos

identificar o papel do profissional bibliotecário na biblioterapia; Identificar o que

seja a biblioterapia; Verificar ferramentas que possa trabalhar na biblioterapia;

Identificar como o bibliotecário pode se inserir no contexto da biblioterapia; e,

Identificar o tipo de usuário que pode ser trabalhado na biblioterapia.

A monografia encontra-se estruturada em seis capítulos. O capítulo

inicial, como sendo o introdutório; no segundo capítulo foi abordado a

Biblioterapia no seu contexto social, bem como seus tipos e métodos da

biblioterapia, ou seja, apresenta a contribuição que os mesmos podem oferecer

aos pacientes e o que pode auxiliar no tratamento desses indivíduos.

No terceiro capítulo, foi analisada a atuação do bibliotecário nessa área,

exercendo sua atividade profissional nesse âmbito, e em outros mais,

apresentando as especialidades dos bibliotecários e locais que os mesmos

podem estar atuando.

No quarto capitulo, apresenta o bibliotecário e a biblioterapia, mas

especificamente o Biblioterapeuta, a atuação desse profissional na área das

ciências da saúde, utilizando de materiais de leitura com função terapêutica. E

ressaltando as ferramentas de lazer que pode auxiliar a terapia: a contação de

histórias, a brinquedoteca, a musicoterapia e o teatro de fantoches, o qual

todos possuem o objetivo de ajudar e fazer com que o tratamento seja mais

rápido.

No quinto capitulo, procurou-se ressaltar os usuários da biblioterapia,

bem como os tipos de usuários e ações que podem ser implementadas para

facilitar e tomar eficiente a terapia desses indivíduos.

E concluindo a monografia, constatou-se nas considerações finais que a

biblioterapia é uma excelente terapia para “cura” de doenças, e é mais uma

área em que o profissional Bibliotecário poderá estar atuando para atender as

necessidades de disseminação de informação.

15

2 BIBLIOTERAPIA

De acordo com a pesquisa bibliográfica levantada sobre o tema, pode-se

constatar que a palavra Biblioterapia vem da junção de duas palavras gregas

Biblon e Therapia que respectivamente significam “Livro” e “Terapia”. Livro

assim que mencionada a palavra, logo se associa a leitura e a palavra Terapia

ou tratamento, a um sentido de curativo. Segundo Pereira (1996) o nome foi

atribuído por Samuel Mechord Grothers como criador do termo Biblioterapia em

1916.

Dessa forma o termo Biblioterapia pode significar “Tratamento por meios

da leitura” ou “terapia por meio dos livros”, os quais dão o mesmo sentido à

palavra.

A biblioterapia é uma prática de usar livros sobre assuntos ou temas

específicos para auxiliar pessoas a solucionarem problemas, seja de caráter

social, moral ou emocional. Sendo realizados em hospitais, orfanatos, asilos,

ou seja, em locais que lidam com o tratamento psicológico de crianças a

adultos

A função terapêutica da leitura é proporcional à pacificação das

emoções nos pacientes proporcionando prazer e alívio. A leitura proporciona

ao leitor e ao ouvinte um efeito de descontração, palidez, possuindo um efeito

curativo. A biblioterapia “nasce do encontro entre a ‘força’ da língua que

evocamos e que não é reservada aos mágicos, aos padres e aos charlatães e

o local de expressão é primordial e primeiro dessa forca: o livro” (OUAKNIN,

2006, p. 16).

Pode-se perceber que a biblioterapia individual é um refinamento de

orientação do leitor enquanto que a biblioterapia em grupo é um hibrido campo

da psicologia biblioteconomia usando sessões e discussões como modalidades

terapêuticas.

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Como a biblioterapia configura-se como um serviço de informação

também, então neste contexto o profissional da informação, ou seja, o

bibliotecário pode e deve estar sempre se adequando a este ambiente de

trabalho no qual esteja inserido.

[...] biblioterapia demanda espaço apropriado, que possa contribuir para que o leitor se expresse por gestos e palavras, e onde o biblioterapeuta possa interagir com ele, encorajando-o em suas expressões afim de que possa encontrar respostas para seus conflitos. (PINTO, 2005, p.41)

O objetivo mais amplo da biblioterapia é ajudar na reabilitação da auto-

estima de indivíduos portadores de doenças crônicas, mas esse objetivo tende-

se a estendesse a outras áreas, ajudando crianças, jovens e adultos com

diversos problemas emocionais.

Para se ter maior entendimento sobre o que seja biblioterapia, será

analisado os tipos de biblioterapia. Há três tipos de Biblioterapia: a Institucional,

a Biblioterapia Clinica e a Biblioterapia Desenvolvimental (CAMPOS, 2007;

PEREIRA, 1998; e MARCINKO, 1989 apud GUEDES e FERREIRA, 2008).

Entende-se como Biblioterapia Institucional (Paciente psiquiátrico) sendo

caracterizada pelo uso de textos de limpeza mental, geralmente utilizado por

pessoas hospitalizadas. Dessa maneira, busca auxiliar uma instituição ou um

grupo de pessoas, disseminar e esclarecer problemas específicos, auxiliando

na tomada de decisões e reorientação de comportamento referente ao

trabalho. Assim utiliza-se uma leitura didática, podendo ser utilizada

individualmente ou em grupo e aplicadas por médicos e bibliotecários.

Há também a Biblioterapia Clinica (Pessoas com problemas emocionais)

tem a finalidade de trabalhar o comportamento das pessoas em

desenvolvimento com questões emocionais. Sua atividade é realizada em

hospitais, clinicas e organizações de saúde mental. Assim, tem como objetivo,

fazer com que seus pacientes modifiquem seus comportamentos e atitudes

encontrando soluções para seus problemas. Utiliza-se a literatura imaginativa

sendo realizada por médicos, bibliotecários e psicoterapeutas.

17

Biblioterapia Desenvolvimental (Pessoas normal em crise) busca auxiliar

a pessoa em tarefas comuns, além de auxiliar como lidar com problemas

pessoais do dia-a-dia. Utiliza instituições educacionais para o desenvolvimento

pessoal. Nesse caso é utilizada a leitura didática e imaginativa, não sendo

ligada a medicina é realizada por bibliotecários, educadores e outros.

Podem-se destacar dois métodos relevantes para a biblioterapia no

trabalho com pacientes: a leitura e as atividades lúdicas. A leitura é muito

importante para um individuo que necessite de instrução, ou seja, de um

tratamento terapêutico para formação emocional ou educacional. A leitura

colocada em prática pode ser transformada em uma ferramenta de função

terapêutica, aliviando dores e mostrando soluções para problemas.

A leitura de um mesmo texto pode provocar reações diversas em indivíduos diferentes, em função de suas experiências, de sua condição social ou de seu poder de percepção e das contingências que o levariam a ler especificamente aquele texto. (BORBA, 19991).

O gosto pela leitura é um dos resultados da interação e socialização das

pessoas e dessa forma pode ser adquirido através de tratamento

biblioterapêutico, no entanto, outras ferramentas existentes na biblioterapia

podem facilitar pelo fato da disseminação de cura com a leitura.

Assim pode-se observar que a leitura é fundamental na vida de um

individuo, pois se vive num mundo globalizado onde há um excesso de

informação e muito conhecimento é disseminado e posteriormente passado a

todo instante, exigindo constante atualização e conhecimento de mundo. A

leitura é considerada por Witter (1989) apud Borba (1999) como um processo

de desenvolvimento, presente na vida de todo homem.

As atividades lúdicas têm como objetivos ajudar as crianças a entrar em

contato com o mundo do conhecimento e da informação, além de desenvolver

1 Dados disponível na Internet, sem indicação de página.

18

habilidades de criar e relacionar-se em atividades em grupo. As atividades

lúdicas funcionam como exercícios necessários e úteis à vida (MALUF, 2006).

FIGURA 1: Atividades Lúdicas

Fonte: http://www.google.com.br/search?q=atividades+l%C3% Acesso em: 04 out. 2011

As atividades lúdicas podem ser favoráveis tanto pelo aspecto de

diversão e prazer, quanto pelo aspecto da aprendizagem. Ao desenvolver as

mesmas, explora-se e reflete-se sobre a realidade, a cultura em que vivemos e

questionam-se regras e papeis sociais.

Assim pode-se perceber que as atividades lúdicas, transformam a

realidade através da imaginação,

Como sendo alvo desta pesquisa a função do bibliotecário neste serviço

informacional, o próximo capítulo será analisado este profissional.

19

3 BIBLIOTECÁRIO

Do ponto de vista histórico através de pesquisas pode-se constatar que

o trabalho do bibliotecário nasceu paralelamente á criação das primeiras

bibliotecas do mundo pela nobreza e pelo clero. Normalmente, exerciam as

funções biblioteconômicas, os eruditos, homens (não mulheres) das letras ou

eclesiásticos, sem qualquer formação bibliotecária estruturada. Os mesmos

atuavam como conselheiros e também auxiliavam seus usuários na

recuperação da informação.

O profissional de Biblioteconomia e Ciência da Informação exerce sua

atividade profissional sem estar necessariamente subordinado a uma

instituição ou a um empregador. A profissão em caráter liberal também

pressupõe a realização de serviços de ordem predominantemente intelectual.

Bibliotecário é sinônimo de uma infinidade de possibilidades

profissionais, transformando-se cada dia em um profissional com várias

habilidades e com uma ampla abertura para trabalhar profissionalmente em

diversos campos, diferente de tempos atrás onde o profissional da área se

limitava a atuar somente em bibliotecas. Estas mudanças estão relacionadas

principalmente as grandes transformações que interfere na vida da sociedade

atual, tais como: o acelerado desenvolvimento científico e tecnológico, a

globalização e as chamadas Novas Tecnologias da Informação e da

Comunicação (TICs).

O profissional do Século XXI tem se deparado em bibliotecas, centros de

documentação, em eventos de classe (e outros sem ser relacionados à

biblioterapia e a ciência da informação) de forma diferente do costume

tradicional, fazendo diferença diante das atualizações frente às novas

tecnologias. O bibliotecário neste início de século é um profissional atuante em

várias áreas no mercado, inserindo-se não só apenas na área da

biblioteconomia, bem como em outros âmbitos como a biblioterapia,

destacando-se como um profissional multifacetado.

20

O profissional desta forma vem atendendo as exigências do mercado

que está além do básico na relação profissional destacado como suas

atribuições, o mesmo está relacionado ao universo digital e se inteirando ao

pensar digital, assim, atenta-se para os conhecimentos a sua volta e

principalmente para as novas possibilidades que despontam a cada dia no

mercado de trabalho.

Os bibliotecários além de organizar a unidade de informação de modo

que facilite o acesso à informação, tem que ter conhecimento da parte

pedagógica, para saber se portar diante das necessidades de trabalhar a

ferramenta leitura. É necessário muitas vezes que em uma unidade

informacional o profissional bibliotecário tenha uma base interdisciplinar, para

exercer diversos papéis que vão desde contador de histórias a orientador.

Cabe frisar que o bibliotecário responsável pela unidade informacional,

deve promover atividades como a prática da leitura para ampliar os

conhecimentos de seus usuários, objetivando-os no processo de

desenvolvimento cultural.

FIGURA 2 – A evolução dos bibliotecários

Fonte: http://www.coisadebibliotecario.com.br. Acesso em: 18 ago. 2011

21

De acordo com Dora (2011), segue os tipos de bibliotecários:

Bibliotecários Acadêmicos ou Universitários – Os bibliotecários

escolares, nas bibliotecas universitárias. Bibliotecários acadêmicos geralmente

coordenam uma série de atividades referentes ao ambiente universitário

(eventos, palestras, oficinas, cursos) e organizam as informações,

desenvolvendo coleções de acordo com o currículo universitário.

Geralmente as bibliotecas universitárias são as maiores, desenvolvendo-

se até mesmo em biblioteca setoriais, formando um sistema de bibliotecas, pra

melhor abarcar o acervo de acordo com os departamentos e/ou centros de

ensino. Além dos serviços correntes que existem em bibliotecas como os

acervos especializados de livros raros e históricos, monografias, teses e

dissertações, serviço de referência, entre outros.

Bibliotecários de Ação Cultural – A ação cultural é mais freqüente em

bibliotecas públicas e também em centros culturais. O bibliotecário que atua

com Ação Cultural, é consciente de sua dimensão educativa e política e visa

transformar e operar mudanças na realidade da comunidade onde está

inserido. Além da comunidade, seu relacionamento também pode se estender

aos movimentos sociais, engajando-se em projetos amplos com o objetivo de

integrar a comunidade como um todo.

Enquanto o bibliotecário de Instrução ensina e auxilia os usuários, o

bibliotecário de Ação Cultural faz a mediação entre a comunidade e o projeto a

ser desenvolvido, tratando usuários não como receptores apenas, mas como

sujeitos da criação cultural.

É interessante o papel de desalienação da cultura de massa e busca de

uma identidade cultural própria, que pode surgir de uma idéia do bibliotecário

de Ação Cultural. Em seu papel de líder, o agente deve recorrer às possíveis

fontes de recursos a fim de viabilizar a implementação dos projetos, seja

através de órgãos governamentais ou entidades privadas, valendo-se das leis

de incentivo à cultura.

22

Bibliotecários de Desenvolvimento de Coleções – Estes são os mais

“administradores” e/ou gestores dos bibliotecários onde este tipo de

planejamento geralmente é feito pelo bibliotecário-chefe, que também tem

outras atribuições e responsabilidades a mais.

É raro uma equipe ou uma pessoa que lide exclusivamente com isso,

mas talvez exista. Questionasse a quem compete o desenvolvimento de

coleções se é ao bibliotecário, ou compete à comunidade, aos usuários da

biblioteca em questão.

A seleção de livros, periódicos, fontes eletrônicas e outros materiais

precisam ser monitoradas. Posições que lidam com orçamento são complexas

e para ter a aprovação, de vê possuir uma boa justificativa, para que seja

acatada alguma decisão que envolva certos recursos.

Bibliotecários Escolares – Para se trabalhar em uma biblioteca

escolar, deve-se ter um pré-requisito básico que é gostar de crianças e pré-

adolescentes. Geralmente bibliotecários escolares trabalham em conjunto com

professores, e às vezes também de forma muito parecida, como os mesmos,

estimulando a leitura e ajudando as crianças com o uso de ferramentas da

internet.

As atividades de um bibliotecário escolar são coordenadas de acordo

com o currículo, embora não devam ater-se apenas a ele. Uma biblioteca

escolar tem acervo especial com material diferenciado tais como: gibis, revistas

para crianças, e outros além de programas voltados para crianças, focados na

interação com os pais.

Bibliotecários Especiais – Bibliotecários especiais são diferentes de

bibliotecários especializados por suas preocupações serem ainda mais

específicas.

Bibliotecários especiais estendem seus serviços e benefícios a outras

parcelas da comunidade, provendo serviços informacionais e culturais para

grupos de minorias, tais como pessoas com deficiências (auditiva, visual,

mental, etc.), estrangeiros, alguns grupos de movimentos sociais, comunidades

23

desamparadas ou de baixa renda, prisioneiros e transgressores, sem teto e

comunidades rurais.

Bibliotecários Especializados – Trabalha em bibliotecas de medicina,

odontologia, direito, artes, em grandes acervos de fotografias, instrumentos

musicais ou em bibliotecas de empresas particulares. A área específica na qual

o bibliotecário trabalha de um modo mais sistêmico, holístico mesmo. Ou seja,

o trabalho de gerenciamento da biblioteca é muito importante.

Mas o profissional bibliotecário especialista não deve focar-se apenas

nele. Basicamente, qualquer área do conhecimento pode ter seu próprio

bibliotecário, basta à pessoa ter interesse pela área em questão e ser

motivada.

Bibliotecários de Instrução – Auxiliam com o letramento informacional

de usuários em aulas presenciais e/ou através da criação de objetos de

aprendizagem online.

Instruem usuários a encontrar, avaliar e usar a informação efetivamente,

usarem determinados programas e bases de dados, ou indicam quais são as

normas (ABNT, Vancouver, etc.) mais utilizadas e aceitas para apresentação

de pesquisas ou trabalhos acadêmicos. São mais comuns em bibliotecas

acadêmicas.

Bibliotecários de Processamento Técnico – Estes são os

profissionais que trabalham “nos bastidores” da biblioteca, com catalogação,

classificação e indexação de todos os materiais do acervo. Este é um trabalho

muito recluso, repetitivo e que lida com uma série de materiais auxiliares

(AACR2, CDD, CDU, Cutter-Sanborn).

O tipo de serviço é considerado criativo, pois esse serviço o núcleo, se

não existisse tais como são a biblioteconomia provavelmente se

descaracterizaria e se tornaria outra coisa que talvez ainda não exista (que é o

que provavelmente acontecerá, algum dia).

24

Porém organizar informação é apenas mais uma parte de todo um

processo e não o processo principal ou ainda, o menos importante. É apenas

essencial para uma biblioteca (física) que se pretende razoavelmente

organizada.

Bibliotecários de Referência ou de Pesquisa – Trabalham

diretamente com o público, com pessoas de todas as idades e vários tipos de

materiais. Ajudam as pessoas a realizar levantamentos bibliográficos para uma

pesquisa e encontrarem as informações que precisam, através de uma

conversa estruturada, assim como uma entrevista de referência.

A ajuda pode tomar forma de pesquisa sobre uma questão específica,

promovendo um uso mais direcionado de bases de dados e outras fontes

eletrônicas de informação. O bibliotecário de referência ainda pode obter

materiais especializados de outras fontes ou prover acesso a materiais

delicados ou raros.

Bibliotecários de Restauração – Alguns cursos, inclusive o curso de

biblioteconomia de algumas universidades tais como da UFSC, há alguns anos

ofereciam disciplinas optativas de restauração de livros, especificamente.

Tempos atrás nem eram conhecidos por bibliotecários, mas talvez bibliófilos-

restauradores que entendem de técnicas de restauração de livros antigos. As

pessoas que trabalham com isso compreendem que, além do apego

sentimental aos livros – que muita gente ainda tem – questões como a

preservação e a memória também têm sua relevância, em alguns contextos.

Bibliotecários de Sistemas – Desenvolvem, reparam e mantém os

sistemas de bibliotecas, fornecendo bases para a organização das informações

a partir do computador, sejam elas feitas por bibliotecários ou usuários.

O trabalho de um bibliotecário de sistemas pode incluir o catálogo, bem

como outros sistemas relacionados, tendo como principal foco a qualidade na

recuperação das informações e auxílio no desenvolvimento de interfaces

amigáveis que auxiliam na autonomia de usuários, na busca por informações.

25

Para este tipo de bibliotecário, deve possuir conhecimentos de informática

(bancos de dados, sistemas operacionais, programação, software livre, etc.).

Bibliotecários Virtuais – Ou em inglês, os weblibrarians. Bibliotecários

virtuais administram bases de dados e trabalham para organizar e preservar

uma série de informações que encontramos disponíveis online.

Esses bibliotecários são tipicamente classificados como Arquitetos da

Informação e este tipo de trabalho pode ser bastante inovador, principalmente

quando aplicado em conjunto com bibliotecas físicas. Eles podem desenvolver

meios novos e incomuns de arquitetura de informação e linkar dados de uma

fonte com outra.

Biblioterapêutas – As áreas interdisciplinares que corroboram com a

Biblioterapia geralmente são a enfermagem e também a psicologia. A

biblioterapia pode ser conceituada como a prescrição de materiais de leitura

com função terapêutica.

A prática biblioterapêutica pode ser utilizada como um importante

instrumento no restabelecimento psíquico de indivíduos com transtornos

emocionais. O foco do biblioterapeuta é bastante voltado para os pacientes

que estão sendo atendidos, e as atividades de biblioteca (administração,

processamento, gestão), apesar de também serem importantes, ficam sempre

em segundo plano.

Dessa maneira será analisado mais especificamente o profissional

bibliotecário na área da biblioterapia no capitulo que segue.

26

4 O BIBLIOTECÁRIO E A BIBLIOTERAPIA

O papel do bibliotecário neste processo é de suma importância se este

profissional estiver apto a realizar atividades propostas. É indicado um

treinamento especial para a Biblioterapia e a possibilidade de trabalhar com

outros profissionais de áreas como educação e psicologia.

O Biblioterapeuta é antes de tudo um profissional bibliotecário com

formação, para promover a leitura como um instrumento terapêutico, assim

sendo, um profissional especializado que atua em outros âmbitos da

sociedade, interagindo em ambientes de trabalho com diversos profissionais,

tais como o psicólogo, o pedagogo, o psicoterapeuta e outros.

Segundo Ouaknin (2006, p.14):

O terapeuta cuida desse sopro que da forma ao corpo. Curar alguém é fazê-lo respirar: “dar espaço ao sopro” e observar todas as tensões, bloqueios e através que impedem a livre circulação sopro, isto é, o desabrochar da alma no corpo. O papel do terapeuta será o de “desatar” esses nós da alma, esses entraves à vida e a inteligência criadora no corpo animado do homem.

O referido autor também destaca sobre o papel do biblioterapeuta como sendo:

[...] cuidar do ser, isto é, essencialmente, cuidar da liberdade e da abertura que provoca uma linguagem em movimento. O terapeuta deve assim “desfazer” não somente os “nós da alma”, que são um entrave a vida e a inteligência criadora, mas também os “nós da linguagem”, palavras encerradas na prisão de um sentido único. (OUKANIN, 2006, p.21)

Entende-se como sendo um papel relevante o serviço que o bibliotecário

pode e deve desempenhar nesta atividade. Precisando sempre de educação

continuada, pois o que se pode constatar é que a estrutura curricular dos

27

cursos de graduação em Biblioteconomia no Brasil, não enfoca este tipo de

serviço, possivelmente por ser uma atividade ainda pouco difundida.

Entretanto, vale ressaltar, que somente a leitura sem acompanhamento

terapêutico, não se traduz em biblioterapia, pois essa atividade é realizada

entre o individuo que está enfrentando uma situação especifica, que busca

encontrar uma solução para o problema, e aquele que possibilita algum recurso

para concretização desde intento, ou seja, o bibliotecário com formação

terapêutica, o psicólogo, o psicoterapeuta, o psiquiatra ou ainda o bibliotecário

em uma atividade conjunta com estes profissionais.

Segundo Pinto (2005, p.41) “o ato da leitura demanda necessariamente

do leitor a construção de sentidos sobre o que está lendo, podendo este

emocionar-se, tanto com a leitura de livros, como escutando uma música ou

assistindo a um filme”.

Para o desenvolvimento dessa atividade o bibliotecário junto com os

outros profissionais pode e deve utilizar algumas ferramentas para melhor

desenvolver o trabalho. O próximo capitulo detalhará algumas ferramentas que

podem auxiliá-los a desempenhar um trabalho mais eficaz.

4.1 AS FERRAMENTAS DO BIBLIOTECÁRIO NA BIBLIOTERAPIA

O bibliotecário em sua formação acadêmica ainda não se inseriu nesta

atividade, para tanto busca adaptação de outras áreas, como a de pedagogia,

da saúde dentre outras.

4.1.1 Contação de histórias

A contação de história surgiu desde os tempos mais remotos, quando o

homem, ainda um bárbaro, percebendo suas habilidades para conquistar o

28

respeito e a aprovação diante de seus conterrâneos, começou cultivar seus

talentos na arte de contar histórias para entender e proporcionar prazer aos

que estavam a sua volta.

Hoje existem várias formas atualizadas de comunicação, mas nada

substitui e as outras são falhas diante da forma mais antiga que é um homem

diante de outro, assim esta é a forma mais eficaz e perfeita já existente. Ao

contarmos histórias, transferimos a outra pessoa, o mundo do faz de conta

para o real, ou seja, para um mundo inexistente coisas diversas que só

acontece o que queremos.

De acordo com Silva (2008):

A contação de histórias age na formação da criança em várias áreas. Contribui no desenvolvimento intelectual, pois desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação por meio da construção de imagens interiores e dos universos da realidade e da ficção, dos cenários, personagens e ações que são narradas em cada história.

Portanto, contar histórias para pacientes em hospitais ou em unidade de

informação é um trabalho luminoso, pois o momento proporciona para o

paciente carinho, afeto, sonhos e fantasia.

Estimular crianças, adolescentes e adultos através da leitura de obras

infantis, com brincadeiras, promovendo atividades culturais, estimula a

criatividade e o bom humor, contribui com a humanização e integração entre os

pacientes e os profissionais que contribuem com os serviços. Favorece a

comunicação com a realidade externa e fortalece princípios ao ser humano tais

como: o amor, organização, responsabilidade, respeito, paz, união e etc.

Dessa forma o bibliotecário pode estar inserido nesta área, nesse

trabalho importante, na capacidade de promover o entretenimento, a cultura e a

informação, através de estímulos a leitura por meio da contação de histórias,

transformando a interação a aprendizagem no brincar e em momentos

descontraídos e agradáveis, favorecendo para o bem-estar dos pacientes.

29

4.1.2 Brinquedoteca

A Brinquedoteca é uma instituição que tem como objetivo garantir a

criança um espaço que se destine a brincar. Brincar significa liberar o excesso

de energia, fazer imitações e aprender. “A brinquedoteca é um espaço para

liberdade, alegria e resgate do brincar” (ALMEIDA 1997 apud RAMALHO

2004).

Ao brincar as crianças não o fazem para imitar situações prazerosas,

mas para liberar situações traumáticas e prazeres. Assim, através do uso de

jogos e histórias, é possível perceber e tratar problemas emocionais.

A brinquedoteca em uma unidade de informação tem como objetivo

tornar mais agradável o momento da criança na instituição. Promovendo auto-

estima e melhoria em auxilio a recuperação, conforme for constatado pelo

médico.

De acordo com Santos (1997) apud Ramalho (2004) a brinquedoteca é

um espaço que oferece condições para a formação da personalidade e é onde

são cultivadas a criatividade e a sensibilidade. Na brinquedoteca, as crianças

são livres para descobrir novos conceitos, realizar experiências, criar seus

próprios significados ao invés de apenas assimilarem os significados criados

por outros indivíduos.

A brinquedoteca contribui para o processo e interação e socialização da

criança e do adulto, permitindo oportunidades de realizar atividades em grupo e

livremente.

Através das brincadeiras e jogos educativos, podem reestruturar

algumas atividades diárias, ao minimizar os efeitos de possíveis internações

futuras e passar por esse período sem trauma.

O bibliotecário ao utilizar brinquedos e brincadeiras diversas, preserva e

resgata a identidade cultural da sociedade, e permite a interação entre todos.

30

4.1.3 Musicoterapia

Pode-se dizer que desde que o mundo é mundo, há propagação de som.

Desta forma os antigos da pré-história que já se preocupavam em deixar

gravados seus rituais, assim gravados através de uma simbolização os sons

produzidos por instrumentos confeccionados por diversos tipos de matérias-

primas.

Neste início de Século XXI pode-se observar que os desenvolvimentos

dos meios de comunicações em massa, e a relação do homem com a música

vêm sofrendo modificações, através das novas tecnologias como, a televisão e

rádio, a música passou a fazer a parte do cotidiano do homem.

A musicoterapia tem como principal objetivo provocar e liberar os

sentimentos reprimidos, pois eles são geralmente bloqueados por tensões que

impedem a sua plena realização.

Barcellos (1998) apud Nascimento (2003) enfatiza que é de fundamental

importância que o musicoterapeuta tenha uma compreensão de onde o

paciente está musicalmente (que estará traduzindo o seu mundo interno) e,

principalmente, que vá onde ele estiver.

A terapia ao ser realizada não deve ser em paciente tão passivo, o

tratamento não deve ser empregado apenas para escutar o que está sendo

musicalizado, e sim, fazer com que seus pacientes participem ativamente,

criando suas próprias melodias, tornando-se importante na produção da

mesma, elevando sua auto-estima e proporcionando agradável sensação de

escutar o que eles próprios poderão produzir.

A musicoterapia consegue de forma eficaz e eficiente, dentro da mais

profunda emoção, conseguir despertar desejos, medos, sentimentos,

facilitando assim o tratamento e elevando a auto-estima do paciente.

4.1.4 Teatro de fantoches

O teatro de bonecos ou teatro de fantoches, através de sua magia atinge

a sensibilidade de crianças e adultos, que riem e sonham com aventuras

31

incríveis. Fantoches são bonecos de madeira, papel, plásticos que representam

pessoas, animais e até personagens sendo manipulados de forma manual ou

mecânica.

Esses brinquedos são manobrados com a mão, de forma oculta através

de um pano feito de roupas dos bonecos, encaixando-se com os dedos em

suas cabeças e braços ocos, proporcionando-lhes os movimentos.

Integrantes da história ou do folclore de todos os povos, os bonecos de

fantoches eram conhecidos como mamulengos, no interior do Brasil, mas

especificamente no Nordeste, com temas desde os bíblicos, comédia e

assuntos da atualidade.

O teatro de fantoches estimula a percepção e a reação inconsciente a

uma imagem personificado, em seres humanos, além de contar com uma

facilidade de emitir a realidade.

O relato apresentado no teatro de fantoches pode ter como objetivo transmitir à criança que ela não é a única pessoa passando por um problema desse tipo. Além disso, o relato pode conter alguns obstáculos e soluções, bem como situações em que o personagem domina, ou resolve o problema ou supera a crise. (PAPAI..., 2000, p.32)

Sendo assim o teatro de fantoches uma arte multidisciplinar, é um meio

privilegiado para envolver jovens em atividades em grupo, através de uma

dinâmica de projetos mobilizadores. E o bibliotecário age com os meios de

transformação social, com objetivo e atingir de forma simples e com grande

parcela da população, incluindo de crianças a adultos, independente do nível

social-econômico.

O próximo capitulo abordará os tipos de usuários que podem ser

trabalhados na biblioterapia e ações que podem ser implementadas no

tratamento, para assim, tornar mais eficaz o trabalho do profissional

bibliotecário.

32

5 QUE USUÁRIOS PODEM SER TRABALHADOS NA BIBLIOTERAPIA?

“[...] nascer é uma oportunidade, viver é um risco, envelhecer é um privilégio”. (autor desconhecido)

Com o desenvolvimento da ciência, principalmente a medicina, a

expectativa de vida do ser humano, a cada dia aumenta, causando transtornos

sociais. Como exemplo, a idade avançada, no qual apresenta problemas

sociais de diferentes necessidades que se decorrem, na maioria das vezes

sendo despercebida. O que se pode constatar através da mídia é que algumas

vezes quando as pessoas estão mais velhas (acontece com alguns indivíduos),

não se sente capaz de acompanhar o desenvolvimento industrial e tecnológico.

Há inclusive relatos de pessoas que são praticamente “descartadas” do

mercado de trabalho, quando não apresenta capacidade de dar continuidade

no manejo de equipamentos. Dessa forma, a rotina e o padrão de vida de

pessoas acima de 65 anos muda quando são aposentados de suas ocupações.

Surgem problemas psicológicos e sociais que tornam pessoas sem estímulos e

fadadas a pertencer a lugares indesejados.

Diante do contexto a bilbioterapia pode contribuir para essas pessoas

muitas vezes denominadas pejorativamente de “velhas”, valorizando seus

valores. Encontrando no espaço de uma unidade de informação através da

leitura, apoio, ajuda e condições melhores para a convivência.

Pinheiro [20-?] destaca que: O Projeto Renascer é, essencialmente, um

programa permanente de biblioterapia, como alternativa de cunho educacional

e terapêutico, junto aos idosos do Lar Torres de Melo, em Fortaleza,

recorrendo à leitura e a outras atividades lúdicas como coadjuvante no

tratamento de pessoas acometidas de doenças, em estados depressivos ou

que passem muito tempo afastado do lar e da convivência familiar.

A autora ainda continua sobre os resultados ora alcançados, nos quais

são indícios de que as experiências vivenciadas no Projeto mostram a leitura

33

como fator interveniente no comportamento dos idosos. Esta possibilita visão

de mundo mais otimista e corrigem, ainda, comportamentos, decorrentes da

idade avançada.

Assim, a biblioterapia além de contribuir para melhoria de vida dos

idosos, apresenta leitura como uma ferramenta prazerosa e também para sua

conduta. A leitura proporciona o intuito de tranqüilizar e amenizar dores e

sofrimentos vivenciados pelos idosos, ao passar do tempo. Com essa terapia o

idoso pode aflorar suas emoções e despertar o desejo de ver a vida de outra

maneira que proporcione prazer.

A leitura pode contribuir para provocar transformação no campo social,

político e da saúde, assim a aplicação da biblioterapia como valor terapêutico

em crianças, pode minimizar o sofrimento das mesmas com auxilio das

terapias a serem utilizadas, a leitura (contação de histórias) proporciona a

crianças momentos prazerosos, além das pinturas dentre outras mensagens

transmitidas.

A biblioterapia aplicada a crianças é uma forte maneira de despertar e

incentivar o gosto pela leitura, antes mesmo da alfabetização. As atividades

desenvolvidas na biblioterapia, além de serem estimuladoras da leitura,

facilitam a socialização das crianças por atividades em grupo, proporcionando

momentos de afetos, demonstrações de carinho e solicitações de ajuda para

determinadas inseguras situações.

Segundo Fontenele [20-?], neste início de Século XXI a biblioterapia

desenvolvida no HIAS dá-se através do atendimento individual. Esta técnica é

aplicado devido á impossibilidade da criança deixar o leito (seja por

incapacidade física, ou devido a aplicação endovenosa de soro, sangue ou

outra substância). Indaga-se a ela o seu interesse pela leitura, apresentando-

lhes diversos livros e ela escolhe o que lhe despertar maior interesse.

Os livros utilizados na prática biblioterapêutica são compostos por

textos, texto com imagem, e ainda livros contendo só imagem, os quais deixa

livre a imaginação da criança para inventar e criar histórias diante do tema do

34

livro. Quando as crianças maiores ouvem as histórias, aprimoram a sua

capacidade de imaginação, já que ouvi-las pode estimular o pensar, o

desenhar, o escrever, o criar, o recriar (CASTRO, 2011).

Segundo Sandroni e Machado (2000, p.12) apud Castro (2011) “a

criança percebe desde muito cedo, que livro é uma coisa boa, que dá prazer”.

As crianças bem pequenas interessam-se pelas cores, formas e figuras que os

livros possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e

nomeando-as.

5.1 TIPOS DE USUÁRIOS

A biblioterapia e suas ferramentas podem e devem ser utilizadas por

portadores de doenças crônicas, crianças, jovens em presídios, adultos,

deficientes físicos, idosos entre outras pessoas com necessidades de

tratamento da natureza psicológica no intuito de ajudar a diminuir a depressão

e aumentar o equilíbrio psicológico.

Alves (1982) apud Caldin (2001) discutiu o papel da biblioterapia nas

prisões. Considerou necessária a reeducação do presidiário, e abordou a

leitura como fonte de informação bem como um auxiliar na diminuição do

stress. Aliou a terapia convencional o trabalho e o lazer.

Duarte (2005) aplicou uma proposta de implementação de Biblioteca

infantil no Centro de Oncologia do Hospital Infantil Varela Santiago, com intuito

de elevar a auto-estima das crianças portadoras de câncer e proporcioná-las a

leitura e outras atividades lúdicas como forma de lazer e prazer para os

mesmos, em auxilio ao tratamento.

Seitz (2006) realizou uma pesquisa com pacientes internados em

Clínicas médicas do Hospital Universitário Federal de Santa Catarina

(HU/UFSC), com objetivos de investigar o nível de aceitação da Biblioterapia

35

como atividade de lazer e verificar a aceitação de implementação de

programas de leitura no HU/UFSC.

Pereira [20-?] proporcionou aos alunos do Instituto dos Cegos da

Paraíba "Adalgisa Cunha" um maior conhecimento de Biblioterapia, no sentido

de lhes oferecer subsídios para uma melhor solução de seus problemas e

necessidades e motivar os mesmos através de palavras espirituais e de

conforto, com intuito de despertar a sua auto-estima e reintegrá-los à

sociedade.

Pinheiro [20-?] ressalta que a Universidade Federal do Ceará (UFC),

através da Pró-Reitoria de Extensão e do Curso de Biblioteconomia incorporou

ao leque de suas atividades de extensão, o “Projeto Renascer”, a biblioterapia

para o idoso, com o intuito de reforçar valores e dissipar isolamento. Para

assim, incentivar grupos de alunos a desenvolverem atividades culturais e

atividades que despertem o interesse e o gosto pela leitura. Fornecer aos

idosos, informações que lhes proporcionem melhores condições de vida.

Nascimento et al (20-?) ressalta o “Projeto Biblioteca Viva”, criado pelo

Centro Universitário do Norte Paulista em 2004, o qual promove a Biblioterapia

como recurso terapêutico coadjuvante no tratamento de pacientes internados.

O Projeto mantém mini-bibliotecas em centros de saúde e hospitais,

visando oferecer aos pacientes, acompanhantes e familiares dos mesmos,

recursos de leitura para ocupar o tempo ocioso e contribuir para o bem-estar

mental dos pacientes envolvidos em tratamentos de saúde. Com objetivo de

evidenciar que o diálogo pode ser uma fonte de restituição de vida em

momentos de fragilidade, angústia, desespero ou descrença.

36

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir diante do que foi analisado e pesquisado, que com o

advento da informação e as mudanças na sociedade da informação, a

biblioterapia configura-se com mais um serviço de informação, como sendo

uma prática considerada relevante, através do auxilio dos livros, para auxiliar

pessoas a solucionarem problemas.

Assim, a biblioterapia pode e deve ser utilizada para tratamento,

prevenção de problemas pessoais, para proporcionar desenvolvimento

emocional através de experiências e auxilio nas mudanças de

comportamentos. A mesma é considerada mutidiscilplinar e essencial para o

crescimento e desenvolvimento de práticas terapêuticas.

Constatou-se que a leitura é uma ferramenta pioneira para o trabalho da

biblioterapia, onde a mesma pode proporcionar ao leitor momentos de prazer

diante de problemas, mesmo de forma inconsciente.

A prática e o gosto pela leitura é um dos fatores que a biblioterapia

proporciona alavancando uma busca por mais informações e pelo

conhecimento, podendo ser considerado o primeiro passo para a solução dos

problemas e eficiência do tratamento da técnica biblioterapêutica.

Dessa maneira, a Biblioterapia pode ser destacada como uma atividade

interdisciplinar, desenvolvida através de parcerias como a biblioteconomia, a

Educação, a Literatura, a Psicologia, a enfermagem e a Medicina.

Pode-se constatar que o bibliotecário ou biblioterapêuta promove a

leitura como um instrumento terapêutico, permitindo ao individuo um

atendimento profundo de natureza psicológica do mesmo, auxiliando na

motivação da vivência e abordando alternativas e informações de cura para

determinadas doenças.

Assim Fica evidenciada, a importância do profissional bibliotecário, como

mediador de tais ações na área da biblioterapia, promovendo maior segurança

37

para os pacientes e eficiência no tratamento, bem como sua relação conjunta

com os profissionais da educação e saúde em que atua, devendo haver

decisões e objetivos em comuns, para que estes sejam alcançados de forma

eficaz.

Em todas as pesquisas mencionadas, percebeu-se que o trabalho

biblioteconômico torna-se um aliado, com o intuito de suavizar o intelecto

emocional dos indivíduos, visando amenizar e mostrar soluções para tais

problemas, assim com essas e outras características da biblioterapia nota-se a

necessidade dos profissionais da área da Ciência da Informação de modo a

atenderem as especificidades da mesma.

Conclui-se então, que a biblioterapia é uma área do conhecimento

multidisciplinar, que com aplicação da leitura terapêutica e atividades lúdicas,

pode favorecer e beneficiar muitos enfermos. Por isso, acredita-se que o

bibliotecário pode e deve aderir a novas posturas, frente a essa nova área de

atuação, desenvolvendo pesquisas que contribuem para o desenvolvimento da

sociedade e valorização do profissional bibliotecário.

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