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COMO MUDAR UMA CRENÇA EM 7

MINUTOS

COPYRIGHT ©2014 by Felipe Conrado

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Você pode ter acesso a vários materiais, artigos e

publicações sobre a PNL e Coaching no Brasil e no

mundo em minha página do facebook: .:

www.facebook.com/pilulasdepnl e em meu blog

www.felipeconrado.com.br

Apoio: Instituto de Desenvolvimento Pessoal

Autor

Felipe Conrado é um proeminente pesquisador de

coaching e neurolinguística. Coach de vida, Master

em Programação Neurolinguística, especializado

em PNL Sistêmica. Advogado especializado em

Direito do Trabalho, formado pela Universidade

Federal do Espírito Santo. Pós-graduando em

Filosofia.

Atualmente, coordena grupos de estudo

no INDESP de Vitória/ES, ajudando pessoas a

superarem os mais diversos tipos de desafios,

sempre tendo em vista uma abordagem sistêmica.

Ademais, presta serviços de coaching e consultoria

pessoal. Além disso, Felipe desenvolve estudos

aprofundados na área de estratégias e sistemas de

aprendizagem e em linguagem da mudança.

O seu propósito de vida é compartilhar as suas

descobertas com o mundo, impactar e ajudar as

pessoas a realizarem seus objetivos.

Contato:

Tel: (27) 996185666

Site: www.felipeconrado.com.br

Sumário INTRODUÇÃO ............................................................. 5

Análise do Tema ............................................................ 8

1. Quem Está no Controle? ......................................14

2. O Método do Tony Robbins .................................30

3. A Intenção Positiva ..............................................31

4. Ponte ao Futuro ....................................................32

5. Submodalidades ...................................................33

6. Contra Exemplo....................................................34

7. O Sistema PAW ...................................................34

Conclusão .....................................................................39

Anexo I ..........................................................................41

Anexo II .........................................................................51

INTRODUÇÃO

Atuando no dia a dia como coach, pude notar um

desejo intenso dos coachees em mudar crenças

limitantes. Vivemos em uma era na qual todos

sabem o quanto um pensamento negativo pode

influenciar uma pessoa pesarosamente.

Quem sabe você, leitor, deseja mudar sua forma de

pensar em relação a vários aspectos de sua vida. E

se é o primeiro contato que tem com o tema

“crenças”, saiba que não me refiro a convicções

religiosas, necessariamente. Uma convicção do tipo

“o mundo é perverso” já é capaz de lhe tirar muito

prazer da vida.

Não tenho dúvidas de que todos almejam acreditar

em boas ideias. Por exemplo, quando um indivíduo

acredita que “todos os dias o seu sucesso aumenta,

tanto se está trabalhando, estudando, divertindo-se

ou dormindo”, acaba por viver mais no AGORA.

Ao conviver com pessoas de alto nível perceberá

que acreditam que “tudo que fazem dá certo”. É por

isso que é altamente desejável estudar o assunto e

fazer do tema uma prática diária: Identificar

crenças limitantes e mudá-las para crenças

facilitadoras.

A grande pergunta é: se você não mudar suas

crenças limitantes sobre o mundo, as pessoas,

dinheiro, sobre si mesmo, quais serão as

consequências?

Posso garantir que muitos problemas de

relacionamento são causados por conta de crenças

limitantes. Uma pessoa que acredita que “as

pessoas são maliciosas” experimentará muita dor

na convivência diária. O Milton Erickson sempre

dizia que as pessoas sempre fazem aquilo que você

espera que elas façam.

Segundo a Revista Exame, 80% das demissões são

por conta de problemas de comportamentos. Eu

diria que 100% das demissões são por conta de

crenças limitantes. A principal é “Eu não sou capaz

de...”.

Problemas de saúde são em grande parte

ocasionados por crenças do tipo “eu não mereço”.

Se eu lhe perguntasse de 0 a 10, o quanto você se

acha merecedor de amor?

Sempre me surpreendo com a quantidade absurda

de notas baixas que aparecem em uma conversa

mais profissional, no campo do coaching.

Dívidas financeiras também tem sua origem no

campo emocional. Já reparou que quando sua

autoestima está baixa sente necessidade de comprar

mais? Ou quando está sentindo-se mal o gatilho da

compra é disparado?

A culpa também é muito eficaz no sentido de fazer

alguém entrar em maus lençóis financeiros.

Deixe eu lhe contar uma história pessoal. Este

ebook e uma amostra de um livro completo que

está em desenvolvimento.

O livro completo estava sendo escrito em uma

velocidade incrível até eu chegar na página 100.

Depois disso, o ritmo caiu muito e foram surgindo

outros projetos: mestrado, blog, cursos, etc.

Ao expor a situação para um amigo, coach e

programador neurolinguísta, ele me fez a pergunta

fatal: o que está lhe impedindo de escrever?

O que me veio foi algo do tipo: e se eu não for lido

por MILHARES de pessoas?, se não for um best

seller, então não valeu a pena...

Veja só o absurdo da crença (inconsciente). O que

estava me impedindo era um significado

extremamente limitante que exigia que milhares

lessem o livro a fim de eu considerar que valeu a

pena.

Quando isso veio ao meu consciente, na mesma

hora pensei o quão ridículo era aquele pensamento.

Meu amigo então me fez outra pergunta: o que

seria mais adequado tomar como crença no lugar

disso?

O que me veio foi “acreditar que se pelo menos

uma pessoa for beneficiada, então já valeu a pena o

trabalho”.

Depois que reinterpretei a situação a escrita voltou

a fluir e em breve publicarei o livro completo sobre

“Linguagem e Realidade”.

Análise do Tema

Esta parte do livro é mais teórica, de modo que se

você é do tipo que gosta de ir direto ao ponto

sugiro que pule este capítulo.

Não escrevi este livro com a pretensão de afirmar

ter descoberto algo novo em termos de

funcionamento da mente.

Skinner disse que ninguém jamais poderá entender

o que ocorre no interior de um indivíduo. A mente

é uma caixinha preta e, por conseguinte, nós não

deveríamos nem tentar.

Não concordamos com tal pensamento. Durante

muito tempo se estudou a mente em seus aspectos

de causa e efeito, o que significa uma análise

externa. Com as neurociências, as impressionantes

descobertas apontam para uma neurologia pautada

em grande parte na linguagem. A experiência

humana é como um jogo de xadrez composta não

de peças, mas de palavras.

Em verdade, a tese defendida nesta obra de que “a

linguagem cria a realidade em que vivemos” é

muito mais antiga do que muitos pensam. Uma

pesquisa rasa nos livros sagrados já é suficiente

para comprovar o que estou dizendo.

Os filósofos já ensinaram esta ideia por toda a

história da humanidade. Aristóteles assim descrevia

a relação entre palavras e a experiência mental:

As palavras faladas são os símbolos da

experiência mental, do mesmo modo

que as palavras escritas são os símbolos

das palavras faladas1.

Os governos sempre se utilizaram de eufemismos

para manipular as massas: pacificação

(bombardeio), aumento de receitas (impostos).

Tenho dívidas intelectuais com diversos autores,

sobretudo com Noam Chomsky, Steven Pinker,

Richard Bandler e John Grinder.

No entanto, neste livro há mais reflexões do que

citações; possui mais argumentações racionais que,

julgo eu, valem por si mesmas do que argumentos

de autoridades.

Pouca gente sabe que a neurolinguística tem suas

raízes no trabalho de Noam Chomsky, pai da

gramática transformacional, e que Grinder e

Bandler criaram muito pouco em termos de

arcabouço teórico. É que isso nunca foi a intenção

1 DILTS, Robert. El Poder de La Palavra: La magia del cambio

de creencias através de la conversación. Editora URANO,

2008.

deles. A ideia era modelar bons comunicadores e

no curso do processo se depararam com a

“confirmação” de uma engenharia mental pautada

em grande parte na linguagem.

Grinder, um linguista famoso por conseguir

aprender línguas, foi (quem sabe) peça chave para

o início do que depois veio a se chamar PNL. É que

a linguagem é o coração da PNL. O metamodelo de

linguagem reflete a espinha dorsal de toda a

aparelhagem estruturada por Grinder e Bandler.

Você sabe, o poder da linguagem é intuitivo na

medida em que mesmo a pessoa mais simples traz

consigo a ideia de que as palavras têm poder, e que

não voltam vazias.

O que defendo é algo que está em baixo do nosso

nariz e muitas vezes não notamos: “se aprendemos

através da linguagem (pais, professores, pastores,

amigos, etc.) o desaprender também há de ser

através daquela”.

Advogo, também, a ideia de que 99% dos

problemas de todos os seres humanos são

linguísticos. Nunca vi meu cachorro reclamar de

medo da morte, crises existenciais, depressão,

porque tais questões não fazem parte do universo

linguístico canino.

É também evidente que é por meio da linguagem

que uma pessoa se define, tanto para si mesma

quanto para a sociedade e que as primeiras

autoimagens são aprendidas a partir das palavras

dos pais.

Outro ponto que também será discutido é que

internalizamos a linguagem de nossos pais,

professores e outros em posição de autoridade e

isso constantemente nos trás tensão, medo e

dúvida.

Reconhecemos que a trilogia da mente é

constituída de linguagem, representações internas e

fisiologia, mas este trabalho se ocupa

exclusivamente da primeira. Não defendemos que o

pensamento depende das palavras, porque algumas

pessoas pensam não com palavras, mas com

imagens mentais. Einstein, por exemplo, descobriu

a teoria da relatividade imaginando a si mesmo

montado num facho de luz e olhando para um

relógio situado atrás.

No entanto, mesmo os que pensam por imagens se

utilizam de palavras para etiqueta-las. Por exemplo,

visualizam um dia qualquer de sua vida e logo após

dizem para si mesmos “bons tempos”. O grande

truque é mudar estas etiquetas (interpretações).

As palavras também funcionam como símbolos de

referência e estimulantes da memória. Se você

disser mentalmente a palavra “amor” acabará por

evocar uma experiência qualquer na sua história

relacionada com este sentimento.

Assim, escrevi este livro, porque muito embora

poucas ideias apresentadas nas páginas seguintes

sejam minhas, um número bem pequeno de obras

ensinam como construir uma nova realidade através

da linguagem. O que existe em abundância são

autores defendendo o poder das afirmações, o

poder do pensamento positivo, o poder da intenção,

mas sobre como efetivamente construir ou

reconstruir uma realidade, existe pouco material,

principalmente no que tange à acessibilidade de tais

obras. Ler o trabalho de Chomsky não é nada fácil.

As palavras que usamos não valem apenas pelo que

significam no dicionário, mas também segundo o

contexto em que se emprega. E, às vezes, a

linguagem por si só tem o poder de criar um

contexto.

Steven Pinker diz que a linguagem “é claramente

uma peça de constituição biológica de nosso

cérebro” e “a linguagem humana é parte da

biologia humana”. Você pode imaginar os ganhos

que teria em sua vida se passasse a utilizar uma

linguagem mais adequada, principalmente consigo

mesmo. [...] Para a antropologia e a biologia

humana, as línguas traçam a história e a geografia

da espécie2.

O que você diz a si mesmo em um momento

desafiador faz toda a diferença no que

experimentará através dos órgãos dos sentidos. A

2 PINKER, Steven. O Instinto da Linguagem: Como a

Mente Cria a Linguagem. Martins Fontes. São Paulo,

2002, pág. 332.

maioria utiliza-se da linguagem para descrever o

que vivem no presente e no passado, mas este livro

se dedica a defender a tese de que a linguagem

pode criar a realidade que você experimenta e

“descriar” o seu passado, muitas vezes presente na

mente.

Como eu disse, a minha tese é tanto palpável

quanto intuitiva, na medida em que todos nós

vinculamos sentimentos a determinadas palavras.

Você pode notar a carga emocional que uma

palavra como “lealdade” tem no seu sistema.

Daremos atenção especial a um tipo de linguagem

da mente que está envolta em um sentimento de

certeza, chamada de convicção. Aquilo que diz

acreditando é o seu chão. Você anda na vida e

constrói tudo a partir disso.

Por falta de preparo linguístico, algumas pessoas

estão vagando por este mundo, meio acordadas. A

maioria meio dormindo, talvez.

Procurei utilizar uma escrita o mais clara e simples

possível e espero que se divirta lendo, quanto me

diverti escrevendo.

1. Quem Está no Controle?

Você é Responsável pelo seu Modelo Mental

“Nada tem qualquer poder sobre mim além daquilo

que permito por meio de meus pensamentos

conscientes." - Anthony Robbins.

Walter Isaacson, quando escreveu a respeito de

Steve Jobs, disse que o cocriador da Apple parecia

viver em uma realidade distorcida: “Na presença

dele, a realidade é maleável. Ele consegue

convencer qualquer um de praticamente qualquer

coisa. [...] “O campo de distorção da realidade era

uma mistura espantosa de retórica carismática,

uma vontade inflexível e um impulso de torcer

qualquer fato para se adequar à finalidade em

questão”. [...] Às vezes a gente discutia possíveis

técnicas para prendê-lo na terra, mas depois de

algum tempo a maioria do pessoal desistia,

aceitando-o como uma força da natureza.

Isaacson conta que a genialidade de Jobs baseava-

se na crença de que as regras não se aplicavam a

ele. É como se ele conseguisse dobrar a realidade a

seus desejos. E fazer com que as pessoas

acreditassem que podiam realizar o que parecia

impossível.

Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas o

único mundo que você conhece é o seu modelo

mental. Não é a realidade que nos limita ou nos

fortalece, mas sim o mapa que criamos desta

realidade.

Em PNL existe um pressuposto segundo o qual

“nós não reagimos ao mundo em si, mas às nossas

experiências. Nada vem ao mundo pronto, nós

damos significado. Em outras palavras,

absolutamente nenhum significado inerente existe

em relação a qualquer coisa. Fomos condicionados

a acreditar que a nossa percepção é a realidade e

esquecemos de lembrar que o filtro dos sentidos, da

cultura, do estado mental, dos valores estão

modulando o tempo todo o que está sendo

percebido pela mente. Escutamos o que queremos

escutar; lemos o que queremos ler.

Nosso conhecimento determina a nossa percepção,

e que, em última instância, não estamos em contato

direto com nenhuma realidade objetiva3.

Aposto que o mundo lhe parece diferente quando

está exausto ou em um mau dia. O horizonte fica

turvo, não é verdade?

Nós seres humanos buscamos um sentido para

tudo. É engraçado, pois somos obcecados por

3 PINKER, Steven. O Instinto da Linguagem: Como a

Mente Cria a Linguagem. Martins Fontes. São Paulo,

2002, pág. 232.

“motivos”. Por isso, ninguém consegue viver uma

vida aleatória e se comportar sem um propósito.

Daí nós passamos a vida significando as coisas, os

eventos, as pessoas, o passado, o presente, o futuro,

a vida após a morte, o sofrimento, a alegria, o

prazer, a dor...

O dia que você, leitor, encontrar uma pessoa

desesperada saiba que o que lhe falta é “sentido”.

A maior ilusão é acreditar que enxergamos o

mundo com os olhos. “O olho é a lente da câmera”.

Você visualiza, ouve e experimenta com sua mente.

E sem referência interna você fica cego e surdo.

Uma criança que ainda não tem a referência dos

degraus de uma escada acabará por cair, porque ela

sequer vê o declive a sua frente.

Cada informação recebida, cada experiência

vivenciada, cada sentimento está sendo interpretado

pela mente. Algumas pessoas intuitivamente dão

significados fortalecedores aos fatos, ao passo que

outras nem tanto. Costumo falar que pessoas felizes

são boas intérpretes da vida.

Algo só existe se estiver no seu modelo mental.

Esta criação interna que você chama de realidade

nada mais é do que o conjunto das suas projeções.

Sabendo disso você pode se tornar o “dono da

vida”, ressignificando os eventos e representando

sua experiência de uma maneira que apoie a

consecução dos seus objetivos.

Uma vez, andando pelo Fórum de Vitória, um Juiz

de Direito viu que eu estava lendo o Desperte seu

Gigante Interior, cujo autor é o Tony Robbins.

Achando se tratar de um livro de autoajuda, ele me

recomendou uma obra titulada “Autoengano”, me

dizendo que era o contrário da autoajuda e que o

havia ajudado muito. Mal sabia o magistrado que

quase tudo nesta vida é um autoengano, até mesmo

o nome com o qual foi batizado. Quando nasceu lhe

deram o nome de José e ele acredita

inquestionavelmente que ele é o José, mas o nome

não é a coisa nomeada. O rótulo não é a coisa

rotulada.

Outro dia estava pesquisando sobre a vida de

Ayrton Senna e descobri o impacto que um nome

tem na vida de uma pessoa. Nuno Cobra, seu

treinador, disse em uma entrevista que existiam

duas pessoas inconfundíveis: o Ayrton e o Senna.

Igual exemplo é o de que a Coca-Cola já perdeu

várias vezes para a Pepsi em testes “às segas”. O

incrível é que quando a venda é tirada dos olhos, as

pessoas passam automaticamente a optarem pela

Coca-Cola. Uma das explicações é que o nome

Coca-Cola é tão forte que acaba por influenciar

inconsciente as pessoas, porque o cérebro das

pessoas já criou várias associações positivas à

marca.

Em cada cultura as pessoas dão nomes diferentes a

uma mesma coisa, de modo que ao fazerem isso,

acabam por experimentar uma realidade

completamente diversa. Nos Estados Unidos,

trabalho é “job”, que vem de Jó (personagem

bíblico), que foi teve resiliência para suportar as

provações. Em um nível subliminar, o norte

americano associa trabalho à resiliência.

Às vezes, ocorre algo ainda mais interessante. Duas

culturas dão significados completamente diferentes

ao mesmo nome. Você acha que liberdade tem o

mesmo significado no Brasil e nos Estados Unidos?

É exatamente por isso que no sistema jurídico é

necessária uma suprema corte a fim de padronizar

as “interpretações” dos termos vagos e abstratos

contidos nas leis. Por exemplo, no Estatuto do

Torcedor está previsto em seu artigo 41-B:

Promover tumulto, praticar ou incitar a violência,

ou invadir local restrito aos competidores em

eventos esportivos: (Incluído pela Lei nº 12.299,

de 2010).

Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.

(Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010).

Mas o que é tumulto? A lei não deixa claro. Trata-

se de um nome abstrato, passível de inúmeras

interpretações. Se não fosse a existência de uma

corte superior, as pessoas de diferentes Estados da

Federação seriam submetidas a decisões diferentes.

E na sua vida, existe uma corte superior, dentro da

sua mente? Você interpreta os fatos e suas

experiências de uma maneira que o apoie?

Emprega bons significados aos eventos que

ocorreram na sua vida?

A magia da vida consiste em intuir com

significados que lhe direcionam à realização dos

seus sonhos.

Parece estranho, mas você sabe que não é o que

faz. Você não é suas habilidades. Você não é suas

crenças e valores e talvez você não seja suas

identidades e papéis. Acreditamos que você é muito

maior do que qualquer ideia que tem a respeito de

si mesmo.

Às vezes, quando alguém se define acaba por se

limitar em outras áreas. A nossa tendência é trazer

tudo para a nossa personalidade. Sou isso... sou

aquilo... mas isso pode não ser necessário. Conheço

o caso de um jovem, cuja frustração era ter de “ser

metódico” para trabalhar com o pai. Até que uma

programadora neurolinguista lhe disse: “não é que

tenha que ser metódico; você pode ser casual e

simplesmente usar métodos”.

Eu mesmo, por um tempo, definia-me como “nerd”

só que acabei percebendo que tal identidade me

limitava em outras áreas. Não cai bem para um

nerd surfar, andar de skate, subir montanhas e eu

verdadeiramente gosto de tudo isso. Então preferi

parar de me chamar assim.

Às vezes subestimamos o poder de um nome, o

impacto que uma palavra exerce na nossa vida.

Jesus Cristo, sabiamente, mudava o nome de seus

discípulos assim que eles passavam a segui-lo.

Saulo, o apóstolo, depois do caminho de Damasco,

passou a se chamar Paulo. Saulo significa “grande”

e Paulo “pequeno” (humilde). Nem preciso dizer

que uma mudança nesta ordem impacta a vida de

uma pessoa profundamente.

Cremos que cedo ou tarde todos se dão conta de

que são a causa criadora de suas vidas. As nossas

convicções estão o tempo todo criando espaço para

que eventos aconteçam a nossa volta. Embora

tenhamos uma inclinação a nos colocar na condição

de vítima do mundo, de efeito e de consequência,

nada poderia estar mais longe da verdade.

O fazemos por medo da culpa ou partindo do

pressuposto de que assumir responsabilidade traz

dor. Mas se esquivar da responsabilidade é o

mesmo que experimentar a suprema dor em longo

prazo. Quando um relacionamento não anda bem,

raramente dizemos: “Não estou amando como

antes”. O que falamos é: “O amor acabou”. Você

pode observar que esta segunda construção exime o

sujeito de qualquer encargo. É como se algo

completamente externo estivesse acontecendo.

Compara-se o amor a uma coisa estática e não a um

processo contínuo.

O engraçado é que podemos visualizar tal atitude já

em crianças, que ao chegarem com uma nota baixa

em casa dizem: “Não consigo aprender, porque a

professora ensina mal”. Mais tarde, o adolescente

diz: “Sabe o porquê de eu não ter passado no

vestibular? É que eu vim de escola pública”.

Se não somos parte do problema não poderemos

fazer parte da solução. E enquanto está sentado ou

deitado, você pode pensar no fato de que qualquer

experiência a qual chame de “negativa” aconteceu

porque alguma crença criou o espaço.

Uma criança que está sofrendo bullying na escola é

(em parte) responsável por estar projetando uma

energia e fisiologia fracas. Outro garoto, ao sentir a

energia submissa se aproveita para demonstrar

dominância. O fato é que as pessoas só fazem

conosco aquilo que permitimos que façam. Não é

que o mundo está contra você, é que você enxerga

tudo com o filtro da insegurança. Uma das

implicações dessa maneira de ver as coisas é que o

mundo parece estar cheio de pessoas que querem

passar por cima de nós.

Outro caso clássico, alguém vai até o terapeuta e

diz: “Ninguém gosta de mim”. Perceba como ressoa

irresponsabilidade aos ouvidos de quem ouve. O

indivíduo não se toca de que se usasse uma

estrutura diferente, do tipo: “Não estou valorizando

minhas amizades como antes”, o desafio seria mais

rapidamente resolvido.

A questão é que não se trata de um jogo de

palavras. Isso é sério, na medida em que uma

crença tem como função se perpetuar no tempo,

buscando o tempo todo referências para

retroalimentá-la.

Bandler, o gênio co-criador da PNL, conta que uma

vez um cliente lhe disse: - “Eu sou depressivo”. Em

resposta: “Prazer, eu sou Richard”. O retorno que

deu ao cliente foi fantástico, na medida em que a

linguagem pode interferir nos nossos padrões de

comportamento. Existe uma mensagem subliminar

no que disse ao paciente: “ninguém é depressivo”.

Você pode até experimentar um sentimento

“negativo” durante alguns minutos do seu dia,

rotulando-o de depressão, mas seus sentimentos

jamais podem se confundir com a sua identidade.

Quando alguém neste estado me pede ajuda,

geralmente pergunto “como você faz para deprimir

a si mesmo?”. Geralmente ouço como resposta:

estou assim porque... Daí a pessoa apresenta seus

motivos, mas não foi esta a pergunta que eu fiz. Ao

se lidar com sensações fortes deste nível, investigar

pretextos e ensejos ajuda muito pouco. Ninguém

“pega” depressão. Não se trata de algo que cai na

nossa cabeça do dia para a noite. Tudo não passa de

processos que ocorrem a nível inconsciente na

mente das pessoas. Só que ao nomear um processo

ele se transforma em coisa, aparentemente perene.

Experimente dizer para si mesmo as duas sentenças

abaixo:

1) Eu sou depressivo.

2) Eu estou decidindo experimentar

sentimentos desagradáveis ao focalizar

determinadas imagens em minha mente e ao

falar comigo em um determinado tom de

voz.

Qual é a diferença entre as duas assertivas? Pense a

respeito. Quando você nomeia algo aquilo passa a

existir para você. Veremos mais a respeito quando

tratarmos dos níveis lógicos.

Pelo exposto, acreditamos não ser adequada a

abordagem dos alcoólatras anônimos, cujo

ensinamento paira sobre a ideia de que uma vez

viciado, viciado para sempre.

Qual é a linguagem de programação do cérebro? É

a linguagem! As neurociências têm demonstrado

que o ser humano não fala porque pensa, mas pensa

porque fala. Assim, o nosso modelo mental é como

se fosse um jogo de xadrez, mas ao invés de peças

o que existem são palavras. E quando você muda

uma palavra, toda a sua experiência muda.

Repita para si mesmo as duas frases a seguir e

verifique os sentimentos envolvidos:

1) Eu tenho que estudar

2) Eu posso estudar

A melhor maneira que conheço de tornar-se

responsável pelo próprio modelo mental é escolher

com cuidado as palavras que usa em uma base

sistemática. Talvez seu filho não seja “rebelde”

(rótulo inadequado), apenas carece da sua atenção.

Veja isso: acompanhei um caso de uma criança que

até os sete anos de idade apresentava um

comportamento peculiar, mas normal sob o ponto

de vista da maioria. Em visita à APAE, a mãe do

garoto entrou em contato com alguns indivíduos

portadores da Síndrome de Asperger, o que a fez

ficar na dúvida acerca da “normalidade” de seu

filho. Após pesquisar sobre a síndrome, fixou-se na

ideia de que o pequeno seria portador e em poucos

dias começou a influenciar a mente do menino. O

que ela fez foi passar um vídeo da turma da mônica

mostrando um personagem autista dizendo “você

também é autista”. Um ano após o comportamento

da criança já era totalmente diferente e infelizmente

já justificava seus resultados indesejados

afirmando: “não consigo aprender, porque sou

autista”.

Primeiramente, eu não sou juiz e não estou aqui

para julgar ninguém. Acredito que aquela mãe fez o

melhor que pôde e sua intenção, quem sabe, era

preparar a criança para o que estava por vir.

Contudo, considerando que a “linguagem de

programação do cérebro é a linguagem”, tome

muito cuidado com o que diz a uma criança,

principalmente até os sete anos de vida. Quando

você define um guri negativamente, acaba por

limitá-lo.

Compare a história que contei com a de Cristiano

Camargo, um escritor premiado de Ribeirão

Preto/SP, que após ter publicado 3 obras e vencido

2 concursos foi diagnosticado aos 41 anos como

autista, do tipo Asperger. Em entrevista ao G1 o

autor afirma: “Eu considero uma benção ter sido

diagnosticado tarde. Sem saber, eu fui superando

sozinho, quando eu fui diagnosticado já tinha

superado praticamente tudo”, relata Camargo.”

Camargo ainda afirmou na entrevista: “na cabeça

do autista imaturo a realidade é um inferno porque

ela não corresponde ao que ele vê no mundo de

fantasia interno dele, onde ele mesmo cria as

regras, seus personagens e rege tudo isso como se

fosse um maestro e tem poder de vida e morte.”

Ouso dizer que este é o desafio de todo ser

humano. É por isso que gostamos de pessoas que

nos compreendem e a compreensão é a essência do

rapport. Mas o que mais me atraiu na entrevista foi

o fato de o escritor gênio se responsabilizar

completamente por seu modelo mental, a ponto de

dizer: “Acredito que isso [ser portador da

síndrome] acrescenta uma sensibilidade maior aos

textos. As pessoas autistas têm uma ferramenta

muito importante, que é o mundo interno de

fantasias. Autistas e as outras pessoas utilizam o

mundo interno de fantasias de maneiras diferentes”.

A história de Camargo ilustra que existem verdades

melhores do que outras para se acreditar e que

podemos representar nossa experiência de uma

maneira que nos apoie.

Depois que comprei meu cachorro, Rappó, comecei

a estudar psicologia canina e ao conversar com

outros donos nas praças, logo ficou claro para mim

que as pessoas não estão preparadas nem para ter

um cão, quem dirá um filho. É incrível como todos

nos preparamos profissionalmente para o

competitivo mercado de trabalho. Contudo,

raríssimos são os pais que se preparam para serem

pais. Um dos meus grandes sonhos é preparar um

curso extensivo nesta área, porque é um assunto tão

importante que um workshop de fim de semana não

dá conta.

Mas não são só os pais que estão despreparados. Às

vezes, o próprio sistema educacional também está.

Uma escola exerce um impacto enorme na vida de

uma pessoa, incutindo valores, crenças, identidades

e contribuindo de forma decisiva na formação da

personalidade de um indivíduo. Os profissionais da

educação não deveriam se eximir se desejam

formar cidadãos preparados para a vida.

Quando eu era criança, lembro-me de em

determinada época apresentar um comportamento

“meio rebelde” na escola. O que levou a

coordenadora da instituição me chamar em sua

sala, pôr-me a esperar por alguns minutos, e logo

após me dizer algo do tipo: “Você mudou do vinho

para a água”... “você está se tornando um rebelde”.

Fico me perguntando, hoje, conhecendo linguagem

hipnótica, o poder de uma metáfora e o estado

hipnoide no qual uma criança se encontra 24h por

dia, como seria se tais profissionais soubessem se

comunicar de uma maneira adequada com os

estudantes.

Quem sabe, começar uma conversa com uma frase

do tipo: O que o leva a praticar este

comportamento? O que está tentando obter se

comportando desta forma?

Fico, também, sempre muito surpreso com a

capacidade de ALGUNS de “passar pra frente”.

Essa foi uma expressão que inventei para descrever

a atitude daqueles que insistem em passar adiante

um mal que lhe fizeram. O mais incrível é que sem

perceberem causam a mesma dor, fazem o mesmo

estrago e acabam por se vingar em inocentes, que

pagam o pato sem terem feito absolutamente nada.

Não que eu acredite no determinismo, não mesmo.

Mas de um modo geral o ser humano médio não

tem o grau de consciência e autoconhecimento

necessários para ficar acima do meio e da

hereditariedade.

Nós nos maravilhamos quando ficamos sabendo

que um casal de amigos estavam utilizando hipnose

a fim de se comunicarem com o filho, que ainda

estava sendo gerado no ventre da esposa, a fim de

fazê-lo se sentir amado. O desafio a fazer uma

pesquisa simples, em qualquer site de busca, e

ficará surpreso na capacidade de um feto absorver

os eventos pelos quais a mãe vivencia enquanto

grávida. Portanto, estamos diante da suprema

responsabilidade ao decidirmos ser pais.

Richard Bandler conta que, um indivíduo

diagnosticado com esquizofrenia o procurou

desesperado porque via pessoas saindo da televisão

vindo em sua direção para pegá-lo. Sagazmente,

como sempre, Bandler disse algo do tipo: Preciso

que me ensine esta habilidade, porque seria

interessante assistir ao canal da playboy. Os olhos

do cliente brilharam na hora, seus ombros

relaxaram e um sorriso apareceu em seus lábios.

Às vezes, só nos resta lidar com o que temos.

Absolutamente tudo neste mundo tem um potencial

para se tornar útil e mais cedo ou mais tarde

tomamos consciência disso.

Sem sombra de dúvidas, quando o contexto muda,

as crenças e valores também mudam. Se alguém

matar uma pessoa em praça pública, em poucos

meses será condenado a uma pena de seis a vinte

anos. Mas se um homem mata na guerra, volta

como herói para o seu país e principalmente para os

de sua tropa.

O que o achamos um desperdício é o fato de

algumas pessoas pegarem um fato positivo de suas

vidas e o transformarem em algo desprezível. Algo

do tipo: reclamar de que paga IR (imposto de

renda). Ora, se você declara IR significa que faz

parte de um grupo seleto de pessoas, distanciando-

se da grande maioria brasileira, tendo um poder de

consumo que muitas pessoas nem em sonho podem

imaginar.

Não estou dizendo para sair por aí como Pollyanna,

fingindo que seus problemas não existem. Mas

você sabe que só é inteligente quem consegue ser

feliz. E para ser feliz é preciso viver a vida

inteligentemente, porque até que nos provem o

contrário você só tem uma.

Para ser responsável pelo próprio modelo mental é

preciso tomar consciência de que as crenças

pessoais mandam e desmandam na nossa mente.

Isso acontece que porque você não reage ao que

aconteceu ou que está acontecendo, mas às crenças

a respeito do que tais fatos significam.

Até mesmo o mais racional dos seres humanos é

inconscientemente orientado e suas ações não

objetivam satisfazer seu intelectual lado esquerdo

do cérebro. Com certeza, nós somos seres

emocionais que pensam e não o contrário.

Por trás de qualquer objetivo, existe um sentimento

como metaobjetivo. Para quê quer aquela tão

sonhada promoção? Provavelmente porque ela o

faria se sentir de determinada forma.

E saber que você é emocionalmente e

inconscientemente orientado é ao mesmo tempo

preocupante e libertador. É preocupante porque se

não souber manusear ferramentas para acessar seu

lado direito do cérebro, seu livre arbítrio fica quase

impossível de ser exercido. Mas é libertador, pois

podemos alinhar nossas metas com o que realmente

acreditamos e somos genuinamente.

Feita esta introdução, passemos para a parte prática do

ebook.

2. O Método do Tony Robbins

A dor é o supremo instrumento para altear

uma convicção.

O método utilizado por Tony Robbins para mudança de

crença é associar uma dor absurda à crença limitante e

ao mesmo tempo ligar um prazer enorme à nova

convicção.

Por exemplo: “Maldito o homem que confia no

homem”.

O grande coach faz isso através das seguintes perguntas:

1. Até que ponto essa convicção é ridícula ou absurda?

2. A pessoa com a qual aprendi esta convicção podia ser

tomada como modelo nesta área?

3. Em última análise, o quanto vai me custar, em termos

emocionais, se eu não me livrar dessa convicção?

4. O quanto vai me custar, em termos de

relacionamentos, se eu não me livrar dessa convicção?

5. O quanto vai me custar, em termos físicos, se eu não

me livrar dessa convicção?

6. O quanto vai me custar, em termos financeiros, se eu

não me livrar dessa convicção?

7. O quanto vai me custar, em termos de família e

pessoas amadas, se eu não me livrar dessa convicção?

Depois de linkar dor à convicção limitante, o próximo

passo é associar um prazer enorme à convicção que porá

no lugar.

Por exemplo: Obtenho o amor das pessoas com ações

espontâneas e suaves.

1. Em última análise, o quanto vou ganhar, em termos

emocionais, assim que eu não adotar esta nova

convicção?

2. O quanto vou ganhar, em termos de relacionamentos,

assim que eu não adotar esta nova convicção?

3. O quanto vou ganhar, em termos físicos, assim que eu

não adotar esta nova convicção?

4. O quanto vou ganhar, em termos financeiros, assim

que eu não adotar esta nova convicção?

5. O quanto vou ganhar, em termos de família e pessoas

amadas, assim que eu não adotar esta nova convicção?

3. A Intenção Positiva

Ver a intenção positiva da crença limitante consiste em

mudar a moldura do quadro, alterando-se

significativamente a forma como percebemos a questão.

O resultado é uma mudança no sentimento de certeza

em relação ao que acreditávamos anteriormente.

Para ilustrar, suponhamos que uma pessoa tenha a

seguinte crença: “Fartura é véspera de escassez” –

acredite ou não já ouvi isso de uma pessoa.

Qual seria a intenção positiva desta crença? Com

certeza é “economia”. Entendeu a lógica da coisa? A

próxima pergunta seria: “Como posso economizar ainda

mais e preservar meu patrimônio?

Outro exemplo: “Não é possível curar uma depressão”.

Qual seria a intenção positiva desta crença? Sem sombra

de dúvidas é “ser realista”. Faz sentido? Depois basta

perguntar: Como eu poderia tornar mais tangíveis e

concretas as etapas para me tornar mais feliz (oposto da

depressão).

4. Ponte ao Futuro

A técnica da ponte ao futuro consiste em se imaginar

daqui há 5 anos com esta crença limitante, notando os

impactos que terá na sua vida em longo prazo.

Vamos usar como apoio uma “crença de identidade” do

tipo: Eu sou carente.

Como se visualiza dentro de 5 anos com esta crença

presente?

Como se visualiza dentro de 10 anos com esta crença

ainda presente?

Como se visualiza pelo resto de sua vida, com todas as

consequências desta crença?

5. Submodalidades

Vá para um local em não possa ser incomodado e conte

de 10 até 1 acompanhando sua respiração. Pense em

algo em que NÃO acredita. Alguma coisa que seja bem

ridícula e sem emoção, do tipo “A Lua é de queijo”.

Perceba em que lugar da sua “tela mental” esta crença

se localiza... Em cima? À direita? À esquerda? Em

baixo? No centro?

Agora que mapeou a localização da sua “estratégia de

dúvida”, levante-se, vá tomar uma água e ao voltar

repita o processo só que agora mapeando sua crença

limitante... pense na sua convicção enfraquecedora...

repita mentalmente... deixe vir a imagem... quem sabe

virá um símbolo... onde especificamente a imagem está

localizada na sua tela mental? Em cima? À direita? À

esquerda? Em baixo? No centro?

Se você é como a maioria sua crença limitante está

localizada no lugar oposto da “crença de dúvida”. O

próximo passo consiste em deslocar sua crença limitante

e por no mesmo lugar da sua tela mental onde se

localiza a “crença de mentirinha”. Note mudanças no

seu sentimento em relação à crença. O quanto acredita

de 1 a 10 depois de ter terminado o processo?

6. Contra Exemplo

Esta técnica é a mais simples de todas, porém a mais

eficaz para um número significativo de pessoas. A única

coisa que precisa fazer para derrubar uma crença

limitante é buscar um contra-exemplo ao que acredita

no momento.

Suponhamos que alguém acredite que “pessoas pobres

morrem pobres”. Basta fazer uma pesquisa e se

constatará que segundo a Revista Forbes, o Brasil tem

apenas 20 bilionários com menos de 50 anos de idade.

Desses, quatro começaram do ZERO.

Outro exemplo: “Quem tem genética de gordo sempre

será gordo”. Para fazer “cair“ esta crença é suficiente

pesquisar acerca de pessoas magras cujos pais são

gordos. Aliás, é comum irmãos gêmeos possuírem peso

e biótipo diferentes.

7. O Sistema PAW

Toda pessoa que deseja conquistar seus objetivos

precisa compreender o “processo paw”, descrito

por Joseph O’ Connor e Andrea Lages – Coaching

com PNL.

Possibility (Possibilidade) – É possível atingi-los.

Ability (Habilidade) – Eu sou capaz de atingi-los.

Worthness (Merecimento) – Eu mereço atingi-los.

Possibilidade

Com certeza, ninguém é um super herói, mas ainda

não sabemos quais são os nossos limites. Já tive a

oportunidade de ajudar várias pessoas e sempre

percebo que os limites são quase sempre mentais e

autocriados. Bons jogadores acreditam que o

“único limite existente é aquele que fixa em sua

mente”.

Uma vez perguntei para uma cliente o que a

impedia de dançar [sua meta]… Ela respondeu que

“não tinha roupas”. Este é o exemplo clássico de

falso obstáculo que atua na mente atrapalhando a

realização pessoal do indivíduo.

Outro erro lógico é confundir possibilidade com

competência. O coachee diz que já fez de tudo para

resolver o problema. Ao perguntar o que

exatamente fez, não aparecem nem 5 ações. Sem

sombra de dúvidas existe uma constelação de

possibilidades e alternativas. E também é preciso

dizer que “o como” pode ser modelado e / ou

aprendido. O caminho mais curto é descobrir

alguém que já conseguiu o que deseja e estudar o

que exatamente a pessoa fez. Em alguns casos, há

dezenas de livros acerca do “como atingir”, o que

pode acelerar e muito a sua curva de aprendizado.

O que um coach faz é exatamente isso: ajudar você

a alcançar sua meta em uma velocidade

extremamente mais rápida, em comparação se a

buscasse por si só.

Você pode avaliar sua meta dando uma nota

correspondente ao sentimento que experimenta ao

declarar para si mesmo aquela:

É possível atingir [minha meta]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Habilidade

A questão da habilidade é interessante na medida

em que toca paradigmas postos. No Oriente, as

pessoas acreditam que habilidade é variável, de

modo que quanto mais o indivíduo pratica, melhor

ele fica. No Ocidente, a tendência é se acreditar que

habilidade é um dom inato.

As neurociências têm mostrado que os orientais

estão certos. E isso não destoa nenhum pouco da

ideia de talentos. Os talentos até existem, mas se

não houver treino acaba por se dissipar. Se no

momento, acredita que não é capaz de conquistar

seu goal, você pode se valer da prática deliberada

para construir as habilidades necessárias. Napoleon

Hill descreve em seu livro “A Lei do Triunfo” que

mesmo os indivíduos mais bem sucedidos que

entrevistou não começaram a vida com todas as

habilidades necessárias para o sucesso.

Toda pessoa que tem o hábito de ler biografias

percebe que os grandes realizadores “ralaram”

muito para modelar a si mesmos. É por isso que no

coaching se trabalha meta do SER. O processo se

trata da pessoa que você precisa se tornar para ter o

que almeja na vida.

Às vezes, noto que no Brasil alguns tem o hábito de

fazer anúncios públicos de incompetência. O

grande problema é que as pessoas acreditam… e

uma vez que as pessoas acreditam na sua

incapacidade farão o possível para reforçar sua

opinião.

Ora se você não pode provar um fato negativo,

então pode se manter aberto para o que deseja

fazer. “Ninguém sabe, nem mesmo você, a altura

que pode voar até que abra as asas”.

Eu tenho as aptidões e habilidades necessárias para

atingir [minha meta].

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Merecimento

Finalmente, nós precisamos acreditar que

merecemos. Este é um ponto bem curioso, porque

cada player tem seu código pessoal de

merecimento. Algumas pessoas pensam que só

merecem se despenderem um esforço descomunal.

Enchem o peito para declarar “no pain no gain”. No

entanto, pessoas como Timothy Ferriss estão aí

para demonstrar que isso não é necessariamente

verdade.

Uma pessoa que acha que não merece acaba por

sabotar seus ganhos e objetivos, mesmo sem

perceber. As origens deste sentimento de não

merecimento são geralmente bem remotas, ainda na

primeira infância, quando as crianças são podadas

por pais, líderes religiosos e professores. A história

é trágica… a criança cheia de curiosidade e vontade

de desbravar começa a quebrar os brinquedos para

ver o que tem dentro… daí o pai na melhor das

intenções diz algo do tipo “não comprarei outro,

porque você não merece”.

Uma culpa do passado é a principal vilã que

atrapalha o sentimento de merecimento. Costumo

dizer que culpa é para a polícia e para o judiciário.

O que é útil para um coachee é a responsabilidade

pessoal, que o coloca no lugar de causa, ao invés de

consequência.

Perguntas bem úteis para sacudir crenças de

merecimento são as seguintes:

O que teria de acontecer para você merecer isso?

Sob que circunstâncias você mereceria isso?

Você conhece alguém que você acha que merece

isso?

Eu mereço atingir [minha meta]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Concluímos que a crença na possibilidade,

capacidade e merecimento é a chave para a

conquista de metas. Caso tenha obtido notas abaixo

de 7 em qualquer das 3, pode usar os métodos

descritos acima para fazer a alteração.

Conclusão

Concluímos que uma crença é uma verdade pessoal,

imposta ou absorvida consciente ou inconsciente no

curso da vida, cuja única finalidade é se perpetuar no

tempo, mas que pode ser alterada espontaneamente ou

deliberadamente através das técnicas poderosas

supradescritas.

Lembro-me de ter ajudado uma pessoa, J.P, cuja queixa

era de que “nunca terminava nada do que começava”.

Sua história era repleta de “provas” de que estava certo.

Não concluiu a faculdade, até então não havia lido

nenhum livro até o fim, suas tarefas ficam incompletas

no trabalho... Em curtas palavras, estava boicotando a si

mesmo por algo que deve ter absorvido bem lá no início

da vida.

Apliquei a técnica do contraexemplo, gerando a

consciência de que terminava várias coisas durante o dia

e que estava eliminando do seu campo de visão.

Comecei com perguntas do tipo: Termina de escovar os

dentes? Termina de almoçar? Vai até o fim na hora H?

Completa o banho? Completa o almoço? Termina uma

ligação de telefone?

No final, o J.P ficou sem palavras e a crença caiu por

terra. Na outra semana, quase que por um milagre, já

tinha lido um livro completo.

Eis o poder da mudança de convicções limitantes.

Convido você, leitor, a listar as suas e reestruturar cada

uma até mudá-las por completo.

Viva com paixão!

Anexo I

PNL e METAS

Neste anexo usaremos como ilustração um caso de uma

pessoa que se considera GORDA, pesando atualmente

120Kg. O primeiro passo é justamente este: mensurar

com precisão o estado atual (120Kg e baixos níveis de

energia).

Tenha em mente que é também a partir do seu estado

atual que a ferramenta será definida, mas falaremos

melhor disso mais a frente.

1º Passo

O primeiro passo é saber onde exatamente você está.

Quais são os resultados que está obtendo no momento?

Seu ponto de partida precisa ser preciso e claro. Eu sei

que parece simples, mas algumas pessoas estão meio

acordadas, completamente dispersas em relação ao que

está acontecendo. Na verdade, alguns estão meio

dormindo mesmo. Ter consciência de onde se está no

momento é fundamental, porque é a partir deste ponto

que definirá os recursos de que precisa, estratégias e

degraus a serem galgados.

Por exemplo, se quer correr uma maratona, quantos

quilômetros corre atualmente? Como está sua saúde no

momento?

Vejo com frequência practitioners (praticantes de PNL)

trabalharem questões de uma forma aleatória, sem

propósito. Algo do tipo, ah... hoje vou trabalhar uma

mudança de história pessoal, mas sem antes definir uma

meta, ou onde quer chegar, o resultado pretendido. A

consequência disso é que os resultados são pouco

notados no dia a dia e a pessoa não tem um sentimento

congruente de que está avançando. Afinal, uma boa

formulação de objetivos não foi feita de forma apurada.

2º PASSO

O segundo passo é identificar o estado desejado. O

menor caminho entre dois pontos é uma reta, sempre.

Você sabia que estudos mostram que apenas 5% da

população mundial possui metas definidas por escrito?

Pois é... o que é de se alertar ainda mais é o fato de que

a maioria mantém o foco no estado atual.

Definindo seu estado atual e seu estado desejado, será

capaz de visualizar com clareza a dimensão do seu

problema. Permita-me lhe apresentar uma definição de

problema: “é a diferença entre o estado atual e o estado

desejado, com emoção inconfortável envolvida”. Sim, é

justamente isso... caso não haja emoção inconfortável

envolvida não se trata de um problema. Imagine que no

caso presente, em que a pessoa está com 120Kg, não

existisse qualquer emoção inconfortável como baixa

autoestima, vergonha, inferioridade, culpa, etc.

Sem sombra de dúvida não haveria problema, porque a

pessoa está se sentindo bem a respeito.

É por isso que o que para alguns é um problema

enorme, para outros não passa de tempestade em copo

d’água.

Definir seu estado desejado é de suma importância, pois

lhe permite manter o foco para onde está indo, ao invés

de manter o foco no problema. O ideal é deixar seus

problemas a pão de ló e focalizar no estado desejado,

constantemente. Saiba que a princípio não será fácil,

pode quem sabe não ser nada simples, mas com o tempo

seu cérebro se condicionará a pensar no estado

desejado.

Ao definir o alvo, 5 regras4 precisam ser observadas:

* Estar no afirmativo

* Centralizado no agente

* Específico

* Realista

* Temporalidade

* Ecológico

No caso presente, o ideal seria nos seguintes termos:

Em 22 de outubro (temporalidade), ESTOU

ESBELTO, peso 55Kg (afirmativo) bem distribuídos

por todo meu corpo (específico), sentindo muito

realizado e feliz.

Muitas pessoas não conseguem resultados porque

pensam no que não querem, quando poderiam fazer o

4 Este modelo é o A.C.E.R.T.E criado por Gilson Pacheco

contrário. É bem diferente PENSAR em ser esbelto a

não ser gordo. É bem diferente dar um comando preciso

para o cérebro como (pesar 55Kg) a querer perder peso.

É bom lembrar que o cérebro não foi feito para perder.

Falaremos um pouco melhor da ecologia da meta mais a

frente. Em relação a ser realista, procure ter a cabeça

nas estrelas e os pés no chão. Saiba, também, que o que

é ser realista para uma pessoa é completamente

diferente do que ser realista para outra. São mapas

diferentes, realidades diferentes e histórias de vida

diferentes.

Uma maneira simples de manter seus olhos na sua meta

é por a declaração em um lugar em sua casa em que

possa vê-la todos os dias, ao acordar e ao deitar-se.

3º PASSO

O terceiro passo parte do pressuposto de que já temos

todos os recursos de que precisamos para alcançar

nossos objetivos. Estou me referindo aos recursos

internos. Por exemplo, se não tem dinheiro o suficiente

no momento, você tem CRIATIVIDADE para pensar

em formas de consegui-lo, não é verdade? Então...

identificar os recursos de que precisamos nos permite

viver de modo diferente. Podemos adotar uma atitude

mais adequada diante da vida, pois ao invés de fugir,

convém que busquemos recursos internos a fim de

resolver uma questão.

Se você acredita em uma FORÇA MAIOR, com certeza

já tem dentro de si um recurso valioso chamado FÉ e

com certeza isso lhe ajudará muito.

A pergunta aqui seria: De que recursos uma pessoa que

se considera gorda (120Kg) precisa para alcançar seu

estado desejado (55 Kg)?

Algumas possíveis respostas seriam:

* Motivação

* Autoestima

* Confiança na competência

* Aceitação

* Alegria

É bom lembrar que para cada indivíduo a resposta será

diferente e única. Além disso, é muito comum notarmos

uma sensação de empoderamento ao definirmos os

recursos de que precisamos e constatarmos que já os

possuímos em nosso sistema. Por exemplo, pode ser que

a autoestima desta pessoa não esteja boa, mas em algum

momento de sua vida ela já se sentiu bem consigo

mesma. Logo, como só podemos usar o que possuímos,

ela já dispõe de tal recurso dentro de si, basta fazer uso.

4º PASSO

O quarto passo consiste na identificação dos obstáculos

a serem transpostos. É um passo de suma importância.

Não é uma atitude inteligente ignorar obstáculos

pensando positivamente. A grade sacada é que a maioria

dos obstáculos estão ocultos aos olhos inexperientes.

Sabe aquele sentimento de protelação que muitas vezes

sentimos ao pensar em realizar uma meta? Não raras

vezes, existem obstáculos subliminares impedindo a

pessoa de agir. O animador que uma vez que estes

obstáculos são removidos o jogador sente uma liberdade

enorme e sua ação fica cada vez mais consistente.

As perguntas chave para identificar os obstáculos são as

seguintes:

O que me impede de ser esbelto e pesar 55Kg?

O que aconteceria se eu estivesse esbelto e pesasse

55Kg?

As respostas podem ser as mais variadas possíveis. Eis

algumas possibilidades:

* Falta de motivação

* Incongruência (uma parte da pessoa quer e a outra não

quer)

* Medo de não ser fiel ao cônjuge (sim, algumas

pessoas engordam para manter a fidelidade... Loucura?

Pense um pouco a respeito e veja se não faz sentido)

* Compulsão por alguns alimentos

* Acreditar que pessoas gordas são espiritualizadas e

magras superficiais

* Culpa (Sim, às vezes a pessoa come demasiadamente

para punir a si mesma)

* Ansiedade (comer é uma alternativa para se acalmar)

A esta altura você já percebeu que por trás de todo

resultado indesejado existem causas inconscientes e

subliminares.

A boa notícia é que já existem muitas tecnologias, tais

como a PNL, que podem ajudar uma pessoa a resolver

suas questões e alcançar seus sonhos. É justamente

através dos OBSTÁCULOS que definiremos a

FERRAMENTA da PNL a ser usada. Neste ebook,

partimos do pressuposto de que já conhece as técnicas,

porque a dimensão desta obra não permite um

detalhamento maior. Caso não conheça as técnicas,

recomendamos o livro “Poder sem Limites” do Tony

Robbins, que tem uma visão geral de quase todos

padrões desenvolvidos por Richard Bandler e John

Grinder, bem como a obra do nosso amigo Gilson

Pacheco (Exercícios de Programação Neurolinguística).

Para cada obstáculo comentado acima, podemos dar

como sugestão as seguintes técnicas de PNL:

O presente e-book não nos permite aprofundamento

neste assunto, mas a CULPA é uma questão que precisa

ser resolvida o quanto antes, porque ela afeta o

SENTIMENTO DE MERECIMENTO, tão

importante para a conquista de metas.

Reparou a importância de identificar os obstáculos que

o impedem de alcançar a meta?

A preguiça, a protelação, o medo, o sentimento de estar

travado, constituem respostas do seu sistema aos

obstáculos inconscientes.

É fato bem conhecido que uma pessoa que faz uma

cirurgia de redução do estomago muitas vezes volta ao

peso antigo. Isso acontece porque a obesidade é o efeito

e se queremos eliminar o efeito, precisamos acabar com

a causa. Ou se não pudermos acabar com a causa, pelo

menos canalizar para algo mais útil e fortalecedor para a

pessoa.

5º PASSO

O quinto passo é a ecologia. Na natureza existe uma

ecologia natural, não é verdade? O que aconteceria se de

um dia para noite toda a população de gafanhotos

morresse, em uma mata? A população de sapo também

morreria, consequentemente, a de cobra também, etc.

Quando uma ecologia muda, os animais também

mudam. Se uma floresta se transforma em um deserto,

os animais de deserto aparecem naturalmente, sem

precisar de convite.

A mente humana é muito parecida. Nós somos um

sistema dentro de vários outros sistemas. E quando você

muda uma peça do jogo, o todo será alterado. Estamos

falando especificamente das alterações e mudanças

provocadas na família, empresa, círculo de amizade,

igreja, etc.

No caso em comento, que consequências maiores

trariam para os diversos sistemas em que a pessoa está

inserida o fato de estar ESBELTA?

Existem 4 perguntas mágicas para explorar estas áreas:

Qual é a pior coisa que poderia acontecer se você

fizesse isso?

Qual é a melhor coisa que poderia acontecer se você

fizesse isso?

Qual é a pior coisa que poderia acontecer se você não

fizesse isso?

Qual é a melhor coisa que poderia acontecer se você não

fizesse isso?

6º PASSO

O sexto passo consiste em por sua meta escrita em um

lugar, seja na sua casa, seja no seu escritório, em que

possa visualizar, conversar consigo mesmo sobre a

mesma e sentir a motivação necessária para alcança-la.

Anexo II

PNL e EMAGRECIMENTO

Ao participar de inúmeros grupos de estudo tive a

oportunidade de ouvir muitas histórias, algumas muito

felizes e outras nem tanto.

Algo que realmente me impactou foi o caso de uma

mulher que havia passado por uma cirurgia de redução

de estômago. Segundo suas próprias palavras: “mesmo

sabendo racionalmente que estava magra, continuava

vendo a mim mesma gorda no espelho”. Em outros

termos, ela sabia que estava magra, MAS se sentia

gorda, muito acima do peso. Com o passar do tempo

isso foi mudando até que ela já via a si mesma em sua

melhor forma.

Esta história é estranha, mas ao mesmo tempo muito

interessante, porque mostra que a autoimagem não é

objetiva, verdadeira, realística. Muito pelo contrário... é

subjetiva, imaginária, mental e autocriada. Eu creio que

aquela mulher inverteu o processo, ou seja, primeiro ela

diminuiu o estômago e depois mudou sua autoimagem.

Todo o princípio que defenderemos neste ebook é que o

contrário é mais fácil e mais efetivo. Um indivíduo pode

primeiramente mudar sua autoimagem e a consequência

natural será a mudança do corpo.

Noventa e cinco por cento das pessoas que emagrecem

voltam ao peso antigo. Então a pergunta é: o que fazem

os outros 5%?

Se está procurando uma técnica milagrosa que o fará

emagrecer na noite para o dia, este ebook não é para

você. Uma tecnologia avançada parece mágica, MAS

mesmo assim não é MILAGRE.

Acreditamos que o maior erro das pessoas é tentar

emagrecer com força de vontade. Essa estratégia

geralmente não dura, porque na luta entre

IMAGINAÇÃO e VONTADE a primeira sempre vence.

Eu sei que ler isto pela primeira vez pode ser encarado

como balela... MAS faça os exercícios a seguir:

1) Imagine na palma da sua mão tem um limão, verde,

gelado, casca lisa... imagine que corta o limão ao meio...

pode ver algumas gotas espirrando, sentir algumas gotas

molhando sua mão, sentir o cheiro... imagine agora que

leva o limão até a boca e passa a língua, sentindo o

gosto AZEDO... Sua boca salivou?

2) Visualiza-se a si mesmo em uma montanha russa,

sentado na primeira cadeira, ao lado daquela pessoa

especial, você está em uma reta... ouvindo o barulho dos

trilhos, as pessoas gritando a sua volta e cada vez mais

vai se aproximando o declive... vai chegando...

chegando... chegando... até que a montanha russa desce

velozmente... Sentiu um frio na barriga? Perceba que

sua imaginação provoca reações no seu CORPO. Não

importa se está imaginando ou lembrando... alterações

no seu organismo serão provocadas. Nós pensamos por

imagens, sempre. Assim, não importa muito o porquê

dos nossos problemas... basta construirmos boas

imagens na cabeça e as boas sensações aparecem.

MOTIVAÇÃO

Acreditamos que tudo começa com motivação. De fato,

quem tem um PORQUÊ enfrenta qualquer COMO.

Conheço uma pessoa que escreveu em um papel 50

porquês ser ESBELTO.

Não faça isso a menos que queira ter grandes resultados

em sua vida. Com certeza, um porquê fraco não vai

gerar o impulso necessário. Por exemplo, ser esbelto

para obter aprovação social, agradar fulano ou ciclano,

etc. A pergunta aqui é “para quem eu quero ser

esbelto?” Se o objetivo estiver centrado em você mesmo

prepare-se para alcançá-lo.

Com a motivação garantida podemos passar para os

próximos passos que consistem em conceitos de

autoadministração.

ASSUMINDO O CONTROLE

Sem sombra de dúvida você já viu que em uma praça de

alimentação os alimentos são mostrados SEMPRE em

imagens imensas, coloridas e brilhosas. As cores

laranja, amarelo e vermelho são muito exploradas pela

indústria da comida, não é mesmo? Qual a cor da marca

da Coca-Cola? Mc Donalds?

Aquelas imagens GRANDES de hamburgers,

refrigerantes, sobremesas não estão postas em vão.

Muito pelo contrário, foram colocadas bem a sua vista

pra que a compra se torne irresistível.

O fundo é sempre vermelho para afetar o sistema

límbico da pessoa e ativar a salivação. SIM, você está

sendo induzido inconscientemente a consumir este tipo

de VENENO, digo alimento.

Já percebeu, igualmente, que o tamanho dos pratos dos

restaurantes aumentaram? E continuam aumentando... o

motivo e que os donos sabem que a ilusão de ótica

funciona... pode-se colocar muita comida e ainda assim

parecerá que há pouca no prato. O resultado é que

acabamos consumindo mais sem notar.

O mesmo conceito aplica-se ao R$ 9,99. Todo mundo

sabe que será cobrado 10 reais, MAS funciona.

Realmente atrai mais clientes quando é posta a quantia

daquela forma.

O primeiro mito a ser quebrado é que tudo que é

gostoso faz mal à saúde. Nada poderia estar mais longe

da verdade. Existem pelo menos 10 alimentos de que

gosta realmente e que são nutritivos e apetitosos. Outro

ponto a se considerar é que nosso sentidos não captam a

verdade, MAS o que foram condicionados a perceber

como GOSTOSO. Pense no menino asiático que come

um escorpião com água na boca.

Quando o assunto é mente humana, somos donos do

campo e da bola. Podemos interferir nas imagens

internas, embora não pareça possível.

Recentemente, uma marca de cosméticos criou uma

propaganda cujo conceito foi o seguinte: pediram para

um perito em retrato falado desenhar SÓ com base no

que ouvia das mulheres MODELOS. Ele não poderia

visualizar as moças, apenas ouvir. O resultado é que as

mulheres se descreviam mais feias, envelhecidas e fora

de forma do que REALMENTE ERAM. A autoimagem

estava completamente distorcida. A sacada da

experiência é que pediram para que outra pessoa

descrevesse a modelo e o resultado foi impressionante.

As imagens ficavam mais bonitas, jovens e esbeltas. Se

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A grande questão é que as mulheres da nossa sociedade

são bombardeadas todos os dias com uma programação

que oprime. Criam-se modelos inalcançáveis de beleza,

projetados muitas vezes com photoshop. Todas as

revistas famosas são editadas com o Adobe. O resultado

é que as mulheres sofrem e UMA MANEIRA que

encontram para aliviar o sentimento de NÃO OK

interno é ir às COMPRAS. O medo vende, e a frustação

também.

O que propomos neste trabalho sucinto é que VOCÊ

faça o contrário. Primeiro construindo uma autoimagem

ideal, colorida, em 3 dimensões, mostrando para o seu

cérebro o corpo deseja ter, todos os dias por pelo menos

30 dias seguidos. A CONSISTÊNCIA é o segredo.

Em segundo lugar, pegue todas as suas imagens mentais

de alimentos que deseja ter controle OU PARAR DE

COMER e as torne preto e brancas, sem brilho, 2

dimensões (foto), pequenas, embaçadas e distantes.

Teste isto: feche os olhos e cheque como está a imagem

ATUAL da coca-cola ou de qualquer outro alimento que

deseja DIMINUIR o consumo. A partir disso, comece

fazendo as alterações mencionadas. Tire a cor, o brilho,

transforme em uma foto 3x4, e jogue para longe.

Faça alimento por alimento...

Quando tirar a cor e o tamanho das imagens mentais a

compulsão por comê-los vai embora. Entendeu a

sacada? Você pode fazer este exercício sempre que

aquela vontade irresistível bater no “estômago”. Na

verdade a vontade não bate no estômago, mas no

CÉREBRO. Esse órgão é que controla seu peso, apetite

e gostos. "A maior parte dos nossos problemas é criada

por nossa imaginação. Então, só precisamos de soluções

imaginárias." Richard Bandler

Em terceiro lugar, escolha alimentos que deseja passar a

comer e mude as maneira como representa estes

alimentos no seu cérebro. Torne-os grandes,

aproximados, 3 dimensões, brilhosos e coloridos.

Estudos mostram que para se criar um hábito,

QUALQUER HÁBITO, são necessários 21 dias. Se

você comer um alimento por 21 dias seguidos, SEM

FALHAR, o hábito estará criado e a partir de então será

natural e fácil ingerir o mesmo.

Outra dica é comer em pratos pequenos, de sobremesa.

Você passa uma mensagem para o inconsciente de que

está comendo um prato farto, mesmo que

conscientemente saiba que está comendo em um prato

pequeno. Você está usando o jogo a seu favor... lembre-

se que os donos de restaurantes fazem o contrário.

Algumas mulheres também gostam de comprar uma

roupa do número que desejam alcançar e pendurar no

guarda-roupa... Daí todos os dias batem o olho,

imaginam a si mesmas vestindo aquele número e

sentido a autoestima NAS ALTURAS.

TRAUMAS

Um ponto um tanto desconfortável a ser discutido é que

a maioria das pessoas obesas foram vitimas de abuso na

infância. O corpo reage com o aumento de peso como

medida de proteção. Algo do tipo: “sendo gordo nunca

mais ninguém vai se aproximar de mim”.

Se este for o seu caso é de suma importância trabalhar

isso com terapia, diante de um profissional. Caso esteja

lendo este ebook e não tenha recursos financeiros

suficientes para custear uma terapia, recomendo que

utilize a técnica a seguir. É extremamente simples e não

implica em nada que ponha em você em

inSEGURANÇA. Há duas alternativas: ou pede para

alguém guiar você ou pode gravar sua própria fala lendo

o roteiro e depois ouvir seguindo os passos. O pior que

pode acontecer é não funcionar.

Vamos resumir as etapas do exercício1:

1) Imagine que está em um cinema sentado na cadeira.

2) Veja a cena do trauma como se fosse um retrato fixo,

preto e branco.

3) Saia flutuando do seu corpo e vá para a sala de

projeção.

4) Veja o filme em preto e branco do trauma, onde você

é o artista principal, passando pela situação.

5) A cena prossegue até passar pela situação.

6) A imagem se fixa (o filme vira um slide), após o

término do filme.

7) Você sai da audiência e entra em sua imagem na tela,

tornando-se o personagem principal da projeção e

vivendo-a como uma situação real, colorida e nítida.

8) O filme é rebobinado (trás para frente), com você

dentro do filme, voltando ao início da situação.

9) Projete uma tela em branco na sua mente.

Volte ao nº 1 e repita o processo mais quatro vezes.

Uma outra possibilidade seria aplicar a técnica da EFT

(emotional freedom tecniques). Existe um material

gratuito na internet ensinando a técnica. Obtenha aqui!

ANSIEDADE

A técnica da EFT também é muito interessante para

quem ESCOLHE não ser CALMO. Sabe aquelas

pessoas que escolhem sentir ansiedade? E acabam

descontando tudo na comida? A jogada de mestre aqui é

desenvolver uma habilidade natural de se acalmar,

SEM precisar de comida ou cigarro. Recomendamos

FORTEMENTE a meditação. Se nunca meditou,

comece POR AQUI!

Meditar em jejum, assim que acordar, é o ideal.

CRENÇAS LIMITANTES

Agora, gostaria de discutir algumas crenças limitantes

lançadas ao vento do senso comum que às vezes não

FACILITAM o alcance da meta de ser ESBELTO.

A primeira é que a genética determina o peso de uma

pessoa. Ora, se a genética determinasse o peso de uma

pessoa não haveria irmãos gêmeos com PESOS TÃO

DIFERENTES.

A segunda é que para ser magro alguém nunca mais

poderá comer aquilo que gosta. A grande sacada é

abraçar um ESTILO DE VIDA ao invés de uma dieta.

Você não acha que TER AUTOESTIMA é mais

importante do que saborear uma bola de sorvete?

Outro pensamento muito comum é que cuidar do corpo

é coisa de gente superficial. Como meu avô costumava

dizer, existe rico honesto, pobre honesto, rico desonesto,

pobre desonesto, gordo espiritualizado, magro

espiritualizado, gordo superficial e magro superficial.

A grande pergunta é “de que maneira ser ESBELTO

significa ser superficial?

Já ouvi de uma cliente: tenho que comer tudo que está

no prato porque tem muita gente passando fome na

ÁFRICA. Na hora eu respondi: que legal que se importa

com as crianças africanas, mas de que forma comer tudo

soluciona o problema lá do outro lado do mundo? Ficou

sem resposta imediata, mas depois disse... nunca tinha

pensado sobre isso.

O sentimento de culpa em não comer tudo tem origem

na primeira infância quando a mãe ou o pai, NA

MELHOR DAS INTENÇÕES, diz: tem que comer

tudinho para o papai ficar feliz. A pessoa cresce, mas a

programação fica. Agora adulto você PODE ficar com a

intenção dos seus pais QUE ERA a de que você tivesse

SAÚDE.

A última mais comum é a de que “eu tenho tendência a

engordar”. Esta tendência existe justamente por

acreditar nisso. Como você sabe que tem esta

tendência? Você provavelmente acredita nisso porque

ouviu de alguma AUTORIDADE, seja pais,

professores, líderes religiosos ou amigos. Se genética

fosse preponderante não existiriam filhos magros de

pais gordos, ou o contrário.

CONCLUSÃO

A QUESTÃO corporal é um pilar importantíssimo da

sua vida. Afeta a autoestima, energia para realizar,

autoaceitação, relacionamentos, carreira, etc. Espero que

ESCOLHA ser saudável. Gostaria de terminar com uma

história. Gosto das histórias porque mentes

inconscientes ESPERTAS se abrem para contos.

Havia um homem que vivia num estranho país. Agora,

esse país é estranho porque a maioria dos adultos

andava com muletas, mesmo que não tivessem nenhuma

deficiência física que exigisse muletas.

Simplesmente parecia a coisa correta a se fazer; a

maioria dos adolescentes começava a usar muletas

porque parecia ser a coisa madura a ser feita, pois a

maioria de seus pares também usava muletas.

Ora, havia desvantagens em usar muletas. Elas

desaceleravam as pessoas e fazia com que elas

colidissem umas com as outras, fazendo com que

interferissem na segurança dos outros, já que podiam

bater-se umas nas outras, ou acidentalmente tropeçarem

umas nas outras.

Um dia, este homem estava andando há algumas

quadras de sua casa, e encontrou um garotinho que

morava na casa ao lado da dele. O garotinho, que devia

ter uns três anos de idade, estava sozinho e chorando.

Aparentemente ele havia se afastado de casa e se

perdeu. Sem pensar, o homem deixou cair as muletas,

pegou o menino e levou para casa. O menino e sua mãe

ficaram muito felizes pelo menino estar em casa.

Mais tarde, naquela noite, o homem, de repente, se

lembrou que havia deixado suas muletas na rua, onde

ele havia encontrado o menininho.

Seu primeiro pensamento foi correr rua abaixo para ver

se conseguia encontrar suas muletas. Se não

conseguisse, ele poderia ir numa loja de conveniências e

comprar um novo par.

Mas repentinamente, um pensamento lhe passou pela

cabeça, então o homem disse a si mesmo: eu tenho

estado sem minhas muletas todo esse tempo, então

posso ficar sem elas o resto de minha vida2.

Viva com paixão!