como fortalecer um negócio para cultivo de ostras e moluscos bivalves

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Como fortalecer um negócio para cultivo de ostras e moluscos bivalves EMPREENDEDORISMO Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

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  • Como fortalecer umnegcio paracultivo de ostras emoluscos bivalves

    EMPREENDEDORISMO

    Especialistas em pequenos negcios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

  • Expediente

    Presidente do Conselho Deliberativo

    Roberto Simes

    Diretor-Presidente

    Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho

    Diretor Tcnico

    Carlos Alberto dos Santos

    Diretor de Administrao e Finanas

    Jos Claudio Silva dos Santos

    Gerente da Unidade de Capacitao Empresarial

    Mirela Malvestiti

    Coordenao

    Luciana Rodrigues Macedo

    Autor

    Luis Tadeu Assad

    Projeto Grfico

    Staff Art Marketing e Comunicao Ltda.www.staffart.com.br

  • Apresentao

    1. Apresentao

    Com a realizao de grandes eventos no Brasil surgiram vrias oportunidades para ospequenos negcios aproveitarem. Saiba como.

    A produo de moluscos bivalves, que incluem ostras, mexilhes e vieiras, teve umcrescimento de aproximadamente 77% entre 2003 e 2011, representando umsegmento importante na produo aqucola do Brasil. As certificaes e monitoramentosanitrio so as principais estratgias para o desenvolvimento do setor, agregandovalor aos produtos e garantindo um produto de boa qualidade aos consumidores.

    Este material faz parte da Srie Ideias de Negcios para 2014, que tem como objetivoexplorar oportunidades para que os Pequenos Negcios se apropriem dosinvestimentos programados para os megaeventos que ocorrero no Brasil, bem comodo maior volume de movimentao econmica antes, durante e aps esses eventos.

    Este material no substitui a elaborao de um Plano de Negcio. As informaescontidas aqui fazem parte de pesquisas e entrevistas com especialistas eempreendedores, com o objetivo de oferecer uma viso estratgica da atividade deCultivo de Moluscos Bivalves.

    A deciso de investir em determinada atividade exige uma anlise mais aprofundadade informaes e alternativas com o intuito de diminuir os riscos e incertezas. Quandoso realizadas projees, para aumentar a preciso da anlise, so consideradasvariveis como tamanho de mercado, preos, custos de capital, custos operacionais,entre outras.

    Caso o empreendedor decida promover investimentos neste ou em qualquer ramo deatividade, sugere-se que seja elaborado um Plano de Negcio e que o mesmo procureorientaes na unidade do Sebrae mais prxima da sua regio ou profissionais comexperincia profissional na atividade.

    Sero apresentados conceitos e informaes relativas a processo produtivo, mercado,marketing e vendas, canais de comercializao, estrutura, localizao, equipamentos,tecnologia, necessidade de pessoal, custos e capital de giro, fonte de recursos,planejamento financeiro, legislao, cursos, eventos e sites com informaes deinteresse do empreendedor.

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  • Mercado

    2. Mercado

    Tendncias e Oportunidades

    Quando comparada aos outros segmentos de produo animal, a aquicultura, incluindopeixes, moluscos e camares, destaca-se em nvel mundial, com 15,7% decrescimento mdio entre 2007 e 2010, enquanto o segmento de bovinos, frangos esunos obteve taxas de crescimento de -8,6%, 9,2% e 12,9%, respectivamente.

    Por sua vez, a pesca extrativa tem apresentado tendncias de queda ou estagnaodesde os anos 1990. Com a exausto do setor pesqueiro extrativo nas ltimasdcadas, o rpido crescimento da aquicultura tem sido a nica forma de acompanhar acrescente demanda do consumo de pescado no contexto mundial.

    O Brasil o maior produtor de ostras e o segundo produtor de moluscos bivalves daAmrica Latina, superado somente pelo Chile. Os organismos produzidos somexilhes, ostras e vieiras. Segundo levantamento estatstico divulgado pelo Ministrioda Pesca e Aquicultura em 2010, a produo dos moluscos cultivados no Brasil foram:mexilhes, 13.723,00t; ostras, 1.908,00t; e vieiras, 5,2t, com destaque para ocrescimento de 24% nos cultivos de mexilhes entre 2009 e 2010.

    A produo de moluscos bivalves no Brasil se concentra no estado de Santa Catarina,responsvel por mais de 90% da produo nacional. Trabalham na atividade 695empreendedores, representados por 28 associaes municipais, uma estadual, umacooperativa e duas federaes, e distribudos em 12 municpios do litoral, entrePalhoa e So Francisco do Sul (EPAGRI, 2011).

    A atividade nesse estado envolve direta e indiretamente cerca de 8 mil pessoas, desdea produo, colheita, beneficiamento at a comercializao. A principal regioprotetora no estado o Ribeiro da Ilha, em Florianpolis, onde produzidoaproximadamente 70% do volume total (EPAGRI, 2011).

    Em Santa Catarina, as espcies de moluscos bivalves produzidas so: mexilhes(Perna perna), ostras (Crassostrea gigas) e vieiras (Nodipecten nodosus), que seadaptaram perfeitamente s condies naturais da regio: vrias baas e enseadascom gua fria e alta disponibilidade de nutrientes, ideal para o cultivo dessas espcies.

    Outras regies produtoras de moluscos bivalves, principalmente das ostras nativas ouostras do mangue (Crassostrea brasiliana), esto nos estados do Norte, Nordeste eSudeste do Brasil, e sua cadeia produtiva e apresenta outro cenrio. A principaldiferena quanto organizao do setor produtivo, que nessas regies se organizaquase sempre em associaes e cooperativas, envolvendo comunidades locais daregio. Nesse tipo de estrutura organizacional fundamental um modelo de gestoeficiente, com decises tomadas em conjunto. Quando assim realizado, o potencial

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  • Mercado

    de produo se maximiza.

    Quando comparado ao cenrio de Santa Catarina, as ostras nativas ainda soproduzidas em baixa escala e oferta irregular, embora a regio apresente demandapara os produtos, especialmente no mercado turstico, incluindo nesse contexto oapelo insero social e ao comrcio justo entre os elos da cadeia produtiva.

    A ostra conhecida como um produto nobre e sofisticado em muitos pases daEuropa. A Frana um dos principais polos da atividade, mas atualmente vemsofrendo uma grande queda em sua produo, devido incidncia de doenas nasostras. Oportunamente, o cultivo de moluscos bivalves no Brasil, especialmente o deostras, pode se fortalecer para atender a essa demanda, alm de ter a chance de secolocar no mercado internacional de moluscos, j que sua produo totalmentecomercializada no mercado interno.

    Aliada a isso, a Copa do Mundo FIFA 2014 ir gerar um aumento do fluxo turstico noBrasil, principalmente de estrangeiros, que podero comprovar a potencialidade doBrasil na produo de moluscos, sobretudo, no adequado controle higinico-sanitrio ecertificao da produo.

    Clientes

    O consumo de pescados, incluindo os moluscos bivalves, est em alta no mundointeiro e cada vez mais procurado pela populao, em todas as faixas de renda. AOrganizao Mundial da Sade (OMS) recomenda o consumo de pescado de pelomenos 12 quilos por habitante/ano, acima da mdia dos brasileiros, que cerca de9,75 quilos por habitante/ano.

    Alm de ser o maior polo de produo no Brasil, culturalmente, Santa Catarina umaregio com excelente mercado consumidor, seja entre as populaes locais ou turistas,que procuram restaurantes especializados, principalmente localizados emFlorianpolis, para consumir os diversos pratos base de ostras, mexilhes e vieiras.

    Alm disso, as maiores empresas de produo e processamento da regio tm seusprincipais clientes em outras capitais brasileiras, como So Paulo, que recebesemanalmente quantidades significativas de ostras e mexilhes.

    O fluxo turstico gerado pela Copa do Mundo da FIFA 2014 poder aumentar ademanda nos estabelecimentos que comercializam moluscos bivalves, surgindo apossibilidade de ampliar o mercado de venda e conquistar novos clientes.

    Estabelecimentos que estiverem nas cidades e/ou rotas tursticas, bem como aquelescom uma gastronomia especializada em frutos do mar, tero melhor possibilidade deescoar os produtos base de moluscos. Entretanto, o empreendedor deve estar atentonas estratgias de divulgao do seu produto.

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  • Mercado

    Produtos e Servios Demandados

    Os moluscos possuem qualidades nutritivas importantes para os seus consumidores. Acomposio nutricional dos moluscos bivalves varia de acordo com a espcie, habitat,grau de maturao sexual e temperatura da gua, mas, em geral, so ricos em selnio,vitamina B12, potssio, sdio, fsforo, magnsio, zinco e vitamina C. Somado a isso, ocorpo dos moluscos bivalves so compostos por 80% a 90% de gua, auxiliando nahidratao.

    No Brasil, a distribuio das espcies de moluscos bivalves cultivadas conhecida,facilitando a estruturao das empresas que trabalham no fornecimento dos produtos eservios para a atividade.

    Sabe-se que a ostra japonesa (Crassostrea gigas) somente produzida em guasmais frias, condies encontradas em Santa Catarina. J a ostra nativa ou ostra domangue (Crassostrea brasiliana) se desenvolve em guas salobras, em regies demanguezais, e com temperaturas mais elevadas, condies encontradasprincipalmente no Nordeste do Brasil.

    Essa diversidade requer, na maioria das vezes, uma gama de produtos, equipamentose conhecimentos tcnicos especficos para o desenvolvimento da atividade nessasregies.

    As empresas devem estar atentas a essas particularidades, que so limitantes para osucesso dos empreendimentos. As estruturas de cultivo, equipamentos de apoio emanejo, entre outros aspectos, devem ser desenvolvidos considerando asespecificidades ambientais e oceanogrficas de cada regio. Por exemplo, em SantaCatarina utilizam-se long-lines, enquanto no Nordeste o cultivo feito em mesas fixas,proporcionando diferentes caractersticas de materiais, equipamentos e manejosadotados.

    Com o aumento na produo e demanda dos consumidores por ostras, mexilhes evieiras, as empresas que atuam nessas cadeias produtivas (insumos, equipamentos,produo, beneficiamento, logstica e comercializao) vm desenvolvendo produtoscada vez mais especializados, principalmente para o processo de produo focado naescala.

    Os principais produtos que podem ser demandados pelos consumidores e turistasdurante a Copa do Mundo da FIFA 2014 so as ostras e vieiras in natura e osmexilhes frescos e congelados.

    A assistncia tcnica fornecida por empresas especifica um servio demandadoprincipalmente pelos grupos produtores que esto se iniciando na atividade e compossibilidade de aumento na produo devido Copa do Mundo da FIFA 2014. Assim,a procura por esse tipo de servio pode aumentar.

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  • Mercado

    Concorrncia

    Em 2012, o Brasil importou 363,019 mil toneladas de pescados no valor de USD$1,230 milhes de dlares e exportou 42,746 mil toneladas. Trata-se de um aumentode 149% no volume de importao se comparado a 2005, quando, o Brasil importou145.955 mil toneladas e exportou 95,447 toneladas, representando uma queda de 55%no volume de exportao (BRASIL, 2013).

    Especificamente no caso dos moluscos, o Brasil importou 4.694t, o equivalente a USD$16.108 dlares (BRASIL, 2012). Esses dados mostram que o Brasil possui ummercado potencial para o consumo de pescados. Alm disso, todos os moluscosproduzidos no Brasil so comercializados no mercado interno, no havendoexportao.

    Entretanto, o setor produtivo deve estar atento s mudanas no cenriomercadolgico, principalmente internacional, sobretudo, nos pases que produzem emgrande escala e que investem em produtos congelados e enlatados, como o casodos mexilhes, que aps serem industrializados podem ser importados ou exportadoscom facilidade a preos muito acessveis.

    Pases como o Chile, grande produtor de moluscos, podem fornecer produtos a preoscompetitivos ao Brasil, entrando em concorrncia direta com os mexilhes produzidosem Santa Catarina.

    J as ostras, comercializadas na maioria das vezes in natura, ou seja, vivas, possuemno tempo de prateleira/validade um entrave para sua importao, o que favorece osempreendedores brasileiros, embora cause uma limitao na comercializao entre asregies do Brasil que so muitos distantes. Nesse sentido, h a necessidade deorganizao das cadeias produtivas com a logstica, como o caso das vendas deSanta Catarina a So Paulo.

    Fornecedores

    Ao contrario de outros segmentos da aquicultura, como o cultivo de peixes ecamares, o cultivo de moluscos bivalves no envolve custos com rao, principalinsumo dos outros segmentos. Por isso, a dependncia contnua em relao aosfornecedores durante o processo produtivo menos impactante.

    Para o cultivo de moluscos bivalves, os empreendedores lidaro com fornecedores demateriais de cultivo (cordas, cabos, boias, flutuadores, lanternas e caixas) e comfornecedores de sementes (quando houver), insumo importante da atividade.

    O Laboratrio de Moluscos Marinhos (LMM) da Universidade Federal de SantaCatarina (UFSC) comercializa sementes de ostras a preo acessvel e quantidadesuficiente, tendo grande importncia no desenvolvimento do setor na regio.

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  • Localizao

    importante que os pequenos negcios tentem negociar com os fornecedores dosmateriais de cultivo, realizando compras em grandes quantidades ou se associandocom outros empreendedores para negociao de preo, compra, logstica eestocagem. Isso faz com que o custo de produo diminua.

    Outro fator importante a localizao geogrfica dos empreendimentos, pois regiescom difcil acesso ou muito distantes dos fornecedores podem aumentar o custo deproduo, inviabilizando o negcio.

    Somente o estado de Santa Catarina possui uma cadeia de produtos e serviosestruturada, justificada pelo volume de produo e quantidade de produtores. Noentanto, com o desenvolvimento do cultivo de moluscos em outras regies, como oNordeste, que tem um excelente potencial para desenvolver a atividade, a tendncia que novos polos de produo se formem, despertando o interesse de empresas em seestruturar nessas regies para venda de produtos.

    3. Localizao

    O Brasil possui 8.500 km de costa e diversos ambientes propcios ao desenvolvimentodo cultivo de moluscos. Entretanto, a ocupao desses ambientes, que pertencem Unio, necessita de mapeamento e regularizao.

    O Plano Local de Desenvolvimento da Maricultura (PLDM) visa identificar e definir asmelhores reas para a instalao de unidades de cultivo em zonas marinhas, baas ouesturios ao longo da costa brasileira. Vrios estudos ambientais, sociais, tcnicos eeconmicos so realizados.

    Os PLDMs facilitam o acesso dos empreendedores de pequenos negcios aqucolass guas da Unio, uma vez que o Estado assume a responsabilidade e os custos deelaborao dos estudos ambientais.

    Atualmente, Santa Catarina a nica regio com o PLDM concludo. Em outrosEstados os estudos se encontram em execuo ou ainda no esto previstos.

    Quanto s condies ambientais favorveis, o cultivo de moluscos na regio de SantaCatarina deve ser realizado em ambientes com temperatura em torno de 15C esalinidade entre 18 e 32 ppt. Para as ostras nativas, a temperatura ideal est entre 24e 38C; e a salinidade, entre 08 e 35 ppt.

    Alm disso, fundamental que o local para instalao do empreendimento tenha boacirculao e renovao de gua, proporcionando abundante alimentao para osmoluscos cultivados.

    aconselhvel que o local selecionado no tenha influncia de fontes de poluio,

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  • Exigncias Legais e Especficas

    como esgotos domsticos e industriais, agrotxicos utilizados na agricultura e leos deembarcaes.

    Aspectos de proximidade com o mercado consumidor e infraestrutura para oescoamento da produo tambm devem ser avaliados para a escolha dosempreendimentos, principalmente para os produtos comercializados in natura.

    4. Exigncias Legais e Especficas

    Para a abertura da empresa sero necessrios registros junto Secretria da ReceitaFederal, que emitir o CNPJ; Junta Comercial; Receita Estadual, por meio da qualser obtida a Inscrio Estadual (caso a empresa seja sujeita ao ICMS, comoempresas do setor de comrcio, transporte ou indstria); Prefeitura Municipal, paraobteno de Alvars de Localizao e Alvars de Licena Sanitrios; Secretria daFazenda; e ao Sindicato Patronal. A empresa ter tambm de cadastrar-se junto aCaixa Econmica Federal no sistema Conectividade Social INSS/FGTS e obterautorizao do Corpo de Bombeiros. O empreendedor deve estar atento ao Cdigo deDefesa do Consumidor (Lei n 8.078, de 11/9/1990) e s suas especificaes.

    O cultivo de moluscos bivalves no Brasil realizado exclusivamente em baas,enseadas e esturios, guas consideradas da Unio; logo, so necessriasautorizaes, ou seja, seu uso depende de licenciamento pelo poder pblico. Todas asautorizaes (carteira de aquicultor, licenciamento ambiental e cesso de uso darea) so regidas por legislao especfica e estabelecidas pelas diversas instituiesenvolvidas.

    A autorizao para uso de espaos fsicos em corpos dgua de domnio da Unioest, atualmente, regulamentada pelo(a): Decreto n 4.895, de 25 de novembro de2003; Instruo Normativa Interministerial n 6, de 31 de maio de 2004; InstruoNormativa Interministerial n 7, de 28 de abril de 2005; e Instruo NormativaInterministerial n 1, de 10 de outubro de 2007.

    As instituies envolvidas no processo de regularizao so: Ministrio da Pesca eAquicultura (MPA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenovveis (Ibama), Organizaes Estaduais do Meio Ambiente (Oemas), Marinha doBrasil, Agncia Nacional de guas (ANA) e Superintendncia do Patrimnio da Uniodo Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (SPU/MPOG).

    A legislao est direcionada pela Resoluo Conama n 413, de 26 de junho de 2009,a qual dispe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura. No entanto, muitosestados possuem suas prprias normativas, sendo mais restritivas.

    O Plano Local de Desenvolvimento da Maricultura (PLDM) uma ferramenta quesimplifica o processo de regularizao para o empreendedor, j que possibilita aos

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  • Estrutura

    empreendedores adquirirem reas dentro dos parques aqucolas, j mapeadas elicenciadas.

    No caso de beneficiamento, armazenamento e distribuio existem outras legislaesrelacionadas com a questo sanitria do produto que devem ser observadas junto aosServios de Inspeo Federal (SIF), no caso de comercializao interestadual eexportao, e Estadual (SIE), no caso de comercializao dentro do estado.

    5. Estrutura

    As estruturas necessrias para a produo de moluscos bivalves foram adaptadas deoutros pases para a realidade brasileira. Essas estruturas variam conforme a espciee o ambiente de cultivo.

    Em Santa Catarina, os cultivos dos moluscos so feitos no mar, em regies abrigadascomo baas e enseadas. O sistema de cultivo utilizado nessas regies so os long-lines flutuantes, isto , estruturas constitudas de uma corda posicionada abaixo dasuperfcie da gua e fixada por duas poitas, uma em cada extremidade. A corda ficasuspensa na coluna dgua por meio de boias, e estruturas circulares so amarradasao longo da corda, enquanto as lanternas so utilizadas principalmente para o cultivode ostras e vieiras. Seu tamanho depende de cada estgio de crescimento dosorganismos cultivados. Para o cultivo de mexilhes utiliza-se principalmente o sistemaflutuante com espinheis.

    No caso dos cultivos flutuantes aconselhvel que os empreendedores tenham umabalsa para auxilio nos manejos e colheita da produo.

    Os cultivos de ostras nativas so realizados em regies de esturio, em gua salobra,ou seja, em regies sob forte influncia das mars, as quais regulam o fluxo de guaentre o mar e o rio. O sistema utilizado o tipo mesa fixa, constitudo por um conjuntode estacas e travessas unidas entre si, em formato de uma mesa, que so revestidascom tela ou usadas para amarrar os travesseiros, isto , estruturas confeccionadas emtela no formato de um travesseiro.

    Caso o produtor possa e deseje verticalizar a produo, tambm devero serprojetadas e construdas estruturas especficas de beneficiamento, armazenamento edistribuio da produo.

    No caso das estruturas de beneficiamento fundamental cumprir as regras do Serviode Inspeo Federal (SIF) e, quando necessrio, agregar o processo de depurao nofluxo operacional da unidade. fundamental a expanso desse tipo de estrutura paraos produtos fornecidos Copa do Mundo da FIFA 2014.

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  • Pessoal / Equipamentos6. Pessoal

    A mo de obra fundamental no cultivo de moluscos bivalves, j que osprocedimentos so praticamente todos realizados de maneira manual. Obviamente, anecessidade de mo de obra no processo produtivo vai depender da dimenso doempreendimento e tipo de sistema de cultivo adotado.

    Em muitas regies que adotam o cultivo de ostras no sistema de mesa fixa, o trabalho,muitas vezes, realizado por mulheres, j que no demanda excesso de fora fsicanas atividades rotineiras.

    As principais atividades de mo de obra realizadas so: povoamento das sementes,limpeza, classificao e despesca/colheita final da produo.

    Aliados s atividades de mo de obra operacional, tambm so importantes o controlee os registros dos dados de produo (crescimento e mortalidade), a qualidade degua, os custos de produo etc.

    importante que os trabalhadores dessa cadeia produtiva estejam formalizados edevidamente equipados com itens de segurana, recendendo ainda treinamentos eorientaes nas atividades realizadas.

    O principal gargalo para o setor a disponibilidade de mo de obra qualificada, e issopode ser resolvido com programas de capacitaes em maricultura.

    7. Equipamentos

    A atividade de cultivo de moluscos bivalves apresenta baixo nvel tecnolgico para oseu desenvolvimento. No entanto, necessita de mo de obra capacitada para aproduo.

    Nos empreendimentos que adotam o sistema de long-line, como nos cultivos de ostras,mexilhes e vieiras, os principais equipamentos utilizados so: cordas, boias,flutuadores, lanternas para cada fase de cultivo (berrio, intermediaria e engorda),balsa flutuantes para o manejo, caixas plsticas, classificadoras, lavadoras eembarcaes motorizadas.

    Para os empreendimentos que adotam o sistema de cultivo em mesas fixas,exclusivamente usado na produo de ostras, os principais equipamentos utilizadosso: madeira, ferro, bambu ou PVC para construo das mesas, boias, telas plsticaspara cada fase de cultivo (semente, juvenil e engorda) e embarcaes a remo ou

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  • Autom

    ao / Canais de D

    istribuio

    motorizadas.

    8. Automao

    O nvel tecnolgico da produo vai depender da disponibilidade de recursos parainvestimento e da escala que se pretende produzir. Em geral, o cultivo de moluscosbivalves realizado com baixo nvel tecnolgico, em processos praticamente manuaiscom baixa produtividade e que demandam alta mo de obra operacional.

    O cultivo de moluscos realizado de maneira manual atinge rapidamente um volumemximo de produo, que varia de acordo com a espcie cultivada. A mecanizao um processo que pode aumentar a produtividade e lucratividade dos pequenosempreendedores. O Chile, por exemplo, em 1998, produzia os mesmos volumes demexilho que o Brasil, mas, com a mecanizao adaptada de outros pases, conseguiuaumentar sua produo em 1.800%, em 10 anos, enquanto o Brasil manteve suaproduo praticamente estvel no mesmo perodo de tempo.

    Em Santa Catarina, j se iniciou uma pequena mecanizao de mquinas quesubstituem o servio humano em algumas etapas de produo dos moluscos,principalmente no cultivo de mexilhes. Os empreendedores de pequenos negciosdesse segmento esto mecanizando o processo de ps-colheita, utilizando mquinasque realizam a classificao e limpeza dos mexilhes.

    Para as ostras, so utilizadas mquinas de classificao durante as etapas de cultivo,alm de mquinas para lavagem ps-colheitas.

    Apesar de incipiente, a mecanizao tende a crescer no Brasil. Mesmo assim, necessrio o desenvolvimento de tecnologias que sejam aplicadas s espcies econdies brasileiras.

    9. Canais de Distribuio

    Os empreendedores devem estar atentos aos mercados consumidores locais eregionais e aliar as caractersticas particulares dos moluscos bivalves, como asofisticao e requinte.

    Uma excelente estratgia para fortalecer a comercializao e agregar valor ao produto o investimento nos selos dos Servios de Inspeo Estadual e Federal, SIE e SIF,respectivamente, que permitem a expanso de mercado para restaurantes e redes desupermercados. Somado a isso, a implementao de programas que garantam a boaqualidade do produto, como o Programa Nacional de Controle Higinico-Sanitrio de

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  • Canais de D

    istribuio

    Moluscos Bivalves (PNCMB), institudo em conjunto pelo Ministrio da Pesca eAquicultura (MPA) e Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) e quetambm visa promover a comercializao dos moluscos, garantindo a qualidadehiginico-sanitria para os produtos.

    As normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) tambm sofundamentais para expandir e organizar o setor. Essas normas visam a boas prticashiginico-sanitrias e de manejo, aspectos de segurana, qualidade do produto final,bem-estar animal, insumos, controle e monitoramento ambiental, rastreabilidade,qualidade da gua e critrios de sustentabilidade,

    Para as ostras nativas produzidas nas regies Norte, Nordeste e Sudeste um modo decomercializao potencial o comrcio justo, que se caracteriza, nesse caso, pelocomrcio da produo diretamente nos estabelecimentos locais como restaurantes,hotis e pousadas, remunerando melhor os empreendedores de pequenos negcios,que, por sua vez, fornecem um produto com qualidade e regularidade para seusclientes.

    No contexto do comrcio justo o envolvimento com o turismo fundamental, nosomente pelo aumento no consumo, mas, sobretudo, pela valorizao dos produtosoriundos das comunidades locais. As ostras nativas se adequam perfeitamente a essecenrio, j que as principais reas de produo esto prximas a locais comexcelentes fluxos tursticos.

    Ferramentas de incentivo comercializao, como aqurios mostrurios e oficinasgastronmicas, so importantes, principalmente em regies que esto iniciando aatividade.

    Embora os selos e programas que garantam a qualidade higinico- sanitria dosmoluscos sejam fundamentais para a comercializao, as certificaes de origem, desustentabilidade e o comrcio justo so uma tendncia da atividade que desenvolveparticularidades entre os diferentes locais de produo e agrega valor aos moluscoscomercializados.

    No caso das ostras comercializadas in natura, deve-se ter cuidado redobrado noacondicionamento e transporte, a fim de garantir a qualidade e o frescor do produtopara os consumidores. Apenas os moluscos com conchas fechadas ou que se fechemao toque devem ser escolhidos. Devem estar brilhantes, com gua incolor e lmpida nointerior das conchas, cheiro agradvel, carne mida e bem-aderente concha. Aps ocozimento, os moluscos que no se abrirem devem ser descartados.

    Para definir a melhor estratgia de comercializao o empreendedor deve considerarcomo ponto central o consumidor e a logstica e a partir disso definir algumasestratgias de avaliao conforme cada contexto: venda direta, representantecomercial, telemarketing, internet e rodada de negcios.

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  • Capital de G

    iro / Custos10. Capital de Giro

    O capital de giro o montante de recursos financeiros que o empreendedor precisamanter para garantir a dinmica do seu processo de negcio.

    O desafio da gesto do capital de giro deve-se, principalmente, ocorrncia dosseguintes fatores: variao dos diversos custos absorvidos pelo empreendedor,aumento de despesas financeiras em decorrncia das instabilidades de mercado,baixo volume de produo e vendas (sazonalidade), aumento dos ndices deinadimplncia e altos ndices de estoques de matria-prima e produtos acabados.

    A gesto do capital de giro que determina a capacidade de saldar os compromissosde curto prazo, como compras de sementes, compra de equipamentos para iniciar ociclo produtivo, os estoques, as vendas, a concesso de crdito, o pagamento desalrios, impostos e demais encargos. Deve-se lembrar que os moluscos bivalvesnecessitam de tempo para crescerem e estarem aptos para comercializao e queesse tempo depende da espcie, regio, poca do ano, sistema de cultivo etc.

    Alguns fatores contribuem para a reduo da necessidade de capital de giro dasempresas. Entre eles, podem-se destacar aumentos dos prazos para pagamento defornecedores, reduo dos prazos de recebimentos de clientes e reduo dos nveis deestoque. importante observar que a gesto dos estoques no se limita s questesrelativas ao capital de giro e merece um cuidado especial.

    As instituies financeiras oferecem uma extensa variedade de produtos financeiroscom taxas e prazos diferenciados. importante que o pequeno empreendedor tenhaconhecimento dos custos destas operaes para que esteja apto a negociar e obtermelhores condies no financiamento. Para isso, essencial pesquisar junto sdiversas instituies financeiras pblicas e privadas, promovendo visitas constantes econsultas aos escritrios de atendimento do Sebrae da regio.

    11. Custos

    Os custos de produo so todos os valores gastos no processo produtivo. Quantomenores os custos, maiores as chances de os pequenos empreendedores ganharemno resultado final do negcio. fundamental que o produtor chegue ao nvel dedetalhamento do custo unitrio de produo, podendo desta forma calcular a margemde contribuio unitria de cada produto, sem se esquecer dos custos commanuteno e depreciao das estruturas e equipamentos.

    O cuidado na administrao e reduo de todos os custos envolvidos na compra,

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  • Divulgao

    produo e venda de produtos ou servios que compem o negcio indica que oempreendedor poder ter sucesso ou fracasso, na medida em que encara como pontofundamental a reduo de desperdcios, a compra pelo melhor preo e o controle detodas as despesas internas.

    Algumas dicas para manter os custos e despesas controladas so: negociar comfornecedores as melhores condies de compra, em termos de preos, prazos,quantidades e descontos; ter cuidado com gastos e despesas desnecessrias; manteruma poltica de custos e despesas entre os seus colaboradores, evitando odesperdcio; sempre atualizar o planejamento financeiro.

    Os empreendedores de pequenos negcios devem estar atentos ao comportamento domercado consumidor para adequar seus custos de produo de acordo com arealidade de preo praticado pelo mercado e seus concorrentes.

    12. Divulgao

    Antes que o empreendedor de moluscos bivalves estabelea as estratgias ideais paraa divulgao do seu produto, o processo produtivo e industrial deve estar organizado eprofissionalizado de maneira que, conforme apaream demandas para os produtos, aoferta seja realizada regularmente e principalmente com qualidade sanitria, indicadorque muitas vezes sofre a desconfiana dos consumidores.

    importante que os empreendedores de pequenos negcios se articulem com canaisde comunicao como TV, internet, jornais, revistas e, sobretudo, com hotis,pousadas e restaurantes para estimular e divulgar o seu negcio. Pela ferramentaConecte Seu Negcio (ver Sites teis) o empreendedor pode montar facilmente umsite para o seu negcio. Alm disso, os empreendedores podem participar de circuitosgastronmicos, feiras e eventos setoriais, sempre avaliando o perfil dos frequentadorese capacidade de abrangncia.

    No Brasil, o Governo Federal vem contribuindo com divulgaes e campanhas parapromover o consumo de pescados, como a Semana do Peixe. O empreendedor deveestar atento para aproveitar as melhores oportunidades de divulgar o seu negcio eabrir novas possibilidades de mercado.

    Oportunamente, os empreendedores devem explorar as caractersticas do seuproduto, principalmente quanto regionalidade, sustentabilidade e s certificaes.

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  • Eventos / Glossrio

    13. Eventos

    Aquacienciahttp://www.aquaciencia.com.br

    Aquasurhttp://www.aqua-sur.cl

    European Seafood Exposition 2013http://www.euroseafood.com

    Feira Internacional da Pesca e Aquiculturahttp://www.aquapescabrasil.com.br

    Feira Internacional de Pesca Esportivahttp://http://www.feipesca2013.com.br/

    Festa Nacional da Ostra e da Cultura Aoriana (Fenaostra)http://www.fenaostra.net.br

    Sociedade Mundial de Aquiculturahttp://www.was.org

    14. Glossrio

    Aquicultura Cultivo de organismos aquticos.

    gua salobra Aquela que tem mais sais dissolvidos que a gua doce e menos que agua do mar. Tecnicamente, considera-se gua salobra a que possui entre 0,5 e 30gramas de sal por litro.

    Baas Poro de mar ou oceano rodeada por terra, uma reentrncia da costalitornea por onde o mar avana para o interior do continente.

    Comrcio justo Modalidade de comrcio internacional que busca o estabelecimentode preos justos, bem como de padres sociais e ambientais equilibrados nas cadeiasprodutivas, promovendo o encontro de produtores responsveis com consumidoresticos.

    Enseadas Recorte da linha costeira, o qual forma uma pequena baa. umareentrncia aberta da costa em direo ao mar.

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  • Dicas de N

    egcio

    Esturios Ambiente aqutico de transio entre um rio e o mar. Um esturio sofre ainfluncia das mars e apresenta fortes gradientes ambientais, desde guas docesprximos da sua cabeceira, guas salobras e guas marinhas prximo da suadesembocadura.

    Incuo Que no causa nenhum dano, inofensivo ao consumidor.

    Manguezais Tambm chamado de mangue ou mangal, um ecossistema costeiro,de transio entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona mida caracterstica deregies tropicais e subtropicais.

    Mexilhes Animais sem mobilidade que vivem nas zonas entre mars, fixos pelobisso (filamento de fixao) s rochas costeiras. Sua concha negra azulada, semornamentao a no ser as linhas de crescimento.

    Mitilicultura o cultivo de mexilhes.

    Moluscos bivalves Apresentam concha com duas peas fechadas por fortesmsculos. So seres aquticos e, em geral, vivem no ambiente marinho.

    Moluscos Animais invertebrados, de corpo mole e mucoso, geralmente dotados deconcha calcria e quem vive no mar, em gua doce ou em terra. So os polvos, ostras,caramujos etc.

    Ostras Animais de corpo mole, protegidos dentro de uma concha altamentecalcificada, fechada por fortes msculos adutores (responsvel pela unio das valvas).

    Ostreicultura Cultivo de ostras.

    Sementes de moluscos bivalves Indivduos em sua primeira fase de vida apssofrerem metamorfose completa, passando da fase larval planctnica (com natao nacoluna de gua) para a fase bentnica, aderida a um substrato.

    15. Dicas de Negcio

    Os empreendedores do cultivo de moluscos bivalves do Brasil sempre devem ter emmente que fazem parte de uma cadeia produtiva cujo seu produto totalmentecomercializado pelo mercado interno.

    Os produtos base de mexilhes, ostras e vieiras so caracterizados pelo requinte esofisticao. Por isso, o trabalho com valor agregado importante para o produtorviabilizar economicamente seu negcio.

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  • Bibliografia

    Para muitos consumidores, os moluscos bivalves trazem a desconfiana quanto aosaspectos higinico-sanitrios, sendo fundamental o empreendedor focar estratgiasque garantam a qualidade do seu produto e confiana dos consumidores.

    As certificaes sanitrias so as principais ferramentas para transmitir confiana aosconsumidores de moluscos, j que asseguram a qualidade e sanidade dessesprodutos.

    Programas como o PNCMB, institudo pelo MPA e MAPA, ou a depurao dosmoluscos bivalves em unidades apropriadas como as encontradas em Alagoas, SoPaulo e Paran so procedimentos que precisam ser adotados e disseminados paraque os empreendedores obtenham certificaes e possam expandir o seu negcio,garantindo, sobretudo, a segurana sanitria aos consumidores.

    As normas ABNT tambm sero fundamentais para o desenvolvimento do setor, poiscontribuem para toda a cadeia produtiva, estabelecendo normativas nos processos deproduo, qualidade do produto, comercializao e sustentabilidade. Atualmente asnormas da ABNT para a ostreicultura esto em processo de construo.

    Para os grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo FIFA 2014, hexpectativa de crescimento do consumo de alimentos em geral, podendo tambmfavorecer o consumo de moluscos bivalves, principalmente pelo pblico europeu easitico que esto habituados a consumir tais produtos.

    16. Bibliografia

    BRASIL. Ministrio da Pesca e Aquicultura (MPA). Boletim estatstico da pesca eaquicultura 2010 Brasil. 2012. Disponvel em: Acesso em: 15mar. 2013.

    ______. Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (Minc). Sistemade Anlise das Informaes de Comrcio Exterior. Disponvel em:http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br. Acesso em: 16 mar. 2013.

    EMPRESA de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural de Santa Catarina (Epagri).Sntese Informativa da Maricultura 2011. Disponvel em:http://cedap.epagri.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=423&tmpl=component&format=raw&Itemid=173. Acesso em: 6 maio. 2013.

    FOOD Agriculture Organization of the United Nations (FAO). The State of WorldFisheries and Aquaculture Sofia. 2012. Disponvel em: http://www.fao.org. Acessoem: 15 mar. 2013.

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  • Fonte

    SEBRAE. Criao de ostras. Ideias de negcios. Valor em foco, 2010.

    TROMBETA, T. D.; SALGUEIRO, R. R.; TROMBETA, R. D. Cultivo de ostra nativa.Braslia: Iabs, 2010.

    17. Fonte

    Com o fortalecimento das instituies que compem o sistema financeiro nacional,cada vez mais se apresentam aos seus usurios um portiflio de produtos e serviosfinanceiros que atendam suas demandas, seja nas reas de gesto financeira, degesto de pessoas, de contas a receber, de contas a pagar e de acesso ao crdito.

    Ao empresrio importante perceber que o simples fato de contratar um servio depagamento eletrnico de salrios ou de cobrana bancria, por exemplo, fortalece orelacionamento entre a empresa e a instituio financeira, e amplia suas possibilidadesde acesso a servios financeiros de maior complexidade, como por exemplo, as linhasde emprstimos e financiamentos.

    Alm disso, no que tange ao acesso ao crdito, ser exigido do empresrio maturidadena gesto das finanas empresariais e, para isso, faz-se necessrio a realizao deplanejamento financeiro e o conhecimento da capacidade de pagamento da empresa.

    As fontes de recursos disponibilizadas pelas instituies financeiras tm origem emrecursos livres aqueles captados pelos bancos junto ao mercado financeiro, comopor exemplo, a maioria das linhas de capital de giro disponibilizadas pelos bancos eem recursos direcionados aqueles provenientes de programas de governo, como porexemplo, as linhas de investimentos do BNDES, repassadas pela maioria dasinstituies financeiras.

    Dessa forma, importante que o empresrio identifique primeiramente a origem dosrecursos da linha de crdito que ir acessar, pois isso ir afetar diretamente as taxasde juros praticadas, as condies de pagamento, os procedimentos para acesso e adisponibilidade dos recursos.

    Alm disso, importante perceber que linhas de crdito com recursos direcionados,normalmente, possuem as mesmas condies de financiamento independente dobanco que a disponibiliza, ao passo que as linhas de crdito com recursos livres soprodutos concorrncias entre os bancos, o que exigir do empresrio a pesquisa antesda deciso.

    No que tange aos recursos direcionados, o Banco Nacional de DesenvolvimentoEconmico e Social BNDES, o principal provedor de linhas de crdito do pas, sejade forma direta com a instituio, ou pela sua rede de bancos credenciados. Para a

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  • Fonte

    deciso do empresrio, disponibiliza uma ferramenta que permite identificar dentre asopes de financiamento ofertadas, aquelas que melhor atendam o seu perfil e s suasnecessidades: Mais BNDES.

    Nessa mesma natureza de recursos, os Fundos Constitucionais de Financiamentotambm so importantes instrumentos de desenvolvimento para as regies CentroOeste, Nordeste e Norte. Os recursos so disponibilizados pelos bancosadministradores, com taxas e condies que variam de acordo com o porte doempreendedor, e para o atendimento de produtores rurais, firmas individuais, pessoasjurdicas, associaes e cooperativas de produo, que desenvolvam atividades nossetores agropecurio, mineral, industrial, agroindustrial, turstico, infraestrutura,comercial e de servios. Para saber mais sobre os fundos constitucionais, acesse:Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste FCO;Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste FNE;Fundo Constitucional de Financiamento do Norte FNO.

    Em relao s linhas com bases em recursos livres, existem vrias opes nosbancos. A informao pode ser acessada na pgina dos bancos, que possuemambientes direcionados para os pequenos negcios. Em funo da diversificao delinhas, de taxas e prazos, importante que o empresrio pesquise e compare osbancos que atuam na sua regio, mas tambm identifique aqueles que possuemalternativas de crdito sem o contato presencial, pois eles podem ter condies maisvantajosas.

    Algumas dicas importantes: Os bancos so fornecedores de servios financeiros, portanto, encare-o como umoutro fornecedor do seu negcio: negocie! Um emprstimo deve ser aplicado na finalidade para o qual foi obtido. Emprstimode curto prazo (capital de giro) deve ser usado naquilo que gera resultado no curtoprazo; Crdito no deve ser usado para cobrir descontrole financeiro, ele necessriopara a empresa crescer, se fortalecer. Lembre que crdito no cria oportunidades, maspode viabiliz-las; Avalie as alternativas apresentadas pelo banco e veja se ser possvel pagar oemprstimo, afinal ele uma dvida que ser assumida pela sua empresa; No seja impulsivo na deciso, deixando se levar pelas linhas acesso mais fcil,como por exemplo, cheque especial e antecipao de recebveis. Acess-las em casosde pagamentos antecipados que lhe do descontos maiores dos que os custos dalinha pode ser uma boa alternativa; Veja se os seus recebveis, especialmente os de cartes de crdito, podem serutilizados para garantir o acesso a linhas de capital de giro. Normalmente essa opo mais barata do que a simples antecipao.

    Para o setor da aquicultura, incluindo o cultivo de moluscos, importante destacar oPlano Safra da Pesca e Aquicultura, um programa do Governo Federal para estimularo desenvolvimento do setor por meio de linhas de crdito para o aumento de produo

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  • Planejamento Financeiro / Solues Sebrae

    e a gerao de emprego e renda. Sero disponibilizados mais de R$ 4 bilhes emcrdito e investimentos para fortalecer o setor. Para saber como utilizar o Plano Safra eas linhas de crditos disponveis, visite a pgina do plano (ver Sites teis).

    18. Planejamento Financeiro

    O acesso cada vez mais facilitado a informaes, tanto dentro quanto fora dasempresas, tem possibilitado uma administrao mais criteriosa e apurada por parte dasmicro e pequenas empresas. No entanto, o que pode ser observado que grandeparte destas empresas continua mantendo uma viso imediatista e centralizadora nasquestes relativas gesto. Os reflexos deste comportamento so inadimplncia eelevao dos custos operacionais. Os controles financeiros, quando praticados deforma eficiente, disponibilizam aos gestores informaes necessrias ao planejamentoe tomada de deciso.

    Um bom oramento de caixa considera previses de vendas, compras, despesas einvestimentos para perodos futuros. O principal ponto do oramento de caixa apreviso das vendas. Estas projees so realizadas a partir da anlise deinformaes referentes ao histrico de perodos anteriores, projees de crescimentoda economia, expectativa de investimentos, objetivos e metas estratgicos, capacidadeprodutiva da empresa e sazonalidade.

    A partir das previses de vendas, estimam-se os custos e as despesas variveis (quevariam proporcionalmente em relao ao volume de vendas) como impostos,comisses e pagamentos aos fornecedores de matrias-primas. importante que oempreendedor esteja atento aos prazos de pagamento e recebimento e para lanar asentradas e sadas de caixa no perodo correto. Tambm necessrio estar atento sdespesas fixas como telefone, energia, aluguel, gua, funcionrios, encargos etc.

    Esta viso do futuro auxilia o processo de tomada de deciso por oferecer informaessobre a gerao de caixa da atividade, proporcionando reflexes sobre a viabilidade deinvestimentos e possveis furos de caixa (descasamento entre entradas e sadas decaixa). A comparao do que foi planejado com o que est ocorrendo periodicamente uma ferramenta de anlise de desempenho importante.

    19. Solues Sebrae

    Negcio Certo Rural Gesto e Tcnicas de Produo Logstica Eficincia Energtica nas Micro, Pequenas e Mdias Empresas

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  • Sites teis

    D-olho na Qualidade Como Vender Mais e Melhor Mdulo 1 Como Vender Mais e Melhor Mdulo 2 Como Vender Mais e Melhor Mdulo 3 Controles Financeiros Anlise e Planejamento Financeiro Formao de Preos Gesto de Pessoas Empretec Click Marketing Central de Oportunidades Rede Comrcio Brasil Rodadas de Negcios

    20. Sites teis

    Associao Brasileira de Aquicultura (ABRAq)http://www.pescar.com.br/abraq/

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES)http://www.bndes.gov.br

    Conecte Seu Negciohttp://www.conecteseunegocio.com.br

    Empresa de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural de Santa Catarina (Epagri)http://www.cedap.epagri.sc.gov.br/

    Embrapa Pesca e Aquiculturahttp://cnpasa.sede.embrapa.br/

    Laboratrio de Moluscos Marinhos (LMM) UFSChttp://www.lmm.ufsc.br/

    Ministrio da Pesca e Aquiculturahttp://www.mpa.gov.br

    Plano Safra da Pesca e Aquiculturahttp://www.mpa.gov.br/safra/

    Portal do Peixehttp://www.portaldopeixe.com/

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  • Sites teis

    Revista Panorama da Aquiculturahttp://www.panoramadaaquicultura.com.br/

    Servio Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)http://www.sebrae.com.br/setor/aquicultura-e-pesca

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  • Sites teis

    Sumrio

    11. Apresentao .........................................................................................22. Mercado .................................................................................................63. Localizao ............................................................................................74. Exigncias Legais e Especficas ............................................................85. Estrutura ................................................................................................96. Pessoal ..................................................................................................97. Equipamentos ........................................................................................

    108. Automao .............................................................................................109. Canais de Distribuio ...........................................................................1210. Capital de Giro .....................................................................................1211. Custos ..................................................................................................1312. Divulgao ...........................................................................................1413. Eventos ................................................................................................1414. Glossrio ..............................................................................................1515. Dicas de Negcio .................................................................................1616. Bibliografia ...........................................................................................1717. Fonte ....................................................................................................1918. Planejamento Financeiro .....................................................................1919. Solues Sebrae ..................................................................................2020. Sites teis ............................................................................................