como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

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COMO ENFRENTAR AS CRISES GLOBAL, ESTRUTURAL E DE GESTÃO QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DA BAHIA Engo. e Professor FERNANDO ALCOFORADO

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Page 1: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO ENFRENTAR AS CRISES

GLOBAL, ESTRUTURAL E DE

GESTÃO QUE AFETAM O

DESENVOLVIMENTO DA BAHIA

• Engo. e Professor FERNANDO ALCOFORADO

Page 2: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

AS AMEAÇAS AO DESENVOLVIMENTO DA BAHIA

1. Queda nas exportações

2. Declínio no crescimento do PIB da Bahia

3. Poupança interna insuficiente na Bahia

4. Depressão econômica na Bahia

5. Desindustrialização da Bahia

6. Elevação do Custo Brasil

7. Aumento das desigualdades regionais na Bahia

8. Agravamento dos problemas sociais e ambientais

da Bahia

9. Agravamento dos problemas estruturais da Bahia

10. Crise de gestão do setor público estadual

Page 3: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

1. AMEAÇA DE QUEDA NAS

EXPORTAÇÕES DA BAHIA

Page 6: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

OS CICLOS DE KONDRATIEFF E AS CRISES ECONÔMICAS MUNDIAIS

• A tese de Kondratieff é a de que os ciclos consistem em períodos alternados de alto crescimento e períodos de crescimento relativamente lento variando de 40 a 60 anos.

• Kondratieff identificou 3 fases no ciclo: expansão, estagnação, recessão.

• Na sua pesquisa sobre o século XIX, Kondratieff constatou a existência de dois ciclos (1790 a 1849 com duração de 59 anos e outro de 1850 a 1896 com duração de 46 anos).

• Ciclo de 1790 a 1849- expansão da economia mundial ocorreu até a estagnação em 1815 seguida da recessão até 1849.

• Ciclo de 1850 a 1896- expansão da economia mundial até seu colapso com a Depressão de 1873, 58 anos após a crise de 1815, seguida da recessão até 1896. A depressão de 1873 contribuiu para acirrar a competição entre as potências imperialistas europeias que desembocou na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

• Ciclo de 1896 a 1945- a expansão da economia mundial aconteceu de 1896 até seu colapso com a Grande Depressão de 1929, 56 anos após a crise de 1873, seguida da recessão até 1945. A depressão mundial de 1929 contribuiu decisivamente para a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

• Ciclo de 1945 a 1989- a expansão da economia mundial aconteceu até a Crise do Petróleo em 1973, 44 anos após a depressão de 1929, seguida de recessão até 1989.

• Ciclo subsequente: começou em 1989 com sua expansão até a recente crise mundial de 2008, 35 anos após a crise de 1973, seguida de recessão que se prevê terminando em 2029, após 40 anos, ou 2049 após 60 anos.

Page 7: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

CRISE GLOBAL DE 2008 E SEUS

DESDOBRAMENTOS NO MUNDO

• A crise atual é pior do que a de 1929-1933, porque é absolutamente global.

• O sistema financeiro internacional já não funciona mais.

• O Consenso de Washington que introduziu o neoliberalismo morreu e haverá depressão que durará por muitos anos.

• A crise global que começou em 2008 é, para a economia de mercado, equivalente ao que foi a queda do Muro de Berlim em 1989.

• Esta depressão pode levar a um novo sistema mundial. Há que se redesenhar tudo em direção ao futuro ou o mundo será levado a um novo conflito mundial.

Page 8: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL

Page 9: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO OBTER O EQUILÍBRIO NAS CONTAS EXTERNAS DO BRASIL

• Reduzir as importações com a adoção de uma eficaz política de substituição de importações

• Elevar o poder de competitividade das exportações brasileiras no mercado mundial com a adoção de uma nova política cambial baseada no câmbio fixo atrelado ao dólar como faz a China, entre outras medidas.

Page 10: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

BALANÇA COMERCIAL – BAHIA (US$ MILHÕES)

ANO EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO

2000 1944 2242 -298

2001 2 122 2286 -164

2002 2 412 1878 535

2003 3 261 1946 1315

2004 4 066 3021 1046

2005 5 990 3351 2639

2006 6 773 4475 2298

2007 7 409 5415 1994

2008 8 699 6310 2389

2009 7 011 4673 2338

2010 8 886 6706 2180

2011 11 016 7749 3267

Fonte: MDIC

Page 11: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO COMPENSAR A QUEDA

NAS EXPORTAÇÕES DA BAHIA• Envidar esforços no sentido de

desenvolver novas atividades produtivas

voltadas principalmente para o

suprimento do mercado interno da Bahia

e do País apoiadas nas potencialidades

existentes em seu território

• Desenvolver ações voltadas para a

reestruturação dos setores econômicos

que forem afetados pela queda nas

exportações à luz dos impactos da crise

mundial sobre seus níveis de produção

Page 12: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

2. AMEAÇA DE DECLÍNIO NO

CRESCIMENTO DO PIB DA

BAHIA

Page 13: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

VARIAÇÃO ANUAL DO PIB DO BRASIL

Page 14: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO REVERTER O DECLÍNIO NO

CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL• Buscar o crescimento do Brasil a uma taxa

de 5% ao ano.

• Elevar as taxas de poupança e de investimento públicos e privados dos atuais 18,7% para 25% em relação ao PIB.

• Elaborar um plano de desenvolvimento centrado na política de substituição de importações e no aproveitamento das potencialidades econômicas existentes no Brasil.

• Adotar políticas que contribuam para aumentar a poupança do setor público e do setor privado.

Page 16: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO COMBATER A INFLAÇÃO NO BRASIL

• Elevar a produção nacional de bens e

serviços para atender a demanda interna

• Adotar a política de substituição de

importações de máquinas, matérias-

primas e insumos importados que onerem

os custos de produção industrial no

Brasil

• Adotar o câmbio fixo para evitar que os

custos dos itens importados contribuam

para o aumento da inflação

Page 17: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

TAXA ANUAL DE CRESCIMENTO DO PIB DA BAHIA E DO BRASIL

-2

0

2

4

6

8

10

12

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

BA %

BR %

Page 18: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO COMBATER O DECLÍNIO NO

CRESCIMENTO DO PIB DA BAHIA

• Elaborar um plano de desenvolvimento centrado na política de substituição de importações e no aproveitamento das potencialidades econômicas existentes no Estado

• Adotar políticas que contribuam para aumentar a poupança do setor público e do setor privado para elevar a taxa de investimento do Brasil a 25% do PIB

• Envidar esforços no sentido do governo federal adotar políticas governamentais de incentivos fiscais e financeiros para promover investimentos em todas as regiões do Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste onde se localiza a Bahia

• Recuperar a capacidade de investimento do governo da Bahia não apenas para investir na infraestrutura, mas também proporcionar incentivos fiscais para que o setor privado se sinta atraido a investir

Page 19: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

3. AMEAÇA DE POUPANÇA

INTERNA INSUFICIENTE NA BAHIA

Page 22: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO AUMENTAR A POUPANÇA INTERNA E O INVESTIMENTO NO BRASIL

• Aumentar a poupança pública renegociando com os

credores da dívida pública o alongamento do pagamento

de juros e amortização que totalizam 44% do orçamento

da República. Dessa forma, seriam criadas as condições

para que o setor público possa investir e se financiar com

recursos próprios, e não por endividamento como ocorre

atualmente.

• Ampliar o superávit fiscal reduzindo o gasto de custeio do

governo, diminuindo a taxa de juros Selic para reduzir os

encargos com o pagamento da dívida pública e

renegociando o alongamento do pagamento da dívida

pública.

• Elevar a poupança do setor privado reduzindo a carga

tributária, as taxas de juros Selic e o “spread” bancário

para o setor privado dispor de recursos para investimento.

Page 23: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO AUMENTAR A POUPANÇA

INTERNA NA BAHIA• Renegociar o pagamento do serviço da dívida pública

interna alongando-o por um determinado período de tempo

• Reduzir drasticamente os gastos com custeio do governo da Bahia para dispor de recursos para a realização de investimentos públicos, sobretudo na deficiente infraestrutura econômica (energia, transportes e comunicações) e social (educação, saúde, habitação e saneamento básico). Dessa forma, seriam criadas as condições para que o setor público possa investir e se financiar com recursos próprios, e não por endividamento como ocorre atualmente

• Incentivar o aumento da poupança privada para investimento na Bahia diminuindo a carga tributária

• Reduzir os custos do aparelho de estado na Bahia para gerar superavit e consequente poupança pública para investimento

Page 24: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

4. AMEAÇA DE DEPRESSÃO

ECONÔMICA NA BAHIA

Page 29: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO NEUTRALIZAR O

IMPACTO NEGATIVO DA DÍVIDA

PÚBLICA NO BRASIL• Alongar o pagamento dos juros e da

amortização da dívida pública

renegociando com seus credores

(bancos nacionais e

estrangeiros, fundos de

investimento, fundos de pensão e

empresas não financeiras) para o

governo brasileiro dispor de

recursos para investimento.

Page 30: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO NEUTRALIZAR A DEPRESSÃO ECONÔMICA NO BRASIL

• Elaborar planos de investimentos abrangendo todas as regiões

do País para aproveitamento dos recursos naturais existentes

nos campos energético (hidrelétricas, usinas eólicas, usinas

solares, biomassa, pré-sal), mineral, agropecuário e industrial.

• Renegociar o pagamento do serviço da dívida pública

• Combater a inflação incentivando o investimento público e

privado no aumento da produção de bens e serviços no Brasil em

condições de atender a demanda e adotar o câmbio fixo para

evitar a inflação com a importação de matérias primas, insumos e

produtos

• Reduzir ou eliminar déficits na balança comercial com incentivos

às exportações, a adoção de políticas de substituição de

importações e o estabelecimento do câmbio fixo

• Estruturar os eixos de desenvolvimento integrando

economicamente entre si os polos de crescimento e

desenvolvimento nacional

• Estruturar o estado brasileiro em rede

Page 31: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

EIXOS NACIONAIS DE INTEGRAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO

Page 32: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMPOSIÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA DA BAHIA POR CREDOR EM 2011

Page 33: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO NEUTRALIZAR A DEPRESSÃO ECONÔMICA NA BAHIA

• Elaborar planos de investimentos abrangendo todas

as regiões da Bahia para o aproveitamento dos

recursos naturais existentes nos campos energético

(hidrelétricas, usinas eólicas, usinas

solares, biomassa, pré-sal), mineral, agropecuário e

industrial

• Renegociar o pagamento do serviço da dívida pública

interna da Bahia e do Brasil

• Estruturar os eixos de desenvolvimento da Bahia (São

Francisco, Chapada, Extremo Sul, Mata

Atlântica, Metropolitano, Grande Recôncavo, Planalto

e Nordeste) integrando economicamente entre si os

polos de crescimento e desenvolvimento da Bahia

(Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Vitória da

Conquista, Itapetinga, Lençóis, Jequié, Ilhéus, Itabuna,

Porto Seguro, Eunápolis, Teixeira de

Freitas, Juazeiro, Irecê, Guanambi, Bom Jesus da Lapa

e Barreiras )

Page 34: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO DA BAHIA

Page 35: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

POLOS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA BAHIA

42 40 38

9

11

3

15

1

7

19

1

42 40 38

9

11

13

15

46 44

MARANHÃO

P I

A

U Í

M I N A S

G

E

R

A

I

S

A L A G O A S

ESPÍRITO SANTO

PE

R N A M B U CO

GO

S

TO

CA

NT

IN

S

S E

R

G

I

P

E

ESCALA 1:6.000.000

60 0 60 120 180km

Cidades Importantes

Áreas Dinâmicas

OC

EA

NO

AT

LA

NT

IC

O

Ri

o S

ão

Fr

an

ci s

co

Barreiras

Irecê

Senhor do Bonfim

Juazeiro

Feira de Santana

Alagoinhas

S.Antôniode Jesus

MR de Salvador

Ilhéus

Itabuna

Porto Seguro

Eunápolis

Itamaraju

Teixeira de Freitas

Vitória daConquista

JequiéCaetité

Guanambi

Paulo Afonso

Page 36: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

5. AMEAÇA DE

DESINDUSTRIALIZAÇÃO DA

BAHIA

Page 38: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO EVITAR A

DESINDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL• Adotar uma política industrial que com efetividade contribua para: (1) a

redução do Custo Brasil com a queda da carga tributária e a melhoria

da infraestrutura logística do Brasil; (2) o aumento de produtividade da

indústria com a elevação de seus níveis de eficiência e eficácia e

fortalecimento de suas cadeias produtivas; e, (3) a desoneração

seletiva e permanente da indústria com a redução da carga tributária

nela incidente

• Superar os gigantescos problemas da educação do Brasil em todos os

níveis

• Desenvolver os recursos de conhecimento adotando programas para

implantação de centros de P & D, novas instituições de

ensino, aquisição de tecnologia e atração de cérebros do exterior

• Adotar adequada dotação de recursos de infraestrutura estabelecendo

programas eficazes de eliminação dos gargalos existentes

• Incentivar as ligações entre as cadeias produtivas das empresas e

seus fornecedores com a eliminação de lacunas existentes

• Combater a competição predatória dos produtos importados com a

restrição ou limitação de sua entrada no mercado nacional

Page 39: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

ESTRUTURA DE PARTICIPAÇÃO DE CADA SETOR NO TOTAL DO PIB DA BAHIA – ANOS SELECIONADOS – (EM %).

Fonte: SEI/Coordenação de Contas Regionais (2012). Elaboração própria.

Page 40: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO EVITAR A

DESINDUSTRIALIZAÇÃO DA BAHIA• Envidar esforços no sentido de que o governo federal adote uma

política industrial que contribua: (1) a redução do Custo Brasil com a queda da carga tributária e a melhoria da infraestrutura logística do Brasil; (2) o aumento de produtividade da indústria com a elevação de seus níveis de eficiência e eficácia e fortalecimento de suas cadeias produtivas; (3) a desoneração seletiva e permanente da indústria com a redução da carga tributária nela incidente; e 4) o combate à competição predatória dos produtos importados com a restrição ou limitação de sua entrada no mercado nacional

• Adotar medidas voltadas para: 1) a superação dos gigantescos problemas da educação da Bahia em todos os níveis para elevar a oferta e a qualificação dos recursos humanos; 2) o desenvolvimento dos recursos de conhecimento adotando programas para implantação de centros de P & D, novas instituições de ensino, aquisição de tecnologia e atração de cérebros do exterior; 3) a adequada dotação de recursos de infraestrutura de energia, transporte e comunicações estabelecendo programas eficazes de eliminação dos gargalos existentes; e, 4) o incentivo às ligações entre as cadeias produtivas das empresas e seus fornecedores com a eliminação de lacunas existentes.

Page 41: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

6. AMEAÇA DE ELEVAÇÃO DO

CUSTO BRASIL

Page 42: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

O CUSTO BRASIL• O Custo Brasil resulta fundamentalmente:

1. da corrupção endêmica no setor público brasileiro cujo custo anual no Brasil gira em torno de 41,5 e 69,1 bilhões de reais

2. do elevado déficit público (R$ 2 trilhões)

3. das taxas de juros reais elevadas

4. do elevado “spread” bancário

5. da altíssima carga tributária (35% do PIB) das maiores do mundo

6. dos altos custos trabalhistas

7. dos elevados custos do sistema previdenciário

8. da legislação fiscal complexa e ineficiente

9. do alto custo da energia elétrica

10. da infraestrutura precária (apagões do setor elétrico e saturação de portos, aeroportos, estradas e ferrovias)

11. da falta de mão de obra qualificada

Page 43: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO REDUZIR OU ELIMINAR O CUSTO BRASIL

• Efetuar a redução drástica da carga tributária diminuindo os gastos de custeio do governo e os encargos com a dívida pública com a diminuição dos juros Selic e realizando uma profunda reforma do estado e da administração pública no Brasil

• Reduzir drasticamente a dívida pública com a diminuição das taxas de juros Selic

• Eliminar o gargalo logístico com incentivos aos investimentos públicos e privados na infraestrutura de energia, transporte e comunicações

• Implantar estrutura organizacional em rede no estado brasileiro para elevar os níveis de eficiência e eficácia da administração pública no Brasil

• Combater a corrupção com a realização de uma reforma política e uma reforma do estado e da administração pública através de uma Assembleia Constituinte exclusiva

Page 44: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

7. AMEAÇA DE AUMENTO DAS

DESIGUALDADES REGIONAIS

NA BAHIA

Page 45: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

AS DESIGUALDADES REGIONAIS DA BAHIA

1. Concentração econômica excessiva na RMS — Região Metropolitana de Salvador- A RMS concentra 70% da indústria de transformação da Bahia e é responsável por 35 a 40% do PIB estadual

2. Declínio no desenvolvimento da Região Cacaueira da Bahia- A receita oriunda do cacau já representou cerca de 80% das exportações baianas na metade da década de 1970. Hoje, a Bahia passou da condição de exportador de cacau para importador. A dívida do setor cacaueiro chega a R$ 1 bilhão

3. Subdesenvolvimento da Região Semiárida da Bahia- A região semiárida abrange cerca de 70% da área do Estado da Bahia se caracterizando por apresentar escassez hídrica e pobreza extrema, além de possuir uma agropecuária de baixa produtividade, uma indústria incipiente e atividades ligadas ao comércio e serviços pouco desenvolvidas em comparação com as regiões mais dinâmicas da Bahia

Page 46: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

ARRECADAÇÃO DOS CINCO

MUNICÍPIOS MAIS RICOS E DOS 16 MAIS

POBRES – BAHIA – DEZ/2001(R$) %

Arrecadação total dos municípios 444.363.673,27 100,0000

Os cinco municípios mais ricos 280.149.811,17 63,0452

Salvador 133.309.101,98 30,0000

São Francisco do Conde 94.444.266,17 21,2538

Camaçari 29.762.208,71 6,6977

Feira de Santana 11.413.888,91 2,5686

Simões Filho 11.220.345,40 2,5250

Os 16 municípios mais pobres 8.812,63 0,0020

Caturama 879,90 0,0002

Caetanos 806,40 0,0002

Almadina 796,93 0,0002

Mansidão 757,15 0,0002

Lafayete Coutinho 673,99 0,0002

Guajeru 673,03 0,0002

Mirante 574,96 0,0001

Itanagra 574,78 0,0001

Aiquara 554,34 0,0001

Bom Jesus da Serra 522,78 0,0001

Dom Macedo Costa 483,90 0,0001

Gavião 468,57 0,0001

Santanópolis 376,19 0,0001

Barra do Rocha 300,85 0,0001

Catolândia 186,74 0,0000

Lajedão 182,12 0,0000

Arrecadação Municípios

Page 47: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO ELIMINAR OU REDUZIR AS DESIGUALDADES REGIONAIS

• Elaborar planos sistêmicos e estratégicos de desenvolvimento para o Estado

como um todo e para cada região.

• Fortalecer e integrar seus polos de crescimento e desenvolvimento

(Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Vitória da

Conquista, Itapetinga, Lençóis, Jequié, Ilhéus, Itabuna, Porto

Seguro, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Irecê, Guanambi, Bom Jesus

da Lapa, Barreiras, entre outros) a serem ligados uns aos outros, por estradas

(rodovias, ferrovias e hidrovias).

• Fortalecer os eixos de desenvolvimento da Bahia: 1) São Francisco; 2)

Chapada; 3) Extremo Sul; 4) Mata Atlântica; 5) Metropolitano; 6) Grande

Recôncavo; 7) Planalto; e, 8) Nordeste.

• Aproveitar o potencial de desenvolvimento endógeno de cada município e de

cada região com o uso de seus fatores de produção (capital social, capital

humano, conhecimento, pesquisa e o desenvolvimento, informação e

instituições, entre outros).

• Otimizar e melhorar os fatores de produção existentes (recursos

humanos, recursos físicos, recursos de conhecimentos e capital).

• Promover adequada dotação de infraestrutura econômica (energia, transporte

e comunicações) e social (educação, saúde, saneamento básico e habitação).

• Promover a integração das bacias do Rio São Francisco com as bacias dos

demais rios existentes na Bahia e a implantação de açudes em pontos

estratégicos de seu território para eliminar ou reduzir a escassez hídrica do

semiárido.

Page 48: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO ELIMINAR OU REDUZIR AS DESIGUALDADES REGIONAIS

• Expandir a estrutura industrial existente com o aumento de sua competitividade, desenvolver a micro, pequena e média empresa e promover o desenvolvimento da indústria naval.

• Tornar a indústria da Bahia menos dependente da de São Paulo com a ampliação da indústria de transformação local.

• Criar um ambiente empresarial competitivo que contribua para a inovação de produtos e processos.

• Fazer com que o governo do estado da Bahia opere como Estado em Rede a fim de assegurar, através da Secretaria de Planejamento com o apoio das Secretarias de Estado setoriais, a integração nas ações de todas as organizações públicas na implementação dos planos estratégicos de desenvolvimento.

• Constituir UEDRs- Unidades Estratégicas de Desenvolvimento Regional para operarem em rede, em cada região abrangida pelos eixos de desenvolvimento da Bahia as quais se reportariam à Secretaria de Planejamento e teriam o papel de articular no plano executivo em cada região e seus municípios as ações de todos os órgãos dos governos federal, estadual e municipal com as organizações da sociedade civil.

• Envidar esforços junto ao governo federal para oferecer incentivos fiscais e financeiros ao desenvolvimento de regiões atrasadas.

• Oferecer incentivos fiscais e financeiros do governo do Estado para o desenvolvimento de regiões atrasadas.

Page 49: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

8. AMEAÇA DE AGRAVAMENTO

DOS PROBLEMAS SOCIAIS E

AMBIENTAIS DA BAHIA

Page 50: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

AS DESIGUALDADES SOCIAIS DA BAHIA

• O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) analisou indicadores de educação, saúde, emprego e renda de todos os municípios do Brasil.

• Indicadores sociais mostram Bahia ocupando a 20ª colocação entre as 27 unidades da federação.

• Nenhum município do Estado da Bahia faz parte do seleto clube das 226 cidades brasileiras em que a população vive num nível de alto desenvolvimento.

• Dez municípios da Bahia ainda ocupam a faixa de baixo desenvolvimento. 186 municípios baianos estão entre os 500 com pior IFDM do Brasil.

• A miséria da Bahia só ganha no Brasil, pela ordem, para a do Maranhão, Piauí, Ceará e Alagoas.

• De 27 Estados que compõem a unidade federativa brasileira, a Bahia encontra-se em quinto lugar em termos de miserabilidade, e essa população, a maioria, vive basicamente na região do Semiárido, mas, também, na Região Metropolitana de Salvador.

• A Bahia ocupa a 6ª posição do PIB do país, ou seja, é o sexto estado mais rico do Brasil. No entanto é o 20º no que se refere ao Índice de Desenvolvimento Humano(IDH).

• A Bahia é o quarto estado com maior concentração de renda do Brasil. A pobreza extrema da Bahia faz com que ela seja a 5ª mais miserável no ranking das unidades federativas do Brasil.

• Em 2009, 16,8% dos baianos eram analfabetos, contra 18,7% dos nordestinos e 9,7% dos brasileiros.

• No Brasil, nesse mesmo ano, a escolaridade média era de 7,5 anos de estudo, enquanto, no estado da Bahia o indicador assinalava 6,4 anos de estudo, e na sua zona rural, apenas 3,9 anos.

• A Bahia apresenta altos índices de criminalidade superiores aos de outras regiões do Brasil e do mundo.

Page 51: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

DESIGUALDADES SOCIAIS NA BAHIA

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NA BAHIA

44,5

28,1

5,6

2,41,3

13,1

16,4

21,9

15,313,4

21,1

18,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

Até 1 M ais de 1 a 2 M ais de 2 a 5 M ais de 5 a 10 M ais de 10 a 20 M ais de 20

Salário Mínimo

%

Pessoas

Renda

Page 52: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS

AMBIENTAIS DO ESTADO DA BAHIA• Depredação da floresta mata atlântica

• Poluição ambiental provocada pelas indústrias ao longo do litoral

• Degradação das nascentes, assoreamento e contaminação dos rios devido ao uso predatório e indiscriminado de suas águas, sobretudo para irrigação no cerrado

• Destruição gradativa das veredas e da cobertura vegetal com sérias repercussões na vida animal devido à crescente utilização das terras para lavoura e pastagem no cerrado

• Vulnerabilidade da caatinga à desertificação devido às condições do clima e relevo presentes no Oeste baiano na margem esquerdas do rio São Francisco, no nordeste baiano na região Raso da Catarina estendendo-se até Ribeira do Amparo na direção sul e adentrando pelo Estado de Pernambuco e à margem esquerda do lago de Sobradinho

• Implantação de lavouras na caatinga que demandam grande quantidade de água numa região caracterizada pelo déficit hídrico

• A ocorrência da seca que ocorre quando a estiagem se prolonga excessivamente vitimando a população, as lavouras e o rebanho pela falta de água e levando a população da caatinga a enfrentar o problema da desnutrição e da fome

• Salinização das águas de parte dos açudes construídos na caatinga devido às características dos solos, muitos dos quais se tornaram imprestáveis para o uso humano e animal.

• Descaso dos poderes públicos na solução dos problemas ambientais.

Page 53: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO SUPERAR AS DESIGUALDADES

SOCIAIS E AMBIENTAIS DA BAHIA• Democratizar as estruturas de poder na Bahia

contemplando efetiva participação da Sociedade Civil nas decisões governamentais sobre as questões econômicas, sociais e ambientais do Estado da Bahia para evitar que os frutos do processo de desenvolvimento tenham exclusivamente como seus principais beneficiários as oligarquias urbanas e rurais e que se traduzam na melhoria da distribuição de renda e na defesa do meio ambiente

• Investir na melhoria da infraestrutura de educação e saúde e do sistema de transporte público e elevar a oferta de emprego e moradias populares para atender as demandas da sociedade

• Adotar a política de prevenção e combate à criminalidade provendo a maioria da população da Bahia dos meios mínimos de sobrevivência como emprego, educação, saúde e moradia, bem como reestruturando a polícia e a justiça para exercerem o combate ao crime sem o uso desproporcional da violência

Page 54: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

9. AMEAÇA DE AGRAVAMENTO

DOS PROBLEMAS

ESTRUTURAIS DA BAHIA

Page 55: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA BAHIA

• Excessiva concentração da propriedade fundiária

• Deficiência na infraestrutura de energia

• Deficiência na infraestrutura de transporte

• Deficiência na infraestrutura de educação

• Deficiência na infraestrutura de saúde

• Deficiência na infraestrutura de saneamento básico

• Deficiência na infraestrutura hídrica

• Deficiência na infraestrutura de habitação

Page 56: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA BAHIA

• Aumento do número de minifúndios e pequenas propriedades

com queda da sua área ocupada

• Crescimento da área ocupada pelas grandes

propriedades, mantendo-se praticamente constante a participação

desse grupo na estrutura geral

• Acirramento dos conflitos de terra no campo, sobretudo nas

regiões mais dinâmicas e com recursos naturais abundantes

• Elevado risco de apagões devido à vulnerabilidade do sistema

elétrico interligado do Brasil que exige o uso de termelétricas

poluidoras de alto custo de operação

• A Bahia possui o maior potencial de energia solar e eólica do

Brasil e grande potencial de geração de energia elétrica com base

em resíduos agrícolas e resíduos sólidos urbanos que não são

devidamente aproveitados

• O Estado da Bahia apresenta déficit na produção de etanol e

biodiesel apesar do grande potencial para produção

• O Estado da Bahia apresenta um déficit de 511.441 unidades

habitacionais

Page 57: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

ESTADO DA BAHIA – PRINCIPAIS

MEIOS DE TRANSPORTE

B99

A-0

BR-324

BR

-110

BR

-116

BR

-407

BA-052

BR-242

BA-156BA-142

BA

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BA

- 161

BA

-161

BR-135

BR-349

BR

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BA-026

BR-1

16

BR-415

BR

-101

BR-030

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PauloAfonso

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Juazeiro

Tucano

Conde

Alagoinhas

Camaçari

Salvador

Valença

Feira deSantana

Jacobina

Senhor do Bonfim

Sento SéPilão Arcado

BarraFormosa doRio Preto

Xique-Xique

Irecê

Ourolândia

Lençóis

Brumado

CaetitéGuanambi

Barreiras

Santana

Carinhanha

Malhada

Bom Jesusda Lapa

Santa Mariada Vitória

Vitória da Conquista

Jequié

Itacaré

Ilhéus

Una

Canavieiras

Belmonte

Porto SeguroEunápolis

Prado

Caravelas

Mucuri

Ibirapoã

Itanhém

Teixeirade Freitas

Itabuna

Rio

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BARRAGEM DE SOBRADINHO

BARRAGEM DE ITAPARICA

0 30 60 90 km

Aeroporto

Porto

Rodovia

Ferrovia

Oleoduto

Etenoduto

Cidade

46’ 44’ 42’ 40’ 38’

17’ 17’

13’ 13’

15’ 15’

11’ 11’

9’ 9’

46’ 44’ 42’ 40’ 38’

Page 58: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA BAHIA• A opção de escoamento do Oeste através de um sistema

multimodal de transporte, articulando a rodovia BR 242, (no trecho Luís Eduardo Magalhães, antiga Mimoso do Oeste-Muquém – 300 km), a hidrovia do São Francisco (Muquem-Juazeiro – 604 km) e a Linha Centro da FCA, de Juazeiro a Salvador (570 km) exigiria um investimento relativamente pequeno porque todas as vias já existem, precisando apenas ser recuperadas/adaptadas e articuladas.

• A opção com a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) vai permitir a ligação entre o Oeste baiano, na divisa com o Tocantins, e o Porto Sul, em Ilhéus que poderá movimentar mais de 60 milhões de toneladas de produtos como minério de ferro, insumos para a construção civil, cereais, fertilizantes e outros granéis. A implantação da Bamin, do Porto Sul e da Fiolfará uma revolução econômica na região.

• Um rombo de R$ 2 bilhões é o tamanho aproximado do estrago que será causado aos cofres públicos por conta de falta de planejamento e de uma enxurrada de falhas cometidas na execução de dois megaprojetos de infraestrutura na Bahia: a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, complexo portuário previsto para ser erguido em Ilhéus. A origem desse prejuízo bilionário está no cronograma dos estudos e das obras dos dois empreendimentos, ações que foram realizadas sem nenhum tipo de integração.

Page 60: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA BAHIA• A Bahia tem 277.690 crianças e jovens fora do sistema de ensino. As vagas são

insuficientes para atender a demanda no ensino superior da Bahia e do Brasil.

• Com apenas uma universidade federal, o ensino superior na Bahia foi mantido, por

um longo período, sem expansão do número de vagas nem do quadro docente. A

demanda do ensino superior vem sendo atendida por instituições privadas muitas

delas com baixa qualidade do ensino.

• É elevada a evasão no ensino superior da Bahia e do Brasil devido à deficiência do

ensino fundamental.

• Existem mais de dois milhões de analfabetos a partir de dez anos de idade na

Bahia. Nenhum outro Estado apresenta tantos analfabetos.

• A falência do sistema público de saúde é verificada em todo o Estado da Bahia.

Homens, mulheres e crianças amontoados nos corredores dos hospitais, em filas

enormes aguardando atendimento, já que existem poucos médicos trabalhando

num espaço físico exíguo para abrigar os pacientes com dignidade, além da falta

de medicamentos.

• Hospitais públicos estão em situação de calamidade, com poucos médicos

atendendo, leitos lotados e doentes esperando nos corredores.

• A Bahia possui menos de 50% de leitos de internação hospitalar do que o indicado

pela Organização Mundial de Saúde.

• Não há postos de saúde suficientes que têm problemas sérios de estrutura e de

financiamento.

• Não há médicos, enfermeiros e nem profissionais de saúde para suprir as

verdadeiras necessidades de saúde da população.

Page 61: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA BAHIA• Saneamento básico é o agrupamento de medidas de abastecimento de

água, de esgotamento sanitário, de drenagem urbana das águas pluviais, de ações relativas aos resíduos sólidos e o controle de vetores transmissores de doenças.

• O abastecimento de água no espaço urbano é de 53,59% e no rural de 3,82% do total de domicílios.

• Apenas 23,75% dos domicílios possuem sistemas de esgotamento sanitário.

• 59,63% dos domicílios urbanos, 2,03 % dos domicílios rurais e 61,67 % do total de domicílios têm lixo coletado diretamente.

• 63,61% dos municípios possuem serviço de drenagem urbana.

• Dos 3,1 milhões de domicílios particulares baianos, nada menos que 762 mil não têm banheiro ou sanitário, o que representa cerca de três milhões de baianos fazendo suas necessidades físicas ao relento.

• Até mesmo em números relativos, a Bahia tem um dos piores índices de domicílio sem instalação sanitária, ficando em 23º lugar no país.

• A coleta de lixo na Bahia só chega a 1,9 milhão de residências, ou seja, 40% das casas jogam os detritos a esmo.

• O IBGE informa que o Estado da Bahia possui 13 milhões de habitantes com uma população de cinco milhões de baianos sem a coleta de lixo.

• Os dados do IBGE mostram que mais de um milhão dos domicílios no Estado não possuem abastecimento de água da rede geral, ou seja, a água é adquirida em poço, nascente ou diretamente em rios e lagoas. Resultado: são mais de quatro milhões de baianos bebendo água sem tratamento.

Page 62: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA BAHIA• A Bahia apresenta grande deficiência no abastecimento de água

em todas as suas regiões, especialmente no Semiárido que se

caracteriza pela escassez hídrica.

• Os problemas que afligiam a população, principalmente aquela do

semiárido, no que concerne ao acesso à água em quantidade e de

boa qualidade, afetam sua saúde e restringem as oportunidades

de melhorias socioeconômicas das comunidades.

• Há a urgente necessidade de obras estruturantes e prioritárias

com o objetivo de levar à sociedade os benefícios resultantes da

ampliação da oferta de água de boa qualidade para consumo

humano e dessedentação animal, e da ampliação da oferta de

áreas irrigadas para a produção de alimentos, geração de emprego

e renda e melhoria da qualidade de vida do homem no campo na

Bahia.

• Para aumentar a oferta de água, o governo do Estado deveria

promover a integração de bacias hidrográficas, por meio da

implantação do Projeto de Integração do rio São Francisco com as

bacias dos rios localizados na Bahia e promover a construção de

açudes .

Page 63: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

ESTADO DA BAHIA – BACIAS HIDROGRÁFICAS E PRINCIPAIS RIOS42 40 38

9

11

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15

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42 40 38

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BARRAGEM DE SOBRADINHO

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Rio

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ESCALA 1:6.000.000

60 0 60 120 180km

Rio Jequitinhonha

Bacia do Extremo Sul

Rio Real

Rio Paraguaçu

Bacia do Recôncavo Norte

Bacia do Recôncavo Sul

Rio de Contas

Rio Inhambupe

Bacia do Leste

Rio Pardo

Rio São Francisco

Rio Vaza-Barris

Rio Itapicuru

BACIAS HIDROGRÁFICAS

Rio Intermitente

Rio Permanente

Limite de Bacia1

2

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Page 64: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO SUPERAR OS PROBLEMAS

ESTRUTURAIS DA BAHIA• Realizar a reforma agrária como solução para o problema da concentração

fundiária, com a desapropriação de áreas improdutivas e a concessão pelos governos federal e estadual de apoio técnico e crédito aos pequenos e médios produtores.

• Aproveitar o potencial energético existente e o aumento da produção de álcool e biodiesel para suprir a demanda da Bahia e exportar para outros estados.

• Melhorar o sistema de transporte na Bahia com investimentos em infraestrutura e implantação de novos modais localizados em pontos estratégicos de seu território, bem como na manutenção das estruturas existentes e futuras.

• Melhorar a situação da educação na Bahia com investimentos na implantação de novas unidades educacionais em todos os níveis localizados em pontos estratégicos de seu território, bem como na manutenção das estruturas existentes e futuras.

• Melhorar a situação da saúde na Bahia com investimento na infraestrutura de saúde e a implantação de novas unidades hospitalares e postos de saúde localizados em pontos estratégicos de seu território, bem como na manutenção das estruturas existentes e futuras.

• Melhorar o sistema de saneamento básico da Bahia e a infraestrutura hídrica com investimentos em sua implantação, bem como na manutenção das estruturas existentes e futuras.

• A superação dos problemas estruturais da Bahia depende da disponibilidade de recursos públicos e privados para investimento sem os quais não serão resolvidos.

Page 65: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

10. CRISE DE GESTÃO DO

SETOR PÚBLICO ESTADUAL

Page 66: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

A CRISE DE GESTÃO NA BAHIA• O Estado da Bahia se defronta com três tipos de crise no campo da gestão

do setor público: 1) Crise de planejamento; 2) Crise da estratégia de

desenvolvimento; e, 3) Crise fiscal das finanças públicas.

Crise de planejamento

• O planejamento Estado da Bahia não se caracteriza pela abordagem

sistêmica e estratégica. Para haver a otimização do estado da Bahia do

ponto de vista do desenvolvimento regional, seria preciso haver um plano

de desenvolvimento regional sistêmico e estratégico. Lamentavelmente, o

governo da Bahia não possui um plano de desenvolvimento regional que

abranja todo o estado da Bahia.

Crise da estratégia de desenvolvimento

• O governo do Estado da Bahia não possui uma estratégia eficaz de

desenvolvimento .

• O governo do Estado da Bahia é ineficiente e ineficaz como organização.

Crise fiscal das finanças públicas

• Quando eclodiu a crise de 2008 e a perspectiva era de queda na receita do

Estado, deveria haver uma ação governamental no sentido de reduzir os

gastos com custeio e haver um controle eficaz do fluxo de caixa. Isto não

foi feito. A crise fiscal é produto da incompetência gerencial do governo do

Estado da Bahia.

Page 67: Como enfrentar as crises global, estrutural e de gestão que afetam o desenvolvimento da bahia

COMO SUPERAR A CRISE DE

GESTÃO DO GOVERNO NA BAHIA• Implantar um sistema eficaz de planejamento e controle das finanças públicas.

• Reduzir drasticamente os gastos de custeio da administração pública na Bahia

eliminando secretarias e órgãos desnecessários e cargos comissionados ao mínimo

necessário.

• Renegociar o pagamento do serviço da dívida pública para dispor de recursos para

investimento na infraestrutura de transporte, educação, saúde e habitação da Bahia.

• Acabar com os atuais cartórios eleitorais incentivando a estruturação de verdadeiros

partidos políticos no Brasil.

• Atuar junto aos partidos políticos no sentido de: 1) prepararem técnica e

administrativamente seus quadros para exercerem com competência a gestão do

setor público tanto no poder executivo quanto legislativo; e, 2) escolherem para

competirem a cargos eletivos os quadros que reúnam as melhores condições para

os exercerem com ética e competência.

• Conscientizar os políticos eleitos que exercerem cargos nos poderes executivo e

legislativo no sentido de escolherem auxiliares competentes, adotarem técnicas de

planejamento sistêmico e estratégico, exercerem o controle financeiro necessário

das finanças públicas e utilizarem os recursos públicos de forma responsável.

• Conscientizar os eleitores para escolherem os candidatos que sejam os mais

capazes de defenderem seus ideais políticos e ideológicos e exercerem com

competência seus encargos na gestão pública tanto no legislativo quanto no

executivo.