como apresentar em público teses · 8.2. apresentação oral de tabelas 114 capítulo 3 powerpoint...

PÚBLICO

Alexandre PereiraCarlos Poupa

teses, relatórios,comunicações

usando o PowerPoint

EDIÇÕES SÍLABO

COMO APRESENTAREM

ALEXANDRE PEREIRA é Mestre e Licenciado em Engenharia Eletrotécnicae de Computadores pelo IST. Licenciado em Antropologia pela UNL.Doutorando em na FCSH. Professor na Licenciatura em Enge-nharia Informática da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.Professor na Licenciatura em Engenharia Informática da Universidade Euro-peia, Laureate International Universities.

e-planning

CARLOS POUPA é Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computa-dores pelo IST. Mestre em Gestão pelo ISCTE. Doutorando em Educação, naFC-UL. Professor nas licenciaturas em Informática, Ciências da Comunica-ção e da Cultura e Comunicação nas Organizações (Marketing/Publicidade//Relações Públicas) da Universidade Lusófona.

A realização de apresentações é uma necessidade frequente, quer na vida acadé-mica, quer na vida empresarial. A importância que assumem decorre da necessidadede expor a uma plateia, num curto espaço de tempo, uma versão reduzida e conclusivade um trabalho mais vasto e profundo. O seu grande peso na avaliação do trabalhorealizado faz com que todos os esforços investidos na sua meticulosa preparaçãosejam um excelente investimento.

Esta obra expõe e explicita diversos tipos de apresentações, quer académicas, querempresariais, abordando a respetiva estrutura e organização, bem como o discurso autilizar e o desenho dos diapositivos e outros suportes visuais a preparar. Explica demodo claro e directo os fundamentos em que o leitor se deve basear para apresentaruma tese ou monografia, uma comunicação num congresso ou seminário, uma apre-sentação em aula ou curso de formação, apresentações de relatórios, produtos ouserviços. Descreve também como idealizar e conceber um , para apresentar umtrabalho académico, utilizando as normas da APA.

Uma referência completa aos procedimentos do PowerPoint necessários para aelaboração de uma apresentação com um grafismo cuidado e uma boa legibilidade, fazda presente obra uma referência indispensável para professores, estudantes, formado-res, técnicos, comerciais e todos os que tenham de fazer uma comunicação.

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Dos mesmos autores:

COMO ESCREVER UMA TESE, MONOGRAFIAOU LIVRO CIENTÍFICO, USANDO O WORD.

Apresentações Empresariais

Normas para Posters da APA

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Apresentações em Aulas ou Formação

Apresentação de Teses ou Monografias

Apresentações em Congressos ou Seminários

• Organização e estrutura da apresentação

•••••••

Apresentação oral e discurso a utilizarComunicação verbal e não verbalTécnicas úteis de PowerPointPrincípios básicos dePsicologia das coresCombinação de tipos de letraDesenho e estrutura dos diapositivos

design

2ª Edição

52

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ISBN 978-972-618-809-4

EDIÇÕES SÍLABO – Publicamos conhecimento

Às nossas mulheres e filhos

Teresa, Manuel, João, Júlia e Sofia Cláudia e Mariana

COMO APRESENTAR EM PÚBLICO TESES, RELATÓRIOS, COMUNICAÇÕES

Usando o PowerPoint

COMO APRESENTAR EM PÚBLICO

TESES, RELATÓRIOS, COMUNICAÇÕES

USANDO O POWERPOINT

ALEXANDRE PEREIRA E CARLOS POUPA

EDIÇÕES SÍLABO

É expressamente proibido reproduzir, no todo ou em parte, sob qualquer forma ou meio, nomeadamente fotocópia, esta obra. As transgressões serão passíveis das penalizações previstas na legislação em vigor.

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Editor: Manuel Robalo

FICHA TÉCNICA:

Título: Como Apresentar em Público Teses, Relatórios, Comunicações, Usando o PowerPoint Autores: Alexandre Pereira e Carlos Poupa © Edições Sílabo, Lda. Capa: Pedro Mota

1ª Edição – Lisboa, novembro de 2004. 2ª Edição – Lisboa, setembro de 2015. Impressão e acabamentos: Europress, Lda. Depósito Legal: 395683/15 ISBN: 978-972-618-809-4

EDIÇÕES SÍLABO, LDA. R. Cidade de Manchester, 2 1170-100 LISBOA Telf.: 218130345 Fax: 218166719 e-mail: [email protected] www.silabo.pt

PANORAMA

INTRODUÇÃO 19

CAPÍTULO 1 ORGANIZAÇÃO DE APRESENTAÇÕES 21

CAPÍTULO 2 SUPORTES VISUAIS DA APRESENTAÇÃO 45

CAPÍTULO 3 POWERPOINT 115

CAPÍTULO 4 POSTERS E NORMAS DA APA 155

CAPÍTULO 5 TÉCNICAS ÚTEIS E SOLUÇÕES AVANÇADAS DE POWERPOINT 165

CAPÍTULO 6 PROBLEMAS COMUNS 175

ANEXO 183

LISTA DE FIGURAS 185

LISTA DE TABELAS 189

BIBLIOGRAFIA 191

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 19

Capítulo 1 ORGANIZAÇÃO DE APRESENTAÇÕES

1. ESTRUTURA DE UMA APRESENTAÇÃO 23 2. APRESENTAÇÃO DE UM TRABALHO ACADÉMICO OU CIENTÍFICO 24

2.1. Antes de realizar o trabalho 24

2.2. Apresentação do trabalho 25

3. APRESENTAÇÃO DE UMA TESE OU MONOGRAFIA 25 3.1. Organização da apresentação de uma tese 25

3.2. Guião para a apresentação de uma tese 26

4. APRESENTAÇÕES EM AULAS OU EM FORMAÇÃO 30 5. APRESENTAÇÕES EM CONGRESSOS OU SEMINÁRIOS 31

5.1. A exposição das ideias 31 5.2. O debate das ideias 32

6. APRESENTAÇÕES EMPRESARIAIS 32 6.1. Comunicação interna: relatórios 33 6.2. Comunicação externa: produtos e serviços 34 6.3. Tópicos para uma apresentação empresarial 36

7. APRESENTAÇÕES COLETIVAS 37 8. COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL 38

8.1. Antes da apresentação 38 8.2. Durante a apresentação 39 8.3. Após a apresentação 40

9. EQUIPAMENTO, MATERIAIS DE SUPORTE E AMBIENTE FÍSICO 40 10. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO 42

Capítulo 2 SUPORTES VISUAIS DA APRESENTAÇÃO

1. ESTRUTURA DO SUPORTE VISUAL 47 2. RECOMENDAÇÕES SOBRE A COR 49

2.1. Associações psicológicas das cores 50 2.2. Regras de combinação de cores 53 2.3. Problemas com a cor 59

3. RECOMENDAÇÕES PARA O FUNDO 59 3.1. Selecção de cores para fundos 61 3.2. Seleção de imagens para fundos 63

4. RECOMENDAÇÕES SOBRE IMAGENS 64 4.1. Formatos de imagem 65 4.2. Seleção da dimensão da imagem 65 4.3. Harmonização com o fundo 66

5. RECOMENDAÇÕES PARA O TEXTO 67 5.1. Hierarquia da informação 68 5.2. Seleção da cor 70 5.3. Seleção do tamanho da letra 71 5.4. Famílias de tipos de letra 72 5.5. Disponibilidade de tipos de letra 73 5.6. Seleção dos tipos de letra 76 5.7. Combinação de tipos de letra 78 5.8. Minúsculas e maiúsculas 81 5.9. Seleção das marcas 81

6. RECOMENDAÇÕES SOBRE GRÁFICOS 82 6.1. Componentes de um gráfico 83 6.2. Tipos de gráfico 84 6.3. Seleção do tipo de gráfico 86 6.4. Cores 91 6.5. Tipos e tamanhos de letra 92 6.6. Problemas de representação dos dados 93

7. RECOMENDAÇÕES PARA TABELAS 104 7.1. Elementos de uma tabela 104 7.2. Características das tabelas 105 7.3. Utilização de tabelas 108 7.4. Escolha entre tabelas e gráficos 109

8. APRESENTAÇÃO DE GRÁFICOS E TABELAS 113 8.1. Apresentação oral de gráficos 113 8.2. Apresentação oral de tabelas 114

Capítulo 3 POWERPOINT

1. OPERAÇÕES BÁSICAS 117 1.1. Criar uma apresentação 117 1.2. Nova apresentação 119 1.3. Vistas de uma apresentação 119 1.4. Inserir um diapositivo 122 1.5. Duplicar um diapositivo 123 1.6. Eliminar um diapositivo 123 1.7. Alterar a ordem dos diapositivos 123 1.8. Numerar os diapositivos 123 1.9. Redimensionar objetos 124

1.10. Mover objetos 125 1.11. A cor no PowerPoint 125

2. TEXTO 127 2.1. Inserir texto 127 2.2. Formatar texto 128 2.3. Cor 129 2.4. Marcas e numeração 129 2.5. Espaçamento entre linhas 130

2.6. Avanços de texto 131

3. MODELOS DE APRESENTAÇÃO 132 3.1. Modelo global de diapositivos 132 3.2. Cor de fundo e dos textos 133

3.3. Inserir uma imagem em todos os diapositivos 135 3.4. Utilizar um modelo de apresentação 136

4. OBJETOS 139 4.1. Desenhar uma linha 140 4.2. Desenhar um polígono 141 4.3. Inserir formas livres 142 4.4. Inserir formas complexas 143 4.5. Agrupar e desagrupar objetos 143 4.6. Operações sobre objetos 144

5. IMAGENS 145 5.1. Inserir uma imagem do ClipArt 145 5.2. Inserir um ficheiro de imagem 145 5.3. Formatar imagens 145

6. FILMES E SONS 146 6.1. Som 147 6.2. Vídeo 148

7. CONFIGURAR A APRESENTAÇÃO 149 7.1. Personalizar a apresentação 150

8. ANIMAÇÕES 151 8.1. Animação de texto 151 8.2. Efeitos de transição 152

9. HIPERLIGAÇÕES 153 10. IMPRESSÃO 154

Capítulo 4 POSTERS E NORMAS DA APA

1. ESTRUTURA DE UM POSTER 157 1.1. Título 157 1.2. Objetivos ou hipóteses 157 1.3. Introdução 157 1.4. Métodos 158 1.5. Resultados 158 1.6. Discussão 158

1.7. Conclusões 158 1.8. Referências 159

2. NORMAS E CONSELHOS ÚTEIS 159 2.1. Texto 159 2.2. Tabelas 159 2.3. Gráficos 161 2.4. Imagens 161

3. ELABORAR O POSTER NO POWERPOINT 162 3.1. Criar a apresentação 162 3.2. Definir o esquema gráfico 162 3.3. Texto 163 3.4. Imagens 164 3.5. Exemplo de organização de um poster 164

Capítulo 5 TÉCNICAS ÚTEIS E SOLUÇÕES AVANÇADAS DE POWERPOINT

1. TÉCNICAS PARA A CRIAÇÃO DOS DIAPOSITIVOS 167 1.1. Inserir objetos de Word ou Excel 167 1.2. Inserir imagens provenientes da Internet 167 1.3. Obter outros modelos de apresentação 168

2. TÉCNICAS PARA O DIA DA APRESENTAÇÃO 168 2.1. Suspender a apresentação 168 2.2. Iniciar a partir de um diapositivo diferente do primeiro 168 2.3. Utilizar notas auxiliares 169

3. TRATAMENTO DE IMAGENS 169 3.1. Eliminação de fundos 170 3.2. Corte de imagens 170

4. CRIAÇÃO DE FICHEIROS EXECUTÁVEIS 170

Capítulo 6 PROBLEMAS COMUNS

1. PROBLEMAS COM FICHEIROS 177 1.1. Não se consegue encontrar o ficheiro 177 1.2. Não se consegue abrir o ficheiro da apresentação 177 1.3. Ficheiros muito grandes 178

2. PROBLEMAS DE COR 178 3. PROBLEMAS COM TIPOS DE LETRA 179

3.1. Tipos de letra comuns 179 3.2. Instalar o tipo de letra 179 3.3. Tipos de letra embebidos 180 3.4. Substituição de tipos de letra 180

4. PROBLEMAS COM IMAGENS 181 5. PROBLEMAS COM SOM 181

ANEXO 183

LISTA DE FIGURAS 185

LISTA DE TABELAS 189

BIBLIOGRAFIA 191

INTRODUÇÃO

Na vida académica ou profissional, são múltiplas as situações em que existe a necessidade de realizar uma apresentação:

⎯ Apresentação de teses ou monografias; ⎯ Divulgação de trabalhos ou projetos de investigação; ⎯ Ensino ou ações de formação; ⎯ Apresentação de relatórios comerciais; ⎯ Promoção de novos produtos. Usualmente, a apresentação decorre da necessidade de expor a uma plateia,

num espaço curto de tempo, uma versão reduzida de um trabalho mais vasto e mais profundo.

A importância da apresentação decorre do seu grande peso na avaliação do tra-balho: uma tese, que corresponde a vários anos de trabalho, é apresentada em vinte ou trinta minutos, sendo a apresentação um elemento fundamental na apreciação realizada pelo júri. O impacto de uma apresentação deficiente seria certamente muito negativo, pelo que cuidar meticulosamente de todos os pormenores da apre-sentação é, sem dúvida, um excelente investimento.

Por outro lado, uma boa apresentação de um produto pode influenciar o sucesso ou o insucesso comercial do mesmo.

A apresentação é uma forma de comunicação com características próprias, que derivam, entre outros fatores, das limitações de tempo da apresentação, da natureza do suporte físico utilizado, da sua natureza mista verbal e visual, da possibilidade de interatividade e, em muitos casos, da sua relação com um documento: o texto de um trabalho académico ou científico, ou de um relatório comercial. A estes fatores acresce também uma certa dimensão ritual da apresentação, cujas regras depen-dem do tipo de apresentação a realizar.

O PowerPoint é o instrumento mais comummente utilizado para a realização de apresentações. De tal forma que o conceito de apresentação se confunde muitas vezes com o produto do PowerPoint. É errado e redutor pensar dessa forma. A apre-sentação é o resultado integrado do produto do PowerPoint com o trabalho realizado pelo orador durante a apresentação e, ainda, com eventuais documentos ou elemen-tos de suporte fornecidos à assistência.

O PowerPoint é um excelente instrumento. No entanto, é errado pensar que dominar o PowerPoint, mesmo que muito bem, sem dominar as regras de comunica-ção subjacentes a uma boa apresentação, permite obter bons resultados.

2 0 C O M O A P R E S E N T A R E M P Ú B L I C O T E S E S , R E L A T Ó R I O S , C O M U N I C A Ç Õ E S

Por este motivo, o presente livro opta por uma abordagem integrada onde, con-juntamente, se apresentam recomendações para realizar uma boa apresentação e se mostra como desenvolver a apresentação utilizando o PowerPoint.

O primeiro capítulo é dedicado à organização de uma apresentação e aos cuida-dos a ter com o discurso verbal. Discutem-se os elementos essenciais de apresenta-ções de âmbito académico, formativo e empresarial, assim como os tópicos que devem constar de cada um desses tipos de apresentação. Para além disso, aborda- -se a forma como o orador se deve relacionar com a plateia. Inclui-se, ainda, uma lista de itens a ter em conta no dia da realização da apresentação.

O segundo capítulo aborda, de uma forma prática, o desenho dos suportes visuais da apresentação. Os conteúdos deste capítulo ajudam o leitor a criar um design agradável e adequado à natureza da apresentação pretendida, assim como a garantir uma boa legibilidade e uma adequada arquitetura da informação. Discutem- -se problemas como a cor, o tipo de fundo, a utilização de imagens, o tipo de texto, a apresentação de gráficos e tabelas.

O terceiro capítulo é dedicado ao PowerPoint. Faz-se uma abordagem progres-siva, dos procedimentos mais simples para os mais complexos. De início apresen-tam-se as operações básicas, ao que se segue uma exposição sobre a utilização de texto, objetos gráficos, imagens, filmes, sons e animações.

No quarto capítulo explica-se como criar um poster no formato da APA, utilizando o PowerPoint. Mostra-se qual a estrutura e conteúdos que um poster deve ter, indica-se que normas devem ser observadas para que o poster cumpra os requisitos da APA, e fornecem-se conselhos para melhorar a legibilidade do poster. Expõem- -se, por fim, os procedimentos necessários para elaborar o poster no PowerPoint, realçando a preocupação com a qualidade gráfica da impressão.

O quinto capítulo mostra algumas técnicas e soluções para uma utilização mais avançada do PowerPoint. Apresentam-se procedimentos de interação entre o PowerPoint e outras aplicações, apresentam-se algumas práticas para melhorar a apresentação oral, expõem-se técnicas avançadas de manipulação de imagens e indica-se a forma de criar um ficheiro executável com a apresentação de Power-Point.

O sexto capítulo aponta algumas dificuldades que se podem colocar ao leitor menos experiente e a forma de ultrapassá-las. Descrevem-se os problemas mais comuns que podem ocorrer com a manipulação de ficheiros, a utilização de cor, tipos de letra, imagens e som.

O anexo contém o endereço eletrónico de um sítio na Internet, desenvolvido pelos autores, para apoiar os leitores deste livro.

1

CAPÍTULO

ORGANIZAÇÃO DE APRESENTAÇÕES

• Estrutura de uma apresentação

• Apresentação de um trabalho académico ou científico

• Apresentação de uma tese ou monografia

• Apresentações em congressos ou seminários

• Apresentações empresariais

• Comunicação verbal e não verbal

• Equipamento, materiais de suporte e ambiente físico

• Medidas de precaução

O R G A N I Z A Ç Ã O D E A P R E S E N T A Ç Õ E S 2 3

Uma apresentação é uma forma de comunicação: é um processo que utiliza um sistema de signos linguísticos, verbais, visuais, gráficos, gestuais ou outros, com vista à troca de informação entre indivíduos.

Consoante a natureza da apresentação, assim a comunicação pode assumir um caráter predominantemente bidirecional ou unidirecional. Tais são os casos do desenrolar de uma aula prática ou de um congresso com centenas de pessoas na assistência, respetivamente.

No seu sentido mais lato, a comunicação pode surgir sob qualquer das seguintes formas: comunicação interpessoal (marketing, propaganda, relações públicas), dis-cursos, comunicação transcultural, comunicação não verbal, computação mediada por computadores, comunicação intrapessoal, comunicação animal.

Em particular, numa apresentação, podem estar presentes, em simultâneo, a comunicação verbal, não verbal, mediada por computador e, eventualmente, trans-cultural.

1

ESTRUTURA DE UMA APRESENTAÇÃO

A apresentação deve ter uma estrutura lógica, deve evidenciar um sentido de ordem e ter um fio condutor. As formas de organizar a apresentação são, no entanto, bastante diversas.

Utiliza-se frequentemente, uma ordem cronológica, realizando a apresentação em torno de factos que obedecem a uma ordem temporal.

A realização de apresentações em torno de uma ordem espacial ou geográfica também é muito frequente. Assim, uma apresentação sobre a situação do turismo na UE pode obedecer a uma ordem geográfica, sendo feita a análise da situação de cada um dos países.

Uma apresentação pode também ser estruturada em função das áreas que aborda. Por exemplo, numa apresentação na qual se pretende fazer a análise global de uma empresa, os tópicos podem ser os diversos departamentos: marketing, com-pras, logística, recursos humanos, etc.

Pode ainda utilizar-se uma organização hierárquica. Nesse caso, depois de apresentadas cada uma das áreas de topo, analisam-se depois as suas subdivisões. No exemplo anterior, depois de apresentado o tópico marketing proceder-se-ia à análise de subtópicos do marketing como os produtos, os preços, o local de venda e a comunicação.


Noutros casos a apresentação pode ser realizada em torno de problemas. Como exemplo, considere-se o caso de um projeto de investigação envolvendo um desen-volvimento de um protótipo, em que existe a necessidade de realizar um ponto da situação mensal dos problemas relevantes que estão por resolver.

Por vezes, uma apresentação pode realizar-se em torno de um único problema, analisando a sua origem, descrevendo-o e apontando uma ou várias soluções.

Nalguns casos, a apresentação obedecerá a uma ordem mista. Uma apresenta-ção assim pode ocorrer quando, por exemplo, se pretende realizar a análise tempo-ral da evolução de diversos países numa certa vertente.

Na verdade, existem múltiplas formas de organizar apresentações. Existem casos em que é possível escolher duas ordens diferentes para uma mesma apre-sentação, havendo que optar por uma delas.

Apesar da liberdade na seleção da forma de organizar a informação, é funda-mental, para o público, que exista efetivamente uma organização da informação. O público deve sentir que existe um fio condutor, claramente definido, desde o início da apresentação até ao seu fim.

Numa apresentação, uma introdução ou uma apresentação panorâmica inicial contribui por vezes para uma boa organização dos conteúdos, assim como para uma melhor compreensão dos problemas pela plateia. Pode também ser utilizada para despertar a atenção e o interesse da plateia pelo tema em causa.

Finalmente, é essencial para uma boa organização da apresentação que as con-clusões sejam expostas com muita clareza.

Deve concluir-se com uma frase que resuma a apresentação.

2

APRESENTAÇÃO DE UM TRABALHO ACADÉMICO OU CIENTÍFICO

2.1. Antes de realizar o trabalho

Por vezes, o orador é, simultaneamente, a pessoa que vai desenvolver o tema ou realizar o trabalho a apresentar. Nesses casos, antes de desenvolver o trabalho deve preocupar-se em escolher:

⎯ Um tema pelo qual tenha interesse;

⎯ Um tema que interesse à audiência;


⎯ Um tema em que possa ser um orador credível, pela sua experiência acadé-mica ou profissional anterior.

2.2. Apresentação do trabalho

A apresentação de trabalhos académicos em geral pode ser mais ou menos for-mal, consoante o curso e a instituição de ensino. No entanto, a apresentação de uma tese tem sempre um aspeto muito formal. Essa formalidade deve manifestar-se também na forma de uma grande sobriedade gráfica, o que condiciona fortemente o design da apresentação.

No sentido de obter a sobriedade necessária à apresentação de um trabalho académico, recomenda-se que sejam utilizadas:

⎯ Cores sóbrias; ⎯ Tipos de letra comuns; ⎯ Layouts tradicionais. Recomenda-se ainda a não utilização de:

⎯ Imagens do ClipArt; ⎯ Animações; ⎯ Som; ⎯ Vídeo.

3

APRESENTAÇÃO DE UMA TESE OU MONOGRAFIA

A apresentação de uma tese ou monografia difere de outras apresentações aca-démicas não só pelo caráter formal muito acentuado, mas ainda no aspeto da orga-nização.

3.1. Organização da apresentação de uma tese

A organização da apresentação deve refletir a tese entregue. Assim, a apresen-tação pode ser desenvolvida a partir do índice da própria tese. A título de exemplo, apresentam-se as diversas etapas do esquema de apresentação de uma tese:


⎯ Enquadramento teórico, que se divide nos momentos de:

• descrição do problema;

• interesse do problema; • objetivos do estudo;

• descrição das hipóteses. ⎯ Metodologia, incluindo os seguintes itens:

• técnica estatística utilizada;

• decisão de escolha da amostra;

• construção do questionário; • procedimentos de recolha dos dados;

• procedimentos de análise dos dados. ⎯ Resultados, com os subtópicos:

• caracterização demográfica da amostra;

• verificação das hipóteses;

• conclusões; • limitações do estudo;

• recomendações para pesquisa futura.

3.2. Guião para a apresentação de uma tese

Com base no esquema apresentado na secção anterior, é frequente desenvolver as duas tarefas seguintes, que se complementam e permitem obter uma apresenta-ção mais clara, interessante e apelativa:

⎯ Preparar os conteúdos que devem ser proferidos oralmente;

⎯ Criar os diapositivos em PowerPoint que dão suporte à apresentação. Os diapositivos devem acompanhar de perto a estrutura da tese. A apresentação

deve encaminhar o júri para as hipóteses e, depois, para as conclusões, com os pormenores suficientes para se aferir do rigor da metodologia utilizada.

O número de diapositivos a apresentar está condicionado ao tempo disponível para a apresentação. Como linha orientadora pode pensar-se num diapositivo por cada minuto de apresentação.

Segue-se a estrutura de base para a sequência de diapositivos a apresentar na exposição oral de uma tese.


Figura 1.1. Lista de diapositivos de base para a apresentação de uma tese

Título da tese

Subtítulo se houver

1

Enquadramento teórico

Descrição do problema

Implicações teóricas do estudo

O estado da arte

3

Metodologia

Técnica estatística utilizada

Decisão de escolha da amostra

Construção do questionário

4

Objectivos e hipóteses

Objectivos do estudo

Descrição das hipóteses

2


Metodologia

Procedimentos de recolha dos dados

Procedimentos de análise dos dados

5

Resultados

Caracterização da amostra

Gráficos

6

Resultados

Resultado dos testes estatísticos

Tabelas Gráficos

Verificação das hipóteses 7

Conclusões

Relacionar os resultados com os objectivos

Justificar os resultados obtidos

8


Alguns dos diapositivos anteriores podem ser desdobrados em dois ou mais, consoante a necessidade ou a quantidade de informação existente.

No exemplo acima, os diapositivos 2 e 3 correspondem aos objetivos, hipóteses e enquadramento teórico do trabalho, servindo de suporte a uma apresentação genérica da problemática em questão.

Os diapositivos 4 e 5 correspondem à metodologia. Apresenta-se a técnica esta-tística utilizada, devendo oralmente, de forma breve, ser expostas as características desta técnica, as suas vantagens relativamente a outras técnicas alternativas, os seus pressupostos e as suas limitações. Segue-se a exposição sobre a construção do instrumento de recolha de dados – o questionário –, uma breve exposição sobre a seleção da amostra, os procedimentos de administração dos dados e os procedi-mentos de análise dos dados.

Os diapositivos 6 e 7 dão suporte à apresentação dos resultados. Fazem a caracterização da amostra recorrendo a um conjunto de gráficos. Apresentam os resultados dos testes estatísticos recorrendo a tabelas e gráficos. A verificação das hipóteses faz também parte da apresentação dos resultados.

Os diapositivos 8 e 9 expõem as conclusões. Devem sintetizar as conclusões do estudo. As conclusões devem ser claras, sem qualquer tipo de ambiguidade. No final podem apresentar-se as limitações do estudo, assim como problemas na amostra, problemas de construção do instrumento, limitações da técnica estatística utilizada, ou outros. Termina-se, geralmente, com algumas recomendações para pesquisas futuras, apontando direções e apresentando sugestões para o trabalho futuro de investigadores na mesma área.

Para finalizar deixam-se duas recomendações. Antes de mais, há que evitar uma tendência para colocar excessivo pormenor nos diapositivos ou na apresentação oral. Quem estiver interessado nos pormenores pode ler o texto da tese. Além disso, há que evitar, também, a tendência para divagar em torno de temas ou questões conexas que, podendo ser interessantes, são marginais às hipóteses em estudo. Esse problema não se coloca, obviamente, se a questão for levantada por iniciativa do júri.

Conclusões

Resumo conclusivo

Limitações do estudo

Recomendações para pesquisa futura

9


4

APRESENTAÇÕES EM AULAS OU EM FORMAÇÃO

As apresentações em PowerPoint são um recurso cada vez mais utilizado em formação: concorrem com o tradicional quadro, em que se utiliza giz ou marcadores, e com o bloco de papel.1 Comparativamente a esses meios, uma apresentação em PowerPoint oferece vantagens significativas:

⎯ Tem um aspeto arrumado e organizado, o que é apreciado pelos formandos;

⎯ Evita a necessidade de escrever num quadro, poupando tempo;

⎯ Evita problemas de caligrafia do formador;

⎯ É mais saudável do que a utilização de giz;

⎯ É mais económico do que a utilização de marcadores no quadro ou no bloco de papel;

⎯ Permite a integração de elementos multimédia;

⎯ Permite integração com outros conteúdos (ex.: conteúdos da Internet);

⎯ Os diapositivos são reutilizáveis em cada repetição da ação de formação, poupando trabalho ao formador.

Por outro lado, a utilização do PowerPoint também acarreta algumas desvanta-

gens e riscos:

⎯ Não permite a mesma liberdade que um quadro;

⎯ Não suporta tanta informação (volume de texto) como um quadro;

⎯ Não é adequado para escrever no momento;

⎯ Não é adequado quando se pretende apagar, emendar ou re-escrever (ex.: exercícios de matemática).

A decisão de utilizar o PowerPoint em formação deve ser tomada sempre de

acordo com os objetivos da formação, as necessidades dos formandos e o tipo de formação em causa. Os diapositivos de PowerPoint podem ser utilizados de diversas formas alternativas:

⎯ Constituindo o fio condutor da apresentação;

⎯ Enriquecendo a formação com elementos multimédia;

⎯ Sendo o catalisador de uma discussão ou de atividades; ⎯ Oferecendo um resumo das conclusões.

(1) Bloco de papel de grande formato, ou flip-chart na terminologia anglo-saxónica.


5

APRESENTAÇÕES EM CONGRESSOS OU SEMINÁRIOS

As reuniões de especialistas com vista ao debate de determinados assuntos ou à apresentação de novos estudos ou descobertas podem ter uma diversidade de for-matos, tomando diferentes designações como congresso, seminário ou conferência e, eventualmente, encontro, colóquio ou mesa-redonda.

Revestem-se, geralmente, de dois momentos distintos, quer do ponto de vista formal, quer do ponto de vista da interação com a audiência. Num primeiro momento, apresentam-se os temas e as ideias que são discutidas posteriormente, em maior ou menor extensão, com a audiência.

Em congressos, seminários ou conferências discursam, geralmente, diversos intervenientes. Existe alguma vantagem em ser um dos primeiros oradores pelos motivos seguintes:

⎯ O público está mais atento durante as primeiras intervenções e tem tendência a ficar mais desatento para o final;

⎯ Existe o risco de uma intervenção anterior abordar conteúdos que um orador preparou, reduzindo-lhes o interesse;

⎯ Se os primeiros oradores não respeitarem a duração predefinida para cada intervenção, os últimos são prejudicados: pode-lhes ser vedada a possibili-dade de intervir ou podem ter que fazer uma apresentação mais curta do que aquela que prepararam.

5.1. A exposição das ideias

Durante a exposição, o orador deve apoiar o seu discurso num conjunto de notas em papel e pode, simultaneamente, socorrer-se de uma apresentação em Power-Point, caso tenha necessidade de apresentar tabelas, gráficos ou imagens.

As notas devem ser escritas numa letra com um tamanho que permita uma lei-tura rápida, e com um espaçamento entre linhas que não confunda o orador quando muda de linha durante a leitura. O tamanho de letra a utilizar depende da distância a que o orador estiver das notas, que devem estar pousadas, e também da acuidade visual do orador, e pode variar entre 12 e 20 pontos.


5.2. O debate das ideias

No período reservado ao debate, o orador deve ter a preocupação de:

⎯ Responder à questão que, efetivamente, lhe foi colocada;

⎯ Reformular questões confusas, de modo a torná-las mais claras;

⎯ Reformular questões hostis, de forma a torná-las mais neutras;

⎯ Repetir a questão que lhe foi colocada, de modo a que todos a ouçam, em caso de necessidade.

O orador deve estimular as intervenções de forma a envolver o público e a enri-

quecer a discussão.

Deve ser polido. Não deve interromper intervenções do público, mas se alguém usar da palavra durante muito tempo, pode retomar a palavra dizendo: “Gostaria de responder a algo que acabou de dizer...”

Deve ser paciente com o público. As intervenções do público podem repetir ideias, mas isso não deve ser encarado de uma forma negativa: pode ser utilizado para uma melhor compreensão ou levar a novas ideias.

Se lhe for colocada uma questão de difícil compreensão para a maior parte da assistência, o orador tem várias opções:

⎯ Responder à questão procurando torná-la acessível à generalidade da audiência;

⎯ Responder de forma sucinta, para evitar o desinteresse do resto da audiência;

⎯ Optar por responder em privado, no fim da sua intervenção.

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APRESENTAÇÕES EMPRESARIAIS

A apresentação de um relatório ou de um produto comercial têm características muito particulares, que derivam não só do tipo de conteúdo, mas também da audiên-cia, que é diferente daquela que assiste à apresentação de trabalhos académicos.

Parte das recomendações mencionadas para a apresentação de trabalhos aca-démicos e teses são válidas, também, para a apresentação de relatórios ou produtos comerciais. Deve evitar-se utilizar imagens do ClipArt, animações, som e vídeo. O ClipArt e as animações podem conferir um aspeto de infantilidade à apresentação, enquanto que o som pode tornar-se desconfortável ou irritante.

PÚBLICO

Alexandre PereiraCarlos Poupa

teses, relatórios,comunicações

usando o PowerPoint

EDIÇÕES SÍLABO

COMO APRESENTAREM

ALEXANDRE PEREIRA é Mestre e Licenciado em Engenharia Eletrotécnicae de Computadores pelo IST. Licenciado em Antropologia pela UNL.Doutorando em na FCSH. Professor na Licenciatura em Enge-nharia Informática da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.Professor na Licenciatura em Engenharia Informática da Universidade Euro-peia, Laureate International Universities.

e-planning

CARLOS POUPA é Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computa-dores pelo IST. Mestre em Gestão pelo ISCTE. Doutorando em Educação, naFC-UL. Professor nas licenciaturas em Informática, Ciências da Comunica-ção e da Cultura e Comunicação nas Organizações (Marketing/Publicidade//Relações Públicas) da Universidade Lusófona.

A realização de apresentações é uma necessidade frequente, quer na vida acadé-mica, quer na vida empresarial. A importância que assumem decorre da necessidadede expor a uma plateia, num curto espaço de tempo, uma versão reduzida e conclusivade um trabalho mais vasto e profundo. O seu grande peso na avaliação do trabalhorealizado faz com que todos os esforços investidos na sua meticulosa preparaçãosejam um excelente investimento.

Esta obra expõe e explicita diversos tipos de apresentações, quer académicas, querempresariais, abordando a respetiva estrutura e organização, bem como o discurso autilizar e o desenho dos diapositivos e outros suportes visuais a preparar. Explica demodo claro e directo os fundamentos em que o leitor se deve basear para apresentaruma tese ou monografia, uma comunicação num congresso ou seminário, uma apre-sentação em aula ou curso de formação, apresentações de relatórios, produtos ouserviços. Descreve também como idealizar e conceber um , para apresentar umtrabalho académico, utilizando as normas da APA.

Uma referência completa aos procedimentos do PowerPoint necessários para aelaboração de uma apresentação com um grafismo cuidado e uma boa legibilidade, fazda presente obra uma referência indispensável para professores, estudantes, formado-res, técnicos, comerciais e todos os que tenham de fazer uma comunicação.

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Apresentação de Teses ou Monografias

Apresentações em Congressos ou Seminários

• Organização e estrutura da apresentação

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Apresentação oral e discurso a utilizarComunicação verbal e não verbalTécnicas úteis de PowerPointPrincípios básicos dePsicologia das coresCombinação de tipos de letraDesenho e estrutura dos diapositivos

design

2ª Edição

52

789726 1880949

ISBN 978-972-618-809-4

como apresentar em público teses · 8.2. apresentação oral de tabelas 114 capítulo 3 powerpoint...

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