como amar o seu filho rebelde

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    COMO REALMENTE AMAR SEU FILHO REBELDECATEGORIA: COMPORTAMENTO / FAMLIA

    Copyright 2003 por Ross CampbellPublicado originalmente por Cook Comunications Ministries, Colorado,EUATodos os direitos reservados

    Ttulo ori ginal: How to really love your angry childCoordenao edi torial: Silvia JustinoPreparao de texto: Vivian MatsushitaReviso: Renato Potenza

    Rodolfo OrtizSuperviso de produo: Lilian MeloCapa: Douglas Lucas

    Os textos das referncias bblicas foram extrados da verso Almeida Revista e Atualizada(Sociedade Bblica do Brasil), 2 edio, salvo indicao especfica.

    Publicado no Brasil com a devida autorizao e com todos os direitos reservados pela:

    Associao Religiosa Editora Mundo CristoRua Antonio Carlos Tacconi, 79 CEP 04810-020 So Paulo SP BrasilTelefone: (11) 5668-1700 Home page: www.mundocristao.com.br

    Editora associada a: Associao Brasileira de Editores Cristos Cmara Brasileira do Livro

    Evangelical Christian Publishers Association

    A 1 edio brasileira foi publicada em junho de 2005, com uma tiragem de 6.000 exemplares.

    Impresso no Brasil10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 05 06 07 08 09 10 11 12

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro,SP, Brasil)

    Campbell, Ross, 1936- .Como realmente amar seu filho rebelde / Ross Campbell com Rob Suggs ;

    traduzido por Talita S. Marsola. So Paulo : Mundo Cristo, 2005.

    Ttulo original : How to really love your angry child.ISBN 85-7325-403-3

    1. Conflito (Psicologia) em crianas 2. Criao de crianas3. Raiva em crianas I. Suggs, Rob. II. Ttulo.

    05-3302 CDD - 649.7

    ndice para catlogo sistemtico:1. Crianas iradas : Aconselhamento : Educao domstica 649.7

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    Apresentao.................................................................... 07

    1. A rebeldia bate sua porta........................................ 11

    2. Uma atmosfera de raiva .............................................. 27

    3. Uma casa em chamas.................................................. 41

    4. Amor sem limites ......................................................... 67

    5. Desmascarando a raiva................................................ 91

    6. Passiva, porm agressiva............................................109

    7. Os piores degraus da escada .....................................139

    8. Comeando pela imagem no espelho .......................157

    9. Treinamento bsico ....................................................175

    10. 75/25: como os filhos encaram a autoridade..........201

    11. Crianas especiais, problemas especiais .................223

    Uma palavra final aos pais .............................................245Um bate-papo com o dr. Campbell ...............................251

    Notas ...............................................................................267

    SUMRIO

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    APRESENTAO

    PREZADOS PAIS,

    No h nada mais importante no mundo do que a ma-neira com que voc cria os seus filhos. Voc sabe que asmaiores alegrias e a maiores dificuldades vm comoresultado da enorme responsabilidade de treinar os filhosa serem adultos fortes, honestos e felizes, para que vivamde forma ntegra.

    Se voc no sentisse essa responsabilidade, certamenteno se interessaria por este livro. E se a questo da rebel-

    dia no o preocupasse tanto, este livro no lhe teria cha-mado a ateno.Sabemos que a rebeldia desenfreada uma constante

    na vida de muitos no mundo em que vivemos no so-mente nas crianas, mas nos adultos tambm. Tenho amesma preocupao que voc ao pensar no mundo emque os nossos filhos esto prestes a viver. Por aconselharcentenas de pais ao longo dos anos, sinto o mesmo apertono corao que muitas vezes voc sente, e entendo a suafrustrao e a sua solido. Sei que a ira pode se tornar umproblema na sua vida tambm.

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    TUDO COMEOU QUANDO Nicholas ainda era beb e jdava os primeiros passos. A princpio, ele apresentava ossinais comuns de uma criana de dois anos birras e chan-tagens quando lhe negavam um brinquedo ou qualquer coisaque lhe chamasse a ateno. Os amigos e familiares assegu-ravam aos pais do garoto que era simplesmente uma fase

    que Nicholas estava passando e que, com o tempo, ela aca-baria. Infelizmente, a vida na casa dos Smith tomou rumosinesperados.

    Os ataques de raiva do pequeno Nick prosseguiram e atpioraram no decorrer da sua infncia. Ele parou de rolarpelo cho e de esmurrar o carpete, mas expressava a raivade outras maneiras. Ele continuava a chorar e a gritar, in-clusive em lugares pblicos, fazia malcriaes, batia portase ficava emburrado. Seus pais comearam a se referir aesses episdios como o chilique do Nick. Ano aps ano,nas reunies de pais e mestres do colgio, as professoras

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    queixavam-se das atitudes desrespeitosas do garoto em sala,deixando os seus pais muito constrangidos.

    O pai de Nick, em especial, ficava desgostoso com asituao, pois ele sabia exatamente de quem seu filho ha-via puxado esse temperamento forte. A ltima coisa queele queria era ver o seu filho ter que apanhar da vidapara aprender algumas das duras lies que ele havia apren-dido por ter pavio curto. Ele passou, ento, a observar o

    filho e os chiliques dele mais de perto. Ao primeiro sinalde birra, o pai de Nick logo gritava: Nem comece!. Nickficava ainda mais frustrado e comeava a resmungar emprotesto. O tom de voz de seu pai tornava-se mais severo:Pode parar j!. Enfim, o mandava de castigo para o quar-to, com avisos do que aconteceria se ele batesse a porta,chutasse a parede ou murmurasse qualquer malcriao.

    Por volta dos onze anos, os chiliques comearam a seabrandar. A vida na casa dos Smith tornou-se mais silencio-sa. Mesmo assim, os pais de Nick intuitivamente sentiamque havia algo errado. Mesmo antes de iniciar a previsvelpassagem adolescncia, Nick j se isolava e, sempre quepodia, evitava participar das atividades em famlia. No

    demorou muito at ele ser suspenso da escola, por ter dis-parado o alarme de incndio, causando um tumulto genera-lizado no prdio. O diretor da escola suspeitava que Nicktambm era responsvel por outros vandalismos que esta-vam prejudicando a escola. Sugeriram que Nick tivesse acom-panhamento psicolgico, mas o pai insistiu que estavampegando no p de seu filho com acusaes infundadas.

    Em seguida, vieram os pequenos furtos. A princpio, pa-recia lgico afirmar que Nick agia assim devido s mscompanhias, porm, os ltimos dois incidentes acontece-ram com ele desacompanhado. Quando ele completou 16

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    anos, seus pais fizeram de tudo para se reaproximar dofilho mas parecia que eles no o conheciam mais.

    A personagem Nick uma mistura de muitas crianasque conheci no decorrer dos anos. Os pais dele so osmesmos pais amorosos e preocupados que ajudei vez apsoutra. O problema obviamente a questo da raiva e decomo trat-la. Durante a maior parte da minha carreira comoconselheiro familiar, tenho me preocupado profundamen-

    te com o poder que a raiva reprimida tem sobre a atualgerao de filhos que esto entrando para a idade adulta.Cheguei concluso de que muitas ou a maioria das fam-lias do mundo atual no tem a menor idia de como lidarcom a rebeldia de seus filhos, e eu sabia que esse despre-paro s poderia resultar em desastre.

    Imagino que voc, como pai, deve tomar uma srie decuidados dentro de casa. Voc guarda remdios e venenosem lugares altos. Voc quer saber o tempo todo onde o seufilho est. Talvez at escolha os programas de TV que oseu filho pode assistir e quais atividades ele pode fazer nocomputador. Mas ser que voc est ciente de que o maiorde todos os perigos a rebeldia alojada no corao do seu

    filho; que o veneno mais txico de todos a raiva incontidae descontrolada que domina o seu interior? s refletir um pouco sobre o assunto para perceber

    que a raiva faz parte do nosso dia-a-dia e que surge emtodas as frustraes da vida do seu filho. Se boa partedessa raiva no for bem tratada e direcionada, ela no irsimplesmente desaparecer. Ela voltar de uma forma oude outra e prejudicar, ou at mesmo destruir, a crianaque foi tolhida hoje ou em algum ponto no futuro.

    Creio que isso exatamente o que presenciamos emnosso mundo atual. medida que eles crescem, os nossos

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    modelos de como ser pai e de como viver a vida que osnossos filhos tm.

    O problema central consiste na questo do poder. Aochegar ao mundo, a primeira coisa que as crianas perce-bem que elas no tm poder e, por isso, buscam todosos meios possveis de conseguir controlar o prprio mun-do. medida que crescem, seu maior objetivo torna-se aautonomia elas anseiam por se sentir e se apresentar

    orgulhosamente independentes.O desejo de ter controle e autonomia, em si, no

    ruim. Mas esse poder deve ser cedido com percepo esabedoria, com base no nvel de maturidade da criana.Por exemplo, no se deve permitir que uma criana dedois anos atravesse uma rua movimentada, ainda que elaexija esse direito aos berros. No se deve permitir queum pr-adolescente navegue na internet sem superviso,apesar de ficar emburrado toda vez que restries sofeitas. Como voc lidar com a manifestao de raiva re-sultante da disciplina do dia-a-dia?

    O objetivo que deve gui-lo do princpio ao fim queos seus filhos aprendam a ter respeito por outras pessoas,

    principalmente pelas autoridades. Ao alcanar esse objeti-vo, o seu filho aprender a lidar com conflitos inevitveis:primeiro, acerca de um brinquedo, depois de uma disputano parquinho e, finalmente, de complexas transaes sociaisna idade adulta. O descontrole ao lidar com a raiva umaepidemia e a nica esperana para o seu filho que voc,como pai ou me, aprenda a educ-lo. Como voc lidacom a raiva hoje ter grande influncia no modo que elelidar com a raiva no futuro. No mundo em que vivemos, improvvel que eles tenham modelos consistentes depessoas que lidem apropriadamente com a raiva.

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    AMAR PRIORIDADE

    De onde vem toda essa raiva? Damos duro para proporcio-nar um lar feliz aos nossos filhos. Por que eles tm tantaraiva e o que os leva a serem adultos irritados?

    A difcil verdade que sua maior fonte de raiva provmde um arraigado sentimento de que no se sentem ama-dos. Por instinto, as crianas percebem que precisam seramadas e que seus pais tm a responsabilidade de propor-cionar isso a elas. Apesar de no conseguirem expressaruma idia to complexa como essa, elas sabem que nopodem viver felizes, nem se desenvolver normalmente, sema segurana que resulta do amor incondicional.

    Precisamos encarar o fato de que poucos filhos sentem,de forma genuna e absoluta, esse amor de seus pais. E

    quando os seus coraezinhos detectam que seus pais es-to lhes negando o amor de que tanto precisam, eles seenchem de raiva. Mesmo nos melhores lares, filhos anseiamdesesperadamente por amor, apesar de seus pais terem aconvico de que essa necessidade est sendo suprida.

    Talvez voc esteja confuso com o que acabou de ler ese sinta ofendido com a idia de que seu filho possa no

    se sentir amado. Pouqussimos pais que participam dosmeus seminrios reconhecem de imediato que os seus fi-lhos podem se encaixar nessa descrio. Vamos ver maisde perto como esse problema pode ocorrer possivel-mente em seu lar.

    Creio que a maioria dos pais ama verdadeiramente osseus filhos. A dificuldade consiste em transmitir esse afetode amor do corao do pai para o corao do filho. A men-sagem de alguma forma se perde no meio do caminho.

    Talvez voc tente discordar e diga: Mas eu falo todosos dias para a minha filha que a amo!, e o que voc diz

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    mesmo a verdade. O fato que a maioria dos pais verbalao se comunicar. Portanto, eles acreditam que simplesmentedizer Eu amo voc criana resolve o problema.

    A expresso verbal do afeto , sem dvida, muito im-portante, porm insuficiente. Ns, pais, somos seres ver-bais enquanto os nossos filhos so seres comportamentais.E para nos comunicarmos com qualquer pessoa, precisa-mos falar a lngua dela. Se voc deseja comunicar com

    preciso e clareza uma mensagem a algum que fala fran-cs, voc precisa aprender as nuanas da lngua francesa.Se voc deseja se comunicar com o seu filho de formaprofunda e efetiva, no poder utilizar a sua forma e sim adele, a forma comportamental. Vamos nos aprofundar nes-se conceito nos prximos captulos, mas voc pode tam-bm aprender mais sobre o assunto nos meus dois livrosanteriores: Como realmente amar seu fi lho e Como realmente amar seu fi lho adolescen te . Por enquanto, permita-me re-forar esse conceito para voc: se os seus filhos no sesentirem amados, eles no se desenvolvero para se tornaras pessoas que tm a capacidade de ser. Eles carregarodentro de si uma sensao de fracasso e tero um crescente

    ressentimento para com os seus pais. Essa raiva interfereno desenvolvimento bsico da criana e futuramente emseu comportamento adulto.

    Utilizarei um caso que aconteceu comigo para ilustrar adiferena da comunicao verbal e da comportamental.Anos atrs, toda vez que eu viajava, eu ligava para casa edizia minha esposa: Eu s queria dizer que eu amovoc. Era tudo o que ela precisava ouvir; as palavras lheproporcionavam uma segurana agradvel.

    Em seguida, ela passava o telefone para o Dale, o meufilho, que na poca tinha cinco anos de idade. Eu repetia

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    autoconceito bem estruturado para a idade delas. Mas oque lhes falta uma compreenso clara do mundo ao seuredor o mundo de seus pais, da comunidade, da escolae dos seus amigos. Elas ainda no acumularam uma quanti-dade suficiente de experincias para capacit-las a interpre-tar o mundo em relao a si mesmas. E como conhecimento poder; as crianas sentem essa falta de poder.

    Os pais so os guias nessa longa jornada rumo forma-

    o do carter. Ao longo do caminho, as crianas plantamfrgeis sementinhas de integridade, criatividade, auto-esti-ma, amor, trabalho e muitas outras qualidades. Precisamoscaminhar com cautela. Deliberadamente causar frustraesa essas crianas ou fazer tropear a um destes pequeni-nos (como Jesus disse) o mesmo que calar botas e sairpisando no jardim de lindas flores que elas cultivaram.

    Mas elas so muito mais do que flores sendo cultivadas;estamos lidando com almas da criao de Deus e comboas intenes, que tm conseqncias eternas. Talvez sejapor isso que Jesus disse: Melhor fora que se lhe penduras-se ao pescoo uma pedra de moinho, e fosse atirado nomar, do que fazer tropear a um destes pequeninos.

    Acautelai-vos (Lc 17:2-3). As crianas so uma maravilho-sa criao de Deus com um tremendo potencial. Gui-lasna jornada de aprendizado da vida uma grande respon-sabilidade.

    Essa uma questo sria que merece que uma profun-da reflexo. Ser possvel que voc esteja sem querer fa-zendo tropear esses pequeninos? Na prtica, qual adinmica dos seus relacionamentos familiares? Como voclida com as conversas mesa do jantar? Nas reunies defamlia? Como voc reage quando o seu filho lhe faz al-gum pedido? Ou lhe traz algum problema? Como voc lida

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    com o fracasso? Voc j se imaginou no lugar do seu filhoe qual seria a sua reao diante das mesmas dificuldades?Quando o seu filho mostra-se constantemente frustrado,alguma atitude sua alastra ainda mais o problema?

    Toda famlia enfrenta crises e situaes de confronta-o, mas o que voc diz bem como a maneira com quevoc diz de suma importncia.

    AS MUITAS FACES DA RAIVA

    Voltemos perspectiva pessoal por um instante. Imagine-se numa situao ameaadora. Talvez voc tenha acabadode descobrir que o seu emprego est por um fio. Ou talvezo carro atrs de voc na avenida o esteja seguindo para le para c h mais de sete quilmetros. Como voc ir ex-pressar a sua frustrao?

    Segundo as palavras de Neil Clark Warren, as pessoasexpressam a raiva que sentem a fim de lidar com aquelasfontes internas e externas de dor, frustrao ou ameaa ediminurem a dor interna o mximo possvel. 3 Pense numachaleira. Quando a presso e o calor se acumulam dentro

    dela, necessrio que haja um escape . O apito til, poisele nos avisa quando a gua chegou a uma determinadatemperatura. Da mesma forma, os seus sintomas de raivaservem de aviso s pessoas sobre o nvel de presso queest acumulada dentro de voc.

    So poucas as diferenas na forma de expressar raivaentre crianas e adultos. Sim, os adultos tm muito maisvocabulrio e tm uma variedade muito maior de recursospara utilizar inclusive a fora fsica. Mas quando vocpresencia algum adulto perder a cabea, s fechar osolhos e voc facilmente poder confundi-lo com uma criana

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    de oito anos. Antigos hbitos so difceis de se perder, in-clusive aqueles de expresso emocional.

    Por outro lado, ao expressar toda a raiva que sentem,os adultos se apiam em uma forte e estruturada base depoder. A est a diferena. As crianas fazem escndalo apartir de um estado de dependncia e de limitaes emrelao ao mundo ao redor. Elas podem ser bastante astutasno que diz respeito a dar um jeitinho e manipulao,

    mas so raras as vezes em que elas tm poder o suficientepara causar as mudanas que desejam. Se voc se senteimpulsionada a comprar um vestido extremamente caro ouseu marido deseja comprar aquela mochila de golfe da vitri-ne, pelo menos vocs tm a opo e a possibilidade deentrar naquela loja e comprar ou no o que quiserem. Apequena garota que v a linda casa de bonecas no temnenhum poder, nem autonomia. Ela no tem bases prpriase tambm no tem conhecimento suficiente para entenderpor que uma compra to maravilhosa dessas talvez sejainapropriada.

    Na maioria das vezes, voc consegue identificar o mo-tivo da sua frustrao e at mesmo qual medida ideal a

    ser tomada para solucion-la. O mesmo nem sempre verdadeiro para a criana ela sabe que est brava por-que no a compraram a linda casa de bonecas, mas elano consegue identificar as questes mais complexas aoseu redor que a aborrecem. Portanto, voc precisa pergun-tar-se constantemente: O que est aborrecendo o meufilho? O que ele quer? algo apropriado? Mais algum lhecausou frustrao?.

    Talvez o desejo dele no seja algo plausvel ou realista. Talvez o que ele quer ser mais velho ou mais forte, oudeseja ter mais poder, mais espao ou dinheiro. Ele pode

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