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E-mail: [email protected] | Site: www.psdbnacamara.com.br | Galeria de imagens: www.flickr.com/photos/psdbnacamara www.twitter.com/psdbnacamara | TV 45: www.youtube.com/psdbnacamara | www.facebook.com/psdbnacamara A garantia de segurança jurídica, viabilidade política e equilíbrio entre o legítimo direito dos municípios produtores, aqueles afetados pela mi- neração, e a manutenção da competitividade das empresas mineradoras nortearam o relatório do deputado Marcus Pestana (MG) à Medida Provisória 789/17, que trata de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). O deputado leu o relatório em reunião na Comissão Mista que analisa a MP na tarde dessa quarta-feira (18). Em seguida, houve pedido coletivo de vista. Em vez de encerrar, a comissão optou por esclarecer dúvidas de alguns parlamentares. “Vamos continuar construindo consenso progressivo rumo à convergên- cia”, disse ele, ressaltando o caráter participativo na montagem do texto final. A discussão e votação do relatório estão marcadas para a próxima quarta-feira (22). Ele destacou que a base de cálculo (receita bruta de venda do minério, menos os tributos incidentes sobre a comercialização) não é a ideal, mas é a alternativa possível dentro do atual contexto de crise econômica. Nº 2593, Q U I N T A – F E I R A, 19 D E O U T U B R O D E 2017 O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) realizou nessa quarta-feira (18) a leitura de seu relatório sobre a Medida Provisória 790/17, que altera 23 pontos do Código de Mineração. Em seguida, a presidente da comissão es- pecial que analisa a MP, deputada Geovania de Sá (SC) , concedeu vista coletiva aos parlamentares. Com isso, a discussão do texto será retomada na próxima terça-feira (24), às 15h. AVANÇOS PARA O BRASIL Para a deputada, o texto de Flexa foi construído com responsabilidade e acarretará em importantes avanços para o Brasil. “Ele teve muita res- ponsabilidade com o país na construção desse texto, para que o setor de mineração realmente tenha um bom aparato legal, um bom código de mi- neração. Isso vai refletir nas futuras gerações”, apontou a parlamentar. Geovania destacou que pontos como a responsabilidade ambiental, a recuperação de áreas e a aplicação de multas foram elaborados com muita competência. Na opinião dela, a aprovação da MP será um ganho para a mineração no Brasil. As mudanças propostas na MP 790 visam atualizar o Código de Minera- ção, datado de 1967, para reduzir a burocracia e estimular a atividade de exploração mineral. Uma das principais alterações é a ampliação do prazo para a realização de pesquisa mineral, que será de dois a quatro anos. Esse prazo, atualmente, é de um a três anos. Dentre as modificações feitas por Flexa Ribeiro no texto original está a necessidade de se estabelecer instrumento de financiamento robusto para alavancar a pesquisa mineral. Comissão que debate mudança no marco regulatório da mineração está na reta final Quanto às alíquotas, segundo o tucano, a calibragem foi justa: rebaixou o percentual sobre o material usado na construção civil, agronegócio e ati- vidades de turismo baseadas em águas termais e mineral, todas que têm impacto direto na criação de emprego e geração de renda da população. Também houve rebaixamento no caso do diamante, que tem uma única exploração industrial em território baiano. Do ponto de vista da distribuição, a preocupação central foi municipalis- ta, com a participação ativa da Confederação dos Municípios. Assim, 60% da arrecadação da CFEM vão para os municípios mineradores, por exem- plo, e 20% para os estados. Relator de medida provisória sobre royalties do setor, Marcus Pestana busca equilíbrio Presidente do colegiado, Geovania de Sá concedeu prazo para análise do relatório do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). “São muitos interesses e visões conflitantes, mas espero, com o trabalho feito, construir uma maioria em torno do meu relatório.” Deputado Marcus Pestana (MG) 200 mil pessoas são empregadas diretamente na área mineral no país, que responde por 4% do PIB. Foto: Alexssandro Loyola Foto: Divulgação / Gov. de Goiás

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Page 1: Comissão que debate mudança no marco regulatório da …psdbnacamara.com.br/wp-content/uploads/2017/10/2593... · 2017-10-18 · nadá, Portugal e Chile. No Brasil, o sistema de

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A garantia de segurança jurídica, viabilidade política e equilíbrio entre o legítimo direito dos municípios produtores, aqueles afetados pela mi-neração, e a manutenção da competitividade das empresas mineradoras nortearam o relatório do deputado Marcus Pestana (MG) à Medida Provisória 789/17, que trata de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).

O deputado leu o relatório em reunião na Comissão Mista que analisa a MP na tarde dessa quarta-feira (18). Em seguida, houve pedido coletivo de vista. Em vez de encerrar, a comissão optou por esclarecer dúvidas de alguns parlamentares.

“Vamos continuar construindo consenso progressivo rumo à convergên-cia”, disse ele, ressaltando o caráter participativo na montagem do texto final. A discussão e votação do relatório estão marcadas para a próxima quarta-feira (22).

Ele destacou que a base de cálculo (receita bruta de venda do minério, menos os tributos incidentes sobre a comercialização) não é a ideal, mas é a alternativa possível dentro do atual contexto de crise econômica.

Nº 2593, Q U I N T A – F E I R A, 19 D E O U T U B R O D E 2017

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) realizou nessa quarta-feira (18) a leitura de seu relatório sobre a Medida Provisória 790/17, que altera 23 pontos do Código de Mineração. Em seguida, a presidente da comissão es-pecial que analisa a MP, deputada Geovania de Sá (SC), concedeu vista coletiva aos parlamentares. Com isso, a discussão do texto será retomada na próxima terça-feira (24), às 15h.AVANÇOS PARA O BRASIL

Para a deputada, o texto de Flexa foi construído com responsabilidade e acarretará em importantes avanços para o Brasil. “Ele teve muita res-ponsabilidade com o país na construção desse texto, para que o setor de mineração realmente tenha um bom aparato legal, um bom código de mi-neração. Isso vai refletir nas futuras gerações”, apontou a parlamentar.

Geovania destacou que pontos como a responsabilidade ambiental, a recuperação de áreas e a aplicação de multas foram elaborados com muita competência. Na opinião dela, a aprovação da MP será um ganho para a mineração no Brasil.

As mudanças propostas na MP 790 visam atualizar o Código de Minera-ção, datado de 1967, para reduzir a burocracia e estimular a atividade de exploração mineral. Uma das principais alterações é a ampliação do prazo para a realização de pesquisa mineral, que será de dois a quatro anos.

Esse prazo, atualmente, é de um a três anos.Dentre as modificações feitas por Flexa Ribeiro no texto original está a

necessidade de se estabelecer instrumento de financiamento robusto para alavancar a pesquisa mineral.

Comissão que debate mudança no marco regulatório da mineração está na reta final

Quanto às alíquotas, segundo o tucano, a calibragem foi justa: rebaixou o percentual sobre o material usado na construção civil, agronegócio e ati-vidades de turismo baseadas em águas termais e mineral, todas que têm impacto direto na criação de emprego e geração de renda da população. Também houve rebaixamento no caso do diamante, que tem uma única exploração industrial em território baiano.

Do ponto de vista da distribuição, a preocupação central foi municipalis-ta, com a participação ativa da Confederação dos Municípios. Assim, 60% da arrecadação da CFEM vão para os municípios mineradores, por exem-plo, e 20% para os estados.

Relator de medida provisória sobre royalties do setor, Marcus Pestana busca equilíbrio

Presidente do colegiado, Geovania de Sá concedeu prazo para análise do relatório do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

“São muitos interesses e visões conflitantes, mas espero, com o trabalho feito, construir uma maioria em torno do meu relatório.” Deputado Marcus Pestana (MG)

200 mil pessoas são empregadas diretamente na área mineral no país, que responde por 4% do PIB.

Foto: Alexssandro LoyolaFoto: Divulgação / Gov. de Goiás

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Diário Tucano 19 de outubro de 20172

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Coordenador de redação: Marcos Côrtes Editora: Elisa Tecles Reportagem: Ana Maria Mejia, Djan Moreno e Sabrina Freire

Diagramação: Francisco MaiaOp. de áudio e vídeo: Hélio Ricardo

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços apro-vou no dia 10 parecer favorável a projeto de lei apresentado pelo deputado Célio Silveira (GO) que visa estimular a adesão de parceiros privados ao sistema de parceria público-privada.

O parecer do relator, deputado Jorge Côrte, recomendou a aprovação do PL e de outros apensados por considerar que são propostas alterações importantes na Lei das PPPs, especialmente por ampliar a capacidade dos municípios de pequeno e médio porte para implementarem parcerias público-privadas (PPPs).

Em vários países do mundo esse sistema de parcerias é exitoso, tais como Ca-nadá, Portugal e Chile. No Brasil, o sistema de PPPs já tem dado bons resultados, especialmente nas concessões de rodovias para iniciativa privada. No entanto, a lei que o regula precisa de aprimoramentos, como ressaltou o parlamentar do PSDB.

“Não há como negar a relevância do projeto que apresentei e sua adequação ao momento político. Exaurida, por diversos motivos, a capacidade de investimento do Estado, por tantos anos o motor único da economia pátria, é mais do que razoável estimular e aceitar os ventos bem mais vigorosos provenientes da iniciativa priva-da”, reitera Célio.

ExEMPLOS dE ALtERAÇõES ACAtAdAS:

n Extensão das competências do Comitê Gestor das PPPs a outros Poderes que também podem celebrar contratos de parcerias, como Legislativo e Judi-ciário, Tribunal de Contas da União e Procuradoria Geral da República;

n Possibilidade de bloquear os recursos do fundo de participação do ente que não cumpriu sua obrigação para com o parceiro privado, pois a iniciativa pri-vada sente-se insegura na celebração de contratos de parceria com o Poder Público, especialmente porque não há, até o momento, instrumentos que os respaldem quando da inadimplência do ente.

Avança projeto de Célio Silveira que incentiva parcerias público-privadas

CONtRA A VIOLÊNCIA: Na terça-feira (17), a deputada Yeda Crusius (RS), autora da Frente Parlamentar Mista de Prevenção à Violência (FPM-PV), esteve no Ministério da Justiça e Segurança Pública para entregar uma cópia do estatuto e apre-sentar o colegiado ao ministro Torquato Jardim. “É fundamental que o Ministério da Justiça participe. Torquato está para apresentar a Política Nacional de Segurança Pública. Precisamos somar forças entre o Executivo e o Legislativo na formulação de um plano nacional que previna a violência no Brasil, e não apenas a remedie”, defendeu a parlamentar do PSDB.

BB E AGRONEGÓCIO: Por sugestão do depu-tado Guilherme Coelho (PE), o Banco do Brasil realiza amanhã o “Circuito Agro BB”, evento com o objetivo de detalhar o panorama do agronegócio familiar e empresarial no Vale do São Francisco. O evento ocorrerá em Petrolina, a partir das 7h30, no Hotel Nobile Suítes Del Rio. Na pauta de discussão estão a situação atual do agronegócio, as ameaças e as possibilidades de incremento do crédito rural para custeio e investimento e comercialização da produção agrícola. Para Guilherme Coelho, a hora é de unir forças em prol do setor.

ACORdO COM EUA: A Comissão de Ciência e Tecnologia acatou parecer do deputado Eduardo Cury (SP) pela aprovação de Projeto de Decreto Legislativo (PDC 772/2017) que ratifica o texto do acordo-quadro entre os governos do Brasil e dos EUA sobre a Cooperação nos Usos Pacíficos do Es-paço Exterior. Para o tucano, pode haver grandes benefícios para a comunidade científica brasileira, em razão da possibilidade de que sejam celebradas parcerias, como por exemplo, entre a NASA, o ITA e o INPE.

EMENdAS NA EdUCAÇÃO: Presidida pelo PSDB, a Comissão de Educação aprovou, nessa quar-ta-feira (18), uma série de emendas para o apoio e desenvolvimento da educação básica, profissional e superior de todo país. Membro titular do colegiado, o deputado Lobbe Neto (SP) explicou que são re-cursos para o desenvolvimento da educação básica, apoio ao transporte escolar, institutos federais de educação profissional e tecnológica e também vi-sando a reestruturação e a expansão de instituições federais do ensino superior.

direto do Ninho

“A importância dessa iniciativa é primordial, especialmente porque o poder público encontra-se com baixo potencial de investimentos em

infraestrutura, a população vivencia a precariedade dos serviços públicos e a economia do país necessita ser alavancada”, avalia o deputado.

Foto: Alexssandro Loyola

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Diário Tucano19 de outubro de 2017 3

O deputado Nilson Leitão (Mt) afirmou nessa quarta-feira (18) que o governo brasileiro e as ONGs falharam com os povos indígenas. Durante audiência pública na Comissão de Agricultura sobre a produção agrícola indígena, representantes de diversas etnias relataram experiências agrícolas de suas comunidades, cobraram recursos e atenção do Estado e recha-çaram a intermediação feita por entidades do terceiro setor com as autoridades.

Em seus relatos, os representantes indí-genas afirmaram o desejo de serem ouvidos e de poderem falar sobre suas necessidades e demandas. De forma unânime, criticaram a maioria das ONGs brasileiras e internacionais que exploram a imagem indígena, mas não ajudam em nada as comunidades, causando di-visão entre os povos e conflitos agrários.PARCERIA COM A EMBRAPA

Para os convidados, a troca de conhecimen-tos entre indígenas e técnicos da Embrapa tem contribuído para fortalecer a agricultura nas comunidades, garantindo segurança alimen-tar e melhora do aproveitamento de recursos naturais nas aldeias, com ações simples que respeitem os hábitos tradicionais.

Segundo Leitão, a taxa de mortalidade entre os povos indígenas tem crescido nos últimos anos e atingido, sobretudo, as crianças, princi-palmente por causa das doenças. Para ele, os índios estão “jogados à própria sorte”. A elabo-ração de leis que deem segurança e incentivem o plantio em áreas indígenas é uma das medi-das mais urgentes.

“O governo e as ONGs falharam com os po-vos indígenas. A melhor forma de recomeçar esse debate é dando voz e vez aos índios, e não aos intermediários. Não podemos mais deixar que portarias e atos normativos ditem a vida do índio”, defendeu Leitão, que foi um dos reque-rentes da audiência.

Em audiência pública, índios cobram mais atenção a demandas e criticam atuação de ONGs

Durante a audiência, o presidente do Fórum de Caciques do Mato Grosso do Sul, Jucelino Custódio, pediu apoio para a Funai. Segundo ele, sem orçamento, o órgão não tem como ajudar as comunidades.

Já Aguinaldo Arruda Areco, da comuni-dade Terena de Mato Grosso do Sul, criticou a atuação de algumas organizações, como o CIMI, que estão causando problemas na comunidade e não realizam projetos. “Só houve conflitos, mortes e nenhuma solução de problemas, nenhum projeto. Não somos inimigos dos fazendeiros. Queremos uma conversa ampla com o poder público e solu-ções rápidas, sem protelação”, disse.

Arnaldo Zunizake, representante da etnia Paresi, da Aldeia Bacaval, em Mato Grosso, falou da importância da agricultura para os povos indígenas. Segundo ele, os índios de sua comunidade hoje vivem em condições dignas graças à experiência com a agricultu-

ra mecanizada. Como lembrou Daniel Barral, Procurador-Geral Federal Substituto da AGU, não se faz agricultura sem incentivos econô-micos.

Durante a audiência, o Consultor da Área de Assuntos Fundiários da CNA, Denis Lerrer, destacou que a questão agrária tem que ser tratada de acordo com cada realidade local. Como destacou, dos cerca de 1 milhão de índios brasileiros, 600 mil vivem em áreas rurais e 400 mil em área urbana. “Há gran-des diferenças entre essas duas realidades”, alegou.

Por sua vez, o diretor de Promoção ao De-senvolvimento Sustentável da Funai, Rodrigo Paranhos, defendeu projetos e investimentos na agricultura. Já a índia Ednaia, ex-secretária municipal de Assuntos Indígenas de Grajaú (MA), reforçou o descaso das entidades não governamentais. “Apontam os problemas, mas não fazem nada”, reclamou.

Representantes de etnias e de entidades manifestam suas posições

SEMINÁRIO EM dEZEMBROO tucano anunciou a realização de um semi-

nário, que deve ocorrer em dezembro, durante o aniversário de 50 anos da Funai, no qual serão apresentadas propostas com base em suges-tões feitas pelos índios e de acordo com as reais necessidades das comunidades.

“O que está por trás desse debate é o desejo de dar ao índio a oportunidade de falar”, disse o deputado Nilson Leitão.

Foto: Alexssandro Loyola

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Diário Tucano 19 de outubro de 20174

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Parlamentares exaltam médicos por superarem duros obstáculos no dia a dia da profissão

Por iniciativa dos deputados Izalci (dF) e Mandetta (DEM-MS), a Câmara promoveu na manhã de quarta-feira (18) sessão solene em homenagem aos médicos, que comemoraram seu dia ontem. Diante de vários profissionais da área, parlamentares do PSDB destacaram o papel central dos médicos na área da saúde e os duros desafios enfrentados por eles para exercerem a atividade no dia a dia.

Em sua fala, Izalci reivindicou respeito e valorização desses profissionais, que enfren-tam todo tipo de dificuldade para assistir a população e salvar vidas. O tucano citou, como exemplos, a falta de leitos, instrumentos e medicamentos, além da estrutura precária em várias localidades. “Problemas e também his-tórias de superação se multiplicam país afora”, ressaltou.CARtA dE JOVENS PROFISSIONAIS

O deputado destacou documento recém-lan-çado, intitulado “Carta do médico jovem para

o Brasil”, no qual profissionais com menos de 10 anos de formação exigem das autoridades medidas como melhores condições de trabalho, mais recursos para a saúde, aumento no núme-ro de leitos de internação e obrigatoriedade do Exame de Revalidação de Títulos Estrangeiros (Revalida) para que formados em medicina no exterior possam atuar no Brasil.

Secretário de saúde de Minas Gerais duran-te oito anos, Marcus Pestana (MG) disse ter percebido, durante a experiência como gestor, a centralidade do profissional médico no SUS. O tucano ressaltou a importância da Frente Par-lamentar da Medicina, articulada por Mandetta, e manifestou seu compromisso em defesa da profissão.

“A crise fiscal abraça de forma cruel o SUS, mas temos que ter acima de tudo esperança, pois esse é o combustível para a construção do futuro e vocês têm um papel essencial para garantir cidadania plena a todos os brasileiros”, disse Pestana aos profissionais presentes.

Parlamentares do PSDB que são médicos também marcaram presença. Geraldo Resen-de (MS), por exemplo, alertou que há muitos anos os mesmos problemas continuam na or-dem do dia, como a precariedade da formação e a baixa remuneração pelos procedimentos prestados no SUS.

“Tem que reafirmar nosso compromisso per-manente de lutar”, disse o tucano. Ele ressaltou

a discussão sobre as emendas ao orçamento e a importância desses recursos para ajudar os municípios a ofertar melhor atendimento.

Mariana Carvalho (RO) também lem-brou os desafios diários enfrentados pelos médicos país afora para conseguir atender os pacientes. Segundo ela, a escolha pela profissão reflete o dom de salvar vidas. “Muito obrigado por fazerem a diferença, muitas vezes em uma realidade adversa, como superlotação e falta de medicamentos”, disse a jovem parlamentar.

Já Raimundo Gomes de Matos (CE) destacou a importância da frente parlamentar e reiterou sua luta em defesa do SUS e dos mé-dicos. Para ele, a articulação é importante para avançar nas pautas defendidas pela categoria e pelo setor de saúde. Esse novo colegiado é formado por deputados e senadores e reuniu o apoio de quase 200 parlamentares para a sua instalação.

Participaram do evento vários representantes da classe, a exemplo da

Federação Nacional dos Médicos e da Federação Médica Brasileira. A data foi

escolhida em homenagem a São Lucas, padroeiro da medicina.

443 mil médicos estão em atividade no

Brasil, segundo o último levantamento do Conselho

Federal de Medicina.

Fotos: Alexssandro Loyola