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COMISSÃO ORGANIZADORA

Coordenação

• Profª Drª Hilda Maria Gonçalves da Silva (UNESP/Franca)• Profª Drª Sheila Fernandes Pimenta e Oliveira (Uni-FACEF)• Profª Drª Célia Maria David (UNESP/Franca)

Comissão científica

• Prof. Dr. Almerindo Janela Afonso (Univ. do Minho/Portugal)• Profª Drª Ana Lúcia Furquim Campos-Toscano (Uni-FACEF)• UNESP-FrancaProfª Drª Barbara Fadel (Uni-FACEF)• Profª Drª Célia Maria David (UNESP/Franca) • Profª Drª Cristina Cinto Araújo Pedroso (USP/Ribeirão Preto)• Profª Drª Eliana Bolorino Canteiro Martins (UNESP/Franca) • Profª Drª Ellika Trindade (PUC Minas/Poços de Caldas)• Profª Drª Hilda Maria Gonçalves da Silva (UNESP/Franca)• Profª Drª Ivone Niza (ESELx/Lisboa-Portugal)• Profª Drª Monica de Oliveira Faleiros (Uni-FACEF)• Profª Drª Patrícia do Socorro Magalhães Franco do Espírito Santo

(Uni-FACEF)• Profª Drª Regina Helena de Almeida Durigan (Uni-FACEF)• Prof. Dr. Sérgio Niza (ISPA/Lisboa-Portugal) • Profª Drª Sheila Fernandes Pimenta e Oliveira (Uni-FACEF)• Profª Drª Sílvia Regina Viel (Uni-FACEF) • Profª Drª Tatiana Noronha de Souza (UNESP/Jaboticabal)• Profª Ma. Pricila Bertanha (CEUCLAR/Batatais)

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Comissão acadêmica

• Prof. Dr. Alfredo José Machado Neto (Uni-FACEF) • Profª Drª Analúcia Bueno dos Reis Giometti (UNESP/Franca) • Prof. Dr. Genaro Alvarenga Fonseca (UNESP/Franca) • Prof. Dr. José Alfredo de Pádua Guerra (Uni-FACEF) • Profª Drª Melissa Frachini Cavalcanti-Bandos (Uni-FACEF) • Prof. Dr. Ricardo Ribeiro (UNESP/Araraquara) • Profª Drª Sueli Aparecida Itman Monteiro (UNESP/Araraquara)• Profª Drª Vânia de Fátima Martino (UNESP-Franca) • Prof. Me. Donaldo de Assis Borges (Uni-FACEF) • Prof. Me. José Francisco Pacheco (Escola da Ponte/Portugal)• Prof. Me. Márcio Alexandre Ravagnani Pinto (UNESP/Franca)• Profª Ma. Tatiana Iuri Yamassaki da Silva (Uni-FACEF)

Comunicação e secretaria

• Alba Valéria Penteado Orsolini (Uni-FACEF)

• Agência Experimental Ori-ginal (Uni-FACEF)

• Neide Miyoko Nakaoka (UNESP/Franca)

• Sandra Cintra (UNESP/Franca)

Assessoria de multimídia eInternet

• Fausto Gonçalves Cintra (Uni-FACEF)

• João Igor Bozolan (UNESP/Franca)

• Luciano Goulart (UNESP/Franca)

Assessoria de compras

• Adalberto Moraes Simões (UNESP/Franca)

• Lucas Antônio Santos (Uni-FACEF)

• Marina Salomão Milani (Uni-FACEF)

• Tânia Mara Cintra Martins (UNESP/Franca)

Assessoriacontábil-financeira

• Eder Braz Alves Siqueira (UNESP/Franca)

• Mariângela Marques da Silva Veronez (UNESP/Franca)

• Simeer Isaac (Uni-FACEF)• Taise Helena de Santana

(Uni-FACEF) • Valter Nailton da Silva

(UNESP/Franca)• Welton Roberto Silva (Uni-

FACEF)

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Cód. 2039

Pós-graduação, Cienciometria e os rebatimentosno Serviço Social

ALVES, André Luis CentofanteSAMPAIO, Fabiana Granado Garcia

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A principal intenção do artigo é analisar alguns conceitos deavaliação e de publicização de pesquisas científicas e assuas consequentes publicações no nosso país e internacio-nalmente, além de evidenciar conceitos que permeiam acomunidade científica, como a Cienciometria, a Bibliometriae a Informetria. Visando transpor tais conceitos, fez-senecessário discutir acerca dos indicadores que tangenciama construção de conhecimento existente atualmente nopaís, bem como mostrar as implicações desse processo,sendo possível citar, dentre tantos, a cobrança existentejunto aos pesquisadores por publicações. Outro objetivo foiapresentar o cenário do Serviço Social nesse panorama dedivulgação de suas produções técnico-científica e os empe-cilhos para a indexação de artigos em revistas reconhecidaspor sua visibilidade, ou seja, que estão inseridas em base dedados nacionais e internacionais.

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Cód. 2065

Direito à creche : Marcos legais e a atuação doConselho Tutelar no Município de Franca- SP

ALVES, João Vítor Dantas*SANTOS, Stevam Fernandes dos

VIEIRA, Ana Luiza SilvaMARTINS, Eliana

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Primordialmente, tem-se a pretensão de apresentar o Con-selho Tutelar da cidade de Franca. Esta pesquisa procuraacompanhar as políticas públicas dele sendo exposta aimportância deste órgão na efetivação de direitos. Cabeconsiderar, ademais, que é ele um órgão autônomo, nãojurisdicional e encarregado pela sociedade por zelar pelosdireitos das crianças e adolescentes. Abriremos, destarte,espaço para a reflexão da importância deste órgão para aefetivação do direito à Educação, que é positivado em Lei.Ademais, por meio de grandes teóricos da Educação comoPaulo Freire e Brandão e, na seara do Direito Constitucional,como José Afonso da Silva e Pedro Lenza, é ressaltada aimportância da Educação para uma vida verdadeiramentedigna. Ou seja, é destacada a importância do acesso aosmeios e instituições educacionais enquanto forma de valori-zar a dignidade da pessoa física, prevista em nossa CartaPolítica, no artigo 5°, caput e em tratados internacionais degrande importância como o Pacto de San José da CostaRica. Além disso, como aduz Paulo Freire, no livro Pedago-gia do Oprimido: “não é no silêncio que os homens sefazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão”(FREIRE, 1987, p.78).No que tange ao aspecto jurídico a Edu-cação é um direito fundamental de toda pessoa, previsto noartigo 6°, caput, da Constituição Federal. Depreende-se daletra de tal lei: “art. 6º São direitos sociais a educação, a

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saúde, a alimentação(...)” Outrossim, e em adição ao extratolegal supracitado, por meio do Estatuto da Criança e doAdolescente, em seu artigo 54, IV, compreende-se que: “ art.54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente .IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças dezero a seis anos de idade”. Na esteira de tal tema, temosque trabalho especifica a obrigação estatal de fornecer cre-che às crianças de 0 a 6 anos como direito que é previstono artigo 208, IV. Ainda, esta produção científica também sevalerá da análise jurisprudencial a fim de atingir seu objetivo:mostrar a efetivação do direito à creche no caso concreto.Os julgados tidos em tela mostram a eficácia dos encami-nhamentos que o Conselho Tutelar faz à Defensoria Públicae à Secretaria de Educação, colocando na realidade factível,portanto, o artigo 3° da Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção Nacional, que em seu inciso I lança ao sistema norma-tivo e social os princípios educacionais – baseados, que são,na “igualdade de condições e permanência na escola”. Porfim, o artigo tem como objetivo central cumprir sua funçãosocial científica de fazer uma visita bibliográfica às principaislegislações que tratam sobre políticas de acesso e perma-nência com relação às creches. Ressaltando-se, para isso, aCarta Magna pátria, a Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Pormeio destes diplomas legais, então, o trabalho visa a mos-trar a atuação do Conselho Tutelar nas políticas públicas deconcretização de direitos das crianças e adolescentes quemister exigem implementação.

* Bolsista BAAE II - UNESP

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Cód. 2111

Crianças, direitos e educação infantil:representações das profissionais das creches

ANDRADE, Lucimary Bernabé Pedrosa de

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ituverava

A história dos dispositivos legais acerca da infância, seusdireitos e sua educação, retrata um percurso histórico mar-cado por programas fragmentados e relações antagônicasentre a assistência e a educação. Desta forma, pode-seobservar no cenário da educação infantil, a presença depolíticas públicas focalizadas, seletivas e compensatórias,expressas pelo número reduzido de creches mantidas pelopoder público; pela predominância de critérios socioeconô-micos; pela exigência do trabalho materno no preenchi-mento de vagas nas instituições; pela indefiniçãoorçamentária, pelos embates nos objetivos pedagógicospropostos, etc. Diante destas argumentações é que se con-sidera importante a discussão a respeito de como os direi-tos da infância estão sendo efetivados no cotidiano dascreches e qual a contribuição dos profissionais que atuamno âmbito destas instituições para a legitimidade da cidada-nia da infância. O presente estudo teve como objetivo anali-sar as concepções sobre os direitos da infânciaapresentadas pelas educadoras das creches e de queforma manifestam esta categoria no discurso e na organiza-ção das práticas institucionais. Como aporte teórico-meto-dológico foi utilizada a teoria das representações sociais e aabordagem qualitativa, que conforme Minayo (1999), é apesquisa que trabalha com o universo de significações,aspirações, crenças, valores e atitudes, contribuindo dessaforma para uma compreensão adequada de certos fenôme-nos sociais de relevância no aspecto subjetivo. Os dados dapesquisa revelaram a necessidade de que seja intensificada

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a luta pelo reconhecimento da condição da criança comosujeito de direitos, em especial à uma educação infantil dequalidade.

Cód. 2136

DEFICIENCIA E ESCOLA: a identificação de valoresdiante da inclusão escolar

ANDRADE, Sheila Mara de*ALVES, Maria Cherubina de Lima

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Esta pesquisa qualitativa objetiva identificar as crenças soci-oculturais dos professores da rede municipal de ensino queinterferem na inclusão de alunos com deficiência. Foram fei-tas oito entrevistas com professores da EMEB Prof. Flores-tan Fernandes e com cinco anos de trabalho, que tenhamalunos incluídos em suas salas. Justifica-se pela necessi-dade de conhecer a dinâmica dos alunos incluídos no sis-tema público educacional. Os resultados permitiramidentificar hipóteses a cerca de valores que interferem notrabalho docente de inclusão.

* Bolsista IC Uni-FACEF

Cód. 2130

O Plano de Mobilização Social pela Educação: oslimites de uma mobilização institucionalizada

ANTONINI, Vanessa Lara

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - UNESP/S. J. RioPreto

Em 2007, com o lançamento do Plano de Desenvolvimentoda Educação (PDE), o Governo Federal assumiu o compro-

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misso de melhorar a qualidade da educação, estabele-cendo convênios diretamente com os municípios, atravésdo Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Aoelaborar um Plano de Ações Articuladas (PAR), todos osmunicípios brasileiros, deveriam traçar as estratégias para aefetivação das Metas desse Compromisso. Dessa forma, aexpectativa era de elevar o Índice de Desenvolvimento daEducação Básica (IDEB) ao nível 6.0, até o ano de 2022.Nota-se que o processo de formulação do PDE representouum rompimento no processo de discussão democrática dosanos de 1980 e 1990, na medida em que não contou com aparticipação da sociedade e dos atores educacionais, sendoassim, a identificação com os seus objetivos ficou compro-metida. Buscando sanar esse problema, o MEC lançou, em2008, o Plano de Mobilização Social pela Educação (PMSE),por meio do qual, a sociedade como um todo é convocadaa participar dos processos educacionais, sobretudo, mobili-zadas a favor da realização das metas do PDE, de certaforma, legitimando tal Plano. Nesse trabalho discute-se amobilização social pretendida pelo MEC, no âmbito doPMSE. Por meio de uma análise teórica, apoiada, sobretudonos estudos de Gohn (2008); Bobbio (et al. 1986) pode-seafirmar que a mobilização social enquanto um processoespontâneo, observada durante a elaboração da Lei deDiretrizes e Bases (LDB) e, posteriormente, do Plano Nacio-nal de Educação (PNE), nos anos de 1990, perde sua essên-cia e dá lugar a uma mobilização restrita no PDE. Nessesentido, prioriza-se o apoio institucional de certos atores(Estados e Municípios) e de alguns segmentos da sociedadecivil ligados às ações educacionais, em sua maioria do setorprivado, como por exemplo, o Movimento Todos pela Edu-cação. Ao mesmo tempo, pode-se afirmar que o PDE confi-gura-se enquanto instrumento de desmobilização social emtorno de objetivos mais amplos, como por exemplo, aobtenção de um consenso em torno da educação, na pers-

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pectiva do aprofundamento da democracia na gestão daeducação e na sociedade brasileira em geral.

Cód. 2002

A importância do trabalho em equipe para ofortalecimento das políticas públicas

educacionais: a perspectiva dos assistentessociais

ARAÚJO, Camila Cristina Carvalho deMORAES, Juliana Cançado

MARTINS, Rosane Aparecida de Sousa

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Os profissionais da educação têm enfrentado desafios coti-dianos, como a precarização do ensino, o desgaste dos pro-fissionais e a baixa valorização, a agudização dasexpressões da questão social, a fragilização dos vínculosfamiliares dentre outros. Neste contexto, a inserção do pro-fissional de Serviço Social pautado em seu projeto éticopolítico profissional e no código de ética pode contribuircom a equipe de profissionais da educação para o desen-volvimento de estratégias de fortalecimento tanto dos pro-fissionais inseridos no cotidiano da escola como também noplanejamento e implantação de propostas de trabalho comênfase na luta pela efetivação dos direitos sociais, na refle-xão critica frente à realidade social, na defesa do aprimora-mento da democracia, na consolidação da cidadania e nocompromisso com a qualidade dos serviços prestados àpopulação. Nesta direção, este trabalho objetiva discutir aimportância do trabalho em equipe, com ênfase na inserçãodo assistente social nas escolas, atuando coletivamente naefetivação das políticas publicas educacionais. A metodolo-gia pautou-se na pesquisa bibliográfica e documental, como

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artigos, livros, dissertações, teses e leis. Dentre as legisla-ções destaca-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação eo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que enfatizano artigo 4º que a educação deve ser uma atividade de res-ponsabilidade do Estado, da família e de toda a sociedade,devendo o cidadão ter acesso a bens e serviços que garan-tam a permanência de crianças e adolescentes nas escolas.Contudo, a permanência de crianças e adolescentes noambiente escolar está diretamente determinada pelasdiversas situações vivenciadas no contexto social, tantopelos alunos como também pelas famílias e pelos próprioseducadores. Tais situações exigem dos profissionais umolhar critico e diferenciado frente a realidade dos alunos,entendendo que o sistema educacional isoladamentetorna-se insuficiente para atender as exigências oriundas dosistema neoliberal e político. Atuar na área de Educaçãoexige que os profissionais assumam o desafio de intervirjunto às famílias, aos educadores, aos alunos e à própriasociedade, sensibilizando-os a participarem das ações edu-cacionais e a construírem uma parceria para a efetivação depolíticas públicas. Para dar conta destas demandas, a inser-ção dos assistentes sociais nas escolas pode representaruma contribuição importante na luta pela ampliação dosespaços de cidadania, informação e efetivação de direitos.

Cód. 2101

A Gramática do português: a língua entre o ensinoe o vestibular

ARAÚJO, Gabriel FriasMARTINO, Vânia de Fatima

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente trabalho tem por objetivo expor uma prática deensino realizada junto ao SEU (Serviço de Extensão Univer-

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sitária – Cursinho UNESP Franca) na área de Língua Portu-guesa. Criado em 1997, por graduandos, e atendendo emtorno de 300 alunos por ano, o SEU é uma ação voluntáriados alunos da UNESP que visa a auxiliar o acesso e a inclu-são de estudantes carentes às universidades públicas emuma dimensão formativa e pedagógica. A partir dessa reali-dade, buscamos tecer reflexões sobre o próprio ensino daGramática, os desafios, as falhas e necessidades envol-vendo o ensino da língua vernácula. O SEU destaca-secomo um espaço aberto a novas possibilidades de ensino eaprendizagem. O ensino da Gramática, contudo, em razãodo pouco tempo, do excessivo conteúdo e do desprestígioda disciplina, mostra-se um grande desafio. A própria abor-dagem da matéria nos vestibulares tem ocasionado um gra-dativo abandono da Gramática Normativa em detrimento deformas alternativas, que, no entanto, muitas vezes enco-brem falhas no ensino do português. Muitos alunos desco-nhecem a nomenclatura gramatical ou sequercompreendem o sentido do aprendizado da língua. Apesardisso, o ensino do Português deve contemplar as múltiplasdimensões da linguagem, em especial a gramatical, ou seja,do estudo sistemático da estrutura da língua. Trata-se, pois,de um conhecimento imprescindível e decisivo, já que, mui-tos dos ingressos na Universidade abandonarão o estudoda própria língua durante suas vidas acadêmicas e profissio-nais, momento que mais precisarão dela. Buscaremos exporuma prática de ensino da Língua Portuguesa que procuracompensar falhas da Educação Básica, deficiências de lin-guagem e de conceitos relativos à Língua Portuguesa,como parte de um profundo processo de inclusão. Ainda,prepará-los para as futuras necessidades do uso da línguano cotidiano acadêmico e aproximá-los do universo dasLetras, despertando neles o interesse pelo seu idioma, nodizer de Fernando Pessoa, uma verdadeira pátria. Assim,quer-se propiciar uma visão mais ampla do fenômeno lin-guístico que lhes dê autonomia de linguagem, de comuni-

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cação e, consequentemente, de pensamento, fazendodeles falantes conscientes da língua e seu valor. Trata-se deum estudo qualitativo alicerçado em fundamentação teóricae bibliográfica que contempla as áreas da Educação, doensino do português e, em especial, de estudos de Gramá-tica, com vistas à construção de um saber amplo, profundoe consistente. Um dos desafios fundamentais consiste emdesmistificar e desconstruir preconceitos e temores que cir-cundam a disciplina para, enfim, construirmos um ensinoreflexivo e crítico da Língua Portuguesa, contemplando seuaspecto conceitual/normativo e ainda, abordando questõesLinguísticas que incentivem a reflexão. Contrapondo a Gra-mática Normativa à Gramática Descritiva, pretende-se fugirde um ensino limitado, apostilado, viciado em regras erecursos mnemônicos de condicionamento para o vestibu-lar. Utilizando também Gramáticas de prestígio, pretende-mos criar um espaço fértil para discussões que os aproximeverdadeiramente da Universidade, acima de tudo, forne-cendo-lhes as chaves que lhes permitirão abrir portas etransitar pelo universo das palavras e das ideias.

Cód. 2075

Integração da educação ao mundo do trabalho,separação e inclusão do ensino profissionalizante

BARBOSA, Aldovano Dantas*DAVID, Célia Maria

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O que define a educação não é aprender, ensinar, pesqui-sar, ser, conviver, entre outros, mas sim estar de acordo comas Leis instituídas pelos poderes legitimados via democra-cia, se elas funcionam, não interessa, pois se alguma institui-ção atingir os resultados propostos nas metas para aeducação, mas não estiverem em consonância com as Leis

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esta será desabilitada. Por consonância se entende profes-sores habilitados: grade curricular, regimento aprovadopelos órgãos competentes do sistema, supervisão do PoderPúblico, este que valida expedindo diplomas. O que carac-teriza a educação são práticas e não os resultados. Maspara estabelecer a divida impagável, vez por outra, osórgãos governamentais pedem resultados e metas, o quenos parece paradoxal. As LDBs disciplinam o funcionamentoeducacional, as leis, de forma geral, são indicativas e nãoresolutivas o que da à lei um caráter imaculado, e ao aplica-dor da lei o caráter pecaminoso, pois não consegue solucio-nar, mesmo amparado por uma diretriz, o problemaeducacional. A educação pode ser considerada de ângulosdiversos, seja como docilização de corpos, como nos apre-senta Foucault, como fábrica de ressentimento, em Nietzs-che, e ainda como forma estruturante para o mundo dotrabalho, nas LDB’s. Em especial o ensino médio será res-ponsável e foco destas implementações, já que é nessemomento que o aluno inicia sua vida profissional, ou emalguns casos regressa a escola para adentrar em outroramo. Este trabalho pretende por meio da análise das leis5692/71 e 9394/96 pensar a instituições das diretrizes quenorteiam o chamado mundo do trabalho na educação, bemcomo pensar a trama educacional para aplicabilidade dasLeis de Diretrizes e Bases para a Educação Brasileira.

* Bolsista CAPES

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Cód. 2027

O Ensino à Distância em Serviço Social: umareflexão da formação profissional a partir da

dimensão ético-política

BARCAROLI, MarluANDRADE, Suzana Batista de

OLIVEIRA, Cirlene Aparecida Hilário da Silva

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este trabalho tem como iniciativa refletir e apontar a formade ensino superior à distância em Serviço Social no Brasil, oqual foi assumido em 1993 pelo MEC (Ministério da Educa-ção) e Ministério das Comunicações. Apresentaremos refle-xões sobre o EaD no Brasil, apontando a conduta deste tipode educação na sociedade, seus limites comparados a deum ensino presencial e como esta educação se reflete navida das pessoas. A Constituição Federal prevê a construçãode “uma sociedade livre, justa e solidária”, o que somente épossível através da educação. Sendo ela um direito detodos, analisaremos de que forma este direito está che-gando às pessoas, inclusive através de órgãos governamen-tais, visando o pleno desenvolvimento da sociedade já queeste seria o objetivo. Questionamos aqui a qualidade destedireito à educação que dá base ao indivíduo social em suaqualificação profissional. Atualmente, torna-se bastantenítida a valorização mais focada em comprovações docu-mentais – no caso, um diploma de conclusão de curso denível superior – sem avaliar a qualidade de atuação do pro-fissional, sem se questionar a qualidade e o processo demercantilização da educação, cada vez mais agravado. Oreconhecimento desta formação profissional no mercadopelos órgãos responsáveis na sociedade e a maior facili-dade de acesso à internet, estimula o aumento pela procurados cursos nesta modalidade. Houve também um grande

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incentivo por parte da LDB (Lei de Diretrizes e Bases daEducação), aprovada em 1996, para o aumento de progra-mas de educação superior à distância. Contudo, o quedeveria ter um caráter de possibilidade pedagógica, nospaíses periféricos tomou um caráter de substituição deensino por tecnologia. “O ensino à distância não permite ainteração humana, fundamental no processo educacional”,diz Francisco Jacó da Silva (representante do ANDES – Sin-dicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior). Discu-tindo esta propagação do EaD a qual ocorre de forma muitoacelerada, apontaremos que este fato exige maior atenção,novas concepções e diferentes propostas com a finalidadede continuar formando profissionais éticos para a atuação,além de discutirmos a democratização preconizada, masnão efetivada. Aquela que serviria de forma igualitária atodos, atendendo com qualidade as demandas. O intuitodesta discussão é apontar a devida ênfase ao EaD em Ser-viço Social, o qual se tornou dominante em uma escala detempo muito pequena, com a finalidade de identificar anecessidade de mudanças nesta modalidade e de se fazerpensar em novas ferramentas e utilização de métodos ino-vadores, objetivando uma formação pública de qualidadepara o profissional em Serviço Social, adquirindo compro-missos ético-políticos para com a sociedade.

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Cód. 2035

A proposta de uma educação libertadora noprocesso ensino-aprendizagem

BASÍLIO, Daniel SilvaGOMES, Nairana Abadia do Nascimento

LIMA, Taffanes RosaFARINELLI, Marta Regina

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O interesse por essa temática surgiu das discussões realiza-das pelo Programa de Educação Tutorial – PET - ServiçoSocial – da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Ube-raba - MG. Este trabalho objetiva discutir as perspectivas deatuação do docente e outras profissões afins na rupturacom uma educação mercadológica e na promoção de umaeducação libertadora, compreendendo o papel social doeducador e considerando a educação uma categoria indis-pensável para mobilização e ação coletiva. Preocupou-nosrefletir sobre o processo de formação profissional dodocente e outros profissionais como Assistentes Sociaisreconhecendo os desafios e possibilidades de se formar um“educador” crítico e dialético. Debater o processo de forma-ção profissional se faz necessário quando consideramosdois importantes eixos temáticos: a educação, enquanto ins-trumento de transformação societária, e o desafio de formarprofissionais críticos e propositivos capazes de estimularemessas transformações. Alguns estudiosos corroboramquando apontam que um dos grandes desafios na contem-poraneidade para os profissionais e pesquisadores em edu-cação é a necessária ruptura com o autoritarismo do capitalnas instituições formais de educação. É necessário: com-preender a educação como uma categoria “mecanicistaconservadora”, da estrutura capitalista; a perda da subjetivi-dade individual do ser social, e de sua capacidade teleoló-

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gica para intervir no mundo histórico-cultural, e a manuten-ção de uma conformidade coletiva, que atende os interes-ses do capital e consequentemente a manutenção daordem. É grande a responsabilidade social do educadorenquanto sujeito difusor de uma educação libertadora, poisesta visa à mobilidade social, fortalecimento da consciênciade classe e a emancipação coletiva. Assim, foi realizadapesquisa bibliográfica com temas relevantes voltados paraeducação, formação profissional, e mobilização, com abor-dagem dialética, crítica e norteada pela perspectiva freirianade educação como prática da liberdade. Dos estudos reali-zados salientamos que foi possível verificar o predomínio nadimensão educativa: de elementos positivistas e conserva-dores, da relação vertical existente entre os atores quecompõem o processo educativo, entretanto reconhecemosque existem ações/programas que caminham na busca poruma educação libertadora. O processo de formação profis-sional dos “educadores” é uma importante etapa para a rup-tura, com a estrutura societária capitalista, considerandoque a mudança de pensamento se efetiva primitivamenteno próprio processo de formação dos educadores, quandoocorre também o movimento de ruptura com o sensocomum e a construção de um conhecimento crítico e dialé-tico.

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Cód. 2041

Educação em direitos humanos: um instrumentopara a efetivação da política de atenção básica

em saúde em Uberaba

BASÍLIO, Daniel SilvaJULIÃO, Cláudia Helena

SEVERINO, Renata RodriguesCOSTA, Tainara Pereira

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Este trabalho se propõe a discutir a educação em direitoshumanos como prática para a efetivação de direitos, comênfase na saúde. O interesse por essa temática surgiudurante as atividades do projeto de extensão em interfacecom a pesquisa “Comunicação, educação e mobilizaçãosocial na saúde: conhecendo recursos efetivando direitos”,realizado por docentes e discentes do curso de ServiçoSocial da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, financi-ado pela FAPEMIG. O referido projeto tem como objetivoconhecer a política de atenção básica em saúde em Ube-raba, fomentando as perspectivas de comunicação, educa-ção popular e mobilização, buscando-se ainda analisarcomo se dá o trabalho em rede e a efetivação do acessoaos serviços de saúde enquanto direito social e dever doEstado. Foi realizada pesquisa bibliográfica e documentalsobre temas voltados para educação em direitos humanos,mobilização social, bem como legislações que regulamen-tam a política de saúde no Brasil, adotando uma abordagemdialética norteada pela teoria social crítica marxiana. Preo-cupou-nos também levantar algumas reflexões sobre o pro-cesso histórico da política de saúde no Brasil, apontando osdesafios e possibilidades da efetivação dos princípios ediretrizes do SUS. Em uma sociedade recém-democráticacomo a brasileira, é importante que os direitos humanos

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sejam estabelecidos como cultura, tendo em vista o pro-cesso sócio-histórico marcado pelo patriarcalismo e sécu-los de escravidão, características estas que alimentam oautoritarismo, a discriminação, a exclusão social, e o precon-ceito presente na atual sociedade brasileira. A educação éuma estratégia para que os direitos humanos passem aconstituir o cotidiano dos sujeitos e se estabelecerem defato como uma cultura, sendo possível assim a reproduçãode crenças, valores, ações, práticas e conhecimentos quepriorizem o ser humano. Nesse sentido, a educação emdireitos humanos caminha na corrente dos princípios e dire-trizes do SUS, haja vista que busca a consolidação dos direi-tos sociais/humanos, e mobiliza o indivíduo para o exercíciode sua cidadania. Através dos estudos realizados foi possí-vel perceber que a educação é um importante instrumentode transformação societária, bem como de mobilizaçãocoletiva e, nesse aspecto, é necessária para que seja esta-belecida uma consciência democrática de luta pela garantiade acesso aos direitos sociais, entre os quais a saúde, àcidadania e ao fortalecimento da democracia.

Cód. 2135

Formação Pedagógica do Professor Universitário:a contribuição da Didática

BERTANHA, PricilaRIBEIRO, Ricardo

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

Historicamente, no contexto da educação superior brasileira(MASETTO, 1998; VASCONCELOS, 1996; PIMENTA e ANAS-TASIOU, 2002), a docência universitária começou a ser dis-cutida e pesquisada a partir das décadas de 1970, 1980, emais intensamente em 1990, momento este, marcado pornormatizações pelo Estado brasileiro (Lei 9394/96; Decreto

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2026/96; Lei n. 10.861/04). Assim, nos últimos anos, adocência na educação superior vem provocando o interessede pesquisadores da área, preocupados com o fortaleci-mento do campo da formação pedagógica dos professoresuniversitários institucionalmente. Muitos autores têm-sededicado ao estudo da docência universitária (formação epolíticas), como Cunha (1998; 2006; 2007; 2010), Masetto(1998; 2003); Castanho (2000); Morosini (2000); Veiga e Cas-tanho (2000); Tardif (2008); Pimenta e Anastasiou (2002;2008), Gomes (2003); Leite (2003); Cachapuz (2009); Franco(2008; 2011); Anastasiou (2009), Almeida (2011); Zabalza(2004), Saviani (2008). O presente trabalho tem como obje-tivo analisar a formação pedagógica do professor universi-tário, a partir da contribuição da didática, tendo comosubsídio o panorama político/educacional internacional enacional. Para essa analise, foi realizada uma pesquisa dotipo bibliográfica quanto ao professor universitário no con-texto brasileiro, bem como as influências das políticas euro-peias e o entendimento das concepções: formaçãopedagógica e didática. Pesquisas brasileiras como, Penin(2001); Pachane (2005); Rodrigues e Mendes sobrinho(2007); Camilo e Ribas (2007); Freitas e Seiffert (2007); Perim(2009); Garcia (2009); Costa (2009); Fschman e Sales (2010);Machado, Martins e Romanowski (2010); Silva e Bertoni(2010); Almeida (2011); Machado e Vieira (2011); Moreno eSonzogno (2011); Oliveira e Vasconcellos (2011); Oro e Bastos(s/d); Camargos (s/d); Favarim (s/d); Pachane (s/d); Silva(s/d); Faria (s/d); Almeida (2012), apontam a contribuição dadidática para o desenvolvimento da prática pedagógica dodocente universitário, tratando da melhoria da qualidade doensino superior; da definição da identidade dos professorese de sua formação, tendo em vista um desempenho deexcelência; da responsabilidade atribuída à pós-graduaçãode formar o docente por meio das disciplinas Metodologiado Ensino Superior e Didática; da concepção da área comouma tecnologia (entendida como saber profissional) direcio-

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nada ao ser e de fazer-se professor; da ética do cuidadocom a educação dos alunos, proposta pela disciplina e final-mente, da urgência da discussão quanto à formação de pro-fessores neste começo de século. Considera-se que aformação pedagógica do professor universitário, permeadapela didática, necessariamente se articula com diversossaberes e áreas de conhecimento, como os das dimensõesprofissional, disciplinar, curricular, da experiência, visandouma educação superior crítica, ética e política, que promovao resgate de uma universidade voltada à construção e con-solidação de uma sociedade mais justa e democrática.

Cód. 2021

Um ambiente facilitador para o desenvolvimentoe a aprendizagem a partir da teoria de Donald

Winnicott

BICHUETTI, Carlos Luís MeloBICHUETTI, Luciana Pontes

Membro da Comunidade

O objetivo do presente trabalho é analisar a importância doambiente no desenvolvimento cognitivo e emocional da cri-ança no contexto escolar, em busca do oferecimento de umambiente facilitador para o desenvolvimento humano, a par-tir da obra de Donald Winnicott. A Educação Infantil é ummomento especial na vida da criança, onde as potencialida-des herdadas geneticamente, tanto para o crescimentocognitivo quanto emocional, precisam encontrar um ambi-ente facilitador que possibilite seu desenvolvimento. A teo-ria de Winnicott nos mostra que um ambiente facilitadorpossibilita à criança expressar melhor seus sentimentos,facilitando seu relacionamento com o mundo à sua volta. Édesse modo que ela encontrará os meios de que necessita

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para aprender, pois a aprendizagem encontra-se direta-mente relacionada com o amadurecimento, não só cogni-tivo mas também emocional. Diante disso, qual seria omelhor ambiente que uma escola poderia oferecer parapossibilitar o desenvolvimento de todo o potencial de umacriança? Qual o papel do educador na construção desseambiente? Sabe-se que no Brasil, as instituições de ensinocumprem um importante papel social, pois é grande onúmero de brasileiros que, por uma questão de sobrevivên-cia, precisam se ausentar de casa o dia todo. Por isso, as ins-tituições que lidam com a educação infantil tornam-sefortes alternativas para garantir a integridade física de mui-tas crianças que necessitam de cuidados enquanto seuspais trabalham. As crianças têm sido inseridas na escolacada vez mais cedo, trazendo a esperança dos pais dessaser a melhor opção. Embora a função de manter a integri-dade física seja fundamental é preciso pensar numa reali-dade de ensino que melhor favoreça o desenvolvimentoinfantil. De acordo com Winnicott, o momento de ir para aescola se associa com a ideia de sair de casa, gerando nacriança expectativas e medos sobre o que a espera. O autorressalta ainda que o ser humano precisa do cuidado e aten-ção de outro ser humano para se desenvolver. Sendo assim,esse estudo adquire fundamental importância na contem-poraneidade, uma vez que a educação infantil tem se inici-ado com bebês de quatro meses, encontrando-se diante deum novo modelo, onde ocorre um contato precoce da cri-ança com o meio escolar. Sendo a escola um ambiente queacolhe crianças das mais variadas idades e que lida comuma diversidade cultural, fica claro a necessidade de sebuscar uma base teórica que possibilite uma maneira delidar melhor com essa multiplicidade. Essa é uma pesquisaqualitativa, de cunho bibliográfico, embasada nas obras deWinnicott. O método a ser empregado terá como base umapostura hermenêutica e dialética, onde as relações entreleitor e texto escrito sejam orientadas para uma interpreta-

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ção segura e profícua. Entendendo-se a hermenêuticacomo a filosofia da interpretação, onde se pode mediar osentido, torna-se justo lançar mão de seus princípios, a fimde facilitar os procedimentos interpretativos, que associa-dos à dialética, permitirão um aprofundamento do tema,visando a busca de um conhecimento mais próximo possí-vel da realidade em torna das questões em estudo.

Cód. 2025

Socialização e aprendizagem em contextoseducativos

BICHUETTI, Carlos Luís MeloBICHUETTI, Luciana Pontes

Membro da Comunidade

O objetivo desse trabalho é conhecer um ambiente educa-tivo, descortinando os desafios do processo ensino-aprendi-zagem em uma instituição pública, através de um trabalhode observação, reflexão, investigação e descrição. O intuitoera desenvolver a capacidade de refletir acerca de tudo quese via e ouvia. A tarefa de saber olhar exige aprimoramentoe treino para ser desprovida de preconceitos, não forçar jul-gamentos ou precipitar um falso saber. As contribuiçõesdesse estudo encontram-se ligadas à necessidade contem-porânea de lidar com os desafios de uma educação voltadapara a formação de cidadãos capazes de dar sua contribui-ção pessoal à sociedade. Mas qual seria o ambiente educa-tivo ideal para isso? Como é um ambiente que possibilitassea educação do homem, desenvolvendo sua capacidade dese relacionar com o mundo à sua volta? A busca dessehomem capaz de lutar pelos seus ideais sem escravizar opróximo, de ser singular sem precisar ferir o diferente, sãometas de todo ambiente que vise à formação do serhumano. Baseado em tal princípio, procurou-se encontrar

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um ambiente educativo em que a vida estivesse em seusmomentos iniciais e em que a mente humana estivesseaberta ao aprendizado. Aceitando tal desafio, escolheu-seuma creche, na esperança de se apreender e crescer noaprendizado, imprescindível ao amadurecimento de todoindivíduo. Segundo Vygotsky (1934), o homem é um ser rela-cional e a origem da inteligência é social, já que o homemdesenvolve seu intelecto a partir da interação com o meioem que vive. Segundo ele, é a partir da socialização que seorigina o desenvolvimento da inteligência, porque toda fun-ção superior sempre aparece primeiro no plano interpes-soal, passando depois ao plano intrapessoal, mediante umprocesso de internalização, em que a linguagem desempe-nha um papel fundamental. No início de desenvolvimento, aconduta da criança e seus processos cognitivos são regula-dos por um adulto ou uma pessoa mais competente e,pouco a pouco, a criança vai sendo capaz de internalizar afunção que esse adulto realiza com ele e regular interna-mente seu comportamento. Dentro dessa concepção sóciohistórica, aparece a noção de zona de desenvolvimento pro-ximal, que se refere à diferença entre o nível das tarefasque a criança pode realizar com a ajuda dos adultos e onível das tarefas que pode realizar independentemente.Assim, em um primeiro momento, a criança realiza certasatividades regulada pelo adulto, e portanto, em um contextointerpsicológico e, posteriormente, internaliza essa atuaçãoe consegue a auto regulação, passando a um contextointrapsicológico. Nos processo de interação que ocorremnestas situações de aprendizagem, esta passagem de regu-lação externa à auto regulação é produzida mediante a lin-guagem interna, o que constitui um avanço nodesenvolvimento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa,investigativa e descritiva onde o ambiente em questão foiestudado através uma experiência de observação. Foramrealizadas visitas diárias periódicas durante um certoespaço de tempo, no período matutino para coleta de

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dados e observação da instituição. Procurou-se levantardocumentos, dados bibliográficos e coletar todas as infor-mações que pudessem contribuir para a pesquisa em ques-tão.

Cód. 1982

História e Literatura: as semelhanças edissemelhanças do fazer do historiador em

relação ao fazer do autor de ficção

BORGES, Donaldo de Assis

Centro Universitário de Franca - Uni-FACEF

Este artigo tem por objetivo geral o estudo das relaçõesexistentes entre História e Literatura, e tem por objetivoespecífico entender as semelhanças e dissemelhançasentre o ofício do historiador e o ofício do autor de ficção. Oofício do historiador, o ato de “fazer história”, reserva para sielementos de análise do passado que tendem a diferenciá--lo do fazer do autor de ficção. Esses elementos de análiseligam-se aos pressupostos da ciência da História, que temna “verdade” o seu princípio fundamental. O historiadorbusca acercar-se dos princípios epistemológicos, conceitose preceitos admitidos pela História, a fim de produzir narrati-vas “verdadeiras” sobre o passado. O autor de ficção produzuma narrativa do não-vivido, instaura o real pelo imaginárionum campo próprio de experiências, sem qualquer compro-misso com a verdade. O problema da verdade é central paradizer sobre as semelhanças e dissemelhanças entre os ofí-cios do historiador e do autor de ficção. O presente artigoaborda esse aspecto diferenciador, analisa aspectos queaproximam estes ofícios, analisa o uso das metáforas, alémde fazer incursões sobre o fazer do historiador a partir daobra literária.

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Cód. 2091

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SERVIÇO SOCIAL: ainterlocução dos dois saberes

BOVO, Lucia Regina Tanaka*GIOMETTI, Analúcia Bueno dos Reis

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este artigo tem como objetivo analisar por meio de umabreve revisão literária a interlocução entre a EducaçãoAmbiental e o Serviço Social, na perspectiva ética-política.Baseando em fatos históricos, conclui-se que a educaçãoAmbiental, é o resultado de uma orientação e articulação dediversas disciplinas e experiências educativas que facilitama percepção integrada do meio ambiente, tornando possíveluma ação mais racional e capaz de responder às necessida-des sociais. O Serviço Social, através de seu projeto ético-político, tem a contribuir para a interlocução dos doissaberes, pois é ele o responsável pela orientação profissio-nal do assistente social.

* Bolsista PROAP - CAPES

Cód. 2020

A questão da sexualidade no cotidiano de umaescola pública: percepções da equipe educativa

BRANCALEONI, Ana Paula LeivarOLIVEIRA, Rosemary Rodrigues de

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A sexualidade é uma dimensão que participa intimamenteda construção identitária dos sujeitos. Constitui-se por com-plexos processos sociais, através dos quais, legitimam-senormas e valores que visam pautar a relação dos sujeitos

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com seus corpos, com o prazer e com os outros. Destaca-seque nossa sociedade alicerça-se na heteronormatividade ebinarismo masculino/feminino na compreensão do gênero.A escola é instituição em que são veiculados os valoreshegemônicos, que reproduzem relações de dominaçãotambém no que se refere ao gênero e à nossa relação coma sexualidade. Contudo, a mesma também pode vir a seconstituir espaço de problematização e ruptura, na medidaem oportunizar a reflexão e clarificação de valores, normase sentimentos. O educador exerce uma função fundamentalseja no processo de manutenção dos valores hegemônicose da legitimação de processos de dominação, seja na possí-vel ruptura com o instituído. Assim, faz-se essencial conhe-cer as compreensões dos professores acerca de temasrelativos à sexualidade, mesmo porque estas conduzemsuas práticas no cotidiano educacional. Diante do exposto, opresente trabalho tem por objetivo analisar a compreensãode um grupo de educadores de uma escola pública acercade temas relativos à sexualidade. Os dados foram coletadosno período, correspondente a um ano, em que foramdesenvolvidas oficinas sobre sexualidade com grupos dealunos, coordenadas por universitários vinculados a um pro-jeto de extensão. O principal instrumento de coleta dedados foi a observação participante.. Constatou-se que oseducadores apresentavam uma compreensão hegemônicaque reduzia sexualidade à pratica do sexo. Apresentavam,dessa forma uma visão biologizante e patologizante acercada mesma. Observou-se também a dificuldade dos profes-sores para trabalhar com o tema no cotidiano escolar. Evita-vam o tema por não se sentirem preparados. Temiam queocorressem situações, diante das quais, não soubessem seposicionar o que permeava, inclusive, a relação estabele-cida com os pais. Diante disso, o grupo de extensionistaspropôs espaços de formação para os educadores, aindaque a demanda dos mesmos era que fossem substituídospelos universitários, no trabalho com questões relativas à

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sexualidade. Os educadores questionavam em que medidaesta seria uma tarefa da escola, visto que compreendiamque a responsabilidade seria da família. Também foi recor-rente a representação de que tratar de temas relativos àsexualidade incita a prática precoce do sexo entre os alu-nos. Dessa forma, compreendiam que havia uma idadecerta, não apenas para a prática sexual, mas para qualquermanifestação de prazer e desejo na relação com os seuscorpos. Avaliavam que alguns alunos eram “avançados”,pois possuíam informações de temas relativos à sexuali-dade antes do tempo adequado para isso, o que certa-mente decorria da configuração da família (desestruturada)em que estavam inseridos. Caso não fossem expostos aesses conhecimentos precocemente, seriam inocentescomo devem ser as crianças. Em suas falas a questão dasexualidade no cotidiano escolar comparecia como “proble-mas que deveriam ser sanados”, dessa forma, algo sempresignificado como ruim. Assim, as atividades de orientaçãosexual eram necessárias para as salas difíceis. Portanto, falarsobre sexo objetivaria conter a prática sexual.

Cód. 2133

Procedimentos pedagógicos no ensinofundamental sobre prevenção de quedas

acidentais: estudo preliminar

BÔAS, Bruna Vilas*GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra Regina

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

Os acidentes infantis constituem um problema de saúdepública mundial, por causar elevada morbimortalidade, comas quedas ocupando lugar de destaque. As Políticas Públi-cas Nacionais estabelecem como fins da educação o pleno

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desenvolvimento do educando. O objetivo desta pesquisafoi realizar um estudo preliminar para avaliar o efeito de doisprocedimentos pedagógicos na aprendizagem de conceitossobre a prevenção de quedas acidentais infantis. A pesquisafoi realizada com duas turmas de quarto ano de uma escolada rede municipal de ensino fundamental de uma cidadelocalizada no interior paulista, com aproximadamente 220mil habitantes. Participaram 50 alunos, sendo 56% do sexomasculino, e um professor que ministrava a disciplina deportuguês em ambas as turmas. Utilizou-se um livro paradi-dático com atividades complementares e um jogo educa-tivo com conteúdos similares ao do livro, bem comoquestionários para o professor e os alunos. As turmas cons-tituíram dois grupos: o grupo do jogo educativo (GJE), com27 alunos, e o grupo do livro paradidático (GLP), com 23 cri-anças. Os alunos dos dois grupos responderam a um ques-tionário em dois momentos, antes e após a realização dasações educativas. O questionário era composto por oitosentenças sobre fatores de risco e proteção para as quedas,no qual as crianças deveriam assinalar o item de “falso”,“verdadeiro” ou “não sei”. Foi aplicado ainda um questionáriode avaliação das ações educativas realizadas para o profes-sor das turmas. Os dados foram tabulados e posteriormenteforam feitas as análises das frequências e porcentagens dasrespostas apresentadas pelos alunos. No grupo do jogoeducativo, no pré teste, o índice de acertos do item “existe orisco da criança tropeçar em brinquedos espalhados pelochão” aumentou de 40,7% para 100% no pós teste. No item“é correto haver proteção ao redor das árvores”, esseaumento foi de 62,9% no pré teste para 100% no pós teste eno item “é incorreto fazer o uso de equipamentos de segu-ranças ao andar de patins, skate ou bicicleta” o aumento foide 29,6% para 100%. Já no grupo do livro paradidático, osmaiores índices de alteração nas respostas corretas foramnos itens: “cair é um acidente”, 30,4% no pré teste para 100%no pós; “existe o risco da criança tropeçar em brinquedos

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espalhados pelo chão”, com um aumento de 34,7% para100%, e “é incorreto fazer o uso de equipamentos de segu-ranças ao andar de patins, skate ou bicicleta”, com 21,7% deacerto no pré teste e 100% no pós. O professor considerousatisfatórias as ações educativas realizadas em ambas asturmas e ofereceu sugestões no questionário aplicado comos alunos, permitindo a melhora do instrumento de coletade dados, assinalando a existência de questões dúbias quepoderiam confundir as crianças. Concluiu-se que os proce-dimentos pedagógicos tiveram boa aceitação por parte dosprofessores, são passíveis de serem utilizados em sala deaula, contribuem para a aprendizagem de conceitos volta-dos para a prevenção de quedas acidentais e são indicadospara realização de estudos futuros.

* Bolsista PIBIC/CNPq

Cód. 2106

Jogos teatrais, educação e redes sociais

CAMELO, Natalia Beloti Dias

Instituto de Artes - UNESP/São Paulo

Este artigo propõe discutir a relação dos jovens nas redessociais e a educação na contemporaneidade analisando ainteração dos alunos nas redes virtuais e apresentandocomo proposta pedagógica a prática de jogos teatrais e suapotencialidade na interação presencial entre os alunos,objetivando oferecer elementos para a construção de umsujeito autônomo crítico. Dialogarei com Spolin, Koudelaque compartilham das potencialidades dos jogos teatrais.Levy e Keen que apresentam visão antagônicas sobre a uti-lização das redes sociais. E Paro e Barbosa contribuindocom plausíveis reflexões a respeito da educação.

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Cód. 2009

Sentido da Certificação do Ensino Médio peloENEM

CAMPOS, Daniela FurtadoTOTI, Frederico Augusto

Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí

A educação básica no Brasil é gratuita e obrigatória aoscidadãos brasileiros. O Estado para verificar a qualidade doensino e o desenvolvimento da educação básica criou avali-ações externas à escola como o Saeb, a Provinha Brasil e oEnem. Atualmente o Enem, além de servir para avaliar oensino médio, passou a servir como certificação de conclu-são do ensino médio. O objetivo é saber dos alunos naregião de Jataí, beneficiados pela certificação de conclusãodo ensino médio pelo Enem, qual é o sentido pessoal e asignificação social dessa certificação para eles, analisandoas respostas à luz da psicologia histórico-cultural e a teoriada atividade proposta por Aleixei Leontiev. A pesquisa équalitativa e o estudo de caso o método para a realizaçãoda pesquisa, e os instrumentos utilizados o questionário e aentrevista. Ao final da pesquisa espera-se uma posição daspessoas certificadas pelo ENEM sobre o sentido dessa novapolítica pública implantada.

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Cód. 2129

Professor-pedagogo: algumas consideraçõeshistóricas em busca de identidade profissional

CARBELLO, Sandra Regina Cassol

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente trabalho traz uma discussão inicial sobre a iden-tidade do professor-pedagogo, denominação dada, noEstado do Paraná, ao profissional que atua na organizaçãodo trabalho pedagógico. A partir da Lei Complementar 103,de 2004, os cargos de especialista em educação que atua-vam na coordenação, direção, supervisão e orientaçãoentraram em extinção e esses profissionais passaram a inte-grar a carreira de professor da rede estadual paranaense.Assim, ainda em 2004, surgiu o primeiro concurso públicopara o cargo de professor-pedagogo, cuja identidade e atu-ação são escopo deste estudo. Buscamos, em uma pers-pectiva histórica, traçar a trajetória profissional e levantarelementos que contribuam para entendermos as mudançase os desafios que cercam esses profissionais da educação.Neste percurso os estudos de Saviani (2002), Ferreira (2002),Hidalgo (1999) Aguiar (1991) Silva Junior (1995) e Romanelli(2001) foram fundamentais. Para fazê-lo, metodologica-mente, optamos por estudo bibliográfico. Num primeiromomento, fizemos a revisão da literatura sobre a temáticaem estudo e recorremos também à legislação para buscardados que nos auxiliem a compor o percurso educacionalque culminou nas mudanças acima anunciadas. As leiturasindicaram que o contexto político influenciou a criação doreferido cargo para a gestão da escola, unificando as açõesde dois profissionais: o orientador e o supervisor educacio-nal. Num segundo momento, focamos o debate sobre aidentidade profissional do professor-pedagogo. Percebe-mos que as questões afetas a identidade, assemelham-se

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às do coordenador pedagógico em outros estados brasilei-ros. Ambos sentem dificuldades na organização do trabalhoescolar, uma das hipóteses elencadas na literatura, paraexplicar as resistências que esses profissionais enfrentam,versa sobre a herança histórica de controle e fiscalização,exercidas pelos supervisores e inspetores escolares, noregime autoritário. Como o professor-pedagogo substitui osupervisor escolar também herda este histórico que dificultaa organização do trabalho coletivo. Tendo a organização dotrabalho pedagógico como fulcro da profissão, percebe-seque a luta pela definição da identidade profissional está sedelineando de forma semelhante com a do coordenadorpedagógico em outros estados, ou seja, constrói-se emmeios aos percalços e a partir de discussões coletivas. Ansi-amos que as questões apresentadas, ainda que de formapreliminar, possam fomentar a interlocução e novos estudosque auxiliem na compreensão da política educacional eorganização da escola pública.

Cód. 2050

As expectativas do assistente social na escolapública vivenciadas no grupo de extensão NEACE

da UNESP Franca

CARVALHO, Karina Françoso deNUNES, Susamara Pereira

FONSECA, Genaro Alvarenga

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Esse trabalho tem como objetivo descrever as atividades deextensão realizadas pelo Núcleo de Estudos e Ações Edu-cacionais - NEACE da UNESP/Franca, o qual tem como fun-damento teórico a concepção da educação na perspectivacrítica e emancipatória. O grupo de extensão trabalha com a

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perspectiva de articulação entre ensino, pesquisa e exten-são e desde 2010 vem realizando atividades socioeducati-vas em escolas públicas do município. O grupo apresentauma perspectiva de trabalho interdisciplinar, formado porestudantes dos cursos de História e Serviço Social. Tal expe-riência vem se concretizando com alunos da 6ª ano doensino fundamental e também com alunos do último anodo Ensino Médio, proporcionando uma visão mais ampla daeducação pública. Importantes conquistas em termos legaispermitiram à criança a efetivação de seus direitos, a partirda Constituição Federal de 1988, da vigência do Estatuto daCriança e do Adolescente – ECA/90 e também da Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/96; porémmuitas vezes esses dispositivos não se concretizam na prá-tica distanciando o discurso teórico da realidade. As ativida-des do grupo possibilitam aos estudantes uma forma deconhecer as principais manifestações da questão social nointerior das escolas materializando assim, atividades direcio-nadas ao desenvolvimento da cidadania, emancipaçãohumana, ética, fortalecimento de vínculos, direitos e deve-res dos sujeitos sociais. O Serviço Social no âmbito escolarapresenta-se como um instrumento de fomentação, capazde problematizar e socializar o conhecimento acerca darealidade cultural, econômica, política e social imersa nessecotidiano. Os estudos desenvolvidos pelo grupo abarcam areflexão sobre a concepção de educação e os fundamentosteóricos e jurídicos da política de Educação brasileira. Nestaperspectiva destaca-se o trabalho do assistente social noâmbito das políticas públicas destacando, desta forma osignificado da sua contribuição na luta pela educação comodireito social. Com os resultados do trabalho obtêm-seinformações relativas à atuação do Assistente Social naperspectiva dos sujeitos usuários, e também informaçõessobre o paradoxo de crianças com direitos garantidos e ocontexto de múltiplas carências da realidade que se inse-rem.

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Cód. 2134

Discussões sobre questões essenciais de gênero:experiência com jovens do curso pré-vestibular no

Instituto Práxis de Educação e Cultura

COLOMBAROLI, Ana Carolina Morais*MARTINO, Vânia de Fatima

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

São evidentes as transformações profundas e frenéticas porque passa o mundo atual, está em curso uma revoluçãoglobal no modo de pensar a si mesmo, assim como nomodo de estabelecermos laços e ligações com outras pes-soas. Dentre todas as mudanças em curso, uma das maissignificativas é aquela que afeta o âmbito pessoal – a famí-lia, a sexualidade e os relacionamentos. Em praticamentetodo o globo desenrolam-se discussões acerca da igual-dade sexual. Entretanto, a questão de gênero apresenta-semuito complexa, histórica e profundamente enraizada, vezque, ainda que em diferentes graus de complexidade, é uni-versal a subordinação feminina nos âmbitos da sexualidade,da afetividade, da economia, do trabalho e da política. Osjovens de ambos os sexos, num período de transição comotal, entre o continuísmo e a transformação, apresentam anecessidade de um referencial teórico que os leve a refletirsobre as relações entre o masculino e o feminino, questio-nar os diversos discursos construídos pelo masculino dodecorrer da história. OBJETIVO: O presente trabalho tem porobjetivo apresentar um relato de experiência obtida a partirde uma oficina envolvendo temáticas de gênero, especifica-mente a questão da mulher, desenvolvidas junto a umgrupo de adolescentes e jovens adultos do curso pré-vesti-bular no IPRA – Instituto Práxis de Ensino e Cultura. METO-DOLOGIA: Tendo em vista que alunos do ensinopré-vestibular têm uma carga de estudos vasta e muito

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específica, optou-se por organizar os conteúdos da oficina apartir de ideias por eles pré-estabelecidas, para que, numsegundo momento, novos conceitos e informações fossemapresentados no decorrer das discussões. Para nortear aoficina, foi utilizado o referencial teórico estabelecido naobra “A mulher brasileira nos espaços público e privado”, devários, autores que permite analisar temas como violênciade gênero, sexualidade, saúde da mulher, visibilidade dasmulheres negras, trabalho remunerado e não remunerado,democracia e política, o feminismo e o machismo na per-cepção das mulheres brasileiras, dentre outros. RESULTA-DOS E CONCLUSÕES: Durante a realização da oficina, foipossível perceber que, ao inserir a temática de gênero juntoa adolescentes e jovens adultos, estimula-se a confrontaçãocom as concepções machistas historicamente arraigadas,com as contradições acerca da pretensa liberdade damulher no século XXI e a realidade ainda muito desigual,com seus próprios preconceitos e atitudes. Entretanto,numa leitura otimista da tendência contemporânea, vis-lumbra-se uma sociedade que se feminiliza e caminha,cada vez mais, para a emancipação da mulher.

* Bolsista FAPESP

Cód. 2112

Desvalorização do ofício docente: dos tabussexuais ao desprestígio social

CÂMARA, Rodrigo Siqueira*FRANCISCATTI, Kety Valéria Simões

Universidade Federal de São João del Rei

Este trabalho parte do projeto de pesquisa “Formação Cul-tural e professores: a interdição dos tabus e a dissociaçãoentre razão e emoção” desenvolvido em nível de iniciaçãocientífica (PIBIC/CNPQ/UFSJ). Esta investigação teve como

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objeto de estudo os tabus que recaem sobre o ofício domagistério, ofício este, que em nossa sociedade se caracte-riza por um processo histórico de desvalorização, tanto eco-nômica como de prestígio social. Para subsidiar odesenvolvimento desta pesquisa teórica recorreu-se às for-mulações dos filósofos da Teoria Crítica da Sociedade, maisespecificamente às contribuições de Theodor W. Adorno noconjunto de sua obra, porém com um foco de análise maisdetalhada para alguns textos principais que permitiram areflexão sobre o problema de pesquisa e que compuseramo corpus teórico da investigação. Estes textos são: “Tabusque pairam sobre a profissão de ensinar” (1965/1995); “LosTabus Sexuales y el Derecho Hoy” (1963/1969); “Teoria daSemicultura” (1959/1996) além dos textos que estão reuni-dos no livro “Educação e Emancipação”, publicado postu-mamente, e que reúnem um conjunto de textos e deentrevistas de Adorno a respeito de problemas ligados àeducação. Para Adorno (1963/1969) o progresso da socie-dade tem sido, no curso de sua história, o progresso dadominação; para tanto, esta tem tido como base a repres-são sexual, repressão esta que no interior da sociedade seperpetua na forma dos tabus sexuais. Os tabus que recaemsobre a profissão de professor se sustentam nos tabussexuais que perduram, e que no último século se intensifi-caram, como decorrência de mudanças sociais e econômi-cas . Neste sentido, esta investigação teve como objetivocompreender o papel do professor enquanto mediador daformação cultural confrontado com o progresso da domina-ção e consequente intensificação dos tabus sexuais. Para opresente trabalho foram consideradas as proposições bási-cas do projeto de pesquisa, a partir das quais pode seentender a ideia de educação para Adorno, bem como asformulações que possibilitam a reflexão dos tabus acercado magistério; foram considerados, também, para a confec-ção deste trabalho, os elementos principais que surgiram apartir da análise e reflexão sobre os textos supracitados e

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que constituem um panorama geral dos resultados obtidospor esta investigação. Os resultados da pesquisa apontamque a dominação se processa em três níveis: dominaçãointerna, externa, e dos homens sobre os outros homens;assim, essas três formas de dominação, que se configuramna sociedade, e, por conseguinte, no interior da escola, con-tribuem para a manutenção dos tabus em relação aos pro-fessores e, em consequência, para a desvalorização doofício docente.

* Bolsista PIBIC/CNPq

Cód. 2119

Formação de Professores: perspectivas a partir doPARFOR

D'ÁGUA, Solange Vera Nunes de LimaMARTINS, Tabata Julia Soares

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

As questões relacionadas à formação de professores têmocupado espaço nas políticas públicas do Brasil. Primeira-mente influenciadas pelas políticas neoliberais, contandocom o incentivo do Banco Mundial a partir dos anos 90, ini-ciaram-se, no país, processos de formação planejados poresses organismos e que tinham como objetivo a padroniza-ção e a uniformização de comportamentos. Para esseintento, partia-se da premissa de que multiplicadores é quedeveriam, mediante um suposto processo formativo, repro-duzir em escala os conhecimentos e práticas adquiridos.Tais pressupostos refletiam ideais neoliberais e atendiam àspráticas de descentralização e redução de gastos por partedo governo. Com o advento da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional –n.º 9394/96, a formação de professo-res da Educação Básica enseja novas perspectivas, que,com o passar dos anos e a partir das mudanças políticas

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ocorridas no país, vêm paulatinamente delineando novosrumos aos processos formativos de profissionais da educa-ção. A exemplo desta nova configuração, foi instituído, em2009, o decreto n.º 6.755, que explicita a Política Nacional deFormação de Profissionais do Magistério da EducaçãoBásica e o Plano Nacional de Formação de Professores(PARFOR). Tais encaminhamentos têm como escopo promo-ver a formação inicial e continuada, agora mediante novasconfigurações. A presente pesquisa foi realizada comalunos-professores que participam do PARFOR presencial,na UNESP, Câmpus de São José do Rio Preto/SP, na forma-ção em Pedagogia, e já atuam na educação básica, tendo,como objetivo, discutir quais as concepções e expectativasque esses profissionais trazem ao iniciar essa formação,levando em consideração a prática desenvolvida em suasrespectivas instituições escolares. Para a fundamentaçãoteórica do trabalho, optou-se por autores como: Imbernón(2000, 2010), Tardif (2012), Schön (1992), entre outros, quediscutem tanto a formação inicial como a formação continu-ada como formas imprescindíveis à profissionalizaçãodocente, ratificando, ainda, a importância da ação-reflexão-ação nos processos que envolvem tanto o ensino como aaprendizagem. Para a consecução do trabalho, foi elabo-rado um questionário qualitativo e quantitativo com a finali-dade de traçar o perfil desse profissional e,concomitantemente, investigar quais foram as motivações eexpectativas ao buscarem a formação docente e profissio-nal em uma Universidade. Participaram da pesquisa trezealunos, que atuam na rede pública de ensino dos municí-pios próximos a São José do Rio Preto/SP. A partir das res-postas emitidas, foi realizada uma reorganização dessas pormeio do método de categorização, perfazendo uma classifi-cação e agregação do material. Os dados indicam, entreoutros aspectos, elevada expectativa que os alunos credi-tam ao processo formativo proveniente da Universidade, e a

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busca de qualificação para atuarem com mais segurança naEducação Básica, especialmente no Ensino Fundamental.

Cód. 2064

"Eu e o mundo: reflexões sobre globalização eeconomia internacional para o ensino

fundamental”

DELATORRE, Raquel Helene Salvato*GIACOMO, Gabriela Scarpari de

KANAS, Giovanna de OliveiraPAVARINA, Paula Regina de Jesus Pinsetta

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A globalização é um termo muito utilizado para exemplificaro atual contexto social e econômico mundial, contudo amaioria da população participa desse processo sem aomenos compreender quais são as origens e consequênciasdesse fenômeno. Dado seu caráter multidimensional e suaalta relevância na contemporaneidade, o núcleo de ensinode economia internacional da UNESP Franca, composto porestudantes do curso de Relações Internacionais e coorde-nado pela Prof.Drª. Paula Regina Pavarina, formada em Eco-nomia e especializada em Economia Aplicada, foca nessatemática para ministrar aulas semanalmente na Escola Esta-dual Ângelo Scarabucci para as salas de aula da 8º série/9º ano, o que da ao grupo um caráter “economicista”. Osobjetivos do projeto buscam informar e conscientizar alunosda rede pública de ensino sobre a importância da com-preensão do ambiente globalizado em que vivemos, alémde também ampliar a percepção dos aspectos econômicos,propondo reflexões com relação a situações de escolha edecisão frente a contextos econômicos e financeiros inter-dependentes, promovendo e facilitando ambientes de

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aprendizado condizentes com situações e vivências das cri-anças, nos quais a reflexão sobre as atividades econômicasse fazem presente, ainda que maneira indireta e lúdica. Demaneira geral pretende-se proporcionar aos alunos daescola pública reflexões bem fundamentadas sobre a glo-balização, que tangem as noções básicas da economiainternacional, tais como balança comercial, câmbio, bolsade valores, inflação entre outros. A economia francana,grande exportadora do setor coureiro-calçadista, é a refe-rência inicial para a compreensão dos encadeamentos eco-nômicos, comercias e da própriainterdependência-financeira, reforçando a relação local-global e também a ideia de que “somos diferentes”, mas“vivemos em um mesmo mundo”. Com fins didáticos, foramrealizadas três subdivisões temáticas, que são a importânciado comércio internacional, a internacionalização de empre-sas e a internacionalização financeira. As aulas se mesclamentre expositivas e participativas, além da realização dedinâmicas à fim de construir coletivamente o conhecimento.

* Bolsista Bolsas Prograd-UNESP

Cód. 2062

A ponte da mudança entre professor e aluno

DIAS, Gabriela Amaral*FONSECA, Genaro Alvarenga

MORAES, Mayara Aparecida de

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O grupo de extensão GINGA (Grupo de Incentivo à Educa-ção e ao Esporte) possibilita visões alternativas para osjovens estudantes da UNESP Franca e para as criançasmoradoras do bairro Vila São Sebastião da cidade deFranca, com que o grupo trabalha. Tendo como referênciaos autores Paulo Freire, Rubem Alves, José Pacheco e

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exemplos como a Escola da Ponte e Summerhill, onde, usu-fruindo de suas pedagogias e metodologias, tem alcançadodesenvolvimento tanto acadêmico, como psicológico esocial das crianças, através de ludicidade, horizontalismo eamizade. Deste modo, o GINGA busca um alinhamentometodológico com a Escola da Ponte, localizada em Portu-gal, a qual trouxe grande encanto para Rubem Alves, aoponto de considerá-la como “A escola com que sempresonhamos”. Assim como a Escola da Ponte, as práticaspedagógicas do GINGA procuram utilizar uma metodologiaanáloga, onde se preserve a horizontalidade em todos osmomentos. Nos trabalhos desenvolvidos não se aplica adivisão de idade entre as crianças, mesmo em tarefas maiscomplexas visando assim uma maior aproximação entreelas. Institui-se inclusive o tratamento entre alunos e profes-sores por “apelidos” para gerar um ambiente de descontra-ção e amizade. Todas as atividades desenvolvidastentam-se focar em atividades lúdicas, em que associem arealidade vivenciada pelas crianças, fundindo diversas“matérias” em um mesmo contexto. O momento da práticaesportiva decorre depois das atividades escolares propria-mente ditas e é normalmente ligada com o trabalho emequipe, visando criar uma noção de cooperatividade e nãode competitividade. Porém, os impactos do trabalho reali-zado não são apenas constatados nas crianças, mas tam-bém em diversos âmbitos, observando-se que as primeirasmudanças partem dos educadores, porquanto, os universi-tários – às vezes alunos, às vezes professores – que che-gam receosos no grupo, fruto da cegueira resultante daescolarização e da educação de cursinhos pré-vestibularesque foram submetidos, concentrando-se na obrigação deserem aprovados e perdendo o prazer de aprender, comorevela Rubem Alves. Porém, em contraponto à essa massifi-cação, as mudanças são de imediato nos jovens professo-res, quando ingressam no GINGA. É nítido como o gruporesgata o lado criança que adormece em cada um e com

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isso, valores e experiências antigas que também foramguardados no esquecimento. A vontade de repassar essasexperiências e lembranças é também notável entre os edu-cadores. Têm-se, como experiência no grupo, confrontos devivências de época, pois muito do que agradou e marcou ainfância dos jovens estudantes extensionistas, já não agra-dam mais as crianças atendidas pelo grupo, mesmo que adiferença de idade entre educandos e educadores não sejatão dilatada. Deste modo, assim como a Escola da Ponte, oGINGA se “reinventa” sempre, suas práticas tem geradograndes marcas na vida das crianças da Vila São Sebastião,amenizando suas necessidades emocionais, afetivas e tam-bém escolares. A participação no grupo têm, ao longo dotempo, tirado também a cegueira e dado a oportunidadeaos jovens professores de verem o mundo com olhos maisinocentes e mais esperançosos novamente.

* Bolsista BAAE II

Cód. 2145

MÚLTIPLAS PERCEPÇÕES SOBRE A ARTE: ohomem e as várias leituras sobre o mundo:

questões de formação e transformação

DIOGO, Brendon de AlcantaraSILVA, Carine Saraiva Corrêa Mengel

LIMA, Lucas CruvinelOLIVEIRA, Sheila Fernandes Pimenta e

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

O objetivo do presente artigo é verificar como os represen-tantes das diversas áreas culturais da cidade de Franca/SPdestacam a relevância da arte para modificar a visão demundo dos indivíduos que com ela têm contato. A metodo-logia do trabalho está dividida em duas partes: inicialmente,uma pesquisa bibliográfica que trata das questões de edu-

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cação e suas maneiras de formar integralmente o indivíduo.Para isto, apresentamos os preceitos de Paulo Freire (1987)e Anísio Teixeira (1969). Para tratar do dialogo entre a educa-ção e a arte, é feito um estudo sobre a história da arte, utili-zando conceitos de estudiosos e teóricos como Gombrich(1995), Duarte Júnior e Pavis (2005). A partir dos expostosdepoimentos, dados pelos representantes áreas culturaisda cidade de Franca/SP, observamos que estamos diantede um questionamento: como fica o ensino na arte dianteda impossibilidade de acesso a cultura? E qual é a impor-tância da arte quando falamos de formação e transforma-ção.

Cód. 2074

VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO: uma reflexão necessária

DIOGO, Marília Borges*DAVID, Célia Maria

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A pesquisa trata sobre uma temática que está na mídia nosúltimos anos – a violência na escola. O objetivo da pesquisaé compreender através de um estudo histórico como se dáa violência em na sociedade contemporânea e como essaviolência invade a escola, e atinge nossas crianças e adoles-centes de formas variadas. A violência não é um fenômenonovo, ao contrário esteve sempre presente em nossa socie-dade desde os primórdios da história. Porém as relaçõessociais à que estamos condicionados no o sistema socialcontemporâneo evidenciam ainda mais essa violência, queaparece de diferentes formas, causando impacto nos notici-ários e adentrando ao imaginário das pessoas de forma queessas passam a viver com medo, e o Estado se vê cobrado,a tomar alguma atitude em relação à tamanha violência. Noentanto, são poucas as políticas públicas que intencionam

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extinguir a violência, são apenas ações focalizadas, típicasdo neoliberalismo, que atacam as aparências e não a causa.Na educação brasileira a violência está presente desde operíodo colonial, no início essa violência era normatizada ese dava em forma de repressões e punições às indisciplinasna sala de aula. A disciplina sempre esteve ligada à quali-dade da educação e por muitas anos, os castigos físicosforam aceitos como forma de punir essa indisciplina. Apesardas leis terem acabado com os castigos físicos, a disciplinarígida ainda é cobrada dentro das unidades escolares, masesta vem perdendo espaço quando vemos descortinar asmuitas violências presente nas escolas. A violência naescola, tanto deriva da violência social, como de ações quesurgem do ambiente pedagógico, pois vivemos numa soci-edade que exerce sobre nos o poder de dominação eopressão. Essa violência que invadiu as instâncias escolaresexige uma nova forma de educação, uma educação de con-quistas, de liberdade e autonomia para tornar o individuocompetente para resolver as dificuldades reais do dia-dia.Formar homens sujeitos ativos. Educar para a compreensão,tanto a compreensão da realidade, sem máscaras, maquia-gens ou ideologias, como a compreensão do ser humano ecompreensão do outro, para que possamos viver harmonio-samente, apesar da adversidade da vida. Com uma educa-ção assim seria possível proporcionar muitas oportunidadesà sociedade, e dar início de uma transformação social. Umaeducação que trabalhe as relações interpessoais, na inten-ção de fortalecer a relação escola-família-comunidade.Para alcançar o objetivo da pesquisa, partiu-se de umaapreensão do material bibliográfico e documental existentesobre essa temática, para compreender melhor o objeto aser estudado, e traçar seu percurso histórico.

* Bolsista Capes - mestrado

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Cód. 2000

Ensino curricular das disciplinas de conteúdohistórico na formação do acadêmico do Direito

DONADELI, Paulo Henrique MiottoCANAVEZ, Luciana Lopes

Centro Universitário UniSEB

O presente artigo analisou os currículos de alguns Cursosde Direito do Estado de São Paulo, previamente seleciona-dos entre instituições públicas e privadas, com base no cri-tério de qualidade do ensino superior, de acordo com a 4ªedição do "Selo OAB Recomenda", concedido pela Ordemdos Advogados do Brasil às Faculdades de Direito com bomíndice de aprovação no Exame de Ordem. Foram analisadasas matrizes curriculares dos Cursos de Direito das Institui-ções: Centro Universitário UNISEB; Escola de Direito de SãoPaulo da FGV; Faculdade de Ciências Econômicas de Cam-pinas FACAMP; Faculdade de Direito de Franca; Faculdadede Direito de São Bernardo do Campo; Faculdade de Direitode Sorocaba; Faculdade de Direito Professor Damásio deJesus; Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo dePresidente Prudente; Pontifícia Universidade Católica deCampinas PUCAMP; Pontifícia Universidade Católica de SãoPaulo PUCSP; Universidade de São Paulo USP; UniversidadeEstadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP; Universi-dade Presbiteriana Mackenzie. A análise visou verificar quaiscurrículos contemplam as disciplinas: História do Direito,Direito Romano ou História do Pensamento Jurídico. As dire-trizes curriculares nacionais do curso de graduação emDireito estabelece que o projeto pedagógico e sua organi-zação curricular devem prever um eixo de formação funda-mental, visando construir relações do Direito com outrasáreas do saber, abrangendo dentre outros, estudos queenvolvam conteúdos de História. Esse eixo tem por objetivo

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a formação interdisciplinar do acadêmico do Direito, mos-trando que o ordenamento jurídico é um conjunto de leisfruto da sociedade ao longo da história. Dos cursos analisa-dos apenas 3 não mencionam especificamente estas disci-plinas em suas matrizes curriculares, o que corresponde a23%. A média de carga horária dessas disciplinas é de 76horas aulas. Mais do que comparar os dados, ementa, con-teúdo e bibliografia, o intuito desta pesquisa foi refletir emostrar a importância das disciplinas de conteúdo históricona formação do conhecimento do acadêmico, para enten-der, interpretar e aplicar o Direito na sociedade contem-porânea. As disciplinas História do Direito, Direito Romanoou História do Pensamento Jurídico precisam estimular umareflexão crítica dos institutos jurídicos, respondendo indaga-ções acerca de sua finalidade, sentido e razões, entendendosuas transformações e suas novas dimensões no contextoatual. Parte-se do pressuposto que o acadêmico do Direitocom formação histórica têm melhores condições de argu-mentação e persuasão nas teses jurídicas. A grande questãoé investigar se existe uma correlação entre currículos quevalorizam a formação fundamental com o nível de aprova-ção no Exame de Ordem. O presente artigo utilizou dométodo comparativo para fazer as interfaces das fontesselecionadas, empregando uma análise estatística e qualita-tiva dos dados coletados.

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Cód. 2044

Políticas Públicas para idosos: Concepções deidosos de uma universidade aberta da terceira

idade, UNATI UNESP Marília

DÁTILO, Gilsenir Maria Prevelato de Almeida*

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

Envelhecer faz parte do caminho natural do ser humano.Envelhecer também é sinônimo de ganho contínuo deexperiência. Envelhecer, sobretudo na nossa cultura, infeliz-mente, também pode ser sinônimo de exclusão, mas não noque se refere à Universidade Aberta à Terceira Idade UNATIde Marília SP, que tem como principal objetivo a integraçãosocial mediante o convívio no meio universitário, transfor-mando as experiências e conhecimentos em qualidade devida num aprendizado constante. Este artigo tem comoobjetivo relatar uma investigação dos motivos atribuídossobre a importância de um idoso frequentar uma Universi-dade Aberta da Terceira Idade na visão dos idosos que afrequentam, identificar o perfil do aluno idoso da UNATI noque se refere a seus dados sociodemográficos incluindoidade, sexo, estado civil, escolaridade, renda, situação demoradia, ocupação anterior e tempo de participação no pro-jeto, contribuir para a compreensão da importância de políti-cas públicas como a UNATI nos processos deenvelhecimento saudável segundo a concepção dos idososque a frequentam. Foi utilizada como base teórica Guerra eCaldas (2010), Neri (1999, 2005), Fenalti e Schwartz (2003),Irigaray e Scheider (2008) entre outros. A amostra foi com-posta por 52 idosos e o método amostral foi o de conveni-ência. As questões abertas do questionário foram analisadasmediante o método de análise de conteúdo (Bardin, 2010).Adotou-se o critério semântico para a identificação de cate-gorias temáticas, baseadas no agrupamento de elementos

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de significados mais próximos, que compunham as respos-tas das participantes. Os resultados demonstraram que amaior importância atribuída pelos idosos para a participaçãofoi obter maiores conhecimentos, seguido de conhecernovas pessoas e fazer novos amigos, exercitar a memória,ocupar de forma saudável e interessante seu tempo livre emelhorar a qualidade de vida. A participação dos idososocasionou possibilidades de fazer novos amigos, melhorada depressão e motivação para adquirir novos conhecimen-tos. Conclui-se que as Universidades Abertas da TerceiraIdade podem contribuir para a melhora da qualidade devida principalmente no que se refere ao convívio social e aoaspecto cognitivo.

* Bolsista PIBIC - IC SEM BOLSA

Cód. 2117

DESCENTRALIZAÇÃO CURRICULAR: análise daProposta Curricular do Estado de São Paulo

ETELVINO, Josiane PaulaSIMINI, Danilo Garnica

ROSSO, Priscila FreiresLAISNER, Regina Claudia

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este artigo tem o objetivo de apresentar uma reflexão sobrea descentralização curricular em âmbito estadual, utilizandocomo objeto de estudo a Proposta Curricular do Estado deSão Paulo que foi elaborada e implementada em 2008 pelaSecretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEESP). Aaplicação da proposta é embasada em práticas de forma-ção dos professores e principalmente na distribuição dematerial didático feito pelo próprio governo a todos osenvolvidos no processo educacional: gestores (diretores ecoordenadores pedagógicos), professores e alunos. O prin-

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cipal questionamento deste artigo é saber se a PropostaCurricular do Estado de São Paulo consegue responder aosobjetivos e metas nacionais, às exigências de organismosinternacionais e se os conteúdos vão ao encontro daquelespropostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs.Este questionamento revela desdobramentos e consequên-cias com relação à funcionalidade didática da aplicação daproposta curricular e também quanto ao embasamento eamparo legal para tanto que, por sua vez, tem um plano defundo político em âmbito nacional e internacional que inter-fere na maneira como foi composta essa proposta.

Cód. 2029

Intervenção Grupal no Contexto Escolar Público:desenvolvendo potencialidades em crianças

FERREIRA, Gabriela CarrijoTAVARES, Monique Guilherme

FARIA, Caroline de SouzaRIBEIRO, Daniela de Figueiredo

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A atuação da Psicologia no contexto escolar tem comoobjetivo ajudar os alunos que apresentam dificuldades deaprendizagem e comportamento, a serem vistos com umolhar diferenciado, superando os estigmas aos quais estãosubmetidos. Sendo assim, é necessário valorizar e conside-rar as relações e os vários contextos nos quais a criançaestá inserida, e que podem contribuir para o surgimentodesses problemas. Com isso, estagiárias do sétimo semes-tre do curso de Psicologia do Centro Universitário deFranca, Uni-FACEF, realizaram uma intervenção em umaescola pública do município de Franca - SP, com o objetivode potencializar suas habilidades e "descristalizar" estigmase estereótipos limitadores, construídos tanto na escola

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como na família. Foram realizadas observações em sala deaula, visitas e atendimentos domiciliares, coleta de dadoscom professores e atendimentos em grupo com criançasdo 2° e 3°ano do ensino fundamental. Utilizamos comometodologia de intervenção, o psicodrama, como umaforma de trabalho grupal em que a representação dramá-tica é usada com uma forma de explorar a psique humana,trabalhando os vínculos e a inserção social. Como resulta-dos, observamos potencialidades nas crianças que preci-sam ser valorizadas, apesar da resistência de participaçãono processo tanto de professores quanto de familiares.

Cód. 2055

A GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS PARA AESCOLA INCLUSIVA: um estudo de caso

comparativo entre uma escola pública municipal euma escola pública estadual

FERREIRA, Gabriela SilvaALVES, André Luis Centofante

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Estimada em 45.606.048, as demandas portadoras de defi-ciências no Brasil têm garantia constitucional para receberatendimento educacional especializado. Neste contexto, aEscola Inclusiva desenvolve importante papel educacional,influenciando diretamente na perspectiva de vida dos brasi-leiros que apresentam deficiências: física, mental, múltipla,visual, auditiva, dentre outras. E para que ela atinja seusobjetivos, além da necessidade de contínua formação eespecialização de todos os profissionais envolvidos na inclu-são, torna-se vetor a efetivação de gestão profissional derecursos humanos, com o intuito de proporcionar aos alunosEducação Especial com qualidade. Desta forma, por meio

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de estudo de caso comparativo, o presente artigo objetivaapresentar o processo de gestão dos recursos humanos deuma Escola Pública do Município de Franca/SP e de umaEscola Pública do Estado de São Paulo, localizada namesma cidade, visando responder ao seguinte questiona-mento: os funcionários envolvidos estão aptos ao atendi-mento de alunos com necessidades educacionaisespeciais?

Cód. 2107

Pierre Bourdieu: um olhar sobre sua trajetória e ateoria da violência simbólica apresentada na obra

“A Reprodução”

FERREIRA, Indiara

Universidade de Uberaba - Uniube

Este trabalho traz uma análise bibliográfica com ênfase paraum recorte da vida e da obra sociológica de Pierre Bourdieu.Objetivamos compreender detalhes da trajetória de vida doautor e refletir sobre seus conceitos relacionados à violênciasimbólica. Como autores de referência, além de Bourdieu ePasseron (1982), apresentamos Martins (2002), Nogueira eNogueira (2012) e Vasconcellos (2012). A primeira parte dotrabalho apresenta um breve relato da trajetória do filósofoe sociólogo francês e relaciona sua história com o desen-volvimento de seu pensamento até a publicação da obra Areprodução: elementos para uma teoria do sistema deensino, elaborada em coautoria com o também sociólogoJean-Claude Passeron. Interessa-se compreender qual con-texto influenciou o catedrático em sociologia pelo Colègede France, cuja vida atravessou boa parte do século XX, ouseja, de 1930 a 2002. Busca-se perceber de que forma suahistória pessoal e as obras de outros pensadores o instiga-

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ram, a fim de que percebesse que as relações de força dosagentes sociais impactam nas relações de sentido, emespecial, descritos na obra A reprodução. Partiu-se do prin-cípio de que, desde sua primeira publicação dedicada àeducação, Leshéritiers, datada de 1964, passaram-se 48anos, e sua interpretação sociológica da educação é, até osdias atuais, uma referência pujante, viva. Com suas interpre-tações, ele propôs que o sucesso escolar é condicionado àorigem social dos alunos, ou seja, tornou-se pioneiro aorevelar que os mecanismos cognitivos sempre estiveramligados às condições sociais. A segunda parte deste traba-lho consiste em uma reflexão dos conceitos formulados porBourdieu relacionados à violência simbólica. Para ele, todaação pedagógica é objetivamente uma violência simbólicaenquanto imposição de um poder arbitrário. Este poderestaria atribuído à cultura dominante como referência decultura geral. Bourdieu e Passeron propõem que a reprodu-ção dessa estrutura de relações de poder na escola faz comque os indivíduos menos favorecidos percam suas identida-des pessoais e suas referências, tornando-os, assim, fracos,inseguros e mais sujeitos à dominação que sofrem na pró-pria sociedade. Pretende-se ainda compreender de quemodo a escola, essa instituição fundamental no processo dereprodução social, contribui como instrumento ideológicopara a violência simbólica, em especial, por meio da açãopedagógica (AP). A reflexão de Bourdieu em relação à edu-cação e ao processo educativo de reprodução é pessimistaao desconstruir os ideais de igualdade e oportunidades ofe-recidos como base para a ascensão social, porém funda-mental para que cada educador repense de que modocontribui para a disseminação da violência simbólicaquando, cotidianamente e sem alarde, buscando nivelarseus alunos em sala de aula, desvalorizando suas caracte-rísticas pessoais, defendendo rótulos de padronização, uni-formidade e de igualdade.

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Cód. 2108

Sinais da violência simbólica no Projeto Facefólio:A experiência de professores e alunos da

Comunicação da Universidade de Uberaba

FERREIRA, Indiara

Universidade de Uberaba - Uniube

Na primeira década do século XXI, manifestações da violên-cia deixaram de ser consideradas dificuldades individuais etornaram-se questões de saúde pública. Na escola, taismanifestações envolvem desde bullying entre os discentes,passando pelo mobbing entre os docentes até o cyber-bullying no ciberespaço que pode envolver todos. Conside-rando a importância deste contexto, o presente trabalhoenvolve resultados parciais de uma pesquisa mais ampla doPrograma de Mestrado em Educação da Universidade deUberaba (Uniube), que propõe a problematização das rela-ções de poder simbólico no ciberespaço. Os sujeitos são 47alunos e uma professora do ensino superior presencial,envolvidos com a disciplina Fundamentos Científicos daComunicação, ministrada entre de março a julho de 2011, nocurso de Comunicação Social, na Uniube. Eles integram oprojeto Facefólio, criado por professores da própria universi-dade e desenvolvido na rede social Facebook. O projeto éinspirado na pedagogia freiriana e nos conceitos portifóliode aprendizagem. Seus idealizadores propõem a utilizaçãodo Facebook como elemento motivacional para promover ainteração, a pró-atividade e a participação efetiva dos alu-nos do Ensino Superior presencial, com vistas à construçãodo pensamento crítico e reflexivo. Para eles, a rede social,espaço onde os universitários atuais passam boa parte dotempo, surge como alternativa para a continuidade às dis-cussões iniciadas em sala de aula de forma lúdica e com oapoio da tecnologia, ou seja, com compartilhamentos de

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vídeo, áudio e outros materiais digitais. A partir dos autoresBourdieu e Passeron (1982), nosso objetivo é identificarsinais do poder simbólico entre os integrantes desta turmado Facefólio. Outros teóricos considerados são Freire (1987),Fonseca (2013), Gadotti (2003), Castelos (2004). A metodolo-gia proposta é o Estudo de Caso e utilizamos a Triangulaçãode Dados como procedimento para a validação desteestudo. Para a Análise dos Resultados, trazemos a análisede conteúdo na modalidade categorial temática. Comoautores de referência, temos André (2005), Bardin (1979),Denzin (1989) e Minayo (2000). O Mapa de Desempenho daTurma apontou para 256 postagens. O número recorde depostagens foi de 68 publicações de uma única estudante,15 alunos fizeram até cinco postagens e apenas um alunonão postou. Analisando os critérios e a pontuação de refe-rência do Facefólio na escala de zero a dez pontos- Insufici-ente (1), Besteirol (4), Boas publicações (7) e PublicaçõesRelevantes (10), um estudante obteve nota zero, 13 obtive-ram nota máxima, 24 alunos ficaram com média entre um ecinco pontos. Percebe-se que os universitários sentem-semotivados a participar pela liberdade proposta pela redesocial. Por outro lado, há a dificuldade do discente fruto da“educação bancária” em encarar atividades livres, em ambi-entes não convencionais, como exercícios de aprendiza-gem. Conforme Bourdieu e Passeron (1982), a violênciasimbólica e a reprodução de comportamentos de sala deaula evidenciam-se nas relações verticais (entre professorae alunos com as cobranças características do modelo edu-cacional preexistente), assim como nas relações horizontais(entre os próprios alunos que estabeleceram suas panelas edemonstraram suas predileções pessoais conforme osmodelos de mensagens postadas).

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Cód. 2049

EDUCAÇÃO E SAÚDE – UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

FERREIRA, Valéria BeghelliDAVID, Célia Maria

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O trabalho presente tem por objetivo propor uma discussãosobre o desenvolvimento de estratégias e metodologiasinovadoras para alcançar maior objetividade e resolutivi-dade das ações de educação em saúde, com a efetiva par-ticipação da sociedade nas decisões políticas e com ofortalecimento da intersetorialidade entre saúde e educa-ção e políticas sociais. Frente ao panorama das políticaspúblicas, atualmente, as propostas de mudanças nos pro-cessos de educação, saúde e participação social, nãopodem mais ser construídas isoladamente e verticalizadas,ou seja, serem decididas pelos níveis centrais, sem levar emconta as realidades locais. Os processos de educação esaúde devem fazer parte de uma grande estratégia, estararticulados entre si e ser criados a partir de conceitos emetodologias que provocam a reflexão sobre determinadassituações, com o questionamento e a compreensão dosfatos, fenômenos e ideias propondo soluções. É a busca doconhecimento novo sendo construído a partir de um diálogocom o que já se sabia antes, atuando em contextos comple-xos, partindo efetivamente da prática e dos próprios sujei-tos; trabalhando os problemas e a maneira de percebê-los,a fim de produzir mudanças reais e efetivas e diminuir amanutenção de padrões.

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Cód. 2126

Problematização dos Conceitos: Alfabetização,Letramento, Letramento Digital na Formação

Docente

FIGUEIREDO, Maria Silvia Borges

Universidade de Franca

O objetivo desta pesquisa é levantar uma discussão entreeducadores e demais profissionais da Educação, indagando:Se o próprio professor, pedagogo, gestor não sabe diferen-ciar os princípios fundamentais que permeiam a Alfabetiza-ção, o Letramento e o Letramento Digital, como elefundamentará a própria prática pedagógica na Sociedadedo Conhecimento? Admitindo-se como irrevogável as novaspráticas de leitura e escrita na tela, entre elas: a LinguagemMultimidiática da tela, capaz de construir significados com-plexos, a Leitura Hipertextual, produzindo novos modos depensamento, o Multiletramento, levando à novas formas dese construir o significado on line, os novos Gêneros Digitais,conduzindo a novas formas de comunicação, julga-seimprescindível que todo profissional ligado à educação sejacapacitado para atuar na Era do Digital, revolucionando aprópria prática pedagógica, abandonando e indo de encon-tro à Construção do Conhecimento mediado pela tela docomputador. Esta pesquisa fundamenta-se na teoria Socio-interacionista, com cunho intervencionista e está sendo rea-lizada em ambiente virtual (EAD), por meio do Curso deLetramento Digital na Formação Docente.

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Cód. 2023

Educação e Sociedade: Relato de Experiência doNúcleo de Estudos e Ações Educacionais

FLÓRO, Elvira MendesSTULANO, Daniel

FONSECA, Genaro Alvarenga

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este trabalho apresenta-se como um relato de experiênciasvivenciadas por meio do Núcleo de Estudos e Ações Educa-cionais (NEACE), grupo de extensão da Universidade Esta-dual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Faculdade deCiências Humanas e Sociais, Franca/SP. Criado em 2010,com a finalidade de realizar estudos e ações de intervençãoem escolas públicas estaduais do município de Franca/SP,projeto conta com a parceria com a Diretoria de Ensino –Regional Franca, tendo como local de realização a “E.E. Prof.Otávio Martins de Souza” cuja comunidade apresenta umamaior carência socioeconômica e déficit de aprendizagem.As atividades pedagógicas-práticas aqui relatadas foramrealizadas, no Ensino Fundamental II (6º e 7º ano), duranteos anos letivos de 2011-2012, tendo como enfoque a inter-disciplinaridade e sua relação com conteúdos disciplinarese pedagógicos. O projeto contou com a participação de alu-nos da graduação em História e Serviço Social, em suasdiferentes dimensões de atuação. O presente projeto tevepor objetivo, interceder no trabalho educacional, em ambi-ente escolar, com a abordagem interdisciplinar destacandoa visão diferenciada do Assistente Social no tocante aexpressão da Questão Social dos educandos e aos benefí-cios de sua inserção no âmbito da aprendizagem e dodesenvolvimento pessoal. Dentre as ações realizadas pro-curou-se auxiliar e fomentar o diálogo entre escola e família,sociedade e educação, bem como avaliar a implementação

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de salas de Recuperação Intensiva, criadas no início de2012, por meio da Resolução nº 2 da Secretaria da Educa-ção do Estado de São Paulo. Buscou-se analisar a efetiva-ção prática (currículo oficial – currículo em ação) de talpolítica educacional, através de estudos e análises. A funda-mentação teórica compõe-se de obras de referência queabarcam os temas da interdisciplinaridade, políticas públi-cas educacionais e documentos oficiais, que contribuíramno embasamento teórico deste trabalho, tais como: PauloFreire, Pedagogia da Autonomia.; Eliana Bolorino C. Martins,Educação e Serviço Social.; István Mészáros, A Educaçãopara além do Capital.; CFESS (Conselho Federal de ServiçoSocial – Gestão Tempo de Luta e Resistência), Subsídiospara atuação de Assistentes Sociais na Política de Educa-ção.; Maria Lúcia Rodrigues, O Serviço Social e a perspectivainterdisciplinar.; Moacyr Gadotti, Concepção dialética daeducação.; J. C. Libâneo. Democratização da escola pública:pedagogia crítico-social dos conteúdos.; Secretaria da Edu-cação do Estado de São Paulo, Resolução nº2 (12/01/2012).A metodologia utilizada teve como referencial a dialéticamarxista, levando em conta a abordagem e a análise datotalidade acerca da complexidade existente na sociedade,cujo enfoque é aluno na sociedade e na sala de aula. Paratanto, estudos teóricos com referencial na concepção crí-tico-social da educação foram realizados na primeira partedo trabalho, para em um segundo momento propor açõespráticas de intervenção que levasse a construção críticafinal do trabalho.

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Cód. 2137

Cotas para portadores de necessidades especiaisnas graduações em universidades públicas: opapel do Assistente Social na garantia desse

direito

FOGARI, Maria Luisa da Costa

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este artigo expressará o relato de experiência de uma assis-tente social, mãe de uma jovem portadora de “deficiênciaestética”, devido às malformações congênitas. Esta inquie-tação oriunda da ausência de cotas para os portadores denecessidades especiais nas universidades públicas, princi-palmente do Estado de São Paulo. O objetivo deste referen-cial teórico foi pensado a partir da vivência e subjetividadede uma família que buscou a qualidade na formação edu-cacional da filha, mas os anos de preconceitos e rótulos aencurralaram, restando-lhe o cerceamento e inexistência deseus direitos na educação superior pública. A preocupaçãodeste estudo redunda nas condições em que a pessoa comnecessidade especial encontra-se acometida, fato que “nor-teará” seu futuro e carreira profissional. Como decorrem? Asociedade é realmente inclusiva ou somente solidária? Deforma sucinta sistematizamos os principais direitos adquiri-dos pelos portadores de deficiência no Brasil. Observamosque a pendência atual perpassa pelas formas de acesso oude conquista dos direitos sociais, políticos, culturais e edu-cacionais. Corroboramos que existe a necessidade da inclu-são no ensino regular, entre os alunos “ditos normais e (a)normais” que objetive a minimização dos preconceitos eestigmas, pois as vivências rotineiras nas salas de aula, farãocom que haja adaptação entre ambas as partes, e os “defici-entes” possam dar continuidade a seus cursos, sejam em

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nível técnico e/ou superior. Segundo (OLIVEIRA, 2012) noestado de São Paulo não têm cotas para as pessoas comnecessidades especiais, fato que precisa ser repensadopelos órgãos responsáveis pelas universidades públicaspaulistas. Para atender a demanda crescente de pessoascom necessidades especiais que deparam com a inces-sante premência de inserir, ou ser inserido no tecido socialpara dar continuidade à vidas, muitas vezes sucumbidas pordeficiências congênitas ou adquiridas, sugerimos que seintroduzam assistentes sociais nas escolas. Concluímos esteartigo afirmando que o Serviço Social poderá amparar econtribuir eficazmente nesta temática através da proposiçãode ações socioeducativas, desde o ensino infantil até osuperior, de acordo com o projeto ético político profissionalque é norteado pela crítica ao sistema capitalista em vigên-cia. O assistente social será o “eixo” entre: educação funda-mental, ensino médio e em nível superior, buscandoinclusive socializar a importância das cotas para a capacita-ção/profissionalização, visando atender as vagas disponí-veis no disputadíssimo mercado de trabalho no mundocontemporâneo.

Cód. 2003

Ações afirmativas e valorativas no sistemaeducacional: possibilidades de construção da

igualdade racial?

FREITAS, Tais Pereira de*ENGLER, Helen Barbosa Raiz

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente texto objetiva apresentar elementos para a dis-cussão acerca da necessidade de políticas públicas volta-das para a promoção da igualdade racial no sistema público

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de ensino no Brasil. Tal necessidade é evidenciada a partirde análises bibliográficas demonstrando o processo histó-rico de desigualdade racial no Brasil, que contribui para acontinuidade da situação de vulnerabilidade vivenciada pelapopulação negra e que encontra no acesso ao sistema edu-cacional uma de suas expressões mais significativas. Consi-derando inicialmente a dimensão da alfabetização, segundodados sistematizados no “Relatório Anual das Desigualda-des Raciais no Brasil 2009-2010”, em 1988 a taxa de analfa-betismo entre a população branca acima de 15 anos era de12,1% e em 2008 passa a ser de 6,2%. Entre a populaçãonegra acima de 15 anos, essa taxa era de 28,6% em 1988 eem 2008 passa a ser de 13,6%. Ou seja, mesmo diante deconsiderável avanço, a taxa de analfabetismo da populaçãonegra em 2008 ainda é maior do que aquela registradaentre a população branca em 1988. Ampliando a análisepara os anos de estudos, o mesmo relatório aponta que em2008, entre os homens brancos com mais de 15 anos deidade a média de anos de estudo foi de 8,2 anos, enquantoque entre os homens pretos e pardos, com mais de 15 anosde idade, a média de anos de estudo foi de 6,3. Já entre asmulheres na mesma faixa etária, a média de anos de estudofoi de 8,3 entre as mulheres brancas e 6,7 entre as mulheresnegras (pretas e pardas). Tais dados são significativos para oentendimento dos rebatimentos da desigualdade racial nosistema público de ensino e da necessidade de implemen-tação de políticas públicas que busquem promover a igual-dade racial a partir do lócus da escola. Nesse contexto, asações afirmativas constituem-se possibilidades para essaconstrução, destacando-se entre as mesmas a dimensãovalorativa expressa naquelas ações que buscam valorizar aherança cultural negra no Brasil envolvendo toda a popula-ção brasileira. A reflexão proposta nesse texto busca com-preender através da pesquisa bibliográfica as açõesafirmativas como políticas públicas, partindo do reconheci-mento de que a igualdade da lei não é igualdade de fato, e

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que, portanto, são necessárias ações que visem garantir ascondições básicas para o desenvolvimento social, econô-mico, político e cultural da população que historicamente foialijada de direitos. Amplia-se ainda o debate sobre as açõesafirmativas para além da perspectiva emergencial das cotas,propondo-se a reflexão sobre as ações valorativas, que têmno sistema educacional e no lócus da escola pública,espaço privilegiado para a sua implementação.

* Bolsista CAPES Demanda Social

Cód. 2098

O estágio supervisionado na licenciatura em Físicae as relações entre o estagiário e o professor da

escola básica

GALINDO, Monica AbrantesABIB, Maria Lucia Vital dos Santos

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - UNESP/S. J. RioPreto

O estágio supervisionado é parte obrigatória dos cursos deformação de profissionais. Tem sido identificado como aparte prática dos cursos de formação, em contraposição àteoria (PIMENTA e LIMA, 2012). Entretanto é preciso superaressa visão dicotômica de uma formação constituída de umaparte teórica e de uma prática para uma visão que com-preenda teoria e prática, embora diferentes, imbricadas emtodo o processo de formação. No caso do estágio na forma-ção docente, são no mínimo três os participantes envolvi-dos: o professor da universidade, o estagiário, estudante dalicenciatura e o professor da escola básica que recebe esseestagiário em sua sala de aula, que chamaremos de profes-sor parceiro. É nosso objetivo no presente trabalho analisaralgumas possíveis relações que se estabelecem no estágiosupervisionado, entre o estagiário e o professor parceiro

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que o recebe para o estágio. Na sala de aula, entre essessujeitos, uma relação com diferentes características se esta-belece cotidianamente. Algumas vezes ela tem um caráterhierárquico, outras, entre pares. Os papéis assumidos pres-supõem diferentes responsabilidades e vantagens. As pos-sibilidades de aprendizagem também são variadas, tantoem relação ao objeto de ensino e aprendizagem, quantoaos papéis de aprendizes e de formadores. Entre aprendi-zes e formadores habitualmente, os formadores são o queVigotski (1998) chama de par mais experiente. Entretanto,em se tratando do estagiário e do professor parceiro, emdeterminadas situações o estagiário pode ser o par maisexperiente, ainda que, como formando, seja o que está nacondição de aprendiz. Freire (1996, p.12) em relação aos alu-nos e professores ressalta que um não existe sem o outro,além disso, “quem ensina aprende ao ensinar e quemaprende ensina ao aprender”. Além dos conteúdos propos-tos como objeto de ensino e aprendizagem, quem ensinatem a possibilidade de também aprender sobre o ensino.Na situação de estágio, o professor parceiro é aquele queestá primeiramente no ambiente de trabalho, nesse sentido,ele pode ser comparado ao adulto que se encarrega daeducação da criança que chega ao mundo, ou seja, o adultoque introduz a criança no mundo (ARENDT, 2001). Na salade aula o professor parceiro e o estagiário têm também apossibilidade de superar a ideia de sujeito e objeto pelareciprocidade entre sujeitos. A relação, nesse caso, secaracteriza como uma relação entre pares, com o reconhe-cimento de ambos como produtores de conhecimento(SANTOS, 2011). O presente trabalho foi desenvolvido a par-tir de uma abordagem qualitativa (BOGDAN e BIKLEN, 1994).Foram feitas entrevistas semi estruturadas com três profes-sores parceiros que receberam estagiários de um curso delicenciatura em Física. Esses professores foram considera-dos pelos estagiários bons professores em relação à suarecepção dos licenciandos no estágio. O estágio supervisio-

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nado pode configurar-se como um espaço de relação entreinstituições e entre sujeitos envolvidos com o processo edu-cativo e de formação docente em diferentes posições.Essas relações que aí se desenvolvem revelam seu poten-cial de formação inicial e continuada. Compreendê-las con-tribui para o aumento das possibilidades de açõesintencionais na direção de efetivar esse potencial.

Cód. 1991

POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: dadosparciais do acesso e permanência dos discentes

da assistência estudantil na Universidade Federaldo Triângulo Mineiro - UFTM

GAZOTTO, Mireille AlvesDAVID, Célia Maria

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A assistência estudantil na Universidade Federal do Triân-gulo Mineiro – UFTM, Uberaba-MG, visa a concretização dasPolíticas Públicas referente à permanência e conclusão decurso de todos os alunos, particularmente dos que seencontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica.Fundamenta-se na Política Nacional de Assistência Estu-dantil (PNAES, decreto n° 7.234, de 19/07/2010) e na Resolu-ção nº 02/2008, da Congregação da UFTM. Este programaefetiva-se por intermédio de ações que se desenvolvemnas seguintes áreas estratégicas: moradia estudantil, ali-mentação, transporte, assistência à saúde, inclusão digital,cultura, esporte, creche, apoio pedagógico e acesso, partici-pação e aprendizagem de estudantes com deficiência,transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidadese superdotação. Assim, o presente artigo foi organizado pormeio do projeto de pesquisa de mestrado, cujo tema é

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“Políticas Públicas Educacionais: uma análise sobre a Polí-tica Nacional de Assistência Estudantil no contexto da Uni-versidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM”,Uberaba-MG. O interesse pela temática está vinculado àspolíticas públicas educacionais tendo como objeto deestudo a sua implementação. O artigo visa colocar em dis-cussão a análise do PNAES naquela universidade. Trata-sede uma pesquisa em andamento, cujo tema vincula-se dire-tamente às políticas públicas educacionais. O referencialteórico fundamenta-se na teoria social crítica para apreen-são do processo histórico das relações sociais, repercutindonas políticas públicas educacionais. A metodologia estápautada na pesquisa bibliográfica, pesquisa documental epesquisa de campo. No momento, a pesquisa está na fasede apreensão dos dados empíricos. Com este estudo pre-tende-se conhecer as condições dos discentes de gradua-ção em sistema presencial na UFTM de 2008 a 2012 e ainfluência na sua perspectiva de vida, Nesse sentido, alémde realizar uma pesquisa para analisar essa política educa-cional, por se tratar de um programa novo que demanda seravaliado, ela pretende também ser propositiva.

Cód. 2147

Uso de ilustrações X conhecimento sobreprevenção de acidentes no Ensino Fundamental

GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra ReginaKEPPLER, Maria Aparecida Brandão Bonadio

MIGOTTO, Marina de OliveiraBÔAS, Bruna Vilas

GUERRA, Karina Menezes Zákhia

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

Os Ministérios da Educação e da Saúde têm feito baliza-mentos teóricos e práticos para que nos ambientes formais

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de educação se atue com a temática da prevenção dos aci-dentes. Os acidentes infantis permanecem como causado-res de elevada morbimortalidade no Brasil e no mundo,sendo a educação uma das principais alternativas para solu-cionar o problema. As queimaduras infantis estão entre osacidentes mais frequentes e mais graves. As ações indica-das pelo Ministério da Educação preconizam atuação edu-cativa preventiva nas escolas. O design de materiais gráficosdirecionados a crianças, sejam informativos, didáticos ouliterários, deve se atualizar constantemente. Um importanteaspecto a ser investigado é se estes materiais contribuemde fato para as ações educativas sobre a temática. Assim, oobjetivo desta pesquisa foi analisar possíveis interferênciasde ilustrações na obtenção de conhecimentos acerca daprevenção de queimaduras infantis em escolares do ter-ceiro ano do ensino fundamental. Este trabalho é parte deum projeto maior, que desenvolve ações educativas comteatro de fantoches voltada para prevenção de queimadu-ras infantis. O estudo foi realizado em três escolas da redemunicipal de ensino fundamental de uma cidade do interiorpaulista. Participaram 495 alunos, sendo 51% do sexo mas-culino, com idade entre 7 e 10 anos, que frequentavam noano de 2012 o terceiro ano do ensino fundamental. Utili-zaram-se termo de consentimento para o professor efolheto avaliativo para os alunos. As ilustrações do folhetoavaliativo mostravam situações que envolviam fogões companelas, tomadas elétricas e fogos de artifícios e também aproximidade de adultos ou de crianças a estas situações. Otexto orientava com palavras simples, tais como: “RES-PONDA”, pedindo nome, idade e sexo e também, “LIGUE”,pedindo que a criança ligasse cada situação com símbolosque representavam “certo”, “errado” ou “não sei”. Dentre asanálises realizadas, uma tomou por base as três ilustraçõesde fogão e panela com cabo para dentro, mas com e sempessoas presentes, deixando uma única situação ou situa-ção combinada de risco/proteção. Quanto à ilustração com

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a criança próxima, 79,3% indicaram a resposta prévia corretae 84,8% após, com aumento de 5,5%. Na ilustração com amãe próxima, as respostas corretas antes e após foram86,0% e 93,9%, com aumento de 7,9%. Na ilustração sempessoa presente, foram respectivamente, 64,0% e 78,9%,com aumento de 14,9%. Comparando-se as ilustrações e asrespostas, verificou-se que a ilustração com uma única situ-ação foi a com menor acerto inicial, porém, o maioraumento do percentual de respostas corretas após. Con-cluiu-se que novas pesquisas precisam ser realizadas modi-ficando a disposição e número das ilustrações e fazendoinquérito com os alunos para apurar mais adequadamentepossíveis interferências das ilustrações nas respostas dascrianças e na avaliação de seus conhecimentos.

Cód. 2146

Ação educativa com graduandos defonoaudiologia sobre prevenção de acidentes de

trânsito com crianças

GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra ReginaMIGOTTO, Marina de Oliveira

GUERRA, Karina Menezes Zákhia

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

Os acidentes de trânsito na população jovem constituemum dos maiores problemas de saúde pública do mundo edo país. O elevado número de vítimas, quando não vai aóbito, pode ficar com diversas sequelas, permanentes outemporárias, como problemas cognitivos, que podem difi-cultar o prosseguimento dos estudos. As políticas públicasde saúde apontam a necessidade de esforços de toda asociedade, sobretudo das universidades. As políticas públi-cas de educação apontam a educação em todos os níveis

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de formação, nas mais diferentes áreas do conhecimento,como um dos caminhos mais favoráveis para a prevenção.Fonoaudiólogos são profissionais da saúde que atuam emescolas como parceiros dos profissionais da educação, juntoàs crianças e aos seus responsáveis, bem como são docen-tes do ensino superior, podendo contribuir para amenizar oproblema dos acidentes. Entretanto, são escassos estudosenvolvendo esta temática na formação inicial de fonoaudió-logos. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar e avaliaruma ação educativa junto a graduandos de Fonoaudiologia,com o uso de vídeo, para prevenção de acidentes de trân-sito infantis. O trabalho foi realizado numa Universidadepública que possui curso de Fonoaudiologia. Foram utiliza-dos projetor multimídia, notebook, Termos de Consenti-mento para o coordenador do curso e para os graduandos,questionários pré e pós vídeo e uma produção gravada emvídeo sobre prevenção de acidentes de trânsito infantis comaproximadamente dez minutos de duração. Participaram 62graduandos de Fonoaudiologia dos quatros anos de forma-ção. Os procedimentos envolveram quatro etapas: 1) coletade dados por meio de questionário antes do vídeo com osuniversitários, 2) apresentação do vídeo para os discentes, 3)questionário com os graduandos após assistirem ao vídeo e4) avaliação dos resultados obtidos comparando-se as infor-mações fornecidas antes e após o vídeo. Dentre os resulta-dos obtidos, quando questionados sobre o conceito deacidente de trânsito, 50% dos universitários responderamque é algo inesperado, que pode causar ferimentos,podendo levar à morte e resultado de uma colisão entreautomóveis que envolva pedestres. Quanto a ter recebidoalguma informação sobre acidentes de trânsito com crian-ças e de como preveni-los, 75% dos alunos respondeu quenunca recebeu, mas achava importante e pertinenterecebê-las. Quanto à maneira de atravessar a rua, 50% dosentrevistados descreveu a faixa de pedestres e a importân-cia de olhar para os dois lados da rua; após o vídeo, todos os

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universitários (100%) responderam que a melhor forma parauma criança atravessar uma rua é sempre parando paraolhar os dois lados da rua, seguida de atravessar na faixa depedestre (70%). Sobre quem deveria ensinar as criançassobre prevenção de acidentes as respostas antes do vídeoforam bem variadas, porém, todos os entrevistados (100%)citaram os pais e 60% citaram os professores; após o vídeo,95% deles assinalaram os professores e 60% tanto os paiscomo os bombeiros foram indicados. Conclui-se que os gra-duandos precisam de mais informações conceituais e daliteratura sobre acidentes, que eles possuem conhecimen-tos sobre o tema, mas estes foram ampliados com a açãoeducativa realizada.

Cód. 2092

Políticas Públicas de leitura e desenvolvimentolocal

GIUBERTI, Eliana Jacintho de Lima Goulart*OLIVEIRA, Sheila Fernandes Pimenta e

Membro da comunidade

Ao refletir sobre conceitos de crescimento econômico edesenvolvimento, temos em vista o desenvolvimento localcomo recorte privilegiado. E para que ele se concretize,destacamos a relevância da educação e, por conseguintedo acesso à escola e à leitura. A sociedade é repleta de sig-nos e símbolos. Para alguém com dificuldades em leitura ainterpretação de símbolos, o estabelecimento de relaçõescom o universo escrito, o acesso ao emprego, à informação,à fruição de bens culturais parecem intransponíveis. O inte-resse pelo tema das políticas públicas de incentivo ao atode ler resulta do fato de que o contato com livros, revistas,jornais e outros tipos de mídia não impressa como e-books,sites, blogs, redes sociais são oportunidades de diminuição

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das diferenças culturais, sociais e econômicas, com reflexosno desenvolvimento local e regional de uma sociedade.Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é analisar arelação entre políticas públicas de leitura e desenvolvi-mento local. O trabalho orienta-se em pesquisa bibliográficae referências virtuais, na perspectiva de Aquino (2003, 2007),Piúba (2012), Soares (2012), Rojo (2012), dentre outros. A partirdessa análise, constatamos que a prática da leitura temreflexos no letramento do sujeito e, consequentemente, nodesenvolvimento local, por esse motivo a relevância enecessidade de investimentos em políticas públicas queincentivem o ato de ler.

* Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Cód. 2122

Educação permanente como estratégia inovadorapara o processo de ensino-aprendizagem

GOMES, Nairana Abadia do NascimentoBASÍLIO, Daniel Silva

ARANTES, Rosana FreitasMARTINS, Rosane Aparecida de Sousa

BESSA, Aline Fernandes

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Este trabalho se propõe a discutir a educação permanenteem saúde (EPS) como um processo de ensino-aprendiza-gem indispensável para a formação continuada dos traba-lhadores da saúde. As mudanças no modelo de atenção àsaúde passaram a exigir a necessidade de alteração nosprocessos de ensino aprendizagens, levando o Ministério daSaúde a criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e daEducação em Saúde (SGTES). Com essa nova estrutura, aSGTES passou a ser responsável pelas ações de planeja-

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mento, coordenação e apoio às atividades relacionadas aotrabalho e à educação na área de saúde, bem como naorganização da gestão da educação e do trabalho emsaúde, na formulação de critérios para as negociações e noestabelecimento de parcerias entre gestores do SUS eainda, no ordenamento de responsabilidades entre as trêsesferas de governo (TEIXEIRA, GONDIM, ARANTES, 2012).Nesse contexto, verifica-se um reconhecimento do governofederal da necessidade de mudanças na formação e qualifi-cação dos profissionais da saúde e a educação permanenteé inserida como proposta pedagógica inovadora para astransformações nos processos de trabalho e para a consoli-dação das políticas de saúde. A educação permanente emsaúde como prática de ensino-aprendizagem significa aprodução de conhecimentos no cotidiano das instituiçõesde saúde a partir da realidade vivida pelos atores envolvi-dos, tendo os problemas enfrentados no dia-a-dia do traba-lho e as experiências desses atores como base deinterrogação e mudança. Nesse sentido, a EPS promoveprocessos formativos estruturados a partir da problematiza-ção do seu processo de trabalho, cujo objetivo é a transfor-mação das práticas profissionais e da própria organizaçãodo trabalho, tomando como referência as necessidades desaúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e ocontrole social em saúde (CECCIM, R.; FERLA, A., 2006). Paraa realização do presente trabalho foi realizada pesquisabibliográfica sobre temas voltados para educação perma-nente, bem como pesquisa documental sobre legislaçõesque regulamentam a política de educação permanente emsaúde no Brasil, adotando uma abordagem dialética pau-tada no método materialista histórico dialético. Preocupou--se também contextualizar o debate da política deeducação permanente numa perspectiva histórica, bemcomo apontar os desafios e as possibilidades da efetivaçãodos princípios e diretrizes do SUS dentro da proposta daformação continuada dos profissionais. A revisão bibliográ-

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fica permitiu verificar que a educação permanente emsaúde constitui-se como importante estratégia pedagógica,tendo em vista o seu potencial de romper com as estruturasde formação cristalizados e modelos de ensino tradicional eformal.

Cód. 2125

Formação Docente e Educação Sexual: umcaminho a ser construído

GONINI, Fatima Aparecida CoelhoMOKWA, Valeria Marta Nonato Fernandes

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ituverava/UNESP

O papel que a escola exerce na formação do aluno, seja eledo ensino básico, fundamental ou universitário, é deextrema importância, e quando se trata da EducaçãoSexual, o professor, como membro representativo dessainstituição, e como agente multiplicador na vida escolar, éfoco de estudos. Ao buscar dados sobre sua formação ecapacitação, verifica-se que a maioria dos professores nãodispõe de conhecimentos suficientes para promover a Edu-cação Sexual às crianças e aos adolescentes e, refletindosobre essas considerações, esse estudo objetivou refletircomo vêm sendo trabalhadas as questões da sexualidadenos cursos de licenciatura uma vez que tal temática per-passa o cotidiano escolar, utilizando para tanto, teóricos queelucidassem esse trabalho. É necessário que a formaçãodocente aborde a temática sexualidade nas licenciaturascontribuindo para formar um educador sexual crítico, refle-xivo e emancipatório, proporcionando ao aluno uma educa-ção sexual cidadã, direcionando sua formação para quesejam responsáveis nas suas escolhas. Para tanto, é impres-cindível haver políticas públicas que garantam a implanta-

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ção e a execução de disciplinas nos cursos de formaçãodocente, propiciando a formação emancipatória.

Cód. 2028

O normativo e o real: autonomia relativa,dependência e limitação municipal na gestão da

educação – o caso de Aurora do Pará

GONÇALVES JUNIOR, OswaldoCRANTSCHANINOV, Tamara Ilinsky

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

O artigo procura aprofundar a discussão sobre o tema dagestão da educação no âmbito municipal sob as prerrogati-vas do federalismo pós Constituição de 1988. Partindo dopressuposto de que a questão financeira e a estrutura admi-nistrativa de Estado para gerir a educação sejam dois pon-tos cruciais, entende que o primeiro tenha sido privilegiadopela literatura da área, deixando em aberto um importantecampo no que se refere à dimensão qualitativa da adminis-tração da educação. Diante disso, defende ser necessáriocerto isolamento metodológico para que se possa avançar eobter uma compreensão mais aprofundada sobre determi-nados aspectos relativos à gestão. Por meio de um estudode caso sobre o município de Aurora do Pará (PA), bemcomo pesquisa teórica, procura refletir sobre qual papelcaberia, e como gerem alguns dos principais desafios,pequenos e pobres municípios do interior do país na área daeducação.

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Cód. 2017

Reflexões sobre o processo educativointergeracional: a experiência de um Centro de

Convivência de Idosos em Franca-SP

GONÇALVES, Lucélia Cardoso

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente artigo discorre sobre a importância da intergera-cionalidade como processo educativo e traz como experi-ência o Projeto Colmeia materializado em um Serviço deConvivência e Fortalecimento de Vínculos para pessoas ido-sas (SCFV), conhecido como Centro de Convivência doIdoso “Voluntários Sociais de Franca”. Segundo a Lei deDiretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação com-preende os processos formativos na vida familiar, bemcomo na convivência humana. A Tipificação Nacional deServiço Socioassistenciais prediz como objetivo para osSCFV o desenvolvimento de atividades intergeracionais, oque prevê a troca de vivências e experiências, fortalecendovínculos familiares e comunitários, além da construção ereconstrução da cidadania. O Projeto Colmeia visa a inser-ção de crianças nas atividades do CCI, ampliando o pro-cesso educativo com pessoas idosas. Esse projeto se iniciouem 2013 tendo como parceria a Escola Pestalozzi de Franca.Nesse sentido, esse trabalho mostra o processo de implan-tação do projeto, a dimensão educativa e social do processointergeracional e relata a experiência do projeto como pro-piciador da melhoria da sociabilidade entre os participantes,a redução de quadros de isolamento social e institucionali-zação, bem como a materialização da segurança de aco-lhida, da autonomia e convívio familiar e comunitário.

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Cód. 2015

Estudo sobre a implantação dos Centros deConvivência de idosos em Franca - SP e a relaçãodas atividades da Educação de Jovens e Adultos

( EJA) como política pública voltada à pessoaidosa

GONÇALVES, Lucélia CardosoSILVA, Raquel Renzo da

GIOMETTI, Analúcia Bueno dos Reis

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente artigo pretende discutir sobre a relação entre aoferta de alfabetização para adultos denominada Educaçãode Jovens e Adultos (EJA) nos Serviços de Convivência eFortalecimento de Vínculos para pessoas idosas (SCFV),conhecidos popularmente como “Centro de Convivência deIdosos” – CCI e as suas contribuições à pessoa idosa comoo desenvolvimento de potencialidade, identidade e conse-quentemente o desenvolvimento da cidadania plena. Essesserviços têm como objetivo o desenvolvimento de ativida-des que contribuam no processo de envelhecimento sau-dável, bem como na prevenção de situações de risco eisolamento social. Nesse contexto, uma das atividades inse-ridas nesses espaços e que cresce consideravelmente é avoltada à alfabetização. Nesse sentido, esse trabalho traçaum breve panorama da implantação dos Centros de Convi-vência dos idosos, o início das atividades do EJA em cadaunidade no município de Franca-SP, bem como seuimpacto social. Diante disso, essa reflexão possibilitou com-preender a relevância dos SCFV no processo de envelheci-mento da pessoa idosa e as atividades desenvolvidas naEJA, bem como a elevação da taxa de escolaridade/alfabe-tização dos usuários, bem como a discussão sobre a inclu-

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são social através dessa política. O presente trabalhobaseou-se em pesquisa documental e bibliográfica, bemcomo na experiência de trabalho de profissionais assisten-tes sociais que vivenciaram a implantação da TipificaçãoNacional dos Serviços Socioassistenciais no ano de 2009, oSistema Único de Assistência Social - 2011, as novas NormasOperacionais Básicas – NOB/SUAS – 2012 e consequente-mente a implantação de novos serviços no município deFranca, inclusive, voltados à pessoa idosa, como o analisadoem questão. O impacto social da EJA vinculado ao espaço eaos propósitos desses serviços socioassistenciais ampliam arede de sociabilidade, o fortalecimento de vínculos afetivos,a materialização dos direitos socioassistenciais. A relaçãoentre CCI e EJA vem de encontro a defesa intransigente dosdireitos sociais, especificamente os direitos sociais da pes-soa idosa.

Cód. 2016

Reflexões sobre o direito à Creche e a demandareprimida na região leste do município de

Franca-SP

GONÇALVES, Lucélia CardosoSILVA, Raquel Renzo da

GIOMETTI, Analúcia Bueno dos Reis

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente artigo discorre sobre a relevância do conheci-mento da realidade social da população, com vistas aimplantação de novos serviços educacionais – creche - paracrianças na região Leste do município de Franca – SP.Visando o desenvolvimento integral da criança, o amparo afamília e a organização do papel do Estado na provisão dosdireitos educacionais, foi realizado um diagnóstico territorial

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para compreensão das necessidades locais que fundamen-tassem a importância da implantação do Serviço Educacio-nal de creche na referida localidade. Este estudopossibilitou um aprofundamento no olhar às necessidadesda população local, em específico na atenção à criança esuas famílias, observando o disposto na Constituição Fede-ral de 1988 que estatui, entre outros, que a Educação édireito de todos e dever do Estado e da família e os disposi-tivos do Estatuto da Criança e do Adolescente que definemcomo dever da família, da comunidade, da sociedade emgeral e do poder público assegurar, com absoluta priori-dade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissiona-lização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e àconvivência familiar e comunitária, bem como o direito àeducação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pes-soa, preparo para o exercício da cidadania e qualificaçãopara o trabalho, assegurando-se-lhes igualdade de condi-ções para o acesso e permanência na escola. Para a realiza-ção da pesquisa foram utilizados dados dos órgãos públicosmunicipais e estaduais, bem como os disponibilizados pelospróprios serviços educacionais já existentes no município eque apresentam lista de demanda reprimida. Os resultadosda análise contribuíram no desenvolvimento de ações deatenção a essa população, o que propicia maior e melhorqualidade de vida da cidade em sua totalidade.

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Cód. 2052

O olhar do professor do Ensino Médio naformação do jovem

GRACIOLI, Maria Madalena

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ituverava

Esse texto apresenta os resultados de uma pesquisa reali-zada com professores que atuam no ensino médio de duasescolas da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo,localizadas na cidade de Franca. Foram entrevistados 18professores responsáveis por diferentes componentes cur-riculares e com diversificada experiência no ensino médio. Oobjetivo era verificar como os professores percebem osjovens de sua escola e a importância no Ensino Médio naformação desses jovens. Os resultados da pesquisa apon-tam que os professores percebem apenas o aluno e não ojovem, entendido como categoria social, que há na pessoado aluno, bem como, que os professores não tem clarezada finalidade do ensino médio e das expectativas de seusalunos, não conseguindo, desta forma, visualizar como oconteúdo curricular que ministram pode contribuir, efetiva-mente, para melhorar a vida desses jovens. Os professoresencontram-se confusos no que tange à tarefa de prepararpara vestibulares de ingresso em universidades públicas econcursos, preparar para o universo do trabalho ou desen-volver conteúdos presentes no cotidiano dos jovens.

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Cód. 2072

Gêneros Textuais: direcionando o aluno à leitura eprodução por um viés crítico fundamentado na

pluralidade dos discursos

GUIRALDELLI, Lisângela Aparecida*SCORÇATO, Camilo dos Santos

SILVA, Christian Eduardo dos SantosSÁ, Maisa Cristina Pereira de

NUNES, Elvis da Silva

Fundação Educacional de Ituverava - Faculdade de Filosofia, Ciênciase Letras

O presente trabalho tem por objetivo explorar, apresentar ematerializar a pluralidade de gêneros textuais que circulamna sociedade (ambiente escolar e não escolar), suas especi-ficidades e características, além de fatores extralinguísticoscomo arquivo, intertextualidade, estilística, autoria, expres-são corporal e fatores áudio visuais. Além disso, o estudovisa a observar a linguagem dos alunos nas atividades deinterpretação e produção propostas e apresentar, dentro dogênero textual exposto, os possíveis estilos buscando umaidentificação dos alunos com cada gênero pesquisado. Essetrabalho faz parte de um projeto maior denominado PIBID(Programa Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência),financiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamentode Pessoal de Nível Superior). As atividades propostasenvolvendo os gêneros textuais e ligadas às questõesdocentes são elaboradas e aplicadas na tentativa de auxiliaros licenciando a se inserirem na realidade das escolaspúblicas de Ensino Básico, principalmente no que se refereà sala de aula, criando, desta forma, laços entre a universi-dade e as escolas; de desenvolver habilidades e competên-cias linguísticas, discursivas, de leitura e escrita tanto noslicenciandos bolsistas quanto nos alunos das escolas públi-

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cas e Educação Básica; de incentivar a leitura, a produção eo interesse pela língua materna e pelos seus recursos lin-guísticos e levar aos professores da rede pública novosconceitos e práticas referentes à língua portuguesa e ao seuestudo. O presente trabalho está sendo aplicado na E.M.E.F.Humberto França-Ituverava/SP com salas do Ensino Funda-mental, e os métodos utilizados para o desenvolvimento dasatividades são escolhidos de acordo com a necessidade,receptividade e desenvolvimento prático dos alunos nodecorrer do projeto. Busca-se a familiarização dos alunoscom a variedade textual, além da exploração de fatoresdiferenciados da prática pedagógica já banalizada em salade aula. Para a realização das atividades são utilizadasdependências da escola indo além da sala de aula. A biblio-teca, a sala de informática, a sala de áudio e vídeo, o auditó-rio e a rádio escola são espaços importantes para acondução das tarefas, além de realização de exposiçõestambém no pátio e ginásio esportivo. Essas atividades sãoapresentadas em forma de teatro, propaganda, blog, gêne-ros musicais e cinema.

* Bolsista PIBID (outras IES)

Cód. 2051

Grupo de extensão Ginga: o trabalho com acriança como um ser integral

HANASHIRO, Mariko*BONZANINI, Bruno Lobato

FONSECA, Genaro Alvarenga

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O objetivo deste trabalho é expor a metodologia pedagó-gica utilizada do grupo de extensão GINGA - Grupo deincentivo a Educação e ao Esporte, da Faculdade de CiênciaHumanas e Sociais Universidade Estadual Paulista, que

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presta serviços à comunidade local. A pedagogia adotadano grupo baseia-se principalmente em autores como PauloFreire, Rubens Alves e José Pacheco, autores que ressaltama importância da liberdade, da autonomia, da horizontali-dade, do pleno desenvolvimento infantil permitindo que acriança aja por si mesma, não como um projeto de adultovalorizando, desta forma, sua infância. Isso tem ocorrido demaneira insatisfatória na sociedade atual, pois cada vezmais cobra-se das crianças uma postura voltada para ofuturo e assim impede-se de viverem bem seu momentopresente. Por sua natureza, o grupo caminha de maneiraconflitante com as outras esferas que influenciam simulta-neamente os educandos. Os meios, familiar, escolar e social,são geridos pelos princípios e influências da Indústria Cultu-ral eliminando, de certa forma, a individualidade, o raciocíniocrítico e levam inclusive a um posicionamento de conformi-dade e naturalidade da realidade em que se inserem.Seguindo em uma direção contrária o GINGA representauma esfera emancipatória, que visa tornar as crianças maisreflexivas, críticas, ativas, criativas e principalmente consci-entes, ao mesmo tempo o grupo ocupa o lugar de umaesfera de amparo e acolhimento por visualizar a criançacomo um ser integral, com necessidades emocionais, psico-lógicas, afetivas muitas vezes desprezadas ou ignoradas noambiente externo. As atividades desenvolvidas pelo grupo,além de se dedicarem ao reforço dos conteúdos escolaresdedicam-se a promover valores humanos e discutir ques-tões do cotidiano como o consumo consciente, cidadania,meio ambiente, alimentação saudável, constituição degênero, todas essas atividades aplicadas de maneira lúdicae optativa. As práticas esportivas por sua vez são desenvol-vidas com o intuito de valorizar o equilíbrio entre a individu-alidade e a coletividade, as adaptações realizadas pelogrupo possuem este intuito, principalmente com relação àcoletividade e o combate à construção de gênero impostapela ideologia dominante. A atuação mútua de diversos pro-

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fessores abre espaço para que o educando possa comparti-lhar suas ideias e dificuldades, trabalhando a autoestimadeste além de suas necessidades afetivas. Desta forma oGINGA busca constantemente a construção do conheci-mento junto aos seus educandos, tendo como meta formarseres humanos.

* Bolsista BAAE II

Cód. 2018

O Estágio curricular e o ensino da prática jurídicano curso de graduação em Direito

HESPANHOL, Liliane Cristina de Oliveira

Universidade do Estado de Minas Gerais - Campus Passos

A temática central da pesquisa é a compreensão do signifi-cado do Estágio Curricular no processo de formação dobacharel em Direito, em sua dimensão formadora e a suacontribuição para a compreensão do fenômeno jurídico, talcomo se manifesta nas relações sociais. O estágio é defi-nido pelas diretrizes curriculares como uma atividade aca-dêmica indispensável à consolidação dos desempenhosprofissionais e deverá se desenvolver na própria instituiçãode ensino, garantindo a articulação entre os conteúdos teó-ricos e práticos. Assim adota-se como referencial a teoriza-ção feita por Vázquez, para quem teoria e prática são “duasformas de comportamento do homem em face da reali-dade, que se desenvolvem em estreita unidade, ao longo dahistória humana.” O estudo torna-se relevante, uma vez quefomenta a discussão sobre as possibilidades de superaçãoda crise do ensino jurídico, que necessita aproximar-se dosanseios e demandas sociais. Verificando-se o estágio emuma concepção dialética, foi realizada pesquisa bibliográ-fica e documental e, para melhor compreensão do objetode estudo, fez-se um estudo de caso do Núcleo de Prática

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Jurídica da Faculdade de Direito de Passos, da Universidadedo Estado de Minas Gerais. Constatou-se que o estágioexerce papel de relevo no processo de formação do futuroprofissional do Direito, pois se apresenta como o momentoprivilegiado da relação teoria-prática. Porém deve estarintegrado ao contexto do curso, através de sua articulaçãocom o Projeto Pedagógico.

Cód. 2011

Dançar: possibilidades para potencializar oprocesso de ensino-aprendizagem de pessoascom deficiência intelectual através da música

INOCÊNCIO, Mariana MartinesALVES, Maria Cherubina de Lima

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A gravidez é geralmente um período de muitas expectativaspara a família, já que alguns pais passam a criar fantasias eaté projetos de vida quanto ao futuro da criança. Mas nemsempre estes planos podem se concretizar. As famílias querecebem o diagnóstico de que seu bebê tem alguma defici-ência, podem vivenciar crises, sendo que a maioria não estápreparada para lidar com a nova situação. Paralelo ao perí-odo de aceitação da realidade, de reorganização da rotina edas funções de cada membro da família e da adaptação dofilho divergente, faz-se necessário a busca da ajuda de pro-fissionais e instituições capazes de explorar suas melhorespotencialidades. Todavia, existem nas instituições marcas daera militar, em que os corpos continuam a ser aprisionadose modificados, ou seja, o estudante educado é aquele quefica a maior parte do tempo sentado em sua carteira. Ocorpo é um meio de comunicação e exploração do mundo,porém diante de tais aprisionamentos, tem de buscar novas

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formas de se expressar. O presente artigo tem o objetivo derelatar a eficácia do uso da música no trabalho psicológicocom alunos com deficiência. Este trabalho é resultado umaexperiência de Estágio em Psicologia Escolar numa APAE(Associação de Pais e Amigos do Excepcional). A dupla deestagiárias da Psicologia fez um trabalho para melhorar oscomportamentos em uma sala de estudantes com deficiên-cia intelectual, com idades entre 18 a 27 anos, com ativida-des quinzenais, de duas horas de duração, no período deseis meses. Pautando-se na teoria de Foucault (1997), uti-lizou-se da música como uma rota de fuga do biopoderpara desenvolver a maior sensibilidade, afetividade, visão,audição e movimentos dos corpos. As atividades foram con-duzidas com o uso da música, e promoveram sempre rea-ções diversificadas fazendo com que tais estudantessentissem parte do grupo, zelando e respeitando suas limi-tações.

Cód. 2144

Abordagem sobre prevenção de acidentesinfantis em curso de design gráfico

KEPPLER, Maria Aparecida Brandão BonadioGIMENIZ-PASCHOAL, Sandra Regina

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

No Brasil, os acidentes na infância, principalmente quedas,afogamentos, queimaduras e intoxicações, são a principalcausa de morte de crianças entre um a 14 anos. Cerca deseis mil crianças até 14 anos morrem e 140 mil são hospitali-zadas anualmente. Tais acidentes ocorrem principalmentenos domicílios e nas escolas, sendo urgente maior atençãono enfrentamento do problema, que ocorre em todo omundo. Há muito a ser feito em relação a recursos huma-nos, é necessária uma participação ativa das universidades

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na formação de profissionais capacitados para o desenvolvi-mento de medidas preventivas relacionadas aos acidentes.A inserção da temática na formação inicial de profissionaisde diferentes áreas poderá trazer valiosas contribuiçõesmultidisciplinares, no caso dos profissionais de Design Grá-fico, estes podem contribuir na elaboração de materiaiseducativos e paradidáticos, praticamente escassos, os quaispoderiam ser utilizados em atividades educativas nas esco-las e em outros locais onde fossem necessários. Partesessenciais de políticas para redução de acidentes infantissão os programas educativos, voltados para o desenvolvi-mento de habilidades e mudança de comportamento decrianças, pais e responsáveis, e devem ser incorporados aestratégias multidisciplinares. Este trabalho é parte de umapesquisa maior, aprovada por Comitê de Ética (parecer nº1900/2010), e teve como objetivo fazer uma investigaçãocom universitários de um curso de Design Gráfico sobre aabordagem do tema prevenção de acidentes infantis dentroe fora da universidade e por quais meios essas informaçõesforam adquiridas. O estudo foi realizado nas dependênciasde uma Instituição de Ensino Superior particular. Participa-ram 49 alunos matriculados no terceiro módulo do curso deDesign Gráfico, com média de idade de 22,8 anos, sendo61% do sexo masculino. Foram utilizados o termo de con-sentimento livre e esclarecido dirigido aos participantes eum questionário com questões de múltipla escolha, elabo-rado para esta pesquisa, apreciados por pesquisadores etestado em estudo piloto. Os dados obtidos mostraram que88% dos alunos não haviam recebido informações sobreprevenção de acidentes infantis na universidade e 65%haviam recebido fora da universidade. Com relação aosmeios pelos quais receberam as informações fora da uni-versidade, 44,9 declararam ter recebido as informações pelaTV, 22,5 % pela internet, 28,5% por materiais impressos,22,5% por palestras e 14% por aulas no ensino fundamental emédio. Com base nestes achados conclui-se que é neces-

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sária a inserção de ações educativas acerca da prevençãode acidentes infantis no curso de Design Gráfico.

Cód. 2088

Estudo vivencial sobre a aplicação de práticasempreendedoras em Ensino e Educação

KUAZAQUI, Edmir

Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e UniversidadePaulista (UNIP)

Este artigo trata das práticas empreendedoras em ensino eeducação sob o ponto de vista do professor universitário,fazendo-se breve contextualização com as Instituições deEnsino Superior (IES) e tendo como foco o aprendizado doaluno. Essas práticas, conforme Lowman (2004), entende-secomo a arte do ensino universitário e não está relacionadoao termo stricto do empreender corporativo mas como asdiferentes ações aplicadas pelo docente no sentido demelhor transmitir seus ensinamentos e fazer com que ocorpo discente possa entender e compreender os conteú-dos ministrados e respectivas aplicações. Desta forma, oprofessor deixa de ser simplesmente um conteudista epassa a ser um facilitador do processo de aprendizagem.Para as descrições e análises, foram desconsideradas asquestões mais pontuais relacionados ao programa, ementae mesmo à legislação, mas considerando as partes relacio-nadas aos comportamentos e atitudes dos corpos docentee discente. Para a discussão, tornou-se necessária a concei-tuação e análises de termos, principalmente daqueles inti-mamente relacionados à construção do conhecimento e decompetências, como o ensinar, o aprender, o apreender, ametodologia e a didática aplicados à andragogia, ensinopara adultos. Destaca, assim, a importância da educaçãocontinuada, para a evolução de conteúdos, tanto do ponto

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de vista do docente quanto do discente. Após as análises ediscussões, será apresentada uma reflexão sobre a impor-tância de todo o processo de educação como fator deinclusão social, bem como os benefícios econômicos e soci-ais dele oriundos, se conjugados a ambientes que motivemas atitudes e ações empreendedoras, inovativas e criativas,de forma dialogada, constante, planejada e sustentada. Ametodologia empregada para a construção deste capítulovaleu-se de estudo exploratório, com técnicas bibliográficae de campo, principalmente o vivencial, a partir do registrosistêmico de experiências do autor do artigo bem como odepoimento de outros docentes. O registro decorreu dereuniões e discussões periódicas com professores e alunos,registradas em atas e principalmente apontamentos do pró-prio autor do artigo, caracterizando então como um estudoessencialmente qualitativo, sem comprovação estatística daaplicação dessas práticas.

Cód. 2132

Implantação do Polo de Apoio Presencial daUniversidade Aberta do Brasil em uma cidade do

interior paulista

LAHAM, Stelamary Aparecida DespincieriSANTOS, Rosimeire dos

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

O presente artigo objetiva descrever como se deu a implan-tação do Polo de Apoio Presencial da Universidade Abertado Brasil em uma cidade do interior paulista, com o escopode verificar a importância dos Polos UAB enquanto novosespaços de formação universitária. Com base em análisedocumental e bibliográfica o estudo relata a experiência daimplantação do Polo UAB de 2006 a 2012, inserida no con-

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texto da política de interiorização desta IES e do SistemaUniversidade Aberta do Brasil – UAB/DED/CAPES. Pararealizar o estudo foram analisados os seguintes documen-tos: a Lei de Criação, Termo de Cooperação Técnica e deingresso das primeiras turmas, bem como os documentosde efetivação de parcerias com as IFEs. Como resultado, aanálise traz, para a área de EaD, um a breve caracterizaçãodos órgãos mantenedores, levanta algumas especificidadesdo sistema de gestão bem como destaca alguns desafios edificuldades. Portanto, conclui-se que este estudo podeoferecer caminhos e possibilidades aos demais Municípiosda Federação que tenham o interesse na sua implantação,de forma a contribuir com a democratização de acesso aoensino superior público e de qualidade.

Cód. 2073

Educação e Serviço Social: Algumasconsiderações

LANÇA, Angelita Márcia Carreira Gandolf*

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente trabalho busca contribuir com o debate a res-peito da inserção do profissional de Serviço Social na Polí-tica de Educação. Dentre seus objetivos principais,encontra-se o de socializar parcialmente os resultados dapesquisa desenvolvida em nível de mestrado, intitulada Ser-viço Social e Educação – interfaces de uma atuação política,que trata das relações existentes entre o Serviço Social e aEducação, com foco na atuação política de ambas as áreas.O texto apresenta a importância da práxis do Serviço Socialna Política de Educação brasileira, enquanto política públicae de direito, não simplesmente como a conquista de maisum espaço de atuação profissional, mas como uma oportu-nidade política e ideológica de somar esforços em prol da

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construção de uma sociedade de fato democrática ecidadã. O estudo fundamenta-se por pesquisas de tipobibliográfica, documental e de campo (de tipo exploratória),com abordagem quantitativa e qualitativa, apresentandocomo universo o município de Ribeirão Preto - SP. Possuicomo referencial teórico metodológico o materialismo his-tórico dialético, pautando-se em pensadores clássicos econtemporâneos como Karl Marx e Gramsci, bem comoIamamoto, Martinelli, Saviani, Severino, Aranha, Romanelli,Pedro Demo, Faleiros, dentre outros, com o intuito de subsi-diar a analise da realidade do objeto sob uma perspectivacrítica.

* Bolsista CAPES

Cód. 2099

POLÍTICAS PÚBLICAS, O PROCESSO DAEDUCAÇÃO INCLUSIVA E O SIMAVE: um desafio ao

desenvolvimento humano e social

LEITE, Adriana Regina Silva*GERA, Maria Zita Figueiredo

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A presente pesquisa tem como objetivo investigar e discutiro desenvolvimento social e humano recorrente do processoda educação inclusiva no SIMAVE/PROALFA. O SistemaMineiro de Avaliação da Educação Pública – SIMAVE per-meia o âmbito educacional mineiro desde 2000, a partir deentão vem sendo aperfeiçoado e ampliado a fim de desen-volver programas de avaliação cujos resultados forneçaminformações importantes para o planejamento de ações emtodos os níveis do sistema de ensino. O Ensino Fundamentale Médio possuem, dentro desse sistema, diferentes modosde avaliação o PROALFA e o PROEB. A pesquisa estudaráamplamente somente o PROALFA que é aplicado nos ter-

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ceiros anos do ciclo inicial de alfabetização. As políticassociais voltadas à organização do Ensino Fundamental, oSIMAVE e a inclusão são componentes do processo ativo doensino-aprendizagem e esboçam a prática dos profissionaisda educação. Esta questão conduz a uma realidade atual naqual vivem os educadores em todo país, não sendo dife-rente no estado de Minas Gerais e, em particular, no municí-pio de Itamogi. Será realizado um estudo exploratóriodescritivo, de cunho qualitativo. O trabalho envolverá estudobibliográfico que apoiará todo o desenrolar da pesquisa edados de campo, através de entrevistas. Espera-se que osresultados da pesquisa auxiliem no desenvolvimento daimplantação da educação inclusiva nos objetivos doSIMAVE e na construção de uma realidade escolar inclusivaque garanta o desenvolvimento social dos educandos. Apesquisa não possui conclusões, pois se encontra em faseinicial de desenvolvimento, sendo que prossegue o levanta-mento bibliográfico sobre o tema, as leituras e fichamentose a preparação para a utilização do instrumento de coletade dados junto aos participantes da pesquisa.

* Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Cód. 2105

O intelectual orgânico gramsciano e a academia:influências Modernas ou Pós-Modernas?

MACHADO, Leonildo Aparecido ReisDAVID, Célia Maria

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O trabalho que se apresenta tem por objetivo a explicitaçãodo intelectual orgânico e sua possível relação, na atuali-dade, com o debate ideológico nas Ciências Sociais Aplica-das. Busca-se, por meio da pesquisa bibliográfica, o

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aprofundamento das correntes do pensamento Moderno edo Pós-Moderno e suas relações com o intelectual orgâ-nico, em Gramsci. Para tal êxito, se faz necessário partir daconcepção de que este conceito não teve, em Gramsci, oobjetivo de se relacionar com as duas correntes de pensa-mento supracitadas, principalmente com a segunda, que émais recente no debate acadêmico.

Cód. 2006

A ampliação do ensino fundamental no contextoda legislação brasileira

MALTA, MaísaSICCA, Natalina Aparecida Laguna

Universidade de Franca , Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras deItuverava

Resumo: Este estudo faz parte de uma pesquisa de mes-trado, sobre a ampliação do ensino fundamental (EF) e temcomo objetivo analisar a atual legislação educacional brasi-leira, considerando a política de ampliação dos anos iniciasde escolaridade. A lei 11.274/2006 incluiu as crianças de seisanos no EF, no entanto, em leis anteriores como as Diretri-zes e Bases da Educação Nacional (1996) e o Plano Nacio-nal de Educação (2001) já encontramos a intenção eposteriormente a meta, de se ampliar de oito para noveanos a duração deste nível de ensino. A pesquisa caracte-riza-se como qualitativa e para sua realização, utilizamosanálise da legislação e de documentos oficiais voltados paraa implementação de políticas educacionais, bem como dis-cussões de autores da perspectiva crítica sobre o tema.Apresentamos a análise das duas principais leis que altera-ram as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, referente àmudança da faixa etária para início do EF, e dos parecerespublicados a fim de esclarecer e orientar os sistemas de

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ensino quanto à ampliação. A análise dos dados indica queno período anterior a lei que instituiu a inclusão das criançasde seis no EF, entre 2001 e 2004, já ocorriam mudanças emalgumas redes e sistemas de ensino, ou seja, crianças deseis anos já estavam sendo matriculadas no EF, e que em2005 houve alteração na lei de diretrizes e bases tornandoobrigatória a matrícula dessas crianças, porém sem a efeti-vação da ampliação, dessa forma, muitas delas entrarammais cedo no EF e não tiveram acesso aos nove anos hojeprevistos. Esta medida implicou na diminuição da perma-nência dessas crianças na educação infantil, nível de ensinodestinado a elas antes da lei de ampliação e que contemplaaspectos importantes do desenvolvimento do indivíduo. Em2006, com a nova legislação houve de fato a mudança doEF de oito para nove anos, e a questão da idade e perma-nência neste nível de ensino, foi regularizada.

Cód. 2069

Equidade e Gênero: análise de trajetórias deegressas do Curso Técnico de Economia

Doméstica

MANZAN, William AlexandreSUFICIER, Darbi Masson

MUZZETI, Luci Regina

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

O trabalho avalia questões de gênero nas trajetórias deduas egressas dos Curso Técnico de Economia Domésticade uma instituição de ensino do interior do Estado de MinasGerais. A investigação foi conduzida por meio da aplicaçãode questionários e da realização de entrevistas semiestrutu-radas, e utiliza das categorias de análise e método de PierreBourdieu para classificação e apreciação das disposições

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primárias tipicamente associadas ao habitus de gênero. Dis-posições que se manifestam de forma fragmentada emdiferentes domínios da trajetória das agentes e que consti-tuem a lente de apreciação do mundo social. Após análisedas categorias observadas em distintas instâncias das histó-rias de vidas das agentes participantes da pesquisa,observou-se que o habitus de gênero, reestruturado nasrespectivas trajetórias, permeou todo o percurso escolar,social e profissional, fato constatado também nas estraté-gias de investimentos escolares, escolhas profissionais,estratégias de conservação e de reestruturação do habitus.

Cód. 2059

SERVIÇO SOCIAL, EDUCAÇÃO E CAPITALISMO:Uma análise da produção de conhecimento como

estratégia teórico-política de resistência

MARIANO, Valquiria AlvesBRAGA, Luana

CARVALHO NETO, Cacildo Teixeira de*FRANÇA JUNIOR, Reginaldo Pereira*

BARROS, Jaqueline de Melo

Universidade de Uberaba - UNIUBE

O processo de amadurecimento intelectual historicamenteconstruído no serviço social influenciou diretamente osavanços da profissão, tendo como base central os funda-mentos teórico-metodológicos da teoria social de Marx que,além do suporte metodológico, ofereceu à profissão deter-minada direção social, que se denominou nos anos 1990 de“Projeto ético-político”. Catalisado e determinado pelas for-ças de produção sob a égide do capital, o Serviço Socialenfrenta - como qualquer outra profissão- cotidianamenteas metamorfoses da lógica capitalista, por meio de um pro-

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cesso de reatualização (político-ideológica) do conservado-rismo, fundado em concepções de bases reacionárias.Porém, o constante aprimoramento, fundamentado emarcabouço teórico-político da profissão, é condicionanteessencial para permitir a apreensão crítica do concreto nadireção de um enfrentamento político-ideológico na direçãodo fortalecimento dos trabalhadores. A formação profissio-nal do assistente social passa por um processo de submis-são aos interesses do capital que influencia diretamente naconsolidação do perfil discente. Na direção de uma reflexãocrítica, em tempos de agudização do grande capital sob aeducação, se faz necessário repensar a função social daeducação no sentido de uma formação crítica, fundada naoposição à determinabilidade do capital. Isso requer umconjunto de fundamentos teóricos e de valores políticos vin-culados à classe trabalhadora, rumo à superação da educa-ção formal-conservadora e acrítica. Assistimos diariamenteas contrarreformas do Estado e concomitantemente a pre-carização da educação, o que coloca o Serviço Social numaarena conflituosa que revela o posicionamento da profissãona contracorrente em todas as instâncias da vida social. Énesta conjuntura histórica que a profissão destaca-se medi-ante seu posicionamento de classe, mediado pela educa-ção para a emancipação. É possível refletir que a educaçãona atualidade, tem sido utilizada como estratégia de coer-ção/consenso, situado num campo complexo, permeadode interesses profundamente divergentes, operados pelalógica do mercado, de cariz pós-moderno, que colabora nodesmonte da educação libertária. Nesse emaranhado deconflitos inscreve-se o trabalho profissional do assistentesocial que desempenha o papel sócio-político de educadornos espaços de formação profissional em Serviço Social. Opresente trabalho tem como objetivo geral identificar aabordagem da temática sobre educação nos Trabalhos deConclusão de Curso em Serviço Social da Universidade deUberaba, no período de 2006 a 2012. Como objetivos espe-

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cíficos destacam-se: discutir a contribuição do profissionalno processo educacional, considerando seu compromissopolítico; conhecer a produção teórica do curso de gradua-ção em Serviço Social da UNIUBE, com enfoque central naeducação. Como procedimentos metodológicos, utilizamosde pesquisa bibliográfica, documental, de natureza explora-tória e abordagem quanti-qualitativa. A pesquisa tem comopressuposto teórico-metodológico a teoria social de Marx,apoiada em autores que oferecem a sustentação teórico-metodológica para debater a temática, que sem sombra dedúvida emerge como uma categoria central para com-preender a educação na sociabilidade do capital e, princi-palmente, de oportunizar condições objetivo-concretas delutar constantemente pela transformação do mundo dascoisas em um mundo de homens.

* Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Cód. 2057

SUPERVISÃO ACADÊMICA DE ESTÁGIO EMSERVIÇO SOCIAL: Um convite ao debate

MARIANO, Valquiria AlvesBRAGA, Luana

CARVALHO NETO, Cacildo Teixeira deFRANÇA JUNIOR, Reginaldo Pereira*

SILVA, Marcia Cristina Freitas

Universidade de Uberaba - UNIUBE

O presente trabalho tem como objeto de estudo o trabalhoprofissional do assistente social enquanto supervisor acadê-mico de estágio. Como objetivo geral busca-se: conhecer osdesafios inerentes a Supervisão Acadêmica de Estágio emServiço Social. Tem como objetivos específicos: identificaras legislações e normativas correlatas ao estágio supervisi-

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onado em serviço social; refletir as particularidades atinen-tes ao estágio em serviço social; discutir o exercício profissi-onal do assistente social enquanto supervisor acadêmico deestágio. A discussão do estágio em serviço social traz a tonaespecificidades inerentes à profissão, por tratar-se de umaatribuição privativa do assistente social, em que, são parcasas reflexões sobre a temática. Remete-nos pensar que, osdesafios atuais perpassam a esfera meramente acadêmicae se insere na dinâmica da totalidade da vida social dossujeitos. O aluno é parte de um precariado, inserido nomundo do trabalho em que esta subsumido não apenas aprecarização salarial, mas, a precarização existencial(ALVES, 2013). Vale elencar que, o trabalho profissional doassistente social neste contexto, não o coloca em posiçãoprivilegiada, ao contrário, inserido na esfera das relaçõessociais enquanto trabalhador assalariado, também esta sub-sumido a todas as barbáries do capital. Foram utilizadoscomo procedimentos metodológicos: pesquisa bibliográfica,documental, de natureza exploratória e abordagem qualita-tiva. A pesquisa tem como pressuposto teórico, o materia-lismo histórico dialético, apoiada em autores como: IstevanMészaros, Maria Lúcia Barroco, José Paulo Netto, MarceloBraz, Buriolla, Lewgoy, Mariano, Iamamoto, Yolanda Guerra,entre outros que fundamentaram este estudo.

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Cód. 2083

A configuração do SGDCA e o direito à educaçãono município de Franca/SP

MARTINS, Eliana*OLIVEIRA, Nayara Hakime Dutra

SANCHES, JéssicaRODRIGUES, Fabiana Burgo

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente artigo traz resultados parciais da pesquisa finan-ciada pelo CNPQ intitulada: O Serviço Social e o Direito àEducação Básica (educação infantil e ensino fundamental)no município de Franca(SP), cujo objetivo principal é analisara efetivação do direito à educação básica no referido muni-cípio avaliando como os atores envolvidos nos três eixos doSistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adoles-cente que garantem o direito à educação deste segmentopopulacional, conforme previsto nas legislações. Objetivatambém compreender a contribuição do Serviço Socialneste processo. Os pressupostos teóricos que fundamen-tam a pesquisa estão alicerçados na concepção crítica deeducação, ou seja, a educação emancipatória; nos princípiosético-políticos do Serviço Social e na lei que regulamenta aprofissão; no estudo crítico da Política de Educação básicabrasileira, os seus marcos legais e, em especial a Resoluçãon. 113, de 19 de abril de 2006 do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente. Nos limites desteartigo pretende-se apresentar o panorama do SGDCA rela-cionado ao direito à educação – foco da pesquisa.

* Bolsista PIBIC/CNPq

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Cód. 2095

Adolescentes que cumprem medidassocioeducativas e o direito a educação

MARTINS, Eliana*SANCHES, Jéssica

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente artigo traz os resultados iniciais da pesquisa inti-tulada O direito à Educação dos adolescentes que cum-prem medidas socioeducativas no programa desenvolvidono Centro de Referência Especializado em AssistênciaSocial (CREAS) do município Franca/SP, financiada pelaFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo(FAPESP). O principal objetivo da pesquisa é analisar comose operacionaliza o acesso ao direito à Educação dos referi-dos adolescentes. Para tanto serão investigadas questõesrelativas ao acesso, permanência, defasagem desérie/idade, abandono escolar e preconceito nas escolaspúblicas de ensino fundamental de Franca/SP. Serão esco-lhidas as escolas que tiverem o maior número de adoles-centes cumprindo PSC e LA. Utilizaremos a pesquisaqualitativa para compreensão aprofundada do objeto dapesquisa, relacionando-o e contextualizando-o com a reali-dade, considerando que esta se encontra em constantetransformação e contradição. Por fim, pretendemos comessa pesquisa contribuir para estratégias de atuação profis-sional do Serviço Social que visem garantir o direito à edu-cação dos adolescentes em PSC e LA do CREAS deFranca/SP.

* Bolsista FAPESP

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Cód. 2046

Educação Ambiental no Brasil: Popular oucomportamental?

MARUBAYASHI, Iara Maki Endo*GIOMETTI, Analúcia Bueno dos Reis

CASTRO, Ana Flavia Luca deMATTOS, Bianca Nogueira

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A pesquisa aqui apresentada foi desenvolvida com o fito deentender melhor os pressupostos da Educação AmbientalPopular, no contexto do processo educativo sobre a proble-mática ambiental, construída com o objetivo de tratar dosassuntos relativos ao alcance de uma sociedade sustentá-vel. Neste sentido, há a percepção de que dentro da Educa-ção Ambiental-EA existem ramificações em sua práxis,diferenciando-os e catalogando-os em dois grandes gru-pos: EA Comportamental e EA Popular. Ambas tratam daquestão ambiental de forma transversal e articulada comoutras áreas do conhecimento, contudo, existem diferençasna percepção e tratamento sobre o assunto. A EducaçãoPopular teve origem e desenvolvimento com o grande edu-cador Paulo Freire, da qual dedicou sua vida para desenvol-ver e disseminar esta prática libertária, por meio de ummétodo educativo com vias para a emancipação da huma-nidade. Seguindo nesta perspectiva, com a necessidadepremente de implantar uma educação ambiental no cotidi-ano da população, ressaltando que a educação não é neu-tra, pelo contrário, ela é palco de uma guerra ideológicaconstante, e que em sua prática sempre existe uma intenci-onalidade, um direcionamento. Portanto, à partir desta per-cepção se estimulou o desenvolvimento da presentepesquisa, que visa uma maior compreensão sobre os cami-nhos trilhados da EA hoje vigente no Brasil, refletindo se ela

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através de suas ações-estruturantes possibilita caminharpara uma sociedade sustentável. A pesquisa foi bibliográficae documental, com caráter exploratório, tendo todo o mate-rial analisado pela perspectiva teórica dialética marxistacom ênfase no eco-socialismo, utilizando-se de autoresconsagrados nesta área de estudo, como Lucie Sauvé, Isa-bel Carvalho, Philippe Layargues e Sandro Tonso.

* Bolsista CAPES

Cód. 2124

A Discussão da Educação Sexual nos ParâmetrosCurriculares Nacionais (PCN)

MOKWA, Valeria Marta Nonato Fernandes*GONINI, Fatima Aparecida Coelho

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A sexualidade é um tema discutido nos interditos, conside-rado um tabu, entretanto, nem sempre esteve nesta condi-ção, houve épocas em que era tratado abertamente, comnaturalidade e sem a conotação do impuro. O homem estaem constate evolução, e desta forma, tudo que o rodeiatambém se altera de acordo com a época e as necessida-des no seu tempo, assim, a sexualidade, vista como um pro-blema de saúde pública adentra nos domínios da educação,e a escola, como formadora, cabe à divulgação e a orienta-ção, mesmo, a princípio voltando-se a uma educação biolo-gizante, mas ainda assim, cabendo a ela a formação deindivíduos críticos. Foi através dos Parâmetros CurricularesNacionais (PCN) que o tema transversal Orientação Sexualfoi inserido nos programa das escolas, e a questão queenvolve esta política pública é sua elaboração, o professor,que é quem ministra a disciplina, entretanto, não participada elaboração desse material, o que causa um desencontro,já que é ele o responsável pela execução dessas políticas.

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Este artigo objetivou possibilitar discussões e reflexões rela-cionadas à sexualidade e a elaboração e execução dos PCNpelos profissionais nas escolas referenciando teóricos queabordam a temática.

* Bolsista Capes

Cód. 2001

A Residência Integrada Multiprofissional emSaúde da UFTM - RIMS: Reflexões sobre uma

proposta de educação continuada

MORAES, Juliana CançadoARAÚJO, Camila Cristina Carvalho de

MARTINS, Rosane Aparecida de Sousa

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei nº 9.394de 20 de dezembro de 1996, artigo 21 aponta que a educa-ção escolar é organizada em educação básica e superior.Este trabalho objetiva analisar a educação superior comênfase numa modalidade em nível de pós-graduação latosensu, que se caracteriza como treinamento em serviço soba supervisão de profissionais habilitados. Trata-se da pro-posta de educação continuada através do programa deResidência Integrada e Multiprofissional em Saúde – RIMS.Os procedimentos metodológicos utilizados foram a pes-quisa bibliográfica que consiste em leituras e fichamentosde textos, artigos e livros que tratam de temas pertinentesao assunto, produzido por autores especializados e ouórgãos oficiais e a pesquisa documental. A RIMS é umamodalidade de ensino que constitui um espaço privilegiadode educação continuada, auxiliando no aprimoramento pro-fissional pautados na ética, formação cientifica, com habili-dade técnica e capacidade de aprendizado paracontinuidade de sua formação, durante seu percurso profis-

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sional. O Ministério da Saúde (MS) em parceria com o Minis-tério da Educação (MEC) ao implantarem os programas deresidência multiprofissionais apostaram na formação multi-profissional como perspectiva interdisciplinar dando visibili-dade às profissões que a compõem integrando váriossaberes profissionais, visando ampliar os benefícios para apopulação efetivando a integralidade da atenção à saúde. OPrograma de Residência Integrada Multiprofissional emSaúde da Universidade Federal do Triangulo Mineiro-UFTM, teve início em março de 2010 e atualmente dispõedas seguintes profissões: enfermagem, fisioterapia, nutrição,psicologia, serviço social, terapia ocupacional e educaçãofísica. A mesma é divida por ciclos de vida: saúde da criançae adolescente, saúde do adulto e saúde do idoso. No pri-meiro ano de residência os profissionais são lotados no Hos-pital de Clínicas da UFTM e no segundo ano atuam nasUnidades Básicas de Saúde do município de Uberaba.Assim a experiência da implantação e implementação daRIMS da UFTM tem contribuído para a análise dos aspectossociais, econômicos, políticos e culturais que interferem noprocesso de aprimoramento profissional desenvolvendopropostas de trabalho que promovam a articulação da teo-ria com a prática efetivando a qualidade do atendimento, ahumanização na atenção em saúde e a qualificação profissi-onal a partir de uma proposta de educação continuada.Neste contexto, pode-se afirmar que a especialização latosensu em Residência multiprofissional vem ao encontro doque indica a LDB que diz que a educação deve atender atodas as etapas do processo formativo com vistas à forma-ção da pessoa humana. Portanto, a educação continuadanos remete a diversas formas de aprimoramento na área deformação de recursos humanos e qualificação profissional.

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Cód. 2061

O ensino público de nível superior e sua influênciano desenvolvimento regional: o processo deencampação de uma Instituição de Ensino

Superior privada por uma Universidade pública

MORAIS, Felipe Avelino Felix*CAVALCANTI-BANDOS, Melissa Franchini

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

O presente artigo tem como objetivo central apresentar adiscussão teórica sobre a influência do ensino público supe-rior no desenvolvimento regional visando delinear uma pro-posta de pesquisa acerca do processo de encampação daFundação de Ensino Superior de Passos (FESP) que é Insti-tuição de Ensino privada, pela Universidade do Estado deMinas Gerais (UEMG) que é Universidade pública. Nessesentido, a partir de um levantamento bibliográfico explorató-rio, com base em dados secundários, enfatizaram-se osconceitos de desenvolvimento regional e o papel das políti-cas públicas, baseando-se nas visões de Furtado (1980),Martinelli e Joyal (2004), BID (2007), Cavalcanti-Bandos eCarvalho Neto (2010). Além, apresentou-se no contexto,importante elemento da discussão teórica, que é a relaçãoentre o Ensino Público e privado, fundamentado nas propo-sições de Ball (2004), Cunha (1999), Catani e Gilioli (2005) eCouto (2011). Apresentou-se também, o desenvolvimentohistórico das instituições de ensino superior, como pontoimportante da discussão, usando como referência Luckesiet al (1998), Demo (1994), Araujo (2000) e Santos (2010). E porfim, apresentou-se a relação entre a UEMG e a FESP, princi-palmente na visão de Brito (2009) e da Constituição Mineira(1989). Após o embasamento teórico, identificou-se comoobjeto importante deste processo investigatório, a realiza-

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ção de um estudo de caso no campus de Frutal (MG), localque este processo de encampação já ocorreu. Acredita-seque os dados encontrados servirão de apoio para orientar oconteúdo das entrevistas que se propõe na proposta depesquisa que envolve o processo de encampação da FESPpela UEMG. Com isso, pretende-se fornecer subsídio para aampla discussão dos benefícios e consequências, noâmbito do desenvolvimento regional, da implantação deuma instituição de ensino superior pública e gratuita emPassos (MG).

* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Cód. 2071

NEPS: a construção da subjetividade e daeducação no meio universitário

MOURA, Letícia BuranelloFONSECA, Genaro Alvarenga

PELUZO, Melayne Aparecida da CarvalhoCURCIOLLI, Laísa Neves Malta

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Iniciam-se em agosto do ano de 2012 as primeiras dis-cussões acerca da real necessidade em se estabelecer umgrupo de estudos e de pesquisa que pudesse contemplar oaluno universitário, em toda a extensão de sua subjetivi-dade, debruçada repentinamente sobre um ambiente dis-tinto e ricamente plural, destoante de todas as experiênciasaté então vivenciadas: a universidade. Traçam-se, assim, osiniciais contornos do Núcleo de Estudos de Psicologia eSubjetividade (NEPS) na Universidade Estadual Paulista“Júlio de Mesquita Filho, adotando o presente grupo comoeixo central a produção da subjetividade e da educação nomeio universitário, partindo-se, para tanto, da observância

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atenta do cotidiano daqueles que se inserem nesta esfera.Figura, então, a universidade como espaço de desconstru-ção, tendo em vista o choque cultural que proporciona aoingressante, levado a indagar os valores já trazidos consigo(religiosos, morais, comportamentais, políticos, ideológicos).Busca-se, destarte, a composição de um espaço em que aescuta do vivenciado pelo outro é primordial, a fim de queconsiga o universitário encontrar-se nas experiências dosdemais, vendo acalentados seus questionamentos, incon-gruências e desconfortos provenientes do alargamento dehorizontes conferido pelo contato com o novo e, portanto,desconhecido. Entende o NEPS que é basilar devotar-seatenção ao aluno como ser que também sente, sofre,frustra-se, angustia-se, tem medo, libertando-se do carátermeramente científico que rege todo o espaço da universi-dade: o estudante é casa de sentimentos, não tão sómorada e produtor do conhecimento científico. Tal visão doaluno, puramente dogmática, faz com que a depressão, osuicídio, o aborto, as agressões se esquivem para os becospouco iluminados do ambiente universitário, como temáti-cas pouco dignas de apreciação neste âmbito. É preciso,então, oferecer terreno fértil, capaz de acolher as experiên-cias, inquietações, dúvidas, frutificando-as em auxílio, refle-xão, propositura de mudanças, pelo ouvir atento do outro:eis o intento do NEPS. O pensar de grandes mestres da Psi-cologia, como Freud, Lacan e Guattari, direciona a com-preensão a respeito do papel que a universidadedesempenha na edificação da subjetividade do aluno, tan-tas vezes mero reflexo do outro. Afinal, é possível pensar demaneiras distintas ou se impõe um padrão de pensamentodito libertário, mas que acaba por aprisionar o pensar indivi-dual? Tem as cores da realidade a liberdade de expressão?De modo que sejam atendidas tais pretensões, o Núcleo deEstudos de Psicologia e Subjetividade realiza reuniõessemanais com a presença do orientador, cuja função é ini-ciar o debate acerca do assunto a ser abordado e coordená-

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-lo. Tais reuniões não possuem um padrão pré-definido,sendo a maior parte delas pautada por fatos ocorridos den-tro da própria universidade, de relevância para toda a coleti-vidade acadêmica. É ainda importante salientar que o NEPSé um grupo recém-formado, não possuindo dados concre-tos referentes ao apresentado pelos alunos, sendo este, umdos escopos do grupo, que pretende traçar o perfil não ape-nas do unespiano, mas também de todos os universitários.

Cód. 1997

Elisée Réclus: educação e sociedade

NARITA, Felipe Ziotti

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A historiografia da educação (e mesmo a historiografia sobreo século XIX) – especialmente com os trabalhos de Fran-cesco Codello, Mario Manacorda, George Woodcock eFederico Ferretti – tem enfatizado o papel das correntesteóricas e movimentos anarquistas para o entendimento daeducação entre a segunda metade do século XIX e as pri-meiras décadas do XX. A análise da história das ideias peda-gógicas é central para a compreensão das diversasdimensões que compõem os movimentos anarquistas: opresente trabalho, nesse sentido, analisa alguns traços daobra do geógrafo francês Elisée Réclus (1830-1905), umadas principais figuras do movimento anarquista da segundametade do século XIX. A bem da verdade, o autor, em suavasta publicação escrita (abordando temas que vão da geo-grafia à política, por exemplo), não estruturou um “corpus”sistemático de proposições sobre o ensino e a pedagogia:como discutiremos neste trabalho, não se trata, no entanto,de um “autor menor” nas reflexões sobre educação. Afinal, énos rastros das próprias críticas construídas por Réclus àsociedade de seu tempo (autoridade, clericalismo, hierar-

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quia etc. – bases da “anarquia” reclusiana) que se situamsuas concepções propriamente “pedagógicas”: criticando asformas das associações humanas, bem como as relaçõessociais construídas, o autor leva a cabo uma crítica ao sabere à escola – enfim, à própria educação, entendida comouma prática social. Afinal, é também por meio dela queRéclus reflete sobre os limites de sua própria sociedade,tematizando a educação e o ensino por meio de críticasferozes à sociedade e à escola do Oitocentos. Esta pesquisaconcentra-se em documentação analisada em arquivosfranceses (especialmente em impressos digitalizados da"Bibliothèque nationale de France"), discutindo livros, panfle-tos e prefácios assinados por Réclus (todos publicadospelos meios de difusão da imprensa anarquista na Françaoitocentista). Trata-se, portanto, de discutir o próprio lugardo autor no pensamento anarquista, bem como situar suasreflexões no entendimento da história da educação no oito-centos. Por meio de ácidas observações sobre a escola e oensino, Réclus desdobrava o próprio ato da instrução-educação sobre uma prática social e política.

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Cód. 2043

O PET - Serviço Social Conexões de Saberes e aformação superior: a perspectiva de uma nova

cultura social popular

NASCIMENTO, Daiana Cristina do*LADEIRA, Mariana Rosa Alves

ALBINO, Nathália MoreiraFREITAS, Natália Cristina

FARINELLI, Marta Regina

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O Programa de Educação Tutorial – Conexões de saberes éum programa destinado a estudantes de origem popular;objetivando contribuir com a formação de habilidades ecompetências, por meio de atividades de ensino, pesquisa eextensão. É um programa comprometido com a troca desaberes entre a comunidade e a universidade, e, conse-quentemente com uma formação de qualidade responsávelpor uma nova cultura social popular. Além disso, o programatem como propósito viabilizar a permanência dos discentesna universidade, por meio de bolsas (auxílio financeiro), ouaté mesmo pelo benefício cognitivo e incentivo erudito.Sendo assim, não somente o PET Serviço Social Conexõesde Saberes da UFTM, mas todos os programas PET Cone-xões de Saberes, devem atuar na universidade e na comu-nidade, favorecendo a troca entre conhecimentos científicose populares. Logo, a estrutura do programa propicia a inten-sificação da participação popular e a construção de umaformação exógena aos muros da universidade, mediantesuas diversas atividades, projetos e ações; facilitando assimuma ação transformadora através da dialogicidade entre osgrupos sociais. Para tanto, são elaborados projetos que prio-rizam o envolvimento, acesso e permanência de estudantesde comunidades populares na universidade; corroborando

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para a construção do desenvolvimento humano, político esocial. Dentre eles está o projeto “Você na Universidade”,que visa discutir a luta travada por uma educação superiorde qualidade empregada genuinamente a todos, tendocomo premissa básica o exercício da educação voltada paraos direitos humanos, na construção e formação políticaestudantil dos jovens de comunidade popular. O intuito éaproximar esses jovens na discussão acerca dos limites edesafios da atual configuração da educação pública brasi-leira. E, para isso, foi realizado um estudo crítico acerca dosdeterminantes culturais, sociais e históricos que provocaramo contraste da desigualdade educacional na contempora-neidade, considerando também a Constituição Federal Bra-sileira de 1988, a LDB - Lei de Diretrizes e Bases daEducação, e o REUNI - Reestruturação e Expansão das Uni-versidades Federais; como primordiais para o acesso dacamada popular na universidade brasileira. Assim, foramrealizadas oficinas em cinco escolas públicas de Uberaba -MG, divulgando e dialogando com os discentes sobre oscursos, projetos, programas de auxílio estudantil, direito àuniversidade pública, dentre outros temas relacionados aoacesso e permanência acadêmica. Foi possível verificarresultados positivos dos jovens participantes, tanto no diá-logo, quanto nas manifestações de interesse em adentrarno ensino superior e compreender a dinâmica educacionalna conjuntura brasileira. A partir desta experiência pode-seconcluir que é através de projetos como este, que possibili-tam a problematização da realidade da educação brasileira,que os sujeitos envolvidos neste processo serão capazes derefletir criticamente as contradições da sociedade neolibe-ral; e com isso, propor novas alternativas para a transforma-ção do ensino público de qualidade, acessível à todos e quevise à emancipação política.

* Bolsista Ministério da Educação - PET

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Cód. 2089

Educação Inclusiva

NAZARETH, Simone CristinaCOSTA, Valquécia dos Santos

FARINELLI, Marta ReginaOLIVEIRA, Bruna Dias da Silva

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O artigo é um estudo teórico que possui como objetivoconhecer a realidade da educação inclusiva no Brasil, mos-trando algumas dificuldades e conquistas. Utilizamos olevantamento bibliográfico acerca do assunto, através deobras e artigos que contribuíram para a compreensão datemática, bem como realizamos pesquisa documental,sobre Declaração de Salamanca (1994), Política Nacional deEducação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva(2008), entre outros. Para o estudo partimos do pressupostoque a escola oferece direcionamentos eficientes na buscado ensino de qualidade para as pessoas com deficiência.Neste sentido, é importante definirmos que educação inclu-siva é “a prática da inclusão de todos’ – independente deseu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural– em escolas e salas de aula provedoras, onde as necessi-dades desses alunos sejam satisfeitas” (STAINBAK E STAIN-BACK,1999, p. 21). Nesta perspectiva, varias conquistasforam garantidas, principalmente após a Constituição Fede-ral de 1988, em que as políticas públicas voltadas para aeducação especial no Brasil começam a traçar um novocaminho, com vistas a uma escolarização efetiva e universa-lizadora. Vários estudiosos como Mantoam (2003),Sassaki(1999), Stainback, (1999) debatem sobre a Declaração deSalamanca (1994) como instrumento decisivo na contribui-ção para o reconhecimento da inclusão das pessoas comdeficiência, sendo assim a década de 1990 é um marco his-

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tórico para educação inclusiva. As pessoas com deficiênciasão pertencentes a um grupo marginalizado e ficam sub-metidas as desvantagens impostas pela sociedade quesobrepõe sobre esse segmento barreiras físicas e legais.Estas apresentam inúmeras dificuldades para o aprendi-zado, fazendo-se necessário uma educação que priorize oque trata a Constituição de 1988, em seu art. 206, inciso I“igualdade de condições para o acesso e permanência naescola”, como também o cumprimento da Política Nacionalde Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusivaque propõe “o acesso, a participação e a aprendizagem dosalunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvi-mento e altas habilidades/superdotação nas escolas regu-lares, orientando os sistemas de ensino para promoverrespostas às necessidades educacionais especiais [...]”.Porém, por mais que sabemos da existência dessas legisla-ções que garantem o direito das pessoas com necessida-des especiais, por mais que a sociedade tem discutido esseassunto, por mais que o número de matrículas de alunoscom deficiência nas escolas de ensino regular tenha cres-cido de forma relevante – “crescimento de 640%, de 43.923alunos em 1998 para 325.316 em 2006 [...]” (MEC/SEESP,2007, p.6) a materialização dos direitos não se faz presenteno cotidiano destas pessoas. Alguns estudiosos revelamque na realidade a comunidade escolar não se encontrapreparada para a inserção destes alunos devido à falta derecursos materiais e suporte pedagógico para o desenvolvi-mento da educação inclusiva de qualidade em classesregulares. Concluímos, após os estudos realizados que pormais que as lutas coletivas tenham sido significativas para agarantia de direitos a forma de entender, gestar o princípioda inclusão ainda é incipiente, necessitando de (re)pensarpropostas que atendam as reais necessidades do cidadão,no que se refere a uma verdadeira inclusão social noespaço educacional.

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Cód. 2012

Uma análise sobre a política educacional no Brasildurante o Período Joanino (1808-1821)

OLIVEIRA, Anelise Martinelli Borges*

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

A transferência de D. João VI e da Corte Portuguesa para oBrasil em 1808 foi responsável por consideráveis transfor-mações no âmbito educacional, uma vez que promoveu acriação de instituições até então inexistentes. A política edu-cacional estabelecida pelo regente foi uma extensão dapolítica que vinha sendo desenvolvida em Portugal, base-ada em grande parte nas Reformas Pombalinas, que confe-ria maior propagação do ensino superior em detrimento doensino básico. Como mecanismo de legitimação do governotransplantado, o monarca português publicou várias medi-das educativas que tinham como finalidade a difusão daeducação, a partir da criação de escolas, aulas régias e aca-demias. A análise dos documentos oficiais publicados por D.João VI no Brasil permite constatar que, para promulgaressa política educacional, o governo joanino se utilizou deDecretos do Império, Decisões do Império, Alvarás do Impé-rio, Decretos do Executivo, e, Cartas Régias, os quais foramde suma importância para o estabelecimento do processocivilizatório que o Brasil era palco. Apesar de a política edu-cacional ter sido destinada, na maioria das vezes, à determi-nada parcela da sociedade – mais precisamente à elitemasculina – observa-se que homens desprovidos de bensmateriais também podiam ter acesso ao ensino medianteconcessão de pensões. A análise desses documentosenquanto fonte primária permite ainda verificar que a pro-mulgação da política educacional ocorreu não apenas naprovíncia do Rio de Janeiro, cuja capital acomodou a Corte e

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se tornou sede da monarquia portuguesa, mas, também, emoutras províncias.

* Bolsista CAPES

Cód. 2128

A Uni-Facef e sua contribuição para o atualdesenvolvimento regional na formação em

Ciências Econômicas e Engenharia de produção

OLIVEIRA, Evandro Gabriel deMASSON, Raiana Exaltação

FADEL, Bárbara

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Este trabalho busca relatar sobre o contexto econômicorelacionado às necessidades do mercado com vistas ao seucrescimento e desenvolvimento. Entre elas destaca-se ainfraestrutura e, consequentemente, a mão de obra qualifi-cada, representadas, nesta pesquisa, pelas áreas das Ciên-cias Econômicas e da Engenharia de Produção, ambasoferecidas pelo Uni-FACEF. Tem como objetivo destacar oempenho da instituição em oferecer uma formação perti-nente às exigências atuais do mercado que visam ter profis-sionais qualificados. Assim será feita uma pesquisadocumental e exploratória com levantamentos de dadossobre a criação, perfil dos alunos, disciplinas oferecidas eáreas de atuação. Buscar-se-á os dados no Centro de Docu-mentação e Memoria do Uni-FACEF e em entrevistas estru-turadas aplicadas aos chefes de Departamentos. Espera-sepontuar a pertinência da implementação dos cursos e a atu-alidade dos mesmos nos campos acadêmicos e profissio-nais direcionados a sua participação no crescimento edesenvolvimento regional e local.

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Cód. 2038

As Políticas Públicas De Tecnologia da Informaçãoe Comunicação na Rede Estadual de Ensino de

Franca

OLIVEIRA, Ivani de Lourdes Marchesi de

Diretoria de Ensino Região de Franca

Este artigo objetivou analisar a implantação das políticaspúblicas referentes às Tecnologias da Informação e Comu-nicação - TICs, em sua fase de execução na Diretoria deEnsino Região de Franca, com o escopo de propor medidas,em nível descentralizado que as tornem viáveis, na forma-ção de um ensino mais condizente com a contemporanei-dade e com a formação do aluno em dimensões outras quenão sejam meramente intelectuais. Teve como método deanálise a “genealogia” de Michel Foucault e usou fontesdocumentais para a consecução de dados. A referida aná-lise evidenciou que efetivamente as TICs ainda não foramimplantadas na rede estadual de ensino de Franca e oPoder Estadual, bem como o micro poder interno às escolasaceitam este fato como natural.

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Cód. 2085

Plano de Ações Articuladas (PAR): desafios eperspectivas para o desenvolvimento da

educação

OLIVEIRA, Rejane deSOUZA, Claudio Benedito Gomide de

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

Este estudo apresenta o resultado parcial de pesquisasobre a implementação do Plano de Ações Articuladas(PAR) pelo governo federal de forma articulada com esta-dos e municípios. A pesquisa está sendo desenvolvida noâmbito de um curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciênciase Letras da UNESP, campus de Araraquara, na linha de pes-quisa Política e Gestão Educacional. A pesquisa tem comoobjetivo apresentar a dinâmica em que está estruturado oPlano de Ações Articuladas, bem como apresentar dadosquantitativos referentes à distribuição de recursos financei-ros aos entes federados decorrentes do preenchimentoadequado do PAR. O Plano de Ações Articuladas deriva doPlano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e do Planode Metas Compromisso Todos pela Educação e se constituicomo estratégia para alcançar as metas educacionais,sendo a principal, elevar o Índice de Desenvolvimento daEducação (IDEB). A investigação fundamenta-se em fontesdocumentais, constituídas pelo Plano de Desenvolvimentoda Educação (PDE), Decreto n. 6.094/2007, arquivos emanuais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-ção (FNDE). O preenchimento do plano está na sua segundaversão, de duração quadrienal, em que as secretarias daeducação devem preencher e adequar os planos com vistasa receberem verbas para aquisição de materiais e mobiliá-rios escolares, transportes escolares, construção de cre-

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ches, quadras esportivas e cobertura de quadras deesporte. A adesão à política Plano de Metas é de cunhovoluntário, porém é condição necessária para receber osrecursos financeiros federais, dessa forma depende dentreoutros fatores, do conhecimento técnico e especializado porparte de gestores educacionais para o adequado preenchi-mento do sistema online, disponibilizado para mediar acomunicação entre Secretarias de Educação, Ministério daEducação e FNDE.

Cód. 2104

As diversas faces da inclusão escolar nomunicípio de Franca

OLIVEIRA, Sabrina David deDAVID, Célia Maria

Membro da Comunidade

A inclusão escolar tem sido tema de nota e discussão nosúltimos anos. Tendo como referencia legal a ConstituiçãoFederal de 1988 em sentido amplo e a Resolução SE 11, de31-1-2008, este artigo refere-se a um relato de pesquisarealizada em 5 das 23 escolas públicas estaduais do ciclo Ido município de Franca. As escolas selecionadas localizam--se em diferentes bairros da cidade e estavam entre asnove do mesmo ciclo que continham salas de recurso.Tendo como objetivo desvelar as diversas faces quecompõem a inclusão escolar no município de Francabuscou-se para conhecimento e análise da relação entre oaluno deficiente intelectual e a escola, saber - como se dáseu ingresso e permanência, preparação do professor, utili-zação de materiais e métodos, e, importou desvelar, namedida do possível, os aspectos condicionantes que oambiente familiar tem sobre o aluno em questão. A metodo-

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logia foi conduzida pela abordagem qualitativa sem des-considerar a interação com outros métodos.

Cód. 2114

Repensando o modelo de ensino dogmático doDireito

ORMELESI, Vinicius Fernandes*

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O ensino jurídico ainda é feito de forma dominantementedogmática no Brasil. Essa conjectura desencadeia uma sériede problemas que este trabalho pretende analisar e neces-sita uma alteração. Vamos agora retomar a distinção entrezetética e dogmática no Direito feita por Viehweg, dissemi-nada entre nós por Tércio Sampaio Ferraz Junior (2010). Azetética (do grego zetein = perquirir, perguntar) acentua oaspecto pergunta da investigação. Preocupa-se em espe-cular o objeto podendo ou não ter um compromisso com aaplicação do conhecimento na realidade. A dogmática (dogrego dokein = ensinar, doutrinar) acentua o aspecto res-posta da investigação, procurando oferecer pontos de par-tida estáveis e soluções aceitáveis a problemas conhecidosou propostos, oriundos da realidade. Todavia, mesmo que aciência do Direito se enquadre na dogmática jurídica, oenfoque didático-metodológico do ensino jurídico não podeser dogmático. Precisa-se acabar de maneira definitiva comessa confusão que assola o ensino do Direito. Ele não podeenfatizar o aspecto resposta da questão, por mais que omodelo educacional vigente assim o prefira. Não pode ope-rar um reducionismo tal que virá a aleijar o estudante. Todoensino deve ser zetético. Sempre que se ensina, a possibili-dade de reflexão precisa existir. Não há aprendizado efetivosem isso. Aprendizado dogmático é decorar conceitos,memorizar técnicas e outros. Aprendizado zetético é questi-

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onar situações e propor caminhos de resolução de formaindependente. O foco do ensino jurídico deve ser a forma-ção de juristas. E essa formação precisa ser integral,devendo incluir Filosofia (geral e jurídica), Ética (geral e pro-fissional), além de Economia, Sociologia e Ciência Política,segundo Nalini (1998), alertando também que a especializa-ção em áreas não pode acontecer antes do quarto ano decurso. O ensino jurídico precisa ser humanista, pois o juristatem preocupações que vão além do direito de defesa ouaconselhamento legal (MARTINS, 1999). Entretanto, por maisque essas disciplinas estejam hoje entre as matérias obriga-tórias dos cursos de Direito, elas são relegadas a planossecundários. Melo Filho (1984, p. 10 e 11) identifica o modelotradicionalista com a “vetusta aula coimbrã” e sugere ummétodo eclético de ensino que vise a “aprender a aprender”.Pondera ainda que “o método de ensino do Direito nãopode deixar de se fundar tanto na lógica própria dessa ciên-cia (via rationalis inquirendi), quanto na técnica adequadadessa arte (via rationalis operandi)”. Ainda neste ideal deruptura, alguns autores mais críticos sugerem, comoMachado (2009, p. 159), que “qualquer tentativa conse-quente de romper com aquele modelo didático-pedagó-gico tradicional” do qual falamos, que ele chama de“tecnicista e dogmático”, deve também “romper com osparadigmas axiológicos que tornam o ensino jurídico nor-mativo e mero reprodutor das relações de poder vigentes”.Este trabalho tem por objetivo investigar algumas causasdessa “dogmatização” do ensino bem como propor manei-ras alternativas a esses entraves. Faz-se uso de uma meto-dologia de análise bibliográfica de algumas propostas deensino para o direito que procuram orientar as políticaspúblicas de educação na seara jurídica.

* Bolsista CAPES - Mestrado

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Cód. 2113

Ensino dos Direitos Humanos na Escola

ORMELESI, Vinicius Fernandes*VIEIRA, Fabio Rodrigues

ENGLER, Helen Barbosa Raiz

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este trabalho pretende defender a inserção nos currículosescolares de uma disciplina específica para a abordagem datemática dos direitos humanos em nível primário e secun-dário. Para tanto, nosso estudo visa apontar as vantagens doensino dos direitos humanos às crianças e adolescentes.Pretende diferenciá-lo daquele feito em nossas universida-des (VENTURA, 2004). Propõe diretrizes de conteúdos euma metodologia de ensino. No intuito de atingirmos nossasmetas, partimos da metodologia jurídica da análise dedu-tiva, passamos pela metodologia de ensino e concluímoscom uma proposta dialética. Nossa postura pretende serpolítica (FREIRE, 1997). Os resultados ainda estão na faseteórica. Entendemos ser interessante a elaboração de umprojeto de lei a ser discutido e destinado ao Congresso Bra-sileiro, para a adoção da disciplina, a exemplo do que ogoverno vem fazendo ao incluir novas disciplinas nos currí-culos básicos das escolas públicas, entre elas a história daescravidão. As conclusões a que se pode chegar até o pre-sente momento são evidentemente provisórias e deman-dam estudos de casos e experiências, mas já se pode inferirque a aprendizagem dos direitos humanos pode estimular odesenvolvimento moral do indivíduo, na acepção de Piaget(1970), e os profissionais mais indicados seriam os bacharéisem ciências políticas ou em direito para ministrar o conte-údo, entretanto precisariam de formação complementar empedagogia.

* Bolsista CAPES - Mestrado

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Cód. 2034

Ensino superior e desenvolvimento local: estudode caso do impacto de uma instituição de ensino

superior

ORSOLINI, Alba Valéria Penteado*OLIVEIRA, Sheila Fernandes Pimenta e

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

O presente estudo visa verificar o impacto do Centro Univer-sitário de Franca Uni-FACEF no desenvolvimento local, atra-vés da observação da transformação pessoal e profissionaldo aluno dessa IES - Instituição de Ensino Superior. Paratanto, foram realizadas - com um aluno egresso e umingressante - entrevistas qualitativas, aleatórias, semiestru-turadas, não disfarçadas, as quais foram analisadas à luz daAnálise do Conteúdo e da Análise do Discurso na perspec-tiva discursiva bakhtiniana. Creditando à universidade opoder de transformação econômico-cultural-social, indiví-duos de todos os extratos sociais buscam, no acesso aoensino superior, uma forma de (re)construir seus futuros. Ademanda pelo acesso ao ensino superior tem crescido nasúltimas décadas, o que elevou o número de novas IES evagas, como se viu desde a década de 1970, culminando,esse quadro, na incompatibilidade entre os polos quanti-dade x qualidade, que gerou reflexos negativos na quali-dade da educação, conforme Juliatto (2010). Além disso, ademanda atendida ainda não corresponde ao potencialexistente, pois dados da OCDE - Organização para a Coope-ração e o Desenvolvimento Econômico (2010) apontam que,em 2009, não chegava a 11% da população brasileira a par-cela com ensino superior completo, com idade de 25 a 64anos. É nesse cenário de dilemas que se assiste à busca doindivíduo pelo acesso ao ensino superior, embora motivadopor aspectos que nem sempre vão ao encontro da função

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social da universidade que é a produção de conhecimento(FÁVERO apud Demo, 2000), o que lhe permite servir à soci-edade e, consequentemente, às profissões. A sociedade,por seu turno, também espera, da universidade, respostas,direcionamentos e uma postura de comprometimento.Nesse cenário de crescentes exigências por parte da socie-dade, do mercado e do próprio indivíduo, busca-se com-preender qual é o impacto do Centro Universitário deFranca Uni-FACEF no desenvolvimento local, através datransformação do indivíduo – alunos ingressante e egresso,em suas comunidades. Busca-se entender se o indivíduoque procura o Uni-FACEF é por ele impactado a ponto detransformar sua realidade social pelo viés do desenvolvi-mento humano e local. Esse estudo permite compreender oque o ingressante busca e acredita ter encontrado no Uni-FACEF; e o que o egresso tem a dizer da realidade encon-trada no mercado de trabalho e de que maneira a formaçãorecebida no Centro Universitário de Franca Uni-FACEF con-tribuiu para uma maior participação profissional e social. Apartir dessa compreensão, esse estudo de caso permiteque a universidade (re)avalie a produção de conhecimento,a relação com os alunos e com a sociedade, semprevisando o desenvolvimento local, a partir do desenvolvi-mento humano.

* Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

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Cód. 2066

O Papel do Serviço Social na Educação

PARRA, Elisa do Nascimento*FONSECA, Genaro Alvarenga

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Ao analisarmos a complexidade do processo de formaçãodo homem, nos deparamos com algumas teorias que com-preendem a educação como um processo de inserção eadaptação do ser, ao sistema político e econômico pré-determinado que rege a sociedade civil em todas as suasramificações. Partindo deste pressuposto, a educação é uti-lizada como um instrumento de equalização social e regula-dora da ordem societária à qual estamos submetidos e,portanto, cabe a ela a superação da marginalidade. Existemtambém outras teorias que, baseadas nos modelos socioe-conômicos vigentes e na divisão de grupos sociais, enten-dem a educação como um meio de discriminação esegregação, gerando assim a marginalização. É a partirdeste olhar que o Serviço Social encontra suas vertentes noâmbito da Educação. É importante frisar que a inserção doprofissional de Serviço Social não deve estar ligada apenasà escola, mas em todo o campo da educação, isto querdizer que a escola é apenas um campo de atuação, porémas demandas oriundas da questão social se apresentam emesferas mais abrangentes que também pertencem aocampo da educação. Se tratando do âmbito escolar, o tra-balho do Assistente Social vai além dos fenômenos relacio-nados aos discentes, docentes e funcionários, trata-se deatender à toda comunidade escolar, ou seja, os familiares ea sociedade civil situada no perímetro escolar. A ocupaçãodeste profissional na educação consiste em efetivar agarantia de políticas públicas que atendam a demandareprimida, incluindo a escola na rede de proteção social que

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atenda todos os trabalhadores e as suas famílias e não ape-nas “para quem dela precisar” justificado pelo pensamentoneoliberal burguês. O presente trabalho tem por objetivoanalisar esta temática baseada nas práticas do NEACE,Núcleo de Estudos e Ações Educacionais, grupo extensio-nista da UNESP Franca criado em 2010, formado por alunosdo curso de Serviço Social e História, que trabalha com cri-anças e adolescentes em escolas públicas estaduais domunícipio, abordando temáticas do cotidiano dos alunos eaproximando a Universidade com a realidade escolar.

* Bolsista BAAE II

Cód. 1996

O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO comoferramenta de transformação da escola

PARZEWSKI, Celia Conceição Fontes

Unifran e Fundação Educacional de Ituverava

O Projeto Político Pedagógico (PPP) é o plano global daescola. Acreditamos que o Projeto é um importante instru-mento de gestão democrática dentro da instituição, e deveser encarado como um suporte para a ação transformadorada instituição que planeja, ou seja, é o guia da prática (VAS-CONCELLOS, 2008). Assim, é essencial que se diga que oPPP deve ser encarado por todos nós como um compro-misso Político atrelado às Políticas Públicas como um todo,ou seja, as políticas do país, do estado e da cidade na qualvivemos. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográ-fica e tem como objetivo conhecer o Projeto Político Peda-gógico e suas possibilidades de transformação da realidadeda escola e da sociedade. Com o estudo e reflexão acercadesta temática, o educador desenvolve uma postura analí-tica, crítica e reflexiva diante dos diversos desafios atuais darealidade da sociedade, da escola, do aluno e da atuação

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do professor. Além disto, é despertada sua consciência parao relevante papel que o PPP poderá desempenharenquanto caminho de mudança e transformação da ativi-dade educativa, no sentido de possibilidade de enfrenta-mento dos desafios da sala de aula e da escola. Nesteestudo, discute-se a realidade social brasileira de umaforma mais ampla, na qual estamos inseridos enquantocidadãos e enquanto educadores, o mundo globalizado eas consequências deste processo para o nosso cotidiano eas características psicológicas observados no homem con-temporâneo. Ao abordarmos acerca do Projeto PolíticoPedagógico, necessariamente, devemos repensar o papelsocial que a escola possui.

Cód. 2115

O papel estratégico da internacionalização daeducação superior nas universidades públicas do

estado de São Paulo

PAVARINA, Paula Regina de Jesus PinsettaCUNHA, Maísa Faleiros da

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Ainda que a internacionalização do ensino superior sejareconhecida como um importante fator para promoção dodesenvolvimento econômico, no Brasil este processo acabasendo estabelecido de maneira assistemática e assimétrica,dado que tem sido implementada por meio de iniciativasisoladas das próprias universidades e não como uma fun-ção estratégica estabelecida por meio de políticas públicas.Este trabalho apresenta uma visão comparada de como oprocesso de internacionalização foi incorporado aos Planosde Desenvolvimento Institucionais (PDI) das três universida-des públicas estaduais do estado de São Paulo: USP, Uni-

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camp e UNESP. Pretende-se analisar como a internacionali-zação tem sido incorporada como um elemento estratégicodas universidades, por meio da mobilidade de estudantese/ou de docentes, da internacionalização de currículos ouacordos de reconhecimento mútuo, ou da cooperação inte-rinstitucional em pesquisa.

Cód. 2090

Sistemas externos de avaliação no Brasil: o usodos seus resultados em análise

PERBONI, FabioSANTANA, Andréia da Cunha Malheiros

MILITÃO, Silvio Cesar NunesMILITÃO, Andreia Nunes

Faculdade de Ciência e Tecnologia - UNESP/Presidente Prudente

O presente texto é resultado de pesquisas teóricas desen-volvidas pelos autores em diferentes espaços institucionais,com a preocupação precípua de refletir sobre a relaçãoentre as avaliações externas dos sistemas de ensino e amelhoria da qualidade da educação básica pública. Denatureza qualitativa, a metodologia empregada centrou-seno levantamento e análise bibliográfica acerca da temáticaem tela. Parte da constatação de profundas transformaçõesnos sistemas de ensino, provocadas pelas reformas educa-tivas realizadas, sobretudo, nos últimos vinte anos, marca-das pela reconfiguração do papel do Estado com viésneoliberal. Identifica como um dos elementos centraisdesse processo de transformação e de reformas na políticaeducacional a implementação dos sistemas de avaliaçãoexternas em larga escala. Nesse sentido, considera essen-cial aprofundar a compreensão de tal processo que seconstitui como um dos eixos que catalisa outros elementosde transformação nos sistemas e espaços escolares articu-

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lado com o controle sobre o currículo, sobre o trabalhodocente e a gestão educacional. Depois de apresentar a tra-jetória histórica dessas transformações pelas quais passa-ram esses instrumentos inseridos nas reformas do papel deEstado, o texto procura problematizar os conceitos de avali-ações externas e avaliações em larga escala ressaltandoseu papel regulador. Discute, na sequência, o uso dos resul-tados das avaliações no âmbito dos sistemas de ensino, quese constituem em mecanismos complexos, com diferentesgraus de responsabilização pelos resultados. Aborda, ainda,as consequências desse processo nos espaços escolares,dialogando com as dificuldades apontadas pela bibliografiada área relativas ao uso desses resultados pelos docentes.Constata que, em geral, os resultados dessas avaliações seapresentam de forma pouco acessível aos docentes e o seuuso torna-se pouco efetivo. Os sistemas de ensino, de formamais geral, e as escolas, de forma mais específica, não seutilizam dos resultados das avaliações para formular políti-cas públicas para a melhoria da qualidade do ensino, emque pese as situações de precariedade diagnosticadas. Porfim, este artigo propõe alterações no modelo/formato dosmúltiplos sistemas externos de avaliação em curso no paísenfatizando entre outros aspectos a implantação de ummodelo de accountability inteligente, no qual seja valorizadoo processo de aprendizagem dos estudantes e não apenasa nota obtida numa avaliação externa. Ao contrário do queas avaliações externas realizadas no Brasil estão promo-vendo, este tipo de avaliação vem acompanhada de umaformação continuada para os docentes e gestores, de umareflexão contínua sobre o que é uma escola de qualidade,de uma autoavaliação da escola e do diálogo entre estasduas modalidades. Este seria um passo para que a avalia-ção externa supere a lógica do ranqueamento e da compe-tição tão difundidas na nossa sociedade.

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Cód. 2139

Ensino Superior e Serviço Social

PEREIRA, Letícia Terra*OLIVEIRA, Cirlene Aparecida Hilário da Silva

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Esta pesquisa tem como objetivo refletir sobre a atuaçãoprofissional do assistente social docente na conjuntura bra-sileira. Nesse sentido, foram feitos alguns apontamentosacerca da realidade do ensino superior no Brasil, marcadopela precarização na atual conjuntura das políticas públicasno país. No decorrer da investigação, observou-se que oscursos de Serviço Social, tanto na modalidade presencialcomo à distância, aumentaram significativamente no perí-odo que compreende os anos de 2008 a 2012. Dentro destecenário de expansão dos cursos, estão inseridos os assis-tentes sociais na condição docente, os quais enfrentamcotidianamente dificuldades e desafios nas Unidades deFormação Acadêmica (UFAs). Para tanto, a pesquisa foi fun-damentada teoricamente em autores que abordaram estatemática anteriormente em seus estudos como: MárciaSalete Arruda Faustini, a qual buscou aprofundar em seulivro “O ensino em Serviço Social” a prática pedagógica doprofessor-assistente social, problematizou as constataçõesda experiência docente, procurou o reconhecimento peda-gógico do ensino no Serviço Social, os fundamentos da prá-tica docente, os saberes prático docentes e as motivaçõesque levaram o assistente social a se tornar docente, mesmonão tendo durante a sua formação profissional na gradua-ção conhecimentos sobre o exercício da docência; outraimportante referência foi a pesquisadora Larissa DahmerPereira, pois ela aborda em suas pesquisas a EducaçãoSuperior e o Serviço Social; além delas as pesquisadorasDenise Bomtempo Birche de Carvalho e Maria Ozanira Silva

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e Silva também foram referência para este estudo, pois sãoorganizadoras do livro “Serviço Social, pós-graduação e pro-dução de conhecimento no Brasil”, obra que trouxe dadosatualizados acerca da pós-graduação em Serviço Social; aobra “Ensino de Serviço Social: polêmicas” da pesquisadoraMaria Lúcia Rodrigues contribuiu para a discussão sobreensino, instituição, universidade e a prática didático-peda-gógica no processo de formação profissional. Além destas,as obras de autores como István Meszáros, Ricardo Antunes,José Paulo Netto e Marilda Villela Iamamoto foram funda-mentais para o debate acerca da atual conjuntura brasileirae das transformações que estão acontecendo no mundo dotrabalho. Algumas legislações foram fundamentais e neces-sárias para o embasamento da pesquisa, como o Código deÉtica do Assistente Social/ 1993, a Lei nº 8662/ 1993 queregulamenta a profissão do assistente social; as DiretrizesCurriculares para os cursos de Serviço Social/ 1996, alémda Lei de Diretrizes e Bases da Educação 1996. A metodolo-gia utilizada para o presente estudo foi a pesquisa bibliográ-fica e documental.

* Bolsista CAPES

Cód. 2131

Índice de Desenvolvimento Humano: retrato daeducação brasileira

PERES, Gislaine Alves LiporoniALVES, André Luis Centofante

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O artigo tem como objetivo apresentar reflexões acerca doÍndice de Desenvolvimento Humano – IDH – no Brasil, a par-tir do indicador educação. O IDH consiste na combinação detrês dimensões: vida longa e saudável, acesso ao conheci-mento e padrão de vida decente. O indicador educação é

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calculado com base nas taxas de alfabetização e escolari-dade. Sabe-se que as políticas sociais nacionais tem entreseus objetivos, melhorar o IDH do país. O presente estudopropõe apresentar alguns resultados desse índice nos últi-mos anos e dialogar sobre o impacto que se pretende napolítica de educação brasileira: quantitativo e/ou qualita-tivo?

Cód. 2110

Educação e redução de desigualdade social

PERES, Gislaine Alves LiporoniSAMPAIO, Fabiana Granado Garcia

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente artigo é fruto de pesquisa teórica e documentalrealizada pelas autoras, estudiosas e trabalhadoras das polí-ticas de educação e assistência social, tendo por objetivocontribuir com o debate acerca da educação como políticapública corresponsável no processo de redução da desi-gualdade social no Brasil. O trabalho fundamenta-se emreflexões críticas e propositivas e o texto foi desenvolvidoutilizando como metodologia o estudo de vários documen-tos normatizadores do sistema educacional e a leitura deobras de autores da área, estabelecendo um viés com aprática das autoras na gestão de políticas públicas. O textoestá organizado e duas partes, a primeira aborda a questãoda desigualdade social, a partir de análise do modelo deprodução capitalista vigente no país. A segunda parte, tratadas políticas públicas e da redução da desigualdade, consi-derando os direitos fundamentais assegurados na Constitui-ção Federal de 1988 e a organização dessas políticas para oenfrentamento da desigualdade social, enfatizando omodelo de gestão descentralizado e participativo. Sem aintenção de esgotar o tema, o artigo resultou na apresenta-

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ção de ideias para a gestão de qualidade e compromissocom a equidade social.

Cód. 2068

Persistências da política de avaliação daeducação paulista

PINTO, Marcio Alexandre Ravagnani

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

O presente trabalho tem por objetivo discutir a questão dapersistência da imposição de modelos tecnocráticos e deresponsabilização social presentes na política de avaliaçãodo sistema educacional paulista mesmo após o enfraqueci-mento da hegemonia da ideologia neoliberal. Utiliza-seabordagem histórico-crítica e tem como fontes a análisedocumental e a pesquisa bibliográfica da literatura especia-lizada no assunto. Fundamenta-se na crítica à lógica docontrole exercido pela avaliação de sistemas e abre-se emperspectiva democrática a partir de propostas alternativas.

Cód. 2013

UNIVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL:um estudo da inovação na formação prática e seupapel na mudança das concepções do acesso à

justiça

PÁDUA, Idiene Aparecida Vitor Proença*

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A universidade, além de centro de produção de conheci-mento, deve assumir sua responsabilidade social, atuando,na medida do possível, no atendimento das demandas

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essenciais da sociedade, visando diminuir a desigualdade,promovendo a cidadania. Entretanto, o desenvolvimentohumano, social e mesmo econômico de uma região dificil-mente acontecerá de forma plena quando existir um ambi-ente de conflitos não resolvidos. Apesar do acesso à justiçaser um direito constitucionalmente assegurado, vê-se umadeficiência na sua concretização. Assim, mostram-se impor-tantes as políticas de iniciativa das universidades que pro-movam o restabelecimento da paz social, através deassistência jurídica e demais meios alternativos de resolu-ção de conflitos. Tais políticas podem ser implementadaspor meio das atividades do estágio curricular do curso deDireito, visando promover o acesso do cidadão à justiça, nãosó através de processos judiciais, mas principalmente atra-vés da conciliação, numa tentativa de mudança do para-digma da cultura do litígio pela cultura da conciliação. Oobjetivo do trabalho é mostrar que o acesso à justiça acon-tece não só através de um processo litigioso, mas tambémpor meio da conciliação, sendo este um meio rápido, gra-tuito, educativo e emancipador das partes envolvidas. Obje-tiva-se ainda refletir sobre as atividades de estágio deprática jurídica desenvolvidas no Escritório Escola JurídicoSocial da Universidade do Estado de Minas Gerais (campusPassos), nas dimensões que envolvam responsabilidadesocial universitária, desenvolvimento social, acesso à justiça,mudança de paradigmas culturais (do litígio para a concilia-ção) e a formação do educando. A metodologia utilizadaincluirá pesquisa bibliográfica e documental. O referencialteórico baseou-se principalmente em Cristóvam Buarque,Celso Furtado, Boaventura de Souza Santos e Amartya Sen.

* Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

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Cód. 2138

FORMAÇÃO ACADÊMICA EM SERVIÇO SOCIALENTRE O ENSINO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA:Estudo de caso das instituições de ensino em

Serviço Social no Estado de Minas Gerais

QUEIROZ, Adriana de Souza Lima

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este artigo tem por objetivo identificar e quantificar as Insti-tuições de ensino superior em Serviço Social e suas modali-dades – distância ou presencial credenciadas pelo MEC –Ministério da Educação no estado de Minas Gerais. Osdados utilizados foram retirados do site no MEC e corres-pondem ao ano de 2012. O interesse pela realização desteestudo se faz pelo crescente aumento de instituições deensino superior em Serviço Social, principalmente pelarecente ampliação de instituições com a modalidade deensino a distância, bem como o aumento de mercado detrabalho para este profissional com as políticas sociaisimplantadas nos últimos governos. Fato que gera dis-cussões e debates em torno da (des)qualificação da forma-ção profissional; porém, não é finalidade da pesquisaanalisar a qualidade da formação profissional oferecida porestas instituições, mas sim, mapeá-las para caracterizar oatual contexto da formação profissional e, assim, gerar estu-dos futuros. De acordo com os dados disponibilizados peloMEC, o estado de Minas Gerais possui 70 instituições deensino superior em Serviço Social, sendo o segundo Estadobrasileiro com o maior número, ficando atrás apenas doestado de São Paulo. Diante deste propósito, identificaram--se estas instituições, sua modalidade de ensino e distribui-ção no Estado, averiguando que o Estado possui 13instituições com ensino a distância e 57 instituições com

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ensino presencial. Fato importante a ser observado é que oensino a distância se concentra em 194 municípios, já oensino presencial se concentra em 169 municípios. A pre-missa não se reduz a identificação do quadro de institui-ções, ela compreende um olhar crítico baseado em dadosque revelam e compravam o atual contexto da formaçãoprofissional em Serviço Social frente ao aumento destas ins-tituições e suas recentes modalidades de ensino, sem dei-xar de apreender o cenário político e econômico que acercaa realidade social. É neste contexto de transformações quevivemos nos tempos atuais, que somos impulsionados emobilizados a refletir sobre as novas formas de ensino ali-nhadas a dinâmica mercadológica. Nesse sentido, pensar aformação profissional na atualidade é refletir sobre as suasrecentes mudanças no ensino superior brasileiro a partir dadécada de 1990. Período em que se inicia o processo decontrarreforma nas universidades brasileiras, assentada naideologia do capital versus o projeto ético-político afirmadopelo Serviço Social brasileiro (CISLAGHI, 2011). Utilizou-secomo metodologia o estudo de caso, considerando que épreferido na análise dos eventos contemporâneos para arealização de uma investigação empírica. Sendo também, oestudo de caso um método abrangente utilizado para con-tribuir com o conhecimento dos fenômenos individuais, gru-pais, organizacionais, sociais, políticos e relacionados (YIN,2010). Consiste aqui destacar que para esta pesquisa uti-lizou-se a abordagem quantitativa e qualitativa, na intençãode apreender mais do que simples dados, pois parte daobservação de uma realidade concreta.

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Cód. 2118

O usuário do CRAS Novo Horizonte de Passos-MGe as Políticas Públicas de Assistência Social e

Educação

QUEIROZ, Adriana de Souza LimaMACHADO, Cynthia

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Esta pesquisa tem por objetivo identificar o perfil das pes-soas cadastradas no CRAS Novo Horizonte, situado nacidade de Passos/MG. Dados como a escolaridade, idade,sexo e profissão fazem parte desta identificação. Assim,espera-se compreender a realidade local relacionada àspolíticas públicas de assistência social e educação. É numcontexto de aperfeiçoamento das políticas sociais – e quese expande além do Ministério do Desenvolvimento Social –que a sociedade brasileira pode se colocar em mais umaudacioso desafio, o de superação da extrema pobreza. Apopulação em situação de extrema pobreza, inclusivesendo a que nos referimos nesta pesquisa é aquela maisapartada do poder público e mais alijada de seus direitossociais, reunindo assim um conjunto amplo de vulnerabilida-des sociais. A proposta do MDS são ações que articulam umconjunto amplo de programas nas áreas de AssistênciaSocial, Transferência de Renda, Saúde, Educação, Habita-ção, Desenvolvimento Rural, Acesso à Água e Trabalho.Essas ações se estruturam em torno de três grandes eixosque se complementam: a Garantia de Renda, Inclusão Pro-dutiva e Acesso a Serviços Públicos. O Centro de Referênciade Assistência Social- CRAS é assim caracterizado como aporta de entrada das políticas de assistência social no Brasil.Nele constitui-se a rede de proteção e promoção social queo governo federal vem implantando, evidenciando-se,assim, a compreensão de que a assistência social é um

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dever do Estado, e em contrapartida, um direito do cidadão.Ressaltamos que este serviço é um órgão de ProteçãoSocial Básica da Política Nacional de Assistência Social –PNAS - e da Resolução CNAS nº 130, de 2005, que consi-dera o Sistema Único de Assistência Social – SUAS. É tam-bém um lugar de convergência de diferentes ações e nãose limita a um programa apenas. Ele faz parte de um pro-grama de atenção integral à família, o PAIF, com acompa-nhamento das famílias beneficiárias do Programa BolsaFamília e dos que recebem o Benefício de Prestação Conti-nuada, o BPC; e os serviços de convivência com programasde segurança alimentar e nutricional, também, com outraspolíticas sociais. Devido justamente a isso, o CRAS atua commulheres, homens, crianças, jovens e idosos, reafirmando aimportância da família e da comunidade na construção daautonomia e da segurança individual. Em torno destadimensão sócio- educativa de intervenção do profissionalassistente social, observa-se o reconhecimento de suasações profissionais nas políticas: social e educacional, para oenfrentamento de forma integrada das questões sociais apartir do ponto de vista econômico, social e cultural, asse-gurando o direito à educação com permanência das crian-ças e adolescentes na escola, discussão que atravessatemas da realidade social, política, econômica e culturalbrasileira. Nesse contexto, o Serviço Social possui grandecontribuição às políticas públicas educacionais e ao desafiopara a formação cidadã. A metodologia utilizada caracte-rizou-se por ser um estudo descritivo, com abordagemquantitativa e qualitativa com o propósito de favorecer adinâmica do processo de pesquisa.

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Cód. 1992

A busca pela igualdade nas relações trabalhistas:o teletrabalho e o papel da educação à distância(EaD) no Brasil, com foco na atuação de docentes

e tutores

RAMOS, Taciana Cecília*ALVES, Rubens Valtecides

Faculdade de Direito Professor Jacy de Assis da Universidade Federalde Uberlândia

Este trabalho pretende avaliar os aspectos trabalhistas doteletrabalho e suas implicações nos cursos à distância. Ofundamento teórico é a Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção (Lei n. 9.394/96), o Decreto n. 5.622/05 e o Decreto n.5.000/06. Quanto à metodologia, empregou-se a pesquisadescritiva, tendo como referencial indutivo a análise dabibliografia pertinente (legislação e doutrina trabalhista) e,quanto aos procedimentos, utilizou-se a pesquisa bibliográ-fica.

* Bolsista PIVIC/UFU

Cód. 1993

Educação à distância (EaD) no Brasil: maiorpossibilidade de efetivação do direito

fundamental social à educação?

RAMOS, Taciana Cecília*ALVES, Rubens Valtecides

Faculdade de Direito Professor Jacy de Assis da Universidade Federalde Uberlândia

O objetivo deste trabalho é analisar a educação como umdireito social público subjetivo no ordenamento jurídico bra-

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sileiro e questionar se a modalidade à distância colaborapara a sua efetivação. O fundamento teórico é a observa-ção, nas Constituições brasileiras até 1988, do tratamentodispensado à educação nacional e a abordagem legislativasobre este tema em diplomas ordinários, utilizando comocontexto a teoria de direitos fundamentais. Quanto à meto-dologia, empregou-se a pesquisa descritiva, tendo comoreferencial indutivo o estudo da bibliografia pertinente (prin-cipais leis e convenções internacionais ratificadas no Brasilsobre o assunto e doutrinas jurídicas sobre as jusgarantiasfundamentais). Quanto aos procedimentos, utilizou-se pre-dominantemente a pesquisa bibliográfica. Aduz-se prelimi-narmente que a educação é um direito fundamental social -portanto está em destaque na legislação pátria–, não com-portando modificação via emenda constitucional e tem apli-cabilidade imediata. Embora a educação dependa depolíticas públicas ou ações governamentais progressivaspara ser implementada, a EAD representa uma possibili-dade a mais para a sua realização e convém colacionar osaspectos positivos e negativos desta modalidade de ensinopara a efetivação deste verdadeiro direito.

* Bolsista PIVIC/UFU

Cód. 2048

EDUCAÇÃO SEXUAL E FORMAÇÃO DEPROFESSORES (AS): apontando caminhos através

das Novas Tecnologias da Informação e daComunicação (TIC)

REIS, Fernanda

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

Na história da educação sexual no Brasil, a preocupação emeducar formalmente alunos e alunas no que se refere aos

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assuntos ligados à sexualidade teve início nas primeirasdécadas do século XX. Nesse período, mesmo enfrentandobarreiras e obedecendo muitas vezes a vertentes religiosase médicas, ações voltadas à implementação de projetos eprogramas de educação sexual nas escolas foram coloca-das em prática. No cenário contemporâneo, desde a institui-ção dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), no final dadécada de 1990, a temática da sexualidade vem ganhandomais espaço no âmbito educacional brasileiro, dando mar-gem para se discutir não somente a necessidade do profes-sor (a) em abordá-la em sala de aula como também acapacitação para tal intervenção. No entanto, transcorridomais de quinze anos da promulgação do citado documentoainda são tímidas as iniciativas a favor da formação docentepara a prática em educação sexual, sobretudo aquelas queenvolvem às Novas Tecnologias da Informação e da Comu-nicação (TIC), que na atualidade cada vez mais têm conquis-tado adeptos no setor da educação. Diante desta realidade,o presente trabalho tem por objetivo mostrar de que formaas TIC podem auxiliar na formação de professores (as) emeducação sexual, apontando caminhos importantes nessesentido. Para isso, de natureza bibliográfica, o estudo emquestão utilizou como fundamentação teórica obras, traba-lhos e artigos de autores que abordam a questão da sexua-lidade e formação docente, sendo estes Figueiró, Ribeiro,Leão, dentre outros, bem como autores que discutem asnovas tecnologias e suas interfaces com a educação, aexemplo de Belloni, Melo e Chagas. Dentre as considera-ções, observa-se que as TIC, quando colocadas a serviço doensino e da aprendizagem em sexualidade, oferecem con-tribuições fundamentais para a formação inicial e continu-ada de professores (as), originando, assim, opçõesmetodológicas e materiais pedagógicos dentro da área.Contudo, faz-se primordial ressaltar a carência de estudosque contemplem as relações das TIC com as temáticas queenvolvem a sexualidade, a saber, os que busquem investi-

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gar como esse assunto tem sido discutido no interior deoutras instâncias destinadas a formação docente, que porsua vez se pautem em novas tecnologias.

Cód. 2140

Gestão da Escola Pública Ludovicense e aPermanência da Indicação Política

RESENDE, Fernanda Motta de PaulaGALVÃO, Flávia Motta de Paula

Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - UNESP/S. J. RioPreto

Assim como noutras regiões brasileiras, o Maranhão é umEstado que vivenciou tempos de um Brasil Colonial, mar-cado pelas disputas de ocupação territorial e de exploraçãopredatória dos recursos naturais e humanos aqui encontra-dos. A Coroa Portuguesa, principal exploradora do territóriobrasileiro, progressivamente, perdeu seu poder e domina-ção sobre essas terras, mas, o legado dos tempos de umRegime Monárquico permanece nas entranhas da estruturapolítica brasileira, consolidando estruturas como do Mara-nhão Dinástico. A dominação política e ideológica do grupoSarney encontra-se estampada nas histórias e falas do povomaranhense, na estrutura hierárquica da administração doEstado do Maranhão, nas manifestações folclóricas e atémesmo nos espaços religiosos. Estudos sobre cultura orga-nizacional escolar, como os de Teixeira (2002), Torres (1997),Nóvoa (1995), Resende (2006) e outros, discutem a resistên-cia dos Sistemas de Ensino e Unidades Escolares com rela-ção aos processos de mudanças. Em boa parte dos estudossobre a temática, as mudanças estão atreladas a dois cam-pos de motivação, um constituído pelos fatores externos àescola, e outro pelos fatores internos à escola. O Estado doMaranhão, locus de análise desta pesquisa, conserva até os

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dias atuais a indicação política para gestor escolar, mesmosob a égide dos princípios Constitucionais e da LDBEN, queestabeleceram a gestão democrática do Ensino Públicocomo eixo norteador da organização da educação brasileira.Mas, ao questionarmos qual dos dois campos de motivaçãotem contribuído para a perpetuação da indicação política dogestor na Rede Estadual de Ensino Maranhense, teríamosde apontar os dois campos. O primeiro campo, o dos fatoresexternos, nele impulsionam-se mudanças no interior daescola, conduzidas primordialmente pelas políticas educaci-onais e pelas autoridades educacionais do Estado do Mara-nhão, que encontraram na indicação política uma forma deinstituir aliados para a plataforma política em tempos deeleição para Governo do Estado, ao mesmo tempo em quemantêm a dominação política sobre a escola e sua comuni-dade. Já o segundo, o dos fatores internos, torna-se capazde ocasionar mudanças na organização interna da escola,quando os sujeitos que a vivenciam, como os professores,alunos, auxiliares de serviços gerais, pedagogos e em espe-cial para esse estudo, os gestores escolares, realmentealmejem e queiram a implantação de mudanças democrati-zadoras do espaço escolar. Sendo assim, buscamos eviden-ciar neste estudo os limites da forma de provimento docargo de gestor escolar no Estado do Maranhão, que aindaacontece via indicação política, remontando o cenário deum “Maranhão Dinástico”, tomado por práticas de domina-ção política, que impactam diretamente na organização egestão da escola pública ludovicense. As autoridades edu-cacionais e gestores escolares ganham voz para expressarseus posicionamentos sobre o processo de escolha do ges-tor escolar vigente nas escolas públicas.

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Cód. 2054

Educação para saúde como estratégia paraefetivação da promoção em saúde

RIBEIRO, Camila Beatriz*SILVA, Stéfanne Caroline Fernandes

MARÍNGOLO, Aline Cristina do PradoFARINELLI, Marta Regina

MARTINS, Rosane Aparecida de Sousa

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O interesse por esse assunto surgiu dos estudos teóricos ediscussões realizadas pelos integrantes da investigaçãodenominada “Comunicação, educação e mobilização socialna área de saúde no município de Uberaba – MG: conhe-cendo os recursos, efetivando direitos, financiados pelaFAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa de MinasGerais. Então, este artigo tem como objetivo suscitar refle-xões críticas acerca da educação em saúde no contexto dasaúde pública no Brasil. A educação sempre esteve articu-lada com a saúde. No início do século XX a perspectiva edu-cativa da saúde começou a ganhar espaço, mas com umviés impositivo, que pregava a mudança de hábitos e costu-mes da população relacionados à higiene. Atrelada à comu-nicação a educação era pensada na forma de propaganda,na distribuição de materiais impressos na intenção de disse-minar informações sobre doenças e suas formas de preven-ção. Nesta perspectiva, não contemplava a dimensãohistórico-social do processo saúde - doença. As articula-ções, em que o social foi questionado na prática da saúdepública e a educação como construção de sujeitos e deprojetos societários transformadores ocorreram no movi-mento da reforma sanitária que atingiu sua maturidade emmeados dos anos 1970 e 1980(MOROSINI;FONSECA;PEREIRA, 2012, on line). Assim, atual-

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mente o sistema de saúde vigente, o SUS preconiza a edu-cação em saúde, a partir de uma perspectiva de integrali-dade, em que busca desenvolver na população usuária aparticipação, com vistas ao desenvolvimento de suas poten-cialidades visando à melhoria das condições de vida comênfase na promoção da saúde. Dessa forma, as ações edu-cativas desenvolvidas têm como base os princípios do SUS,buscando articular a educação em saúde como um apren-dizado informal e com o uso de práticas que considerem osujeito na sua totalidade. Dos estudos realizados destaca-seque não existe dicotomia entre educação e saúde e queambas estão em uma relação dialética, contribuindo para aintegralidade do ser humano. A prática educativa em saúdenecessita de preocupar-se com a formação de profissionaisque estejam comprometidos com a materialização dos prin-cípios do SUS, bem como o desenvolvimento de capacida-des individuais e coletivas, com vistas à melhoria naqualidade de vida dos cidadãos que favoreça a promoçãoda saúde e sua manutenção. A adoção de práticas educati-vas necessita da busca pela autonomia dos sujeitos em seucotidiano.

* Bolsista FAPEMIG

Cód. 2047

As tic e a educação: formação continuada deprofessores em uma escola pública no município

de Orindiúva- SP

RIBEIRO, Crislei Mayara Poi*D'ÁGUA, Solange Vera Nunes de Lima

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente trabalho visa entender o potencial pedagógicodesempenhado pelas TIC nos processos de ensino e deaprendizagem no Ensino Fundamental e, ao mesmo tempo,

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reconhecer como essas ferramentas são apresentadas aosprofissionais que atuam nessas escolas, uma vez que estãopresentes em diversas instituições educacionais brasileiras.Na atualidade, muitos são os estudos que apontam a inser-ção das TIC na educação; contudo, para que, possamoscompreender e analisar quais as concepções que funda-mentam o trabalho pedagógico é preciso reconhecer comoacontece a formação continuada de professores e gestoresnas escolas públicas. Os fundamentos teóricos utilizados e aorganização dos sistemas de ensino em relação aos proces-sos formativos dos professores e gestores poderão indicaruma análise mais pontual da realidade escolar. O uso dasTIC como ferramentas aliadas a diferentes metodologias eestratégias poderão ser usadas no sentido de qualificar otrabalho pedagógico da escola de educação básica, emespecial o Ensino Fundamental. Trata-se de uma pesquisana abordagem qualitativa sendo organizada a partir de estu-dos de subsídios teóricos e da investigação participativa,tendo como lócus uma escola pública do município deOrindiúva- São Paulo.

* Bolsista FAPESP

Cód. 2063

EDUCAÇÃO BRASILEIRA: a permanência de umsistema excludente

RODRIGUES, Rosilene MariaMARTINS, Eliana

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O artigo é construído a partir da trajetória histórica da edu-cação no Brasil, ressaltando o sistema excludente que foigestado ao longo dessa trajetória. Um sistema que sempreprivilegiou a elite burguesa, excluindo as classes popularesdo contexto educacional através de medidas legais ou pelo

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favorecimento de um sistema dual, em que a diferençaentre o ensino particular e público visa manter o status quoda minoria dominante. No cenário de luta dos movimentossociais pela redemocratização do país, que acontece nodecorrer da década de 1980, a Constituição Federal de1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, é um marcona proclamação de direitos sociais. Nesse bojo, a referidacarta magna proclama a educação como direito social,sendo considerada direito de todos e dever do Estado.Porém, no romper da década de 1990, a força da influênciada globalização neoliberal se contrapõe a ordem constituci-onal em um processo contínuo de encolhimento dos direi-tos sociais e desmonta as políticas sociais, entre elas, aPolítica de Educação. Permanece a exclusão, pois, a educa-ção pública oferecida às classes populares atende às requi-sições do capital e elas são excluídas de uma formaçãohumana. A educação como direito de todos está sendo ofe-recida para atender as demandas do mercado de trabalho.

Cód. 2096

O DIREITO À EDUCAÇÃO DOS ADOLESCENTESQUE CUMPREM MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS NO

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO EMASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) DO MUNICÍPIO

FRANCA/SP

SANCHES, Jéssica*MARTINS, Eliana

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O artigo traz os resultados iniciais da pesquisa intitulada “Odireito à Educação dos adolescentes que cumprem medi-das socioeducativas - programa desenvolvido no Centro deReferência Especializado em Assistência Social (CREAS) do

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município Franca/SP”, financiada pela Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A finalidadeda pesquisa é investigar a realidade do acesso do direito àEducação dos adolescentes em Medidas Socioeducativasem meio aberto de Liberdade Assistida (LA) e Prestação deServiços à Comunidade (PSC), atendidos CREAS do municí-pio citado, analisando as questões relativas ao acesso, per-manência, defasagem de série/idade, abandono escolar epreconceito nas escolas públicas de Franca/SP que tiveremo maior número de adolescentes cumprindo PSC e LA. Utili-zaremos a pesquisa quantitativa para traçar um perfil dosadolescentes e qualitativa para compreensão mais aprofun-dada sobre o objeto da pesquisa, relacionando-o e contex-tualizando-o com a realidade, que se encontra emconstante transformação e contradição. Realizaremos grupofocal com os adolescentes e entrevistas semiestruturadascom os funcionários do CREAS e das escolas públicas.Nesta perspectiva essa pesquisa não aceitará como respos-tas a aparência, a imediaticidade e o senso comum, mas apartir disso buscará ir além, para alcançar e compreender aessência e a concreticidade do fenômeno. Por fim, preten-demos com essa pesquisa contribuir para estratégias deatuação profissional do Serviço Social que visem garantir odireito à educação dos adolescentes em PSC e LA doCREAS de Franca/SP. O artigo traz as primeiras reflexõesrelativas à pesquisa, na primeira parte será exposto o estudojá realizado sobre esta temática [Códigos de Menores, Esta-tuto da Criança e do Adolescente (ECA), Sistema Nacionalde Atendimento Socioeducativo (SINASE)]. Na segundaparte serão apresentados alguns dos dados e estudos jáelaborados sobre a configuração das medidas socioeduca-tivas em meio aberto do CREAS de Franca. E a terceira traráas primeiras considerações acerca do tema.

* Bolsista FAPESP

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Cód. 2094

O conceito de qualidade implícito no discurso quelegitima os sistemas de avaliação

SANTANA, Andréia da Cunha Malheiros*ROTHEN, José Carlos

Universidade Federal de São Carlos

Este artigo é parte de uma pesquisa de pós-doutorado decunho qualitativo, mais especificamente um estudo de caso,que objetiva analisar como os resultados das avaliaçõesexternas são tratados em duas escolas estaduais do interiorde São Paulo. Neste artigo, trazemos um recorte da discus-são realizada durante a pesquisa acerca do tema da quali-dade, que tem como objetivo discutir este conceito,ressaltando como ele é empregado no discurso que legi-tima as avaliações externas como uma política públicacapaz de garantir a “qualidade” do ensino. Não se podenegar a importância atribuída a este tema, mas neste artigobuscamos mostrar que o conceito de qualidade dependedo contexto no qual ele aparece, podendo servir a diferen-tes propósitos e legitimar políticas públicas incapazes degarantir que toda a população tenha um ensino igualitário ejusto. Embora, muitas vezes, o termo qualidade apareçamais no discurso que nas ações, a sua inclusão na fala edu-cacional é um fator marcante, por isso é necessário pensarna relação entre a concepção de qualidade empregada atu-almente e a sociedade que a propaga. Muitas vezes, o dis-curso neoliberal, que serve de base para as políticaspúblicas no Brasil, tem limitado o conceito de qualidade aoacesso das crianças à escola e ao desempenho dos estu-dantes em avaliações de larga escala. Sem ignorar que oacesso seja vital para que tenhamos um ensino de quali-dade, ele não é o único requisito capaz de garanti-la, nemtampouco podemos acreditar que uma menção positiva

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numa avaliação cognitiva seja o único responsável pela tãodesejada qualidade. A fim de discorrer sobre este tema, arti-cularemos a leitura de diversos autores, como Freitas (2002e 2005), Dourado e Oliveira (2009), Enguita (1994), Sá (2009),entre outros. A partir desta fundamentação teórica, se pre-tende enfatizar a importância atribuída ao tema da “quali-dade” atualmente e o que significa esta “qualidade” dentrodo discurso neoliberal, ressaltando que, embora, muitasvezes, o discurso neoliberal venha disseminando o conceitode qualidade como algo consensual e unívoco, atrelado aodiscurso hegemônico que veicula uma versão monossê-mica (e mercadorizada) do termo qualidade, ele é um con-ceito polissêmico, cujo significado é muito mais complexodo que o mercado lhe atribui. Como conclusão, a nossaargumentação nos leva a afirmar que educação e exclusãonão podem ser parceiros e que a visão de qualidade defen-dida pelo modelo neoliberal é reducionista e parcial ser-vindo apenas aos objetivos do mercado e não buscapromover uma escola igualitária para todos, uma vez que seapoia numa pseudoparticipação da comunidade e naobtenção de índices que não levam em conta o processode ensino aprendizagem, apenas o produto final, medidoatravés de uma nota, ignorando outros fatores que umaeducação de qualidade envolve.

* Bolsista FAPESP

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Cód. 2141

TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO EINTERAÇÃO EM MEIO AO PROCESSO DE ENSINO EAPRENDIZAGEM: ciberespaço e ensino a distância

SANTOS, Daniela Dermínio-PosterareLEMES, Sebastião de Souza

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Observa-se, na atualidade, uma crescente utilização dastecnologias digitais da informação e interação no universoescolar. Estudos apontam que essas tecnologias são meiosfacilitadores que contribuem à realização de cursos a dis-tância. O ensino a distância, após o surgimento e expansãodo uso da Internet, cresceu exponencialmente no cenárioeducacional brasileiro. Uma das preocupações que se tinhaera a questão da interatividade, que era prejudicada naspráticas de ensino a distância antigas, que utilizavam televi-são, rádio e carta. Com o advento da Internet essa preocu-pação, a princípio, foi resolvida, pois com sua utilização sãopossíveis diferentes formas de interação, inclusive a comu-nicação síncrona, que se realiza ao mesmo tempo entre aspessoas, não sendo necessário aguardar horas ou dias porum feedback. A Internet e outras tecnologias digitais, noensino a distância, possibilitaram rompimento do limite detempo e espaço na interação que ocorre entre professor ealuno. Essa interação ocorre no ciberespaço, o qual podeser situado numa abordagem construtivista, como um localde construção do conhecimento (Alava, 2002). Pierre Lévy(1999) define o ciberespaço e afirma que ele aparece comoum dispositivo de comunicação interativo que permite umaaprendizagem cooperativa em rede. O ciberespaço utiliza--se do virtual para que aconteça a interatividade, que podeser definida como decodificação, participação e interpreta-ção única de algo, considerando que quem recebe uma

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informação nunca é passivo e participa de forma diferentede outro que recebe a mesma mensagem. Ciberespaço serelaciona ao termo virtual, que segundo Lévy (1999), podeser compreendido em três sentidos: técnico, corrente e filo-sófico. O técnico diz respeito à informática, o corrente aoentendimento corriqueiro do termo, como algo irreal e semesclarecimento científico e o sentido filosófico é aquele queo autor aponta como sendo necessário a sua compreensão,já que a palavra virtual precisa ser melhor utilizada. Dessaforma, por meio de revisão bibliográfica, serão discutidos osrecursos tecnológicos, especificamente o ciberespaço, noâmbito do ensino a distância.

Cód. 2143

Educação Infantil e prevenção de acidentes:opiniões dos dirigentes e profissionais

SCOTA, Bruna da Costa*GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra Regina

Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP/Marília

Os acidentes com crianças de 0 a 2 anos de idade são umsério problema de saúde pública no Brasil e no mundo.Parte importante da solução depende de ações queaumentem a segurança e a proteção das crianças e diminu-amos riscos as quais devem ser empreendidas por aquelesque cuidam das crianças. No caso de berçários, são escas-sos estudos que relatem o posicionamento dos profissionaisa este respeito. Assim, o objetivo desta pesquisa foi identifi-car as opiniões dos profissionais e dirigentes sobre a temá-tica dos acidentes infantis. A pesquisa foi realizada em doisberçários municipais de um Município com aproximada-mente 220 mil habitantes, com 34 profissionais (18 do “Ber-çário 1” e 16 do “Berçário 2”), sendo dirigentes,coordenadores pedagógicos, professores e funcionários.

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Utilizou-se gravador, roteiros de entrevista e questionários.Foram aplicados questionários e realizadas entrevistas indi-viduais gravadas. As transcrições das gravações e as res-postas dos profissionais escritas nos questionários foramcategorizadas por juízes. Os resultados predominantes dasentrevistas e dos questionários indicaram que as dirigentese os profissionais têm diversas representações sobre atemática dos acidentes infantis; sinalizam os ambientes e assituações consideradas de maior segurança e proteção paraevitar a ocorrência de acidente infantil no Berçário, taiscomo “atenção/cuidado do adulto com os bebês”, “brinque-dos adequados”, “tomadas com proteção” e “tomadas forado alcance das crianças”; abordam o assunto entre eles emreuniões formais e informais; sinalizam os ambientes consi-derados de maior risco para ocorrência de acidente infantil,destacando-se o “banheiro”, os “espaços externos” e o“refeitório”; sinalizam os procedimentos diante dos aciden-tes; as situações nas quais a criança é socorrida após o aci-dente; as informações que receberam sobre prevenção deacidente infantil; por quem as crianças são trazidas ao Ber-çário; qual é o meio de transporte usado para transportar acriança na entrada e saída do Berçário; se conhecem algumdecreto (legislação) que aborda a temática dos acidentesinfantis; entre outros. A partir da análise das opiniões dosdirigentes e dos profissionais, por meio de entrevista e dequestionários, conclui-se, de forma geral, que tanto os diri-gentes quanto os profissionais têm informações sobre osacidentes infantis e consideram o berçário como local apro-priado para o desenvolvimento de ações educativas volta-das para prevenção de acidentes infantis.

* Bolsista PIBIC/CNPq

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Cód. 2116

O poema na escola: contribuições para aalfabetização e para o lúdico

SILVA, Ana Rubia da*BORGES, Fabiana Claudia Viana

SILVA, Stella Rodrigues

Fundação Educacional de Ituverava - FFCL

Este trabalho tem por objetivo apresentar reflexões acercado trabalho com poemas em sala de aula, verificando comoesse gênero textual contribui para o processo de alfabetiza-ção e letramento, assim como a ludicidade. Este projeto foidesenvolvido na E.M.E.F “Jardim Guanabara”, na cidade deItuverava-SP, a partir do PIBID de Pedagogia, e visa à cria-ção de atividades e materiais didáticos que tinham em seubojo o lúdico nas situações de alfabetização e letramento.Como embasamento teórico, utilizamos Huizinga, Antunes,que consideram o lúdico um meio de acesso a novas cultu-ras e conhecimentos, bem como autores que tratam daalfabetização e do letramento, como Tfouni, Soares, Klei-man, Pacífico; Romão, que tratam a escrita como produçãode sentidos e sua prática precisa estar relacionada com avivência sócio-histórica do aprendiz, dentre outros. Para estaapresentação, selecionamos resultados de atividadesdesenvolvidas a partir de poemas do tipo haicai, músicasfolclóricas, explorando rimas, desenvolvendo ilustrações,pinturas, colagens, jogos e escrita.

* Bolsista PIBID (outras IES)

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Cód. 2042

MONTEIRO LOBATO E ACENTUAÇÃO GRÁFICA:contestação gramatical manifestada no conto O

mata-pau

SILVA, Elisa Pereira daOLIVEIRA, Sheila Fernandes Pimenta e

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A proposta desta investigação é refletir sobre o questiona-mento de Monteiro Lobato quanto ao emprego de determi-nados acentos na língua escrita, o que provocou, na ocasião– década de 20, uma aversão pelos estudiosos da área.Organizamos a investigação em duas partes. Inicialmente,apresentamos uma discussão teórica sobre aspectos dasnormas culta e padrão, em que são relevadas as questõesda Sociolinguística, em que o uso é que orienta a língua, naperspectiva de Marcos Bagno (2012), Carlos Alberto Faraco(2008). Em um segundo momento, para entender a propostado autor, analisamos o conto “O mata-pau”, da obra Urupês,que apresenta abolidos praticamente todos os acentos grá-ficos, considerando, como contrapalavra o posicionamentoda gramática de Cunha e Cintra e o Acordo Ortográfico de1943, porque este foi o acordo adotado após a contestaçãodo autor. Lobato defendia o uso de uma tendência naturalda língua, em que a simplificação representa o “uso que ori-enta a língua”. Lobato acentuava as palavras que conside-rava realmente necessárias para a compreensão do leitor,em questões semânticas e também aquelas que podiam seinserir em mais de uma classe gramatical. No conto “Omata-pau”, o autor traz uma linguagem polêmica, reprodu-zindo a riqueza da fala brasileira da zona rural com seuscoloquialismos. Por meio de uma inovação estilística e lin-guística, defende a “lei do menor esforço” como a evoluçãoda língua que se orienta na simplicidade da escrita e da fala,

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considerando a língua como uma criação popular. A investi-gação se dá nessa orientação da simplicidade da escrita, noquestionamento dos acentos excessivos, que contradiz aevolução da língua, uma vez que todo falante pode ter vari-ações na fala e na escrita, conforme as suas variantes.Assim, após uma análise do conto, apresentamos uma siste-mática inicial da abolição dos acentos enquanto movimentode contestação por meio da língua.

Cód. 2076

Intertextualidade e Interdiscursividade: Análise deContos Contemporâneos

SILVA, Ellen Braune Reis*

Universidade de Franca

Esta pesquisa analisa a interdiscursividade e a intertextuali-dade presentes no conto “ Chapeuzinho Amarelo” de ChicoBuarque e “Fita Verde no Cabelo” de João Guimarães Rosa,na sua relação com o conto “Chapeuzinho Vermelho, deCharles Perrault”. Busca-se, como objetivo, examinar e des-crever a construção dos sentidos no texto através da análisedos mecanismos que compõem a produção textual, comvistas a despertar a sensibilidade crítica dos alunos para otexto literário. Esse estudo visa também observar e explicaros mecanismos de construção do sentido a partir do planode conteúdo e do plano de expressão, e suas relaçõesentre um plano e outro. A análise dos mecanismos de pro-dução de texto possui como embasamento teórico a teoriasemiótica de linha francesa. Considerando o texto comounidade de sentido através do que é dito e o modo de dizero que se diz, esse estudo procura revelar as estratégias deprodução da intertextualidade e da interdiscursividade noconto rosiano e no conto de Buarque. Visamos, portanto,com essa pesquisa, à análise da linguagem literária como

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objeto da semiótica, por meio da aplicação do percursogerativo de sentido aos textos, observando ainda os efeitosde sentido passionais que neles se manifestam.

* Bolsista SEESP

Cód. 2031

A experimentação musical na infância

SILVA, Mara Lúcia Finocchiaro da

Instituto de Artes - UNESP/São Paulo

Este trabalho procurou encontrar-se com a música naescola e anunciou formas de percepção e produção damusicalidade na educação infantil. Encontro entendidocomo potência afetiva e ação educativa, intervenção nomundo, possibilidade de transformação pelas crianças. Ointuito da pesquisa acadêmica foi relatar as experimenta-ções musicais semanais de crianças de cinco anos, por doismeses, numa escola pública de Educação Infantil, vascu-lhando as expressões infantis e as propostas pedagógicas,compreendendo a relação estabelecida entre a professorae as crianças, seu livre pensar e sentir. A análise mostrouque estas têm profundo encanto pelas atividades musicais,envolvem-se, pedem mais à professora. Numa posturacompreensiva e investigativa, a professora criou condiçõespara as crianças experimentarem, testarem suas hipótesessonoras e acima de tudo a serem sujeitos afetivos que pen-sam sobre o que fazem em grupo, resgatando memórias eredescobrindo sentidos. Ficou acentuada a ideia de infânciainventiva e produtora de cultura em experimentaçõessonoro-musicais, que provocaram os adultos à renúncia desuas certezas e a rever as suas ideias sobre a aprendizagemmusical na infância. Os inusitados se constituíram nas explo-rações e sistematizações realizadas com as crianças, comritmos, culturas, sonoridades diferentes, exploraram seus

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corpos sonoros e foram respeitadas enquanto produziramconhecimentos musicais e humanos. Os conceitos estrutu-rantes deste trabalho foram: prática pedagógica humaniza-dora, criatividade, percepção, entusiasmo e alegria naescola, exploração e investigação infantil. A teoria histórico-cultural definiu os fundamentos de toda a investigação,recolhendo as manifestações de subjetividades a partir deproduções coletivas. A produção de sentidos e subjetivida-des foi almejada com vistas a sujeitos autônomos e críticos,aliada à ideia de uma escola feliz, que na perspectiva deSnyders e Larrosa não se constitui em alegria bucólica ouamena, ao contrário, a ideia de alegria está respaldadapelos fundamentos em Spinoza, que crê na alegria comopossibilidade de despertar a potencialidade do sujeito, quepor vezes se retrai e é desprezado na proposta escolaresvaziada de sentidos. As situações sonoras do cotidianopassaram a ser exploradas e ouvidas de forma mais apu-rada pelas crianças, como o canto dos passarinhos. Os auto-res escolhidos para fundamentar o trabalho foram GeorgesSnyders, Jorge Larrosa, Lev Vygotsky cujos pensares foramregados pelo poeta que transcende as lógicas e a própriapoesia, Manoel de Barros. As conclusões do trabalho reme-teram a transgredir as experiências planejadas e exercerplenamente a escuta às crianças, suas perguntas, invençõese alegria. Foi nítida a confiança nas capacidades infantis demanterem diálogo, fazer escolhas, mesclar conhecimentos,reelaborar o já aprendido sobre experimentação musical e orespeito pelas suas manifestações.

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Cód. 2093

Portifólio: uma possibilidade na identificação dealunos com altas habilidades

SILVA, Maria Lúcia da Silva e

Diretoria de Ensino da Região de Franca - Estadual

O presente artigo discute sobre a importância de sabercomo avaliar os alunos que apresentam habilidades acimada média nas escolas estaduais. O instrumento selecionadopara estudo é o portifólio, que registra o processo avaliativodos referidos alunos. A avaliação é um tema que sempreesteve presente em nosso dia-a-dia. É uma preocupaçãoconstante, porém sempre revela pontos de referências dequanto os alunos realmente sabem sobre os conteúdosescolares. Além disso, os professores não conseguem pre-cisar as relações desses saberes adquiridos na escola asso-ciados à vivência de mundo dos alunos. A discussãoproposta fundamenta-se nos estudos de Joseph Renzulli,nas bases legais federais e estaduais e no modelo de ativi-dades pedagógicas a serem usadas no processo de avalia-ção. Tais atividades têm propiciado oportunidades dedesenvolvimento de talentos, competências e auto realiza-ção do potencial criativo dos alunos com altas habilidades.

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Cód. 2097

O processo de construção dos novos planos deeducação do Brasil

SILVA, Mariana Aparecida daMURANAKA, Maria Aparecida Segatto

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A partir de uma abordagem histórica e política da educaçãoanalisaremos os planos de educação nacional implantadosno país, com especial atenção aos seus processos de ela-boração. Diferente dos anteriores, os dois últimos planos (oPNE 2001-2011 e o projeto de Lei n.º 8.035/2010, que daráorigem ao PNE 2011-2020) contaram com a participação dasociedade na elaboração de suas propostas, na tentativa dese estabelecer ações políticas de Estado. A discussãoacerca dos planos educacionais no Brasil não é nova, forammuitos os planos apresentados, via de regra, marcados pelanão participação da sociedade no processo de elaboração,por rupturas e descontinuidades, que favoreceram aimplantação de uma política de governo, em detrimento deuma política de Estado. Um consenso entre os autores temsido apontar a década de 1930 como época em que o temado planejamento educacional ganhou foco. O Plano Nacio-nal de Educação (PNE), previsto na Constituição de 1934, porinfluência do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova(1932), foi transformado em instrumento de ação política, porVargas e Capanema e, a partir de então, diversos planos deeducação foram elaborados. O processo que culminou noPNE 2001-2011 evidenciou o embate entre dois projetos dis-tintos de PNE encaminhados ao Congresso Nacional. O pri-meiro, elaborado por entidades educacionais ligadas aoFórum Nacional de Educação reunidas no I e II CongressosNacionais de Educação (CONED), foi encaminhado àCâmara dos Deputados, em 10 de fevereiro de 1998, pelo

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então deputado Ivan Valente (PT), o segundo elaborado eencaminhado pelo MEC dois dias após o primeiro. O PNEaprovado evidenciou a prevalência das políticas governa-mentais já em curso. Ademais, FHC vetou nove dispositivosque inviabilizaram a concretização das metas referentes aum maior aporte financeiro para a educação. O presidenteLula, além de não revogar os vetos do FHC ao PNE, secun-darizou o mesmo ao lançar um plano de governo, o Planode Desenvolvimento da Educação (PDE), elaborado peloMEC. Em dezembro de 2010, o executivo federal encami-nhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei do Plano Naci-onal de Educação (PL n.º 8.035/2010), em tramitação até apresente data. A Conferência Nacional de Educação(CONAE), realizada em 2010, cumpriu importante papel aopossibilitar uma efetiva participação da sociedade na dis-cussão e deliberação das diretrizes e estratégias de açãopara o novo plano, a exemplo do que ocorreu com FórumNacional de Educação, durante a Constituinte e a LDB, alémdo I e o II CONED. Neste trabalho procuramos evidenciar aimportância desse recente procedimento adotado na cons-trução coletiva de políticas públicas, a despeito das perdasimpostas pelos poderes públicos constituídos.

Cód. 2040

Escola destinada ao público LGBTTT sob a óticade Émile Durkheim: construção social em prol da

luta contra a homofobia

SILVA, Renan Antonio da*RIBEIRO, Daniela de Figueiredo

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

O presente artigo tem como objetivo enfatizar a teoria da"construção social" do sociólogo francês Émile Durkheim,

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tendo como fonte de pesquisa a E-JOVEM, escola destinadaao público LGBTTT, situada na cidade de Campinas, e mos-trar que construção do ser social é feita em boa parte pelaeducação. Uma vez que, para Durkheim, a assimilação peloindivíduo de uma série de normas e princípios, sejammorais, religiosos, éticos ou comportamentais, são determi-nantes na conduta do indivíduo em seus grupos de convi-vência. Assim, o homem, mais do que formador dasociedade, é um produto dela. A escola E-JOVEM, foi criadacomo uma forma de extirpar a homofobia (que engloba umrol de preconceitos e violências sofridas pela populaçãocom diferentes orientações sexuais), e de promover umasocialização diferenciada, e se constitui a fim de provocarmudanças na realidade social, no que tange as vivênciasdas sexualidades. A educação, como um bem social, é rela-cionada às normas sociais e à cultura local, diminuindo ovalor que as capacidades individuais têm na constituição deum desenvolvimento coletivo. Este trabalho deverá serdesenvolvido, por meio de entrevistas com os alunos cur-santes da E-JOVEM, para registro e análise de suasimpressões e resultados obtidos através do curso. Emsegunda fase haverá a finalização através de diário decampo, visando a compreensão da diferença no ensino for-mal de jovens (gays) que frequentam a escola E-JOVEM ejovens (gays) que não a frequentam, permitindo avaliar a efi-ciência desses espaços exclusivos de sociabilidade, e queimpactos promovem na aprendizagem tanto para o trabalho(conteúdos das disciplinas) como para a cidadania (gaysmais participantes na sociedade).

* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

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Cód. 1994

O brincar e as relações sociais

SILVA, Rutineia Cristina Martins

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O artigo em questão foi construído a partir de pesquisa rea-lizada para dissertação intitulada “A construção do sujeitohistórico na Educação Infantil”, que trata de aspectos daconstrução dos direitos das crianças do Brasil, tendo comofoco o direito à recreação e lazer, resumido no direito aobrincar. Para isso, buscaram-se conhecimentos que referen-dam a importância do brincar para as ciências cognitivas, asrelações sociais e como isso se apresenta nos programasescolares. Este artigo busca discutir como se efetivam osdireitos da criança, a brincadeira e a recreação, conforme oartigo 7º da Declaração dos Direitos da Criança (1959), parteda legislação referente, construída no decorrer do séculoXIX e XX. Confirmou-se, nesta pesquisa, que muitos dosdireitos infantis previstos em leis nacionais e internacionaisainda não foram contemplados na prática. Muitas criançasainda se encontram na situação de solidão, desamparo eexpostas à violência não só no lar como nas ruas; algumas,ainda que frequentando o ambiente escolar, ficam privadasdo convívio de outras e só veem crianças na escola. Algu-mas precisam brincar com as cachorras ou bichinhos virtu-ais porque não têm um companheiro de carne e osso. Porfim, acredita-se que um sujeito histórico se constrói brin-cando, porque ao brincar são transportadas para o campoda imaginação e concretizadas todas as relações humanaspresentes na infância, como previsto no texto das leis.

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Cód. 1995

Tempo e espaço: conceitos em construção

SILVA, Rutineia Cristina Martins

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente trabalho é resultado de pesquisa realizada sobrecomo se dá a construção dos conceitos de tempo, espaço ehistória no ensino fundamental. Para isso, utilizou-se comoreferência obras que tratam do assunto, sendo a pesquisabibliográfica o objeto desta explanação. A pesquisa contem-plou como se desenvolvem os conceitos de tempo eespaço e como favorecem a compreensão de conceitoshistóricos.

Cód. 2100

A educação para os direitos humanos: aprevenção do bulliyng nas escolas

SILVA, Terezinha de Paiva*LIMA, Taffanes Rosa

FARINELLI, Marta Regina

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O presente trabalho tem como objetivo evidenciar a impor-tância da educação para os direitos humanos como umadas formas de prevenção do bulliyng nas escolas, entre ascrianças e os adolescentes. O bulliyng é um termo inglêsque refere a atitudes agressivas verbais e físicas realizadasde forma intencional e repetida exercida por qualquer pes-soa causando dor, depressão, angustia a outrem. Essa prá-tica discriminatória ocorre em todas as fases da vida, mas éna infância e na adolescência que a mesma se evidencia,principalmente no cotidiano das escolas. O Programa de

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Educação Tutorial- PET- Serviço Social da UniversidadeFederal do Triângulo Mineiro desenvolve um projeto deextensão voltado para a Educação para Direitos Humanos.Este é realizado nas escolas públicas de Uberaba – MG eentre os temas trabalhados com discentes de 12 a 14 anosdestaca-se o direito a “não violência”, “direito a vida”, comênfase no respeito, igualdade, companheirismo, liberdade.O projeto tem a perspectiva freiriana e como tal apresentauma abordagem dialógica e espaços coletivos para troca deconhecimento, e da escuta. Nesta perspectiva, o referidoprojeto trabalha prevenção desta pratica de violência edemais atitudes contra a própria comunidade escolar e asociedade. Dos resultados obtidos destacam-se a violêncianão se centraliza somente na vivencia do aluno nas salas deaula, mas também é fruto da ausência de efetivação dedireitos. Uma educação de qualidade não se resume a umaestrutura de uma escola, mas de meios que possa propiciaruma vida de qualidade, em ambiente saudável. Os direitossão também violados quando não chega até as crianças eadolescentes informações sobre a importância do exercícioda cidadania e a necessidade de materializar que todossomos iguais perante a lei, sem discriminação de raça, etnia,religião e opção sexual, entre outros. Com certeza, intensifi-car no cotidiano escolar discussões sobre direitos humanosproporcionaria as crianças e adolescentes, ampliar a visãodas diferenças e diversidades existentes, entre pessoas.

* Bolsista Programa de Educação Tutorial

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Cód. 2127

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: o papel daInstituição de Ensino Superior na região em que

está inserida

SILVA, Welton Roberto*SANTOS, Lucas Antonio*

MACHADO NETO, Alfredo JoséOLIVEIRA, Sheila Fernandes Pimenta e

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP (2013) revelamque nos últimos anos a demanda por matrículas no Ensinosuperior apresenta uma considerável taxa de crescimento,assim como é notório o incremento da oferta de vagaspelas Instituições de Ensino Superior (IES), sejam elas públi-cas ou privadas. Paralelamente, também é possível observarque os recentes avanços tecnológicos e a crescente veloci-dade com que a informação se propaga provocarammudanças ambientais que atingem não apenas grandesconglomerados internacionais, mas impactam tambémcomunidades locais, que necessitam cada vez mais buscarformas de se inserirem competitivamente na economia glo-bal. Desta forma, o desenvolvimento de uma determinadalocalidade depende da participação dos agentes quecompõe seu entorno. Nesta perspectiva, surge a propostado presente trabalho, que busca pesquisar a participaçãode uma Instituição de Ensino Superior em sua região e oquanto ela pode contribuir com o desenvolvimento daquelalocalidade. Para tanto, faz-se uso de uma abordagem teó-rica, com um entendimento sobre a necessidade do mer-cado de trabalho por mão-de-obra qualificada, bem como ademanda por pesquisas e estudos que colaborem com aatividade econômica local. Também se pretende fazer uso

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de dados divulgados pelo Ministério da Educação tantosobre procura quanto sobre oferta de vagas da EducaçãoSuperior. De igual modo se faz necessário o entendimentosobre as definições de desenvolvimento, em especial, oregional. Em um segundo momento, pretende-se relacionaro quanto uma Instituição de Ensino Superior pode colaborarcom sua região, citando casos em que tal vínculo pode serconstatado.

* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional do Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

Cód. 2078

A pedagogia crítica no Ensino Superior deContabilidade

SMITH, Marinês Santana JustoCAMPANHOL, Edna Maria

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciênciae a Cultura durante a Conferência Mundial sobre o EnsinoSuperior firmou Declaração Mundial que se tornou, a partirde 1998, um marco referencial de Ação Prioritária paramudança e o desenvolvimento da Educação Superior(UNESCO/CRUB, 1999). Naquela oportunidade levantou-sea questão de promover o saber mediante a pesquisa naciência, na arte, nas ciências humanas e a divulgação deseus resultados. A pesquisa passou a ser tratada como umafunção essencial de todos os sistemas de Educação Supe-rior. Enfatizou-se a inovação, a interdisciplinaridade e atransdisciplinaridade nas pesquisas, estabelecendo umequilíbrio apropriado entre a pesquisa básica (ciência) e apesquisa aplicada a objetivos específicos. Nesse contexto, oensino superior de Contabilidade se mostra desafiador nosaspectos propostos pela UNESCO, sobretudo devido a

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equívocos que foram colocados durante anos de ensino daárea em que a classificação das disciplinas se fazia priorita-riamente com base na sua relevância técnica. Assim cabeverificar até que ponto a pedagogia focada em aspectostécnicos deva ser mesclada à pedagogia crítica para a for-mação de um novo tipo de intelectual, o profissional contá-bil pensante. Para tanto, serão abordadas as teoriaspedagógicas de Paulo Freire no tocante à pedagogia refle-xiva para se defender da racionalidade excessiva decor-rente de nosso tempo altamente tecnologizado – “uma dastarefas precípuas da prática educativo-progressiva é exata-mente o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita,indócil” (Freire,1996,p.32) – e as ideias de Gramsci que esta-belece a relação do intelectual e o fazer profissional, nosentido de que o intelectual decorre também do fazer pro-fissional – “Em qualquer trabalho físico, até mesmo no maisdegradante e mecânico, existe um mínimo de atividadeintelectual” (Gramsci, 2010,p.21). Trata-se de uma pesquisabibliográfica, cujos resultados serão expostos em três partes– A visão da Educação Superior do Século XXI; a discussãosobre as ideias dos teóricos da pedagogia crítica e, final-mente, a proposição de uma pedagogia crítica para oEnsino Superior de Contabilidade.

Cód. 2150

Platão e Gramsci: desafios da formação integraldo ser humano

SOUZA NETO, Cézar Cardoso de

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Partindo da perspectiva platônica, onde a justiça é a virtudefundamental, a qual é cultivada através da Educação, queatravés das ações de cada indivíduo no grupo social, estariaevidenciada a formação integral do ser humano. Caso hou-

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vesse uma educação verdadeiramente eficaz, a qual pro-porcionasse um senso de cidadania e responsabilidade, nãoteríamos que falar de justiça nem de valores como algo aconquistar, já que seriam parte da realidade de uma socie-dade cujos valores estariam baseados na dignidadehumana, como refletiu Gramsci. O questionamento sobre arelação entre prosperidade econômica, valores e relaçõessociais, diferenciando a educação acadêmica da educaçãoprofissional, influenciando a escolha da profissão, alienandoo ser humano daquilo que mais importante temos: a cultura.Tem-se, dessa maneira aquilo que escreveu Max Scheleruma reviravolta de valores, onde aquilo que é fugaz e des-cartável ocupa o lugar anteriormente reservado a plena rea-lização humana. Esta reflexão é desenvolvida através daleitura e análise comparativa dos textos de Platão, Diálogos,e de Antônio Gramsci, Cadernos do Cárcere, (particular-mente o Caderno 12), bem como o texto Ética, de Max Sche-ler. Esta análise utilizada como meio de compreensão danecessidade de uma renovação no ato de educar, visando aformação integral do ser humano, como geração e vivênciacultural, das habilidades do desenvolvimento e transmissãode conhecimentos e outros instrumentos que visam concre-tizar o ideal de plena realização humana, em uma sociedademais justa, inclusiva e transformadora.

Cód. 2026

EDUCAÇÃO E JUVENTUDE: desencontros deideais

SOUZA, Adriana PereiraOLIVEIRA, Nayara Hakime Dutra

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este artigo trabalha os desencontros de ideais das juventu-des brasileiras face às medidas de políticas educacionais

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contemporâneas, passando da forma mais sintética possívelpela história da educação que nos auxilia a compreendertais desencontros. Buscou-se ainda a interface com a juven-tude nos desvendamentos dos desafios no ambiente esco-lar, o qual entendeu como formador da postura crítica emrelação às políticas.

Cód. 2019

Projeto Política para Jovens

SOUZA, Ana Carla Pessin de*BATAGLIA, Murilo Borsio

COSTA, Jackeline Ferreira daRIBEIRO, Guilherme Braga da Rocha

BIASON, Rita de Cássia

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Desde o processo de redemocratização, temos vivenciadoinúmeros escândalos de corrupção que pululam na políticanacional e possuem elevada repercussão midiática. Diantedessa realidade e suas elevadas taxas de impunidade,inicia-se um processo de descrédito das instituições demo-cráticas, desconfiança nos administradores públicos, umapossível visão negativa de toda a Democracia. Isso, porvezes, afeta os jovens que estão prestes a adentrar, ou querecentemente adentraram ao exercício da cidadania pormeio do voto. Assim, munidos dessa constatação esabendo-se que uma das causas reside no próprio pro-cesso de escolha dos representantes políticos, elaborou-seo projeto "Política para Jovens", desenvolvido por discentesdos cursos de Direito e Relações Internacionais pertencen-tes ao Grupo de Estudos de Política Aplicada e Comparada,do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Corrupção –UNESP/Campus de Franca. Como objetivos elencam-se: atentativa de desvincular a "política" como sinônimo de "cor-

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rupção"; despertar consciência crítica frente à política;explanar as incumbências dos "três poderes", expondo osprincipais cargos e funções nas três esferas federativas;apresentar mecanismos dos sistemas eleitoral e partidário;esclarecer a importância do voto; estimular a participaçãodos alunos nessa área, indicando também meios de fiscali-zação e conscientizar os jovens cidadãos e futuros eleitoresda necessidade de ética na política. Desse modo, os discen-tes que realizam o projeto estudam tais assuntos tendo porreferência a política nacional e utilizam casos empíricos nopreparo das aulas do projeto que são ministradas nas esco-las da rede pública de Franca-SP. Para tanto, utilizam biblio-grafia específica como: Antônio Octávio Cintra; CecíliaOlivieri; Dalmo de Abreu Dalari; Eduardo Bittar; EnriquePeruzzotti; Fernando Filgueiras; Jairo Nicolau; Lúcia Avelar.Quanto à metodologia, as aulas estruturam-se em quatro,nas seguintes temáticas: Política e corrupção, na qual sebuscam as opiniões dos alunos acerca desses conceitos;Três poderes, em que se revela suas estruturas e principaisatribuições dos cargos públicos; Sistema partidário, expla-nando as características de um partido político e o sistemaem que se inserem; Sistema eleitoral, em que se discorresobre sistema proporcional, majoritário, dentre novas pro-postas e, junto a essa, indicam-se meios de fiscalização dasações dos representantes e de participação direta do cida-dão na política. Em 2012, as aulas ocorreram na ETEC Dr.Julio Cardoso - Escola Industrial (1ºs e 3ºs colegiais), ETECDr. Julio Cardoso - Escola Industrial (turmas de ensino téc-nico em administração e secretariado), Escola Otávio Mar-tins (turma de ensino técnico em administração), Cursinhoda UNESP Franca e, em 2013, objetiva-se sua expansão.Ressalta-se que as aulas são expositivas e buscam levar osalunos à criticidade, fomentando reflexão e, por vezes,debates em sala de aula. Ainda, utilizam-se vídeos, imagens,slides, recursos das redes sociais, apostila elaborada pelogrupo, distribuída aos alunos. Por meio do método de

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estudo dirigido, voltado à temática específica, observa-se,com o passar das aulas, que os estudantes inflam-se dedúvidas e questionamentos, expõem suas inquietações eopiniões, passam a construir ideias melhor embasadas, aentender e conhecer o que lhes é passado e mostram-semais motivados e interessados na política de seu país.

* Bolsista PROEX-UNESP

Cód. 2142

Núcleo de Estudos e Ações Educacionais - ODesafio Começa na Graduação

SOUZA, Eloá Fenrnades deFONSECA, Genaro Alvarenga

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O Neace- Núcleo de Estudos e Ações Educacionais, existe aquase quatro anos e desenvolve projetos sócio educacio-nais em escolas públicas de Franca. Este artigo tem porobjetivo apresentar o trabalho de extensão realizado pelogrupo de extensão Neace – desde de sua criação até o pre-sente momento. Trabalhando dentro da perspectiva dePaulo Freire este artigo é construído qualitativamente, faz--se uso da própria bibliografia abordada dentro do grupo,que desenvolve-se sob pesquisa/ ação . Este trabalho trazos desafios profissionais do graduando, quando este aindadesenvolve-se como profissional, mostra as possibilidadesque um grupo de extensão pode oferecer, e traz tambémos entraves que essa experiência pode proporcionar, vistoque é um ambiente vasto e rico de aprendizagem. O traba-lho aborda a experiência, no campo da educação, relata osdesafios dentro da instituição de ensino, a precarização pro-fissional, as barreiras hierárquicas, a não aplicação da lei, aeducação social e o real aprendizado do aluno dentro dainstituição de ensino.

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Cód. 2103

Políticas Públicas Para Educação Superior

SOUZA, Mariana Leal deALMEIDA, Djanira Soares de Oliveira e

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente trabalho propõe demonstrar a concepção daspolíticas públicas na sociedade contemporânea. Esteestudo tem como objetivo demonstrar fatores importantespara a concepção e implantação de uma política pública,assim como demonstrar o percurso percorrido até a imple-mentação destas políticas, tendo como norteadores Boneti(2007) e Azevedo (2004) no viés da elaboração de políticaspúblicas para o acesso a educação Superior. Nas reflexões,o termo de igualdade perpassa a fundamentação das políti-cas públicas de acesso à Educação Superior no Brasil,determinando desta forma o caráter afirmativo destas. Aspolíticas públicas têm como primazia garantir direitos advin-dos da sociedade, porém neste caminho existem outrosinteresses até sua consolidação, que são consideradoscomo determinantes e precisam ser debatidos pela socie-dade. Realizou-se pesquisa bibliográfica com material cole-tado por meio de levantamento em textos teóricos,legislação e meio- eletrônico, a fim de garantir conteúdosatisfatório para a conclusão do presente trabalho. O estudodemonstrou que a formulação e implementação das políti-cas públicas para educação superior têm grande impactona garantia dos direitos das pessoas, possibilitando oacesso ao ensino mesmo com falas em seu funcionamento.

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Cód. 2007

Migração, educação e trabalho no TriânguloMineiro-MG: Análise da experiência de migrantes

nordestinos inseridos na cadeia produtiva dacana-de-açúcar

SOUZA, Regina Maria de*

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este trabalho procurou compreender o cotidiano de traba-lhadores migrantes nordestinos inseridos, a partir dos anos1990, no setor sucroalcooleiro do município de Iturama-MG.Os referidos trabalhadores, apesar de desempenharempapel importante nesse setor produtivo, são alvo de precon-ceito por parte dos trabalhadores e moradores locais. A pes-quisa de campo de modalidade qualitativa, analisouaspectos como nível de escolaridade, renda, acesso a bensde consumo, condições de moradia e a consciência que osreferidos trabalhadores tem de sua realidade. Além dedados obtidos por meio de aplicação de entrevista semies-truturada, utilizou-se pesquisa bibliográfica para explicar asmodificações que ocorreram ao longo da modernizaçãoconservadora da agricultura brasileira, a partir dos anos1960, criando condições para a emergência dos complexosagroindustriais, em detrimento das pequenas e médias cul-turas, reduzindo o volume de empregos, devido à mecani-zação das culturas, e intensificando a desigualdade nocampo. Identificou-se os fatores que propiciaram a ocupa-ção da mesorregião do Triângulo Mineiro e a expansão dasagroindústrias em seus municípios, destacando-se a cidadede Iturama-MG que, a partir da introdução do setor sucroal-cooleiro, nos anos 1980, e sua expansão, nos anos 1990, criagrande demanda por trabalhadores migrantes nordestinosocupados no plantio e corte da cana-de-açúcar. Parte deles

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fixa residência em área periférica, onde surgiu o bairro Antô-nio Bráulio, local em que se encontram em condições socio-culturais distintas de sua cultura original. Analisou-se umgrupo selecionado de trabalhadores residentes no referidobairro quanto à sua forma de inserção nas atividades dosetor sucroalcooleiro, a ocorrência de transformações emsuas condições socioeconômicas e culturais, a partir damigração e, sobretudo, a relação de dependência dessesindivíduos com o trabalho atual e a lógica de segregaçãoque vivenciam no bairro Antônio Bráulio.

* Bolsista CAPES

Cód. 2102

Educação Ambiental Escolar: limites epossibilidades para sua implantação na Rede

Estadual de Ensino de São Paulo

SOUZA, Tatiana Noronha de*COSTA, Rômulo TheodoroSANTOS, Amanda de Faria

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP/Jaboticabal

A Educação Ambiental (EA) é um processo por meio do qualos indivíduos, e coletividade, constroem valores sociais,conhecimentos, habilidades, atitudes e competências volta-das para a conservação do meio ambiente, essencial à sadiaqualidade de vida e sua sustentabilidade. Deve ser compo-nente essencial e permanente da educação nacional, articu-lado aos diferentes níveis e modalidades educativas, tantono espaço formal, quanto informal. A Política Nacional deEducação Ambiental (BRASIL, 1999) indica que deve sercomponente do currículo de toda a educação básica. Aoanalisarmos os princípios e objetivos da EA, postos pelaPolítica Nacional, verificamos que exigem um trabalho contí-nuo e interdisciplinar, com metodologias participativas.

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Tomamos a perspectiva crítica Guimarães (2004) que asse-vera que as ações pedagógicas precisam superar a meratransmissão de informações ecologicamente corretas, ouações de sensibilização, mas deve buscar articular essasdimensões. Sabe-se, portanto, que não há formas de cons-trução de receituários e estratégias fechadas para a realiza-ção desse trabalho, tendo em vista que cada comunidadepossui características diversas que devem ser consideradasno processo educativo. Reigota (2009) sugere que os estu-dos do meio em regiões que são alvo de interesses ecológi-cos, produção e veiculação de filmes, vídeos, teatro, queexigem investimentos financeiros, podem ser recursos inte-ressantes. Uso de livros paradidáticos, músicas, filmes, usode imagens e obras de arte também são fundamentais parao trabalho na educação ambiental. Desse modo, o presentetrabalho objetiva apresentar uma experiência do trabalhocom EA, em uma turma de sétimo ano de escola públicaEstadual do interior de São Paulo, realizado no âmbito doprograma dos Núcleos de Ensino da UNESP. Trata-se deuma escola que atende em período integral, e reserva osperíodos da tarde para realização de oficinas. Nos foi desti-nado uma hora aula por semana, durante um ano. Os temaslevantados juntos aos alunos foram: manutenção do patri-mônio público, cuidados com a escola e sala de aula, desti-nação de resíduos urbanos, preservação e uso da água.Estratégias metodológicas: avaliação diagnóstica das con-cepções dos alunos acerca do tema, atividade teórico-refle-xiva com intuito de ressignificar as concepçõesapresentadas na avaliação diagnóstica, atividade prática:construção de cartazes informativos, painéis em sala deaula, pesquisas e, ao final do projeto, a organização de umjornal. Como resultado verificamos o aumento progressivodos alunos nas atividades, com aumento da percepção crí-tica relativa aos problemas ambientais. Contudo, verificou--se o tempo destinado às atividades de EA é muitopequeno, tendo que, frequentemente, interromper o traba-

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lho, em função da finalização da hora. As oficinas fragmen-tam o trabalho com os diferentes temas, e não favorecem otrabalho interdisciplinar, além disso, há uma escassez dematerial para se trabalhar de forma não expositiva. O currí-culo disciplinar não favorece o trabalho de EA de formatransversal, especialmente porque tem dado foco em ativi-dades de leitura e conhecimento matemático. A escola deperíodo integral possui uma maior possibilidade de construirprojetos interdisciplinares com duração ampliada, que res-peite os diferentes ritmos de aprendizagem e consigam tra-balhar de maneira mais aprofundada os diferentes temas(Agradecimentos à PROGRAD/UNESP).

* Bolsista PROGRAD - Núcleo de Ensino

Cód. 2024

Ensino de História, Mudanças e Persistências: AProposta Curricular do Estado de São Paulo/2008

STULANO, Daniel*DAVID, Célia Maria

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Este trabalho tem o intuito apresentar os resultados parciaisda pesquisa: “Ensino de História; Mudanças e Persistências:A Proposta Curricular do Estado de São Paulo/2008 fomen-tada pelo Programa Institucional de Bolsas de IniciaçãoCientífica (PIBIC-Reitoria) da Universidade Estadual Paulista‘Júlio de Mesquita Filho’ – UNESP/Franca. Este trabalho tempor objetivo analisar a implementação e o desenvolvimentoda atual Proposta Curricular do Estado de São Paulo, bus-cando na longa duração braudeliana continuidades e ruptu-ras, avanços e retrocessos ao longo do percurso da Históriada Educação no Brasil. Busca-se compreender se o currí-culo oficial se articula como currículo em ação, produzindouma melhoria no cenário educacional paulista. Desvelar o

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sentido da História/disciplina para o aluno do 6º ano, bus-cando não compreender o currículo como empreendimentoneutro, mas carregado de ideologias e pensamentos hege-mônicos da sociedade, vislumbrando o ensino de História eseu currículo no contexto histórico em que foi construído.Este trabalho possui como fundamentação teórica autoressobre: a História da Educação no Brasil, tais como DemervalSaviani, José Luiz Sanfelice, Circe Bittencourt; Ensino de His-tória: Selva Fonseca, Ivan Ap. Manoel, Maria Auxiliadora Sch-midt; Políticas Públicas Educacionais, tais como JoséGimeno Sacristán e Ernesta Zamboni; Currículo e Ideologia:tais como Michael Apple e Ivor F. Goodson; possuindo comoeixo central de pesquisa a tese de livre-docência homônimaao projeto de Iniciação Científica, de autoria da Profª DrªCélia Maria David. O autor parte da análise de diferentesdocumentos oficiais, dentre eles a Proposta Curricular doEstado de São Paulo/2008 – Documento 1, Cadernos doProfessor e Cadernos do Aluno (2008) – e os ParâmetrosCurriculares Nacionais: História (1998). O trabalho possuicomo metodologia a análise de documentos oficiais naperspectiva histórica do tempo longo, acompanhamento inloco das práticas de ensino dos professores do Ciclo Funda-mental II (6º ano) da rede estadual paulista, além de entre-vistas semiestruturadas com professores, gestores ecoordenadores das escolas estaduais paulistas.

* Bolsista PIBIC/CNPq

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Cód. 2077

Expectativas profissionais e sociais de estudantesde Pedagogia

SUFICIER, Darbi MassonMUZZETI, Luci Regina

MANZAN, William Alexandre

Faculdade de Ciências e Letras - UNESP/Araraquara

O presente trabalho apresenta os conhecimentos, informa-ções e expectativas sobre a profissão docente de um grupode estudantes (agentes) do último semestre do curso dePedagogia de uma universidade pública paulista. Embasadano referencial teórico bourdieusiano, a pesquisa procurarevelar, por meio da análise das trajetórias sociais dos estu-dantes, as relações estabelecidas entre as origens sociais ea escolha profissional. Para isso, utiliza-se a noção de traje-tória social como sendo as posições ocupadas de formasucessiva pelos agentes no espaço social, ou seja, vis-lumbra-se a análise sociológica individual (retrato socioló-gico) por meio do desvelamento dos capitais possuídospelos agentes (capital social, econômico, cultural, etc.) eseus habitus. Compreende-se o habitus, conforme a socio-logia de Bourdieu, como o princípio estruturador das práti-cas e suas representações, bem como o resultado dascondições sociais e mentais e seus condicionantes, queresulta na singularidade de cada indivíduo, isto é, de cadahabitus. A pesquisa utilizou-se da metodologia qualitativapor meio da aplicação de entrevista semiestruturada e foidesenvolvida conforme o método praxiológico. Tal metodo-logia, elaborado por Bourdieu, procura romper com a dico-tomia entre interiorização e exteriorização, princípio daobjetivação do habitus dos agentes. Para a realização destapesquisa foram entrevistados oito (8) agentes no segundosemestre de 2011. Entre os estudantes, a escolha do curso

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de Pedagogia está vinculada a diferentes motivos, dos quaisdestacam-se: a inserção profissional enquanto escolhaobjetiva, a idealização da profissão, o baixo número de can-didatos frente a outros cursos de maior prestígio e a inser-ção acadêmica visando uma futura transferência para outrocurso superior da mesma instituição. Majoritariamente,esperam obter a inserção profissional por meio de concur-sos públicos para o ensino nos níveis infantil e fundamental.Também há relatos da opção pelo prosseguimento nosestudos (pós-graduação) visando o campo acadêmico.

Cód. 2053

As perspectivas de futuro de jovens do terceiroano do ensino médio e seus conhecimentos em

relação às instituições de ensino superior

TEIXEIRA, Felipe Casaletti*OLIVEIRA, Rosemary Rodrigues de

ALVES, Michaela de Freitas Rosa

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP/Jaboticabal

INTRODUÇÃO: O término do Ensino Médio coloca o jovembrasileiro frente a uma grande interrogação sobre seufuturo: que caminho seguir? Dentre as opções, podemosencontrar aquelas que o levarão à entrada direta no mer-cado de trabalho ou para a continuidade de seus estudos,com o ingresso em uma Universidade. Entretanto, o alunode escolas públicas encontra dificuldade, em comparaçãoaos de escolas particulares, tanto no acesso como na per-manência na Universidade ocorrendo, dessa forma, a elitiza-ção da educação superior (OLIVEIRA et al, 2003). Adesvantagem no processo seletivo de entrada nas Universi-dades ocorre, principalmente, pela grande diferença deoportunidades oferecidas nos sistemas públicos e privado

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de ensino (MAIA, 1989). OBJETIVO: O presente trabalhoobjetiva pesquisar as perspectivas de futuro de jovens doterceiro ano do Ensino Médio e seu conhecimento acercadas Universidades e seus processos de seleção. METODO-LOGIA: Participaram desta pesquisa, jovens entre 16 e 18anos do terceiro ano do Ensino Médio de uma escolapública da cidade de Jaboticabal, que responderam a umquestionário contendo 17 questões de múltipla escolha. Asquestões abordavam, principalmente, temas relacionados àintenção de ação após o término da formação inicial, aoconhecimento sobre instituições de ensino superior e seusprocessos seletivos, à existência de instituições públicas eprivadas, bem como por quais meios de divulgação osjovens conheceram a instituição. RESULTADOS: Dos 55jovens que responderam ao questionário, 51 afirmam quepretendem ingressar em uma faculdade ou fazer curso paraingressar em uma, após conclusão do Ensino Médio. Aliadoa esses dados, 45 jovens afirmaram que cursar uma Univer-sidade é ‘muito importante’ para seu desenvolvimento pro-fissional. Apesar desses números, 24 alunos responderamque não sabiam ao certo o que é necessário para ser aceitoem uma Universidade e cinco não tinham conhecimentoalgum sobre este processo. Quanto a existência de Institui-ções de Ensino Superior gratuitas e pagas, todos afirmaramconhecer esta existência, porém, ao serem solicitados aclassificar onze instituições, fornecidas em umas lista, emgratuitas ou não, pode-se perceber que os estudantes tive-ram dificuldade. Ao serem questionados sobre como tive-ram contato com as instituições apresentadas, 33 jovensapontaram a mídia, 23 citaram amigos, 21 por familiares, 20pela escola/professor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nossosdados vão ao encontro dos obtidos por Oliveira et al (2003),no qual a maioria dos jovens pesquisados consideram muitoimportante cursar uma faculdade, como uma oportunidadede mudança de vida, uma forma de ascender socialmente.Apesar disso, constatou-se uma falta de informação por

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parte dos estudantes a respeito dessas instituições, seja emdistinguir quais são públicas e privadas, seja em conhecerseus processos de seleção. Acredita-se que seja necessárioum programa que caracterize o exame vestibular para osestudantes da escola pública, de modo que o mesmo com-preenda seu caráter de prova de aferição dos conhecimen-tos adquiridos ao longo da educação básica, bem como aestrutura das provas aplicadas. Faz-se necessário aindaapresentar aos estudantes as Instituições de Ensino Supe-rior e as políticas afirmativas que as mesmas possuem.

* Bolsista PIBID (outras IES)

Cód. 2079

O Trabalho do Serviço Social com Famílias: umaanálise na perspectiva socioeducativa

TEIXEIRA, Laís Vila Verde*PROENÇA, Jaíne de

OLIVEIRA, Nayara Hakime Dutra

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

A presente pesquisa tem por objetivo observar e analisar otrabalho desenvolvido pelo Serviço Social com Famíliasnuma perspectiva socioeducativa em instituições públicas eprivadas da cidade de Franca-SP. Aprofundamos os estudosacerca do trabalho socioeducativo na atuação profissional etambém os aspectos pertinentes à família na contempora-neidade para posteriormente elaborarmos uma síntese doconteúdo pesquisado estabelecendo contrapontos com aprática profissional. Esta pesquisa se faz relevante pelo fatode que a Família tem fundamental importância nas políticaspúblicas enquanto parceira do Estado para a construção emanutenção da sociabilidade gerada pelo modo de produ-ção capitalista. Mas ao restringirmos a análise às políticassociais, percebemos que a Família não é concebida em sua

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totalidade, sendo elas restritas à pobreza extrema e focali-zadas em segmentos como a mulher, a criança, o adoles-cente, o idoso, etc., desconsiderando-se sua complexidade,fato este decorrente do receituário neoliberal disseminadonesta sociedade. Tais inquietações nos motiva buscar sabercomo o Serviço Social, por meio de ações socioeducativas,atua com as famílias enfraquecidas frente a esse cenário dedesigualdade social legitimada. Sabemos que o trabalhosocioeducativo, aliado ao projeto ético-político profissionaldo Serviço Social, se torna um mecanismo de emancipaçãopolítica e de fortalecimento para as famílias ao tempo emque busca desvelar a realidade social vivenciada na era docapitalismo e criar um processo de construção de consciên-cia crítica junto aos usuários. Assim o assistente socialenquanto educador social se torna mobilizador de classespara a busca de conquistas e efetivação de direitos. A pes-quisa se fundamenta em teóricos do Serviço Social e deáreas afins que estudam essa temática a fim de aprofundar-mos os conhecimentos e tecermos a crítica para a constru-ção de novas formas de ver o objeto pesquisado. Além darealização de estudos bibliográficos acerca da temática,faremos a pesquisa de campo com profissionais de ServiçoSocial, como meio de conhecer e posteriormente analisarcomo se realiza o trabalho socioeducativo com famílias eminstituições públicas e privadas. O método de análise utili-zado é o materialismo histórico dialético, visto que ele trazuma abordagem qualitativa da totalidade ao nos remeter aum olhar da realidade, revelando nuances cada vez maisprofundas sobre a temática pesquisada. Esta pesquisa cer-tamente não trará resultados acabados, ela nos permitiráadquirir mais inquietações sobre a temática, pois acredita-mos que a mesma nos revelará apenas uma parte dariqueza que são as práticas educativas exercidas pelosassistentes sociais, com vistas a uma educação emancipa-dora. Ainda há muito que se descobrir, mas acreditamosque nosso trabalho fomente o desejo de continuar esta

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caminhada a qual nos capacitará para atuar com os usuáriosdo Serviço Social de forma cada vez mais digna e humana.

* Bolsista PIBIC/CNPq

Cód. 2080

Falar de família: é familiar

TEIXEIRA, Laís Vila VerdePROENÇA, Jaíne de

OLIVEIRA, Nayara Hakime Dutra

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O projeto “Falar de Família: é familiar” - FAFAMI, está vincu-lado a UNESP – Campus de Franca, como um programa deextensão universitária inserido na Unidade Auxiliar CentroJurídico Social – CJS. Pautado nos princípios norteadores doServiço Social, constitui-se num espaço de pesquisa eextensão universitária que propicia aos estudantes o con-tato com as regiões periféricas da cidade de Franca-SP,através de um trabalho social realizado com as famílias queutilizam o Centro de Convivência Infantil Santa Gianna. Aextensão universitária é propícia à reflexão entre teoria eprática, onde o contato com o real incita a buscar no aporteteórico uma aproximação com esta realidade, superando adicotomia entre teoria e prática, dialogando com o projetoético-político da profissão, proporcionando aos estudantesuma aproximação com as práticas educativas exercidaspelo assistente social, enquanto um educador social. O pro-jeto tem por objetivo contribuir com a formação profissionaldo estudante de Serviço Social, levando-o a conhecer eaproximar da realidade social das famílias de regiões perifé-ricas in locu, conduzindo-as à garantia dos seus direitos,fazendo com que a universidade se aproxime da sociedade.O projeto Fafami cumpre um papel de interlocutor entre apolítica pública e o usuário, já que as políticas públicas soci-

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ais tem se mostrado ser mais restritivas e focalizadas, nãoalcançando, muitas vezes, aquelas pessoas que maisnecessitam delas, seja por falta de acesso ou desconheci-mento das mesmas. A metodologia do projeto faz uso dosinstrumentais técnico-operativos do Serviço Social taiscomo visitas domiciliares, reuniões, encaminhamentos paraa rede socioassistencial, mapeamento das condições regio-nais, proposta de atividades culturais, dentre outros emer-gentes durante o processo de execução do mesmo, com ointuito de trabalhar com as famílias um processo de cons-trução da consciência crítica a partir da realidade que elasvivenciam. Consideramos que conhecer a realidade suscitaa reflexão dos fundamentos teóricos e metodológicos queembasam a ação profissional na mesma, podendo-se criarmecanismos para efetivar os direitos sociais, propiciar oacesso ao desenvolvimento cultural dos membros dacomunidade e fazer com que novas ações sejam realizadasnela. Além de que, a utilização da educação popular, preco-nizada nas obras de Paulo Freire, permite realizar um traba-lho socioeducativo com as famílias numa perspectivaemancipadora e desveladora da realidade cotidiana em quevivem estas famílias.

Cód. 2033

Reflexões sobre a representação do cotidiano: dopoema à notícia de jornal

TOSCANO, Ana Lúcia Furquim Campos*FALEIROS, Monica de Oliveira

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre as ativi-dades coordenadas e desenvolvidas por nós, ao longo doprimeiro semestre de 2013, e aplicadas por alunos do Cursode Letras, bolsistas do Programa Institucional de Iniciação à

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Docência (PIBID), junto a duas escolas da Rede Pública doEstado de São Paulo, da cidade de Franca, em classes desétimos, oitavos e nonos anos do Ensino Fundamental.Desse modo, o que agora apresentamos à comunidadeacadêmica consiste em um conjunto de métodos e procedi-mentos aplicados no desenvolvimento de uma série de ati-vidades articuladas por um eixo temático: a representação ea reflexão sobre o cotidiano em textos poéticos e jornalísti-cos. Essas atividades foram elaboradas e organizadas pormeio de três sequências didáticas, que constituem o projeto“O jornal na sala de aula”, nas quais foram explorados textosde gêneros variados, principalmente o poema e a notícia dejornal, com a finalidade de levar à observação sobre como, apartir de recursos de linguagem diversos podem-se repre-sentar as mesmas situações, atingindo um teor reflexivo eestético em níveis diferentes. As sequências didáticas con-sistiram em um efetivo trabalho de leitura e interpretaçãoarticulado à produção escrita, orientado para a apropriaçãode estruturas e recursos formais dos textos lidos, bem comodas reflexões realizadas a partir da compreensão e interpre-tação de suas temáticas. Para tanto, apoiamos nossas pro-postas nos estudos de Faria (2003), sobre o uso do jornal nasala de aula; de Weinrich (apud KOCH, 1984), sobre o arranjoe a coesão textual estabelecida pelos tempos verbais e, apartir de Puzzo (2012), destacamos ainda o uso da pontua-ção expressiva em comparação ao seu uso normativo.

* Bolsista PIBID Uni-FACEF

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Cód. 2022

Sexualidade: Espaço de reflexão nas escolas euniversidade

TRENTIN, Álvaro Ribeiro*BRANCALEONI, Ana Paula Leivar

OLIVEIRA, Rosemary Rodrigues de

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP/Jaboticabal

Objetivo/Fundamentação Teórica: A sexualidade é umaconstrução histórico-cultural, e acompanha o indivíduo aolongo de toda sua vida, sofrendo em sua montagem influ-ências familiares, religiosas, sociais, éticas, filosóficas e cul-turais (COSTA, 1994; FOUCAULT, 1977). Costa e Souza (2003)e Rosemberg (1985) nos apontam um modo de tratamentoapenas biológico-reprodutivo da temática dentro das esco-las, e a mídia contribui com o reforço dessa visão (FER-REIRA; SOUZA, 2008). Ressalta-se que esta última tem feitouso apelativo da sexualidade, gerando excitação, ansiedade,curiosidade, fantasia e a construção de conceitos errôneos,além de reforçar preconceitos e estereotipias, impedindouma visão holística e profícua da sexualidade por parte dosalunos. O trabalho plural por parte do educador permite umespaço para a reflexão e subjetivação do aluno, e possibilitaa este uma vivência responsável e segura de sua sexuali-dade, bem como o melhor entendimento de seu corpo e arelação com o outro (RIBEIRO, 1993). A adolescência é umperíodo crucial na construção da identidade sexual, mar-cada por intensas transformações, dúvidas e angústias, prin-cipalmente na configuração social que vivemos (COLL et al,2004). Partindo da preocupação desse momento crucial daconstrução da identidade sexual dos alunos e da criação deespaços para uma discussão e questionamento, no qual osjovens possam tirar suas dúvidas e subjetivar as informa-ções aos quais estão sujeitos, o projeto de extensão “Sexua-

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lidade, Educação e Juventude”, que atua em escolas Públi-cas de Jaboticabal, realiza a formação de graduandos emCiências Biológicas da FCAV-UNESP para futura atuaçãojunto a grupos de jovens e adolescentes que compõem asatividades do projeto. Metodologia: Através de oficinassemanais (cerca de 12 encontros por semestre) que ocor-rem no espaço escolar no contra turno, pautadas em meto-dologias participativas que tem nos sujeitos o ponto centraldas ações e que, portanto, almejam ultrapassar o carátermeramente expositivo de informações, são criados espaçosde subjetivação das informações, conceitos, mitos e tabusacerca da sexualidade e de questões de gênero. Os traba-lhos desenvolvidos, nas escolas, com os grupos de adoles-centes, envolveram, até o momento cerca de 650estudantes de escolas estaduais do município e 30 alunosde graduação do curso de Ciências Biológicas da FCAV-UNESP. O trabalho desenvolvido com os grupos vem favo-recendo que os jovens consigam refletir e clarificar os seusvalores e preconceitos, para que tenham uma posição maisassertiva sobre as questões sexuais, sociais, culturais, emo-cionais de diferenças de gênero, e também um maiorconhecimento sobre as diferenças físicas. Além disso, favo-receu-se um maior conhecimento acerca do uso correto e afunção dos principais métodos contraceptivos, bem como oreconhecimento das possíveis implicações de uma gravidezna adolescência.

* Bolsista PROEX

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Cód. 2109

A trajetória das APAE’s na construção da políticade educação especial

VAZ, Viviane Cristina Silva

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

O presente estudo surgiu da experiência do trabalho profis-sional vivenciada na Associação de Pais e Amigos dosExcepcionais de Franca (APAE), entidade sem fins lucrativosque há mais de meio século luta e busca a inclusão da pes-soa com deficiência. Entendemos que enquanto profissionalde Serviço Social temos o compromisso referendado noCódigo de Ética Profissional, com a permanente capacita-ção e reflexão crítica do fazer profissional, com vistas a tersubsídios teóricos para uma análise critica e compromis-sada com as demandas dos usuários, dentro da perspectivado projeto ético e político buscando a melhoria dos serviçosprestados a população, garantia e ampliação dos direitossociais. Nosso estudo visa refletir sobre a trajetória dasAPAE’s na consolidação da política de educação especial, efazer uma breve reflexão de como o município de Francatem conduzido a questão da inclusão escolar das pessoascom deficiência especificamente das pessoas com deficiên-cia intelectual.

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Cód. 2030

Mudanças Sociais e Existenciais: um trabalho degrupo com crianças em psicologia escolar

VECHIA, Geórgia Mazza dallaVASCONCELOS, Danielly Rezende

OLIVEIRA, Vera Aparecida deRIBEIRO, Daniela de Figueiredo

Uni-FACEF Centro Universitário de Franca

O presente trabalho trata de uma experiência de estágio emPsicologia Escolar, onde foi estruturado um grupo de crian-ças com idades de 9 a 11 anos, em uma escola pública deEnsino Fundamental, com o objetivo de descristalizar osestereótipos vividos por crianças com dificuldades escola-res, desenvolvendo suas potencialidades. A PsicologiaEscolar, em uma perspectiva crítica, supõe uma atuaçãoengajada com todo o contexto que produz as queixas esco-lares, sendo importante a valorização da diversidade e oquestionamento dos mecanismos institucionais de culpabili-zação, que recaem principalmente sobre as crianças consi-deradas alunos-problema. O ponto de partida da nossaintervenção foi a demanda apresentada pelos professores,mas problematizando-a, adentramos na teia de relações dacriança na família e na escola. Observamos questões afeti-vas, de convívio grupal, dramas vividos em contextos sociaise familiares. Foi utilizado o método psicodramático na con-dução do processo grupal, visando a expressão espontâneae a criatividade. O grupo foi conduzido de forma a promoveros vínculos internos, o respeito pelas diferenças, e o acolhi-mento do outro. O psicodrama é um método psicoterápicode grupo por excelência, criado por Jacob Levy Moreno. Ométodo psicodramático consiste na representação dramá-tica como expressão dos conflitos, unindo a ação à palavra.Como resultados, observamos o desenvolvimento de

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potencialidades nas crianças participantes, as quais foramreveladas á escola e família, visando uma mudança no olharpara as suas dificuldades. Observou-se resistência de parti-cipação dos professores no processo, assim como uma par-ticipação limitada das famílias. No entanto, como o foco daatuação em psicologia escolar é institucional, são necessá-rios investimentos constantes para que tanto a famíliaquanto a escola possam abrir-se mais para compreender eacolher as crianças sem estigmatiza-las.

Cód. 2120

O PARADOXO DA EDUCAÇÃO HORIZONTAL E AÉTICA NO ENSINO: O DESAFIO DO PROFESSOR DE

CURSINHOS POPULARES

VIEIRA, Fabio Rodrigues*ORMELESI, Vinicius Fernandes

MARTINO, Vânia de Fatima

Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/Franca

Nessa pesquisa, iremos trabalhar a tênue linha que separa ahorizontalidade do professor, tão desejada nos cursinhospopulares de Teoria Freiriana e sua ética profissional aoabordar os alunos em sala de aula. No entanto, antes deabordar prontamente o tema, devemos primeiramente elu-cidar o leitor sobre os termos aqui pesquisados, principal-mente sobre o que são Cursinhos Populares, EducaçãoHorizontal e sobre Ética no Ensino. Cursinhos Populares sãomuito semelhantes aos demais cursos preparatórios de ves-tibulares. Entretanto quase todos os populares são ou gra-tuitos, ou de um preço bem acessível, pois são voltados aeducandos socioeconomicamente carentes. Tendo issocomo base, hoje não é apenas a luta pela acessibilidade dealunos pobres na universidade que se encarrega um cursi-

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nho popular. Muito se preocupa com a qualidade do edu-cando e se ele irá cumprir tudo que for exigido na facul-dade. Logo, se tornou necessário outro diferencial decursinhos particulares. Um diferencial que hoje é ainda maisimportante que sua mensalidade é o desenvolvimento dosenso crítico. Os Cursinhos Populares também possuem aproposta de desenvolver, e não doutrinar, o senso crítico noaluno para que ele entenda melhor o mundo que o rodeia eque ele possa cursar a universidade com igualdade ao edu-cando que cursou toda sua carreira em ensino particular.Claro que para isso não se pode apenas ministrar o conte-údo de ensino e as matérias exigidas, temos que ir além doconvencional. Muitos alunos desconhecem a realidade queo cerca, principalmente sobre as faculdades públicas e asua estrutura educacional. Educação Horizontal seria umateoria e método de ensino muito influenciado pelo educa-dor Paulo Freire que visa uma relação totalmente igualitáriaentre aluno e professor. Assim o professor se aproximariamais do educando, respeitando como indivíduo e trazendoexperiências do mesmo para a sala de aula. O aluno temmuito a ensinar ao educador e logo seria uma relação duplade ensino e aprendizado de ambos. Nessa teoria, o profes-sor não fica com o monopólio do conhecimento e dividecom o aluno a educação da sala. Tem-se a ideia que assimo educando se interessaria muito mais da sua própria edu-cação, pois se veria como agente ativo da sala de aula tor-nando o aprendizado muito mais democrático, respeitoso eigualitário. Ética no Ensino seria o comportamento moral dopróprio professor. Ora, se o educador é um exemplo paramuito de seus alunos ele teria não teria o dever ético de secomportar lembrando sempre que suas ações podem influ-enciar seus educandos? Mesmo que o educador não queirase inserir como um exemplo aos alunos ele acaba o sendodevido as experiências sócio-históricas que os educandosacabam trazendo consigo.

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* Bolsista BAAE II

Cód. 2060

Participação Política na juventude e votoconsciente: em busca da formação de sujeitos

autônomos e participativos na Casa da AcolhidaMarista de Uberaba

VITORINO, Bruna de MeloFREITAS, Natália Cristina

RIBEIRO, Priscila Maitara AvelinoMASSON, Gabriela Abrahão

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O projeto em questão tem como principal objetivo fomentara importância da participação política enquanto eleitores,para adolescentes na faixa etária de 14 a 16 anos na Casa daAcolhida Marista de Uberaba-MG. O tema Participação polí-tica, e, sobretudo o Voto juvenil Consciente. A escolha éfruto de uma análise de conjuntura feita pelas propositorasdo projeto acerca da realidade política vivenciada pelos alu-nos. Pelo período eleitoral ainda recente, vislumbrou-se aimportância do debate deste tema neste momento eespaço que será precioso para alimentar o leque de opçõespara a tomada de decisão dos eleitores juvenis, e futuroseleitores, já que estes estão inseridos em uma faixa etáriaem que podem ou não ser agentes de mudança. E por issoestão suscetíveis aos riscos ocasionados por interesses depolíticos partidários que buscam apenas mais um voto.Neste sentido, este projeto visa trabalhar com os jovens,maneiras diferentes da análise da participação política,especificamente do voto a partir do desenvolvimento de ati-vidades lúdicas visando uma abordagem menos rígida, queproporcione uma construção de conhecimento prazerosapara os jovens através do método pedagógico dialógico de

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Paulo Freire. E espera-se, portanto, que a partir daí munidosde conhecimento, estes jovens potencialmente sejam trans-formadores e protagonistas de sua escolha eleitoral deforma crítica e analítica.

Cód. 2004

Perspectivas Históricas da Educação Superior noBrasil: Seus Reflexos no Serviço Social

VITORINO, Bruna de Melo*PACHANE, Graziela Giusti

MASSON, Gabriela Abrahão

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Esse artigo apresenta algumas reflexões acerca do ensinosuperior no Brasil, com o propósito de entender a atual for-mação profissional, com destaque para o caso do serviçosocial, formação essa fruto de um período histórico social epolítico. Considerando dados obtidos a partir de uma pes-quisa desenvolvida em 2011/2012, realizada através doestado de conhecimento, e que proporcionou sistematizaras produções de conhecimentos na área de educaçãosuperior no Brasil, através do mapeamento de produções,temáticas, centros de pesquisa, principais pesquisadores eautores que podemos considerar expoentes dos estudossobre educação superior no país. A educação superior éalgo muito discutido entre os atuais pesquisadores, princi-palmente pelo momento político, social e econômico quevivenciamos. Percebemos grande investimento financeiro euma significativa expansão nesta fase da educação, porémpara entender como chegamos à atual educação superior énecessário uma crítica ao percurso histórico vivenciado noBrasil.

* Bolsista PIBIC/CNPq

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