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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS,DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS
RELATÓRIO, CONCLUSÕES E PARECER SOBRE ORELATÓRIO ANUAL DE SEGURANÇA INTERNA RELATIVO AO ANO DE 2006
1 – INTRODUÇÃO
1.1. – Nota prévia
Nos termos do n.º 3 do artigo 7.º da Lei n.º 20/87, de 12 de Junho, (Lei de
Segurança Interna), na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 8/91, de 1 de
Abril, o Governo apresentou à Assembleia da República o relatório sobre a
situação do País no que respeita à segurança interna, bem como sobre a
actividade das forças e serviços de segurança desenvolvida no ano de 2006.
Este relatório foi enviado, nos termos regimentais, à Comissão de Assuntos
Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias para emissão de relatório e
parecer, precedendo a sua apreciação em Plenário, que se encontra agendada
para o próximo dia 24 de Maio de 2007.
1.2. – O Texto Constitucional e a Segurança Interna
A matéria relativa à segurança interna encontra a sua sede constitucional no Título
II da Parte I da Constituição da República, onde se encontram fixados os direitos,
liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos como princípios básicos
indispensáveis ao exercício da democracia e à configuração do Estado de direito.
Mais precisamente, o legislador constituinte dispõe, no n.º 1 do artigo 27.º (Direito
à liberdade e à segurança), que “todos têm direito à liberdade e à segurança”.
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Como doutamente assinalam Gomes Canotilho e Vital Moreira, a Constituição
garante neste preceito, ao mesmo tempo, o direito à liberdade e o direito à
segurança, os quais embora distintos, estão intimamente ligados, desde a sua
formulação nas constituições liberais.
Mais observam aqueles autores que o sentido do texto constitucional comporta
duas dimensões: (a) dimensão ‘negativa’, estritamente associada ao direito à
liberdade, traduzindo-se num direito subjectivo à segurança (direito de defesa
perante agressões dos poderes públicos); e (b) dimensão ‘positiva’, traduzindo-se
num direito positivo à protecção dos poderes públicos contra as agressões ou
ameaças de outrem. É esta última dimensão que interessa para a análise do
relatório apresentado.
Assim, o direito à segurança significa, na sua essência, garantia de exercício
seguro e tranquilo dos direitos, liberto de ameaças ou agressões.
Noutra vertente, dispõe o artigo 272.º da Constituição que “a polícia tem por
funções defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna e os
direitos dos cidadãos”, sendo que “polícia” significa, neste preceito, o conjunto de
órgãos e institutos encarregados da actividade de polícia, como ensinam Gomes
Canotilho e Vital Moreira.
Por último, dispõe o n.º 3 desta norma que “a prevenção dos crimes, incluindo a
dos crimes contra a segurança, só pode fazer-se com a observância das regras
gerais sobre polícia e com respeito pelos direitos, liberdades e garantias do
cidadão”.
1.3. – A Lei de Segurança Interna
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O quadro legal directamente aplicável a esta matéria é o previsto na Lei n.º 20/87,
de 12 de Junho, com a alteração constante da Lei n.º 8/91, de 1 de Abril – Lei de
Segurança Interna.
Neste diploma legal estão definidos os princípios gerais e fins de segurança
interna, bem como a coordenação e execução da política de segurança interna.
A Lei de Segurança Interna, define o conceito de segurança interna como a
actividade desenvolvida pelo Estado para garantir a ordem, a segurança e a
tranquilidade públicas, proteger pessoas e bens, prevenir a criminalidade e
contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o
regular exercício dos direitos e liberdades fundamentais e o respeito pela
legalidade democrática.
Esta lei enuncia claramente os princípios e os fins da segurança interna:
a) A segurança interna destina-se a proteger pessoas ou bens;
b) A segurança interna visa assegurar o exercício dos direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos;
c) A segurança interna desenvolve-se no respeito pela legalidade democrática e
exerce-se nos termos da lei, designadamente da lei penal e processual penal e
das leis orgânicas dos serviços de segurança;
d) As medidas tomadas no âmbito da política de segurança visam especialmente
proteger a vida e a integridade das pessoas, a paz pública e a ordem democrática
contra a criminalidade violenta ou altamente organizada, designadamente
sabotagem, espionagem ou terrorismo.
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Entre os princípios de natureza orgânica e funcional, destacam-se:
a) O princípio da unidade da jurisdição do Estado aplicável a todo o território
nacional;
b) O princípio geral da colaboração dos cidadãos na prossecução dos fins de
segurança interna;
c) O princípio da cooperação e coordenação das forças e dos serviços de
segurança;
d) O princípio da exclusividade de actuação de cada força ou dos serviços de
segurança no âmbito das funções que lhes estão confiadas;
e) A natureza pública e rigorosamente apartidária das forças ou serviços de
segurança.
Noutra vertente, a lei de segurança interna define uma estrutura orgânica,
regulando as atribuições de diversas entidades no domínio da política de
segurança:
a) A Assembleia da República, que contribui para enquadrar a política de
segurança interna e para fiscalizar a sua execução, competindo-lhe,
designadamente, eleger os membros do Conselho de Fiscalização dos Serviços
de Informações;
b) O Governo, que conduz a política de segurança interna e que, através do
Conselho de Ministros, define as linhas gerais dessa política e sua execução,
programa e assegura os meios, aprova o plano de coordenação das forças e dos
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serviços de segurança e fixa as regras de classificação e circulação de
documentos oficiais e de credenciação das pessoas que a eles devem ter acesso;
c) O Primeiro-Ministro, que coordena a acção dos membros do Governo em
matéria de segurança interna, convoca e preside ao Conselho Superior de
Segurança Interna, propõe ao Conselho de Ministros o plano de coordenação das
forças e dos serviços de segurança, dirige a actividade interministerial para a
adopção das medidas adequadas em caso de grave ameaça à segurança interna
e, finalmente, informa o Presidente da República dos assuntos respeitantes à
condução da política de segurança interna, podendo algumas destas
competências ser delegadas no Ministro da Administração Interna.
No que respeita às forças e serviços de seguranças, a lei de segurança interna
dispõe que exercem funções de segurança interna:
a) A Guarda Nacional Republicana;
b) A Guarda Fiscal;
c) A Polícia de Segurança Pública;
d) A Polícia Judiciária;
e) O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras;
f) Os órgãos dos sistemas de autoridade marítima e aeronáutica;
g) O Serviço de Informações de Segurança.
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1.4. – Direito Comunitário e Internacional
A segurança interna, para além da vertente interna, tem também uma vertente
intercomunitária ou internacional, decorrente da integração de Portugal na União
Europeia e em diversos outros organismos internacionais, como a ONU, ao nível
dos quais tem subscrito tratados e convenções com manifesta incidência no
ordenamento legal por força do artigo 8.º da Constituição.
De entre as convenções internacionais subscritas por Portugal, destacam-se os
Tratados de Maastricht, de Amesterdão e de Nice, o Tratado e a Convenção de
Schengen, bem como a Convenção Europol, no âmbito da União Europeia, ou os
tratados, acordos e convenções internacionais respeitantes ao tráfico de
estupefacientes e ao combate a organizações terroristas, na esfera da ONU.
Em consequência da maior convergência europeia resultante da aprovação dos
referidos Tratados e Convenções, é de realçar que a segurança interna dos
Estados-membros passou a ter uma vertente pautada pela cooperação e
solidariedade e que, com a diluição das fronteiras na maior parte do espaço
geográfico comunitário, cada Estado-membro passou a funcionar como fronteira
exterior do espaço comunitário.
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2 – DO RELATÓRIO DE SEGURANÇA INTERNA RELATIVO AO ANO 2006
2.1 – Apresentação sistemática do relatório
Em termos de sistematização, o Relatório Anual de Segurança Interna de 2006
segue no essencial o relatório do ano transacto, encontrando-se estruturado em
seis títulos:
- Análise do ano de 2006;
- Legislação;
- Estrutura de coordenação superior;
- Análise da evolução da criminalidade participada;
- Europa; e
- Forças e Serviços de Segurança.
2.1.1 Análise do ano de 2006:O relatório fornece o panorama dos grandes números da criminalidade no ano
transacto, seja o panorama da criminalidade numa perspectiva global, seja por
grandes categorias de crimes, seja ainda, quando tal se justifica, individualizando
tipos de crime, para além de proceder a uma análise da distribuição geográfica da
criminalidade.
2.1.2 Legislação:No domínio da legislação publicada no decurso de 2006, foi aprovado um conjunto
de diplomas legais de relevo para a melhoria global da eficiência e eficácia do
nosso sistema de segurança interna, abarcando áreas que vão da prevenção
primária à repressão da criminalidade organizada transnacional, da política
criminal à protecção civil.
De entre os domínios que sofreram as maiores reformas legislativas destacam-se
o da protecção civil e ambiente, o das armas e explosivos e o das fronteiras e
imigração, entre outros:
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- Lei n.º 52/2006, de 1 de Setembro, que aprovou as Grandes Opções do Plano
para 2007;
- Lei n.º 17/2006, de 23 de Maio, que aprovou a Lei Quadro da Política Criminal, e
que veio estabelecer, pela primeira vez, os objectivos, prioridades e orientações
de política criminal, cometendo ao Governo a iniciativa de apresentar à
Assembleia da República, de dois em dois anos, propostas de lei sobre política
criminal, e fixando os termos da execução da política criminal, a cargo do
Ministério Público e dos órgãos de polícia criminal;
- Lei n.º 30/2006, de 11 de Julho, que procedeu à conversão em
contraordenações e contravenções e transgressões em vigor no ordenamento
jurídico nacional, procedendo também à alteração de um regime contra-
ordenacional em vigor;
- Decreto-Lei n.º 203/2006, de 27 de Outubro, que define o novo regime
orgânico do Ministério da Administração Interna;
- Decreto-Lei n.º 21/2006, de 2 de Fevereiro, que alterou a lei orgânica do
Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil;
- Decreto-Lei n.º 22/2006, que veio consolidar institucionalmente o Serviço de
Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e criar, simultaneamente, o Grupo
de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) no âmbito orgânico da GNR;
- Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2006, de 26 de Maio, que
aprovou o Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios;
- Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho, que aprovou a Lei de Bases da Protecção Civil;
- Decreto-Lei n.º 134/2006, de 25 de Julho, que criou o Sistema Integrado de
Operações de Protecção e Socorro;
- Lei n.º 50/2006, de 29 de Agosto, que aprovou a lei-quadro das contra-
ordenações ambientais;
- Resolução do Conselho de Ministros n.º 114/2006, de 15 de Setembro, que
aprovou a Estratégia Nacional para as Florestas;
- Lei n.º 31/2006, de 21 de Julho, que procedeu à quarta alteração ao Decreto-
Lei n.º 423/91, de 30 de Outubro, transpondo para a ordem jurídica nacional a
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Directiva n.º 2004/80/CE, do Conselho, de 29 de Abril, relativa à indemnização das
vítimas da criminalidade;
- Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril, que veio definir o regime jurídico do transporte
colectivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de e para os estabelecimentos
onde decorram actividades educativas ou formativas, regulando, entre outras, as
condições para o exercício dessa actividade e as condições de segurança no
transporte;
- Lei n.º 28/2006, de 4 de Julho, aprovou o regime sancionatório, de natureza
contra-ordenacional, aplicável às transgressões ocorridas em matéria de
transportes colectivos de passageiros, fixando ainda as condições de utilização de
título de transporte válido e as regras de fiscalização do seu cumprimento;
- Lei n.º 51/2006, de 29 de Agosto, que veio regular a instalação e utilização de
sistemas de vigilância electrónica rodoviária e a criação e utilização de sistemas
de informação de acidentes e incidentes pela EP – estradas de Portugal, E.P.E., e
pelas concessionárias rodoviárias;
- Decreto-Lei nº 184/2006, de 12 de Setembro, que veio definir os requisitos de
homologação dos separadores de habitáculo que podem ser instalados em táxis,
bem como o respectivo regime sancionatório;
- Lei n.º 5/2006, de 23 de Fevereiro, que veio aprovar o novo regime jurídico das
armas e suas munições, bem como o enquadramento legal das operações
especiais de prevenção criminal;
- Lei n.º 41/2006, de 25 de Agosto, que veio estabelecer os termos e as
condições de instalação em território nacional de bancos de provas de armas de
fogo e suas munições, desde que de uso civil, previamente à sua introdução no
mercado ou posteriormente, quando solicitado;
- Lei n.º 42/2006, de 25 de Agosto, que veio estabelecer o regime especial de
aquisição, detenção, uso e porte de armas de fogo e suas munições e acessórios
destinados a práticas desportivas e de coleccionismo histórico-cultural, assim
como o tipo de organização a adoptar pelas respectivas federações desportivas e
associações de coleccionadores;
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- Portaria n.º 931/2006, de 8 de Setembro, que estabeleceu os modelos de
licenças, alvarás, certificados e outras autorizações a emitir pela PSP e
necessários à execução da Lei nº 5/2006, de 23 de Fevereiro, que aprovou o novo
regime jurídico das armas e suas munições;
- Portaria n.º 932/2006, de 8 de Setembro, que aprovou o regulamento da
credenciação de entidades formadoras relativo ao regime dos cursos de formação
técnica e cívica para portadores de armas de fogo e para exercício da actividade
de armeiro;
- Portaria n.º 933/2006, de 8 de Setembro, que aprovou o regulamento de
segurança das instalações de fabrico, reparação, comércio e guarda de armas;
- Portaria n.º 934/2006, de 8 de Setembro, que aprovou o regulamento de taxas
correspondentes à prática de actos e autorizações relacionados com a titularidade
de licenças de uso e porte de armas;
- Regulamento (CE) n.º 562/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de Março de 2006, que veio estabelecer o código comunitário relativo ao
regime de passagem de pessoas nas fronteiras (Código das Fronteiras
Schengen), prevendo a ausência de controlo de pessoas na passagem das
fronteiras internas entre os Estados-Membros da União Europeia e estabelece as
normas aplicáveis ao controlo de pessoas na passagem das fronteiras externas
dos Estados-Membros da União Europeia;
- Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 de Abril, que procedeu à quarta alteração da Lei
n.º 37/81, de 3 de Outubro (Lei da Nacionalidade), tipificando seis situações em
que os indivíduos podem ser considerados como portugueses de origem;
- Lei n.º 20/2006, de 23 de Junho, que veio aprovar disposições complementares
do quadro jurídico-legal sobre asilo e refugiados, assegurando a transposição da
Directiva n.º 2003/9/CE, do Conselho, de 27 de Janeiro, que estabelece as
normas mínimas em matéria de acolhimento de requerentes de asilo nos Estados-
membros;
- Decreto-Lei n.º 138/2006, de 26 de Julho, que aprovou a quarta alteração ao
regime legal da concessão e emissão do passaporte electrónico português;
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- Decreto-Lei n.º 139/2006, que veio introduzir a primeira alteração ao regime
sobre a organização e funcionamento do sistema de informação do passaporte
electrónico português;
- Lei n.º 37/2006, de 9 de Agosto, que veio regular o exercício do direito de livre
circulação e residência dos cidadãos da União Europeia e dos membros das suas
famílias no território nacional e transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva
n.º 2004/38/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril;
- Decreto-Lei n.º 222/2006, de 10 de Novembro, que veio definir a estrutura
orgânica e o regime de financiamento no âmbito do Fundo Europeu para os
Refugiados; e
- Decreto-Lei n.º 216/2006, de 30 de Outubro, que introduziu a oitava alteração
ao estatuto dos Militares da Guarda Nacional Republicana, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 265/93, de 31 de Julho.
2.1.3 Estrutura de Coordenação SuperiorO relatório dá também conta da actividade dos dois órgãos colegiais de natureza
consultiva criados pela Lei de Segurança Interna (Lei n.º 20/87, de 12 de Junho),
que apoiam o Governo no desenvolvimento da política de segurança interna, a
saber: o Conselho Superior de Segurança Interna e o Gabinete Coordenador de
Segurança.
2.1.4 Criminalidade participadaNa parte referente à Análise da Criminalidade Participada, o relatório procede à
apreciação das participações registadas pela GNR, PSP e PJ, quer
individualmente quer no seu conjunto.
Pela sua relevância em termos de análise das grandes tendências da
criminalidade, destaca-se a inclusão neste relatório, pela primeira vez, de uma
análise da evolução da criminalidade participada, no nosso país, ao longo da
última década, sendo certo que a série estatística apresentada é suficientemente
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longa para permitir uma perspectiva consolidada sobre as grandes linhas de
tendência do fenómeno.
Analisa-se em particular o comportamento das grandes categorias de crimes e sua
distribuição geográfica; a criminalidade mais violenta e grave, a criminalidade
grupal e a delinquência juvenil; bem como dos dados relativos à droga.
Em termos globais, constata-se que o número de participações criminais
aumentou em cerca de um terço, ao longo dos últimos dez anos, passando,
grosso modo, da casa das trezentas mil para a das quatrocentas mil participações
por ano. Tal significa que o ritmo médio de crescimento das participações criminais
se cifrou, ao longo desta série, em aproximadamente mais sete mil e quinhentos
crimes participados em cada ano, ou seja, um crescimento médio anual de 2,3%.
2.1.5 EuropaNeste Capítulo procede-se a uma análise comparativa da criminalidade
participada em outros Estados-membros da União Europeia, de forma a situar o
nosso país no plano europeu, constatando-se que, no quadro comparativo,
Portugal apresenta valores relativamente baixos.
O índice de prevalência de vitimização baixou entre 2000 e 2005 de 11,3 para
10,4, muito abaixo da média europeia, sendo Portugal o terceiro país com melhor
desempenho nesta matéria, segundo dados constantes do “Relatório EUICS, The
burden of crime in the EU, A comparative analysis of the European Survey of
Crime and Safety (EU ICS), 2005”.
2.1.6 Forças e serviços de segurançaJá sob o título Forças e Serviços de Segurança, o relatório procede à análise da
actividade operacional das várias forças e serviços de segurança e dos resultados
alcançados no âmbito dessas operações.
2.2 – Apreciação interna do relatório
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2.2.1 – Valores globaisComo nota global relativa ao conjunto do ano de 2006, constata-se que se
verificou um acréscimo de 2% nas ocorrências criminais participadas às Forças de
Segurança e à Polícia Judiciária, totalizando, no seu conjunto, 391.085
participações (+7831 participações que em 2005).
Apesar de se observar um aumento de 2% em relação ao ano anterior, importa
referir que o ano em apreço, quando comparado com os anos anteriores,
nomeadamente 2004 e 2003, regista um decréscimo em relação a ambos.
Recorde-se que o crescimento médio anual da criminalidade participada foi nos
últimos 10 anos de 2,3%.
2.2.2 – Participações por grandes categorias criminais e por tipos de crimeNo que concerne às grandes categorias criminais, verificou-se a seguinte variação
entre 2005 e 2006:
- crimes contra as pessoas (+6%)
- crimes contra o património (-1%)
- crimes contra a vida em sociedade (-1,5%)
- crimes contra o Estado (+7,3%)
- crimes previstos em legislação penal avulsa (+15,9%)
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Da análise das participações registadas por tipos de crime, que no seu conjunto
representam mais de 50% do total de ocorrências registadas, verifica-se que a
variação 2005/2006 é a seguinte:
Tipo de crime N.º de ocorrências em 2006
Variação percentual
Ofensa à integridade física simples 39.240 +1,9%Ameaça e coacção 19.394 +7,2%Maus tratos do cônjuge ou análogo 14.232 +30%Furto em veículo motorizado 41.633 -11,4%Furto de veículo motorizado 24.486 - 4,8%Furto em residência 23.314 +6,7%Furto em edifício comercial ou industrial 15.849 -6,3%Condução de veículo com TAS ≥ 1,2 g/l 20.132 +1,6%Condução sem habilitação legal 20.235 +22%
Da análise dos elementos estatísticos apresentados conclui-se que o aumento
global do número de participações verificado em 2006 resultou em larga medida
dos aumentos significativos observados em dois grupos específicos de crimes: os
crimes ligados à violência doméstica e os crimes rodoviários, que, no seu
conjunto, registaram um aumento global de 6.541 casos, valor aproximado ao
observado no total nacional (+7.832 participações), conforme se observa no
quadro abaixo apresentado:
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
O súbito acréscimo nos crimes ligados à violência doméstica (+2.402 casos) surge
justificado no relatório pela crescente sensibilização, quer da opinião pública, quer
das Forças de Segurança, para a gravidade e dimensão escondida deste
fenómeno social, bem como pelas campanhas e acções desenvolvidas por cada
uma das Forças de Segurança.
No caso concreto da GNR, recorda-se o apoio específico proporcionado às vítimas
de violência doméstica nas 249 salas dedicadas espalhadas por todo o território
nacional, bem como a criação de um órgão de sub-especialização de investigação
criminal, que se designou de Núcleo Mulher e Menor (NMUME).
No caso da PSP, tratou-se, em grande parte, da formação ministrada aos seus
elementos, das parcerias desenvolvidas com entidades de apoio à vítima e da
criação de Equipas de Proximidade de Apoio à Vítima (EPAV) existentes em cada
um dos Comandos Metropolitanos e Regionais.
Assim, o aumento das participações por violência doméstica no nosso país pode
ser atribuído à redução crescente das cifras negras e não a um aumento real do
fenómeno.
Também no âmbito dos crimes rodoviários destaca-se o crime de “condução com
TAS ≥ 1,2 g/l no sangue” (20.132 casos); a “condução perigosa de veículo
rodoviário” (475 casos) e a “condução sem habilitação legal” (20.235 casos),
podendo também aqui o acréscimo resultar de uma maior proactividade das
Forças de Segurança e de uma maior incidência das acções de fiscalização.
2.2.3 Participações por entidadeDestacam-se os acréscimos de participações registados na GNR e na PSP, com
subidas de 1,6% e 2,9%, respectivamente, e em contrapartida o decréscimo de
4,5% observado na PJ, conforme resulta do quadro seguinte:
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
2.2.4 – Criminalidade violenta e graveAs participações no âmbito da criminalidade denominada de violenta e grave
sofreram um acréscimo de 2% em relação ao ano anterior, correspondente a mais
417 casos, sendo que o crescimento médio anual deste tipo de criminalidade nos
últimos 10 anos é de 3,7%.
O crime de roubo na via pública, excepto por esticão, e o furto/roubo por esticão
continuam a ser os que têm maior peso relativo, respectivamente, com 55% e
25%.
Para o aumento observado, contribuíram sobretudo os crimes de:
- homicídio voluntário consumado, com 194 casos (+20,5%);
- rapto, sequestro e tomada de reféns, com 556 casos (+26,9%);
- roubo na via pública, excepto esticão, com 11.818 casos (+3,5%); e
- roubo a motorista de transporte público, com 226 casos (+51,7%).
Em contrapartida, destacam-se as descidas observadas nos crimes de:
- ofensa à integridade física grave, com 673 casos (-1,6%);
- violação, com 341 casos (-6,1%);
- furto/roubo por esticão, com 5.378 casos (-2,5%); e
- resistência e coacção sobre funcionário, com 1.698 casos (-0,6%).
2.2.5 – Distribuição geográfica
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
No que tange à distribuição geográfica, continua a verificar-se uma
significativamente maior incidência de actividade criminosa nas principais áreas
urbanas do litoral: representando Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, Aveiro e Braga
mais de 70% do total.
A análise da distribuição distrital da criminalidade permite constatar descidas em
mais de 50% (11) dos Distritos e Regiões Autónomas, sendo de sublinhar, pela
positiva, os decréscimos verificados em Portalegre, Aveiro, Coimbra, Viana do
Castelo, Viseu, Beja e Madeira e, pela negativa, os acréscimos verificados nos
distritos de Évora, Santarém, Lisboa, Porto, Setúbal e Castelo Branco, conforme
resulta do quadro abaixo apresentado:
A análise detalhada dos valores constantes do quadro supra justificam uma nota
de preocupação pelos valores da criminalidade registada no Distrito de Faro que,
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com uma taxa de 67,7, lidera destacado o ranking de número de participações por
cada 1000 habitantes.
2.2.6 – Criminalidade grupalAo nível da criminalidade grupal é de relevar a inversão da tendência de
decréscimo verificado dos dois anos anteriores, constatando-se em 2006 um
aumento de 12,9% (+866 ocorrências) das participações para este tipo de
criminalidade, consequência dos aumentos observados por ambas as Forças de
Segurança.
2.2.7 - Criminalidade juvenil (envolvendo jovens com menos de 16 anos) Tal como em 2005, a participação deste tipo de criminalidade sofre um ligeiro
decréscimo em 2006, correspondente a menos 43 casos (-0,9%). De registar,
contudo, no presente ano, a inversão da evolução verificada por cada uma das
Forças de Segurança, registando a GNR um acréscimo e a PSP uma descida.
Este tipo de criminalidade mantém o peso muito reduzido no global das
ocorrências registadas, ou seja, de 1,2%.
2.2.8 – Estupefacientes No que concerne à luta contra o tráfico de estupefacientes constata-se,
relativamente a 2005 a seguinte evolução por tipo de droga apreendida:
- cocaína (+90,65 %);
- heroína (-20,89%);
- ecstasy (-37,66%);
- haxixe (-70,15%).
No que respeita ao número de apreensões, em termos globais e
comparativamente com 2005, registou-se em geral uma tendência decrescente,
excepto em relação à cocaína, em que se observou um ligeiro acréscimo:
- cocaína: 1.388 apreensões (+0,87%);
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- heroína: 1.300 apreensões (-0,76%);
- haxixe: 2.466 apreensões (-8,90%);
- ecstasy: 195 apreensões (-18,46%).
A análise da proveniência e destino da droga apreendida, permite formar a
convicção de que, em matéria de tráfico internacional, o território nacional é
maioritariamente utilizado como ponto de trânsito para outros destinos finais e que
Portugal continua a funcionar como janela de entrada no espaço da união
europeia, em virtude da sua situação geográfica.
Pela sua relevância destaca-se ainda a lista de bens apreendidos, no âmbito da
actividade de combate ao trafico de estupefacientes:
- 672 veículos (dos quais 598 ligeiros, 4 pesados, 5 mistos e 65 motos);
- 7 embarcações;
- 221 armas;
- 2.937 telemóveis;
- 4 imóveis; e
- € 14.682.429,96 em numerário.
2.2.9 – Agentes vítimas de crimes Não obstante permanecer a preocupação pela existência de agentes da
autoridade vítimas de crimes em resultado das operações e intervenções policiais
efectuadas, regista-se como uma evolução relevante a diminuição em 35,5% dos
elementos vítimas de agressão durante o ano de 2006.
No que respeita a actos violentos praticados contra agentes da PSP, o número de
agentes feridos foi de 815 elementos (-8,6% que no ano anterior), sendo que
destes 3 foram feridos com gravidade, 335 feridos ligeiros e 477 sem necessidade
de tratamento médico.
Em relação às acções perpetradas contra militares da Guarda Nacional
Republicana, constatou-se a ocorrência de 2 mortos e 368 feridos (11 feridos
graves, 190 feridos ligeiros e 167 militares feridos sem necessidade de tratamento
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
médico), representando um decréscimo considerável (-563 feridos, ou seja, -60%)
em relação ao ano anterior, em que se tinham verificado um total de 931 militares
feridos.
2.2.10 – Formação de agentes e investimentoDa análise dos quantitativos globais de aumentos e perdas de efectivos, verifica-
se que entraram 2.733 elementos nas forças de segurança e que saíram 1.626,
traduzindo-se num saldo positivo de +1.107 elementos à disposição das forças de
segurança.
No que tange ao investimento, verificou-se que o investimento efectuado em infra-
estruturas das forças e serviços de segurança ascendeu a €31.641.420,78, sendo
certo que, de acordo com as previsões do Governo, a futura Lei de Infra-estruturas
e Equipamentos da Forças e Serviços de Segurança deverá assegurar no período
de 2008 a 2013 a duplicação do investimento anual, que deverá ascender a €80
milhões/ano, num total de €427 milhões.
2.2.11 – Segurança rodoviária Em matéria de segurança rodoviária, manteve-se em 2006 a tendência dos anos
anteriores de decréscimo do número de acidentes e de vítimas. Efectivamente,
registou-se em 2006 um total de 172.462 acidentes (-4,5%) e 49.767 vítimas
(-5,5%). De entre as vítimas, 891 foram mortais (-21,4%), 3.689 ficaram
gravemente feridos (-8,2%) e 45.187 ficaram ligeiramente feridos (-4,9%).
2.2.12 – ImigraçãoPara além do trabalho de produção legislativa desenvolvido em 2006 no sentido
de aperfeiçoar o quadro legal vigente aos novos contornos deste fenómeno e a
responder aos compromissos internacionais assumidos, foram desenvolvidas
acções concretas de combate às redes de auxílio à imigração ilegal, à exploração
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
do trabalho clandestino e ao tráfico de seres humanos, no âmbito das
competências de fiscalização do SEF, quer por sua iniciativa, quer em colaboração
com outras forças e entidades nacionais (GNR, PSP, PJ, IGT, Segurança Social) e
internacionais (Polícia Espanhola).
Estas iniciativas traduziram-se em 3.688 intervenções, o que significou um
aumento significativo em relação a 2005 (ano em que se realizaram 1076).
3 – CONCLUSÕES
A – O Governo apresentou à Assembleia da República, em 30 de Março de 2007,
o Relatório de Segurança Interna relativo ao ano de 2006, no cumprimento do
estabelecido no n.º 3 do artigo 7.º da Lei n.º 20/87, de 12 de Junho (Lei de
Segurança Interna), na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 8/91, de 1 de Abril.
B – No ano de 2006, constatou-se um acréscimo de 2% nas ocorrências criminais
participadas às Forças de Segurança e à Polícia Judiciária, totalizando, no seu
conjunto, 391.085 participações (+7831 participações que em 2005).
D – Apesar do aumento de 2% face ao ano anterior, o número de participações
registadas em 2006 mantém-se inferior aos valores registados em 2004 e 2003.
E - O aumento global do número de participações verificado em 2006 resultou em
larga medida dos aumentos significativos observados em dois grupos específicos
de crimes: os crimes ligados à violência doméstica e os crimes rodoviários, que,
no seu conjunto, registaram um aumento global de 6.541 casos.
F – O súbito acréscimo nos crimes ligados à violência doméstica (+2.402 casos)
surge justificado no relatório pela crescente sensibilização, quer da opinião
pública, quer das Forças de Segurança, para a gravidade e dimensão escondida
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
deste fenómeno social, bem como pelas campanhas e acções desenvolvidas por
cada uma das Forças de Segurança.
G – No que concerne às grandes categorias criminais, verificaram-se acréscimos
nos crimes contra as pessoas (+6%) e crimes contra o Estado (+7,3%), e
decréscimos nos crimes contra o património (-1%) e contra a vida em sociedade
(-1,5%).
H – As participações no âmbito da criminalidade denominada de violenta e grave
sofreram um acréscimo de 2% em relação ao ano anterior, correspondente a mais
417 casos.
I – Continua a verificar-se uma significativamente maior incidência de actividade
criminosa nas principais áreas urbanas do litoral, nomeadamente Lisboa, Porto,
Setúbal, Faro, Aveiro e Braga, que no seu conjunto representam mais de 70% da
criminalidade registada.
J - A análise da distribuição distrital da criminalidade permite constatar descidas
em mais de 50% dos Distritos e Regiões Autónomas, sendo de sublinhar, pela
positiva, os decréscimos verificados em Portalegre, Aveiro, Coimbra, Viana do
Castelo, Viseu, Beja e Madeira e, pela negativa, os acréscimos verificados nos
distritos de Évora, Santarém, Lisboa, Porto, Setúbal e Castelo Branco.
L – A delinquência juvenil manteve em 2006 a tendência de diminuição verificada
em anos anteriores, registando um ligeiro decréscimo, correspondente a menos 43
casos (-0,9%).
M – Ao nível da criminalidade grupal destaca-se a inversão da tendência de
decréscimo verificado dos dois anos anteriores, constatando-se em 2006 um
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
aumento de 12,9% das participações por este tipo de criminalidade (+866
ocorrências).
N - No que concerne à luta contra o tráfico de estupefacientes constata-se,
relativamente a 2005, acréscimo nas quantidade de cocaína apreendida (+90,65
%); e decréscimos ao nível da heroína (-20,89%); ecstasy (-37,66%); e haxixe
(-70,15%).
O – Não obstante permanecer a preocupação pela existência de agentes da
autoridade vítimas de crimes em resultado das operações e intervenções policiais
efectuadas, regista-se como uma evolução relevante a diminuição em 35,5% dos
elementos vítimas de agressão durante o ano de 2006.
P – Em matéria de segurança rodoviária, manteve-se em 2006 a tendência dos
anos anteriores de decréscimo do número de acidentes e de vítimas.
Efectivamente, registou-se em 2006 um total de 172.462 acidentes (-4,5%) e
49.767 vítimas (-5,5%). De entre as vítimas, 891 foram mortais (-21,4%), 3.689
ficaram gravemente feridos (-8,2%) e 45.187 ficaram ligeiramente feridos (-4,9%).
Q – Da análise dos quantitativos globais de aumentos e perdas de efectivos,
verifica-se que entraram 2.733 elementos nas forças de segurança e que saíram
1.626, traduzindo-se num saldo positivo de +1.107 elementos à disposição das
forças de segurança.
R - Salvaguardadas as diferenças políticas e económico-sociais entre os vários
países europeus e as distintas metodologias de recolha e tratamento de
informação, constata-se que Portugal patenteia valores relativamente baixos no
ratio de crimes / 1000 habitantes, estando o nosso País bem posicionado nesta
matéria.
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
S - O índice de prevalência de vitimização baixou entre 2000 e 2005 de 11,3 para
10,4, muito abaixo da média europeia, sendo Portugal o terceiro país com melhor
desempenho nesta matéria, segundo dados constantes do “Relatório EUICS, The
burden of crime in the EU, A comparative analysis of the European Survey of
Crime and Safety (EU ICS), 2005”.
4 – PARECER
O Relatório de Segurança Interna referente ao ano de 2006 reúne as condições
constitucionais, legais e regimentais para subir a Plenário, reservando os grupos
parlamentares as suas posições para o debate.
Assembleia da República, aos 16 de Maio de 2007
O Deputado Relator, O Presidente da Comissão,
_______________________ _______________________João Serrano Osvaldo de Castro
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