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COMERCIALIZAÇÃO DO VINHO DO PORTO NO SÉCULO XVIII Henrique Pereira Carneiro Nº 8, TURMA 6º A

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Trabalho elaborado no âmbito da disciplina de HGP, da EBS de Celorico de Basto, no ano letivo 2013-2014, sob a orientação da professora Sandra Fontarra

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Page 1: Comercialização do vinho do Porto

COMERCIALIZAÇÃO DO VINHO DO PORTO NO SÉCULO XVIII

Henrique Pereira Carneiro Nº 8, TURMA 6º A

Page 2: Comercialização do vinho do Porto

Índice Cultivo das uvas em Portugal desde a antiguidade Slide 3 A “descoberta” do Vinho do PortoSlide 4 O Tratado de Methuen Slide 6 O crescimento nas exportações no Vinho do Porto Slide 7 O resultado do Tratado de Methuen Slide 8 Queda acentuada na procura do Vinho do Porto Slide 9 A demarcação das vinhas Durienses Slide 10 A primeira fase da demarcação do Douro Vinhateiro Slide 11 Finais do Século XVIII Slide 12 Além disso… Slide 13 Segunda metade do século XIX –Época das pragas e doenças Slide 14 A devastação do Douro Slide 15 A recuperação Slide 16 A comercialização do Vinho do Porto no século XX Slide 17 A comercialização do Vinho do Porto Slide 18 O Vinho do Porto e a atual economia portuguesa Slide 19 Património Mundial da UNESCO Slide 20 A comercialização do Vinho do Porto no século XXISlide 21 Webgrafia Slide 22

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Cultivo das uvas em Portugal desde a antiguidade

Os romanos, que chegaram a Portugal no século II AC cultivavam vinhas e faziam vinho nas margens do rio Douro, a cerca de 100Km da cidade do Porto. No período medieval apareceram frequentes referências à atividade que envolvia fortes interesses dos senhores, dos agricultores e dos mosteiros da região.

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A “descoberta” do Vinho do Porto

A origem vem da época dos descobrimentos, onde o vinho era armazenado adicionando brandy ou aguardente ao vinho. Desta forma, o vinho conseguia suportar a viagem conservando as características inalteradas.

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Mas o Vinho do Porto tem uma dívida muito grande com os Ingleses, foram eles que investiram elevadas somas no mercado do Vinho do Porto por causa de uma desavença que a Inglaterra teve com a França, que até então era quem fornecia à Inglaterra o vinho das mais distintas regiões da França, em especial, de Bordéus e Borgonha.

Era um tratado comercial de longa data entre França e Inglaterra.

O fim desse tratado está relacionado com a política económica desenvolvida pelo ministro francês Colbert, que impôs elevadas taxas sobre o vinho de Bordéus exportado para Inglaterra, o que obrigou o rei Carlos II de Inglaterra a proibir a importação dos vinhos franceses.

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O Tratado de Methuen

O Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi um tratado assinado entre a Inglaterra e Portugal em 27 de dezembro de 1703, e que regulamentava as transacções comerciais entre os dois países.

Pelos seus termos, os portugueses comprometiam-se a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal.

Para os Ingleses, vinho era praticamente sinónimo de Vinho do Porto.

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O crescimento nas exportações no Vinho do Porto

Ficou estabelecido que Portugal teria facilidades na compra dos tecidos ingleses e ficou determinado que os vinhos portugueses importados para a Inglaterra pagariam um terço a menos de imposto, do que os vinhos franceses.

A segunda década do século XVIII marcou o início de trinta anos de rápido crescimento nas exportações de vinho e um período de grande prosperidade tanto para os produtores da região do Alto Douro como para os exportadores de vinho do Porto, sediados no Porto.

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O resultado do Tratado de Methuen

O rápido crescimento da procura do Vinho, provocou práticas fraudulentas, como a adição da baga de sabugueiro aos vinhos mais pobres para lhes dar cor e a ilusão de qualidade.

Uma grande parte dos produtores agrícolas de Portugal utilizaram as suas terras cultiváveis para a produção de vinho, porque dava lucro.

Essa mesma prática impediu que a economia portuguesa se voltasse para o desenvolvimento de outras atividades que pudessem dinamizar a sua economia.

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Queda acentuada na procura do Vinho do Porto

A partir de 1750, surgiu uma queda acentuada na procura e um excesso de produção no Douro.

Em 1756, o Marquês de Pombal, na qualidade de Ministro de Estado de Portugal, entrou em cena para restaurar a ordem.

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A demarcação das vinhas Durienses

A 10 de setembro de 1756, no reinado de D. José I, o Primeiro-Ministro, Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo registou o alvará régio que instituiu ademarcação das vinhas durienses (delimitação das vinhas com 335 pilares de pedra, "marcos de Feitoria", para destacar as zonas de melhor produção vitícola).

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A primeira fase da demarcação do Douro vinhateiro

O Marquês de Pombal: regulamentou a produção, com objetivo promover o

preço, o transporte e a prova dos vinhos, para garantir a sua qualidade e o volume das exportações.

criou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (instituição de carácter monopolista, que observava o cumprimento das regulamentações) - mais tarde conhecida como a Real Companhia ou Companhia Velha.

A região ficou a produzir entre 20 e 23 mil pipas (um décimo da produção atual), quantidade que depressa se revelou insuficiente para satisfazer a procura dos britânicos. D. Maria I decidiu alargar a zona demarcada.

Na altura, o vinho do Porto assegurava mais de metade das receitas de exportação do país.

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Finais do Século XVIII

Nos finais do século XVIII a economia portuguesa sentiu uma grave crise económica.

O Tratado de Methuen, somado a outros fatores ligados à política e à economia portuguesa, não deixaram Portugal crescer, num período em que a prosperidade trazida pelo ouro, pelas pedras preciosas e o açúcar deveria ter aberto tantas outras portas.

Page 13: Comercialização do vinho do Porto

Além disso… A obrigação de comprar tecidos ingleses era

maior do que a riqueza produzida pela venda do vinho à Inglaterra. Desse modo, os portugueses acumularam grandes dívidas.

Para combater as dívidas acumuladas à Inglaterra enviavam barras de ouro e pedras preciosas que eram extraídas no Brasil.

A partir de 1760, a produção de ouro no Brasil começou a decair rapidamente.

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Segunda metade do século XIX - Época das pragas e doenças

Em 1851 apareceu o oídio, que permaneceu durante cinco a dez anos, até ser corretamente combatido.

Nessa altura perderam-se, cerca de 50% da produção anual de vinho, existindo locais onde o prejuízo chegou aos 80 a 90%.

Depois surgiu a doença Filoxera, um insecto originário da América, introduzido na Europa na segunda metade do séc. XIX.

Em 1870, já o Alto Douro vinhateiro estava seriamente atingido pela praga e entre 1891-1900, todo o país e toda a Europa estava invadida.

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A devastação do Douro Nessa época, muitas pessoas

abandonaram, os seus cultivos e as suas casas, outras foram vendidas ao desbarato.

Os que ficaram, tentaram novos cultivos, como a produção de azeite, a plantação de árvores de fruto, a criação de gado e também, após aprovação do governo, a produção de tabaco.

A solução da praga, foi trazida pelo Dr. Joaquim Pinheiro de Azevedo Leite Pereira, através da introdução da enxertia de castas nacionais sobre porta-enxertos americanos.

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A recuperação No começo do século XX, a reputação e a qualidade do

Vinho do Porto tinha-se deteriorado. Em 1907, voltou a definir-se a demarcação. Entre 1932 e 1933:

a Casa do Douro (que procedeu a um cadastro de todas as vinhas, anotando as dimensões, as castas plantadas e a exposição solar),

o Grémio dos Exportadores e o Instituto do Vinho do Porto. Depois de 1960 a venda do Vinho do Porto cresceram e

nos últimos anos do século XX foram batidos os recordes de exportação dos três séculos anteriores.

Page 17: Comercialização do vinho do Porto

A comercialização do Vinho do Porto no século XX

Desde 1972 e até aos anos 90, o setor da comercialização do Vinho do Porto registou um crescimento.

Foi neste período que se verificou a ocorrência de transformações fundamentais no processo produtivo, o aparecimento de vinhos de quinta, a plantação de novas vinhas, a mecanização da viticultura e a modernização dos processos de fabrico.

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A comercialização do Vinho do Porto

Até 1887 o Vinho do Porto era transportado nos Barcos Rabelos, do vale do Douro para Vila Nova de Gaia. Depois dessa data, a linha de caminho de ferro estava concluída e a partir de 1961, o transporte era feito em camião cisterna.

O Entreposto de Vila Nova de Gaia era a área eleita para o envelhecimento, preparação de lotes, engarrafamento e expedição do Vinho do Porto, onde estava e está instalada a maioria dos armazéns das empresas exportadoras, alguns deles com séculos de existência, como a Kopke, Burmester, Sandeman e Croft.

Até 1986, todo o Vinho do Porto tinha que ser comercializado a partir de Vila Nova de Gaia.

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O Vinho do Porto e a atual economia portuguesa O Vinho do Porto tem desempenhado um papel importante

na economia portuguesa. Até 1963, o Reino Unido foi o principal importador de Vinho

do Porto, tendo sido ultrapassado pela França, em 1982 pela Bélgica - Luxemburgo e em 1991 pela Holanda.

Quando, em meados da década de 80, Portugal aderiu à Comunidade Europeia, 94% das exportações passaram a ter como destino a Comunidade.

Actualmente a França continua a ser o maior mercado com uma quota de mais de 30% do total comercializado, seguindo-se o mercado holandês, português e belga, cada um com um peso que oscila entre os 12% e os 15%. Presentemente, o Reino Unido surge em 5º lugar, consumindo cerca de 10% do total.

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Património Mundial da UNESCO A Região Vinhateira do Alto Douro,

paisagem única, com encostas xistosas e de declives acentuados, produz vinho excepcional, encontra-se classificada como Património Mundial da UNESCO desde 2001.

O Vinho do Porto constitui uma imagem de marca do nosso país e, sobretudo, da região norte, sendo um produto chave da economia nacional e um valor simbólico que distintamente representa a portugalidade do mundo.

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A comercialização do Vinho do Porto no século XXI

O processo produtivo do Vinho do Porto continua como antigamente, com início na Região Demarcada do Douro e termina após um período de envelhecimento de anos ou mesmo décadas.

O entreposto de Vila Nova de Gaia hoje já não é exclusivamente o local de envelhecimento do Vinho do Porto. A quantidade produzida é superior ao espaço disponível de armazenamento e a industrialização da produção permitiu que o vinho pudesse envelhecer na Região do Douro.

As caves do vinho do Porto servem hoje em dia para a área do turismo, para dar a conhecer a história e os vinhos de cada cave.

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Webgrafia http://taylor.pt/pt/o-que-e-o-vinho-do-porto/historia/fortificacao/ http://www.infopedia.pt/$vinho-do-porto http://home.utad.pt/~rfvr/reg_dem_douro.html http://www.diariodovinho.com/2009/03/vinho-do-porto-uma-des

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-Douro-Vinhateiro?viewall=true&print=true http://www.cavesvinhodoporto.com/eng_porto_cruz.html#5 http://www.netprof.pt/pdf/ve_cavesvinhoporto.pdf