comentÁrio geral da semana plano nacional de … · estão no aguardo de decisão sobre recursos...

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 38/16 SEMANA: 28/11/16 a 02/12/16 ASSUNTOS: COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV O JEITO HUAWEI DE SER UTILIZAÇÃO DE ESPECTRO NÃO LICENCIADO OS CRIMES CIBERNÉTICOS AVANÇAM... NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice As incertezas do “Leilão das Sobras” Oi – Comunicados ao Mercado PLC 79/2016 – PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 79, de 2016 (Nº 3.453/2015 na Câmara dos Deputados) Parceiro Estratégico... Fabricante de Automóveis na UIT... Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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BS N° 38/16

SEMANA: 28/11/16 a 02/12/16

ASSUNTOS:

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV O JEITO HUAWEI DE SER UTILIZAÇÃO DE ESPECTRO NÃO LICENCIADO OS CRIMES CIBERNÉTICOS AVANÇAM...

NOTA: OS TENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

As incertezas do “Leilão das Sobras” Oi – Comunicados ao Mercado PLC 79/2016 – PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 79, de 2016 (Nº 3.453/2015 na Câmara dos Deputados) Parceiro Estratégico... Fabricante de Automóveis na UIT...

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo

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As incertezas do “Leilão das Sobras” No próximo dia 17 de dezembro completa-se 1 ano da Sessão de Abertura do Edital Nº 002/2015, da Anatel, popularmente identificado como o Leilão das Sobras. Grandes expectativas foram lançadas sobre este Certame. Abria-se a oportunidade tão esperada de os Pequenos e Médios Operadores terem acesso ao Espectro de Radiofrequências em condições por eles suportáveis. A Banda Larga Sem Fio passava a ser uma realidade nas localidades mais remotas do País, complementando os atendimentos que vinham sendo feitos com redes de fibras ópticas, muitas delas em condições precárias. Centenas de interessados atenderam ao chamamento, vários deles atraídos pelas divulgadas facilidades de participação e pelos atrativos preços mínimos dos Blocos da Faixa de 2,5 GHz colocadas em licitação. Passados estes 12 meses, com diversas Sessões Públicas; inúmeros Comunicados e um sem fim de Notificações, o Certame está emperrado. Alguns dos Lotes foram efetivamente outorgados; outros, estão no aguardo de decisão sobre Recursos interpostos pelas mais diversas razões. O fato real é que no desenvolvimento do processo as facilidades de participação previstas com a possibilidade de eliminar “vícios sanáveis” no decorrer de seu transcurso foram “atropeladas” pela burocracia legal. Aspectos não questionados e não levantados por ocasião da Consulta Pública à qual esteve submetido o Edital foram apresentados no transcurso do Processo. Quando a burocracia assume o lugar do bom senso – e aqui não se entra no mérito das questões, mas, nas intenções que foram colocadas no início do processo dando a entender que, neste caso, as coisas seriam diferentes - tudo pode acontecer. E está acontecendo! Passam-se, por exemplo, semanas e mais semanas para se ter a confirmação, por meio do retorno do AR, se determinada Notificação foi efetivamente recebida pelo Destinatário de forma a estabelecer o início do prazo para a interposição de um simples Recurso pelo Notificado. Se é que ele o fará; em caso contrário, tem de se lançar mão do recurso de publicação no DOU. Uma data em um documento apresentado para eliminar um “vício sanável” é motivo de desclassificação de Proponentes. O “vício” foi sanado, mas, a data do documento que sana o vício é considerada indevida (pela Comissão, não pelo Proponente), e, isto, é motivo para desclassificação. O Recurso é inevitável e o processo se estende sem perspectivas de ter um fim a curto prazo. E inúmeros casos estão nesta situação ampliando as perspectivas de demora de uma solução, pois, não se imagina que ela possa ocorrer caso a caso e, assim, deve-se esperar pelo derradeiro.

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Outras situações, ainda estão no caminho de um término normal do processo licitatório. No caminho tem uma pedra, como já dizia o poeta! Por outro lado, mesmo para os Blocos que já foram outorgados, as perspectivas iniciais de um forte movimento não estão se concretizando. Praticamente, muito pouco ou nada aconteceu, nestes mais de 6 meses que decorreram desde a emissão das primeiras Licenças. A indústria – com exceção um tanto tímida da Huawei – não demonstrou o entusiasmo esperado. O Fundo Garantidor do BNDES ainda não se concretizou; as esperanças continuam vivas! Salvo iniciativas isoladas de um ou outro Prestador, os avanços foram tímidos. Todos aguardam, provavelmente, sem saber bem o que. Este cenário, infelizmente, destoa bastante daquele que reinava à época da Licitação. O próprio BS, em sua última Edição de 2015 (Nº 46/15) tinha fundamentadas esperanças de que o Leilão seria um sucesso, conforme pode ser constatado na reprodução do item “O significado do Leilão das Sobras” na sequência transcrito. É bem verdade que deixou algum espaço para dúvidas quando, no final do item, colocou:

“O BS se autoquestiona quanto à possibilidade de estar exagerando nestes seus entusiasmados comentários a respeito do Leilão das Sobras e de suas consequências? O futuro dirá, mas tudo leva a crer que haverá agradáveis surpresas, mesmo diante do cenário pouco animador da economia brasileira para os próximos anos”.

É de lamentar que as “agradáveis surpresas” reservadas pelo futuro, não aconteceram! Pelo menos, para aquelas Proponentes que julgaram ter cumprido as regras no “espírito” do Edital e, agora, entre perplexas e desapontadas não entendem como será encerrado o processo.

BS Nº 46/15 O significado do Leilão das Sobras Até o momento em que este último BS do ano estava sendo finalizado não se conheciam, ainda, os vencedores das faixas do Tipo C do Leilão das Sobras. Os Grupos A e B estavam praticamente definidos com lances totalizando pouco mais de 760 milhões de Reais. Um valor expressivo, considerando-se que se tratava de “sobras”! Com os valores das faixas de frequência do Tipo C é razoável imaginar que se estará chegando próximo da quantia de 850 milhões de Reais. Não há como questionar o sucesso do certame; ele superou de longe as dúvidas iniciais sobre a sua viabilidade. E não basta salientar somente o lado financeiro da questão. O que deve ser ressaltado

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é o fato de o Setor contar, a partir de agora, com uma quantidade de “novos empreendedores” que surpreende em relação ao seu número, à abrangência de sua atuação, e, ao aparente comprometimento que estão assumindo. Algo que o Setor não observava desde os primeiros anos da privatização quando diversos interessados se lançaram no negócio. É bem verdade que boa parte não conseguiu sobreviver, a menos de uns poucos bem conhecidos, deixando a sensação de que o negócio era só para “gente grande”. A grande novidade está na abertura de mercado que a Agência proporcionou ao decidir pela alocação de espectro a nível Municipal. Antes, o modelo nacional, quando muito regional, somente permitia participantes de grande porte nos Leilões. Uma política que não pode ser criticada diante das circunstâncias temporais que assim o exigiam. Mas, o cenário se transformou de modo tão intenso que a busca de novas alternativas se fez imperativa. Colocar um foco mais intenso e dirigido para a prestação dos serviços a nível Local (Municipal) é uma saída natural para ampliar a capilaridade dos atendimentos no País; e, portanto, permitir o atendimento a importantes segmentos da população brasileira que ainda têm um “gap” em relação a outros melhor atendidos. Um aspecto que o modelo atual não conseguiu suprir plenamente apesar dos inegáveis sucessos obtidos ao longo dos anos, principalmente no âmbito das grandes regiões metropolitanas. Pode-se considerar que o passo inicial está dado. Mas, a concretização do sucesso desta iniciativa inicial depende de muito trabalho, de muitos esforços, e de um método específico para tratar estes “novos empreendedores”. Não se defendem para eles privilégios fora do contexto da prestação dos serviços. Em qualquer situação, as atenções devem ser dirigidas para os usuários; para a qualidade dos serviços; para os preços módicos; para a universalização; e, para o profissionalismo. Mas, é bastante razoável imaginar uma forma diferenciada de tratamento em relação à que é concedida tradicionalmente às Mega Operadoras. Algumas assimetrias admitidas pela regulamentação podem e devem ser aplicadas no relacionamento da Agência com estes Pequenos e Médios Operadores. A Anatel deve preparar-se para receber esses novos “clientes”; a indústria deve criar formas diferenciadas de atender a esses novos “clientes”; as Associações devem ser mais assertivas em relação ao seu posicionamento no trato com estes novos “clientes”, passando a ser um pouco mais operacionais, além do papel institucional que já exercem; o Governo deve se esforçar para proporcionar a esses “novos empreendedores” condições mínimas – principalmente de financiamento – que permita o seu crescimento de forma sustentada.

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O BS se autoquestiona quanto à possibilidade de estar exagerando nestes seus entusiasmados comentários a respeito do Leilão das Sobras e de suas consequências? O futuro dirá, mas tudo leva a crer que haverá agradáveis surpresas, mesmo diante do cenário pouco animador da economia brasileira para os próximos anos.

Oi – Comunicados ao Mercado

A Oi divulgou dois COMUNICADOS AO MERCADO relacionados com a possibilidade de os administradores judiciais holandeses poderem requerer a conversão dos dois procedimentos de suspensão de pagamentos das suas Subsidiárias Oi Brasil Holdings Coöperatief UA e Portugal Telecom International Finance B.B. Estes são veículos financeiros da Oi na Holanda, em processo de falência. Os COMUNICADOS são abaixo reproduzidos, na forma extraída do Site da Companhia. Os textos são autoexplicativos.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia") vem prestar aos seus acionistas e ao mercado informações a respeito da recuperação judicial das Empresas Oi.

A Oi foi informada pelos administradores judiciais holandeses que estes poderiam requerer a conversão dos dois procedimentos de suspension of payments (suspensão de pagamentos) das suas subsidiárias Oi Brasil Holdings Coöperatief UA - Em Recuperação Judicial ("Oi Brasil Holdings") e Portugal Telecom International Finance B.V. - Em Recuperação Judicial ("PTIF"), veículos financeiros da Oi na Holanda, em processos de falência. A Companhia acredita que caso venha a ser realizada tal conversão, tal evento não prejudicaria o seu caixa ou as suas atividades operacionais e que tal conversão estaria restrita à jurisdição e lei holandesas. A Oi espera que disso não resultem impactos significativos na recuperação judicial e no dia-a-dia da Companhia no Brasil, onde a Oi tomará as medidas necessárias para manter seus ativos preservados.

A Companhia informa ainda que participou de uma audiência de mediação com a Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel com vistas a uma solução consensual para equacionamento das dívidas em que a Anatel é credora da Companhia.

Finalmente, a Companhia informa que apresentou ao Juízo no qual está em curso a recuperação judicial uma proposta de utilização da mediação como forma de solucionar os créditos de valor de até R$ 50 mil, o que abrange um universo de quase 58 mil credores com créditos até esse valor. Tal proposta poderia resultar em um desembolso pela Companhia de um valor de até R$ 783 milhões.

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Todos estes fatores indicam claramente que a Oi permanece engajada na busca de um consenso para a aprovação de um plano de recuperação judicial que garanta a sustentabilidade, tendo inclusive sido iniciadas conversas com credores sobre potenciais alterações nos termos propostos para o plano de Recuperação Judicial da Companhia.

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste Comunicado.

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016. Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

Ricardo Malavazi Martins Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia"), em continuação e adicionalmente às informações do Comunicado ao Mercado divulgado em 29 de novembro de 2016 pela Companhia, contendo informações, entre outras matérias, sobre a potencial apresentação de pedidos de conversão dos procedimentos de suspension of payments (suspensão de pagamentos) das subsidiárias da Oi na Holanda em procedimentos de falência sob as leis holandesas, vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral o que segue.

Nesta data, os administradores judiciais nomeados para supervisionar os procedimentos de suspension of payments das suas subsidiárias Oi Brasil Holdings Coöperatief UA - Em Recuperação Judicial ("Oi Brasil Holdings") e Portugal Telecom International Finance B.V. - Em Recuperação Judicial ("PTIF"), veículos financeiros da Oi na Holanda, protocolaram junto à Corte Distrital de Amsterdã, na Holanda, pedidos de conversão dos procedimentos de suspension of payments em procedimentos de falência sob as leis holandesas, contra a Oi Brasil Holdings e a PTIF. Nesta data, a Corte Distrital de Amsterdã, na Holanda, determinou que uma audiência em relação aos pedidos de conversão dos procedimentos de suspension of payments relativos a cada uma de Oi Brasil Holdings e PTIF seja realizada no dia 12.01.2017 às 13:30hs (CET).

A Oi reitera que a eventual conversão estaria restrita à jurisdição e lei holandesas e espera que disso não resultem impactos significativos na recuperação judicial - que continua incluindo a Oi Brasil Holdings e a PTIF -, no seu caixa e nem no dia-a-dia da Companhia no Brasil. A Oi pretende empreender todos os esforços apropriados para buscar assegurar a proteção dos interesses das Empresas Oi e de todos os seus stakeholders.

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A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento do assunto objeto deste Comunicado ao Mercado.

Rio de Janeiro, 01 de dezembro de 2016. Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

Nota Especial Relativa a Declarações Prospectivas:

Esse comunicado contém declarações prospectivas dentro do significado da U.S. Private Securities Litigation Reform Act of 1995 e regulamentação brasileira aplicável. Declarações que não são fatos históricos, incluindo afirmações sobre as crenças e expectativas da Oi, estratégias empresariais, sinergias futuras e reduções de custos, custos futuros e liquidez futura, são consideradas declarações prospectivas. As palavras "antecipa", "pretende", "acredita", "estima", "espera", "prevê", "planeja", "objetiva" ou expressões semelhantes, relativas à Oi ou sua administração, têm como objetivo identificar declarações futuras. Não há qualquer garantia de que os eventos esperados, tendências ou resultados esperados irão ocorrer de fato. Tais declarações refletem as visões atuais da administração da Oi e estão sujeitas a riscos e incertezas. As declarações se baseiam em premissas e fatores, incluindo conjunturas gerais, tanto econômicas como de mercado, condições do setor, aprovações societárias, fatores operacionais e outros fatores. Caso ocorram alterações nas premissas ou fatores, nossos resultados futuros poderão diferir de maneira significativa daquele previsto em nossas expectativas atuais. Todas as declarações prospectivas atribuíveis à Oi ou às suas afiliadas, ou pessoas agindo em seu nome, são expressamente qualificadas na sua totalidade pelo presente aviso. Não se deve depositar confiança indevida em tais declarações. As declarações prospectivas se referem somente à data em que são preparadas. Exceto quando tal for obrigatório nos termos da legislação do mercado de capitais brasileira ou norte-americana ou outra legislação e regulamentação da CVM, da Comissão de Valores Mobiliários Norte-Americana (U.S. Securities and Exchange Commission - "SEC") ou de outras autoridades reguladoras em qualquer outra jurisdição relevante, a Oi e suas afiliadas não são obrigadas nem pretendem atualizar, rever ou publicar quaisquer alterações sobre as previsões e declarações prospectivas referidas nesta comunicação na sequência da alteração de acontecimentos em curso ou futuros ou seus desenvolvimentos, nem de eventuais alterações nos pressupostos ou outros fatores tidos em consideração para efeitos da emissão das declarações prospectivas aqui contidas. Recomenda-se, no entanto, a consulta às divulgações adicionais que a Oi venha a fazer sobre assuntos relacionados por meio de relatórios ou comunicados que a Oi venha a arquivar junto à CVM.

PLC 79/2016 – PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 79, de 2016 (Nº 3.453/2015 na Câmara dos Deputados

O PL Nº 3.453/2015 já está tramitando no Senado Federal. Foi encaminhado diretamente à Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Presidida pelo Senador Otto Alencar, que se designou como Relator da Matéria. Nesta Comissão a tramitação do PLC pode ter caráter terminativo.

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O Relator já apresentou seu Relatório e está aberto o prazo para a apresentação de emendas na Comissão. Uma tramitação extremamente rápida do PL deverá ocorrer, aventando-se a possibilidade de a aprovação ainda ocorrer no corrente ano.

O BS publicou uma EDIÇÃO ESPECIAL Nº 38/16 com o texto aprovado na CD e que é a referência para o trabalho do Relator no Senado Federal. Este, já divulgou seu Relatório, não propondo alterações de mérito que forçariam a devolução à Câmara. Provavelmente, não deverão ser introduzidas modificações desta ordem por outros Senadores. E, se o forem, não devem ser acolhidas pela Comissão.

Segue, abaixo, a tramitação na Comissão Especial. No texto, são indicados alguns links (PDF) contendo a íntegra dos documentos mencionados.

Prazo aberto: 06/12/2016 - Recebimento de emendas perante as Comissões Relator atual: Otto Alencar Último local: 01/12/2016 - Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (Coordenação de Comissões Especiais, Temporárias e Parlamentares de Inquérito) 01/12/2016 CEDN - Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Ação: Matéria constante da Pauta da 10ª Reunião da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, agendada para o dia 6/12/2016. 01/12/2016 CEDN - Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Ação: Juntado o relatório do Sen. Otto Alencar (fls. 24-29). Relatório (Relatório Sen. Otto Alencar - CEDN) ( PDF ) 30/11/2016 CEDN - Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional Ação: Designado o Sen. Otto Alencar como relator da matéria na CEDN. 30/11/2016 PLEN - Plenário do Senado Federal Situação: MATÉRIA LIDA EM PLENÁRIO. Ação: Encaminhado à publicação. À Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional. O projeto será apreciado terminativamente, nos termos do art. 91, § 1º, inciso IV, do Regimento Interno, onde poderá receber emendas pelo prazo de cinco dias úteis, nos termos do art. 122, II, da referida Norma Interna. Avulso da matéria (Avulso da Matéria) ( PDF )

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Recebido em: CEDN - Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional em 30/11/2016 às 18h49 30/11/2016 PLEN - Plenário do Senado Federal Situação: AGUARDANDO LEITURA Ação: Aguardando leitura. 30/11/2016 SEPRTL - Serviço de Protocolo Legislativo Situação: AGUARDANDO LEITURA Ação: Este processo contém 23 (vinte e três) folhas numeradas. Recebido em: SLSF - Secretaria Legislativa do Senado Federal em 30/11/2016 às 18h03 Parceiro Estratégico... Muito interessante a declaração do Presidente da Anatel, Juarez Quadros, que pode ser considerada uma observação ou opinião, como ele próprio declarou, sobre os eventuais “parceiros” que possam assumir a Oi, no bojo das negociações que vêm ocorrendo durante o Processo de Recuperação Judicial. Na verdade, este é um tema recorrente que já havia sido objeto de pronunciamentos quando o controle da Oi foi adquirido pela Portugal Telecom. Uma história de amargas lembranças para a Companhia que, assim se espera, sejam superadas no transcurso das negociações correntes. No caso, a “Parceria Estratégica” deve ser entendida como a de um novo “Sócio” que além de aportar recursos significativos para reequilibrar econômica e financeiramente a Companhia também tenha interesses operacionais globais ou regionais, em termos mundiais, de modo que não se estabeleçam relações de simples interesses financeiros de curto prazo, promovidas por investidores com este tipo de perfil. Fabricante de Automóveis na UIT...

O BS não poderia deixar desapercebida esta notícia que demonstra cabalmente como as telecomunicações estão “penetrando” decididamente em outros segmentos industriais ou, dependendo do foco de observação, estão sendo “invadidas” por tais segmentos.

A Hyundai, um dos maiores fabricantes mundiais do Setor Automotivo, decidiu ingressar na UIT – União Internacional de Telecomunicações.

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Quando muitos achavam que a “vetusta” Organização estava perdendo seu significado e presença histórica, ela pode voltar a ter uma atuação marcante como aconteceu no passado.

Por trás destes movimentos, claramente, surge a Internet das Coisas (IoT).

02. UNIVERSALIZAÇÃO DA BANDA LARGA

O Programa Banda Larga para Todos não teve evoluções significativas pelas razões expostas nos BS editados até o Nº 13/16. Na verdade, dá agora para perceber que se tratava mais de um Plano “midiático” do que propriamente algo estruturado para um desenvolvimento consistente.

O anterior Ministro das Comunicaões parece ter percebido as dificuldades e tentou imprimir um status mais atual ao Programa procurando, quem sabe, marcar a sua administração. Neste sentido foi lançado o Programa “Brasil Inteligente” que, no entanto, foi “atropelado” pela sua saída da Pasta em razão das mudanças político institucionais pelas quais passa o País. Até agora, não houve movimentos expressivos no sentido de criar uma nova política para a efetiva concretizaão deste Projeto.

A questão básica é que o PPA 2016 – 2019 não contemplava recursos significativos para este Programa. Agora, deve-se esperar o posicionamento do Ministério do Planejamento para se verificar os rumos que tal PPA tomará. Note-se que havia um potencial esforço dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento na administração anterior no sentido de dar um status diferenciado ao Setor de Telecomunicações procurando atrair investimentos da iniciativa privada.

Este enfoque parece ter sido mantido e, até, incrementado com as intenções estabelecidas no Programa PPI, do Governo em Exercício.

Merece registro a Portaria Nº 1.455, do Ministério das Comunicações, comentada no item inicial do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA, do BS Nº 10/16, que ainda está em vigor. Muito provavelmente tal Portaria será “revisitada” pelo novo Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.

De qualquer maneira o BS manterá o texto que trata do PPA 2016 – 2019. Até para comparação com eventual revisão que vier a ser emitida. Não há dúvidas que algumas alterações devem ser introduzidas até para estabelecer níveis de prioridade que certamente serão distintas entre os dois Governos.

PPA 2016 - 2019

O DOU de 11/01/16 publicou o Plano Plurianual para o período 2016 - 2019. Nele estão contidas metas para o Setor de Telecomunicações. Surpreendentemente, há metas quantitativas para a

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Banda Larga Móvel e não estão incluídas para a Rede Fixa (Banda Larga Fixa; Backbone; e Backhaul). Para estes segmentos há apenas algumas metas de qualidade a serem perseguidas.

No caso da Banda Larga Móvel espera-se que ao final do período 90% dos usuários móveis (sem fio) tenham a ela acesso. Isto pode caracterizar uma aposta do governo no sentido de que a Banda Larga no País, principalmente, nas regiões do Interior seja provida pelas Redes Móveis e não pelas Fixas. Se este é o objetivo aumenta a necessidade de se acelerar a implantação das redes de 700 MHz bem como da construção de Backbones e Backhauls. Ocorre que as perspectivas de momento apontam de forma categórica em sentido contrário!

Também há metas relacionadas com a digitalização da TV; programas de inclusão digital em cidades do Interior; incentivo à produção nacional de conteúdo; estações de rádio comunitárias; emissoras educativas; incentivos ao desenvolvimento e produção de equipamentos e software nacionais; e outros de menor relevância.

Assim, pode-se concluir que o crescimento da Banda Larga no País, no período do PPA, estará mais condicionado às ações da iniciativa privada – portanto do mercado – do que, propriamente, por ações diretas do governo. Na visão do BS, em princípio, este não será um grande problema desde que sejam tomadas medidas para reativar a economia do País, criando-se mecanismos para sair da crise em que se encontra no momento. As perspectivas de curto prazo neste sentido não são animadoras.

Por outro lado, está contemplado o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas; lançamento do cabo submarino Brasil – Europa; implantação da Rede Privativa da Adminstração Pública Federal; e, realização de leilões reversos para a implantação de redes de transporte ópticas capazes de atender aos Pequenos Provedores. Claramente, estes projetos, estão relacionadas com atividades nas quais a Telebras estará envolvida. Uma outra incógnita, pois são de conhecimento geral as dificuldades de ordem econômica e financeira pelas quais pass a Empresa. Será um enorme desafio para a atual Diretoria conseguir equalizar este aspecto com a real necessidade da implementação dos projetos em causa.

Os fatos reais cada vez mais apontam no sentido de a Telebras enfrentar dificuldades de difícil transposição devido à falta de recursos. Muito dificilmente, ela disporá de recursos públicos para o desenvolvimento de novos projetos e as condições de acesso ao mercado financeiro, no momento são praticamente inexistentes.

No campo da gestão do Setor de telecomunicações estão previstas diversas medidas que fazem parte do Planejamento da Anatel para o período em questão, já divulgadas pelo BS em edição anterior. No entanto, as iniciativas para implementar tais medidas correm com velocidade reduzida.

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03. NOVOS CABOS SUBMARINOS

O item é mantido como referência por se tratar de tema que tem um grande interesse para o País por tratar de Backbones Internacionais que criam novas alternativas de interligação entre o Brasil (e o Continente Sul Americano) e as Américas do Norte e Central, bem como a Europa e a África diretamente e a Ásia, indiretamente.

Há diversos comentários sobre o assunto feitos em BS anteriores. Por exemplo:

“Brusa – Novo Cabo Submarino entre Brasil (Br) e Estados Unidos (USA)” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 08/16.

Data Center da Telefónica em Virginia Beach, conforme posto no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 015/16.

”Cabo Submarino Brasil – Angola” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16).

“Novo Cabo Submarino Transatlântico” com informações no BS Nº 16/16 e adicionais no BS Nº 17/16.

“Compartilhamento de infraestrutura de Cabo Submarino” publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 22/16).

“Cabos Submarinos – Fortaleza se consolida como Hub Internacional publicado no BS Nº 30/16, no qual se faz uma atualização dos cabos submarinos que estão em operação ou sendo lançados com terminação no Brasil. 04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim mantém-se atual o texto do BS N° 18/15 com os comentários feitos nos BS 22/15 e BS 23/15.

Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.

Sugere-se a leitura do item “Jogos Olímpicos – Uma oportunidade perdida...em Telecom – O Case Avenida das Américas” inserido no BS 03/16 e sua complementação no BS 05/16, sob o título “Rede Aérea de Telecomunicações – Avenida das Américas – Rio de Janeiro – Trajeto Olímpico”. Tendo como referência as obras realizadas na Avenida das Américas devido à realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o BS aproveitou o caso para comentar a ausência de planejamento

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integrado em obras de grande vulto e o fato de ser mantida nos postes desta via uma cabeação instalada em condições precárias.

Também deve ser objeto de leitura o item ”Os Postes, o SNOA, a Revisão do Modelo” que faz parte do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 10/16. Sugere-se também a leitura do item “O Jogo do 5G na Europa e desdobramentos no mundo” publicado no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 22/16.

05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

Este tema também continuará sendo mantido na forma de edições anteriores do BS por se tratar de assunto de interesse geral e multidisciplinar no contexto das Empresas Prestadoras de Serviços de interesse público.

A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites implantados de maio de 2009 em diante.

Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO SEMANA No. 13/15.

Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e sugere-se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.mSugere-se, também, a leitura do item “Telefónica cria uma Empresa de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 04/16.

Sugere-se, ainda, a leitura do item “Workshop de Infraestrutura de Telecomunicações 16 da FIESP e Considerações sobre Compartilhamento” no BS Nº 27/16.

Ver, ainda, o item “Compartilhamento Compulsório de Torres” na edição do BS Nº 35/16.

06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de regulamentação em Consulta Pública.

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A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm dificuldades em fazê-lo.

No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.

07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL

Continuam as atividades para a migração em Brasília, nas Cidades Satélites do DF e Cidades do Entorno do DF, no Estado de Goiás. A data limite para a migração plena é 17/11/2016.O Gired, finalmente, tomou a decisão em relação ao Set-top Box que será distribuído às famílias elegíveis ( “O Set-top Box terá o Ginga numa versão light”) no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS Nº 26/16).

Com o fim do mandato de Conselheiro de Rodrigo Zerbone, a responsabilidade de Coordenar o Gired foi assumida pelo próprio Presidente da Anatel, Juarez Quadros. Este pode ser um indicativo de que o desenvolvimento do Projeto está enfrentando problemas em decorrência das históricas divergências entre os Radiodifusores e as Prestadoras do SMP.

08. A REVISÃO DO MODELO – O NOVO AMBIENTE DAS COMUNICAÇÕES

Diante da tramitação do PL Nº 3.453/2015 o BS passa a considerar que ele será, pelo menos nos próximos meses, o balizador do que se pode chamar “Revisão do Modelo” e um fato novo no “Novo Ambiente das Comunicações”.

Em assim sendo, a partir da presente edição do BS este fato será levado em conta incluindo as observações já feitas em alguns de seus itens, incluindo os recentes posicionamentos do Presidente da Anatel, Juarez Quadros. Em particular, o desenvolvido por ocasião da abertura do Painel Telebrasil 2016 que consta como um dos itens do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 37/16.

Entretanto, serão mantida as referências a comentários anteriores casos os leitores desejem acessar alguns dos textos anteriores.

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REP1. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM alguma consulta.2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO DO SETOR (BS 01/16)

REP2. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS (BS 01/16)

REP3. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS NO STFC e no SMP (BS 01/16)

REP4. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO (BS 01/16)

REP 5. COMENTÁRIOS DA TELEFÔNICA NA CONSULTA PÚBLICA (BS 01/16)

08A. COMENTÁRIOS DA INTERVOZES NA CONSUTLA PÚBLICA (BS 02/16). 08B. COMENTÁRIOS DA Oi NA CONSULTA PÚBLICA (BS 02/16). 09. O JEITO HUAWEI DE SER Indiscutivelmente, a Huawei é um case mundial no Setor industrial, principalmente no segmento das Telecomunicações. Mesmo para os padrões de desenvolvimento chinês das últimas décadas ela desponta de forma impressionante. Em pouco mais de 25 anos transformou-se num das Empresas líderes mundiais na produção de equipamentos, sistemas e terminais, para o Setor de Telecomunicações. Nos últimos cinco anos, simplesmente dobrou seu faturamento. Neste mesmo período, suas concorrentes lutavam arduamente para não perderem share no mercado e verem suas receitas reduzidas. Enquanto Empresas de grande prestígio no passado lutavam para se manter “vivas”, e procuravam associações e fusões para sobreviver – nem sempre com o sucesso desejado – a Huawei crescia de forma avassaladora estendendo seus “tentáculos” por praticamente todas as regiões do planeta; com a conhecida exceção dos USA onde sua presença é quase insignificante! No Brasil não foi diferente. Em cerca de 15 anos ela passou a dominar o segmento de forma marcante. Hoje, praticamente, não há no País, um grande projeto de telecomunicações no qual ela não esteja envolvida. Desta forma, transformou-se num player essencial do processo de desenvolvimento – expansão e modernização - das telecomunicações brasileiras, nos próximos anos.

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Este desempenho, naturalmente, não é fruto do acaso. Circunstâncias diversas contribuíram para este sucesso, entre as quais, sem dúvida alguma, está o forte apoio do Governo Chinês à sua indústria (de modo geral) a partir de um mercado interno fantástico que proporciona enorme suporte para as iniciativas internacionais. Mas, obviamente, não se pode debitar somente a este importante aspecto as razões do forte desempenho da Companhia. São recorrentes os rumores que correm no Setor em relação à forma como a Empresa atua, a partir do comprometimento de seus empregados com o que se pode considerar uma “Causa”. No caso, tal “Causa” é a própria Empresa! Mas, seria simplista demais também deduzir que esta é “a” razão que está por trás de tal sucesso. Sem dúvida, a liderança empresarial é um fator essencial na condução de qualquer Companhia que tem como objetivo ser “Líder” no segmento em que atua. Parece não ser diferente no caso da Huawei, onde desponta o seu fundador Ren Zhengfei: um Engenheiro Militar, que deixou o Exército Chinês para se “aventurar” na indústria de telecomunicações. Ele está à frente da direção Executiva desde 1987, ano em que a Companhia foi por ele fundada. Devido ao seu passado militar é natural supor que ele trouxesse consigo alguns fundamentos dessa experiência e os aplicasse à sua nova atividade. Os rumores antes mencionados, já indicavam que isto não somente aconteceu como foram fundamentais no crescimento da Empresa. Agora, o Wall Street Journal, publica uma reportagem assinada por Juro Osawa, na qual são lançadas algumas “luzes” sobre o que o BS chama no título deste item “O Jeito Huawei de Ser”. Nesta reportagem são apresentados alguns aspectos mais “humanizados” da forma como a Empresa é liderada e como seus empregados se inserem no contexto, ainda pautado por alguns aspectos que, inegavelmente, reportam a conceitos e estratégias do meio militar, aplicados a uma atividade essencialmente civil. O ponto básico é que Ren Zhenghfei está “passando o bastão”. Então, é normal que se especule sobre o futuro da Empresa quando ela estiver sob o comando de novos Executivos e ele passe a ser tão somente o grande “Líder Espiriual”. Naturalmente, isto demandará algum tempo. Mas, o tempo dos chineses, via de regra, não se conta somente em meses e anos: décadas são usualmente as referências de seu planejamento estratégico. E, é isto que, certamente, está na cabeça dos responsáveis pelo processo de transição. O BS convida seus leitores a lerem a reportagem mencionada do WSJ e a perceberem nos detalhes o que realmente está em jogo. Um negócio de dimensões gigantescas do ponto de vista comercial e um projeto estratégico que, muito provavelmente, tem relações com as estratégias do País.

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O Jeito Brasil de Ser Considerando particularmente o Brasil no contexto a observação mais imediata que se pode fazer é, realmente, quanto ao compromisso industrial que a Companhia assumirá com o Brasil. Um Modelo essencialmente pautado em vendas e fornecimentos de equipamentos e serviços importados no mercado local, com pequena agregação de “conteúdo” nacional, não é um procedimento compatível com aspectos tradicionais da atuação de Empresas no Setor. Primeiro, em razão do volume dos negócios envolvidos. O mercado brasileiro é um dos maiores do mundo, principalmente, quando for retomado o processo de crescimento da economia o que, em algum momento – não muito distante para os padrões chineses de tempo – deverá ocorrer. Não é irrazoável afirmar que investimentos da ordem de $20 bilhões por ano (incluindo equipamentos terminais e sistemas de suporte à operação) deverão ser aplicados na Rede Brasileira de Telecomunicações, no próximos 10 anos. É um desafio gigantesco. Os esforços para conseguir viabilizar tais recursos para investimentos são enormes. Os projetos são grandiosos. Mas trata-se de um fato real compatível com a grandeza e as necessidades do País. É inevitável que ocorram movimentos neste sentido, pois será uma exigência de toda a sociedade. O crescimento do Brasil, está intimamente ligado à evolução das Telecomunicações, tanto em quantidade quanto em qualidade. Portanto, oportunidades não deverão faltar! Em segundo lugar, o Brasil tem experiência, know how, e tradição no Setor de Telecomunicações para uma participação ativa, em conjunto com o expertise chinês. Não se pode nem se deve “importar”, pelo menos em escala considerável, aquilo que pode ser obtido aqui, inclusive mão de obra que não seja a altamente especializada. Este é um desafio que a Huawei tem de considerar e enfrentar dentro da sua filosofia de atuar, bem caracterizada na reportagem do WSJ. A condição chave nestas circunstâncias é que deve haver uma Huawei do Brasil onde brasileiros e chineses trabalhem integrados da melhor maneira possível. Neste particular, é relevante que o lado brasileiro também entenda e se adapte ao “estilo” chinês, no que for possível, mesmo porque está provado que o “modelo” é vencedor. Deve-se considerar, ainda, que o Setor de Telecomuniações é altamente dominado e dependente de capitais e tecnologia estrangeiras. Tem características estratégicas para o País. Então, o Governo brasileiro deve encontrar uma forma de lidar com esta questão. Em determinado momento,

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imaginou-se que poderia existir uma “Campeã Nacional” do Setor, ou, quem sabe “Campeãs”, considerando também o segmento da indústria. O Projeto, não conseguiu ser ainda viabilizado. Então, é necessário traçar uma política definida e estável em que o interesse nacional esteja garantido, mas, se leve em consideração esta dependência do País em relação ao capital e à tecnologia estrangeiras. E, é imprescindível manter acesa a “chama” de que se pode viabilizar a existência de uma “indústria nacional” do Setor, num contexto não radical que caracteriza a globalização da economia. Neste particular, o Brasil deve encontrar o seu “Jeito de Ser”! Não é saudosismo, mas apenas uma constatação. No final dos anos 80 e início do década de 90 o Brasil dispunha de tecnologias as mais avançadas para a época na Comutação Digital (Sistema Trópico), em Comunicações Ópticas (ELO), e, até, em Comutação de Pacotes. Sistemas que foram desenvolvidos pelo CpQD quando ele se dedicava predominantemente à Pesquisa e ao Desenvolvimento. Nessa época a Huawei era tão somente uma “semente” de uma desconhecida Empresa constituída por um Engenheiro idealista que havia deixado o Exército e resolveu ser empreendedor. O resultado está à vista de todos e não necessita de maiores comentários. Mas a história se conta em capítulos. E neste tipo de história os capítulos são contínuos. O “Fim” nunca é o fim. E o começo não depende de um fim. O fim e o começo podem andar lado a lado. Isto costuma ser chamado de “cooperação”! O Brasil é bom nisto!

Huawei’s ‘Hungry Wolves’ Face an Uncertain Future as Succession Looms

Hard-charging founder Ren Zhengfei’s decision to step back from daily operations is sparking questions about leadership and strategy at the smartphone maker

By Juro Osawa The Wall Street Journal Updated Dec. 3, 2016 4:04 a.m. ET

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Ren Zhengfei, president of Huawei Technologies, gestures during a during a speech in Davos, Switzerland, last year. The 72-year-old founder is stepping back, raising questions about

succession and its growth path. PHOTO: JASON ALDEN/BLOOMBERG NEWS

At a new-employee orientation earlier this year, hundreds of fresh Huawei Technologies Co. recruits stepped out of dormitories at 6:30 a.m. and jogged through the Chinese telecommunications giant’s sprawling Shenzhen campus.

The half-hour run had a whiff of military boot camp, and that was no accident. The new workers also studied an essay written by Ren Zhengfei, a former People’s Liberation Army engineer who founded Huawei in 1987 and remains its chief executive. In that essay, Mr. Ren laid out a bit of his management philosophy: “In victory, we raise glasses to celebrate together. In defeat, we risk our lives to rescue each other.”

The 72-year-old chief executive also has likened Huawei’s staff to a hungry pack of wolves able to defeat lions—a comment that reveals as much about Mr. Ren’s leadership style as it does about his 170,000 employees. Huawei has surprised rivals in the past five years, doubling revenue to nearly $60 billion and becoming the world’s No. 3 smartphone maker by shipments. That explosive growth, company insiders say, is partly the result of employees’ willingness to sacrifice vacations, forgo overtime pay and, sometimes, risk their lives to further the corporate cause.

“If you dedicate yourself to the company, the company won’t let you down,” said Meng Bo, a Huawei novice who attended the August orientation.

“It is the founder who plays the most important role in developing common values. That’s why American people respect the Founding Fathers,” Huawei Deputy Chairman Guo Ping said in an interview. Mr. Ren remains the company’s “spiritual leader,” Mr. Guo said.

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Huawei aims to become the world’s biggest smartphone maker within five years. Yet as Mr. Ren steps back from daily operations, questions loom about who might succeed him and what changes may be needed to better compete with Alphabet Inc.’s Google and Apple Inc. for top tech talent.

Inside Huawei’s Campus A tour of the Chinese tech giant’s huge campus in Shenzhen reveals its ambitions.

Workers eat lunch at Huawei’s Shenzhen headquarters. The Shenzhen campus has roughly

50,000 employees. JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

Huawei’s spacious Shenzhen campus, located in the northern suburb of Bantian, has dozens of buildings. This building, a research lab, is sometimes called “the white house” by employees due to its resemblance to the U.S.

president’s official residence. JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

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On the Shenzhen campus, most young workers are casually dressed. The average age of Huawei

employees is 33. JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

Once a year, each business department of Huawei chooses winners of the so-called Future Star award. The

winners typically receive medals at ceremonies. JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

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Cafeterias and restaurants on Huawei’s Shenzhen campus serve all kinds of food, including Chinese, Japanese,

Indian and Western. JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

Apart from lunch break, Huawei employees typically work long hours, including every last Saturday of the

month. In China, the company’s intense work culture has been described as “wolf spirit.” JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

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Some Huawei employees live on campus with their families. The Shenzhen campus has shops, clinics,

playgrounds and other facilities. JURO OSAWA/THE WALL STREET JOURNAL

The intensity of Huawei’s work culture stands out even among Chinese companies. During the 2014 Ebola outbreak in West African countries, Huawei’s Chinese workers stayed in affected regions as other international companies evacuated their staff. Those employees later were rewarded with special bonuses.

“When a crisis occurs, you will find Huawei employees heading toward it” while others flee, said Huawei Chairwoman Sun Yafang in the company’s 2015 annual report.

A year into their jobs, Chinese staff may sign a “dedicated employee agreement,” voluntarily forgoing paid vacation days and overtime. One Huawei engineer said he signed the agreement four years ago to start receiving shares as part of his compensation. The closely held firm says its shares are owned entirely by its executives and employees.

Mr. Ren’s influence is ubiquitous. His postings to the company intranet are widely read, and some managers quiz staff on their knowledge of the founder. One multiple-choice question given to employees concerned a speech in which Mr. Ren likened eccentric geniuses to misshapen fruits that look bad but taste good.

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Corporate lore abounds with tales of employee sacrifice. When Huawei first entered overseas markets more than a decade ago, some employees in Siberia worked in subzero temperatures to build telecom networks, according to “The Huawei Story,” a book written by two Chinese authors who have advised the company. Employees on expat assignments in Germany in the mid-2000s recall Spartan living conditions at dormitories with shared bathrooms. In Shenzhen, engineers kept mattresses under their desks for all-nighters, former employees say.

An image Mr. Ren selected for Huawei’s global advertising campaign last year captures the Huawei hardworking ethos: a photo of a ballerina’s two feet, one in an elegant satin shoe and the other bare and bruised, a symbol of the deep struggle behind success.

‘Can any other individual have the same moral authority? ’

—Duncan Clark, BDA China

But the leader who takes Huawei into its next phase won’t have the founder’s stature, analysts say.

Currently, three senior executives, including Mr. Guo, take turns as acting CEO for six months at a

time. Mr. Ren retains a veto on important decisions, although he hasn’t exercised that right so far,

Huawei says.

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Company watchers note that a new leader may not have Mr. Ren’s sway. “Can any other individual

have the same moral authority?” said Duncan Clark, chairman of Beijing-based business consulting

firm BDA China, who has worked with many Chinese companies including Huawei.

Mr. Ren has said the company’s next leader won’t be a family member, though his daughter serves as

Huawei’s finance chief, and a son runs a subsidiary. Executives haven’t commented on Mr. Ren’s

succession plans, only saying that its rotating CEO system is working well.

Already, Huawei appears to be softening its approach as it tries to lure China’s more individualistic

young workers. Employees stationed in Germany can now receive monthly housing allowances to live

in their own apartments. In Shenzhen, the mattresses under desks are used for short naps after lunch,

and not all-nighters, employees say.

Mr. Ren has made more frequent visits to foreign offices in markets like Uganda and Malawi, where

Chinese expat workers often cope with poor infrastructure and other challenges. According to Mr. Guo,

the CEO has told executives to allocate more funds to improving the working environment for Huawei’s

overseas staff. For example, Huawei has hired Chinese chefs in employee canteens in remote

countries so workers can still enjoy authentic Chinese food, employees say.

“If they are well fed, they will not miss home,” Mr. Ren said, according to Mr. Guo.

10. UTILIZAÇÃO DE ESPECTRO NÃO LICENCIADO

A utilização do espectro de radiofrequência é um dos aspectos mais importantes entre os quais se defrontam os Reguladores de todo mundo. Se não houvessem outras razões para a existência de Entidades Reguladoras em praticamente todos os países, a da utilização do espectro de radiofrequência seria bastante para justificar sua atuação.

Agora mesmo surgem rumores de que o Presidente eleito dos USA, Ronald Trump, estaria disposto a acabar com a FCC, restando somente um Órgão para cuidar do uso do Espectro sendo as demais funções da Agência transferidas para outras Entidades da Administração. O BS julga que possa haver um certo exagero em tais pretensões, talvez exacerbadas pela atuação da FCC no Governo Obama, que teve no seu Presidente Tom Wheeler um ativo operador.

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Em certas circunstâncias, a Agência chegou a tomar atitudes interpretadas por muitos como uma “militância ideológica” no Setor de Telecomunicações, principalmente em determinados aspectos relacionados com a denominada Neutralidade de Rede.

Sem entrar no mérito das eventuais decisões de Trump, o fato é que o uso do Espectro deverá continuar a ser conduzido e controlado por um Órgão independente, o que indica claramente a importância da atividade, reconhecida mesmo por um Presidente eleito que tem entre suas características não se furtar a discutir temas polêmicos.

Historicamente, sabe-se que o Espectro constitui um “Bem escasso”. Sua utilização segue princípios rígidos de “eficiência”. O “uso eficiente do espectro” é um conceito que tem balizado muitas decisões das Entidades Nacionais e Internacionais que cuidam de sua utilização em Telecomunicações, nas suas mais diversas finalidades. Tenham elas caráter público ou privado. Interesse Coletivo ou Individual. Comunicação entre pessoas ou transacionais envolvendo pessoas e máquinas e máquinas entre si.

Para certos casos o valor comercial do Espectro é imenso pelo que sua utilização é feita mediante o pagamento ao Governo de grandes quantias pelo “direito de uso” durante tempo determinado. Corporações gigantes se estabeleceram em todo mundo sustentadas sobre este conceito. Em outros casos, o interesse público e coletivo predomina pelo que sua utilização independe de pagamentos.

Em determinadas circunstâncias seu uso independe de “licenciamento” o que implica na possibilidade de o Espectro ser empregado de forma totalmente livre. Isto favorece iniciativas de amplitude generalizada e, até, incomensurável, mas, com claros efeitos benéficos para a sociedade. Em razão disto, fortalecem-se os movimentos a nível mundial para que mais “quantidade” de Espectro “Não Licenciado” seja alocado pelos Reguladores.

Isto fica evidenciado pelo fato de as aplicações que utilizam as chamadas “faixas não licenciadas” terem crescido intensamente: em número e em quantidade de tráfego de dados. Naturalmente, determinados cuidados devem ser tomados para que tal utilização não se transforme em um “caos”. Um deles, é limitar a área de “cobertura” de cada sistema individual de forma a reduzir as interferências entre cada sistema individual. Outros, estão na linha de dotar os equipamentos e sistemas de inovações tecnológicas que melhorem seu desempenho operacional de modo a permitir novas aplicações.

São bem conhecidas as pressões que as Associações da Indústria e dos Usuários exercem sobre os Reguladores para que se torne efetivo esse desejável e necessário aumento da quantidade de

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Espectro “não licenciado”; incluindo faixas que exigem remanejamentos ou compartilhamento de uso.

O compartilhamento, em particular, vem sendo uma forma bastante considerada dentro do princípio do “uso eficiente” do Espectro. O que no passado era considerado como “interferência”, por não permitir a utilização simultânea por dois sistemas diferentes, atualmente, não constitui mais empecilho, em função das novas técnicas de transmissão e recepção utilizadas. Com isto, abrem-se perspectivas enormes, com possibilidades de licenciamento mais flexível, que os Órgãos Reguladores vêm avaliando com os devidos cuidados.

Neste sentido, as Associações da Indústria têm um papel importante, pois, são elas que desenvolvem os padrões tecnológicos que sustentarão o desenvolvimento integrado e harmonizado dos novos sistemas de forma que tenham aplicação universal. Entre tais Associações despontam a Wi-Fi Alliance, e, mais recentemente, a MulteFire Alliance.

O Artigo que se segue, de Peter Rysavy, um dos maiores experts do Setor neste segmento e atuante Membro através de sua Consultoria Rysay Research, traz algumas informações importantes sobre o status do processo e sobre as tendências mundiais sobre o tema.

Considerando sua importância para a indústria de modo geral, o BS reproduz o mencionado Artigo, dirigido para os leitores interessados em uma visão mais técnica das questões momentâneas do Setor as quais, certamente, terão reflexos na prestação dos serviços no curto e médio prazos.

Accelerating innovation in unlicensed spectrum

by Peter Rysavy | Nov 30, 2016 11:15am

Unlicensed spectrum reached a critical milestone on Sept. 20, when the Wi-Fi Alliance issued its Coexistence Test Plan that measures the impact of LTE-U on Wi-Fi. Culminating many months of intensive work by stakeholders in both Wi-Fi and cellular companies, the test plan defines criteria to “determine whether an LTE-U network impacts a Wi-Fi network any more than a Wi-Fi network impacts another Wi-Fi network.” Vendors have already submitted products for testing to Cetecom, an authorized test laboratory; assuming these products pass muster, cellular operators can begin deploying LTE-U. The implications for the wireless industry are huge, expanding how different entities use unlicensed spectrum for innovative new services and enabling entirely new business models.

Getting here was not easy. Camps with different strategic agendas had to wrestle thorny issues to the ground through various compromises. Wisely, the FCC resisted imposing any form of regulatory solution. As Julius Knapp of

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the FCC recently stated, “Throughout this process we have strongly encouraged industry to address and resolve sharing concerns while preserving the principle of permission-less access for unlicensed devices throughout the spectrum.” With LTE-U now on the runway, and its successor technology, Licensed Assisted Access, already standardized in 3GPP Release 13 and expected to be deployed in 2017, LTE cellular systems will be able to expand capacity using unlicensed channels at 5 GHz in a manner that is seamless and transparent to the user.

The Coexistence Test Plan does not apply to LAA. The FCC has not indicated that the Wi-Fi Alliance needs to be involved with LAA. Moreover, at the last Wi-Fi Alliance coexistence workshop in September, the Wi-Fi Alliance explicitly removed all references to LAA. This is appropriate for permission-less operation in unlicensed bands, especially because LAA implements listen-before talk (LBT) capability and because 3GPP is finalizing its own conformance testing program. Unfortunately, in recent 3GPP meetings, some of the same discussions that delayed the LTE-U coexistence test plan now threaten to complicate LAA completion.

Assuming coexistence considerations are resolved promptly and sensibly, LAA should experience rapid adoption. Not only is LTE-U upgradeable to LAA, but LAA’s capabilities, including LBT, address regulatory requirements for operation in unlicensed bands in Europe and Japan, paving the way for global adoption.

In parallel, the MulteFire Alliance is pushing MulteFire, which adapts LAA to run in an unlicensed-only mode, meaning operators do not need an anchor in licensed spectrum, as they do for LTE-U and LAA. With MulteFire, any entity can deploy a cellular-compatible network. For example, a stadium owner could install MulteFire access points, set up roaming arrangements with operators, and allow devices to roam onto its system. In this fashion, MulteFire networks could operate as cellular neutral hosts, a capability that some consider the holy grail of small cells. Whether this approach becomes commonplace remains to be seen, but such an architecture presents an entirely new business model for unlicensed spectrum.

MulteFire networks could also operate as unlicensed users at 3.5 GHz, a complicated band that I recently wrote about. This band will use a spectrum-access system to coordinate access by multiple types of entities, including government users classified as Incumbent Access, operators with licenses as Primary Access, and unlicensed users as General Authorized Access.

If operators solve small-cell challenges and integrate LTE-U/LAA into these cells, and if MulteFire gains traction, 10 years from now, a significant percentage of bits flowing across unlicensed radio channels will be using cellular protocols, whether LTE or 5G flavors. Compared with alternate approaches, using consistent cellular protocols across licensed and unlicensed channels promises better range, higher capacity under load, better mobility, and better voice operation.

Expansion of cellular systems does raise questions around the future role of Wi-Fi protocols based on the IEEE 802.11 standards. Will cellular systems take over?

Although some worry this will happen, it is not likely. Wi-Fi, due to its simplicity and low cost for high performance, will remain the better choice for many enterprises and especially for consumers. Plus, technologies such as Licensed Wi-Fi Aggregation (WFA), LTE Wi-Fi Aggregation with IPSec Tunnel (LWIP), Multipath TCP, and Wi-Fi Calling

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provide alternate architectures for integrating unlicensed spectrum with cellular networks. Depending on exact needs, some operators will use these instead of LAA.

Wi-Fi has succeeded in unleashing the power of unlicensed spectrum, with Bluetooth also playing an important role. Until now, cellular systems have used only licensed spectrum. But now, with LTE-based technologies also able to use unlicensed spectrum and 5G technology in the wings that will adopt similar or even enhanced approaches, the industry is on the verge of a profound shift. Wireless technologies are already a fundamental driver for mobile computing. The transformation of unlicensed spectrum will further accelerate wireless innovation.

Peter Rysavy, president of Rysavy Research, has been analyzing and reporting on wireless technologies for more than 20 years. See www.rysavy.com.

11. OS CRIMES CIBERNÉTICOS AVANÇAM... Foi desmantelada na Europa uma rede de crimes cibernéticos que atuava naquele Continente com ramificações por outras partes do mundo. É apenas um exemplo, entre diversos outros que ocorrem com indesejável frequência, na Internet. O BS tem se fixado nesta questão dos crimes cibernéticos como um dos aspectos sérios a serem equacionados no desenvolvimento da prestação de serviços utilizando as facilidades da Internet. É um fato preocupante considerando a intensificação do uso da Rede para as mais diversificadas atividades do dia a dia. Com a particularidade que diversas delas praticamente só admitem sua execução por este meio. Então, não sobra alternativa! Acrescente-se que a grande maioria das pessoas não está sensibilizada para este tipo de situação. E, nem tem conhecimentos suficientes para compreender sua abrangência e as sutilezas de sua aplicação. Portanto, acaba sendo “presa fácil” para um sistema sofisticado e organizado. Para manter a atenção no assunto, o BS reproduz uma reportagem do El País, na qual são fornecidas informações sobre a operação que desfez a Organização causadora de grandes prejuízos por meio do furto de senhas de usuários que realizam operações comerciais e pagamentos pela Internet.

Desmantelada una de las mayores redes de cibercrimen del mundo

Europol cifra en cientos de millones los daños ocasionados por la plataforma 'online' Avalancha

El País, Madrid 1 DIC 2016 - 16:20 BRST

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Desmantelada una de las mayores redes de cibercrimen del mundo. Getty

Una de las redes criminales más grandes y "maliciosas" del mundo ha sido desmantelada, según ha informado este jueves la Oficina Europa de Policía, Europol, en un comunicado. Los daños de esta plataforma online, conocida como Avalancha, han sido calculados en cientos de millones de euros. La actividad de la red se basaba en lanzar ciberataques masivos de malware. Tras la investigación, cinco altos cargos de esta organización han sido detenidos y los agentes se han incautado de 39 servidores.

Su forma de operar consistía en el envío de emails, con el objetivo de robar detalles bancarios y contraseñas, principalmente, de clientes bancarios que hacían operaciones en Internet. Además, lanzaban los denominados ataques de denegación de servicio (DDos). En Alemania, el primer país en el que se detectaron los asaltos de esta banda, los daños han sido valorados en seis millones de euros.

Su forma de operar consistía en el envío de emails, con el objetivo de robar detalles bancarios y contraseñas, principalmente, de clientes bancarios que hacían operaciones en Internet

"Avalancha funcionaba como una compañía y nosotros hemos arrestado al jefe ejecutivo y a miembros de la junta", ha explicado Fernando Ruiz, jefe de operaciones del centro de Cibercrimen de Europol. La red, con la que contactaban otros grupos fraudulentos, contaba con varias ramas para gestionar diferentes tipos de crímenes y tenía incluso un servicio de atención al cliente, según cuenta Ruiz.

Michèle Coninsx, presidenta de Eurojust, la agencia de cooperación judicial, ha explicado que Avalancha era una de las infraestructuras más grandes de botnet, una red de ordenadores infectados con malware que está controlada por cibercriminales. Los botnet permiten a los criminales acceder desde estos equipos infectados a información sensible, como credenciales bancarias. Los investigadores calculan que cada semana podían enviar hasta un millón de correos con archivos dañinos.

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"Esta operación marca un momento importante en la lucha contra las organizaciones de cibercrimen organizado", ha dicho Coninsx. Las víctimas de estos ataques han sido identificadas en más de 180 países, y en la investigación global, que ha durado más de cuatro años, han participado fiscales e investigadores de más de 30 países.

La operación ha contado con agentes de Europol, Eurojust, Interpol, la Fiscalía de Estados Unidos, el FBI y compañías privadas.

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NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.