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PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DA PMDF E DO CBMDF Dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, revoga a Lei n.º 6.450, de 14 de outubro de 1977 e altera as Leis nos 7.289, de 18 de dezembro de 1984, 7.479, de 02 de junho de 1986, 8.255, de 20 de novembro de 1991, 10.486, de 04 de julho de 2002, 12.086, de 06 de novembro de 2009, e dá outras providências. Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, estabelece as garantias para o desempenho dos cargos e os critérios, condições e acesso aos integrantes da ativa aos graus hierárquicos das Corporações, mediante promoções, de forma seletiva, gradual e sucessiva, com base nos efetivos fixados para os Quadros das Carreiras que os integram. TÍTULO I DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS Art. 2º A Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF, também denominada Polícia de Segurança Pública - PSP, sem prejuízo de sua essência constitucional, integra o sistema de segurança pública da União e do Distrito Federal, sendo uma instituição permanente, essencial à Justiça, de natureza militar, fundamentada nos princípios da hierarquia e O artigo 2º altera o artigo 1º da Lei 6.450/77 (Organização Básica da PMDF) que dizia: Art. 1 o A Polícia Militar do Distrito Federal, instituição permanente, fundamentada nos princípios da hierarquia e disciplina, essencial à segurança pública do Distrito Federal e ainda força auxiliar e reserva do Exército nos casos de convocação ou mobilização, organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do art. 21 e dos §§ 5º e 6º do art. 144 da Constituição Federal, subordinada ao Governador do Distrito Federal, destina-se à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública no Distrito Federal. A principal modificação consiste na mudança do nome da instituição, que, sem alterar a essência, passa a ser denominada de PSP (Polícia de Segurança Pública). A modificação no nome das policias estaduais no Brasil, seja a Militar ou a Civil não é nenhuma novidade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Polícia Militar e denominada de Brigada Militar. Já a Polícia Civil em alguns Estados, como o Mato Grosso do Sul, recebe o nome de Polícia Judiciária. De fato, o que importa é manter as balizas constitucionais, ou seja, a estruturação militar, conforme prevê o artigo 42 e 144 da Constituição Federal. Corrobora com esse entendimento o fato de que as Forças Armadas, militares em sua essência, não receberem tal denominação. O Exército não é chamado de Exército Militar, tampouco a Marinha e a Aeronáutica. O nome da instituição consentâneo com sua missão, ou seja, o de prover a segurança pública, portanto PSP e não com a natureza de sua estrutura organizacional (PM) parece-nos medida adequada aos tempos atuais, sendo esse o espírito da referida mudança de denominação. Outros pontos do artigo é a exclusividade do policiamento ostensivo no Distrito Federal, o que já consta do artigo 3, alínea ‘a’ do Decreto-Lei 667/1969; a essencialidade a Justiça, além de poder desempenhar suas atribuições em outros locais (que não o DF),

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PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DA PMDF E DO CBMDF

Dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, revoga a Lei n.º 6.450, de 14 de outubro de 1977 e altera as Leis nos 7.289, de 18 de dezembro de 1984, 7.479, de 02 de junho de 1986, 8.255, de 20 de novembro de 1991, 10.486, de 04 de julho de 2002, 12.086, de 06 de novembro de 2009, e dá outras providências.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, estabelece as garantias para o desempenho dos cargos e os critérios, condições e acesso aos integrantes da ativa aos graus hierárquicos das Corporações, mediante promoções, de forma seletiva, gradual e sucessiva, com base nos efetivos fixados para os Quadros das Carreiras que os integram.

TÍTULO I DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS Art. 2º A Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF, também

denominada Polícia de Segurança Pública - PSP, sem prejuízo de sua essência constitucional, integra o sistema de segurança pública da União e do Distrito Federal, sendo uma instituição permanente, essencial à Justiça, de natureza militar, fundamentada nos princípios da hierarquia e

O artigo 2º altera o artigo 1º da Lei 6.450/77 (Organização Básica da PMDF) que dizia:

Art. 1o A Polícia Militar do Distrito Federal, instituição permanente, fundamentada nos princípios da hierarquia e disciplina, essencial à segurança pública do Distrito Federal e ainda força auxiliar e reserva do Exército nos casos de convocação ou mobilização, organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do art. 21 e dos §§ 5º e 6º do art. 144 da Constituição Federal, subordinada ao Governador do Distrito Federal, destina-se à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública no Distrito Federal.

A principal modificação consiste na mudança do nome da instituição, que, sem alterar a essência, passa a ser denominada de PSP (Polícia de Segurança Pública). A modificação no nome das policias estaduais no Brasil, seja a Militar ou a Civil não é nenhuma novidade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Polícia Militar e denominada de Brigada Militar. Já a Polícia Civil em alguns Estados, como o Mato Grosso do Sul, recebe o nome de Polícia Judiciária.

De fato, o que importa é manter as balizas constitucionais, ou seja, a estruturação militar, conforme prevê o artigo 42 e 144 da Constituição Federal. Corrobora com esse entendimento o fato de que as Forças Armadas, militares em sua essência, não receberem tal denominação. O Exército não é chamado de Exército Militar, tampouco a Marinha e a Aeronáutica.

O nome da instituição consentâneo com sua missão, ou seja, o de prover a segurança pública, portanto PSP e não com a natureza de sua estrutura organizacional (PM) parece-nos medida adequada aos tempos atuais, sendo esse o espírito da referida mudança de denominação.

Outros pontos do artigo é a exclusividade do policiamento ostensivo no Distrito Federal, o que já consta do artigo 3, alínea ‘a’ do Decreto-Lei 667/1969; a essencialidade a Justiça, além de poder desempenhar suas atribuições em outros locais (que não o DF),

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disciplina, incumbindo-lhe, além de outras atribuições previstas em lei, o exercício exclusivo da polícia ostensiva e da preservação da ordem pública no Distrito Federal, e nos demais locais por determinação da União.

§ 1º Visando à manutenção da essência constitucional da Polícia Militar do Distrito Federal, a denominação Polícia de Segurança Pública - PSP será utilizada para fins de tratamento e identidade visual.

conforme determinação da União (parte final do artigo 2º).

§ 2º À Polícia Militar do Distrito Federal é assegurada autonomia funcional e administrativa.

No referido parágrafo a Lei assegura a autonomia funcional e administrativa. Trata-se de inovação, já que não conta de outros diplomas legais que tratam da Corporação não há menção ao tema.

A autonomia nesse caso não é ampla, já que, não contempla a autonomia financeira (como o Ministério Público), além de ser mantida a subordinação ao Chefe do Executivo, todavia, é medida importante, pois esclarece o assunto no que se referem à subordinação as Secretarias do Governo.

Art. 3º São princípios básicos a serem observados pela Polícia Militar do Distrito Federal:

I - a defesa da vida; II - a garantia dos direitos humanos e fundamentais; III - a defesa do meio ambiente; IV - a defesa das instituições democráticas; V - a garantia da cidadania; VI - a hierarquia e a disciplina; VII - a resolução de conflitos sociais; VIII - a participação e interação comunitária; IX - o cientificismo; e, X - a transparência procedimental.

O rol de princípios do artigo 3º do PL é inovação, todos eles são consentâneos com a Constituição Federal, a exemplo da garantia dos direitos humanos e fundamentais, a defesa do meio ambiente, a defesa das instituições democráticas.

Art. 4º Compete à Polícia Militar do Distrito Federal, dentre outras atribuições:

O Artigo 4º, que trata das competências trouxe uma série de inovações, muitas delas com vistas a se adequar aos parâmetros

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formulados pelo Parecer GM 025/2001 da Advocacia-Geral da União (aprovado pela Presidência da Republica) que estabeleceu o alcance do policiamento ostensivo, tendo afirmado que:

A polícia ostensiva, afirmei, é uma expressão nova, não só no texto constitucional como na nomenclatura da especialidade. Foi adotada por dois motivos: o primeiro, já aludido, de estabelecer a exclusividade constitucional e, o segundo, para marcar a expansão da competência policial dos policiais militares, além do -policiamento- ostensivo. Para bem entender esse segundo aspecto, é mister ter presente que o policiamento é apenas uma fase da atividade de polícia. A atuação do Estado, no exercício de seu poder de polícia, se desenvolve em quatro fases: a ordem de polícia, o consentimento de polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia.

Desse modo, a competências, que nada mais são meios para se alcançar um fim, passaram a abarcar as quatro fases, ou ciclo completo de polícia administrativa, sendo esses a ordem de polícia, o consentimento de polícia e a sanção de polícia.

Outras inovações relativas à competência dizem respeito ao ciclo completo de polícia no que se refere aos crimes de menor potencial ofensivo (previstos na Lei 9.099/95), cuja realização pelas PPMM já foi aprovado pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Também foram positivados muitos aspectos da atividade

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policial militar que dependiam de construções jurídicas, como a inteligência policial, a atuação nas infrações administrativas ambientais, a repressão ao tráfico e consumo de drogas, notadamente quando se revestem de natureza permanente, o atendimento emergencial, o gerenciamento de crises, a fiscalização de trânsito e muitos outros.

Tais medidas servem para dar a legitimidade da atuação policial militar, conforme analisaremos de forma mais detida abaixo:

I - planejar, coordenar, dirigir, expedir atos normativos e executar ações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública;

A expedição de atos normativos se encontra dentro das quatro fases do exercício do Poder de Polícia: a ordem de polícia, o consentimento de polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia.

II - executar com exclusividade a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, desenvolvidas para a proteção das pessoas e do patrimônio, assegurando as condições de segurança, o exercício dos direitos, às garantias fundamentais e as liberdades dos cidadãos, bem como o pleno funcionamento das instituições democráticas, em respeito à legalidade e aos princípios do Estado de direito;

Reafirmação da exclusividade do policiamento ostensivo (alínea ‘a’, do artigo 3º do Decreto-Lei 667/69) e dentro dos princípios que regem a PMDF e que se baseiam na CF 88.

III - atuar, de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas que se presuma ser possível ou em que ocorra a perturbação da ordem pública e executar ações de prevenção social de acordo com as políticas públicas de segurança;

A previsão acima já constava do inciso II, do artigo 2º da Lei 6450/77. Todavia lembramos que a Lei 6.450/77 será revogada, portanto é importante a repetição de artigos considerados importantes do referido diploma.

IV - atuar de maneira repressiva, como força de restauração, em locais ou áreas onde ocorra a perturbação da segurança e ordem pública;

A previsão constava do inciso III, do artigo 2º da Lei 6450/77, todavia, foi acrescentada a expressão “como força de restauração”, evidenciando o caráter de preservação da ordem da atividade.

V - exercer o policiamento e a fiscalização de trânsito urbano e rodoviário em todas as vias do Distrito Federal, aplicando as sanções de acordo com a legislação vigente, além de outras ações destinadas ao cumprimento da legislação de trânsito;

O referido dispositivo revoga, no âmbito do Distrito Federal, artigo 23, inciso III, da Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) autorizando a PMDF a realizar a fiscalização de trânsito independente de convênio com o DETRAN.

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VI - exercer a polícia ostensiva ambiental, normatizando, fiscalizando e aplicando as sanções, de acordo com a legislação vigente;

A Constituição Federal, conforme previsto no seu artigo 23, inciso VI, estabeleceu a competência concorrente entre União, Estados e Municípios na defesa do meio-ambiente.

No DF cabe a PMDF, também de forma concorrente com outros órgãos, à preservação do meio-ambiente, por meio do policiamento ambiental exercido pela BPMA.

A normatização, fiscalização e sanção estão dentro dos aspectos de ciclo-completo de polícia administrativa, em suas quatro fases, sendo esse corolário do policiamento ostensivo estipulado pela AGU no Parecer GM 025, sendo meios para assegurar a eficiência da atividade.

VIII - proceder, nos termos da lei, à apuração das infrações penais militares e administrativas praticadas por seus integrantes;

A apuração das infrações penais militares encontra amparo no artigo 144, §4 da Constituição Federal, bem como, do Código de Processo Penal Militar (Decreto-Lei 1.002/69). A apuração das infrações administrativas está amparada no RDEx, aplicado na PMDF por força do Decreto DF Nº 23.317/2002.

IX - realizar o registro de fatos relacionados a infrações de menor potencial ofensivo, encaminhando-os à autoridade judiciária competente;

Trata do registro do TCO (termo circunstanciado de ocorrência), já que esse é um registro encaminhado à autoridade judiciária das infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, das contravenções penais e dos crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, conforme prevê o artigo 61 da Lei 9.099/95.

A elaboração de TCO por parte das Polícias Militares encontra amplo amparo na jurisprudência, tendo, inclusive, sido admitida em decisão recente do CNMP. A positivação dessa medida acabará de vez com qualquer questionamento relativo à matéria

X - realizar o atendimento emergencial e o registro das infrações penais que tomar conhecimento, visando restaurar a ordem e segurança pública e a subsidiar as fases posteriores da persecução criminal;

O atendimento emergencial já é tradicionalmente tarefa atribuída a PMDF, trata-se de positivação da referida prática.

XI - realizar coleta, busca e análise de dados sobre a A atividade policial deve ser planejada de acordo com os dados

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criminalidade e as infrações administrativas de interesse policial, para orientar o planejamento e a execução de suas atribuições;

coletados, seja relativo à criminalidade ou da esfera administrativa.

XII - organizar e realizar ações de inteligência destinadas ao exercício da polícia ostensiva e preservação da ordem pública;

Importante medida que dá maior legitimidade às ações de inteligência desempenhadas pela PMDF. O dispositivo estabelece ainda os limites dessa atividade, que se destina apenas subsidiar o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública, fugindo de qualquer viés de inteligência de Estado.

XIII - realizar correição, inspeção e auditoria, em caráter permanente ou extraordinário, na esfera de sua competência;

Competência atinente às quatro fases do policiamento ostensivo.

XIV - normatizar, planejar e executar as ações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, mediante o recebimento do aviso prévio a que se refere o inciso XVI, do art. 5º, da Constituição Federal;

A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XVI, garante que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.

No presente caso a Lei assegura que a autoridade competente é a PMDF, o que é natural, considerando que cabe a essa Corporação planejar e executar as ações de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

XV - emitir normas, pareceres e relatórios técnicos, relativos à polícia ostensiva e a ordem pública, dentro de sua esfera de competência;

Competência atinente às quatro fases do policiamento ostensivo, já discutidas acima. No presente caso os pareceres e relatórios técnicos objetivam evitar ocorrências futuras de situações que ensejaram a quebra da ordem pública, como os tumultos generalizados e desastres.

XVI - verificar o planejamento, autorizar e fiscalizar a execução de eventos que possam trazer riscos à ordem pública, emitindo autorizações correspondentes e aplicando as sanções previstas, no âmbito de sua competência.

Os eventos que concentram grandes multidões e trazem riscos a ordem pública necessita de aporte de policiamento, portanto, a conclusão lógica e que a polícia deve opinar no seu planejamento e fiscalizar a sua execução, bem como sancionar na hipótese de descumprimento.

XVIII - organizar e realizar pesquisas técnico-científicas, estatísticas, exames técnicos e perícias relacionados com as atividades

No que se refere a perícias realizadas para subsidiar investigações de natureza militar, já há previsão no CPPM (artigo 314

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de polícia judiciária militar, polícia ostensiva e de preservação da ordem pública;

e seguintes). Nesse sentido é permitida a fundação por parte das organizações militares de laboratórios para esse fim.

No entanto, o que se observa é que não existe, ao menos na PMDF, nenhum órgão que se destina a esse tipo de pesquisa, sendo que, quando necessárias são requeridas a PCDF, com fundamento no artigo 321 do CPPM.

O dispositivo reafirma a competência da PMDF para realização de perícias, englobando ainda pesquisas técnico-científicas, estatísticas e outros exames técnicos, estendendo-a para além dos atos de polícia judiciária militar, passando a englobar também os atos de polícia ostensiva e preservação da ordem pública.

Trata-se, portanto, de autorização legislativa, cabendo posteriormente ao Administrador averiguar a conveniência e oportunidade de sua implantação.

XIX - supervisionar e fiscalizar, concorrentemente e sem prejuízo da competência de outros órgãos, o cumprimento das normas reguladoras dos serviços de vigilância patrimonial, aplicando as sanções previstas em lei;

A fiscalização e normatização do serviço de vigilância é atribuição conferida à Polícia Federal, conforme prevê o a Lei 7.102/83 e Decreto 89.056/83, pretende o referido dispositivo estabelecer competência concorrente a PMDF no âmbito do Distrito Federal.

XX - autorizar a realização de shows, espetáculos, eventos esportivos e outros que demandem o emprego de efetivo policial militar para preservação da ordem pública, na esfera de sua competência;

A autorização a que se refere o presente inciso está dentro dos aspectos referente ao ciclo-completo de polícia administrativa (em suas quatro fases), sendo esse corolário do policiamento ostensivo estipulado pela AGU no Parecer GM 025, sendo meios para assegurar a eficiência da atividade.

XXI - interditar locais e embargar atividades que causem ou possam causar risco à ordem pública;

A interdição, entendida como a “ordem de polícia”, se enquadra nos aspectos do ciclo-completo de polícia administrativa, em suas quatro fases (a ordem de polícia, o consentimento de polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia), sendo esse corolário do policiamento ostensivo estipulado pela AGU no Parecer GM 025, sendo meios para assegurar a eficiência da atividade.

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XXII - desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão, em caráter permanente objetivando o aprimoramento de suas atividades;

Muito embora haja previsão de órgãos de ensino na PMDF, a exemplo do artigo 11 da Lei 7.289/84 e regulamentação constante do Decreto 31.179/2010, observa-se que não há na lei ainda estipulação dessa competência, o presente dispositivo sana essa lacuna.

XXIII - executar programa de prevenção à violência e de resistência ao uso de drogas, bem como outras políticas e programas de prevenção social do delito;

O PROERD (programa de prevenção à violência e de resistência ao uso de drogas) é programa social desenvolvido pelo Centro de Polícia Comunitária e Direitos Humanos (CPCDH). O presente dispositivo dá maior legitimidade a essa ação, além de torná-la permanente. A PMDF passa ainda a ter competência para o desenvolvimento de políticas e programas de prevenção social do delito, sem prejuízo das demais Secretarias e órgãos do Governo.

XXIV - planejar, organizar, dirigir, controlar e executar as ações de atendimento e despacho do serviço de atendimento policial à situação de emergência por intermédio do número de telefone 190 e outros meios disponíveis;

Durante muitas décadas o controle, direção, organização, execução e planejamento do despacho do serviço de atendimento policial por intermédio do número de telefone 190 foi atribuído a PMDF. No entanto, em anos recentes essa competência foi retirada da Corporação, fato que ocasional uma série de entraves administrativos e queda na qualidade do serviço.

Tal atribuição é de suma importância, já que, somente assim a Corporação pode dispor inteiramente de seus próprios meios para consecução de sua atividade fim, sem delegações a qualquer outro órgão, garantindo dessa forma sua autonomia funcional e administrativa. A par disso verifica-se que a maior parte da demanda emergencial destina-se a Polícia Militar, portanto é inegável que controle esse serviço. O Dispositivo devolve, portanto, a natural competência da PMDF.

XXV - desenvolver as ações de investigação criminal que lhe sejam atribuídas por lei ou por autoridade competente;

A lei, a exemplo do CPPM, já autoriza a investigação criminal pelas Polícias Militares na hipótese de ocorrência de crimes militares. Além disso, conforme o Parecer GM 025, a “repressão imediata pode ser exercida pelo policial militar, sem que haja violação do dispositivo constitucional, pois, quem tem a incumbência de preservar a ordem

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pública, tem o dever de restaurá-la, quando de sua violação”. Não restam dúvidas que nos crimes permanentes há a constante violação da ordem pública, cabendo a Polícia Militar o dever de reprimir esse tipo de ilícito penal, sem prejuízos das atividades da Polícia Civil a quem e compete o a repressão mediata, ou seja, que se desenvolvem após a prática do ilícito penal.

Portanto a lei pode autorizar à Polícia Militar exercer atividades investigativas, seja nos crimes militares, permanentes ou quando houver determinação de autoridade competente, a exemplo das emanadas do Judiciário e Ministério público.

Lembramos que o constituinte não concedeu a exclusividade de polícia judiciária para as polícias civis, mas tão somente para a Polícia Federal, como se depreende do artigo 144, § 1, inciso IV da CF.

XXVI - prevenir, detectar e reprimir situações de tráfico e consumo de entorpecentes ou outras substâncias proibidas, através da vigilância e do policiamento nos locais de tráfico ou de consumo de drogas ilícitas;

Conforme dito anteriormente, segundo o Parecer GM 025, a “repressão imediata pode ser exercida pelo policial militar, sem que haja violação do dispositivo constitucional, pois, quem tem a incumbência de preservar a ordem pública, tem o dever de restaurá-la, quando de sua violação”.

Nos casos de tráfico e consumo de entorpecentes, previstos na Lei 11.343/2006, principalmente quando ocorrem de forma permanente, constituem grave violação da ordem pública, com os conhecidos males que provoca na convivência social, cabendo a Corporação prevenir, detectar e reprimir tais situações, que pode ser realizada através de vigilância e policiamento nos locais a serem mapeados. Trata-se, assim, de competência concernente com atribuições constitucionais da PMDF, sem prejuízo da ação de outros órgãos policiais.

XXVII - executar as atividades de gerenciamento de crises, para a preservação e restauração da ordem pública;

O gerenciamento de crises, a exemplo daquelas que envolvem reféns, já são atendidas costumeiramente pela Polícia Militar, considerando sua capilaridade social e presença constante nas

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emergências policiais, sendo atividade de repressão imediata e de restauração da ordem pública, portanto concernente a PM (Parecer GM 025). A PMDF, inclusive possui unidade com essa especialidade (o BOPE). A competência do dispositivo vem com o objetivo de dar maior legitimidade a esse tipo de ação, afastando discussões jurídicas relativas às atribuições de outras agências do sistema de segurança pública.

XXVIII - participar, nos termos da lei e dos compromissos decorrentes de acordos, designadamente em operações internacionais de gestão civil de crises, de paz e humanitárias, no âmbito policial e de proteção civil, bem como em missões de cooperação policial internacional e na representação do País em organismos e instituições internacionais;

Os Militares dos Estados já participam de força multinacional empregada em operações de paz, conforme prevê o artigo 12 da Lei 10.937/2004, todavia, o referido dispositivo amplia o rol da participação internacional da PMDF, podendo seus membros serem designados para operações internacionais de gestão civil de crises, de paz e humanitárias, no âmbito policial e de proteção civil, bem como na representação do País em organismos e instituições internacionais.

XXIX - resolver conflitos sociais, ajustar condutas e contribuir para a formação e informação dos cidadãos em matéria de segurança pública.

Torna a ação policial proativa em relação aos conflitos sociais relativos à esfera da segurança pública, podendo a PMDF, sem prejuízo das atribuições dos demais atores, a exemplo do MP, propor ajustamentos de condutas.

A função pedagógica também está presente, contribuindo a PMDF na formação e informação dos cidadãos em matéria de segurança pública dando concretude e “responsabilidade a todos”, conforme prevê o artigo 144, caput, da CF.

XXX - atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa, ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção nos casos previstos na legislação em vigor, para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como participante da defesa interna e territorial;

O atendimento de convocação ou mobilização pela União na hipótese de guerra externa ou grave perturbação da ordem já consta do artigo 3º, alínea ‘d’ do Decreto-Lei 667/69, que estabelece as regras gerais de todas as Polícias Militares e no inciso IV, artigo 2º da Lei 6.450/77, trata-se, portanto de repetição da norma geral na lei específica, necessária, porquanto haverá a revogação da Lei 6.450/77.

XXXI - zelar, inclusive por meio de medidas fiscalizatórias e A s atribuições constitucionais da PMDF são aquelas previstas

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sancionatórias, pelas prerrogativas relacionadas ao uso de sua bandeira, brasão, distintivos e insígnias, bem como suas atribuições constitucionais; e,

no artigo 144, §5º da CF 88, sendo essas a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.

Já as prerrogativas dos policiais militares referentes ao uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas da Polícia Militar do Distrito Federal, constam do artigo 70, inciso I, da Lei 7.289/84.

O presente dispositivo inova ao possibilitar a fiscalização e sanção das violações, seja das prerrogativas legais, seja das atribuições constitucionais. Trata-se de medida que visa resguardar a Corporação de eventuais usurpações ou desrespeitos, sejam oriundos de elementos privados ou mesmo de órgão públicos. Nessa hipótese a ação da PMDF independeria de outros entes, tendo auto-executoriedade.

XXXII - exercer outras atribuições previstas em lei.

Naturalmente o rol do PL não é exaustivo, podendo ser ampliado por outras leis.

§ 1º Para o desempenho das funções a que se refere o inciso VIII deste artigo, o Oficial de Polícia Militar do Distrito Federal, autoridade de polícia judiciária militar, atuará com independência e requisitará exames periciais e adotará providências cautelares destinadas a colher e resguardar indícios ou provas das ocorrências de infrações penais militares praticadas pelos policiais militares.

As funções do inciso VIII, relativas à polícia judiciária militar, estão previstas no artigo 7º e 8º do CPPM. No que se refere à solicitação de perícias e providências cautelares seu amparo se encontra no artigo 12 desse mesmo código. No presente dispositivo foi acrescida a “independência”, que visa a protege o encarregado de IPM de eventuais ingerências, a exemplo de afastamento desmotivado, sendo forma suplementar de garantia da lisura do procedimento.

§ 2º Para o desempenho das funções a que se refere o inciso IX deste artigo, o policial atuará com independência e requisitará exames periciais e adotará providências cautelares destinadas a colher e resguardar indícios ou provas das ocorrências de infrações penais de menor potencial ofensivo.

O presente dispositivo inova bastante, considerando que o policial (não só o Oficial) poderá requisitar exames periciais e providências cautelares (a exemplo da preservação do local e qualificação das partes) na hipótese de crimes de menor potencial ofensivo. Trata-se de medida que dará eficiência na atuação da PMDF nesse tipo de crime, já que poderá agir de forma autônoma, realizando de fato o ciclo completo de polícia.

Art. 5º Os Oficiais do Quadro de Oficiais Policiais Militares da PMDF são autoridades policiais para o exercício das missões de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, na forma do § 5º do art.

O presente artigo põe fim ao antigo debate relativo o conceito de “autoridade policial” e afirma que os Oficiais do QOPM são autoridades policiais no que se refere às missões de polícia ostensiva e

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144 da Constituição Federal.

de preservação da ordem pública. O conceito foi adstrito aos oficiais do QOPM em razão do fato de que a missão finalística da PMDF é atribuída a esse Quadro.

§ 1º A carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares é privativa de bacharel em ciências jurídicas.

A exigência do Bacharelado em Direito (sinônimo do bacharel em ciências jurídicas) para ingresso no oficialato (quadro QOPM) é importante medida, ainda mais considerando a ampliação de competências instituídas na presente lei, como o ciclo completo nos crimes de menor potencial ofensivo e na esfera de polícia administrativa, que exigirá do oficial uma ampla gama de conhecimentos jurídico.

Não é demais ressaltar que esses já exercem funções na presidência de Inquéritos Policiais Militares, de Juízes Militares na formação dos Conselhos de Justiça (artigo 399 e seguintes do CPPM) e de encarregados de Processos Administrativos e Disciplinares.

Art. 6º A Polícia Militar do Distrito Federal, para o desempenho de suas atribuições, terá acesso aos bancos de dados existentes nos órgãos de segurança pública e defesa civil, à identificação civil e criminal, armas, veículos e objetos, bem como a outros órgãos públicos e privados que detenham bases de dados de interesse institucional, observado o disposto no inciso X, do art. 5°, da Constituição Federal.

O acesso à informação é essencial para a eficiência no desempenho das atribuições atinentes a Polícia Militar. Atualmente a PMDF não tem acesso sequer às informações produzidas por ela mesma, já que os dados são computados pela SESP, a não ser mediante convênio ou por beneplácito de outros órgãos. Esse cenário vem mudando nos últimos anos com a criação do Infoseg e com disponibilização pelo CNJ dos mandatos de prisão em aberto, todavia ainda está aquém do esperado, ainda mais considerando a demanda sempre crescente por segurança pública.

Tal dispositivo garante a eficácia do trabalho desenvolvido pela PMDF, dando vida ao disposto no artigo 144, § 7º da CF, que diz “a lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades”.

Importante à ressalva do X, do art. 5°, da Constituição Federal, já que impõe limites ao acesso, já que “são invioláveis a intimidade, a

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vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA Art. 7º A Polícia Militar do Distrito Federal será estruturada em

Direção-Geral, Direção Setorial, Órgãos de Apoio e Órgãos de Execução.

Art. 8º A Direção-Geral é responsável pelo comando e administração da Corporação, incumbindo-lhe:

I - o planejamento em geral, visando à organização da Corporação, às necessidades de pessoal e material e ao emprego da Corporação para o cumprimento de suas missões;

II - o acionamento, por meio de diretrizes e ordens, dos órgãos de direção setorial órgãos de apoio e de execução;

III - a coordenação, o controle e a fiscalização da atuação desses órgãos.

Art. 9º Incumbe aos órgãos de direção setorial o assessoramento no planejamento e o desenvolvimento de atividades específicas, voltadas ao atendimento das demandas administrativas e operacionais da corporação, em cumprimento às diretrizes do Comando-Geral.

Art. 10. Incumbe aos órgãos de apoio, dar suporte em todos os níveis da corporação, assessorando os comandos, diretorias, chefias e superintendências, viabilizando a execução das atividades que lhe são afetas.

Art. 11. Aos órgãos de execução, constituídos pelas Unidades Operacionais da Corporação, incumbe à execução das atividades-fim da Corporação.

A presente Lei revogará a Lei 6.450/77 (Lei de Organização Básica da PMDF), desse modo, ela trata de maneira pormenorizada da organização básica. Observa-se, assim, a repetição de alguns artigos da lei a ser substituída e alteração de muitos outros, que são tratados de forma mais minuciosa, a exemplo das sucessões no Comando, definição dos órgãos e de suas atribuições.

Como novidades verifica-se a criação do Conselho Superior e da Superintendência-Geral de Segurança e Ordem Pública (que substitui o Departamento Operacional).

A estruturação se torna assim mais racional, o detalhes da composição organizacional serão tratados em Decretos Federais e Distritais, sendo que Lei estabelece apenas os seus fundamentos.

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CAPÍTULO III DA DIREÇÃO-GERAL Art. 12. A Direção-Geral da Corporação compreende: I - o Comando-Geral; II - o Conselho Superior; III - o Estado-Maior; IV - a Superintendência-Geral de Segurança e Ordem Pública; e, V - as Comissões. § 1º As funções de comando, direção, chefia e superintendência,

definidos como função de confiança, exigem dedicação exclusiva e estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos.

Seção I Do Comando-Geral Art. 13. O Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal

compreende: I - o Comandante-Geral; II - o Subcomandante-Geral. Subseção I Do Comandante Geral Art. 14. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito

Federal é o responsável pela administração, comando e emprego da Corporação.

Art. 15. A função de Comandante-Geral será exercida por Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares da ativa, nomeado

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pelo Governador do Distrito Federal. Subseção II Do Subcomandante-Geral Art. 16. O Subcomandante-Geral da Corporação, subordinado

diretamente ao Comandante-Geral, é o responsável pela coordenação do sistema administrativo da Polícia Militar do Distrito Federal.

Art. 17. O Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral em seus impedimentos eventuais.

Art. 18. A função de Subcomandante-Geral da Corporação será exercida por Oficial do posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares, indicado pelo Comandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito Federal.

§ 1º O substituto eventual do Subcomandante-Geral será o Chefe do Estado-Maior.

§ 2º No impedimento do Chefe do Estado-Maior, a substituição de que trata o parágrafo anterior recairá sobre o Superintendente Geral de Segurança e Ordem Pública.

§ 3º No impedimento do Superintendente Geral de Segurança e Ordem Pública, a substituição de que trata o parágrafo anterior recairá sobre o Chefe de Departamento com maior antiguidade no posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares.

Seção II Do Conselho Superior Art. 19. O Conselho Superior da Polícia Militar do Distrito

Federal é o órgão colegiado de assessoramento, assim constituído: I - Presidente: Comandante-Geral;

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II - Membros Natos: a) Subcomandante-Geral; b) Chefe do Estado-Maior; c) Superintendente Geral de Segurança e Ordem Pública; d) Chefe da Agência Central de Inteligência; e, e) Corregedor-Geral. III - Membros Efetivos: 3 (três) Oficiais do último posto do

Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, designados pelo Comandante-Geral, cuja investidura não excederá o período de 1 (um) ano, admitida a recondução para o período subsequente.

Art. 20. Incumbe ao Conselho Superior, no âmbito da Corporação, manifestar-se sobre:

I - orçamento anual da Corporação; II - outros assuntos de interesse institucional; III - proposições legislativas que afetem direta ou indiretamente

a instituição; IV - expedição de atos normativos; V - propostas referentes ao aumento do efetivo, criação e

extinção de cargos, a serem encaminhadas ao Governador do Distrito Federal;

VI - conflitos de atribuições entre os órgãos de direção, de apoio e de execução;

VII - proposta referente à remuneração, a ser encaminhada ao Governador do Distrito Federal; e,

VIII - as promoções por merecimento mediante emissão de específico parecer, a partir das listas recebidas da Comissão de Promoção de Oficiais, bem como homologar os atos das Comissões de Promoção de Oficiais e Praças.

§ 1º O Conselho Superior reunir-se-á trimestralmente em caráter ordinário e, extraordinariamente, mediante convocação de seu

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presidente. § 2º O funcionamento do Conselho Superior será definido em

regimento interno, mediante proposta elaborada pelo Comandante-Geral e aprovada pelo Governador.

§ 3º Por determinação do Comandante-Geral, poderão participar das reuniões do Conselho Superior, sem direito a voto, pessoas que pelas suas funções ou conhecimento, o colegiado julgue conveniente ouvir.

Seção III Do Estado-Maior Art. 21. O Estado-Maior, subordinado diretamente ao

Comandante-Geral, é o órgão central de planejamento e orçamento, responsável pelo estudo, coordenação, fiscalização e controle das atividades relativas ao planejamento estratégico e gestão orçamentária da Corporação.

Art. 22. O Estado-Maior da Corporação será composto por até 10 (dez) seções, gabinetes ou escritórios, de acordo com a natureza dos assuntos pertinentes à Corporação.

Art. 23. O Chefe do Estado-Maior, dirige, orienta, coordena e fiscaliza os trabalhos do Estado-Maior.

Art. 24. A função de Chefe do Estado-Maior da Corporação será exercida por Oficial do posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares, indicado pelo Comandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito Federal.

§ 1º O substituto eventual do Chefe do Estado-Maior será o Subchefe do Estado-Maior.

§ 2º A função de Subchefe do Estado-Maior da Corporação será exercida por Oficial do posto de Coronel do Quadro de Oficiais

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Policiais Militares. Art. 25. O Subchefe do Estado-Maior auxiliará diretamente o

Chefe do Estado-Maior. Seção IV Da Superintendência-Geral de Segurança e Ordem Pública Art. 26. A Superintendência-Geral de Segurança e Ordem

Pública da PMDF, órgão subordinado diretamente ao Comandante-Geral, é responsável pela coordenação e controle operacional do sistema operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.

Art. 27. A função de Superintendente-Geral de Segurança e Ordem Pública da Corporação será exercida por Oficial do posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares, indicado pelo Comandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito Federal.

§ 1º O substituto eventual do Superintendente-Geral de Segurança e Ordem Pública será o Superintendente-Geral Adjunto de Segurança e Ordem Pública.

§ 2º No impedimento do Superintendente-Geral Adjunto de Segurança e Ordem Pública, a substituição de que trata o parágrafo anterior recairá sobre o Superintendente com maior antiguidade no posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares.

§ 3º O A função de Superintendente-Geral Adjunto de Segurança e Ordem Pública será exercida por Oficial do posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares.

Seção V Das Comissões Art. 28. As Comissões são órgãos de assessoramento ao

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Comandante-Geral, podendo ser constituídas de membros natos e de membros indicados pelo Comandante-Geral, conforme disposição regulamentar, tendo caráter permanente e temporário.

§ 1º A Comissão de Promoção de Oficiais e a Comissão de Promoção de Praças, presididas pelo chefe do órgão de gestão de pessoal, são de caráter permanente.

§ 2º Sempre que necessário, poderão ser constituídas comissões temporárias, a critério do Comandante-Geral, que especificará a sua finalidade e fixará a sua duração.

CAPÍTULO IV DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL Art. 29. A Direção Setorial será composta por, no máximo 10

(dez) departamentos, que criados mediante ato do Poder Executivo Federal, exercerão suas competências por meio de divisões internas e órgãos de apoio que lhes sejam diretamente subordinados.

Art. 30. A função de Chefe de Departamento da Corporação será exercida por Oficial do posto de Coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militares, indicado pelo Comandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO V DOS ÓRGÃOS DE APOIO Art. 31. Os órgãos de apoio da Polícia de Militar do Distrito

Federal têm como encargo dar suporte à execução das diferentes atividades atribuídas aos órgãos de direção da Corporação.

Art. 32. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar, mediante aprovação do Governador do Distrito

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Federal, órgãos de apoio, segundo as necessidades do Distrito Federal e evolução da Corporação.

CAPÍTULO VI DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO Art. 33. Os órgãos de execução da Polícia Militar do Distrito

Federal são as unidades de polícia militar, que têm como encargo a execução das diferentes missões policiais militares.

Art. 34. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar, mediante aprovação do Governador do Distrito Federal, estruturas de policiamento, sempre que houver necessidade de agrupar unidades de execução, em razão da missão e objetivando a coordenação dessas unidades.

CAPÍTULO VII DO EFETIVO Art. 35. O efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal é de

18.673 (dezoito mil e seiscentos e setenta e três) policiais militares distribuídos em Quadros, conforme disposto no Anexo I.

Parágrafo único. Não serão considerados no limite do efetivo fixado no caput:

I - os policiais da reserva remunerada designados para o serviço ativo;

II - os policiais da reserva remunerada e os reformados, sujeitos à prestação de serviço por tempo certo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária;

O efetivo é o mesmo previsto no artigo 2º da Lei 12.086/2009, sendo que foi incluído o “pessoal civil”, que, de toda forma, não entra no cômputo.

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III - os Aspirantes-a-Oficial PM; IV - os alunos dos cursos de ingresso nas carreiras policiais; V - os policiais agregados e excedentes; e, VI - o pessoal civil. Art. 36. A distribuição do pessoal ativo da Polícia Militar do

Distrito Federal no Quadro de Organização da Corporação, respeitados os quantitativos estabelecidos nesta Lei, será feita por ato do Comandante-Geral.

CAPÍTULO VIII DO PESSOAL Seção I Dos Policiais Militares Art. 37. A estrutura de pessoal da Polícia Militar do Distrito

Federal será composta pelas seguintes carreiras e cargos: I - Carreiras de Oficiais: a) carreira de Oficiais integrantes do Quadro de Oficiais Policiais

Militares - QOPM, composta pelos postos com equivalência a cargos de nível superior de formação específica e de provimento efetivo, na forma do Anexo I, destinada ao exercício das funções de chefia, direção, comando e gestão dos diversos órgãos da Corporação;

b) carreira de Oficiais integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS, composta pelos postos com equivalência a cargos de nível superior de formação específica e de provimento efetivo, na forma do Anexo I, destinada ao desempenho de atividades de assistência médico-hospitalar, odontológica e veterinária, cujos integrantes, independentemente do posto, serão empregados

O artigo 37 define de maneira sistêmica a composição da estrutura organizacional da PMDF, definindo as carreiras de oficiais e praças e as atribuições dos diversos quadros.

Verifica-se que o Quadro de Oficias especialistas é colocado em extinção. Por outro lado é criado o Quadro Complementar.

No caso das Praças é extinto o Quadro de Praças Especialistas e criado o Quadro de Praças Músicos.

Foi suprimido a denominação “combatente” do Quadro de Praças, que passa ser chamado apenas de Quadro de Praças Policiais Militares (QPPM).

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prioritariamente em sua atividade fim, conforme necessidade da Corporação;

c) carreira de Oficiais integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementares - QOPMComp, composta pelos postos com equivalência a cargos de nível superior de formação específica e de provimento efetivo, na forma do Anexo I, para o desempenho de atividades de apoio e auxílio à gestão institucional;

d) carreira de Oficiais integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães - QOPMC, composta pelos postos com equivalência a cargos de nível superior de formação específica e de provimento efetivo, na forma do Anexo I, destinada ao exercício de assistência religiosa e espiritual aos policiais e as suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas pela Corporação;

e) carreira de Oficiais integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos - QOPMA, na forma do Anexo I, destinada ao exercício de atividades subsidiárias de apoio e auxílio à gestão da PMDF, sendo integrada por pessoal oriundo da graduação de Subtenente, possuidora do curso superior, expedido por instituição de ensino reconhecida pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal, além do Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos;

f) carreira de Oficiais integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares Músicos - QOPMM, na forma do Anexo I, destinada ao exercício de atividades musicais, bem como a regência da Banda Sinfônica, sendo integrada por pessoal oriundo da graduação de subtenente músico, possuidora do curso superior de graduação, expedido por instituição de ensino reconhecida pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal, além do Curso de Habilitação de Oficiais Músicos.

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II - Carreiras de Praças: a) carreira de Praças integrantes do Quadro de Praças Policiais

Militares - QPPM, composto pelo cargo de Praça Policial, escalonado em três níveis, na forma do Anexo I, destinada à execução das atividades dos diversos órgãos da Corporação e integrada por possuidores de curso de nível superior e do respectivo curso de formação realizado em estabelecimento de ensino próprio;

b) carreira de Praças integrantes do Quadro de Praças Policiais Militares Músicos - QPPMM, composto pelo cargo de Praça Policial, escalonado em três níveis, na forma do Anexo I, destinada à execução das atividades musicais da Banda Sinfônica e integrada por possuidores de curso de nível superior e do respectivo curso de formação realizado em estabelecimento de ensino próprio.

§ 1º A investidura nas carreiras de Oficiais, previstas no inciso I, dar-se-á no cargo inicial respectivo, correspondente ao posto de Segundo-Tenente.

§ 2º Os integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares -

QOPM terão precedência hierárquica sobre os integrantes dos demais quadros.

Para a correta compreensão do referido dispositivo sua leitura deve ser feita a luz do que dispõe o artigo 16 da Lei 7.289/84, que diz:

Art. 16 - A precedência entre os policiais-militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antigüidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei ou regulamento.

[...] I - entre os policiais-militares do mesmo Quadro, pela

posição nas respectivas escalas numéricas ou registros existentes na Corporação;

Il - nos demais casos, pela antigüidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, subsistir igualdade de antigüidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à data de Praça e à data de nascimento para definir a precedência e, neste último caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;

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[...] § 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os policiais-

militares em atividade têm precedência sobre os da inatividade. § 4º - Em igualdade de Posto ou graduação, a precedência

entre policiais-militares de carreira na ativa e os da reserva remunerada, quando estiverem convocados ou designados para o serviço ativo, é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.

§ 5º - Nos casos de nomeação coletiva a hierarquia será definida em conseqüência dos resultados do concurso a que forem submetidos os candidatos à Polícia Militar.

Como afirma o artigo militares de grau hierárquico superior sempre terão precedência, o que a lei regula é a precedência quando do mesmo grau hierárquico.

O artigo 16 do Estatuto definiu a precedência pela antiguidade no posto, a funcional, de ativos sobre inativos, de inativos quando convocados e por resultado do concurso.

Essa lei chega a afirma a precedência de Quadro em seu inciso I, apesar de não ter definido qual o Quadro seria mais antigo. Muito embora, por dedução lógica o Quadros que exercem a atividade essencial da Corporação, ou seja, o Quadro QOPM de Oficiais e QPPMC de praças teriam precedência sobre os demais, exercendo o comandando, por exemplo, de unidades, tropas e frações de tropas, mesmo quando há outros militares de mesma hierarquia, ainda que mais antigos, mas pertencentes a outro Quadros.

O dispositivo do PL, portanto, sana qualquer dúvida a respeito do assunto ao afirmar a precedência do Quadro QOPM sobre o demais Quadros. O que é importante para evitar constrangimentos desnecessários e garantir o funcionamento harmonioso da Corporação, principalmente em substituições eventuais de Comandos e Chefias, ainda mais considerando a ampliação do número de Oficiais a exercerem atividades subsidiárias na área de saúde, complementar e

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administrativa.

§ 3º A carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementares - QOPMComp, constituída a partir desta norma, será composta por postos ordenados hierarquicamente de Segundo-Tenente a Major, que exercerão cargos policiais militares de apoio à atividade fim, tanto de natureza técnica, quanto administrativa, relativas às suas especialidades.

§ 4º Para ser nomeado Oficial do Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementares - QOPMComp, o candidato deverá ser aprovado em concurso público específico de provas ou de provas e títulos.

§ 5º O policial militar desligado ou que não concluir com aproveitamento o Curso de Formação de Oficiais – CFO/PM e o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde, Capelães e Complementar – CHOSCC/PM, terá garantido o retorno à situação funcional anterior.

§ 6º O policial militar que concluir com aproveitamento o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde, Complementar e de Capelães - CHOSCC será nomeado no posto de Segundo-Tenente.

§ 7º Para o provimento de cargos que contemplem formação em áreas específicas para o ingresso nas carreiras, caberá ao Comandante-Geral da Corporação propor ao Governo do Distrito Federal as áreas de interesse institucional, com vistas à regulamentação pertinente, que norteará o respectivo processo seletivo.

O Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementares será provido mediante concurso público.

As áreas de interesse (sempre de apoio, não se confundindo com a missão precípua da Corporação) a exemplo de Engenheiros, Arquitetos, Enfermeiros, Fisioterapeutas, bem como a regulamentação de suas atividades, serão estabelecidas pelo Governo do DF, ouvido o Comandante-Geral.

Os alunos que já eram policiais militares antes do ingresso e que forem desligados ou que não forem aprovados no CHOSCC poderão retornar ao grau hierárquico que ocupavam anteriormente.

§ 8º A investidura nas carreiras de Praças, previstas no inciso II, dar-se-á no cargo de Praça Policial e ocorrerá no nível hierárquico inicial, conforme Anexo I.

Unificação dos diversos cargos de praças, correspondente às graduações, em um único cargo de “Praça Policial”. Esse dispositivo fornece o suporte jurídico e permite a promoção independente de vagas em cada graduação, já que seu número é fixado no Quadro geral desse cargo, afastando o provimento derivado.

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§ 9º Ficam declarados em extinção os Quadros de Oficiais Policiais Militares Especialistas - QOPME: Especialista em Saúde, Manutenção de Motomecanização, Manutenção de Armamento, Manutenção de Comunicações e Assistente Veterinário;

§ 10 Ficam declarados em extinção os Quadro de Praças Policiais Militares Especialistas - QPPME: Manutenção de Armamento - QPMP-1, Manutenção de Motomecanização - QPMP-3, Músicos - QPMP-4, Auxiliares de Saúde - QPMP-6 - Especialistas em Saúde, Manutenção de Comunicações - QPMP-5, Auxiliares de Saúde - QPMP-6 - Assistentes Veterinários e Corneteiros - QPMP-7.

Extinção dos Oficiais Especialistas e das diversas qualificações das Praças Especialistas.

§ 11 Aos atuais integrantes dos quadros de que tratam os §§ 9º e 10 é assegurada a progressão na respectiva carreira, bem como a possibilidade de ingresso na carreira de Oficial Especialista, mediante o preenchimento das condições básicas de acesso constantes desta Lei.

Os atuais integrantes do Quadros de Oficiais e Praças Especialistas fica assegurado à progressão funcional dentro dos Quadros em extinção.

Inclusive para as Praças Especialista é mantida a garantia do futuro o ingresso no Quadro de Oficiais Especialistas, caso cumpra os requisitos da Lei.

A extinção se completará quando todos os remanescentes desses Quadros ingressarem na Reserva.

§ 12 Os atuais efetivos da qualificação Músicos - QPMP-4 do Quadros de Praças Policiais Militares Especialistas - QPPME, ficam remanejados para o Quadro de Praças Policiais Militares Músicos - QPPMM.

A qualificação de Praça Especialista Músico passa a compor um Quadro, denominado de Quadro de Praças Músicos.

§ 13 Os cargos vacantes decorrentes dos quadros de que tratam os §§ 9º e 10 deste artigo serão remanejados para os demais quadros, conforme Anexo I desta Lei.

Os cargos vacantes serão distribuídos para os demais Quadros. Entendemos que essa distribuição é apenas para fins financeiros

e orçamentários, considerando que o número de vagas é fixo, não podendo ser ampliado a não ser por alteração do Anexo por meio de Lei.

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§ 14 Os claros decorrentes das promoções dos quadros de que trata o § 9º deste artigo, serão remanejados para o Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, desde que não haja possibilidade de ocupação por policial militar da respectiva carreira, ou que venha a ocupá-la mediante transposição.

No caso dos Oficiais Especialistas, na possibilidade das vagas não serem preenchidas pelas Praças oriundas do Quadro de Praças Especialistas, estas serão remanejadas para o Quadro do QOPM.

Entendemos que essa distribuição é apenas para fins financeiros e orçamentários, considerando que o número de vagas é fixo, não podendo ser ampliado a não ser por alteração do Anexo por meio de Lei.

§ 15 Os claros decorrentes de exclusão do serviço ativo ou

transposição de carreira, nos Quadros de que trata o § 10 deste artigo, serão remanejados para o Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM.

Os claros que ocorrerem no Quadro de Praças Especialistas serão aproveitados no Quadro de Praças Policias Militares.

Entendemos que essa distribuição é apenas para fins financeiros e orçamentários, considerando que o número de vagas é fixo, não podendo ser ampliado a não ser por alteração do Anexo por meio de Lei.

§ 16 A descrição dos cargos das carreiras do Quadro de Oficiais

Policiais Militares - QOPM, do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos - QOPMA e do Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM, corresponderá às atribuições descritas no Anexo II, III e IV, além de outras missões e atribuições estabelecidas em regulamento próprio, que respeitará a finalidade precípua de cada quadro, nos termos desta Lei.

Cada Quadro existe para cumprir determinada finalidade legal. A definição das atribuições gerais de cada um dos Quadros foi descrita nos Anexos II, III e IV do PL.

§ 17 A descrição dos cargos dos demais quadros será definida por meio de ato regulamentar do Governador do Distrito Federal, observadas as respectivas especialidades, mediante proposta do Comandante-Geral da Polícia Militar, que será encaminhada ao Chefe do Poder Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da promulgação desta Lei.

A definição detalhada das atribuições dos Quadros de Oficiais de Saúde, de Capelães e Músicos e do Quadro de Praças Músicos ficou pendente de descrição, devendo ser feita posteriormente por meio de Decreto do Governador, embora o PL faça a exposição sumária de suas destinação.

§ 18 O Comandante-Geral poderá designar policiais do Quadro As diversas Qualificações de Praças Especialistas poderão ser

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de Praças Policiais Militares - QPPM, para funções específicas, a título temporário, de acordo com as especialidades necessárias para o desenvolvimento de atividades na Polícia Militar do Distrito Federal, até a efetiva realização de concurso público capaz de recompor a necessidade dos quadros.

supridas temporariamente por Praças Policiais, por meio de ato do Comandante-Geral.

Tal medida visa garantir o funcionamento da Corporação até a realização de concurso público para o provimento de servidores civis de nível técnico para compor as referidas Qualificações.

§ 19 O policial do Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM será empregado exclusivamente, pelo período mínimo 5 (cinco) anos ininterruptos, a contar do término de sua formação inicial, na atividade de policiamento ostensivo.

As Praças Policiais recém-formados deverão ser empregadas por cinco anos na atividade fim, ou seja, não poderão ser realocados na Administração ou mesmo cedidos para outros órgãos do Governo.

Tal medida visa garantir o interesse público no sentido de manter o policial por tempo razoável na atividade fim.

§ 20 Os policiais dos quadros a que se referem às alíneas “b” e “c” do inciso I exercerão prioritariamente a atividade fim a que se destinam seus quadros e excepcionalmente poderão exercer atividades administrativas a critério do Comandante-Geral, respeitando em ambas as situações a carga horária mínima de 30 horas semanais.

Os Oficiais do Quadro de Saúde e Complementar deverão realizara as atividades para qual foram contratados, apenas excepcionalmente poderão ser alocados na Administração, como, por exemplo, na Chefia e Direção das Organizações Militares.

§ 21 Os policiais militares dos quadros a que se refere às alíneas “c”, “d” e “f”, o Veterinário integrante do Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS a que se refere à alínea “b” do inciso I deste artigo e os civis a que se refere o artigo 38 desta Lei, não poderão ser cedidos ou nomeados em outros órgãos e instituições.

Os Oficiais Capelães, Complementares e os Veterinários, bem como, os Civis não poderão ser cedidos ou nomeados em outros órgãos.

Tal medida se ampara no fato da natureza das atribuições e do grau de especialidade desses profissionais, que não podem ser cedidos, sob pena de grave prejuízo ao bom funcionamento da Corporação.

Seção II Dos Civis Art. 38. O pessoal civil da Polícia Militar do Distrito Federal

compõe-se de servidores públicos civis lotados na Corporação ou eventualmente colocados à sua disposição.

Art. 39. Ficam criados, no quadro de pessoal da Polícia Militar

O Quadro de Pessoal Civil da PMDF será composto por servidores públicos de carreira, provido mediante concurso público. A regulamentação de suas atividades, bem como, do seu Estatuto ocorrerá posteriormente por ato do Governador.

O PL dispôs que a contratação será de nível intermediário, necessário, considerando que o ingresso dos Policiais Militares é de nível superior.

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do Distrito Federal, 1000 (mil) cargos de provimento efetivo de nível intermediário, com atribuições voltadas à execução de atividades técnicas, administrativas, logísticas e de atendimento, relativas ao exercício da atividade meio da Corporação, ressalvadas as privativas de carreiras específicas, além de outras atividades de mesmo nível de complexidade em sua área de atuação, conforme carreira e remuneração definidos oportunamente pelo Governo do Distrito Federal.

Verifica-se ainda que com a extinção das diversas Qualificações das Praças Especialistas (como a manutenção de armamentos, comunicação, motomecanização e auxiliares de saúde), além da criação do Hospital, se faz necessário o provimento de pessoal de nível médio ou técnico, a fim de manter o correto e eficiente funcionamento da Corporação.

CAPÍTULO IX DO INGRESSO Art. 40. A inclusão nos postos e graduações iniciais de cada

carreira, correspondente aos Quadros de Oficiais e aos Quadros de Praças da Polícia Militar do Distrito Federal, está condicionada ao atendimento das exigências legais.

Parágrafo único. Aplicam-se a todos os policiais militares, licenciados ou demitidos a pedido, as indenizações especificadas no art. 104 da Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1994.

O caput condiciona ao atendimento de exigências legais para o ingresso nas carreiras correspondentes ao Quadros de Oficiais e de Praças.

O parágrafo único trata da indenização pelos gastos com a

formação do militar, caso solicite peça demissão antes de decorrido cinco anos de serviço.

Não se enquadra nessa hipótese a demissão ex officio decorrente da nomeação em outro cargo público.

Art. 41. A ordem hierárquica de colocação dos Oficiais e Praças nos cargos e níveis hierárquicos iniciais das respectivas carreiras resulta da ordem de classificação em curso de formação ou habilitação, para a inclusão nos respectivos Quadros.

Art. 42. Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal promover a incorporação dos candidatos aprovados nos concursos públicos para os diversos quadros de Oficiais e Praças existentes na Corporação.

A ordem hierárquica depende da classificação no curso de formação, não importando a antiguidade anterior.

O provimento no cargo é ato do Comandante-Geral.

Seção I Do Ingresso nas Carreiras de Oficiais

A novidade desse artigo reside no fato de que os alunos frequentarão o CFO como Aspirantes-a-Oficial, sendo condicionado o

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Art. 43. Para inclusão no posto de Segundo-Tenente do Quadro

de Oficiais Policiais Militares - QOPM, o Aspirante-a-Oficial deverá ter concluído com aproveitamento o Curso de Formação de Oficiais - CFO/PM e ser aprovado no estágio probatório.

Parágrafo único. O policial militar de qualquer Quadro que for matriculado e não obtiver aproveitamento no Curso de Formação de Oficiais voltará a ocupar a mesma posição anterior na escala hierárquica.

ingresso no primeiro posto (2º Tenente) a conclusão com aproveitamento do curso e aprovação no estágio probatório.

As Praças Policiais Militares que, aprovadas em concurso

público, ingressarem no CFO serão promovidas a essa graduação, todavia, na hipótese de reprovação voltarão a ocupar a posição hierárquica anterior.

Art. 44. Para ingresso no Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS, no Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementar - QOPMComp e no Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães - QOPMC, no posto de Segundo-Tenente, o policial militar deverá concluir com aproveitamento o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde, Complementar e Capelães - CHOSCC/PM, obedecida a disponibilidade de vagas nos quadros.

Nesse artigo verifica-se que as vagas para os Quadros de Oficiais de Saúde, Complementar e Capelães decorrem das vagas disponíveis no Quadro e não no primeiro posto, como era a regra até então.

Parágrafo único. Para todos os efeitos legais, o Estágio de Adaptação de Oficiais - EAO/PM, efetivado para o QOPMS e para o QOPMC, equivale ao Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde, Complementar e Capelães - CHOSCC/PM.

Regra de equivalência de cursos.

Art. 45. O policial militar a que se referem os arts. 43 e 44 frequentará o curso inicial da carreira como aluno, na condição de Aspirante-a-Oficial e será promovido ao posto de Segundo-Tenente após o cumprimento dos requisitos na graduação, independentemente da existência de vagas.

Tanto os oficiais do Quadro QOPM, quantos os de Saúde, Complementar e Capelães frequentarão o curso de formação ou habilitação como Aspirante-a-Oficial, sendo extinta a figura do Cadete.

A promoção ao primeiro posto independerá de vagas.

Parágrafo único. Se o aluno não concluir, com aproveitamento, No caso de alunos que eram civis antes do ingresso que forem

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o curso inicial da carreira, será licenciado ex officio, sem direito a qualquer remuneração ou indenização, e terá a sua situação definida pela Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 - Lei do Serviço Militar.

reprovados serão demitidos ex officio, podendo o período em que frequentaram o curso ser aproveitado como Serviço Militar Obrigatório.

Art. 46. Para inclusão nos QOPMA e QOPMM, o policial militar deverá:

I - ser selecionado dentro do número de vagas disponíveis em cada Quadro ou Especialidade, mediante aprovação em processo seletivo destinado a aferir o mérito intelectual dos candidatos;

II - possuir diploma de ensino superior expedido por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura;

III - ser Subtenente dos respectivos quadros; IV - possuir menos de 57 (cinquenta e sete) anos de idade na

data da inscrição do processo seletivo; V - pertencer ao QPPM para o acesso ao QOPMA; e, VI - pertencer ao QPPMM para o acesso ao QOPMM. Parágrafo único. A titulação ou qualificação necessária para

ingresso nos Quadros e Especialidades de que trata o caput será estabelecida em ato do Governador do Distrito Federal.

A principal alteração para os critérios de ingresso no QOPMA e QOPMM foi à exigência de ser subtenente, em contraposição aos 18 anos de serviços e Curso de Aperfeiçoamento de Praças, do artigo 32 da Lei 12.086/2009. O limite de idade também foi ampliado, indo de 51 anos para 57 anos.

Art. 47. A Praça a que se refere o art. 46 frequentará o Curso de Habilitação de Oficiais na graduação em que se encontra.

Parágrafo único. Se o candidato não concluir com aproveitamento o curso de que trata o caput, permanecerá na graduação e voltará a ocupar a mesma posição anterior na escala hierárquica.

O Subtenente frequentará o CHOAEM nessa mesma graduação, em sendo reprovado, mantém sua antiguidade.

Seção II Do Ingresso nas Carreiras de Praças Art. 48. A investidura no cargo de Praça policial militar se dará

O artigo define os critérios para o ingresso na carreira de praças e provimento do cargo de Praça policial militar.

O parágrafo 3º traz novidade no que se refere à forma de

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através de concurso público, de provas ou de provas e títulos, para preenchimento das vagas previstas nesta Lei.

§ 1º Após classificado no concurso público e matriculado no Curso de Formação de Praça - CFP, o candidato selecionado será incluído na graduação de Soldado PM 2ª Classe, sendo denominado Aluno-Soldado durante o período de formação.

§ 2º O Soldado 2ª Classe que não concluir o curso de formação com aproveitamento mínimo exigido dentro das normas de ensino será reprovado e licenciado ex officio das fileiras da Corporação.

§ 3º Os policiais militares das graduações correspondentes a Cabos e Soldados também serão denominados Patrulheiros, sem prejuízo da hierarquia correspondente.

denominação dos militares da graduação de cabos e soldados, já que também serão chamados de “patrulheiros”.

Apesar da polemica dessa definição, ao que parece, o legislador buscou se afastar, ao menos para essas graduações, de comparações com as Forças Armadas (cujos membros são preparados para a guerra), além de criar um nome com características mais aceitáveis para a sociedade e policiamento civil, já que soa menos aguerrido.

Além disso, verifica-se que “patrulheiro” é usualmente empregado, principalmente no policiamento motorizado para definir os componentes da viatura, fazendo parte do arcabouço cultural da PMDF.

CAPÍTULO X DAS PROMOÇÕES Seção I Disposições Gerais Art. 49. Promoção é ato administrativo e tem como finalidade

básica a ascensão seletiva aos cargos superiores, nas carreiras de Oficiais, e aos níveis hierárquicos superiores, nas carreiras de Praças, com base nos interstícios correspondentes, conforme disposto no Anexo I e demais exigências legais.

Parágrafo único. Interstício é o tempo mínimo em que cada policial militar deverá cumprir no posto ou graduação.

Art. 50. No âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, as promoções ocorrem pelos seguintes critérios:

I - antiguidade; II - merecimento; III - tempo de efetivo serviço; e,

O artigo 49 define a promoção, sem novidades, fazendo remissão ao anexo I, que traz o quantitativo de cada Quadro.

No artigo 50, observa-se que não consta mais do rol dos

critérios de promoção, a decorrente do ato de bravura. Ao que parece a supressão se deve a impossibilidade de ser estabelecidos critérios objetivos para sua apreciação.

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IV - post mortem. Art. 51. Promoção por antiguidade é aquela que se baseia na

precedência hierárquica de um policial militar sobre os demais de igual grau hierárquico, dentro do mesmo Quadro.

Art. 52. Promoção por merecimento é aquela que se baseia: I - na ordem de classificação obtida ao final do curso inicial de

cada Quadro; e, II - no conjunto de atributos e qualidades que distingue e realça o

valor do Oficial entre seus pares, avaliado no decurso da carreira e no desempenho de cargos, funções, missões e comissões exercidas, conforme a Ficha Individual de Avaliação - FIA.

Apenas haverá promoção por merecimento para os Oficiais que concorram ao último posto de cada Quadro, nesse caso será observada a nota obtida na Ficha de Avaliação Individual.

Art. 53. Promoção por tempo de serviço é aquela concedida ao policial militar que contar com 30 (trinta) anos ou mais de efetivo serviço e tiver alcançado até o penúltimo posto ou graduação da respectiva carreira, o qual poderá requerer a promoção ao posto ou graduação imediatamente superior, independentemente da existência de vagas, passando automaticamente para a reserva remunerada na data de sua promoção.

O artigo 53 inovou ao permitir a promoção do militar que alcançar até o penúltimo posto ou graduação e que contar com trinta anos de serviço. Essa promoção independerá de vagas, entretanto esse ingressará automaticamente na reserva.

Esse dispositivo alcançara todos os Oficiais e Praças da Corporação, que, por ventura, não alcançaram o último postos ou graduação de seus Quadros, garantindo uma promoção a mais decorrente do ingresso na inatividade.

§ 1º Para promoção de que trata este artigo o policial militar deverá atender ao disposto no inciso VI do art. 66 e nos incisos X e XI do art. 77 desta Lei.

Para a promoção a que alude o artigo 53 é necessário alcançar pelo menos 60% no conjunto de critérios estabelecidos como necessários para os conceitos profissionais, que são: “(VI); não ter sofrido o mais de duas punições disciplinares por cometimento de transgressão de natureza grave ou quatro punições disciplinares, por cometimento de transgressão de natureza média nos últimos 3 (três) anos, considerada a equivalência de duas punições disciplinares por cometimento de transgressão de natureza média a uma punição disciplinar por cometimento de transgressão de natureza grave (X); e

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não ter sofrido punição disciplinar de mais de 10 (dez) dias por cometimento de transgressão de natureza grave, ou mais de 20 (vinte) dias por cometimento de transgressão de natureza média, cumulativos ou não, nos últimos 3 (três) anos, considerada a equivalência de 2 (dois) dias por cometimento de transgressão de natureza média a 1 (um) dia por cometimento de transgressão de natureza grave (XI)”.

§ 2º A promoção de Oficiais e Praças a que se refere este artigo

será efetivada por ato do Comandante-Geral.

Art. 54. Promoção post mortem é aquela que visa a expressar o reconhecimento ao policial militar morto no cumprimento do dever ou em consequência disto, ou a reconhecer direito que lhe cabia, não efetivado por motivo de óbito.

§ 1º A promoção de que trata o caput será realizada quando o policial militar falecer em uma das seguintes situações:

I - em ação de manutenção e preservação da ordem pública, ou em ato ou consequência de atividade policial militar;

II - em consequência de ferimento, doença, moléstia ou enfermidade contraída em ação de manutenção e preservação da ordem pública, ou em ato ou consequência de atividade policial militar, ou que nela tenham sua causa eficiente; ou,

III - em acidente em serviço ou em consequência de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenham sua causa eficiente.

§ 2º As situações que possam ensejar a promoção de que trata o caput deverão ser devidamente analisadas pelas competentes comissões de promoção, com base em processo administrativo autuado para este fim.

§ 3º A promoção post mortem será efetivada ao grau hierárquico imediatamente superior do Quadro a que pertencia o militar.

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Art. 55. O policial militar também será promovido post mortem

ao grau hierárquico se ao falecer possuía as condições de acesso e integrava a faixa dos que concorreriam à promoção pelos critérios de antiguidade ou merecimento.

Art. 56. Os casos de morte por ferimento, doença, moléstia ou enfermidade serão comprovados por procedimento apuratório adequado para este fim, podendo utilizar como meios subsidiários para esclarecer a situação documentos oriundos da área de saúde.

Art. 57. Nos casos de promoção post mortem, a decisão das respectivas Comissões de Promoção de Oficiais e Praças será objeto de homologação do Comandante-Geral, após deliberação do Conselho Superior, que, na hipótese de divergência, deverá fundamentar a sua decisão.

Art. 58. Promoção em ressarcimento de preterição é aquela feita após ser reconhecido ao policial militar preterido o direito à promoção que lhe caberia, sendo efetivada segundo o critério de antiguidade ou merecimento, recebendo o militar assim promovido o número que lhe competia na escala hierárquica, como se houvesse sido promovido na época devida.

Art. 59. Em casos extraordinários, poderá haver promoção por ressarcimento de preterição decorrente do reconhecimento do direito de promoção que caberia a militar preterido.

§ 1º O policial militar será ressarcido de preterição quando: I - tiver solução favorável no recurso interposto; II - cessar sua situação de desaparecido, extraviado ou desertor,

desde que tal situação não tenha sido provocada por culpa ou dolo do

Algumas inovações foram trazidas para o instituto da promoção em ressarcimento de preterição. Observa-se no artigo 59, §1º, inciso IV, a inclusão da hipótese de concessão diante da “de preclusão da pretensão punitiva no processo a que estiver respondendo” (ou seja, prescrição do processo), sendo que, até então, era necessário a “absolvição”.

Tem-se, ainda a inclusão do inciso VI “tiver deixado de realizar curso obrigatório da carreira, tendo em vista o gozo de licença para tratamento de saúde própria ou licença gestante, e por este motivo ter sido preterido no posto ou graduação, salvo nos casos dos cursos de formação e habilitação”.

Além da possibilidade de ser promovido em ressarcimento independente do “preenchimento do requisito referente aos cursos

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policial militar; III - for considerado capaz de permanecer nas fileiras da

Corporação em decisão final prolatada a partir de apuração feita por conselho de justificação, conselho de disciplina ou processo administrativo de licenciamento a que tiver sido submetido;

IV - for absolvido, impronunciado ou diante da hipótese de preclusão da pretensão punitiva no processo a que estiver respondendo;

V - tiver sido prejudicado por comprovado erro administrativo; ou,

VI - tiver deixado de realizar curso obrigatório da carreira, tendo em vista o gozo de licença para tratamento de saúde própria ou licença gestante, e por este motivo ter sido preterido no posto ou graduação, salvo nos casos dos cursos de formação e habilitação.

§ 2º A promoção em ressarcimento de preterição se dará independente do preenchimento do requisito referente aos cursos obrigatórios da carreira, devendo o promovido ser matriculado na primeira oportunidade após ser efetivada a promoção.

§ 3º No caso de não cumprimento das condições de que trata o § 2º, será facultado ao policial militar continuar no serviço ativo, no grau hierárquico que atingiu, até a transferência para a inatividade com os benefícios que a Lei lhe assegurar.

Art. 60. As promoções post mortem e em ressarcimento de preterição, ocorrerão a qualquer tempo, com efeitos retroativos à data do fato que motivou ou preteriu a promoção.

obrigatórios da carreira, devendo o promovido ser matriculado na primeira oportunidade após ser efetivada a promoção”.

Art. 61. O Governador do Distrito Federal editará os atos de nomeação e promoção de Oficiais.

§ 1º Os atos de nomeação para o posto inicial da carreira e de promoção a este posto ou ao primeiro posto de Oficial Superior acarretam a expedição de carta patente, pelo Governador do Distrito

O ato de nomeação e promoção dos Oficiais e ato do Governador, com a expedição de carta patente, conforme prevê a Constituição em seu artigo 42, § 1º.

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Federal. § 2º As promoções aos demais postos serão apostiladas à carta

patente expedida. Art. 62. Os atos de declaração e promoção de Praças são

efetivados em ato do Comandante-Geral da Corporação.

A declaração e promoção de Praças é (e sempre foi, não havendo novidade nesse artigo) ato do Comandante-Geral.

Seção II Do Processamento das Promoções Art. 63. Serão estipulados limites quantitativos de antiguidade

que definirão a faixa dos policiais militares que concorrerão às promoções ao grau hierárquico superior.

§ 1º Para acesso aos cargos de Oficiais, os limites quantitativos de antiguidade são os seguintes:

I - 1/4 (um quarto) do previsto em cada grau hierárquico dos Quadros de Oficiais constantes do Anexo I; e,

II - nos graus hierárquicos dos quadros em que o quantitativo previsto for até 10 (dez), concorrerá a sua totalidade, em caráter excepcional.

§ 2º Sempre que, nas divisões previstas no inciso I do § 1º, resultar quociente fracionário, será ele tomado por inteiro e para mais.

A promoção dos Oficiais continuará a depender de vagas, portanto, se faz necessário estabelecer os limites quantitativos.

§ 3º Os limites quantitativos de antiguidade das Praças que concorrerão às promoções à graduação superior serão compostos pelos policiais que venham a cumprir o interstício, até a data da promoção, no nível hierárquico a que pertencerem.

Todas as Praças que completarem o interstício comporão o limite quantitativo.

Seção III

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Do Quadro de Acesso Art. 64. Quadros de Acesso são as relações de Oficiais e Praças

organizadas por postos e graduações para as promoções por antiguidade, no Quadro de Acesso por Antiguidade, e por merecimento, no Quadro de Acesso por Merecimento.

§ 1º O Quadro de Acesso por Antiguidade é a relação dos

Oficiais e Praças incluídos nos limites quantitativos de antiguidade habilitados ao acesso, dentro dos respectivos quadros, colocados em ordem decrescente de antiguidade na escala hierárquica.

§ 2º O Quadro de Acesso por Merecimento é a relação dos Oficiais incluídos nos limites quantitativos de antiguidade habilitados ao acesso, dentro dos respectivos quadros, resultante da apreciação dos méritos exigidos para a promoção.

§ 3º Somente será organizado Quadro de Acesso por Merecimento para as promoções ao último posto dos Quadros e Especialidades de Oficiais.

Apenas os oficiais que concorrem ao último posto de cada Quadro formarão o Quadro de Acesso.

Art. 65. Para ser promovido pelos critérios de antiguidade ou de merecimento, é indispensável que o policial militar esteja incluído no Quadro de Acesso.

Art. 66. Para o ingresso no Quadro de Acesso é necessário que o policial satisfaça as seguintes condições de acesso:

I - possuir diploma de ensino superior expedido por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação;

II - possuir os cursos exigidos em leis ou regulamentos, concluídos com aproveitamento;

III - cumprir o interstício referente ao grau hierárquico;

Todos devem cumprir a exigência do artigo 66 para inclusão no Q.A. Destacam-se o curso superior, curso obrigatórios, interstício, alcançar 60% no conceito profissional, ser apto no TAF.

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IV - não ser considerado incapaz definitivamente para o serviço ativo da Polícia Militar do Distrito Federal;

V - atender às condições peculiares do posto ou graduação imediata dos diferentes Quadros;

VI - alcançar pelo menos 60% no conjunto de critérios estabelecidos como necessários para os conceitos profissional e moral no âmbito da Corporação, conforme previsão no Capítulo XI desta Lei;

VII - ser considerado apto no Teste de Aptidão Física (TAF); § 1º Enquadram-se no inciso II deste artigo os seguintes cursos,

conforme o caso: I - Curso de Formação de Oficiais - CFO/PM, para acesso aos

postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão pertencentes ao QOPM;

II - Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde, Complementar e Capelães - CHOSCC/PM, para acesso aos postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão pertencentes ao QOPMS, ao QCOPM e ao QOPMC;

III - Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos e Músicos - CHOAM/PM, para acesso aos postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão pertencentes ao QOPMA e ao QOPMM;

IV - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO/PM, para acesso aos postos de Major e Tenente-Coronel pertencentes ao QOPM, ao QOPMS e ao QOPMC;

V - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais Complementares, Administrativos e Músicos - CAOCAM/PM, para acesso ao posto de Major pertencentes ao QCOPM, ao QOPMA e ao QOPMM;

VI - Curso de Altos Estudos para Oficiais - CAEO/PM, para acesso ao posto de Coronel pertencentes ao QOPM e ao QOPMS;

VII - Curso de Formação de Praças - CFP/PM, para acesso às

Rol dos cursos obrigatórios para Oficiais e Praças.

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graduações de Soldado e Cabo; VIII - Curso de Aperfeiçoamento de Praças - CAP/PM, para

acesso às graduações de Terceiro-Sargento e Segundo-Sargento; IX - Curso de Altos Estudos para Praças - CAEP/PM, para

acesso à graduação de Primeiro-Sargento e Subtenente; e, X - Curso de Especialização ou Habilitação - CEH/PM, a cada

período de 5 (cinco) anos, realizado de acordo com as condições estabelecidas pela Corporação, se Oficial subalterno do Quadro de Oficiais Policiais Militares, Cabo ou Soldado.

§ 2º Na impossibilidade de o policial realizar o teste de aptidão

física por motivo de força maior ou caso fortuito, será considerado o resultado alcançado no teste imediatamente anterior.

§ 3º Na impossibilidade do policial militar realizar o Teste de Aptidão Física (TAF) a que se refere o § 2o, por motivo de força maior ou caso fortuito, será considerado o resultado obtido por ele no teste imediatamente anterior, até o limite de 3 (três) TAFs ordinários consecutivos aplicados pela Corporação.

Regras do TAF.

§ 4º A condição prevista no inciso VII do caput não se aplica ao policial militar que não realizar o Teste de Aptidão Física por restrições declaradas por junta médica da Corporação.

O TAF não é obrigatório para o policial militar com restrição.

§ 5º A inspeção de saúde a que se refere o inciso IV do caput será realizada pela junta médica da Corporação.

§ 6º Em casos excepcionais, inspeções de saúde realizadas fora das unidades da Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser convalidadas pela junta médica da Corporação.

§ 7º A exigência de que trata o inciso VI do caput deste artigo A avaliação se dará apena no grau hierárquico ocupado antes da

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será aferida pela média aritmética das Fichas Individuais de Avaliação referentes ao período em que o policial permaneceu no grau hierárquico ocupado.

promoção.

§ 8º O Comandante-Geral pode autorizar o adiamento ou suspensão da matrícula nos cursos a que se refere o inciso II do art. 66 nos seguintes casos:

I - por razões de doença, gravidez ou acidente, mediante parecer da Junta Superior de Saúde;

II - a requerimento do interessado, por motivos de ordem pessoal, uma única vez; e,

III - por motivo de força maior. § 9º Para efeitos desta Lei, consideram-se razões de força maior

as seguintes: I - falecimento de cônjuge, ou equiparado, ascendente ou

descendente no 1º grau ou adotado; II - doença contraída por cônjuge ou equiparado, ascendente ou

descendente no 1º grau ou adotado, que comprovadamente justifique o acompanhamento por parte do policial.

Adiamento ou suspensão de matrícula nos Cursos Obrigatórios.

§ 10 O policial militar que não tiver aproveitamento nos cursos obrigatórios para promoção, poderá repeti-lo, uma única vez.

É permitida uma única repetência nos cursos obrigatórios da carreira.

§ 11 Além das condições previstas neste artigo, para inclusão nos quadros de acesso, o Oficial deverá cumprir os prazos mínimos de serviço na Corporação:

I - 12 (doze) anos para o acesso ao posto de Major; e, II - 16 (dezesseis) anos para o acesso ao posto de Tenente-

Coronel.

Além do interstício, devem ser observados os prazos mínimos para promoção a Major e Tenente-Coronel.

Tal medida visa à maturação no posto, principalmente de Quadros que tiveram ou poderão ter ascensão rápida considerando a ampliação de vagas.

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Art. 67. Não poderão constar no Quadro de Acesso por Merecimento os Oficiais que estiverem no exercício de cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, ou que estiverem à disposição de órgão do governo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, para exercerem função de natureza civil.

Não poderá haver promoção por merecimento de Oficial que exercer função civil.

Art. 68. Além do disposto nos arts. 66, 67 e 77 desta Lei, a organização do Quadro de Acesso por Merecimento será realizada em ordem decrescente de mérito, que será aferido pela seguinte composição:

I - média aritmética das menções obtidas pelo militar, ao longo de sua carreira, na Ficha Individual de Avaliação, prevista no art. 82 desta Lei;

II - análise do Conselho Superior, ao qual será facultado aumentar ou diminuir em até 0,5 pontos a menção obtida pelo policial no inciso I deste artigo, com a devida fundamentação;

Parágrafo único. O regulamento para operacionalização do Quadro de Acesso por Merecimento na PMDF será estabelecido pelo Poder Executivo Federal a partir de proposta enviada no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da edição desta Lei.

Regras para o QAM (Quadro de Acesso por Merecimento).

Art. 69. A promoção por merecimento será feita com base no Quadro de Acesso por Merecimento, obedecendo ao seguinte critério:

I - para a primeira vaga, será selecionado um entre os 3 (três) Oficiais que ocupam as 3 (três) primeiras classificações no Quadro;

II - para a segunda vaga, será selecionado um Oficial entre a sobra dos concorrentes à primeira vaga e mais os 3 (três) que ocupam as 3 (três) classificações que vêm imediatamente a seguir; e

III - para a terceira vaga, será selecionado um Oficial entre a

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sobra dos concorrentes à segunda vaga e mais 3 (três) que ocupam as 3 (três) classificações que vêm imediatamente a seguir, e assim por diante.

§ 1º Caso os concorrentes à primeira vaga venham a ser promovidos e permaneçam na condição de agregados, serão indicados para concorrer a esta vaga os 3 (três) Oficiais que ocupam as 3 (três) classificações imediatamente a seguir, e assim por diante até o seu preenchimento.

§ 2º O Governador do Distrito Federal, nos casos de promoção por merecimento, apreciará o mérito dos Oficiais contemplados na proposta encaminhada pelo Comandante-Geral e decidirá a respeito, a partir das avaliações apresentadas.

§ 3º O Oficial que constar do Quadro de Acesso por Merecimento em primeiro lugar em 3 (três) datas de promoção, tendo havido promoção ao último posto nas 2 (duas) datas anteriores, será promovido por ocasião da apresentação deste terceiro Quadro ao Governador do Distrito Federal na primeira vaga apurada.

Art. 70. As promoções aos demais graus hierárquicos dos

Quadros de Oficiais e nos Quadros de Praças serão realizadas pelo critério de antiguidade.

Parágrafo único. A antiguidade no grau hierárquico é contada a partir da data do ato de promoção, nomeação, declaração ou na data especificada no próprio ato.

Em todos os demais graus hierárquicos de Oficiais e Praças o critério para a promoção será a antiguidade.

Art. 71. Nos diferentes quadros de Oficiais, as vagas a serem consideradas para as promoções serão provenientes de:

I - promoção ao grau hierárquico superior imediato; II - agregação; III - exclusão do serviço ativo; e, IV - aumento de efetivos.

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Art. 72. As vagas são consideradas abertas: I - na data da publicação Oficial do ato que promove, agrega,

passa para a inatividade, demite, licencia ou exclui do serviço ativo o policial, salvo se no próprio ato for estabelecida outra data;

II - na data Oficial do óbito; ou, III - como dispuser a lei, no caso de alteração de efetivo. Parágrafo único. Serão também consideradas vagas abertas as

que resultarem das transferências ex offício para a reserva remunerada, já previstas, até a data da promoção, inclusive, bem como as decorrentes de quota compulsória.

Art. 73. Feita a apuração de vagas a preencher, este número não sofrerá alteração.

Parágrafo único. Cada vaga aberta em determinado posto acarretará vagas nos graus hierárquicos inferiores, sendo esta sequência interrompida no posto em que houver preenchimento por excedente, ressalvado o caso de vaga aberta em decorrência de aplicação da quota compulsória conforme disposto no Estatuto dos Policiais Militares da Polícia Militar do Distrito Federal, de que trata a Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984.

Art. 74. O Oficial promovido indevidamente passará à situação de excedente e, nesse caso, contará antiguidade e receberá o número que lhe competir na escala hierárquica, quando a vaga a ser preenchida corresponder ao critério pelo qual deveria ser promovido, desde que preencha os requisitos para a promoção.

Art. 75. Não preenche vaga o Oficial que, estando agregado, venha a ser promovido e continue na mesma situação.

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Art. 76. O policial militar agregado, quando no desempenho de função de natureza ou de interesse policial militar ou da segurança pública, concorrerá à promoção por quaisquer dos critérios, sem prejuízo do número de concorrentes regularmente estipulado.

Parágrafo único. O Oficial agregado por qualquer outro motivo não será promovido pelo critério de merecimento.

Art. 77. O policial não poderá constar em Quadro de Acesso quando:

I - for considerado não habilitado para o acesso, em caráter provisório, mediante decisão fundamentada da respectiva Comissão de Promoção, por ser, presumivelmente, incapaz de satisfazer ao critério estabelecido para o conceito moral da Corporação;

II - não possuir o interstício exigido para seu grau hierárquico; III - não tiver concluído com aproveitamento o curso ou estágio

previsto; IV - estiver submetido a Conselho de Justificação, Conselho de

Disciplina ou Processo Administrativo de Licenciamento; V - for condenado a pena privativa de liberdade, com sentença

transitada em julgado, enquanto durar o seu cumprimento, inclusive no caso de suspensão condicional, não se computando o tempo acrescido à pena por ocasião de sua suspensão condicional;

VI - for condenado a pena de suspensão do exercício do posto, cargo ou função, durante o prazo dessa suspensão;

VII - for considerado desaparecido, extraviado ou desertor; VIII - estiver em gozo de licença para tratamento de saúde de

pessoa da família por mais de um ano contínuo; IX - estiver em gozo de licença para tratar de interesse particular;X - tenha sofrido mais de duas punições disciplinares por

cometimento de transgressão de natureza grave ou quatro punições

Regras para exclusão do Quadro de Acesso.

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disciplinares, por cometimento de transgressão de natureza média nos últimos 3 (três) anos, considerada a equivalência de duas punições disciplinares por cometimento de transgressão de natureza média a uma punição disciplinar por cometimento de transgressão de natureza grave; e

XI - tenha sofrido punição disciplinar de mais de 10 (dez) dias por cometimento de transgressão de natureza grave, ou mais de 20 (vinte) dias por cometimento de transgressão de natureza média, cumulativos ou não, nos últimos 3 (três) anos, considerada a equivalência de 2 (dois) dias por cometimento de transgressão de natureza média a 1 (um) dia por cometimento de transgressão de natureza grave.

Parágrafo único. O policial incluído no inciso I será submetido, ex-officio, a conselho de justificação, conselho de disciplina ou processo administrativo de licenciamento, conforme o caso.

Art. 78. Será excluído do Quadro de Acesso o policial que

incidir em uma das circunstâncias previstas no art. 77 ou ainda: I - for incluído indevidamente no referido Quadro; II - for promovido; III - for excluído do serviço ativo; e, IV - deixar de satisfazer as condições de acesso previstas no art.

66.

Regras para exclusão do Quadro de Acesso.

Art. 79. As promoções serão efetuadas anualmente, nos dias 22 de abril, 21 de agosto e 26 de dezembro, para as vagas abertas até o décimo dia útil do mês anterior às datas mencionadas, bem como para as decorrentes destas promoções.

Data das promoções.

Art. 80. A promoção até a graduação de Subtenente da carreira Critérios para promoção das Praças: antiguidade e interstício.

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de Praça do Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM e do Quadro de Praças Policiais Militares Músicos - QPPMM, ocorrerá pelo critério de antiguidade, quando cumpridos os interstícios constantes do Anexo I, atendidas às demais exigências estabelecidas para a promoção.

Art. 81. A progressão funcional do policial militar cessa com a

sua transferência para a inatividade.

Não há promoções na inatividade.

CAPÍTULO XI DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL Art. 82. A avaliação de desempenho profissional dos

policiais na efetividade de serviço será feita por instrumento de medida denominado Ficha Individual de Avaliação - FIA, visando assegurar uma justa progressão na carreira e uma correta gestão dos recursos humanos, designadamente quanto a:

I - estabelecimento de conceitos profissional e moral a serem observados quando do processamento das promoções;

II - atualização de conhecimento do potencial humano existente; III - apreciação do mérito para selecionar os mais aptos para o

exercício de determinados cargos e funções, bem como a designação para missões;

IV - incentivo ao cumprimento da missão da Polícia e seu aperfeiçoamento;

V - ajustamento das capacidades individuais às funções a desempenhar, a partir da designação para cursos de interesse da Corporação; e,

VI - correção e atualização das políticas de seleção e formação de pessoal.

Princípios da avaliação de desempenho.

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Art. 83. A Ficha Individual de Avaliação será utilizada para aferir o mérito ético e técnico-profissional de todos os policiais, nos seguintes moldes:

I - reportar-se-á ao domínio dos conhecimentos técnico-profissionais e comportamentais aplicados, da capacidade policial, experiência, habilidades, atitude e eficácia no exercício de cargos e funções, desempenho na execução de tarefas, resultados obtidos em cursos obrigatórios, potencialidade para o desempenho de cargos mais elevados,

II - será realizada de modo obrigatório, sistemático e contínuo; III - observará somente o período respectivo, independentemente

de outras avaliações anteriores; IV - será sempre fundamentada e estará subordinada a juízos de

valor precisos e objetivos, de modo a evitar julgamentos preconcebidos, sejam ou não favoráveis;

V - será obrigatoriamente comunicada aos avaliados; VI - será condicionada pelo tipo de prestação de serviço policial

efetivo, categoria, posto, graduação, funções ou cargos; e, VII - considerará a capacidade de liderança, iniciativa e presteza

de decisões, quando se tratar de Oficiais.

Ficha de Avaliação Individual e os critérios de seu preenchimento.

Art. 84. A avaliação de desempenho profissional será realizada por 2 (dois) Oficiais, sendo um deles, em regra, o superior hierárquico imediato e o outro o Superintendente, Chefe, Diretor ou Comandante.

Parágrafo único. A avaliação terá periodicidade anual e a respectiva Ficha Individual de Avaliação será encaminhada ao órgão competente, após publicação, até o dia 15 de janeiro do ano subsequente.

Art. 85. Para fins de avaliação, deverão ser considerados todos os elementos que permitam formular uma apreciação objetiva e justa

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sobre o avaliado, sendo de exclusiva responsabilidade do avaliador, as menções que venha a atribuir.

§ 1º A Ficha Individual de Avaliação será composta por quesitos que permitam aferir os atributos citados nos incisos I e VII do art. 83, sendo que cada quesito será avaliado em uma escala numérica de zero a dez.

§ 2º A menção final da avaliação corresponderá à média aritmética de todos os quesitos avaliados.

Art. 86. Sempre que ocorrer exoneração de policiais que

ocupem cargos de Chefia, Direção e Comando, expressamente nomeados para tal, o superior hierárquico com responsabilidades de avaliador, deve efetuar avaliação nos termos regulamentares.

Art. 87. Aos avaliados é assegurado o direito a recurso hierárquico, nos termos definidos na regulamentação que estabelece o sistema de avaliação.

É permitida ao avaliado recorrer da nota obtida.

Art. 88. Em caso de obtenção de menção de desempenho inadequado durante três anos seguidos ou três menções do mesmo teor no período de cinco anos, deverá ser instaurado o processo administrativo cabível, na forma da Lei.

Devem ser averiguadas por meio de processo administrativo porque o avaliado não está alcançando a média do conceito profissional.

Art. 89. Quando, após um conjunto de avaliações sobre um policial militar, se verificar uma avaliação nitidamente diferente, favorável ou desfavorável, deverá o órgão de gestão de recursos humanos propor que sejam promovidas averiguações no sentido de esclarecer as razões que a motivaram.

Mudanças bruscas na avaliação, para pior, ou melhor, devem ser esclarecidas e motivadas.

Art. 90. As avaliações do desempenho devem ser objeto de A PMDF realizará estudos comparativos, referente às

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tratamento estatístico, sistemático, cumulativo e comparado, face ao conjunto de policiais nas mesmas condições.

avaliações.

Art. 91. As normas para a execução do sistema de avaliação dos policiais da Polícia Militar do Distrito Federal serão regulamentadas por ato do Poder Executivo Federal mediante proposta do Comandante-Geral encaminhada pelo Governador do Distrito Federal, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicação desta Lei.

CAPÍTULO XII DAS COMISSÕES DE PROMOÇÃO Art. 92. Apenas os policiais que satisfaçam as condições de

acesso e estejam compreendidos nos limites quantitativos de antiguidade definidos nesta Lei serão considerados pela Comissão de Promoção como aptos para inclusão no Quadro de Acesso.

Art. 93. A Comissão de Promoção de Oficiais e a Comissão de Promoção de Praças, de caráter permanente, são órgãos de processamento objetivo dos critérios das promoções, sendo constituídas por membros natos e efetivos, cujas decisões serão submetidas ao Conselho Superior, para fins de homologação.

§ 1º Compõem a Comissão de Promoção de Oficiais: I - o Subcomandante-Geral, que a presidirá, o Corregedor-Geral

e o titular do órgão de direção-geral de pessoal, como membros natos; e, II - 3 (três) coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo

prazo de 1 (um) ano, admitindo-se a recondução, como membros efetivos.

§ 2º Compõem a Comissão de Promoção de Praças: I - o Subcomandante-Geral, que a presidirá, o Corregedor

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Adjunto e o titular do órgão de direção-geral de pessoal, como membros natos; e,

II - 3 (três) coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano, admitindo-se a recondução, como membros efetivos.

Art. 94. As regras de funcionamento e as competências das

Comissões de Promoção serão estabelecidas pelo Poder Executivo Federal, conforme prazo previsto no art. 91.

CAPÍTULO XIII DOS RECURSOS Art. 95. O policial militar que se julgar prejudicado, por ocasião

de composição de Quadro de Acesso, poderá interpor recurso ao presidente da respectiva Comissão de Promoções.

§ 1º Para a apresentação do recurso, o policial terá prazo de 15 (quinze) dias corridos contados do dia da publicação oficial do Quadro de Acesso.

§ 2º O recurso referente à composição do Quadro de Acesso deverá ser solucionado no prazo máximo de 15 (quinze) dias contados a partir da data de seu recebimento.

Art. 96. Os Oficiais e Praças que se julgarem preteridos ou prejudicados com relação a direito de promoção poderão interpor recurso da decisão final do Conselho Superior ao Governador do Distrito Federal e ao Comandante-Geral, respectivamente, como última instância na esfera administrativa.

Parágrafo único. Para a apresentação do recurso, o policial terá

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prazo de 15 (quinze) dias corridos, a contar da data da publicação do ato de promoção no órgão Oficial.

CAPÍTULO XIV DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO Art. 97. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após a publicação

desta Lei, poderão ocorrer promoções ao Posto de Major QOPM, sem a obrigatoriedade do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO/PM.

Parágrafo único. O Oficial promovido em decorrência do previsto no caput deverá realizar com aproveitamento o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO/PM no primeiro curso após sua promoção, sem o qual não poderá ascender ao próximo Posto.

Promoção ao Posto de Major sem o CAO pelo prazo de dois anos.

Art. 98. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após a publicação desta Lei, poderão ocorrer promoções à graduação de Terceiro-Sargento, sem a obrigatoriedade do Curso de Aperfeiçoamento de Praças - CAP/PM.

Parágrafo único. A Praça promovida em decorrência do previsto no caput deverá realizar com aproveitamento o Curso de Aperfeiçoamento de Praças - CAP/PM no primeiro curso após sua promoção, sem o qual não poderá ascender à próxima Graduação.

Promoção a 3º Sargento sem o CAP por dois anos.

Art. 99. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após a publicação desta Lei, poderão ocorrer promoções à graduação de Primeiro-Sargento, sem a obrigatoriedade do Curso de Altos Estudos para Praças - CAEP/PM.

Parágrafo único. A Praça promovida em decorrência do previsto no caput deverá realizar com aproveitamento o Curso de Altos Estudos de Praças - CAEP/PM no primeiro curso após sua promoção, sem o qual

Promoção a 1º Sargento sem o CAEP por dois anos.

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não poderá ascender à próxima graduação. Art. 100. As regras atuais para o processamento das promoções

permanecerão válidas e aplicáveis até o prazo máximo de 18 (dezoito) meses, a contar da publicação desta Lei.

Durante 18 meses vigorará as regras atuais para o processamento das promoções.

Parágrafo único. A exigência prevista no inciso VI do art. 66 será sobrestada até o limite temporal estabelecido no caput.

A ficha de avaliação será exigida apenas após o período de 18 meses.

Art. 101. A exigência de que trata o inciso I do art. 66 desta Lei terá plena efetividade a partir de 36 (trinta e seis) meses da publicação desta Lei.

O curso superior para a promoção só será exigido depois de três anos da aprovação da lei.

Art. 102. Os interstícios nas graduações de Primeiro-Sargento, Segundo-Sargento e Terceiro-Sargento, em um prazo de 4 (quatro) anos após a publicação desta Lei, será de 36 (trinta e seis) meses.

Redução de interstício (de 48 para 36 meses) durante o período de quatro anos após aprovação da lei.

Art. 103. A manutenção do efetivo dos militares da Polícia Militar do Distrito Federal será assegurada mediante ingresso anual, gradual e sucessivo nos diversos quadros, objetivando preservar a sua regularidade, com base em estudos anuais feitos pela Corporação sobre a evasão e existência de claros, observada a existência de recursos orçamentários e financeiros e os quantitativos previstos no Anexo I.

Exigência legal de ingresso anual, gradual e sucessivo de efetivos.

Art. 104. Para fins de promoção e percepção do adicional de certificação profissional, fica estabelecida a seguinte equivalência de cursos:

I - ao Curso de Formação de Praça PM - CFP/PM, o Curso de Formação de Soldado PM - CFSd/PM;

II - ao Curso de Aperfeiçoamento de Praça PM - CAP/PM, o

Estabelece a equivalência dos atuais cursos obrigatórios com os antigos cursos existentes na Corporação.

Tal medida beneficiará principalmente os policiais da reserva, que impedidos de realizarem os referidos cursos, deixaram de fazer jus à gratificação correspondente.

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Curso de Formação de Sargentos PM - CFS/PM; e, III - ao Curso de Altos Estudos para Praça PM - CAEP/PM, o

Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos PM - CAS/PM. Art. 105. Para efeitos de promoção e de percepção do adicional

de Certificação Profissional, o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos - CAS/PM é equivalente ao Curso de Aperfeiçoamento de Praças - CAP/PM.

Art. 106. O Curso de Altos Estudos para Praças possui correspondência com o Curso de Altos Estudos para Oficiais para fins de pagamento de adicional de Certificação Profissional, conforme disposto no inciso III do art. 3º da lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002.

Art. 107. O processamento das promoções e seu cronograma serão estabelecidos mediante ato do Governador do Distrito Federal.

Art. 108. A exigência de que trata o inciso I do art. 46 será sobrestada, a partir do início da vigência desta Lei, de acordo com os seguintes critérios:

I - no prazo de 12 (doze) meses: a) 50% das vagas ocupadas pelo de critério de antiguidade; e, b) 50% das vagas ocupadas por mérito intelectual, condicionadas

à aprovação em processo seletivo, de caráter classificatório e eliminatório dos candidatos.

II - no prazo de 24 (vinte e quatro) meses: a) 40% das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; e, b) 60% das vagas ocupadas por mérito intelectual, condicionadas

à aprovação em processo seletivo, de caráter classificatório e eliminatório dos candidatos.

Trata-se de exigência de concurso interno para provimento de vagas dos Quadros de Oficiais Administrativos, Especialistas e Músicos.

Durante o período de cinco anos haverá redução gradual da oferta de vagas de provimento pelo critério de antiguidade, até que, por fim, a seleção será apenas mediante verificação do mérito intelectual.

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III - no prazo de 36 (trinta e seis) meses: a) 30% das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; e, b) 70% das vagas ocupadas por mérito intelectual, condicionadas

à aprovação em processo seletivo, de caráter classificatório e eliminatório dos candidatos.

IV - no prazo de 48 (quarenta e oito) meses: a) 20% das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; e, b) 80% das vagas ocupadas por mérito intelectual, condicionadas

à aprovação em processo seletivo, de caráter classificatório e eliminatório dos candidatos.

V - no prazo de 60 (sessenta) meses: a) 10% das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; e, b) 90% das vagas ocupadas por mérito intelectual, condicionadas

à aprovação em processo seletivo, de caráter classificatório e eliminatório dos candidatos.

Parágrafo único. Sempre que, na aplicação das proporções estabelecidas neste artigo, resultar fração, será tomado por inteiro e para mais o número de vagas ocupadas por antiguidade, e por inteiro e para menos o número de vagas ocupadas por mérito intelectual.

CAPÍTULO XV DA ORGANIZAÇÃO Art. 109. A Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984, passa a

ser acrescida do art. 11-A, do art. 39-A, do art. 64-A, dos incisos V, VI, VII e VIII do art. 66, dos arts. 68-A, 68-B, 68-C e 68-D, dos incisos VII, VIII e IX do art. 82, do art. 86-A, da Seção VI, do Capítulo I, do Título IV, do art. 86-B, da Seção VII, do Capítulo I, do Título IV, e dos incisos XIII, XIV e XV do art. 92, com a seguinte redação:

“Art. 11-A. Para ingresso nos diversos quadros da

No artigo 11-A, que trata do ingresso na PMDF, passa a ser exigido o Bacharelado em Ciências Jurídicas, equivalente ao Bacharelado em Direito.

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Polícia Militar do Distrito Federal o candidato deverá comprovar, quanto ao grau de escolaridade, a conclusão de:

I - curso de bacharel em ciências jurídicas, para o ingresso na carreira de Oficial do Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM;

II - curso de graduação superior nas áreas de interesse

conforme regulamentação, para Oficial do Quadro de Oficiais de Saúde, Complementar e Capelães;

Para ingresso no Quadros de Saúde, Complementar e Capelães será exigido titulação específica, estabelecida de acordo com as necessidades da Corporação.

III - curso de graduação superior em qualquer área, para o ingresso na carreira de Praça Policial Militar.

Para ingresso na carreira de Praça Policial será exigido titulação superior em qualquer área do conhecimento.

§ 1º Para ingresso no cargo inicial da carreira serão consideradas as vagas existentes nos respectivos Quadros.

As vagas para ingresso inicial são as decorrentes dos claros em todo o Quadro e não somente do posto ou graduação inicial.

§ 2º A atividade de preservação da ordem pública realizada pela PMDF é considerada de nível superior e tem caráter técnico-jurídico.

Possibilita o acúmulo de cargo na área e ensino

§ 3º Para ingresso no Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM e no Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM, além dos requisitos previstos no art. 11, será exigida Carteira Nacional de Habilitação, conforme exigido no edital.

A condução de veículos automotores está prevista na descrição das atividades da Praça Policial, daí a razão da exigência de habilitação.

§ 4º Para ingresso e permanência nos diversos quadros da Corporação o candidato não poderá possuir tatuagem ou pintura em extensas áreas do corpo ou em partes expostas ao público quando do uso de uniformes militares de qualquer modalidade.

Ficam proibidas tatuagens extensas, que ficariam expostas mesmo com o uso de uniformes. Apesar do parágrafo dizer “em qualquer modalidade de uniforme”, por questão de razoabilidade, não devem ser considerados os uniforme sumários (uniforme de educação física, por exemplo), mas aqueles de serviço, utilizados no

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§ 5º Para ingresso e permanência nos diversos quadros da Corporação são vedadas tatuagens, pinturas ou marcas que representem símbolos ou inscrições alusivas a ideologias contrárias às instituições democráticas ou que incitem à violência ou qualquer forma de preconceito ou discriminação.

policiamento. Ficam proibidas, mesmo discretas e abrigadas com o uniforme,

as que contenham símbolos ou inscrições alusivas a ideologias contrárias às instituições democráticas ou que incitem à violência ou qualquer forma de preconceito ou discriminação, a exemplo de suásticas ou que façam apologia ao crime.

§ 6º Os limites mínimos de altura para ingresso nos quadros a que se refere o inciso II deste artigo são, com os pés nus e cabeça descoberta, de um metro e sessenta centímetros para homens e um metro e cinquenta e cinco centímetros para mulheres.” (NR)

Foi diminuída em 5cm a altura mínima para ingresso no Quadro de Oficiais de Saúde, Complementares e Capelães, sendo de 1.60m para homens e 1.55m para mulheres.

“Art. 39-A. Os Soldados de 2ª Classe PM são os alunos incluídos na Polícia Militar do Distrito Federal para receberem a formação inicial da carreira de Praça policial militar.”

Característico das instituições militares, a formação das Praças já ocorre com a incorporação do aprovado na PMDF na graduação de Soldado 2º Classe, já ficando sujeito as obrigações militares em regime especial (não sendo fase do concurso como nos órgãos de natureza civil).

“Art. 64-A. O policial militar pode, no interesse da administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar de programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior, no país ou no exterior, desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício da função ou mediante compensação de horário.

§ 1º O Comandante-Geral da Polícia de Militar do Distrito Federal deve definir os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação de que trata este artigo, com ou sem afastamento do servidor, observada a regulamentação.

§ 2º O afastamento para realização de programas

Criação e requisitos para a concessão da Licença para frequentar curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

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de mestrado, doutorado ou pós-doutorado somente pode ser concedido ao policial militar que esteja em efetivo exercício na PMDF, há pelo menos 10 (dez) anos.

§ 3º É vedado autorizar mais de 1 (um) afastamento ao longo da carreira.

§ 4º O policial que for beneficiado pelos afastamentos previstos neste artigo, deverá:

I - apresentar o título ou grau obtido com o curso, devidamente revalidado, que justificou seu afastamento;

II - compartilhar os conhecimentos adquiridos no curso com os demais servidores de seu órgão, por meio de participação no sistema de ensino, pesquisa e extensão da PMDF, por período no mínimo igual ao do afastamento;

III - permanecer no efetivo exercício de suas atribuições na PMDF após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido.

§ 5º O servidor beneficiado pelo disposto neste artigo tem de ressarcir a despesa havida com seu afastamento, incluídos a remuneração ou o subsídio e os encargos sociais, da forma seguinte:

I - proporcional: demissão, exclusão, licenciamento, aposentadoria voluntária, licença para tratar de interesse particular, antes de decorrido período igual ao do afastamento; e,

II - integral: em caso de não obtenção do título ou grau, devidamente revalidado, que justificou seu afastamento, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito;

§ 6º Os cursos que tratam o caput deste artigo devem possuir estreita relação com as áreas de conhecimento inerentes

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a segurança e ordem pública.” (NR)

“Art. 66”. V - maternidade; VI - paternidade; VII - para acompanhar cônjuge ou companheira (o); e, VIII - para frequentar curso de formação.

Inclusão na Lei 7.289/84 das Licenças: maternidade, paternidade, para acompanhar cônjuge ou companheira e para frequentar curso de formação.

“Art. 68-A. Licença Maternidade é o afastamento total do serviço concedido à policial militar para atender aos encargos decorrentes do nascimento de seu filho, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º A Licença de que trata este artigo terá a duração de 120 (cento e vinte) dias.

§ 2º A Licença Maternidade poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 3º A Licença Maternidade poderá ser prorrogada por 60 (sessenta) dias, nos termos de programa instituído pelo Poder Executivo Federal.

§ 4º No caso de nascimento prematuro, a Licença Maternidade terá início a partir do parto.

§ 5º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a policial militar será submetida à inspeção de saúde e, se julgada apta, reassumirá o exercício de suas funções.

§ 6º Em caso de morte da genitora, é assegurado ao policial-militar o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono.

§ 7º Fica assegurado à policial militar o direito à

Requisitos para concessão da Licença Maternidade.

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mudança de função, bem como a lotação em OPM próxima à sua residência, quando suas condições de saúde, ou do neonato, assim o exigirem, desde que atestadas pela Junta de Inspeção de Saúde da PMDF, logo após o término da licença-maternidade.

§ 8º Para amamentar o filho, até a idade de seis meses, a militar lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, à uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

§ 9º Será concedida a licença-maternidade nos termos deste artigo à policial militar que adotar ou obtiver guarda judicial de criança somente mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. (NR)

“Art. 68-B. Licença Paternidade é o afastamento total

do serviço concedido ao policial militar para atender aos encargos decorrentes do nascimento de filho ou adoção, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único. A licença de que trata este artigo terá a duração de 8 (oito) dias consecutivos.” (NR).

Requisitos para a concessão da Licença Paternidade.

“Art. 68-C. Licença para acompanhar cônjuge ou companheira (o) é a autorização para o afastamento total do serviço, concedida a militar com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requeira para acompanhar cônjuge ou companheira (o) que, sendo servidor público da União, dos Estados ou do Distrito Federal, militar das Forças Armadas ou do Distrito Federal for exercer atividade em órgão público situado fora do Distrito Federal ou no exterior.

§ 1º A licença de que trata o caput será concedida

Requisitos para a concessão da Licença para acompanhar cônjuge ou companheira.

O período é de três anos, contínuos ou não. A comprovação de União Estável se dá por Escritura Pública

Declaratória, dispensando o reconhecimento judicial.

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sempre com prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de efetivo serviço.

§ 2º O prazo-limite para esta licença será de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser concedido de forma contínua ou fracionada.

§ 3º A licença para acompanhar companheira (o) será concedida mediante comprovação da união estável por Escritura Pública Declaratória ou por decisão judicial.” (NR).

“Art. 68-D. A licença para frequentar curso de formação é o direito concedido ao militar para afastar-se totalmente do serviço em decorrência de haver sido aprovado em concurso público para provimento de cargo na Administração Pública Federal, Estadual, Distrital ou Municipal.

§ 1º Obtendo o policial militar licença para curso de

formação remunerado, ainda que nomeado em cargo militar, deverá formular requerimento, devidamente acompanhado da documentação comprobatória, inclusive o edital de convocação, solicitando autorização para frequentá-lo, optando expressamente pela percepção da remuneração e vantagens de seu cargo efetivo na Corporação.

§ 2° Não ocorrendo a opção expressa pela remuneração

e vantagens do cargo efetivo, a remuneração do militar será suspensa.” (NR)

Requisitos para concessão da Licença para frequentar curso de formação.

“Art. 82. VII - sendo Aspirante-a-Oficial, após ter concluído os

O artigo 82 da Lei 7.289/84 trata do militar na condição de

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requisitos da graduação, é promovido ao posto de Segundo-Tenente, sem haver vaga;

VIII - sendo soldado Segunda Classe, após ter concluído os requisitos da graduação, é promovido à graduação de Soldado de 1ª classe, sem haver vaga;

IX - tendo sido reconduzido, não houver vaga no posto ou graduação do Quadro ou Qualificação de origem.

..........................................................................................................................................” (NR)

excedente, sendo o rol estendido com a inclusão do Aspirante e Soldado 2º Classe promovido sem haver vaga, logo após a conclusão do curso de formação. Foi incluído ainda o militar reconduzido.

“Seção VI Da Recondução Art. 86-A. Recondução é o retorno do policial

militar com estabilidade ao posto ou graduação do Quadro ou Qualificação anteriormente ocupado, em virtude de desligamento ou inabilitação em curso de formação ou estágio probatório relativo a outro cargo ou emprego inacumulável para o qual tenha sido nomeado em razão de concurso público.

§ 1º Não havendo vaga no posto ou graduação de origem, o policial militar passará à situação de excedente.

§ “2º No caso de nomeação em cargo ou emprego público de natureza civil, o tempo de serviço decorrido no exercício do cargo não será computado para nenhum efeito, com exceção da passagem para a inatividade.” (NR).

Criação do Instituto da Recondução, ou seja, retorno à Corporação do militar licenciado (Praças) ou demitido (Oficiais) ex officio por haver assumido outro cargo público, mas que, por qualquer razão, tenha sido desligado ou inabilitado no período do estágio probatório.

A recondução e prevista para os servidores públicos federais,

conforme consta no artigo 29 da Lei 8.112/90.

“Seção VII Da Readaptação Art. 86-B. O policial militar que for julgado

incapaz definitivamente para o exercício das funções policiais

Criação do instituto da Readaptação, ou seja, de programa para habilitar o policial militar incapacitado a permanecer no serviço ativo da Corporação a exercer a capacidade laboral remanescente.

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militares de caráter operacional, mas não inválido, participará de programa de readaptação, com vistas ao aproveitamento máximo, real e prático da sua capacidade laboral remanescente.

§ 1º É considerado inválido o policial militar incapaz total e definitivamente para o serviço da polícia militar, a partir de inspeção de saúde.

§ 2º O programa de readaptação deverá proporcionar ao policial militar o treinamento adequado, com vistas ao exercício da nova atribuição funcional a ser exercida.

§ 3º O policial militar que não obtiver êxito no programa de readaptação será reformado ex officio por quotas, exceto se a situação ensejadora da incapacidade tiver correlação com as hipóteses previstas no art. 24 da Lei 10.486/02.

§ 4º Fica assegurada ao policial militar readaptado a ascensão na carreira, por antiguidade ou por tempo de efetivo serviço, de acordo com os postos e graduações existentes nos Quadros, devendo a junta de inspeção de saúde, por ocasião da emissão de laudo de readaptação, apontar, se for o caso, qual a limitação de função ou atividade do policial militar.

§ 5º A readaptação de que trata o presente artigo, será regulamentada por ato do Governador do Distrito Federal.

§ “6º Cessada a incapacidade a que se refere o parágrafo acima, verificada em inspeção de saúde, o policial militar retornará a sua situação anterior.” (NR).

“Art. 92. I - XIII - ultrapassar 5 (cinco) anos, contínuos ou não, em

licença para tratamento de saúde própria, a contar da publicação desta Lei;

Foi incluído a hipótese de transferência obrigatória (ex officio)

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XIV - O Oficial do último posto dos Quadros de Oficiais Policiais Militares de Administração, Especialistas e Músicos, que possuir 2 (dois) anos de permanência nesse posto e contar, cumulativamente, com 30 (trinta) anos ou mais de serviço;

XV - O Coronel, que possuir 6 (seis) anos de

permanência nesse posto e contar, cumulativamente, com 30 (trinta) anos ou mais de serviço, quando no efetivo exercício do cargo de Comandante-Geral.

…...........................................................................................................................................” (NR)

do militar que passar cinco anos contínuos ou não em Licença para tratamento de saúde própria.

O Oficial integrantes do quadro QOPMA, QOPME e QOPMM

poderão permanecer no máximo dois anos no último posto caso já tenha trinta anos de serviço, sendo transferido obrigatoriamente para a inatividade na hipótese de cumprir ambos os requisitos.

Apenas o Coronel empossado no cargo de Comandante-Geral

poderá permanecer 06 anos no posto (para os demais o tempo máximo é de 04 anos). Caso permaneça o tempo máximo no posto e complete 30 anos de serviço será compulsoriamente transferido para a inatividade.

Tais critérios garantem a fluidez na carreira, evitando a

permanência por tempo demasiado dos militares no serviço ativo. O Art. 110. Os arts. 11, 16, 20, 38, 39, 50, 53, 60, 68, 69, 71,

77, 79, 81, 91, 92, 94, 96, 99, 100, 122 e 126 da Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 11. ….........................................................................................................................

§ 1º A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput deste artigo é de 18 (dezoito) anos, sendo a máxima:

I - de 35 (trinta e cinco) anos, para o ingresso nos Quadros de Oficiais QOPMS, QOPMC e QOPMComp, não se aplicando aos policiais militares da ativa da Corporação;

II - de 30 (trinta) anos no Quadro de Oficiais QOPM,

Foram mantidos os limites mínimo e máximo de idade de acordo com os Quadros, a modificação foi apenas na estruturação do artigo 11 e seus parágrafos.

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não se aplicando aos policiais militares da ativa da Corporação; III - de 30 (trinta) anos nos Quadros que compõem as

carreiras de Praças. ..........................................................................................

................................................... .” (NR)

“Art. 16. § 6º Nos casos de qualquer interrupção da contagem do

tempo de serviço, a antiguidade do policial militar será redefinida, excluindo-se o tempo decorrido na respectiva interrupção. (NR)

Foi incluído o parágrafo 6º com os critérios para contagem de prazo no caso de interrupção do serviço, a exemplo do que ocorre com a Licença para Tratar de Interesse Particular.

“Art. 20. O ingresso nas carreiras do Quadro de Oficiais Policiais Militares Combatentes - QOPM, Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS, Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementar – QOPMComp, Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães - QOPMC, observados os seus requisitos, dar-se-á por meio de promoção do Aspirante-a-Oficial Policial Militar ao primeiro posto. ............................................................................................................................................. ” (NR)

Estende o critério da promoção do Aspirante-a-Oficial como requisito para ingresso na carreira de Oficial para os Quadro de Saúde, Complementar e Capelães.

“Art. 38. Os Subtenentes e Sargentos auxiliam ou complementam as atividades dos Oficiais, nas áreas meio e fim.

§ 1º No exercício das atividades mencionadas neste artigo e no comando de profissionais subordinados, os Subtenentes e Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade técnico-profissional, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das

Foi substituídas a expressão “no adestramento e emprego de meios, quer na instrução e administração” por “na área meio e fim”.

Foi acrescido o parágrafo 2º, sendo que, por necessidade de serviço, os Subtenentes e Sargentos também deverão desempenhar as atividades de execução.

A razão do dispositivo se deve ao aumento expressivo do número de Sargentos e Subtenentes com os novos critérios de promoção estabelecidos na Lei.

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ordens, das normas do serviço e das operativas pelas praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da coesão e do moral delas, em todas as circunstâncias.

§ 2º Os Subtenentes e Sargentos, por necessidade de serviço, também deverão desempenhar as atividades de execução.” (NR)

“Art. 39. Os Cabos e Soldados são essencialmente profissionais

de execução.” (NR) Foi substituído o vocábulo “elementos de execução”, por

“profissionais de execução”. As demais atribuições da graduação de Soldado se encontram

anexa a Lei.

“Art. 50. III - a remuneração calculada com base no soldo

integral do posto ou graduação, quando, não contando 30 (trinta) anos de serviço:

a) forem transferidos para a reserva remunerada ex-officio, por terem atingido a idade-limite de permanecer em atividade no posto ou na graduação ou ter sido abrangido pela quota compulsória;

b) o Coronel QOPM, for exonerado ou demitido do cargo de Comandante-Geral, conforme previsto no § 2º do art. 91 desta Lei.

Critérios para percepção dos proventos integrais dos policiais militares transferidos para a inatividade.

Mantida a integralidade dos abrangidos pela Quota Compulsória e inclusão do Coronel exonerado do cargo de Comandante-Geral que opte em ir para a Reserva.

IV - a) a estabilidade, quando Praça, após decorridos 3 (três) anos da data de promoção a graduação de Soldado 1ª Classe;

Redução do período para aquisição de estabilidade da Praça Policial de 10 para 03 anos, garantindo a simetria com os demais servidores públicos.

§ 2º..................................................................................................

Inclusão, no mesmo patamar do cônjuge, da companheira como dependente ainda que policial militar.

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..................................... I - o cônjuge, companheiro ou companheira

reconhecido por escritura pública declaratória, ainda que policial militar;

A União Estável passa a ser reconhecida por escritura pública declaratória, não se exigindo mais convivência de 05 anos e reconhecimento judicial, adequando-se ao sistema jurídico que trata do tema.

A possibilidade de inclusão de policial militar como dependente tem efeitos na percepção do auxilio moradia.

II - os (as) filhos (as) ou enteados (as) até 21 (vinte e

um) anos de idade ou até 24 (vinte e quatro) anos de idade, se estudantes universitários, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;

Modificação no inciso II, com a inclusão do enteado e ampliação para 24 anos o limite de idade no caso de estudante universitário e sem limite etário no caso de invalidez.

VII – a (o) viúva (o) do (a) policial militar, enquanto permanecer nesta situação e os demais dependentes mencionados nos itens II, III, IX e X deste parágrafo, desde que vivam sob a responsabilidade da viúva ou viúvo;

Foi incluído o viúvo, antes figurava apenas a viúva.

IX - os pais, com comprovada dependência econômica do militar, assim compreendidos aqueles que, individualmente, percebam remuneração de até 01 (um) salário mínimo, ou, quando cônjuges ou companheiros, até 02 (dois) salários mínimos em conjunto; e,

Inclusão desse item no rol de dependentes, com a definição da remuneração mínima para configurar a dependência econômica.

X - a pessoa sob guarda ou tutela judicial até 21 (vinte e um) anos de idade ou até 24 (vinte e quatro) anos de idade, se estudante universitário, ou, se inválido, enquanto durar a invalidez.

Inclusão desse item no rol de dependentes.

§ 5º Para efeito do disposto no § 2º deste artigo, serão considerados como remuneração os rendimentos de qualquer

Define o conceito de remuneração, invertendo o sentido da redação anterior pela substituição do vocábulo “não”.

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natureza, provenientes de trabalho assalariado ou não, ainda que recebidos dos cofres públicos.” (NR)

“Art. 53.

......................................................................................................

....................... ..........................................................................................

............................................................. § 2º

......................................................................................................

................................ ..........................................................................................

............................................................. III - gratificação de Representação. ..........................................................................................

.................................................... ” (NR)

“Art. 60................................................................................................................................

…..................................................................................................................................................

§ 3º As promoções serão efetuadas pelos critérios de antiguidade, merecimento, tempo de serviço ou post mortem.

….......................................................................................................................................” (NR)

“Art. 68... Parágrafo único. A licença de que trata este artigo será

sempre concedida com prejuízo da remuneração e da contagem

Modifica o texto estabelecendo que a LTIP poderá ser contínua ou não.

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do tempo de efetivo serviço, e terá a duração máxima de dois anos, contínuos ou não. ”(NR)

“Art. 69. § 2º A interrupção das licenças para tratar de interesse

particular, para acompanhar cônjuge ou companheira (o) e para frequentar curso de formação serão definitivas, quando o policial-militar for reformado ou transferido ex-officio para a reserva remunerada.

.............................................................................................................................................. ” (NR)

Modificação do texto com a inclusão da licença para acompanhar cônjuge ou companheira e para frequentar curso de formação.

“Art. 71. § 3º Na hipótese do caput será assegurado o direito à

assistência de superior hierárquico durante a lavratura do auto competente.

….........................................................................................................................................”(NR)

Inclusão do direito à assistência de superior hierárquico na hipótese de prisão em flagrante de policial militar.

“Art. 77”. § 1º I - for nomeado para cargo considerado no exercício de

função de natureza ou interesse policial militar, estabelecido em lei ou decreto, não previstos nos Quadros de Organização e Distribuição de Efetivo da Polícia Militar.

…...................................................................................................................................................

Hipótese de agregação, mantido o critério anterior, mas com adequação técnica.

III - ..

Hipótese de agregação foi incluído os casos de licença para acompanhar cônjuge ou companheira (o), ou em licença para

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d) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de interesse particular, em licença para acompanhar cônjuge ou companheira (o), ou em licença para frequentar curso de formação.

frequentar curso de formação.

IV - estiver adido ao órgão de pessoal da Corporação, nas seguintes situações:

a) designado para a Força Nacional de Segurança Pública;

b) for colocado à disposição para exercer cargo ou função em operações de paz no exterior, ainda que seja levado a efeito por organismo internacional de que o Brasil participe ou com a qual coopere;

c) para frequentar curso de interesse da Polícia Militar do Distrito Federal, em outra unidade federativa ou no exterior, assim definido pelo Comandante-Geral, cuja duração ultrapasse o período de 03 (três) meses consecutivos;

d) designado para exercer a função de Juiz Militar e estiver exclusivamente à disposição do Conselho de Justiça da Auditoria Militar do Distrito Federal, assim declarado por esse órgão;

§ 2º O policial militar agregado de acordo com os itens I, II e IV do § 1º, continua em serviço ativo, para todos os efeitos legais.

Ampliação do rol das situações de agregação do policial militar.

§ 9º A agregação do policial militar a que se refere o inciso IV do § 1º é contada a partir da data de sua apresentação no órgão de pessoal da Corporação.

§ 10. O policial militar agregado, em conformidade com o inciso I do § 1º, somente deixará de ocupar vaga na

Definição do início da contagem de tempo para agregação. O parágrafo 10 traz importante inovação com estipulação do

prazo de 6 meses para que o militar deixe de ser numerado quando for

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escala hierárquica do seu Quadro, nela permanecendo sem número, após 180 (cento e oitenta) dias da data da posse do novo cargo.” (NR)

agregado (o que gera vagas para a promoção), tal medida visa moralizar o instituto e evitar agregações desnecessária ou com objetivos desvirtuados do interesse público.

“Art. 79. O ato de agregação será efetuado pelo Comandante-Geral da Corporação.

Parágrafo único. A apresentação no órgão solicitante, no caso de Oficiais na situação do inciso I, § 1º do artigo 77 desta Lei, será precedida de manifestação do Governador do Distrito Federal.” (NR)

A agregação, tanto para Oficiais quanto para as Praças passa a ser ato do Comandante-Geral.

Anteriormente a agregação de Praças era ato do Comandante-Geral e dos Oficiais do Governador.

Na hipótese de nomeação de Oficiais para cargos de natureza policial-militar deve ser precedida de manifestação do Governador.

“Art. 81. O ato de reversão será efetuado pelo Comandante-Geral da Corporação.

Parágrafo único. Quando necessária, a determinação de retorno à Corporação de Oficiais na situação do inciso I, § 1º do artigo 77 desta Lei será precedida de manifestação do Governador do Distrito Federal.” (NR)

A reversão também, seja para Oficiais ou Praças, passa a ser ato do Comandante-Geral.

No caso dos Oficiais deve haver a manifestação do Governador, todavia, o ato é do Comandante-Geral.

“Art. 91. A transferência para a reserva remunerada, a pedido, será concedida, mediante requerimento, ao policial militar, que contar 30 (trinta) anos ou mais de serviço, se homem, ou 25 (vinte e cinco) anos, se mulher.

” (NR)

Concessão de transferência para a inatividade (aposentadoria) para a Policial Militar Feminina com 25 anos de serviço.

Com esse dispositivo foi garantida a Policial Militar os mesmos direitos assegurados para as mulheres das Policiais Civis e Federal introduzidas com a aprovação da LC 144/2014.

“Art.92. I -.......................... a) .................................. 1........................... 2. 60 (sessenta) anos para os demais postos;

O limite de idade para Oficiais do QOPM passa a ser de 62 anos para Coronel e 60 anos para os demais postos.

Foram suprimidos os demais limites, considerando que o ingresso já havia sido ampliado para a idade máxima de 30 anos. Portanto, já não há mais hipótese de transferência ex officio para a inatividade sem completar 30 anos de serviço.

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b) Para o Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde:

1. 65 (sessenta e cinco) anos para os postos de Coronel e Tenente-Coronel; e

2. 62 (sessenta e dois) anos para os demais postos.

Ampliação dos limites de idade para transferência ex officio do QOPMS, os limites do Quadro de Saúde é superior considerando que a idade limite para ingresso é de 35 anos.

c) para o Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães:

1. 65 (sessenta e cinco) anos para o posto de Tenente-Coronel; e

2. 62 (sessenta e dois) anos para os demais postos.

Ampliação dos limites de idade para transferência ex officio do QOPMC, os limites do Quadro de Capelães é superior considerando que a idade limite para ingresso é de 35 anos.

d) para o Quadro de Oficiais Policiais Militares Complementar:

1. 65 (sessenta e cinco) para o posto de Major; 2. 62 (sessenta e dois) anos para os demais postos.

Introdução dos limites de idade para transferência ex officio do QOPMCompl., já que o Quadro passa a existir com a aprovação do PL.

Os limites do Quadro Complementar é superior considerando que a idade limite para ingresso é de 35 anos.

e) para os Quadros de Oficiais Policiais Militares de

Administração, Especialistas e Músicos: 1. 62 (sessenta e dois) anos, para todos os postos.

Para os Quadros QOPMA, QOPME e QOPMM o limite foi ampliado, sendo único, de 62 anos, para todos os postos, compatível com a idade limite de 30 anos para ingresso das Praças.

f) para as Praças Policiais Militares: 1. 60 (sessenta) anos para praças.

Para as Praças as idades iam de 54 a 59 anos de acordo com a graduação. O limite foi fixado em 60 anos para todos as graduações, compatível, portanto, com o limite de ingresso com 30 anos.

II - atingir, o Coronel, 4 (quatro) anos de permanência no posto, desde que conte 30 (trinta) anos ou mais de serviço, observado o disposto no inciso XV deste artigo;

O tempo máximo de permanência no posto para Coronel foi reduzido de 06 para 04 anos, medida que garante maior fluidez nas carreiras.

VII - ultrapassar 4 (quatro) anos, contínuos ou não, em O limite para tratamento da pessoa da família foi ampliado de

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licença para tratamento de saúde de pessoa da família, a contar da publicação desta Lei;

02 para 04 anos, após esse período o policial militar será transferido compulsoriamente para a inatividade.

§ 1º Aplica-se, para todos os efeitos, o disposto no inciso II do § 1º do art. 77, aos policiais militares que incidirem no previsto nos incisos I a XVII deste artigo, aguardando, na situação ali prevista, a transferência ex officio para a reserva remunerada.

…......…..................................................................................................................................”(NR)

Trata-se de agregação de policiais militares que aguardam transferência para a reserva.

“Art. 94. I - a) para Oficiais - 68 (sessenta e oito) anos;

A idade limite para reforma (ocasião em que não mais será possível o retorno à atividade) de Oficiais foi ampliada de 65 para 68 anos.

“Art. 96.. V - alienação mental, cardiopatia grave, cegueira,

doenças decorrentes de contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), hanseníase, hepatopatia grave, nefropatia grave, neoplasia maligna, paralisia irreversível e incapacitante, pênfigo, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA/Aids), tuberculose ativa, e outras especificadas em legislação, com base na medicina especializada; e, .........................................................................................................................................” (NR)

Ampliação do rol de doenças incapacitantes.

“Art. 99. Reforma de policiais militares incapacitados. Foi retirado do

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I - com remuneração proporcional ao tempo de serviço; ..........................................................................................

..............................................” (NR)

inciso a exigência de ter estabilidade.

“Art. 100. ….......................................................................................................................

§ 1º O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassar 5 (cinco) anos e na forma do disposto no § 1º do art. 82.

.............................................................................................................................................. ” (NR)

Foi ampliado, de 02 para 05 anos o prazo de retorno ao serviço do policial militar julgado incapacitado.

“Art. 122. §4º II - passado em licença para tratar de interesse particular

e licença por motivo de afastamento do cônjuge; .”(NR)

Hipótese de não contagem do tempo de serviço o período de Licença para tratar de interesse particular e licença por motivo de afastamento do cônjuge.

“Art. 126. Uma vez computado o tempo de efetivo serviço e seus acréscimos, previstos nos artigos 121 e 122 desta lei, e no momento da passagem do policial militar à situação de inatividade, pelos itens I, II, IV, V, VII, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI e XVII do artigo 92 e nos itens II e III do artigo 94 desta lei, a fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias será considerada como 1 (um) ano para os efeitos legais.” (NR)

CAPÍTULO XVI DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS OU FINAIS E

A regra para o ingresso no Quadro em extinção de Oficiais Especialistas será a mesma para o ingresso no QOPMA e QOPMM.

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TRANSITÓRIAS Art. 111. Aplicam-se os dispostos nos arts. 46 e 47 desta Lei,

além das demais regras aplicáveis ao acesso e promoções do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos - QOPMA, aos policiais do Quadro de Oficiais Policiais Militares Especialistas - QOPME, até a extinção do quadro.

Art. 112. As estruturas médico-hospitalares e odontológicas

serão destinadas exclusivamente aos policiais militares e seus dependentes.

A estrutura médico-hospitalar e Odontológica é corolário do direito a assistência à saúde previsto no artigo 50, inciso IV, alínea ‘e’ do Estatuto da PMDF.

Art. 113. Ficam criadas na Polícia Militar do Distrito Federal as

seguintes estruturas de ensino: I - o Instituto Superior de Ciências Policiais - ISCP, instituição

pública de ensino superior mantida pela Polícia Militar do Distrito Federal, sem fins lucrativos, que tem como missão a promoção do ensino, da pesquisa e extensão, do progresso das ciências e das tecnologias relacionadas com o campo das Ciências Policiais e a formação de profissionais de nível superior nas especialidades de interesse da Segurança Pública; e,

O Instituto Superior de Ciências Policiais (ISCP) passa a ser previsto em lei. Tendo como incumbência o ensino superior na Corporação.

II - o Colégio Militar Tiradentes - CMT, instituição de educação básica, mantido pela Polícia Militar do Distrito Federal, destinado ao ensino fundamental e médio, voltado, prioritariamente, aos dependentes dos policiais militares do Distrito Federal.

O Colégio Militar Tiradentes passa a ser previsto em lei (e não apenas por Decreto) e destina-se ao ensino fundamental e médio dos dependentes de policiais militares.

§ 1º Os cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e pós-graduação stricto sensu oferecidos pelo Instituto Superior de Ciências Policiais deverão se adequar às normas estabelecidas pela Lei de

Os cursos fornecidos pelo ISCP devem seguir a LDBE a fim de terem seus diplomas reconhecidos pelo MEC, apesar disso, fica mantida a natureza militar do referido Instituto.

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Diretrizes e Bases da Educação e legislação correlata. § 2º Os demais cursos oferecidos pelo Instituto Superior de

Ciências Policiais também deverão se adequar às normas estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação e legislação correlata.

§ 3º O disposto nesse artigo não afasta a observância das normas que guiam o comportamento, o funcionamento e a organização policial militar.

Art. 114. A atividade policial militar é considerada perigosa, insalubre e de natureza especial e diferenciada e tem caráter eminentemente técnico-jurídico, para todos os efeitos legais, aplicando-se aos seus membros o previsto no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal.

O reconhecimento como atividade perigosa e insalubre de natureza especial e diferenciada pode enseja o recebimento de gratificações no futuro que tenham por base esses parâmetros.

O caráter técnico-jurídico com a aplicação do artigo 37, XVI da CF, garante ao Policial Militar a possibilidade de acumular o cargo com outro de professor.

Art. 115. O Serviço de Atendimento de Emergência da Polícia Militar, será exercido por órgão próprio e funcionará subordinado Superintendência-Geral de Segurança e Ordem Pública da Polícia Militar do Distrito Federal.

Regula o serviço de atendimento de emergência por meio de recebimento de chamadas telefônicas (190), sendo que esse se subordinará a SGOP/PMDF (órgão que substituirá o DOP).

Art. 116. O Governo do Distrito Federal criará, regulamentará e implementará na PMDF, mediante proposta do Comandante-Geral, em até 180 (cento e oitenta) dias, indicadores de desempenho de suas atividades administrativas e operacionais.

§ 1º Os indicadores servirão de base para avaliação de desempenho dos diversos setores da PMDF.

§ 2º Os indicadores de desempenho serão divulgados à sociedade semestralmente.

§ 3º Os indicadores de desempenho serão anualmente avaliados e aperfeiçoados.

A eficiência da Corporação será medida através de indicadores de desempenho.

Art. 117. A Corporação divulgará suas atividades à sociedade Obriga a PMDF a divulgar o balanço de suas atividades para a

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anualmente, tais como: operações, pessoal e material empregado, índices de vitimização, índices de percepção de insegurança, índices de percepção confiança na Polícia Militar, prisões efetuadas, armas e drogas apreendidas, ações preventivas, programas de prevenção primária, chamadas atendidas, dentre outras informações de interesse público.

Parágrafo único. Para operacionalização do caput deste artigo deverão ser utilizados os sistemas de dados da Corporação, da Secretaria de Segurança do Distrito Federal e de qualquer outra instituição que detenha dados ou informações referentes às atividades relacionadas no caput.

sociedade. Percebe-se que com esse dispositivo a Corporação deixa de ser apenas uma fornecedora de dados, passando a ter papel primordial na sua divulgação.

Art. 118. Todos os processos, ações e rotinas administrativos e operacionais deverão ser descritas e regulamentadas por ato do Comandante-Geral.

Obriga a elaboração de manuais e protocolos no âmbito da PMDF.

Art. 119. Norma especial para regular as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos por policiais militares será objeto de regulamentação pelo Governador do Distrito Federal.

As normas de ensino serão reguladas por meio de Decreto do GDF.

Art. 120. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, na forma da legislação em vigor, poderá contratar pessoal civil para a prestação de serviços de natureza técnica ou especializada, bem como de natureza geral.

Regula a contratação de pessoal civil.

Art. 121. A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição de competências gerais de órgãos da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com a organização básica e os limites de efetivos definidos em lei, ficarão a cargo:

I - do Poder Executivo Federal, mediante proposta do

Os órgãos de Direção Geral serão normatizados por Decreto Federal

Os órgãos de Direção Setorial serão normatizados por Decreto do GDF.

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Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos de direção-geral e direção setorial; e,

II - do Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Comandante-Geral, em relação aos órgãos de apoio e de execução, não considerados no inciso I.

Art. 122. As atribuições dos dirigentes dos órgãos a que se referem os incisos I e II do art. 121 serão definidas em conformidade com o disposto nesse artigo.

TÍTULO III CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES COMUNS Art. 133. Os arts. 1º, 2º, 3º, 20, 24, 26, 27, 28, 32, 33, 33-

A, 34 e 38 da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º …......…..........................................................................................................................

….............….........................................................................................................................................

II - ….................................................... …......…............................................................................

............................................................. e) de serviço prestado; e, f) de permanência.

Modifica a Lei de Remuneração e cria os adicionais de serviço prestado e de permanência.

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III - gratificações: ..........................................................................................

. d) por encargo de curso ou concurso; e e) de titulação. …...........................................” (NR)

Cria as gratificações por encargo de curso ou concurso e de titulação.

Art. 2º .…............................................ I - …................................................... ........................................................... j) auxílio-acidente. .........................................................” (NR)

Cria o auxílio-acidente, espécie de seguro de vida e acidentes.

“Art. 3º ................................................. .............................................................. III - o adicional de certificação profissional dos

militares do Distrito Federal é composto pelo somatório dos percentuais referentes a 1 (um) curso de formação, 1 (um) de especialização ou habilitação, 1 (um) de aperfeiçoamento e 1 (um) de altos estudos, inerente aos cursos realizados com aproveitamento, constantes da Tabela II do Anexo II desta Lei;

VI - gratificação de representação - parcela remuneratória mensal devida aos militares ativos e inativos, a título de representação, conforme constante da Tabela I do Anexo III;” (NR)

...................................................................

Modificação das tabelas e anexos. Mantém os direitos.

XVIII - adicional de serviço prestado - direito pecuniário devido ao militar inativo do Distrito Federal,

Cria o adicional de serviço prestado para o inativo, o que compensará a perda do auxílio-alimentação com a transferência para

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percebido mensal, sucessivamente e fixado em 5% da remuneração do último posto das respectivas corporações, conforme constante da Tabela V do Anexo II, na forma do Anexo VIII desta Lei.

inatividade.

XIX - adicional de permanência - parcela remuneratória mensal devida ao militar do Distrito Federal que, mesmo tendo cumprido o interstício necessário, permaneça no grau hierárquico ocupado por inexistência de vaga no grau hierárquico superior, conforme constante da Tabela VI do Anexo II, na forma do Anexo IX desta Lei;

Cria o adicional de permanência, devido ao militar que cumprir o interstício e não for promovido.

XX - gratificação por Encargo de Curso ou Concurso - parcela remuneratória devida ao militar, em caráter eventual, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes, conforme regulamentação a ser baixada pelo Governo do Distrito Federal, que:

a) atuar na condição de instrutor em curso promovido pelas respectivas corporações;

b) participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

c) participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão e avaliação de resultado; e,

d) participar da aplicação, fiscalização ou avaliação de provas relacionadas a processo seletivo interno ou concurso público.

XXI - gratificação de titulação - direito pecuniário

Cria a gratificação por Encargo de Curso ou Concurso, que abrangerá, principalmente, os policiais militares empenhados na docência.

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devido ao militar possuidor de títulos, diplomas ou certificados adicionais obtidos mediante conclusão de cursos de pós-graduação Lato Sensu, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, de interesse da Corporação, devidamente reconhecidos pelo Ministério da Educação e Cultura na forma de Lei específica, conforme regulamentado pelo Governo do Distrito Federal;

XXII - auxílio acidente - direito pecuniário devido ao

militar ou a seu beneficiário no caso de invalidez permanente ou morte do militar, respectivamente, desde que ocorridas em razão de acidente acontecido no estrito cumprimento do dever legal ou em razão da função que exerce, ainda que fora do horário de trabalho, inclusive nos deslocamentos da residência para o trabalho e vice-versa, conforme constante da Tabela VII do Anexo IV, na forma do Anexo X desta Lei, regulamentado pelo Governo do Distrito Federal;

Cria o auxílio-acidente, a ser pago ao policial militar acidentado, dispensando a necessidade de contratar seguradoras, fato que gerará economia para o erário e atendimento mais célere do acobertado.

§ 1º O Auxílio Moradia de que trata o inciso XIV deste artigo, devido aos militares do Distrito Federal, poderá ter seus valores alterados por ato do Governador do Distrito Federal, respeitado o escalonamento vertical previsto na Tabela II do Anexo I desta Lei.

Melhora a redação do auxílio-moradia, acabando com a discussão a respeito da possibilidade do Governador alterar os seus valores.

§ 2º É assegurada a indenização a que se refere o inciso X deste artigo, para custear despesa do cônjuge, dependente ou, na ausência destes, do familiar com parentesco até 3º grau, para fins de acompanhamento quando o militar a serviço da Corporação encontrar-se na condição de hospitalizado sem possibilidade de remoção imediata

Amplia a possibilidade da percepção do auxílio-transporte para custear do cônjuge ou dependente.

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para sua sede.” (NR) “Art. 20 ............................................. ........................................................... VI - gratificação de representação; e VII - adicional de permanência.

............................................................

Amplia os proventos na inatividade, garantido a percepção da gratificação de representação e adicional de permanência.

§ 5º O Coronel QOPM ou o Coronel QOBM/Comb., exonerado ou demitido do cargo de Comandante-Geral, conforme previsto no § 2º do art. 91 da Lei n.º 7.289, de 18 de dezembro de 1984, e conforme previsto no § 1º do art. 92 do Estatuto dos Bombeiros Militares, aprovado pela Lei nº 7.479, de 02 de junho de 1986, terá direito aos proventos calculados com base no soldo integral, desde que conte com 25 (vinte e cinco) anos ou mais de serviço.” (NR)

Garante proventos integrais para Coronéis exonerados do cargo de Comandantes-Gerais e que contem com mais de 25 anos de serviço.

“Art. 24..........................................................................................

.......................................................................................................

§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou

incuráveis, a que se refere o inciso IV deste artigo, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, doenças decorrentes de contaminação por radiação, doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), hanseníase, hepatopatia grave, nefropatia grave, neoplasia maligna, paralisia irreversível e incapacitante, pênfigo, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA/Aids), tuberculose ativa, e outras especificadas em legislação, com base na medicina

Amplia o rol de doenças incapacitantes e que garantem a reforma com proventos integrais.

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especializada. ...............................................................................

§ 3o Na inatividade, o militar que venha a adquirir uma

das doenças descritas no § 1o deste artigo, desde que declarado por Junta Médica da Corporação, terá direito à revisão dos seus proventos, nas condições estabelecidas no caput ou no art. 26.” (NR)

Trata do auxílio-invalidez, mesmo que venha a adquirir a doença na inatividade.

“Art. 26 .................................................................... ................................................................................... § 3o O militar na inatividade que contrair uma das

doenças do art. 24, § 1º, declarado por Junta Médica da Corporação, fará jus ao auxílio-invalidez.” (NR)

Auxílio-invalidez.

“Art. 27. Descontos são os abatimentos que podem sofrer a remuneração ou os proventos do militar, bem como a pensão militar, para cumprimento de obrigações assumidas ou impostas em virtude de disposição de lei ou de regulamento.” (NR)

A pensão militar passa a poder receber os descontos de que trata a Lei.

“Art. 28............................................................. .......................................................................... II - contribuição para a assistência médico-hospitalar,

odontológica, psicológica e social; III - indenização pela prestação de assistência médico-hospitalar

aos dependentes e pensionistas por intermédio de organização militar

Trata dos descontos obrigatórios, no inciso II foi retirado vocábulo “militar”, ou seja, o desconto passa a ser autorizado no caso de tratamento de dependentes e pensionistas.

No inciso III foram incluído os pensionistas.

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§ 1º Os descontos obrigatórios constantes dos incisos II e III de que trata o caput deste artigo não poderão ser fonte de financiamento do Fundo de que trata a Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002.

Os descontos não poderão ser direcionados para o Fundo Constitucional do DF, devendo retornar para a Saúde.

§ 2º O Governo do Distrito Federal executará, dentro de orçamento próprio, os recursos oriundos dos descontos previstos nos incisos II e III de que trata o caput deste artigo, que serão utilizados exclusivamente para complementar o custeio da assistência prevista no art. 32 desta Lei.” (NR)

Os descontos devem ser direcionados para a Saúde da PMDF.

“Art. 32.................................................................. § 1º O militar e seus dependentes poderão receber

atendimento em outras organizações hospitalares, nacionais ou estrangeiras, nas seguintes situações especiais:

III - Ao inativo e pensionista, será fornecido o transporte, quando houver necessidade de internação hospitalar decorrente de prescrição médica utilizando os parâmetros estabelecidos na legislação federal e conforme regulamentação do Governo do Distrito Federal.

§ 2o O Sistema de Saúde da Corporação destina-se a atender ao militar, seus dependentes e aos pensionistas previstos no inciso I do Art. 37 da Lei no 10.486, de 4 de julho de 2002.” (NR)

Substitui a expressão “organização da saúde” por “sistema de saúde”.

“Art. 33. A Assistência médico-hospitalar, médico- Altera a redação.

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domiciliar, odontológica, psicológica e social ao militar e seus dependentes e aos pensionistas, conforme o § 2o do art. 32 desta lei, será financiada de forma complementar pelas contribuições e indenizações previstas nos incisos II e III de que trata o art. 28 desta lei.

( Redação anterior: Art. 33. Os recursos para assistência médico-hospitalar, médico-domiciliar, odontológica, psicológica e social ao militar e seus dependentes também poderão provir de outras contribuições e indenizações, nos termos dos incisos II e III do caput do art. 28 desta Lei.).

§ 1o A contribuição para a assistência médico-hospitalar, psicológica e social será de 0,3% até 1% (zero vírgula três até um por cento) ao mês, conforme regulamentação do Comandante-Geral de cada Corporação, e incidirá sobre a remuneração, proventos ou a pensão militar tronco.

§ 2o A contribuição para cada dependente participante

do Fundo de Saúde será equivalente a 50% (cinquenta por cento) do valor de que trata o § 1o deste artigo.

.................................................................................. § 4o A indenização pela prestação de assistência de que

trata o caput deste artigo será de: a) 20% (vinte por cento) do valor da despesa para os

dependentes do 1o grupo e pensionistas; .................................................................................. c) (revogado); d) (revogado); § 5o O valor de cada parcela mensal a ser indenizada

será de 8% (oito por cento) do valor da respectiva remuneração, proventos ou pensão militar, para todas as

Reduz a contribuição de 2,0% ao mês para 0,3% até 1% (zero vírgula três até um por cento) ao mês.

Reduz a contribuição do dependente de 100% para 50%. No §4º ‘a' foi incluído o pensionista. A letra ‘c’ tratava da contribuição do III grupo, foi revogado,

pois esse grupo deixa de existir. A letra ‘d’ continha o patamar máximo de uma remuneração. Foram incluídos os §§5º e 6º que passam a regular as parcelas

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situações do parágrafo anterior, até o limite de 60 (sessenta) meses, para as despesas geradas em cada ano fiscal, conforme alíneas “a” e “b” do parágrafo 4º deste artigo, ficando extintas as parcelas vincendas da indenização no caso de morte do militar ou pensionista.

§ 6o As indenização referidas no § 5o deste artigo que

resultarem em parcela com valor menor do que 8% (oito por cento) do valor da remuneração, provento ou pensão militar serão pagas no seu valor total.

indenizáveis.

§ 7o Os dependentes poderão deixar a situação de participantes do Fundo de Saúde mediante requerimento do militar, conforme regulamentação do Comandante-Geral de cada Corporação.

§ 8º Os dependentes que retornarem à situação de

participantes do Fundo de Saúde somente terão direito à assistência do Sistema de Saúde após cumprimento de carência, conforme regulamentação do Comandante-Geral de cada Corporação.” (NR).

O militar poderá requerer a exclusão de dependente. O retorno do dependente implicará no cumprimento de período

de carência.

“Art. 33-A......................................................................... Parágrafo único. Os militares e pensionistas poderão

retornar ao Sistema de Saúde mediante requerimento, após cumprimento de carência conforme regulamentação do Comandante-Geral de cada Corporação.” (NR).

“Art. 34. .............................................................................

Militares inativos e pensionistas que não contribuem com o sistema de saúde poderão retornar mediante requerimento e cumprimento do prazo de carência.

No inciso I ‘a’ a comprovação de União Estável passa a ser

comprovada mediante escritura pública declaratória, não sendo mais necessário o reconhecimento judicial.

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I - .............................................................................. a) o cônjuge, companheiro ou companheira mediante

comprovação por escritura pública declaratória ou por decisão judicial.

................................................................................... II – 2o grupo: os pais, com comprovada dependência

econômica do militar, assim compreendidos aqueles que, individualmente, percebam até 1,5 (um vírgula cinco) salário mínimo, ou, quando cônjuges ou companheiros, até 3 (três) salários mínimos em conjunto.

III – (revogado). Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II

deste artigo serão considerados como remuneração os rendimentos de qualquer natureza, provenientes de trabalho assalariado ou não, ainda que recebidos dos cofres públicos.” (NR)

No inciso II são definido os critérios de dependência econômica de forma objetiva, sendo que os pais poderão receber até 1,5 salários mínimos e o cônjuge ou companheira até 03 salários mínimos.

O grupo III, em vias de extinção desde 2001, foi excluído. O parágrafo único conceitua a remuneração, sendo esses

rendimentos de qualquer natureza.

“Art. 38.......................................................................... Parágrafo único. Nas mesmas condições do caput, o

militar contribuinte da pensão militar com 10 (dez) anos ou mais de serviço, licenciado ou excluído a bem da disciplina, em virtude de ato da autoridade competente, deixará aos seus dependentes a pensão militar correspondente, conforme as condições do art. 37.” (NR).

É sanada à atecnia da redação do parágrafo único do artigo 38 que usava a expressão “deixará aos seus herdeiros” (o que foi objeto de questionamento pelo TCDF, deixando de ser paga a pensão aos dependentes do militar excluído ou licenciado) passando a ser utilizada a forma correta que é “deixará aos seus dependentes”.

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CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 134. Não fará jus ao adicional de permanência a que se

refere o inciso XIX do art. 3º da Lei nº 10.486, de 04 de junho de 2002, o policial militar que incidir nas hipóteses previstas no art. 66 e 77 desta Lei e o bombeiro-militar que incidir nas hipóteses previstas no art. 100 da Lei nº 12.086, de 6 de novembro de 2009.

Não fará jus ao adicional de permanência o policial militar excluído do Quadro de Acesso de forma legal.

Art. 135. O Anexo II da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2014, passa a vigorar na forma do Anexo V desta Lei.

Art. 136. O Anexo III da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2014, passa a vigorar na forma do Anexo VII desta Lei.

Art. 137. O Anexo IV da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2014, passa a vigorar na forma do Anexo VII desta Lei.

Art. 138. A Tabela II do Anexo III da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002, passa a vigorar na forma do Anexo XI desta Lei.

Art. 139. A Tabela II do Anexo IV da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002, passa a vigorar na forma do Anexo XII desta Lei.

Com a aprovação do PL a estrutura da Lei 12.086 é modificada.

Art. 140. Fica assegurada a revisão geral anual da remuneração dos militares do Distrito Federal, sempre no mês de maio.

Art. 141. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei serão atendidas à conta das dotações consignadas no Fundo Constitucional do Distrito Federal, constantes do orçamento-geral da União.

Art. 142. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

O artigo 140 prevê a revisão geral e anual da remuneração, tendo como data base o mês de maio. Todavia, aumentos salariais dependerão sempre de aprovação em lei.

Art. 143. Ficam revogados:

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I - os Capítulos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, do Título I e o Anexo I da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2009;

II - a Lei nº 6.450, de 14 de outubro de 1977;

A Lei 6.450/77 (Lei de Organização Básica da PMDF) é revogada, considerando que toda a parte organizacional da Corporação é tratada nesse projeto.

III - parágrafo único do art. 38, incisos III, IV, V, VI e VIII do §

2º e os §§ 3º e 4º do art. 50, o inciso VI do art. 92, a alínea "c" do inciso I do Art. 94, o inciso III e § 3º do art. 122 os §§ 1º e 2º do art. 130 e o art. 131 da Lei nº 7.289, de 18 de julho de 1984;

Com a revogação dos citados dispositivos do artigo 38 da Lei 7.289/84 foram excluídos do rol de dependentes: III - a filha solteira, desde que não perceba remuneração; VI - o enteado, o tutelado, nas mesmas condições dos itens II, III e IV; VIII - a ex-esposa ou ex-esposo com direito a pensão alimentícia estabelecida por sentença transitada em julgado, enquanto não contrair novo matrimônio. O filho estudante e pais viúvos foram realocados na lei.

Com a revogação dos §§3º e 4º do artigo 50 da Lei 7.289/84,

deixam de figurar como dependentes todo Grupo III que alude o artigo 34 da Lei 10.486/2001.

São eles: “§ 3º - Também será considerado dependente, desde que não perceba remuneração, o marido: I - considerado inválido, isto é, impossibilitado total e permanentemente para qualquer trabalho, não podendo prover os meios de subsistência, mediante julgamento proferido por Junta Médica da Corporação; II - Judicialmente declarado interdito, desde que a policial-militar seja sua curadora; III - que estiver em cárcere por mais de 2 (dois) anos; IV - para efeito do disposto no artigo 50, item IV, letra f. § 4º - São, ainda, considerados dependentes do policial-militar, desde que vivam sob a sua dependência econômica, sob o mesmo teto, e quando expressamente declarados na Organização Policial-Militar competente: I - a filha, a

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enteada, a tutelada, nas condições de viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que não recebam remuneração; II - a mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúva ou solteira, bem como separadas judicialmente ou divorciadas, desde que em qualquer dessas situações não recebam remuneração; III - os avós e os pais, quando inválidos ou interditos e respectivos cônjuges, estes, desde que não recebam remuneração; IV - o pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo cônjuge, desde que ambos não recebam remuneração; V - o irmão, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou inválidos ou interditos, sem outro arrimo; VI - a irmã, a cunhada e a sobrinha, solteiras, viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde que não recebam remuneração; VII - o neto, órfão, menor ou inválido ou interdito; VIII - a pessoa que viva, no mínimo há 5 (cinco) anos, sob a sua exclusiva dependência econômica, comprovada mediante justificação judicial; e X - o menor que esteja ob sua guarda, sustento e responsabilidade, mediante autorização judicial”.

Foi revogado inciso VI do art. 92 da Lei 7.289/84, que diz: “VI

- ultrapassar 2 (dois) anos, contínuos ou não, em licença para tratar de interesse particular”.

Foi revogada a alínea "c" do inciso I do Art. 94 que diz “para

Praças - 58 anos”, trata do limite de idade para transferência para reserva.

Foi revogado o inciso III do artigo 122 que diz “1 (um) ano

para cada 5 (cinco) anos de tempo de efetivo serviço prestado pelo Oficial do Quadra de Saúde que possuir curso universitário, até que este acréscimo complete o total de anos de duração normal correspondente ao referido curso, sem superposição a qualquer tempo

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de serviço policial-militar ou público, eventualmente prestado durante a realização deste mesmo curso”, trata-se de contagem de tempo ficta para o Quadro de Oficiais de Saúde, que deixa de existir com a referida revogação.

Foi revogado § 3º do artigo 122 que diz “O disposto no item III,

deste artigo aplicar-se-á nas mesmas condições e na forma da legislação específica ou peculiar, aos possuidores de curso universitário, reconhecido oficialmente, que venham a ser aproveitados como Oficiais da Polícia Militar, desde que esse curso seja requisito para seu aproveitamento”. Trata-se de contagem de tempo ficta, que ocorre principalmente para os Quadros de Oficiais de Saúde e Capelães, que deixará de existir com a revogação.

O artigo 130 diz que “O policial-militar da ativa pode contrair

matrimônio, desde que observada à legislação civil específica. § 1º - É vedado o casamento as Praças Especiais, com qualquer idade, enquanto estiverem sujeitas aos regulamentos dos Órgãos de Formação de Oficiais. § 2º - O casamento de policiais-militares com estrangeiros somente poderá ser realizado após autorização do Comando-Geral”. Apesar de não ter sido questionado, observa-se que o dispositivo afronta a Constituição, deixando, portanto, de constar na Lei com a revogação.

O artigo 131 diz que “As Praças Especiais que contraírem matrimônio em desacordo com o § 1º do artigo anterior serão excluídas sem direito a qualquer remuneração ou indenização”. Apesar de não ter sido questionado, observa-se que o dispositivo afronta a Constituição, deixando, portanto, de constar na Lei com a revogação.

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IV - as alíneas “c” e “d” do § 4º do art. 33, o inciso III do art. 34 da lei n.º 10.486, de 2 de junho de 2002;

Artigo revogados da Lei 10.486/2001, que trata da contribuição do Grupo III: “c) a 60% (sessenta por cento) do valor da despesa para os dependentes do 3o grupo; d) ao valor máximo de apenas uma remuneração ou proventos do posto ou da graduação do militar, considerada a despesa total anual, para todas as situações deste parágrafo”.

Foi revogado o inciso III do artigo 34 que diz “3o grupo: os que constarem na condição de dependentes do militar, até a data da entrada em vigor desta Lei, enquanto preencherem as condições estabelecidas nos Estatutos das Corporações”.

V - o parágrafo único do art. 38, as alíneas c, d, e, f e h do § 2º e

o § 3º do art. 51, os itens 3 e 4 da alínea a, os itens 3 e 4 da alínea b e os itens 1 a 5 da alínea c, tudo do inciso I, e ainda o inciso VI, do art. 93, o inciso III e o § 3º do art. 123, do Estatuto dos Bombeiros-Militares, aprovado pela Lei nº 7.479, de 02 de junho de 1986; ....

VI - as alíneas c e d do § 4º do art. 33, o inciso III do art. 34, da Lei nº 10.486, de 04 de julho de 2002.

VII - o parágrafo único do art. 38, as alíneas c, d, e, f, h, § 3º do § 2º do art. 51, itens 3, 4 da alínea “a”, itens 3, 4 da alínea “b”, itens 1, 2, 3, 4, 5 da alínea “c”, do inciso I, inciso VI do Art. 93, inciso III e § 3º do art. 123 da Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986.

VIII - os incisos V, VII, IX e X do art. 8º-A, os incisos I, II, III e IV do art. 23-A, o art. 72, os incisos I, II, III, IV, V, §§ 2º e 3º do art. 79,

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o parágrafo único do art. 81, o § 5º, os incisos I e II do § 6º do art. 86, os arts. 89, 90, 98, § 4º do art. 99, o art. 108, da Lei nº 8.255, de 20 de novembro de 1991.

IX - o art. 72, os incisos I a V e os §§ 2º e 3º do art. 79, o

parágrafo único do art. 81, os incisos I e II do § 6º, e os §§ 5º e 6º do art. 86, os arts. 89, 90, 98, o § 4º do art. 99, e o art. 108 da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2009.

O artigo 72 diz: “Promoção por ato de bravura é aquela que resulta de ato não comum de coragem e audácia, ainda que no cumprimento do dever, que represente feito relevante à operação bombeiro militar e à sociedade, pelos resultados alcançados ou pelo exemplo positivo dele emanado, podendo ocorrer a qualquer tempo, independentemente da existência de vaga e com efeitos retroativos à data da ocorrência do aludido ato.”, com a revogação se extingue a promoção por ato de bravura.

X - os incisos V, VII, IX e X do art. 8º-A, os incisos I, II, III e IV

do art. 23-A da Lei nº 8.255, de 20 de novembro de 1991.

XI – o parágrafo único do art. 38, as alíneas c, d, e, f e h do § 2o e o § 3o do art. 51, os itens 3 e 4 da alínea a, os itens 3 e 4 da alínea b e os itens 1 a 5 da alínea c, tudo do inciso I, e ainda o inciso VI, do art. 93, o inciso III e o § 3o do art. 123, do Estatuto dos Bombeiros-Militares, aprovado pela Lei no 7.479, de 02 de junho de 1986;

XII – o art. 72, os incisos I a V e os §§ 2o e 3o do art. 79, o parágrafo único do art. 81, os §§ 5o e 6o do art. 86, os arts. 89, 90, 98, o § 4o do art. 99 e o art. 108 da Lei no 12.086, de 06 de novembro de 2009.

XIII – os incisos V, VII, IX e X do art. 8o-A e os incisos I a IV do art. 23-A da Lei no 8.255, de 20 de novembro de 1991.

Art. 144. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

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ANEXO I

DISTRIBUIÇÃO DO EFETIVO DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL E RESPECTIVO INTERSTÍCIO PARA PROMOÇÃO

I - Carreira de Oficiais: a) Carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Coronel PM 39 - Tenente-Coronel PM 120 36 meses Major PM 318 48 meses Capitão PM 425 48 meses Primeiro-Tenente PM 250 48 meses Segundo-Tenente PM 240 48 meses

TOTAL 1392

b) Carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS:

Tabela I - Médico

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

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Coronel PM Médico 2 - Tenente-Coronel PM Médico 12 36 meses Major PM Médico 54 48 meses Capitão PM Médico 62 48 meses Primeiro-Tenente PM Médico 60 48 meses Segundo-Tenente PM Médico 60 48 meses

TOTAL 250

Tabela II - Dentista

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Coronel PM Dentista 1 - Tenente-Coronel PM Dentista 5 36 meses Major PM Dentista 20 48 meses Capitão PM Dentista 24 48 meses Primeiro-Tenente PM Dentista 25 48 meses Segundo-Tenente PM Dentista 25 48 meses

TOTAL 100

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Tabela III - Veterinário

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Tenente-Coronel PM Veterinário 1 - Major PM Veterinário 2 48 meses Capitão PM Veterinário 2 48 meses Primeiro-Tenente PM Veterinário 2 48 meses Segundo-Tenente PM Veterinário 2 48 meses

TOTAL 9

c) Carreira do Quadro Complementar de Oficiais Policiais Militares - QCOPM:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Major PM Complementar 10 - Capitão PM Complementar 30 60 meses Primeiro-Tenente PM Complementar 90 60 meses Segundo-Tenente PM Complementar 120 60 meses

TOTAL 250

d) Carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães - QOPMC:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Tenente-Coronel PM 1 - Major PM 1 36 meses Capitão PM 1 48 meses Primeiro-Tenente PM 1 48 meses

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Segundo-Tenente PM 1 48 meses TOTAL 5

e) Carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos - QOPMA:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Major PM 20 - Capitão PM 70 36 meses Primeiro-Tenente PM 150 36 meses Segundo-Tenente PM 160 36 meses

TOTAL 400

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f) Carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares Músicos - QOPMM:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Major PM 1 - Capitão PM 4 36 meses Primeiro-Tenente PM 5 36 meses Segundo-Tenente PM 5 36 meses

TOTAL 15

g) Carreira do Quadro de Oficiais Policiais Militares Especialistas - QOPME:

Tabela I - Especialista em Saúde (em extinção)

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Major PM Especialista em Saúde 2 - Capitão PM Especialista em Saúde 4 36 meses Primeiro-Tenente PM Especialista em Saúde 10 36 meses Segundo-Tenente PM Especialista em Saúde 12 36 meses

TOTAL 28

Tabela II - Manutenção de Motomecanização (em extinção)

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM de Manutenção de Motomecanização 2 - Primeiro-Tenente PM de Manutenção de Motomecanização 1 36 meses Segundo-Tenente PM de Manutenção de Motomecanização 2 36 meses

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TOTAL 5

Tabela III - Manutenção de Armamento (em extinção)

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM de Manutenção de Armamento 1 - Primeiro-Tenente PM de Manutenção de Armamento 1 36 meses Segundo-Tenente PM de Manutenção de Armamento 1 36 meses

TOTAL 3

Tabela IV - Manutenção de Comunicações (em extinção)

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM de Manutenção de Comunicações 2 - Primeiro-Tenente PM de Manutenção de Comunicações 1 36 meses Segundo-Tenente PM de Manutenção de Comunicações 1 36 meses

TOTAL 4

Tabela V - Assistente Veterinário (em extinção)

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO Capitão PM Assistente Veterinário 1 - Primeiro-Tenente PM Assistente Veterinário 1 36 meses Segundo-Tenente PM Assistente Veterinário 2 36 meses

TOTAL 4

II - Carreira de Praças:

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a) Carreira do Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM:

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS C Subtenente PM -

15980 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 15980

b) Carreira do Quadro de Praças Policiais Militares Músicos - QPPMM:

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS C Subtenente PM -

150 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 150

c) Carreira do Quadro de Praças Policiais Militares Especialistas - QPPME:

Tabela I - Manutenção de Armamento - QPMP-1: (em extinção)

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NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS C Subtenente PM -

7 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 7

Tabela II - Manutenção de Motomecanização - QPMP-3: (em extinção)

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS

C Subtenente PM -

36 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 36

Tabela III - Músicos - QPMP-4: (extinto)

Tabela IV - Manutenção de Comunicações - QPMP-5: (em extinção)

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS C Subtenente PM - 5

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B Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 5

Tabela V - Auxiliares de Saúde - QPMP-6 - Especialistas em Saúde: (em extinção)

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS

C Subtenente PM -

17 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 17

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Tabela VI - Auxiliares de Saúde - QPMP-6 - Assistentes Veterinários: (em extinção)

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS C Subtenente PM -

4 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 4

Tabela VII - Corneteiros - QPMP-7: (em extinção)

NÍVEIS GRADUAÇÕES INTERSTÍCIO EFETIVO/CARGOS

C Subtenente PM -

9 B

Primeiro-Sargento PM 48 meses Segundo-Sargento PM 48 meses Terceiro-Sargento PM 48 meses

A Cabo PM 48 meses Soldado PM 1ª Classe 48 meses

TOTAL 9

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ANEXO II ATRIBUIÇÕES DA CARREIRA DE OFICIAL DO QUADRO DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES - QOPM DA POLÍCIA MILITAR DO

DISTRITO FEDERAL.

GRUPO: SEGURANÇA PÚBLICA - POLÍCIA MILITAR

CARREIRA: Oficial

QUADRO DE CARREIRA: QUADRO DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES

DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DO CARGO

DENOMINAÇÃO DO CARGO: Oficial SUPERIOR. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÕES DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma de Bacharel em Direito e aprovação no Curso de Formação de Oficiais. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Comandar, planejar, gerenciar, organizar, dirigir, coordenar, supervisionar e controlar as atividades administrativas, de polícia judiciária militar, policiamento preventivo e ostensivo, de apuração de infrações de polícia administrativa, no âmbito das suas atribuições constitucionais e legais. RESPONSABILIDADE: Chefia, direção e comando das atividades de polícia ostensiva e preventiva e de atividades meio de interesse policial militar e de segurança pública Atribuições funcionais, dentre outras, dos cargos de Oficial superior:

I - exercer o comando, a chefia e a direção de unidades de Polícia Militar; II - comandar operações de polícia ostensiva; III - planejar ações estratégicas e definir operações táticas para a execução de ações

típicas de Polícia Militar; IV - administrar e gerenciar os recursos humanos, logísticos e de assessoramento ao

comando; V - gerenciar atividades administrativas; VI - manter a hierarquia e a disciplina;

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VII - supervisionar, coordenar, controlar e executar as atividades específicas de Polícia Militar ou de interesse da segurança pública;

VIII - elaborar plano estratégico, planejar, coordenar, supervisionar, fiscalizar e realizar as atividades de inteligência policial;

IX - estudar e propor medidas destinadas a simplificar o trabalho e a redução dos custos das operações e ações policiais militares;

X - elaborar diretrizes voltadas à busca de dados e informações para a realização de operações e ações policiais militares;

XI - promover a segurança pública através de atividades preventivas e repressivas imediatas nos diversos tipos e modalidades de policiamento;

XII - exercer poder disciplinar e presidir feitos de polícia judiciária militar, bem como as atribuições de autoridade de polícia judiciária militar, nos termos do Código de Processo Penal Militar;

XIII - instaurar e presidir inquéritos policiais militares e sindicâncias na esfera de sua competência;

XIV - elaborar o plano diretor da instituição; XV - executar, quando estritamente necessário, as atribuições dos postos

hierarquicamente inferiores de Oficial de Polícia Militar do Distrito Federal. XVI - assessorar o Comando da Corporação nos assuntos relacionados à sua área

específica.

DENOMINAÇÃO DO CARGO: Oficial INTERMEDIÁRIO. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma de Bacharel em Direito e aprovação no Curso de Formação de Oficiais. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Comandar, planejar, programar, organizar, dirigir, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de polícia judiciária militar, policiamento preventivo e ostensivo, de apuração de infrações de polícia administrativa, no âmbito das suas atribuições constitucionais e legais. RESPONSABILIDADE: Supervisão e comando das atividades de polícia ostensiva e

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preventiva e de atividades meio de interesse policial militar e de segurança pública. Atribuições funcionais básicas, dentre outras, do cargo de Oficial intermediário do

Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, no posto de Capitão: I - exercer o comando de operações de polícia ostensiva e de subunidades de Polícia

Militar; II - planejar e desenvolver ações policiais típicas de Polícia Militar; III - manter a hierarquia e a disciplina; IV - supervisionar, coordenar, controlar e executar as atividades específicas de Polícia

Militar ou de interesse da segurança pública; V - gerenciar os recursos humanos e logísticos e de assessoramento ao comando; VI - desempenhar poder disciplinar e presidir feitos de polícia judiciária militar; VII - desenvolver estudos e pesquisas com vistas à preservação da ordem pública; VIII - planejar, coordenar, supervisionar, fiscalizar e realizar as atividades de

inteligência policial, quando designado; IX - proceder à análise de dados e elaborar informações visando a manutenção da

ordem pública; X - participar de estudos e pesquisas de natureza técnica sobre administração policial

militar; XI - planejar operações e ações de preservação da ordem pública, bem como de coleta

de dados e informações voltadas para a atividade preventiva de segurança pública; XII - promover a segurança pública através de atividades preventivas e repressivas

imediatas nos diversos tipos e modalidades de policiamento; XIII - presidir inquéritos policiais militares e sindicâncias na esfera de sua competência. XIV - executar tarefas do posto superior, desde que esteja na condição de Interino ou

Em Exercício, e, quando estritamente necessário, as atribuições dos postos inferiores da Carreira de Oficial de Polícia Militar do Distrito Federal.

XV - assessorar o Comando da Corporação nos assuntos relacionados à sua área específica.

DENOMINAÇÃO DO CARGO: Oficial SUBALTERNO.

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GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma de Bacharel em Direito e aprovação no Curso de Formação de Oficiais. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Comandar, coordenar, controlar e executar as atividades de polícia judiciária militar, policiamento preventivo e ostensivo, de apuração de infrações de polícia administrativa, no âmbito das suas atribuições constitucionais e legais. RESPONSABILIDADE: Supervisão e comando das atividades de polícia ostensiva e preventiva e de atividades meio de interesse policial militar e de segurança pública,

Atribuições funcionais básicas, dentre outras, dos cargos de Oficial subalterno do Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM, nos postos de Segundo-Tenente e Primeiro-Tenente:

I - exercer o comando de pelotão e de operações policiais típicas de Polícia Militar; II - desenvolver e coordenar ações policiais típicas de Polícia Militar; III - manter a hierarquia e a disciplina; IV - coordenar, controlar e executar as atividades específicas de Polícia Militar ou de

interesse da segurança pública; V - supervisionar o policiamento ostensivo; VI - coordenar os recursos humanos e logísticos da Corporação; VII - assessorar o comando, participando do planejamento de ações e operações; VIII - coordenar, supervisionar, fiscalizar e realizar as atividades de inteligência

policial, quando designado; IX - desenvolver processos e procedimentos administrativos militares; X - atuar na coordenação da comunicação social; XI - promover estudos técnicos e de capacitação profissional; XII - representar à autoridade competente sobre questões de natureza penal militar; XIII - presidir inquéritos policiais militares, sindicâncias e outros procedimentos de

natureza criminal ou administrativa. XIV - promover a segurança pública através de atividades preventivas e repressivas

imediatas nos diversos tipos e modalidades de policiamento; XV - executar tarefas do posto superior, desde que esteja na condição de Interino ou Em

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Exercício, e, quando estritamente necessário, tarefas das graduações da Carreira de Praça de Polícia Militar do Distrito Federal.

XVI - assessorar o Comando da Corporação nos assuntos relacionados à sua área específica.

Parágrafo único. Os Aspirantes-a-Oficial exercem as mesmas atribuições funcionais previstas para o Oficial subalterno.

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ANEXO III ATRIBUIÇÕES DA CARREIRA DE OFICIAL DO QUADRO DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES ADMINISTRATIVOS - QOPMA DA

POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL.

GRUPO: SEGURANÇA PÚBLICA - POLÍCIA MILITAR

CARREIRA: Oficial ADMINISTRATIVO

QUADRO DE CARREIRA: QUADRO DE OFICIAIS POLICIAIS MILITARES ADMINISTRATIVOS

DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DO CARGO

DENOMINAÇÃO DO CARGO: Oficial SUPERIOR. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma na Graduação de Nível Superior, aprovação no Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos e no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Auxiliar o Comando da Corporação nas atividades administrativas. RESPONSABILIDADE: Executar atividades administrativas e assessorar nas atividades meio de interesse da Polícia Militar.

Atribuições funcionais, dentre outras, do cargo de Oficial de Polícia Militar, no posto de Major do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos:

I – apoiar no gerenciamento dos recursos logísticos e de assessoramento ao comando; II - exercer atividades administrativas em apoio ao Comando das unidades; III - manter a hierarquia e a disciplina; IV - presidir inquéritos policiais militares e sindicâncias na esfera de sua competência; V - executar quando estritamente necessário, as atribuições dos postos hierarquicamente

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inferiores do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos; VI - assessorar o Comando nos assuntos relacionados à sua área específica; VII - executar atividades relacionadas com a organização, coordenação e execução

relativa ao apoio técnico e administrativo na área de gestão de materiais e de patrimônio.

DENOMINAÇÃO DO CARGO: Oficial INTERMEDIÁRIO. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma na Graduação de Nível Superior, aprovação no Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Auxiliar o Comando da Corporação nas atividades administrativas. RESPONSABILIDADE: Executar atividades administrativas e assessorar nas atividades meio de interesse da Polícia Militar.

Atribuições funcionais básicas, dentre outras, do cargo de Oficial de Polícia Militar, no posto de Capitão do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos:

I - manter a hierarquia e a disciplina; II – apoiar no gerenciamento dos recursos logísticos e de assessoramento ao comando; III - presidir inquéritos policiais militares e sindicâncias na esfera de sua competência; IV - executar tarefas do posto superior do Quadro de Oficiais Policiais Militares

Administrativos, desde que esteja na condição de Interino ou Em Exercício, e, quando estritamente necessário, as atribuições dos postos inferiores da Carreira de Oficial de Polícia Militar do Distrito Federal do seu Quadro;

V - assessorar o Comando nos assuntos relacionados à sua área específica; VI – executar atividades relacionadas com a coordenação e execução relativa ao apoio

técnico e administrativo na área de gestão de materiais e de patrimônio.

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DENOMINAÇÃO DO CARGO: Oficial SUBALTERNO. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma na Graduação de Nível Superior, aprovação no Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Auxiliar o Comando da Corporação nas atividades administrativas. RESPONSABILIDADE: Executar atividades administrativas e assessorar nas atividades meio de interesse da Polícia Militar.

Atribuições funcionais básicas, dentre outras, do cargo de Oficial de Polícia Militar, no posto de Segundo-Tenente e Primeiro-Tenente do Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos:

I - manter a hierarquia e a disciplina; II – auxiliar na coordenação dos recursos logísticos; III - assessorar o comando, participando do planejamento administrativo da unidade; IV - presidir inquéritos policiais militares, sindicâncias e outros procedimentos de

natureza criminal ou administrativa. V - executar tarefas do posto superior do Quadro de Oficiais Policiais Militares

Administrativos, desde que esteja na condição de Interino ou Em Exercício, e, quando estritamente necessário, tarefas das graduações da Carreira de Praça de Polícia Militar do Distrito Federal;

VI - assessorar o Comando nos assuntos relacionados à sua área específica; VII - executar atividades relacionadas com a execução relativa ao apoio técnico e

administrativo na área de gestão de materiais e de patrimônio.

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ANEXO IV

ATRIBUIÇÕES DA CARREIRA DE PRAÇA DO QUADRO DE PRAÇAS POLICIAIS MILITARES - QPPM DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL.

GRUPO: SEGURANÇA PÚBLICA - POLÍCIA MILITAR

CARREIRA: PRAÇAS

QUADRO DE CARREIRA: QUADRO DE PRAÇA POLICIAIS MILITARES

DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DO CARGO

DENOMINAÇÃO DO CARGO: PRAÇA. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma na Graduação de Nível Superior. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Exercer o comando de grupo, auxiliar os Oficiais no emprego do policiamento ostensivo e nas atividades administrativas, executar o policiamento ostensivo entre outros. RESPONSABILIDADE: Executar atividades de policiamento ostensivo e auxiliar os Oficiais em quaisquer atividades para os quais for designado.

Atribuições funcionais, dentre outras, do cargo de Praça do Quadro de Praças Policiais Militares, nos níveis de Terceiro-Sargento, Segundo-Sargento, Primeiro-Sargento e Subtenente:

I - executar o policiamento ostensivo; II - atender ocorrências policiais; III - desempenhar a atividade policial militar visando à preservação da ordem pública; IV - promover a segurança pública através de atividades preventivas e repressivas

imediatas nos diversos tipos e modalidades de policiamento;

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V - assistir aos Oficiais no cumprimento das atividades típicas da Polícia Militar; VI - redigir boletins e ocorrências policiais; VII - realizar as atividades de inteligência policial, quando designado; VIII - conduzir veículos automotores em serviços, executar ações e operações policiais

militares; IX - exercer o comando de grupo e/ou guarda do quartel. X - assessorar o comando, auxiliando as atividades da unidade; XI - participar da formação de policiais, no auxílio da instrução e ensino; XII - auxiliar no desenvolvimento dos processos e procedimentos administrativos

militares; XIII - auxiliar na supervisão de ações policiais típicas de Polícia Militar; XIV - auxiliar na coordenação e execução das operações e ações de natureza policial

militar ou de interesse de segurança pública; XV - assistir aos Oficiais na execução dos inquéritos policiais militares, sindicâncias e

outros procedimentos de natureza criminal ou administrativa; XVI - colaborar com os Oficiais na manutenção da hierarquia e da disciplina; XVII - realizar manutenção de primeiro escalão no armamento, equipamentos e

viaturas, conforme regulamentado pelo Comandante-Geral; XVIII - executar, quando necessário, atribuições de todas as graduações de Praças de

Polícia Militar do Distrito Federal; XIX – cumprir o ordenamento jurídico e colaborar para a manutenção da hierarquia e

disciplina.

DENOMINAÇÃO DO CARGO: PRAÇA. GRUPO OPERACIONAL: OCUPAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: Portador de Diploma na Graduação de Nível Superior. DESCRIÇÃO SUMÁRIA: Executar o policiamento ostensivo e preventivo entre outros.

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RESPONSABILIDADE: Executar atividades de policiamento ostensivo e auxiliar os Oficiais em quaisquer atividades para os quais for designado.

São atribuições funcionais, dentre outras, do cargo de Praça do Quadro de Praças Policiais Militares - QPPM, nos níveis hierárquicos de Soldado e Cabo:

I - executar o policiamento ostensivo; II - atender ocorrências policiais; III - desempenhar a atividade policial militar visando à preservação da ordem pública; IV - promover a segurança pública através de atividades preventivas e repressivas

imediatas nos diversos tipos de policiamento; V - auxiliar os Oficiais, Subtenentes e Sargentos no cumprimento das atividades típicas

da Polícia Militar; VI - auxiliar a execução das operações e ações de natureza policial militar ou de

interesse de segurança pública; VII - redigir boletins e ocorrências policiais; VIII - realizar as atividades de inteligência policial, quando designado; IX - conduzir veículos automotores em serviços, executar ações e operações policiais

militares; X - realizar manutenção de primeiro escalão no armamento, equipamentos e viaturas; XI - executar tarefas da graduação superior, quando necessário para o serviço policial; XII – cumprir o ordenamento jurídico e colaborar para a manutenção da hierarquia e

disciplina.

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ANEXO V

(Anexo II da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2014)

DISTRIBUIÇÃO DO EFETIVO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

a) Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Combatentes - QOBM/Comb.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Coronel 30 Tenente-Coronel 115 Major 125 Capitão 128 Primeiro-Tenente 130 Segundo-Tenente 130

TOTAL 658

b) Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares de Saúde - QOBM/S.:

Tabela I - Quadro de Oficiais BM Médicos - QOBM/Méd.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Coronel 1 Tenente-Coronel 12 Major 46 Capitão 50 Primeiro-Tenente 52

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Segundo-Tenente 52 TOTAL 213

Tabela II - Quadro de Oficiais BM Cirurgiões Dentistas - QOBM/C.Dent.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Coronel 1 Tenente-Coronel 4 Major 15 Capitão 16 Primeiro-Tenente 17 Segundo-Tenente 17

TOTAL 70

c) Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Complementar - QOBM/Compl.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Coronel 1 Tenente-Coronel 14 Major 52 Capitão 55 Primeiro-Tenente 58 Segundo-Tenente 58

TOTAL 238

d) Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares de Administração - QOBM/Adm.:

Tabela I - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Intendentes - QOBM/Intd.:

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GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Major 16 Capitão 54 Primeiro-Tenente 87 Segundo-Tenente 90

TOTAL 247

Tabela II - Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Condutores e Operadores de Viaturas - QOBM/Cond.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Major 5 Capitão 15 Primeiro-Tenente 23 Segundo-Tenente 24

TOTAL 67

Tabela III - Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Auxiliares de Saúde - QOBM/Aux.S.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Major 2 Capitão 7 Primeiro-Tenente 11 Segundo-Tenente 12

TOTAL 32

e) Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Especialistas - QOBM/Esp.:

Tabela I - Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Músicos - QOBM/Mús.:

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GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Major 1 Capitão 3 Primeiro-Tenente 4 Segundo-Tenente 6

TOTAL 14

Tabela II - Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares de Manutenção - QOBM/Mnt:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Major 1 Capitão 4 Primeiro-Tenente 5 Segundo-Tenente 6

TOTAL 16

f) Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares Capelães - QOBM/Cpl.:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Tenente-Coronel

4 Major Capitão Primeiro-Tenente Segundo-Tenente

TOTAL 4

g) Quadro Geral de Praças Bombeiros-Militares – QGPBM:

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Tabela I - Qualificação Bombeiro-Militar Geral Operacional - QBMG-1

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Subtenente

5.720

Primeiro-Sargento Segundo-Sargento Terceiro-Sargento Cabo Soldado

TOTAL 5.720

Tabela II - Qualificação Bombeiro Militar-Geral de Condutor e Operador de Viaturas - QBMG-2:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Subtenente

1.430

Primeiro-Sargento Segundo-Sargento Terceiro-Sargento Cabo Soldado

TOTAL 1.430

Tabela III - Qualificação Bombeiro-Militar Geral de Manutenção - QBMG-3

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Subtenente 163 Primeiro-Sargento

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Segundo-Sargento Terceiro-Sargento Cabo Soldado

TOTAL 163

Tabela IV - Qualificação Bombeiro-Militar Geral de Músico - QBMG-4

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Subtenente

114

Primeiro-Sargento Segundo-Sargento Terceiro-Sargento Cabo Soldado

TOTAL 114

Tabela V - Qualificação Bombeiro-Militar Geral Auxiliar de Saúde - QBMG-5

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO Subtenente

715

Primeiro-Sargento Segundo-Sargento Terceiro-Sargento Cabo Soldado

TOTAL 715

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ANEXO VI

(Anexo III da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2014)

LIMITE DE INGRESSO ANUAL DE BOMBEIROS MILITARES

QUADROS QUANTITATIVO Oficiais BM Combatentes 25 Oficiais BM Médicos 12 Oficiais BM Cirurgiões-Dentistas 3 Oficiais BM Complementares 12 Oficiais BM Capelães 1 Geral de Praças BM 310

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ANEXO VII

(Anexo IV da Lei nº 12.086, de 06 de novembro de 2014)

PRAZOS EXIGIDOS PARA PROMOÇÃO PARA OS BOMBEIROS MILITARES a) Oficiais de Carreira

PRAZOS EXIGIDOS PARA PROMOÇÃO OFICIAIS DE CARREIRA

QUADRO Combatentes Médicos Cirurgiões-Dentistas Complementares Intendentes

Condutores e Operadores de

ViaturasManutenção Músicos Capelães

POSTO Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr.

2oTenente 48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

36 meses

36 meses

36 meses

36 meses

36 meses

36 meses

36 meses

36 meses

48 meses

48 meses

1oTenente 48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

36 meses

24 meses

36 meses

24 meses

36 meses

24 meses

36 meses

24 meses

48 meses

36 meses

Capitão 48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

24 meses

12 meses

24 meses

12 meses

24 meses

12 meses

24 meses

12 meses

60 meses

48 meses

Major 48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

48 meses

36 meses

----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- 48 meses

24 meses

Ten-Cel 36 meses

24 meses

36 meses

24 meses

36 meses

24 meses

36 meses

24 meses

----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- -------- --------

Coronel ----- ----- ----- ----- --------- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- --------

LEGENDA: Interst. = Interstício; TSArr = Tempo de Serviço Arregimentado.

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b) Quadro-Geral de Praças Bombeiros Militares de Carreira:

GRADUAÇÃO INTERSTÍCIO Tempo de Serviço Arregimentado

Soldado de 2a Classe 6 meses - Soldado de 1a Classe 48 meses 48 meses Cabo 48 meses 48 meses 3º Sargento 48 meses 36 meses 2º Sargento 48 meses 36 meses 1º Sargento 48 meses 24 meses Subtenente - -

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ANEXO VIII

(Anexo II da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002)

TABELA V - ADICIONAL DE SERVIÇO PRESTADO

SITUAÇÕES VALOR REPRESENTATIVO FUNDAMENTO

Oficiais e Praças Inativos 30% do soldo do Oficial do último posto das respectivas corporações.

Art. 1º e 3º desta Lei

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ANEXO IX

(Anexo II da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002)

TABELA VI - ADICIONAL DE PERMANÊNCIA

SITUAÇÃO VALOR REPRESENTATIVO FUNDAMENTO O militar que permanecer no grau hierárquico ocupado, após ter excedido o prazo de interstício.

Correspondente a 0,5 (cinco décimos) da diferença da remuneração atual com a remuneração do posto ou graduação superior.

Arts. 1º e 3º desta Lei

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ANEXO X

(Anexo IV da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002)

TABELA VII - AUXÍLIO-ACIDENTE

Evento Indenização

MORTE 10 vezes a remuneração do Coronel

Invalidez Permanente % do auxílio-acidente por morte TOTAL

Perda total da visão de ambos os olhos 100 Perda total do uso de ambos os membros superiores 100 Perda total do uso de ambos os membros inferiores 100 Perda total do uso de ambas as mãos 100

Perda total do uso de um membro superior e um membro inferior 100

Perda total do uso de uma das mãos e de um dos pés 100 Perda total do uso de ambos os pés 100 Alienação mental total e incurável 100

PARCIAL Perda total da visão de um olho 30

DIVERSOS

Perda total da visão de um olho, quando o segurado já não tiver a outra vista 70

Surdez total incurável de ambos os ouvidos 40 Surdez total incurável de um dos ouvidos 20

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Mudez incurável 50 Fratura não consolidada do maxilar inferior 20 Imobilidade do segmento cervical da coluna vertebral 20

Imobilidade do segmento tóraco-lombo-sacro da coluna vertebral 25

MEMBROS SUPERIORES Perda total do uso de um dos membros superiores 70 Perda total do uso de uma das mãos 60 Fratura não consolidada de um dos úmeros 50

Fratura não consolidada de um dos segmentos rádio-ulnares 30

Anquilose total de um dos ombros 25 Anquilose total de um dos cotovelos 25 Anquilose total de um dos punhos 20

Perda total do uso de um dos polegares, inclusive o metacarpiano 25

Perda total do uso de um dos polegares, exclusive o metacarpiano 18

Perda total do uso da falange distal do polegar 9 Perda total do uso de um dos dedos indicadores 15

Perda total do uso de um dos dedos mínimos ou um dos dedos médios 12

Perda total do uso de um dos dedos anulares 9

Perda total do uso de qualquer falange, excluídas as do polegar: 1/3 do valor do dedo respectivo

MEMBROS INFERIORES Perda total do uso de um dos membros inferiores 70

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Perda total do uso de um dos pés 50 Fratura não consolidada de um fêmur 50

Fratura não consolidada de um dos segmentos tíbio-peroneiros 25

Fratura não consolidada da rótula 20 Fratura não consolidada de um pé 20 Anquilose total de um dos joelhos 20 Anquilose total de um dos tornozelos 20 Anquilose total de um dos quadril 20

Perda parcial de um dos pés, isto é, perda de todos os dedos e de uma parte do mesmo pé 25

Amputação do 1º (primeiro) dedo 10 Amputação de qualquer outro dedo 3 Perda total do uso de uma falange do 1º dedo 1/2 do valor do dedo respectivo Perda total do uso de uma falange dos demais dedos 1/3 do valor do dedo respectivo

Encurtamento de um dos membros inferiores Maior ou igual a 5 centímetros 15 Maior ou igual a 4 cme menor que 5 cm 10 Maior ou igual a 3 cme menor que 4 cm 6 Menor do que 3 centímetros sem indenização

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ANEXO XI (Anexo III da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002)

TABELA II - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE NATUREZA ESPECIAL

GRUPO QUANTITATIVO VALOR PERCENTUAL DE

INCIDÊNCIA SOBRE A REMUNERAÇÃO DE CORONEL

FUNDAMENTO PMDF CBMDF

I 40 30 12,00% Arts. 1º e 3º desta Lei

II 70 50 10,00% Idem

III 100 85 8,00% Idem

IV 100 85 5,00% Idem

V 320 250 3,00% Idem

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ANEXO XII

(Anexo IV da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002)

TABELA II - AUXÍLIO-FARDAMENTO

SITUAÇÕES VALOR REPRESENTATIVO FUNDAMENTO

A Aspirante-a-Oficial e o Soldado 2ª classe, por ocasião do ingresso na Corporação.

Uma remuneração Arts. 2º e 3º desta Lei.

B Anualmente. Um quarto da remuneração

C

O militar que retornar à ativa porconvocação, designação ou reinclusão,desde que há mais de doze meses na inatividade.

Um quinto da remuneração

D O militar que perder o uniforme em sinistro,ocorrência ou em caso de calamidade. Até um quinto da remuneração