comeÇa aqui - vogais€¢ quando queres comprar alguma coisa importante para ti, os teus pais...

PAI RICO, PAI POBRE PARA JOVENS 13

ÍND ICE

Introdução A saga da liberdade financeira começa aqui

Parte 1: A LINGUAGEM DO DINHEIRO

Capítulo 1 Inteligência financeira: uma nova forma de aprender

Parte 2: OS SEGREDOS FINANCEIROS DO PAI RICO

Capítulo 2 Novas regras para ganhar dinheiro Capítulo 3 Trabalha para aprenderes, não para ganhares dinheiro Capítulo 4 «O meu dinheiro trabalha para mim.» Capítulo 5 Cria dinheiro Capítulo 6 Tudo se resume ao fluxo de caixa Capítulo 7 Joga para aprenderes

Parte 3: COMO GERAR O TEU FLUXO DE CAIXA

Capítulo 8 Oportunidades financeiras para jovens Capítulo 9 Como gerir os teus ativos Capítulo 10 Como gerir as tuas dívidas

Conclusão O teu trunfo financeiro

Glossário

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155


INTRODUÇÃO

A SAGA DA L IBERDADE F INANCE IRA COMEÇA AQU I


FAZ ESTE TESTE:

• Àsvezessentesqueoqueaescolaensinanadatemaver

comatuavida?

Simo Nãoo

• Porvezessentesqueaescolanãoestáapreparar-tepara

avidareal?

Simo Nãoo

• Quandoquerescompraralgumacoisaimportanteparati,

osteuspaisgeralmentedizemquenãopodempagar?

Simo Nãoo

• Receias não ter a vida que desejas quando te tornares

independente?

Simo Nãoo

• Gostariasdeaprenderalidarcomdinheiro,masninguém

falasobreissoemcasaounaescola?

Simo Nãoo

18 ROBERT T. KIYOSAKI

Se respondeste «sim» a duas ou mais das perguntas da página anterior, este livro é para ti. Eu enfrentei estas situações quando era jovem. Nem sempre fui bom na escola. Quase reprovei no 10.º ano. Mas hoje tenho exatamente a vida que sempre quis: uma vida com total liberdade financeira.

Já podes lutar para conquistar liberdade financeira e indepen-dência em todos os setores da vida. Mesmo que não tenhas de pagar a renda ou encher o depósito do carro que toda a famí-lia usa, é possível que já estejas a pensar em, por exemplo, como sustentar a tua vida social.

Podes já estar a economizar para adquirir algo mais caro, como um computador de última geração ou um automóvel. Se for assim, este livro irá ajudar-te a fazer com que o teu dinheiro cresça mais rapidamente e a conseguir o que desejas mais cedo do que imagi-nas. Podes também tentar desesperadamente descobrir como fa-zer para pagar uma ida ao cinema uma vez por semana, a música que desejas ou o presente para a pessoa mais especial da tua vida.

Podes receber uma mesada ou trabalhar depois das aulas, ou nos fins de semana, e podes querer aprender a controlar o teu orçamento ou esticar ao máximo o que ganhas. Se esse é o teu caso, então este livro é para ti!

Ou talvez sejas um dos muitos adolescentes e jovens adul-tos cujo rendimento é simplesmente imprescindível porque os pais não têm condições de apoiar toda a família. Muitos adul-tos aprenderam regras obsoletas de comportamento financeiro e foram surpreendidos — negativamente — quando as regras mudaram. Infelizmente, muitos dos seus filhos também sofrem em consequência disso.

Pai Rico, Pai Pobre para Jovens trata de alguns aspetos extre-mamente importantes que aprendi quando era jovem. O meu


pai ajudou-me a aprender através dos trabalhos escolares. O pai do meu melhor amigo, o Mike, deu-me um emprego e ensinou--me outras lições, que assimilei na vida real.

Aprendi muito com os meus dois pais. Ambos acreditavam numa boa formação, mas tinham visões completamente dife-rentes sobre o dinheiro. Um interessava-se muito pelo assunto (o pai do Mike) e o outro nem por isso (o meu pai). Um pen-sava em dinheiro e em como conseguir poder sobre ele (o pai do Mike).

O meu pai tinha uma excelente formação, mas, mesmo as-sim, dizia sempre que nunca seria rico. Ele afirmava: «O di-nheiro não é importante.» O pai do Mike dizia: «Dinheiro é poder.» O meu pai esfalfava-se para pagar as contas ao fim do mês. O pai do Mike estava sempre cheio de dinheiro. Preci-sei de ambos para chegar aonde cheguei. Eles ensinaram-me que existem muitas formas de obter riqueza. A formação é um dos meios para se ser rico; o capital financeiro é outra forma de enriquecer.

Pai Rico, Pai Pobre

Na minha carreira ganhei dinheiro suficiente nos negócios, nos imóveis e nos investimentos para me reformar cedo e gozar plenamente as coisas boas que a vida oferece. Também escrevi diversos livros. O primeiro, Pai Rico, Pai Pobre, narra a formação financeira que tive. Nele chamei ao meu pai verdadeiro «pai po-bre» e ao pai do Mike, «pai rico». Ao chamá-los assim, não es-tava a criticar nenhum deles, estava apenas a deixar claro como as pessoas pensam de forma diferente acerca do dinheiro e como são diferentes as metas de vida de cada uma.


O pai rico dizia-me sempre: «Se quiseres fazer alguma coisa — e se acreditares que és capaz —, terás maior probabilidade de conseguir.» O pai rico sempre acreditou que podia ser rico, e foi isso que aconteceu. Pai Rico, Pai Pobre foi escrito para ajudar as pessoas que desejam ficar ricas a atingirem as suas metas finan-ceiras. O livro agradou e tornou-se num grande sucesso. Nele refiro algumas ideias a respeito de dinheiro que são diferentes dos argumentos que as pessoas estão acostumadas a ouvir, mas que refletem a realidade da economia atual, em constante trans-formação — e essa mensagem fez sentido para pessoas de todos os tipos de formação e origem.

Hoje viajo e faço conferências sobre o Pai Rico, Pai Pobre e outros livros que escrevi desde então. As pessoas, muitas vezes, colocam perguntas sobre como ensinar as crianças a lidar com dinheiro, por isso escrevi Filho Rico, Filho Vencedor para ajudar os pais nesse propósito. Agora, decidi escrever um livro espe-cialmente para adolescentes e jovens adultos — e está nas tuas mãos neste momento.

Alfabetização nanceira

Parabéns pela escolha! Este livro irá elucidar-te sobre um dos assuntos mais importantes para a gestão do dinheiro, um tema que não se ensina na escola: a alfabetização financeira. Quando as pessoas falam de alfabetização, geralmente referem-se a saber ler. Mas é mais do que isso: ser alfabetizado é ser bom nalguma coisa. Eu diria que é ser-se capaz de falar a língua de determi-nada região. Falar de dinheiro exige toda uma nova linguagem e este livro irá ajudar-te a que te tornes fluente na linguagem do dinheiro.


Existem muitas formas de se ser bom nalguma coisa. Não é fácil ser «bom em dinheiro», é algo que se deve aprender e pra-ticar. Podes estudar economia na faculdade, e até aprender a fe-char um balanço na aula de matemática, mas provavelmente o programa de educação financeira não passará disso. E muito do que te é ensinado fica no campo «teórico», sem entrar no voca-bulário das situações da vida real. Na escola, muitas vezes, limi-tamo-nos a estudar, em vez de praticar.

Este livro preenche uma lacuna deixada em aberto pela escola. Dar-te-á a linguagem e o entendimento de que precisas para que te sintas confiante e tomes as rédeas da tua vida financeira, seja abrindo um negócio próprio ou apenas ganhando a capacidade de proteger os teus interesses numa conversa com alguém que pode tornar-se o teu mentor financeiro — o teu «pai rico». Enquanto alguns dos teus amigos podem estar a acumular horas de sofá dian-te da televisão, não chegando a lugar algum, podes perfeitamente pôr em ordem a tua situação financeira, acompanhando as tuas ações online ou conversando sobre negócios com outros amigos que, como tu, querem acumular ativos e não passivos.

Estás a fazer que «sim» com a cabeça? Ou estás a dizer «hã?» perante os termos que acabo de usar? Não importa se sabes mui-to ou pouco neste momento, porque, quando terminares de ler o livro, serás capaz de falar a linguagem do dinheiro com muito maior fluência. Começarás a compreender como o dinheiro fun-ciona e como pode trabalhar por ti. A tua jornada rumo à alfa-betização financeira começa aqui mesmo, neste exato momento.

Eu, a propósito, comecei a aprender coisas a respeito de di-nheiro quando tinha apenas 9 anos, no momento em que o pai do Mike — o meu pai rico — se tornou no meu mentor. Agora vou revelar-te o que o meu pai rico me ensinou.


Pensando em números

Existem outros livros que ensinam minuciosamente como abrir uma conta num banco, como fechar um balanço ou verificar o preço de uma ação. Mas não ensinam a pensar em dinheiro. Os adultos, muitas vezes, veem o dinheiro como um «mal necessá-rio» — algo de que precisam para pagar as contas, que é contado até à última moedinha, e a respeito do qual ou se preocupam ou ficam obcecados. Parece que nunca se tem dinheiro suficiente. Mas, gostemos ou não, o dinheiro é algo que sempre fará parte da vida, logo é preciso ficarmos à vontade com ele — e não com medo, como tantos adultos. Se souberes como funciona o dinhei-ro terás poder sobre ele e poderás começar a acumular riqueza.

A alfabetização financeira permitirá que não temas os pro-blemas financeiros e fará com que entendas plenamente o valor do dinheiro. A verdadeira riqueza vai muito além do que nor-malmente pensamos, e mede-se por algo mais do que dinheiro. Ter sucesso na vida é muito mais do que ter êxito financeiro. Foi isso que aprendi quando era jovem, e a minha missão é transmitir esse recado a tantos jovens quanto possível, para que as próximas gerações sejam responsáveis e bem preparadas — poderosas — quando o assunto for o dinheiro.

A escola é só o começo

A não ser que planeies ser médico ou advogado, ou exercer alguma profissão que exija diploma, é possível que depois do ensino secundário não precises de fazer cursos de formação em qualquer área para ganhar dinheiro, desde que fiques atento às boas oportunidades de aprendizagem num emprego.


Aliás, na vida real podem pagar-te para aprender, em vez de teres de pagar propinas altíssimas para aprender num ambiente académico. A tua formação financeira irá preparar-te para isso.

Estou a dizer que a educação não é importante? Claro que não. A formação educacional é a base do sucesso. O que digo é que a escola é apenas um dos lugares onde se aprende. Vamos à escola para adquirir formação educacional e profissional. Geralmente, a nossa formação financeira fica por conta da vida fora da escola.

Lembras-te de quando começaste a aprender a andar de bici-cleta? Provavelmente começaste por usar rodinhas de apoio, até que, um dia, estavas pronto para andar em apenas duas rodas. Talvez alguém tenha segurado a bicicleta até te sentires segu-ro — e só depois te deixou andar sozinho. Podes ter perdido o equilíbrio algumas vezes, ou até mesmo caído aqui ou ali. Mas o mais provável é que tenhas voltado para o selim e tentado no-vamente, até por fim conseguires equilibrar-te, por tentativa e erro, graças ao controlo mental.

Não seria engraçado se os teus pais te tivessem levado para uma escola especial que ensinasse a andar de bicicleta? Teria sido um desperdício de dinheiro. Há coisas que aprendemos na es-cola e outras que a vida nos ensina — como a andar, a fazer um nó com os atacadores, a andar de bicicleta, e a maioria das coisas que têm que ver com dinheiro.

Estou a falar de um novo tipo de formação. O melhor médi-co do mundo pode ter uma formação excelente e nada saber de finanças. Pode salvar uma vida na mesa de operações e ter difi-culdade em gerir uma clínica que dê lucro.

É surpreendente, não achas? Adquirir um conhecimento que o teu médico — ou os teus pais — pode não possuir: isso é poder!


DIÁRIO: O QUE QUERO, AFINAL?

Todossabemoqueéumdiário.Omelhordiárioéaquele

quefazemosparanósmesmos—ondeescrevemosasmais

profundasreflexõessobreanossavida.Pôroquesentimosno

papelfaz-nossentirbem—e,àsvezes,ajuda-nosaexpressar

algumacoisaquenosestavaaincomodarequenemsabíamos

estarali,oculta.

Escreversobreosnossossentimentoseexperiênciascom

dinheiroéumaformadeajudaraentenderondeestamose

aondequeremoschegarfinanceiramente.Odiáriopodeser

o lugarondenãotemosdenossentirculpadosoupoucoà

vontadeporestarmosafalardedinheiro.Lembra-te:partedo

meuobjetivoéajudar-teasentires-teàvontadeesegurocom

umassuntoqueémuitasvezesumtabuemcasaounaescola.

Podescomeçarafazercomquealgoquepareceabstratose

tornerealpondoastuasreflexõesporescrito.

Arranjaumcadernooublocodenotas—verde(acordo

dólar)seriaumaboaescolhaparaacapa!—edeixacanetas

dediversascoressempreàmãoenquantoestiveresalereste

livro.Oteu«DiáriodoPaiRico»poderáajudar-teaplaneara

tuavidafinanceiraàmedidaquelêsacercadaminha.

Umaboaformadecomeçaréescrevertodasascoisasque

desejas.Deixaacabeçaviajarlivremente,comoseestivesses

a fazer uma lista de aniversário. Escreve com canetas de

diferentescores—issoajudaaaumentaracriatividade—e

fazdesenhos,sequiseres.Desenharerabiscar livrementeé

ótimo!Atualistanãoprecisadeteraverapenascomdinheiro.


(Éclaro,podesescrever«carro»,mastambémpodesquerer

«formar uma equipa de andebol» ou «conseguir o papel

principal na peça da escola».) Leva o caderno contigo para

anotares ideiasereflexõesquepossamocorrer-teao longo

dodia.Oquequeresparaatuavida?

Manterumdiáriotambéméútilparaacompanharesoteu

progressoàmedidaqueavançasnaleituradestelivro.Nãote

esqueçasdequeestarásaescreverparatimesmo,semninguém

paratedarnotasouavaliaroteudesempenho.Oteudiárioé

uminstrumentototalmenteseguro.


PARTE 1A L INGUAGEM DO D INHE IRO


C APÍTULO 1

IN TEL IGÊNC IA F INANCE IRA : UMA NOVA FORMA DE APRENDER


Tu és inteligente

Antes de mais nada, quero deixar uma coisa bem clara desde o princípio: tu és inteligente! Quando eu era jo-vem, o meu pai dizia-me sempre que toda a gente nasce

inteligente — que todas as crianças possuem algum dom espe-cial. Adorei essa ideia. Mesmo nem sempre tendo bons resulta-dos na escola, eu, de certa forma, sabia que isso não tinha a ver comigo. Eu não era burro. Apenas aprendia de modo diferente daquele que os professores esperavam de mim.

O meu pai ajudou-me a ver o ensino com simpatia. Ele ensi-nou-me a procurar o método mais adequado para a minha apren-dizagem. Se eu não tivesse feito isso, poderia não ter terminado o ensino secundário ou o superior. Provavelmente, não estaria preparado para a minha vida financeira e não me teria tornado suficientemente confiante para ser quem sou.

Todos temos uma forma diferente de aprender. O segredo é descobrir a que melhor se adapta a ti. Quando conseguires isso descobrirás o génio que se esconde aí dentro.

Um génio é alguém com excecional habilidade nalguma coi-sa. Mas os génios não são necessariamente bons em tudo. Na


verdade, o génio tem geralmente uma aptidão especial numa área, sendo mediano noutras.

Sabias que Albert Einstein, que desenvolveu a Teoria da Re-latividade (E = mc2), nunca teve bom aproveitamento na escola? Ele não era bom a decorar coisas mas, mesmo assim, acabou por se tornar um dos maiores físicos de todos os tempos. O cérebro dele concentrava-se em ideias, em vez de em factos. Os factos, dizia ele, podiam ser encontrados em livros, por isso não havia necessidade de guardá-los na cabeça. Ele queria a mente livre para raciocinar com clareza.

A escola pede-nos para guardarmos os factos na memória, mas, quando estamos fora da escola, por norma só precisamos de saber onde estão armazenados os factos para podermos pesquisá-los, ou então sabermos a quem perguntar quando precisamos deles.

O modo como medem o nosso desempenho na escola tem muito pouco a ver com a nossa inteligência ou com o nosso po-tencial de sucesso. Geralmente, o nosso rendimento escolar mede apenas o quanto somos bons a fazer testes! Não se trata de uma medida da genialidade com a qual todos nascemos.

O mito do QI e da inteligência

Eu lembro-me de que periodicamente, na escola, havia um dia em que fazíamos vários tipos de testes. Eram chamados testes «padronizados». Eu nunca percebi isso. Se cada pessoa é única, então porque estavam todas a ser avaliadas pelo mesmo padrão? A verdade é que não há duas pessoas iguais.

Mais tarde descobri que os testes mediam o nosso QI, a si-gla para «quociente de inteligência». O número do QI deveria representar a capacidade que a pessoa tem de aprender factos,


técnicas e ideias. Mas o QI de uma pessoa, na verdade, resume--se ao seguinte: um número que mostra a relação entre a «idade mental» da pessoa (aferida num teste padronizado) e a sua idade cronológica (real). Esse número é então multiplicado por 100 e o resultado é o seu QI. Quando era jovem, as pessoas pensavam que o QI permanecia o mesmo durante toda a vida. Que coisa limitadora!… Felizmente, essa ideia tem mudado.

Com o passar dos anos, li e pesquisei muita coisa sobre inteli-gência, especialmente sobre o modo como as pessoas aprendem. O QI pode estar relacionado com o desempenho académico, mas também com outras coisas, como o desporto. Quando era jovem, demonstrava um elevado QI de basebol. O QI escolar do meu amigo Andy era muito elevado; tinha maior facilidade para aprender na escola porque aprendia lendo. Eu aprendia fazendo primeiro alguma coisa e só depois lia acerca disso. Uma fórmula resultava para o Andy e outra funcionava para mim. Ambos de-senvolvemos fórmulas próprias para sermos vencedores.


TODOS NASCEM GÉNIOS

Peganovamentenocadernoefazumalistadepessoasque

conheças.Tentachegara20nomes.Incluiconhecidosdaescola,

dafamília,professores.Põeoteunomenotopodalista.Ao

ladodecadanomeescrevenoqueaquelapessoaéboa,seja

láoquefor.Tensalgumamigoquesejacapazdesemanter

altamenteconcentradoeestejasempreaacompanharcomos

pésumritmoqueimaginamentalmente?Escreveisso.Atua

irmãconseguesolucionaraspalavras-cruzadasem10minutos,à

mãoesemirnemumavezaodicionário?Escreveissotambém.

Julgasqueconseguesresolverpraticamentequalquerproblema

nocomputador?Anotaissonocaderno.

Esteexercícioiráajudar-teemduascoisas.Éaprimeiravez

natuavidafinanceiraquetepedemparaveresalgoquenãovias

antes—olharparaumacoisacomoutrosolhos.Vernosoutros

talentosdequenãoteapercebiasantespermite-tedescobrir

osteusprópriostalentos.Conheceresosteuspontosfortes

éumpassoemdireçãoaosucesso.Saberdetetarospontos

fortesdasoutraspessoastambéméumtalentoimportante,

umavezque formarequipas sólidaseconfiáveiséessencial

quandoseplaneiamontarumnegóciooutornar-seinvestidor.

Todos têm um estilo de aprendizagem especial

Nos testes de QI que fazíamos na escola, apenas um tipo de inteligência era medido: a aptidão ou talento da pessoa com as palavras. Mas, e se alguém não fosse bom com palavras? Eu não tenho especial gosto pela leitura, logo isso quer dizer que estou condenado a ter um QI baixo? Hoje a resposta é «não». Em 1983,


o psicólogo Howard Gardner publicou um livro chamado Estruturas da Mente. Nele estão descritos sete tipos de inteligência e não ape-nas um. Ele também sustenta que o QI de uma pessoa pode mudar.

A lista de inteligências do Dr. Gardner, a que ele também chama estilos de aprendizagem, criou um novo mapa para a ob-tenção de novos talentos e informações, seja engenharia espacial, tricô ou alfabetização financeira.

Qual é o teu estilo de aprendizagem?

Dá uma vista de olhos na lista que se segue. Pensa em quais são os métodos que melhor descrevem o teu estilo de aprendizagem. Circunda o número correspondente a cada um deles: 1 é para o que estiver mais distante de ti e 5 para o mais próximo.

Isto não é um teste. Repito: não é um teste! Não há resposta cer-ta ou errada, nem pontuação alta ou baixa. É apenas uma maneira de descobrires como podes aprender de maneira mais agradável.

Inteligência verbal -linguística Seandassemprecomumlivro,circulao5.Essetipodeinteligênciatemavercomaleitura,aredaçãoealíngua.Tambémsedizqueapes-soatem«facilidadeparalínguas».

1 2 3 4 5

Inteligência numérica Seconseguesresolverproblemasmatemáticosdecabeça,circulao5.Essainteligênciaéen-contradaempessoasquelidamcomdadosenúmeroscomfacilidade.Geralmentetambémsãoracionaisecapazesdepensarnascoisascomcalma.

1 2 3 4 5


Inteligência espacialSefazerrabiscosnopapelteajudaaconcen-trares-te na aula, ou se estás sempre a vercoisas que gostarias de fotografar, circula o5. Essa inteligência éusadaparadetetarpa-drõesvisuais, identificarestruturasespaciais,eéencontradaemmuitosartistas,arquitetosecoreógrafos,quesãocapazesdevisualizarumobjetooueventobiou tridimensionaletorná-loconcreto.

1 2 3 4 5

Inteligência musical Estás,nesteexatomomento,atamborilarumritmocomacanetaoucomosdedossobreamesa?Marcaonúmero5.Essetipodeinte-ligênciatemavercomsons,ritmoserimas.

1 2 3 4 5

Inteligência física Seadoraseducaçãofísicaouseoteuquartopareceumalojadeartigosdesportivos,semdúvidaqueésfisicamenteinteligente—alguémcomconsciênciaparausarbemoprópriocor-po,comomuitosatletasedançarinos.

1 2 3 4 5

Inteligência interpessoal Fazesamizadescom facilidade (marca5)oucom extrema dificuldade (marca 1)? Sabessempre(oununca)oqueosteusamigoses-tãoapensarouficasnomeio-termo?Marcaumnúmeromaisbaixo.Essainteligênciatemavercomaformacomoalguémserelacionacomasoutraspessoas,etambémsedizquetem«jeitocomaspessoas».

1 2 3 4 5


Inteligência intrapessoal Seter«jeitocomaspessoas»éterinteligênciainterpessoal,terinteligênciaintrapessoaléter«jeitocontigopróprio»,plenaconsciênciadetimesmo.Tambéméchamadainteligênciaemo-cional,porquetemavercomaformacomolidamoscomasnossasemoções,omedoearaiva.Compreendesosteuspróprios impul-sosdiantedassituaçõesdifíceiseconseguescontrolá-los?Pensasantesderipostar?Éspa-cientecomasprópriasinsuficiênciasecuidasdatuaautoestima?

1 2 3 4 5

Recentemente, o Dr. Gardner acrescentou uma oitava inte-ligência:

Inteligência naturalDescreveasensibilidadedapessoaaomun-doquearodeia.Segostasdeestaraoarlivreouparticipasemgruposcomunitáriosoudatuaescola,quesededicamaomeioambien-te,circulao5.

1 2 3 4 5


Conversei muito com uma psicóloga que ensinava na Ari-zona State University métodos inovadores de aprendizagem e como eles nos ajudam a conquistar o sucesso pessoal e financei-ro. Ouvindo-a, acrescentei mais uma inteligência:

VisãoÉ o que determina quem será líder e quemseráseguidor.Grandeslíderesconseguemvercomoumasituaçãoirádesenrolar-seeagememconformidade.WinstonChurchill,primei-ro-ministrodoReinoUnidoaquandodaSegun-daGuerraMundial,foiumdoslíderesmundiaisquedesdeoprincípioseposicionaramcontraosnazis.Écomoseelepudesseanteveroqueaconteceriadeterrívelseelessemantivessemnopoder.Quemtiveraíumaboladecristal,marqueo5.

1 2 3 4 5

Percebeste que os teus números seguiram uma certa lógica? Onde foi que pontuaste mais alto?

Se te posicionaste entre 4 e 5 na inteligência verbal‒linguís-tica, é provável que te sintas à vontade com a leitura e a escrita como ferramentas de aprendizagem. Se te posicionaste entre 4 e 5 nas inteligências física, musical ou natural, é possível que te-nhas grande sucesso com o método de quem «aprende fazendo» — treinos práticos como estágios ou a participação em ativida-des da escola ou num clube. Se ficaste entre 4 e 5 em inteligên-cia espacial ou numérica, poderás ter vantagens se aprenderes através de desenhos, gráficos, diagramas e modelos, ou até traba-lhos manuais. Se ficaste entre 4 e 5 nas inteligências interpes soal, verbal‒linguística ou em visão, pode ser que aprendas melhor à


conversa com os teus amigos e com adultos sobre as tuas expe-riências, debatendo o assunto ou exercendo algum papel de des-taque. Acharás a tua inteligência intrapessoal útil em todos os tipos de treino, já que ela te ajudará a ser paciente e a preservar a tua autoestima diante dos desafios.

Também é possível que tenhas tido alta pontuação em diver-sas áreas. Isso significa que te sentirás à vontade «misturando e combinando» diferentes atividades apropriadas aos teus estilos de aprendizagem.

Mas… e se não pontuaste alto em nenhuma área? Estarás condenado? Nada disso. Esse exercício foi desenvolvido para te ajudar a começar a pensar em como tu pensas. As pessoas que pensam no futuro, que têm «visão», por exemplo, têm grandes possibilidades de se tornarem bons líderes de negócios. Mas isso não quer dizer que já o sejam agora. Se sentes que não tens visão neste momento, nada de pânico. Podes «potenciar» qualquer área se te decidires a exercitar o teu cérebro, da mesma forma como o meu pai rico me ensinou a fazer quando eu era um miúdo.

Se és mais forte numa área do que em outras, há muita coisa que poderás fazer para compensar. Aqui vão algumas sugestões. Que outras ideias poderias ter?

• Conversa sobre dinheiro em casa e com os teus amigos, para desenvolveres a tua inteligência verbal‒linguística e interpessoal.

• Lê sobre o assunto! Muitas revistas sobre dinheiro e finan-ças mostram como o dinheiro funciona na vida real, em vez de mostrarem problemas dos livros de matemática. Quanto mais aprenderes agora sobre como os especialistas adminis-tram e investem o dinheiro deles, mais inspirado ficarás para


administrar o teu. (Inteligências verbal‒linguística e numé-rica.)

• Escreve acerca disso! Usa o teu Diário do Pai Rico para desenvolveres ideias sobre o papel que o dinheiro exerce na tua vida, hoje e no futuro. (Inteligências intrapessoal e verbal‒linguística e visão.)

• Se recebes mesada, leva-a a sério. Pensa nela como parte do teu rendimento. Inventa formas de investi-la. Adminis-tra o teu dinheiro, em vez de tratares a tua mesada como um brinde. (Inteligências numérica e interpessoal.)

• Faz a tua própria auditoria. Uma vez por semana, faz a contabilidade do destino que o teu dinheiro tem tido. (In-teligência numérica.)

• Sê responsável pelo teu futuro. Cria uma atitude positiva em relação ao dinheiro. Ganha autonomia para pensar no futuro. (Inteligência intrapessoal e visão.)

Como encontrar a tua receita de sucesso

Infelizmente, o estilo de aprendizagem que é ensinado nas escolas nem sempre é o que melhor se adapta a ti. As nossas for-mas de aprender — que podem ser uma combinação de diferen-tes estilos — potenciam a nossa receita de sucesso.

Vamos voltar ao exemplo do meu amigo Andy e ao meu. Como disse, eu adorava jogar basebol. Tinha uma inteligência física elevada. Também adorava estar por dentro das estatísti-cas sobre os jogadores. Tinha uma inteligência numérica ra-zoável. Depois de saber tudo o que podia em relação ao jogo exercendo-o na prática, e de ter aprendido tudo o que podia sobre os jogadores conversando com os amigos (inteligência


interpessoal), eu recorria aos livros para conseguir mais infor-mações. Esse estilo, de primeiro experimentar as coisas e de-pois ler sobre elas, acabou por se tornar na minha receita de sucesso — que uso até hoje.

A receita ou fórmula de sucesso do meu amigo Andy co-meçava nos livros. O seu ponto forte era verbal‒linguístico. Ele adorava ler e estudar as coisas antes de experimentá-las. Poderia ter sido um ótimo treinador da equipa de basebol, en-quanto eu poderia ter sido um bom jogador. Éramos muito diferentes e ambos descobrimos uma maneira que funcionava melhor para cada um.

Como desenvolver o teu QI nanceiro

Já começas a perceber que todos os medos ou obstáculos en-frentados em relação ao dinheiro podem ter a ver com a forma como aprendes? Se o conhecimento verbal-linguístico não for a tua onda, então, como eu, irás aprender fazendo e observando. Mais adiante voltarei a falar sobre aprender fazendo e explicarei alguns conceitos através de desenhos e diagramas. Ler este livro também te ajudará a desenvolver a tua inteligência intrapessoal utilizando os teus objetivos e os teus medos — e fortalecendo a tua autoestima.


PERGUNTAS E RESPOSTAS DO PAI RICO

O que têm os estilos de aprendizagem e as receitas de sucesso a ver com ficar rico?

Apostoquenatuaescolaosalunosconsideradosmaisaptos

paravencernavida,usualmente, sãoaquelesqueobtêmas

melhoresnotas.Apesardealgunsacabaremporvencernavida,

outrospodemnãoseguiresserumo.E issopodeacontecer

porquenuncadesenvolveramainteligênciafinanceira.Muitos

serão ultrapassados financeiramente por pessoas como tu,

determinadasaconquistaraliberdadefinanceira.Descobriro

teuestilodeaprendizageméoprimeiropassoparaadquirir

confiança—oquepermitiráquedetetesepossasperseguir

asoportunidades,assumindoosriscos.

O caminho que leva a um elevado QI financeiro exige po-tenciares as tuas aptidões financeiras usando as inteligências nas quais fores mais apto — e trabalhares para desenvolver as demais inteligências, para que todo o cérebro trabalhe a pleno vapor. Experimenta alguns estilos diferentes de aprendizagem. Pode ser que apenas na segunda ou na terceira tentativa sintas que a combinação certa está a resultar.

Pega no teu Diário do Pai Rico e faz uma lista de todas as ati-vidades que tens depois da escola e as áreas com as quais te dás melhor. É provável que vejas uma relação entre aquilo em que o teu rendimento é bom e o que gostas de fazer. Poderás também descobrir que uma ou duas inteligências da lista têm relação com as tuas atividades. Esses são os teus pontos fortes. O próximo passo será descobrir uma maneira de alavancar os teus pontos


fortes na direção do sucesso financeiro, encontrando uma opor-tunidade financeira.

PÕE O TEU CÉREBRO A FUNCIONAR

Dizestafrase:«Nãopossocomprarascoisasquequero.»

Agoradiz:«Comopodereicomprarascoisasquequero?»Uma

faz-teparardepensar.Aoutradáaigniçãoaoteucérebroefaz

comquepenses.Semetivessesditoaprimeirafrase,eupensaria

que já decidisteque jamais poderás compraroquequeres.

Massetivessesperguntado«Comopodereicomprarascoisas

quequero?»,entãoeupensariaqueestásdecididoaencontrar

soluções.Euver-te-iacomoumapessoapositivaedeterminada.

Quandoopai ricoerameumentorcostumavadizer:

«Omeucérebroficamaiságilacadadiaquepassaporquelhe

douuso.Quantomaiságilelefica,maisdinheiroganho.»Este

livroiráengrenaroteucérebro.

Acredita

Amanhã, escuta-te a conversar com as pessoas ao longo do dia. Como lhes soam as tuas palavras? Firmes? Hesitantes? Acredi-tas no que estás a dizer ou parece que não tens fé em ti mesmo?

A melhor forma de conseguires o que queres é acreditar que és capaz de conseguir. O pensamento tem um poder enorme. Tu po-des fazer as coisas acontecerem se focares a tua mente no objetivo.

Vou mostrar o que podes fazer para avaliares a fé em ti mes-mo: escreve num pedaço de papel ou num cartão uma frase que descreva como te sentes em relação ao dinheiro. Pode ser algo


como «Nunca serei rico». Usa o pedaço de papel ou o cartão como marcador de livro e identifica o que sentes quando lês a frase, à medida que avanças na leitura. Quando atingires o meio deste livro, pode ser que escrevas «Eu vou ser rico». No final poderás perfeitamente riscar as outras duas frases e escrever: «Eu sou rico.»

Sim, pode ser que ainda não sejas rico. O que estou a tentar transmitir é que virar um pensamento ao contrário é capaz de gerar uma mentalidade apta para fazer algo acontecer. Essa in-tenção, somada à formação financeira que conseguirás com este livro, será uma combinação poderosa.

A seguir, os segredos do pai rico sobre o dinheiro.

comeÇa aqui - vogais€¢ quando queres comprar alguma coisa importante para ti, os teus pais...

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