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Colégio Dom Diogo de Sousa DOCUMENTOS ORIENTADORES E REGULADORES Ideário Educativo ▪ Projeto Educativo ▪ Projeto Curricular de Escola Plano Anual de Atividades ▪ Regulamento Interno ANO LETIVO DE 2019-2020

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Colégio Dom Diogo de Sousa

DOCUMENTOS ORIENTADORES E REGULADORES Ideário Educativo ▪ Projeto Educativo ▪ Projeto Curricular de Escola

Plano Anual de Atividades ▪ Regulamento Interno

ANO LETIVO DE 2019-2020

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ÍNDICE

ÍNDICE ...................................................................................................................................... i

ÍNDICE DE QUADROS ............................................................................................................... ii

SIGLAS .....................................................................................................................................iii

ENQUADRAMENTO LEGAL E DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................. 1

I. ABERTURA ....................................................................................................................... 3

II. IDEÁRIO EDUCATIVO ....................................................................................................... 5

a. Uma escola de cultura educativa Católica ..................................................................... 6

b.Um modelo educativo humanista .................................................................................. 6

c. Um modelo pedagógico personalista ............................................................................ 8

III. PROJETO EDUCATIVO .....................................................................................................11

a. Identidade educativa do CDDS .....................................................................................12

b. Pressupostos Educativos ..............................................................................................13

c. Princípios educativos orientadores...............................................................................15

D. CONCEÇÃO PEDAGÓGICA ............................................................................................19

E. Organização da comunidade educativa ........................................................................30

f. Avaliação do Projeto Educativo ....................................................................................54

IV. PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA ..................................................................................57

a. Princípios Orientadores ...............................................................................................58

b. Organização CURRICULAR funcional do CDDS ..............................................................71

C. OFERTA EDUCATIVA DO CDDS .....................................................................................76

Quadro 19 - Plano Curricular do Curso de Ciências e Tecnologias (Cursos Científico-Humanísticos) .........................................................................................................................89

PLANIFICAÇÃO E ARTICULAÇÃO CURRICULAR ..................................................................95

E. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS E COMPETÊNCIAS .................................................101

F. PERFIL DO ALUNO DO COLÉGIO DOM DIOGO DE SOUSA ............................................143

G. AVALIAÇÃO DO ANO LETIVO......................................................................................144

H. AVALIAÇÃO DO PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA ....................................................146

V. PLANO ANUAL DE ATIVIDADES .....................................................................................149

VI. REGULAMENTO INTERNO .............................................................................................153

Parte I − Definição e âmbito de aplicação .........................................................................155

Título I − Identidade Institucional e Educativa do CDDS..................................................155

Título II − Administração e Gestão do CDDS ...................................................................157

Parte II − Comunidade Educativa .......................................................................................173

Título I − Constituição, Direitos e Deveres ......................................................................173

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Título II − Alunos ............................................................................................................175

Título III − Pessoal Docente ............................................................................................196

Título IV − Pessoal Não Docente ....................................................................................209

Título V − Pais e Encarregados de Educação ...................................................................211

Parte III − Organização Funcional .......................................................................................215

Título I − Horários de Funcionamento ............................................................................215

Título II − Biblioteca .......................................................................................................216

Título III − Reprografia ...................................................................................................217

Título IV − Refeitório......................................................................................................218

Título V − SALA DE AULA ................................................................................................218

Título VI− ZONAS DE RECREIO, CONVÍVIO E LAZER .........................................................224

Título VII Balneários, instalações sanitárias e piscina......................................................225

Título VIII CACIFOS.........................................................................................................225

Título IX SALA DOS PROFESSORES ..................................................................................227

Parte IV− Regime Especial de Preços .................................................................................229

Parte V − Disposições Finais...............................................................................................231

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Bloco Norte: espaços e equipamentos ...................................................................42

Quadro 2 - Bloco Sul: espaços e equipamentos .......................................................................43

Quadro 3 - Oferta educativa, cultural, desportiva, técnica, artística e religiosa ........................46

Quadro 4 - Parceiros educativos e colaboradores ocasionais ...................................................52

Quadro 5 – Divulgação e conhecimento dos Documentos Orientadores e Reguladores: IE, PE, PCE e RI ...................................................................................................................................53

Quadro 6 - Avaliação do Projeto Educativo ..............................................................................54

Quadro 7 – Princípios Orientadores e Integradores do PCE......................................................58

Quadro 8 – Autonomia e Flexibilidade Curricular e Princípios de atuação. ...............................62

Quadro 9 – Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO). .............................64

Quadro 10 – Operacionalização das Aprendizagens Essenciais. ...............................................66

Quadro 11 – Planeamento Curricular ......................................................................................67

Quadro 12 – Implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular. ....................................68

Quadro 13 – Medidas dos Planos de Ação Estratégica e Dinâmicas Pedagógicas......................69

Quadro 14 - Operacionalização de Domínios de Autonomia Curricular ....................................70

Quadro 15 - Plano Curricular da Educação Pré-Escolar ............................................................77

Quadro 16 - Plano Curricular do Primeiro Ciclo ........................................................................78

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Quadro 17 - Plano Curricular do Segundo Ciclo........................................................................80

Quadro 18 - Plano Curricular do Terceiro Ciclo ........................................................................88

Quadro 19 - Plano Curricular do Curso de Ciências e Tecnologias (Cursos Científico-Humanísticos) .........................................................................................................................89

Quadro 20 - Matriz Curricular do Curso de Ciências Socioeconómicas (Cursos Científico-Humanísticos) .........................................................................................................................90

Quadro 21 - Matriz Curricular do Curso de Línguas e Humanidades (Cursos Científico-Humanísticos) .........................................................................................................................90

Quadro 22 - Matriz Curricular do Curso de Artes Visuais (Cursos Científico-Humanísticos) ......91

Quadro 23 - Princípios de estruturação curricular do PAT ........................................................99

Quadro 24 - Organização estrutural do PAT: conteúdos ........................................................100

Quadro 25 – Critérios de Avaliação do PAT ............................................................................101

Quadro 26 – Modalidades de avaliação interna das aprendizagens .......................................105

Quadro 27 - Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória ..........106

Quadro 28 - Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do Primeiro Ciclo ..........................110

Quadro 29 - Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Segundo Ciclo .........113

Quadro 30 - Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo. .........116

Quadro 31 – Recursos e instrumentos de avaliação ...............................................................124

Quadro 32 - Critérios de Avaliação Específicos do Primeiro Ciclo ...........................................128

Quadro 33 - Critérios de Avaliação Específicos do Segundo Ciclo ...........................................130

Quadro 34 - Critérios de Avaliação Específicos do Terceiro Ciclo. ...........................................133

Quadro 35 - Critérios de Avaliação Específicos do Ensino Secundário (Décimo e Décimo Primeiro Anos) ......................................................................................................................138

Quadro 36 - Critérios de Avaliação Específicos do Ensino Secundário (Décimo Segundo Ano) .............................................................................................................................................139

Quadro 37 – Avaliação do Ano Letivo no CDDS ......................................................................145

Quadro 38 – Parâmetros, critérios e indicadores de avaliação do PCE ...................................147

SIGLAS

AAI – Áreas de Articulação Interdisciplinar

AE – Aprendizagens Essenciais

AEC – Atividades de Enriquecimento Curricular

AFC – Autonomia e Flexibilidade Curricular

CCP - Comissão Consultiva dos Pais e Encarregados de Educação

CD – Cidadania e Desenvolvimento

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CDDS – Colégio Dom Diogo de Sousa

CE – Comunidade Educativa

CEB – Ciclo do Ensino Básico

CP – Conselho Pedagógico

CT – Conselho de Turma

DGEAC - Direção-Geral da Educação e Cultura

EEPC – Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo

ENEC – Estratégias Nacional de Educação para a Cidadania

EPE – Educação Pré-Escolar

IE – Ideário Educativo

LE – Língua Estrangeira

OCEPE – Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar

PASEO – Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

PAT – Plano de Atividades de Turma

PCE – Projeto Curricular de Escola

PCT – Plano Curricular de Turma

PE – Projeto Educativo

PTT – Plano de Trabalho de Turma

QECR - Quadro Europeu Comum de Referência

RI – Regulamento Interno

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ENQUADRAMENTO LEGAL E DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

1. Lei de Bases do Sistema Educativo, (1986)

2. Lei nº 9/1979, de 19 de Março, Lei de Bases do Ensino Particular e Cooperativo

3. Lei-Quadro da Educação Pré-escolar, (1997)

4. Lei nº 21/2008, de 12 de maio Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro

5. Lei nº 51/2012, de 5 de setembro (Estatuto do Aluno e Ética Escolar)

6. Decreto-Lei nº 152/2013, de 4 de novembro de 2013, Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo

7. Portaria nº 59/2014, de 7 de Março de 2014

8. Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril (altera DL 139/2012, de 5 de julho)

9. Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho

10. Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho

11. Decreto-Lei nº 91/2013, de 10 de julho (altera DL 139/2012, de 5 de julho)

12. Decreto-Lei nº 176/2014, de 12 de dezembro (altera DL 139/2012, de 5 de julho)

13. Decreto-Lei nº 139/2012, de 05 de julho, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 91/2013, de 10 de julho, 176/2014, de 12 de dezembro, e 17/2016, de 4 de abril

14. Portaria nº 74-A/2013, de 15 de fevereiro

15. Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto

16. Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro

17. Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto

18. Portaria nº 782/2009, de 23 de julho (Quadro Nacional de Qualificações)

19. Despacho Normativo n.º 10-B/2018, de 6 de julho

20. Despacho Normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril

21. Despacho normativo nº 6478/2017, de 26 de julho, Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

22. Despacho Normativo nº1-F/2016, de 5 de abril

23. Circular n.º 4/DGIDC/DSDC/2011, de 11 abril

24. Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

25. Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania

26. Aprendizagens Essenciais para o Ensino Básico, aprovado pelo Despacho n.º 6944-A/2018, de 19 de julho, e para o ensino secundário, pelo Despacho n.º 8476- A/2018 de 31 de agosto

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27. Programas Disciplinares

28. Metas Curriculares

29. Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar

30. Currículo Nacional de Ensino Básico: competências essenciais (2001)

31. Educação para a Cidadania – Proposta Curricular para os Ensinos Básico e secundário (2011)

32. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas

33. Para uma Educação Inclusiva - Manual de Apoio à Prática (ME/DGE)

34. Regulamento de Proteção de Dados, nº789/2018

35. Catálogo Nacional de Qualificações

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I. ABERTURA A disponibilização dos Documentos Orientadores e Reguladores do Colégio de Dom Diogo de Sousa é cumprida, este ano letivo, após processo de avaliação e revisão suscitado pela publicação das normativas legais relacionadas com as Aprendizagens Essenciais e a Autonomia e Flexibilidade Curricular, que trazem à escola e aos intervenientes do processo educativo desafios de maior responsabilidade, de cooperação educativa e inovação, enquanto ocasionam uma reflexão profunda sobre a tarefa de educar, num mundo em completa mudança e sem as seguranças do definitivo.

O Colégio de Dom Diogo de Sousa aceitou a lógica da inovação educativa, sempre sob o olhar dos grandes valores que o sustentam e dos princípios e valores da filosofia educativa-mãe que gerou a matriz do seu ensinar, educar e formar. Havia que parar, pensar, reformular, renovar e reconstruir “de novo” a história de ensinar e educar gerações, porque o CDDS olha as normas e orientações novas como oportunidade de melhor servir, de cumprir mais. O novo quadro de referência educativa pressupõe a liberdade, responsabilidade, a valorização do trabalho, a consciência de si próprio, a inserção familiar e comunitária, a participação na sociedade que nos rodeia e a criação de condições de equilíbrio entre conhecimento, compreensão, criatividade e sentido crítico como as bases de um perfil transversal comum de qualidade de aprendizagem, voltado para o futuro, para a comunidade social e a integração.

O processo de renovação e atualização houvera de fazer-se mediante a adequação à nova legislação, mormente aos seus princípios orientadores e reguladores, a conformidade aos novos modelos e valores educativos propostos, a readaptação dos processos de organização educativa e curricular e o repensar da natureza e propósitos das aprendizagens e da avaliação a elas inerente. Porfiamos uma escola inclusiva e promotora de melhores aprendizagens, significativas e produtoras de cidadania ativa. Foi desencadeado no CDDS um processo maduro, crítico, consistente, extensivo aos grupos e departamentos disciplinares, com sintonia e coordenação do Conselho Pedagógico, com a finalidade de pensar e organizar, rever e reavaliar, medir riscos e encontrar soluções inovadoras, geradoras de maior qualidade e eficácia educativas.

Olhou-se com frontalidade esta oportunidade, sem saudosismos nem reservas, como um momento de inovação e desafio, de abertura generosa ao novo, porque é a inovação a causa que nos move para redigir a história de hoje com a alma de futuro. Cumpriu-se a adequação ao novo quadro legal que nos dirige, conformaram-se propósitos e objetivos, reergueram-se fórmulas novas de trabalho, ajustaram-se estratégias, pedagogias e relações de trabalho, tudo em função de maior autonomia, de uma flexibilidade curricular mais contextualizada na Comunidade Educativa. Redefiniram-se prioridades, para sermos mais Escola para aqueles que connosco aprendem e também nos ensinam, para que todos os esforços e renovações, por eles, se cumpram como um projeto de boa vontade.

Convidamos à leitura dos documentos que se apresentam. Reconhecerão mudanças, alterações, ruturas e inovações. Algumas imperfeições, porventura. Adivinharão os lugares e situações onde o importante poderia ter uma ínfima ou indefetível melhoria. Acolheremos as sugestões que a nossa possível inadvertência não acautelou. Mas abriremos o tempo para ouvir e recolher o tanto que, como dádiva inestimável, sempre recebemos daqueles que connosco fazem o caminho da educação do futuro.

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A leitura, o diálogo, a informação, a partilha, a reflexão destas normas, orientações e projetos com os que educamos, a interiorização e desta forma educativa de sermos nós, são os primeiros passos do caminho que se abre à nossa frente. Vamos andá-lo.

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II. IDEÁRIO EDUCATIVO O Ideário Educativo é o conjunto de princípios que deve orientar a vida e o ideal educativo do CDDS, na hora de elaborar projetos, estabelecer prioridades, definir objetivos, fixar metas e afetar os meios necessários para os nossos compromissos educativos. Por isso, ele contém e formula uma determinada visão do homem, da vida, do mundo, do universo religioso, da educação, que será o marco de referência na construção do modelo educativo e pedagógico do CDDS.

Os princípios que nele se estabelecem constituem a Carta Magna Educativa que o CDDS propõe à sociedade como alternativa educativa inalienável e referência da Comunidade Educativa que pretende construir. A oferta educativa que o CDDS disponibiliza está impregnada desses valores fundadores e conformadores que se pretende que sejam os alicerces humanos, científicos, técnicos, ético−morais, religiosos e cívicos dos cidadãos que o CDDS educa e forma.

Não se projeta o Ideário Educativo como código rígido que impõe um corpo estático e inflexível de princípios. As suas referências são valorativas, dinâmicas e permanentemente reformadoras, passíveis de acompanhar os sinais dos tempos, as transformações do mundo contemporâneo e os desafios globais, permanentemente colocados ao ser humano. Este, de facto, altera as suas vivências e evoluiu nas suas escolhas, preservando a sua natureza. É esta integridade permanente que não se relativiza, mas continuamente se questiona, que o Ideário do CDDS procura valorizar, evidenciar, promover e enobrecer, através da grande tarefa educativa e formativa. Quanto maior e mais exigente, hoje, for esta causa, tanto mais, amanhã, se preservará a dignidade do ser humano. É pela educação com valores que se preservará a humanidade e a sua memória.

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A. UMA ESCOLA DE CULTURA EDUCATIVA CATÓLICA

1. Situada no Mundo, ao encontro do Homem, na busca de Deus

1. O CDDS afirma a sua identidade de escola católica, que partilha da grande missão da Igreja, e assume a tarefa da evangelização e formação do Homem. Cumprirá essa missão, com o sentido da sua existência, se a evangelização se converter, de modo real e prático, na fonte inspiradora de toda a atividade que realiza.

2. Evangelizar é promover a preocupação pelos problemas concretos do nosso tempo, traduzida em obras sócio caritativas e, também, de educação. Mas, o principal compromisso da evangelização é facilitar, dando ensejo à experiência cristã de Deus no encontro real com Jesus Cristo.

3. Trata-se de uma evangelização educativa dirigida para a procura do sentido da vida, que satisfaça as mais profundas expectativas do ser humano, um projeto de vida segundo o qual se organiza, orientando a existência e a procura do ser humano.

4. Em comunhão com a Igreja, propomos Jesus Cristo como o Ideal que dá sentido à vida de toda a pessoa humana. A pessoa humana encontra-se quando se descobre como existindo e sendo em Deus, porque o homem é experiência de Deus.

2. Razão para um Ideário

5. O Ideário Educativo não se ensina, nem tem a pretensão de ser uma imposição, mas, sim, um alicerce para a descoberta pessoal e livre de cada um. Por isso, o CDDS apresenta-se como espaço de comunicação e partilha de objetivos, valores, de procura de sentido, de sonhos, de projetos de vida. Neste espaço, o educador será o pilar do encontro com o ideal, com os saberes e os valores.

6. O Ideário aponta sempre para a construção pessoal, a autorrealização, a felicidade. Descobrir um ideal, um projeto de vida, e caminhar até ele, vivendo os valores nele contidos, é a forma mais humana e inteligente para ser feliz e o maior investimento na eficácia educativa.

7. Descobrir que sentido tem estudar, aprender, ter êxito escolar é o passo decisivo e imprescindível para a realização pessoal. Quanto mais elevado e valioso for o ideal, mais resistência e robustez terá para o compromisso e para a liberdade de ser pessoa.

B.UM MODELO EDUCATIVO HUMANISTA

3. O modelo educativo que o CDDS. três eixos essenciais

8. Proporcionar aos alunos a possibilidade da descoberta do sentido da vida, das opções fundamentais, dos objetivos existenciais e dos ideais realizadores da felicidade pessoal.

9. Enriquecer os alunos com as competências e capacidades básicas e os instrumentos necessários para realizarem o seu ideal pessoal.

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10. Transmitir aos alunos um conjunto diversificado e sólido de conhecimentos gerais e específicos que lhes permitam realizar−se como seres humanos e como cidadãos úteis, responsáveis e comprometidos.

4. Uma formação alicerçada nos valores

11. A experiência dos valores é a concretização do Ideal, a realização do sentido de vida assumida de forma livre. Deste modo, no CDDS, os valores não serão normas impostas exteriormente, mas propostas para caminhar na direção do Ideal, o que dá sentido à existência, à forma de ser e de se comportar. Só na vivência dos valores pode o ideal explicar-se e tornar-se operativo.

12. O ambiente que se cria é o primeiro valor transmissor de sentido, pelo qual se cultivam os demais valores. Criando um ambiente educativo favorável, estamos a tornar possível o encontro entre a pessoa e o seu ideal na prática dos valores.

5. Dimensões educativas da formação

a) Dimensão física e estética − Respeito pelo corpo, pelo desenvolvimento físico, pela sensibilidade, pela beleza, pelo decoro, pelos hábitos de higiene, pela cultura do desporto, pela alimentação saudável, pelo cuidado com o ambiente, pelas capacidades e limitações, sem discriminar nem desprezar o outro.

b) Dimensão afetiva − Assumir−se e expressar−se com carinho, afeto e ternura, atenção, respeito, estima e consideração nas relações interpessoais; dar e receber amor.

c) Dimensão cognitiva − Desenvolver os hábitos e o treino da memória, a cultura da inteligência, o raciocínio estruturado, a capacidade de síntese, a reflexão, o juízo crítico, os hábitos de trabalho intelectual, assim como as competências que permitam assumir o trabalho como expressão criativa e serviço aos outros.

d) Dimensão comunitária e social − Ser criativo, inovador e empreendedor para desenvolver respostas adequadas a novas realidades, a partir da originalidade, da investigação, do aprofundamento e do espírito de iniciativa.

e) Dimensão ética e valorativa − A pessoa humana com referências ético−morais, assumindo os valores como normativas de vida e de procedimento.

f) Dimensão da formação da vontade − A educação da vontade e da deliberação consciente, como princípios basilares para se ser livre, ético, moralmente responsável e competente. A vontade formada é a capacidade de cumprir e ser fiel a ideias e ideais.

g) Dimensão do compromisso e solidariedade − Formar pessoas de bem e de justiça, solidárias com as pessoas mais pobres e com as que sofrem, injustamente, carências e privações de bens e direitos.

h) Dimensão transcendente − Sensibilizar para os desafios do nosso tempo, especialmente para a ignorância religiosa e a indiferença à Mensagem de Jesus Cristo: o CDDS é um espaço de evangelização que se propõe propiciar uma

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vivência autêntica do cristianismo por meio de um ambiente escolar marcado pelos valores evangélicos.

C. UM MODELO PEDAGÓGICO PERSONALISTA 13. O CDDS oferece às famílias um projeto educativo que harmoniza saber, cultura, fé e vida.

Este projeto destaca os valores da partilha, comunhão e abertura aos outros; apresenta a cultura como um meio de comunhão entre os seres humanos e o saber como um compromisso de serviço.

14. O CDDS propõe um modelo formativo e educativo personalista que considera a globalidade das dimensões da pessoa humana, de forma integrada, como áreas de crescimento e de amadurecimento, suscetíveis de serem valorizadas pela educação e formação que propõe, por entender que a pessoa é a sua totalidade.

15. Por isso, serão privilegiadas todas as dimensões dessa totalidade:

a) Do corpo à pessoa − Valorizando e educando o respeito pela corporeidade sadia, o seu desenvolvimento físico, as possibilidades de expressão e comunicação corporal e a saúde do corpo, os hábitos de higiene, a prática saudável de desporto, a vida ao ar livre e o cuidado com o ambiente natural e urbano em que vive, procurar−se−á que o aluno adquira o conhecimento, a aceitação e a valorização do seu crescimento como pessoa, das suas capacidades e limitações, tanto em si mesmo como nos outros, sem discriminar e ser discriminado.

b) Dos afetos às relações de socialização − Promover−se−á a capacidade do aluno assumir e expressar, com correção e responsabilidade, os seus sentimentos e afetos, integrando a sua personalidade humana e sexuada, mediante uma relação sadia consigo próprio, com a natureza, com os outros e com Deus. Valorizar−se−á a aprendizagem (da expressão) da linguagem da afetividade como forma de realização da comunhão humana e de construção de relações de amizade maduras.

c) Do conhecimento ao juízo crítico − Incentivar−se−á o aluno a cultivar o exercício da memória, a desenvolver a inteligência, a adquirir a capacidade de síntese, a estimular a reflexão com critério, a formular juízos críticos, a interessar−se por hábitos de pesquisa e investigação, a exercitar a imaginação e produção criadora, assim como as capacidades que lhe permitam assumir o trabalho como experiência criativa. Proporcionar−se−á ao aluno a aquisição de conhecimentos sólidos no âmbito das ciências físicas, naturais e humanas, da história, da arte, das técnicas, das línguas, assim como a capacidade de confrontação e investigação.

d) Das aprendizagens à maturidade cívica − Motivar−se−á o aluno para que, com autonomia, e integrando os demais, possa agir livre e responsavelmente no espaço e ambiente das suas vivências, respondendo pessoalmente à sua vocação e ao imperativo ético da sua cidadania.

e) Da originalidade à criatividade - Pretende-se que o aluno seja criativo, na produção e desenvolvimento de respostas adequadas às novas realidades da sociedade e cultura contemporâneas, recorrendo à originalidade, à investigação, à análise crítica, ao aprofundamento e ao espírito de iniciativa.

f) Da integração à disponibilidade - Sensibiliza-se o aluno para que esteja bem integrado e disponível para a participação nas diferentes propostas e atividades desenvolvidas

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pelo CDDS, como jornadas, convívios, visitas de estudo, conferências, atividades culturais, jogos, celebrações, momentos de oração e eventos desportivos.

g) Da cooperação à solidariedade - Consciencializa-se o aluno para que seja solidário, a partir da evidência da fragilidade física, emocional, moral dos que o rodeiam, e que assuma a dimensão cristã do serviço, superando as diferenças sociais, as distâncias pessoais, os racismos ou o preconceito de superioridade, e seja cooperante, inclusivo e solidário.

h) Do dever à responsabilidade - Educa-se o aluno para o compromisso e o dever e para a assunção de responsabilidades, destacando a importância da perspetiva do serviço, do valor moral da norma e da regra, da sua integração social e da sua participação ativa como cidadão na sua formação e na sua futura vida profissional.

i) Dos valores ao sentido da vida − Considerar−se−á a pessoa como valor fundante de qualquer axiologia e como fundamento do ser cristão; daí que a proposta de valores do CDDS tenha uma matriz humano−cristã. Além da expressão histórico−cultural dos valores, pretende capacitar−se os educandos para a relevância das razões de ser, do sentido da vida, da esperança, da solidariedade, da responsabilidade, da liberdade, da justiça, da consciência crítica, do trabalho criativo, da interioridade, da alegria e da paz.

j) Do humano ao transcendente − Dentro da margem de liberdade que implica toda a opção de fé, o CDDS favorece nas crianças, adolescentes e jovens uma vivência autêntica do cristianismo, mediante a orientação do ambiente escolar pelos valores evangélicos, pela afirmação explícita e sistemática da fé e o acompanhamento no seu compromisso de vida. Com essa finalidade, o CDDS disponibiliza formação catequética, bíblica, moral, sacramental e espiritual em todos os ciclos, quer mediante a frequência de aulas de Educação Moral e Religiosa Católica, quer através da integração e participação em movimentos de pastoral juvenil, quer através da participação dos alunos em encontros de juventude de âmbito diocesano, nacional e internacional, quer através das celebrações da fé e da partilha humana e material nos momentos mais fortes e simbólicos do calendário litúrgico cristão.

k) Das causas humanas à espiritualidade da vida − Respeitando as diferentes opções pessoais perante a proposta de fé, aspiramos a que o aluno:

I. Reconheça a dimensão transcendente na sua identidade pessoal, que o abre à realidade dos outros e de Deus.

II. Descubra o seu projeto de vida, reconhecendo−se conscientemente como construtor da comunidade humana.

III. Assuma a proposta evangelizadora do CDDS, com abertura e respeito, concretizada na proposta de catequese sistemática disponibilizada.

IV. Seja capaz de experimentar a proposta de valores evangélicos, participando nas atividades próprias da pastoral juvenil que o CDDS disponibiliza.

V. Possa responder ao chamamento de Cristo que o convida ao compromisso e ao seguimento.

VI. Consiga exprimir e celebrar a fé, no encontro pessoal e comunitário com o Deus da Vida, que em Cristo assumiu toda a nossa realidade humana.

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VII. Interiorize o convite a construir a comunidade eclesial e seja capaz de assumir uma opção comprometida com os mais frágeis, os dependentes e os menos favorecidos.

VIII. Descubra e desenvolva a sua vocação pessoal, e seja testemunha digna do anúncio da fé, com coragem e compromisso.

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III. PROJETO EDUCATIVO O primeiro objetivo do Projeto Educativo é definir os grandes eixos ou parâmetros educativos que, de uma forma estável e cada vez mais consolidada, constituem a Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS. Relativamente aos grandes objetivos que se definem como o seu alcance educativo, esclarece-se o modelo de aluno que se propõe formar, carateriza-se a natureza da educação, a organização do seu processo, as responsabilidades e as relações existentes na Comunidade Educativa, formaliza-se o perfil de professor e de funcionário, determinam-se as atribuições de cada um, as competências e poderes dos órgãos de direção, gestão e administração e delimita-se o papel de ação e participação dos intervenientes externos à Comunidade Educativa. Porém, o Projeto Educativo não é um corpo imóvel e estático de princípios, convenções ou orientações. Ele problematiza, analisa, afere, valoriza e avalia o processo educativo, redefinindo, de forma concreta e periódica, a situação educativa, conformando continuamente a coerência entre os grandes princípios ou objetivos educativos e o estado da situação educativa, identificando problemas ou obstáculos que necessitem de atenção e reflexão, planeamento, reformulação de ações estratégicas, implementação de projetos intermédios e avaliação, de tal sorte que cada momento educativo seja uma aproximação de excelência aos grandes princípios educativos inicialmente definidos.

O segundo objetivo do projeto é, portanto, resolver, de forma organizada e planificada, os problemas previamente identificados da realidade educativa, aproveitando para isso os recursos disponíveis e respeitando certas restrições impostas pela tarefa a desenvolver e pelo contexto. Ao surgir de uma ou várias necessidades identificadas no contexto educativo, ele deve revelar os interesses pessoais da Comunidade Educativa e os seus objetivos de aprendizagem. Isso remete para uma reflexão na qual se confrontam, por um lado, as necessidades, e, por outro, os meios para satisfazê-las. O Projeto Educativo, por ser coletivo, requer o compromisso de cada um dos membros da Comunidade Educativa na organização conjunta das atividades a realizar. Deve ser avaliado de forma permanente, confrontando o trabalho realizado com o projetado, analisando também o processo de realização, e, finalmente, aferindo o impacto que ele teve na transformação e melhoria da Comunidade Educativa.

A matriz educativa e pedagógica do Projeto Educativo constitui o conjunto de princípios, objetivos, estratégias e metodologias de âmbito Educativo e Pedagógico que reproduzem, de forma sistemática e estratégica, as opções educativas estruturantes definidas no Ideário Educativo do CDDS. Ela preconiza, por isso, as orientações estáveis e permanentes de todo o processo educativo do CDDS, as diretrizes organizacionais, funcionais e interrelacionais da Comunidade Educativa e os valores educativos e formativos fundacionais, a partir dos quais se constrói, renova e atualiza toda a situação educativa e as estratégias de inovação e modernização educativa. É essa referência fundacional que atribui à matriz educativa e pedagógica o seu caráter de Projeto Educativo permanente.

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A. IDENTIDADE EDUCATIVA DO CDDS

6. Da fundação à maturidade

16. O Projeto Educativo do CDDS pretende clarificar e precisar o modelo educativo que propõe. Apesar de ser construído sobre um ideário próprio e específico, não se afirma pela exclusividade de uma visão unilateral e impositiva de valores e opções educativos, mas por um modelo de educação plural, eclético, quanto aos valores, objetivos e metodologias pedagógicos, respeitando outras possíveis visões educativas e salvaguardando a individualidade de cada aluno, a sua confissão religiosa, proveniência social, a opção política ou outras escolhas fundamentais de vida.

17. O CDDS, fundado no dia 30 de agosto de 1949, é propriedade do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, da Arquidiocese de Braga. O CDDS foi criado com o intuito de proporcionar o acesso ao ensino, numa época em que o ensino público não era extensível a todas as regiões do país, mormente ao interior norte, sendo ainda de acesso dificultado pela existência dos exames de admissão aos liceus. Apenas estes, à altura, dispunham do exclusivo dos cursos complementares que disponibilizavam aos alunos com residência próxima.

18. Alguns anos após, sob a direção de Monsenhor Elísio Fernandes de Araújo, por volta de 1953, foi a qualidade educativa e formativa do CDDS que fez com que alunos provenientes de Faro, Lisboa, Torres Novas, Guarda, Tomar, Angola, Moçambique e Guiné ingressassem no CDDS, onde o ambiente familiar, a exigência na aprendizagem e a educação marcada pelos valores humanos, cívicos e religiosos lhe granjearam, progressivamente, reputação e procura. A Reforma Educativa da década de 80 do século passado, de que o Colégio foi “escola-piloto”, as grandes obras de ampliação das instalações do CDDS e, finalmente, a autonomia pedagógica adquirida em 1990 exponenciaram substancialmente a frequência do CDDS.

7. Modelo educativo inspirador

19. O modelo educativo do CDDS advém da inspiração da cultura cristã, que promove como princípio superior da educação o desenvolvimento integral da pessoa humana em processo de formação, numa Comunidade Educativa com ambiente familiar e com forte sentido de autorresponsabilidade e autodisciplina.

20. O CDDS constitui-se como Comunidade Educativa familiar, onde o encontro de gerações, diferenças culturais e de mentalidade, o convívio com alunos de origens geográficas, culturais, sociais, económicas e religiosas diversificadas valoriza a pluralidade de mentalidades e o âmbito da socialização, conferindo ao percurso educativo um enriquecimento humano e sociológico determinante para o aprofundamento da compreensão, da tolerância e da convivência pessoal.

21. É propósito educativo do CDDS proporcionar aos alunos e às famílias os meios e os recursos indispensáveis para o conhecimento interior de cada um, a descoberta e formação da sua personalidade e caráter, de forma que cada aluno tenha a possibilidade real de iniciar a construção do seu projeto de vida futuro, alicerçado em aprendizagens inovadoras e sólidas, capacidades diversificadas bem experimentadas, incorporação bem estruturada de valores orientadores de vida, liberdade para a imaginação dos sonhos

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futuros, perceção consciente das limitações e condicionantes hodiernas da vida e um sentido de desafio e deliberação para a intrepidez e audácia de enfrentar positivamente o futuro.

22. As inumeráveis gerações de alunos que frequentaram o CDDS, e que hoje se encontram dispersas pelos diversos quadrantes da vida pública e profissional, atestando a qualidade da sua formação e educação, são o melhor testemunho do modelo consistente de educação recebida, motivação madura para as gerações mais jovens, incentivo para a renovação contínua do CDDS, face aos permanentes desafios, e a comprovação do êxito das opções educativas do CDDS.

23. O personalismo cristão, que integra o ensino, a educação, a formação e a evangelização, constitui a inspiração superior do Projeto Educativo do CDDS, identificando-o como um projeto voltado para a pessoa, não para o sistema ou a estrutura, mas proporcionando espaço de compromisso e de educação científica, técnica, humana e cristã, ressalvando que os referentes da proposta axiológica e dos princípios da Mensagem Cristã são determinantes na formação, interação e vivências educativas que propõe.

B. PRESSUPOSTOS EDUCATIVOS 24. A proposta educativa do CDDS estrutura-se segundo um conjunto de pressupostos que

determinam e fundamentam a orientação educativa e formativa global e, em simultâneo, enformam todo o processo, ações, estratégias ou opções de direção, gestão e administração.

8. Cultura educativa antropológica

25. A educação é um processo complexo, por corresponder à fase de construção da identidade pessoal do aluno. Cada aluno é um ser humano singular, que não reproduz em si um modelo educativo estereotipado imposto. Antes, constrói-se a si próprio, de acordo com os estímulos, referentes, valores, conhecimentos, aprendizagens e experiências educativas que lhe são proporcionadas. O respeito e consideração pela história individual de cada aluno sugerem uma cultura educativa antropológica que integra valores, modos de vida, reflexões, tradição, culturas construídas com esforço, dificuldades, progressos e alegrias, descobertas, imprevistos e conquistas que constituem mundividências específicas de cada educando. O aluno, ser humano ímpar, é cooperador e sujeito da sua educação.

9. Cultura educativa socialmente integradora

26. A versatilidade e presteza com que a sociedade contemporânea transforma, suprime, reconstrói e segrega os seus esquemas organizacionais e os sinais de vanguarda da sua estrutura evolutiva fazem supor que a adequação dos modelos educativos contemporâneos aos processos de transformação da sociedade se tenha como cada vez mais difícil. O modelo educativo do CDDS pondera, como pressuposto, a necessidade de previsão de evolução social, a atenção aos sinais dos tempos, de modo a investir nas formas mais adequadas e nos modelos mais atuais de integração dos seus educandos no mundo social. Este pressuposto reserva atenção especial às mudanças técnicas, científicas, aos valores e aos desafios mais sensíveis de concorrência social com que os

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educandos serão futuramente confrontados, e acompanha os desafios inovadores com que a sociedade vai reconstruindo os sinais do futuro. Não com submissão aos modernismos ou modismos efémeros que a sociedade segrega e rapidamente abandona, mas com atenção ao indefetível, ao consistente, antecipando as grandes vias e opções com que o presente olha o futuro.

10. Cultura educativa cívica

27. A educação do ser humano estrutura-se em compromissos, inter-relações, iniciativas, integrações que o valorizem como cidadão. A cultura cívica propõe educar o aluno para a identidade da sua comunidade social, para o sentido de pertença ativa e interventiva, para o espírito de iniciativa, para a largueza da solidariedade, para a convivência cívica, favorecendo a dimensão mais vasta da realização do ser humano. A atenção aos problemas da comunidade, às carências, às ruturas, às inovações, às desestruturações sociais, aos deveres e direitos que organizam as relações e às formas de comunica em sociedade são um exercício educativo prévio ao futuro empreendedor do cidadão consciente e responsável que sente, percebe, analisa e atua criticamente no seu espaço humano e cívico próprio.

11. Cultura educativa inovadora

28. Toda a educação é, pela sua natureza, um processo inacabado, suscetível de revisões, ajustamentos e inovações, só ela se encontra ao serviço do ser humano, evolutivo e transformado, e não subserviente a sistemas ou estruturas. A dimensão prospetiva da educação é uma inquietação de método, de princípio e de planificação contínua. A intenção não é aprisionar, previamente, a realidade futura, ajustando−a eternamente a esquemas já conseguidos ou consolidados. A cultura da inovação educativa é um pressuposto que conduz à autocrítica, à avaliação sistemática, à renovação, à dinamização e procura do novo, do futuramente ajustado e justificado, à depuração do obsoleto, por muito válido que tenha sido em experiências pretéritas.

12. Cultura educativa com memória

29. Situado no tempo, no espaço e num contexto humano, o aluno transporta consigo as memórias, valores, normas, experiências que assimilou na socialização familiar. O processo educativo nunca poderia ser uma soma de momentos educativos estanques, independentes e dissociados, sem integrar a história e memória educativa de cada aluno. O CDDS, por sua vez, contextualizado no tempo e no espaço, é, hoje, também, o produto das suas memórias educativas, dos dinamismos educativos da sua história institucional. As memórias pessoais, familiares e institucionais trazem ao processo educativo o desafio da integração e inclusão, enquanto todas elas transportam opções, valores, sensibilidades, orientações e escolhas que constroem o princípio da unidade histórica do sujeito, dos projetos educativos e das opções educativas das famílias.

13. Cultura educativa humanista e personalista cristã

A dimensão transcendente do ser humano induz a percebê-lo como o grande Projeto Educativo de Deus, conforme esse mistério nos é desvendado na epifania da criação, no mistério da cruz e na consciência humana. O percurso existencial humano é histórico, mas

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convocado a uma dimensão que ultrapassa as contingências da matéria, da morte, da dor e se enraíza numa esperança ilimitada de fé. Se o homem, como projeto de Deus, é chamado a partilhar a esfera do divino, a educação deve personalizar e elevar a perceção imediata da contingência finita da natureza humana até ao pleno sentido da vida em Deus, conferindo ao projeto de vida de cada ser humano o sentido da partilha da história humana e da história divina.

14. Cultura educativa solidária, integradora e inclusiva

As relações educativas estruturam-se com base em interações de coesão humana e social, a partir da diversidade de capacidades, das fragilidades emocionais, cognitivas e da diferença de competências. A educação é entendida como o desenvolvimento de relações que integram e incluem, como momentos solidários que integram os mais frágeis no esforço de sucesso e de êxito pessoal e comunitário, pois é do sucesso integrado e inclusivo de todos os membros da comunidade educativa que se constrói o sucesso das aprendizagens e o perfil de cidadão competente e interventivo no final da escolaridade obrigatória.

C. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS ORIENTADORES

15. Objetivos Educativos Gerais

30. Os objetivos educativos gerais deduzem−se dos princípios e fundamentos educativos definidos no Ideário Educativo e dos pressupostos ou cultura educativa que o CDDS pretende implementar. Os objetivos educativos gerais correspondem aos princípios diretores de toda a ação educativa, da organização, direção, gestão e administração, e constituem os grandes eixos orientadores da vida da Comunidade Educativa para os quais deve convergir o esforço educativo, as aprendizagens e saberes, a conceção de saber, a estratégia pedagógica e as ações e conceções didáticas. Por corresponderem à definição da Identidade Educativa do CDDS, eles são estáveis, não negociáveis, embora suscetíveis de avaliação e reformulação no modo de realização ou nos objetivos específicos que os concretizam ou implementam de forma calendarizada para cada triénio.

16. Educar e formar a pessoa humana de modo integral

31. Ajudando progressivamente o aluno na descoberta de si mesmo, mediante o reconhecimento e desenvolvimento das suas capacidades humanas, físicas, intelectuais, volitivas e afetivas, aprendendo a integrar na formação da sua personalidade e caráter as suas qualidades e as limitações que condicionam o seu desempenho.

32. Sensibilizando o aluno para a descoberta e desenvolvimento da sua dimensão social, através do conhecimento da identidade e características da sua comunidade humana e social, do estudo da realidade social com as suas transformações e permanências, das diferentes mentalidades e da riqueza ideológica que nelas se afirmam, da análise das suas dinâmicas de vida, de trabalho, de organização, das formas de integração e participação ativa.

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2.1. Consciencializando o aluno para a relevância da ética e da sua vocação transcendente e, portanto, para a interiorização do sentido da existência humana, da vida, da história e do mundo.

17. Educar com liberdade, na liberdade e para a liberdade

33. Motivando o aluno a entender a importância da educação como instrumento de formação de pessoas livres, que se realizam como pessoas no exercício total e responsável da sua liberdade.

34. Estimulando os educadores a atuarem como seres livres, respeitadores da liberdade de ser, pensar e agir dos outros, de modo que a sua ação se constitua como modelo e referência de conduta e procedimento.

35. Incentivando o aluno a aprender a construir por si próprio o seu pensamento, de forma autónoma e refletida, a habituar-se a atuar por convicção própria e deliberação crítica, ponderando as razões da sua atuação, a buscar os princípios que fundamentam as suas escolhas e as suas opções de vida.

36. Induzindo o aluno a incorporar a liberdade como valor mútuo e recíproco na sua personalidade e convivência, nas relações pessoais e no ambiente de vivência e de aprendizagem da Comunidade Educativa.

18. Educar com valores ético-morais

37. Acentuando a importância da educação para os valores como forma de orientação do aluno para a sua valorização pessoal, a construção da sua identidade pessoal, quer como pessoa, quer como membro de uma comunidade.

38. Motivando o aluno para a vivência de atitudes que se conformem com os valores, de modo a estabelecer uma relação de coerência entre o ser e o agir, entre o pensar e o escolher, entre o decidir e o atuar.

39. Ressalvando os valores ético-morais evidenciados pela cultura personalista e humanista cristã sobre a vida, o homem, a família, o saber, o afeto, a educação, a felicidade, a justiça, a igualdade, a liberdade, a partilha e boa gestão dos bens materiais, a consciência, a verdade, como alicerces da dinâmica de funcionamento da Comunidade Educativa e da convivência social.

19. Educar na abertura ao transcendente

40. Despertando a consciência do aluno para o aprofundamento do mistério do homem como manifestação do mistério de Deus, percebendo, na experiência humana, a presença de uma dimensão transcendente que dá sentido à vida e às opções fundamentais que marcam a existência humana.

41. Aprofundando a experiência da proximidade de Deus na existência humana como explicação para as realidades aparentemente contraditórias ou sem sentido que preenchem as razões de tanto sofrimento humano, para o mistério da dor e do mal, para a contingência vital do corpo e para os limites da compreensão humana.

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42. Sensibilizando para a aceitação do crescimento humano como interiorização da dignidade humana, na realização pessoal e na aspiração ética a uma vida realizada.

43. Valorizando o percurso da vida humana como a realização do mistério da simplicidade e grandeza a que o homem é convocado por Deus, no dom gratuito de si, na comunhão plena que une toda a humanidade.

20. Educar e formar com futuro

44. Proporcionando, hoje, os conteúdos, meios, instrumentos, estratégias, pedagogia e didática que se ajustem aos desafios futuros da sociedade, reconhecendo que o saber científico, o conhecimento técnico e as competências adquiridas se encontram num processo de renovação e superação contínuas.

45. Advertindo para a crescente necessidade de formação especializada, formação contínua, permanente inovação e abertura ao novo, flexibilidade e pluralidade de competências, perante a transformação do mercado de trabalho, a mudança de perfil do profissional competente, a versatilidade necessária para defrontar os novos desafios culturais e sociológicos e as capacidades cada vez mais complexas e completas exigidas pelas novas técnicas e ciências emergentes.

46. Suscitar no aluno a necessidade de familiarizar-se com metodologias exigentes, sistematizadas e produtivas de trabalho, recorrendo ao rigor de análise, ao sentido crítico, ao trabalho de grupo, à investigação organizada, à inovação, como princípios metodológicos geradores de qualidade de trabalho e qualidade profissional, ante os desafios de seletividade e de excelência emergentes no mercado de trabalho.

21. Educar pela cidadania

47. Desenvolvendo o conhecimento, a compreensão, as capacidades, as atitudes e os valores que ajudem o aluno a desempenhar um papel ativo na comunidade local, regional, nacional, internacional, estando informado e consciente dos seus direitos, responsabilidades e deveres e compreendendo que pode ter influência e marcar a diferença na respetiva comunidade de pertença.

48. Fomentando a responsabilidade social e moral do aluno, através da aprendizagem da autoconfiança e de comportamentos social e moralmente responsáveis, dentro e fora da sala de aula, perante a autoridade e perante si próprios.

49. Estimulando a participação do aluno na comunidade, levando-o a aprender como tornar-se útil na vida e nos problemas que afetam as comunidades de pertença, através das quais também aprende.

50. Sensibilizando o aluno para a literacia política, aprendendo acerca das instituições, problemas e práticas da democracia e das formas de participar efetivamente na vida política, social, comunitária e eclesial, em diferentes níveis de compromisso, segundo as capacidades, valores e conhecimentos que essa participação envolve.

51. Consciencializando o aluno de que a sociedade depende de cidadãos que sejam conscientes dos seus direitos e responsabilidades, informados acerca dos temas políticos e sociais, preocupados com o bem-estar dos outros, coerentes nas suas opiniões e

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argumentos, influentes através da sua ação, ativos na vida da comunidade e responsáveis na sua ação cívica.

52. Educar pelo movimento, destacando a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade, que facilita a abordagem global, influenciando na formação e na prevenção de dificuldades educacionais. Os alunos expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades de uso significativo de gestos e posturas corporais.

22. Conceção de Saber

53. A conceção de saber constitui a base de todos os conhecimentos, aprendizagens, competências, capacidades, atitudes e estratégias a proporcionar ao aluno, que devem ser orientados para a ação e experimentação, sem formarem um corpo meramente teórico, mas um saber cognoscitivo contextualizado, capaz de garantir a interpretação e compreensão da realidade circundante. A conceção do saber deduz-se dos objetivos educativos de forma transversal, atravessando os modos convencionais de organização disciplinar do conhecimento cognoscitivo, tornando os saberes básicos inteligíveis à luz das propostas educativas apresentadas neste projeto.

54. A conceção de saber, preconizada neste projeto, salvaguarda o aprender a aprender como o fundamento para aprendizagens autónomas, implicando o desenvolvimento de estratégias cognitivas e, também, de estratégias metacognitivas, como sejam a reflexão crítica ou a monitorização dos próprios processos de aprendizagem. Este é, indubitavelmente, um saber nuclear: sem “aprender a aprender”, não há aprendizagem ao longo da vida.

55. A conceção de saber valoriza a capacidade de comunicar adequadamente, de saber usar diferentes suportes e veículos de representação, simbolização e comunicação. Entre as vertentes abrangidas por esta competência, destacam-se o domínio competente da língua materna, de duas línguas estrangeiras, o uso da imagem e expressão corporal para se fazer entender pelos outros, e a exploração das TIC como meio de comunicação, quer presencial, quer à distância.

56. A conceção de saber valoriza uma cidadania ativa e autónoma, expressa no agir responsavelmente sob o ponto de vista pessoal e social. É a vertente axiológica dos saberes que tem que ver com o agir, num quadro ético de responsabilidade, solidariedade e tolerância.

57. A conceção de saber desenvolve o espírito racional, ou seja, a capacidade para emitir uma opinião pessoal com base em argumentos. Trata-se de uma competência que não se desenvolve em abstrato, mas faz apelo a conhecimentos multidisciplinares. Representa um contributo importante para o exercício pleno da cidadania, nomeadamente porque leva as pessoas a procurarem as razões sobre o estado das coisas e, como tal, envolve escolhas e opiniões refletidas.

58. A conceção de saber capacita para resolver situações problemáticas e conflitos, competência transversal que envolve estratégias diferenciadas, como sejam as relativas à tomada de decisão, a processos de pesquisa, à transferência e integração da informação e ao desenvolvimento de competências de mediação, negociação e de assunção do risco.

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59. A conceção de saber, pressuposta neste projeto, preconiza a dimensão experimental e prática do aprender, onde o conhecimento e as aprendizagens acontecem e se solidificam, mediante a pesquisa, a investigação, a indagação e a descoberta de metodologias geradoras de questões e soluções, de espírito inventivo e inovador, porque os conhecimentos e competências possuem contexto, razão de ser e explicação positiva.

D. CONCEÇÃO PEDAGÓGICA

23. Modelo Pedagógico

§ Pedagogia personalizada - A pedagogia é compreendida, neste projeto, segundo o princípio de que todo o processo de aprendizagem acontece a partir da realidade do aluno, com a finalidade de compreendê-la, construir conhecimento e transformá-la. Considera-se a realidade educativa não como um fim em si mesmo, mas como um subsídio para encontrar novas adequações de agir e novas soluções de aprendizagem. Desta forma, o aluno é o protagonista nesse processo, cabendo-lhe a descoberta, a participação, a autonomia e a iniciativa. Acredita-se na possibilidade da formação do aluno com a capacidade de questionar, experimentar e avaliar, com sentido crítico e vontade transformadora, que entende o processo da sua formação como um direito de cidadania.

§ Pedagogia humanista − A tradição pedagógica do CDDS, desde a sua fundação, desenvolve-se a partir da experiência e da reflexão educativas, centradas no entendimento dos alunos como sujeitos ativos do processo educativo, e em favor dos quais se ordena todo o trabalho da Comunidade Educativa, os recursos, projetos e ações educativas.

§ Pedagogia integral − Pretende−se que todos os esforços e trabalhos pedagógicos favoreçam o crescimento total do aluno: não só a aprendizagem, a aquisição de informação e conhecimento de dados, as destrezas e competências, os métodos e os hábitos, mas também que esta atenda às demais dimensões humanas do aluno, segundo as suas necessidades, e que favoreça o ambiente de amadurecimento humano.

§ Pedagogia da presença − A pedagogia da presença está comprometida em transformar o acompanhamento individual do aluno numa vigilância preventiva e numa relação de proximidade que implica “estar com”, “estar próximo”, “estar com alegria e dedicação”, sem restringir ou inibir, sabendo que o acompanhamento é educação para a autonomia, para a liberdade, para a responsabilidade e para o melhor conhecimento do aluno.

§ Pedagogia da sobriedade − A simplicidade nas atitudes, no consumo e nas relações humanas orienta-se para a educação sobre a essência dos valores da vida, preterindo comportamentos duplos, construídos sobre a aparência e o exibicionismo, bem como a personalidade falsa ou a inversão de valores.

§ Pedagogia familiar − O ambiente, a relação e a interação dos membros da Comunidade Educativa adotam o modelo familiar, que se traduz no tratamento e acolhimento de cada aluno com simplicidade e diálogo, com respeito e carinho,

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proporcionando-lhe os meios, os momentos e os espaços para uma boa integração escolar.

§ Pedagogia do trabalho − A pedagogia do trabalho é a expressão de que o ser humano se realiza pelo seu esforço, pelo mérito, pelo rigor, pela exigência, pela conquista e pelo vencimento de obstáculos, robustecendo e fortalecendo, por esse meio, o caráter, a persistência e a constância, diante das dificuldades, o autoconhecimento das suas qualidades e limites, a confiança em si mesmo, perante desafios maiores, ultrapassando a indolência e a tentação para a facilidade excessiva, com personalidade empreendedora e espírito de iniciativa.

§ Pedagogia participativa − A participação é proposta como uma pedagogia na qual o educando se transforma no construtor do seu próprio crescimento, se assume como o protagonista do processo educativo, aprendendo a ser interventivo, ativo e responsável por si, pelas suas escolhas, decisões, opiniões e ações, implicando-se na ação educativa pessoal, do grupo e da comunidade.

§ Pedagogia do testemunho e do exemplo – Promove-se o testemunho e o exemplo individual como um fator construtivo e promotor do bom ambiente educativo, de tal modo que o aluno tome consciência de que o bem coletivo resulta do contributo individual de cada um e do compromisso de produzir comportamentos, atitudes, relações e ações modelares.

§ Pedagogia de vida − O processo educativo está orientado para a vida, a qual é o lugar da formação contínua do aluno. Por isso, a vida não é um lugar distante ou futuro, mas o espaço onde os saberes e conhecimentos se enquadram, ganham sentido e vinculam o aluno à relação entre o saber e a existência. Isto requer uma capacidade de adaptação, tanto a nível de conteúdos como de métodos, para garantir ao aluno os instrumentos necessários de síntese e enquadramento, evitando as experiências de aprendizagem alheias à realidade.

§ Pedagogia solidária − A mundividência da solidariedade alargada, concreta e, também, próxima constitui uma importante sensibilidade perante as situações de pobreza, limites e injustiças que surgem no contexto social. Isso sugere um estilo pedagógico marcado pela preferência e proteção do mais débil, através da delicadeza, da entrega generosa, pela não discriminação, pelo saber dissimular as dificuldades alheias e pelo incentivo em ajudar a superá-las. Prestar atenção aos alunos com maiores dificuldades é criar estruturas de apoio e de inclusão, grupos de recuperação e ajuda mútua, e estimular, paciente e atenciosamente, os que mais necessitam de recuperação.

§ Pedagogia prospetiva − Sendo o saber e a educação resultado de processos presentes, a motivação e formação dos alunos está sempre orientada para o futuro no sentido de lançar hoje os princípios, valores e compromissos que projetam a pessoa no futuro. Sendo a formação cada vez mais alargada, plural e contínua, importa evidenciar neste tempo a sua condição de alicerce de um complexo processo que se projetará necessariamente no porvir, com todas as condicionantes de superação permanente, atualização, desafio ante a inovação e renovação de arquétipos, mentalidades, metodologias e saberes.

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§ Pedagogia de método − O estudo e formação deverão proporcionar uma autodescoberta das capacidades de organização, sistematização, investigação e aplicação dos saberes. Sendo importantes a multiplicidade e a consistência dos saberes, eles deverão sempre resultar de passos metodológicos que se consolidam mediante processos de descoberta, repetição, inovação, memorização, reflexão, crítica e raciocínio, que constituem a aprendizagem sistemática que cada aluno descobrirá por si próprio, de modo ajustado à sua realidade.

§ Pedagogia da descoberta – Baseia-se nos princípios de raciocínio indutivo e/ou dedutivo e no valor pedagógico do erro no processo de ensino-aprendizagem. A colocação de um problema provoca perplexidade, confusão ou dúvida. O aluno é tentado a encontrar o seu equilíbrio pela busca de uma solução para resolver o problema apresentado.

§ Pedagogia inclusiva – Pressupõe a atenção à diversidade de potencialidades e dificuldades dos alunos, à sua história educativa, às motivações para a aprendizagem e às suas respostas diferenciadas aos estímulos educativos. Por isso, ela adota diferentes níveis de intervenção: medidas universais, que se disponibilizam para mobilizar as respostas educativas de todos os alunos; medidas seletivas, que se propõem para compensar as necessidades de suporte à aprendizagem não supridas pela aplicação das medidas universais; medidas adicionais, que se propõem superar as dificuldades acentuadas e persistentes ao nível da comunicação, interação, cognição e aprendizagem, estruturadas e aplicadas de forma planificada, faseada e calendarizada.

24. Estratégias pedagógicas

60. Na sequência do modelo pedagógico preconizado, definem-se as ações e estratégias pedagógicas prioritárias que concretizem, de modo personalizado e coerente, os objetivos pedagógicos enunciados, ressalvando que a adequação das mesmas ao aluno será sempre ponderada, quer através da sua articulação conjunta, quer através da inclusão de outras estratégias inovadoras, além das que se enunciam:

§ Adotar uma pedagogia personalizada, dinâmica e ativa que fomente a iniciativa, a criatividade e a busca da verdade.

§ Equilibrar os trabalhos teóricos com os trabalhos práticos, experimentais e de pesquisa, onde o saber se comprova, exercita e aplica.

§ Exercitar a análise e crítica de conteúdos, capacitando para o discernimento, as convicções e tomadas de decisão.

§ Aprender a trabalhar em grupo, em colaboração e de forma coordenada, desenvolvendo a reflexão coletiva e o confronto de ideias.

§ Acentuar a relevância da assimilação das técnicas de aprendizagem sobre a dimensão quantitativa e desconexa de acumulação de conteúdos.

§ Programar e sequencializar as estratégias, tendo em conta as necessidades do aluno, para proporcionar a aprendizagem possível e pertinente.

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§ Prestar atenção aos conteúdos programáticos e ao grau de maturidade do aluno, para adaptar o processo às suas atuais capacidades e interesses.

§ Ressaltar e promover a integração e o relacionamento possível dos diferentes conteúdos programáticos intra e pluridisciplinares, para poderem ser melhor apreendidos pelo aluno e proporcionarem visões mais amplas e globais do saber.

§ Conceber a avaliação como processo, método e instrumento de consolidação do desenvolvimento da pessoa, como indivíduo e como membro apto de um grupo e comunidade, e como momento de revisão de competências e aprendizagens e reformulação de práticas e metodologias.

§ Suscitar uma atitude dinâmica de desenvolvimento e crescimento contínuo aberta à necessidade de progressão, através da maturação e aprofundamento dos conhecimentos que preparem para a evolução e adaptação à mudança, como constantes da vida.

§ Humanizar e harmonizar os processos, métodos e as estratégias, valorizando a aprendizagem como um processo construtivo de êxitos.

§ Desenvolver condições para o surgimento de relações de afinidade e amizade e uma cultura de autoridade sem afirmações de autoritarismo, dogmatismo e intransigência.

§ Suscitar um ambiente que possibilite ao aluno sentir-se feliz no seu trabalho, entusiasmado como autor do seu processo de aprendizagem, construtor e promotor de iniciativas inovadoras, nas relações com os professores e colegas, em todas as atividades da Comunidade Educativa.

§ Desenvolver uma atuação preventiva que permita antecipar e prevenir o insucesso e a aplicação de medidas multinível, ajustadas às aprendizagens dos alunos, a rentabilização de recursos e oportunidades existentes na escola, e sua adequação aos alunos, mormente os que mais necessitam dessas atenções educativas.

§ Integrar conteúdos da fé e da cultura, convertendo-os em valores e normativos éticos e morais da vida pessoal.

25. A Avaliação e os seus pressupostos

61. A avaliação é uma componente que faz parte do processo educativo e que, acima de tudo, se constitui como um elemento integrante e regulador da prática educativa. A regulação é um ato intencional que contribui diretamente para a progressão da aprendizagem, esclarecendo-se que a principal função da avaliação é melhorar e regular o processo de ensino-aprendizagem. Consequentemente, compete à escola, aos professores e aos alunos melhorar o que se aprende e como se aprende. As práticas de avaliação devem permitir conhecer bem os saberes, as atitudes, as capacidades, as aprendizagens e a fase de desenvolvimento dos alunos, e proporcionar-lhes indicações claras sobre o estado em que se encontram, relativamente a um dado referencial de aprendizagem e desenvolvimento de ações.

62. Objeto das avaliações – A avaliação define como objeto do seu juízo o conjunto das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos, tendo como referência orientadora o

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conjunto definido das Aprendizagens Essenciais, que enquadram a orientação curricular de base, com especial acuidade e atenção às áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

63. Processo de ensino-aprendizagem - Pedagogicamente, a avaliação enquadra-se na perspetiva de processo do ensino-aprendizagem, constituindo um momento de análise da interação docente-aluno. Essa interação estabelece-se relativamente aos domínios da aprendizagem, aos temas/conteúdos programáticos, às competências curriculares, às metas educativas, às aprendizagens, à formação cívica e de cidadania e ao êxito global de todo esse processo. A avaliação tem a função pedagógica de qualificar a evolução do processo educativo em que o aluno está enquadrado e identificar o desempenho do aluno e do docente, tendo como referência os objetivos educativos do PE.

64. Juízo de valor - Avaliar é uma operação que consiste em estimar, apreciar, emitir um juízo de valor ou conferir uma importância determinada a uma pessoa, a um processo e/ou a um todo a partir de informações qualitativas e/ou quantitativas, de critérios precisos, de aprendizagens a adquirir, mediante a aplicação de recursos e critérios de avaliação. Este processo visa a adoção de uma decisão, ou, mais especificamente, a atribuição de um valor a um resultado, situando e/ou posicionando este último relativamente a um critério ou uma norma de comparação num quadro de referência eleito para o efeito.

65. Interpretação da informação - Avaliar não é só mensurar. Avaliar é recolher, organizar e interpretar informações, uma vez que este tipo de avaliação é, numa perspetiva geral, o processo que visa apreciar objetivamente todos os aspetos associados diretamente às aprendizagens – o rendimento e as características dos sujeitos aprendentes, os programas, o ensino, a avaliação, a gestão do ensino e das aprendizagens, o pessoal e os estabelecimentos de ensino –, e procura, por conseguinte, produzir um juízo de valor sobre um resultado obtido. Mensurar é recolher resultados ou outros indícios que permitam proceder à descrição quantitativa dos conhecimentos, das capacidades e/ou das habilidades de um sujeito aprendente, correspondendo, por conseguinte, à primeira etapa do processo de avaliação pedagógica.

66. Integração do ensino-aprendizagem - Avaliar integra os processos de ensino e aprendizagem e, consequentemente, o termo de suporte respetivo designa toda a atividade que visa analisar e interpretar os resultados ou indícios facultados pela mensuração, para que possam ser adotadas as decisões apropriadas às circunstâncias da situação educativa em causa. No processo que visa apreciar, objetivamente, o rendimento escolar e as dificuldades de aprendizagem de um sujeito aprendente, por referência a objetivos específicos, para que seja possível tomar decisões acertadas no quadro da planificação do processo de formação escolar desse sujeito aprendente, esse juízo de valor corresponde à etapa central do processo de avaliação pedagógica, uma vez que esse juízo de valor consiste em atribuir um parecer sobre a progressão ou o estado de realização das aprendizagens à luz das informações recolhidas.

67. Apreciação crítica - Avaliar as aprendizagens é apreciar criticamente, com bases justificativas, os conhecimentos, as habilidades e as atitudes de um sujeito aprendente, no seu processo evolutivo, desde o início do processo de aprendizagem até ao momento da apreciação crítica, com o objetivo de determinar em que medida foram alcançados os objetivos educativos.

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68. Avaliação extensiva e diversificada - A avaliação abrange um período relativamente extenso de aprendizagem e uma pluralidade de aspetos do desenvolvimento pessoal e do rendimento do sujeito aprendente no quadro de associação, conjugação, concertação e/ou de integração de disciplinas homólogas e/ou diferentes, sendo de sublinhar que, no âmbito dos Sistemas Educativo, em geral, e Escolar, em particular, nacionais, essa avaliação global, no Ensino Secundário contemporâneo, deve ser objeto de execução – de acordo com o dispositivo normativo correspondente – não apenas no plano de cada ano de escolaridade, mas também no plano do conjunto dos anos de escolaridades constituintes do nível de ensino respetivo.

26. Modalidades de Avaliação

69. Avaliação/informação diagnóstica

§ A informação diagnóstica deverá preceder qualquer iniciativa de avaliação diagnóstica. É uma informação sobre o nível da turma, do seu desempenho e proficiência, do ritmo educativo que a caracteriza, dos problemas de aprendizagem com que habitualmente se confronta, das tipologias altitudinais e comportamentais que a definem, dos pré-requisitos de aprendizagem que carece, dos alunos que têm demonstrado mais dificuldades de aprendizagem e beneficiado de apoio educativos, bem como tantos outros aspetos, mais específicos e concretos, suscetíveis de fornecer aos docentes o estado e capacidades de aprendizagem que o grupo turma possui.

§ A avaliação diagnóstica, aplicada no início ou ao longo do ano letivo, em articulação com a avaliação formativa, envolve a descrição, a classificação e a determinação do valor de algum aspeto da aprendizagem dos alunos sobre os quais persistam dúvidas ou falta de esclarecimento educativo suficiente, a partir dos dados antecipadamente fornecidos pela informação diagnóstica. Uma vez identificadas as características dos alunos e verificada a sua situação em relação ao que se espera deles no decorrer do ano letivo, é possível reconstituir os conceitos, factos, competências e atitudes que necessitem de intervenção pedagógica.

§ As modalidades de operacionalização, quaisquer que sejam, propõem-se conhecer o aluno: fazer uma sondagem, projeção e retrospeção da situação de desenvolvimento do aluno, revisão do programa prévio da disciplina, questionário às competências e aprendizagens do aluno, diálogo informal, conduzem sempre a um processo de autoavaliação do que o aluno sabe ou não, das aprendizagens e conhecimentos adquiridos pelo aluno, para relacionar com os novos conhecimentos, e deduzir as causas das dificuldades de aprendizagem ou as capacidades de progresso.

70. Avaliação Formativa

71. A avaliação formativa é realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem durante o desenvolvimento do processo de aprendizagem. Esta modalidade situa-se no centro da ação educativa, ao caracterizar-se como informativa (informa os intervenientes do processo educativo); reguladora (corrige a ação, modificando−a quando for necessário) e propositiva (conhecidas as dificuldades

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do aluno e as condições, elaborar-se-á uma proposta de ajustamento do ensino ao discente).

72. Essa modalidade de avaliação, além de fornecer dados sobre o progresso da aprendizagem do aluno, contribui significativamente para o professor adequar os seus procedimentos de ensino às necessidades da turma. De uma forma ou de outra, ela cumpre a finalidade de aperfeiçoar o processo do ensino-aprendizagem. Neste sentido, a avaliação fornece feedback no processo de ensinar e aprender.

73. Avaliação Sumativa

74. A avaliação sumativa constitui um momento de análise e síntese das informações recolhidas no decorrer do período, por isso é a avaliação da comprovação, pois as pretensões educativas sobre a aprendizagem concretizam-se por meio das atividades de instrução.

75. Esta avaliação configura-se como relevante para verificar se as aquisições de conhecimentos, as competências e atitudes estabelecidas para a formação do aluno foram conseguidas. Cabe ao professor ver o aluno como um todo desde o diagnóstico inicial, passando pelos diferentes momentos avaliativos realizados durante o processo educativo até ao momento desta avaliação.

76. Auto e coavaliação

77. A autoavaliação ajuda o aluno a posicionar-se face ao conhecimento, às aprendizagens, face ao grupo turma e face ao docente. Nesse sentido ela é potenciadora de autorresponsabilização, quando o aluno avalia o seu percurso de aprendizagem: do ponto de partida ao ponto de chegada, num processo de autoconsciência dos sinais de crescimento humano, cognitivo, de maturidade psíquica, de desenvolvimento de competências e de visão mais ampla e globalizante do saber.

78. Efetua-se, no final do terceiro período, para todas as disciplinas, sendo registada pelo aluno em documento próprio. Os professores titulares de turma e os diretores de turma são responsáveis pela recolha da ficha de autoavaliação.

79. A coavaliação entre pares é um processo de regulação que implica colocar o aluno em situações de interação, confronto e decisão, obrigando-o a explicar, a argumentar, a tomar consciência de si, a dar ou receber informação, tendo em vista apoiar o outro e receber ajuda dos pares no processo de avaliação.

27. Funções da Avaliação

80. Funções Gerais

§ Fornecer as bases para a planificação educativa.

§ Possibilitar a seleção e a classificação dos alunos.

§ Reajustar práticas educativas, orientando-as para a promoção do sucesso educativo.

§ Adotar medidas que proporcionem, inclusivamente, as aprendizagens de todos os alunos.

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§ Fornecer informação aos alunos e encarregados de educação sobre o desenvolvimento das aprendizagens.

81. Funções Específicas

82. Função diagnóstica

§ Verificar se o aluno apresenta ou não determinados conhecimentos competências e aprendizagens necessários para aprender algo novo (pré−requisitos).

§ Identificar, discriminar e caracterizar as causas determinantes das dificuldades de aprendizagem para planificar a recuperação.

§ Comprovar a viabilidade das propostas educativas em que se baseia o currículo.

§ Obter informações sobre o rendimento do aluno.

83. Função formativa

§ Informar o aluno e o professor sobre os resultados das aprendizagens que estão sendo alcançadas durante o desenvolvimento das atividades educativas.

§ Melhorar o ensino e a aprendizagem.

§ Localizar, apontar e discriminar deficiências ou insuficiências no desenvolvimento do ensino-aprendizagem, a fim de eliminá-las.

§ Propiciar informação sobre as ações educativas.

84. Função classificatória

§ Classificar o aluno segundo o nível de aproveitamento ou desempenho alcançado.

§ Buscar uma consciência coletiva quanto aos resultados alcançados.

§ Avaliar se as lacunas de aprendizagem realmente desapareceram e em que nível o conhecimento ocorreu.

28. Princípios Pedagógicos da Avaliação

85. Os princípios pedagógicos da avaliação decorrem da conceção educativa explícita neste PE e pretendem auxiliar a elaboração dos objetivos que, por sua vez, fornecem ao professor as indicações dos avanços e das dificuldades dos alunos e de como deve encaminhar e reorientar a sua prática pedagógica, visando aperfeiçoá-la, contribuindo para a melhoria da qualidade da aprendizagem e do ensino.

86. A avaliação é um processo sistemático − A sistematização na avaliação é necessária e importante, para que não corra o risco de ser espontânea e improvisada. A responsabilidade do professor não é aplicar instrumentos apenas para a atribuição aritmética da classificação ou nível. A função avaliativa é muito maior do que cumprir apenas uma norma administrativa. O professor deve munir-se de instrumentos de avaliação tão diversificados quantos forem os itens a serem avaliados, ajustados à fundamentação do juízo avaliativo a que deverá proceder. Isso requer planificação e sistematização permanentes, para que a avaliação ocorra de forma ajustada.

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87. A avaliação é um processo contínuo − O princípio refere-se à relação intrínseca entre produto educativo e processo educativo, evidenciando o processo de capacitação do aluno como um conjunto de momentos, de esforços, conquistas que vão demonstrando o modo e a intensidade com que o aluno interioriza e assimila os conteúdos programáticos e o método de aprendizagem próprio, desenvolvido e aperfeiçoado. A continuidade da avaliação acentua a importância da relação permanente desses dois fatores, produto e processo de aprendizagem, e o modo como se influenciam mutuamente ao longo de um determinado percurso educativo. A avaliação necessita de resultados, que são o produto da ação de ensino-aprendizagem, e necessita, também, do processo de aprendizagem, pois é por meio dele que o aluno atinge os resultados desejados. O processo e o resultado são duas facetas do mesmo objeto: a prática pedagógica. Resultados efetivos dependem de processos de aprendizagem consistentes.

88. A avaliação é funcional − A avaliação é funcional porque se realiza em função dos objetivos. Os objetivos estabelecem os parâmetros e as prioridades do que é essencial e do que é secundário no ensino, para, posteriormente, ser incluído na avaliação. Na prática, essa relação não é linear e fechada. Posto que a condição da sala de aula e o ensino são processos dinâmicos, o professor deverá prestar atenção à necessidade de reformular os objetivos sempre que advertir que eles não estão coerentes e adequados à turma e aos conteúdos programáticos. Esse caráter dinâmico, flexível e, ao mesmo tempo, funcional dos objetivos é que norteia a avaliação e reorienta a prática docente conforme os resultados conseguidos.

89. A avaliação é orientadora − A avaliação é orientadora porque aponta, por um lado, para os resultados em termos de avanços e dificuldades do aluno, auxiliando-o a vislumbrar as suas possibilidades, e orientando-o no sentido de alcançar os objetivos propostos. Por outro lado, orienta o professor a manter condutas e opções educativas ou reformulá-las, pondo em prática procedimentos alternativos, quando estes sejam necessários.

90. A avaliação é integral − A avaliação é integral, pois considera o aluno como um ser total e integrado e não de forma fragmentada. Assim, ela deve evitar privilegiar um aspeto em detrimento de outros, respeitando os critérios específicos de avaliação. Além da complexidade do aluno em si, como sujeito, é preciso levar em conta, igualmente, as múltiplas dimensões do ensino em cada área de conhecimento.

91. A avaliação é inclusiva − A avaliação torna-se inclusiva quando aplica o princípio educacional da igualdade de oportunidades e garante a aprendizagem ao longo da vida. Isto supõe abandonar os preconceitos sobre a incapacidade do aluno em aprender e acreditar que existem ritmos, formas e tempos diferentes de aprendizagem. Avaliar para incluir é ser capaz de disponibilizar ao aluno as condições objetivas e subjetivas adequadas para a aprendizagem.

92. A avaliação é relacional − A avaliação deve garantir ao aluno o direito de aprender consigo mesmo, com os outros e com os objetos do saber. Nada do que ocorre na sala de aula pode ser reproduzido, pois cada aluno atribui à aula e aos ensinamentos do professor um sentido que é único para ele. Os múltiplos relacionamentos da convivência são estruturantes do modo de pensar e reagir em relação ao conhecimento apresentado.

93. A avaliação reflete a unidade de objetivos, conteúdos e métodos – A planificação do professor deve demonstrar a unidade de objetivos, conteúdos, métodos e avaliação em todo o processo didático. Os objetivos explicitam conhecimentos, competências e

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atitudes, operacionalizados por meio da metodologia adequada, pela definição da compreensão e assimilação que devem ser manifestados por meio de exercícios, provas de avaliação formal, trabalhos, fichas e pesquisa. A clareza dos objetivos, associada à adequação metodológica e aos instrumentos de avaliação, amplia a possibilidade do processo didático ter a unidade desejável.

94. A avaliação contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades − Toda e qualquer atividade de avaliação deve servir de referência para que o aluno se descubra nas suas potencialidades. Nessa perspetiva, a avaliação deve ser um elemento de construção do conhecimento, para propiciar o desenvolvimento de competências, do saber pensar, argumentar e organizar, cumprindo, assim, com a finalidade de educar para a cidadania pessoas conscientes do seu papel social.

95. A avaliação deve focalizar-se nas ações de aprendizagem dos alunos − Na elaboração dos objetivos, torna−se necessário pensar nas formas de avaliação correspondentes às expectativas que o professor tem em relação ao alcance do aluno. Essa ligação entre os objetivos e a avaliação determina o tipo de procedimento que deve ter o professor na proposta de atividades a desenvolver pelo aluno. Não existe conhecimento sem sujeito cognoscente, cultural e biologicamente situado. Entre as dinâmicas mais surpreendentes do desenvolvimento humano está a habilidade infinita de aprender e conhecer.

96. A avaliação deve ser objetiva − A avaliação deve ser capaz de fornecer uma imagem correta sobre as condições do aluno. Uma avaliação é objetiva quando elimina ou reduz, tanto quanto possível, a subjetividade do professor. Isso não significa excluí-la, já que ela está sempre presente na relação pedagógica − o cuidado a ser tomado é para que a subjetividade não comprometa nem se sobreponha às exigências objetivas. A fim de garantir a objetividade, o professor deve proceder à elaboração de registos sistemáticos sobre aspetos observados no aluno, elaborar e aplicar instrumentos e técnicas diversificadas de avaliação e discutir com os demais professores as análises e as perceções sobre a turma.

97. A avaliação deve ajudar a autoperceção do professor − A avaliação é também um referente dos esforços do professor, explícitos nos resultados que o professor constata no decorrer do processo. Ele faz inferências, ou para retomar o que está a ser trabalhado, ou para prosseguir. Esse estado de vigilância, no painel de controlo das ações, possibilita ao professor o desenvolvimento da sua capacidade percetiva sobre aquilo que realiza. Esse mecanismo de ação e reflexão deve ser realizado pelo professor e pelo aluno conjuntamente, para recuperar a trajetória percorrida e apontar novos rumos para as ações. Essa avaliação da tarefa educativa é de fundamental importância para evidenciar uma postura de confiança e compromisso do professor com o seu autoconhecimento e com o dos seus alunos.

98. A avaliação reflete o modo de pensar do professor em relação aos alunos − As atitudes de um professor são reveladoras das suas crenças e expectativas, em relação aos alunos, e dos valores com que se posiciona diante deles. Esses valores e crenças são identificados pelas características das suas ações. A avaliação constitui−se num ato pedagógico que demonstra não só a competência técnica do professor, mas, sobretudo, o seu compromisso ético e social com a formação do aprendente. Ao efetuar a apreciação dos resultados da avaliação, o professor julga o aluno nos seus aspetos quantitativos e qualitativos, objetivos e subjetivos − e nesse juízo mostra as suas qualidades de

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educador, na medida em que trabalha sempre com propósitos definidos em relação ao desenvolvimento das capacidades físicas e intelectuais dos alunos, face às exigências sociais e ao contributo que presta para o seu desenvolvimento intelectual, pessoal e social.

29. Didática multimodal, contextualizada e adequada ao aluno

99. A opção didática geral, que se depreende com coerência dos objetivos e modelos educativos enunciados neste projeto, propõe-se investigar os fundamentos, as condições e os modos de concretizar o processo educativo a partir da finalidade de aprender, encontrar respostas, criar entendimentos novos e procedimentos educativos inovadores. Sem prejuízo de aspetos específicos conformadores e próprios das diferentes áreas disciplinares, enunciam-se os princípios didáticos prioritários que se identificam com este projeto educativo.

§ Didática promotora de aprendizagens inovadoras: isto significa que a aprendizagem está relacionada com a melhoria das práticas educativas, em sentido amplo, portanto, melhorar a qualidade de aprendizagem dos alunos, a qualidade da sua formação e a qualidade da experiência educativa.

§ Didática geradora de aprendizagens integradoras de compromissos: o que sugere a cooperação e comunicação entre competências diferentes e âmbitos de conhecimentos distintos.

§ Didática indutora de aprendizagens globalizadas, interdisciplinares e transdisciplinares, pela qual se adquirem técnicas, competências sociais e a capacidade de organização e relacionação, de modo integrado e contínuo, das aprendizagens das diferentes disciplinas.

§ Didática dialógica e intercomunicativa, que inova nas formas e registos de comunicação oral, escrita, visual e multimodal, e favorece a criação de níveis e experiências de comunicação oral, discursiva, argumentativa, onde se convocam aprendizagens adquiridas e se ensaiam experiências enriquecedoras, como o debate, a reflexão conjunta, o exercício de contraditório de opiniões, visões científicas diferenciadas, que proporcionam ao aluno diferentes experiências de comunicação e interação na construção de saberes.

§ Didática experimental que propõe a descoberta de saberes e aprendizagens construídas a partir da experimentação e verificação, com o concurso da pesquisa, do trabalho colaborativo, da reflexão conjunta, da mobilização de contributos disciplinares múltiplos, em vista da resolução de problemas, mediante a seleção de metodologias de trabalhos adequadas e pertinentes.

§ Didática centrada nos alunos, que proporciona experiências, momentos, iniciativas em que o aluno é o construtor das suas aprendizagens e o autor da descoberta dos saberes. Trata-se de transformar o aluno em personagem ativo e principal do processo didático, em função do qual se sincronizam métodos, instrumentos, recursos, estratégias e iniciativas de aprendizagem.

§ Didática inclusiva, consciente da diversidade dos alunos e determinada em promover a igualdade e a não discriminação, ajustada à singularidade e

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heterogeneidade dos alunos, no intuito de dirimir obstáculos e dificuldades à aprendizagem, procurando soluções multinível para a aplicação e integração das medidas universais, seletivas e adicionais de suporte à aprendizagem inclusiva.

E. ORGANIZAÇÃO DA COMUNIDADE EDUCATIVA

30. Identidade da Comunidade Educativa

100. De acordo com o IE e os princípios educativos definidos neste PE, o CDDS é uma Comunidade Educativa organizada e participativa, na qual estão definidas, claramente, as diferentes funções de compromisso, as responsabilidades e trabalhos de cada um dos seus membros, os modelos e níveis em que as relações profissionais e humanas se estabelecem e as formas de participação na vida coletiva da comunidade.

101. A matriz comunitária do CDDS salvaguarda, por isso, que todo o processo educativo seja partilhado ativamente por alunos, famílias, docentes, pessoal não docente e direção, dado que o mesmo processo será mais eficaz, produtivo e inovador através dessa dinâmica participativa e interativa das pessoas e grupos que, direta ou indiretamente, tomem parte nele ou nele intervenham.

102. A Comunidade Educativa é uma construção contínua e permanentemente renovada através do ambiente familiar que a congrega, concretizada no relacionamento institucional com os familiares dos alunos, nas inter-relações dos alunos entre si, nas formas e níveis de comunicação dos alunos com os docentes, na cooperação dos docentes entre si, nas relações dos alunos com o pessoal não docente, nas relações dos órgãos de direção com toda a comunidade. Entre todos os membros da comunidade, a forma de acolhimento, a delicadeza de trato, a atenção, a presença, a correção de linguagem, a postura e modéstia na apresentação, a delicadeza e afeto da relação evidenciam a identidade específica da Comunidade Educativa.

103. A identidade da Comunidade Educativa afirma-se, sobretudo, pela adesão, partilha e comunhão do mesmo Ideário Educativo e do mesmo Projeto Educativo, de forma deliberada, assumida e livre, aceitando e assimilando os seus valores e princípios orientadores e normativos como causa educativa própria, à qual se reconhece referência ética, razão valorativa, pertinência técnica, metódica e científica, qualidade formativa e garantia de integridade educativa, convergindo nas convicções, intenções e objetivos educativos.

31. O Aluno como centro da Comunidade Educativa

104. Importância do Aluno

105. O aluno é o principal sujeito e protagonista do processo educativo e a razão de ser da existência da Comunidade Educativa, pelo que toda a organização, ação, projetos e estratégias educativas se ordenam ao seu bem último, ao favorecimento do seu crescimento saudável e integral e à sua boa integração na Comunidade Educativa.

106. A motivação educativa contínua do aluno, interior e exterior, é a melhor forma de proporcionar-lhe uma boa integração, de modo a que as suas expectativas, gostos,

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formas de realização e opções futuras sejam devidamente atendidas e facilitadas dentro das possibilidades reais da Comunidade Educativa.

107. A motivação do aluno decorre do papel efetivo que assume na participação da dinâmica educativa do CDDS, intervindo ativa e proporcionalmente de acordo com a idade, exercitando as capacidades, as oportunidades adequadas, os papéis ou funções atribuídas, de tal sorte que a participação, sob modalidades diversas, seja realmente formativa, eduque para a responsabilidade e competência, para a solidariedade e respeito mútuo, motive para a justiça e a verdade e se torne profundamente integradora.

108. Na participação e integração do aluno, será relevante a plena consciência de que ele é hoje o beneficiário de uma tradição educativa que lhe é oferecida pelo CDDS e que, por isso mesmo, ele é hoje, também, chamado a ser construtor desta comunidade que o recebe e na qual ele se integra, acrescentando à memória educativa histórica que recebe a sua marca educativa contemporânea.

109. Adaptações educativas às singularidades do aluno

110. O aluno, face ao seu processo educativo, é recebido, considerado, educado e atendido em termos de igualdade em relação aos demais alunos do CDDS, sendo−lhe proporcionadas as mesmas garantias educativas, beneficiando de forma paritária de todas as estruturas organizativas da Comunidade Educativa, tendo acesso igual a todos os meios e recursos educativos e podendo partilhar do espaço da Comunidade Educativa de acordo com as orientações e indicações estipuladas no RI.

111. O princípio da igualdade não obsta a que, no respeito pela singularidade de cada aluno, ele seja tratado com especial acuidade quando as suas necessidades de proteção física, psíquica, de saúde, motoras, pontuais ou temporárias, requererem da Comunidade Educativa atenção positivamente diferenciada.

112. No processo educativo, o aluno que necessite de apoio organizativo ou funcional, face às necessidades educativas especiais que sejam sinalizadas, aos diferentes ritmos de aprendizagem, às descompensações educativas ou outras que se configurem como relevantes, disporá de formação que lhe proporcione um desenvolvimento integral, uma formação técnica, científica e metodológica adequadas, de modo a serem salvaguardados os princípios da justiça e equidade de oportunidades, a boa integração na Comunidade Educativa e o seu sucesso educativo.

113. A necessidade de apoios especializados, nos diferentes graus de ensino, por parte de algum aluno com limitações significativas ou profundas relativamente à atividade e participação num ou vários domínios da vida, que impliquem alterações estruturais relevantes, de caráter permanente, dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social, serão devidamente avaliadas pela Direção do CDDS na medida da existência de condições materiais, recursos técnicos e funcionais existentes. O CDDS empenhar-se-á em reunir os meios de forma a poder cumprir futuramente aqueles desígnios, na sequência das propostas que sejam efetuadas pelas estruturas representativas da Comunidade Educativa.

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114. Adaptações curriculares

115. Com as adaptações curriculares específicas pretende-se, através de percursos diferenciados, em função das características de aprendizagem e das dificuldades específicas do aluno, e de forma a responder às suas necessidades, possibilitar o acesso ao currículo e às atividades de aprendizagem na sala de aula através da diversificação e da combinação adequada de vários métodos e estratégias de ensino, da utilização de diferentes modalidades e instrumentos de avaliação, da adaptação de materiais e recursos educativos e da remoção de barreiras na organização do espaço e do equipamento, planeadas para responder aos diferentes estilos de aprendizagem de cada aluno, no sentido de promover o sucesso educativo.

116. De entre os fatores determinantes a ter em conta pelo CDDS nas adaptações curriculares, distinguem-se, em relação às características e dificuldades do aluno, o Relatório Técnico-Pedagógico, o Programa Educativo Individual e os demais recursos humanos existentes. É da natureza de cada um destes fatores que se determinará o grau de especificidade das adaptações curriculares: significativas e não significativas. Estes tipos de adaptações curriculares não se excluem mutuamente, fazendo parte de um mesmo processo, ou seja, o da individualização do currículo perante as necessidades educativas especiais do aluno.

117. 3.3.3. As adaptações curriculares previstas no Programa Educativo Especial são relativas ao nível das Adaptações Curriculares Individualizadas, que se referem a casos de alunos específicos que necessitam de uma adaptação adequação muito particularizada, e ao nível das Adaptações Curriculares de Turma, dirigidas para um grupo ou grupos diferenciados, formalizadas no PAT.

118. 3.3.4. A seleção de adaptações curriculares não significativas afeta especificamente a metodologia educativa, embora possa repercutir-se na avaliação e na prioridade atribuída a certos objetivos e critérios.

119. De entre as adaptações não significativas enunciam-se:

§ Organizativas: a organização didática e a organização do espaço educativo.

§ Relativas às competências, objetivos e conteúdos: dar prioridade a áreas ou unidades de conteúdos; dar prioridade a tipos de conteúdos; dar prioridade a competências; dar prioridade a objetivos; sequencializar conteúdos ou competências e prescindir de conteúdos secundários.

§ Nos procedimentos didáticos e nas atividades: modificar procedimentos; introduzir atividades facilitadoras alternativas às previstas; introduzir atividades complementares às previstas; modificar, simplificando, o nível de complexidade das atividades; prescindir de componentes das atividades; sequencializar as tarefas de forma alternativa e mais adequada ao aluno; introduzir estratégias facilitadoras nos planos de ação; adequar os materiais e recursos; modificar a seleção dos materiais previstos.

§ Na temporalidade: modificar e adequar a temporalidade para determinadas competências, objetivos e conteúdos previstos; prolongar em um ano a permanência do aluno no mesmo ano ou ciclo de escolaridade.

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§ Relativas às competências: adequar ou prescindir de competências; introduzir competências específicas, complementares e/ou alternativas.

§ Relativas aos conteúdos: introduzir conteúdos específicos, complementares ou alternativos; adequar ou prescindir de conteúdos básicos do currículo.

§ Na metodologia: introduzir métodos e procedimentos complementares e alternativos de ensino-aprendizagem; organizar de forma alternativa; introduzir recursos específicos de acesso ao currículo.

§ Na avaliação: modificar e adequar técnicas e instrumentos; introduzir critérios gerais de avaliação; eliminar critérios regulares de avaliação; adequar os critérios regulares de avaliação; modificar os critérios de transição.

120. Na seleção das adaptações curriculares individuais ou de turma são enumerados os objetivos que se pretendem e os fundamentos que justificam a opção pelas adaptações curriculares significativas, nomeadamente:

§ responder aos problemas educativos suscitados pela diversidade dos alunos;

§ facilitar um maior nível de integração e participação dos alunos com necessidades educativas especiais na dinâmica geral da escola e da aula;

§ responsabilizar todos os professores pelas respostas educativas aos alunos com necessidades educativas especiais;

§ prevenir o aparecimento ou intensificação das necessidades educativas especiais, que podem surgir como consequência de um currículo menos adequado aos alunos;

§ fazer com que as adequações individualizadas necessárias sejam o menos frequentes e significativas possível.

32. Os professores: perfil e compromisso

121. Perfil do professor

122. Devido ao caráter específico da sua formação, da sua ação profissional, que os relaciona diretamente com os demais professores, alunos, pais, pessoal não docente e direção, os professores têm uma responsabilidade determinante no bom ambiente e funcionamento da Comunidade Educativa, por assumirem, cumulativamente, a função de formadores e educadores.

123. Na missão de formadores e educadores, os professores devem proporcionar ao aluno, mediante o relacionamento humano qualificado e a presença edificante, a pedagogia adequada, a didática competente, os conteúdos técnicos, científicos e metodológicos que fundamentam as aprendizagens. Devem procurar fazê-lo de forma bem organizada e estruturada, com linguagem, atenção e dedicação adequadas à fase etária e curricular do aluno.

124. Como profissional do ensino, deverá o professor investir em transformar as aulas em momentos inovadores de aprendizagem, atrativos, coerentes e estimulantes, recorrendo a diferentes ritmos letivos, metodologias diversificadas, experiências educativas distintas

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e recursos variados, procurando ajustá-los às exigências e características dos conteúdos científicos e programas, ao perfil dos alunos e aos recursos disponíveis.

125. Enquanto pedagogo, está atribuído ao professor o dever de, mediante relações francas e construtivas, constituir-se como sujeito de socialização ativa, indiscriminada, quer com os alunos, mediante a atenção, paciência adulta, delicadeza de relacionamento, acolhimento, diálogo generoso, conselho, correção educativa; quer com os colegas, através da cooperação no trabalho de grupo, unidade de ação, partilha de esforços e reflexão conjunta, de tal modo que, pelas relações pessoais, se afirme como dinamizador das relações de socialização da Comunidade Educativa.

126. O estatuto educativo do professor requer que, em todos os momentos e espaços do CDDS, ele se afirme como modelo e exemplo para todos os elementos da Comunidade Educativa, seja pela correção e bom nível da linguagem, seja pela comunicação gestual e corporal, seja pelos modos de presença edificantes, seja pela modéstia e decência do vestuário ajustado ao contexto do lugar, seja pelo aprumo da apresentação, em tudo constituindo-se como referência educativa.

127. A profissão e a instituição que os recebem requerem dos professores um desempenho ético exemplar, na promoção e defesa pessoal e institucional das mesmas, e a deontologia inerente em todos os processos, relacionamentos, compromissos e deveres, sempre que se coloquem em causa o bom nome e a honra dos alunos, dos colegas e da instituição com que colaboram profissionalmente.

128. Compromissos educativos e formativos do professor

129. Com a profissão

§ Justificar a confiança que o CDDS deposita nele e aumentar o respeito pela profissão, procurando acrescentar qualidade progressiva ao seu trabalho.

§ Garantir que o conhecimento e formação profissional sejam constantemente atualizados e aperfeiçoados, quer relativamente às exigências e competências requeridas pela tutela, quer relativamente à qualidade de ensino que o CDDS preconiza, quer relativamente aos desafios éticos e científicos da profissão.

§ Determinar a natureza e o formato de programas de formação contínua e formação própria como expressão essencial do seu profissionalismo.

§ Divulgar toda a informação relevante relacionada com as suas competências e qualificações e formação académica.

§ Apoiar todos os esforços para promover a democracia, os direitos humanos e a cidadania através da educação.

130. Com os Alunos

§ Respeitar, indiferenciadamente, os direitos de todos os alunos, para que estes possam beneficiar do melhor ambiente e condições de aprendizagem.

§ Salvaguardar e promover os interesses e bem-estar físico, psíquico e moral de todos os alunos, protegendo-os de intimidações e de todas as formas de pressões, ameaças e abusos físicos e psicológicos.

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§ Atender aos problemas que afetam o bem-estar dos alunos, tratando-os com cuidado, dedicação e discrição.

§ Ajudar os alunos a desenvolver e interiorizar os valores propostos no IE, PE e RI do CDDS.

§ Manter relações profissionais e humanamente maduras com os alunos, abstendo-se de ultrapassar os limites que a sensatez e a deontologia profissional recomendam.

§ Reconhecer a individualidade e as necessidades específicas dos alunos, estimulando-os para que possam desenvolver plenamente as suas potencialidades.

§ Estimular, nos estudantes, o sentimento de pertença a uma comunidade, baseado em compromissos mútuos, relacionados com a existência de cada um na Comunidade Educativa.

§ Exercer a autoridade com ponderação, equilíbrio, justiça e solidariedade, nunca negligenciando a função pedagógica e educativa que ela implica.

§ Garantir que a relação privilegiada entre professor e aluno não seja utilizada para fins de proselitismo, controlo ideológico ou manipulação afetiva ou psíquica.

131. Com os Colegas

§ Promover um relacionamento amigável com todos os colegas, respeitando a sua situação profissional, as suas opiniões, funções e desempenho, aconselhando e apoiando, sobretudo os que se encontram em início de carreira ou em formação ou pontualmente fragilizados.

§ Manter a confidencialidade sobre as informações relacionadas com os colegas, obtidas no decurso da prática profissional, a menos que a sua divulgação seja requerida por lei ou por dever profissional.

§ Defender e promover os interesses e o bem-estar dos colegas e protegê-los, de qualquer forma, de abuso físico, psíquico ou afetivo.

132. Com a Direção e Instituição

§ Estar informado das responsabilidades legais, profissionais e administrativas que lhe são atribuídas ou confiadas, assumindo-as em espírito de comunhão com a Direção do CDDS.

§ Cumprir as instruções fornecidas pela Direção e as normas consignadas nos Documentos Orientadores e Reguladores, requerendo as devidas autorizações, informações e esclarecimentos para a sua execução.

§ Exercer, com cortesia e discrição, o questionamento de decisões, a solicitação de informação relativa a si ou ao seu trabalho, o fornecimento de justificações de ausências ao trabalho e a prestação de dados informativos sobre alunos ou situações relevantes ocorridas em contexto de sala de aula, recorrendo aos lugares e modos convencionados para o efeito.

§ Receber e manifestar estímulos de confiança e tratamento justo no exercício das suas responsabilidades e tarefas profissionais.

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§ Apresentar sugestões fundamentadas, adequadas, pertinentes e oportunas que contribuam para a inovação e melhoria do processo educativo.

§ Manter a confidencialidade e reserva sobre as informações relacionadas com a instituição, obtidas no decurso da prática profissional, a menos que a sua divulgação seja requerida por lei ou por dever profissional.

133. Com os Pais e Encarregados de Educação

§ Reconhecer o direito dos pais de acompanharem, através de canais previamente estabelecidos, o bem-estar, a integração e o progresso educativo dos filhos.

§ Proporcionar conselhos sensatos e corretos aos alunos, do ponto de vista profissional, tendo em conta o interesse superior dos mesmos, sem prejuízo do respeito pela autoridade legal dos pais.

§ Realizar todos os esforços legítimos possíveis no sentido de envolver ativamente os pais na educação dos filhos, auxiliando no processo de aprendizagem, salvaguardando os procedimentos de prioridade, para o efeito, da competência da Direção do CDDS.

33. Os Pais e Encarregados de Educação

134. Estatuto dos Pais e Encarregados de Educação

§ Primeiros responsáveis pela educação dos filhos - Os Pais e Encarregados de Educação são os principais responsáveis pela educação dos filhos. A eles cabe a opção livre pelo Projeto Educativo do CDDS, pelos valores, objetivos, processos e métodos educativos propostos neste PE e a responsabilidade pela adesão ao Ideário Educativo e às condições de ensino-aprendizagem. Este compromisso é validado, por escrito, anualmente, no início do ano, em documento próprio.

§ Cooperantes permanentes no processo educativo - Os Pais e Encarregados de Educação são cooperantes permanentes no processo educativo, cabendo-lhes colaborar através da informação, diálogo, presença, participação frequente nos momentos institucionais do CDDS, formas e níveis convencionados pelo CDDS no processo educativo dos seus filhos, assumindo, nesse processo, a função de acompanhar, motivar, estimular e valorizar o esforço e trabalho de aprendizagem e o crescimento integral dos filhos e/ou educandos.

§ Direito à informação sobre os educandos - Aos Pais e Encarregados de Educação, reconhece-se o direito de informação sobre todo o processo educativo dos seus filhos, relativamente à evolução global, às dificuldades particulares, à forma de integração na Comunidade Educativa, às necessidades pessoais, ao seu crescimento integral, nos termos em que a legislação o prevê e segundo o modo, limites e condições convencionadas no RI, proporcionando-lhes a ajuda educativa para realizarem cada vez melhor a sua missão fundamental de educadores.

§ Compromisso de lealdade com o CDDS - A todos os Pais e Encarregados de Educação atribui-se eticamente o compromisso de lealdade para com o CDDS, assumindo, com coerência, a causa do projeto Educativo escolhido do CDDS. Esse dever implica a responsabilidade que lhes cabe na tarefa da cooperação educativa,

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apresentando sugestões e indicações adequadas, pertinentes e oportunas, que favoreçam a melhoria do processo educativo.

§ Dever de prestação de informações - Merece relevo maior o dever dos encarregados de educação de prestar informações sobre os seus educandos que sejam relevantes e apropriadas como bom contributo para o seu processo de aprendizagem, bem como apresentar as justificações devidas para as faltas de presença às aulas, em tempo oportuno e próximo, quando não o for possível previamente.

135. Práticas e processos de colaboração mútua, de integração e participação

136. De entre as múltiplas possibilidades de colaboração mútua, integração e participação, por parte dos pais e encarregados de educação, privilegiam−se as seguintes:

§ Comunicação - Comunicar com o CDDS sobre o aluno, pois uma boa comunicação facilita a adaptação à escola e a aprendizagem de crianças e adolescentes. Ao falar com a Direção do CDDS e com o professor/diretor de turma, pode obter informações acerca do que os professores/Conselho de Turma e o CDDS esperam do aluno, relativamente a questões como o comportamento e a aprendizagem, a evolução e as dificuldades do aluno, as ajudas de que necessita nas tarefas escolares. Esta é também uma oportunidade de conhecer o aluno noutros contextos que não o familiar. Por outro lado, o professor/diretor de turma também ganha com esta experiência, porque fica a conhecer melhor o aluno e a sua família. Com uma adequada comunicação entre a família e a escola, é mais fácil estabelecer objetivos comuns e comunicá-los, com uma maior clareza, ao aluno.

§ Presença - Comparecer na escola sempre que for solicitado ou por iniciativa própria.

§ Participação e integração - Participar na apresentação, sempre que ocorrer, de espetáculos, celebrações, conferências, eventos diversos ou demonstrações dos resultados das atividades extracurriculares promovidas pelo CDDS, pois as atividades organizadas para os alunos e famílias envolvem geralmente muitas horas de preparação e o investimento de muitas pessoas. Nestas atividades, existe a oportunidade de conhecer melhor o espaço onde o aluno ocupa tantas horas, de conhecer os colegas e as famílias dos demais alunos, os professores e outro pessoal do CDDS e de integração na Comunidade Educativa.

§ Motivação e incentivo - Incentivar o aluno a utilizar, com interesse e aplicação, os recursos educativos disponibilizados pelo CDDS: espaços lúdicos, piscina, capela, biblioteca do Colégio.

§ Modelo educativo - Incutir, no aluno, a interiorização da necessidade de respeito pelo trabalho, pelo cumprimento dos horários, pelos professores e pelas normas disciplinares e de conduta do CDDS.

§ Tutor de bons hábitos - Incentivar, no aluno, o hábito da assiduidade e pontualidade às aulas.

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§ Educador - Promover, no aluno, a consciencialização dos princípios e objetivos do PE do CDDS.

§ Cooperador na aprendizagem - Atribuir ao aluno pequenas tarefas e responsabilidades, ajudando-o a organizar-se nas atividades escolares, para o tornar mais independente e seguro de si.

§ Acompanhamento no estudo - Mostrar interesse em tudo o que o aluno realiza, incentivando-o nas pesquisas e esclarecendo dúvidas, sem, no entanto, o substituir na execução dos seus trabalhos.

§ Resiliência diante de problemas - Favorecer o desenvolvimento do aluno, de acordo com a sua capacidade e fase de crescimento, estimulando-o a superar-se e a enfrentar as suas dificuldades.

§ Promotor de atitudes positivas - Contribuir para a aquisição, por parte do aluno, de uma visão otimista perante a vida em geral, criando um ambiente positivo.

§ Cultor de valores - Dialogar com o aluno acerca da vida escolar, respeitando, simultaneamente, a sua necessidade de privacidade, e demonstrando interesse pelas suas atividades, amigos, professores, percursos.

§ Orientador de estudo - Proporcionar ao aluno experiências de aprendizagem, como ler com ele, ouvi-lo a ler, conversar com ele acerca dos diferentes temas e conteúdos letivos, assistir em conjunto a programas televisivos e pedir-lhe opinião acerca daquilo que estão a ver e a ouvir, efetuar visitas a museus e sítios com interesse histórico e cultural, demonstrar e partilhar o seu interesse e curiosidade por tudo aquilo que o rodeia.

§ Pedagogo - Ajudar a organizar um horário de estudo adequado às necessidades do aluno, proporcionar-lhe um ambiente de estudo facilitador e ensiná-lo a estudar.

34. Pessoal Não Docente

§ Papel cooperante - O Pessoal Não Docente é cooperante no processo educativo, de acordo com as funções específicas atribuídas, e desempenha os trabalhos de apoio ao bom processamento das ações educativas, zelando pela preservação dos valores e espaços educativos e das normas de organização e funcionamento do Comunidade Educativa.

§ Elevação de atitudes e desempenho - Dada a importância relevante do papel de cooperação que desempenha no processo educativo, é-lhe requerido, como perfil adequado, a elevação de atitudes, zelo e dedicação nas funções que desempenha, competência profissional, lealdade na cooperação com todos os membros da Comunidade Educativa, vontade de aperfeiçoamento da qualidade do trabalho a produzir, discrição e confidencialidade relativamente a pessoas, informações e ações decorrentes do processo educativo, postura e porte modelares, cortesia e atenção para quem lhe solicita o seu trabalho e linguagem ajustada ao contexto educativo.

§ Promoção do bem-estar dos alunos - Segundo as funções específicas que lhe estão atribuídas, sejam de gestão económica, trabalho de secretaria, vigilância e

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assistência, higiene e limpeza, alimentação e saúde, são inerentes ao seu estatuto a salvaguarda da segurança e bem-estar de todos os alunos, a boa manutenção e preservação dos materiais, equipamentos e bens patrimoniais do CDDS, a manutenção da ordem, disciplina e o bom ambiente físico e humano, necessários ao êxito educativo.

§ Solicitude e assistência - Como intervenientes cooperativos no processo educativo, impõe−se que o Pessoal Não Docente se constitua como modelo de diálogo e de desempenho, mormente pela advertência esclarecida e moderada aos alunos, pelo conselho profissional dentro do âmbito das competências que lhe estão atribuídas, pela solicitude e assistência aos que requerem maior atenção e pelo seu profissionalismo e solidariedade com os demais colegas de trabalho.

35. Direção: estatuto e atribuições

137. Em relação à comunidade educativa

138. A Direção é a legítima representante legal da Instituição que tutela a propriedade do CDDS.

139. A Direção é a responsável pela promoção de toda a ação educativa e pela disponibilização dos meios e recursos físicos, técnicos e humanos requeridos à sua boa implementação, às condições e ambiente necessários para a sua consumação com êxito e ao provimento da boa organização do processo educativo.

140. A Direção possui competência própria para a definição dos princípios de orientação geral que determinam a elaboração e opção educativa exarada no IE, assim como os critérios de atuação que garantem a fidelidade da ação educativa a esses princípios.

141. À Direção, compete o zelo e vigilância pela garantia da qualidade e êxito do processo educativo, pela sua boa organização, pela coesão, disciplina e boa harmonia entre todos os elementos da Comunidade Educativa e pela interação bem estruturada dos seus membros.

142. A Direção é responsável por assegurar a renovação e atualização dos recursos educativos necessários à evolução e inovação do processo educativo, à atualização dos equipamentos, à modernização e adequação dos espaços, à contratação de docentes, técnicos e demais funcionários, em tudo ponderando o bem educativo dos alunos.

143. A Direção é a promotora de todo o planeamento educativo e de todas as ações, gestão de recursos e calendarização a ele atinentes, colocando como prioridades a qualidade e inovação da educação e o crescimento do êxito educativo.

144. Em relação aos Pais e Encarregados de Educação

145. Promover iniciativas, ações e estratégias que fomentem a aproximação dos Pais e Encarregados de Educação à Comunidade Educativa, através de modalidades diversas de envolvimento parental que sejam úteis como instrumento de reflexão-ação do CDDS e se manifestem adequadas às suas necessidades e às das famílias.

146. Ajudar os Pais e Encarregados de Educação a estabelecer as condições e requisitos básicos para a aprendizagem, a desenvolver práticas educativas adequadas às

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necessidades dos alunos e a compreender o desenvolvimento em cada estádio do seu processo.

147. Promover a comunicação entre o CDDS e os Pais e Encarregados de Educação, através de sistemas de comunicação bilateral, procurando disponibilizar canais de comunicação diversos (reuniões de pais, reuniões individuais com a família, contactos telefónicos, boletim da escola − caso exista, e-mail do CDDS e de turma) de forma a possibilitar uma comunicação fácil, rápida e eficaz.

148. Fomentar a participação dos Pais e Encarregados de Educação nas atividades do CDDS, nomeadamente nos eventos de início e fim do ano letivo, festas de Natal e Páscoa, Dia da Mãe, Dia do Pai, Dia das Famílias, Dia da Criança, Primeira Comunhão, Profissão de Fé, Celebração do sacramento da Confirmação, integrando-os ativamente dentro das possibilidades e disponibilidade dos mesmos.

149. Impulsionar o envolvimento dos Pais e Encarregados de Educação em atividades de aprendizagem em casa, exercitando as competências que o aluno deve adquirir em cada momento da aprendizagem e valorizando a importância da monitorização e encorajamento/reforço dos trabalhos para casa, sobretudo se o aluno se encontrar em processo de recuperação ou de apoio pedagógico.

150. Dar satisfação, no quadro das formas institucionais que se possam mostrar legalmente previstas à cooperação e participação dos pais e encarregados de educação nas atividades do CDDS e envolvê-los nas sugestões que visem a melhoria do processo educativo, quer através de uma eventual Comissão de Consulta de Pais, quer de grupos de reflexão-ação, criados para a resolução de problemas concretas.

36. Organização e estruturação do processo de reformulação do PE

151. Princípios orientadores

152. O Conselho Pedagógico promove a execução de todo o processo de organização, estruturação e reformulação do Projeto Educativo, de acordo com os seguintes princípios orientadores:

§ Diagnóstico da situação educativa − Definição e tipificação dos métodos e processos para a recolha de dados de diagnóstico e determinação dos grupos da Comunidade Educativa e os representantes dos Pais e Encarregados de Educação a inquirir.

§ Inquérito - Identificação dos princípios estruturantes do inquérito a efetuar para a recolha de informação: caracterizar a situação educativa presente do CDDS e perspetivar e pensar as prioridades da renovação e inovação educativa.

§ Recolha, análise e síntese da informação obtida pelo diagnóstico da situação educativa – A recolha dos elementos de diagnóstico da situação educativa é efetuada no Conselho Pedagógico, ao nível dos Departamentos das Áreas Disciplinares, ao nível dos Conselhos de Ciclo e dos Conselhos de Turma. Os alunos são sondados mediante a atenção prestada às sugestões individuais, de turma ou de grupos, nos momentos de avaliação e autoavaliação, nos momentos fortes de intervenção na vida da Comunidade Educativa e nos momentos pontuais de abordagem pessoal e individual. O Pessoal Não docente exprime-se e apresenta

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sugestões nos momentos das reuniões de planificação e de reorganização de trabalho dos diferentes setores em que se incorporam. Os Pais e Encarregados de Educação pronunciam-se individualmente nos contactos mantidos com a direção e administração do CDDS, nas reuniões de informação com os diretores de turma e nas solicitações individualizadas selecionadas para o efeito.

§ Após a recolha, organização e análise de toda a informação obtida, é produzida uma síntese ordenada de acordo com os princípios estruturantes da inquirição produzida.

§ Organização e estruturação dos problemas identificados na situação educativa. São referenciadas, de modo relevante, nas fontes de informação obtidas, as áreas da situação educativa, do funcionamento e organização da Comunidade Educativa a requererem intervenção e renovação, bem como as respetivas dificuldades a repensar.

153. Princípios orientadores de reformulação do Projeto Educativo

§ Formulação das ações e estratégias educativas a implementar.

§ As áreas e os problemas referenciados na formação são hierarquizados, sequenciados por prioridade e analisados relativamente à adequação, à pertinência e à viabilidade de aplicação à situação educativa e à Comunidade Educativa do CDDS.

§ Definição das metas educativas

§ Estão elencadas, relativamente a cada área de intervenção, as metas educativas, metodológicas, pedagógicas, organizacionais e funcionais, as soluções estratégicas a implementar para a correção e aperfeiçoamento de procedimentos e superação das dificuldades identificadas, como são, também, determinados os indicadores de controlo e avaliação intermédia e final da evolução do PE.

§ Elaboração e apreciação de documento prévio ou anteprojeto

§ No documento produzido, ou plano educativo estratégico prévio, identificam-se e atribuem-se aos intervenientes da Comunidade Educativa as responsabilidades e compromissos estratégicos para a implementação prática e situada do PE.

§ Discussão e aprovação

§ Após a apreciação global sobre a unidade e coerência estrutural e educativa do PE, é o mesmo submetido a discussão e aprovação geral pelo Conselho Pedagógico.

§ Implementação do PE

§ O PE, após aprovação, é dado a conhecer, na sua constituição definitiva, a toda a Comunidade Educativa, a qual é convocada para a corresponsabilidade, diante dos desafios educativos colocados, para a necessidade de mentalização de superação das rotinas e das dificuldades, para o desenvolvimento de uma atitude mais solidária nas práticas e relações educativas e para a aplicação das estratégias com rigor e exigência. Como complemento dessa informação e motivação geral, os respetivos Departamentos das Áreas Disciplinares e os demais grupos não

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docentes da Comunidade Educativa são estimulados ao estudo, análise e implicações específicas do PE na sua área de trabalho específica.

37. Os Recursos Educativos do CDDS

154. Espaço físico e equipamentos

155. O espaço físico e os equipamentos disponíveis no CDDS são o resultado da já longa evolução da herança educativa que se foi instituindo como Matriz Educativa e Pedagógica. Todo o espaço físico está ordenado e organizado em função da boa gestão do processo educativo e da boa rentabilidade educativa dos mesmos.

156. Os equipamentos e espaços, interiores e exteriores, estão proporcionados à dimensão quantitativa da população escolar e são usados sem condicionamentos ou restrições, sem coincidências limitativas da sua utilização e cumprem todas as regras de higiene e segurança, de acordo com as normas legislativas para os recintos escolares. A qualidade da preservação dos materiais, espaços e equipamentos é salvaguardada pela manutenção contínua dos mesmos, seja através de intervenções permanentes, seja através de intervenções setoriais de requalificação, efetuadas anualmente, seja através da reorganização periódica dos mesmos: repensando-os ora em função da faixa etária dos alunos, ora das necessidades específicas por ciclos, ora das atividades que neles se produzem.

Quadro 1 - Bloco Norte: espaços e equipamentos

Designação Piso -1 Piso 0 Piso 1 Piso 2 Piso 3 Total Espaços/Equipamentos uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2

Parque de Estacionamento - - - 2.214 - - - - - - - 2.214

Átrio principal - - 1 224 - - - - - - 1 224

Receção - - 1 19 - - - - - - 1 19

Capela - - 1 95 - - - - - - 1 95

Secretaria - - 1 44 - - - - - - 1 44

Gabinete do Diretor - - 1 22 - - - - - - 1 22

Gabinete do Administrador - - 1 31 - - - - - - 1 31

Gabinete Médico - - 1 8 - - - - - 1 8

Salas de Aula - - 3 207 24 1.324 24 1.375 5 454 57 3.360

Sala de Música - - - - - - 1 51 - - 1 51

Sala Informática - - - - - - - - 1 89 1 86 Sala Artes, E.V. e Geometria Descritiva - - - - - - 1 66 3 156 4 222

Sala apoio a Desenho e E.V. - - - - - - - - 1 70 1 70

Laboratório Ciências Naturais - - - - 2 194 - - - - 2 194

Laboratório Ciências Físicas - - - - 2 134 - - - - 2 134

Laboratório Ciências Químicas - - - - 2 134 - - - - 2 134

Gabinete Professores - - - - - - - - 4 60 4 60

Sala Professores - - - - 1 99 1 16 - - 2 115

Salas Professores: Atendimento - - 2 45 2 20 - - - - 4 65

Biblioteca, videoteca, hemeroteca - - - - - - - - 1 280 1 280

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Designação Piso -1 Piso 0 Piso 1 Piso 2 Piso 3 Total Espaços/Equipamentos uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2

Auditório - - 1 630 - - - - - - 1 630

Sala de Convívio-Bar Alunos - - 1 396 - - - - - - 1 396

Instalações Sanitárias Alunos - - 4 54 5 172 5 87 2 30 16 343

Circulação – Átrios/Corredores 1 115 3 254 - - 1 586 1 230 7 2.159

Arrecadação 5 322 5 44 - - 2 20 2 12 17 435

Cozinha e Dependências Apoio - - 8 316 - - - - - - 8 316

Refeitório dos alunos - - 1 386 - - - - - - 1 386

Refeitório Professores - - 1 46 - - - - - - 1 46

Lavandaria - - 1 26 - - - - - - 1 26

Área Técnica 1 74 - - - - - - 1 9 2 83

Depósito Materiais - - - - 1 18 - - - - 1 18

Arquivo 1 63 - - - - - - - - 1 63

Reprografia Papelaria - - - - 1 15 - - - - 1 15

Recreio Coberto - - 1 644 - - - - - - 1 644

Recreio Descoberto - - 1 1.700 - - - - - - 1 1.700

Pavilhões Gimnodesportivos - - 1 1.400 - - - - - - 1 1.400

Campos Ténis - - 1 555 - - - - - - 1 555

Campos Voleibol - - 2 788 - - - - - - 2 788

Campos Basquetebol - - 1 310 - - - - - - 1 310

Campo de Andebol - - 1 976 - - - - - - 1 976

Campo Futebol - - 1 2.640 - - - - - - 1 2.640

Aposentos Direção - - - - - - - - 1 42 1 42

Quartos para Pessoal - - - - - - - - - - 2 25

Instalações Sanitárias Pessoal - - - - - - - - - - 4 45

Circulação Zona Pessoal - - - - - - - - 2 99

Total Geral 21.568 m2

Quadro 2 - Bloco Sul: espaços e equipamentos

Designação Piso -1 Piso 0 Piso 1 Total Espaços/Equipamentos uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2

Receção 1 11 - - - - 1 11

Polivalente/Convívio/Recreio Coberto - - 1 302 - - 1 302

Gabinete Médico - - 1 18 - - 1 18

Salas Aula Pré-Escolar - - 11 635 - - 11 635

Salas Aula Primeiro Ciclo - - - - 16 1.035 16 1.035

Sala Ballet - - 1 56 - - 1 56

Sala Informática - - - - 1 76 1 76

Sala Atividades Extracurriculares - - 1 - 1 76 1 76

Sala de receção aos Alunos - - 2 55 - - 1 55

Gabinete Professores - - - 24 - - 2 24

Sala Professores - - - - 1 27 1 27

Sala Professores: Atendimento - - 1 27 - - 1 27

Dormitório - Educação Pré-Escolar - - 1 76 - - 1 76

Instalações Sanitárias Alunos - - 9 117 14 153 23 270

Circulação – Átrios/Corredores 3 132 11 843 11 662 5 1.637

Arrecadação Refeitório 2 25 9 167 1 90 22 282

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Designação Piso -1 Piso 0 Piso 1 Total Espaços/Equipamentos uni. m2 uni. m2 uni. m2 uni. m2

Refeitório - - - - 1 527 1 527

Sala de Convívio-Bar Alunos - - - - 1 172 1 172

Área Técnica - 297 - - - - 3 297

Pavilhão Gimnodesportivo 3 420 - - - - 1 420

Sanitários - Vestiários do Pavilhão Polivalente 1 90 - - - - 2 90

Campo de Futebol 2 - 1 534 - - 1 534

Parque Infantil - - 2 1.710 - - 2 1.710

Piscina Coberta - - 1 880 - - 1 880

Sanitários – Vestiários da Piscina - - 3 1.133 - - 3 1.133

Total Geral 10.370 m2

157. O conjunto das instalações do CDDS distribui−se por dois blocos construtivos: o Bloco Norte, no qual se enquadram os espaços e serviços centrais e específicos, destinados à frequência do Segundo e Terceiro Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário, e também os serviços de restauração, pavilhão e auditório, e o Bloco Sul, no qual se situam os espaços e serviços, reservados à frequência do Educação Pré−Escolar e Primeiro Ciclo do Ensino Básico, inclusivamente a piscina, as salas de ballet e um pavilhão recreativo.

158. O elenco, algo exaustivo, dos espaços educativos, lúdicos, formativos, logísticos e humanos e os respetivos equipamentos desportivos, técnicos e funcionais, sem o olhar do contexto socializador e da matriz educativa e pedagógica, resultaria num rol puro de propriedade. Pelo olhar analítico, percebe−se, em todos estes espaços e equipamentos, uma estratégia educativa coordenada e integrada, ajustada à Comunidade Educativa e ao seu esforço inovador e humanizador. As unidades, áreas, distribuição, organização dos equipamentos e espaços evidenciam alguns vetores educativos determinantes, os quais demonstram coerência com os propósitos do Projeto Educativo.

159. Assinalam-se:

§ Modernização e atualização dos recursos, em favor da qualidade educativa − Em todo o esforço de renovação da qualidade dos espaços, da sua boa organização, da implantação, dos novos equipamentos técnicos, da qualidade dos materiais novos introduzidos, da iluminação, verifica-se a consciência de que a modernização dos meios, dos instrumentos e recursos, tem sido um passo importante para garantir a boa qualidade educativa. Percebe-se este esforço, há cerca de duas décadas, como uma atitude contínua de corresponder, com inovação, racionalidade e consolidação estratégica, aos grandes desafios da renovação educativa contemporânea. A renovação dos equipamentos desportivos e informáticos, o melhor e mais fácil acesso às fontes de informação e comunicação, a dotação de estruturas e espaços de apoio ao estudo, a substituição das carteiras dos alunos por modernos modelos confortáveis e concebidos segundo as regras da ergonomia, têm sido alterações que, enquanto capacitam o CDDS para cumprir com maior eficácia a sua tarefa educativa, permitem também ao aluno desenvolver-se a si próprio, num ambiente aberto à modernidade de pensamento, ideias, métodos e formas de trabalho.

§ Otimização qualitativa da formação do aluno − A qualificação progressiva dos espaços e dos equipamentos educativos está dirigida ao aluno e não constitui pura

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exibição tecnológica. Os investimentos mais recentes comprovam o propósito educativo dos investimentos. A criação de rede interna de acesso à internet, a disponibilização de complementos de formação extracurricular, a modernização da biblioteca, com soluções múltiplas de utilização, o investimento em equipamentos de novas tecnologias de comunicação nas salas de aula, os investimentos mais avultados na construção de novas instalações, a renovação do auditório, a reorganização do recreio, o reforço dos recursos de segurança (emergência e incêndio) têm demonstrado que essas modernizações visam a melhoria das condições em que o aluno aprende, cresce e se desenvolve, realizando a sua formação integral.

§ Conforto e humanização dos meios − A inovação e modernização não têm esquecido uma das dimensões mais importantes do ambiente em que o aluno aprende e vive: a do conforto e humanização dos espaços. As condições físicas e materiais que se proporcionam aos alunos são a garantia de que o aluno se sente bem, que é bem-recebido em espaço acolhedor, que se sente física e psiquicamente confortável nos espaços que vivencia e em que cria laços e referências educacionais que perdurarão na sua memória educativa. O aquecimento e climatização dos espaços das salas de aula, a modernização dos espaços de confeção da alimentação e das refeições, a introdução de notas caracteristicamente juvenis no espaço de convívio e bar, a disponibilidade de atenção de enfermagem e serviço médico proporcionam ao aluno o gosto pelo espaço onde aprende e essa satisfação produz motivação para entender o ensino−aprendizagem com maior empatia e simpatia.

§ Identificação dos interesses do aluno − A formação integral do aluno tem de estender-se às áreas de interesse e de crescimento do aluno. Porém, pela sua formação, o aluno desenvolve motivação e dimensões formativas novas que acompanham o seu crescimento. A disponibilização de espaços de exposição de trabalhos criativos e artísticos, a formação artística em níveis e áreas específicas, a renovação das instalações com uma maior atenção à higiene e salubridade dos espaços e recursos, a valorização da luminosidade natural nos espaços de aprendizagem, a introdução de fontes de energia limpas e a modernização completa dos laboratórios, onde os alunos demonstram entusiasmo pelo ensino prático e experimental, têm comprovado que o investimento produzido na qualificação física e material do CDDS tem ido ao encontro das motivações e interesses formativos do aluno.

§ Organização educativa e socializadora dos espaços − As grandes alterações construtivas, introduzidas na última década, permitiram que a distribuição dos alunos pelos espaços pudesse ser melhor organizada em função dos níveis etários e dos ciclos de ensino. Ganhou a circulação dos alunos, que acedem aos espaços educativos e destes aos recreios, às entradas do CDDS, aos equipamentos desportivos e ao refeitório com menos transtornos de circulação e de ruído. Garantiu-se a melhoria da socialização dentro da mesma faixa etária e alargou-se a outras faixas. Há, com esta nova organização, uma maior identificação afetiva do ciclo de ensino com o espaço físico que lhe corresponde, dentro das instalações do CDDS, o que permite responsabilizar os alunos, relativamente ao uso do património.

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§ Abertura da Comunidade Educativa à sociedade − O processo de modernização de recursos físicos, como a piscina, o auditório renovado, os espaços desportivos, têm permitido que o CDDS os coloque ao dispor dos Pais e Encarregados de Educação, criando, com isso, uma abertura diversificada e formativa para os alunos. O espaço deles converteu-se, também, no espaço das famílias, que passaram a interagir nas instalações do CDDS, não já nos curtos tempos de chegada e partida com os filhos, mas em momentos mais longos, em espaços mais extensos e momentos de partilha mútua que têm deixado marca educativa.

160. Oferta educativa e valências formativas

161. A oferta educativa disponibilizada, desde a Educação Pré-Escolar ao Ensino Secundário, quer através da sequência dos planos curriculares, quer através da formação extracurricular e dos projetos e cursos, enquadra-se nas diretivas educativas e pedagógicas que emanam do Ideário Educativo e da Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS.

Quadro 3 - Oferta educativa, cultural, desportiva, técnica, artística e religiosa

Curricular Projeto e Cursos Formação Religiosa (Transversal aos vários ciclos)

Educação Pré-Escolar

§ Catequese § Formação Bíblica § Grupos de Pastoral Juvenil § Participação em Encontros

Nacionais e Internacionais de Juventude

Primeiro Ciclo

Segundo Ciclo § Cursos de línguas (Inglês, Francês, Alemão e Espanhol) no estrangeiro Terceiro Ciclo

Secundário § Cursos Científico-Humanísticos: § Ciências e Tecnologias § Ciências Socioeconómicas § Línguas e Humanidades § Artes Visuais

§ Grupo de Voluntariado § Curso de Línguas (Inglês, Francês,

Alemão e Francês) no estrangeiro

162. Assinalam-se:

§ Educação e formação sequencial de ciclos – Na oferta educativa, tem persistido o cuidado de garantir unidade sequencial na progressão de ciclos, ora pelo acompanhamento dos docentes nos diferentes anos de cada ciclo, que têm garantido a estabilidade da aprendizagem sucessiva do aluno, ora na cooperação com os docentes, nas fases de transição de ciclo por parte dos alunos. Acresce, também, que o facto de os alunos ingressarem no CDDS no Pré-Escolar e início do Primeiro Ciclo tem permitido que, à consolidação da oferta educativa, se associe um conhecimento crescente das capacidades de cada aluno, bem como das suas dificuldades específicas, permitindo que a sequência curricular seja processada com maior acompanhamento e personalização educativa.

§ Inovações na oferta educativa - No sentido de consolidar a sequência educativa, têm sido introduzidas inovações na oferta educativa da Educação Pré-Escolar, do Primeiro e Segundo Ciclos, mormente na disponibilização de formação nas línguas estrangeiras e no Latim, nas tecnologias de informação e comunicação, reconhecidamente, imprescindíveis, como base de consolidação das aprendizagens

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nos ciclos posteriores. Nestes ciclos, a frequência de cursos de verão no estrangeiro ou oferta suplementar de tempos curriculares para consolidação das aprendizagens precedentes constituem estratégias de fortalecimento das ações educativas e formativas. Constitui fator inovador a introdução da certificação da aprendizagem das Línguas Estrangeiras, que abrange o percurso integral de formação ao longo dos ciclos.

§ Formação extracurricular - A formação extracurricular tem sido cada vez mais diversificada relativamente aos interesses dos alunos e tem permitido desenvolver competências complementares e integrantes na formação dos mesmos. Estas áreas formativas têm suscitado progressivo e alargado interesse e são, atualmente, de frequência transversal a todos os ciclos curriculares.

§ Educação desportiva - O CDDS é um espaço que contribui para o desenvolvimento cognitivo, social, psicomotor e afetivo da criança. O desporto, com as suas respetivas atribuições, oferece oportunidades para o desenvolvimento de competências que preparam os alunos para a obtenção sucesso nos estudos e no exercício da sua cidadania. A vertente desportiva das atividades extracurriculares no CDDS pretende proporcionar a todos os alunos atividades de caráter recreativo/lúdico de formação, ou de orientação desportiva, tendo em vista a aquisição de competências físicas, técnicas e táticas. Existem, atualmente, múltiplas ofertas de desportos variados que têm sido do agrado geral de todos, confirmado pela participação entusiasmada e efetiva dos alunos.

§ Tempos livres - As instalações do CDDS oferecem uma ampla gama de equipamentos pedagógicos e desportivos de várias modalidades. No CDDS, os alunos podem encontrar atividades de tempos livres, vocacionadas para a aprendizagem por meio de jogos e atividades de lazer. Não querendo sobrecarregá-los com escola depois da escola, pretende-se que tenham pedagogia e diversão em quantidade, qualidade e diversidade adequadas, pois ambos são importantes. Os alunos podem encontrar um leque diversificado de atividades de enriquecimento extracurricular, desde o futebol, natação, hip-hop, esgrima, ténis, voleibol, ginástica, karaté, ballet, dança contemporânea e ainda atividades como a música, educação musical instrumental, mandarim, coro, orquestra orff, pintura e teatro, visando o complemento da formação global do aluno.

§ Valorização da descoberta e opção vocacional − A oferta educativa, na organização e valorização do acompanhamento personalizado possível dos alunos, tem facultado a descoberta, por parte dos alunos, das suas tendências e opções vocacionais, permitindo-lhes desenvolver e consolidar os requisitos específicos das suas escolhas e formação futura. Permanentemente, existe atenção, da parte dos docentes, no sentido de encaminhar vocacionalmente os alunos de acordo com as suas inclinações educativas próprias. Na fase de transição do terceiro ciclo para o Ensino Secundário, o CDDS disponibiliza aos alunos um acompanhamento independente e especializado, no sentido de ajudá-los a esclarecer as suas dúvidas opcionais, independentemente da sua intenção se encaminhar para a continuidade de frequência no CDDS ou não.

163. Oferta cultural científico-humanística diversificada

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164. A oferta educativa do CDDS está centrada numa cultura científico−humanística diversificada e pretende corresponder às diferentes saídas profissionais e de formação superior que globalmente são solicitadas pela procura educativa. A flexibilidade na organização da oferta educativa, especialmente no Ensino Secundário, tem permitido inflexões ou alterações de opção formativa aos alunos, quando entendem modificar as suas opções iniciais. A herança histórica e estatística do CDDS, na sua tarefa educativa, comprova que a procura educativa crescente não tem tanto que ver com a grande diversidade da oferta educativa, mas, mais, com a qualificação progressiva da oferta existente, pelo que o presente Projeto Educativo incidirá, sobretudo, na análise das dificuldades ainda existentes neste campo específico e na estruturação de estratégias e ações que correspondam ao aumento e consolidação da inovação e qualificação educativa.

165. A oferta educativa do CDDS dispõe de um leque de opções diversificadas no âmbito das Línguas Estrangeiras (parceria com as entidades certificadoras), tendo em vista uma educação plurilingue, em consonância com as exigências do mercado de trabalho global. No âmbito da Língua Inglesa, o Colégio é, desde 2010, reconhecido como um Cambridge English Preparation Centre e a partir de 2018 passou a Cambridge Educational Premium Partner. A certificação das restantes línguas estrangeiras, designadamente de Alemão, Espanhol e Francês, é realizada em parceria com o Instituto Goethe, Cervantes e Alliance Française, respetivamente, no sentido de validar internacionalmente as competências dos alunos.

166. Educação integral − Correspondendo à visão educativa de educação integral, salvaguardada no Ideário Educativo, o CDDS disponibiliza aos alunos, livremente, e por opção dos Pais e Encarregados de Educação, relativamente aos alunos menores, e escolha pessoal, relativamente aos alunos maiores de 16 anos, a frequência de tempos de catequese, de cursos de formação bíblica e a integração dos mesmos em grupos de pastoral de adolescentes e jovens, que participam em encontros juvenis regionais, nacionais e internacionais. Esta disponibilidade de oferta educativa tem conhecido, nos últimos anos, um envolvimento por parte de alunos, docentes, antigos docentes e familiares dos alunos, com assinalável interesse coletivo, que culmina anualmente com celebrações sacramentais no termo do ano letivo. Esta formação é transversal a todos os ciclos.

38. Desafios Permanentes à Comunidade Educativa

167. Alunos: procura estável e consolidada

O corpo de alunos que frequenta o CDDS efetua, na sua maioria, todo o percurso de frequência escolar disponibilizado pelo CDDS, o que permite aos Alunos uma identificação continuada, crescente e aprofundada com o Projeto Educativo do CDDS. Os indicadores educacionais do CDSS evidenciam que a estabilidade da frequência tem sido proporcionada pelo modelo educativo respetivo, uma vez que tem vindo a desenvolver-se uma crescente e consolidada aproximação da formação aos valores educativos consagrados no Ideário Educativo e no Projeto Educativo do CDDS, documentos estruturantes esses que enquadram nos planos essencial, estrutural, funcional e teleológico a consideração e as implicações do «Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória» no CDDS.

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168. Corpo Docente dinâmico e criativo

As transformações que se têm vindo a operar-se no corpo docente do CDDS têm constituído um dos seus maiores investimentos, na última década. Recorrendo à integração de profissionais com formação recente, com formação científica qualificada, e entrosando−os no corpo docente pré-existente, tem o CDDS conseguido a boa transição da mentalidade profissional, da atitude educativa, dos valores identitários da instituição e da cultura formativa de excelência que porfia. As diferenças etárias gradativas, a permuta de experiências profissionais, a partilha de informação têm sido a garantia de que a identidade educativa é assimilada e assumida pelas gerações mais recentes, o que tem acontecido de forma integrada e cooperativa.

§ Um corpo docente estável − O maior valor que decorre da análise ao corpo docente é o da estabilidade, que concede a tranquilidade profissional para uma boa realização profissional, para a dedicação a um projeto de educação com o qual se vai identificando progressivamente. Este valor é relevante, por garantir ao professor aperfeiçoar, por revisão contínua, o seu trabalho e motivar-se para desafios progressivos ante o melhor conhecimento que vai tendo da Comunidade Educativa e seus desafios constantes.

As faixas etárias predominantes têm constituído fator de renovação didática e pedagógica ao mesmo tempo que a qualificação académica tem constituído um fator de maturidade científica e de amadurecimento na seletividade de conteúdos e na hierarquização dos mesmos.

O presente Projeto Educativo convoca para a reavaliação do conformismo, para o desafio do futuro, tomando como ponto de partida a continuidade conseguida. Importa introduzir fatores de motivação pessoal, de cooperação no trabalho, de avaliação de ações e estratégias, de antecipar o não conquistado ainda, de perceber que o professor não existe em si e por si, mas, sobretudo, e em tudo, no aluno e pelo aluno e na sua progressão contínua.

§ Proximidade de residência − A grande maioria dos docentes reside em áreas relativamente próximas ao CDDS. Sendo aparentemente algo que se pode relativizar, acrescem vantagens do ponto de vista da disponibilidade, da assiduidade e da articulação de horários de trabalho, mormente nas aulas de substituição. Por outro lado, os trabalhos do foro administrativo ou, até, os apoios educativos/salas de estudo, que ocorrem em horários pós-letivos, tornam-se menos problemáticos na sua resolução e programação, uma vez que a disponibilidade mais flexível dos docentes garante uma pluralidade de horários e articulações de trabalho mais fáceis.

§ Compromissos extralectivos − Muitos professores encontram-se, ainda, envolvidos na coordenação de atividades extracurriculares com os alunos, promovendo a complementaridade e pluralidade formativa mediante iniciativas que se repetem com novos alunos ou inovando com alunos que transitam de percursos extracurriculares já efetuados. Altera-se, aqui, a visão do professor, a interação com o aluno, produzida a um outro nível e com registo diferente, e concretiza-se a vontade de alargamento de saberes e partilha de conteúdos formativos.

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A existência de um número razoável de ações formativas extracurriculares tem suscitado uma adesão progressiva dos alunos e uma consciência maior para a necessidade dos docentes se motivarem para a realização de iniciativas de complemento formativo, quer para os alunos, quer para os Pais e Encarregados de Educação. O projeto Educativo problematiza e suscita o surgimento de formas de participação educativa extracurricular.

169. Corpo não docente atencioso e diligente

§ A maioria do corpo não docente faz parte do quadro de pessoal efetivo, o que aduz uma relação afetiva com o CDDS e com os alunos ao longo do currículo. O conhecimento continuado dos alunos no seu setor de trabalho ao longo dos ciclos permite uma melhor interação e um cuidado preventivo de situações conflituosas ou ações inesperadas que afetem de modo desvantajoso, o conjunto dos alunos. O profissionalismo, próximo e familiar, com que interagem com os alunos transforma−os, frequentemente, em conselheiros ou referências modelares, construindo com os alunos relações de proximidade, amizade e respeito que se consolidam por décadas futuras.

§ As habilitações que possuem, na globalidade, são ajustadas aos cargos que desempenham e é possível afirmar que, genericamente, a imagem que a Comunidade Educativa e os Pais e Encarregados de Educação possuem deles é de um corpo solícito, atento, generoso, disponível, presente, cumpridor e cooperador.

§ As faixas etárias em que se integram atribuem-lhes maturidade e consciência profissional exemplares, sendo todo o seu trabalho, do mais exposto ao mais discreto, do mais simples ao mais exigente, reconhecido por toda a Comunidade Educativa.

170. Pais e Encarregados de Educação interessados e participativos

§ Quadro plural - O quadro de Pais e Encarregados de Educação resulta, por sucessão de gerações, de antigos alunos, de profissionais de ramos diversos que se identificam com o projeto Educativo do CDDS, de pais que buscam uma educação e formação complementar baseada nos princípios e valores da cultura cristã, de famílias que pretendem uma garantia sólida de segurança escolar, de pais que cultivam e pretendem transmitir aos descendentes uma metodologia de trabalho assente no rigor e exigência, de pais que necessitam do acolhimento proporcionado pelos horários letivos e de complemento letivo pelo CDDS, de encarregados de educação que anteveem, na qualidade da oferta educativa do CDDS, uma garantia de fiabilidade e competência na preparação para a frequência do ensino superior.

Curiosamente, tem crescido o número dos Pais e Encarregados de Educação que possuem habilitações superiores e que se situam em faixas etárias mais novas, o que acentua a importância dada à qualificação da formação para o acesso ao ensino superior e à visão multifacetada, cívica e integral da formação que pretendem para os seus educandos.

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§ Motivações de opção pelo CDDS - Alguns aspetos singulares, no entanto, têm justificado a continuidade da opção dos Pais e Encarregados de Educação pelo CDDS, mormente os que estão ligados à satisfação das expetativas que criaram relativamente a ele.

§ Visitas diárias − A entrada no CDDS está continuamente franqueada aos Pais e Encarregados de Educação, quer para prestação de informações relativamente ao seu educando, quer para o transporte dos alunos, quer para conhecimento dos espaços e modo de funcionamento do CDDS, quer para partilha de inquietações e alegrias educativas com os demais Pais e Encarregados de Educação que frequentam os mesmos espaços e têm horários similares.

§ Partilha educativa − O conhecimento dos outros Pais e Encarregados de Educação e a partilha educativa constituem uma forma de divulgação e adesão maior ao Ideário Educativo do CDDS, fator de motivação e encorajamento nos momentos incertos e celebração conjunta pelos êxitos educativos dos educandos.

§ Confiança na qualidade educativa − A ordem, civismo, organização e bom funcionamento do CDDS introduz, na avaliação educativa por parte dos pais e Encarregados de Educação, a confiança na qualidade educativa no CDDS relativamente ao bom acolhimento dos filhos, à qualidade da educação prestada, à sua qualificação futura como cidadão e contribui para o reconhecimento do bom investimento educativo efetuado em favor dos filhos.

§ Serviço à família − A irregularidade de horários de trabalho, a multiplicidade de tarefas e compromissos profissionais que envolvem os Pais e Encarregados de Educação e a falta de sintonia com os horários dos filhos tem contribuído para que eles reconheçam as vantagens dos serviços de apoio ao estudo dos filhos, do serviço de refeições, das atividades extracurriculares e dos horários letivos do CDDS como favoráveis à boa coordenação da vida familiar, permitindo que filhos com frequência de ciclos diferentes frequentem a mesma instituição de ensino.

§ Acolhimento pré e pós-letivo – Disponibiliza o CDDS um conjunto de atividades extracurriculares, sala de estudo e estudo acompanhado, que proporcionam aos alunos o acolhimento logo no início do dia e a continuação do seu acolhimento na parte final do dia. Este fator garante aos pais e encarregados de educação o apoio e segurança dos seus filhos até ao termo do tempo dos seus encargos profissionais.

§ Transporte escolar – Os alunos de origem mais distante têm disponível serviço de transporte desde a sua proveniência até ao CDDS e viagem de regresso. Este recurso tem proporcionado a muitos encarregados de educação, de origens diversas, a escolha do CDDS como opção educativa para os seus educandos.

§ Contactos com os Pais e Encarregados de Educação − Os contactos regulares e de urgência com os Pais e Encarregados de Educação, acerca de faltas dos alunos, progressão educativa, problemas de integração e de desempenho disciplinar, saúde ou outros, são efetuados de modo personalizado com os pais através de correio diário, telefone, correio eletrónico ou pela mediação do seu educando. Daqui resulta um contato rápido, eficaz, que permite que os problemas se dirimam em período breve, que o conhecimento seja rápido e a intervenção dos pais junto

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dos filhos seja imediata. Estas formas de proximidade têm sido crescentemente valorizadas pelos Pais e Encarregados de Educação e pelo CDDS, pelos impactos produtivos que têm desencadeado.

§ Perspetivas de futuro − O posicionamento educativo dos Pais e Encarregados de Educação tem sido o de recetores e consumidores educativos, em todo o bom sentido. Acresce que, avaliando as habilitações dos Pais e Encarregados de Educação e as experiências profissionais dos mesmos, pode considerar-se a organização de permutas educativas com os mesmos, enquadramentos e integrações educativas inovadoras, de forma progressiva, na formação e educação dos filhos. O presente projeto Educativo considera novas formas possíveis de integração e incorporação dos Pais e Encarregados de Educação na formação dos filhos.

171. Parceiros Educativos e colaboradores

As alterações nos processos educativos têm introduzido a consciência de que a parceria educativa, em contributos múltiplos, transporta para o interior do CDDS referentes, experiências e prestações formativas relevantes pela abertura que proporcionam da escola à sociedade. O CDDS dispõe de um grupo restrito de parceiros educativos, mas mantém relações de boa cooperação com colaboradores ocasionais que, ao longo do ano letivo, favorecem ações, facilitam escolhas, resolvem impasses e colaboram na boa consecução de toda a atividade educativa realizada no interior e no exterior do espaço do CDDS. As experiências dos últimos anos têm vindo a demonstrar a importância que as instituições, as empresas, os serviços têm desempenhado na cooperação educativa.

Quadro 4 - Parceiros educativos e colaboradores ocasionais

Parceiro e colaboradores Especificação Cambridge Assessment English Cambridge ESOL / Knightsbridge Examinations & Training Centre

Certificação da aprendizagem da Língua Inglesa

Alliance Française Certificação da aprendizagem da Língua Francesa

Goethe Institut Certificação da aprendizagem da Língua Alemã

Instituto Cervantes Certificação da aprendizagem da Língua Espanhola

Escola Inglesa Cursos intensivos de verão em países de língua inglesa

Instituto Confúcio da Universidade do Minho Aprendizagem de Mandarim

Câmara Municipal de Braga

Centro de Saúde de Infias

Biblioteca Municipal Lúcio Craveiro da Silva

Quartel do Regimento de Cavalaria

Bombeiros Voluntários de Braga

Polícia de Segurança Pública

Empresas de transportes TUB

Universidade Católica de Braga

Museus D. Diogo de Sousa e outros

Associação de Escolas Braga/Sul

Hospital de Braga

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Parceiro e colaboradores Especificação

Universidade do Minho

Agência Nacional Projeto Erasmus + K2 – Dinamarca, Espanha, Finlândia. Itália e Portugal.

39. Divulgação do Projeto Educativo e Documentos Orientadores e Reguladores

3.1. A divulgação do Projeto Educativo é essencial para o bom conhecimento de todas as estratégias educativas e ações que organizam a vida da Comunidade Educativa e para a interação dos intervenientes no processo educativo.

Para a boa divulgação, convencionou-se que a mesma deve ser ajustada à natureza de cada interveniente no Projeto Educativo.

Procurar-se-á, também, que o acesso continuado ao PE possa ser efetuado de forma fácil, sobretudo nos espaços em que a sua consulta se torna indispensável, como as salas dos professores, salas de apoio aos professores e de atendimento, secretaria e salas de reunião de grupos disciplinares, departamentos e conselhos escolares.

Será facultado aos Pais e Encarregados de Educação o acesso à leitura e consulta dos IE, PE, PCE, RI e Preçário, disponíveis na Secretaria do CDDS, sempre que solicitados para a sua consulta ou esclarecimento.

Quadro 5 – Divulgação e conhecimento dos Documentos Orientadores e Reguladores: IE, PE, PCE e RI

Divulgação e conhecimento

Docentes § Reunião Geral de Docentes, convocada para o efeito:

- Grandes linhas educativas e pedagógicas do Ideário Educativo; - Compromissos educativos e formativos propostos na Matriz Educativa e Pedagógica; - Objetivos gerais do Projeto Educativo e linhas estruturantes do Projeto Curricular de Escola e Regulamento

Interno. § Reuniões dos Grupos e Áreas Disciplinares:

- Análise geral sobre as linhas gerais do Projeto Educativo; - Implicações programáticas, didáticas, pedagógicas, educativas e formativas do Projeto Educativo; - Definição das metas educativas e formativas do Grupo Disciplinar, em coerência com o Projeto Educativo; - Plano Anual de Atividades do grupo disciplinar, em função do Projeto Educativo; - Compromissos educativos e formativos propostos na Matriz Educativa e Pedagógica; - Objetivos gerais e estratégicos do Projeto Educativo; - Modelos de avaliação contínua do Projeto Educativo no Grupo Disciplinar; - Avaliação intermédia do Projeto Educativo.

§ Reuniões dos Conselhos de Turma:

- Adequação do Plano de Atividades de Turma ao Projeto Educativo e ao Projeto Curricular de Escola; - Modelos de avaliação e de gestão de informação sobre a implementação do Projeto Educativo; - Modelos de avaliação contínua do Projeto Educativo; - Avaliação intermédia do Projeto Educativo.

Alunos § Reunião Geral de Alunos:

- Grandes linhas educativas e pedagógicas do Ideário Educativo; - Compromissos educativos e formativos propostos na Matriz Educativa e Pedagógica; - Objetivos Gerais do Projeto Educativo.

§ Reunião com o Professor Titular de Turma/Diretor de Turma - Critérios Gerais de Avaliação; - Regulamento Interno.

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§ Reuniões com Professores - Critérios Específicos de Avaliação.

Pais e Encarregados de Educação

§ Reuniões de Pais e Encarregados de Educação: - Grandes linhas educativas e pedagógicas do Ideário Educativo; - Compromissos educativos e formativos propostos na Matriz Educativa e Pedagógica; - Objetivos gerais do Projeto Educativo.

§ Disponibilização dos Documentos Orientadores e Reguladores na Secretaria do CDDS

- Disponibilização, a partir do início do ano letivo.

F. AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO 172. A avaliação do PE constitui um processo de retroação e regulação do processo

educativo, em momentos calendarizados, no sentido de aferir o êxito das ações, medidas e estratégias contempladas no plano estratégico.

173. A avaliação do Projeto Educativo é, neste sentido, um instrumento de promoção da qualidade e eficácia educativa, um recurso de reflexão sobre a organização da estrutura educativa, dinamizador das boas práticas pedagógicas e da melhoria dos resultados.

174. Por ela será possível regular a ação educativa, aperfeiçoar o Projeto Educativo, mobilizar a Comunidade Educativa, qualificar a especialização dos intervenientes no processo de avaliação e concluir acerca do plano de divulgação, informação e comunicação do Projeto Educativo.

Quadro 6 - Avaliação do Projeto Educativo

Avaliação do PE 1. Modelos de avaliação § Avaliação formativa do processo – A avaliação formativa acompanhará e monitorizará, de modo permanente, as

estratégias e atividades realizadas através da recolha e tratamento de dados relativos à execução e desempenho do projeto, assumindo caráter descritivo, qualitativo, sistemático e contínuo: - Cumprimento da programação de cada uma das atividades; - Recursos utilizados; - Cumprimento da calendarização; - Participação dos intervenientes; - Metas alcançadas.

§ Avaliação sumativa dos resultados – A avaliação sumativa será implementada no final dos diferentes ciclos do

processo, de forma a qualificar o produto. Ela corresponde a um balanço final e a uma visão de conjunto do caminho percorrido, confrontando o produto obtido com os objetivos e metas propostos: - Elenco e mensuração dos resultados alcançados; - Elenco das metas e estratégias não conseguidas; - Elenco dos efeitos não esperados.

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Educ

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Avaliação do PE 2. Critérios, objetivos e formulações a ponderar na avaliação

Critérios Objetivos Formulações

§ Relevância Avaliar em que nível os objetivos estabelecidos contribuem para resolver as dificuldades identificadas.

§ Quais são as dificuldades que se colocam no contexto do funcionamento e objetivos da escola?

§ Os objetivos definidos contribuem para resolver as dificuldades identificadas?

§ Que valor acrescentado traz o Projeto Educativo ao CDDS?

§ Coerência Avaliar se os objetivos são coerentes com os recursos e se estes são suficientes para fazer face aos objetivos e ao calendário.

§ Os objetivos estão bem hierarquizados? § Os meios são proporcionais ao projeto? § O tempo calendarizado é suficiente?

§ Eficácia Avaliar se os resultados ou metas previstos foram atingidos, quais os desvios ou insucessos e sua justificação.

§ Os objetivos estratégicos foram alcançados?

§ Que desvios se verificaram e porquê? § Os desvios comprometem o objetivo

central?

§ Impacto Avaliar o nível de cumprimento dos objetivos centrais do projeto.

§ Os objetivos estratégicos foram alcançados?

§ Quais as alterações produzidas pelo Projeto Educativo?

§ Quais os principais beneficiários do projeto?

§ Eficiência Avaliar a relação entre investimentos materiais e humanos e os resultados obtidos.

§ Será possível obter os mesmos resultados com maior contenção de recursos?

3. Objetivos da avaliação e indicadores § Pedagogia:

- Clareza das metas definidas; - Acolhimento e motivação dos intervenientes; - Qualificação das ações; - Qualificação das interações individuais e dos grupos; - Integração e incorporação de recursos; - Clareza e necessidade de instruções e orientações.

§ Conteúdo:

- Atualidade; - Adequação à Comunidade Educativa; - Qualidade da informação; - Níveis de comunicação.

§ Produção:

- Mensuração qualitativa e quantitativa de resultados: alcançados e não atingidos; - Qualidade dos produtos alcançados; - Integração do produto e das renovações conseguidas na vida da CE.

§ Função

- Alterações funcionais produzidas na CE; - Melhorias detetadas na organização e funcionamento da CE; - Inovações vantajosas reconhecidas no processo de ensino-aprendizagem; - Níveis de participação e ação.

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Avaliação do PE

4. Procedimentos § Definição e elaboração dos instrumentos - Elaboração de instrumentos de análise da informação disponível

(grelhas de análise do Projeto Educativo, indicadores de referência sobre os resultados obtidos, tratamentos estatísticos, listagem de problemas, obstáculos, recursos disponíveis, questionários, análise de documentos, observação direta).

§ Recolha e utilização dos instrumentos de análise - Recolha de dados e utilização dos instrumentos, aplicando-os

aos elementos da informação recolhida, e seu tratamento (elaboração de gráficos de evolução, estatísticas, tabelas).

§ Acompanhamento e monitorização – Disponibilização dos dados e seu tratamento para que a Comunidade

Educativa tome conhecimento da evolução do projeto Educativo.

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IV.PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA O Projeto Curricular de Escola, em coerência com o Projeto Educativo, define e operacionaliza as estratégias de desenvolvimento e concretização do Currículo Nacional, de modo a ajustá-lo ao contexto educativo do CDDS, segundo os princípios da autonomia e flexibilidade curricular. Este processo é especificado e adequado a cada turma mediante os Planos de Atividades de Turma, que tomam o Projeto Curricular de Escola como referência para a sua planificação, estruturação, organização e desenvolvimento. O propósito central do Projeto Curricular de Escola é introduzir, na organização e prática educativas, uma ampla conceção de currículo, não restrita às diretivas e normativas que estruturam legalmente o currículo nacional, mas, partindo das bases estruturantes desse mesmo currículo, integrar fatores de flexibilização, versatilidade e contextualização, adequando o mesmo currículo aos ambientes educativos concretos onde ele é operacionalizado, de forma que, por esta adequação, estejam mais solidamente garantidos a exequibilidade, viabilidade e o êxito do Currículo Nacional.

Todo o processo de contextualização e adequação do Currículo Nacional deve ser convenientemente pensado, analisado e planificado de forma coerente com os princípios educativos e os objetivos estratégicos consignados no Projeto Educativo. É da natureza dessa coerência que ela se produza de forma contínua, conformando a avaliação do Projeto Curricular de Escola à avaliação do Projeto Educativo de Escola. Nessa avaliação, articular-se-ão sempre dois princípios estruturantes: a integração e articulação simultânea do Currículo Nacional com o Projeto Educativo, que definem os vetores da contextualização educativa, e a articulação das exigências do Currículo Nacional com as exigências concretas da Comunidade Educativa. Desta articulação resulta a coerência do Projeto Curricular de Escola com o Currículo Nacional.

A contextualização educativa no Projeto Curricular perseguirá, pois, três grandes vetores em simultâneo: a conformação aos princípios orientadores do currículo nacional, agora incluindo os normativos recentes da Autonomia e Flexibilidade Curricular, das Aprendizagens Essenciais e da Educação para a Cidadania e Desenvolvimento; a coerência com os princípios e filosofia educativos do CDDS, expressos no Projeto Educativo e a adequação à demanda educativa específica da Comunidade Educativa, segundo os grandes princípios da autonomia educativa e da flexibilidade curricular.

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A. PRINCÍPIOS ORIENTADORES O Projeto Educativo definiu os princípios orientadores da filosofia educativa do CDDS. A articulação desses princípios com as bases de orientação do Projeto Curricular deverá estabelecer-se num quadro de legalidade que salvaguarde a implementação e conformidade com as normativas legais, sobre as quais se estrutura o currículo nacional. Importa, por isso, sintetizar os princípios orientadores deste Projeto Curricular de Escola.

O diploma que estabelece o currículo dos ensinos básico e secundário apresenta o currículo como o instrumento que deverá promover, como grande finalidade, garantir a todos os alunos, independentemente da oferta educativa e formativa que frequentam, alcançar as competências definidas no PASEO, através da adoção de compromissos coletivos e individuais, assentes em bases da gradação, progressão, cooperação e autonomia. Deste modo, a conceção, operacionalização e avaliação das aprendizagens do currículo deverá enraizar-se nos princípios orientadores, com propósitos distintos, que poderão organizar-se em cinco categorias: sucesso educativo; autonomia curricular; intervenientes educativos, cidadania e desenvolvimento de uma identidade local, nacional e global; avaliação das aprendizagens.

40. Princípios Orientadores e Integradores do PCE e Propósitos Educativos

Quadro 7 – Princípios Orientadores e Integradores do PCE.

Princípios Orientadores Propósitos Educativos Sucesso educativo

§ Garantir a qualidade de ensino - O Projeto Curricular de Escola

estrutura-se, de forma contextualizada, com a demanda da Comunidade Educativa, no intuito de proporcionar e acionar a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, valorizando as diretivas da abordagem multinível, da adequação da matriz curricular, do carácter formativo da avaliação, no propósito de garantir a todos os alunos a aquisição dos conhecimentos, o desenvolvimento das competências, atitudes e valores consignados no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

§ Assegurar que todos os alunos

conseguem adquirir os conhecimentos e desenvolver as competências, atitudes e valores previstos no PASEO.

§ Garantir um ensino inclusivo - As opções de implementação

prática do Projeto Curricular intentarão a persecução e promoção maior de igualdade educativa, ajustando a flexibilidade, inovação e contextualização à harmonização da heterogeneidade e homogeneidade parcial dos alunos, superando as dificuldades identificadas na Comunidade Educativa no acesso à plenitude do currículo e das aprendizagens, através da aplicação de abordagens multinível universais, seletivas e adicionais, que garantam o nível máximo de inclusão possível. Assumir-se-á que todos os alunos têm direito a uma aprendizagem igual em todas as áreas de estudo.

§ Assegurar uma resposta educativa e

pedagógica adequada à heterogeneidade dos alunos, eliminando obstáculos e estereótipos de acesso ao currículo e às aprendizagens, adequando-as ao perfil dos alunos.

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Princípios Orientadores Propósitos Educativos Autonomia curricular

§ Implementar a autonomia curricular de modo efetivo – A

organização e estruturação do Projeto Curricular constitui uma proposta de exercício efetivo de autonomia curricular, pelo que se identificarão e selecionarão as opções curriculares mais eficazes ajustada ao quadro da Comunidade Educativa, às diretivas do Projeto Educativo e aos demais instrumentos e valores estruturantes da escola, exarados no IE.

§ Assegurar à escola a conceção de

respostas adequadas mais próximas aos reais problemas de educação, ensino e aprendizagem da Comunidade educativa, identificando opções curriculares eficazes e em consonância com a especificidade do PE e outros instrumentos estruturantes da escola (IE).

§ Articular os níveis de ensino – A gestão articulada dos ciclos do

Ensino Básico com o Ensino Secundário será contextualizada ao nível dos conteúdos programáticos, de forma a proporcionar e garantir, com solidez, os requisitos educativos prévios necessários aos ciclos seguintes; será implementada ao nível das áreas disciplinares estruturantes, em função das opções de saída futuras perspetivadas pela comunidade educativa; será adequada ao nível das metodologias, estratégias e opções pedagógicas e didáticas, salvaguardando o desenvolvimento etário e mental dos alunos; será ajustada de forma a garantir a melhor articulação e sequencialidade progressiva do currículo.

§ Valorizar a articulação educativa e

curricular vertical, garantindo a sequencialidade bem sustentada, a progressão consolidada e os requisitos prévios fundamentais que garantam o êxito educativo ao longo do desenvolvimento curricular.

§ Valorizar a gestão e lecionação interdisciplinar e transdisciplinar

– A articulação do currículo terá como centro o desenvolvimento de projetos que aglutinem e integrem aprendizagens de diferentes áreas disciplinares, planeados, realizados e avaliados pelo conselho de turma ou âmbito maior de abrangência de implementação, que traduzam visões multidisciplinares da vida, do mundo, da sociedade e do conhecimento. Dar-se-á, por isso, valor à transdisciplinaridade das aprendizagens e das diversas literacias, às múltiplas competências teóricas, práticas e experimentais, de sorte que se promova o espírito científico, a curiosidade intelectual, o espírito crítico e o trabalho colaborativo.

§ Desenvolvimento de projetos e ações

aglutinadoras de aprendizagens das diferentes disciplinas, planeados, realizados e avaliados pelo conjunto dos professores de cada Conselho de turma ou de cada ano de escolaridade.

§ Flexibilidade contextualizada na gestão do currículo – A

conceção da flexibilidade concederá às opções curriculares a leitura apropriada das verdadeiras e genuínas características e necessidades autênticas da Comunidade educativa.

§ Mobilizar e orientar os métodos, as

abordagens e os procedimentos que se revelem mais adequados para que todos os alunos alcancem o PASEO.

§ Valorização do ensino secundário - Valorização da identidade do

ensino secundário que permite a consecução da escolaridade obrigatória enquanto nível de ensino que oferece aos alunos diferentes vias de saída profissional e realização pessoal.

§ Assegurar a consecução da escolaridade

obrigatória, a inserção no mundo do trabalho e o prosseguimento qualificado de estudos superiores de todos os alunos, de acordo com as suas opções pessoais futuras.

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Princípios Orientadores Propósitos Educativos

§ Garantir um currículo integrador – Perseguir-se-á o objetivo de conseguir a integração de todas as iniciativas, atividades e projetos educativos parcelares num único esforço educativo coerente, dirigido à consecução das aprendizagens e competências de modo unificado, estruturado e sistematizado.

§ Assumir o currículo enquanto

instrumento de promoção da aprendizagem e de desenvolvimento de competências pelos alunos.

§ Organizar com flexibilidade – O modo de organização dos alunos

e do trabalho a desenvolver na gestão do currículo recorrerá a metodologias de flexibilidade, a abordagens e procedimentos que se revelem como os mais adequados, eficazes e apropriados ao desenvolvimento dos alunos e à sua capacitação maior para atingirem o Perfil dos Alunos à saída da escolaridade Obrigatória. Proporcionar-se-á, também, aos alunos a possibilidade de reorientação escolar nos ciclos e níveis de ensino em que existam diversas ofertas educativas e formativas.

§ Investir na articulação horizontal das

aprendizagens conseguidas a partir do trabalho do Conselho de turma e/ou das equipas educativas.

§ Enriquecer o currículo – Assumir-se-á a integração de projetos e

atividades desenvolvidos na comunidade escolar como parte integrante do currículo. Enriquecer-se-á o mesmo currículo com a Oferta Complementar, através da incorporação de novas disciplinas no ensino básico, mormente na área das Línguas Estrangeiras.

§ Investir-se-á na importância das línguas

estrangeiras como instrumentos de pesquisa, de facilitação da integração profissional futura e de promoção da cidadania.

§ Disponibilizar apoios à aprendizagem – Dinamizar-se-ão os

diferentes apoios à aprendizagem existentes e diligenciar-se-á por que todos recuperem, consolidem e desenvolvem competências.

§ Implementar-se-ão recursos de apoios à

aprendizagem como base de qualificação da mesma, em processos de recuperação, consolidação e desenvolvimento.

Intervenientes

§ Valorizar o papel educativo dos docentes – Assumir-se-á a função e papel educativo dos docentes, não como reprodutores meros de conhecimentos, mas como intervenientes determinantes no desenvolvimento do currículo: na avaliação das opções de adequação curricular, na reflexão sobre as opções a tomar e rever, nas condições ajustadas à sua exequibilidade e na contextualização à comunidade escolar.

§ Confiar e atribuir autonomia aos

professores para assumirem um papel fundamental na avaliação, na reflexão sobre as opções a tomar, na sua exequibilidade e adequação aos contextos da comunidade escolar.

§ Envolver os encarregados de educação – Os encarregados de

educação serão convocados para uma atitude proativa na identificação e colaboração extensiva e intensiva com as opções curriculares da escola: mediante informação detalhada sobre os seus princípios orientadores, ações educativas específicas a implementar, cooperação mediante acompanhamento contínuo e personalizado das iniciativas, dos resultados, das reformulações e das avaliações, e apresentação de sugestões pertinentes, apropriadas e viáveis.

§ Assumir a coautoria curricular e a

responsabilidade partilhada das opções, seu desenvolvimento e resultados.

§ Mobilizar e comprometer os agentes educativos - Mobilização

dos agentes educativos para a promoção do sucesso educativo de todos os alunos.

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Princípios Orientadores Propósitos Educativos Cidadania e desenvolvimento de uma identidade

§ Valorizar a língua e cultura portuguesa – A língua portuguesa,

como plataforma de pensamento, comunicação e de identidade individual e coletiva, será assumida como valor singular e transversal, pois é por ela que todas as aprendizagens se veiculam e assimilam, que o pensamento se desenvolve e que toda a comunicação se exprime.

§ Promover a identidade local, nacional,

global e multicultural.

§ Valorização das Línguas Estrangeiras – O conhecimento e

domínio aproxima os sujeitos educativos do sentido cada vez mais global que se infere hoje dos fenómenos da globalização e mobilidade e da integração dos povos.

§ Valorização da diversidade linguística – A identidade global dos sujeitos educativos é bem mais larga e ampla do que a que advém da geografia de origem, pois, à identidade familiar e nacional, se acrescenta, hoje, a identidade dos valores, da cultura, das mentalidades e das causas universais. As línguas serão assumidas como base da identidade global e multicultural que constrói facilidades de comunicação para acesso à informação, ao saber e à tecnologia.

§ Valorizar as artes, as ciências e as tecnologias – As artes, ciências, tecnologias, desporto e humanidades serão assumidas como estruturantes da matriz curricular das diversas ofertas educativas e formativas, seja de forma integrada, seja de forma autónoma.

§ Promover o desenvolvimento integral do

aluno, através da disponibilidade de formação em componentes estruturantes da cultura, tecnologia e conhecimento.

§ Promover a educação para a cidadania – O desenvolvimento

pessoal, interpessoal, de intervenção social e de integração social, tomar-se-á como requisito de educação obrigatória ao longo de toda a escolaridade, adaptado à faixa etária dos alunos, à sua capacidade de reflexão sobre os temas, ao seu desenvolvimento crítico e à sua sensibilidade e maturidade humanas.

§ Criar uma disciplina nos 2.º e 3.º ciclos e

uma área transdisciplinar no 1.º ciclo, e elegendo uma fórmula de educação para a cidadania no ensino secundário, ajustada ao perfil da Comunidade Educativa e à faixa etária dos alunos.

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Princípios Orientadores Propósitos Educativos Avaliação das aprendizagens

§ Avaliar para progredir – Assumir-se-á o processo de avaliação

das aprendizagens e do currículo como parte integrante do processo de qualificação global da gestão educativa e do currículo, de modo a garantir a melhoria progressiva dos mesmos.

§ Valorizar-se-ão os processos de avaliação

das opções, da gestão e seus resultados, como forma de identificação de correções, reformulações e descoberta de melhores soluções e adequações.

§ Avaliação externa - Promoção da capacidade reguladora dos

instrumentos de avaliação externa

§ Valorizar uma intervenção atempada e

rigorosa, sustentada pela informação decorrente do processo de aferição, no sentido de superar dificuldades nos diferentes domínios curriculares e, simultaneamente, valorizar a complementaridade da avaliação externa para efeitos de certificação e prosseguimento de estudos.

§ Avaliação externa e interna - Valorização da complementaridade

entre os processos de avaliação interna e externa das aprendizagens.

§ Entidades externas na avaliação - Valorização da complementaridade da avaliação externa e de outras modalidades específicas de avaliação que convoquem entidades externas, para efeitos de certificação e prosseguimento de estudos no final do ensino básico e do ensino secundário.

41. Possibilidades da Autonomia e Flexibilidade Curricular e Princípios de Atuação

175. Em função dos princípios orientadores e integradores do ensino e da aprendizagem, foram definidos os seguintes princípios de atuação e implementação das opções curriculares, ou seja, as diferentes possibilidades selecionadas de organização e gestão do currículo do CDDS, no contexto da comunidade educativa, decorrentes da apropriação do currículo, no exercício da autonomia e flexibilidade, orientadas para a consecução das áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória:

Quadro 8 – Autonomia e Flexibilidade Curricular e Princípios de atuação.

Princípios de atuação (Opções Curriculares)

Possibilidades da AFC

Currículo • Agregação de domínios do saber, atitudes e áreas de competências.

• Currículo enquanto ferramenta de promoção do sucesso escolar para todos.

• Currículo integrado, que agregue todas as atividades e projetos da escola, assumindo-os como fonte de aprendizagem e de desenvolvimento de competências pelos alunos (art.º 4).

• Gestão do currículo, de forma flexível e contextualizada, integrando estratégias para promover melhores aprendizagens em contextos específicos e perante as necessidades de diferentes alunos.

Gramática escolar

• Ambientes educativos inovadores, ajustados às experiências educativas.

• Flexibilização dos tempos escolares, em consonância com o PE.

• Alunos agrupados de acordo com as suas necessidades,

• Alternância, ao longo do ano letivo, de períodos de funcionamento disciplinar com períodos de funcionamento multidisciplinar, em trabalho cooperativo (art.º 19).

• Desdobramento de turmas (art.º 19). • Redistribuição da carga horária das disciplinas,

promovendo tempos de trabalho de projeto interdisciplinar, com partilha de horário entre

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Princípios de atuação (Opções Curriculares)

Possibilidades da AFC

ritmos de aprendizagem e projetos.

diferentes disciplinas. • Fusão parcial de disciplinas ou saberes disciplinares.

Lideranças • Lideranças esclarecidas, motivadoras e transformacionais, capazes de fomentar o

profissionalismo colaborativo e a adaptação aos processos de inovação e desafios educativos.

Papel do professor

• Integração em equipas educativas.

• Coautor de situações de aprendizagem múltiplas, desafiadoras e integradoras.

• Configurador do currículo. • Trabalho colaborativo • Compromissos.

• Agente de desenvolvimento curricular. • Coautoria e responsabilidade partilhada. • Medidor de aprendizagens transversais e específicas.

Papel do aluno • Centro do processo de ensino-aprendizagem. • Autor das suas próprias aprendizagens. • Corresponsável pelo seu percurso formativo e projeto de vida. • Cidadão ativo, interventivo, responsável e crítico.

Práticas pedagógicas

• Pedagogia individual em função do aluno real.

• Lógica interdisciplinar e transdisciplinar.

• Metodologias promotoras de aprendizagens ativas.

• Diversificação de estratégias, metodologias e tarefas.

• Articulação horizontal do currículo. • Desenvolvimento de atividades cooperativas e

colaborativas de aprendizagem. • Utilização crítica de fontes de informação e uso

preferencial das tecnologias de informação e comunicação.

• Criação de ambientes estimulantes e potenciadores do desenvolvimento da curiosidade intelectual.

• Desenvolvimento de competências de nível elevado, incidindo em atividades de pesquisa, avaliação, reflexão e mobilização crítica e autónoma da informação, com vista à resolução de problemas e ao reforço da autoestima dos alunos.

Sucesso escolar • Alcançado por todos os alunos.

Escola • Flexível. • Inclusiva, sensível às

diversidades, aos contextos, ao aluno real.

• Promotora do rigor e exigência nas aprendizagens.

• Mobiliza dispositivos de monitorização e de compreensão das situações educativas.

• Diferenciação positiva e inclusiva através da diversificação e individualização de experiências de ensino-aprendizagem.

• Ambiente positivo favorável à aprendizagem.

• Aberta à comunidade. • Inovadora. • Comprometida com as

tecnologias digitais. • Promotora de uma educação

baseada em valores estruturantes.

• Escola inclusiva, cuja diversidade, flexibilidade, inovação e personalização respondem à heterogeneidade dos alunos, eliminando obstáculos de acesso ao currículo e às aprendizagens, adequando estas ao perfil dos alunos.

• Escola participada, isto é, que deve assegurar a participação informada dos alunos, pais e encarregados de educação.

Aprendizagens • Aprendizagens multidisciplinares • Reforço da natureza transdisciplinar das

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Princípios de atuação (Opções Curriculares)

Possibilidades da AFC

e transdisciplinares. aprendizagens. • Criação de uma área transdisciplinar, Cidadania e

desenvolvimento.

Avaliação • Primado da avaliação formativa. • Adoção de estratégias

preventivas.

• Avaliação enquanto parte integrante do ensino e da aprendizagem.

• Valorização das dimensões formativa e formadora da avaliação.

• Instrumentos de avaliação diversificados (art.º 22). • Complementaridade entre a avaliação interna e

externa. • Participação de todos os atores no processo de

avaliação.

42. Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO)

176. As mudanças operadas na sociedade a nível de valores, comunicação e conhecimento requerem uma resposta adequada da escola ao nível do modelo de ensino e currículo, sobretudo ao nível das literacias fundacionais (leitura, numeracia, digital, financeira, cultural e cívica), ao nível das competências (pensamento crítico/resolução de problemas, criatividade, comunicação, colaboração/participação) e ao nível do carácter (curiosidade, iniciativa, persistência, adaptabilidade, liderança, empreendedorismo e consciência social, humana e cultural). Por isso se estrutura o Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória.

Quadro 9 – Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO).

Elementos estruturantes Definição Operacionalização Princípios • Justificam e dão sentido às ações

relativas à gestão curricular desenvolvidas no seio da Escola.

• Base humanista. • Saber. • Aprendizagem. • Inclusão. • Coerência e flexibilidade. • Adaptabilidade e ousadia. • Sustentabilidade. • Estabilidade.

Visão do aluno • Decorre dos princípios,

explicitando-se o que é esperado dos alunos, enquanto cidadãos, à saída da escolaridade obrigatória. Integra desígnios que se complementam e reforçam.

• Munidos de múltiplas literacias. • Livre, autónomo, responsável e consciente

de si próprio e do mundo. • Capaz de liderar a mudança. • Conhecedor da importância das Artes, das

Humanidades, da Ciência e da tecnologia. • Capaz de pensar crítica e autonomamente;

criativo, colaborativo e com capacidades de comunicação.

• Apto para continuar a aprender ao longo da vida.

• Respeitador dos princípios fundamentais da sociedade democrática.

• Respeitador da dignidade humana e do exercício da cidadania plena.

• Capaz de rejeitar todas as formas de

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Elementos estruturantes Definição Operacionalização discriminação e de exclusão social.

• Firme na promoção e defesa da verdade, justiça, solidariedade e paz.

Valores • Entendidos como orientações segundo as quais determinadas crenças, comportamentos e ações são considerados adequados e desejáveis.

• Responsabilidade e integridade. • Excelência e exigência. • Curiosidade, reflexão e inovação. • Cidadania, participação e inclusão. • Liberdade e autonomia.

Áreas de competências

• Agregam competências entendidas como combinações complexas de conhecimentos, capacidades, atitudes e valores, capacitando os alunos a investir permanentemente, ao longo da vida.

• Linguagens e textos. • Informação e comunicação. • Raciocínio e resolução de problemas. • Pensamento crítico e pensamento criativo

e inovador. • Relacionamento interpessoal. • Desenvolvimento pessoal e autonomia. • Bem-estar, saúde e ambiente. • Sensibilidade estética e artística. • Saber científico, técnico e tecnológico. • Consciência e domínio do corpo.

Implicações práticas do PASEO Integração do currículo local

• Abordagem dos conteúdos de cada área do saber, associando-os a situações e problemas presentes no quotidiano da vida do aluno ou presentes no meio sociocultural e geográfico em que se insere, recorrendo a materiais e recursos diversificados.

Experimentação e questionamento

• Organização do ensino, prevendo a experimentação de técnicas, instrumentos e formas de trabalho diversificados, promovendo intencionalmente, na sala de aula ou fora dela, atividades de observação, questionamento da realidade e integração de saberes.

Multi, inter e transdisciplinaridade

• Organização e desenvolvimento de atividades cooperativas de aprendizagem, orientadas para a integração e troca de saberes, a tomada de consciência de si, dos outros e do meio e a realização de projetos intra ou extraescolares.

Literacia da informação e literacia digital

• Organização do ensino, prevendo a utilização crítica de fontes de informação diversas e das tecnologias de informação e comunicação.

Resolução de problemas • Promoção, de modo sistemático e intencional, na sala de aula e fora dela, de atividades que permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista, resolver problemas e tomar decisões com base em valores.

Cidadania ativa • Criação, na escola, de espaços e de tempos para que os alunos intervenham livre e responsavelmente.

Valorização da dimensão global da intervenção do aluno

• Valorização, na avaliação das aprendizagens do aluno, do trabalho de livre iniciativa, incentivando a intervenção positiva no meio escolar e na comunidade.

43. Aprendizagens e Opções Curriculares

177. A harmonização da prescrição nacional comum das políticas curriculares com a autonomia curricular da escola para a tomada de decisões curriculares contextualizadas, com relevo para o carácter menos prescritivo e mais orientador do currículo e a valorização do desenvolvimento de competências adequadas para dar resposta aos desafios, não optando tanto pela valorização do conhecimento fragmentado, supõe a definição, disciplina a disciplina e ano a ano, do conjunto essencial de conteúdos, de capacidades e atitudes, com vista à consolidação das aprendizagens de forma efetiva,

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ao desenvolvimento de competências que requerem mais tempo e à promoção de uma efetiva diferenciação pedagógica na sala de aula.

178. As Aprendizagens, definidas nas planificações específicas de cada área disciplinar, em que se identificam os conhecimentos a adquirir, os conhecimentos disciplinares estruturados indispensáveis, articulados conceptualmente, por serem relevantes e significativos, bem como as capacidades e atitudes a desenvolver obrigatoriamente por todos os alunos, tendo por referência o ano de escolaridade ou de formação, constituem orientação curricular base para efeitos de planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem.

179. Em função do disposto no referido na legislação vigente, enunciada no Enquadramento Legal, estabelecem-se os critérios de operacionalização e avaliação das Aprendizagens no presente Projeto Curricular de Escola e o modo como se articularão o PASEO, as Aprendizagens e a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC).

Quadro 10 – Operacionalização das Aprendizagens Essenciais.

Operacionalização das Aprendizagens Essenciais Apresentação do racional específico da disciplina

• Ideias organizadoras e conceitos nucleares de cada disciplina, por ano ou ciclo, explicitando a justificação curricular, os conceitos-chave que implica e os contributos gerais para o PASEO, para o ano de escolaridade em causa, articulado com os respetivos descritores.

Tradução das dimensões do PASEO nas Aprendizagens de cada disciplina/ano

• Conjunto de descritores personalizados relativos a capacidades e atitudes a promover nos alunos, visando construir as competências prevista no PASEO.

Seleção por ano/área das Aprendizagens da disciplina

• Racional da disciplina com os pressupostos curriculares e o racional geral do currículo, explicitando os conteúdos que o suportam.

Explicitações de ações de ensino associadas aos descritores do PASEO, articuladas com as Aprendizagens

• Conjunto de exemplos possíveis de operacionalização nas diferentes disciplinas para que o aluno se aproprie das Aprendizagens.

Avaliação das aprendizagens Interna • A avaliação do aluno depende das aprendizagens realizadas, decorrentes da

articulação entre a base comum de referência e o aprofundamento de outros conteúdos e temas, em consonância com as áreas das competências inscritas no PASEO.

Externa • A avaliação externa das aprendizagens tem como referencial-base as AE. As provas e os exames realizados no âmbito da avaliação externa devem, ainda, contemplar a avaliação da capacidade de mobilização e de integração dos saberes disciplinares, com especial enfoque nas áreas das competências inscritas no PASEO.

Articulação entre PASEO, Aprendizagens e ENEC Perfil do aluno (PASEO) • Os princípios, as áreas de competências e os valores definidos contribuem para

a formação do indivíduo enquanto cidadão ativo.

Aprendizagens Essenciais

• Os conhecimentos, as capacidades e as atitudes elencados concorrem para o desenvolvimento das competências inscritas no PASEO.

Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC)

• A componente de Cidadania e desenvolvimento deverá assumir-se enquanto espaço curricular privilegiado para: - a realização de aprendizagens através da participação plural e responsável de todos na construção de si como cidadãos e de sociedades mais justas e inclusivas, no quadro da democracia, do respeito pela diversidade e da defesa dos Direitos Humanos;

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- o desenvolvimento de aprendizagens com impacto tridimensional na atitude cívica individual, no relacionamento interpessoal e no relacionamento social e intercultural.

44. Opções curriculares a priorizar e concretizações de opções

180. Em consonância com o PASEO, no desenvolvimento do planeamento curricular, estabelecem-se as prioridades na implementação das opções curriculares.

Quadro 11 – Planeamento Curricular

Prioridades do planeamento curricular Valorização de áreas do saber

• Artes, ciências, desporto, humanidades, tecnologias de informação e comunicação, trabalho prático e experimental e componentes de natureza regional e local.

Desenvolvimento de competências

• Competências de pesquisa, avaliação, reflexão, mobilização crítica e autónoma de informação, que contribuem para a resolução de problemas e para o reforço da autoestima dos alunos.

Comunicação • Promoção de experiências de comunicação e expressão em Língua Portuguesa e Línguas Estrangeiras nas modalidades oral, escrita, visual e multimodal.

Cidadania ativa • Formas de participação social, em contextos de partilha e de colaboração e de confronto de ideias sobre matérias da atualidade.

Trabalho de Projeto

• Situações de aprendizagem dinâmicas, centradas no papel dos alunos enquanto autores, proporcionando situações de aprendizagens significativas.

Concretização de opções curriculares Alteração do Currículo

• Criação de domínios de Autonomia Curricular.

• Combinação total ou parcial de disciplinas.

• Criação de disciplinas, de espaços ou de tempos de trabalho para o desenvolvimento de componentes de currículo, atento o Projeto Educativo, entre outras, com contributo interdisciplinar.

Novas formas de trabalho e de gestão do tempo • Alternância, ao longo do ano letivo, de formas de

funcionamento distintas.

• Funcionamento disciplinar com períodos de funcionamento multidisciplinar, em trabalho colaborativo.

• Desenvolvimento de trabalho prático ou experimental.

• Desdobramento de turmas quando se mostre possível.

• Integração de projetos desenvolvidos na escola.

• Integração semanal, de forma rotativa ou outra.

• Redistribuição da carga horária das disciplinas das matrizes curriculares-base.

• Promoção de tempos de trabalho de projeto interdisciplinar, podendo existir partilha de horário entre diferentes disciplinas.

• Organização do funcionamento das disciplinas.

• Funcionamento trimestral ou semestral ou outro.

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45. Implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular

181. A implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular requer a apropriação, por parte de toda a Comunidade Educativa, dos seus pressupostos, finalidade e princípios, documentos orientadores e instrumentos de gestão curricular. Face ao processo inovador que a renovação curricular recente comporta e às exigências que a opção faseada de implementação requerem, estabelecem-se as seguintes fases de Implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular.

Quadro 12 – Implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular.

Implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular Etapa 1 Sensibilização

da Comunidade Educativa

• Explanação dos propósitos da AFC. • Auscultação e envolvimento dos professores, alunos, colaboradores,

encarregados de educação, técnicos e parceiros comunitários no projeto.

Etapa 2 Capacitação e dinamização

• Criação de uma equipa multidisciplinar representativa dos diversos ciclos e departamentos da escola.

• Capacitação da equipa (discussão acerca dos documentos orientadores da AFC, currículo local, matrizes curriculares-base).

• Dinamização da equipa e dos Diretores de Turma. • Interiorização dos temas a desenvolver e das formas de

operacionalização. • Produção de uma proposta a ser debatida e aprovada em Conselho

Pedagógico. • Conceção de um documento para mapeamento do processo a integrar

o PAT. • Discussão em departamentos curriculares e aprovação em Conselho

Pedagógico. • Articulação com a equipa de elaboração de horários.

Etapa 3 Planeamento • Reunião com todos os envolvidos na AFC.

• Mapeamento das Aprendizagens, para deteção de aspetos interdisciplinares.

• Análise e avaliação em Conselho de Turma dos projetos interdisciplinares; identificação dos temas/problemas relevantes para cada um dos grupos/turma; aprovação de um plano de trabalho trimestral em Conselho de Turma; mapeamento, por ano, inserção no PAT e ratificação em Conselho Pedagógico;

Etapa 4 Implementação • Desenvolvimento do projeto interdisciplinar contextualizado: corresponsabilização das equipas educativas e dos alunos a envolver; articulação dos tempos curriculares autónomos e de tempos curriculares em que os alunos possam executar autonomamente as suas tarefas de aprendizagem e os professores possam realizar um processo de intervisão;

Etapa 5 Monitorização e avaliação

• Em Conselho de Turma e reuniões periódicas das equipas educativas e da equipa multidisciplinar;

• Ajustes à planificação curricular; • Definição de indicadores a mobilizar pela equipa de Autoavaliação no

final do processo.

Etapa 6 Divulgação • Divulgação de todo o processo ao longo do percurso. • Mostra à Comunidade educativa dos diversos produtos. • Divulgação do impacto da AFC nas Aprendizagens.

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46. Articulação entre a Autonomia e Flexibilidade e o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (PNPSE)

182. O Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar assenta no princípio de que é a Comunidade Educativa quem melhor conhece o seu contexto, dificuldades e potencialidades, sendo ela, por isso, quem está melhor preparada para encontrar as soluções locais e conceber os planos de ação estratégica, ao nível de escola, com o objetivo de melhorar as práticas educativas e as aprendizagens dos alunos.

Em função disso, é necessário estruturar a articulação entre as normativas que regulam a implementação da Autonomia e Flexibilidade Curricular e o PNPSE, estabelecendo claramente as dinâmicas pedagógicas a implementar e valorizar na Comunidade Educativa.

Quadro 13 – Medidas dos Planos de Ação Estratégica e Dinâmicas Pedagógicas.

Medidas dos Planos de Ação Estratégica ( do PNPSE)

Dinâmicas pedagógicas

Alterações nas dinâmicas de trabalho em sala de aula

• Envolvimento dos alunos na ação educativa. • Desenvolvimento de trabalho autónomo, de responsabilidade e

respeito pela diversidade humana e cultural. • Articulação entre áreas disciplinares. • Apoio às aprendizagens, com base em metodologia de integração de

várias áreas disciplinares, privilegiando a construção do conhecimento pelo aluno.

• Valorização da pesquisa, tratamento e seleção de informação e do trabalho interpares com a mediação dos professores.

Reforço do trabalho colaborativo dos docentes

• Criação de grupos de trabalho para promover a articulação entre diferentes áreas disciplinares, apoio ao estudo e desenvolvimento de novas metodologias de ensino.

• Valorização do trabalho colaborativo, com partilha de saberes e de experiências.

Rentabilização dos recursos internos da escola

• Capacitação dos recursos da escola, através de uma intervenção sobre as condicionantes e fatores preditores do sucesso educativo.

Diferenciação e inovação pedagógicas • Antecipação e prevenção do insucesso escolar através do investimento na diferenciação pedagógica e na atuação preventiva, em detrimento do enfoque em estratégias de remediação.

• Implementação de tutorias, visando a orientação do processo educativo, nomeadamente através da autorregulação das aprendizagens e da adaptação às expectativas académicas e sociais dos alunos.

• Implementação de medidas multinível, universais, seletivas e adicionais ajustadas à aprendizagem e inclusão dos alunos.

Promoção e apresentação/divulgação das medidas junto dos encarregados de educação e da comunidade

• Envolvimento dos alunos e dos encarregados de educação na definição da implementação, monitorização e avaliação das medidas de promoção do sucesso educativo.

Produção de uma síntese de avaliação do plano

• Avaliação periódica das medidas com enfoque na avaliação do impacto das estratégias definidas e identificadas pela escola como relevantes para a promoção do sucesso educativo.

• Regularidade da monitorização, avaliando a intencionalidade e o impacto das estratégias e medidas adotadas.

47. Operacionalização de Domínios de Autonomia Curricular (DAC)

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183. A agilização de procedimentos de autonomia curricular será priorizada, quanto possível, para que o envolvimento dos docentes na articulação curricular seja efetiva e haja o reconhecimento de que os desafios e as exigências quotidianas conduzam a uma utilização interdisciplinar dos saberes.

Quadro 14 - Operacionalização de Domínios de Autonomia Curricular

Domínios de Autonomia Curricular (DAC) Conceito • Combinação entre disciplinas, para uma confluência dos seus conteúdos

programáticos, tendo em conta os respetivos Programas e Aprendizagens (integração e mobilização disciplinar – articulação horizontal).

Finalidade • Criação de Áreas de Confluência Nucleares (ACN) e de Áreas de Articulação Interdisciplinar (AAI) com vista ao desenvolvimento de um trabalho inovador e motivador com recurso a metodologias promotoras de aprendizagens ativas e com um tema unificador (projeto único).

Operacionalização • Identificação das áreas de competência a privilegiar. • Elenco dos conteúdos programáticos/Aprendizagens a mobilizar em cada disciplina

das ACN. • Reconfiguração do espaço da sala de aula, de acordo com as exigências apropriadas. • Reorganização dos grupos de turma e dos tempos escolares. • Aferição de eixos de articulação curricular – grau de envolvimento de cada

disciplina. • Mapeamento dos contributos das AAI. • Adequação do perfil dos alunos – identificação dos pontos fortes e dos pontos

fracos do desempenho escolar dos alunos. • Seleção de metodologias de trabalho a utilizar. • Previsão dos principais obstáculos a enfrentar. • Identificação dos principais desafios. • Definição de critérios comuns para a avaliação das competências de natureza

transversal (domínios procedimental e atitudinal) e de critérios específicos que objetivarão a avaliação em cada disciplina.

• Conceção e planificação do trabalho a desenvolver.

Plano de Operacionalização Tema • Confluente das áreas disciplinares intervenientes.

• Deve resultar de investigação prévia de alunos e docentes da identificação do problema e de um roteiro de conteúdos a integrar.

Disciplinas • Enumerar as disciplinas intervenientes, bem como o grau de contributo de cada uma das disciplinas.

Aprendizagens a privilegiar

• Aprendizagens selecionadas.

Descritores do perfil dos alunos

• Enumerar e caracterizar as competências a trabalhar e desenvolver.

Cronograma • Calendarizar as datas de realização dos eventos educativos a promover. • Enumerar, para cada uma das datas, a carga de tempos letivos a preencher. • Designar as ações estratégicas de ensino, segundo as aprendizagens, que serão

desenvolvidas. Metodologias • Enumerar e caracterizar as metodologias pedagógicas ativas a utilizar e respetivas

estratégias de concretização. Recursos • Enumerar os recursos físicos, humanos, pedagógicos e outros a utilizar. Organização • Selecionar as competências transversais e aprendizagens a implementar e tratar.

• Referir a forma de articulação das competências. • Listagem dos descritores de aprendizagem. • Listagem dos pré-requisitos. • Organização das situações de aprendizagem.

Instrumentos e critérios de avaliação

• Definir as áreas de aprendizagens específicas disciplinares e as áreas de aprendizagens transversais.

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• Enumerar os descritores de competências • Enumerar os indicadores de aprendizagem e desempenho. • Indicar a ponderação percentual de cada descritor. • Indicar, finalmente, o fator de ponderação percentual do DAC a incluir na avaliação

da disciplina. • Organizar as grelhas de registos.

B. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR FUNCIONAL DO CDDS

48. Constituição de Turmas

184. O número de alunos por cada turma deverá ser adequado às capacidades de trabalho e aprendizagem dos alunos que a compõe, ao corpo docente que com ela trabalha, às garantias de sucesso educativo que antecipadamente perspetiva e ao percurso educativo prévio dos alunos que a constituem.

185. Na constituição das turmas, não serão utilizados critérios discriminatórios, baseados na raça, opção religiosa, idade e género, mas critérios inclusivos que integrem a diversidade de origens, culturas e etnias, no respeito integral pelas opções que garantam as melhores condições de aprendizagem para todos os alunos e a melhor opção de operacionalização do perfil de competências que se pretende que todos desenvolvam, recorrendo, quando necessário, à constituição de turmas que favoreçam a promoção mais consistente da abordagem multinível do currículo.

186. Adotam-se os seguintes critérios:

§ As turmas do Ensino Secundário são constituídas de acordo com as opções e escolhas dos alunos.

§ Serão, porém, constituídas turmas de nível de aprendizagem, sempre que um conjunto de alunos demonstre homogeneidade nos processos de aprendizagem, nos métodos de estudo, no interesse e empenho, nas competências educativas, na abordagem multinível do currículo, e seja vantajosa para os alunos a cooperação, ao seu nível, para a progressão educativa, salvaguardando-se sempre a utilização de critérios objetivos e imparciais nos processos educativos e de avaliação, na implementação deste processo.

§ Com vista à constituição das turmas, os alunos devem indicar, no ato de matrícula, por ordem de preferência, as disciplinas de opção.

§ Os pedidos dos alunos para mudança de turma serão deferidos, se a fundamentação que justifica o pedido comprovar, simultaneamente, reais, e não supostas, vantagens educativas, não constituir razão discriminatória relativamente aos demais alunos das turmas envolvidas e o pedido para a transferência de turma for apresentado até ao final do mês de maio do ano anterior.

§ Um aluno poderá ser transferido de turma, durante o ano letivo, se a sua integração na turma em que se encontra incluído constituir grave prejuízo educativo, comprovado, para si ou para os demais alunos da turma.

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§ Em todos os outros casos e circunstâncias que aqui não se prescrevem, serão sempre salvaguardados os valores do Ideário Educativo e da Matriz Educativa do CDDS.

49. Horários dos Alunos

187. Os horários serão elaborados com base em critérios pedagógicos que proporcionem condições que favoreçam o êxito educativo e o equilíbrio da aprendizagem.

188. Os horários terão uma distribuição letiva de blocos equilibrada e proporcionada, pelos dias da semana e pelas horas letivas de cada dia, de forma que o aluno não seja sobrecarregado ou tenha de ser submetido a ritmos de frequência irregulares.

189. Deverá prevalecer, quanto possível, a boa distribuição entre unidades letivas de caráter teórico e de unidades letivas de caráter prático, de tal sorte que as diversas formas de aprendizagem resultem diversificadas e atrativas para o aluno.

190. Na distribuição da carga letiva semanal, deverá evitar−se a calendarização de aulas isoladas nos blocos de aulas da manhã e da tarde, bem como a existência de horas intermédias não preenchidas com atribuição letiva.

191. No Primeiro Ciclo, a carga horária semanal desenvolve−se pelo período da manhã e da tarde com a distribuição das áreas de aprendizagem. No Segundo Ciclo, nos 7.º e 8.º anos, a carga horária semanal desenvolve−se segundo uma matriz de unidades letivas com a duração de 70 minutos. No 9.º ano, a carga horária semanal desenvolve−se segundo uma matriz de unidades letivas com a duração de 45 minutos, podendo sucederem−se, dentro de um bloco, com a duração de 90 minutos, unidades letivas de duas disciplinas sem a interposição de intervalo. No Ensino Secundário, a carga horária semanal desenvolve−se segundo uma matriz de unidades letivas com a duração de 90 minutos.

192. A mesma disciplina não deverá ser incluída no horário de cada dia mais do que uma vez.

193. As disciplinas com maior número de cargas letivas deverão ser homogeneamente distribuídas pelos dias da semana, de forma que não resultem em cargas concentradas e desproporcionadas.

194. As disciplinas com menor carga letiva deverão ser distribuídas de forma a evitar períodos longos de falta de contacto entre os alunos e os professores.

195. As aulas de Educação Física, da parte de tarde, deverão fixar−se no horário que ocorre uma hora depois de concluído o período do almoço dos alunos.

50. Critérios de distribuição do serviço docente

196. A distribuição do serviço docente subordina-se à garantia da defesa da qualidade de ensino e do bem educativo maior dos alunos, salvaguardando-se, impreterivelmente, as orientações e princípios do IE e do PE.

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197. À Direção do CDDS, compete a elaboração do plano do número de turmas previstas, das respetivas disciplinas, da carga horária, do regime de funcionamento e a atribuição de serviço a cada docente.

198. Sempre que possível, na distribuição do serviço docente, evitar-se-á a atribuição ao docente de um número elevado de turmas e de conteúdos programáticos.

199. A direção de turma deverá ser atribuída a docentes que possuam uma boa relação pedagógica com a turma, possuam experiência educativa e curricular comprovadas e representem uma garantia de boa gestão educativa da turma.

200. Existindo a possibilidade de, dentro do mesmo ciclo de estudos, um diretor de turma poder acompanhar a progressão da turma como seu diretor em anos letivos contínuos, deverá ter a prioridade para tal efeito, a não ser que razões educativas, pedagógicas, humanas ou organizativas o não recomendem.

201. Concorrendo para o bem dos alunos, poderão os mesmos professores de uma turma, dentro do mesmo ciclo de estudos, continuar a acompanhar a mesma turma.

202. Na distribuição do serviço aos docentes, deverá ser sempre ponderada a competência científica e pedagógica, a maturidade humana e profissional, a experiência letiva do docente e as exigências letivas e humanas de cada turma.

203. A distribuição do serviço aos docentes não tem caráter fixo além do ano letivo a que se refere, pelo que, em cada ano letivo, pode ser atribuído ao docente serviço diferente.

204. Os serviços de coordenação pedagógica serão atribuídos aos docentes pela Direção do CDDS. Esta atribuição não possui caráter definitivo, podendo alterar-se em cada ano letivo ou no início de cada triénio, por razões de renovação pedagógica, equidade entre os docentes no exercício de funções, competência e desempenho, não dependendo a substituição dos designados da sua concordância, mas da deliberação da Direção.

51. Horários dos Professores

205. O horário de trabalho semanal dos docentes distribui-se por cinco dias de trabalho e é constituído por trinta e cinco horas, compreendendo uma componente letiva e uma componente não letiva.

206. A componente letiva inclui o trabalho efetuado diretamente com as turmas no período de lecionação dos programas das disciplinas.

207. A componente não letiva corresponde à diferença entre as 35 horas semanais e a duração da componente letiva.

208. A componente não letiva abrange a realização de trabalho a nível individual e a prestação de trabalho a nível do estabelecimento de ensino.

209. O trabalho a nível individual compreende:

§ Preparação de aulas;

§ Avaliação do processo ensino-aprendizagem;

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§ Elaboração de estudos e trabalho de investigação de natureza pedagógica ou científico-pedagógica de interesse para o estabelecimento de ensino, com o acordo da direção pedagógica.

210. O trabalho a nível de estabelecimento de ensino pode incluir a realização de quaisquer tarefas ou atividades indicadas pelo Colégio, com o objetivo de contribuir para a concretização do Projeto Educativo, tais como:

§ Atividades de apoio educativo;

§ Atividades de complemento e enriquecimento do currículo;

§ Atividades de reforço de aprendizagens;

§ Atividades de acompanhamento de alunos motivado pela ausência do respetivo docente;

§ Atividades de informação e orientação educacional dos alunos;

§ Reuniões com encarregados de educação;

§ Reuniões, colóquios ou conferências que tenham a aprovação do estabelecimento de ensino;

§ Ações de formação aprovadas pela direção do Colégio.

§ O trabalho a nível do estabelecimento de ensino é prestado no CDDS.

§ O trabalho a nível individual não pode ser inferior a 54% da componente não letiva.

52. Atribuição de horas suplementares de serviço

211. A acumulação de horas letivas curriculares observará o consignado na legislação vigente:

§ a. Atividades de apoio educativo aos alunos, quando não for possível suscitar solução com as horas de serviço regulamentares atribuídas.

§ b. Projetos Pedagógicos Inovadores, que reportem vantagem e qualidade educativa reconhecidas para o CDDS e se integrem nos princípios propostos no IE e no PEE.

53. Ocupação Plena dos Tempos Escolares dos Alunos

212. Será assegurada a ocupação dos tempos letivos dos alunos, quando ocorra a ausência pontual do professor, de forma a garantir a qualidade das aprendizagens nos tempos letivos de substituição de docentes; permitir o desenvolvimento de aprendizagens relevantes; promover a consolidação, por parte dos alunos, de competências específicas e transversais e desenvolver a autonomia do aluno no processo de aprendizagem.

213. No processo de substituição do professor ausente e de ocupação dos tempos letivos dos alunos, seguir-se-ão os seguintes critérios prioritários, de acordo com os ciclos de ensino:

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§ O professor que prevê ausentar-se deverá sempre, de acordo com o legalmente estabelecido, comunicar à Direção do CDDS, com a maior antecedência possível, a intenção de ausência ao serviço.

§ Nas turmas da Educação Pré-Escolar e Primeiro Ciclo:

o Em casos pontuais, a Direção indicará um professor de apoio pedagógico acrescido da própria escola para assegurar a substituição do professor titular de turma.

o No caso de faltar mais de um docente, caberá à Direção do CDDS assegurar a solução mais adequada.

§ Nas turmas dos segundo e terceiro ciclos e ensino secundário, seguir-se-ão, prioritariamente, os seguintes critérios:

o Substituição, em contexto de sala de aula, por um docente de outra disciplina, que seja professor da turma, a designar pela Direção do CDDS.

o Substituição, em contexto de sala de aula, por um outro docente que não seja docente da turma, que cumprirá o plano de aula do professor titular.

§ Na organização das atividades ou aulas de substituição, seguir-se-ão os seguintes critérios:

o Todos os professores com atividades educativas permanecem disponíveis, de acordo com o seu horário.

o Sempre que falte um professor, a Direção do CDDS informará o professor para substituição, dentro da maior antecedência possível.

o As aulas de substituição em sala de aula serão numeradas e registadas no respetivo livro de sumários.

54. Atividades de Complemento e Enriquecimento Curricular

214. As atividades de complemento curricular podem ser propostas pelos alunos, docentes, pessoal não docente e encarregados de educação ou pela Direção do CDDS e integram o plano curricular e o plano anual de atividades, devendo ser aprovadas pela Direção do CDDS.

215. Os coordenadores ou equipas que integram essas iniciativas, consoante os casos, determinam os objetivos, as regras de funcionamento, os critérios de seleção dos participantes, o calendário, a duração das atividades, no quadro do projeto curricular e do plano anual de atividades.

216. As atividades de complemento curricular são de frequência facultativa, mas devem contribuir para a consecução das metas do projeto Educativo do CDDS e organizarem-se da seguinte forma:

217. Apresentação, até ao início do ano letivo, de propostas de projetos para cada ano letivo.

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218. Divulgação dos projetos à Comunidade Educativa, de forma a envolver Pais e Encarregados de Educação e Pessoal Não-docente.

219. Coordenação dos projetos centrada nos Departamentos envolvidos.

220. Preparação dos planos de atividades dos diferentes órgãos e estruturas que devem ser preparados até ao início do ano letivo.

C. OFERTA EDUCATIVA DO CDDS

55. Estratégias de consolidação educativa

221. Promover-se-ão as seguintes estratégias de consolidação educativa:

222. Consolidação da qualidade da oferta educativa do CDDS, como garantia sólida de formação para prosseguimento de estudos superiores.

223. Investimento numa formação qualificada que corresponda aos requisitos e exigências do mercado de trabalho, da cidadania plena e da formação ética e moral.

224. Afirmação da proposta sequencial global de ciclos, desde o Pré-Escolar ao Ensino Secundário, garantindo os requisitos educativos prévios, a consolidação de requisitos sequentes e de desenvolvimento continuado e a aquisição e aprofundamento progressivo das metodologias de ensino e estudo adequadas a cada ciclo de ensino.

225. Reforço da ligação à comunidade envolvente, mediante diversificação de protocolos com novos parceiros educativos, mormente instituições de ensino superior.

226. Intensificação na prestação de ações de formação, palestras, conferências sobre temáticas do interesse geral da comunidade envolvente.

56. Estrutura e organização da oferta curricular

227. A estrutura e a organização da oferta curricular estão planificadas de acordo com a revisão da estrutura curricular, nos propósitos que formula de suscitar a qualidade de ensino, possibilitar o equilíbrio do sistema educativo e fortalecer a autonomia pedagógica.

228. Com as reorganizações curriculares introduzidas, pretendeu-se reduzir a dispersão curricular, melhorar o acompanhamento dos alunos e fortalecer as opções da oferta educativa do CDDS.

229. Dando cumprimento às orientações e regulamentações da tutela, reforçaram−se as disciplinas fundamentais como Português, Matemática, Físico-Química e Ciências Naturais, bem como o ensino do Inglês, mantendo a oferta de um leque plural de Línguas Estrangeiras, como o Francês, o Espanhol e o Alemão.

57. Educação Pré-Escolar

230. O Currículo na Educação Pré-Escolar baseia-se nos objetivos globais pedagógicos definidos na Lei vigente, nas Orientações Curriculares, nos princípios orientadores que fundamentam as Opções Curriculares e nos princípios e valores expressos nos

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documentos internos do Colégio. A construção e a gestão do currículo são da responsabilidade de cada educadora, em colaboração com a equipa educativa do Colégio.

231. O currículo a desenvolver baseia-se nas referências e orientações anteriormente referidas, no contexto social, nas características das crianças e das famílias. A gestão do currículo assume uma dimensão dinâmica com base na evolução das aprendizagens de cada criança e do grupo.

232. Estrutura-se de acordo com as diferentes áreas de conteúdo e baseia-se nos fundamentos e princípios comuns a toda a pedagogia para a educação de infância, nomeadamente o desenvolvimento e a aprendizagem como vertentes indissociáveis do processo educativo e uma construção articulada do saber em que as diferentes áreas serão abordadas de forma integrada e globalizante.

233. Garantidos estes princípios e fundamentos, cada educadora tem autonomia sobre a metodologia a utilizar, não obstante, no grupo de crianças de 5 anos, ser implementado o modelo “Ensinar é Investigar” na abordagem da leitura e escrita, em articulação com o 1.º ciclo.

234. As "áreas de conteúdo" são os âmbitos de saber, com uma estrutura própria e com pertinência sociocultural, que incluem conhecimentos, atitudes, disposições e saberes-fazer.

235. O currículo é desenvolvido em 25 horas educativas/letivas semanais, distribuídas em 5 horas diárias.

Quadro 15 - Plano Curricular da Educação Pré-Escolar

Componentes do Currículo

Áreas de Conteúdo

§ Formação Pessoal e Social

§ Expressão e Comunicação

§ Domínio da Educação Física

§ Domínio da Educação Artística § Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita § Domínio da Matemática § Iniciação à Língua Inglesa (4 e 5 anos)

• Conhecimento do Mundo

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58. Plano Curricular do Primeiro Ciclo

Quadro 16 - Plano Curricular do Primeiro Ciclo

Enquadramento Legal

Carga Horária com Autonomia (Estatuto do Ensino Particular):

75% / 25% Componente do currículo 1.º ano e 2.º ano 3.º ano e 4.º ano 1.º ano e 2.º ano 3.º ano e 4.º ano

Português Ci

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7h 7h

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5h 15 min 5h 15 min

Matemática 7h 7h 5h 15 min 5h 15 min

Estudo do Meio 3h 3h 2h 15 min 2h 15 min

Educação Artística Educação Física 5h 5h 3h 45 min 3h 45 min

Apoio ao Estudo* Oferta Complementar 3h 1h 3h 1h

Inglês - 2h 2h

Tempo a cumprir 25h 25h EMRC 1h 1h 1h 1h

MATRIZ DO CDDS

Componente do currículo 1.º ano e 2.º ano 3.º ano e 4.º ano

Português

Cida

dani

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Dese

nvol

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TIC

9h 9h

Matemática 9h 9h

Estudo do Meio 2h 15 min 2h 15 min

Educação Artística Educação Física 3h 45 min 3h 45 min

Apoio ao Estudo* Oferta Complementar 3h (Inglês) 1h (Latim)

Inglês - 3h

Tempo a cumprir 27h 28h EMRC 1h 1h * Componente curricular desenvolvida em articulação com Português, Matemática e Estudo do Meio.

236. De acordo a legislação que regulamenta o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo e de acordo com a legislação que regulamenta a Autonomia e Flexibilidade Curricular no Ensino Particular e Cooperativo, foi definida a carga horária por área do seguinte modo:

237. Do total de horas atribuídas às áreas disciplinares de frequência obrigatória, nove horas letivas semanais serão reservadas para o ensino do Português;

238. Do total de horas atribuídas às áreas disciplinares de frequência obrigatória, nove horas letivas semanais serão reservadas para o ensino da Matemática;

239. A área curricular disciplinar de Estudo do Meio possui reservadas, semanalmente, duas horas e quinze minutos, tal como a componente das Expressões Artísticas e Físico-Motoras;

240. A vertente de Apoio ao Estudo representa semanalmente uma hora e trinta minutos do tempo de estudo dos alunos;

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241. A componente de Educação Moral Religiosa e Católica representa uma hora letiva semanal;

242. As áreas não disciplinares serão desenvolvidas em articulação entre si e com as áreas disciplinares, incluindo uma componente de trabalho dos alunos com as Tecnologias de Informação e Comunicação.

243. As Atividades de Enriquecimento Curricular são de frequência facultativa.

244. Em conformidade com o Plano Curricular do Primeiro Ciclo, considerou-se necessária a existência de um maior e mais eficaz acompanhamento em relação ao desempenho dos alunos, através da implementação de apoios pedagógicos específicos.

245. Dar-se-á também atenção particular à organização e implementação do Estudo Acompanhado, a par de outras atividades de enriquecimento curricular, de modo que estas não comprometam o processo de estudo dos alunos.

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59. Plano Curricular do Segundo Ciclo

Quadro 17 - Plano Curricular do Segundo Ciclo

Carga Horária Semanal Enquadramento Legal

Carga Horária com Autonomia (Estatuto do Ensino Particular):

75% / 25%

Componentes do Currículo 5.º ano 6.º ano Total Ciclo 5.º ano 6.º ano Total

Ciclo Línguas e Estudos Sociais 525 525 1050 375 375 750 Português Inglês História e Geografia de Portugal Cidadania e Desenvolvimento (a) Matemática e Ciências 350 350 700 262,5 262,5 525 Matemática Ciências Naturais Educação Artística e Tecnológica 325 325 650 243,75 243,75 487,5 Educação Visual Educação Tecnológica Educação Musical TIC Educação Física 150 150 300 112,5 112,5 225 Educação Moral e Religiosa (a) Tempo a cumprir 1350 1350 2700 Oferta Complementar: LE II Apoio ao Estudo 100 100 200

Carga Horária

Componentes do Currículo 5.º ano 6.º ano Total Ciclo

Diferencial Blocos Minutos Blocos Minutos Minutos %

Línguas e Estudos Sociais 700 700 1400 650 87% Português 4 280 4 280 Inglês 4 280 4 280 História e Geografia de Portugal 1 70 1 70 Cidadania e Desenvolvimento (a) 1 70 1 70 Matemática e Ciências 420 840 315 60% Matemática 4 280 4 280 Ciências Naturais 2 140 2 140 Educação Artística e Tecnológica 280 280 490 2,5 1% Educação Visual 1 70 1 70 Educação Tecnológica 1 70 1 70 Educação Musical 1 70 1 70 TIC 1 70 Educação Física 2 140 2 140 280 55 24% Educação Moral e Religiosa (a) Tempo a cumprir 22 1540 21 1470 3010 Oferta Complementar: LE II 2 140 2 140 280 Apoio ao Estudo 100 200 (a) Disciplinas lecionadas pelo mesmo docente, privilegiando abordagens interdisciplinares com avaliação autónoma.

246. Unidades letivas de referência de 70 minutos

247. A organização das unidades letivas com a duração de 70 minutos no Segundo Ciclo e nos 7º e 8º anos, do Terceiro Ciclo, constituem uma Opção Curricular de Escola com conformidade legal, por garantir:

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§ A preservação da carga horária das componentes do currículo - As unidades letivas de referência para a carga horária semanal, organizadas em períodos de 70 minutos de duração, para a generalidade das disciplinas, salvaguardam a carga horária das componentes de currículo ou de formação e o valor de referência.

§ A preservação do tempo total anual por componente do currículo – A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração respeita integralmente o tempo total anual por componente de currículo das matrizes curriculares-base com organização semanal, bem como o produto resultante da multiplicação do total da carga horária semanal com o número de semanas letivas do calendário escolar.

§ A preservação da carga horária por componente de formação - A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração respeita integralmente a carga horária por componente de formação, prevista para o ciclo de formação nas matrizes curriculares-base das ofertas educativas e formativas, organizadas por ciclo de formação.

§ A preservação dos limites conferidos no âmbito da autonomia e flexibilidade curricular - A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração respeita integralmente a gestão, até 25%, do total da carga horária por ano de escolaridade, na estruturação da matriz com organização semanal.

§ A preservação dos limites conferidos no âmbito da autonomia e flexibilidade curricular - A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração respeita integralmente a gestão, até 25%, do total da carga horária das componentes sociocultural e científica previstas para o ciclo de formação, na estruturação da matriz com organização por ciclo de formação.

§ A preservação das disciplinas inscritas nas matrizes curriculares-base - A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração respeita integralmente a existência das disciplinas inscritas nas matrizes curriculares-base, incluindo a componente de Cidadania e Desenvolvimento.

§ A preservação do excedente da unidade letiva adotada - A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração respeita integralmente a utilização do tempo excedente da unidade curricular-base na mesma ou noutra componente de formação.

§ Divulgação aos pais e encarregados de educação - A distribuição das unidades letivas em períodos de 70 minutos de duração é do conhecimento dos pais e encarregados de educação, que assinarão termo de tomada de conhecimento e concordância.

§ Adequação psicopedagógica e didática - A alteração da duração das unidades letivas para 70 minutos cumpre a adequação ao estádio de desenvolvimento psíquico e pedagógico dos alunos, bem como aos processos didáticos apropriados às áreas disciplinares e à faixa etária em referência, por garantir:

§ Superação da fadiga física – O processo de crescimento na adolescência envolve um conjunto de transformações biológicas que, frequentemente, comporta fadiga física, facilmente manifesta em atividades que requerem uma duração prolongada

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de entrega ou correspondência física. Este problema resulta de maior proporção quando à fadiga física se junta a fadiga mental ou emotiva. A multiplicidade de estímulos pedagógicos e ritmos educativos que possam ser utilizados em contexto de sala de aula não superam, de todo, o esforço progressivo de acompanhamento físico de ações letivas de longa duração. Os sinais de desconforto físico dos adolescentes são, não raro, sinalizáveis pelas mudanças e inflexões corporais dos alunos, que denunciam uma saturação perante o esforço de controlo físico a que foram submetidos. A duração de 70 minutos das atividades letivas situa o termo das mesmas no limite de capacidade de concentração e atenção física dos adolescentes.

§ Estabilidade no processo de retenção da informação - Para reter, organizar e armazenar a informação, o adolescente valoriza a utilidade e a importância da mesma como critério imediato para a sua apreensão. Isso supõe que, permanentemente, se situe no esforço mental de distinguir o importante do acessório e estabelecer referências para processar a informação que obtém. A repetição através de sínteses simples, não extensas, é pedagogicamente adequada, desde que o conjunto dos conteúdos a sistematizar não seja extenso, desde que não atinja uma densidade e complexidade que a sistematização do aluno não conseguirá processar. A duração das aulas ao longo de 70 minutos enquadra-se na proporção de esforço necessário do aluno adequado à sua faixa etária para a retenção da informação, na organização diária de conteúdos programáticos e no processo de sistematização prática dos mesmos.

§ Melhor adequação do tempo letivo aos conteúdos - A adequação dos modelos de organização do tempo aos conteúdos lecionados e organização curriculares é fundamental para se conseguir criar um bom ambiente de aprendizagem. Porém, enquanto o currículo é sempre moldável e o seu desenvolvimento flexível e necessariamente diferenciado em função dos contextos de aprendizagem e dos atores em presença, o tempo escolar é um bem escasso e limitado que, por isso, exige uma gestão rigorosa e uma intencionalidade pedagógica que consagre o princípio da qualidade da aprendizagem enquanto objetivo central da organização escolar. Neste sentido, à tradicional preocupação com mais recursos, opõe-se a necessidade de uma maior atenção à qualidade desses recursos; à multiplicação e diversificação das oportunidades de aprendizagem, acrescenta-se a qualidade e intencionalidade dessas aprendizagens; à abordagem extensiva do currículo, opõe-se a intensidade dos processos de ensino e aprendizagem. Mais tempo escolar não significa melhor tempo escolar, tal como um curriculum mais denso de conteúdos poderá não significar a sua melhor aprendizagem. O tempo letivo é tomado como uma opção curricular ao serviço da qualidade da aprendizagem e a opção pela duração de 70 minutos é uma opção pela qualificação do tempo da aprendizagem, que se adequa à duração em que, na faixa etária da adolescência, ela é garantida com maior êxito.

§ Controlo comportamental - Uma dimensão relevante na organização do tempo escolar é o da sua relação com os comportamentos dos alunos. Cargas horárias concentradas em alguns dias da semana, blocos extensos da mesma disciplina, má afetação ou limitação dos tempos de recreio poderão ter incidência relevante no comportamento dos alunos, na sua capacidade de concentração, na

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disponibilidade para aprender ou mesmo na sua saturação pelo cansaço. A opção curricular pelas unidades letivas de 70 minutos pretende valorizar a forma como se elaboram os horários letivos e não letivos, curriculares e extracurriculares, enquanto se constituem como fatores de promoção de concentração dos alunos e de diversificação entre os momentos de esforço mental e de dispersão lúdica.

§ Pedagogia da diversidade e variação didática – É reconhecido que o processo mental de aprendizagem na adolescência se estrutura mediante respostas a estímulos de ordem diversa remetidos aos alunos. A interação estímulos-respostas perdura enquanto a motivação do aluno for alimentada pelo interesse e curiosidade, pelo jogo experimental da aprendizagem e pelos ritmos diferentes que os estímulos e respostas vão suscitando nos alunos. No entanto, este processo é potenciado apenas enquanto a concentração e atenção conseguirem suportar o jogo mental da aprendizagem. Os fatores mais desestruturadores deste processo são a repetição excessiva ou o alongamento demasiado da necessidade de concentração num mesmo processo. Diversificar, por variação das áreas disciplinares, e implementar de forma diversificada processos didáticos diferenciados na sequência de uma manhã ou tarde motiva o aluno a reiniciar as suas fontes de interesse e aprendizagem, as suas motivações, por aumentar o número das experiências diferentes de aprendizagem, e intervalar com momentos de descompressão o termo dessas experiências.

§ Tipologia diversa de alunos e gestão didática – Recorrendo, embora, ao processo multinível nas estratégias de ensino-aprendizagem, e considerando, também, a possível homogeneidade existente da constituição das turmas, o normal será, ao nível da diversidade de áreas disciplinares diversas, a existência de tipologias diferentes de alunos: mais ou menos estudiosos, mais ou menos resignados, mais ou menos desinteressados. A gestão didática destas diferentes tipologias de alunos obriga a ritmos de ensino diferenciados, ajustados, quanto possível, a cada uma dessas tipologias de alunos. O tempo letivo constitui problema quando cada uma das tipologias de alunos não acolhe da mesma forma cada um dos ritmos de aprendizagem. A opção curricular por unidades letivas de 70 minutos permite configurar os diferentes ritmos didáticos às diferentes tipologias de alunos em aulas diferentes: ritmos mais práticos, mais teóricos, mais experimentais, mais ativos, numas aulas; mais lúdicos, ou sistemáticos, ou interativos, noutras aulas. Isto porque as disciplinas estruturantes do ciclo de ensino acabam por ter o total de tempo letivo mais repartido em unidades menores, sem que haja desperdício de tempo letivo útil, como no caso das unidades letivas serem mais longas e menos repartidas.

§ Adequação curricular e institucional - A alteração da duração das unidades letivas para 70 minutos permite efetuar uma melhor gestão do calendário escolar, do tempo letivo e dos horários, em simultâneo, por garantir:

§ Gestão do calendário escolar – O calendário escolar organiza-se ao longo do ano com algumas alterações em relação ao da escola pública: tem o seu início de ano ligeiramente mais cedo, para cumprir uma interrupção escolar intermédia no primeiro e segundo períodos. Essa organização permite uma redistribuição da carga de esforço de aprendizagem dos alunos, de forma mais equilibrada, ao longo dos períodos habitualmente mais longos, conferindo aos alunos e professores

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tempos de recuperação e consolidação e de apoio ao estudo, tempos de investigação e realização de pequenos trabalhos, que permitem ao aluno dispersar a concentração por atividades mais lúdicas, de gosto pessoal, compensatórias do esforço contínuo despendido. Essa redistribuição proporciona equilíbrio entre o esforço de aprendizagem e o calendário anual, por não ser tão concentrada como o requereriam unidades letivas mais longas. Cumpre, ainda, o contributo de minimizar as perdas de tempo letivo útil que os dias de feriados e dias santos suscitam no calendário escolar. Ganha com isto o currículo, que proporciona aos alunos, nas fases terminais de período, indutoras de maior fadiga, serem vividas com mais tranquilidade e estabilidade.

§ Gestão dos horários e do horário de escola – É fator importante para um bom desempenho escolar conseguir um horário estável, bem distribuído pela carga semanal e diária, capaz de garantir um ritmo de sucessão de unidades letivas diárias e semanais ajustado ao desenvolvimento e crescimento físico e psíquico dos alunos, à sua resistência física e emocional para acolher a carga letiva com que se tem de confrontar, num bom equilíbrio entre a manhã e a tarde, de sorte que o momento de aprendizagem seja eficaz, inclusivo e entusiasmante para os alunos. São, frequentemente, os bons horários os responsáveis pela boa imagem que o adolescente cria da escola, sobretudo, quando lhes faculta momentos de socialização, diversão, convívio e desporto, entre tantas atividades que funcionam como entremeios com as unidades letivas. A escola possui um horário (início, intervalo de almoço, termo das atividades letivas) já institucionalmente consolidado e que constitui uma das fortes razões da opção pela escola da parte dos Encarregados de Educação. O ajustamento dos horários das turmas em unidades letivas de 70 minutos permite calibrar os horários dos pais com o dos alunos, distender, com proporção e pedagogia, o tempo letivo útil diário pelo horário disponível dos alunos, harmonizar a carga letiva semanal pelas cargas letivas parciais diárias, deixando aos alunos tempo suficiente para o estudo e diversões ou atividades complementares, sem que a escola se organize com sobrecargas, sobreposições ou pressões de horários desgastantes.

§ Gestão do apoio escolar, sala de estudo e das atividades extracurriculares – Frequentam grande parte dos alunos aulas de apoio escolar e atividades extracurriculares, que têm conhecido interesse redobrado da parte dos alunos. O papel formativo da escola também se concretiza na forma organizada como o horário escolar semanal está estruturado, com a finalidade de garantir aos alunos a frequência dessas iniciativas, disponibilizadas pela escola em calendário distribuído pelos dias da semana, em tempo diário pós-letivo. Esses momentos são vividos e sentidos pelos alunos de modo estimado, pois correspondem a fases de descompressão escolar com atividades de lazer, desporto e entretenimento, ou a fases de reorganização do estudo, revisões de conteúdos, recuperação por estudo acompanhado e orientado que transmitem ao aluno vivências educativas marcantes e de relevo pedagógico elevado. A opção curricular por unidades letivas de 70 minutos permite que estas atividades, que ocorrem no CDDS ou fora, estejam calendarizadas e programadas em horas ajustadas aos interesses dos alunos e de toda a Comunidade Educativa e cumpram uma boa transição entre as aprendizagens mais intensas diárias e o final do dia, construindo, dessa forma, uma imagem positiva, motivadora e agradável do espaço educativo.

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248. Fundamentação das opções curriculares do 2.º Ciclo

A reestruturação e a organização curriculares do Segundo Ciclo, de acordo com o plano curricular supra, fundamentam-se, desde logo, com os princípios da autonomia e flexibilidade curricular que presidiram à última revisão da matriz curricular adotada e permitem a oferta educativa complementar.

§ Disciplina de Português - Reforçam-se os tempos letivos da disciplina de Português. Em relação ao ensino do Português, percebe-se que o Segundo Ciclo constitui uma fase de transição educativa relevante para a consolidação dos requisitos, capacidades e competências básicas, que serão a garantia do sucesso educativo dos ciclos seguintes: a leitura, a interpretação, a compreensão, a escrita, com a adequada quantidade e pluralidade de vocabulário, e a comunicação oral, bases fundamentais para a estruturação de metodologias de estudo aplicáveis às demais disciplinas.

§ A consolidação destes requisitos requer disponibilidade de tempo para a implementação de metodologias, práticas e estratégias diversas, que, pela sucessão, repetição, alternância, permitam aos alunos adquiri-las em contextos educativos equilibrados, ajustados à sua capacidade de esforço, ao seu ritmo e sempre de uma forma sequencial e consequente. Inserem-se nestas práticas os diferentes projetos de escrita e de leitura que têm sido implementados no Segundo Ciclo, com planificação anual e de Ciclo, que constituem um investimento educativo atrativo para os alunos, apreciado pelos Pais e Encarregados de Educação e com eficácia educativa comprovada pelos professores, a avaliar pelos resultados alcançados.

§ Disciplina de Matemática. Em relação à Matemática, a estruturação mental do cálculo, organizada a partir de operações mais complexas, e a consolidação da autonomia do aluno nessas operações, a perceção da extensão prática do cálculo matemático aos diferentes âmbitos da vida quotidiana, o processo de educar os alunos para o gosto por operações matemáticas e pelo raciocínio matemático são estímulos educativos que se aprofundam nesta fase do currículo do ensino básico.

§ Importa lançar as bases sólidas e interiorizadas nos alunos que permitirão perceber e acolher melhor o cálculo abstrato no Terceiro Ciclo e Ensino Secundário, uma vez que a consolidação dos mecanismos do raciocínio prático no Segundo Ciclo, que só se adquirem pela insistência contínua, pela repetição, pelo estímulo lúdico da aprendizagem, constituem uma ótima preparação para esse fim. Junta−se a esta razão a necessidade evidenciada de fortalecer, conforme se refere no Projeto Educativo, a sequência educativa dos ciclos, o que, aliás, está presente na filosofia educativa que preside à nova reestruturação curricular.

§ Disciplina de Inglês - Reconhecida atualmente como língua franca, constitui uma ferramenta essencial na valorização académica, profissional, pessoal e social de cada indivíduo. A implementação de quatro blocos de setenta minutos por semana permite dar continuidade ao desenvolvimento do modelo de Cambridge, que está de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência (QECR) para as Línguas, salvaguardando o cumprimento do currículo nacional. O QECR, associado a padrões internacionalmente reconhecidos, perspetiva a aprendizagem de línguas estrangeiras (LE), assim como o desenvolvimento de uma competência plurilingue

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por parte de um ator social que comunica pela linguagem, para interagir culturalmente.

§ Seguindo esta linha de ideias, as orientações curriculares mais recentes determinaram um conjunto de conhecimentos e capacidades inscritos nas Aprendizagens Essenciais, no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a partir dos quais os professores devem orientar todo o processo de ensino-aprendizagem.

§ O Modelo de Cambridge apresenta-se, particularmente, interessante por promover uma assimilação natural de conhecimentos e capacidades. A introdução deste modelo assegura aos alunos uma maior motivação na utilização dos materiais, envolvimento e autonomia, e fácil adesão a um novo sistema de aprendizagem. As tarefas são adequadas à faixa etária dos alunos, e suficientemente diversificadas, para que estes se preparem para os momentos formais de avaliação formativa e sumativa. Acima de tudo, ao longo desta preparação, os alunos podem aprimorar as suas habilidades de comunicação na vida real.

§ Neste sentido, o Colégio assegura aos seus alunos a possibilidade de realizarem o exame de Cambridge YLE - Flyers, certificando os seus níveis de proficiência linguística, permitindo a obtenção de um diploma da Universidade de Cambridge com um valor internacional, bem como avaliar quatro domínios fundamentais: reading, writing, listening e speaking (leitura, escrita, compreensão e interação/produção orais). Ainda neste ciclo de ensino, inicia-se o processo de ensino-aprendizagem do nível PET (Preliminary English Test), também da Universidade de Cambridge, que terá continuidade no terceiro ciclo, fase em que os alunos realizam o exame PET, bem assim como o exame FCE (First certificate English) a realizar no final deste ciclo de ensino.

§ Língua Estrangeira II (Alemão, Espanhol, Francês) - Com vista à promoção da aprendizagem das línguas e ao desenvolvimento da diversidade linguística, a Direção-Geral da Educação e Cultura (DGEAC) da Comissão Europeia defendeu a necessidade de consolidar e desenvolver o ensino de uma ou mais línguas estrangeiras em cada estado membro da União Europeia. Nesse sentido, a organização das práticas letivas e de avaliação formal vão ao encontro dos quatro domínios fundamentais: a compreensão oral, a compreensão escrita, a produção oral e a produção escrita, privilegiando essencialmente a comunicação em contexto real. De modo a validar as aprendizagens, a avaliar as práticas implementadas, bem como a certificar internacionalmente o nível de aprendizagem da língua, o Colégio propicia aos alunos a oportunidade de realização de exames de certificação, nos anos finais de ciclo. No Colégio, o estudo da segunda língua estrangeira é iniciado no 5.º ano e termina no 9.º ano de escolaridade. No 2.º ciclo, no 6.º ano, os alunos têm a possibilidade de realizar o exame de nível A1, prática que iniciou no ano de 2016, e, no 3.º ciclo, no 9.º ano, podem realizar o exame de nível B1. Este último exame realizar-se-á pela primeira vez no ano de 2019.

§ Ensino prático e experimental - A opção curricular por unidades letivas de 70 minutos vem, também, favorecer a dimensão prática e experimental do ensino,

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perspetiva educativa defendida na nova revisão curricular, mormente nas possibilidades de diversificação de contextos educativos que concede.

§ Para além das disciplinas já referidas, a componente prática e experimental estende-se, também, a Ciências Naturais, com recurso aos laboratórios e a visitas de campo; a Educação Tecnológica, em que as destrezas e o gosto pelas artes são mais aperfeiçoados; a Educação Física, na qual a componente prática de técnicas, capacidades e agilidade desportiva tem desencadeado a adesão de muitos alunos à prática do desporto competitivo e até federativo; em História e Geografia de Portugal, mediante um aproveitamento maior dos recursos multimédia e dos museus existentes na comunidade envolvente. É certo que a intensificação da componente experimental e prática do ensino−aprendizagem tem sido conseguida mediante a maior flexibilidade e aumento da frequência de contactos com os alunos que a nova estrutura do plano curricular permite.

§ Maior acompanhamento dos alunos - O fator do maior acompanhamento dos alunos, indicado nas intenções da nova revisão curricular, é um dos fundamentos das opções curriculares. As necessidades educativas individuais inerentes aos alunos são mais facilmente detetadas na diversificação metodológica implementada nas unidades letivas e é possível que, dispondo de mais tempo, haja maior disponibilidade de acompanhamento, e, dispondo de maior frequência letiva, sejam os alunos sujeitos a estímulos mais repetidos e próximos, a verificações de progressão mais comparadas, a repetições de sistematização que estimulam a aprendizagem e a memória sem intermitências longas, acrescentando uma noção de continuidade na aprendizagem mais ajustada, porque baseada numa relação afetiva e de socialização mais sólida com o professor.

60. Plano Curricular do Terceiro Ciclo

249. A organização curricular em unidades letivas com duração de 70 minutos, para o 7.º e 8.º anos, fundamenta-se em justificação análoga à já apresentada para o Segundo Ciclo, nos pontos anteriores. A organização em unidades letivas com duração de 90 minutos para o 9.º ano resulta do cumprimento da carga letiva global de ciclo, no investimento curricular no ano terminal de ciclo com avaliação externa e na valorização do ano prévio ao início do ensino secundário a par de razões gestão e de logística dos espaços funcionais.

250. O Plano Curricular do Terceiro Ciclo concorre com um investimento maior no conhecimento científico, através do reforço de horas de ensino das ciências experimentais, de modo uniforme ao longo do ciclo.

251. Do mesmo modo, relevam-se, de acordo com o projeto Educativo, o conhecimento social e humano, na sua dimensão histórica e geográfica, cumprindo-se a reorganização da carga letiva.

252. Valoriza-se, também, a aprendizagem e domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, garantindo aos alunos do 7.º ano e 8.º anos a utilização adequada dos recursos digitais e proporcionando condições para o acesso universal à informação.

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Quadro 18 - Plano Curricular do Terceiro Ciclo

Carga Horária Semanal Enquadramento Legal

Carga Horária com Autonomia (Estatuto do Ensino Particular):

75% / 25%

Componentes do Currículo 7.º ano 8.º ano 9.º ano Total Ciclo 7.º ano 8.º ano 9.º ano Total

Ciclo Português 200 200 200 600 200 200 200 600 Línguas Estrangeiras 250 250 250 750 187,5 187,5 187,5 562,5 Inglês Língua Estrangeira II Ciências Sociais e Humanas 275 225 225 725 206,25 168,75 168,75 543,75 História Geografia Cidadania e Desenvolvimento (a) Matemática 200 200 200 600 200 200 200 600 Ciências Físicas e Naturais 250 300 300 850 187,5 225 225 637,5 Ciências Naturais Físico-Química Educação Artística e Tecnológica 175 175 175 525 131,25 131,25 131,25 393,75 Ed. Visual / Ed. Tecnológica (b) TIC Educação Física 150 150 150 450 112,5 112,5 112,5 337,5 Educação Moral e Religiosa (a) Tempo a cumprir 1500 1545 1545 4590

Carga Horária

Componentes do Currículo 7.º ano 8.º ano 9.º ano Total Ciclo

Diferencial Blocos Minutos Blocos Minutos Blocos Minutos Minutos %

Português 4 280 4 280 3 270 830 230 38% Línguas Estrangeiras 350 350 315 1015 452,5 80% Inglês 3 210 3 210 2 180 Língua Estrangeira II 2 140 2 140 1,5 135 Ciências Sociais e Humanas 210 210 315 735 191,3 35% História 1 70 1 70 1,5 135 Geografia 1 70 1 70 1,5 135 Cidadania e Desenvolvimento (a) 1 70 1 70 Matemática 4 280 4 280 3 270 830 230 38% Ciências Físicas e Naturais 280 280 270 830 192,5 30% Ciências Naturais 2 140 2 140 1,5 135 Físico-Química 2 140 2 140 1,5 135 Educação Artística e Tecnológica 140 140 135 415 21,25 5%

Ed. Visual / Ed. Tecnológica (b) 1 70 1 70 1 90 TIC 1 70 1 70 Educação Física 2 140 2 140 1 90 370 Educação Moral e Religiosa (a) 0.5 45 Tempo a cumprir 24 1680 23 1680 18,5 1665 5025 (a) Disciplinas lecionadas pelo mesmo docente, privilegiando abordagens interdisciplinares com avaliação autónoma.

(b) Disciplinas lecionadas pelo mesmo docente, privilegiando abordagens interdisciplinares com avaliação autónoma.

253. Esta estruturação da planificação curricular advém, ainda, dos bons resultados da opção e orientação educativa, efetuada nos últimos anos, para o apoio às disciplinas de Português e Matemática, dada a evolução significativa dos resultados na avaliação interna e externa.

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61. Plano Curricular do Ensino Secundário

Quadro 19 - Plano Curricular do Curso de Ciências e Tecnologias (Cursos Científico-Humanísticos)

Ciências e Tecnologias Carga Horária Semanal

Enquadramento Legal

Componentes de Formação 10.º ano 11.º ano 12.º ano Total de Ciclo

GERAL:

Cida

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Português 180 180 360 720

Língua Estrangeira I 180 180 360

Filosofia 180 180 360

Educação Física 90 90 180 360

ESPECÍFICA:

Trienal 270 270 450 990

Bienal 1 315 360 675

Bienal 2 270/315/360 270 ou 360 540 ou 675

Anual 1 180 180

Anual 2 180 180

E.M.R. Católica 45 45 90 180

Tempo a Cumprir 1530 ou 1575 1575 ou 1665 1440

254. Organização da carga horária, com valorização do grupo disciplinar geral e específico, por resultarem como corolário da sequencialidade de ciclos, se estruturarem como determinantes nas competências globais de ciclo e se enquadrarem dentro da filosofia valorativa da revisão da estrutura curricular, que releva o reforço do ensino do Português, sobretudo a melhoria da capacidade de expressão oral e escrita do aluno, e da disciplina de Matemática.

255. Reforço da carga horária das disciplinas bienais da formação específica de Física e Química A e Biologia e Geologia A, mormente a sua dimensão experimental e prática.

256. Reforço das unidades letivas, em função da eficiência de gestão de recursos e do número de turmas, considerando ainda os progressos e resultados alcançados nos últimos anos.

257. Distribuição das cargas letivas, de forma a facilitarem o estabelecimento de padrões ou soluções que permitam atingir objetivos, metas e produtos educativos de excelência, de acordo com o projeto Educativo.

258. Manutenção qualificada da oferta educativa que responde ao mercado de procura educativa no CDDS.

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Quadro 20 - Matriz Curricular do Curso de Ciências Socioeconómicas (Cursos Científico-Humanísticos)

Ciências Socioeconómicas

Carga Horária Semanal Enquadramento Legal

Componentes de Formação 10.º ano 11.º ano 12.º ano Total de Ciclo

GERAL:

Cida

dani

a e

Des

envo

lvim

ento

Português 180 180 360 720

Língua Estrangeira I 180 180 360

Filosofia 180 180 360

Educação Física 90 90 180 360

ESPECÍFICA:

Trienal 270 270 450 990

Bienal 1 270 270 540

Bienal 2 270 270 540

Anual 1 180 180

Anual 2 180 180

E.M.R. Católica 45 45 90 180

Tempo a Cumprir 1485 1485 1440

Quadro 21 - Matriz Curricular do Curso de Línguas e Humanidades (Cursos Científico-Humanísticos)

Línguas e Humanidades Carga Horária Semanal

Enquadramento Legal

Componentes de Formação

10.º ano 11.º ano 12.º ano Total de Ciclo

GERAL:

Cida

dani

a e

Des

envo

lvim

ento

Português 180 180 360 720

Língua Estrangeira I 180 180 360

Filosofia 180 180 360

Educação Física 90 90 180 360

ESPECÍFICA:

Trienal 270 270 360 900

Bienal 1 270 270 540

Bienal 2 270 270 540

Anual 1 180 180

Anual 2 180 180

E.M.R. Católica 45 45 90 180

Tempo a Cumprir 1485 1485 1350

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Quadro 22 - Matriz Curricular do Curso de Artes Visuais (Cursos Científico-Humanísticos)

Artes Visuais Carga Horária Semanal

Enquadramento Legal

Componentes de Formação 10.º ano 11.º ano 12.º ano Total de Ciclo

GERAL:

Cida

dani

a e

Des

envo

lvim

ento

Português 180 180 360 720

Língua Estrangeira I 180 180 360

Filosofia 180 180 360

Educação Física 90 90 180 360

ESPECÍFICA:

Trienal 270 270 270 810

Bienal 1 270 270 540

Bienal 2 270 270 540

Anual 1 180 180

Anual 2 180 180

E.M.R. Católica 45 45 90 180

Tempo a Cumprir 1485 1485 1260

259. O aluno escolhe uma língua estrangeira e, se tiver estudado apenas uma língua estrangeira no ensino básico, iniciará, obrigatoriamente, uma segunda língua no Ensino Secundário.

260. O aluno deverá escolher duas disciplinas bienais, na componente de formação específica, além da disciplina trienal.

261. O aluno escolhe duas disciplinas anuais no 12.º ano, na componente de formação específica, além da disciplina trienal, devendo, pelo menos, uma delas obedecer a um conjunto predefinido.

62. Visitas de Estudo: orientações gerais

262. As visitas de estudo são atividades curriculares, decorrentes do PEE, do PCE e do PAT e constituem um forte incentivo à formação integral do aluno.

263. As Visitas de estudo têm como objetivo complementar os conhecimentos teórico-práticos previstos nos conteúdos programáticos, constituindo estratégias de ensino e experiências de aprendizagem que se realizam fora do espaço escolar.

264. Devem ser preparadas em reuniões de Departamento Disciplinar e Conselhos de Turma e Conselho Escolar, numa perspetiva disciplinar e, sempre que possível, interdisciplinar.

265. As Visitas de estudo fazem parte do Plano Anual de Atividades do CDDS e são um complemento das atividades letivas, cabendo a análise das propostas apresentadas e a sua aprovação ao Conselho Pedagógico.

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266. As Visitas de estudo devem ser calendarizadas de forma ponderada pelos dois primeiros períodos letivos, não devendo ultrapassar as três visitas por turma, salvo programações dependentes da ocorrência não prevista de ações ou eventos relevantes para os alunos.

267. O plano da visita de estudo a aprovar deve ser entregue ao Coordenador de Ciclo e posteriormente à Direção.

268. O plano, a propor pelo professor responsável ou pelo Conselho de Turma, deve incluir objetivos, disciplinas intervenientes, regime de avaliação do projeto, calendarização, itinerário.

269. Em anexo, deverão ainda constar cópia de pedido de autorização ao Encarregado de Educação e Regulamento da Visita de Estudo.

270. A avaliação e o relatório da respetiva visita devem ser efetuados em Conselho de Turma e a informação lavrada em ata da respetiva reunião.

271. As visitas de estudo com programação não prevista devem ser comunicadas à Direção do CDDS, que delas dará conhecimento aos Pais e Encarregados de Educação e aos docentes das turmas envolvidas na visita.

63. Projetos extracurriculares

272. Grupos de Voluntariado.

O CDDS tem organizadas várias ações de voluntariado que abraçam causas nacionais, como a colaboração com o Banco Alimentar, a Cáritas Diocesana, mormente nos momentos anuais de maiores campanhas, e colaboração com causas humanitárias, com compromisso nos últimos anos ao nível da Comunidade Educativa, no Quénia, que tem envolvido os diferentes ciclos de ensino.

Algumas causas com compromisso mais pessoal concretizam-se com a colaboração com instituições locais, com envolvimento de alunos do ensino secundário.

273. Curso de Inglês de Verão (em Colégio na Inglaterra, Escócia ou E.U.A., …). Os cursos intensivos de Inglês desenvolvem o gosto pela língua, promovendo, nomeadamente, o desenvolvimento da competência de interação oral em contextos reais de comunicação, bem como a ampliação de conhecimentos acerca dos universos socioculturais dos países de expressão inglesa.

§ Os cursos intensivos de Inglês desenvolvem o gosto pela língua, promovendo, nomeadamente, o desenvolvimento da competência de interação oral em contextos reais de comunicação, bem como a ampliação de conhecimentos acerca dos universos socioculturais dos países de expressão inglesa.

§ Aos alunos, proporciona-se a possibilidade de frequentarem estes cursos, em diversos países de língua inglesa (Inglaterra, Escócia, Estados Unidos, etc.), durante as férias de verão, por um período de duas semanas.

§ Os alunos frequentam aulas semanais e participam em atividades desportivas e/ou culturais (visitas a monumentos e outros pontos de interesse).

§ No final, é-lhes atribuído um diploma de certificação.

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§ A estadia é em regime de internato e os alunos são acompanhados por professores do colégio.

§ Esta atividade tem como objetivos: desenvolver e mobilizar conhecimentos da língua inglesa, contactar com diversas culturas, enriquecer conhecimentos de história e tradições, proporcionar uma convivência multicultural e desenvolver a autonomia.

274. Desporto Escolar (grupos/equipa de várias modalidades).

São vários os grupos de alunos envolvidos na prática de diferentes desportos, com envolvimento em competições locais, regionais e nacionais. O interesse, da parte dos alunos, pela integração destes grupos tem crescido nos últimos anos.

64. Atividades extracurriculares: regime de frequência

275. As atividades de enriquecimento curricular são de natureza lúdica, cultural, formativa e não curricular, e desenvolvem-se em tempos extralectivos dos alunos.

276. Estas atividades têm como objetivo a formação integral e a realização pessoal do aluno, através do enriquecimento cultural, da formação cívica, da aquisição de hábitos e métodos de trabalho e de uma melhor inserção na comunidade escolar.

277. As atividades de enriquecimento curricular são fixadas anualmente, de acordo com os objetivos definidos no projeto Educativo, constando do Plano Anual de Atividades. A frequência destas atividades está sujeita a inscrição por parte dos encarregados de educação. Uma vez realizada a inscrição, esta tem caráter obrigatório até final do ano letivo, devendo o encarregado de educação assumir um compromisso de honra.

278. Os alunos inscritos nas atividades de enriquecimento curricular têm o dever de assiduidade e de pontualidade, tal como no que respeita à frequência das atividades curriculares.

279. Sempre que um aluno falte às atividades de enriquecimento curricular, a justificação da falta deverá ser entregue ao professor titular da turma ou diretor de turma até ao terceiro dia subsequente à verificação da mesma.

280. Quando um aluno atinja um número de faltas exagerado, deve o professor titular da turma ou diretor de turma, nos termos do número anterior, chamar à escola o Encarregado de Educação, com o objetivo de se encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento de frequência.

65. Atividades de Formação, Educação e Cultura Religiosa e Bíblica

281. Incluídas no Centro de Atividades Extracurriculares, encontra-se uma variada oferta de atividades de caráter religioso.

§ Catequese

o A catequese é ministrada em sessões semanais, de escolha facultativa, organizadas segundo o percurso formativo e etário, que têm por objetivo garantir a formação cristã, de índole religiosa e bíblica, com

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preparação para a celebração dos sacramentos religiosos da iniciação cristã.

§ Formação Bíblica

o A formação bíblica desenvolve−se em sessões semanais, de escolha facultativa, orientadas para a formação dos adolescentes, com o intuito de lhes proporcionar formação e cultura bíblica, do ponto de vista histórico e religioso.

§ Grupos de Pastoral Juvenil

o O CDDS promove sessões semanais, de escolha facultativa, orientadas para a formação e reflexão religiosa, ética e social, de acordo com a proposta cristã, com participação em encontros regionais, nacionais e internacionais de juventude.

66. Sala de Estudo e Biblioteca

282. A sala de estudo funciona na biblioteca e em salas de aulas, após os horários letivos.

283. A Sala de Estudo tem por funções específicas:

284. Desenvolver nos alunos técnicas de estudo e hábitos de trabalho.

285. Apoiar individualmente os alunos que apresentem dificuldades de aprendizagem.

286. Levar os alunos a desenvolver metodologias diversas de aprendizagem.

287. Fortalecer a autoestima dos alunos.

288. Apoiar e orientar o trabalho dos alunos que não forem devidamente pontuais ao início das aulas e os alunos que receberem ordem de saída da sala de aula.

289. Proporcionar condições que favoreçam o trabalho dos alunos nos tempos não letivos.

290. Contribuir para o enriquecimento cultural dos alunos.

291. Melhorar os hábitos de leitura.

292. A biblioteca do CDDS encontra-se aberta, durante todo o horário letivo e após o período letivo diário, para o desenvolvimento do estudo individual, em grupo ou acompanhado, para os alunos cujos pais e encarregados de educação o solicitem à Direção ou para os alunos que manifestamente demonstrem necessidade de acompanhamento no cumprimento das tarefas escolares, na aquisição e desenvolvimento de metodologias de trabalho, na preparação dos momentos formais de avaliação, na elaboração de relatórios e na execução de trabalhos de pesquisa ou sínteses.

293. A Biblioteca dispõe de Técnico Profissional ou Docente e constitui um espaço educativo e formativo devidamente equipado com os recursos educativos necessários para:

294. Promover a realização de atividades de investigação.

295. Incentivar a leitura.

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296. Proporcionar aos alunos instrumentos educativos que promovam o desenvolvimento de trabalho autónomo.

297. Dinamizar a aplicação das tecnologias da informação e comunicação.

298. Facilitar a aquisição de competências no domínio da utilização de instrumentos para a obtenção de informação.

299. Disponibilizar espaços qualificados, pelo acolhimento e silêncio, onde os alunos encontrem informação que lhes permita executar as suas tarefas.

300. Contribuir, em articulação com os docentes e os serviços do CDDS, para o desenvolvimento de estratégias de diferenciação pedagógica.

301. Colaborar com as ações que concretizam o desenvolvimento do PEE.

PLANIFICAÇÃO E ARTICULAÇÃO CURRICULAR

67. 1. Perfil e competências dos titulares dos cargos de gestão e administração pedagógica

302. Coordenador de Ciclo

303. Ser professor profissionalizado do Quadro do CDDS, preferencialmente com experiência de lecionação no ciclo de ensino.

304. Revelar conhecimentos da legislação em vigor, nomeadamente sobre organização e desenvolvimento curricular e avaliação.

305. Ter facilidade em participar, articular e coordenar o trabalho desenvolvido pelos diretores de turma.

306. Ter capacidade de promover um ambiente facilitador do desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes.

307. Coordenador de Departamento de Área Disciplinar

308. Revelar conhecimentos da legislação, nomeadamente sobre organização e desenvolvimento curricular e avaliação.

309. Ter facilidade em participar, articular e coordenar o trabalho desenvolvido pelos vários professores do Departamento/Área Disciplinar.

310. Saber gerir recursos humanos.

311. Ter capacidade de promover um ambiente facilitador do desenvolvimento pessoal e profissional dos docentes do Departamento/Área Disciplinar.

312. Diretor de Turma

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313. Revelar conhecimentos da legislação em vigor, nomeadamente sobre a avaliação e o estatuto do aluno.

314. Ter facilidade em participar, articular e coordenar o trabalho desenvolvido pelos vários professores do Conselho de Turma.

315. Ter facilidade em estabelecer um bom relacionamento com os alunos e com os pais e encarregados de educação.

316. Ser capaz de promover um bom relacionamento entre os alunos e entre estes e os outros elementos da Comunidade Educativa.

317. Saber gerir recursos humanos.

318. Ter capacidade de promover um ambiente facilitador do desenvolvimento pessoal e social dos alunos.

319. Funções nucleares do Diretor de Turma face ao Conselho de Turma

320. Coordenação do Conselho de Turma:

321. Assegurar a gestão das dinâmicas pedagógicas a implementar.

322. Promover a realização de trabalhos de natureza interdisciplinar e de articulação disciplinar.

323. Gestão do Currículo:

324. Operacionalizar o trabalho de natureza interdisciplinar e de articulação disciplinar.

325. Propor ao Conselho Pedagógico as diversas opções curriculares complementares às do Projeto Educativo.

326. Promoção do sucesso escolar:

327. Definir dinâmicas de trabalho pedagógico adequadas às especificidades da turma.

328. Avaliar o impacto das estratégias e medidas adotadas.

329. Atuar de modo a antecipar e prevenir o insucesso e o abandono escolares.

330. Avaliação dos alunos:

331. Assegurar a participação informada dos alunos e dos pais e encarregados de educação.

332. Produzir dispositivos de informação dirigida aos pais e encarregados de educação como apoio às aprendizagens dos alunos e ao seu processo de autorregulação.

68. Conselhos de Turma: competências e regras de funcionamento

O Conselho de Turma é uma estrutura educativa responsável pela organização, acompanhamento e avaliação das diferentes atividades a desenvolver pela turma.

333. Competências do Conselho de Turma

§ Plano de Atividades de Turma - Elaborar o Plano de Atividades de Turma, o qual deve integrar estratégias de diferenciação e de adequação curricular para o

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contexto da turma, destinadas a promover a melhoria das condições de aprendizagem e a articulação com os Pais e Encarregados de Educação.

§ Iniciativas educativas - Desenvolver iniciativas educativas que promovam a melhoria das aprendizagens, nomeadamente através da apresentação, planificação, acompanhamento e avaliação do Plano de Atividades de Turma.

§ Ligação aos Departamentos Disciplinares - Articular as atividades da turma com as dos Departamentos e Grupos Disciplinares, nomeadamente no que diz respeito ao planeamento e coordenação de atividades interdisciplinares a nível de turma.

§ Pareceres - Emitir parecer sobre todas as questões de natureza pedagógica e disciplinar relativas à turma.

§ Integração dos alunos - Analisar os problemas de integração dos alunos e o relacionamento entre os professores e os alunos da turma.

§ Comunidade envolvente - Colaborar em ações que favoreçam a relação do CDDS com a comunidade envolvente.

§ Rendimento escolar - Aprovar as propostas de avaliação do rendimento escolar apresentadas por cada professor da turma nas reuniões de avaliação, a realizar no final de cada período e de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Pedagógico.

§ Atividades culturais - Colaborar em atividades culturais, recreativas e desportivas, que envolvam os alunos e a comunidade, de acordo com os critérios de participação definidos pelo Conselho Pedagógico.

§ Sanções - Propor ao Diretor Pedagógico as sanções a aplicar aos alunos.

§ Pais e encarregados de educação - Promover ações que estimulem o envolvimento dos Pais e Encarregados de Educação no percurso escolar dos alunos.

334. Composição do Conselho de Turma

335. O Conselho de Turma é constituído pelos professores de turma, e ainda, no caso de ser necessário devido ao acompanhamento de alguns alunos, pelo professor de Apoio Educativo.

336. Um dos membros docentes exerce as funções de Diretor de Turma por designação da Direção.

337. Os Pais e Encarregados de Educação poderão tomar parte nas reuniões do Conselho de Turma, em casos excecionais de processo disciplinar aos alunos, se o Conselho de Turma ponderar como relevante a presença dos mesmos.

338. Nas reuniões de Conselho de Turma destinadas à avaliação sumativa, os representantes dos Pais e Encarregados de Educação e os alunos não participam.

339. Funcionamento do Conselho de Turma

340. O Conselho de Turma funciona sob a presidência do Diretor de Turma.

341. As reuniões de natureza disciplinar são presididas pelo Diretor Pedagógico.

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342. Em caso de falta prolongada do Diretor de Turma, a presidência do Conselho de Turma é assumida por professor a designar pela direção.

343. O secretário das reuniões do Conselho de Turma é um docente designado pela Direção, no início do ano letivo, mantendo−se até ao final.

344. Em caso de falta justificada do secretário, este é substituído por um docente designado para o efeito pela Direção.

345. Se o ponto anterior não puder ser cumprido, assume o secretariado da reunião o professor com menos tempo de serviço.

346. Reuniões do Conselho de Turma: normas e procedimentos

347. As reuniões de avaliação ocorrem na data prevista no calendário escolar, com a totalidade dos membros docentes do Conselho de Turma, convocadas pelo Diretor Pedagógico.

348. As restantes reuniões ordinárias previstas no calendário elaborado a nível de escola são convocadas pelo Diretor Pedagógico com 48 horas de antecedência.

349. As reuniões extraordinárias são convocadas pelo Diretor Pedagógico, com 24 horas de antecedência, sempre que um motivo de natureza pedagógica ou disciplinar o justifique.

350. Em caso de falta de algum dos membros docentes às reuniões de avaliação, será aplicado o previsto na legislação em vigor.

351. Nenhum dos membros do Conselho de Turma pode ausentar−se definitivamente da reunião sem que o Presidente da mesma a dê por concluída.

352. Os assuntos tratados nas reuniões têm caráter sigiloso.

353. As deliberações dos Conselhos de Turma devem seguir o consignado na legislação específica do sector do ensino.

354. Todas as deliberações devem ser exaradas em ata com a respetiva fundamentação.

355. Atas dos Conselhos de Turma

356. De tudo o que decorre nas reuniões, nomeadamente, informações sobre progressão dos alunos, dificuldades de aprendizagem dos alunos, problemas disciplinares, deliberações pedagógicas e estratégias educativas, planos de recuperação e de intervenção, decisões, alterações de programas, calendarizações de ações e momentos de avaliação, é lavrada uma ata, com pormenorização, cuja minuta, obrigatoriamente, é lida e aprovada no final dos trabalhos.

357. As atas são entregues à Direção do CDDS no prazo máximo de 3 dias, exceto as atas de avaliação do final dos períodos letivos que terão de ser aprovadas e entregues no final da respetiva reunião.

358. Casos e situações omissos

Todos os casos e situações de regulamentação omissa deverão ser resolvidos pontualmente pelo Conselho de Turma, sem prejuízo do estipulado no Regulamento Interno do CDDS e na Legislação em Vigor.

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69. Plano de Atividades de Turma (PAT)

359. Referências do PAT

360. O Plano de Atividades de Turma tem como referencial o PE, devendo constituir-se como um instrumento de planeamento curricular de cada turma, a produzir em Conselho de Turma (ou pelo Professor Titular de Turma). Nele se traça o percurso pedagógico da turma, a ser aprovado em sede do Conselho Pedagógico. O PAT pretende corresponder às especificidades da turma a partir de uma ação conjunta.

361. No contexto da AFC, o PAT é entendido como um documento dinâmico que traduz o planeamento, a realização e a avaliação do ensino e das aprendizagens, baseado na visão multidisciplinar do currículo, dando relevância:

§ Às três dimensões da gestão curricular – planificação, concretização e avaliação das aprendizagens;

§ Ao processo de construção longitudinal do PAT (ao longo do ano letivo), uma vez que este deve mapear as opções curriculares e o percurso pedagógico de cada turma e o impacto das mesmas;

§ À necessidade do PAT decorrer de um processo de co-construção, com visão interdisciplinar do currículo, baseada num diálogo sistemático entre os diversos atores educativos;

362. Concretização do PEE no PAT

Quadro 19 - Princípios de estruturação curricular do PAT

Princípios de estruturação curricular do PAT Identificação • Áreas de competências a priorizar no

trabalho com a turma.

• Priorização do trabalho com a turma.

Definição • Contributo das várias áreas disciplinares e disciplinas para o trabalho de integração disciplinar.

• Tomada de decisão acerca dos Domínios de autonomia Curricular e de outras formas de organização do trabalho a desenvolver com a turma.

Seleção • Metodologias de trabalho.

• Monitorização da evolução das aprendizagens dos alunos.

Adequação à turma • Articulação, Funcionalidade, Monitorização, Avaliação.

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Quadro 20 - Organização estrutural do PAT: conteúdos

Organização Estrutural do PAT: Conteúdos Identificação • Conselho de Turma.

• Equipas educativas. • Alunos. • Encarregados de Educação. • Técnicos que acompanham a turma.

Caracterização Perfil da Turma (Caracterização da turma).

• Diagnóstico da Turma. • Perfil de competências dos alunos da turma (avaliação de diagnóstico ou

projeto do ano anterior).

Plano de ação • Propostas de atuação face ao diagnóstico da Turma. o Promover o trabalho de equipa dos professores da turma, de modo

a definirem linhas comuns de atuação. o Centrar a ação educativa na resolução de situações-problemas

identificados na turma. Adequar as estratégias de ensino às características dos alunos.

o Promover a articulação horizontal das aprendizagens. o Incentivar o envolvimento dos Pais e Encarregados de Educação no

percurso escolar dos alunos. • Medidas promotoras de sucesso e respetiva monitorização. • Gestão curricular: definição de Domínios de autonomia Curricular e

mapeamento dos contributos das Áreas de Confluência Nucleares, Áreas de Articulação Interdisciplinar;

• Identificação dos Parceiros educativos e cronograma. • Instrumentos, técnicas e procedimentos de avaliação a privilegiar.

Avaliação • Monitorização e avaliação do PAT.

363. Conteúdos do PAT a valorizar

364. Definição de pontos fortes e pontos fracos, bem como de medidas que favoreçam a aquisição de pré-requisitos.

365. Definição das competências prioritárias e das disciplinas intervenientes.

366. Plano de ação: competências gerais a trabalhar, estratégias a privilegiar e instrumentos de avaliação adequados às estratégias adotadas.

367. Planos de atividades de caráter transversal, com referência às áreas prioritárias do Projeto Educativo.

368. Definição das medidas de apoio educativo, específicas para os alunos com necessidades educativas especiais, e de reforço das aprendizagens para todos os alunos.

369. Planificação dos apoios e relatórios de avaliação.

370. Prazos

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O PAT deverá estar construído em meados de outubro, mas será periodicamente avaliado e reformulado, quando necessário, mormente nos momentos de avaliação periódica dos alunos.

371. Avaliação do PAT

Quadro 21 - Critérios de Avaliação do PAT

Parâmetros Critérios

Metas que orientaram o Plano de Atividades de Turma

§ Metas atingidas e metas não atingidas. § Condicionamentos que dificultaram o processo. § Impacto que o desenvolvimento das competências teve nos

alunos.

Cumprimento das atividades definidas § Atividades concretizadas. § Atividades não realizadas. Razões.

Projetos específicos § Resultados, dificuldades encontradas e justificações.

Estratégias e metodologias

§ Adequação pedagógica aos alunos. § Reformulações efetuadas. § Resultados obtidos, em função das avaliações dos alunos. § Competências adquiridas.

Articulação curricular § Interdisciplinaridade.

Interação CDDS-Família § Papel da família do aluno no sucesso do ensino-aprendizagem.

Gestão, cooperação e execução do PAT § Papel do Diretor de Turma. § Colaboração e participação do Conselho de Turma.

E. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS E COMPETÊNCIAS

70. Objeto da avaliação

372. 1.1. A legislação que regula o processo educativo, publicada mais recentemente, da qual se dá referência no Enquadramento Legal, reforça as finalidades da avaliação das aprendizagens, bem como a explicitação das respetivas modalidades e efeitos, reiterando os valores e diretivas da legislação anteriormente publicada, mormente as suas finalidades principais.

A avaliação incide sobre as aprendizagens dos alunos, tendo por referência as Aprendizagens Essenciais que constituem a orientação curricular base, com especial enfoque nas Áreas de Competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

373. São funções da avaliação:

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§ A regulação do ensino e das aprendizagens, através da recolha de informação que permita conhecer a forma como se ensina e como se aprende, fundamentando a adoção e o ajustamento de medidas estratégicas pedagógicas.

§ Orientar o percurso escolar dos alunos, seja através da consolidação do processo de ensino, seja através da revisão do processo, através das informações obtidas.

§ Certificar as aprendizagens desenvolvidas bem como as capacidades e atitudes desenvolvidas no âmbito das áreas de competências inscritas no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória.

71. Princípios educativos e pedagógicos da avaliação

374. Os princípios orientadores do processo de avaliação encontram−se devida e amplamente definidos e especificados na matriz educativa e pedagógica do Projeto Educativo. A natureza transversal da avaliação implica a tomada de conhecimento por parte dos principais agentes educativos e a apropriação de um conjunto de princípios que valide todo o processo.

375. Destacam-se, aqui, os princípios fundamentais, em síntese:

§ Integração – As atividades de avaliação devem coincidir com as tarefas de ensino e de aprendizagem.

§ Positividade – A avaliação deve ter um carácter positivo, enfatizando e valorizando o que os alunos sabem, o que aprenderam e o que sabem fazer.

§ Diversificação – As estratégias de avaliação devem ser diversificadas e articuladas com o currículo, a par da mobilização de instrumentos de avaliação variados.

§ Equidade – A avaliação deve pautar-se pelo princípio da equidade e não pelo da igualdade. Devem adaptar-se as oportunidades à medida de cada aluno.

§ Adequação – Os processos avaliativos exigem conceção e planeamento cuidadosos e rigorosos da recolha de informação, de modo a adequar-se ao contexto, finalidades e objeto de avaliação.

§ Transparência – Os critérios, os procedimentos, os pressupostos e as decisões inerentes à avaliação devem ser amplamente divulgados, discutidos e negociados.

§ Credibilidade – Os critérios, os procedimentos, os pressupostos e as decisões devem ser objetivos, de forma que os juízos a produzir possam estar isentos, o mais possível, de interferências subjetivas.

§ Exequibilidade – O acesso à informação deve ocorrer em tempo oportuno, respondendo às necessidades dos avaliados e avaliadores.

§ Integridade – Todos os princípios e orientações enunciados e estipulados deverão ser respeitados e cumpridos.

72. Orientações práticas gerais para a avaliação dos alunos

376. Na avaliação dos alunos, serão observadas as seguintes orientações:

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§ Finalidades e objetivos - Os alunos devem ser avaliados de acordo com as finalidades, os objetivos e as modalidades previstas na lei. Os procedimentos de avaliação devem revelar consistência relativamente aos objetivos curriculares e às formas de trabalho desenvolvidas com os alunos.

§ Avaliação do processo e produto educativo - A avaliação incide sobre o processo educativo e sobre o produto educativo: não só sobre os conhecimentos dos alunos, mas também sobre as competências e capacidades que desenvolvem, as atitudes e os valores que demonstram e sobre a participação nas atividades realizadas em contexto curricular. O processo deve evidenciar os aspetos em que as aprendizagens precisam de ser melhoradas, apontando modos de superar as dificuldades.

§ Informação total aos avaliados - O rigor deve ser associado aos procedimentos da avaliação. O processo de avaliação deve ser o mais objetivo e transparente possível. Neste sentido, os critérios de avaliação devem ser dados a conhecer ao aluno, no início do ano letivo.

§ Processo partilhado - A avaliação é um processo partilhado e negociado, nomeadamente:

o pelos professores responsáveis pela organização do ensino-aprendizagem.

o pelos alunos, através da coavaliação e autoavaliação.

o pelos encarregados de educação, em situações específicas, previstas na Legislação e no Regulamento Interno.

o pelos professores que são responsáveis pelos apoios educativos, nas situações em que se justifique, e de acordo com as disposições legais vigentes.

73. Intervenientes no processo de avaliação

377. A avaliação é um processo complexo e partilhado:

§ Pelos Serviços e Organismos do Ministério da Educação - mormente nos processos de avaliação externa.

§ Pelos professores, ou professor titular de turma, no Primeiro Ciclo - que, sobretudo através da modalidade de avaliação formativa, devem:

o Adotar medidas que visam contribuir para as aprendizagens de todos os alunos;

o Fornecer informação aos alunos e encarregados de educação sobre o desenvolvimento das aprendizagens;

o Reajustar as práticas educativas orientando-as para a promoção do sucesso educativo.

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o Ponderar os elementos de avaliação e efetuar uma proposta de classificação qualitativa ou quantitativa, respeitando os critérios e parâmetros específicos definidos para cada o ciclo e disciplina.

§ Pelo Conselho de Turma, ou Conselho de Docentes, no Primeiro Ciclo, - a quem cabe o acompanhamento e avaliação das aprendizagens, que, quanto à decisão da classificação a atribuir por disciplina aos alunos, aprecia a proposta apresentada por cada professor, as informações justificativas da mesma e a situação global do aluno, e delibera finalmente.

§ Órgãos de Administração e Órgãos de Coordenação e Supervisão Pedagógica da Escola – a quem cabe o dever de acompanhamento e avaliação das aprendizagens.

§ Pelo Diretor de Escola - a quem cabe mobilizar os recursos para garantir as respostas adequadas às necessidades dos alunos, garantir o acesso à informação e assegurar as condições de participação dos alunos e dos encarregados de educação e de outros profissionais, segundo os casos previstos na lei.

§ Pelos Encarregados de Educação e Alunos – a quem cabe a partilha de informação e o acompanhamento do aluno, especialmente em relação às medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão.

74. Modalidades de avaliação interna das aprendizagens

378. A Legislação vigente mais recente, referenciada no Enquadramento Legal, exprime com clareza que não são as tarefas ou os instrumentos usados no processo de avaliação que determinam a perspetiva diagnóstica, formativa ou sumativa da avaliação, mas, sim, os seus propósitos, ou seja, a forma como se usa a informação recolhida.

379. As evidências da avaliação sumativa podem ser interpretadas na vertente formativa do processo de avaliação, verificando-se domínios de sobreposição, compatibilidade e integração, constituindo um contínuo avaliativo que promova uma aprendizagem de maior qualidade.

380. Estas são as razões por que as finalidades comumente atribuídas à avaliação interna (diagnóstica, formativa e sumativa) são designadas nos despachos normativos por modalidades, sentido em que são aqui entendidas, quanto aos objetivos, momentos, valorizações e consequências que as enquadram.

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Quadro 26 – Modalidades de avaliação interna das aprendizagens.

Modalidades de avaliação interna das aprendizagens

Avaliação/Informação diagnóstica

Avaliação formativa

Avaliação sumativa

Objetivos

§ Fundamentar a definição

de estratégias de diferenciação pedagógica.

§ Fundamentar a superação de eventuais dificuldades dos alunos.

§ Fundamentar a facilitação da integração escolar.

§ Fundamentar o apoio à orientação escolar e vocacional.

§ Sustentar a definição de

estratégias de ensino. § Permitir aos professores,

alunos e encarregados de educação a obtenção de informação privilegiada e detalhada sobre o desempenho dos alunos.

§ Classificar e certificar. § Informar, no final de

cada período escolar, alunos e encarregados de educação sobre o estado de desenvolvimento das aprendizagens.

Momentos

§ Sempre que seja

considerado oportuno.

§ Assume carácter contínuo

e sistemático, ao longo do processo de ensino-aprendizagem, adaptando-se aos contextos em que ocorre.

§ No final de cada

período letivo e no final do ano letivo.

Valorização

§ A intervenção de docentes

dos diferentes ciclos. § A recolha e mobilização de

informações para a definição de planos curriculares.

§ A adoção de estratégias adequadas às necessidades específicas dos alunos.

§ É a principal modalidade

de avaliação. § Mobiliza técnicas,

instrumentos e procedimentos diversificados em função dos destinatários e das circunstâncias.

§ Deve envolver os alunos no processo de autorregulação das aprendizagens.

§ Traduz-se na

formulação de um juízo global sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos.

Consequências

§ Integração escolar dos

alunos.

§ Definição de estratégias de

diferenciação pedagógica, de superação das dificuldades dos alunos e de facilitação da sua integração.

§ Ajustamento de processos e estratégias de apoio às aprendizagens e regulação do processo de ensino/aprendizagem.

§ Apoio à orientação escolar e vocacional dos alunos.

§ Decisão sobre a

transição, a aprovação e a conclusão no ensino básico.

§ Decisão sobre a aprovação em cada disciplina, a progressão nas disciplinas não terminais, a transição de ano de escolaridade (ou a reorientação do percurso educativo) e a conclusão no ensino secundário.

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75. Pressupostos Normativos Legais dos Critérios de Avaliação das Aprendizagens

381. Os critérios de avaliação, segundo as normativas legislativas em vigor, de modo especial as promulgadas recentemente, conforme se enuncia no Enquadramento Legal, devem deduzir-se, no âmbito das Prioridades e Opções Curriculares:

§ do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória;

§ das Aprendizagens Essenciais;

§ os demais documentos curriculares com vista à consolidação, aprofundamento e enriquecimento das Aprendizagens Essenciais.

382. Nos Critérios de Avaliação:

§ deve ser enunciado um Perfil de Aprendizagens específicas para cada ano ou ciclo de escolaridade, integrando descritores de desempenho, em consonância com as aprendizagens Essenciais e as áreas de Competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória;

§ deve ser traduzida a importância relativa que cada um dos domínios e temas assume nas aprendizagens Essenciais, sobretudo no que respeita à competência da oralidade e à dimensão prática e experimental das aprendizagens a desenvolver.

§ deve ser traduzida nos critérios específicos das disciplinas intervenientes, a importância da avaliação atribuída aos DAC.

§ deve ser traduzida a avaliação atribuída à componente de Cidadania e Desenvolvimento, de acordo com a opção de implementação de escola e ciclo.

383. Os critérios de avaliação constituem referenciais comuns na escola.

384. Os critérios de avaliação devem ser divulgados junto dos diversos intervenientes.

76. Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

Quadro 22 – Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

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Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

Áreas de Competências Competências Descritores

Linguagens e textos

• utilizar de modo proficiente diferentes

linguagens e símbolos associados às línguas (língua materna e línguas estrangeiras), à literatura, à música, às artes, às tecnologias, à matemática e à ciência;

• aplicar estas linguagens de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação, em ambientes analógico e digital;

• dominar capacidades nucleares de compreensão e de expressão nas modalidades oral, escrita, visual e multimodal.

• Os alunos usam linguagens verbais e não-verbais

para significar e comunicar, recorrendo a gestos, sons, palavras, números e imagens. Usam-nas para construir conhecimento, compartilhar sentidos nas diferentes áreas do saber e exprimir mundividências.

• Os alunos reconhecem e usam linguagens simbólicas como elementos representativos do real e do imaginário, essenciais aos processos de expressão e comunicação em diferentes situações, pessoais, sociais, de aprendizagem e pré-profissionais.

• Os alunos dominam os códigos que os capacitam para a leitura e para a escrita (da língua materna e de línguas estrangeiras). Compreendem, interpretam e expressam factos, opiniões, conceitos, pensamentos e sentimentos, quer oralmente, quer por escrito, quer através de outras codificações. Identificam, utilizam e criam diversos produtos linguísticos, literários, musicais, artísticos, tecnológicos, matemáticos e científicos, reconhecendo os significados neles contidos e gerando novos sentidos.

Informação e comunicação

• utilizar e dominar instrumentos

diversificados para pesquisar, descrever, avaliar, validar e mobilizar informação, de forma crítica e autónoma, verificando diferentes fontes documentais e a sua credibilidade;

• transformar a informação em conhecimento;

• colaborar em diferentes contextos comunicativos, de forma adequada e segura, utilizando diferentes tipos de ferramentas (analógicas e digitais), com base nas regras de conduta próprias de cada ambiente.

• Os alunos pesquisam sobre matérias escolares e

temas do seu interesse. Recorrem à informação disponível em fontes documentais físicas e digitais – em redes sociais, na Internet, nos media, livros, revistas, jornais. Avaliam e validam a informação recolhida, cruzando diferentes fontes, para testar a sua credibilidade. Organizam a informação recolhida de acordo com um plano, com vista à elaboração e à apresentação de um novo produto ou experiência. Desenvolvem estes procedimentos de forma crítica e autónoma.

• Os alunos apresentam e explicam conceitos em grupos, apresentam ideias e projetos diante de audiências reais, presencialmente ou a distância. Expõem o trabalho resultante das pesquisas feitas, de acordo com os objetivos definidos, junto de diferentes públicos, concretizado em produtos discursivos, textuais, audiovisuais e/ou multimédia, respeitando as regras próprias de cada ambiente.

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Raciocínio e resolução de problemas

• interpretar informação, planear e conduzir

pesquisas; • gerir projetos e tomar decisões para

resolver problemas; • desenvolver processos conducentes à

construção de produtos e de conhecimento, usando recursos diversificados.

• Os alunos colocam e analisam questões a

investigar, distinguindo o que se sabe do que se pretende descobrir. Definem e executam estratégias adequadas para investigar e responder às questões iniciais. Analisam criticamente as conclusões a que chegam, reformulando, se necessário, as estratégias adotadas.

• Os alunos generalizam as conclusões de uma pesquisa, criando modelos e produtos para representar situações hipotéticas ou da vida real. Testam a consistência dos modelos, analisando diferentes referenciais e condicionantes. Usam modelos para explicar um determinado sistema, para estudar os efeitos das variáveis e para fazer previsões acerca do comportamento do sistema em estudo. Avaliam diferentes produtos de acordo com critérios de qualidade e utilidade em diversos contextos significativos.

Pensamento crítico e pensamento criativo

• pensar de modo abrangente e em

profundidade, de forma lógica, observando, analisando informação, experiências ou ideias, argumentando com recurso a critérios implícitos ou explícitos, com vista à tomada de posição fundamentada;

• convocar diferentes conhecimentos, de matriz científica e humanística, utilizando diferentes metodologias e ferramentas para pensarem criticamente;

• prever e avaliar o impacto das suas decisões;

• desenvolver novas ideias e soluções, de forma imaginativa e inovadora, como resultado da interação com outros ou da reflexão pessoal, aplicando-as a diferentes contextos e áreas de aprendizagem.

• Os alunos observam, analisam e discutem ideias,

processos ou produtos centrando-se • em evidências. Usam critérios para apreciar essas

ideias, processos ou produtos, construindo argumentos para a fundamentação das tomadas de posição. Os alunos concetualizam cenários de aplicação das suas ideias e testam e decidem sobre a sua exequibilidade. Avaliam o impacto das decisões adotadas. Os alunos desenvolvem ideias e projetos criativos com sentido no contexto a que dizem respeito, recorrendo à imaginação, inventividade, desenvoltura e flexibilidade, e estão dispostos a assumir riscos para imaginar além do conhecimento existente, com o objetivo de promover a criatividade e a inovação.

Relacionamento interpessoal

• adequar comportamentos em contextos de

cooperação, partilha, colaboração e competição;

• trabalhar em equipa e usar diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;

• interagir com tolerância, empatia e responsabilidade e argumentar, negociar e aceitar diferentes pontos de vista, desenvolvendo novas formas de estar, olhar e participar na sociedade.

• Os alunos juntam esforços para atingir objetivos,

valorizando a diversidade de perspetivas sobre as questões em causa, tanto lado a lado como através de meios digitais. Desenvolvem e mantêm relações diversas e positivas entre si e com os outros (comunidade, escola e família) em contextos de colaboração, cooperação e interajuda.

• Os alunos envolvem-se em conversas, trabalhos e experiências formais e informais: debatem, negoceiam, acordam, colaboram. Aprendem a considerar diversas perspetivas e a construir consensos. Relacionam-se em grupos lúdicos, desportivos, musicais, artísticos, literários, políticos e outros, em espaços de discussão e partilha, presenciais ou a distância.

• Os alunos resolvem problemas de natureza relacional de forma pacífica, com empatia e com sentido crítico.

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Desenvolvimento pessoal e autonomia

• Estabelecer relações entre conhecimentos,

emoções e comportamentos; • Identificar áreas de interesse e de

necessidade de aquisição de novas competências;

• Consolidar e aprofundar as competências que já possuem, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida; • estabelecer objetivos, traçar planos e concretizar projetos, com sentido de responsabilidade e autonomia.

• Os alunos reconhecem os seus pontos fracos e

fortes e consideram-nos como ativos em diferentes aspetos da vida. Têm consciência da importância de crescerem e evoluírem. São capazes de expressar as suas necessidades e de procurar as ajudas e apoios mais eficazes para alcançarem os seus objetivos.

• Os alunos desenham, implementam e avaliam, com autonomia, estratégias para conseguir as metas e desafios que estabelecem para si próprios. São confiantes, resilientes e persistentes, construindo caminhos personalizados de aprendizagem de médio e longo prazo, com base nas suas vivências e em liberdade.

Bem-estar, saúde e ambiente

• adotar comportamentos que promovem a

saúde e o bem-estar, designadamente nos hábitos quotidianos, na alimentação, nos consumos, na prática de exercício físico, na sexualidade e nas suas relações com o ambiente e a sociedade;

• compreender os equilíbrios e as fragilidades do mundo natural na adoção de comportamentos que respondam aos grandes desafios globais do ambiente;

• manifestar consciência e responsabilidade ambiental e social, trabalhando colaborativamente para o bem comum, com vista à construção de um futuro sustentável.

• Os alunos são responsáveis e estão conscientes

de que os seus atos e as suas decisões afetam a sua saúde, o seu bem-estar e o ambiente. Assumem uma crescente responsabilidade para cuidarem de si, dos outros e do ambiente e para se integrarem ativamente na sociedade.

• Os alunos fazem escolhas que contribuem para a sua segurança e a das comunidades onde estão inseridos. Estão conscientes da importância da construção de um futuro sustentável e envolvem-se em projetos de cidadania ativa.

Sensibilidade estética e artística

• Reconhecer as especificidades e as

intencionalidades das diferentes manifestações culturais;

• Experimentar processos próprios das diferentes formas de arte;

• Apreciar criticamente as realidades artísticas, em diferentes suportes tecnológicos, pelo contacto com os diversos universos culturais;

• Valorizar o papel das várias formas de expressão artística.

• Os alunos desenvolvem o sentido estético,

mobilizando os processos de reflexão, comparação e argumentação em relação às produções artísticas e tecnológicas, integradas nos contextos sociais, geográficos, históricos e políticos.

• Os alunos valorizam as manifestações culturais das comunidades e participam autonomamente em atividades artísticas e culturais como público, criador ou intérprete, consciencializando-se das possibilidades criativas.

• Os alunos percebem o valor estético das experimentações e criações a partir de intencionalidades artísticas e tecnológicas, mobilizando técnicas e recursos de acordo com diferentes finalidades e contextos socioculturais.

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Estas aprendizagens regulam, normatizam e constituem-se como referência do desenvolvimento do processo de aprendizagem do Ensino Secundário, 10º ano e 11º ano, excluindo-se desta abrangência o 12ºano, por não estar compreendido na legislação recente que normatiza e globaliza o processo de ensino segundo o Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. As aprendizagens do 12º Ano regulam-se pela legislação, processo de aprendizagem e critérios de avaliação próprios.

77. Perfil das Aprendizagens Específicas, por Ciclos Curriculares, de acordo com o PASEO

385. Os Perfis das Aprendizagens Específicas por Ciclos Curriculares foram construídos tomando como referência base o Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. E integram, na sua formulação específica, as aprendizagens e competências nele formuladas.

386. No entanto, dando cumprimento ao nível e qualidade de desenvolvimento das competências e aprendizagens exaradas no Projeto Educativo do CDDS, os Perfis de

Saber científico, técnico e tecnológico

• compreender processos e fenómenos

científicos que permitam a tomada de decisão e a participação em fóruns de cidadania;

• manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar, transformar, imaginar e criar produtos e sistemas;

• executar operações técnicas, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para atingir um objetivo ou chegar a uma decisão ou conclusão fundamentada, adequando os meios materiais e técnicos à ideia ou intenção expressa;

• adequar a ação de transformação e criação de produtos aos diferentes contextos naturais, tecnológicos e socioculturais, em atividades experimentais, projetos e aplicações práticas desenvolvidos em ambientes físicos e digitais.

• Os alunos compreendem processos e fenómenos

científicos e tecnológicos, colocam questões, procuram informação e aplicam conhecimentos adquiridos na tomada de decisão informada, entre as opções possíveis.

• Os alunos trabalham com recurso a materiais, instrumentos, ferramentas, máquinas e equipamentos tecnológicos, relacionando conhecimentos técnicos, científicos e socioculturais.

• Os alunos consolidam hábitos de planeamento das etapas do trabalho, identificando os requisitos técnicos, condicionalismos e recursos para a concretização de projetos. Identificam necessidades e oportunidades tecnológicas numa diversidade de propostas e fazem escolhas fundamentadas.

Consciência e domínio do corpo

• Realizar atividades motoras, locomotoras,

não-locomotoras e manipulativas, integradas nas diferentes circunstâncias vivenciadas na relação do seu próprio corpo com o espaço;

• Dominar a capacidade percetivo-motora (imagem corporal, direcionalidade, afinamento percetivo e estruturação espacial e temporal);

• Ter consciência de si próprios a nível emocional, cognitivo, psicossocial, estético e moral por forma a estabelecer consigo próprios e com os outros uma relação harmoniosa e salutar.

• Os alunos reconhecem a importância das

atividades motoras para o seu desenvolvimento físico, psicossocial, estético e emocional.

• Os alunos realizam atividades não-locomotoras (posturais), locomotoras (transporte do corpo) e manipulativas (controlo e transporte de objetos).

• Os alunos aproveitam e exploram a oportunidade de realização de experiências motoras que, independentemente do nível de habilidade de cada um, favorece aprendizagens globais e integradas.

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Aprendizagens Específicas que se enunciam, seguidamente, para os Ciclos do Ensino Básico adotam, sobretudo ao nível dos Descritores descriminados, a expressão de maior qualificação das competências e aprendizagens, correspondendo ao perfil de escola do CDDS.

387. Não se altera nem se afeta a integridade das Aprendizagens Essenciais nem o Perfil das Aprendizagens dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mas reforçam-se as metodologias e estratégias de as perseguir e adquirir, subentendidas nos Descritores propostos em cada Perfil de Ciclo, nos quadros seguintes.

388. Adota-se a opção pelo Perfil das Aprendizagens Específicas por Ciclo, uma vez que se pretende salvaguardar e valorizar a continuidade e sequencialidade das aprendizagens. A sequencialidade pressupõe continuidade, consolidação e maturidade, seja com a proximidade e prosseguimento de estratégias e pedagogias educativas pré-desenvolvidas, seja com o prosseguimento do processo educativo com os intervenientes mutuamente pré-reconhecidos, seja com a vantagem que estes requisitos, coletivamente, contribuem para os objetivos de final de ciclo.

78. Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do Primeiro Ciclo

Quadro 28 – Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do Primeiro Ciclo

Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do Primeiro Ciclo

Áreas de Competências Competências Descritores

Linguagens e textos

• Utilizar corretamente e de forma

adequada a língua portuguesa nas situações de comunicação criadas nas diversas áreas do saber e em diferentes contextos;

• Identificar informação essencial em textos orais e escritos sobre temas conhecidos;

• Utilizar de forma correta linguagens das diferentes áreas do saber, para expressar o próprio pensamento, uma informação, uma ideia ou uma intenção;

• Os alunos usam linguagens verbais e não-

verbais para significar e comunicar, recorrendo a gestos, sons, palavras, números e imagens. Usam-nas para construir conhecimento.

• Os alunos reconhecem e usam linguagens simbólicas como elementos representativos do real e do imaginário.

• Os alunos dominam os códigos que os capacitam para a leitura e para a escrita (da língua materna e de línguas estrangeiras). Compreendem, interpretam e expressam factos, opiniões, conceitos, pensamentos e sentimentos, quer oralmente, quer por escrito.

Informação e comunicação

• Utilizar as TIC como fonte de

informação e pesquisa; • Utilizar diferentes saberes e

conhecimentos científicos e tecnológicos adequados à observação, e compreensão do meio ambiente natural e social.

• Os alunos pesquisam sobre matérias

escolares e temas do seu interesse. Recorrem à informação disponível em fontes documentais físicas e digitais – em redes sociais, na Internet, nos media, livros, revistas, jornais.

• Os alunos apresentam e explicam conceitos em grupos. Expõem o trabalho resultante das pesquisas feitas, de acordo com os objetivos definidos.

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Raciocínio e resolução de problemas

• Selecionar, organizar e interpretar a

informação para a utilizar adequadamente na resolução de questões, necessidades, problemas e conceção de projetos;

• Manifestar a capacidade de encontrar estratégias de resolução de problemas.

• Os alunos colocam e analisam questões a

investigar, distinguindo o que se sabe do que se pretende descobrir.

• Os alunos generalizam as conclusões de uma pesquisa, criando modelos e produtos para representar situações hipotéticas ou da vida real. Avaliam diferentes produtos de acordo com critérios de qualidade e utilidade em diversos contextos significativos.

Pensamento crítico e pensamento criativo

• Prestar atenção e comentar

acontecimentos e problemas do quotidiano mostrando curiosidade, envolvimento e capacidade de reflexão;

• Participar na vida da sala de aula, da escola e da comunidade de forma crítica, responsável e solidária;

• Identificar e analisar criticamente algumas intervenções humanas no meio ambiente.

• Os alunos observam, analisam e discutem

ideias, processos ou produtos centrando-se em evidências.

• Os alunos concetualizam cenários de aplicação das suas ideias e testam e decidem sobre a sua exequibilidade.

• Os alunos desenvolvem ideias e projetos criativos com sentido no contexto a que dizem respeito, recorrendo à imaginação, para promover a criatividade e a inovação.

Relacionamento interpessoal

• Cooperar com os outros e colaborar nas

atividades desenvolvidas em grupo; • Reconhecer a diversidade cultural ou

outra, respeitando e aceitando a diferença.

• Os alunos juntam esforços para atingir

objetivos, valorizando a diversidade de perspetivas sobre as questões em causa. Desenvolvem e mantêm relações diversas e positivas entre si e com os outros (comunidade, escola e família) em contextos de colaboração, cooperação e interajuda.

• Os alunos envolvem-se em conversas, trabalhos e experiências formais e informais: debatem, negoceiam, acordam, colaboram. Aprendem a considerar diversas perspetivas e a construir consensos.

• Os alunos resolvem problemas de natureza relacional de forma pacífica e com empatia.

Desenvolvimento pessoal e autonomia

• Realizar atividades por iniciativa própria

e estabelecer uma metodologia personalizada de trabalho, organização de tarefas e métodos de estudo;

• Consolidar as aprendizagens que já possuem.

• Os alunos reconhecem os seus pontos

fracos e fortes e consideram-nos como ativos em diferentes aspetos da vida. Têm consciência da importância de crescerem e evoluírem. São capazes de expressar as suas necessidades e de procurar as ajudas e apoios mais eficazes para alcançarem os seus objetivos.

• Os alunos desenham, implementam e avaliam estratégias para conseguir as metas e desafios que estabelecem para si próprios. São confiantes, construindo caminhos de aprendizagem de médio prazo, com base nas suas vivências e em liberdade.

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Bem-estar, saúde e ambiente

• Manifestar hábitos de vida saudáveis,

mostrando gosto pela prática da atividade física, respeito pelas normas de segurança pessoal e do uso coletivo dos espaços;

• Adotar comportamentos de defesa e conservação do património cultural e natural;

• Os alunos estão conscientes de que os seus

atos e as suas decisões afetam a sua saúde, o seu bem-estar e o ambiente. Assumem uma crescente sensibilidade para cuidarem de si, dos outros e do ambiente e para se integrarem ativamente na sociedade.

• Os alunos estão conscientes da importância da construção de um futuro sustentável.

Sensibilidade estética e artística

• Demonstrar gosto pela arte como forma

de apreender o mundo, recorrendo a referências e conhecimentos próprios de cada área artística;

• Mobilizar saberes e processos, através dos quais os alunos utilizem as diferentes formas de arte

• Os alunos desenvolvem o sentido estético,

mobilizando os processos de comparação em relação às produções artísticas e tecnológicas.

• Os alunos valorizam as manifestações culturais das comunidades e participam autonomamente em atividades artísticas e culturais.

• Os alunos percebem o valor estético das experimentações e criações, a partir dos saberes que dominam e conhecem.

Saber científico, técnico e tecnológico

• Manipular e manusear materiais e

instrumentos variados; • Experimentar e explorar fenómenos do

quotidiano, facilmente explicáveis em termos científicos;

• Tirar conclusões.

• Os alunos percebem processos e

fenómenos científicos e tecnológicos simples, colocam questões, procuram informação e aplicam conhecimentos adquiridos.

• Os alunos trabalham com recurso a materiais, instrumentos, ferramentas.

• Os alunos consolidam hábitos de planeamento das etapas do trabalho.

Consciência e domínio do corpo

• Realizar atividades motoras,

locomotoras, não locomotoras e manipulativas, integradas nas diferentes circunstâncias vivenciadas na relação do seu próprio corpo com o espaço

• Dominar a capacidade percetivo – motora;

• Ter consciência de si próprio a nível emocional, cognitivo, estético e moral.

• Os alunos reconhecem a importância das

atividades motoras para o seu desenvolvimento físico.

• Os alunos realizam atividades não-locomotoras (posturais), locomotoras (transporte do corpo) e manipulativas (controlo e transporte de objetos) ajustadas ao seu desenvolvimento.

• Os alunos aproveitam e exploram a oportunidade de realização de experiências motoras que, independentemente do nível de habilidade de cada um, favorece aprendizagens globais e integradas.

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79. Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do Segundo Ciclo

Quadro 29 – Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do Segundo Ciclo

Perfil das Aprendizagens Específicas no Final do 2º Ciclo

Áreas de Competências Competências Descritores

Linguagens e textos

• Utilizar diferentes linguagens e símbolos

associados às línguas (língua materna e línguas estrangeiras), à literatura, à música, às artes, às tecnologias, à matemática e à ciência;

• Compreender diferentes linguagens e símbolos associados às línguas (língua materna e línguas estrangeiras), à literatura, à música, às artes, às tecnologias, à matemática e à ciência;

• Aplicar estas linguagens de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação.

• Os alunos usam linguagens verbais e não-

verbais para significar e comunicar, recorrendo a gestos, sons, palavras, números e imagens. Usam-nas para construir conhecimento.

• Os alunos reconhecem e usam linguagens simbólicas como elementos representativos do real e do imaginário.

• Os alunos dominam os códigos que os capacitam para a leitura e para a escrita (da língua materna e de línguas estrangeiras). Compreendem, interpretam e expressam factos, opiniões, conceitos, pensamentos e sentimentos, quer oralmente, quer por escrito.

Informação e comunicação

• Utilizar instrumentos diversificados para

pesquisar, escrever e avaliar informação, de forma crítica, verificando diferentes fontes documentais;

• Transformar informação em conhecimento; • Colaborar em diferentes contextos

comunicativos, de forma adequada, utilizando diferentes tipos de ferramentas (analógicas e digitais), com base nas regras de conduta próprias de cada ambiente.

• Os alunos pesquisam sobre matérias escolares

e temas do seu interesse. Recorrem à informação disponível em fontes documentais físicas e digitais – em redes sociais, na Internet, nos media, livros, revistas, jornais. Avaliam a informação recolhida, cruzando diferentes fontes, para testar a sua credibilidade. Organizam a informação recolhida de acordo com um plano. Desenvolvem estes procedimentos de forma autónoma.

• Os alunos apresentam e explicam conceitos em grupos, apresentam ideias e projetos diante de audiências reais, presencialmente. Expõem o trabalho resultante das pesquisas feitas, de acordo com os objetivos definidos, concretizado em produtos discursivos, textuais, audiovisuais.

Raciocínio e resolução de problemas

• Interpretar informação e organizá-la; • Tomar decisões para resolver problemas; • Desenvolver processos com vista à resolução

de problemas com orientação.

• Os alunos colocam e analisam questões a

investigar, distinguindo o que se sabe do que se pretende descobrir. Definem e executam estratégias responder às questões iniciais.

• Os alunos generalizam as conclusões de uma pesquisa. Usam modelos para explicar um determinado sistema.

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Pensamento crítico e pensamento criativo

• Pensar de forma lógica observando,

analisando informação, experiências ou ideias, argumentando com vista à tomada de posição fundamentada;

• Prever e avaliar o impacto das suas decisões; • Desenvolver novas ideias e soluções, de

forma imaginativa, como resultado da interação com os outros ou da reflexão pessoal.

• Os alunos observam, analisam e discutem

ideias, processos ou produtos centrando-se em evidências. Usam critérios para apreciar essas ideias, processos ou produtos, construindo argumentos elementares.

• Os alunos concetualizam cenários de aplicação das suas ideias e testam e decidem sobre a sua exequibilidade. Avaliam o impacto das decisões adotadas. Os alunos desenvolvem ideias e projetos criativos com sentido no contexto a que dizem respeito, recorrendo à imaginação, inventividade e ao conhecimento existente, com o objetivo de promover a criatividade e a inovação.

Relacionamento interpessoal

• Adequar comportamentos em contexto de

cooperação, partilha, colaboração e competição;

• Trabalhar em equipa e usar diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;

• Interagir com empatia e responsabilidade desenvolvendo novas formas de estar na sociedade.

• Os alunos juntam esforços para atingir

objetivos, valorizando a diversidade de perspetivas sobre as questões em causa, tanto lado a lado como através de meios digitais. Desenvolvem e mantêm relações diversas e positivas entre si e com os outros (comunidade, escola e família) em contextos de colaboração, cooperação e interajuda.

• Os alunos envolvem-se em conversas, trabalhos e experiências formais e informais: debatem, negoceiam, acordam, colaboram. Aprendem a considerar diversas perspetivas e a construir consensos. Relacionam-se em grupos lúdicos, desportivos, musicais, e outros, em espaços de discussão e partilha, presenciais ou a distância.

• Os alunos resolvem problemas de natureza relacional de forma pacífica, com empatia e com sentido crítico.

Desenvolvimento pessoal e autonomia

• Estabelecer relações entre conhecimentos e

comportamentos; • Identificar áreas de interesse; • Consolidar as competências que já possuem.

• Os alunos reconhecem os seus pontos fracos e

fortes e consideram-nos como ativos em diferentes aspetos da vida. Têm consciência da importância de crescerem e evoluírem. São capazes de expressar as suas necessidades e de procurar as ajudas e apoios mais eficazes para alcançarem os seus objetivos.

• Os alunos desenham, implementam e avaliam estratégias para conseguir as metas e desafios que estabelecem para si próprios. São confiantes e capazes de construir caminhos personalizados de aprendizagem de médio prazo, com base nas suas vivências e em liberdade.

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Bem-estar, saúde e ambiente

• Adotar comportamentos que promovem a

saúde e o bem-estar, designadamente nos hábitos quotidianos, na alimentação, na prática de exercício físico e nas suas relações com o ambiente e a sociedade;

• Compreender os equilíbrios e as fragilidades do mundo natural na adoção de comportamentos que respondam aos grandes desafios globais do ambiente;

• Manifestar consciência e responsabilidade ambiental e social, trabalhando colaborativamente para o bem comum, com vista à construção de um futuro sustentável.

• Os alunos estão conscientes de que os seus

atos e as suas decisões afetam a sua saúde, o seu bem-estar e o ambiente. Assumem uma responsabilidade crescente para cuidarem de si, dos outros e do ambiente e para se integrarem ativamente na sociedade.

• Os alunos fazem escolhas que contribuem para a sua segurança e a das comunidades onde estão inseridos. Estão conscientes da importância da construção de um futuro sustentável.

Sensibilidade estética e artística

• Experimentar processos próprios das

diferentes formas de arte; • Apreciar as realidades artísticas em

diferentes suportes tecnológicos pelo contacto com os diversos universos culturais;

• Valorizar o papel das várias formas de expressão artística e do património na vida e na cultura das comunidades.

• Os alunos desenvolvem o sentido estético,

mobilizando os processos de comparação em relação às produções artísticas e tecnológicas, integradas nos contextos geográficos e históricos.

• Os alunos valorizam as manifestações culturais das comunidades e participam autonomamente em atividades artísticas e culturais como público.

• Os alunos percebem o valor estético das experimentações e criações a partir de intencionalidades artísticas, mobilizando técnicas e recursos de acordo com diferentes finalidades.

Saber científico, técnico e tecnológico

• Compreender processos e fenómenos

científicos que sustentam as tomadas de decisão;

• Manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar e utilizar produtos;

• Executar operações técnicas, sob orientação.

• Os alunos compreendem processos e

fenómenos científicos, colocam questões, procuram informação e aplicam conhecimentos adquiridos na tomada de decisão informada, entre as opções possíveis.

• Os alunos trabalham com recurso a materiais, instrumentos, ferramentas, relacionando conhecimentos técnicos, científicos e socioculturais.

• Os alunos consolidam hábitos de planeamento das etapas do trabalho, identificando os condicionalismos e recursos para a concretização de projetos.

Consciência e domínio do corpo

• Realizar atividades motoras, locomotoras,

não locomotoras e manipulativas, integradas nas diferentes circunstâncias vivenciadas na relação do seu próprio corpo com o espaço;

• Dominar a capacidade percetivo – motora; • Ter consciência de si próprio a nível

emocional, cognitivo, estético e moral.

• Os alunos reconhecem a importância das

atividades motoras para o seu desenvolvimento físico, psicossocial, estético e emocional.

• Os alunos realizam atividades não-locomotoras (posturais), locomotoras (transporte do corpo) e manipulativas (controlo e transporte de objetos).

• Os alunos aproveitam e exploram a oportunidade de realização de experiências motoras que, independentemente do nível de habilidade de cada um, favorece aprendizagens globais e integradas.

80. Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo

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Quadro 30 – Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo

Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do 3º Ciclo

Áreas de Competências Competências Descritores

Linguagens e textos

• Utilizar de modo proficiente diferentes

linguagens e símbolos associados às línguas (língua materna e línguas estrangeiras), à literatura, à música, às artes, às tecnologias, à matemática e à ciência;

• Compreender diferentes linguagens e símbolos associados às línguas (língua materna e línguas estrangeiras), à literatura, à música, às artes, às tecnologias, à matemática e à ciência;

• Aplicar as linguagens de modo adequado aos diferentes contextos de comunicação, em ambientes analógico e digital.

• Os alunos usam linguagens verbais e não-

verbais para significar e comunicar, recorrendo a gestos, sons, palavras, números e imagens. Usam-nas para construir conhecimento, compartilhar sentidos nas diferentes áreas do saber.

• Os alunos reconhecem e usam linguagens simbólicas como elementos representativos do real, essenciais aos processos de expressão e comunicação em diferentes situações, pessoais, sociais.

• Os alunos dominam os códigos que os capacitam para a leitura e para a escrita (da língua materna e de línguas estrangeiras). Compreendem, interpretam e expressam factos, opiniões, conceitos, pensamentos e sentimentos, quer oralmente, quer por escrito, quer através de outras codificações. Identificam, utilizam e criam diversos produtos literários, musicais, artísticos, matemáticos e científicos.

Informação e comunicação

• Utilizar e dominar instrumentos

diversificados para pesquisar, descrever, avaliar e validar, de forma crítica e autónoma, verificando diferentes fontes documentais e a sua credibilidade;

• Transformar a informação em conhecimento;

• Colaborar em diferentes contextos comunicativos, de forma adequada e segura, utilizando diferentes tipos de ferramentas (analógicas e digitais), com base nas regras de conduta próprias de cada ambiente.

• Os alunos pesquisam sobre matérias

escolares e temas do seu interesse. Recorrem à informação disponível em fontes documentais físicas e digitais – em redes sociais, na Internet, nos media, livros, revistas, jornais. Avaliam e validam a informação recolhida, cruzando diferentes fontes, para testar a sua credibilidade. Organizam a informação recolhida de acordo com um plano, com vista à elaboração e à apresentação de um novo produto ou experiência.

• Os alunos apresentam e explicam conceitos em grupos, apresentam ideias e projetos presencialmente. Expõem o trabalho resultante das pesquisas feitas, de acordo com os objetivos definidos, concretizado em produtos textuais, audiovisuais e/ou multimédia, respeitando as regras próprias de cada ambiente.

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Raciocínio e resolução de problemas

• Interpretar informação e conduzir

pesquisas; • Tomar decisões para resolver

problemas; • Desenvolver processos com vista à

resolução de problemas, usando recursos diversificados.

• Os alunos colocam e analisam questões a

investigar, distinguindo o que se sabe do que se pretende descobrir. Definem e executam estratégias adequadas para responder às questões iniciais. Analisam as conclusões a que chegam, reformulando, se necessário, as estratégias adotadas.

• Os alunos generalizam as conclusões de uma pesquisa, criando modelos e produtos para representar situações hipotéticas ou da vida real. Usam modelos para explicar um determinado sistema. Avaliam diferentes produtos de acordo com critérios de qualidade e utilidade em diversos contextos significativos.

Pensamento crítico e pensamento criativo

• Pensar de forma lógica, observando,

analisando informação, experiências ou ideias, argumentando com recurso a critérios explícitos, com vista à tomada de posição fundamentada;

• Convocar diferentes conhecimentos, de matriz científica e humanística, para pensar criticamente;

• Prever e avaliar o impacto das suas decisões;

• Desenvolver novas ideias e soluções, de forma imaginativa, como resultado da interação com outros ou da reflexão pessoal, aplicando-as a diferentes contextos.

• Os alunos observam, analisam e discutem

ideias, processos ou produtos centrando-se em evidências. Usam critérios para apreciar essas ideias, processos ou produtos, construindo argumentos para a fundamentação das tomadas de posição.

• Os alunos concetualizam cenários de aplicação das suas ideias e testam e decidem sobre a sua exequibilidade. Avaliam o impacto das decisões adotadas.

• Os alunos desenvolvem ideias e projetos criativos com sentido no contexto a que dizem respeito, recorrendo à imaginação, inventividade e flexibilidade.

Relacionamento interpessoal

• Adequar comportamentos em contextos

de cooperação, partilha, colaboração e competição;

• Trabalhar em equipa e usar diferentes meios para comunicar presencialmente e em rede;

• Interagir com tolerância, empatia e responsabilidade e argumentar, negociar e aceitar diferentes pontos de vista, desenvolvendo novas formas de estar na sociedade.

• Os alunos juntam esforços para atingir

objetivos, valorizando a diversidade de perspetivas sobre as questões em causa, tanto lado a lado como através de meios digitais. Desenvolvem e mantêm relações diversas e positivas entre si e com os outros (comunidade, escola e família) em contextos de colaboração, cooperação e interajuda.

• Os alunos envolvem-se em conversas, trabalhos e experiências formais e informais: debatem, negoceiam, acordam, colaboram. Aprendem a considerar diversas perspetivas e a construir consensos. Relacionam-se em grupos lúdicos, desportivos, musicais, artísticos, e outros, em espaços de discussão e partilha, presenciais ou a distância.

• Os alunos resolvem problemas de natureza relacional de forma pacífica, com empatia e com sentido crítico.

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Desenvolvimento pessoal e autonomia

• Estabelecer relações entre

conhecimentos, emoções e comportamentos;

• Identificar áreas de interesse e de necessidade de aquisição de novas competências;

• Consolidar e aprofundar as competências que já possuem;

• Estabelecer objetivos e traçar planos, com sentido de responsabilidade e autonomia.

• Os alunos reconhecem os seus pontos

fracos e fortes e consideram-nos como ativos em diferentes aspetos da vida. Têm consciência da importância de crescerem e evoluírem. São capazes de expressar as suas necessidades e de procurar as ajudas e apoios mais eficazes para alcançarem os seus objetivos.

• Os alunos desenham, implementam e avaliam, com autonomia, estratégias para conseguir as metas e desafios que estabelecem para si próprios. São confiantes, resilientes e persistentes, construindo caminhos personalizados de aprendizagem de médio e longo prazo, com base nas suas vivências e em liberdade.

Bem-estar, saúde e ambiente

• Adotar comportamentos que promovem

a saúde e o bem-estar, designadamente nos hábitos quotidianos, na alimentação, nos consumos, na prática de exercício físico, na sexualidade e nas suas relações com o ambiente e a sociedade;

• Compreender os equilíbrios e as fragilidades do mundo natural na adoção de comportamentos que respondam aos grandes desafios globais do ambiente;

• Manifestar consciência e responsabilidade ambiental e social, trabalhando colaborativamente para o bem comum, com vista à construção de um futuro sustentável.

• Os alunos são responsáveis e estão

conscientes de que os seus atos e as suas decisões afetam a sua saúde, o seu bem-estar e o ambiente. Assumem uma crescente responsabilidade para cuidarem de si, dos outros e do ambiente e para se integrarem ativamente na sociedade.

• Os alunos fazem escolhas que contribuem para a sua segurança e a das comunidades onde estão inseridos. Estão conscientes da importância da construção de um futuro sustentável e envolvem-se em projetos de cidadania ativa.

Sensibilidade estética e artística

• Reconhecer as especificidades e as

intencionalidades das diferentes manifestações culturais;

• Experimentar processos próprios das diferentes formas de arte;

• Apreciar realidades artísticas, em diferentes suportes tecnológicos, pelo contacto com os diversos universos culturais;

• Valorizar o papel das várias formas de expressão artística e do património material e imaterial na vida e na cultura das comunidades.

• Os alunos desenvolvem o sentido estético,

mobilizando os processos de reflexão, comparação e argumentação em relação às produções artísticas e tecnológicas, integradas nos contextos sociais, geográficos e históricos.

• Os alunos valorizam as manifestações culturais das comunidades e participam autonomamente em atividades artísticas e culturais como público, criador ou intérprete.

• Os alunos percebem o valor estético das experimentações e criações a partir de intencionalidades artísticas e tecnológicas, mobilizando técnicas e recursos de acordo com diferentes finalidades e contextos socioculturais.

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Saber científico, técnico e tecnológico

• Compreender processos e fenómenos

científicos que sustentam as tomadas de decisão;

• Manipular e manusear materiais e instrumentos diversificados para controlar, utilizar, e imaginar produtos;

• Executar operações técnicas, sob orientação, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para atingir um objetivo ou chegar a uma decisão ou conclusão.

• Os alunos compreendem processos e

fenómenos científicos e tecnológicos, colocam questões, procuram informação e aplicam conhecimentos adquiridos na tomada de decisão informada, entre as opções possíveis.

• Os alunos trabalham com recurso a materiais, instrumentos, ferramentas, equipamentos tecnológicos, relacionando conhecimentos técnicos e científicos.

• Os alunos consolidam hábitos de planeamento das etapas do trabalho, identificando os requisitos técnicos para a concretização de projetos. Identificam necessidades e oportunidades tecnológicas numa diversidade de propostas.

Consciência e domínio do corpo

• Realizar atividades motoras,

locomotoras, não-locomotoras e manipulativas, integradas nas diferentes circunstâncias vivenciadas na relação do seu próprio corpo com o espaço;

• Dominar a capacidade percetivo-motora (imagem corporal, direcionalidade, afinamento percetivo e estruturação espacial e temporal);

• Ter consciência de si próprio a nível emocional, cognitivo, psicossocial, estético e moral por forma a estabelecer consigo próprio e com os outros uma relação harmoniosa.

• Os alunos reconhecem a importância das

atividades motoras para o seu desenvolvimento físico, psicossocial, estético e emocional.

• Os alunos realizam atividades não-locomotoras (posturais), locomotoras (transporte do corpo) e manipulativas (controlo e transporte de objetos).

• Os alunos aproveitam e exploram a oportunidade de realização de experiências motoras que, independentemente do nível de habilidade de cada um, favorece aprendizagens globais e integradas.

81. Parâmetros de Escola dos Critérios Específicos de Avaliação

389. A legislação de referência sobre os Critérios de Avaliação, a que se alude no Enquadramento Legal, e conforme se refere no ponto reservado aos Pressupostos Normativos Legais dos Critérios de Avaliação das Aprendizagens, estabelece a obrigatoriedade de definirem-se, nos Critérios de Avaliação, a importância relativa a cada um dos domínios ou temas, relativamente às Aprendizagens Essenciais, sobretudo no que se refere à valorização da Competência da Oralidade e à Dimensão Prática e ou Experimental das aprendizagens a desenvolver.

390. Enunciam-se, aqui, os Parâmetros de Escola dos Critérios Específicos de Avaliação que regulam, organizam e estruturam os Critérios Específicos Disciplinares, a elaborar nos Departamentos Disciplinares ou Áreas Disciplinares.

391. Domínios das Aprendizagens e Competências

Os Domínios de Avaliação constituem os referentes estruturantes dos Programas Disciplinares, Aprendizagens, Competências, Estratégias, Metodologias e Procedimentos Pedagógico-didáticos que serão selecionados como objeto da avaliação

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por Disciplina, e que deverão cumprir, de forma relevante, adequada e exequível, os Princípios, Áreas de Competências e Valores inscritos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

392. Os domínios deverão organizar-se, em cada âmbito disciplinar, de acordo com uma das seguintes tipologias:

§ Domínios Temáticos – os que organizam as aprendizagens e competências a desenvolver e hierarquizar a partir dos Temas Programáticos da Disciplina, e diferenciam a importância relativa de cada tema programático, recorrendo ao valor percentual parcial a atribuir a cada tema, dentro do conjunto global do programa da disciplina. Os critérios específicos disciplinares deverão discriminar as fórmulas de produção da avaliação a atribuir em cada momento formal de avaliação sumativa.

Nesta tipologia, as temáticas programáticas serão o ponto de partida para a definição de metodologias, calendarização, cargas letivas, estratégias e procedimentos pedagógico-didáticos e técnicas, recursos e instrumentos de avaliação de cada Disciplina.

§ Domínios de Competências Metodológicas – os que organizam as aprendizagens e as competências a desenvolver a partir de Princípios Metodológicos Específicos das disciplinas como estruturantes para garantir, com êxito mais qualificado, a aquisição de aprendizagens, conhecimentos e capacidades a partir das aprendizagens estabelecidas no programa da disciplina. A diferenciação relativa de cada Competência Metodológica deverá estar definida nos Critérios de Avaliação Específicos Disciplinares.

Nesta tipologia, as competências metodológicas serão o ponto de partida para a definição de metodologias, calendarização, cargas letivas, estratégias e procedimentos pedagógico-didáticos, e técnicas, recursos e instrumentos de avaliação de cada Disciplina.

§ Domínios de Conceitos Operativos – os que organizam as aprendizagens e competências a partir de um núcleo de Conceitos Operativos Estruturantes como forma de melhor garantirem o bom êxito das aprendizagens, em contextos diversificados de aplicação, de saber, de relacionar, de comparar, de integrar, garantindo a aprendizagem por consolidação e por prática experimental. A diferenciação relativa de cada Conceito Operativo deverá estar definida nos Critérios de Avaliação Específicos Disciplinares.

Nesta tipologia, os Conceitos Operativos serão o ponto de partida para a definição de metodologias, calendarização, cargas letivas, estratégias e procedimentos pedagógico-didáticos, e técnicas, recursos e instrumentos de avaliação de cada Disciplina.

393. Dimensão Experimental da Aprendizagem – As metodologias, estratégias e procedimentos pedagógico-didáticos conducentes às aprendizagens e à aquisição de competências e capacidades deverão ser organizadas e estruturadas com momentos e eventos em que a dimensão prática ou experimental constitua forma estruturante de

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aprendizagem. A diversificação e tipificação experimental deverão estar delineadas nas Planificações Disciplinares Curriculares, e ser incluída nas técnicas, recursos e instrumentos de avaliação de cada Disciplina.

A dimensão experimental poderá ser concretizada mediante a implementação de Trabalho de Projeto, Trabalho de Pesquisa e Investigação, Trabalho de Área Laboratorial, Trabalho de Recolha Orientada de Informação, Trabalho de Tratamento de Informação, ou outras modalidades, ou outros, de acordo com as opções metodológicas de cada Disciplina.

394. Dimensão da Comunicação e Oralidade – As aprendizagens e competências deverão ser prosseguidas, experimentadas, aplicadas com recurso ao exercício de diferentes linguagens e formas de comunicação, escritas, orais, de imagem, multimédia ou de outro registo, nas quais os alunos o domínio das mesmas, a aprendizagem da comunicação perante auditórios diversificados e experiências de cooperação e autonomia. A diversificação e tipificação da componente da comunicação deverão estar delineadas nas Planificações Disciplinares Curriculares, ser incluída nas técnicas, recursos e instrumentos de avaliação de cada Disciplina.

A componente de Comunicação deverá ser concretizada mediante a implementação de Apresentações Orais, Debates Dirigidos ou de Exercício de Contraditório, Relatos, Discursos, ou outras modalidades, de acordo com as opções metodológicas de cada Disciplina.

395. O Domínio Transversal da Formação Integral – O Domínio Transversal da Formação Integral é constituído por valores, desempenhos, competências e atitudes adequados ao desenvolvimento etário do aluno e à sua progressão escolar, que se comprovam como consolidados e integrados, de forma a exprimir a sua autonomia, maturidade pessoal, educação para a cidadania e integração social e humana.

396. O Domínio Transversal da Formação Integral deve, ainda, segundo a Legislação Vigente relativa ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, conforme se elenca no Enquadramento Legal, consubstanciar a Visão de Aluno defendida no PASEO e os Valores por que se deve pautar a Cultura de Escola. Por isso mesmo, o Domínio Transversal da Formação Integral que a seguir se enuncia é comum a toda a escola.

397. Elencam-se os conteúdos do Domínio Transversal da Formação Integral, que devem ser integrados e definidos nos Critérios de Avaliação Específicos Disciplinares, com a diferenciação valorativa percentual atribuída e o nível de exigência e desenvolvimento adequados a cada Ciclo, uma vez que cada área curricular contribui, obrigatoriamente, para o desenvolvimento de todas as áreas de competência consideradas no Perfil dos Alunos.

398. Enunciam-se os seguintes descritores do Domínio Transversal da Formação Integral:

§ Responsabilidade e integridade – Respeitar-se a si mesmo e aos outros; saber agir eticamente, consciente da obrigação de responder pelas próprias ações; ponderar as ações próprias e alheias em função do bem comum.

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§ Excelência e exigência – Aspirar ao trabalho bem feito, ao rigor e à superação; ser perseverante perante as dificuldades; ter consciência de si e dos outros; ter sensibilidade e ser solidário para com os outros.

§ Curiosidade, reflexão e inovação – Querer aprender mais; desenvolver o pensamento reflexivo, crítico e criativo; procurar novas soluções e aplicações.

§ Cidadania e participação – Demonstrar respeito pela diversidade humana e cultural e agir de acordo com os princípios dos direitos humanos; negociar a solução de conflitos em prol da solidariedade e da sustentabilidade ecológica; ser interventivo, tomando a iniciativa e sendo empreendedor.

§ Liberdade e autonomia – Manifestar a autonomia pessoal centrada nos direitos humanos, na democracia, na cidadania, na equidade, no respeito mútuo, na livre escolha e no bem comum.

§ Multiplicidade de Literacias – Ser capaz de analisar e questionar criticamente a realidade, avaliar e selecionar informação, formular hipóteses e tomar decisões fundamentais para o seu dia-a-dia.

§ Tecnologias de Informação e Comunicação – Usar, dominar as tecnologias de referência do mundo contemporâneo de informação e comunicação digital, de imagem e multimédia, e saber integrá-las nas atividades e trabalhos realizados no processo de aprendizagem.

82. Técnicas, Recursos e Instrumentos de avaliação

399. A fim de proporcionar a sistematização e a apresentação dos procedimentos relativos à avaliação, segundo a legislação mais recente, elencada no Enquadramento Legal, que normatiza a diversidade de técnicas, recursos e instrumentos de avaliação, adequadas às aprendizagens e ao contexto dos alunos, em particular, definem-se as mesmas, em função dos objetivos educativos que preconizam, em função dos pressupostos normativos dos critérios de avaliação e em função da especificidade das diferentes disciplinas curriculares.

400. Na formulação das quatro técnicas a privilegiar, do inquérito, da observação, da análise de conteúdo e da testagem, e dos objetivos que se apresentam associados a cada técnica, existe manifesta a prossecução de regular as técnicas, recursos e instrumentos de avaliação pelos imperativos reguladores legais, mas também o desafio de prosseguir um nível mais qualificado de aprendizagens e competências do que aquele que se consagra nas Aprendizagens Essenciais, em função dos princípios educativos enunciados no Projeto Educativo.

401. Os recursos e instrumentos a implementar, por cada disciplina ou área disciplinar, deverão estar indicados, definidos e caracterizados nos Critérios Específicos de Avaliação Disciplinares, bem como a importância de cada um, no conjunto de todos os instrumentos, na aferição das competências e aprendizagens adquiridas.

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Quadro 31 – Recursos e instrumentos de avaliação.

Técnicas, Recursos e Instrumentos de avaliação

Técnicas Recursos e Instrumentos Objetivos

Inquérito

Questionários – Instrumentos utilizados para avaliar atitudes, opiniões e perceções.

§ Análise do ponto da situação. § Autoavaliação, coavaliação e

heteroavaliação.

Observação

§ Grelhas de observação – Instrumento de recolha de

informação sobre a frequência ou progressão de um comportamento ou atitude.

§ Escalas de classificação – Grelha que contempla uma quantificação hierarquizada com classificação a atribuir, medindo o nível de consecução de uma ação.

§ Listas de verificação – Forma rápida e simples de registar a presença ou ausência de uma característica ou de um desempenho.

§ Avaliação de competências

dos domínios procedimental e atitudinal.

§ Avaliação do nível de compromisso educativo dos alunos.

Análise de conteúdo

§ Relatórios – Reporte de ação, investigação, experiência ou

prática de aprendizagem, respondendo a tópicos convencionados.

§ Diários de aprendizagem – Registos contínuos de progressão, de respostas educativas, dificuldades e êxitos ocorridos.

§ Portefólios – recolha organizada de fontes de estudo ou aprendizagem e de trabalhos produzidos como concretização de aprendizagens.

§ Cadernos digitais – Plataformas informáticas de turma, em que cada aluno possui apenas acesso aos registos, e o professor aos de todos os alunos.

§ Guiões – Indicações, instruções, procedimentos, calendarização de todo o processo associado ao trabalho a desenvolver.

§ Guiões de trabalho – Indicações organizadas para a produção de trabalhos.

§ Trabalho de Projeto – Investigação e pesquisa, individual ou de grupo, com seleção, comparação e tratamento de informação, com questão/tema orientado ou livre, que produza informação e resultados construídos com inovação, originalidade e aplicação práticas das aprendizagens e competência adquiridas.

§ Avaliação de competências

dos domínios conceptual, procedimental e atitudinal específicas de cada disciplina, visando também a certificação das aprendizagens decorrentes do desenvolvimento de projetos interdisciplinares.

§ Avaliação das componentes prática e experimental do processo de aprendizagem, quer as que se situam na área da iniciativa os alunos, quer as propostas pelos docentes.

§ Avaliação da capacidade de pesquisa e investigação.

Testagem

§ Provas de avaliação – Conjunto de questões e formulações,

com recurso a tipologia diversa, para aferição das aprendizagens e capacidades adquiridas pelo aluno.

§ Questões de aula – Questão/trabalho únicos, de resolução breve, para aferir aprendizagem específica, segundo metodologias indicadas.

§ Apresentações orais – Desenvolvimentos oral de temas e assuntos, segundo planificação prévia e regras estipuladas.

§ Atividades de expressão plástica – Trabalhos bidimensionais e tridimensionais, que exprimem criatividade, segundo técnicas, regras e orientações prévias.

§ Mapas conceptuais – Organização de temas ou assuntos hierarquizados e ordenados em conceitos.

§ Avaliação das iniciativas

multiformes da componente da oralidade, comunicação e expressão, e do domínio dos fatores integrantes da comunicação (conceitos, vocabulário, ideias, linguagem técnica).

§ Avaliação da linguagem das diferentes formas de expressão artística e criativa, da sua versatilidade e capacidades inovadoras.

Relatório reflexivo

§ Relatório reflexivo individual de percurso de trabalho – reflexão sobre o trabalho desenvolvido, em que o aluno discorre sobre os conhecimentos adquiridos e não adquiridos, os valores e verdades que foram objeto de descoberta e a forma como, enquanto «eu», esses aspetos apreendidos o ajudam a posicionar-se perante o(s) outro(s).

§ Avaliar a formação do aluno na unidade integral do seu ser.

§ Trabalhar a sua construção da identidade e desenvolver o seu espírito crítico.

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83. Avaliação em Cidadania e Desenvolvimento

402. No ensino básico, as aprendizagens na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento consubstanciam-se no desenvolvimento de competências cognitivas, pessoais, sociais, éticas e emocionais, integradas no currículo, em articulação com o PASEO.

403. As metodologias de avaliação adotadas privilegiam situações de reflexão, ação e análise crítica, em que os alunos aprendam, através de desafios da vida real, e em que tenham de formar-se na tomada de decisões, de forma consciente, a perceberem as implicações das suas decisões e ações na sua relação com os outros e na integração na sociedade.

404. Em função disso, tomando como referência principal o princípio da articulação entre a forma como se aprende e a forma como se avalia, a avaliação das aprendizagens na disciplina:

405. Integra competências de natureza cognitiva, pessoal, social, ética e emocional, desenvolvidas e demonstradas por cada aluno, através de evidências da sua atuação, num quadro de valorização de processos de autoavaliação e coavaliação;

406. 14.5. Mobiliza técnicas e instrumentos de avaliação diversificados, no sentido de se valorizar as modalidades diagnóstica e formativa, permitindo regular as aprendizagens e contextualizá-las face aos objetivos e metas da Estratégia de Educação para a Cidadania na Escola.

407. De acordo com o estipulado na legislação de referência, referida no Enquadramento Legal, a Avaliação Sumativa de Cidadania e Desenvolvimento, processa-se da seguinte forma, ao nível de escola:

§ Primeiro Ciclo – Menção qualitativa, acompanhada de uma apreciação descritiva em todas as componentes do currículo;

§ Segundo e Terceiro Ciclos – Escala numérica de 1 a 10 (5.º, 6.º, 7.º e 8.º anos) e escala numérica de 1 a 5 (9.º ano), em todas as disciplinas;

§ Ensino Secundário – A componente de Cidadania e desenvolvimento não é objeto de avaliação sumativa, sendo alvo de registo, no certificado de conclusão da escolaridade obrigatória, a participação do aluno nos projetos desenvolvidos neste âmbito.

408. Os critérios de avaliação, definidos pela escola e pelo Conselho de Turma, consideram o impacto da participação dos alunos nas atividades realizadas na escola e na comunidade, por sua iniciativa ou por solicitação da escola/comunidade, devendo estas constar no certificado de conclusão da escolaridade obrigatória.

409. A definição dos critérios implica a reflexão coletiva acerca da operacionalização da avaliação desta componente curricular, materializada pela articulação do contributo de todas as disciplinas na construção de uma cidadania ativa e participada, pelo que a seleção dos descritores operativos das competências deverá ser criteriosa e participada.

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84. Avaliação das Aprendizagens e Competências da Educação Pré-Escolar

410. A avaliação na EPE não classifica as aprendizagens nem emite juízos de valor sobre o modo como a criança age. Afere a evolução das aprendizagens num processo de comparação intra-individual.

411. A avaliação assume uma dimensão marcadamente formativa e desenvolve-se num processo contínuo e interpretativo dos progressos e das aprendizagens enquanto elementos reguladores da ação. Este processo é orientado pelo educador, de modo que a criança identifique os seus progressos, as dificuldades e os modos de as ultrapassar.

412. A avaliação das aprendizagens é sistematizada, trimestralmente, através de sínteses descritivas por Áreas de Conteúdo previstas nas OCEPE, abordando o modo como a criança aprende, como processa a informação, como constrói conhecimento ou resolve problemas. Os processos e resultados da avaliação são dados a conhecer aos encarregados de educação em reunião para o efeito.

413. As modalidades de avaliação são essencialmente a diagnóstica e a formativa.

414. A avaliação diagnóstica tem como objetivo a caraterização do grupo e de cada criança, no sentido da adoção e/ou reajustamento de estratégias de diferenciação pedagógica, elaboração, adequação e reformulação do PCG.

415. A avaliação formativa assume uma dimensão contínua.

416. A avaliação assenta nos seguintes instrumentos e procedimentos:

§ Observação;

§ Abordagens narrativas;

§ Registos de autoavaliação (5 anos);

§ Portefólio construídos com as crianças.

§ Produções/trabalhos das crianças

§ Sínteses descritivas trimestrais.

§ Calendarização da avaliação.

§ Avaliação diagnóstica: em setembro e ao longo do ano, sempre que necessário e oportuno.

§ Avaliação formativa: num processo contínuo e sistemático.

85. Avaliação das Aprendizagens e Competências do Primeiro Ciclo

417. Na avaliação das aprendizagens e competências do Primeiro Ciclo, devem ser observadas as seguintes orientações:

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418. A avaliação das aprendizagens compreende as modalidades de avaliação diagnóstica, de avaliação formativa e de avaliação sumativa e, para o terceiro e quarto anos de escolaridade, a autoavaliação do aluno, no final de cada ano.

419. A avaliação formativa é a forma de avaliação privilegiada no Primeiro Ciclo, com carácter contínuo e sistemático. Recorre a uma variedade de instrumentos e recursos, segundo as técnicas definidas a nível de escola, de acordo com a natureza das aprendizagens e dos contextos em que estas decorrem

420. A avaliação sumativa realiza-se no final de cada período letivo, utiliza a informação recolhida no âmbito da avaliação formativa e traduz-se na formulação de um juízo globalizante sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos.

421. Os princípios, valores e procedimentos relativos à Avaliação definidos na Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS, no Projeto Educativo, devem ser salvaguardados e assumidos como corpo valorativo orientador de todo o processo de Avaliação.

422. O Domínio Transversal da Formação Integral deve, ao nível dos Descritores de Desempenho, ser ajustado à maturidade, idade, desenvolvimento mental, afetivo e psíquico dos alunos.

423. Os critérios transversais definidos de avaliação de Educação e Formação para a Cidadania e Desenvolvimento devem especificar o contributo das Disciplinas ou Áreas Disciplinares para essa avaliação.

424. Nos Critérios Específicos de Avaliação de Disciplina ou Áreas Disciplinares deve dar-se definição do contributo de cada uma das Disciplinas ou Áreas disciplinares para a avaliação dos DAC, caso tenham sido constituídos.

425. A avaliação dos alunos do Primeiro Ciclo é realizada atendendo à Legislação de Referência Vigente, aos Critérios Gerais de Avaliação de Escola e aos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo, a seguir apresentados, que deverão exprimir-se nos Critérios Específicos de Disciplina ou Área Curricular ou Área disciplinar.

426. Na definição, organização e estruturação das Planificações Curriculares e dos Critérios de Avaliação Específicos de Disciplina de cada Turma/Ano de Escolaridade deve dar-se evidência, especificação e concretização dos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo que se enunciam no seguinte Quadro, salvaguardando o contexto educativo, o ano de escolaridade, o perfil educativo dos alunos e a melhor prossecução do êxito das aprendizagens.

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Quadro 32 – Critérios de Avaliação Específicos do Primeiro Ciclo

Critérios de Avaliação Específicos do Primeiro Ciclo

Domínios Áreas de Ponderação % Recursos e Instrumentos de Avaliação a privilegiar

1.Domínios

temáticos, das competências metodológicas e conceitos operativos das Disciplinas e Áreas Curriculares

§ Aquisição de aprendizagens; § Aquisição de competências; § Progressão na aprendizagem;

80%

1. Inquérito

§ Questionários. § Outros.

2.Dimensão

Experimental da Aprendizagem

§ Pesquisa (recolha, seleção e

interpretação de diferentes tipos de informação);

§ Interpretação dos conhecimentos adquiridos;

§ Aplicação de conhecimentos a situações diversificadas;

§ Articulação de conhecimentos da mesma disciplina ou de outras disciplinas;

2. Observação

§ Grelhas de observação. § Escalas de classificação. § Listas de verificação. § Pesquisas. § Trabalho de Projeto. § Outros.

3. Dimensão da

Comunicação e Oralidade

§ Comunicação; § Produção escrita; § Tecnologia de informação e

comunicação digital;

3. Análise de

conteúdo

§ Relatórios de percurso, de experiência, de projeto.

§ Diários de aprendizagem. § Portefólios. § Cadernos digitais. § Guiões. § Guiões de trabalho. § Outros.

4. Domínio

Transversal da Formação Integral

§ Responsabilidade e integridade § Excelência e exigência § Curiosidade, reflexão e inovação § Cidadania e participação § Liberdade e autonomia § Multiplicidade de Literacias § Tecnologias de Informação e

Comunicação

20%

5.Testagem

§ Provas de avaliação. § Questões de aula. § Apresentações orais. § Atividades de expressão

plástica. § Mapas conceptuais. § Outros.

Expressão da Avaliação: Instrumentos de Avaliação - Avaliação Sumativa

Menção Qualitativa Menção Quantitativa Nível * Muito Bom 10

Bom 8 a 9 Suficiente 6 a 7

Insuficiente 1 a 5 * No Primeiro Ano de Escolaridade, a informação resultante da Avaliação Sumativa, no Primeiro e Segundo Períodos, pode expressar-se apenas de forma descritiva. § No Segundo, Terceiro e Quarto Anos de Escolaridade, a informação resultante da Avaliação Sumativa expressa-se, em

todas as disciplinas, numa escala de 1 a 10. § A equivalência entre a Menção Qualitativa e a Menção de Nível é a que se exprime no presente quadro. § Sempre que se considere relevante, a Menção Qualitativa, bem como a de Nível deve ser acompanhada, na ficha de

registo de avaliação, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar.

§ Na informação sobre os resultados dos Instrumentos de Avaliação, deve referir-se a Menção Qualitativa obtida pelo aluno, acrescida de apreciação descritiva sobre as áreas a melhorar ou consolidar.

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427. No Primeiro Ano de Escolaridade, não há lugar a retenção, exceto se tiver sido ultrapassado o limite de faltas injustificadas.

428. Em caso de retenção, nos Segundo, Terceiro e Quarto anos, o professor deve elaborar um relatório analítico que identifique as aprendizagens não realizadas pelo aluno, as quais deverão ser tomadas em consideração na elaboração do Plano de Atividades de Turma em que o aluno venha a ser integrado no ano letivo subsequente.

429. Na tomada de decisão acerca de retenção repetida no mesmo ciclo, o encarregado de educação do aluno deve dar o seu parecer, deve ser ouvido o Conselho de Docentes e pedido o parecer e a aprovação do Conselho Pedagógico.

430. A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou retenção do aluno expressa através das menções:

§ 1.º ano de escolaridade – Transitou.

§ 2.º e 3.º anos de escolaridade – Transitou / Não Transitou.

§ 4.º ano de escolaridade – Aprovado/ Não Aprovado.

86. Avaliação das Aprendizagens e Competências do Segundo Ciclo

431. A avaliação dos alunos do Segundo Ciclo é realizada atendendo à Legislação de Referência Vigente, aos Critérios Gerais de Avaliação de Escola e aos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo, a seguir apresentados, que deverão exprimir-se nos Critérios Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar.

432. Os princípios, valores e procedimentos relativos à Avaliação definidos na Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS, no Projeto Educativo, devem ser salvaguardados e assumidos como corpo valorativo orientador de todo o processo de Avaliação.

433. O Domínio Transversal da Formação Integral deve, ao nível dos Descritores de Desempenho, ser ajustado à maturidade, idade, desenvolvimento mental, afetivo e psíquico dos alunos.

434. Os critérios transversais definidos de avaliação de Educação e Formação para a Cidadania e Desenvolvimento devem especificar o contributo de cada Disciplina para essa avaliação.

435. Nos Critérios Específicos de Avaliação de Disciplina ou Área Disciplinar, deve dar-se definição do contributo de cada uma das Disciplinas ou Áreas Disciplinares para a avaliação dos DAC, caso tenham sido constituídos.

436. Na definição, organização e estruturação das Planificações Curriculares e dos Critérios de Avaliação Específicos de cada Área Disciplinar ou Disciplina Curricular, deve dar-se evidência, especificação e concretização dos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo que se enunciam no seguinte Quadro, salvaguardando o contexto educativo, o ano de escolaridade, o perfil educativo dos alunos e a melhor prossecução do êxito das aprendizagens.

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Quadro 3323 - Critérios de Avaliação Específicos do Segundo Ciclo

Critérios de Avaliação Específicos do Segundo Ciclo

Domínios Áreas de Ponderação % Recursos e Instrumentos de Avaliação a privilegiar

1.Domínios

temáticos, das competências metodológicas e conceitos operativos das Disciplinas.

§ Aquisição de aprendizagens; § Aquisição de competências; § Progressão na aprendizagem;

85%

1. Inquérito

§ Questionários. § Outros.

2.Dimensão

Experimental da Aprendizagem

§ Pesquisa (recolha, seleção e

interpretação de diferentes tipos de informação);

§ Interpretação dos conhecimentos adquiridos;

§ Aplicação de conhecimentos a situações diversificadas;

§ Articulação de conhecimentos da mesma disciplina ou de outras disciplinas;

2. Observação

§ Grelhas de observação. § Escalas de classificação. § Listas de verificação. § Pesquisas. § Trabalho de Projeto. § Outros.

3. Dimensão da

Comunicação e Oralidade

§ Comunicação; § Produção escrita; § Tecnologia de informação e

comunicação digital;

3. Análise de

conteúdo

§ Relatórios de percurso, de experiência, de projeto.

§ Diários de aprendizagem. § Portefólios. § Cadernos digitais. § Guiões. § Guiões de trabalho. § Outros.

4. Domínio

Transversal da Formação Integral

§ Responsabilidade e integridade § Excelência e exigência § Curiosidade, reflexão e inovação § Cidadania e participação § Liberdade e autonomia § Multiplicidade de Literacias § Tecnologias de Informação e

Comunicação

15%

4.Testagem

§ Provas de avaliação. § Questões de aula. § Apresentações orais. § Atividades de expressão

plástica. § Mapas conceptuais. § Outros.

Expressão da Avaliação: Instrumentos de Avaliação - Avaliação Sumativa

Menção Qualitativa Menção Quantitativa de Nível Equivalências da Menção Quantitativa e Percentual Muito Bom 10 10 90% a 100&

Bom 8 a 9 8 a 9 70% a 89% Suficiente 6 a 7 6 a 7 50% a 69%

Insuficiente 1 a 5 3 a 5 20% a 49% 1 a 2 0% a 19%

§ No Quinto e Sexto Anos de Escolaridade, a informação resultante da Avaliação Sumativa expressa-se, em todas as

disciplinas, numa escala de 1 a 10. § A equivalência entre a Menção Qualitativa e a Menção de Nível, e a Menção de Nível e a Percentual são as que se

exprimem no presente quadro. § Sempre que se considere relevante, a Menção Qualitativa, bem como a de Nível, deve ser acompanhada, na ficha de

registo de avaliação, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar.

§ Na informação sobre os resultados dos Instrumentos de Avaliação, deve referir-se a Menção Quantitativa obtida pelo aluno, expressa na Escala Percentual de 1% a 100%, complementada com a Menção Qualitativa obtida pelo aluno nos diferentes domínios e dimensões em avaliação, acrescida de apreciação síntese sobre as áreas a melhorar ou consolidar, se necessário.

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437. A decisão de progressão no Segundo Ciclo de cada aluno é uma decisão pedagógica tomada pelo Conselho de Turma, que tem de considerar, obrigatoriamente, se as aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos correspondem às que se incluem nas Planificações de Disciplina, onde se definem as Aprendizagens Essenciais, e ao Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do 3º Ciclo.

438. A decisão de retenção de um aluno em ano não terminal de ciclo só pode ser tomada se, tendo por referência as Aprendizagens Essenciais e o Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Segundo Ciclo, esgotadas que foram as Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão, o aluno demonstrou, inequivocamente, estar a uma grande distância de as atingir em tempo útil, isto é, até ao fim do respetivo ciclo.

439. O que é relevante, nessa decisão, é a análise global das Aprendizagens e Competências adquiridas e a referência-base das Aprendizagens Essenciais, e não o número de níveis negativos, nem a natureza das disciplinas ou das áreas curriculares disciplinares.

440. Não haverá progressão do Quinto para o Sexto anos, ponderadas as Aprendizagens Essenciais e o Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Segundo Ciclo, quando o aluno não conseguir resultados iguais ou superiores ao nível seis, nas seguintes situações:

§ Português e Matemática.

§ Português ou Matemática e duas disciplinas.

§ Mais de três disciplinas.

441. A situação de um aluno que não atinja estas competências deve ser ponderada pelo Conselho de Turma em função dos seguintes aspetos:

§ Aprendizagens Essenciais, atingidas ou não pelo aluno;

§ Domínio da Língua Portuguesa;

§ Domínio da Matemática;

§ Moral e Religiosa Católica não é considerada para efeito de progressão dos alunos.

§ Para efeito de progressão deve, ainda, ser tomada em conta a idade do aluno relativamente ao ano de ciclo em que se encontra.

442. Em caso de retenção, o Conselho de Turma deve elaborar um relatório analítico, em que identifique as Aprendizagens Essenciais e as Competências não adquiridas pelo aluno, e justificativo, em que releve as razões da não aquisição das Aprendizagens e Competências.

443. Expressões a usar nos registos e pauta no termo do ano letivo:

§ 5 º ano − Transitou ou Não transitou

§ 6 º ano − Aprovado ou Não aprovado.

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444. Avaliação extraordinária

§ Na tomada de decisão acerca de uma retenção repetida, no mesmo ano curricular, no Segundo Ciclo, deve ser envolvido o Conselho Pedagógico e ouvido o Encarregado de Educação do aluno.

§ Na sequência da avaliação sumativa do Segundo Período, o Conselho de Turma se verificar que um aluno, que já foi retido no mesmo Ciclo, não possui as condições necessárias para a sua progressão, deve o mesmo ser sujeito a uma avaliação extraordinária que ponderará as vantagens educativas de nova retenção.

§ No prazo de cinco dias úteis, contados a partir da data de afixação das pautas de avaliação do Segundo Período, o Diretor de Turma deve convocar o aluno e o respetivo encarregado de educação a fim de:

o Informar o aluno e o Encarregado de Educação sobre as aprendizagens não realizadas e a possibilidade de se verificar uma retenção repetida, no caso de não serem superadas as dificuldades;

o Obter o parecer do Encarregado de Educação sobre a eventual decisão de uma retenção repetida;

§ No caso de se proceder a nova reunião do Conselho de Turma, por deliberação do Conselho Pedagógico (recurso ou outra situação), a decisão de progressão, devidamente fundamentada, deve ser tomada pela maioria dos professores que integram o Conselho de Turma.

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87. Avaliação das Aprendizagens e Competências do Terceiro Ciclo

445. A avaliação dos alunos do Terceiro Ciclo é realizada atendendo à Legislação de Referência Vigente, aos Critérios Gerais de Avaliação de Escola e aos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo, a seguir apresentados, que deverão exprimir-se nos Critérios Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar

446. Os princípios, valores e procedimentos relativos à Avaliação definidos na Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS, no Projeto Educativo, devem ser salvaguardados e assumidos como corpo valorativo orientador de todo o processo de Avaliação.

447. O Domínio Transversal da Formação Integral deve, ao nível dos Descritores de Desempenho, ser ajustado à maturidade, idade, desenvolvimento mental, afetivo e psíquico dos alunos.

448. Os critérios transversais definidos de avaliação de Educação e Formação para a Cidadania e Desenvolvimento devem especificar o contributo de cada Disciplina para essa avaliação.

449. Nos Critérios Específicos de Avaliação Disciplinar ou Áreas Disciplinares deve dar-se definição do contributo de cada uma das Disciplinas ou Áreas disciplinares para a avaliação dos DAC, caso sejam constituídos.

450. Na definição, organização e estruturação das Planificações Curriculares e dos Critérios de Avaliação Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar deve dar-se evidência, especificação e concretização dos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo que se enunciam no seguinte Quadro, salvaguardando o contexto educativo, o ano de escolaridade, o perfil educativo dos alunos e a melhor prossecução do êxito das aprendizagens.

Quadro 34 – Critérios de Avaliação Específicos do Terceiro Ciclo

Critérios de Avaliação Específicos do Terceiro Ciclo

Domínios Áreas de Ponderação % Recursos e Instrumentos de Avaliação a privilegiar

1.Domínios

temáticos, das competências metodológicas e conceitos operativos das Disciplinas

§ Aquisição de aprendizagens; § Aquisição de competências; § Progressão na aprendizagem;

90%

1. Inquérito

§ Questionários. § Outros.

2.Dimensão

Experimental da Aprendizagem

§ Pesquisa (recolha, seleção e

interpretação de diferentes tipos de informação);

§ Interpretação dos conhecimentos adquiridos;

§ Aplicação de conhecimentos a situações diversificadas;

§ Articulação de conhecimentos da mesma disciplina ou de outras disciplinas;

2. Observação

§ Grelhas de observação. § Escalas de classificação. § Listas de verificação. § Pesquisas. § Trabalho de Projeto. § Outros.

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3. Dimensão da

Comunicação e Oralidade

§ Comunicação; § Produção escrita; § Tecnologia de informação e

comunicação digital;

3. Análise de

conteúdo

§ Relatórios de percurso, de experiência, de projeto.

§ Diários de aprendizagem. § Portefólios. § Cadernos digitais. § Guiões. § Guiões de trabalho. § Outros.

4. Domínio

Transversal da Formação Integral

§ Responsabilidade e integridade § Excelência e exigência § Curiosidade, reflexão e inovação § Cidadania e participação § Liberdade e autonomia § Multiplicidade de Literacias § Tecnologias de Informação e

Comunicação

10%

4.Testagem

§ Provas de avaliação. § Questões de aula. § Apresentações orais. § Atividades de expressão

plástica. § Mapas conceptuais. § Outros.

Expressão da Avaliação: Instrumentos de Avaliação - Avaliação Sumativa

Menção Qualitativa Menção Quantitativa de Nível Equivalências da Menção Quantitativa Percentual

7.º e 8.º Anos 9.º Ano Níveis no 7.º e 8.º Anos Níveis no 9.º Ano Percentagem

Muito Bom 10 5 10 5 90% a 100& Bom 8 a 9 4 8 a 9 4 70% a 89%

Suficiente 6 a 7 3 6 a 7 3 50% a 69%

Insuficiente 1 a 5 2 3 a 5 2 20% a 49% 1 1 a 2 1 0% a 19%

§ No Sétimo e Oitavo Anos de Escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa expressa-se, em todas as

disciplinas, numa escala de 1 a 10. No Nono Ano de Escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa expressa-se, em todas as disciplinas, numa escala de 1 a 5.

§ A equivalência entre a Menção Qualitativa e a Menção de Nível, e a equivalência entre a Menção de Nível e a Percentual são as que se exprimem no presente quadro.

§ Sempre que se considere relevante, a Menção Qualitativa, bem como a de Nível, deve ser acompanhada, na ficha de registo de avaliação, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar.

§ Na informação sobre os resultados dos Instrumentos de Avaliação, deve referir-se a Menção Quantitativa obtida pelo aluno, expressa na Escala Percentual de 1% a 100%, complementada com a Menção Qualitativa obtida pelo aluno nos diferentes domínios e dimensões em avaliação, acrescida de apreciação síntese sobre as áreas a melhorar ou consolidar, se necessário.

451. A decisão de progressão de cada aluno é uma decisão pedagógica tomada pelo Conselho de Turma, que tem de considerar, obrigatoriamente, se as aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos correspondem às que se incluem nas Planificações de Disciplina, onde se definem as Aprendizagens Essenciais, e ao Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo.

452. A decisão de retenção de um aluno em ano não terminal de ciclo só pode ser tomada se, tendo por referência as Aprendizagens Essenciais e o Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo, esgotadas que foram as Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão, o aluno demonstrou, inequivocamente, estar a uma grande distância de as atingir em tempo útil, isto é, até ao fim do respetivo ciclo.

453. O que é relevante, nessa decisão, é a análise global das Aprendizagens e Competências adquiridas e a referência-base das Aprendizagens Essenciais, e não o número de níveis negativos, nem a natureza das disciplinas ou das áreas curriculares disciplinares.

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454. Não haverá progressão do Sétimo Ano para o Oitavo Ano e do Oitavo Ano para o Nono Ano, ponderadas as Aprendizagens Essenciais e o Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo, esgotadas que foram as Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão, quando o aluno não conseguir resultados iguais ou superiores ao nível seis, nas seguintes situações:

§ Português e Matemática.

§ Português ou Matemática e duas disciplinas.

§ Mais de três disciplinas.

455. A situação de um aluno que não atinja as Aprendizagens Essenciais e o Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo, esgotadas que foram as Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão, deve ser ponderada pelo Conselho de Turma em função dos seguintes aspetos:

§ Aprendizagens Essenciais, atingidas ou não pelo aluno.

§ Domínio da Língua Portuguesa.

§ Domínio a Matemática.

§ Educação para a Cidadania e Desenvolvimento (cumprimento de normas, assiduidade nas disciplinas e atitudes e comportamento, relacionamento com os outros...) e Domínio Transversal da Formação Integral.

456. Deverão ser ponderadas as situações dos alunos com insucesso a mais de quatro disciplinas, em casos excecionais, atendendo a:

§ Idade.

§ Percurso escolar.

§ Empenho nas atividades escolares.

§ Assiduidade.

§ Pontualidade.

457. A decisão de progressão de um aluno que não atingiu as Aprendizagens Essenciais e o Perfil das Aprendizagens Específicas Essenciais no Final do Terceiro Ciclo, esgotadas que foram as Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão, devem ser tomados por unanimidade ou, na sua impossibilidade, pela maioria de dois terços dos professores presentes, devendo essa decisão, em ambos os casos, ser devidamente fundamentada e detalhada na ata da respetiva reunião.

458. Em caso de retenção, o Conselho de Turma deve elaborar um relatório analítico, em que identifique as Aprendizagens Essenciais e as Competências não adquiridas pelo aluno, e justificativo, em que releve as razões da não aquisição das Aprendizagens Essenciais e as Competências.

459. Na tomada de decisão acerca de uma segunda retenção nos 7.º e 8.º anos, deve ser envolvido o Conselho Pedagógico e ouvido o Encarregado de Educação do aluno.

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460. No caso de se proceder a nova reunião do Conselho de Turma, por deliberação do Conselho Pedagógico (recurso ou outra situação), a decisão de progressão, devidamente fundamentada, deve ser tomada por dois terços dos professores que integram o Conselho de Turma.

461. Expressões a usar nos registos e pautas no termo do ano letivo:

§ 7º e 8.º anos – Transitou/Não transitou.

§ 9º ano – Aprovado/Não aprovado

462. Na avaliação sumativa final do aluno no final do Nono Ano, para efeitos de transição, há que considerar:

§ Avaliação sumativa interna (classificação obtida internamente nas diversas disciplinas).

§ Avaliação sumativa externa: exames nacionais de Português e de Matemática.

463. Os Exames Nacionais às Disciplinas de Português e Matemática são de caráter obrigatório para a transição do aluno. A admissão ou não admissão do aluno a exame verificar-se-á de acordo com a legislação em vigor.

464. A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica não é considerada para efeito de progressão dos alunos.

465. Em caso de retenção, o Conselho de Turma deve elaborar um relatório analítico, em que identifique as Aprendizagens Essenciais não adquiridas pelo aluno, e justificativo, em que releve as razões da sua não aquisição.

466. Na decisão sobre a avaliação extraordinária:

§ Na tomada de decisão acerca de uma retenção repetida, no mesmo ano curricular, no Terceiro Ciclo, à exceção do Nono Ano de escolaridade, deve ser envolvido o Conselho Pedagógico e ouvido o Encarregado de Educação do aluno.

§ Na sequência da avaliação sumativa do Segundo Período, o Conselho de Turma se verificar que um aluno, que já foi retido em qualquer ano de escolaridade do Ensino Básico, não possui as condições necessárias para a sua progressão, deve o mesmo ser sujeito a uma avaliação extraordinária que ponderará as vantagens educativas de nova retenção.

§ No prazo de cinco dias úteis, contados a partir da data de afixação das pautas de avaliação do Segundo Período, o Diretor de Turma deve convocar o aluno e o respetivo encarregado de educação a fim de:

o Informar o aluno e o Encarregado de Educação sobre as aprendizagens não realizadas e a possibilidade de se verificar uma retenção repetida, no caso de não serem superadas as dificuldades;

o Obter o parecer do Encarregado de Educação sobre a eventual decisão de uma retenção repetida;

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88. Avaliação das Aprendizagens e Competências do Ensino Secundário

467. A legislação educativa de referência mais recente, conforme o Enquadramento Legal, abrange apenas o 10º e 11º Anos do Ensino Secundário, obriga a efetuar uma distinção entre o regime legal que abrange o 10º e 11º Anos e o regime legal anterior ao atualmente vigente, que continua a normatizar o processo educativo relativo ao 12º Ano. Distinguir-se-ão os diferentes regimes legais, o que abrange o 10º e 11º Anos e o que abrange o 12º Ano, com a indicação nominal dos anos curriculares em referência.

Os critérios de avaliação serão sintetizados em quadros individualizados segundo os diferentes regimes.

Os procedimentos e normas legais que são comuns aos dois regimes serão tratados indiferenciadamente, uma vez que o processo educativo continua a reger-se por normas, leis e procedimentos já anteriormente vigentes.

468. A avaliação dos alunos do Ensino Secundário (10º e 11º Anos) é realizada atendendo à Legislação de Referência Vigente, aos Critérios Gerais de Avaliação de Escola e aos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo, a seguir apresentados, que deverão exprimir-se nos Critérios Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar

469. A avaliação do Décimo e Décimo Primeiro Anos tem por objeto os Domínios Temáticos, os Domínios das Competências Metodológicas e os Domínios dos Conceitos Operativos, conforme estejam definidos nas Planificações Anuais e Critérios de Avaliação Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar, operacionalizada através dos recursos e instrumentos de avaliação definidos, segundo e conforme organizem e estruturem as aprendizagens, competências e conteúdos dos Programas Disciplinares Curriculares, com integral coerência com os Critérios de Avaliação Específicos de Ciclo (10º e 11º Anos), que a seguir se enunciam. A importância de cada domínio deve estar hierarquizada e definida nos Critérios de Avaliação Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar mediante a menção quantitativa percentual que lhe está atribuída no quadro de referência percentual global dos domínios.

470. A avaliação do Décimo Segundo Ano tem por objeto as Aprendizagens, Competências e Conteúdos dos Programas Disciplinares Curriculares, operacionalizada através dos recursos e instrumentos de avaliação definidos, segundo e conforme organizem e estruturem as aprendizagens, competências e conteúdos dos Programas Disciplinares Curriculares, com integral coerência com os Critérios de Avaliação Específicos de Ciclo (12ºAno), que a seguir se enunciam. A importância de cada recurso ou instrumento de avaliação deve estar hierarquizada e definida nos Critérios de Avaliação Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar mediante menção quantitativa percentual que lhe está atribuída no quadro de referência percentual global dos recursos e instrumentos de avaliação.

471. Os princípios, valores e procedimentos relativos à Avaliação definidos na Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS, no Projeto Educativo, devem ser salvaguardados e assumidos como corpo valorativo orientador de todo o processo de Avaliação.

472. O Domínio Transversal da Formação Integral deve, ao nível dos Descritores de Desempenho, ser ajustado à maturidade, idade, desenvolvimento mental, afetivo e psíquico dos alunos.

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473. Os critérios transversais definidos de avaliação de Educação e Formação para a Cidadania e Desenvolvimento devem especificar o contributo de cada Disciplina para essa avaliação.

474. Nos Critérios Específicos de Avaliação Disciplinar ou Áreas Disciplinares do 10.º e 11.º Anos deve dar-se definição do contributo de cada uma das Disciplinas ou Áreas Disciplinares para a avaliação dos DAC, caso sejam constituídos.

475. Na definição, organização e estruturação das Planificações Curriculares e dos Critérios de Avaliação Específicos de Disciplina ou Área Disciplinar deve dar-se evidência, especificação e concretização dos Critérios Específicos de Avaliação de Ciclo, conforme o modelo que se reporta ao 10º e 11º Anos ou o modelo que se reporta ao 12º Ano, que se enunciam nos seguintes Quadros, salvaguardando o contexto educativo, o ano de escolaridade, o perfil educativo dos alunos e a melhor prossecução do êxito das aprendizagens.

Quadro 35 – Critérios de Avaliação Específicos do Ensino Secundário (Décimo e Décimo Primeiro Anos)

Critérios de Avaliação Específicos do Ensino Secundário (10.º e 11.º Anos)

Domínios Áreas de Ponderação % Recursos e Instrumentos de Avaliação a privilegiar

1.Domínios

temáticos, das competências metodológicas e conceitos operativos das Disciplinas

§ Aquisição de aprendizagens; § Aquisição de competências; § Progressão na aprendizagem;

95%

1. Inquérito

§ Questionários. § Outros.

2.Dimensão

Experimental da Aprendizagem

§ Pesquisa (recolha, seleção e

interpretação de diferentes tipos de informação);

§ Interpretação dos conhecimentos adquiridos;

§ Aplicação de conhecimentos a situações diversificadas;

§ Articulação de conhecimentos da mesma disciplina ou de outras disciplinas;

2. Observação

§ Grelhas de observação. § Escalas de classificação. § Listas de verificação. § Pesquisas. § Trabalho de Projeto. § Outros.

3. Dimensão da

Comunicação e Oralidade

§ Comunicação; § Produção escrita; § Tecnologia de informação e

comunicação digital;

3. Análise de

conteúdo

§ Relatórios de percurso, de experiência, de projeto.

§ Diários de aprendizagem. § Portefólios. § Cadernos digitais. § Guiões. § Guiões de trabalho. § Outros.

4. Domínio

Transversal da Formação Integral

§ Responsabilidade e integridade § Excelência e exigência § Curiosidade, reflexão e inovação § Cidadania e participação § Liberdade e autonomia § Multiplicidade de Literacias § Tecnologias de Informação e

Comunicação

5%

4.Testagem

§ Provas de avaliação. § Questões de aula. § Apresentações orais. § Atividades de expressão

plástica. § Mapas conceptuais. § Outros.

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Expressão da Avaliação: Instrumentos de Avaliação - Avaliação Sumativa

Menção Qualitativa Menção Quantitativa de Valores

10.º e 11.º Anos Muito Bom 18 a 20

Bom 14 a 17 Suficiente 10 a 13

Insuficiente 7 a 9 Muito Insuficiente 1 a 6

§ No Décimo e Décimo Primeiro Anos de Escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa expressa-se, em

todas as disciplinas, numa escala de 0 a 20 valores. § A equivalência entre a Menção Qualitativa e a Menção de Nível é a que se exprime no presente quadro. § Sempre que se considere relevante, a Menção Qualitativa, bem como a Menção Quantitativa em Valores, deve ser

acompanhada, na ficha de registo de avaliação, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas ou domínios a melhorar ou a consolidar.

§ Na informação sobre os resultados dos Instrumentos de Avaliação, deve referir-se a Menção Quantitativa obtida pelo aluno, expressa na Escala Quantitativa de 0 a 20 valores, complementada com a Menção Qualitativa obtida pelo aluno nos diferentes domínios e dimensões em avaliação, acrescida de apreciação síntese sobre as áreas a melhorar ou consolidar, se necessário.

Quadro 36 – Critérios de Avaliação Específicos do Ensino Secundário (Décimo Segundo Ano)

Critérios de Avaliação Específicos do Ensino Secundário (12.º Ano)

Técnicas de Avaliação

Recursos e Instrumentos de Avaliação

Áreas de Ponderação

Ponderação Percentual

1. Inquérito

§ Questionários. § Outros.

§ Aquisição de aprendizagens; § Aquisição de competências; § Progressão na aprendizagem; § Pesquisa (recolha, seleção e interpretação de

diferentes tipos de informação); § Interpretação dos conhecimentos adquiridos; § Aplicação de conhecimentos a situações

diversificadas; § Articulação de conhecimentos da mesma

disciplina ou de outras disciplinas; § Comunicação; § Produção escrita; § Tecnologia de informação e comunicação digital;

95%

2. Observação

§ Grelhas de observação. § Escalas de classificação. § Listas de verificação. § Pesquisas. § Trabalho de Projeto. § Outros.

3. Análise de

conteúdo

§ Relatórios de percurso, de

experiência, de projeto. § Diários de aprendizagem. § Portefólios. § Cadernos digitais. § Guiões. § Guiões de trabalho. § Outros.

1. Testagem

§ Provas de avaliação. § Questões de aula. § Apresentações orais. § Atividades de expressão

plástica. § Mapas conceptuais. § Outros.

Domínio Transversal da Formação Integral

§ Comunicar na Língua Portuguesa, oralmente e/ou por escrito; § Comunicar numa Língua Estrangeira, oralmente e/ou por escrito; § Utilizar as tecnologias de informação e comunicação em função da sua relevância essencial, estrutural,

funcional e/ou teleológica; § Proceder à resolução de problemas numa perspetiva intradisciplinar e transdisciplinar;

5%

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§ Conciliar as dimensões experiencial e metacognitiva no processo de aprendizagem; § Evidenciar comportamentos de aprendizagem sistemáticos e autónomos de empenhamento,

perseverança e responsabilidade de caráter individual; § Evidenciar comportamentos de aprendizagem sistemáticos e autónomos de empenhamento e

perseverança de caráter cooperativo e colaborativo; § Integrar numa perspetiva sintética a cultura científica da área disciplinar na (sua) cultura humana e

cristã.

Expressão da Avaliação: Instrumentos de Avaliação - Avaliação Sumativa

Menção Qualitativa Menção Quantitativa de Valores

12.º Ano Muito Bom 18 a 20

Bom 14 a 17 Suficiente 10 a 13

Insuficiente 7 a 9 Muito Insuficiente 1 a 6

§ No Décimo Segundo Ano de Escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa expressa-se, em todas as

disciplinas, numa escala de 0 a 20 valores. § A equivalência entre a Menção Qualitativa e a Menção de Nível é a que se exprime no presente quadro. § Sempre que se considere relevante, a Menção Qualitativa, bem como a Menção Quantitativa em Valores, deve ser

acompanhada, na ficha de registo de avaliação, de uma apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas ou domínios a melhorar ou a consolidar.

§ Na informação sobre os resultados dos Instrumentos de Avaliação, deve referir-se a Menção Quantitativa obtida pelo aluno, expressa na Escala Quantitativa de 0 a 20 valores, complementada de uma síntese sobre as áreas a melhorar ou consolidar, se necessário.

476. A Expressão de Avaliação, ou Menção Quantitativa, do Ensino Secundário a atribuir a cada aluno, por ele obtida nos recursos e instrumentos de avaliação e na proposta de avaliação sumativa a apresentar por cada docente nos Conselhos de Turma, no final de cada período, devem ser expressas na escala de 0 a 20 valores.

477. A Menção Quantitativa deve constar nos suportes dos recursos e instrumentos de avaliação realizados pelos alunos, até às décimas, sem arredondamento.

478. A avaliação sumativa interna, no final do Terceiro Período, implica:

§ A apreciação valorativa global sobres as aprendizagens realizadas e as competências adquiridas e desenvolvidas pelo aluno ao longo do ano letivo.

§ A decisão sobre a transição de ano, exceto nos 11.º e 12.º anos de escolaridade, cuja aprovação depende, ainda, da avaliação sumativa externa.

§ A verificação das condições de admissão aos exames nacionais do 11.º e 12.º anos.

479. Apoios e Complementos Educativos: O Apoio Pedagógico aplica-se e/ou faculta-se aos alunos:

§ que revelem dificuldades ou carências de aprendizagem ou de aquisição de competências em qualquer Disciplina ou Área Disciplinar Curricular;

§ que necessitem ou requeiram instrumentos ou medidas de consolidação das aprendizagens e competências adquiridas;

§ que necessitem ou requeiram instrumentos ou medidas de desenvolvimento das aprendizagens e competências adquiridas;

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480. O apoio educativo com objetivos de recuperação educativa não começa só quando o aluno é alvo de um Plano de Acompanhamento Pedagógico (12ºAno) ou Relatório Técnico-Pedagógico ou Plano Educativo Individual (10º e 11 Anos). Inicia-se mediante o registo de informações sobre o aluno e as suas aprendizagens, sobre o tipo de erros que comete, sobre a natureza e o grau das dificuldades/capacidades, nas informações colhidas a partir dos produtos ou ao longo dos processos de aprendizagem, ou seja, através da Avaliação Formativa.

481. O apoio com objetivos de consolidação ocorre por iniciativa do aluno ou por recomendação do professor e aceitação do aluno e/ou encarregado de educação, segundo os casos.

482. As atividades de Apoio Pedagógico devem, sempre que possível, ser planeadas, realizadas e avaliadas em diálogo com os pais e encarregados de educação. As propostas de Apoio Pedagógico, bem como o seu horário de funcionamento, devem ser comunicadas aos pais e encarregados de educação.

483. As atividades de Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão (10.º e 11.º Anos) e de Apoio e Acompanhamento Pedagógico (12.ºAno) devem ser objeto de avaliação contínua, participada e formativa, por parte do Conselho de Turma, no âmbito do respetivo Plano de Atividades de Turma, nomeadamente no que diz respeito ás Aprendizagens Essenciais e Competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (10.º e 11.º Anos) ou às aprendizagens significativas e relevantes evidenciadas nas Planificações Curriculares de Disciplina.

484. Sempre que se considere que a falta de assiduidade do aluno impede a consecução das Aprendizagens Essenciais (10.º e 11.º Anos) ou as Aprendizagens Planificadas (12.º Ano), deve dar-se conhecimento desse facto à Direção e aos Pais e/ou Encarregados de Educação.

485. As diferentes modalidades e estratégias de apoio são concebidas e realizadas tendo em conta as necessidades dos alunos, os recursos da Escola e os objetivos a atingir.

486. No caso dos pais e/ou encarregados de educação recusarem as Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão (10.º e 11.º Anos) ou os Apoios e Acompanhamentos Pedagógicos (12.º Ano) e o educando não obtenha resultados escolares positivos nas disciplinas a que fora proposto para apoio, poderá o Colégio, no ano letivo seguinte, não renovar o contrato educativo ou de ensino, isto é, não renovar a matrícula do aluno em causa.

487. Apoios psicopedagógicos e de orientação vocacional

§ O CDDS não dispõe de serviço próprio e permanente de Apoio Psicopedagógico a alunos com problemáticas comportamentais, motivacionais ou de aprendizagem, mas mantém disponível todos os recursos materiais e humanos que possui e que possam colaborar com os Pais e/ou Encarregados de Educação, e que sejam requisitados, na resolução ou superação de situações que surjam nesse quadro educativo.

§ A colaboração a prestar manter-se-á, prioritariamente, ao nível da definição de medidas de apoio para alunos com dificuldades de aprendizagem e na elaboração

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de relatórios técnico−pedagógicos nos quais se enumerem as necessidades educativas especiais manifestadas pelos alunos.

89. Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão

488. Relatório Técnico-Pedagógico (RTP)

§ A identificação da necessidade da elaboração do Relatório Técnico-Pedagógico deve ocorrer o mais precocemente possível, quer por iniciativa dos pais ou encarregados de educação, quer dos serviços de intervenção precoce, quer dos docentes, quere de outros técnicos ou serviços que intervenham com o aluno.

§ A identificação é apresentada ao Diretor, com as razões que reivindicam a necessidade de medidas de suporte à aprendizagem e á inclusão, incluindo a documentação relevante.

§ Compete ao Diretor solicitar à equipa multidisciplinar um relatório técnico-pedagógico, no qual se descriminem: Os fatores que facilitam e dificultam o processo de desenvolvimento das aprendizagens; as medidas de facilitação à aprendizagem a mobilizar; o modo de operacionalização das medidas; a indicação dos responsáveis de implementação das medidas; os procedimentos de avaliação da eficácia das medidas; a articulação com os recursos a dispor pela escola;

§ O relatório deverá ser submetido à aprovação dos pais e encarregados de educação do aluno, os quais, datam e assinam o relatório técnico-pedagógico.

§ Após aprovação do relatório técnico-pedagógico, o programa é homologado pelo diretor.

§ O relatório técnico pedagógico é aplicável e, se for o caso, revisto para continuar a ser aplicado no ano letivo seguinte.

489. Programa Educativo Individual (PEI)

§ O Programa Educativo Individual contém a identificação e a operacionalização das adaptações curriculares significativas e integra as competências e as aprendizagens a desenvolver pelos alunos, a identificação das estratégias e das adaptações a efetuar no processo de avaliação.

§ O Programa deve conter: o total de horas letivas do aluno; os produtos de apoio educativos; as estratégias para a transição entre ciclos e níveis de educação e ensino.

§ A avaliação do PEI depende dos critérios definidos no RTP.

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F. PERFIL DO ALUNO DO COLÉGIO DOM DIOGO DE SOUSA

90. Perfil de Aprendizagens e Competências

490. Enquadra o seu desenvolvimento cultural e científico com o nível curricular que frequenta.

491. Porfia por uma formação e educação sólida, competente, fundamentada e exigente.

492. Utiliza a língua portuguesa, de forma adequada às situações de comunicação das diferentes áreas do saber, numa perspetiva de construção pessoal do conhecimento.

493. Estabelece uma metodologia personalizada de trabalho e aprendizagem organizada, contínua e sistemática.

494. Seleciona, recolhe e organiza informação para o cumprimento dos seus compromissos educativos, para o esclarecimento de situações e para a resolução de problemas.

495. Utiliza e domina duas línguas estrangeiras em situações do quotidiano e resolve as necessidades básicas de comunicação e apropriação da informação, tanto no registo oral como escrito.

496. Mantém interesse e vontade de atualização permanente face às mudanças tecnológicas e culturais, numa perspetiva da construção de um projeto de vida social e profissional.

497. Interpreta acontecimentos de acordo com os respetivos quadros de referência histórica, social e geográfica e mantém-se informado sobre as transformações do mundo e da sociedade.

498. Aplica, com autonomia, as metodologias e os saberes científicos, nomeadamente os matemáticos, na abordagem de situações de vida quotidiana e na resolução de problemas concretos.

499. Expressa e compreende o sentido estético do mundo, recorrendo a referências e conhecimentos básicos no domínio das expressões artísticas.

500. Utiliza diferentes códigos de comunicação de acordo com a necessidade de exprimir verbalmente pensamento próprio.

501. Utiliza as tecnologias da informação e comunicação, com pertinência e adequação, nos trabalhos, estudo e intervenções na comunidade.

91. Perfil Atitudinal e Comportamental

502. Demonstra empenho, trabalho e intencionalidade no estudo, segundo as suas reais capacidades, idade e formação.

503. Intervém, com elevação de atitude e linguagem correta, nos círculos, grupos e atividades em que participa.

504. Participa democraticamente na definição de regras, cooperando com os outros na resolução de conflitos, no trabalho de grupo e no respeito pelas diferenças.

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505. Conhece, integra e utiliza as regras do respeito, boa educação e boas maneiras no trato com superiores, pares e demais circunstantes.

506. Procede, com distinção e modéstia, na utilização da linguagem gestual, corporal e verbal.

507. Assume o cumprimento de regras, normas e orientações nas relações, nos compromissos, nos deveres e na exigência dos seus direitos.

92. Perfil de Civismo e Urbanidade

508. Revela atitude crítica construtiva em relação à proteção do meio ambiente, ao equilíbrio ecológico e à preservação e cuidado do património alheio.

509. Demonstra cortesia, sensibilidade e deferência no trato com os pares mais frágeis, com os superiores e colaboradores educativos.

510. Cuida da higiene e limpeza das instalações, espaços e materiais que usa.

511. Apresenta-se com esmero e cuidado pessoal, com indumentária apropriada, limpa e digna em cada contexto ou situação.

93. Perfil de Cidadania, Ética e Moral

512. Participa na vida cívica da escola e da comunidade, de forma responsável e crítica, assumindo a responsabilidade pelas opções e decisões tomadas.

513. Pauta a sua vida por valores nobres e dignos, com fundamento ético, moral e cívico.

514. Tem hábitos de vida saudáveis, realizando diferentes tipos de atividades físicas que promovam o seu bem−estar e qualidade de vida.

515. Respeita a diversidade cultural, religiosa, sexual ou outra, sendo tolerante relativamente a pontos de vista diferentes ou contrários aos seus.

516. Assume, nos juízos, diálogos, ações, procedimentos e palavras, os valores da verdade, justiça, lealdade e honestidade.

517. Guarda respeito pelas crenças e valores religiosos alheios e assume os seus valores e verdades de fé com integridade.

G. AVALIAÇÃO DO ANO LETIVO 518. A Avaliação do Ano Letivo do CDDS é realizada a nível de escola segundo o processo

que o Enquadramento Legal, em referência, tipifica:

§ Quanto ao Objeto da Avaliação;

§ Quanto aos Intervenientes no Processo de Avaliação;

§ Quanto aos Momentos de Avaliação;

§ Quanto aos Indicadores ou Evidências de Referência;

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§ Quanto aos Efeitos da Avaliação.

Quadro 37 – Avaliação do Ano Letivo do CDDS

Avaliação do Ano Letivo do CDDS Objeto da Avaliação

§ Qualidade das Aprendizagens e Competências Planificadas e Calendarizadas nos Departamentos Curriculares Disciplinares, de acordo com o Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória.

§ Qualidade das Estratégias e Metodologias didáticas e pedagógicas implementadas no processo de aprendizagem e sua adequação aos níveis de aprendizagem e aos alunos, definidas ao nível dos Departamentos Curriculares Disciplinares e Conselhos de Turma.

§ Qualidade do uso das Técnicas, recursos e instrumentos de avaliação, definidos ao nível dos Departamentos Curriculares Disciplinares e Conselhos de Turma, e sua adequação aos níveis de aprendizagem e aos alunos.

§ Qualidade da Utilização dos recursos físicos, pedagógicos e educativos de Suporte às Aprendizagens e à Inclusão, disponibilizados pela escola e estatuídos na legislação vigente.

§ Conformidade legal de todo o Processo de Ensino-aprendizagem.

Órgãos Intervenientes

Conselho de Turma Departamentos Curriculares Disciplinares Conselho Pedagógico

§ Intervém segundo as funções que o Enquadramento Legal vigente lhe atribui e os suportes de informação e registos, grelhas de análise e estatística que produz.

§ Sinaliza e evidencia fatores de desenvolvimento, de obstáculo, de dificuldades e de êxito educativo, de acordo com a documentação educativa de observação, registo e reavaliação dos indicadores de aprendizagem.

§ Formula revisões, recomendações e reorientações dos fatores integrantes do Processo Educativo, no âmbito do seu contexto de intervenção, quando pertinentes, oportunas e adequadas.

§ Intervém segundo as funções que o Enquadramento Legal vigente lhe atribui e os suportes de informação e registos, grelhas de análise e estatística que produz.

§ Sinaliza e evidencia, em relação às aprendizagens, metodologias e pedagogias implementadas, fatores de desenvolvimento, de obstáculo, de dificuldades e de êxito educativo, de acordo com a documentação educativa de observação, registo e reavaliação dos indicadores de aprendizagem que desenvolve.

§ Formula projeções, revisões, recomendações e reorientações dos fatores integrantes do Processo Educativo, no âmbito do seu contexto de intervenção, quando pertinentes, oportunas e adequadas.

§ Intervém segundo as funções que o Enquadramento Legal vigente lhe atribui e os suportes de informação e registos, grelhas de análise e estatística que recebe dos demais órgãos intervenientes e daqueles que produz.

§ Avalia, pondera e delibera sobre os fatores de desenvolvimento, de obstáculo, de dificuldades e de êxito educativo, fornecidos pelos demais órgãos, e recomenda e determina as medidas, meios e estratégias globais de melhoria do Processo Educativo.

§ Formula revisões, recomendações e reorientações dos fatores integrantes do Processo Educativo, no âmbito do contexto global de escola, quando pertinentes, oportunas e adequadas.

Momentos de Avaliação Final do Primeiro Período Final do Segundo Período Final do Ano Letivo

§ No final do Primeiro Período, ocorre um primeiro momento de Avaliação do Ano Letivo, ao Nível dos Órgãos Intervenientes, nos quais são aferidos os componentes integrantes do Objeto de Avaliação, com recurso aos elementos informativos de avaliação por turma, ano curricular e ciclo de ensino, de acordo com as grelhas de análise, estatísticas, planificações e critérios tipificados e estabelecidos por esses mesmos órgãos.

§ A avaliação afere a qualidade

§ No final do Segundo Período, ocorre um Segundo momento de Avaliação do Ano Letivo, ao Nível dos Órgãos Intervenientes, nos quais são aferidos os componentes integrantes do Objeto de Avaliação, com recurso aos elementos informativos de avaliação por turma, ano curricular e ciclo de ensino, de acordo com as grelhas de análise, estatísticas, planificações e critérios tipificados e estabelecidos por esses mesmos órgãos.

§ A avaliação afere a qualidade do

§ No final do Ano Letivo, ocorre um Momento Final de Avaliação do Ano Letivo, ao Nível dos Órgãos Intervenientes, nos quais são aferidos as componentes integrantes do Objeto de Avaliação, com recurso aos elementos informativos de avaliação por turma, ano curricular e ciclo de ensino, de acordo com as grelhas de análise, estatísticas, planificações e critérios tipificados e estabelecidos por esses mesmos órgãos.

§ A avaliação afere a qualidade do

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atingida do Objeto da Avaliação e redefine, corrige e implementa as melhorias necessárias ao maior êxito do Processo de Ensino-Aprendizagem.

desenvolvimento do Processo Educativo, desde o início do Ano Letivo, relativamente ao Objeto da Avaliação, comparando os dados obtidos no primeiro momento de avaliação com os do presente momento, e redefine, corrige e implementa as melhorias necessárias ao maior êxito do Processo de Ensino-Aprendizagem.

desenvolvimento do Processo Educativo, desde o início do Ano Letivo, relativamente ao Objeto da Avaliação, comparando os dados obtidos no primeiro momento de avaliação com os do presente momento, e redefine, corrige e implementa as melhorias necessárias ao maior êxito do Processo de Ensino-Aprendizagem para o ano letivo subsequente.

Índices de Referência Global Final do Produto Educativo do Ano Letivo § Médias Globais de Ciclo (Média de Nível Global; Médias Globais por Níveis de Avaliação) § Índice Global de Referência Educativa (Índice de Referência Educativa da Média Global de Escola, não absoluto,

mas indicativo, a obter segundo a aplicação da fórmula:

Redefinição de Estratégias Educativas para o Novo Ano Letivo § Da avaliação, decorrem os registos e consolidação dos processos, recursos e estratégias que geraram sucesso

educativo, para implementação futura e aperfeiçoamento do seu contributo. § Da avaliação, decorre a desativação de processos, recursos e estratégias que não geraram contributos

minimamente válidos ou se configuraram como inadequados ao sucesso educativo. § Da avaliação, decorre a construção de hipóteses, viabilidades, ideias educativas e novas formulações

pedagógicas, a estruturar criticamente como soluções viáveis para o aumento do sucesso educativo. § Da avaliação, resulta sempre o esforço de melhor articulação entre os intervenientes do processo de avaliação

do ano letivo. Legenda da Fórmula: a: número de alunos do 1º Ciclo b: número de alunos do 2º Ciclo c: número de alunos do 7º e 8º anos de escolaridade d: número de alunos do 9º ano de escolaridade e: número de alunos do Ensino Secundário T: número total de alunos

H. AVALIAÇÃO DO PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA 519. O PCE deverá ser objeto de ações de avaliação contínua nos Conselhos de Turma e

Conselho Escolar, nos Departamentos Disciplinares, no Conselho Pedagógico e pelos demais intervenientes, de acordo com a planificação, calendarização e instrumentos que se instituir na prática da avaliação.

520. A eficácia do Projeto Curricular da Escola dependerá da interação da avaliação, da reformulação permanente dos objetivos delineados e do compromisso de cada interveniente.

521. Apesar de tudo, como a avaliação deve ser rigorosa, objetiva e reformuladora, ela deverá decorrer em consonância com os seguintes princípios orientadores:

§ Proceder à criação, elaboração, caracterização e hierarquização dos diferentes instrumentos a utilizar nos processos de avaliação contínua.

§ Os instrumentos de avaliação deverão aferir o grau de consecução das metas educativas e curriculares.

§ A avaliação, em todo o seu processo, deverá respeitar e operacionalizar os indicadores educativos propostos no Projeto Educativo do CDDS.

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§ Todo o processo de avaliação do PCE deverá ser cooperativo e integrador, orientando e validando os processos intermédios de autoavaliação dos órgãos, grupos e estruturas pedagógicas do CDDS.

§ Os planos de reformulação e atualização dos objetivos educativos e curriculares, derivados dos diferentes momentos de avaliação, deverão ser facultados a todos os intervenientes no processo educativo e curricular nas estruturas pedagógicas em que se integram.

Quadro 38 - Parâmetros, critérios e indicadores de avaliação do PCE

Parâmetros Critérios Indicadores

Oferta Educativa e Formativa

§ Diversidade § Diversidade e frequência. § Transversalidade. § Eficácia.

§ Acolhimento § Publicitação. § Receção da oferta educativa.

§ Eficácia § Educativa. § Cívica e Cidadania.

Planificação das Ações Educativas

§ Extensão § Setores a que se estende. § Ações a que se estende.

§ Uniformidade § De critérios. § De procedimentos.

§ Cooperação § Grupos Disciplinares. § Conselhos de Turma.

§ Articulação § Ciclos. § Áreas Disciplinares Transversalidades.

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Parâmetros Critérios Indicadores

Processo Educativo

§ Integração § Alunos. § Pais e Encarregados de Educação

Professores.

§ Metodologias § Diversificação. § Eficácia.

§ Responsabilidade § Cumprimento de tarefas. § Autonomias.

§ Monitorização

§ Aulas. § PAT. § Projetos. § Complementos educativos.

§ Interdisciplinaridade § Curricular. § Apoios educativos. § Visitas de Estudo.

§ Interação pedagógica

§ Direção – Pais e E. Educação. § Professores – Professores. § Professor – Alunos. § Professor – Pais e E. Educação. § Não-docentes – Alunos.

Recursos e Condições de Aprendizagem

§ Espaços § Adequabilidade educativa. § Equipamentos § Adequabilidade educativa Atualização.

§ Horários § Cargas horárias adequadas. § Distribuição semanal.

§ Direção de Turma § Coordenação. § Cooperação.

§ Apoios Educativos/Pedagógicos § Adequação às dificuldades. § Adequação aos alunos.

§ Complementos Educativos e Formativos

§ Adequação à procura. § Inovação.

Avaliação

§ Critérios § Publicitação. § Adequação.

§ Adequação § Procedimentos. § Calendarização.

§ Instrumentos § Diversidade. § Eficácia.

§ Formativa § Consequente. § Reguladora.

§ Autoavaliação § Extensão. § Frequência.

Autonomia e Flexibilidade Curricular

§ Órgãos de gestão § Opções organizacionais (horários, crédito

horário, grau de apropriação/implicação dos atores na tomada de decisão).

§ Estruturas intermédias § Desenho curricular e impacto dos

instrumentos de planeamento curricular no sucesso dos alunos.

§ Alunos

§ Grau de motivação; processo inerente ao desenvolvimento dos projetos; qualidade das aprendizagens adquiridas; qualidade dos produtos obtidos.

§ Pessoal não docente § Apropriação pelos parceiros dos

princípios do decreto-Lei n.º 55/2018; implicação na tomada de decisão.

§ Pais e Encarregados de Educação § Grau de satisfação; qualidade das aprendizagens/produtos.

§ Comunidade

§ Adequação do projeto ao contexto local; qualidade e abrangência das parcerias desenvolvidas; apropriação pelos parceiros dos princípios do Decreto-Lei n.º 55/2018; implicação na tomada de decisão.

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V. PLANO ANUAL DE ATIVIDADES O Plano Anual de Atividades enquadra-se na vertente concretizadora do Projeto Educativo, quer nos conceitos e opções educativas que o estruturam, quer nos propósitos estratégicos que o renovam continuamente. Se o Projeto Educativo pensa, reflete, opta e organiza a ação educativa, se o Projeto Curricular formaliza, oficializa e regula o conjunto dos processos que atualizam a ação educativa, o Plano Anual de Atividades concretiza, singulariza, diversifica, unifica toda a ação educativa e demais complementos formativos em torno dos objetivos que presentemente determinam a urgência de educar e formar. O Plano de Atividades seria desnecessário, se não ultrapassasse o estatuto de mero aglomerado de ações amorfas, desconexas, que evidenciam vontades dispersas de sinalizar vontades educativas construídas apenas com bons propósitos formativos. Pela coerência que tem, e deve demonstrar, com o ideal educativo, com os vetores educativos e pedagógicos que o formalizam, com os princípios reguladores e organizadores que o transformam em causa pública e com as vicissitudes do processo educativo, ele deve sinalizar a unidade de todas estas dimensões que intervêm no pensar e organizar o ato de educar.

O Plano de Atividades significa, então, um conjunto de ações, organizadas, planificadas e calendarizadas em função de objetivos educativos determinantes, com propósitos definidos e hierarquizados, que pretendem ser contributo consistente para a superação de dificuldades, para a correção de procedimentos e opções, para a prossecução de patamares educativos não atingidos ainda. O Plano de Atividades assume, como sua base educativa estrutural, os objetivos prioritários definidos no Projeto Educativo e as formalizações práticas do currículo exaradas no Projeto Curricular de Escola, porque, diante de um desafio e de um conjunto de dificuldades educativas, ele pretende ser, no concreto de cada dia, de cada ação pensada e organizada, de cada evento coletivo, um contributo real, aprofundado e progressivo para a melhoria da realidade educativa do CDDS. As atividades, por isso, possuem um contexto educativo, o seu fundamento racional ordenador, em função do qual devem ser pensadas, propostas e realizadas.

A função educativa do Plano Anual de Atividades comprovar-se-á pelo caráter organizativo e fundamentado com que resolve ou se propõe resolver as dificuldades educativas suscitadas no acontecer educativo da Comunidade Educativa. Os critérios que se estabelecem para este Plano e os princípios organizativos que o coordenam tencionam contribuir para o êxito das metas/propósitos educativos enumerados no projeto Educativo e das aprendizagens educativas.

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94. Atividades a desenvolver

522. As atividades a promover devem estar, por natureza, ajustadas às Aprendizagens Planificadas e constituir-se como um contributo educativo inequívoco para a resolução das dificuldades que surgem no decurso do processo educativo.

523. A atividade deve estar em coerência com os objetivos que se pretende com essas aprendizagens e devem organizar-se como um contributo para a consecução da competência a elas adstritas.

524. Uma atividade pode inserir-se no contexto de várias aprendizagens e competências, daí a importância da definição adequada dos objetivos, que devem ser sempre coerentes e claros, relativamente às aprendizagens a que se afetam e aos objetivos que se pretende conseguir.

95. Objetivos das atividades

525. Os objetivos das atividades devem ajustar-se aos objetivos específicos das aprendizagens, aos problemas ou dificuldades nelas identificados que se pretende superar e aos indicadores delas deduzidos, como reguladores da atividade.

526. Os objetivos devem ser concretos e mensuráveis, de forma a facilitar o processo de avaliação dos mesmos e o impacto que produzem no processo educativo.

527. Tanto quanto possível, os objetivos devem ser concentrados e não dispersos, de tal modo que cada atividade seja bem definida e se perceba, com evidência, o âmbito educativo de aprendizagem em que se insere.

96. Coordenação das atividades

528. As atividades devem ser promovidas ou sugeridas por grupos pedagógicos já instituídos, singulares ou mistos, de forma a permitir identificar a origem, o processo e o seu termo, de modo articulado com a organização educativa e pedagógica existente, e facilitar a avaliação e coordenação, recorrendo às organizações e práticas já consolidadas.

529. A coordenação, distribuição de compromissos e responsabilidades devem ser bem definidos e rigorosos, de forma a aferir intervenientes e a identidade dos processos de dinâmica educativa.

97. Intervenientes

530. Nos intervenientes, deve haver o cuidado de distinguir os promotores da atividade, os colaboradores e os destinatários da atividade, para se perceber o âmbito do impacto da ação e os setores da Comunidade Educativa que se integram nas atividades.

531. Embora não se coloquem interdições à participação de intervenientes externos ao CDDS nas atividades, devem privilegiar-se os membros da Comunidade Educativa, especialmente aqueles que necessitam de ser mais dinamizados, uma vez que a prioridade é a valorização das consequências educativas internas na Comunidade Educativa e não o impacto efémero externo que possam ter.

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98. Recursos a utilizar nas atividades

532. Valorize-se a importância dos recursos humanos sobre os materiais, pois as experiências conservam-se nas memórias e constituem reserva educativa para o futuro.

533. Os recursos físicos e técnicos devem ser incorporados com parcimónia, oportunidade e justificação, de forma a não se sobreporem à importância que os recursos humanos devem ter, pela oportunidade criativa, inovadora e experimental que as atividades proporcionam aos alunos.

99. Calendarização das atividades

534. A calendarização das atividades deve submeter-se globalmente ao calendário geral das ações educativas e curriculares prioritárias do CDDS, de tal forma que não sejam perturbadas na sua organização e eficácia.

535. Procura-se que sejam pertinentes no calendário e integradas na sequência ou ocorrência das demais atividades programadas, de forma a perceber-se a unidade orgânica que todas elas devem possuir.

100. Planificação das Atividades: critérios

536. As atividades a desenvolver devem ser planificadas sempre como um contributo educativo que se incorpora no grande esforço ou tarefa educativa coletiva do CDDS. Atividades que não se enquadram nas Aprendizagens Essenciais estão a colocar-se à margem do processo educativo.

537. As Aprendizagens Essenciais, conforme estão definidas, possuem objetivos educativos já definidos, estratégias e até indicadores. As atividades devem começar por ser planificadas em função de uma dessas Aprendizagens Essenciais, recorrendo a uma ou várias estratégias elencadas para esses objetivos, de forma que cada uma das atividades não resulte num esforço disperso, mas numa ação organizada e centrada no esforço educativo do CDDS.

538. A definição dos objetivos das atividades deve, por isso, procurar coerência com o objetivo da Aprendizagem selecionada e, quanto possível, fazer com que esses objetivos sejam concretos, mensuráveis, de forma que todo o percurso educativo estratégico seja visível, inteligível e se perceba claramente a sua intencionalidade.

539. As atividades a planificar devem ser suscitadas, quanto possível, dentro das estruturas de gestão e administração pedagógica: Conselho Pedagógico, Departamentos Disciplinares, Conselhos de Turma, de forma que elas tenham sempre uma ligação estreita com o processo e a prática educativa, pela possibilidade que as estruturas pedagógicas têm de as articular com a prática curricular e com os objetivos educativos definidos por cada uma dessas estruturas.

540. Na planificação de atividades, deve ser, desde logo, bem definido quem são os coordenadores, a equipa coordenadora ou o grupo coordenador da atividade, de modo a

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poderem produzir-se contactos e informações sólidas e corretas, atribuírem-se responsabilidades e suscitarem-se compromissos dentro da Comunidade Educativa.

541. Devem definir-se, inicialmente, quais são os objetivos pretendidos com a realização da atividade, de forma clara e pontualizada, de modo que esta possa ser avaliada criteriosamente em função dos mesmos.

542. Antes de qualquer espécie de compromisso público, devem avaliar−se, previamente, a disponibilidade de datas, espaços, pessoas e recursos, de sorte que a realização das atividades não colida com outras atividades que decorram paralelamente ou afetem o normal curso das atividades curriculares/letivas.

543. Previamente à formalização ou anúncio público, devem os promotores ou coordenadores obter a respetiva autorização ou aprovação da direção, a fim de que nada decorra sem o conhecimento de quem possui a responsabilidade última.

544. A publicitação das atividades deve ser elaborada com toda a informação necessária que caracterize bem a atividade, refira os objetivos, mencione os destinatários, a sua precisa calendarização, os seus condicionamentos, a equipa coordenadora e promotora, os contactos, as regras que orientarão a atividade e formalize, nos suportes dos anúncios, a autorização dos órgãos e pessoas devidas.

545. A formalização do anúncio público das atividades deverá ser efetuada através dos meios e locais próprios, isto é, nos placards adequados para anúncios do CDDS existentes nos átrios, sala de convívio dos alunos, salas de professores, salas de aula, em reuniões convocadas para o efeito e nos órgãos de divulgação do CDDS, sem recorrer a mediações menos próprias como as colagens de papéis em paredes e as interrupções despropositadas das aulas.

546. De todas as atividades realizadas, devem os Departamentos envolvidos elaborar o respetivo relatório de avaliação, no qual sejam bem explícitos os níveis de consecução ou de êxito alcançados, as justificações do insucesso.

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VI. REGULAMENTO INTERNO O presente Regulamento Interno pretende contribuir para a compreensão e vivência da igualdade de direitos e deveres de todos os elementos da Comunidade Educativo do CDDS, sob o signo da cidadania, e propiciar o desenvolvimento da autonomia de cada membro no exercício da liberdade, da autodisciplina, da razão e da reflexão. É formando os alunos com valores e competências, tendo como referências a ética do cuidado, as relações de convivência pacífica e harmónica, a busca de sentido, a participação proporcionada, o pensamento crítico e reflexivo, a disciplina emocional, a comunicação, a justiça e a equidade que se prepara e consolida a educação para a cidadania.

O Regulamento Interno não se apresenta como um conjunto de normas limitadoras ou condicionantes do exercício do livre arbítrio de cada um, mas como um instrumento educativo promotor de aprendizagens básicas:

§ Aprender a pacificar, o fundamento da convivência humana;

§ Aprender a comunicar, a base da autoafirmação pessoal e social;

§ Aprender a interagir, a base das relações sociais,

§ Aprender a decidir em grupo, a base da competência profissional;

§ Aprender a cuidar de si, a base da saúde e da segurança social;

§ Aprender a cuidar do ambiente, a base da sobrevivência;

§ Aprender a valorizar o saber da memória social, a base da evolução social e cultural.

§ Aprender a viver com os outros num clima de respeito pelas diferenças é uma aprendizagem que depende da qualidade das vivências da Comunidade Educativa e da forma como cada um assume a importância do seu bem-estar físico, psicológico, afetivo, social e profissional e do bem-estar dos outros.

O Regulamento Interno apresenta−se como um regulador educativo:

§ Do autocuidado: quem cuida e é cuidado, no corpo, na mente e na vontade, exerce a responsabilidade com consciência;

§ Do cuidado do outro: a justiça, igualdade e equidade implicam a salvaguarda da alteridade;

§ Do cuidado mútuo: a reciprocidade e a responsabilidade partilhadas são mediações da convivência social;

§ Do cuidado com o ambiente: a preservação dos bens comuns e do bem comum são a garantia do bem-estar;

§ Do cuidado da atitude, do ser e do estar: o compromisso individual e comum requer a plena consciência dos direitos e dos deveres.

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PREÂMBULO O Regulamento Interno do CDDS organiza-se com base nos princípios educativos enunciados no Ideário Educativo e na Matriz Educativa e Pedagógica do Projeto Educativo do CDDS, por se constituir como um instrumento de regulação das relações educativas e pedagógicas, desenvolvidas no âmbito da Comunidade Educativa do CDDS.

São princípios educativos do CDDS:

• Dimensão física e estética − o respeito pelo corpo e pelo ambiente, sem discriminar nem desprezar ninguém.

• Dimensão afetiva − atenção e consideração nas relações interpessoais.

• Dimensão cognitiva − desenvolver os hábitos e o treino da memória, da cultura e da inteligência, que permitam assumir o trabalho como expressão criativa e de serviço aos outros.

• Dimensão comunitária e social − desenvolver respostas adequadas a novas realidades.

• Dimensão ética e valorativa − a pessoa humana com referências morais e éticas.

• Dimensão da formação da vontade − A educação da vontade e da deliberação consciente como princípios basilares para se ser livre.

• Dimensão do compromisso e solidariedade social − Formar pessoas de bem, de justiça e compromisso solidário.

• Dimensão transcendente − Sensibilizar para uma vivência autêntica do cristianismo, por meio de um ambiente escolar marcado por valores evangélicos.

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PARTE I − DEFINIÇÃO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Artigo 1.º − Âmbito e extensão

O presente Regulamento Interno define, de acordo com os princípios estabelecidos no regime de autonomia pedagógica, de acordo com a legislação vigente, o funcionamento do Colégio Dom Diogo de Sousa (de ora em diante apenas designado CDDS).

Artigo 2.º − Âmbito e extensão

547. O presente Regulamento Interno aplica−se a todas as pessoas que constituem a Comunidade Educativa do CDDS, a todos os espaços e instalações do CDDS, quer interiores, quer exteriores, definindo a configuração específica dos órgãos de direção, das estruturas intermédias de orientação educativa e pedagógica, bem como o conjunto de normas de convivência que permitam a participação organizada, ordenada e sadia de todos e de cada um na Comunidade Educativa.

548. O presente Regulamento Interno aplica−se aos órgãos de direção, às estruturas de orientação educativa, aos docentes, ao pessoal não docente, aos alunos, aos Pais e Encarregados de Educação e a todos os utentes dos espaços e instalações escolares do CDDS.

TÍTULO I − IDENTIDADE INSTITUCIONAL E EDUCATIVA DO CDDS

Artigo 3.º − Sede

O CDDS, situado na Rua Conselheiro Bento Miguel, na cidade de Braga, é um estabelecimento de ensino particular, que prossegue fins educativos de interesse público, fundado em 1949, com o alvará nº 1029, de 28 de abril de 1950.

Artigo 4.º − Entidade Proprietária

O CDDS é propriedade do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, também designado por Seminário Conciliar de Braga, reconhecido como pessoa coletiva sem fins lucrativos.

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Artigo 5.º − Autonomia Pedagógica

O CDDS funciona em regime de autonomia pedagógica.

Artigo 6.º − Projeto Educativo

O Projeto Educativo do CDDS reúne os requisitos estabelecidos pela legislação em vigor e a Comunidade Educativa conhece e aceita integralmente o seu conteúdo e o modelo educativo que nele o CDDS propõe, com base na liberdade de ensino.

Artigo 7.º − Conformidade com a legislação tutelar

O presente Regulamento Interno encontra−se elaborado de acordo com a legislação em vigor e o Projeto Educativo do CDDS.

Artigo 8.º − O Modelo Educativo

549. O CDDS é uma escola católica, de acordo com o que estabelece o Código de Direito Canónico no cânone 803, e propõe-se promover a educação integral dos seus alunos. Este modelo de educação integral encontra-se definido e descrito no Projeto Educativo do CDDS e, em cada ano letivo, é concretizado nas múltiplas atividades curriculares e extracurriculares.

550. A proposta de educação e formação religiosa do CDDS é a proposta religiosa e moral da Igreja Católica, respeitando a liberdade dos alunos, famílias, professores e pessoal não-docente.

551. O CDDS está aberto, sem qualquer discriminação, a todos os que procuram a sua oferta educativa e formativa, desde que adiram, sem condicionalismos nem reservas, ao seu Projeto Educativo e aceitem os seus regulamentos.

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TÍTULO II − ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO CDDS

CAPÍTULO I − OFERTA EDUCATIVA

Artigo 9.º − Diversidade e regime de funcionamento

1. A oferta educativa do CDDS é constituída pela Educação Pré-Escolar, pelo Ensino Básico e pelo Ensino Secundário.

2. A oferta educativa do CDDS funciona em regime de contrato de desenvolvimento de apoio à família, para alunos da Educação Pré-Escolar, e de contrato simples de apoio à família, para alunos do Ensino Básico e Secundário, tendo em conta a diferenciação do financiamento de acordo com a condição económica do agregado familiar, em conformidade com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação quanto à fórmula de cálculo e respetivo escalão de comparticipação e o limite de financiamento que for imposto por estabelecimento de ensino.

3. No caso de as famílias beneficiarem de apoio financeiro através da comparticipação dos referidos contratos, o Colégio cobrará a verba resultante da diferença entre a comparticipação paga pelo Ministério da Educação e a anuidade praticada.

4. Além da oferta educativa curricular, o CDDS disponibiliza ainda atividades de enriquecimento curricular e formação religiosa e bíblica, de frequência facultativa, que constam do projeto Curricular de Escola e do Plano Anual de Atividades.

CAPÍTULO II − ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

SECÇÃO I DIREÇÃO DO CDDS

Artigo 10.º − Constituição e competências

1. A Direção é o órgão de governo do CDDS e tem como missão específica responsabilizar-se pelo funcionamento do mesmo e pela dinamização de toda a ação educativa.

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2. A Direção do CDDS é da responsabilidade do Diretor Pedagógico, sendo coadjuvado por um Diretor Administrativo e pelos assessores técnico-pedagógicos que julgue necessários.

3. O Diretor Pedagógico poderá, nos limites que lhe sejam facultados pela lei, delegar poderes representativos ou competências noutros membros da Direção ou noutros órgãos, especificando os poderes que são delegados ou quais os atos que o delegado pode praticar, devendo o órgão delegado mencionar a sua qualidade no uso da sua delegação.

4. São delegados no Diretor Administrativo os necessários poderes para, em representação do Diretor do CDDS, proceder aos atos correntes de gestão do CDDS e para emitir e subscrever os documentos de natureza administrativa que se mostrem necessários ou úteis ao funcionamento da instituição.

5. O Diretor Pedagógico, na sua ausência ou impedimento, será substituído nas suas funções por um membro do Conselho Pedagógico, quanto ao exercício de funções pedagógicas, e, quanto ao exercício de demais funções, pelo Diretor Administrativo.

SECÇÃO II − DIRETOR PEDAGÓGICO

Artigo 11.º − Competências

1. O Diretor Pedagógico é nomeado pela entidade titular do CDDS, o Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, com sede em Braga, necessitando essa nomeação de homologação do Ministério da Educação e Ciência.

2. O Diretor Pedagógico assegura a articulação entre os professores, os alunos, Pais e Encarregados de Educação e é o responsável pela gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial do CDDS.

3. O mandato do Diretor Pedagógico tem duração indeterminada.

4. São competências do Diretor Pedagógico (ouvidos os competentes órgãos consultivos):

a) Supervisionar a elaboração do Projeto Educativo, do projeto Curricular de Escola e do Regulamento Interno do CDDS e proceder à sua aprovação;

b) Definir o regime de funcionamento do CDDS; c) Presidir ao Conselho Pedagógico; d) Aprovar o Plano Anual de Atividades; e) Superintender na constituição das turmas e na elaboração dos horários; f) Distribuir o serviço docente e não docente; g) Designar os Diretores de Turma, os Coordenadores dos diversos níveis de ensino

(Coordenadores de ciclo) e os representantes dos Departamentos Disciplinares; h) Contratar o Pessoal Docente e Não Docente; i) Admitir e excluir alunos, declarando resolvido o respetivo contrato de ensino quando a

situação o justifique;

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j) Exercer o poder hierárquico, designadamente em matéria disciplinar, em relação ao corpo docente e não docente;

k) Exercer, nos termos da lei, o poder disciplinar em relação aos alunos; l) Os demais que a legislação específica o preveja.

SECÇÃO III − DIRETOR ADMINISTRATIVO

Artigo 12.º − Competências

1. O Diretor Administrativo é membro da Direção do CDDS e, sem prejuízo do disposto no número 4 do artigo 10.º supra, assume os poderes atribuídos e delegados pelo Diretor do CDDS para, em substituição e representação deste, proceder aos atos e deliberações necessários à gestão do CDDS e à emissão e assinatura dos documentos de natureza administrativa que se mostrem necessários ou úteis ao funcionamento da instituição.

2. Participa na definição da política geral do CDDS com o conhecimento de planificação e coordenação das várias funções inerentes ao funcionamento do Colégio. Exerce funções consultivas e dirige funções de natureza financeira, administrativa e de pessoal.

3. Estão ainda atribuídos ao Diretor Administrativo os seguintes os poderes específicos:

l) Orientar e coordenar as atividades dos Serviços Administrativos; m) Orientar e controlar a elaboração dos vários documentos passados pelos Serviços

Administrativos e sua posterior assinatura; n) Organizar e submeter à aprovação do Diretor a distribuição dos serviços pelo respetivo

pessoal, de acordo com a natureza, categorias e aptidões, e, sempre que o julgue conveniente, proceder às necessárias redistribuições;

o) Assinar o expediente corrente; p) Preparar e submeter a despacho ao Diretor todos os assuntos da sua competência; q) Providenciar para que todos os serviços inerentes ao funcionamento das atividades

letivas escolares, recursos e exames, dependentes dos Serviços Administrativos, estejam em ordem nos prazos estabelecidos;

r) Proceder à leitura do Diário da República; s) Apreciar qualquer outro assunto respeitante ao Serviço Administrativo, decidindo os

que forem da sua competência e expondo ao Diretor os que pela legislação vigente e por este Regulamento Interno lhe estão atribuídos.

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SECÇÃO IV − CONSELHO PEDAGÓGICO

Artigo 13.º − Identidade

O Conselho Pedagógico é um órgão consultivo da direção para a coordenação e orientação educativa do CDDS, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, cultural, de orientação e acompanhamento dos alunos e da formação contínua do corpo docente e não docente.

Artigo 14.º − Composição

1. O Conselho Pedagógico é presidido pelo Diretor Pedagógico e constituído pela Direção (Diretor Pedagógico e Diretor Administrativo), pelos representantes dos grupos disciplinares ou departamentos curriculares, pelos coordenadores dos diversos níveis de ensino (coordenadores de ciclo), podendo ainda ser alargado, se se julgar adequado, a outros elementos representantes dos alunos ou encarregados de educação, bem assim como representantes ou elementos de outros órgãos que, por inerência, o devam integrar.

2. A presença nas reuniões do Conselho Pedagógico de elementos alheios a este, por razão pontual ou circunstancial, só pode ser autorizada durante o período necessário e suficiente para se obterem informações ou se tomarem decisões relativamente a assuntos sobre os quais foi convocada a sua presença.

Artigo 15.º − Funcionamento

O Conselho Pedagógico reúne ordinariamente duas vezes por período letivo e, extraordinariamente, sempre que o presidente do mesmo o julgue necessário.

Artigo 16.º − Competências

1. Compete ao Conselho Pedagógico deliberar, no quadro de competências próprias e ainda a título consultivo sobre:

a) O Projeto Educativo, o Projeto Curricular, o Regulamento Interno e o Plano Anual de Atividades;

b) A adoção dos manuais escolares selecionados pelos Departamentos Disciplinares; c) As informações de exame que sejam da competência do CDDS; d) Os critérios gerais nos domínios da informação e da orientação vocacional, do

acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos; e) Os princípios gerais no domínio da articulação e diversificação curricular, dos apoios e

complementos educativos;

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f) Os critérios gerais para constituição das turmas e elaboração dos respetivos horários; g) A aprovação dos documentos impostos pela legislação em vigor; h) Outras situações em que a lei exija a sua intervenção.

2. Compete, ainda, ao Conselho Pedagógico suscitar, apoiar e acompanhar iniciativas de índole formativa e cultural e outras questões que lhe sejam suscitadas ou requeridas pelo Diretor Pedagógico.

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CAPÍTULO III − ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

SECÇÃO I − ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

Artigo 17.º − Definição

Em ordem ao desenvolvimento do Projeto Educativo e do Projeto Curricular, são fixadas as estruturas que colaboram com o Diretor Pedagógico e com o Conselho Pedagógico, no sentido de assegurar a coordenação, organização e acompanhamento das atividades escolares, promover o trabalho colaborativo e realizar a avaliação na Comunidade Educativa.

SECÇÃO II − DEPARTAMENTOS CURRICULARES/DISCIPLINARES

Artigo 18.º − Articulação e gestão curricular

1. A articulação e gestão curriculares têm por finalidade promover a cooperação entre os docentes do CDDS, procurando adequar o currículo às necessidades específicas dos alunos.

2. A articulação e gestão curriculares são asseguradas por departamentos curriculares/disciplinares nos quais se encontram representados os grupos disciplinares, de acordo com os cursos lecionados e o número de docentes.

Artigo 19.º − Composição

Ao Departamento Curricular/Disciplinar pertencem todos os professores que lecionam as áreas disciplinares que o integram.

Artigo 20.º − Competência

Compete ao Departamento Curricular/Disciplinar:

1. Planificar e adequar à realidade do CDDS a aplicação dos planos de estudo estabelecidos a nível nacional;

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2. Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das disciplinas;

3. Assegurar, de forma articulada com outras estruturas de orientação educativa do CDDS, a adoção de metodologias específicas destinadas ao desenvolvimento, quer dos planos de estudo, quer das componentes de âmbito local do currículo;

4. Analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e de outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens;

5. Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos de alunos;

6. Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

7. Desenvolver, em conjugação com os Diretores de Turma, medidas no domínio da orientação, acompanhamento e avaliação dos alunos, visando contribuir para o seu sucesso educativo;

8. Colaborar com o núcleo de apoios educativos e com os Diretores de Turma na elaboração de programas específicos integrados nas atividades e medidas de apoio educativo;

9. Desenvolver e apoiar projetos educativos de âmbito local e regional, numa perspetiva de investigação-ação, de acordo com os recursos do CDDS;

10. Analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto;

11. Identificar necessidades de formação dos docentes;

12. Elaborar e avaliar o Plano Anual das Atividades do Departamento, tendo em vista a concretização do Projeto Educativo do CDDS e do Plano Anual de Atividades;

13. Exercer as demais competências estabelecidas na lei.

Artigo 21.º − Coordenador de Departamento

Ao Coordenador compete:

1. Representar o Departamento que coordena no Conselho Pedagógico;

2. Promover, dinamizar e acompanhar a troca de experiências e a cooperação entre todos os docentes que integram o Departamento Curricular;

3. Assegurar a coordenação das orientações curriculares e dos programas de estudo, promovendo a adequação dos seus objetivos e conteúdos à situação concreta do CDDS;

4. Promover a articulação com outras estruturas ou serviços do CDDS, com vista ao desenvolvimento de estratégias de diferenciação pedagógica;

5. Propor ao Conselho Pedagógico o desenvolvimento de componentes curriculares específicas e a adoção de medidas destinadas a melhorar as aprendizagens dos alunos;

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6. Cooperar na elaboração, desenvolvimento e avaliação dos instrumentos de autonomia do CDDS;

7. Promover a realização de atividades de investigação, reflexão e de estudo, visando a melhoria da qualidade das práticas educativas;

8. Acompanhar e apoiar a atividade individual dos docentes, inventariando as suas necessidades de formação;

9. Convocar e presidir às reuniões de Departamento;

10. Arquivar e manter em arquivo próprio todos os documentos referentes ao Departamento, nomeadamente legislação importante, critérios de avaliação aprovados e planificações anuais das disciplinas que o compõem;

11. Colaborar no processo de autoavaliação dos docentes.

SECÇÃO III − DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO PRÉ−ESCOLAR

Artigo 22.º − Competências do Departamento

Compete ao Departamento da Educação Pré−Escolar:

1. Colaborar com o Diretor na implementação das medidas de apoio;

2. Organizar a vigilância ativa nos recreios;

3. Construir o currículo da EPE com base nas OCEPE emanadas pelo ME, e em coerência com os documentos estruturantes do Colégio, em função da especificidade dos grupos, assegurando aprendizagens significativas e integradas;

4. Planificar e adequar à especificidade dos grupos a operacionalização das OCEPE, em todas as áreas de conteúdo das OCEPE;

5. Assegurar, de forma articulada com todos os educadores, a adoção de modelos pedagógicos e curriculares destinadas ao desenvolvimento do currículo;

6. Definir medidas e estratégias promotoras da articulação e sequencialidade intergrupal e com o 1.º CEB;

7. Identificar necessidades de formação dos docentes;

8. Analisar e refletir sobre as práticas educativas e seu contexto;

9. Definir e implementar os modos e processos de avaliação das aprendizagens das crianças;

10. Coordenar, acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas na EPE;

11. Participar no desenvolvimento e concretização do Projeto Educativo e do Plano Anual de Atividades do Colégio.

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Artigo 23.º − Funcionamento do Departamento

Na sua orgânica de funcionamento, o Departamento da Educação Pré-Escolar terá em conta as seguintes regras gerais:

1. O coordenador do Departamento é designado pelo Diretor;

2. As reuniões ordinárias do Departamento realizar-se-ão pelo menos duas vezes por cada período letivo;

3. O Departamento da Educação Pré-Escolar poderá reunir em conjunto com o Departamento do Primeiro Ciclo, sempre que os assuntos a tratar envolvam a definição de pré-requisitos, planificação e execução de atividades inseridas no Plano Anual de Atividades, bem como a avaliação, numa perspetiva de abordagem sequencial do percurso dos alunos.

SECÇÃO IV − DEPARTAMENTO DO PRIMEIRO CICLO DO ENSINO BÁSICO

Artigo 24.º − Competências

Compete ao departamento do Primeiro Ciclo:

1. Propor Critérios de Avaliação Específicos para o Primeiro Ciclo do Ensino Básico;

2. Proceder à avaliação dos alunos, mediante a proposta dos Professores Titulares de Turma;

3. Propor ao Conselho Pedagógico a retenção repetida de um aluno no mesmo ciclo, de acordo com a legislação vigente;

4. Definir e organizar a vigilância ativa nos recreios;

5. Propor ao Conselho Pedagógico a integração noutra turma dos alunos retidos nos 2.º e 3.º anos de escolaridade, com base na proposta fundamentada do professor titular da turma, ouvidos os encarregados de educação e, sempre que possível, o professor da eventual nova turma;

6. Aprovar as propostas dos Planos de Atividades de Turma apresentadas pelos professores titulares;

7. Organizar, acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas com os alunos;

8. Supervisionar as atividades de enriquecimento curricular;

9. Estabelecer a articulação entre o CDDS e a família dos alunos.

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Artigo 25.º − Funcionamento do Departamento

Na sua orgânica de funcionamento o Departamento do Primeiro Ciclo terá em conta as seguintes regras gerais:

1. O Coordenador do Departamento é designado pelo Diretor;

2. As reuniões ordinárias do departamento realizar-se-ão duas vezes por cada trimestre letivo;

3. O departamento do Primeiro Ciclo poderá reunir em conjunto com os grupos de recrutamento/disciplinares, sempre que os assuntos a tratar envolvam a definição de pré-requisitos, de conhecimentos, aprendizagens e competências, planificação de atividades das áreas curriculares disciplinares que envolvam os restantes ciclos, a articulação vertical dos programas e a execução de atividades inseridas no Plano Anual de Atividades;

4. O Departamento do Primeiro Ciclo poderá reunir em conjunto com o departamento da Educação Pré−Escolar, sempre que os assuntos a tratar envolvam a definição de pré−requisitos, planificação e execução de atividades inseridas no Plano Anual de Atividades, bem como a avaliação numa perspetiva de abordagem sequencial do percurso dos alunos e a promoção das vertentes do currículo.

SECÇÃO V − CONSELHO DE TURMA

Artigo 26.º − Composição

A organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver com os alunos são asseguradas pelo Conselho de Turma, no 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário, o qual é composto pelo Diretor de Turma, a quem estão distribuídas as funções de Presidente, e pelos professores da Turma.

Artigo 27.º − Organização das Atividades de Turma

1. O Conselho de Turma é responsável pela elaboração do Plano de Atividades de Turma, o qual deve integrar as estratégias de diferenciação pedagógica e de adequação curricular ao contexto da aula, as atividades da turma destinadas a promover a melhoria das condições de aprendizagem e a articulação CDDS-Família.

2. No desenvolvimento da sua autonomia, a Direção pode ainda designar professores tutores para acompanhamento em particular do processo educativo de um grupo de alunos.

3. Os professores designados para os apoios educativos, quando forem diferentes dos professores titulares da disciplina, podem, de acordo com o desenvolvimento da sua

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função, integrar o Conselho de Turma dos grupos dos alunos que acompanham, quando a sua presença, por razões que o justifique, for solicitada pelo Conselho de Turma.

4. O Diretor Pedagógico decide caso a caso, pela análise do tipo de intervenção do professor tutor, se este deverá integrar o Conselho de Turma.

Artigo 28.º − Competências

Compete ao Conselho de Turma:

1. Organizar os Instrumentos de planeamento curricular

2. Produzir os instrumentos de planeamento curricular que devem integrar o plano de atividades, as estratégias de diferenciação pedagógica e de adaptação curricular, destinadas a promover a melhoria das condições do ensino e da aprendizagem e fazer o acompanhamento e avaliação das mesmas.

3. Adequar atividades, conteúdos, estratégias e métodos de trabalho à situação concreta do grupo, estabelecendo níveis de aprofundamento e sequências adequadas.

Artigo 29.º − Funcionamento

1. O Conselho de Turma reúne de forma ordinária e extraordinária.

2. Reúne, de forma ordinária, no final de cada período letivo, tendo em vista a avaliação dos alunos e, no meio de cada período letivo, para análise dos problemas de natureza pedagógica e/ou avaliação intermédia. Em casos particulares, designadamente em turmas de elevado nível de aproveitamento, poderá haver dispensa da reunião no meio de cada período letivo.

3. Reúne, de forma extraordinária, sempre que quaisquer assuntos de natureza pedagógica ou disciplinar o justifiquem.

4. As reuniões extraordinárias são convocadas pelo Diretor Pedagógico, por sua iniciativa ou por proposta do Diretor de Turma.

5. Sempre que a ausência de um membro do Conselho de Turma for imprevista, a reunião de avaliação deve ser adiada, no máximo por 48 horas, de forma a assegurar a presença de todos os membros.

6. No caso de a ausência ser presumivelmente longa, o Conselho de Turma reúne com os restantes membros, devendo o respetivo Diretor de Turma dispor de todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno, fornecidos pelo professor ausente.

7. O presidente e o secretário são substituídos, na sua ausência, respetivamente, pelo membro mais antigo e pelo membro mais novo do Conselho de Turma, salvo se a Direção previamente formalizar a designação de outrem. No caso de os membros possuírem a mesma antiguidade, a substituição faz-se, respetivamente, pelo membro de mais idade e pelo mais jovem.

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8. Em cada um dos momentos de avaliação, o professor de cada disciplina apresenta, em reunião de Conselho de Turma, uma informação sobre o aproveitamento de cada aluno e uma proposta de atribuição de classificação, expressa, no Ensino Secundário, na escala de 0 a 20, no 9.º Ano de Escolaridade, no nível de 1 a 5 e, do 5.º aos 8.º anos, na escala de 1 a 10.

9. A decisão final, quanto à avaliação e classificação a atribuir, é da competência do Conselho de Turma que, para o efeito, aprecia a proposta apresentada por cada professor, as informações justificativas da mesma e a situação global do aluno.

10. As decisões do Conselho de Turma devem resultar do consenso dos professores que o integram, admitindo−se o recurso ao sistema de votação, quando se verificar a impossibilidade de obtenção desse consenso.

11. No caso de recurso à votação, e segundo as prescrições do Código do Procedimento Administrativo, todos os membros do Conselho de Turma devem votar mediante voto nominal, não sendo permitida a abstenção.

12. A deliberação apenas pode ser tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do Conselho de Turma voto de qualidade, em caso de empate.

13. Na ata da reunião de Conselho de Turma, devem ficar registadas todas as decisões do Conselho de Turma e a respetiva fundamentação.

14. Todas as informações relativas às reuniões de avaliação devem ser mantidas em sigilo, nomeadamente as que respeitam à avaliação e classificação.

15. Relativamente a qualquer questão não contemplada, os Conselhos de Turma devem utilizar os procedimentos previstos na legislação em vigor.

Artigo 30.º − Competências do Diretor de Turma

1. Antes do início de cada ano escolar, o Diretor designa, para cada turma, um Diretor de Turma.

2. São competências do Diretor de Turma, relativamente aos alunos:

a) Procurar conhecer o aluno em todas a suas dimensões, quer individualmente, quer na forma como se organiza em turma, com vista a uma melhor compreensão do seu desenvolvimento, identificando também as suas necessidades, interesses e hábitos de trabalho;

b) Desenvolver ações que promovam e facilitem uma correta integração e inclusão dos alunos na vida do CDDS, preparando um atendimento especial aos alunos novos que frequentem o CDDS, analisando os problemas de adaptação;

c) Identificar os alunos com dificuldades que necessitem de acompanhamento especial e participar na elaboração de um programa de apoio pedagógico;

d) Apoiar o desenvolvimento de iniciativas e projetos que respondam aos interesses dos alunos e que favoreçam a integração escolar, familiar e social;

e) Resolver os conflitos que surjam entre alunos ou alunos e restante comunidade educativa;

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f) Incentivar a participação dos alunos em atividades na vida do CDDS, de forma a desenvolver a sua consciência cívica;

g) Proceder à eleição do delegado e do subdelegado de turma, sensibilizando previamente os alunos para a sua importância, de acordo com o perfil definido no Projeto Educativo do CDDS;

h) Contribuir para o correto preenchimento e utilização dos registos escolares, bem como de qualquer boletim de que o aluno necessite.

3. São competências do Diretor de Turma, relativamente aos Professores:

a) Garantir aos professores da turma a existência de meios e documentos de trabalho e a orientação necessária ao desempenho das atividades próprias da ação educativa;

b) Dar conhecimento de todas as alterações na vida escolar do aluno; c) Discutir e definir, com os professores, estratégias de ensino-aprendizagem, tendo em

conta as características da turma; d) Promover o trabalho de equipa e uma coordenação interdisciplinar entre os

professores da turma, quer ao nível de projetos, quer na resolução de conflitos e problemas;

e) Analisar, com os professores, os problemas de alunos com dificuldades de integração ou relativos a questões que surjam no relacionamento entre alunos e/ou alunos e restante comunidade educativa;

f) Colaborar nas propostas de apoio pedagógico aos alunos, na elaboração do Relatório Técnico-Pedagógico, Programa Educativo Individual e, ainda, nas atividades que intensifiquem a relação CDDS-Pais.

4. São competências do Diretor de Turma, relativamente aos Pais e Encarregado de Educação, salvaguardada a precedência da Direção:

a) Garantir uma informação atualizada junto dos pais e encarregados de educação acerca da integração dos alunos na Comunidade Educativa, do aproveitamento escolar, das faltas a atividades letivas e, além disso, fornecer-lhes uma orientação no acompanhamento dos seus educandos;

b) Dar conhecimento de todas as alterações na vida escolar do aluno; c) Colaborar com os Pais e Encarregados de Educação na execução do plano de

acompanhamento pedagógico; d) Organizar e manter sempre atualizado o dossiê de turma; e) Colaborar com os serviços administrativos, relativamente à obtenção dos

comprovativos necessários à plena justificação das faltas dos alunos, junto dos Encarregado de Educação;

f) Desencadear procedimentos necessários à eleição do delegado e subdelegado de turma;

g) Assinar o livro de ponto; h) Preparar e coordenar as reuniões dos Conselhos de Turma; i) Verificar a correta execução das atas das reuniões dos Conselhos de Turma e o

preenchimento das pautas, registos biográficos, termos e fichas de registo dos alunos, bem assim como todos os documentos legalmente exigíveis;

j) Coordenar a elaboração e implementação do Plano de Atividades de Turma.

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SECÇÃO VI − CONSELHO PASTORAL

Artigo 31.º − Função

É o órgão responsável pela programação, planificação e realização das ações educativas que se relacionam diretamente com a formação, vivência e orientação cristã dos alunos.

Artigo 32.º − Composição

É composto pelo Diretor, pelos professores de EMRC e outros colaboradores que a Direção considere adequados à formação catequética dos alunos.

CAPÍTULO IV − REUNIÕES

Artigo 33.º − Regras Gerais

1. Todas as reuniões são convocadas através de ordem de serviço, através dos Meios de Informação e Comunicação Eletrónica (E-mail) com 48 horas de antecedência mínima. Nos casos de manifesta urgência, as reuniões podem ser marcadas com 24 horas de antecedência, mas devem ser avisados, por meio de comunicação mais célere, cada um dos interessados.

2. As reuniões são convocadas pelo titular do respetivo órgão.

3. Só podem ser marcadas faltas nas reuniões precedidas de convocatória.

4. A justificação das faltas às reuniões deve ser efetuada nos termos da legislação em vigor.

5. Das reuniões de avaliação, tal como de todas as outras, devem ser lavradas atas que descrevam pormenorizadamente o desenrolar das mesmas, registem todas as decisões, conclusões e faltas dos professores que não estejam presentes na reunião.

6. A redação da ata é da competência do professor secretário designado, anualmente ou pontualmente, pela Direção.

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CAPÍTULO V − ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO

E COMPLEMENTO CURRICULAR

Artigo 34.º − Regras Gerais

1. São atividades facultativas, lúdicas e culturais, visando a utilização criativa e formativa dos tempos livres dos educandos e o seu desenvolvimento integral.

2. As atividades são divulgadas pelos professores intervenientes, devendo o Diretor de Turma dar conhecimento aos alunos.

3. Todos os alunos podem inscrever−se numa ou mais atividades, sendo as mesmas acompanhadas por um ou vários professores ou outros técnicos que a Direção aprovar.

4. As inscrições são efetuadas pelos professores responsáveis.

5. A participação dos alunos nas atividades é orientada em função dos objetivos gerais de ciclo e, nessa medida, objeto de avaliação qualitativa dos resultados.

6. As atividades de complemento curricular podem ser organizadas pelos vários intervenientes do processo educativo, fazendo parte do Plano Anual de Atividades.

7. As propostas devem apresentar os seguintes elementos:

a) Professor ou equipa responsável pelo projeto; b) Descrição da natureza e objetivos do projeto; c) Forma de organização interna; d) Atividades a desenvolver; e) Regras pelas quais se organiza e desenvolve; f) Local e calendarização; g) Formas e momentos de avaliação.

8. A coordenação e determinação dos recursos humanos e materiais necessários à sua concretização competem à direção.

9. O professor ou a equipa responsável pelo projeto deve elaborar um relatório do trabalho desenvolvido, individualizado, que deve ser entregue anualmente ao Diretor Pedagógico.

Artigo 35.º − Atividades Culturais e Recreativas

1. Tendo em vista a sua função educativa e formativa, o CDDS promove diversas iniciativas de âmbito cultural, como exposições, bailados, saraus, olimpíadas, e de caráter recreativo, como torneios, campeonatos e festas.

2. No início de cada ano escolar, o Diretor, depois de ouvido o Conselho Pedagógico, calendariza essas atividades e procede à constituição de comissões mistas de professores e alunos para pôr em prática as ações enunciadas.

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3. Na realização destas atividades ou outras que o justifiquem, deve ser envolvida toda a Comunidade Educativa.

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PARTE II − COMUNIDADE EDUCATIVA

TÍTULO I − CONSTITUIÇÃO, DIREITOS E DEVERES

Artigo 36.º − Constituição

Fazem parte da Comunidade Educativa do CDDS a Direção, o Pessoal Docente e o Pessoal Não Docente que nele exercem efetivamente funções, os Alunos, os Pais e Encarregados de Educação dos alunos e os Antigos Alunos que frequentaram o CDDS.

Artigo 37.º − Direitos dos membros da Comunidade Educativa

1. Todos os membros da Comunidade Educativa têm direito, no espaço físico do CDDS, à defesa e proteção da sua integridade física e moral.

2. Consideram-se especialmente censuráveis, quando cometidas no espaço escolar, as seguintes práticas violadoras desse direito:

a) Todas as agressões de facto, resultantes de premeditação ou negligência, e intenção de dolo;

b) Todos os atos ou comportamentos suscetíveis de porem em risco a segurança das pessoas e instalações;

c) Todas as formas injuriosas ou grosseiras de tratamento ou relação, lesivas da dignidade, do respeito e da consideração devida ao próximo ou, a qualquer título, discriminatórias.

3. São ainda direitos dos membros da Comunidade Educativa:

a) Possuir condições de trabalho e estudo que não ponham em risco a saúde pública ou individual;

b) Tomar conhecimento da documentação proveniente do Ministério da Educação e de outros organismos que possa ter repercussões na sua atividade escolar e profissional;

c) Ser oportunamente informado das deliberações dos órgãos de direção e das estruturas de coordenação educativa que lhe digam respeito;

d) Ser ouvido em todos os assuntos que o impliquem, individualmente ou através dos seus órgãos representativos;

e) Utilizar equipamentos e serviços do colégio nas condições regulamentadas.

4. Relativamente ao direito ao cumprimento do Regulamento Geral de Proteção de Dados:

a) Ter a garantia de que os dados pessoais recolhidos, para as finalidades devidas e legais, não serão tratados para outras finalidade que não aquelas para que foram recolhidos.

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b) Ter a garantia de que os dados pessoais recolhidos são os adequados e exatos, pertinentes e limitados ao que é necessário, relativamente às finalidades do tratamento.

c) Ter a garantia de que os dados são conservados apenas durante o período necessário ao seu tratamento e aos fins para os quais são tratados.

d) Ter a garantia de que os dados são tratados de forma a garantir a sua segurança, incluindo a proteção contra o tratamento ou reprodução não autorizados ou ilícitos.

Artigo 38.º − Deveres dos membros da Comunidade Educativa

São deveres de qualquer membro da Comunidade Educativa:

1. A moderação e correção de atitudes e palavras.

2. A aceitação da autoridade e da disciplina como veículo de aperfeiçoamento comunitário.

3. Promover um convívio baseado na confiança, trabalho e respeito mútuo.

4. É dever de todos quantos intervêm nos órgãos de administração e gestão do CDDS pautar a sua atuação por critérios de transparência e equidade.

5. Contribuir ativa e empenhadamente para a consecução dos objetivos do Projeto Educativo.

6. Ser assíduo, pontual e responsável no cumprimento dos horários e tarefas que lhe forem exigidas.

7. Zelar pela defesa, conservação e asseio do CDDS, nomeadamente no que diz respeito às instalações, material didático, mobiliário e espaços exteriores.

8. Adotar atitudes e comportamentos dignos do contexto educativo.

9. Não permanecer em qualquer dos espaços escolares sob o efeito do consumo do álcool ou de estupefacientes.

10. Não fumar em todo o recinto do CDDS.

11. Alertar os responsáveis para a presença de pessoas estranhas à Comunidade Educativa.

12. Cumprir e fazer cumprir o Regulamento Interno.

13. Cumprir, ajudar a cumprir, ou denunciar o incumprimento, por parte de qualquer membro da Comunidade Educativa, do prescrito no Regulamento Geral de Proteção de Dados em relação ao direito de acesso, ao direito de retificação, ao direito de limitação, ao direito de apagamento de dados, ao direito de portabilidade de dados, ao direito de oposição ao tratamento e a decisões individuais automatizadas e ao direito de reclamação e de ação, seja em relação a ações, procedimentos, documentos privados ou devidamente e legalmente publicitados internamente ou a outros dados obtidos ou conhecidos no exercício profissional no CDDS.

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Artigo 39.º − Responsabilidade Civil

A utilização, abusiva ou inadequada aos fins a que está afeto, de qualquer equipamento ou espaço escolar de que resultem danos materiais ou pessoais responsabiliza o seu autor ou autores pelo ressarcimento dos mesmos.

TÍTULO II − ALUNOS

Artigo 40.º − Estatuto

O Aluno é o centro e a razão de ser da Comunidade Educativa do CDDS. Todas as normas regulamentares e todas as atividades realizadas no CDDS e pelo CDDS têm a finalidade clara de proporcionar ao aluno o ambiente propício e oportunidade para o crescimento e amadurecimento da sua personalidade numa dimensão integral, tendo sempre presente que o aluno é o principal agente e destinatário desse processo, competindo à Comunidade Educativa a ajuda e acompanhamento neste percurso formativo.

CAPÍTULO I − ADMISSÃO/RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA

Artigo 41.º − Condições de Admissão/Renovação de matrícula

1. A admissão/renovação de matrícula do aluno no CDDS implica a aceitação, de facto, do Ideário, do Projeto Educativo, do Regulamento Interno e do Preçário, sem que seja preciso, da parte do CDDS, cumprir qualquer outra formalidade.

2. A admissão/renovação de matrícula do aluno (ato de aceitação da matrícula) é da competência da Direção do CDDS.

3. A renovação de matrícula aos alunos que frequentam o Colégio deverá ocorrer até ao limite do prazo que for estabelecido em cada ano letivo, sob pena de perda da possibilidade da renovação.

4. O não cumprimento do pagamento dos serviços dentro do prazo estabelecido implicará, para os encarregados de educação, a perda da faculdade de renovação da matrícula dos seus educandos.

5. Na admissão/renovação de matrícula, além do que se consigna nas restantes condições de admissão/renovação de matrícula, têm prioridade os alunos que comprovadamente:

5.1. Apresentem melhores resultados escolares;

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5.2. Alunos com irmãos a frequentar o Colégio;

5.3. Filhos de professores;

5.4. Filhos de funcionários;

5.5. Filhos de antigos alunos;

5.6. Familiares de antigos alunos;

5.7. Candidatos com recomendação de professores;

5.8. Candidatos com recomendação de pais de atuais alunos;

5.9. Candidatos com recomendação de antigos alunos;

5.10. Candidatos cujos pais manifestem vontade em inscrever outros filhos em idade escolar.

6. O ato de aceitação da matrícula confere ao candidato o estatuto de aluno, situação que, com ressalva dos direitos e deveres consagrados na legislação em vigor, devidamente adaptados às especificidades deste estabelecimento de ensino e à sua natureza, integra ainda os que se encontram contemplados neste Regulamento Interno.

6. A Direção reserva-se o direito de não admitir a inscrição ou a aceitação da matrícula ao candidato que, fundadamente, lhe suscite reservas quanto à integral aceitação e cumprimento do Ideário, Regulamento Interno e Projeto Educativo do CDDS e bem assim de não aceitar a renovação da matrícula quando, no decurso do ano letivo anterior, o aluno, o seu Encarregado de Educação ou os seus representantes legais tenham praticado atos em consequência dos quais hajam violado os seus deveres, quer principais, quer acessórios, para com esta instituição e seus agentes educativos, que decorrem do contrato de ensino e seu estatuto.

7. No ato de matrícula e como elemento essencial da formação do contrato de educação ou de ensino, relativamente a alunos portadores de necessidades educativas especiais, os pais ou encarregados de educação, em ordem à oferta da resposta educativa adequada e execução das respetivas adequações, deverão apresentar, por escrito, as razões explicitadoras que os levaram a referenciar a situação e, além disso, um relatório técnico−científico em que sejam identificadas as necessidades educativas especiais do aluno, a sua tipologia, as condições de saúde, doença ou incapacidades e demais documentação considerada relevante para o processo de ensino ou de avaliação.

8. A aceitação do ato de matrícula e a aceitação do contrato de ensino ficarão sujeitos à condição suspensiva de os Pais e/ou Encarregados de Educação declararem ser conhecedores do Regulamento Interno do CDDS, subscreverem e fazerem subscrever igualmente aos seus filhos e/ou educandos a declaração escrita anual de aceitação do mesmo e do compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral.

Artigo 42.º − Responsabilidade dos alunos

Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de discernimento, pela componente obrigacional inerente aos direitos que lhe são conferidos,

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bem como por contribuir para garantir aos demais membros da Comunidade Educativa e do CDDS, os mesmos direitos que a si próprios são conferidos, em especial respeitando ativamente o exercício pelos demais alunos do direito à educação.

CAPÍTULO II − DIREITOS E DEVERES

Artigo 43.º − Direitos dos alunos

O aluno, sem prejuízo dos direitos que emergem dos princípios fundamentais que enformam o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, tem direito a:

1. Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade, de acordo com o previsto na lei, em condições de efetiva igualdade de oportunidades na frequência, de forma a propiciar a realização de aprendizagens bem-sucedidas.

2. Usufruir do ambiente e do Projeto Educativo que proporcionem as condições para o seu pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, religioso, cultural e cívico, para a formação da sua personalidade e da sua capacidade de autoaprendizagem e de crítica consciente sobre os valores, o conhecimento e a estética.

3. Ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido.

4. Ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias em favor da Comunidade Educativa e ser estimulado nesse sentido.

5. Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação equilibrada das atividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade.

6. Beneficiar de apoios específicos e especializados de apoio educativo, necessários às suas necessidades escolares ou às suas aprendizagens.

7. Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da Comunidade Educativa.

8. Ver salvaguardada a sua segurança no CDDS e respeitada a sua integridade física e moral.

9. Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou manifestada no decorrer das atividades escolares.

10. Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu processo individual, de natureza pessoal ou familiar.

11. Participar, através da Comissão Consultiva dos Alunos, nos termos do seu Regimento, nas atividades e vida da Comunidade Educativa.

12. Eleger os seus representantes na turma, nomeadamente o Delegado e Subdelegado, nos termos do Regulamento Interno do CDDS.

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13. Apresentar as suas avaliações e sugestões relativas ao funcionamento do CDDS, quando solicitado para o efeito, e ser ouvido pelos professores, diretores de turma e órgãos de administração e gestão do CDDS em todos os assuntos que justificadamente forem do seu interesse ou sobre outros para que seja convocado.

14. Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos livres.

15. Participar em sessões ou reuniões de esclarecimento sobre o Regulamento Interno do CDDS, conhecê−lo e ser informado, em termos adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do seu interesse, nomeadamente sobre o modo de organização do plano de estudos ou curso, o programa e objetivos essenciais de cada disciplina ou área disciplinar e os processos e critérios de avaliação, bem como sobre a matrícula, normas de utilização e de segurança dos materiais e equipamentos e das instalações do CDDS em geral, assim como as atividades e iniciativas relativas ao Projeto Educativo do CDDS.

16. Participar no processo de avaliação, nomeadamente através dos mecanismos de co e autoavaliação, de acordo com as orientações salvaguardadas no PE, no PCE e no PAT.

Artigo 44.º − Deveres dos alunos

O aluno tem o dever de:

1. Conhecer, assumir e integrar no seu comportamento, postura e desempenho os valores, princípios, práticas e orientações estatuídas no Perfil do Aluno do Colégio Dom Diogo de Sousa e demonstrar, na prática da sua vida, assumi-los com consciência, responsabilidade, autonomia e liberdade.

2. Estudar, empenhando−se na sua educação e formação integral.

3. Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das atividades escolares.

4. Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e aprendizagem;

5. Tratar, com respeito e correção, qualquer membro da Comunidade Educativa.

6. Guardar lealdade para com todos os membros da Comunidade Educativa.

7. Respeitar as instruções dos professores e do Pessoal não docente.

8. Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os alunos.

9. Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas demais atividades organizativas que requeiram a participação dos alunos.

10. Respeitar a integridade física e moral de todos os membros da Comunidade Educativa.

11. Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da Comunidade Educativa, de acordo com as circunstâncias de perigo para a integridade física e moral dos mesmos.

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12. Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático, mobiliário e espaços verdes do CDDS, fazendo uso correto dos mesmos.

13. Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da Comunidade Educativa.

14. Permanecer no interior do espaço escolar, durante o seu horário, salvo autorização escrita do Encarregado de Educação ou da direção do CDDS.

15. Participar na eleição do Delegado e Subdelegado e prestar−lhes toda a colaboração.

16. Conhecer e cumprir as normas de funcionamento dos serviços e o Regulamento Interno do CDDS.

17. Cumprir e executar todos os trabalhos e atividades que lhe sejam assinalados, recomenda- dos ou determinados pelos professores, quer na sala de aula, quer em casa.

18. Durante as atividades letivas e as refeições, manter desligados os equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos, nomeadamente telemóveis ou outros equipamentos eletrónicos, passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das atividades letivas e das refeições, ou poderem causar danos físicos, ou morais aos alunos ou a terceiros.

19. Respeitar o exercício do direito à educação e ensino dos outros alunos.

20. Ser diariamente portador de todos os manuais e materiais escolares necessários às atividades letivas.

21. Ser conhecedor e cumpridor dos horários de funcionamento de todos os serviços do CDDS.

22. Ser conhecedor e cumpridor dos horários de funcionamento de todos os serviços do CDDS.

23. Responsabilizar−se totalmente pela guarda do seu material escolar e outros valores pessoais.

24. Custear obrigatoriamente os estragos causados no CDDS quando, por negligência grave ou propositadamente, danificar bens.

25. Honrar e prestigiar o CDDS, contribuindo ativamente para o seu bom nome, consideração e imagem.

26. Apresentar−se nas instalações do CDDS com aprumo, higiene e asseio, designadamente em relação ao vestuário e calçado, em conformidade com o contexto do lugar e os deveres, sem exposições indecorosas ou impróprias, sem adereços, e com o cabelo convenientemente cortado e penteado, sem manifestações de desleixo.

Artigo 45.º − Interdições

É expressa e rigorosamente interdito aos alunos:

1. Entrar ou permanecer nas salas de aula na ausência do professor ou vigilante.

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2. Aceder ao computador colocado na secretária do professor na sala de aula, sem consenti- mento prévio do mesmo.

3. Apropriar-se ou usar os materiais, instrumentos e equipamentos dos laboratórios, pavilhão gimnodesportivo, auditório, biblioteca, salas de informática e refeitório sem autorização prévia do professor ou responsável que acompanha os alunos nos referidos espaços.

4. Perturbar o decurso normal das atividades letivas, seja nos espaços exteriores do CDDS, seja nos corredores, através de ruídos, conversas ou correrias inadequadas ao momento ou ao lugar.

5. Promover, consentir ou participar em jogos ilícitos.

6. Possuir, comercializar e consumir substâncias aditivas, como drogas, tabaco e bebidas alcoólicas e promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas quer dentro das instalações do CDDS, quer fora delas. A violação destes deveres faculta à Direção do CDDS resolver, com efeitos imediatos, o contrato de lecionação ou ensino.

7. Usar telemóvel ou outros aparelhos eletrónicos áudio e vídeo na sala de aula, piscina, balneários, instalações sanitárias e sala de refeições e/ou obter gravações ou estabelecer ligações com o interior ou exterior do CDDS. A prevaricação com a utilização desses meios, nos contextos referidos, facultará ao professor ou responsável pelos alunos no momento a retirada dos mesmos ao aluno e a entrega à Direção no final da aula ou da atividade em curso.

CAPÍTULO III − TURMA

Artigo 46.º − Regras Gerais

1. A turma é a primeira forma organizativa prioritária para a discussão e resolução dos problemas que dizem respeito aos alunos.

2. As regras de convivência na sala de aula constituem o “estatuto da turma”, elaborado com a participação ativa dos alunos, no início do ano letivo, e em termos definidos pelo Conselho de Turma.

3. Os alunos da turma elegem um Delegado e um Subdelegado, nos primeiros quinze dias de aulas, sendo os nomes dos eleitos comunicados ao Diretor de Turma.

4. O Delegado de Turma é o representante dos seus colegas em todos os atos em que a turma deve estar representada e deve exprimir a vontade coletiva da turma na Assembleia dos Delegados.

5. Sempre que qualquer Delegado descure os seus deveres, ou as circunstâncias o aconselhem, a maioria da turma, em articulação com o Diretor de Turma, pode propor a sua substituição ao Diretor.

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6. Nesse caso, o novo Delegado e/ou Subdelegado será o aluno imediatamente mais votado, aquando da eleição.

7. No caso de impossibilidade do Delegado de Turma, o Subdelegado assume as suas funções, deveres e poderes.

8. Os problemas da turma são encaminhados para o Diretor de Turma, através do delegado de turma, que o deverá efetuar do seguinte modo: oralmente, tratando-se de assunto corrente; por escrito, tratando-se de assunto grave ou relevante, devendo expô-lo detalhadamente.

Artigo 47.º − Critérios para a Constituição das Turmas

A constituição das turmas rege−se pelas seguintes orientações:

a) Os grupos/turma dos 3 anos da Educação Pré−escolar, de acordo com as solicitações dos Pais e o necessário equilíbrio de número de meninos e meninas;

b) Nos grupos/turmas dos 4 e 5 anos de idade, sempre que possível, deverão manter−se os alunos das turmas do ano anterior;

c) No primeiro ano do primeiro Ciclo do Ensino Básico, de acordo com a análise efetuada aos registos de avaliação e trabalhos elaborados no percurso da Educação Pré-Escolar. Nos restantes anos de escolaridade do 1.º CEB, os alunos devem permanecer nas mesmas turmas, salvo razões de ordem pedagógica que aconselhem o contrário;

d) No 2.º Ciclo do Ensino Básico, em conformidade com os resultados do ano escolar anterior e a escolha da segunda estrangeira no caso do 5.º ano de escolaridade.

e) No 3.º Ciclo do Ensino Básico, tendo presente as classificações obtidas na avaliação final de ano escolar anterior,

f) No Ensino Secundário, face às opções dos cursos em que se inscrevem, de acordo com o perfil dos alunos e bem assim como das classificações dos exames nacionais e opções de escolha das disciplinas de formação específica.

g) O número de alunos por turma deverá ter em conta o perfil dos alunos que a compõe. h) Quaisquer indicações escritas dos Conselhos de Turma podem entrar em consideração

para a constituição de turmas, desde que não contrariem a Legislação Vigente, o PE, o PCE e o RI.

i) Cabe ao Diretor deferir, ou não, o requerimento, por razões de caráter pedagógico e/ou administrativas, relativamente à integração ou transferências de turma.

CAPÍTULO IV − COMISSÃO CONSULTIVA DOS ALUNOS

Artigo 48.º − Regras Gerais

1. A Comissão Consultiva dos Alunos é constituída pelos Delegados do 12.º ano e mais um representante de cada curso do ensino secundário do 10.º e/ou 11.º anos de escolaridade.

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2. A Comissão Consultiva dos Alunos é uma organização que se rege por Regimento próprio, aprovado pela Direção do CDDS, ouvido o Conselho Pedagógico sobre o mesmo.

3. A Comissão Consultiva dos Alunos é eleita por escolha interna dos Delegados até ao dia 10 de outubro de cada ano letivo e terá o mandato de um ano letivo.

4. A Comissão Consultiva dos Alunos colabora, através da sua direção, com os órgãos de Direção do CDDS.

5. A Direção do CDDS nomeia, em cada triénio letivo, um docente, preferencialmente do Ensino Secundário, como interlocutor entre a Comissão Consultiva dos Alunos e os alunos dos demais ciclos e entre a Comissão Consultiva dos Alunos e a Direção do CDDS.

6. O CDDS coloca ao dispor da Comissão Consultiva dos Alunos as instalações e os serviços do CDDS, em conformidade com o Regimento da Comissão Consultiva dos Alunos e o Regulamento Interno.

7. A direção da Comissão Consultiva dos Alunos informa o Diretor do Plano de Atividades a desenvolver ao longo do ano letivo até ao final do mês de outubro de cada ano letivo, devendo o mesmo ser aprovado pela Direção do CDDS.

8. A execução do Plano de Atividades da Comissão Consultiva dos Alunos é da sua responsabilidade.

9. A afixação de quaisquer cartazes ou outra forma de informação, em espaços internos às instalações do CDDS ou externos, carece do conhecimento e aprovação da Direção do CDDS.

10. A direção da Comissão Consultiva dos Alunos é responsável, perante o Diretor, por quaisquer danos verificados aos bens, à imagem ou à reputação interna e externa do CDDS.

11. São deveres da Comissão Consultiva dos Alunos:

a) Criar as condições necessárias à concretização de projetos de ocupação de tempos livres, de reforço da convivência, da multiculturalidade e do espírito de grupo.

b) Apresentar propostas de concretização destes objetivos, a integrar no Plano Anual de Atividades do CDDS.

c) Defender e promover os valores fundamentais do ser humano e contribuir para a participação dos seus membros na discussão dos problemas educacionais.

d) Impedir a prática de atos que conduzam à segregação, à violência ou outros que contrariem os valores e princípios do IE, do PE, do PCE e do RI.

e) Sensibilizar os estudantes para a organização e concretização de iniciativas de caráter cultural, científico, recreativo, lúdico, literário e desportivo.

Artigo 49.º − Representação dos Alunos

1. A Comissão Consultiva dos Alunos pode reunir−se em Assembleia de Representantes dos Alunos, sendo estes representados pelos Delegados ou Subdelegados de Turma do Segundo e Terceiro Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, para legitimamente exporem ou recolherem opiniões, comunicarem resoluções ou iniciativas.

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2. A Comissão Consultiva dos Alunos, o Delegado e o Subdelegado de Turma têm o direito de solicitar a realização de reuniões de turma, para apreciação de matérias relacionadas com o funcionamento da turma, sem prejuízo do cumprimento das atividades letivas e a boa ordem da vida do CDDS.

3. Por sua iniciativa, e com autorização do Diretor, a Comissão Consultiva dos Alunos pode indicar um ou dois dos seus membros para participarem na reunião de turma referida no ponto anterior.

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CAPÍTULO V − DELEGADO E SUBDELEGADO DE TURMA

Artigo 50.º − Funções e competências

O Delegado de Turma é um aluno que deve ser capaz de:

1. Representar a Turma na Comunidade Educativa;

2. Constituir um elo de ligação entre os colegas da turma, estimulando relações de camaradagem entre todos;

3. Ser um elemento privilegiado de comunicação entre a Turma e os professores da turma;

4. Colaborar, em parceria com o Diretor de Turma, em todas as atividades inerentes ao cargo;

5. Participar, de forma empenhada, com os colegas, professores e funcionários, em todos os projetos da turma;

6. Agir como exemplo de correção de atitudes;

7. Zelar pelo bom comportamento global da turma.

8. Participar nas reuniões de Conselho de Turma, quando, por razão especial, for convocado para o efeito.

9. Compete ao subdelegado:

a) Substituir o Delegado de Turma, sempre que este esteja ausente. b) Colaborar com o Delegado de Turma, sempre que necessário. c) Acompanhar o Delegado em todos os atos que permitam a presença de ambos.

Artigo 51.º − Âmbito de aplicação

Os cargos de Delegado e Subdelegado de Turma resultam de eleição direta e aplicam-se aos alunos em funções, no respetivo ano letivo.

Artigo 52.º − Eleição de Delegado e Subdelegado de Turma

1. Dada a importância dos cargos supracitados, a eleição do Delegado e Subdelegado deverá ser precedida de uma preparação da turma, efetuada pelo Diretor de Turma, com os objetivos de informar os alunos sobre o papel destes elementos e promover o debate.

2. Na preparação, o Diretor de Turma deve informar a turma:

a) Dos direitos e deveres do Delegado e Subdelegado de Turma, constantes do Regulamento Interno;

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b) Promover um debate sobre os papéis de Delegado/Subdelegado de Turma e a responsabilidade das respetivas funções;

c) Indicar as qualidades que devem caracterizar estes elementos, tais como: ser responsável, solidário, colaborante, bom colega, ativo, sincero;

d) Esclarecer a turma sobre o processo eleitoral; e) O Delegado e o Subdelegado de Turma são eleitos por voto direto e secreto; f) A eleição é presidida pelo Diretor de Turma ou, em caso de ausência deste, por outro

professor da turma, designado para o efeito pela Direção; g) Cada aluno tem direito a apenas um voto, onde deverá indicar o nome do colega que

prefere para Delegado de Turma; h) O aluno que reunir mais votos da turma será nomeado Delegado de Turma, sendo o

segundo aluno mais votado nomeado Subdelegado de Turma. i) Se, no primeiro ato, ficar definido o Delegado, mas houver empate para o cargo de

Subdelegado, procede-se a nova eleição com os alunos empatados.

Artigo 53.º − Substituição do Delegado ou Subdelegado de Turma

1. Durante o decorrer do ano letivo, poderá ser necessário substituir o Delegado e/ou Subdelegado, no caso de algum dos alunos eleitos ser alvo de censura disciplinar ou comportamento inapropriado.

2. No caso de a censura ter sido aplicada ao Delegado, este será destituído do cargo e substituído pelo Subdelegado.

3. No caso de a censura ter sido aplicada ao Subdelegado, por censura ou comportamento inadequado, será substituído pelo aluno imediatamente mais votado.

4. Se o Conselho de Turma entender que alguns dos candidatos eleitos deixou de reunir as condições para continuar a desempenhar o cargo, proceder-se-á a nova eleição para substituição do que for destituído pelos alunos imediatamente mais votados.

CAPÍTULO VI − REGIME DE FALTAS

Artigo 54.º − Assiduidade e Pontualidade

1. Além do dever de frequência obrigatória do CDDS, nos termos da lei, os alunos são responsáveis pelo cumprimento do dever de assiduidade e pontualidade.

2. Os Pais e/ou Encarregados de Educação dos alunos menores de idade são responsáveis, conjuntamente com estes, pelo cumprimento dos deveres referidos na alínea anterior.

3. O dever de assiduidade implica, para o aluno, quer a presença prévia na sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, quer uma atitude de empenho

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intelectual e comportamental adequadas, de acordo com a sua idade, ao processo de ensino e aprendizagem.

4. No caso de o aluno se apresentar depois do começo da aula, haverá lugar à marcação da falta de presença e ficará impedido de a frequentar.

5. Compete ao professor, ao seu juízo ponderado, fundamentado e apropriado, deliberar sobre a admissão do aluno na sala de aula, avaliadas a natureza e fundamentação do atraso do aluno, a sua contumácia ou não nesse comportamento, e as perdas educativas que revertam para o aluno e/ou restantes alunos.

Artigo 55.º − Faltas

1. A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a uma atividade de frequência obrigatória ou facultativa, caso tenha havido lugar a inscrição, com registo desse facto no local próprio, pelo professor, ou noutros suportes administrativos adequados, pelo Diretor de Turma.

2. Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do aluno.

3. A ausência de material necessário às atividades escolares reflete−se negativamente na avaliação do aluno.

4. O peso na avaliação do aluno deve ter em conta o número de vezes que o aluno se apresenta sem se fazer acompanhar do material necessário para a aula e as justificações apresentadas pelo Encarregado de Educação ou pelo aluno se for maior de idade.

5. Terá ainda ponderação na avaliação de final de período e ano letivo quando o aluno se apresentar mais do que três vezes sem o material necessário às atividades.

6. Se o normal funcionamento das aulas for prejudicado pelo facto de os alunos se apresentarem sem o material necessário, o professor deve informar a Direção, que desencadeará o processo de aplicação de medidas corretivas.

7. São consideradas faltas injustificadas quando:

a) Não tenha sido apresentada justificação. b) A mesma tenha sido apresentada fora de prazo ou, por razões fundamentadas, não

tenha sido aceite. c) Resultem da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de medidas

sancionatórias.

Artigo 56.º − Justificação de Faltas

1. São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) Doença do aluno, devendo esta ser comunicada por escrito pelo encarregado de educação ou pelo aluno, quando maior de idade, quando determinar um período inferior ou igual a três dias úteis, ou por médico, se determinar impedimento superior a três dias úteis, podendo, quando se trate de doença de caráter crónico ou

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recorrente, uma única declaração ser aceite para a totalidade do ano letivo ou até ao termo da condição que a determinou;

b) Internamento hospitalar do aluno; c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por

falecimento de familiar, previsto no regime do contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem funções públicas;

d) Consulta médica, devidamente comprovada; e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não

possa efetuar-se fora do período das atividades letivas; f) As decorrentes de suspensão preventiva, aplicada no âmbito de procedimento

disciplinar, no caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar sancionatória e lhe ser aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em que ultrapassem a medida efetivamente aplicada;

g) Preparação e participação em atividades desportivas de alta competição nos termos da legislação em vigor;

h) Participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola, relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares não envolvidas na referida visita;

i) Outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno e seja, justificadamente, considerado atendível pela Direção;

j) As demais faltas ocorridas pelos motivos constantes na regulamentação específica;

1. O pedido de justificação de faltas é apresentado, por escrito, pelos pais ou encarregados de educação ou, quando for de maior idade, pelo próprio, à direção do Colégio, com indicação do dia, da hora e da atividade em que a falta ocorreu, referenciando os motivos justificativos da ausência.

2. A Direção do Colégio, por si, através do diretor de turma ou professor titular da mesma, poderá solicitar aos pais ou encarregados de educação, ou ao aluno, quando maior, comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta.

3. A justificação da falta deve ser apresentada, por escrito, previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos restantes casos, até ao terceiro dia útil subsequente à verificação da mesma.

4. O colégio, através dos serviços de correio ou meios eletrónicos, avisará os pais ou encarregados de educação das faltas dadas pelos alunos, por via de comunicação escrita a ser expedida até ao dia imediato em que aquelas ocorreram, salvo se a falta tiver sido previamente comunicada e a sua justificação aceite.

5. No caso de a justificação não ser aceite, o Colégio comunicará, nos três dias úteis seguintes, ao Encarregado de Educação ou, quando maior de idade, ao aluno, a não-aceitação.

6. Será considerada falta de comparência do aluno às atividades escolares, se este não se fizer acompanhar do material necessário. Neste caso, o aluno permanecerá na sala de aula se o material necessário em falta não se tornar incompatível com a presença e demais locais onde se desenvolvam as atividades escolares. Todavia, nos casos em que o referido material se torna indispensável à normal frequência e ministração do ensino, o aluno permanecerá nas instalações do Colégio, em lugar designado pela direção, até que a ausência do material não impeça a normal frequência das atividades letivas.

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Artigo 57.º − Efeitos da ultrapassagem do limite de faltas injustificadas

1. Os pais ou encarregados de educação ou, quando maior de idade, o aluno serão convocados ao Colégio, pelo meio mais expedito, pela Direção do Colégio, quando for atingido o número de faltas correspondente a duas semanas no primeiro ciclo do ensino básico ou ao dobro do número de tempos letivos semanais, por disciplina, nos outros ciclos ou níveis de ensino.

2. A convocatória referida acima terá por objeto alertar os respetivos destinatários para as consequências do excesso grave de faltas e para se procurar encontrar uma solução que permita não apenas assegurar o efetivo cumprimento do dever de frequência, mas também o aproveitamento escolar.

3. Caso se revele impraticável o referido nos números anteriores, por motivos não imputáveis à escola, o Colégio informará, se assim julgar conveniente ou necessário e a especial gravidade da situação o justifique, a respetiva Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.

Artigo 58.º

Medidas de recuperação e de integração

1. Os alunos com excesso de faltas devem cumprir atividades de recuperação de aprendizagem e/ou a sua integração escolar e comunitária, num total de horas correspondente aos tempos das faltas em excesso.

2. Estas atividades deverão ser cumpridas fora do horário normal das atividades, cabendo ao professor titular, ao professor da disciplina à qual o aluno excedeu o número de faltas ou ao Diretor de Turma a sua organização, de acordo com as normas definidas no Conselho Pedagógico.

3. Estas atividades deverão ser definidas tendo em atenção a idade, o percurso escolar e a situação concreta do aluno, podendo revestir a forma de trabalhos escolares que permitam repor as aprendizagens perdidas, ou outras atividades de integração a desenvolver.

4. As atividades deverão ser definidas no 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário, ouvido o Conselho de Turma.

5. O disposto no número anterior é aplicado, independentemente do ano de escolaridade ou do número de disciplinas em que se verifique a ultrapassagem do limite de faltas, cabendo à escola definir, oportunamente, o momento em que as atividades de recuperação são realizadas, bem como as matérias a trabalhar nas mesmas, as quais se confinarão às tratadas nas aulas cuja ausência originou a situação de excesso de faltas.

6. Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno são desconsideradas as faltas em excesso.

7. Cessa o dever de cumprimento das atividades e medidas a que se refere o presente artigo, com as consequências daí decorrentes para o aluno, de acordo com a sua concreta situação, sempre que, para o cômputo do número e limites de faltas nele previstos, tenham

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sido determinantes as faltas registadas na sequência da aplicação de medida corretiva de ordem de saída da sala de aula ou disciplinar sancionatória de suspensão.

CAPÍTULO VII − DA AÇÃO DISCIPLINAR

Artigo 59.º − Medidas corretivas

1. Todas as medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos professores no exercício da sua atividade profissional e dos demais funcionários, bem como a segurança de toda a Comunidade Educativa.

2. As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias visam ainda garantir o normal prosseguimento das atividades do CDDS, a correção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na Comunidade Educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.

3. As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever violado e a gravidade da infração praticada, prosseguem, igualmente, além das identificadas no número anterior, finalidades punitivas.

4. São medidas corretivas:

a) A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;

b) A deslocação do aluno para espaço apropriado, em caso de conflito com outro(s) colega(s) que frequente(m) este estabelecimento de ensino ou de perturbação, ofensas, injúrias aos demais colegas, professores ou pessoal não docente, ou funcionamento de outras atividades, quer em período letivo, quer em período não letivo (recreio), pelo tempo que se mostre adequado à correção exigida pelo incumprimento dos deveres que deveria ter respeitado;

c) A advertência verbal feita diretamente ao aluno ou adotada, na presença de pais ou encarregados de educação, em ordem a serem prosseguidas finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras ou de integração, visando o cumprimento dos deveres violados, a preservação da autoridade e segurança dos professores e demais funcionários, no exercício da sua atividade profissional, a correção cívica do aluno e o desenvolvimento do seu sentido de integração na Comunidade Educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens;

d) A realização de tarefas e atividades de integração escolar, podendo, para esse efeito, ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na escola;

e) A correção de comportamento perturbador;

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f) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afetos a atividades letivas, por período que não ultrapasse um ano letivo. Para esse efeito, poderá a Direção ordenar que o aluno frequente, nas instalações do Colégio, fora do período letivo normal, por período máximo de uma hora em cada semana, ações pedagógicas no âmbito das disponibilidades a serem prosseguidas pelas medidas corretivas que estimulem o reforço da formação cívica do aluno, o desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, o reconhecimento da autoridade e segurança dos professores, funcionários e colegas, e ainda com vista à sua plena integração na Comunidade Educativa;

g) A mudança de turma; h) Na eventualidade de ser aplicada ao aluno a medida corretiva de ordem de saída da

sala de aula ou de local onde se desenvolva o trabalho escolar, poderá a Direção Pedagógica determinar que, no período de tempo em que o aluno permanecer fora da sala de aula ou do local onde se desenvolva o trabalho escolar, este se mantenha em local apropriado em ordem à correção do seu comportamento, ao aproveitamento conveniente do tempo, podendo determinar−lhe que permaneça na secretaria ou outro local do Colégio, na biblioteca, numa sala de alunos e bem assim serem fixados trabalhos ou ocupações compatíveis com o aproveitamento escolar;

i) A aplicação de medidas corretivas referidas nas alíneas d) f) e g) é comunicada aos pais ou encarregados de educação.

Artigo 60.º − Medidas disciplinares sancionatórias

1. As medidas disciplinares sancionatórias serão adotadas em consequência de comportamento assumido pelo aluno merecedor de censura disciplinar.

2. São medidas disciplinares sancionatórias:

a) A repreensão registada. b) A suspensão do CDDS até dez dias úteis. c) A transferência de escola.

3. A ocorrência dos factos que traduzam o merecimento de uma censura disciplinar deve ser participada, pelo professor ou funcionário que a presenciou ou dela teve conhecimento, de imediato, ao Diretor do CDDS.

4. Quando a infração for praticada na sala de aula, a aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da competência do respetivo professor.

5. Nas demais situações é da competência do Diretor Pedagógico do CDDS.

6. No processo individual do aluno, averbar-se-á a identificação do ato decisório, data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação de facto e de direito que norteou a aplicação da medida disciplinar de repreensão registada.

7. A decisão de aplicar a medida disciplinar de suspensão letiva até dez dias úteis será precedida da audição do aluno visado e elaboração do respetivo auto de ocorrência. Do auto, constará, em termos concretos e precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres violados pelo aluno e a referência expressa, não só da possibilidade de se

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pronunciar relativamente àqueles factos, como da possibilidade de apresentar defesa, sendo competente para a sua aplicação o Diretor Pedagógico do CDDS que poderá, previamente, ouvir o Conselho de Turma.

8. Compete ao Diretor Pedagógico do CDDS, ouvidos os pais ou o Encarregado de Educação do aluno, quando menor, fixar os termos ou condições em que a aplicação da medida disciplinar de suspensão do CDDS será executada, até dez dias úteis.

9. A aplicação da medida disciplinar de suspensão do CDDS até dez dias úteis determinará para o aluno faltas injustificadas pelo mesmo período e perda da avaliação que, porventura nesse período, o referido aluno devesse efetuar, reservando-se, se assim o julgar conveniente, o CDDS a faculdade de, em tempo oportuno, proceder a novos atos de avaliação substitutivos daqueles que, por efeito da ausência, não foram realizados pelo aluno.

10. A medida disciplinar de transferência de escola será aplicada nos termos e condições prevista nos números 8 e 9 do artigo 28.º e do n.º 10, do art.º 30º, do aludido Estatuto.

Artigo 61.º − Procedimento disciplinar

1. Fora das situações em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da competência do professor respetivo, quando a infração for praticada na sala de aula, ou quando é da competência do Diretor, nos demais casos, deve o respetivo despacho ser instaurado com a maior brevidade, a contar do conhecimento concreto e preciso da situação.

2. No ato de instauração de procedimento disciplinar, será nomeado o respetivo instrutor que poderá ser um professor do CDDS, jurista ou advogado.

3. O procedimento disciplinar que tenha em vista a aplicação da medida disciplinar sancionatória de transferência de escola será apresentado ao Diretor Geral de Educação para efeitos de decisão.

4. A instrução do procedimento disciplinar, com as devidas adaptações, processar-se-á em conformidade com o estatuído nos artigos 30.º e 31.º da Lei nº 51/2012, de 5 de setembro.

Artigo 58.º − Suspensão preventiva do aluno

1. No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que o instaurou, ou no decurso da sua instrução, mediante proposta do instrutor, o aluno poderá ser suspenso preventivamente da frequência do CDDS, mediante despacho fundamentado a ser proferido pelo Diretor, se a presença do aluno na escola se revelar gravemente perturbadora da instrução do processo ou do funcionamento normal das atividades do CDDS.

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2. Durante o período de ausência do CDDS, em consequência da suspensão, será apresentado ao aluno, pelo Diretor de Turma, um plano de atividades pedagógicas que, em função das circunstâncias do caso, poderá consistir em:

a) Elaboração de fichas de trabalho que induzam à correção do comportamento ilícito adotado.

b) Realização de fichas de trabalho relativamente às matérias que previsivelmente lhe seriam ministradas no decurso de tempo em que decorrerá a ausência.

c) Apresentação de trabalhos escritos que tenham por objeto matérias já lecionadas anteriormente.

d) Apresentação de trabalhos que tenham por objeto o conhecimento dos seus deveres e o reforço da formação cívica.

3. Os efeitos decorrentes das faltas dadas pelo aluno no decurso do período da suspensão preventiva, no que respeita, nomeadamente à sua assiduidade e avaliação, são os determinados em função da decisão que vier a ser proferida no final do procedimento disciplinar.

Artigo 63.º − Da ação disciplinar

1. Em conformidade com a legislação vigente, a ação disciplinar relativa aos alunos é da competência dos professores e da Direção Pedagógica do CDDS.

2. No exercício da ação disciplinar, aplicar-se-ão os princípios que enformam o Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

3. O exercício da ação disciplinar obedece ao princípio da oportunidade, reservando−se a Direção do CDDS o direito de optar ou pela instauração do respetivo procedimento disciplinar ou, se assim o julgar mais conveniente, oportuno ou justificado, por forma imediata, pela via da resolução ou revogação contratual.

4. No exercício da ação disciplinar, em conformidade com a legislação vigente, será observado, na tramitação do respetivo procedimento, o princípio do contraditório ou da garantia dos direitos de defesa do aluno.

5. A violação dos deveres do aluno, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das atividades do CDDS ou das relações no âmbito da Comunidade Educativa, se, pela sua gravidade, reiteração ou consequências, não constituir motivo para a resolução imediata do contrato de ensino, poderá dar lugar, mediante processo disciplinar, à aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória.

Artigo 64.º − Exclusão da frequência escolar e não renovação de matrícula

1. Independentemente do exercício da ação disciplinar, se assim o julgar conveniente ou oportuno, a Direção do Colégio reserva−se o direito de resolver ou revogar o contrato de educação ou de ensino ou de não admitir a renovação da matrícula aos alunos que, entre

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outras e graves infrações aos seus deveres e obrigações, adotem, designadamente, um dos seguintes comportamentos:

a) Reincidam no incumprimento dos deveres constantes de qualquer das normas, regras e princípios consignados neste Regulamento Interno ou infrinjam as obrigações e os deveres nele regulamentados.

b) Pratiquem, ainda que de modo isolado, atos que, por forma grave, revelem desrespeito para com os órgãos diretivos do CDDS, professores, Pessoal Não Docente, alunos, pais ou encarregados de educação;

c) Violem, por forma grave, os deveres de assiduidade, verdade, cooperação, urbanidade, lealdade, de cuidado com o património do CDDS, de empenho no processo de aprendizagem e de se informarem sobre as normas regulamentares internas.

d) Nas instalações do Colégio ou fora delas, consumam qualquer tipo de estupefacientes, frequentem grupos ou ambientes onde tal aconteça, detenham quaisquer substâncias daquela natureza ou que, por qualquer forma, por via direta ou indireta, pratiquem atos, dentro ou fora das instalações do Colégio, indutores ou suscetíveis de induzirem ao consumo de quaisquer substâncias proibidas.

e) Tenham ou revelem falta de assiduidade não justificada. f) Manifestem falta de interesse e de aplicação no processo de aprendizagem. g) Adotem, quer por ação, quer por omissão, atos e comportamentos que se revelem,

pela sua gravidade ou reiteração, objetivamente incompatíveis com o Ideário, Projeto Educativo e as disposições normativas do Regulamento Interno.

2. O Colégio D. Diogo de Sousa reserva-se ainda o direito de resolver ou revogar o contrato de ensino ou de educação e de não admitir a renovação da matrícula aos alunos cujos pais ou encarregados de educação:

a) Não cumpram pontualmente o dever de procederem ao pagamento de todos os serviços e despesas a que haja lugar até ao 15.º dia posterior ao início de cada período letivo;

b) Adotem comportamentos ou pratiquem atos que se revelem incompatíveis com os deveres de prestação e conduta supostos pelo contrato de educação ou ensino;

c) Pratiquem atos ou adotem comportamentos culposos que, por forma direta ou indireta, sejam suscetíveis de lesar o bom−nome, a imagem, o prestígio ou a consideração devida à Direção, professores e pessoal não docente, ao Colégio D. Diogo de Sousa ou capazes de ofender a credibilidade, o prestígio ou a confiança que lhe são devidos.

d) Os atos de resolução ou de revogação do contrato, suposto pela relação de ensino, serão comunicados, por forma oral ou escrita, aos alunos e aos pais ou encarregados de educação.

e) Se de maior idade, a comunicação será efetuada diretamente ao aluno.

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CAPÍTULO VIII − PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

Artigo 65.º − Procedimentos Específicos

1. Pontualidade: um pouco antes do início da aula, os alunos devem dirigir−se imediatamente para a respetiva sala de aula. Uma vez iniciada a aula, o aluno que chegar atrasado não será admitido na sala, devendo ir estudar para a Biblioteca ou outro local indicado para o efeito.

2. Ao entrar para a sala de aula, os alunos devem dirigir−se ordeiramente para as respetivas carteiras e aguardar de pé até que o professor os mande sentar.

3. Os alunos devem trazer para as aulas todo o material didático e escolar designado pelos professores.

4. Todo o aluno deve manter na sala uma postura apropriada: sentado corretamente, guardando silêncio, participando ordenadamente na aula e respeitando o professor e colegas e as regras de procedimentos estipuladas.

5. Nas aulas de Educação Física, os objetos de valor e o dinheiro devem ser entregues ao professor no início da aula.

6. É totalmente proibido o uso do telemóvel na sala de aula, no balneário e no refeitório (durante atividades letivas, o telemóvel deve estar devidamente desligado e guardado).

7. Os alunos devem entrar e sair da sala da aula, após prévia autorização do professor, sem atropelos e correrias.

8. No fim das atividades letivas de cada dia, os alunos não devem deixar nada de seu na sala de aula.

9. Os alunos devem desocupar os átrios e os corredores das salas de aula durante as atividades letivas e os intervalos.

10. Os alunos não devem permanecer na entrada principal do CDDS.

11. A saída dos alunos do interior do CDDS, com autorização dos Pais e Encarregados de Educação, deve ser previamente comunicada por estes à Direção ou, quando inesperada e na impossibilidade dessa comunicação, essa autorização deve ficar anunciada e registada na Portaria do CDDS.

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CAPÍTULO IX − ALUNOS DE MÉRITO

Artigo 66.º − Candidatos e objetivos

1. Serão candidatos ao estatuto de Aluno de Mérito todos os alunos que frequentem o 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico ou Ensino Secundário. Esta iniciativa visa promover o sucesso escolar e educativo em todas as suas vertentes, valorizando aptidões e atitudes reveladas a nível cultural, pessoal e social.

2. Aos Alunos de Mérito do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, será facultada a frequência de duas atividades extracurriculares, sem a obrigação do pagamento de qualquer custo, bem como outras vantagens educativas, formativas ou lúdicas que pontualmente surjam.

Artigo 67.º − Avaliação dos Alunos

No final de cada trimestre, caberá ao Diretor de Turma informar os alunos que obtiveram o estatuto de mérito.

Artigo 68.º − Condições para atribuição do estatuto de Aluno de Mérito

1. Para beneficiar das condições de alunos do mérito, terão os mesmos que preencher cumulativamente as seguintes condições:

a) Comportamento considerado exemplar pelo Conselho de Turma e, sempre que possível, pelos colegas da turma, revelando, nomeadamente atitudes de cooperação e solidariedade e atitudes de civilidade para com todos os membros da Comunidade Educativa;

b) Média aritmética igual ou superior a 9, não podendo ter classificações inferiores a 8, no caso dos alunos do 5.º ao 8.º Ano de Escolaridade.

c) Média aritmética igual ou superior a 4,5, não podendo o aluno ter classificações de nível 3 ou inferior, no caso dos alunos a frequentar o 9.º Ano de Escolaridade.

d) Assiduidade e pontualidade exemplares.

2. No caso dos alunos do Ensino Secundário, obterá o estatuto de aluno de mérito aquele que:

a) Após a realização de exames nacionais, obtenha a mais elevada classificação, resultante da média aritmética simples de todas as disciplinas;

b) Manifeste maior assiduidade e pontualidade; c) O Prémio designado “Prémio Monsenhor Elísio Araújo” consiste na entrega de um valor

pecuniário e uma placa alusiva ao prémio.

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TÍTULO III − PESSOAL DOCENTE

CAPÍTULO I − PRINCÍPIOS GERAIS

Artigo 69.º − Designação extensiva

1. No presente Regulamento Interno, designa-se por Pessoal Docente, global e genericamente, os Educadores de Infância e os Professores do Primeiro, Segundo e Terceiro Ciclos e Ensino Secundário.

2. Os professores e educadores de infância constituem um dos pilares da Comunidade Educativa. O seu contacto diário com os alunos, colegas de trabalho, Pais e Encarregados de Educação, pessoal administrativo e auxiliar e Direção do CDDS fá-los assumir uma responsabilidade específica na dinamização da vida da Comunidade Educativa e desempenharem um papel decisivo na colaboração ativa pela concretização e avaliação do Projeto Educativo, ao se corresponsabilizarem pela ação educativa global e ao colaborarem ativamente com a Direção do CDDS através da participação nos órgãos de gestão e orientação pedagógica.

Artigo 70.º − Conteúdo funcional

1. As funções do Pessoal Docente são exercidas com responsabilidade profissional e autonomia técnica, ética e científica.

2. O docente desenvolve a sua atividade profissional de acordo com as orientações de política educativa e as exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares em vigor, bem como em acordo com as orientações educativas e pedagógicas consignadas no Ideário Educativo, no Projeto Educativo do CDDS, no Projeto Curricular de Escola e no Regulamento Interno do CDDS.

3. São funções do Pessoal Docente em geral:

a) Lecionar as disciplinas, matérias e cursos para que se encontra habilitado, de acordo com as necessidades educativas dos alunos que lhe estejam confiados e no cumprimento do serviço docente que lhe seja atribuído;

b) Planear, organizar e preparar as atividades letivas dirigidas à turma ou grupo de alunos nas áreas disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas;

c) Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens e participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;

d) Elaborar e programar recursos e materiais didático−pedagógicos e participar na respetiva avaliação;

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e) Promover, organizar e participar em todas as atividades complementares, curriculares e extracurriculares, incluídas no Plano Anual de Atividades ou Projeto Educativo do CDDS, dentro e fora do recinto escolar;

f) Organizar, assegurar e acompanhar as Atividades de Enriquecimento Curricular dos alunos;

g) Assegurar as atividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamento pedagógico de alunos determinados pelo conselho de turma e cooperar na deteção e acompanhamento de dificuldades de aprendizagem;

h) Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respetivos Pais e Encarregados de Educação;

i) Facultar orientação e aconselhamento em matéria educativa, social e profissional dos alunos, em colaboração com os serviços especializados de orientação educativa;

j) Participar nas atividades de avaliação do CDDS; k) Orientar a prática pedagógica supervisionada a nível do CDDS; l) Participar em atividades de investigação, inovação e experimentação científica e

pedagógica; m) Organizar e participar, como formando ou formador, em ações de formação contínua

e especializada; n) Desempenhar as atividades de coordenação administrativa e pedagógica.

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CAPÍTULO II − DIREITOS E DEVERES

SECÇÃO I − DIREITOS

Artigo 71.º − Direitos profissionais

1. São garantidos ao Pessoal Docente os direitos estabelecidos para o seu estatuto profissional na legislação vigente.

2. São direitos profissionais específicos do Pessoal Docente:

a) Direito de participação no processo educativo; b) Direito à formação e informação para o exercício da função educativa; c) Direito ao apoio técnico, material e documental; d) Direito à segurança na atividade profissional; e) Direito à consideração e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suas

famílias e demais membros da Comunidade Educativa; f) Direito à colaboração das famílias e da Comunidade Educativa no processo de

educação dos alunos.

Artigo 72.º − Direito de participação no processo educativo

1. O direito de participação exerce−se no quadro do sistema educativo, do CDDS e da relação com a comunidade.

2. O direito de participação compreende:

a) O direito a emitir opiniões e recomendações sobre as orientações e o funcionamento do CDDS e do sistema educativo;

b) O direito a participar na definição das orientações pedagógicas ao nível do CDDS ou das suas estruturas de coordenação;

c) O direito à autonomia técnica e científica e à liberdade de escolha dos métodos de ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados, no respeito pelo currículo nacional, pelos programas e pelas orientações programáticas curriculares ou pedagógicas em vigor, pelo Projeto Educativo e pelo Projeto Curricular do CDDS.

d) O direito a propor inovações e a participar em experiências pedagógicas, coerentes e integradas nos princípios educativos e pedagógicos definidos na Matriz Educativa e Pedagógica do CDDS, bem como nos respetivos processos de avaliação.

e) O direito de participação pode ainda ser exercido, através das organizações profissionais e sindicais do Pessoal Docente, em órgãos que, no âmbito nacional, regional ou local, prevejam a representação do Pessoal Docente.

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Artigo 73.º − Direito à formação e informação para o exercício da função educativa

1. O direito à formação e informação para o exercício da função educativa é garantido:

a) Pelo acesso a ações de formação contínua regulares, destinadas a atualizar e aprofundar os conhecimentos e as competências profissionais dos docentes.

b) Pelo apoio à autoformação dos docentes, de acordo com os respetivos planos individuais de formação.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, o direito à formação e informação para o exercício da função educativa pode também visar objetivos de reconversão profissional, bem como de mobilidade e progressão na carreira.

Artigo 74.º − Direito ao apoio técnico, material e documental

O direito ao apoio técnico, material e documental exerce-se sobre os recursos necessários à formação e informação do Pessoal Docente, bem como ao exercício da atividade educativa.

Artigo 75.º − Direito à segurança na atividade profissional

1. O direito à segurança na atividade profissional compreende:

a) A prevenção e redução dos riscos profissionais, individuais e coletivos, através da adoção de programas específicos dirigidos à melhoria do ambiente de trabalho e promoção das condições de higiene, saúde e segurança do posto de trabalho;

b) A prevenção e tratamento das doenças que venham a ser definidas por portaria conjunta dos Ministros da Educação e da Saúde, como resultando necessária e diretamente do exercício continuado da função docente.

c) O direito à segurança na atividade profissional compreende ainda a penalização da prática de ofensa corporal ou outra violência sobre o docente no exercício das suas funções ou por causa destas.

Artigo 76.º − Direito à consideração e à colaboração da Comunidade Educativa

1. O direito à consideração exerce-se no plano da relação com os alunos, as suas famílias e os demais membros da Comunidade Educativa e exprime-se no reconhecimento da autoridade em que o docente está investido no exercício das suas funções.

2. O direito à colaboração das famílias e dos demais membros da Comunidade Educativa compreende o direito a receber o seu apoio e cooperação ativa, no quadro da partilha entre todos da responsabilidade pelo desenvolvimento e pelos resultados da aprendizagem dos alunos.

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SECÇÃO II − DEVERES

Artigo 77.º − Deveres gerais

O Pessoal Docente, no exercício das funções, está obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais:

1. Orientar o exercício das suas funções pelos princípios do rigor, da isenção, da justiça e da equidade;

2. Orientar o exercício das suas funções por critérios de qualidade, procurando o seu permanente aperfeiçoamento e tendo como objetivo a excelência;

3. Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criação de laços e compromissos de cooperação e o desenvolvimento de relações de respeito e reconhecimento mútuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educação e pessoal não docente;

4. Atualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e profissional e de aperfeiçoamento do seu desempenho;

5. Participar, de forma empenhada, nas várias modalidades de formação que frequente, designadamente as promovidas pelo CDDS, e usar as competências adquiridas na sua prática profissional;

6. Zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didático−pedagógicos utilizados, numa perspetiva de abertura à inovação;

7. Desenvolver a reflexão sobre a sua prática pedagógica, proceder à autoavaliação e participar nas atividades de avaliação do CDDS;

8. Conhecer, respeitar e cumprir as disposições normativas sobre educação, cooperando com a Direção Pedagógica na prossecução dos objetivos decorrentes da sua orientação educativa, no interesse dos alunos e da Comunidade Educativa.

Artigo 78.º − Deveres para com os alunos

Constituem deveres específicos dos docentes, relativamente aos seus alunos:

a) Respeitar a dignidade pessoal e as diferenças culturais dos alunos, valorizando os diferentes saberes e culturas, prevenindo processos de exclusão e discriminação;

b) Promover a formação e a realização integral dos alunos, estimulando o esforço e o desenvolvimento das suas capacidades, autonomia e criatividade;

c) Promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade das aprendizagens, de acordo com os respetivos programas curriculares e atendendo à diversidade dos seus conhecimentos e aptidões;

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d) Organizar e gerir o processo ensino−aprendizagem, adotando estratégias de diferenciação pedagógica, suscetíveis de responder às necessidades individuais dos alunos;

e) Assegurar o cumprimento integral das atividades letivas correspondentes às exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares em vigor;

f) Adequar os instrumentos de avaliação às exigências do currículo nacional, dos programas e das orientações programáticas ou curriculares e adotar critérios de rigor, isenção e objetividade na sua correção e classificação;

g) Manter a disciplina e exercer a autoridade pedagógica com rigor, equidade, compreensão e isenção;

h) Cooperar na promoção do bem−estar dos alunos, protegendo−os de situações de violência física ou psicológica;

i) Colaborar na prevenção e deteção de situações de risco familiar e social; j) Respeitar a natureza confidencial da informação relativa aos alunos e respetivas

famílias.

Artigo 79.º − Deveres para com a escola e os outros docentes

Constituem deveres específicos dos docentes para com a escola e outros docentes:

1. Colaborar na organização do CDDS, cooperando com a Direção, com as estruturas de gestão pedagógica e com o restante Pessoal Docente e não docente, tendo em vista o seu bom funcionamento.

2. Cumprir os regulamentos, desenvolver e executar os projetos educativos e planos de atividades e observar as orientações dos órgãos de direção executiva e das estruturas de gestão pedagógica do CDDS.

3. Corresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos e propor medidas de melhoramento e remodelação.

4. Promover o bom relacionamento e a cooperação entre todos os docentes, dando especial atenção aos que se encontram em início de carreira ou em formação ou que denotem dificuldades no seu exercício profissional.

5. Partilhar, com os outros docentes, a informação, os recursos didáticos e os métodos pedagógicos, no sentido de difundir as boas práticas e de aconselhar aqueles que se encontrem no início de carreira, ou em formação, ou que denotem dificuldades no seu exercício profissional.

6. Refletir, nas várias estruturas pedagógicas, sobre o trabalho realizado individual e coletivamente, tendo em vista melhorar as práticas e contribuir para o sucesso educativo dos alunos.

7. Cooperar com os outros docentes na avaliação do seu desempenho.

8. Defender e promover o bem-estar de todos os docentes, protegendo-os de quaisquer situações de violência física ou psicológica.

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Artigo 80.º − Deveres para com os Pais e Encarregados de Educação

Constituem deveres específicos dos docentes para com os Pais e Encarregados de Educação dos alunos:

1. Salvaguardar a relação de precedência que a Direção tem no contacto com os Pais e Encarregados de Educação.

2. Respeitar a autoridade legal dos pais ou Encarregados de Educação e estabelecer com eles uma relação de diálogo e cooperação, no quadro da partilha da responsabilidade pela educação e formação integral dos alunos.

3. Promover a participação ativa dos pais ou Encarregados de Educação na educação escolar dos alunos, no sentido de garantir a sua efetiva colaboração no processo de aprendizagem.

4. Incentivar a participação dos pais ou Encarregados de Educação na atividade do CDDS, no sentido de criar condições para a integração bem−sucedida de todos os alunos.

5. Facultar regularmente aos pais ou Encarregados de Educação a informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens e o percurso escolar dos filhos, bem como sobre quaisquer outros elementos relevantes para a sua educação.

6. Participar na promoção de ações específicas de formação ou informação para os pais ou encarregados de educação que fomentem o seu envolvimento na escola, com vista à prestação de um apoio adequado aos alunos.

Artigo 81.º − Outros deveres

1. Ser pontual, cumprir rigorosamente o tempo letivo de aula e não abandonar a sala de aula durante as unidades letivas, a não ser por imperioso e justificado motivo. No caso de o fazer, deve tomar as providências necessárias para assegurar a ordem dentro da sala de aula, durante a sua ausência pontual.

2. Ser o último a abandonar a sala de aula, terminadas as atividades letivas, não permitindo, sob qualquer pretexto, que ali permaneçam alunos e no momento em que fechar a porta.

3. Ser o primeiro responsável pela conservação e limpeza do equipamento, durante o funcionamento das atividades escolares.

4. Uma vez que espera legitimamente encontrar a sala em ordem − espaço, carteiras, mesas, quadro limpo, bem como o chão sem papéis ou outra espécie de lixo, deve proporcionar as mesmas condições de trabalho ao colega que lhe vai suceder na utilização daquele espaço, verificando sempre o estado de conservação e limpeza das instalações, no fim das suas atividades.

5. Participar à Direção, se for caso disso, qualquer ocorrência anormal detetada na sala de aula.

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6. Comparecer, pontualmente, a todos os trabalhos escolares e cumprir o horário que lhe foi distribuído, de acordo com as normas em vigor.

7. Participar, de imediato, à Direção qualquer intromissão de estranhos no espaço ou recinto escolar.

8. Dar conhecimento à Direção de ocorrências que violem o presente Regulamento Interno, sempre que a gravidade da situação ou reiteração das faltas o justifique.

9. Comunicar, de imediato, ao Diretor de Turma qualquer ocorrência disciplinar grave no decurso das aulas, tal como a imposição do abandono da sala de aula ou equivalentes.

10. Não permitir, com exceção de casos de força maior, que qualquer aluno abandone a sala antes do fim da respetiva aula. O professor que não marcar falta aos trabalhos, ao aluno faltoso, sujeita−se às sanções disciplinares previstas na lei.

11. Registar diariamente as ausências dos alunos, já que a assiduidade do mesmo é elemento de avaliação importante e informação que deve estar disponível.

12. Seguir os critérios de avaliação aprovados em Conselho Pedagógico.

SECÇÃO III − AVALIAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE

Artigo 82.º − Âmbito

1. A avaliação de desempenho aplica−se a todos os docentes que se encontrem integrados na carreira.

2. A avaliação de desempenho releva para efeitos de progressão da carreira, no âmbito do Contrato Coletivo de Trabalho.

3. Na falta de avaliação de desempenho por motivos não imputáveis ao docente, considera−se como bom o serviço prestado por qualquer docente no cumprimento dos seus deveres profissionais.

Artigo 83.º − Princípios

1. A avaliação de desempenho desenvolve-se de acordo com os princípios constantes da Lei de Bases do Sistema Educativo, da Lei de bases do ensino particular e cooperativo e do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo.

2. A avaliação de desempenho tem como referência o Projeto Educativo do respetivo estabelecimento de ensino.

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Artigo 84.º − Âmbito temporal

A avaliação de desempenho dos docentes realiza-se no final de cada nível salarial e reporta-se ao tempo de serviço nele prestado.

Artigo 85.º − Objeto

1. São objeto de avaliação três domínios de competências do docente:

a) Competência para lecionar, compreendendo as seguintes ordens:

I. conhecimentos científicos e didáticos;

II. promoção da aprendizagem pela motivação e responsabilização dos alunos;

III. plasticidade (flexibilidade e capacidade de adaptação);

IV. identificação e vivência do projeto educativo;

V. comunicação;

VI. planeamento;

VII. procura de informação e atualização de conhecimentos;

VIII. avaliação.

b) Competências profissionais e de conduta, compreendendo a seguinte ordem:

I. trabalho de equipa e cooperação inter-áreas.

c) Competências sociais e de relacionamento, compreendendo as seguintes ordens:

II. relação com os alunos e encarregados de educação;

III. envolvimento com a comunidade educativa.

2. Cada domínio compreende diversas ordens de competências e é avaliado mediante a verificação dos indicadores constantes das grelhas de avaliação de desempenho a fornecer pela direção do CDDS, tendo por referência o seu projeto educativo.

Artigo 86.º − Resultado da avaliação

O nível de desempenho atingido pelo docente é determinado da seguinte forma:

a) A cada ordem de competências é atribuída uma classificação numa escala de 1 a 5; b) É calculada a média das classificações obtidas no conjunto das ordens de

competências; c) O valor da média é arredondado à unidade; ao valor obtido é atribuído um nível de

desempenho nos termos da seguinte escala: 1 e 2 = nível de desempenho insuficiente; 3 = nível de desempenho suficiente; 4 e 5 = nível de desempenho bom.

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Artigo 87.º − Sujeitos

1. A avaliação de desempenho docente é da responsabilidade da direção pedagógica do respetivo estabelecimento de ensino.

2. O desenvolvimento do processo de avaliação e a classificação final são da responsabilidade de uma comissão de avaliação constituída por três elementos.

3. Integram a comissão de avaliação o Diretor Pedagógico ou pessoa em quem este delegue essa competência, o coordenador da área disciplinar do avaliado ou, no caso de docentes do 1.º ciclo ou Educação Pré-escolar, o coordenador de ciclo e um docente indicado pelo conselho pedagógico ou equivalente ou, na sua falta, pelo conjunto dos professores.

4. É da competência da entidade titular a ratificação da avaliação de desempenho com o resultado que lhe é proposto pela direção pedagógica e pela comissão de avaliação.

Artigo 88.º − Procedimentos de avaliação

1. Nos primeiros 30 dias do 3.º período letivo do ano em que o docente completa o tempo de permanência no escalão de vencimento em que se encontra, deve entregar à direção pedagógica do estabelecimento a sua autoavaliação, realizada nos termos do presente regulamento.

2. A não entrega injustificada pelo docente do seu relatório de autoavaliação implica, para efeitos de progressão na carreira, a não contagem do tempo de serviço do ano letivo em curso.

3. No desenvolvimento do processo de avaliação do desempenho, a comissão de avaliação tem em conta a autoavaliação de desempenho feita pelo docente, bem como dados resultantes de outros procedimentos de avaliação ou do percurso profissional do docente que considere pertinentes e adequados para o efeito, nomeadamente:

a) Análise de planificações letivas; b) Assistência, pela comissão de avaliação, a aulas ou outras atividades letivas orientadas

pelo docente, num número máximo equivalente a duas observações por ano letivo da duração de cada nível;

c) Entrevista(s) de reflexão sobre o desempenho profissional do docente; d) Parecer dos responsáveis pedagógicos; e) Formação realizada, tendo caráter obrigatório quando gratuitamente disponibilizado

pela entidade patronal; f) Assiduidade e pontualidade.

4. No que se refere às observações constantes da alínea b), estas terão de ser anuais ou geridas por biénio, neste caso, tendo lugar apenas num dos seus anos e totalizando o máximo de quatro, devendo ainda ser calendarizadas.

5. Até ao dia 30 de junho subsequente à data referida no n.º 1, a comissão de avaliação apresenta à entidade titular um relatório de avaliação, que deverá conter uma descrição

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dos elementos tidos em conta na avaliação, a classificação atribuída e respetiva fundamentação.

6. A entidade titular do estabelecimento deve, no prazo de 15 dias úteis contados a partir da data referida no número anterior, ratificar a avaliação ou pedir esclarecimentos.

7. Os esclarecimentos devem ser prestados no prazo de 10 dias úteis, após o que a entidade titular do estabelecimento ratifica a avaliação.

8. O relatório de avaliação com o resultado final do processo de avaliação deve ser comunicado ao docente no prazo de cinco dias, após a decisão referida no número anterior.

9. Sempre que o resultado da avaliação difira significativamente do resultado da autoavaliação realizada pelo docente, deverá a direção pedagógica entregar o relatório de avaliação numa entrevista, com objetivos formativos.

Artigo 89.º − Efeitos da avaliação

1. O período em avaliação que tenha sido avaliado como Bom releva para progressão na carreira, nos termos do Contrato de Trabalho.

2. No escalão de ingresso na carreira, dado que o docente se encontra na fase inicial da sua vida profissional, releva para progressão na carreira o tempo de serviço cujo desempenho seja avaliado no mínimo como Suficiente.

Artigo 90.º − Recursos

1. Sempre que o docente obtenha uma classificação inferior a Bom na avaliação de desempenho, poderá recorrer da decisão nos termos do disposto nos números seguintes.

2. O procedimento de recurso inicia−se mediante notificação do docente à entidade patronal de que deseja uma arbitragem, indicando, desde logo, o seu árbitro e respetivos contactos e juntando as suas alegações de recurso.

3. As alegações deverão conter a indicação expressa dos parâmetros do relatório de avaliação com cuja classificação o docente discorda e respetivos fundamentos.

4. A notificação referida no n.º 2 deverá ser efetuada no prazo de 15 dias úteis, após a notificação da decisão de não classificação do ano de serviço como bom e efetivo.

5. A entidade titular dispõe do prazo de 15 dias úteis para nomear o seu árbitro e contra-alegar, notificando o docente e o árbitro nomeado pelo mesmo da identificação e contactos do seu árbitro e das suas contra-alegações.

6. No prazo de cinco dias úteis após a notificação referida no número anterior, os dois árbitros reúnem−se para escolher um terceiro árbitro.

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7. Os árbitros desenvolvem as diligências que entenderem necessárias para preparar a decisão, sem formalidades especiais, tendo de a proferir e notificar às partes no prazo de 20 dias úteis, salvo motivo relevante que os árbitros deverão invocar e descrever na sua decisão.

8. Qualquer das partes poderá recorrer da decisão da arbitragem para os tribunais nos termos gerais de direito.

9. Cada parte suportará os custos com o seu árbitro, sendo os custos com o terceiro árbitro suportados em partes iguais por ambas as partes.

SECÇÃO IV − FALTAS DO PESSOAL DOCENTE

Artigo 91.º − Conceito de falta

1. Falta é a ausência do trabalhador, durante o período normal de trabalho a que está obrigado.

2. No caso de ausência, durante períodos inferiores a um dia de trabalho, os respetivos tempos serão adicionados, contando−se estas ausências como faltas na medida em que se perfizerem um ou mais períodos normais diários de trabalho.

3. Relativamente aos trabalhadores docentes dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, do ensino Secundário e de cursos extracurriculares, será tido como um dia de falta a ausência ao serviço por quatro horas letivas seguidas ou interpoladas.

4. Excetuam−se, do disposto no número anterior, os professores com horário incompleto, relativamente aos quais se contará um dia de falta quando o número de horas letivas de ausência perfizer o resultado da divisão do número de horas letivas semanais por cinco.

5. Para efeitos do disposto no presente artigo, uma hora letiva corresponde a um tempo letivo de 45 minutos e a falta a um tempo letivo de 90 minutos corresponde a falta a duas horas letivas.

6. Em relação aos trabalhadores docentes são também consideradas faltas as provenientes da recusa de participação, sem fundamento, na frequência de cursos de aperfeiçoamento ou reciclagem, nos moldes que venham a ser regulamentados pelo Ministério da Educação e dentro do período em que essas ações venham a ocorrer.

7. É considerada falta a um dia a ausência dos docentes a serviço de exames e a reuniões de avaliação de alunos.

8. A ausência a outras reuniões de natureza pedagógica, quando devidamente convocadas, é considerada falta do docente a dois tempos letivos.

9. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

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Artigo 92.º − Procedimentos formais

1. O professor não pode, sob qualquer pretexto, escrever o sumário se faltar às atividades letivas previstas no horário, mesmo que esteja presente noutras atividades escolares. A justificação da falta às atividades letivas deve ser preenchida no modelo próprio, especificando o motivo da ausência.

2. O professor deve cumprir integralmente o tempo destinado às atividades letivas, sob pena de lhe ser marcada a respetiva falta, salvo casos devidamente justificados e de força maior.

3. Os professores devem comunicar à Direção do CDDS qualquer interrupção dos trabalhos escolares ou anomalias no material e na arrumação e limpeza das salas de aulas.

4. Compete aos professores fazer dirigir à Direção, devidamente acompanhados pelo funcionário vigilante ou pelo delegado de turma, o aluno ou alunos que tenham de abandonar a sala de aula por qualquer motivo (disciplinar, saúde, etc.).

5. No final da aula, os professores devem providenciar para que o quadro fique limpo e as mesas e cadeiras devidamente arrumadas.

6. Compete a cada professor fechar a porta da sala no final da aula.

Artigo 93.º − Interdições

1. É interdita aos docentes a publicitação de informações ou elementos sobre a sua vida profissional que, por natureza ou estatuto, requeiram sigilo ou confidência e se reportem ao respeito e privacidade dos alunos, às famílias dos alunos, ao processo educativo, aos colegas de docência e à vida interna do CDDS.

2. É interdito aos docentes a utilização de telemóveis ou outros meios eletrónicos de comunicação com o exterior que não estejam estritamente relacionados com o contexto das atividades letivas.

3. É interdito aos docentes assumirem publicamente, por escrito, oralmente ou outros meios, designadamente eletrónicos ou informáticos, em entrevistas, conferências, painéis ou artigos de opinião, posições sobre as opções educativas e pedagógicas do CDDS que comprometam ou prejudiquem a imagem pública e a reputação do CDDS.

4. É interdito aos docentes qualquer exercício de tentativa ou prática de obtenções compensatórias ou favores, de quaisquer naturezas, da parte dos alunos ou seus familiares, em troca da oferta de vantagens escolares ou outras concedidas pelos docentes.

5. É interdito aos docentes o exercício de apoios educativos, a título particular, a alunos seus ou do ano letivo que lecionam, concedendo-lhes vantagens relativamente aos processos e instrumentos de avaliação, ou qualquer favorecimento ou facilidade que coloque em causa a equidade e justiça do processo educativo e sua avaliação.

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TÍTULO IV − PESSOAL NÃO DOCENTE

CAPÍTULO I − DIREITOS E DEVERES GERAIS

SECÇÃO I − DIREITOS

Artigo 94.º − Direitos

São direitos de todo o Pessoal Não Docente:

1. Usufruir dos direitos consagrados na legislação em vigor.

2. Conhecer toda a legislação atualizada que diga respeito à sua atividade.

3. Ser atendido e esclarecido nas suas dúvidas e sobre os direitos que lhe assistem pelos serviços e órgãos do CDDS.

4. Ser convocado, num prazo nunca inferior a 24 horas, para reuniões de trabalho.

5. Ter acesso prévio a toda a documentação sujeita a discussão, atinente às suas funções ou responsabilidades no CDDS.

6. Receber apoio técnico, material e documental, de acordo com as disponibilidades do CDDS.

7. Ser informado sobre o funcionamento dos órgãos de gestão e administração e sobre as deliberações que se relacionem com a sua atividade profissional.

8. Ser respeitado na sua pessoa, ideias e bens por toda a Comunidade Educativa.

9. Receber apoio no exercício da sua atividade da parte dos órgãos de direção e administração, estruturas de orientação educativa e de todos aqueles a quem cabe o dever de informar e colaborar.

10. Emitir opiniões e sugestões que contribuam para o melhor funcionamento do CDDS, junto dos órgãos competentes, nos locais e momentos próprios.

11. Participar na organização de atividades extracurriculares, desde que inseridas no Plano Anual de Atividades e intervir, conforme legalmente previsto e segundo as missões ou funções que lhe forem atribuídas, na vida do CDDS.

12. Dispor de condições físicas e materiais que lhe permitam um adequado desempenho da sua função.

13. Dispor de um local para mudança de vestuário.

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14. Receber, mensalmente, o seu comprovativo de vencimento.

15. Conhecer, antecipadamente, as alterações no seu horário habitual.

16. Recorrer acessivelmente ao seu responsável de serviço, a fim de resolver qualquer situação relacionada com a sua atividade profissional.

17. Utilizar equipamentos e serviços nas condições regulamentadas.

18. Executar os seus trabalhos em condições de higiene e segurança.

SECÇÃO II − DEVERES

Artigo 95.º − Deveres

1. É dever geral do Pessoal Não Docente atuar no sentido de criar nos membros da Comunidade Educativa a confiança, a imparcialidade e o respeito.

2. Consideram−se ainda deveres gerais de todo o Pessoal Não Docente:

Cumprir o Regulamento Interno.

a) O dever de isenção, que consiste em não retirar vantagens, diretas ou indiretas, pecuniárias ou outras, das funções que exerce, atuando, com independência em relação aos interesses e pressões particulares de qualquer índole, na perspetiva do respeito pela igualdade de todos.

b) O dever de zelo, que consiste em conhecer as normas legais regulamentares e as instruções dos seus superiores hierárquicos, bem como possuir e aperfeiçoar os seus conhecimentos técnicos e métodos de trabalho, de modo a exercer as suas funções com eficiência, parcimónia e correção.

c) O dever de obediência, que consiste em acatar e cumprir as ordens dos seus legítimos superiores hierárquicos, dadas em objeto de serviço e com a forma legal.

d) O dever de lealdade, que consiste em desempenhar as suas funções em subordinação aos objetivos do serviço e na perspetiva da prossecução do interesse público.

e) O dever do sigilo, que consiste em guardar segredo profissional relativamente aos factos de que tenha conhecimento em virtude do exercício das suas funções e que não se destinem a ser do domínio público.

f) O dever de correção, que consiste em tratar com respeito quer os utentes dos serviços públicos, quer os próprios colegas, quer, ainda, os superiores hierárquicos.

g) O dever de assiduidade, que consiste em comparecer regular e continuamente ao serviço.

h) O dever de pontualidade, que consiste em comparecer ao serviço dentro das horas que lhe forem designadas.

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CAPÍTULO II − NORMAS ESPECÍFICAS

SECÇÃO I − CONTEÚDOS FUNCIONAIS DAS CARREIRAS E CATEGORIAS DO PESSOAL NÃO DOCENTE

Artigo 96.º − Categorias profissionais

1. A descrição dos conteúdos funcionais das carreiras do Pessoal Não−docente encontra−se definida no Contrato Coletivo de Trabalho aplicável e no Código do Trabalho.

2. Nos termos da lei e do Contrato Coletivo de Trabalho, a referida descrição destina−se a caracterizar as respetivas funções predominantes, não prejudicando o âmbito material das funções ou tarefas a desempenhar que sejam atribuídas aos funcionários, tarefas de idêntica complexidade e responsabilidade não expressamente mencionadas, nem podendo, em caso algum, constituir fundamento para o não cumprimento do dever de obediência.

TÍTULO V − PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

CAPÍTULO I − COMISSÃO CONSULTIVA DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 97.º − Comissão Consultiva de Pais - CCP

1. A Comissão Consultiva de Pais e Encarregados de Educação é o órgão consultivo da Direção do CDDS, relativamente aos diferentes aspetos da vida da Comunidade Educativa que estejam diretamente adstritos aos interesses e opções educativas dos Pais e Encarregados de Educação, manifestos pela adesão ao Projeto Educativo do CDDS no ato de matrícula dos seus educandos, e constituir-se-á por manifesta vontade dos pais e encarregados de educação.

2. A CCP é designada pela Direção do Colégio, podendo dela fazer parte pais dos alunos ou antigos alunos do Colégio.

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3. Incumbirá à Comissão designada emitir parecer não vinculativo à Direção do Colégio e prestar-lhe os contributos que esta considere pertinentes ou necessários ao melhor funcionamento da Comunidade Educativa e ao integral cumprimento do Projeto Educativo e do Ideário Educativo.

4. A CCP possui uma direção própria, constituída por um Presidente, um Secretário e três Vogais, a qual é formada por deliberação interna dos membros designados.

5. O mandato da CCP tem a duração de um triénio, podendo ser destituída sempre que a Direção do Colégio considerar oportuno.

6. A CCP rege−se por Regimento Próprio, elaborado ou renovado até um mês após a sua constituição, o qual deve ser aprovado pela Direção do CDDS, ouvido o Conselho Pedagógico.

7. As reuniões da CCP ocorrerão:

a) Sob convocação do seu Presidente, sempre que a Direção do CDDS entender oportuno consultá−la, ouvi−la e informá−la sobre assuntos relevantes à vida da Comunidade Educativa e que devam envolver o conhecimento, opinião, parecer ou participação dos Pais e Encarregados de Educação.

b) Sob convocação do seu Presidente, sempre que a direção da CCP entender elaborar ou organizar propostas de sugestões educativas ou formativas, de atividades ou eventos de formação para os Pais e Encarregados de Educação ou para os seus filhos, de calendarizar propostas de participação no Plano Anual de Atividades do CDDS ou propor formas de colaboração com a Comunidade Educativa, a serem submetidas à aprovação da Direção do CDDS, ouvido o Conselho Pedagógico.

8. O Diretor do CDDS disponibiliza um espaço, sempre que solicitado, para as suas reuniões periódicas.

9. Como parceiro educativo, com importantes responsabilidades no bom funcionamento do CDDS, a CCP é tanto mais eficaz quanto mais a sua ação perseguir os objetivos pedagógicos que presidem à sua fundação.

CAPÍTULO II − ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

SECÇÃO I − DIREITOS

Artigo 98.º − Direitos

1. Participar na vida do CDDS, de acordo com o disposto na Lei de Bases do Sistema Educativo e na legislação em vigor, através da organização e da colaboração em iniciativas, visando a promoção da melhoria da qualidade do CDDS, em ações

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motivadoras de aprendizagens e da assiduidade dos alunos e em projetos de desenvolvimento socioeducativo do CDDS.

2. Ser informado sobre a legislação e normas que lhe digam respeito.

3. Ser informado do aproveitamento do seu educando, após cada um dos momentos de avaliação e, sempre que solicitado, no dia e hora que vierem a ser acordados para o efeito, pelo Diretor de Turma, exceto na última semana de aulas de cada período letivo.

4. Ter acesso a informações relacionadas com o processo educativo do seu educando.

5. Ser avisado acerca das faltas dadas pelo seu educando.

6. Ser bem recebido por todas as pessoas do CDDS.

7. Recorrer e ser atendido pela Direção do CDDS.

8. Ter acesso ao processo individual do aluno, previsto na lei, após requerimento ao Diretor Pedagógico para o efeito e autorização deste, devendo a consulta ser efetuada com a garantia da confidencialidade dos dados nele contidos.

SECÇÃO II − DEVERES

Artigo 99.º − Deveres

1. Aos Pais e Encarregados de Educação, compete, além das suas obrigações legais, uma especial responsabilidade de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos, no interesse destes, e de promoverem ativamente o desenvolvimento físico, intelectual e moral dos mesmos.

2. Nos termos da responsabilidade referida no número anterior, deve cada um dos Pais e/ou Encarregados de Educação, em especial:

a) Acompanhar ativamente a vida do seu educando no CDDS. b) Promover a articulação entre a educação na família e ensino escolar. c) Diligenciar para que o seu educando beneficie efetivamente dos seus direitos e

cumpra pontualmente os deveres de que é incumbido, com destaque para os deveres de assiduidade, de correto comportamento escolar e de empenho no processo de aprendizagem.

d) Contribuir para a elaboração e execução do Projeto Educativo e do Regulamento Interno do CDDS, através de sugestões devidamente escritas e assinadas, entregues na CCP.

e) Participar nas atividades extracurriculares desenvolvidas no CDDS. f) Cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em especial

quando para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino e aprendizagem dos seus educandos.

g) Contribuir para a preservação da disciplina no CDDS e para a harmonia da Comunidade Educativa.

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h) Contribuir para o correto apuramento dos factos em processo disciplinar que incida sobre o seu educando e, sendo aplicada a este medida disciplinar, diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos de reforço da sua formação cívica, do desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na Comunidade Educativa e do seu sentido de responsabilidade.

i) Contribuir para a preservação da segurança e integridade física e moral de todos os que participam na vida do CDDS.

j) Integrar ativamente a Comunidade Educativa no desempenho das demais responsabilidades desta, em especial informando−se, sendo informado e informando sobre todas as matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos.

k) Comparecer no CDDS, sempre que julgue necessário, e quando para tal for solicitado. l) Conhecer o Regulamento Interno do CDDS e subscrever, fazendo subscrever

igualmente aos seus filhos e educandos, a declaração de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral.

m) Proceder ao pagamento de todos os serviços ou despesas até ao 15.º dia após o início de cada período letivo: o não pagamento dos serviços referidos, e enquanto o não pagamento se mantiver, implicará a suspensão do direito à publicação dos resultados de avaliação do aluno, o não envio ou entrega do processo do aluno para transferência de escola e a não emissão de qualquer documento requerido pelo aluno, pais ou pelo seu Encarregado de Educação.

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PARTE III − ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL

TÍTULO I − HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

Artigo 100.º − Horários da portaria

Abertura Encerramento Segunda-feira a Sexta-feira 8:00 19:00 Sábado 9:00 12:30

Artigo 101.º − Horários das atividades letivas

Manhã Tarde Educação Pré-Escolar 9:00 – 12:00 14:00 – 16:30

Primeiro Ciclo do Ensino Básico 9:00 – 12:30 14:00 – 16/18:00 Segundo Ciclo do Ensino Básico Terceiro Ciclo – 7.º e 8.º Anos

9:00 – 13:00 9:00 – 13:00

14:30 – 17:10 14:30 – 17:10

Terceiro Ciclo – 9.º Ano 9:00 – 12:30 14:00 – 17:15

Ensino Secundário 9:00 – 12:30 14:00 – 17:15

Artigo 102.º − Horários dos apoios à família ou educativos(1)

Manhã Tarde Educação Pré-Escolar 7.45 – 9:00 17:00 – 19:00

Primeiro Ciclo do Ensino Básico 8:00 – 9:00 16/18:00 – 19:00

Segundo Ciclo do Ensino Básico 8:00 – 9:00 17:10 – 19:00

Terceiro Ciclo do Ensino Básico 8:00 – 9:00 17:10/17:15 – 19:00

Ensino Secundário 8:00 – 9:00 17:15 – 19:00 (1) Horário a ajustar depois das atividades letivas.

Artigo 103.º − Horários dos serviços

Abertura Encerramento Secretaria 8:45 – 12:45 14:00 – 18:00

Bar dos alunos 8:45 – 12:00 13:30 – 18:00

Refeitório Almoço Lanche Educação Pré-Escolar 12:00 16:00

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Abertura Encerramento Primeiro Ciclo 12:30 16:00

Segundo Ciclo 13:00 17:15

Terceiro Ciclo 12:30 17:15

Ensino Secundário 12:30 17:15

Abertura Intervalo (Almoço) Encerramento Biblioteca 10:00 14:00 – 15:00 19:00

Reprografia 8:45 13:00 – 13:45 17:30

Artigo 104.º − Horários de atendimentos aos Pais e Encarregados de Educação

Manhã Tarde Diretor Pedagógico 9:00– 13:00 14:00 – 18:00

Diretor Administrativo 8:45 – 13:00 14:00 – 18:00

Diretores de Turma(2)

Professores(2) (2) Sujeito a marcação prévia.

TÍTULO II − BIBLIOTECA

Artigo 105.º − Definição

1. A Biblioteca é um instrumento essencial no desenvolvimento do projeto Educativo e deverá constituir-se como núcleo dinâmico da organização pedagógica do CDDS, vocacionado para as atividades culturais, recreativas e de informação.

2. A Biblioteca é um local de estudo e, por isso, deve ser respeitado, no seu interior, o imperioso silêncio.

3. Só os docentes ou funcionários da Biblioteca podem retirar livros das estantes.

4. Os professores e os alunos podem requisitar livros para consulta na sala da Biblioteca ou para levar para casa por um período não superior a 24 horas. Para tal efeito, o interessado deve preencher a ficha de requisição de livros e entregá-la ao bibliotecário que lhe entregará o livro requisitado.

5. A não devolução do livro no prazo estipulado fica sujeita a uma sanção pecuniária de 25 cêntimos por dia.

Artigo 106.º − Funcionamento

1. Toda a comunidade escolar tem acesso livre às Bibliotecas escolares.

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2. O horário de funcionamento será afixado no início do ano letivo, em local visível, junto das suas instalações.

3. A Biblioteca escolar encontra−se sob a responsabilidade do Técnico Profissional de Biblioteca.

Artigo 107.º − Funcionamento

1. O Técnico Profissional de Biblioteca é nomeado pela Direção do CDDS.

2. Ao Técnico Profissional de Biblioteca, cabe a gestão da Biblioteca do CDDS.

3. Compete, ainda, ao Técnico Profissional de Biblioteca:

a) Assegurar o serviço de Biblioteca para todos os membros da Comunidade Educativa. b) Promover a articulação das atividades da Biblioteca com os objetivos do projeto

Educativo, do Projeto Curricular de Escola e dos Planos de Atividades de Turma; c) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos

recursos materiais afetos à Biblioteca. d) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação,

promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos. e) Apoiar as atividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e

competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas e grupos do CDDS.

f) Apoiar atividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular, incluídas no Plano de Atividades ou Projeto Educativo do Colégio.

g) Estabelecer redes de trabalho cooperativo. h) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de

autoavaliação. i) Representar a Biblioteca do CDDS, em atividades e eventos, no interior e exterior do

CDDS.

TÍTULO III − REPROGRAFIA

Artigo 108.º − Regras gerais

1. O horário de funcionamento deve ser exposto em local visível, junto das instalações, e a sua definição é da responsabilidade do Diretor.

2. Têm acesso à reprografia: docentes, alunos, funcionários não−docentes e outras entidades autorizadas pelo Diretor.

3. Os serviços de reprografia são pagos no ato.

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4. Os originais a fotocopiar, quando numerosos, devem ser entregues com vinte e quatro horas de antecedência.

5. Os serviços de reprografia são gratuitos para:

a) As reproduções destinadas a avaliar os alunos; b) Outras reproduções destinadas ao funcionamento dos serviços, desde que autorizadas

pela Direção.

TÍTULO IV − REFEITÓRIO

Artigo 109.º − Senhas de almoço e lanche

1. O aluno que deseje almoçar no CDDS deve levantar a senha para o efeito, na Secretaria, até às 11:00 horas do próprio dia.

2. O aluno que habitualmente almoce no CDDS deve munir−se da caderneta de senhas de almoço no início de cada mês.

3. Nos dias em que, por qualquer motivo, o aluno que adquiriu uma caderneta de senhas não almoce no CDDS deve o próprio ou um familiar avisar a Secretaria até às 11:00 horas desse dia, a fim de que lhe seja anulada a senha; caso contrário, ser−lhe−á debitada a refeição.

4. A senha para o lanche deve ser levantada na Secretaria até uma hora antes do lanche.

5. O serviço de refeições será pago só após o seu fornecimento e apenas será cobrado o montante das refeições para as quais foram fornecidas as respetivas senhas.

TÍTULO V − SALA DE AULA

Artigo 110.º − Nobreza do lugar

1. A Sala de Aula é o lugar mais nobre do CDDS, por ser o espaço onde decorre o acontecimento mais importante que nele se realiza: o ensino-aprendizagem.

2. A Sala de Aula é a Casa da Turma: os alunos e professores são nela os seus residentes, os usuários, os beneficiadores do espaço e das condições que ela dispõe, apesar das limitações que apresente. Nenhuma casa é perfeita.

3. A Sala de Aula é um Espaço de Encontros: onde se aprende, se cresce, se partilha, se educa, se faz amizades e se prepara o futuro.

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4. A Sala de Aula é o lugar onde cada um se descobre, quem ensina e quem aprende, onde se percebe quem é, o que quer ser, que projetos quer construir para a sua vida.

Artigo 111.º −

Responsabilidades coletivas

1. A Sala de Aula, sendo da Turma, é um espaço de responsabilidade individual e coletiva: a cada um cabe o zelo, a responsabilidade e a diligência pela sua boa apresentação, organização, limpeza e conservação e o bom estado do seu mobiliário e instalações.

2. A Sala de Aula, sendo de todos, é um espaço onde todos se devem sentir bem acolhidos,

bem recebidos, bem acomodados. 3. A Sala de Aula, sendo de todos, deve ser um lugar onde todos gostam de estar, onde todos

sentem a satisfação do seu uso e do seu bom ambiente.

1. Artigo 112.º − Responsabilidades dos professores

1. O professor deve dirigir-se para a sala de aula atempadamente, de forma a poder cumprir

integralmente o tempo letivo que lhe está atribuído. 2. A aproximação à sala de aula deve ser efetuada de forma moderada e com porte exemplar,

quer na atitude, quer nos gestos, quer nas palavras. 3. O professor deve dirigir-se para a sala de aula, munido do Livro de Ponto e da chave da Sala

de Aula. 4. Após saudação aos alunos, o professor deve abrir a porta da sala de aula e dar ordem de

entrada aos alunos, de forma organizada e ordeira. 5. Após a entrada dos alunos, o professor deve fechar a porta da sala e colocar a chave na

fechadura da mesma, pela face interior. 6. Antes de dar início à aula, o professor deve verificar a boa ordem na sala de aula, a

disposição e distribuição correta dos alunos pelos seus lugares e dar ordem aos alunos para se sentarem.

7.Procederá, imediatamente, à verificação das presenças dos alunos e efetuará o registo das

ausências no Livro de Ponto.

8.No mesmo Livro de Ponto, registará o sumário da aula, descrevendo no espaço do dia do calendário atribuído à disciplina que leciona, de forma sucinta, correta e legível, os conteúdos a lecionar, as atividades ou ações a implementar na aula e os trabalhos a efetuar.

9. Durante o curso da aula, deve o professor efetuar o registo das faltas de material didático ou escolar necessário à frequência da aula que verifique aos alunos e identificar esse registo com a nomenclatura “F.M.” imediatamente a seguir ao número do aluno.

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10. Deve assinalar também as omissões de trabalhos ou tarefas que tenham sido convencionados com os alunos e identificar esse registo com a nomenclatura “T.P.C.” imediatamente a seguir ao número do aluno.

11. Deve, ainda, efetuar o registo das ações, atitudes, omissões ou comportamentos

inadequados e graves produzidos pelos alunos e identificar esse registo com a nomenclatura “F.C.” imediatamente a seguir ao número do aluno.

12. No caso de ocorrerem ações, atitudes, omissões ou comportamentos inadequados e

graves, o professor deve elaborar um relatório da ocorrência no qual identifique o aluno, a turma, a disciplina, a aula, descreva, de forma clara e factual, a ocorrência, indique duas testemunhas que presenciaram a ocorrência, recolha a assinatura do aluno, após dar-lhe conhecimento da descrição da ocorrência, e assinar o mesmo relatório. O relatório deverá ser entregue no menor espaço de tempo possível ao Diretor de Turma, que dele dará conhecimento à Direção do CDDS.

13. No caso de ocorrerem ações, atitudes, omissões ou comportamentos inadequados e

graves, de forma reiterada ou com grave perturbação do bom ambiente da sala de aula, o professor deve, mediante toque elétrico, se possível, ou por intermediação do Delegado/Subdelegado, suscitar a presença do funcionário do corredor, o qual acompanhará o aluno infrator à presença de um dos elementos da Direção do CDDS com a informação da ocorrência. Não sendo possível a presença do funcionário, deve o professor mandatar o Delegado/Subdelegado para acompanhar o aluno infrator à presença de um dos elementos da Direção do CDDS.

14. Após o início da aula, verificando-se a chegada manifestamente tardia de algum aluno

(além de 5 minutos após a hora do início da aula), deve o professor advertir o aluno de que deverá previamente comunicar as razões do seu atraso a um dos membros da Direção, o qual, se assim se justificar, deverá autorizar, por escrito, a entrada na sala de aula do referido aluno.

15. O professor não permitirá a nenhum aluno a saída temporária ou a ausência até ao termo

da aula, sem que o mesmo seja portador de autorização escrita, por parte da Direção do CDDS, para o efeito.

16. Os alunos que, por razões de saúde, com fundamentação de relatório médico, tiverem

necessidade de ausentar-se frequentemente da sala de aula informarão o diretor de Turma, que do facto dará conhecimento a todos os professores da turma.

17. Nos casos imponderáveis de necessidade estrita de ausência da sala de aula, deve o

professor proceder, com ponderação, racionalidade e bom senso, prevendo sempre que a ausência ocorra de forma controlada e segura.

18. Compete ao professor garantir a boa ordem na sala de aula, quer relativamente ao lugar

atribuído na Planta da Sala de Aula a cada aluno, quer à boa organização na intervenção e participação dos alunos, quer à moderação da voz e do som produzidos pelos aparelhos sonoros utilizados, quer ao modo de circulação no espaço da sala de aula, quer à disposição permanente do equipamento da sala de aula.

19. Compete ao professor advertir a melhor solução para o contexto da aula, relativamente à

disposição da porta da sala, das janelas e persianas, regulação dos radiadores, utilização da iluminação artificial, devendo prever sempre o seu melhor contributo para o bem-estar dos

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alunos da turma, mas sem que ocorra, com isso, perturbação do bom ambiente das salas de aula próximas.

20. Os equipamentos existentes na sala de aula, vídeo-projetor, computador portátil,

retroprojetor ou outros, que sejam propriedade do CDDS, apenas devem ser manipulados ou utilizados com autorização e consentimento do professor.

21. Os equipamentos ou utensílios que sejam necessários à aula devem ser solicitados apenas

pelo professor, que os deve requisitar ao funcionário do corredor previamente ao início da aula, ou através do Delegado/Subdelegado de turma, no decurso da mesma.

22. Compete ao professor dar a aula por terminada, quando entenda ser oportuno e razoável,

sem exceder-se pelo intervalo, e autorizar os alunos a arrumar e guardar os livros e o material escolar da disciplina.

23. Após o termo da aula, e antes de dar autorização para a saída, deve o professor verificar a

boa ordem e limpeza da sala de aula, do quadro, dos equipamentos utilizados, das carteiras e secretária e ordenar a remoção do lixo existente no chão e nas carteiras dos alunos para o caixote de recolha do mesmo.

24. Após a autorização dada aos alunos para saírem da sala de aula, e antes de fechar a porta,

compete ao professor zelar por que nenhum aluno permaneça na sala de aula. 25. Na última aula do dia, deve providenciar o professor para que não sejam deixados na sala

de aula livros ou outros haveres pessoais dos alunos e as janelas estejam fechadas. O CDDS não se responsabilizará pela guarda de quaisquer bens pessoais ou haveres dos alunos que sejam esquecidos ou abandonados dentro da sala de aula. Quando se verifique a existência de quaisquer bens pessoais de alunos, esquecidos ou abandonados na sala de aula, o CDDS apenas os guardará durante os oito dias subsequentes à deteção desses mesmos bens, findos os quais, os remeterá para a Cáritas Diocesana, não havendo lugar nem obrigação, da parte do CDDS, à reposição dos mesmos ou à devolução compensatória do valor ou custo desses bens.

26. Compete ao professor comunicar ao funcionário de corredor ou à Direção alguma

alteração grave, dano, avaria que tenha verificado na sala de aula.

1. Artigo 113.º − Responsabilidades e deveres do delegado e subdelegado

1. O Delegado/Subdelegado é responsável pela existência de um bom ambiente e

entendimento entre os colegas da turma. 2. Compete ao Delegado/Subdelegado promover o silêncio e uma postura correta dos colegas

enquanto aguardam à porta da sala de aula pela chegada do professor. 3. O Delegado/Subdelegado deve informar o professor, no início da aula, dos colegas ausentes. 4. O Delegado/Subdelegado deve providenciar a boa ordem e limpeza da sala de aula. 5. O Delegado/Subdelegado deve comunicar aos colegas, quanto possível em simultâneo, as

informações para a turma que lhe foram dadas pelos professores.

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6. O Delegado/Subdelegado deve providenciar para que, nos intervalos das aulas, seja efetuado o conveniente arejamento da sala de aula, com a regulação adequada da temperatura dos radiadores.

7. O Delegado/Subdelegado deve zelar pela boa ordem dos expositores da sala de aula,

organizando o seu espaço por disciplinas e funções. 8. O Delegado/Subdelegado deve zelar pela boa manutenção do património e equipamentos

da sala de aula, advertindo o professor ou diretor de turma de alguma alteração, deterioração ou dano que verifique.

1. Artigo 114.º −

Responsabilidades dos alunos 1. Os alunos devem ser pontuais no início de todas as aulas, devendo estar na proximidade da

sala de aula alguns minutos antes da hora de início das aulas. 2. Os alunos devem aguardar pelo professor em silêncio e de forma ordenada, junto à porta

da sala de aula, sem perturbar a circulação nos corredores.

3. Os alunos entram na sala de aula ordeiramente, após indicação para o efeito por parte do professor, e dirigem-se, em silêncio, diretamente para as carteiras que lhes foram atribuídas pelo Diretor de Turma, aguardando de pé até que o professor lhes dê permissão de se sentarem.

4. Após ocuparem os seus lugares, os alunos devem tomar imediatamente os livros e

materiais escolares necessários à frequência da aula, e dispor-se com atenção e empenho, para o início da aula.

5. O aluno que se apresentar à aula com atraso considerável poderá, a juízo ponderado e

apropriado do professor, ser enviado a um elemento da direção do CDDS, a fim de justificar o seu atraso. Obtendo deste autorização para entrar na sala de aula, deverá apresentar-se ao professor, apresentar-lhe a autorização escrita e esforçar-se para não reincidir. Caso não obtenha autorização da direção para participar na aula, deverá dirigir-se à Biblioteca, onde aguardará durante o período da aula, ocupando-se no estudo.

6. Os alunos, antes de entrarem na sala de aula, devem desligar os telemóveis ou outros

aparelhos eletrónicos e mantê-los desligados no decurso das aulas. O uso ou tentativa de uso dos mesmos aparelhos, por parte dos alunos, dentro do espaço da sala de aula, confere ao professor a faculdade de retirá-los aos alunos e entregá-los à Direção do CDDS.

7. O uso pelos alunos de aparelhos eletrónicos, próprios ou do CDDS, na sala de aula deverá ser sempre autorizado previamente pelo professor.

8. Na sala de aula, os alunos não usam chapéus, bonés, capuzes, luvas ou similares, ou outros

adereços propagandísticos ou extravagantes inadequados ao contexto do lugar.

9. Na sala de aula, não é permitido aos alunos comerem, beberem, mascarem chicletes ou consumirem rebuçados ou gomas. Apenas é permitido o consumo de água, desde que o aluno se provisione da mesma previamente ao início da aula.

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10. As embalagens, garrafas ou restos de consumíveis que devam ser depositados pelos alunos nos recipientes destinados à recolha de lixo, devem ser depositadas neste, de forma decente e higiénica, de modo que se preserve a boa aparência da sala e a sua higiene.

11. Os alunos devem providenciar todos os materiais, livros, instrumentos e utensílios que são

necessários à boa participação e frequência das aulas.

12. Os alunos devem participar em todos os momentos das aprendizagens e bem assim nas ações ou momentos de avaliação. Estando impossibilitados, devem, com antecipação, informar o professor e aguardar a melhor resolução para o efeito.

13. Não é permitido aos alunos o recurso a meios fraudulentos para a realização de trabalhos

e avaliações que induzam o professor em erro relativamente às suas reais capacidades e competências, ficando sujeitos às penalizações que o professor razoavelmente deliberar.

14. Os alunos, para intervirem, participarem, deslocarem-se na sala de aula, devem pedir

permissão ao professor, sinalizando previamente o seu pedido, e aguardarem ordenadamente pela sua vez ou pela autorização do professor.

15. Os alunos devem intervir com ordem e respeitarem o direito mútuo de participar,

questionar, intervir, ouvindo-se sem se interromperem.

16. Os alunos devem utilizar a cor azul ou preta nos trabalhos redigidos a entregar ao professor.

17. Os alunos devem ser cumpridores com os trabalhos da sala de aula e de casa, a não ser

quando exista impedimento grave em contrário.

18. Os alunos devem manter a sua carteira limpa, ordenada, preservando-a e usando-a corretamente.

19. Os alunos devem manter a sala, o quadro e os equipamentos da sala de aula limpos e em

bom estado de preservação, sendo responsabilizados individual e coletivamente, se forem aferidas responsabilidades em contrário.

20. Os alunos devem manter, na sala de aula, postura e atitude corretas, relativamente à

carteira que usam, ao professor e aos colegas.

21. Os alunos devem apresentar-se na sala de aula com compostura de vestuário, penteado, indumentária e adereços adequados, podendo ser mandados sair da sala de aula se contrariarem deliberada e reiteradamente esta normativa.

22. Os alunos arrumam o seu material sem barulho e só se retiram da sala quando os professores dão a aula por terminada.

23. Os alunos retiram-se da sala ordenadamente e sem fazer barulho.

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TÍTULO VI− ZONAS DE RECREIO, CONVÍVIO E LAZER

Artigo 115.º − Cuidados, zelo e uso

1. As zonas de recreio, convívio e lazer (Parque de Jogos, o Pavilhão, o Bar e o Refeitório) são lugares reservados a atos nobres e dignos, como a vitalização do corpo, o convívio, os jogos, a alimentação, o diálogo e o fortalecimento da amizade, e devem ser utilizados como espaços comuns da Comunidade Educativa, com o respeito máximo pelas finalidades que neles se cumprem, pelos seus utilizadores e pelos materiais e mobiliário que neles existe.

2. Sendo lugares de diversão e convivência espontânea, devem ser utilizados com moderação de atitudes e comportamento, nomeadamente com moderação de voz, movimentos e expressão de emoções.

3. A circulação nesses espaços deve ser prudente e ordeira, de forma a não colocar em causa a segurança e conforto de ninguém.

4. Apesar da vivacidade juvenil ser expressão de energia, devem evitar-se brincadeiras violentas, que possam ofender a integridade física e/ou psicológica dos colegas.

5. A utilização do mobiliário e demais equipamentos destes espaços deverá ser efetuada de forma correta, evitando danificá-lo, para que este não comprometa a segurança de todos quantos os utilizam.

6. No usufruto das funções que estes espaços cumprem, devem respeitar-se as precedências e a ordem no atendimento, sem assumir gesticulação, gritos ou manifestações agressivas. Os alunos devem aguardar e respeitar e aguardar a sua vez, de forma ordeira, nas filas dos diferentes serviços e cumprir as orientações dos funcionários desses mesmos espaços.

7. São irrepreensíveis o cuidado e zelo pela limpeza e higiene desses espaços. É obrigatório deixar, nos recipientes do lixo, os resíduos excedentes, como embalagens, restos, papéis de uso, e assegurar a limpeza, o arrumo e o acondicionamento do mobiliário usado.

8. Deverão ser adequados o comportamento e uso dos lugares e equipamentos, sem luta agressiva, física ou verbal, por lugares, nem disputa agressiva de posições, assentos, jogos ou vantagens de prioridade.

9. Sendo lugares de reutilização contínua por outros alunos, deve a atenção dos alunos cuidar por que não sejam abandonados, esquecidos ou deixados objetos de valor ou de uso pessoal, uma vez que o CDDS não se responsabiliza pela guarda, proteção, restituição ou compensação por falta dos bens pessoais, como telemóveis, relógios, carteiras, mochilas, equipamentos, calçado desportivo ou outros bens pessoais de alunos.

10. Deve o consumo nestes espaços ser efetuado com comedimento e responsabilidade, preservando bons hábitos de saúde.

11. Os desportos e jogos devem ser praticados nos locais para o efeito, sem utilizações impróprias que coloquem a integridade física, o bem-estar e o sossego dos outros em causa.

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TÍTULO VII BALNEÁRIOS, INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E PISCINA

Artigo 116.º − Cuidados de utilização

1. A utilização dos balneários, instalações sanitárias e piscina deve processar-se de forma ordeira, sendo os alunos responsáveis pela manutenção do seu estado de limpeza, higiene e asseio.

2. A limpeza garantida pelos serviços e funcionários do CDDS não impede que cada utente destes espaços, sempre que os encontre sujos ou desarrumados, participe ao funcionário ou professor responsável pelo lugar, a fim de que sejam tomadas as diligências necessárias.

3. A limpeza destes lugares é uma tarefa de todos os utilizadores, pelo que o abandono destes

lugares, depois da sua utilização, deverá ocorrer após cada um se certificar de que deixa o espaço em condições exemplares para ser utilizado, sem constrangimentos, por outros colegas.

4. Os objetos pessoais de valor deverão ser guardados nos cacifos individuais, não se

responsabilizando a escola pelo eventual desaparecimento ou dano dos mesmos.

5. Por serem lugares em que a privacidade deve, de forma especial, ser mantida, é expressamente proibida a utilização de aparelhos de registo de imagem ou comunicação, devendo o uso dos referidos lugares ser efetuado com reserva e ponderação.

6. A ocupação e utilização dos espaços fechados de desporto (piscina e balneários), fora do

âmbito da disciplina de Educação Física e sem o acompanhamento devido de responsável, não é permitida, por estar comprometida a segurança e aumentadas as situações de risco.

7. Os materiais de desporto e treino utilizados pelos alunos nas atividades letivas e atividades

extracurriculares, no termo dessas atividades, devem ser devolvidos aos responsáveis que deles são curadores e acondicionados nos seus respetivos lugares de guarda.

TÍTULO VIII CACIFOS

Artigo 117.º − Cuidados e regras de utilização

1. Cada aluno tem direito a utilizar um único cacifo em cada ano letivo, dentro da

disponibilidade existente na escola, mediante requerimento e prestação de caução, nos termos do número seguinte.

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2. Cada aluno interessado requer um cacifo através de impresso próprio, disponibilizado pelo funcionário do corredor, preenchido e assinado pelo encarregado de educação ou pelo próprio aluno, quando maior, e paga uma caução de um valor a ser fixado anualmente.

3. Não se verificando a existência de danos no cacifo imputáveis ao aluno que o utilizou, a

caução é devolvida pelos serviços administrativos ao encarregado de educação que o requeira, até ao dia 30 de junho ou em qualquer momento anterior, neste caso por desistência manifestada por escrito e assinada pelo encarregado de educação, ou pelo aluno quando maior.

4. Findo este prazo, a caução reverterá para o orçamento de receitas próprias da escola.

5. A atribuição dos cacifos é feita pela ordem de registo da entrada dos requerimentos.

6. Caso o número de requerimentos ultrapasse os cacifos disponíveis, será feita a seriação dos

pedidos de acordo com as seguintes prioridades: a) Alunos portadores de deficiência física; b) Alunos que comprovadamente demonstrem ser portadores de doenças que o transporte dos materiais escolares possa agravar.

7. Esgotados os cacifos disponíveis, é criada uma lista de espera dos alunos que não foram

contemplados.

8. A atribuição e utilização do cacifo são intransmissíveis e válidas por um ano letivo, não sendo renováveis automaticamente.

9. Os alunos a quem foi atribuído um cacifo têm o dever de o utilizar de forma continuada e

fechando-o com recurso a chave, bem como de o manter no mesmo estado de conservação em que foi recebido.

10. É proibido guardar nos cacifos produtos deterioráveis, nomeadamente bens alimentares,

que possam causar mau cheiro, assim como substâncias ilícitas ou outras que, pela sua natureza, sejam perigosas ou potenciadoras de perdas e danos.

11. Caso a Direção do CDDS entenda necessário, pode solicitar aos alunos a abertura do

respetivo cacifo ou, levantando-se suspeita de irregularidades graves e/ou situações que ponham em risco a comunidade escolar, ordenar a sua abertura, para posteriormente, após confirmadas as suspeitas, retirar ao aluno a chave do cacifo, sem que haja lugar a restituição do valor da caução paga.

12. O acesso e utilização dos cacifos nunca poderão pôr em causa o normal funcionamento das

aulas e/ou outras atividades a decorrer junto do local onde os cacifos se encontrem. O acesso aos mesmos deve ser realizado durante os intervalos.

13. Não é permitida qualquer alteração do cacifo, assim como colagem (no interior ou exterior)

de autocolantes ou materiais análogos.

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14. Verificada a existência de dano ou deficiência no cacifo, pela qual não sejam responsáveis, os alunos a quem este foi atribuído devem comunicá-las, de imediato, ao funcionário do corredor.

15. Até ao último dia de aulas de cada ano letivo, os alunos titulares de cada cacifo devem

esvaziar o seu conteúdo, limpá-lo, e entregar a chave ao funcionário do corredor, sob pena da escola reter as cauções pagas no início desse ano.

16. Depois de confirmado o bom uso e estado de conservação do cacifo pelo funcionário do

corredor, o aluno ou encarregado de educação poderá levantar a respetiva caução.

17. A escola não se responsabiliza pelo furto, extravio ou quaisquer outros danos provocados por terceiros em objetos dos alunos, depositados no cacifo que lhes foi atribuído.

18. Todas as situações omissas neste regulamento serão devidamente analisadas e decididas

pela direção da escola, mediante audição das partes interessadas e atentos os seus direitos e interesses legalmente protegidos.

TÍTULO IX SALA DOS PROFESSORES

Artigo 118.º

Cuidados e regras de utilização 1. A Sala dos professores cumpre estritamente as funções de lugar de trabalho dos

professores, em parceria, grupo ou individualmente, lugar de descanso nos intervalos letivos e lugar de guarda dos recursos educativos individuais dos professores.

2. É direito e dever de todos os professores zelarem e exigirem um ambiente de moderação de tom de voz, ruído e circulação que favoreça o trabalho desenvolvido naquele espaço.

3. O mobiliário existente na Sala dos Professores, mesas e assentos, são destinados exclusivamente à acomodação confortável dos docentes e á disponibilização de lugares de trabalho.

4. É de valor elevado e cívico o respeito integral pelo bom ambiente de trabalho e pelas condições em que cada professor desenvolve o seu trabalho.

5. Os cacifos reservados à guarda dos recursos e materiais didáticos e pedagógicos dos professores, estão exclusivamente reservados a essa função, não sendo admissível a sua utilização para outras funções.

6. É dever de zelo de todos os professores o respeito integral e boa conservação do mobiliário e património existente na Sala dos Professores.

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7. É dever de zelo de todos os professores a preservação da boa ordem, arrumação e limpeza da Sala dos Professores, pelo que devem providenciar em deixar os móveis limpos e arrumados e os seus pertences arrumados nos lugares adequados.

8. Por guardar, temporariamente ou pontualmente, objetos ou documentos de valor ou de importância relevante, pessoais e profissionais, é recomendável aos professores a previdência e cuidado, quer no abandono temporário ou definitivo da Sala dos Professores, quer na guarda dos mesmos de um dia para o outro.

9. A Direção do Colégio não se responsabiliza pela segurança ou guarda e restituição ou reposição de bens pessoais dos docentes perdidos neste espaço.

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PARTE IV− REGIME ESPECIAL DE PREÇOS

Artigo119.º Serviços

1. Os serviços de utilização obrigatória do CDDS incluem: a inscrição/matrícula ou renovação de matrícula, o seguro escolar, as propinas de frequência correspondentes às atividades e serviços curriculares obrigatórios do nível de ensino frequentado e o fornecimento do material reprográfico necessário à realização das provas de avaliação.

2. Os serviços de utilização facultativa compreendem: o fornecimento de refeições, o pensionato, para os alunos que optem por esta modalidade, e a frequência de atividades de complemento ou enriquecimento curriculares, bem assim como atividades circum-escolares que venham a ser estabelecidas no início de cada ano letivo e o serviço de apoio ao estudo que os pais solicitem e o Colégio lhes proporcione.

3. O serviço de pensionato inclui: alimentação, médico, lavagem e preparo de roupa, aluguer de mobiliário e frequência de salas de estudo.

Artigo 120.º − Modalidades, prazos e preçários

1. A frequência escolar obedece ao calendário que o Colégio definir, dentro dos condicionalismos previstos no EEPC e demais legislação complementar.

2. A carga horária e a Matriz Curricular que os alunos são obrigados a frequentar são as que o Colégio definir para cada ano de escolaridade e ciclo de ensino, dentro dos condicionalismos previstos no EEPC e demais legislação complementar.

3. No caso de a Direção do CDDS propor aos Encarregados de Educação, e estes aceitarem, Apoio ao Estudo para os alunos que manifestem dificuldades de aprendizagem ou se encontrem com atraso na aquisição de conhecimentos, ficam obrigados a custear este serviço, de acordo com a tabela que vier a ser fixada para esse ano letivo.

4. As atividades extracurriculares serão definidas, em cada ano letivo, de acordo com o número de alunos que se inscreverem para cada atividade.

5. O pagamento de todos os serviços, à exceção das atividades extracurriculares, será obrigatoriamente feito até ao 15.º dia, após o início de cada período letivo.

6. O pagamento pela frequência das atividades extracurriculares efetua−se no início de cada mês.

7. No ato da inscrição/matrícula ou renovação de matrícula é devida a primeira prestação.

8. No caso de haver desistência ou transferência escolar, o valor pago pela matrícula/renovação de matrícula não será restituído.

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9. O ano letivo divide−se, para efeitos de pagamento de prestação de serviços obrigatórios, pensionato e quarto, em três partes iguais, correspondendo aos três períodos letivos.

10. O aluno que realizar a inscrição/matrícula ou renovação de matrícula e venha a desistir antes ou no decorrer do ano letivo, caso não comunique até 30 (trinta) dias antes do início das aulas do primeiro período ou do período letivo seguinte ao da desistência, ficará obrigado a pagar, por inteiro, a prestação correspondente.

11. Pagará, ainda, por inteiro, a prestação de cada período todo o aluno que não compareça no dia indicado para a entrada no CDDS ou se retire antes do fim do período letivo.

12. Além das exigências de pagamento das quantias em dívida, poderá ainda o CDDS cancelar imediatamente a matrícula e a frequência do aluno, se o responsável pelo pagamento não proceder à liquidação integral do montante em dívida, dentro do prazo estipulado.

13. No caso de resolução ou revogação do contrato de lecionação, nos termos previstos neste Regulamento Interno, ficará a pertencer ao CDDS o valor ou valores que já lhe hajam sido pagos a título de frequência do respetivo período escolar.

Artigo 121.º − Condições excecionais

Na ausência, nos respetivos quadros, de Pessoal Docente e não docente, os custos que possam advir para o CDDS resultantes da necessidade de contratação de docentes ou técnicos com formação profissional adequada para apoios especializados a crianças e jovens com necessidades educativas especiais de caráter permanente e bem assim as demais despesas que a singularidade da situação ou a adequada resposta educativa possam implicar, designadamente os encargos financeiros com tecnologias de apoio, serão integralmente suportadas pelos pais ou encarregados de educação.

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PARTE V − DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 122.º − Divulgação do Regulamento Interno

O Regulamento Interno será objeto de divulgação dos seguintes modos:

a) Nos termos do estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, deverá ser enviado aos serviços territorialmente competentes do Ministério que tutela a área da educação.

b) Estará disponível para consulta, em suporte papel/brochura, na Secretaria do CDDS, e será dado a conhecer aos alunos e Encarregados de Educação no ato de matrícula, ou de renovação de matrícula, ou sempre que ocorrer alguma alteração.

c) Será divulgado a toda a Comunidade Educativa pelo Diretor Pedagógico na Reunião Geral de professores e alunos.

d) Na primeira semana de aulas de cada ano letivo, o Diretor de Turma deverá ler e analisar com os alunos os normativos que lhes digam diretamente respeito.

e) Disponibilidade no sítio da Internet.

Artigo 123.º − Omissões, revisão e entrada em vigor

1. Qualquer omissão verificada neste Regulamento Interno será suprida pela Lei Geral e qual- quer dúvida esclarecida pela Direção, no âmbito dos poderes que, para o efeito, a Lei lhe conceda.

2. O Regulamento Interno será aprovado pelo Conselho Pedagógico.

3. O Regulamento Interno poderá ser revisto por deliberação do Conselho Pedagógico, no final de cada ano letivo, nos aspetos singulares que o tornem mais conforme ou adequado à Lei, ao Projeto Educativo ou ao Projeto Curricular.

4. Este Regulamento entrará em vigor após a sua aprovação pelo Conselho Pedagógico e será enviado posteriormente ao Ministério da Educação.

Aprovado, após pronúncia unânime do Conselho Pedagógico.

O Diretor Pedagógico