coleta seletiva e reciclagem do lixo

29
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA NÚCLEO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DO LIXO Para um desenvolvimento sustentável em Porto Velho - RO ISNAR JOANA ROCHA DOS SANTOS Porto Velho – RO Dezembro de 2008

Upload: truongnga

Post on 07-Jan-2017

240 views

Category:

Documents


13 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DO LIXO

Para um desenvolvimento sustentável em Porto Velho - RO

ISNAR JOANA ROCHA DOS SANTOS

Porto Velho – RO

Dezembro de 2008

ISNAR JOANA ROCHA DOS SANTOS

COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DO LIXO

Para um desenvolvimento sustentável em Porto Velho - RO

Porto Velho – RO

Dezembro de 2008

Monografia apresentada ao departamentode Ciências Econômicas, como requisitofinal à obtenção do título de bacharel emciências econômicas da FundaçãoUniversidade Federal de Rondônia, sob aorientação do professor Edílson LoboNascimento.

COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DO LIXO

Para um desenvolvimento sustentável em Porto Velho - RO

Esta monografia foi julgada suficiente como um dos requisitos para obtenção

do título de bacharel em ciências econômicas e em sua forma final pela banca

examinadora do Curso de Ciências Econômicas da Fundação universidade Federal

de Rondônia – UNIR.

Banca Examinadora

_______________________________ ___________

Orientador Nota

_______________________________ ___________

Avaliador Nota

_______________________________ ___________

Avaliador Nota

________

Média

AGRADECIMENTO

À ASPROVEL, em especial ao presidente da associação o senhor Geraldo

Gonzaga, pela acolhida, confiança e contribuição para que este trabalho fosse

realizado.

À coordenação da ITES, em especial à professora Doutora Mariluce Paes

pelo apoio, pela paciência e amizade.

Aos mestres pela dedicação, compreensão e competência com que

transmitiram conhecimentos e orientações para que se pudesse galgar objetivo

maior.

Aos colegas de curso, pela solidariedade e sobretudo pelo incentivo.

Ao professor Edílson Lobo, pela orientação e desenvolvimento na construção

deste trabalho.

Aos meus familiares por sempre acreditarem na possibilidade dessa

conquista.

DEDICATÓRIA

À DEUS e à minha querida mãe Maria

do Carmo que contribui na razão de

me fazer uma aguerrida lutadora.

LISTA DE TABELAS

Tabela. 1 Faixa etária dos catadores e beneficiados pela ASPROVE................ 04

Tabela. 2 Percentual por sexo dos catadores associados na ASPROVEL.......... 05

Tabela 3. Exemplo de materiais separados dos resíduos sólidos “in natura”..... 14

Tabela 4. Preços de venda de materiais sólidos................................................. 15

Tabela 5. Amostra de três etapas de vendas no mês de maior fluxo – Junho, período

de festas juninas.................................................................................................. 15

LISTA DE FIGURAS

Figura. 1 – Prensagem do material sólido coletado........................................ 05

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ASPROVEL - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Porto Velho.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

SEMDES – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócio-econômico.

ITES – Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários de Rondônia.

MNCR - Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.

PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A.

UNIR – Fundação Universidade Federal de Rondônia.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................... 01

CAPITULO 1 - HISTÓRICO DA ASSOCIAÇÃO OBSERVADA.................................03

1.1 Perfil Geográfico da ASPROVEL..................................................................... 03

1.2 Perfil sócio - econômico............................................................................... 04

1.2.1 N.°de pessoas atendidas..................................................................... 04

1.2.2 Perfil dos catadores e agentes ambientais...................................... 04

CAPÍTULO 2 - EVOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA E O RECONHECIMENTO DA

IMPORTÂNCIA DARECICLAGEM............................................................................. 06

CAPÍTULO 3 - PROCESSO DE COLETA E SUAS CONDIÇÕES EM PORTO

VELHO...................................................................................................................... 09

CAPÍTULO 4 - A RENDA E EMPREGO GERADO PELA COLETA SELETIVA....... 11

CAPÍTULO 5 - VANTAGENS DA COLETA SELETIVA À RECICLAGEM PARA O

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.................................................................... 13

5.1 Classificação dos produtos domésticos recicláveis......................................... 14

5.2 Exemplo de materiais recicláveis com preço comercial.............................. 15

CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 17

REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 18

RECOMENDAÇÕES DE PESQUISAS POR TEMA..................................................19

RESUMO

O presente trabalho foi preparado para a conclusão do curso em CiênciasEconômicas. Tendo como objetivo demonstrar o quanto é importante o papel dacoleta seletiva e reciclagem do lixo, demonstrando que o bom funcionando dessefenômeno de coleta pode trazer contribuições importantes à integração econômica,ambiental e social aos catadores e à sociedade em geral. Explicando que porintermédio de políticas públicas direcionadas e educativas pode ser utilizadoestrategicamente como mais um instrumento para um desenvolvimento sustentávelem Porto Velho - Rondônia.

Palavras chaves: coleta seletiva, reciclagem, desenvolvimento sustentável.

ABSTRAT

This work was prepared for the completion of the course in Economic Sciences. Withthe aim of demonstrating the importance the role of selective collection and recyclingof garbage, showing that the smooth running of this phenomenon can bring to collectcontributions to important economic integration, environmental and social tocollectors and society in general. Explaining that through education and publicpolicies directed can be used strategically as a tool for sustainable development inPorto Velho – Rondônia.

Key words: selective collection, recycling, sustainable development.

INTRODUÇÃO

Porto Velho em breve estará vivendo um momento histórico muito

significativo. Trata-se das realizações a serem feitas nesta cidade, como os

empreendimentos das barragens do Rio Madeira, onde serão construídas as Usinas

de Santo Antônio e Jirau. Somem-se a isto os investimentos em infra-estrutura como

a implantação do sistema de esgotos cobrindo 100% da cidade bem como as

atividades de comércio e serviços instalados no Shopping Rio Madeira. Tudo isto,

além do desenvolvimento industrial que proporcionará à esta cidade certamente

trará consigo outras preocupações de ordem social. Uma delas podemos salientar,

diz respeito à produção de lixo que tem trazido ao mundo moderno graves

transtornos aos grandes centros urbanos.

Neste contexto, torna-se necessário medidas saneadoras por parte dos

poderes públicos, no sentido de que soluções sejam encontradas para a superação

deste problema no município.

Atualmente existe um conjunto de pessoas que se organizam em

associações com intuito de estabelecer a coleta seletiva e reciclagem do lixo em

Porto Velho. Uma dessas entidades será objeto deste estudo, a ASPROVEL –

Associação dos Catadores de Rua de Porto Velho que assume este trabalho sem os

recursos necessários para realizá-lo dentro de condições e meios satisfatórios.

Sendo, neste caso, necessário o emprego de políticas públicas específicas para

melhor tratamento e destino do lixo urbano.

O trabalho de conscientização da sociedade no processo de coleta

seletiva até a reciclagem do lixo, muito contribuirá para a melhor qualidade de vida

da população. Sem negar que tal trabalho gera benefícios de várias formas,

proporcionando emprego e renda, melhorias ao meio ambiente e uma vida mais

salutar.

Neste trabalho, procura-se analisar o papel das entidades de catadores e

recicladores do lixo na cidade de Porto Velho - RO, e especificamente a ASPROVEL

objeto deste estudo. Também foi levada em conta a contribuição deste setor para a

melhoria do meio ambiente, bem como a importância desta atividade para o

emprego, geração de renda e a melhoria das condições de vida das pessoas.

É importante destacar que o processo de reciclagem após a coleta

seletiva, também conduz a uma integração social entre os cidadãos, onde, a coleta

seletiva traz benefícios iminentes não só para a cidade como também para os

próprios catadores de Porto Velho que vem assumindo um importante papel de

agentes ambientais e sociais assegurando de maneira informal, o emprego e renda

para sua sobrevivência. Sem negar que tal trabalho gera oportunidades de várias

formas e que se tem um retorno econômico tanto aos catadores, que antes não

tinham nenhuma alternativa de sobrevivência como para a própria sociedade em

geral.

A metodologia adotada na pesquisa foi realizada por meio de visitas,

entrevistas e acompanhamentos das reuniões dos catadores para entender melhor o

processo das atividades dos catadores de rua de Porto Velho, incluindo materiais de

suporte como a aplicação de questionários, com entrevistas específicas sobre coleta

seletiva do lixo, e a importância da reciclagem dentro do conceito de

desenvolvimento sustentável, tendo como apoio os relatórios da ITES / UNIR –

Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários de Rondônia que dá

suporte e faz um completo estudo sobre empreendimentos solidários implantados ou

em desenvolvimento em Porto Velho.

Também contamos com o apoio da comissão e coordenação operacional

técnica da ASPROVEL, que acompanha o grupo há um ano e quatro meses através

de uma parceria no que diz respeito à capacitação dos catadores para a gestão do

empreendimento.

As atividades observadas nesse processo, passam por desde a iniciativa

dos catadores, execução do projeto inicial pela Prefeitura Municipal de Porto Velho e

patrocínio da PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A. com o Projeto Catador Como

Agente Ambiental que tem dado suporte financeiro aos catadores à realização de

suas atividades.

CAPITULO 1 - HISTÓRICO DA ASSOCIAÇÃO OBSERVADA

2

A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Rua de Porto

Velho – ASPROVEL foi fundada em 5 de Dezembro de 2005, tendo início com 21

catadores associados, entre 18 e 54 anos, que desde maio do mesmo ano se

reuniam, com o apoio da Prefeitura Municipal de Porto Velho e outras instituições,

em busca de alternativas para melhoria das condições de vida e trabalho dessas

pessoas.

A ASPROVEL juntamente ao MNCR que defende o princípio do trabalho

democrático, busca apoiar e defender os interesses dos catadores de materiais

recicláveis, favorecendo a união e organização dos mesmos; lutar para que os

catadores sejam respeitados e reconhecidos por suas atividades, evitando a

exploração pelos atravessadores, sendo defensores do meio ambiente, erradicação

de crianças e adolescentes nos lixões com pretensões de por fim nos lixões

municipais, pois o lixo é um grande degradador do meio ambiente.

Cabe ressaltar que a ASPROVEL utiliza uma sede provisória localizada na

região leste da cidade de Porto Velho, onde os catadores realizam reuniões

semanais para elaborarem o planejamento de ações coletivas visando o

fortalecimento da organização e do grupo.

O trabalho dos catadores ainda é realizado de forma individual visto que a

ASPROVEL não dispõe de infra-estrutura e equipamentos adequados para agregar

valor à atividade e aos materiais recicláveis coletados pelos catadores. A maior parte

dos associados utiliza instrumentos inadequados para a realização da coleta, tais

como: sacos, bicicletas, carrinhos de pedreiro e outros que não oferecem segurança

no seu trabalho.

Atualmente a ASPROVEL conta com o número de 63 catadores

cadastrados. Este número vem crescendo com o reconhecimento da Associação,

feita pelos voluntários. A participação da ASPROVEL também ganha destaque na

cidade em eventos, como: nas exposições agropecuárias e em palestras nas

escolas, informando a sua importância na coleta dos materiais recicláveis.

1.1 Perfil Geográfico da ASPROVEL

As atividades são desenvolvidas na Sede da Associação de Catadores de

Materiais Recicláveis, no Bairro Tiradentes, na cidade de Porto Velho, Capital do

estado de Rondônia. As coletas dos materiais recicláveis já estão sendo

3

desenvolvidas em alguns bairros: Cohab, Jardim Eldorado, Caladinho, Mocambo,

Lagoinha, São Sebastião, Nacional, JK, Tancredo Neves, Tiradentes, Socialista e

Agenor de Carvalho.

1.2 Perfil sócio-econômico

1.2.1 N.°de pessoas atendidas

Estão cadastrados na ASPROVEL 63 catadores, que são beneficiários

diretos e por sua vez estão beneficiando indiretamente seus familiares, haja vista

que em sua maioria a catação é a única fonte de renda.

Tabela. 1 Faixa etária dos catadores e beneficiados pela ASPROVEL.

Quantidade Aproximada (%) de 63 Catadores Cadastrados

Crianças

Até 12 anos

Incompleto

Adolescentes

12 a 18 anos

Jovens AdultosIdosos

60 anos

ou mais

Diretos Indiretos Diretos Indiretos Diretos Indiretos Diretos Indiretos Diretos Indiretos

0 4% 0 2% 0 2% 53% - 39% -

Fonte: Relatório ITES – 2006/07.

1.2.2 Perfil dos catadores e agentes ambientais

São 63 catadores associados à Associação de Catadores de Materiais

Recicláveis de Porto Velho, que desenvolvem a atividade de catação nas ruas e

bairros da cidade.

A maioria dessas pessoas desenvolve esta atividade por necessidades

financeiras e por não terem qualificação profissional para o mercado de trabalho e

baixo grau de escolaridade. No entanto, há alguns beneficiados por programas

governamentais como Fome Zero e Bolsa Família, que se utilizam da catação como

complemento na renda familiar.

Tabela. 2 Percentual por sexo dos catadores associados na ASPROVEL.

4

PopulaçãoN.° de atendidos

Diretamente em %Catadores de Materiais Recicláveis 63%

Mulheres 46%Homens 54%

63 pessoasFonte: ITES – 2006/07.

Figura. 1 – Prensagem do material sólido coletado.

Fonte: ITES / 2006.

CAPITULO 2 - EVOLUÇÃO DA PROBLEMÁTICA E O RECONHECIMENTO DA

IMPORTÂNCIA DA COLETA SELETIVA E DA RECICLAGEM.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

(2004) o Brasil possui 5.566 municípios brasileiros, onde 65% dos mesmos possuem

5

lixões a céu aberto, e 327 cidades têm sistema de coleta seletiva. A maior

concentração é na região Sul e Sudeste. Na região Norte somente o estado do Pará

tem programa de coleta seletiva. Iniciativa que cabe as prefeituras municipais quanto

a implantação destes programas nos seus respectivos municípios, tendo em vista,

inclusive, que algumas já remuneram os seus catadores, como é o caso da

prefeitura da cidade de Diadema - São Paulo. 1

Atualmente Porto Velho possui uma população de aproximadamente

369.345 habitantes, IBGE (2007), registrando nas últimas décadas crescentes taxas

demográficas. Naturalmente esta taxa de crescimento populacional traz consigo à

necessidade de implantação da infra-estrutura básica em uma sociedade que

também evolui os níveis de consumo e pressão ambiental, evidenciando fielmente

as distorções sócio-econômicas produzidas pelo desenvolvimento, (DIAS - 1999).

Nos anos de 2000/2001, 90% dos distritos da cidade de PortoVelho não possuem rede coletora de esgoto. Apenas 7 mildomicílios têm banheiro ligado à rede geral de esgoto e 29 milresidências recebem abastecimento através da rede geral deágua. Das 110 mil residências pesquisadas, apenas 68 mil,pouco mais da metade, recebem coleta de lixo, e não há umprograma destinado à coleta seletiva de resíduos. 2

Com relação ao lixo urbano produzidos hoje na cidade de Porto Velho este

tem como destino o lixão municipal na Vila Princesa, não recebendo nem um

processo de coleta seletiva ou preocupação por parte da Prefeitura ou por parte da

sociedade no que diz respeito a separação dos materiais sólidos dos orgânicos. E

no tocante a esta situação, é importante destacar quando mais os materiais sólidos

se misturam com o chamado lixo molhado, além de poluir o meio ambiente subtrai a

qualidade de vida do ser humano e do Planeta.

Além do que foi exposto e dado ao fato do capitalismo em massa ora

determinado pelo desenvolvimento. É inevitável a produção e acumulo de lixo

passando a ser um problema em larga escala. Segundo pesquisas realizadas pela

Prefeitura Municipal de Porto Velho (2005), dão conta que são destinados cerca de

180 toneladas de resíduos por dia para o lixão municipal, sendo que 25% deste total

são compostos de materiais recicláveis e 70% matéria orgânica e 5% rejeitos.3

1Fonte: SEMDES – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócio-econômico de acordo com relatórios daITES / UNIR - 2006 e 2007.2 Fonte: CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Engenharia.3Fonte: Pesquisas levantadas e discutidas em vários seminários sobre empreendimentos solidários apresentadospela SEMDES, ITES e UNIR com parceria da CETENE – 2006 e 2007.

6

Como vemos, hoje presenciamos a preocupação em relação ao lixo

produzido e também o reconhecimento da reciclagem como um fenômeno, típico

dos países em desenvolvimento, mas também dos desenvolvidos, variando de

cidade para cidade mas apresentando as mesmas intensidades, contrastes,

complexidades e características tais como:

As péssimas condições de trabalho;

A falta de apoio do poder público;

E desprezo da população.

O lixo, embora não estabelecendo uma relação positiva ao processo de

desenvolvimento, merece cuidados emergenciais. Portanto, esse trabalho de coleta

seletiva e o da reciclagem é um forte contribuinte ao meio ambiente e para a

economia local no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável, que pressupõe

a idéia da capacidade de suprir as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. 4

É dentro desse contexto que devemos também destacar o importante

papel da indústria na promoção do desenvolvimento sustentável, não apenas por

servir como mola ao crescimento econômico, como por proporcionar os recursos

gerenciais, técnicos e econômicos que tornam possível a solução dos problemas

ambientais.

A nova consciência ambiental surgida no bojo das transformações

culturais iniciada nas décadas de 1960 e 1970 e garantiu para os dias atuais a

proteção do meio ambiente como um dos princípios mais fundamentais ao homem

moderno. As empresas atualmente estão desenvolvendo uma nova cultura em que a

preocupação com o tratamento do lixo urbano, passa a ser vista com mais atenção

conforme discutido por ambientalistas e economistas em diversos fóruns e

seminários, destacado no trecho abaixo:

Aos poucos as empresas se dão conta de que cuidar do meioambiente pressupõe outro modo de fazer negócio. Não é maisPossível lucrar sem um mundo sustentável. Quem não adotarestratégias inovadoras de produção e venda entraráinevitavelmente em rota da colisão com a sociedade e com opróprio mercado. 5

4Fonte:http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/index.cfm5Fonte: trecho de entrevistas e questionamentos sobre sustentabilidade escritas na revista Brasil Sustentável, n 19– 2008 – Rio de Janeiro.

7

Nesse quadro apresentado também podemos indicar que firma-se uma

nova macroeconomia com novos conceitos quanto a preocupação pela excelência

ambiental, que avalia a indústria não só por seu desempenho produtivo e

econômico, mas pela sua performance em relação ao meio ambiente já considerado

como parte do PIB que vem sendo discutidos em rodadas sobre o desenvolvimento

sustentável.

O Produto Interno Bruto (PIB) representa o valor total de bense serviços produzidos em um país num determinado período,em geral em um ano. Trata-se de um dos indicadores maisutilizados para mensurar a atividade econômica. A soma noentanto, desconsidera o Capital natural, ou seja, toda a basede recursos ambientais, como florestas, matas, rios e lagos,além do Capital Social de um país. 6

No caso da cidade de Porto Velho dentro do contexto do desenvolvimento

sustentável, não se verifica a devida preocupação em relação ao tratamento dos

resíduos sólidos e quanto ao seu impacto sobre o meio ambiente poderia ser menor,

se houvesse programas de coleta seletiva de lixo até como inclusão social, visando

resgatar a auto-estima dos catadores, pois a sociedade desconhece o trabalho dos

catadores.

Em sintonia com o desenvolvimento sustentável por meio da implantação

de políticas públicas e leis específicas que tratam das questões ambientais

brasileiras, destacamos o reconhecimento recentemente pelo Presidente da

República do Brasil o qual assinou o decreto n°. 5.940, de 25 de Outubro de 2006,

onde, estabelece a separação dos resíduos recicláveis. Tendo este como marco

legal que veio reforçar o trabalho das associações e cooperativas colocando em

relevo a necessidade de um compromisso e valorização do trabalho dos catadores,

já que são responsáveis pelo ciclo do lixo, pois, a importância e os benefícios,

alcançam igualmente a todos, nos aspectos social, econômico e ambiental.

CAPITULO 3 - PROCESSO DE COLETA E SUAS CONDIÇÕES EM PORTO

VELHO.

O lixo pode gerar trabalho e renda. E, a promoção desse material pela

coleta seletiva atende a reciclagem por meio de inovações tecnológicas implantadas

nas indústrias, que serviriam para transformação em insumos básicos, agregando

6Fonte: Revista Brasil Sustentável, n 17 – 2008 – Rio de Janeiro. Discute temas relacionados sobredesenvolvimento sustentável.

8

valores econômicos aos produtos finais e assim, alavancar a produtividade

Industrial, pois, “reciclar significa remanufaturar o material coletado, transformando

em um novo recipiente”, 7 gerando conseqüentemente uma nova economia.

Hoje os materiais retirados do lixo urbano de Porto Velho são geralmente

feitos de maneira incorreta pelos catadores da ASPROVEL porque não possuem

equipamentos para a realização adequada da coleta. Além do mais, suas

locomoções são feitas a pé ou de bicicletas adaptadas e dessa forma é

humanamente impossível atingir todas as residências de Porto Velho.

É importante ressaltar que a coleta dos materiais recicláveis é feita

diretamente das lixeiras dos moradores da cidade, e nesta fase têm-se valores

distintos ao material, podendo ainda considerá-los como lixo seco, pois ainda não

foram para o lixão.

Segundo dados de pesquisas levantadas pela ITES / UNIR com parceria

da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócio-econômico - SEMDES estima-se

que hoje exista mais de 400 catadores não vinculados em associações em Porto

Velho e neste sentido, há de se considerar que o trabalho realizado por estes

homens que puxam suas bicicletas adaptadas em baixo de sol e chuva antes

deveriam ser tratados como cidadãos e devido respeito. No entanto, o que vemos

nas ruas são descasos por parte da sociedade, falta de lixeiras domésticas e a falta

de lixeiras coletivas, ou muitas das vezes não existem. Com isso, no período das

chuvas vem o caos com os poucos bueiros que ficam entupidos com o lixo,

causando grandes transtornos à sociedade.

A promoção da reciclagem em Porto Velho veio recentemente por meio da

PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A., através do Projeto Catador que custou um

pouco mais de R$ 200.000,00, (duzentos mil Reais), e a iniciativa deste projeto

beneficiou em parte os catadores de rua de Porto Velho pela instituição da

ASPROVEL pioneira na cidade no trabalho de coleta, e com o recurso adquirido

puderam comprar parte de alguns equipamentos para a realização do trabalho. A

outra parte beneficiada foi a própria população que ganhou o catador como agente-

ambiental. Mas, como dito antes os benefícios são pífios perto da grandeza do

problema do lixo urbano. E, mesmo embora, tendo o apoio “Estatal” e privado,

apontamos também que existe pouco incentivo por parte da Prefeitura, onde, até o

7 Fonte: Revista Ação Ambiental – Ano III, abril/maio/2001.

9

momento disponibilizou apenas o galpão situado no Bairro Tancredo Neves e que se

quer, pode ser considerado oficialmente da ASPROVEL.

Além do exposto, observamos que existem hoje em Porto Velho

oficialmente três associações que realizam este trabalho de coleta seletiva, sendo:

ASPROVEL8 (pioneira na cidade, instalada no Bairro Tancredo Neves), a qual foi

adotada nesse estudo como objeto de pesquisa; ASCAVIP (Catadores da Vila

Princesa), e UNIDOS PELA VIDA (Bairro Mariana), sendo esta última recém criada e

para tanto não se tem muito dados sobre a mesma.

O assunto em questão por parte da administração pública deveria ser

utilizado estrategicamente como mais um instrumento de educação ambiental em

relação ao lixo que está sendo jogado em aterros e lixões. Com isto, se agregaria

valores no sentido de inclusão econômica, social e ambiental como parte do

desenvolvimento sustentável. No entanto, ainda está longe de ser uma realidade de

primeira ordem nas diretrizes governamentais.

CAPITULO 4. A RENDA E EMPREGO GERADO PELA COLETA SELETIVA.

A coleta seletiva até a reciclagem, antes, precisou chegar até à era da

sensibilidade e consciência ambiental para se enxergar a nobre tarefa da reciclagem

e a importância da sua utilidade econômica.8 Associação observada no período de pesquisa de um ano e quatro meses com apoio da ITES / UNIR eSEMDES.

10

Nesse processo de coleta seletiva, existem hoje em Porto Velho os

catadores, onde, observou-se que todo o esforço empreendido pelos mesmos

tornou-se um meio de sobrevivência juntamente com seus familiares, ou seja,

consideramos que a coleta seletiva do lixo tem dado uma nova perspectiva de vida e

criado possibilidades aos catadores por meio da inclusão sócio-econômica e

ambiental.

Segundo o Senhor Geraldo Gonzaga, presidente da ASPROVEL,

idealizador do Projetor Catador e membro do Movimento Nacional dos Catadores de

Materiais Recicláveis – MNCR, em uma de suas entrevistas realizadas na sede da

associação, disse: “Nosso trabalho como catadores, deixou de ser uma vergonha

desde que enxergamos nossa importância e nosso papel como agentes ambientais

e sociais para o resgate de nossa cidadania”.

Além das dificuldades enfrentadas no dia-a-dia de coleta seletiva nas ruas

de Porto Velho, considerou-se que muitos deles não realizam esse trabalho por que

querem. Antes, faltam-lhes oportunidades para inserção desses excluídos na

sociedade da economia mista, pois os mesmos, não possuem qualificações

técnicas, têm a baixa escolaridade e idades avançadas, deixando assim de disputar

de maneira justa uma vaga no Mercado de trabalho.

Os catadores que sobrevivem da coleta de materiais retirados dos lixos

domésticos de Porto velho, dessa atividade somam aproximadamente 400 pessoas

como mencionado anteriormente. Um fato observado é que quando os catadores se

associam o seu rendimento é bem mais significativo. Hoje com a venda dos

materiais coletados, o associado consegue obter uma renda mensal entre R$150

(cento e cinqüenta reais) à R$300 (trezentos reais). Porém, para se chegar à uma

determinada produção se faz necessários horas ou dias, levando em consideração o

ritmo e determinação de cada um no momento da coleta, sendo muitas das vezes

determinado pela própria variação do tempo.

Em relação aos custos, podem-se dizer que grande parte do dinheiro

arrecadado é destinado a remuneração das famílias de acordo com sua produção e

uma outra parte destinada com divulgações e promoções da ASPROVEL em

eventos que ocorrem na cidade como, por exemplo, a Feira de Exposições de Porto

Velho – EXPOVEL. 9

9 Fonte: relatórios de pesquisas ITES/ UNIR de 2006 e 2007.

11

A ASPROVEL é fruto da iniciativa de empreendimentos solidários

acompanhados pela ITES - UNIR, com parceria da Petrobrás junto com a Prefeitura

Municipal de Porto Velho, e realiza a sua comercialização para pequenos

empresários da Região. No entanto, hoje já existem empresas de grande porte de

outros Estados, interessados em comprar o material aqui coletado. Porém, é preciso

mais incentivos por parte das autoridades constituídas de tal sorte a consolidar este

setor de serviços e promover as pessoas nele inseridas de forma digna e mais

humana.

O fortalecimento da promoção de inclusão do catador como agente

ambiental na cidade, pode trazer transformações significativas para o

desenvolvimento sustentável de toda uma cadeia passando pelos catadores,

moradores comuns, comerciantes, até a indústria visando à melhoria do meio

ambiente, fazendo dessa atividade de coleta e reciclagem um aliado forte das

questões sociais e da economia e a melhoria das condições da qualidade de vida de

todos os moradores da cidade.

CAPITULO 5 - VANTAGENS DA COLETA SELETIVA À RECICLAGEM PARA O

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

12

Com o advento da revolução industrial e a produção em larga escala de

bens de consumo tem-se a necessidade de meios que substitua ou racionalizem o

uso da matéria prima necessária para a produção de novos bens. Uma das

possibilidades encontrada foi a reutilização de materiais por intermédio da

reciclagem. É com esta preocupação que a AGENDA 21, define que modelos de

geração, adaptação, adoção de novas tecnologias, toda área de biotecnologia e de

transformação produtiva, algo imperativo a ser levado em consideração,

principalmente pelos países da América Latina. 10

Em relação aos materiais coletados do lixo urbano, descobrimos que no

setor industrial há enorme potencial para a expansão da reciclagem podendo gerar

emprego e renda na medida em que se empregam pessoas no reaproveitamento de

matérias primas como: PET, PAPEL, PLÁSTICO, FILME, PLÁSTICO DURO, PEAD,

ALUMÍNIO, LATINHAS, PAPELÃO, FERRO E COBRE e etc.

É importante ressaltar que para um trabalho digno dos catadores de

materiais recicláveis, antes, deve existe condições adequadas como a distribuição

de coletores em toda a cidade, pois a situação que se encontram hoje ainda está

longe de apresentarem efetivos resultados, e não passa de mera coleta seletiva de

materiais sólidos em algumas residências do bairro Tancredo Neves, onde, está

instalada a ASPROVEL.

5.1 Classificação dos produtos domésticos recicláveis:

Para que tenhamos uma idéia mais clara dos materiais mais utilizados na

reciclagem, é importante que façamos uma classificação dos mesmos segundo

relação a seguir:

a. Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc),

garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro. Este tipo de produto

não deve ser considerado como lixo, pois é considerado matéria-prima

pura. E ainda que não seja degradável, apresenta uma característica

única se comparado a outros materiais utilizados na fabricação de

embalagens: é 100% reciclável.

b. Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens

de papel. E uma das grandes vantagens da reciclagem do papel é a

10 Fonte: Revista Ecologia e Desenvolvimento, ANO 14, Nº 112, Maio de 2005 – Rio de Janeiro.

13

economia de energia elétrica no processo de fabricação. A celulose

precisa ser cozida, branqueada e refinada, e todos esses processos

envolvem consumo de energia elétrica.

c. Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de

pasta, cobre, alumínio. Para este tipo de material devemos colocá-lo em

distintas classificações sendo: 1 - sucata metálica - que além da economia

de divisas, a reciclagem de sucatas metálicas promove a conservação dos

recursos minerais e uma considerável redução no consumo de energia

renovável como é o caso do petróleo, e 2 - o alumínio é um material não

ferroso de grande valor no mercado de sucatas e sua reutilização significa

uma grande redução no uso de bauxita além de ser um material que

apresenta excelentes condições no processo de refusão, obtendo-se uma

grande economia de energia, em relação a um processo original.

d. Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos,

embalagens e sacolas de supermercado. Também apresentam

classificações distintas sendo PVC, polietileno e etc. Considerando que o

plástico é um dos materiais mais poluentes, pois é de difícil degradação.

Ainda assim, se ele não existisse aumentaria de três a quatro vezes em

volume o lixo sólido do planeta.

A aplicação da tabela a seguinte exemplifica a transformação dos

materiais sólidos em novas matérias primas, garantindo possibilidades de minimizar

custos diante a linha de produção das indústrias a partir da reciclagem.

Tabela 3. Exemplo de materiais separados dos resíduos sólidos “in

natura”

Materiais Composição Utilização

Leves

PapelPapelãoPlásticosTrapos

Fabricação de polpaReutilização do Plástico

Fabricação de panosindustriais e estopas

MateriaisFerrosos

Latas de chapasestanhadas

Sucatas de ferro

Recuperação de estanhoSucatas para fundição

Vidros Vidro triturado ou não Fabricação de vidroFabricação de lã

Fabricação de materiais de

14

construção e outros

Orgânicos Matéria Orgânica

Fabricação de compostoFabricação de ração animalTransformação química e

bioquímica em combustíveislíquidos e gasosos

Materiaisnão-ferrosos

Sucata de alumínio,cobreetc.

Indústria Metalúrgica

MistosMateriais combustíveis e

inerte variados

Combustíveis de baixo podercalorífico e transformaçãoquímica em combustíveis

líquidos e gasosos Fonte: Intercâmbio/ Rio de Janeiro - 1988.

5.2 Exemplo de materiais recicláveis com preço comercial.

Tabela 4. Preços de venda de materiais sólidos.

PET

PEAD

misto

CAIXARIA

bacia e

balde

FILME

sacolas

P.P.

água

CAIXA

engradado

PAPEL

ofício PAPELÃO FERRO PVC0,80 0,60 0,45 0,65 1,00 1,00 0,10 0,07 0,20 0,20

Fonte: ASPROVEL – Junho de 2008.

A tabela acima demonstra os preços praticados pelos catadores de rua

em Porto Velho – RO, determinando se organizados em associações ou

cooperativas podem estabelecer preços sem perdas na receita gerada.

Tabela 5. Amostra de três etapas de vendas no mês de maior fluxo –

Junho, período de festas juninas.

Em KG

1ª venda (PET) 2.900

2ª venda (PET) 2.074

3ª venda (PET) 1.206

TOTAL 6.180

Fonte: ASPROVEL – Junho de 2008.

O resultado apresentado na tabela acima demonstra como os esforços de

uma equipe quando diante de uma oportunidade de negócio pode gerar uma renda

expressiva, diferente de quando não organizados.

15

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatou-se neste trabalho que a necessidade de uma maior valorização

da coleta seletiva e o da reciclagem do lixo representado pelo catador, pode

aumentar a assimilação pela população deste trabalho, pois o reconhecimento e a

16

importância do serviço tende a participação da sociedade dividindo, assim,

responsabilidades e a conscientização de não jogar os materiais nas lixeiras de

forma inadequada, recolhendo-os bem antes de irem para o lixão, facilitando desta

forma a sua classificação.

Entre outros aspectos, observou-se que os catadores no papel de agentes

ambientais tem sido de grande importância para a limpeza urbana promovendo um

novo destino aos materiais recicláveis, sendo uma atividade econômica que integra

e proporciona geração de renda, beneficiando o meio ambiente e toda sociedade,

resultando uma economia significativa de recursos naturais e energia.

Porém, para que este serviço funcione corretamente e se torne uma

realidade, se faz necessário o despertar da responsabilidade do poder público,

quanto às questões levantadas nesse trabalho tais como: adequar os coletores de

rua, lançar campanhas educativas para sociedade, ressaltando que a preocupação

com o meio ambiente também não pode representar um empecilho para as

indústrias. Salientando que a maior parceira desse processo em uma sociedade em

construção, é a educação, como um grande divisor dessa responsabilidade que está

tanto nas mãos da sociedade quanto nos lares domésticos como nas indústrias.

Por fim, concluímos que os problemas ambientais causados pela má

coleta do lixo, devem estar entre as prioridades do poder público municipal, razão

pela qual deve haver o emprego de políticas públicas voltadas a melhoria da coleta

seletiva do lixo em Porto Velho, por meio de campanhas de conscientização das

pessoas sobre a importância de manter a cidade limpa, com a devida instalação de

coletores e mais adequados em pontos estratégicos da cidade onde o volume de lixo

é maior, incentivando empresas, associações e cooperativas de catadores em prol

da coleta seletiva e reciclagem do lixo, no sentido de que estas instituições possam

realizar essas atividades, de tal sorte que suas ações contribuam para a construção

de um ambiente mais saudável e mais humano.

REFERÊNCIAS:

ARRARES, Ronaldo; Distribuição de Renda e Políticas de Desenvolvimento

Sustentável Regional no Brasil; Fundação Konrad Adenaver – Ceará – 2006.

17

DECRETO LEI n.º 5940, de 25 de outubro de 2006.

DIAS, Gernebaldo Freire; Elementos para a Educação Ambiental; UESC – Bahia –

1999.

FIORAVANTE, Eduardo; Conceito de Modo de Produção; Rio de Janeiro – 1978.

FLORES, Jorge O. de Mello; Reflexões Sobre Desenvolvimento Sustentável; Rap , V

29, n° 2, Rio de Janeiro – 1995.

GOLVÊA, Ernane; Brasil: Economia Aberta ou Fechada?; APEC – Rio de Janeiro –

1978.

IBGE – Site oficial www.ibge.gov.br/ - acessado no meses de Novembro e

Dezembro de 2007.

LEFTWICH, Richard H; O Sistema de Preços e Alocação de Recursos; São Paulo –

1981.

REINFELD, Nyles V; Sistemas de Reciclagem Comunitária do Projeto a

Administração – 2004.

SANTANA, Cleuciliz Magalhães; Como Funciona a Economia; Manaus – 1998.

RECOMENDAÇÕES DE PESQUISAS POR TEMA:

____AÇÃO AMBIENTAL, Reciclagem de Embalagens – V 3, Rio de Janeiro – 2004.

____BRASIL SUSTENTÁVEL, n° 19, Rio de Janeiro – 2008.

18

____ECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO, Lixo, Ano14, n°12, Rio de Janeiro –

2005.

____ECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO, Protocolo de Quioto, V14, n°112, Rio de

Janeiro – 2005.

____INTERCÂMBIO, V 1, n° 1, - Rio de Janeiro – 1988.

____RUMOS, Economia e Desenvolvimento Para Novos Tempos, Ano 3, n° 233,

Rio de Janeiro – 2007.

19