colÉgio tiradentes da pmmg aula 10 a antiguidade … · cidade de roma era apenas o local onde...
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COLÉGIO TIRADENTES DA PMMG
AULA 10
A ANTIGUIDADE CLÁSSICA (II): ROMA
Objetivo
Principal:
Tratar as Origens
de Roma e a
Formação da
República com
participação
política dos
Plebeus
Objetivo
Consequente:
O Regime
Imperial e as
relações entre o
Estado e a
Sociedade
(Destaque:
Política do Pão e
Circo)
Vídeo: Grande Civilizações – Império
Romano (Parte 1) (11:09)
LOCALIZAÇÃO: Península Itálica = Longa faixa de terra em
forma de bota que avança pelo Mar Mediterrâneo
LIMITES: Norte: Conjunto de Montanhas (Alpes); Leste: Mar
Adriático; Oeste: Mar Tirreno e Sul: Mar Mediterrâneo
OCUPAÇÕES: Samnitas, Sabinos, Latinos, Gregos e Etruscos
SURGIMENTO DE ROMA: 1000 a.C. (ocupação da região do
Lácio pelos Latinos)
VERSÃO ROMÂNTICA: Versões de Tito Lívio e Virgílio =
Fundação por Rômulo e Remo (irmãos salvos por uma loba e
amamentados por esta) – Rômulo teria sido o primeiro rei da
cidade
DIVISÃO HISTÓRICA:
Monarquia (Período da realeza) República Império
PENÍNSULA ITÁLICA
O SURGIMENTO LENDÁRIO (ROMÂNTICO) DE ROMA
Em uma cidade chamada Alba Longa (às margens do rio Tibre), fundada
pelos latinos, a Princesa apaixonou-se por Marte (deus da guerra) e com ele
teve filhos gêmeos.
O tio das crianças, Amúlio, que tinha tomado o trono da cidade à força,
colocou os bebês em um cesto e mandou que os atirassem no rio.
O cesto encalhou em um lugar chamado Monte Palatino e uma loba
salvou os meninos amamentando-os como se fossem seus filhos.
Tempos depois os bebês foram encontrados por um pastor que os criou e
deu a eles os nomes Rômulo e Remo.
Depois de crescidos os meninos voltaram a Alba Longa, lutaram contra o
tio e devolveram o trono da cidade ao avô deles.
Ganharam permissão para fundar uma cidade.
“O lugar escolhido foi o Monte Palatino.”
Por uma discordância as delimitações do território, Rômulo acaba matando
Remo.
O SURGIMENTO HISTÓRICO DE ROMA
Por volta do século X a.C., no centro da Península Itálica, às
margens do rio Tibre, havia várias aldeias habitadas pelos
latinos, povo que vivia, sobretudo, do pastoreio.
Século VIII a.C., ao se verem ameaçados pelos Sabinos, um
povo vizinho, os latinos se uniram e fundaram a cidade de
Roma.
MONARQUIA
(Período da Realeza)
ROMA NO PERÍODO DA REALEZA
Nos primeiros tempos de Monarquia (753 a.C. até 600 a.C.), a
cidade de Roma era apenas o local onde ficavam os templos
religiosos e onde os chefes das famílias se reuniam para
discutir assuntos de seu interesse.
Os Etruscos expandiram seu território na península Itálica
durante os séculos VII e VI a.C. e controlaram a
monarquia em Roma.
DOMÍNIO ETRUSCO
(PERÍODO DE PROSPERIDADE)
600 a.C.: Etruscos se estabeleceram em Roma como
comerciantes ou prestadores de serviço e, aos poucos foram
ganhando poder até conseguirem o governo da cidade.
Governo Etrusco: Roma foi modernizada (drenagem de
pântanos, construção de redes de esgotos, altas muralhas e
uma ponte ligando as duas margens do rio Tibre).
Dos Etruscos os romanos assimilaram conhecimentos de
engenharia, o uso do arco e da abóbada nas construções e
a crença de que era possível conhecer a vontade dos deuses
por meio da adivinhação.
PLANTA DA CIDADE
Muralha e Sítio Original de Roma
Passagem sob o ARCO DE
VALTERA (enquanto gregos
usavam colunas e viga mestra, os
etruscos utilizavam o arco)
Observação: Desde a formação até 509 a.C. pode ser
enquadrado em prova como sendo período da Monarquia.
Século VII a.C.: Reis Etruscos (Invadiram a península e
dominaram os italianos)
O Rei Etrusco e a Política:
Sagrado (Poder Teocrático)
Exerce Poder Executivo
É o Chefe Militar e o Chefe Religioso
Seu Poder era controlado pelo Senado (formado por
Chefes das principais famílias patrícias)
A Assembleia (Cúria / Assembleia Curiata) podia
ratificar ou não as decisões do Senado e era formada por
homens em idade militar – soldados de até 45 anos de idade)
O Rei era a maior
autoridade da
Cidade
ORGANIZAÇÃO SOCIAL ROMANA NO
PERÍODO DA REALEZA
PATRÍCIOS
Descendentes de famílias mais antigas da cidade, eram donos das maiores e melhores terras e os únicos a possuir
direitos políticos.
PLEBEUS
Formavam a maioria da população e trabalhavam como pequenos agricultores, artesãos ou mercadores. Não tinham direito de participar do governo e podiam ser
escravizados por dívida.
CLIENTES
Eram, em geral, pessoas muito pobres que prestavam todo tipo de serviços aos Patrícios em troca de auxílio
(comida, roupa, moradia) e proteção.
ESCRAVOS
Prisioneiros de Guerra (Escravo de Pilhagem) ; pessoas que não conseguiam saldar suas dívidas (Escravo por Dívida) ou que tinham sido condenados pela justiça.
POLÍTICA NO TEMPO DA MONARQUIA
O cargo de Rei não passava de Pai para Filho (Não existia
hereditariedade): Quando um Rei morria, o Senado escolhia
quem iria sucedê-lo, e a assembleia se manifestava contra ou
a favor da escolha.
Obs.: O Rei assim tinha o seu poder limitado pelo Senado e
pela Assembleia.
E
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P
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C
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APOGEU DO COMÉRCIO NA MONARQUIA
*Crescimento das Atividades Comerciais
*Crescimento do Poder Econômico dos Patrícios
Obs.: Já na Monarquia tiveram início as Revoltas da Plebe
exigindo maior participação na política.
PATRÍCIOS (SENADO) VERSUS ETRUSCOS
Os patrícios nunca se conformaram com o domínio etrusco
sobre Roma.
Em 509 a.C., aproveitando-se do enfraquecimento dos
etruscos em guerras externas, Patrícios derrubaram
Tarquínio (O Soberbo e último rei Etrusco) sob alegação de
traição ao Senado por ter se aproximado da Plebe e fundaram
a República Romana.
REPÚBLICA
PERÍODO REPUBLICANO: Do século VI a.C. até o século
I a.C.
CARACTERÍSTICAS: República Oligárquica (Poder nas
mãos da Elite Patrícia)
O PODER: A República Romana era governada pelos
Magistrados, auxiliados pelo Senado e pelas Assembleias.
DIFERENÇAS ENTRE MONARQUIA E REPÚBLICA
Monarquia: Poder Vitalício e geralmente hereditário.
República: Poder Eletivo e por Tempo Determinado.
Obs.: No caso Romano o poder se transfere da mão do
Monarca para as mãos do Senado (Formado por Patrícios).
MAGISTRADOS MAIS IMPORTANTES
EM PROVASempre Nomeado
Aos Pares
Tinham menos de 32 anos
(Acesso direto ao Senado)
MAGISTRADOS MAIS IMPORTANTES
EM PROVAMagistratura Plebeia
Interditada aos Patrícios
Eram Invariavelmente
Antigos Cônsules
Sempre em
Pares
Eleito pela
Assembleia
das
Centúrias
MAGISTRADOS MAIS IMPORTANTES
EM PROVA
LUTAS SOCIAIS NA REPÚBLICA ROMANA
A CONDIÇÃO DA PLEBE
* Os plebeus eram maioria em Roma. Como cidadãos
pagavam impostos e serviam ao Exército;
* Não podiam se casar com patrícios e ao serem convocados
par a guerra eram brigados a deixar suas pequenas
propriedades e, com isso, se endividavam;
* Quando não conseguiam pagar suas dívidas, perdiam a terra
e eram escravizados.
Obs.: Dispostos a lutar por igualdade de direitos, os Plebeus
promoveram várias revoltas. A maior tática era se retirar de
Roma e ameaçar não participar do Exército Romano.
CURIOSIDADE ROMANA
ORGÃOS DE MAIOR DESTAQUE DA REPÚBLICA ROMANA:
- Apesar da divisão quem comandava a política sempre era o
Senado
- Assembleia Popular fazia o papel da representação da Plebe
- Tribuno da Plebe (494 a.C.) - Cargo que poderia vetar a decisões
do Senado – Conquista deste tribuno foi através de Motins
iniciados ainda no período monárquico.
OUTRAS CONQUISTAS ATRIBUÍDAS AOS PLEBEUS:
- Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – Base do Direito Romano e
Fim do Direito Consuetudinário em Roma;
- Lei Canuleia (445 a.C.): Permitia o casamento entre patrícios e
plebeus.
- Leis Licínias-Séxtias / Obrigatoriedade Plebeia (367 a.C.) Uma
determinava que um dos dois cônsules tinha de ser plebeu e a outra
cancelava parte da dívida que os Plebeus tinham com os Patrícios.
Os Plebeus então conquistaram o poder?
Quando no poder, os Plebeus tendiam mais para o lado dos
Patrícios do que na defesa de causas próprias. O PODER
JAMAIS SAIU DAS MÃOS DOS PATRÍCIOS.
COMPOSIÇÃO GERAL DOS ÓRGÃOS POLÍTICOS
ROMANOS
ASSEMBLEIAS:
Eram três:
Obs.: Mulheres e Escravos não podiam participar.
SENADO: Formado por 300 membros vitalícios, todos
patrícios (Função de controlar o tesouro público e propor
a guerra ou a paz).
* Assembleia das Tribos (reunião de cidadãos conforme
local de residência ou origem) – Elegia Questores e Edis;
* Assembleia Centuriata (reunião de cidadãos em
centúrias – Unidades do Exército – segundo o grau de
riqueza) – votava as declarações de guerra, os acordos de
paz e elegia os cônsules;
* Assembleia da Plebe (reunião de plebeus) – votava
assuntos de interesse da plebe.
RUÍNAS DO FÓRUM ROMANO
TEMÁTICA DA LEI DAS DOZE TÁBUAS
* Tábuas I e II: Organização e procedimento judicial;
* Tábua III - Normas contra os inadimplentes;
* Tábua IV - Pátrio poder;
* Tábua V - Sucessões e tutela;
* Tábua VI - Propriedade;
* Tábua VII - Servidões;
* Tábua VIII - Dos delitos;
* Tábua IX - Direito público;
* Tábua X - Direito sagrado;
* Tábuas XI e XII - Complementares.
IMPORTANTE
“No início da República a religião era usada para
legitimar o poder dos patrícios, que se diziam
preservadores das tradições sagradas. Aos poucos, s
romanos foram reduzindo s ligações entre religião e
política e suas leis passaram a ser resultado das
discussões, assim como na Grécia da época.”
EXPANSÃO GEOGRÁFICA DA REPÚBLICA ROMANA
(V a.C. e III a.C.) – “LEGIÕES ROMANAS”
1º) Expansão Interna da Península Itálica
2º) Península Ibérica
4º) Norte da África - Vitória Sobre Cartago nas Guerras
Púnicas (146 a.C.) - Domínio do Mar Mediterrâneo (Região
Estratégica)
5º) Macedônia, Grécia e Parte da Ásia Menor
6º) Egito
7º) Completaram a conquista da Gália - Parte do atual
território da França com o General Júlio César
ESTRATÉGIA ROMANA: Transformar povos vencidos em
aliados e as terras conquistadas eram transformadas em
“TERRA PÚBLICA” – AGER PUBLICUS, em latim.
ROMA X CARTAGO
Após a conquista Península Itálica, Roma passou a
disputar a liderança com outra potência daquela época:
CARTAGO.
GUERRAS PÚNICAS (264 a.C. até 146a.C.)
(Três Conflitos)
Foi uma disputa pelo controle do comércio no
Mediterrâneo Ocidental.
Púnicas? Os romanos chamavam os fenícios de
phoenis (“púnicos”)
As Guerras Púnicas: consistiram numa série de três
guerras que opuseram a República Romana e a República
de Cartago, cidade-estado fenícia, no período entre 264
a.C. e 146 a.C.. Ao fim das Guerras Púnicas, Cartago foi
totalmente destruída, seus poucos sobreviventes foram
vendidos como escravos e seu território foi transformado
em província romana.
Localizada no norte da África, por volta do século III a.C.
Cartago dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos
comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na
Sardenha, Córsega e a oeste da Sicília (ilhas ricas na
produção de cereais), no sul de Península Ibérica (onde
exploravam minérios como a prata) e em toda costa
setentrional da África.
REPÚBLICA DE CARTAGO ANTES DAS GUERRAS PÚNICAS
Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.):
* Disputa pelo controle da sicília
* Vitória Romana e imposição de uma indenização pesada que leva
cartago a uma crise.
* Roma toma Sicília, Córsega e Sardenha
Segunda Guerra Púnica (218-202 a.C.):
* Romanos conquistam o norte da África e o sul da Espanha
(Exceto Numídia e Cartago)
OBS.: mesmo período em que Roma invade o Domínio Grego-
Macedônico e liberta as Cidades-estado Gregas
Terceira Guerra Púnica (150-146 a.C.):
* Cartago em sua derrota final
OBS.: mesmo período em que Roma anexou a Síria , Ásia menor, Gália,
Ponto, Israel, Bitínia e Egito
MUDANÇAS SOCIAIS APÓS AS CONQUISTAS
TERITORIAIS
a) Enriquecimento do Estado Romano (impostos, terras, joias de
ouro e prata e outros bens obtidos nas províncias);
b) Fortalecimento de um novo grupo social, o dos cavaleiros
(militares), homens enriquecidos com o comércio, a cobrança de
impostos nas áreas conquistadas e com o serviços prestados ao
governo de Roma;
c) Grande aumento do escravismo;
d) Concentração das terras conquistadas nas mãos de poucos
(Grande propriedade administrada pelo CAPATAZ – Escravo cm
direitos que outros escravos não tinham como, por exemplo, poder
se casar);
e) A pequena propriedade camponesa não desapareceu, mas passou
a produzir apenas para a subsistência e para os mercados locais.
Obs.: Haviam também trabalhadores livres as propriedades.
CONSEQUÊNCIAS DIRETAS DA EXPANSÃO
ROMANA – República e Império
* Desenvolvimento do Comércio (Regiões fora da Itália)
* Desenvolvimento Agrícola (Regiões fora da Itália)
* Surgem os NOVOS HOMENS: Comerciantes, Banqueiros,
Arrendatários, Cobradores (Publicanos)
* Empobrecimento dos Patrícios (se tornam apenas
funcionários públicos)
* Aumento do Número de Escravos (Queda do Preço)
* “Política do Pão e Circo” – Objetivo:Alienar a População
* Assimilação da cultura Helenística
* Profissionalização do Exército (Reforma de 105 a.C. =
Pagamento de Salários) – passaram a interferir na política
(FMABC-SP)
“Ao longo do século II a.C., começaram a surgir nas regiões próximas a
Roma fazendas de tamanho médio, dedicadas à produção de um único
produto. Junto com s guerras, a adoção desse tipo de propriedade gerava dois
efeitos. Por um lado, contribuía para o enriquecimento dos homens mais
ricos; por outro, fazia com que os camponeses, que possuíam pequenas
propriedades, ficassem cada vez mais pobres.”
MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro.
Roma e seu império. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 15-16
As transformações mencionadas, no texto produziram entre outros efeitos,
a) o agravamento das tensões sociais nos campos e o surgimento de propostas
de reforma agrária.
b) a intensificação do esforço militar para obtenção de novos mercados para o
excedente da produção agrícola.
c) o fim do equilíbrio social até então existente no Império Romano e o início
de diferenças sociais entre seus habitantes.
d) a ampliação do emprego e mão de obra assalariada nas lavouras e a abolição
da escravidão em todos os territórios do Império.
e) o êxodo de parte da população rural dos arredores de Roma em direção às
áres longínquas do Império, cmo Gália e o norte da África.
CARACTERÍSTICAS DE DOMINAÇÃO ROMANA:
- Submissão por uma carga pesada de impostos a Roma
- População Derrotada Transformada em mão-de-obra escrava
CONSEQUÊNCIA DIRETA: Crescimento exagerado e sem
planificação
PROBLEMAS QUE GERARAM A DECADÊNCIA DA
REPÚBLICA
- Grande Concentração de Terra nas mão da Elite Patrícia
- Decadência das Cidades devido ao Êxodo Rural
- Constantes revoltas de escravos e das populações submetidas
a Roma
- Corrupção dos Militares
- Gastos com as Guerras Púnicas
- Consequente aumento de impostos
ESCRAVISMO E GRANDE PROPRIEDADE
Escravos de Pilhagem: milhares foram trazidos para a Itália.
Os ricos tinham, às vezes, centenas de escravizados, pessoas
das mais diversas origens: gregos, macedônios, asiáticos etc.
Obs.: Tal movimentação é responsável pela origem de
Grandes Propriedades Escravistas na Península Itálica
(Produção de Vinho e Azeite de Oliva)
A RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO - ESPÁRTACO
A maior revolta de escravos ocorreu em Cápua, no sul da
Península Itálica e foi liderada por Espártaco.
- Em 73 a.C. Espártaco rebelou-se contra Roma (chegou a ter
cerca de 100 mil combatentes).
- Espártaco venceu tropas romanas por diversas vezes e
dominou boa parte do sul da Itália.
- Em 71 a.C. Os exércitos romanos se uniram e conseguiram
vencer os rebeldes.
- Espártaco e cerca de 6 mil seguidores foram presos,
crucificadosve expostos ao longo da Via Ápia (Estrada que
ligava Roma à Cápua)
LUZ NO FIM DO TÚNEL – IRMÃOS GRACO
- Reformas de Caio Graco e Tibério Graco:
133 a.C. – Tribuno da Plebe Tibério Graco:
1) REFORMA AGRÁRIA;
A limitação do tamanho dos lotes foi muito bem recebida pelos
camponeses, mas foi mal recebida pelos ricos.
Tibério acabou assassinado em uma assembleia.
123 a.C. – Tribuno da Plebe Caio Graco:
1) Deu continuidade a Reforma Agrária de Tibério;
2) Aprovou lei que estendia a cidadania romana a povos aliados;
3) Aprovou lei que obrigava o governo a pagar o equipamento dos
soldados que iam pra a guerra;
4) LEI FUMENTÁRIA = VENDA DE TRIGO A PREÇOS MENORES
PARA OS POBRES.
Obs.: Concentração de terras foi mantida.
REPÚBLICA: REFORMA MILITAR DO
CÔNSUL MÁRIO
Em 107 a.C. o Cônsul Mário promoveu uma reforma militar
na qual instituiu o Pagamento de Salários a soldados.
Resultado: Muitos homens pobres se alistaram como soldados
permanentes. Além dos salários recebiam de seus generais
parte do saque e das terras conquistadas.
Obs.: Vários soldados passaram a se ligar a seus generais por
laços de lealdade e solidariedade.
O SOLDADO ROMANO
ASCENSÃO DOS MILITARES
Apoiados em suas tropas, os generais
ganharam força e passaram a disputar o
poder político.
TRANSIÇÃO PARA O IMPÉRIO:
- Conquistas fortaleceram a ideia de Império e
enfraqueceram o Senado
- Disputas entre Militares pelo Poder (Guerra Civil)
1º) Ditadores Mário (Eleito 6 vezes – Ilícito – morre
em 86 a.C.) e Sila (ditador com poder ilimitado –
morre em 79 a.C.)
2º) 60 a.C. Formação dos Triunviratos
PRIMEIRO TRIUNVIRATO:
- Formação: Pompeu, Crasso e Júlio César (um General se comprometeu a
ajudar o outro para controlar o poder em Roma)
- Com a morte de Crasso (53 a.C. - na Síria), abriu-se uma guerra entre Júlio
César e Pompeu.
Obs.: Pompeu se declarou único Cônsul enquanto júlio César estava na
Gália.
- Júlio César sai vitorioso no conflito contra Pompeu (Morto no Egito) e
toma o poder em Roma
- Reformas de Júlio César:
* Doação de Terras a milhares de ex-soldados e plebeus empobrecidos.
- Júlio César foi acusado pelo Senado de trair a República e desejar a volta
da monarquia.
- Morte de Júlio César (Traição)
Assassinado em 40 a.C. – “Até tu Brutus?” - Por
forçar a Hereditariedade no governo
(Assassinos: Brutus e Cássio)
Volta da Guerra Civil
SEGUNDO TRIUNVIRATO:
- Otávio, Lépido e
Marco Antônio
- Disputas pelo poder opuseram as tropas de Otávio e
de Marco Antônio + Cleópatra (Rainha do Egito)
- Vitórias de Otávio perante seus adversários com o
apoio do Senado
- Em 27 a.C., Otávio retornou a Roma e se proclamou
Augusto (Divino/Venerado) e Imperador (Comandante
Supremo dos Exércitos)– Início do Império Romano
OTÁVIO
AUGUSTUS
CURIOSIDADES SOBRE JÚLIO CÉSAR
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até
o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na
história da Europa. No fim da vida, lutou numa guerra civil
com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era
Pompeu. Depois da derrota dos optimates, tornou-se ditador
(no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de
reformas administrativas e econômicas em Roma.
O seu assassinato nos idos de Março de 44 a.C. por um
grupo de senadores travou o seu trabalho e abriu caminho a
uma instabilidade política que viria a culminar no fim da
República e início do Império Romano. Os feitos militares de
César são conhecidos através do seu próprio punho e de
relatos de autores como Suetónio e Plutarco.
IMPÉRIO
ALTO IMPÉRIO(I a.C. (31 a.C.) a III d.C.)
Títulos establecidos pelo Senado para Otávio:
* Pontífice Máximo = Chefe da Religião Romana
* Princeps Senatus = Direito de governar o Senado
* Imperator = Título de General Vencedor
* Augusto = Até então destinado apenas a deuses e
permitia a Otávio escolher seu sucessor.
* Poder Proconsular = direito de indicar os
governadores das províncias.
* Tribunicio = Poder Popular delegado pela Plebe
O Poder do Imperador Otávio Augusto:
Obs.: No período Inicial (Principado) Otávio tentou manter aparência
republicana
* Concentração/Centralização de Poder (Podia Propor e Rejeitar
Leis);
* Dividiu as Províncias em Imperiais (Militares) e Senatoriais (Civis)
* Senado Limitado pelo Imperador (Poderia ser Convocado junto com
Assembleias a qualquer tempo – Fim do poder dos Patrícios)
* Considerado figura Sagrada (Augustus)
* Podia intervir militarmente em Roma, na Itália e em todas as
províncias romanas.
O Governo do Imperador Otávio Augusto:
Medidas governamentais mais importantes:
* Definiu os limites do Império Romano e enviou tropas para
proteger suas fronteiras;
* Distribuiu terras aos seus soldados;
* Confiou a administração de algumas províncias aos
senadores, enquantro manteve outras, como o Egito
(importante fornecedor de trigo a Roma) sob sua
responsabilidade;
* Modernizou a cidade de Roma que, na época, tinha cerca de
1 milhão de habitantes; a cidade ganhou um prefeito, um
corpo de bombeiros e monumentos que glorificavam o
governo.
Divisão Social e Política Censitária:
Acima de 1 Milhão de Sestércios (Ordem Senatorial)
= Cor Púrpura
Acima de 400 Sestércios (Ordem Equestre) = Cor
Azul
Abaixo de 400 Sestércios = Não possuiam direitos
políticos
Pax Romana (Longo Período de Estabilidade):
Obs.: Período iniciado por Otávio Augusto, mas que durou
mais de 200 anos.
* Burocracia Imperial (Para evitar conflitos) – Cobrança de
impostos de maneira estatal e não mais particular – Moeda:
Sestércio;
* Manutenção de Privilégios a Patrícios e Proprietários de
terra;
* Política do Pão (distribuição de trigo) e Circo (promoção de
espetáculos no Coliseu) - Amenizar tensões nas classes baixas)
* Conquista da “Estabilidade Limítrofe” Pós Otávio Augusto;
* Cidades ganharam estradas, teatros e fronteiras fortificadas.
OUTRAS MEDIDAS DE OTÁVIO:
* Tentou evitar influência Helenística
* Estimulava a busca pelo prazer (Hedonismo)
* Diminuiu o culto aos deuses místicos orientais
* Tentou reavivar os valores morais do passado
romano
* Apresentou à corte grandes mestres como: Tito
Lívio, Virgílio, Ovídio e Horácio
* Indicou como seu sucessor seu filho adotivo Tibério
Imperadores Pós Otávio Augusto:
*Imperador Trajano: Império adquiriu sua máxima extensão
(Desde a Península Ibérica (Oeste) até a Mesopotâmia (Leste)
e desde a Britânia (Norte) até o Egito (Sul).
Obs.: As legiões mais poderosas guarneciam as imediações
dos rios Reno e Danúbio.
Obs.2: A relativa estabilidade política vivida palo império
romano nos dois primeiros séculos da nossa era favoreceu o
crescimento da economia e a expansão do comércio romano.
A existência de bons portos, de uma rede de estradas bem
construídas e o uso de uma moeda única em todo o império (o
denário) também ajudaram nessa expansão comercial.
TEATRO DE MARCELO EM ROMA
(20 MIL ACOMODAÇÕES)
* Tiranos como Calígula e Nero
* Volta da Expansão em 96 d.C. até III d.C.
Século III d.C. = Início da crise do Império Romano
PRINCIPAIS FATORES DA CRISE DO IMPÉRIO ROMANO
(SÉCULOS III, IV E V) – FATORES INTERNOS E EXTERNOS
* Crise Financeira (desequilíbrio entre arrecadação e despesas de manutenção do
aparelho administrativo militar – Gastos com funcionários e soldados) – conquistas
garantiam escravos mas exigiam ainda um aparato-burocrático e militar
* Paralisação das conquistas representou o fim da obtenção de escravos (Alta de Preços
dos escravos)
* Crise Social (ampliação representou latifundização e formação de Plebe urbana sem
terra e trabalho) – Política do “Pão e Circo” ampliou a crise
* Intervenção constante do exército (Dinastia Severo – Anarquia militar)
* Falta de gêneros alimentícios, alta de preços, pesada tributação (aumento dos
impostos e desvalorização da moeda) e pressões bárbaras (êxodo urbano e
despovoamento das cidades)
* Invasões Bárbaras (séc. V) – Pressões dos germanos (povos vizinhos) - destruição da
unidade políticas – Fundação de reinos Bárbaros – PROCESO DE RURALIZAÇÃO
RELIGIÃO ROMANA:
- Durante muito tempo os romanos acreditaram em divindades que
eles diziam morar nas matas, nas árvores, nas rochas etc. Além de
cultuar os antepassados e os deuses domésticos (“lares” - guardam
o lar de cada família). Praticavam também adivinhação através do
voô dos passáros e das víceras dos animais (especialmento fígado).
- Maioria da população politeísta (Baseada no politeísmo Grego) -
deuses eram versões latinas dos deuses gregos (Júpiter
(corresponde ao Zeus grego), Baco, Marte (corresponde a Ares –
deus grego da guerra) e Vênus...)
No império passaram a cultuar o Imperador como forma de
demonstrar sua lealdade ao Estado.
- Cristianismo permitido apenas no século IV d.C.
EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
* Apóstolos pregavam e divulgavam o cristianismo
* Nero fez a primeira perseguição aos cristãos (acusados de
horrores naturais ou mesmo os causados pelos homens):
- Por não crerem nos deuses romanos;
- Por se recusarem a culturar o Imperador;
- Por defenderem a existência de um Deus único e
universal.
313 d.C. – Constantino – Edito de Milão = Proibição das
perseguições e liberdade de culto
380 d.C. – Teodósio – Edito da Tessalônica = Cristianismo como
religião oficiais (todas as outras se tornaram pagãs)
455 d.C. – Valentino III – Oficialização da Hierarquia
Eclesiástica
Exercícios em Classe
(UESPI)
As dificuldades de administrar o Império Romano traziam
problemas para os seus governantes. O imperador Constantino
(313-337) tentou amenizar essas dificuldades:
a) editando a Lei Máxima, para controlar o excesso de impostos.
b) dividindo o Império politicamente, privilegiando os cidadãos
romanos.
c) concedendo liberdade de culto aos cristãos, procurando
conquistá-los politicamente.
d) proibindo o aumento dos latifúndios, promovendo uma reforma
agrária.
e) eliminando os poderes do Senado, centralizando os poderes nas
Assembleias.
PROBLEMAS MILITARES E DIVISÕES DO IMPÉRIO
DIOCLECIANO: Tentativa de solução nas disputas
sucessórias: tetrarquia – Divisão do Império em quatro partes
TEODÓSIO: Divisão do Império em: Império Romano do
Ocidente (Sede em Roma) e Império Romano do Oriente
(Sede em Constantinopla)
Obs.: A parte ocidental foi a primeira a ser dominada pelos
Barbaros e o Império Oriental resistiu até a tomada de
Constantinopla em 1453.
INVASÕES BÁRBARAS:
Germânicos:
- Visigodos – líder era Alarico = Península Ibérica e Sul da
Gália.
- Vândalos – África do Norte
- Francos – Norte da Gália
- Anglo Saxões – Bretanha (Inglaterra)
476 d.C. – Império volta a ser apenas a Itália
ARQUITETURA:- Construção de Grandes edifícios públicos e aquedutos
LITERATURA:- Ovídio (A Arte de amar)
- Virgílio (Eneida)
MAIORES CONTRIBUIÇÕES ROMANAS PARA
A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: Direito,
Língua Latina, Engenharia (Casas de Banho (termas), Estradas
(Retas, Niveladas e Planas) – “Todos os Caminhos Levam a
Roma” - e Aquedutos (Canais de transporte de Água) e
Valores Familiares.
DETALHES LITERATURA ROMANA
Inicialmente os romanos escreveram comédias e tragédias (tal qual os gregos). Posteriormente,
escreveram obras importantes e originais no campo da poesia, da sátira, da história e da filosofia.
A literatura romana é rica em máximas, ou seja, frases curtas, mas de grande impacto.
Autores Quem eram? Frases
Virgílio
(70-19 a.C.)
É o mais famoso dos grandes
poetas romanos. Escreveu
Eneida, poema que conta a
história do herói troiano
Eneias
•Temo os gregos, mesmo que
tragam presentes.
• O amor tudo vence.
Sêneca
(4 a.C. – 65 d.C.)
Filósofo e Escritor •Qualidade e não quantidade.
• Estrada escarpada (cheia de
obstáculos) é a que leva à
grandeza.
Publio Siro
(Século I a.C.)
Poeta trazido para Roma como
escravo; foi libertado graças ao
seu talento, tornando-se depois
um ator popular.
•Existem remédios piores que
a doença.
• Muitos recebem conselhos,
poucos os aproveitam.
Cícero
(106 – 43 a.C.)
É considerado o maior de
todos os oradores romanos.
•Ninguém sabe antes de
experimentar.
• Não existe lugar mais
delicioso que o lar.
PRINCÍPIOS DO DIREITO ROMANO
1) Ninguém sofrerá penalidade pelo que pensa;
2) Nada que não se permita ao acusado deve ser
permitido ao acusador;
3) O encargo da prova fica com aquele que acusa e
não com o acusador;
4) Na aplicação de penalidades, contam a idade e a
inexperiência da parte culpada.
PRINCIPAIS DEUSES ROMANOS
Baco; deus das festas, do vinho, do lazer e do prazer
Cupido; deus do amor
Diana; deusa da caça muitas vezes relacionada com os ciclos da Lua
Fortuna; deusa da riqueza e da sorte
Juno; deusa da força vital, deusa dos deuses
Júpiter; deus dos deuses, senhor do Universo
Marte; deus da guerra
Mercúrio; deus mensageiro
Minerva; deusa da sabedoria
Netuno; deus dos mares
Plutão; deus do submundo e das riquezas dos mortos
Venus; deusa da beleza e do amor
Vulcano; deus do fogo
Saturno; deus da agricultura
Esculápio; deus da medicina
Vídeo: Grande Civilizações – Império
Romano (Parte 2) (11:09)