colÉgio shalom lista de atividades 9º ano...

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INSTRUÇÕES GERAIS: 1. Justifique a alternativa assinalada em cada questão; 2. Entregue em folha separada, com letra legível, a justificativa de cada questão assinalada; 3. DEVEM SER ENTREGUES: a) a folha de respostas; b) as justificativas; 4. TODAS as respostas devem ser redigidas obrigatoriamente a CANETA; 5. NENHUM trabalho escrito a lápis será recebido. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- TIPOS DE PREDICADO Questão 01 Por amor à Pátria O que é mesmo a Pátria? Houve, com certeza, uma considerável quantidade de brasileiros(as) que, na linha da própria formação, evocaram a Pátria com critérios puramente geográficos: uma vastíssima porção de terra, delimitada, porém, por tratados e convenções. Ainda bem quando acrescentaram: a Pátria é também o Povo, milhões de homens e mulheres que nasceram, moram, vivem, dentro desse território. Outros, numerosos, aprimoraram essa noção de Pátria e pensaram nas riquezas e belezas naturais encerradas na vastidão da terra. Então, a partir das cores da bandeira, decantaram o verde das florestas, o azul do firmamento espelhado no oceano, o amarelo dos metais escondidos no subsolo. Ufanaram-se legitimamente do seu país ou declararam, convictos, aos filhos jovens, que jamais hão-de ver país como este. Foi o que fizeram todos quantos procuraram a Pátria no quase meio milênio da História do Brasil, complexa e fascinante História de conquistas e reservas, de “sangue, suor e lágrimas”, mas também de esperanças e de realizações. Evocaram gestos heróicos, comovedoras lendas e sugestivas tradições. Tudo isso e o formidável universo humano e sacrossanto que se oculta debaixo de tudo isso constituem a Pátria. Ela é história, é política e é religião. Por isso é mais do que o mero território. É algo de telúrico. É mais do que a justaposição de indivíduos, mas reflete a pulsação da inenarrável história de cada um. A pátria é mais do que a Nação e o Estado e vem antes deles. A Nação mais elaborada e o Estado mais forte e poderoso, se não partem da noção de Pátria e não servem para dar à Pátria sua fisionomia e sua substância interior, não têm todo o seu valor. Por último, quero exprimir, com os olhos fixos na Pátria, o seu paradoxo mais estimulante. De um lado, ela é algo de acabado, que se recebe em herança. Por outro lado, ela nunca está definitivamente pronta. Está em construção e só é digno dela quem colabora, em mutirão, para ir aperfeiçoando o seu ser. Independente, ela precisa de quem complete a sua independência. Democrática, ela pertence a quem tutela e aprimora a democracia. Livre, ela conta com quem salvaguarda a sua liberdade. E sobretudo, hospitaleira, fraterna, aconchegante, cordial, ela reclama cidadãos e filhos que a façam crescer mais e mais nestes atributos essenciais de concórdia, equilíbrio, harmonia, que a fazem inacreditavelmente Pátria - e me dá vontade de dizer, se me permitem criar um neologismo, inacreditavelemente Mátria. Pensando bem, cada brasileiro, quem quer que seja, tem o direito de esperar que os outros 140 milhões de brasileiros sejam, para ele, Pátria. Dom Lucas Moreira Neves (adaptação) Jornal do Brasil - 08/09/93. Assinale a opção que traz corretas classificações do sujeito e da predicação verbal. a) “Houve... uma considerável quantidade” (negrito) - sujeito inexistente; verbo transitivo direto. b) “que jamais hão-de ver país como este” (negrito) - sujeito indeterminado; verbo transitivo indireto. c) “mas reflete a pulsação da inenarrável história de cada um” (negrito) - sujeito simples; verbo transitivo direto e indireto. d) “que se recebe em herança” (negrito) - sujeito indeterminado; verbo transitivo indireto. e) “a quem tutela” (negrito) - sujeito simples; verbo intransitivo. Questão 02 Indique a opção em que o termo grifado NÃO é predicativo. a) “As palavras, porém, são mais difíceis …” b) “… e vêm carregadas de uma vida…” COLÉGIO SHALOM 9º ANO Prof. Clécio Oliveira Língua Portuguesa Aluno (a): ___________________________________________ Lista de atividades RECUPERAÇÃO SEMESTRAL 2018

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INSTRUÇÕES GERAIS:

1. Justifique a alternativa assinalada em cada questão;

2. Entregue em folha separada, com letra legível, a justificativa de cada questão assinalada;

3. DEVEM SER ENTREGUES: a) a folha de respostas; b) as justificativas;

4. TODAS as respostas devem ser redigidas obrigatoriamente a CANETA;

5. NENHUM trabalho escrito a lápis será recebido.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

TIPOS DE PREDICADO

Questão 01 Por amor à Pátria

O que é mesmo a Pátria?

Houve, com certeza, uma considerável quantidade de brasileiros(as) que, na linha da própria formação,

evocaram a Pátria com critérios puramente geográficos: uma vastíssima porção de terra, delimitada, porém,

por tratados e convenções. Ainda bem quando acrescentaram: a Pátria é também o Povo, milhões de homens e

mulheres que nasceram, moram, vivem, dentro desse território.

Outros, numerosos, aprimoraram essa noção de Pátria e pensaram nas riquezas e belezas naturais encerradas

na vastidão da terra. Então, a partir das cores da bandeira, decantaram o verde das florestas, o azul do

firmamento espelhado no oceano, o amarelo dos metais escondidos no subsolo. Ufanaram-se legitimamente do

seu país ou declararam, convictos, aos filhos jovens, que jamais hão-de ver país como este.

Foi o que fizeram todos quantos procuraram a Pátria no quase meio milênio da História do Brasil, complexa

e fascinante História de conquistas e reservas, de “sangue, suor e lágrimas”, mas também de esperanças e de

realizações. Evocaram gestos heróicos, comovedoras lendas e sugestivas tradições.

Tudo isso e o formidável universo humano e sacrossanto que se oculta debaixo de tudo isso constituem a

Pátria. Ela é história, é política e é religião. Por isso é mais do que o mero território. É algo de telúrico. É mais

do que a justaposição de indivíduos, mas reflete a pulsação da inenarrável história de cada um.

A pátria é mais do que a Nação e o Estado e vem antes deles. A Nação mais elaborada e o Estado mais forte

e poderoso, se não partem da noção de Pátria e não servem para dar à Pátria sua fisionomia e sua substância

interior, não têm todo o seu valor.

Por último, quero exprimir, com os olhos fixos na Pátria, o seu paradoxo mais estimulante. De um lado, ela

é algo de acabado, que se recebe em herança.

Por outro lado, ela nunca está definitivamente pronta. Está em construção e só é digno dela quem colabora,

em mutirão, para ir aperfeiçoando o seu ser. Independente, ela precisa de quem complete a sua independência.

Democrática, ela pertence a quem tutela e aprimora a democracia. Livre, ela conta com quem salvaguarda a

sua liberdade. E sobretudo, hospitaleira, fraterna, aconchegante, cordial, ela reclama cidadãos e filhos que a

façam crescer mais e mais nestes atributos essenciais de concórdia, equilíbrio, harmonia, que a fazem

inacreditavelmente Pátria - e me dá vontade de dizer, se me permitem criar um neologismo,

inacreditavelemente Mátria.

Pensando bem, cada brasileiro, quem quer que seja, tem o direito de esperar que os outros 140 milhões de

brasileiros sejam, para ele, Pátria. Dom Lucas Moreira Neves (adaptação) Jornal do Brasil - 08/09/93.

Assinale a opção que traz corretas classificações do sujeito e da predicação verbal.

a) “Houve... uma considerável quantidade” (negrito) - sujeito inexistente; verbo transitivo direto.

b) “que jamais hão-de ver país como este” (negrito) - sujeito indeterminado; verbo transitivo indireto.

c) “mas reflete a pulsação da inenarrável história de cada um” (negrito) - sujeito simples; verbo transitivo

direto e indireto.

d) “que se recebe em herança” (negrito) - sujeito indeterminado; verbo transitivo indireto.

e) “a quem tutela” (negrito) - sujeito simples; verbo intransitivo.

Questão 02 Indique a opção em que o termo grifado NÃO é predicativo.

a) “As palavras, porém, são mais difíceis …”

b) “… e vêm carregadas de uma vida…”

COLÉGIO SHALOM

9º ANO Prof. Clécio Oliveira – Língua Portuguesa

Aluno (a):

___________________________________________

Lista de atividades RECUPERAÇÃO

SEMESTRAL

2018

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c) “…vi-me cercada de pessoas…”

d) “…selecionando animadamente e com grande competência…”

e) “Pareciam pequenas abelhas alegres…”

Questão 03 “APELO”

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, pra dizer a verdade, não senti falta,

bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no

lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de

jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário

ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se

iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, com a última luz na varanda. E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem.

Acaso é saudade. Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão

na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar

com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.” DALTON TREVISAN, “Apelo”, em “O Conto Brasileiro Contemporâneo” (seleção de textos, introdução e notas bibliográficas por Alfredo osi) 2ª ed.,

São Paulo, Cultrix, 1977, p.190.

As funções sintáticas de sem o perdão de sua presença (l. 11-12) e de a todas as aflições do dia (l. 12) são,

respectivamente:

a) predicativo do sujeito indireto.

b) predicativo do sujeito e complemento nominal de perdão.

c) adjunto adverbial de exclusão e complemento nominal de presença.

d) adjunto adverbial de exclusão e objeto indireto.

e) adjunto adverbial da exclusão e adjunto adnominal de presença.

Questão 04 - (UNIRIO RJ/1995) "CARIOCA (...) FOI O NOME DADO EM VIRTUDE DO DEPÓSITO DE PIPAS DE ÁGUAS FRESCA."

A opção correta, quanto à sintaxe da oração acima, é:

a) o predicado é nominal.

b) o predicado é verbal.

c) o verbo, na oração, é transitivo direto.

d) EM VIRTUDE DO DEPÓSITO ... FRESCA é adjunto adverbial de consequência.

e) DE ÁGUA FRESCA é complemento nominal.

Questão 05

Indique a opção em que o termo grifado NÃO é predicativo.

a) “As palavras, porém, são mais difíceis ...”

b) “... e vêm carregadas de uma vida ...”

c) “... vi-me cercada de pessoas ...”

d) “... selecionado animadamente e com grande competência ...”

e) “Pareciam pequenas abelhas alegres ...”

Questão 06

FOLHA – Seus estudos mostram que, entre os mais escolarizados, há maior preocupação com a corrupção. O

acesso à educação melhorou no país, mas a aversão à corrupção não parece ter aumentado. Não se vê mais

mobilizações como nos movimentos pelas Diretas ou no Fora Collor. Como explicar?

ALMEIDA – Esta questão foi objeto de grande controvérsia nos Estados Unidos. Quanto maior a escolarização,

maior a participação política. Mas a escolaridade também cresceu lá, e não se viu aumento de mobilização. O

que se discutiu, a partir da literatura mais recente, é que, para acontecerem grandes mobilizações, é necessária

também a participação atuante de uma elite política. No caso das Diretas-Já, por exemplo, essa mobilização de

cima para baixo foi fundamental. O governador de São Paulo na época, Franco Montoro, estava à frente da

mobilização. No Rio, o governador Leonel Brizola liberou as catracas do metrô e deu ponto facultativo aos

servidores. No caso de Collor, foi um fenômeno mais raro, pois a mobilização foi mais espontânea, mas não

tão grande quanto nas Diretas. Porém, é preciso lembrar que Collor atravessava um momento econômico difícil.

Isso ajuda a explicar por que ele caiu com os escândalos da época, enquanto Lula sobreviveu bem ao mensalão.

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Collor não tinha o apoio da elite nem da classe média ou pobre. Já Lula perdeu apoio das camadas mais altas,

mas a população mais pobre estava satisfeita com o desempenho da economia. Isso fez toda a diferença nos

dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está muito associada à sobrevivência, ao emprego, à

saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está resolvido e outras questões aparecem como mais

importantes. São dois mundos diferentes. (Adaptado de: GOIS, Antonio. Mais conscientes, menos mobilizados. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br//fsp/mais/fs2607200914.htm>.

Acesso em: 26 jul. 2009).

Considere o trecho: “Isso fez toda a diferença nos dois casos. A preocupação de uma pessoa muito pobre está

muito associada à sobrevivência, ao emprego, à saúde, à própria vida. Para nós, da elite, jornalistas, isso já está

resolvido e outras questões aparecem como mais importantes. São dois mundos diferentes.”.

As palavras grifadas são

a) predicados verbais.

b) núcleos do sujeito.

c) substantivos.

d) advérbios.

e) adjetivos.

Questão 07

DEIXEM JESON EM PAZ

André Petry

Sou a favor da legislação da eutanásia. É uma louvável alternativa que o homem encontrou para morrer

com dignidade, para evitar o suplício das dores vãs. Mesmo assim, mesmo defendendo que a eutanásia seja

um direito disciplinado na lei brasileira, eu precisaria ser louco para apontar o dedo, atirar uma pedra ou escrever

uma linha que fosse contra a atitude de Rosemara dos Santos Souza, a mãe de Jhéck Breener de Oliveira, que

luta para impedir que seu filho seja submetido à eutanásia. O pequeno Jhéck, 4 anos, está num leito de UTI,

vítima de uma doença degenerativa irreversível. Já perdeu a fala, a visão, o movimento dos braços e pernas,

alimentase por meio de sonda e respira com ajuda de aparelhos. A luta de Rosemara merece respeito e, onde

quer que ela apareça, assim tem sido. A luta de Jeson de Oliveira, o pai de Jhéck, também deveria ser respeitada.

Mas é nesse ponto que a história se complica.

Jeson queria pedir à Justiça que seu filho fosse submetido à eutanásia. Ele não suporta ver o seu filho preso

a uma cama, inerte, morto para a vida, sem andar de bicicleta, tomar um sorvete, apontar pra Lua, desenhar um

elefante, bater palmas, sorrir. E o que se fez com esse pobre homem? Não lhe deram uma lasca de respeito.

Jeson foi hostilizado, xingado, difamado. Foi acusado de assassino, de querer matar o próprio filho! Jeson

pensou até em se mudar de Franca, a cidade paulista onde mora e onde seu filho está internado, porque já não

podia caminhar na rua em paz. Ceifaramlhe o direito de ir à Justiça. Questionaramlhe até a sanidade mental,

sugerindo que procurasse tratamento psiquiátrico forma maliciosa de sugerir que a eutanásia é coisa de gente

mentalmente perturbada. Jeson, afinal, desistiu de tentar a eutanásia do filho.

“Desisto oficial e definitivamente. Quero dar chances à mãe e estou entregando meu filho a Deus”, disse

ele, numa entrevista, na véspera do feriado de 7 de setembro. O pai de Jhéck, claro, tem todo o direito de mudar

de idéia (e, pessoalmente, saúdo que tenha conseguido dominar seu sofrimento para ceder à vontade da mãe de

Jhéck).

O dado repugnante é a intolerância da qual foi vítima. Jeson virou a Geni da Franca, só faltou ser apedrejado

nas ruas. Os adversários da eutanásia religiosos dogmáticos, em geral não lhe deram o direito sequer de

pensar em voz alta. É coisa própria das mentalidades entrevadas, dos que se sentem ungidos por forças

superiores, dos que cevam suas idéias como se fossem bens supremos, perfeitos, inatacáveis.

Aos religiosos dogmáticos e intolerantes em geral, aos que sacralizam suas idéias e acham que sabem tudo

na vida e do sofrimento, aqui vai um apelo: deixem o Jeson em paz! Ele já sofre o bastante com um filho que

perdeu a liberdade de viver para tornarse um prisioneiro da vida. A eutanásia, caros intolerantes, pode ser,

sim, um ato de amor.

Revista Veja, 140905

Em qual das alternativas abaixo em verbo de conteúdo relacional está integrado um predicado nominal?

a) ”E o que se fez com esse pobre homem?”

b) ”Foi acusado de assassino...”

c) ”...[o filho] sem andar de bicicleta...”

d) ”Jeson virou a Geni de Franca...”

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Questão 08

É o caso da palavra inglesa bias, que fica parecendo outra coisa.

Quanto à predicação, tem a mesma classificação da locução verbal sublinhada na frase acima o verbo também

sublinhado em:

a) … os passageiros já se haviam acostumado com a nova tarifa.

b) … algumas nem são palavras que ele quer para o dia-a-dia.

c) … acontece quando o equivalente já existia aqui.

d) … o povão vai pegando para usar.

e) … a ponto de eles não se ajeitarem mais na língua vulgar.

Questão 09

…não apenas a devastação causada pela guerra condenara a maior parte da Europa à pobreza…

A predicação do verbo grifado na frase acima se repete em:

a) despertou esperanças tão grandes quanto a catástrofe…

b) no qual a paz e a prosperidade seriam o destino de todos.

c) que não ficava muito longe da ditadura nazista.

d) e essa conclusão positiva resiste a muitas das restrições…

e) impôs a grande parte do continente um regime repressivo…

Questão 10

“A senhora anda muito engraçada.” Assinale a alternativa em que o verbo tem valor sintático idêntico ao do verbo

sublinhado na oração acima:

a) A senhora anda muito rápido!

b) O jantar está na mesa.

c) Nós continuamos a marcha pela paz.

d) Todos permaneceram no local do acidente.

e) A moça parecia insatisfeita com o trabalho.

Questão 11 Observe a oração: "Fabiano ia SATISFEITO". O termo em destaque assume a função de:

a) predicativo do sujeito

b) objeto direto

c) adjunto adverbial

d) adjunto adnominal

e) agente da passiva

Questão 12

Assinale a opção em que o predicado da oração é verbo-nominal:

a) Por que andas, jovem rapaz, meio sorumbático?

b) Só na ficção infantil um sapo pode virar príncipe.

c) O rato, após cruel assédio, foi devorado pelo manhoso bichano.

d) Esse talentoso rapaz nasceu músico.

e) Continuo aqui. Que jeito!

Questão 13

Marte é o Futuro 1O pouso na Lua não foi só o ápice da corrida espacial. Foi também o passo inicial do turbocapitalismo que 2dominaria as três décadas seguintes. Dependente, porém, de matérias-primas do século 19: aço, carvão, 3óleo.

Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento dos limites da Terra. Ela era azul, mas finita. 4Com o

império da tecnociência, ascendeu também sua nêmese, o movimento ambiental. Fixar Marte como 5objetivo

para dentro de 20 ou 30 anos, hoje, parece tão louco quanto chegar à Lua em dez, como determinou 6John F.

Kennedy. Não há um imperialismo visionário como ele à vista, e isso é bom. A ISS (estação espacial 7internacional) representa a prova viva de que certas metas só podem ser alcançadas pela humanidade como 8um todo, não por nações forjadas no tempo das caravelas. Marte é o futuro da humanidade. Ele nos fornecerá

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9a experiência vívida e a imagem perturbadora de um planeta devastado, inabitável. Destino certo da Terra 10em

vários milhões de anos. Ou, mais provável, em poucas décadas, se prosseguir o saque a descoberto da 11energia

fóssil pelo hipercapitalismo globalizado, inflando a bolha ambiental. (Adaptado de: LEITE, M. Caderno Mais!. Folha de São Paulo.

São Paulo, domingo, 26 jul. 2009. p. 3.)

Quanto à predicação verbal, é correto afirmar:

a) Em “Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento” (ref. 3), o verbo implicar, nesse contexto, é

um verbo transitivo direto, por isso seu complemento não exige preposição.

b) Em “Não há um imperialismo visionário como ele à vista” (ref. 6), o verbo haver é considerado um verbo

de ligação, pois estabelece relação entre sujeito e seu predicativo.

c) Em “A ISS (estação espacial internacional) representa a prova viva” (ref. 5 e 7), o verbo representar é

intransitivo, portanto, não necessita complemento.

d) Em “Marte é o futuro da humanidade” (ref. 8), o verbo ser é classificado como verbo transitivo direto e

indireto, ou seja, possui um complemento precedido de preposição e outro não.

e) Em “Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem” (ref. 8 e 9), o verbo fornecer é classificado como

verbo defectivo, pois não apresenta a conjugação completa.

Questão 14

Trabalhar e sofrer 1“O trabalho enobrece” é uma dessas frases feitas que a gente repete sem refletir no que significam, feito

reza automatizada. Outra é "A quem Deus ama, ele faz sofrer", que fala de uma divindade cruel, fria, que não

mereceria uma vela acesa sequer. Sinto muito: nem sempre trabalhar nos torna mais nobres, nem sempre a dor

nos deixa mais justos, mais generosos. O tempo para contemplação da arte e da natureza, ou 5curtição dos

afetos, por exemplo, deve enobrecer bem mais. Ser feliz, viver com alguma harmonia, há de nos tornar

melhores do que a desgraça. A ilusão de que o trabalho e o sofrimento nos aperfeiçoam é uma ideia que deve

ser reavaliada e certamente desmascarada.

O trabalho tem de ser o primeiro dos nossos valores, nos ensinaram, colocando à nossa frente cartazes

pintados que impedem que a gente enxergue além disso. Eu prefiro a velha dama esquecida num 10canto feito

uma mala furada, que se chama ética. Palavra refinada para dizer o que está ao alcance de qualquer um de nós:

decência. Prefiro, ao mito do trabalho como única salvação, e da dor como cursinho de aperfeiçoamento

pessoal, a realidade possível dos amores e dos valores que nos tornariam mais humanos. Para que se trabalhe

com mais força e ímpeto e se viva com mais esperança.

O trabalho que dá valor ao ser humano e algum sentido à vida pode, por outro lado, deformar e 15destruir.

O desprezo pela alegria e pelo lazer espalha-se entre muitos de nossos conceitos, e nos sentimos culpados se

não estamos em atividade, na cultura do corre-corre e da competência pela competência, do poder pelo poder,

por mais tolo que ele seja.

Assim como o sofrimento pode nos tornar amargos e até emocionalmente estéreis, o trabalho pode aviltar,

humilhar, explorar e solapar qualquer dignidade, roubar nosso tempo, saúde e possibilidade de 20crescimento.

Na verdade, o que enobrece é a responsabilidade que os deveres, incluindo os de trabalho, trazem consigo. O

que nos pode tornar mais bondosos e tolerantes, eventualmente, nasce do sofrimento suportado com dignidade,

quem sabe com estoicismo. Mas um ser humano decente é resultado de muito mais que isso: de genética, da

família, da sociedade em que está inserido, da sorte ou do azar, e de escolhas pessoais (essas a gente costuma

esquecer: queixar-se é tão mais fácil). 25Quanto tempo o meu trabalho se é que temos escolha, pois a maioria de nós dá graças a Deus se

consegue trabalhar por um salário vil me permite para lazer, ou o que eu de verdade quero, se é que paro

para refletir sobre isso? Quanto tempo eu me dou para viver? Quanto sobra para meu crescimento pessoal,

para tentar observar o mundo e descobrir meu lugar nele, por menor que seja, ou para entender minha cultura

e minha gente, para amar minha família? 30E, se o luxo desse tempo existe, eu o emprego para ser, para viver, ou para correr atrás de mais um trabalho

a fim de pagar dívidas nem sempre necessárias? Ou apenas não me sinto bem ficando sem atividade, tenho de

me agitar sem vontade, rir sem alegria, gritar sem entusiasmo, correr na esteira além do indispensável para me

manter sadio, vagar pelos shoppings quando nada tenho a fazer ali e já comprei todo o possível muito mais

do que preciso, no maior número de prestações que me ofereceram? E, quando 35tenho momentos de alegria,

curto isso ou me preocupo: algo deve estar errado?

Servos de uma culpa generalizada, fabaricamos caprichosamente cada elo do círculo infernal da nossa

infelicidade e alienação. Essas frases feitas, das quais aqui citei só duas, podem parecer banais. Até rimos

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delas, quando alguém nos leva a refletir a respeito. Mas na verdade são instrumento de dominação de mentes:

sofra e não se queixe, não se poupe, não se dê folga, mate-se trabalhando, seja humilde, seja pobre, 40sofrer é

nosso destino, darás à luz com dor e todo o resto da tola e desumana lavagem cerebral de muitos séculos,

que a gente em geral nem questiona mais. Lya Luft, Veja, 20/1/2010

Na análise sintática da oração “Assim como o sofrimento pode nos tornar amargos e emocionalmente

estéreis...” (ref. 15), é INCORRETO afirmar que

a) “o sofrimento” é o termo a que se refere o predicado.

b) o pronome oblíquo “nos” é complemento de “pode tornar”.

c) “amargos” e “emocionalmente estéreis” se referem a “nos”.

d) o predicado dessa oração se classifica como nominal.

Questão 15

O Homem que se endereçou Apanhou o envelope e na sua letra cuidadosa subscritou a si mesmo: Narciso, rua Treze, nº 21.

Passou cola nas bordas do papel, mergulhou no envelope e fechou-se. Horas mais tarde a empregada

colocou-o no correio. Um dia depois sentiu-se na mala do carteiro. Diante de uma casa, percebeu que o

funcionário tinha parado indeciso, consultara o envelope e prosseguira. Voltou ao DCT, foi colocado numa

prateleira. Dias depois, um novo carteiro procurou seu endereço. Não achou, devia ter saído algo errado. A

carta voltou à prateleira, no meio de muitas outras, amareladas, empoeiradas. Sentiu, então, com terror, que a

carta se extraviara. E Narciso nunca mais encontrou a si mesmo. BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O homem com o furo na mão e

outras histórias. São Paulo: Editora Ática, 1998

Há um caso de predicado verbo-nominal na alternativa:

a) ...o funcionário tinha parado indeciso

b) ...consultara o envelope e prosseguira

c) ... a empregada colocou-o no correio

d) Narciso nunca mais encontrou a si mesmo

e) A carta voltou à prateleira

Questão 16

Leia a letra da canção “Garota de Ipanema”, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim.

Olha que coisa mais linda

Mais cheia de graça

É ela menina

Que vem e que passa

Num doce balanço

A caminho do mar

Moça do corpo dourado

Do sol de lpanema

O seu balançado é mais que um poema

É a coisa mais linda que eu já vi passar

Ah, por que estou tão sozinho?

Ah, por que tudo é tão triste?

Ah, a beleza que existe

A beleza que não é só minha

Que também passa sozinha

Ah, se ela soubesse

Que quando ela passa

O mundo inteirinho se enche de graça

E fica mais lindo

Por causa do amor

(www.viniciusdemoraes.com.br)

O predicativo do sujeito atribui uma característica ao sujeito de uma oração.

A alternativa que traz destacado um predicativo do sujeito é:

a) “Moça do corpo dourado / Do sol de Ipanema”

b) “Num doce balanço / A caminho do mar”

c) “O seu balançado é mais que um poema”

d) “O mundo inteirinho se enche de graça”

e) “E fica mais lindo / Por causa do amor”

Questão 17

A mais grácil criatura

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Adão vivia nu e feliz no jardim do Éden. Um dia, Adão sentiu-se muito macambúzio e sorumbático e não sabia

por quê. Inopinadamente a moedinha caiu – Plink! Adão notou que cada bichinho tinha o par de cada bichinho:

o jacaré tinha a jacaroa; o veado tinha a veada; o antílope tinha a antílopa e assim por diante, mas Adão não

tinha a companheira de Adão. Adão decidiu, portanto, pedir a Deus que confeccionasse uma companheira para

Adão.

- Ó Deus! Por que Adão não tem uma companheira para Adão? Deus disse tonitruantemente como é do estilo

de Deus:

- Farei para Adão, ó Adão, a mais bela, a mais grácil, a mais desejável criatura cujos delicados pezinhos já

pisaram a relva macia. Mas a confecção da criatura custará a

Adão um olho, um braço e uma perna!

Ao que Adão respondeu:

- Ah, pega leve, Deus. Vê aí o que dá pra fazer com uma costela. Disponível em: www.fotolog.com/virtus/1516903. Acesso em: 10 mar. 2015.

Pela leitura, você deve ter percebido que o texto não está escrito de acordo com a norma culta da língua, dando

a impressão de que quem o escreveu o fez propositalmente.

Leia, analise as frases que seguem e indique com S os períodos simples e, com C, os períodos compostos.

I. “Adão vivia nu e feliz no jardim do Éden.”

II. “Um dia, Adão sentiu-se muito macambúzio e sorumbático e não sabia por quê.”

III. “Por que Adão não tem uma companheira para Adão?”

IV. “Deus disse tonitruantemente como é do estilo de Deus.”

V. “Vê aí o que dá pra fazer com uma costela...”

Assinale a alternativa CORRETA que contempla a sequência dos períodos I a V, respectivamente.

a) C, C, S, C, S

b) S, C, S, C, C

c) S, S, C, C, C

d) C, S. C, S. C

e) C, S, S, C, S

Questão 18

Leia a charge:

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Nas falas, predominam orações com predicado

a) nominal, pois se descrevem sentimentos.

b) verbal, pois se enfatizam ações realizadas.

c) nominal, pois se comentam transformações.

d) verbal, pois se caracterizam as personagens.

Questão 19

O leão fugido O leão fugido do circo vinha correndo pela rua quando viu um senhor à sua frente. Aí caminhou pé ante pé,

bateu delicadamente nas costas do senhor e disse disfarçando a voz leonina o mais possível: “Cavalheiro, tenha

cuidado e muita calma: acabei de ouvir dizer que um macaco fugiu do circo agora mesmo”. O cavalheiro,

ouvindo o aviso, voltou-se, viu o leão e morreu de um ataque do coração. O leão então murmurou tristemente:

“Não adianta nada. É tal a nossa fama de ferocidade que matamos, mesmo quando queremos agir em favor do

próximo”.

Moral: A quem nasce feroz não importa o tom de voz. (Millôr Fernandes, Fábulas Fabulosas)

Observe as passagens do texto:

• ... um macaco fugiu do circo agora mesmo.

• ... e morreu de um ataque do coração.

Quanto ao tipo de predicado das orações e à circunstância estabelecida pelas expressões “do circo” e “de um

ataque do coração”, é correto afirmar que são, respectivamente:

a) nominal; de modo e de causa.

b) verbal; de lugar e de consequência.

c) nominal; de tempo e de modo.

d) verbal; de lugar e de causa.

Questão 20

Filhos

Daqui escutei

quando eles

chegaram rindo

e correndo

na sala

e logo

invadiram também

o escritório

(onde eu trabalhava)

num alvoroço

e rindo e correndo

se foram com sua alegria

se foram

só então

me perguntei

por que

não lhes dera

maior

atenção

se há tantos

e tantos

anos

não os via

crianças

já que

agora

estão os três

com mais

de trinta anos

(Ferreira Gullar, Muitas vozes)

Nos versos – e logo / invadiram também / o escritório –, o verbo em destaque tem a mesma predicação que o

destacado em:

a) quando eles / chegaram rindo

b) (onde eu trabalhava)

c) se foram com sua alegria

d) não os via / crianças

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Questão 21

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação à sintaxe, assinale a alternativa que apresenta a

classificação incorreta da palavra destacada.

a) E a ideia de te dar assim todos os meses, enquanto quiseres, cem páginas irônicas, alegres e justas. (objeto

indireto)

b) O País perdeu a inteligência e a consciência moral. (objeto direto)

c) Já se não crê na honestidade dos homens públicos. (objeto indireto)

d) O povo está na miséria. (predicativo do sujeito)

e) O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. (predicativo do

sujeito)

Questão 22

Qual a alternativa que analisa CORRETAMENTE a função sintática dos termos grifados nas frases abaixo?

a) [...] nós somos malucos- predicativo do objeto

b) [...] as prioridades dela não incluem doideira – predicado verbo nominal

c) Maratona de desenhos à noite toda na TV – complemento nominal

d) Obviamente – vocativo

e) Nós estamos um pouco cansados hoje, Liz – (predicativo do sujeito)

Questão 23

Veja com atenção a imagem a seguir.

(Veja, edição 2437, agosto de 2015)

Considerando o texto da imagem acima, a frase “Nossa escola é resultado de um sonho...”, a expressão em

negrito tem a função de:

a) objeto direto

b) predicativo do sujeito

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c) objeto indireto

d) sujeito

e) complemento nominal

Questão 24

Os termos, destacados nas alternativas abaixo, estão analisados CORRETAMENTE na opção:

a) “[...] no fundo do mar” – a expressão funciona como adjunto adnominal.

b) “assassinaram o camarão” – oração com sujeito simples desinencial.

c) “o caranguejo levou preso o camarão” – o termo em negrito tem a função de predicativo.

d) “[...] sardinha” – tem a função de núcleo do objeto indireto.

e) “[...] tubarão” – é o objeto direto da palavra preso.

Questão 25

Leia o poema de Manuel Bandeira.

A estrada Esta estrada onde moro, entre duas voltas do

caminho,

Interessa mais que uma avenida urbana.

Nas cidades todas as pessoas se parecem.

Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.

Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.

Cada criatura é única.

Até os cães.

Estes cães da roça parecem homens de negócios:

Andam sempre preocupados.

E quanta gente vem e vai!

E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:

Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um

[bodezinho

manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz

[dos

símbolos,

Que a vida passa! que a vida passa!

E que a mocidade vai acabar. (Estrela da vida inteira, 2009.)

“Estes cães da roça parecem homens de negócios”.

A função sintática do termo destacado no excerto é a mesma do termo destacado em:

a) “cada um traz a sua alma.”

b) “E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:”

c) “Cada criatura é única.”

d) “Nem falta o murmúrio da água,”

e) “Nas cidades todas as pessoas se parecem.”

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ORAÇÕES COORDENADAS

QUESTÃO 01 — Antes que me dirija outras perguntas –

e sei que tem muitas a fazer-me – quero saber o

que aconteceu com Ema.

— Nada – respondeu, procurando dar à

voz um tom despreocupado.

— Nada?

Alexandre percebeu a ironia e seus olhos

encheram-se de ódio e humilhação. Tentou

revidar com um palavrão. Todavia, a firmeza e a

tranquilidade que iam no rosto do outro

venceram-no.

— Abandonou-me – deixou escapar,

coopnstrangido pela vergonha. E numa tentativa

inútil de demonstrar um resto de altivez,

acrescentou: — Disso você não sabia!

Um leve clarão passou pelo olhar do

homem idoso:

— Calculava, porém desejava ter certeza.

RUBIÃO, Murilo. Para gostar de ler – contos. 13. ed. São Paulo: Ática, 1998. p. 19-20. v. 9. (Fragmento)

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No trecho “Alexandre percebeu a ironia e seus olhos encheram-se de ódio e humilhação. Tentou revidar

com um palavrão. Todavia, a firmeza e a tranquilidade que viam no rosto do outro venceram-no”,

identificam-se, respectivamente, as seguintes relações sintático-semânticas das orações:

A) Adição, causa e explicação.

B) Adição, conclusão e oposição.

C) Adição, explicação e finalidade.

D) Adição, finalidade e oposição.

E) Adição, oposição e restrição.

QUESTÃO 02 Leia o poema a seguir e

responda

Não há vagas O preço do feijão

não cabe no poema.

O preço

do arroz

não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão

O funcionário público

não cabe no poema

com seu salário de fome

sua vida fechada

em arquivos.

Como não cabe no poema

o operário

que esmerila seu dia de aço

e carvão

nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,

está fechado:

“não há vagas”

Só cabe no poema

o homem sem estômago

a mulher de nuvens

a fruta sem preço

O poema, senhores,

não fede

nem cheira

Ferreira Gullar (poeta, crítico de arte – São Luís, MA – 1930)

Disponível em: <http://www.tathy.com.br/literatura/a-poesia-na-ditadura-militar-nao-ha-vagas-de-ferreira-gullar/>. Acesso em: 20 out. 2013.

Releia os três últimos versos do poema.

O poema, senhores,

não fede

nem cheira

A oração “nem cheira” estabelece no período uma relação semântica de

A) adição.

B) adversidade.

C) alternância.

D) conclusão.

E) explicação.

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QUESTÃO 03 Leia o poema a seguir para responder

O amor... É difícil para os indecisos. É assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados. Mas os

vencedores no amor são os fortes. Os que sabem o que querem e querem o que tem! Sonhar um sonho a

dois. E nunca desistir da busca de ser feliz é pra poucos. Cecília Meirelles (Rio de Janeiro, RJ – 1901-1964). Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/cecilia_meireles_amor/2/>. Acesso em: 20 out. 2013.

Releia os versos a seguir.

É difícil para os indecisos. É assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados.Mas os

vencedores no amor são os fortes.

O quarto verso destacado possui uma oração coordenada classificada como

A) assindética.

B) sindética aditiva.

C) sindética adversativa.

D) sindética conclusiva.

E) sindética explicativa.

Leia o artigo a seguir e responda as questões 05 e 06

Referência textual: uma proposta de análise das estratégias de referenciação em textos publicitários Lucimar de Almeida

Por meio de intrincadas teias que se tecem durante a progressão textual, o leitor é capaz de estabelecer mentalmente

uma continuidade de sentidos para um texto. Para que isso ocorra de forma adequada, cabe ao produtor deixar

“pistas” que possam funcionar como orientadoras de leitura para a construção da coerência. Dentre os

procedimentos linguísticos responsáveis pelo estabelecimento de relações semânticas e/ou pragmáticas entre

segmentos maiores ou menores de um texto incluem-se as expressões anafóricas.

Modernamente, a concepção de referência diz respeito, sobretudo às operações efetuadas pelos sujeitos à medida

que o discurso se desenvolve. A referência, bem como a progressão referencial, consistem na construção e

reconstrução de objetos de discurso, isto é, os referentes são construídos e reconstruídos no interior do próprio

discurso. A referenciação constitui, portanto, uma atividade discursiva; o sujeito procede a escolhas significativas

para representar estados de coisas, de acordo com sua percepção de mundo, suas crenças, atitudes e propósitos

comunicativos.

Na construção de sentido de um texto, há aspectos cognitivo-discursivos, semântico-pragmáticos, argumentativos

e textuais que são responsáveis pela progressão textual. As investigações pertinentes às formas remissivas em

textos publicitários podem revelar frutíferas contribuições sobre o assunto bem como corroborar a tarefa do

professor no tocante à análise da estrutura formal e semântica, além de servir como parâmetro para estudo de

outros textos persuasivos. Disponível em: <http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/599>. Acesso em: 20 out. 2013. (Fragmento)

QUESTÃO 04

Releia o fragmento no desfecho do artigo.

Modernamente, a concepção de referência diz respeito, sobretudo às operações efetuadas pelos sujeitos

à medida que o discurso se desenvolve.

Para manter o mesmo sentido no texto, o advérbio “sobretudo” pode ser substituído por

A) “e”.

B) “mas”.

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C) “ou”.

D) “outrora”.

E) “principalmente”.

QUESTÃO 05

Releia o fragmento a seguir. [...] corroborar a tarefa do professor no tocante à análise da estrutura formal e semântica, além de servir

como parâmetro para estudo de outros textos persuasivos.

Por estabelecer uma ideia de acréscimo à oração anterior no desfecho do artigo, a oração coordenada

destacada é classificada como

A) aditiva.

B) adversativa.

C) alternativa.

D) conclusiva.

E) explicativa.

QUESTÃO 06 Identificou-se incorretamente a relação de sentido estabelecida entre as orações coordenadas a seguir em:

A) Os mineiros conversam em silêncio, no entanto estabelecem uma rica comunicação. (oposição)

B) Lula utiliza muito a expressão “até porque”, é, pois, responsável por sua divulgação. (explicação)

C) Os jovens utilizam muito cacoetes da língua, portanto chamam tanto a atenção. (conclusão)

D) Ou os jovens utilizam os cacos de linguagem ou não se integram no grupo. (exclusão)

E) Não sou favorável a essa linguagem nem reconheço o seu valor. (adição)

QUESTÃO 07 A questão a seguir referem-se ao artigo publicado na FOLHAONLINE, na seção Esportes, a

respeito da Copa 2014, no Brasil.

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Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u574571.shtml. Acesso em: 26 nov. 2009 – adaptado.

Leia este período:

"Nosso objetivo não é deixar o país seguro, masgarantirasegurançadosjogos."

O fragmento do artigo acima – declaração do secretário-geral da Fifa – é composto por um período

composto por coordenação, em que as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática

entre elas.

A oração sublinhada, caracterizada pela introdução de uma conjunção (mas) que traz o sentido de um

contraste em relação ao sentido do discurso da frase anterior, pode ser classificada como

A) Oração Coordenada Assindética.

B) Oração Coordenada Sindética Adversativa.

C) Oração Coordenada Sindética Alternativa.

D) Oração Coordenada Sindética Conclusiva.

E) Oração Coordenada Sindética Explicativa.

QUESTÃO 08

A questão refere-se ao texto a seguir, apresentando os comentários dos brasileiros, conforme

pesquisa realizada pelo InstitutoVox Populi, daquilo que envolve a presidenta eleita no Brasil,

Dilma Rousseff, que assumiu o cargo no dia 1º de janeiro de 2011. Leia-o e observe-o com muita atenção.

Brasileiro está otimista com Dilma, mas vê influência de Lula

Pesquisa Vox Populi encomendada pelo iG mostra o que os brasileiros esperam do governo da presidenta eleita

Por Matheus Pichonelli, iG São Paulo, 2/12/2010

O brasileiro chega ao final do ano, 2010, otimista em relação ao governo Dilma Rousseff, que assumiu o comando do Palácio

do Planalto no dia 1º de janeiro. Pesquisa encomendada pelo iGao Instituto Vox Populi mostra que, para a maioria dos

entrevistados, a presidenta eleita terá condições de manter as conquistas do atual governo, contará com um quadro econômico

favorável e será capaz de dar ao País uma projeção internacional maior que a obtida nos últimos oito anos. Os entrevistados,

no entanto, ainda associam essa expectativa de sucesso à influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo.

Segundo o levantamento, 57% dos brasileiros acreditam que Lula terá forte influência sobre o futuro governo – e não apenas

apoiará Dilma caso ela necessite, como prega o discurso oficial, e como afirmam que deve acontecer 38% dos entrevistados.

Lula, que chegou ao final do mandato com índices recordes de popularidade, foi o maior fiador da campanha de Dilma à

Presidência.

Entre os atributos que os entrevistados associam à futura presidenta estão a sinceridade (citada por 59% dos participantes),

liderança e capacidade de comando (67%), preparo para administrar o País (65%), preocupação com os pobres (65%) e

melhores propostas (67%). No Nordeste, todos esses atributos são citados por mais de 70% dos entrevistados. Após a eleição

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da petista, 81% das pessoas dizem que o Brasil caminha hoje na direção certa – contra 8% que dizem o contrário. O índice

chega a 88% no Nordeste.

Para 65% dos entrevistados, Dilma poderá se beneficiar de um cenário econômico mais favorável, já que sua expectativa é

de melhoria nesta área durante os próximos quatro anos. Outros 24% acreditam que a economia deve permanecer como está e

apenas 6% afirmam prever uma piora no cenário.

O índice de otimistas em relação à economia é maior no Nordeste, onde 72% das pessoas esperam evolução na economia.

A maioria das pessoas acredita que Dilma será capaz de fazer um mandato tão bem avaliado como o do atual presidente –

outros 22% acham que o mandato será ainda melhor (o índice chega a 28% no Centro-oeste). Entre os entrevistados que

disseram ter votado em José Serra (PSDB) nas últimas eleições, 22% acreditam que o governo Dilma será pior que o de Lula

– a média da pesquisa, entre os “pessimistas”, é de 10%.

A maioria dos entrevistados acredita também que, mesmo sem a liderança do presidente Lula, o Brasil vai continuar

aumentando sua importância no cenário internacional. Essa é a avaliação de 61% das pessoas, enquanto 28% não acreditam

nessa evolução. A região onde estão concentrados os eleitores mais otimistas quanto à projeção internacional do País é o

Nordeste (67%).

Motivo de desconfiança entre setores do PT, a aliança com o PMDB, partido de o vice-presidente Michel Temer, que hoje

cobra a fatura na montagem dos ministérios pelo apoio dado durante a campanha, é vista de forma positiva por 43% dos

entrevistados. Apenas 9% dizem que a atuação do PMDB no futuro governo será negativa – para 25% ela será apenas “regular”.

A pesquisa ouviu 2.200 pessoas em 161 municípios e foi realizada entre os dias 19 e 23 de novembro de 2010. A margem

de erro é de 2,1 pontos percentuais. Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/brasileiro+esta+otimista+com+dilma+mas+ve+influencia+de+lula/n1237846021965.html -

Acesso Brasileiro está otimista com Dilma, mas vê influência de Lula.

O título do texto é formado pelo conector (ou conjunção) mas, conforme acima destacado. Seguindo

todo o contexto do artigo, com um sentido estabelecido, dizendo que, basicamente, que um dos fatos de

Dilma Rousseff ter sido eleita como presidenta do Brasil não dependeu apenas dela, contudo com grande

influência arraigada. Esse conector utilizado no título pode ser classificado como

A) Aditivo.

B) Adversativo.

C) Alternativo.

D) Explicativo.

E) Conclusivo.

QUESTÃO 09 Analise a tirinha a seguir para responder à questão:

Disponível em: http://www.letsvamos.com/letsblogar/page/3/. Acesso em: 06 nov. 2011. (adaptado)

“Eu sei, mas por que ele não pode ser injusto a meu favor?”

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A segunda oração descrita na fala de Calvin, de acordo com a sua conjunção, pode ser classificada como

oração coordenada

A) aditiva.

B) adversativa.

C) alternativa.

D) conclusiva.

E) explicativa.

QUESTÃO 10 Leia o poema de Manuel Bandeira e responda à questão:

Neologismo Beijo pouco, falo menos ainda.

Mas invento palavras

Que traduzem a ternura mais funda

E mais cotidiana.

Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.

Intransitivo:

Teadoro, Teodora. Disponível em: http://www.filologia.org.br/ixcnlf/7/06.htm. Acesso em: 06 nov. 2011. (adaptado)

“Beijo pouco, falo menos ainda.

Mas invento palavras”

As orações coordenadas do primeiro período e a relação mantida com o segundo podem ser

classificadas, respectivamente como

A) assindética e assindética.

B) sindética aditiva e sindética adversativa.

C) sindética explicativa e sindética aditiva.

D) sindética explicativa e sindética conclusiva.

E) assindética e sindética adversativa.

QUESTÃO 11

A questão refere-se ao texto a seguir, a respeito de Educação.

Leia-o e observe-o com atenção.

Educar com arte e a arte de educar William Lara*

A tarefa da educação é delicada porque supõe, em princípio, amor, desprendimento, doçura, firmeza, paciência e decisão.

Diversas obras já foram escritas sobre esse assunto. Quantas vezes os adultos, cheios de entusiasmo e esperança, compram

este ou aquele livro com o intuito de resolver um problema específico que os preocupa em relação à atitude de suas crianças?

Ao ler... vê-se tão fácil! Os livros contêm, às vezes, infinidades de teorias, fórmulas e até conselhos que parecem mágicos,

com diálogos imaginados e reações quase perfeitas das crianças diante da iniciativa dos responsáveis. Se fosse apenas isso, na

vida diária...

No entanto, a realidade é outra. Quando os adultos tentam colocar em prática alguns desses conceitos que acabam de ler e isso

não sai como eles esperavam, pensam: "O que aconteceu? Onde está o erro, se fiz exatamente o que o livro dizia?”

Acontece que "educar é uma ciência e uma arte; uma arte porque não tem regras fixas, ou seja, cada caso é diferente, cada

circunstância é única". Um pequeno texto, uma palavra, um gesto, uma pintura, um desenho ou uma ajuda em uma situação

em que não esperávamos pode preencher uma vida, mudar seus horizontes e abrir possibilidades para nós mesmos, pois muitas

vezes entender, explicitar ou descrever é um bem, um exercício.

Então...

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O que todos podem fazer, quando se sentem desorientados e aflitos? Às vezes querem se dar por vencidos ou descarregar a

responsabilidade em um terceiro (coordenadores, psicólogos, etc.). Mas, no fundo, todos sabem que é sua responsabilidade dar

às crianças e aos adolescentes as ferramentas e respostas de que necessitam.

O objeto da educação não está só no sentido literal do verbo “educar”, mas, sim, no modo como o fazemos, a forma como

prosseguimos pensando, o tipo de distinções que apresentamos, a moral e a ética dos critérios em que baseamos o caminho a

percorrer.

Educar é como ensinar alguém a andar ou a falar (nada de metafórico existe nessa comparação). Andar verticalmente e falar

é a educação mais fundamental do modo de ser quem somos: humanos. Aprender a ler, a fazer contas e a dominar a técnica, o

conhecimento científico e o processo de desenvolvimento de mais e mais conhecimentos no âmbito de uma comunidade em

que estamos imersos é a mesma coisa que aprender a falar. Todos esses aspectos que enquanto adultos nos envolvem são

distinções no âmbito do processo fundamental que nós próprios somos: um erguer e um puxar, um indicar de possibilidades,

um mostrar de mundos, um incentivar e ajudar, um responsabilizar, autonomizar e cuidar.

Em resumo, educar, desde os primeiros dias até os últimos, é deixar os outros serem humanos — ensinar, no sentido de

educar, é muito mais difícil do que aprender. E por que isso é assim? Não apenas porque quem ensina deve dominar uma maior

massa de informações e tê-la sempre pronta a ser utilizada, mas porque ensinar requer algo muito mais difícil, complexo e

poderoso: deixar aprender.

Quem verdadeiramente ensina passa realmente pelo aprender. Esse aprender, por sua vez, deixa de ser revelado e tem seu

fundamento na liberdade individual.

O que aprendemos quando aprendemos a aprender? O que aprendemos quando somos educados? O que é a educação? Com

base em que a educação ganha seu sentido, sua pertinência, sua vitalidade e seu caráter decisivo? A resposta é simples: educar

é deixar surgir o homem e suas possibilidades.

Por tudo isso, a educação é essencialmente um apontar de possibilidades, de distinções, de relações e de humanidade. Educar

é abrir, é erguer, é questionar, é duvidar e ensinar a duvidar, é ser modesto em saber ajudar. Quem deve então educar quem? A

resposta é a mesma que foi dada à pergunta “Quem ajuda quem?”.

Na educação, o essencial não é o assunto ou o conteúdo, mas a perspectiva, o modo e a relação. Ou, antes, o objeto da

educação não é o fato de ‘decorar’, como, por exemplo, a Geografia, a História, a Matemática, a Língua Portuguesa, a Educação

Física ou as Artes Plásticas. Aquilo sobre o que a educação recai é um modo de ser, que cuida, que toma conta, que se envolve,

deixa-se envolver e deixa ser.

Uma hora é uma medida, uma bola é um passatempo e um conceito é um instrumento, mas cada um de nós é todo o mundo.

Assim, a qualquer momento em qualquer mundo, uma palavra, um gesto ou um olhar pode entrar e não mais sair. Se deixamos

preservar esses momentos, podemos muito bem tocar não apenas naquilo que no momento estamos fazendo, mas toda uma

vida — e isso é verdadeiramente o objeto do educar.

* William Lara é jornalista, pós-graduado em Jornalismo Científico e editor da revista de educação Páginas Abertas - Paulus

Editora.

Disponível em: http://www.aprendebrasil.com.br/articulistas/outrosEducacao_lista.asp?artigo=artigo0047 Acesso em: 02

dez. 2010. – adaptado. (Fragmento).

Leia este período:

Uma hora é uma medida, uma bola é um passatempo e um conceito é um instrumento (...).

As Orações Coordenadas do texto, conforme trecho acima, podem ser classificadas, respectivamente,

como

A) Somente Assindéticas.

B) Sindéticas Explicativas e Sindética Aditiva.

C) Sindéticas Conclusivas.

D) Assindéticas e Sindética Explicativa.

E) Assindéticas e Sindética Aditiva.

QUESTÃO 12 A questão refere-se ao enunciado a seguir, relacionado com o Período Composto por Coordenação.

- Ela não irá à festa, pois seu pai não permite.

- Fez sozinho toda a planta do prédio. Sabe, pois, senhores, todos os riscos.

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De acordo com a observação do enunciado sintático especificado e os efeitos de sentido dos articuladores

(conjunções coordenativas) com as primeiras orações, as orações coordenadas sublinhadas podem ser

classificadas, respectivamente, como

A) Sindética Explicativa e Sindética Explicativa.

B) Sindética Conclusiva e Sindética Conclusiva.

C) Sindética Explicativa e Sindética Conclusiva.

D) Sindética Adversativa e Sindética Adversativa.

E) Sindética Explicativa e Sindética Adversativa.

QUESTÃO 13

A questão referem-se ao enunciado a seguir, relacionado com o Período Composto por

Coordenação. Leia-o e analise-o.

- Ele trabalhou durante todo o mês, e não recebeu seu salário.

- João trabalha e estuda.

Orações coordenadas sublinhadas podem ser classificadas, respectivamente, como

A) Sindética Adversativa e Sindética Aditiva.

B) Sindética Alternativa e Sindética Aditiva.

C) Sindética Alternativa e Sindética Adversativa.

D) Sindética Aditiva e Sindética Aditiva.

E) Sindética Adversativa e Sindética Adversativa.

QUESTÃO 14

A questão refere-se ao enunciado a seguir, relacionado com o Período Composto por Coordenação.

- Ou ele estuda, ou ele trabalha.

- Estude, ou não sairá nesse sábado.

A interpretação do valor semântico e discursivo das orações coordenadas, de acordo com as conjunções

sublinhadas e o enunciado, podem ser classificadas, respectivamente, como:

A) Oração Coordenada Sindética Alternativa que associa argumentos relacionados com a escolha por

determinada atitude: estuda ou trabalha; ou um, ou outro; não há como praticar as duas ações. Oração

Coordenada Sindética Conclusiva, concluindo a respeito da necessária ação do destinatário no segundo

enunciado: se estudar, poderá sair.

B) Oração Coordenada Sindética Alternativa que associa argumentos relacionados com a escolha por

determinada atitude: estuda ou trabalha; ou um, ou outro; não há como praticar as duas ações. Oração

Coordenada Sindética Alternativa que associa a provável exigência do falante/locutor a respeito da

necessária ação do destinatário no segundo enunciado: se ele não estudar, não poderá sair no sábado.

C) Oração Coordenada Sindética Explicativa, detalhando argumentos relacionados com a escolha por

determinada atitude: estuda ou trabalha; ou um, ou outro; não há como praticar as duas ações. Oração

Coordenada Sindética Alternativa que associa a provável exigência do falante/locutor a respeito da

necessária ação do destinatário no segundo enunciado: se ele não estudar, não poderá sair no sábado.

D) Oração Coordenada Sindética Conclusiva que associa conclusão estabelecida pelo falante: estuda ou

trabalha; ou um, ou outro; não há como praticar as duas ações. Oração Coordenada Sindética

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Alternativa que, de forma alguma, estabelece a exigência do falante/locutor a respeito da necessária

ação do destinatário no segundo enunciado: se ele não estudar, não poderá sair no sábado.

E) Oração Coordenada Sindética Alternativa que associa argumentos relacionados com a escolha por

determinada atitude: estuda ou trabalha; ou um, ou outro; não há como praticar as duas ações, de

acordo com a provável exigência do falante/locutor. Oração Coordenada Sindética Aditiva que

exprime a soma das orações – falante/locutor –, de acordo com o sentido: estudar, trabalhar.

QUESTÃO 15 Assinale a opção em que a oração coordenada, embora introduzida por conjunção aditiva, exprime

contraste, oposição ou compensação em relação à anterior.

A) Além de produzir frutos, as mangueiras, como as demais árvores, enfeitam a natureza e oferecem

sombra

B) Os livros são verdadeiros amigos que instruem e divertem

C) As operosas abelhas produzem mel e polinizam as flores.

D) Ao contrário do ferro, que apenas mata, o ouro corrompe, avilta e desonra

E) Eu enchi a cara na juventude e não me tornei alcoólatra.

QUESTÃO 16 - (UNIV. FED. SANTA MARIA – RS)

Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação

de sentido.

1. Correu demais, ... caiu.

2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.

3. A matéria perece, ... a alma é imortal.

4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.

5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.

A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

B) por isso, porque, mas, portanto, que

C) logo, porém, pois, porque, mas

D) porém, pois, logo, todavia, porque

E) entretanto, que, porque, pois, portanto

Questão 17 - (F. TIBIRIÇA-SP) No período "Penso, logo existo", oração em destaque é:

A) coordenada sindética conclusiva

B) coordenada sindética aditiva

C) coordenada sindética alternativa

D) coordenada sindética adversativa

QUESTÃO 18

Ele pensava numa nova edição do seu romance pela mesma editora; NÃO, PODERIA, POIS, TER

RESCINDIDO O CONTRATO COM ELA.”

A oração destacada classifica-se como

A) subordinada adverbial final.

B) subordinada adverbial consecutiva.

C) subordinada adverbial condicional.

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D) coordenada assindética explicativa.

E) coordenada sindética conclusiva.

QUESTÃO 19

No período: “Paredes ficaram tortas, animais enlouqueceram e as plantas caíram”, temos:

A) Duas orações coordenadas assindéticas e uma oração subordinada substantiva.

B) Três subordinadas substantivas.

C) Três orações coordenadas.

D) Quatro orações coordenadas.

E) Uma oração principal e duas orações subordinadas.

QUESTÃO 20

Considere as frases abaixo:

1. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.

2. Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano.

3. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.

4. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada!

5. O amo abrandou, e Fabiano saiu de costas, o chapéu varrendo o tijolo.

Pode-se afirmar que temos orações coordenadas sindéticas aditivas em:

A) 1, 2 e 3;

B) 1, 3 e 4;

C) 1, 3 e 5;

D) 2, 4 e 5;

QUESTÃO 21

A conjunção E normalmente é usada como conjunção coordenada aditiva. No entanto, em uma das

alternativas abaixo, isso não ocorre:

A) Entrou, comprou ingressos e saiu logo.

B) Maria é amiga de César e Vera, de Mário.

C) Não se preparou para o concurso e conseguiu passar.

D) Saia daí e não volte mais!

E) Nem um nem outro conseguiu pagar a conta e ficaram devendo o almoço.

QUESTÃO 22

A conjunção E tem valor adversativo na frase:

A) Cheguei, vi e venci.

B) Arrumou as malas e despediu-se.

C) Deitei-me exausto e não consegui dormir.

D) Siga o meu conselho e não se arrependerá.

E) Choveu durante toda a noite e não pudemos sair.

QUESTÃO 23

"Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!"

Neste trecho temos:

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A) uma oração coordenada sindética adversativa

B) uma oração coordenada sindética aditiva

C) uma oração coordenada assindética e uma coordenada aditiva

D) uma oração coordenada e uma subordinada

PRONOMES

Questão 01

Leia atentamente o anúncio publicitário abaixo.

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Disponível em

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco%2Fvisualizar_aula&aula=13486&secao=espaco&request_locale=es

Acesso em 09 de abril de 2018

A) No anúncio, o pronome possessivo indica que alguma coisa pertence a uma das pessoas do

discurso. Identifique a quem se refere o pronome “sua”.

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B) Elabore outro slogan criativo para o anúncio, mantendo o pronome possessivo “sua”.

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Questão 02

Observe atentamente a capa do livro abaixo, escrito por Gianni Rodari.

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Divulgação

No título do livro, a palavra “porquês” aparece no plural, junto e com acento, pois é

A) um pronome.

B) uma conjunção.

C) um adjetivo.

D) um substantivo.

Questão 03

Observe o infográfico a seguir:

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(GALILEU, maio de 2010, n⁰ 226, p. 20) Leia os períodos a seguir:

Foi no México onde os Maias utilizaram o chocolate como oferenda.

Na Áustria aonde chegara o chocolate em 1521, a rainha Anna tornou-se chocólatra.

Observando os pronomes relativos ONDE e AONDE nas orações acima, descreva o que diferencia o

uso desses vocábulos na Norma Culta.

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Questão 04 Assinale a alternativa em que o pronome relativo está empregado incorretamente.

A) A história que Susanita criou espantou Mafalda.

B) A menina a quem Mafalda questionou ficou confusa.

C) Mafalda esperava uma resposta, a qual não foi possível.

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D) A menina que fez a pergunta a Susanita é bem esperta.

E) Susanita descreve aonde a cegonha fez escalas.

Questão 05 Leia o poema a seguir e responda a questão.

Disponível em: <http://isjportugues.blogspot.com/2011/07/quais-sao-os-antecedentes-dos-pronomes.html>. Acesso em: 12 mar. 2012. (Adaptado)

Leia um trecho do 1º quadrinho e outro do 2º quadrinho.

1º - Um primo meu que sabe inglês traduziu umas músicas dos Beatles.

2º - Aqui tem uma frase que eu queria copiar.

A classificação gramatical do termo sublinhado é: A) Pronome Demonstrativo.

B) Pronome Indefinido.

C) Pronome Possessivo.

D) Pronome Relativo.

Questão 06 . Leia o texto a seguir.

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Disponível em: <http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/fotos_lista.jsp?PAG=201106&FT=54>. Acesso em: 04 nov. 2014. Releia a frase a seguir.

“Trabalho é uma palavra que não combina com infância”

A) Reescreva o trecho, separando-o em dois períodos distintos, substituindo o pronome relativo “que”

pelo seu referente.

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B) Aponte a importância do uso do pronome relativo para a coesão no período.

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Questão 07

REVISTA VEJA. São Paulo: Editora Abril, ed. 2406, ano 47, n° 53. 31 dez. 2014.

Na chamada principal dessa capa, o pronome relativo é um mecanismo de articulação que contribui para

a obtenção dos efeitos de sentido pretendidos pelo enunciador. Ele poderia ser substituído, sem prejuízo

da coesão e do sentido original do texto, pelo seguinte conectivo:

A) No qual.

B) Onde.

C) O qual.

D) Que.

Questão 08 Leia o período a seguir:

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A professora segura a filha da diretora, que morreria de câncer uma semana depois.

Qual vocábulo poderia substituir o pronome relativo QUE na construção acima para evitar o DUPLO

SENTIDO? Justifique sua resposta.

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Questão 09

O português das bulas

As bulas de remédios são inúteis para os consumidores. Além de trazerem informações desnecessárias e assustadoras, vêm

carregadas de advertências confusas, que podem abalar a confiança que os clientes têm nos médicos. O objetivo é fornecer

argumentos aos advogados dos laboratórios em eventuais ações judiciais. Os consumidores que se danem.

A bula deveria prestar informações indispensáveis aos consumidores. Mas não o faz com eficiência. A primeira dificuldade é

o tamanho das letras. Antes de tomar o remédio – os redatores das bulas diriam ‘ingerir o medicamento’ – o cliente deve

lembrar-se da relação de Jesus com as crianças e exclamar ‘vinde a mim as pequeninas’.

Quem lê as bulas? Quase sempre as pessoas mais velhas. Ou porque vão tomar aqueles remédios ou porque vão administrá-los

a quem, mesmo sabendo ler, não entenderia o que ali vai escrito. Os laboratórios não pensaram nisso ao escolher letras tão

pequeninas. Ou pensaram e quiseram economizar papel. Seus consultores diriam ‘otimizar recursos’.

O cliente toma óculos ou lupa e começa a difícil tarefa de ler a bula. Na compra do remédio – os marqueteiros dos laboratórios

diriam ‘produto’ – houve dificuldade prévia. O balconista foi obrigado a decifrar os garranchos do médico. Como é que a

sociedade brasileira tolera tamanha desconsideração e irracionalidade? A simples troca de letras pode transformar um remédio

em veneno. E muitos médicos prescrevem suas receitas numa caligrafia incompreensível.

Um dia desses fui surpreendido com insólita metodologia de interpretação. Balconista e escritor tentavam ler o que certo doutor

prescrevera a uma velhinha que, como a mãe do presidente Lula e todas as outras do universo, nascera analfabeta e ainda não

tinha aprendido a ler. Foi então que uma luz desceu sobre a mente da balconista. ‘Ah, esta receita é do doutor Fulano de Tal’.

Ela sabia que aquele médico receitava sempre o mesmo remédio! O estilo, no léxico, lembrava o de Marcel Proust na sintaxe!

Cápsula, drágea, posologia, solução oral, ingestão concomitante etc, eis amostras de palavras e expressões muito freqüentes

em bulas. Quem as entende? Na bula de uma pastilha, que sequer entrou numa escola de judô e por isso não tem faixa preta,

lemos esta maravilha nas indicações: ‘nas irritações e dores orofaríngeas oriundas de infecções ou processos cirúrgicos, como

auxiliar no tratamento de angina de Vincent’. Modestos, os pesquisadores dão o próprio nome às doenças que identificaram.

O médico francês Henri Vincent estudou a angina e morreu aos 88 anos. Terá chupado muito a tal pastilha? Com faixas

vermelhas ou pretas, os remédios custam sempre uma nota preta.

A bula tem uma história curiosa. Veio do latim e significa bolha. As primeiras bulas eram marcas feitas com anel para autenticar

documentos oficiais e tinham a aparência de bolhas. Bola em latim é bulla. Foi o rei francês Luís II, o Gago, que entre 877 e

879 denominou bula o selo real. Afinal, semelhava uma esfera ou bola.

Antigamente a embalagem mais comum dos remédios era uma garrafinha. Pendurada num cordão vinha a bula que tinha o fim

de atestar que não era uma garrafada, era um remédio oficial. A garrafinha passou a ser denominada frasco. A substância, que

era líquida, passou a ser oferecida em comprimidos.

A linguagem das bulas dos remédios deixou de defender os fracos e oprimidos. Hoje, só defende os frascos e comprimidos,

como já ironizou antiga peça publicitária.

A Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – parece nome de cartão de crédito – tomou a iniciativa de modificar

as regras para a redação das bulas. Que os laboratórios chamem profissionais que saibam escrever.’

Qual das opções abaixo a palavra QUE se DIFERE de um pronome relativo?

A) “tinha o fim de atestar que não era uma garrafada”

B) “dão o próprio nome às doenças que identificaram.”

C) “podem abalar a confiança que os clientes têm nos médicos”

D) “Os consumidores que se danem”

Questão 10 Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade (Itabira, estado das Minas

Gerais, 1902 – 1987). Em seguida, responda.

Dezembro

Quem me acode

à cabeça e ao coração

neste fim de ano,

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entre alegria e dor?

Que sonho,

que mistério,

que oração?

Amor.

Fonte: http://pensador.uol.com.br/poemas_lindos/7/ – 23/6/2011– adaptado.

Os vocábulos QUEM e QUE, articulados, respectivamente, na primeira e na segunda estrofe do poema,

conforme as formulações em que eles se estabelecem no contexto, são classificados como

A) Pronomes Relativos.

B) Pronomes Indefinidos.

C) Pronomes Possessivos.

D) Pronomes Interrogativos.

Questão 11

Leia o texto a seguir e responda a questão.

Horrorizado da aranha, desviei dela a minha luneta mágica e em movimento de repulsão levei-a até uma

das extremidades do telhado, onde encontrei metade do corpo de um rato que1 me olhava esperto e com

ar que2 me pareceu de zombaria.

Senti vivo desejo de estudar o rato e fixei-o com a minha luneta; mas o tratante somente me deixou exposto

durante minuto e meio, e fugiu-me, deixando-me ouvir certo ruído que3 me pareceu verdadeira risada de

rato.

Disponível em: <http://pt.wikisource.org/wiki/A_Luneta_M%C3%A1gica/II/XXXIX>. Acesso em: 15 mar. 2012. (Adaptado) – Fragmento.

Escreva respectivamente os três antecedentes do vocábulo “que” conforme as três articulações

enunciativas dessas orações no texto.

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Questão 12

. Disponível em: <http://www www.gocomics.com/calvinandhobbes>. Acesso em: 24 out. 2012. O destaque que o pronome eu recebe no 3º quadro da tira sinaliza

A) a gravidade da situação que impede o garoto de ir à escola.

B) a convicção do garoto quanto à impossibilidade de ir à escola.

C) a arrogância do garoto, que está certo de impor sua vontade à mãe.

D) a humildade do garoto ao apontar sua solução para a situação.

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Questão 13

Leia o texto.

Arqueólogos encontram casa onde Jesus pode ter passado a infância Estrutura situada em Nazaré era reconhecida por povos antigos como local onde ele foi criado

RIO - Arqueólogos descobriram em Nazaré, cidade de Israel descrita como local onde Jesus passou a

infância, uma casa que pode ter sido o lugar onde ele foi criado por Maria e José. A estrutura data do

primeiro século e foi parcialmente construída com paredes de argamassa e pedra, apoiada numa encosta

rochosa. [...]

Disponível em: <http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/arqueologos-encontram-casa-onde-jesus-pode-ter-passado-infancia-

15486050#ixzz3Ug8b7SNW>. Acesso em: 18 mar. 2015. (Fragmento) Releia o período: “Arqueólogos descobriram em Nazaré, cidade de Israel descrita como local onde Jesus

passou a infância, uma casa que pode ter sido o lugar onde ele foi criado por Maria e José.”

Qual é o antecedente de natureza substantiva a que a oração destacada se refere?

A) Casa.

B) Cidade.

C) Local.

D) Lugar.

Questão 14 “No meio da multidão comentava-se, explicava-se, definia-se o incêndio.

“Que felicidade ser o desastre em tempo de férias! – Dizem que foi proposital...” Afirmava-se que o fogo 5começara de uma sala onde estavam em pilha os colchões, retirados para a lavagem da casa. Dizem que começara

simultaneamente de vários cantos, por arrombamentos do tubo de gás perto do soalho. Alguns suspeitavam de

Aristarco e aventuravam considerações a respeito das 10circunstâncias financeiras do estabelecimento e do luxo do

diretor.” POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Fortaleza: ABC, 2006. p. 179.

O pronome onde (linha 5) refere-se

a) a determinado espaço físico.

b) ao empilhamento de colchões.

c) à lavagem de uma sala da casa.

d) ao momento inicial do incêndio.

Questão 15

Das orações ora retratadas, explique a diferença de sentido existente entre elas, no que se refere ao artigo que

acompanha o substantivo:

Eu acompanhei a garota até sua casa.

Encontrei uma garota por onde eu passava.

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Questão 16

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si,

com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.

Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio

teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo

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como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos,

quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver. Amyr Klink, Mar sem fim.

Na frase “que nos faz professores e doutores do que não vimos”, o pronome sublinhado retoma a expressão

antecedente:

a) “para lugares”.

b) “o mundo”.

c) “um homem”.

d) “essa arrogância”.

e) “como o imaginamos”.

Questão 17

O desemprego dos idiotas Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que acaba de ser divulgada, informa que inúmeros setores da

economia estão desesperados à procura de mão-de-obra qualificada. Não estamos falando aqui de doutores, mas de

qualificações simples. Esse é o desemprego dos idiotas.

É preciso muita idiotice pública (muita mesmo) para chegarmos nessa situação em que há um imenso número de

desempregados, especialmente jovens, e uma não menos imensa demanda por trabalhadores com um mínimo de preparo. Além

do drama humano dos batalhões de marginalizados, temos um nada desprezível impacto no crescimento econômico. Sem contar

que, com melhor educação profissional, se conseguiria distribuir mais a renda.

O desemprego dos idiotas ocorre, entre outros motivos, porque se dá mais atenção aos cursos superiores tradicionais, os

quais, muitas vezes, são de péssima qualidade e cuja empregabilidade é baixíssima. Isso com estímulo oficial que dá bolsas a

alunos mais pobres para cursarem faculdades medíocres.

Para reduzir esse problema, bastaria conhecer as vocações econômicas locais e preparar mão-de-obra para elas,

acrescentando ensino profissionalizante ao ensino regular. Tudo isso pode ser feito com a ajuda dos recursos de educação à

distância. Nada disso é novidade e já temos, no Brasil, vários casos de sucesso. É muito mais barato um curso superior para

tecnólogo do que a graduação normal. Mas muitos jovens não sabem disso na hora de prestar o vestibular.

O melhor que se pode fazer pela inclusão de verdade dos jovens é ampliar a oferta de ensino profissionalizante,

transformando as escolas de ensino médio numa porta de saída ao mercado de trabalho.

Gilberto Dimenstein. Folha Online, 7/10/2007, www.folha.com.br. consulta 23/07/2008. Em “Isso com estímulo oficial que dá bolsas a alunos mais pobres para cursarem faculdades medíocres.” (3º§), a

palavra sublinhada se refere à(às)

a) preocupação com o problema denominado de desemprego dos idiotas.

b) necessidade de se profissionalizar os jovens economicamente marginalizados.

c) ênfase dada pelo governo a cursos de pouca empregabilidade.

d) causas geradoras do despreparo profissional dos jovens.

e) necessidade de profissionalização dos jovens no ensino médio.

Questão 18

“No meio da multidão comentava-se, explicava-se, definia-se o incêndio. “Que felicidade ser o desastre em tempo de férias! – Dizem que foi proposital...” Afirmava-se que o fogo

5começara de uma sala onde estavam em pilha os colchões, retirados para a lavagem da casa. Dizem que começara simultaneamente de vários cantos, por arrombamentos do tubo de gás perto do soalho. Alguns suspeitavam de Aristarco e aventuravam considerações a respeito das 10circunstâncias financeiras do estabelecimento e do luxo do diretor.”

POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Fortaleza: ABC, 2006. p. 179.

O pronome onde (linha 5) refere-se a) a determinado espaço físico. b) ao empilhamento de colchões. c) à lavagem de uma sala da casa. d) ao momento inicial do incêndio.