colégio goyazes - em busca de...

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Aline Cavalcanti ESCOLA ESCOLA Hoje o processo educacional não é mais um problema apenas local, embora os países em desenvolvimento têm muito mais problemas. Em um mundo sem fronteiras, uma educação equânime ou mais horizontalizada é importante para todos os países Colégio goyazes - eM BUsCa De Alunos da rede pública de ensino de Goiânia fazem ato simbólico de abraço coletivo em prol da preservação das nascentes dos rios Página 3 Páginas 6 e 7 Página 8 Dia MUnDial Da ÁgUa www.tribunadoplanalto.com.br/escola - 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 - Nº 823 Um abraço PARA MUDAR O MUNDO V Valdinei alério ENTREVISTA PARCERIA Superação Palco de tragédia em outubro, quando um aluno atirou e matou dois colegas e feriu outros quatro, colégio aproveita o início do novo ciclo escolar para fortalecer a união entre os estudantes, professores e familiares. “Estamos conseguindo transformar o ambiente escolar em um lugar aconchegante”, diz a diretora, Roseli Rizzo. Páginas 4 e 5 R$ 62 MilHÕes Estado formaliza doações a 119 prefeituras Fotos: Mônica Salvador

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Aline Cavalcanti

E S C O L AE S C O L A

Hoje o processo educacional não

é mais um problema apenas local, embora os países em desenvolvimento têm muito mais problemas. Em um mundo sem fronteiras, uma educação equânime ou mais horizontalizada é importante para todos os países

Colégio goyazes - eM BUsCa De

Alunos da rede pública de ensino de Goiânia fazem ato simbólico de abraço coletivo em prol da preservação das nascentes dos rios

Página 3

Páginas 6 e 7Página 8

Dia MUnDial Da ÁgUa

www.tribunadoplanalto.com.br/escola - 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 - Nº 823

Um abraço

para mudar o mundo

V Valdinei alério

entrevista

parceria

SuperaçãoPalco de tragédia em outubro, quando um aluno atirou e matou dois colegas e feriu outros quatro, colégio aproveita o início do novo ciclo escolar para fortalecer a união entre os estudantes, professores e familiares. “Estamos conseguindo

transformar o ambiente escolar em um lugar aconchegante”, diz a diretora, Roseli Rizzo. Páginas 4 e 5

R$ 62 MilHÕesEstado formaliza doações a 119 prefeituras

Fotos: Mônica Salvador

GOIÂNIA, 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola2 E S C O L AE S C O L A

Poucos assuntos são tão urgentes para o País como a educação. Prioridade das prioridades, ela deve estar no centro de qualquer debate que pense o Brasil para amanhã, para o próximo ano, para

a próxima década e próximo século. Se há um consenso aqui, é de que somente uma educação de qualidade nos colocará no seleto grupo de países que conseguiram superar o atraso, chegando ao patamar de nação desenvolvida.

E vários são os caminhos da educação. Assim como a ciência, a educação se reinventa a cada instante. Por isso devemos estar atentos às boas práticas que estão por aí, prontas para ser colhidas, divulgadas e replicadas. Projetos e modelos educacionais que trazem resultados positivos devem ser conhecidos e estimulados, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde se tem realidades as mais diversas.

ESCOLA traz nas páginas 6 e 7 um entrevista que aborda um aspecto essencial quando se discute educação: a profissionalização. A educação profissionalizante no Brasil, em que pesem os êxitos dos Sistema S, especialmente Sesi e Senai, ainda está distante a realização do sonho de termos esse tipo ou modalidade de ensino acessível aos jovens e adolescentes.

É dessa busca da junção da educação com a aprendizagem profissionalizante que fala o entrevistado. Valdinei Valério da Silva é superintendente de Operações da Rede Pró-Aprendiz e coordena o C20, ou Grupo Civil 20, formado por organizações da sociedade civil que está preparando pauta na área educacional para ser discutida no encontro do G20, a reunião dos 20 países mais desenvolvidos do planeta, que será realizado em novembro, em Buenos Aires.

Os debates do C20 giram em torno de temas de relevância global, como emprego decente, capacitação e atualização profissional e contínua, desenvolvimento local sustentável para a promoção do trabalho, fortalecimento da seguridade social, acesso, inclusão e permanência na escola, acompanhamento da trajetória educativa, financiamento à educação de qualidade e justiça educativa. Fomentando discussão e sugerindo ações, o grupo buscar assegurar que os líderes do G20 tomem posições proativas em temas importantes como educação, trabalho e inclusão.

Manoel Messias Rodrigues - Editor

prioridade das prioridades

L eCarta ao eitor

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caro leitor, envie sugestões de pautas, críticas, artigos e textos para serem avaliados e publicados. ajude-nos a fazer o caderno escOLa em sintonia com a educação em Goiás, em sintonia com você. Escreva para: [email protected]

No intuito de contemplar os temas emergentes na especialização de profissionais graduados em Ciências da Computação, Sistemas de Informação, Processamento de Dados e áreas afins, a Fasam - Faculdade Sul-Americana amplia a estrutura curricular do curso de Pós-graduação em Engenharia de Software. Os processos de Gamificação e o fenômeno das Moedas Digitais serão abordados em duas novas disciplinas. As aulas da Turma IV da especialização terão início dia 14 de abril. Interessados podem acessar o site: fasam.edu.br

Durante abertura dos Jogos Educacionais, na manhã de quarta-feira, 21, o prefeito Iris Rezende disse que o esporte une as pessoas em um espírito de solidariedade e, conforme ele, isso se dá graças ao trabalho e dedicação dos professores da Rede

Municipal de Educação. “Manifesto publicamente a minha emoção pela beleza do evento que vocês nos

proporcionaram”, declarou o prefeito.

Em reunião de governança com os coordenadores regionais do Estado, na manhã de terça-feira, 20/3, a secretária estadual de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, falou da

importância na mudança do perfil dos educadores e pediu engajamento de coordenadores, diretores e professores. “Estamos vivendo um momento de muitas informações novas e

precisamos de um corpo docente de alto nível. O mundo inteiro já vive uma mudança no perfil do professor e nós precisamos acompanhar”, ressaltou. No evento, Raquel destacou

vários pontos da educação, como o Caderno de Atividades Aprender +, que está sendo entregue para todos os alunos da rede; o concurso público, que terá edital publicado em breve;

e sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio, que já escolheu como relator o professor Rafael Esmeraldo Lucchesi.

Engajamento dos educadores

Gamificação e moedas digitais

A Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia deu início na tarde de segunda-feira, 19, ao projeto Resolução Criativa de Conflitos no Ambiente Educacional. Na ocasião foi realizado um encontro com os apoios pedagógicos das cinco Controladorias Regionais de Educação para apresentação do projeto. Idealizada em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, a proposta tem o objetivo de criar e colocar em prática novas metodologias para prevenir conflitos e fortalecer relações interpessoais nas unidades educacionais da rede municipal de Goiânia.

Prevenção a conflitos

Iris agradece professores

Vacina preVine HpV e meningite

Ação das secretarias municipais de Saúde e Educação da Prefeitura de Trindade está levando vacinação às escolas do município, melhorando as coberturas vacinais e protegendo os adolescentes de doenças causadas pelo HPV e meningite C. O público-alvo da vacinação contra HPV são meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina contra meningite C está disponível como dose de reforço para adolescentes de 11 a 14 anos.

Aline Cavalcanti

GOIÂNIA, 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola3 E S C O L AE S C O L AseCRetaRia MUniCiPal De eDUCação e esPoRte

Núbia Alves

No dia 22 de março é ce-lebrado o Dia Mundial da Água. Na ocasião, a

Prefeitura de Goiânia realizou diversas ações pelos parques da cidade. Uma delas foi no Parque Lago das Rosas e no Zo-ológico de Goiânia, onde edu-candos das redes municipais e estaduais de ensino público celebraram o Dia Mundial da Água. O evento é uma parce-ria da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).

Na ocasião, cerca de 200 alu-nos da Escola Municipal Rui Barbosa, Escola Municipal Pro-fessora Amélia Fernandes Mar-tins e do Colégio Estadual Cora Coralina participaram de ativi-dades como história cantada e músicas relacionadas ao meio ambiente, ministradas pelo Pro-

Foi aberta na manhã de quarta-feira, 21, a 26ª edição dos Jogos Educacionais da Rede Mu-nicipal de Educação de Goiânia. O evento foi realizado no Está-dio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira, Centro, e contou com a participação de cerca de 1500 educandos da rede, do prefeito Iris Rezende, da primeira-dama Dona Iris e do secretário muni-cipal de Educação e Esporte, pro-fessor Marcelo Costa.

Na solenidade, delegações de escolas desfilaram representan-do os atletas que participam da competição. Além disso, a banda da Guarda Civil Metropolitana e artistas do Circo Lahetô fizeram apresentações musicais e artís-ticas. Em discurso de abertura, o prefeito Iris Rezende falou sobre a satisfação de presenciar o re-sultado do esforço dos professo-

fessor Alexandre, da SME. Além disso, a equipe da Educação Am-biental passaram orientações de como preservar a água e en-sinaram sobre a importância da preservação da natureza para as nascentes dos rios.

Além das atividades pedagó-gicas, cada aluno recebeu uma muda de plantas típicas do cer-rado para plantarem no Parque Lago das Rosas. Para o presiden-te da Amma, Gilberto Marques Neto, as ações propostas visam despertar e incentivar nas crian-ças a consciência para a preser-vação ambiental.

“Queremos nesse dia ensinar a vocês uma maneira de plan-tar uma árvore, para que levem para casa e plantem próximo a uma nascente. Queremos que comecem a ter esse contato com a natureza e passem a olhar de uma forma diferente e saber a

res e profissionais de educação da Prefeitura de Goiânia que fa-zem os Jogos Educacionais acon-teceram há 26 anos.

O secretário de Educação e Esporte, professor Marcelo Costa, falou sobre a importância dos jogos como um espaço de edu-cação importante que excede as

aLunoS da rEdE púBLiCa dE EnSino dE Goiânia FazEm ato SimBóLiCo dE aBraço CoLEtivo Em proL da prESErvação daS naSCEntES doS rioS no dia mundiaL da ÁGua

Alunos dão grande abraço coletivo em volta da nascente do Lago das Rosas

Presidente da Amma e secretário de Educação e Esporte instigam a prática de atividades socioambientais

importância de cuidar do meio ambiente”, disse.

O ponto alto da ação foi o grande abraço coletivo que os educandos deram na nascente do lago. Orientados pelos educado-res ambientais, as crianças e de-mais envolvidos deram as mãos

Dia Da ÁgUaum abraço para mudar o mundo

Começam os Jogos Educacionaisda rede municipal de Educação

em torno de uma das nascentes e celebraram a água que dali brota e abastece o parque. O ato sim-boliza o cuidado com que temos que ter com os recursos hídricos disponíveis, já que o momento mundial é de escassez e rodízio das águas. O uso consciente tam-

bém foi instigado nas crianças.Para o secretário de Educa-

ção e Esporte, professor Marcelo Costa, o papel dos educadores é de formar cidadãos conscientes e responsáveis para o futuro e, com parceria dos demais seg-mentos da sociedade, ampliar o leque de possibilidades de aprendizagem.

“Hoje, quando se fala em educação, se fala em formar ci-dadãos e pessoas responsáveis. Apenas ler e escrever não é su-ficiente para formar cidadãos. Nós, da escola, precisamos am-pliar nossos horizontes com a ajuda dos nossos parceiros”, destacou, reiterando a parceria de sucesso que vem sendo reali-zada com a Amma.

salas de aula e pontuou o mo-mento como fundamental para a construção de bons cidadãos para a sociedade goiana.

“O que fazemos hoje é garan-tir que essas crianças tenham es-paço adequado para que possam conviver juntas e para que esse espaço de educação seja mais

um espaço importante além do quadro e do giz. Não se aprende somente em sala de aula. Cada coisa que fazemos juntos ajuda para que essas crianças se trans-formem nos cidadãos que que-remos para o futuro”, disse.

Como em uma Olimpíada, alunos se revezaram na ascen-são da tocha e da pira olímpicas e fizeram o juramento oficial dos atletas. Realizado em forma de festivais, os jogos oferecem aos alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, a vivência das seguintes modalidades: atle-tismo, oficina de xadrez, tênis de mesa, trilhas educacionais, fut-sal, voleibol, basquetebol, hande-bol, maratoninha e queimada.

Após a abertura, a modali-dade de maratoninha foi dispu-tada no Estádio Olímpico e pre-

Fotos: Aline Cavalcanti

Alunos se revezaram no levantamento da tocha olímpica e fizeram o juramento oficial dos atletas miou com medalhas as crianças

vencedoras em cada faixa etária. Os Jogos Educacionais são reali-zados pela Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) e têm como objetivo a socializa-ção da prática esportiva, com a participação de aproximada-mente 25 mil educandos. Os jo-gos ocorrem durante todo o ano letivo.

Jackson Rodrigues

GOIÂNIA, 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola4 E S C O L AE S C O L ACOLÉGIO GOYASES

Fabiola Rodrigues

Após quase seis meses do ataque a tiros acontecido no Colégio Goya-ses, no Conjunto Riviera, em Goi-

ânia, onde um adolescente de 14 anos matou dois colegas de sala e feriu outros quatro, a escola tem conseguido, por meio do acolhimento, animação e interativi-dade, fazer com que os estudantes prossi-gam a jornada escolar, desde a retomada das aulas, no final de janeiro. A confiança e seriedade do trabalho são dois pontos fundamentais que a equipe pedagógica priorizará ao longo deste ano.

Nos primeiros meses do ano o sem-blante no rosto dos estudantes estava marcado de esperança e desejo de ir à escola, sentimentos bem diferentes daquele trágico 20 de outubro de 2017, marcado por choro, medo e tristeza – sensações que perduraram até o encer-ramento do ano letivo, em dezembro. A tentativa de retorno à normalidade, no novo ano letivo, acontece com apoio de psicólogos, pais e comunidade.

A diretora da escola, Roseli Rizzo, diz que o novo ano letivo é momento de fun-damental importância para os estudan-tes, por ser início de um novo ciclo esco-lar. Ela ressalta que estruturar as emoções deles será um trabalho cotidiano.

“Nos prepararmos para voltar às au-las desde o início de janeiro. Tenho visto quanto os professores amadureceram após a triste experiência que vivemos. Isso traz tranquilidade para as famílias, porque o trabalho de todos os colabo-radores da escola está sendo feito com ajuda de profissionais da educação e psicólogos, que nos orientam a melhor maneira de ensinar e desenvolver habi-lidades emocionais das crianças e ado-lescentes, para que o aluno amadureça com autonomia”, relata a diretora.

A comunidade da região onde o co-légio é localizado relata que nos 25 anos de existência da escola todos da direção sempre priorizaram fazer do ambiente escolar um espaço de aprendizado, re-

ESCoLa Conta Com apoio dE pSiCóLoGoS, paiS E ComunidadE para voLtar à normaLidadE

Adolescentes aproveitam a hora do recreio para se divertir em roda de música, com voz e violão

Os alunos já voltam a sorrir durante as aulas, deixando no passado o trauma causado pelo trágico episódio que chocou a todos

o ano da

os colegas alegou ser vítima de precon-ceito, situação que não relatava para os pais nem para a escola.

Segundo a diretora, toda a fase dolo-rosa que a escola passou vai se resigni-ficando em um momento de reflexão, amadurecimento e superação.

“A forma carinhosa de tratar o estu-dante só melhorou, recrutamos nossos quase 30 professores para dar mais su-porte ainda, indiferente da necessidade que ele tenha”, ressalta.

A coordenadora Pedagógica do Colégio Goyases, Eloisa Silva, conta que tem acom-panhado de perto a entrada e saída de es-tudantes desde os primeiros dias de aula e percebe que os pais têm acompanho os filhos, dando a eles total apoio incentivan-do a permanecerem em sala de aula.

“Os familiares estão confiantes que a nova jornada escolar está sendo de tran-quilidade, paz e de muito ensinamento. Esse sentimento é o mesmo que passamos aos alunos, acreditamos que a confiança e motivação serão nossas aliadas”.,durante o ano inteiro”, frisa a coordenadora.

cebendo e atendendo as crianças com atenção e carisma. Atualmente é per-ceptível que este cuidado aumentou, os estudantes apresentam estar mais unidos, juntando forças para dar se-guimento aos sonhos de cada um deles, que por um momento ficou interrom-pido devido ao abalo emocional gene-ralizado no fim de 2017.

A presença dos familiares neste mo-mento no ambiente escolar é impres-cindível. A escola passará a promover palestras para pais, filhos e comunidade. A finalidade é evitar que haja conflitos e falta de diálogo entre as famílias e com isso proporcionar mais envolvimento de todos nas atividades escolares. Saben-do dessa necessidade, a diretora observa que a prioridade é manter a interativida-de como um dos meios de reestruturação na vida emocional de cada estudante.

É com essa unidade e incentivo que Roseli Rizzo pretende motivar os alu-nos a terem liberdade de expressão, res-peitando as diferenças e combatendo o bullying, porque o estudante que matou

Diretores e coordenadores se reúnem diariamente

Estamos conseguindo

transformar o ambiente escolar em um lugar aconchegante. Priorizamos a união da família, pois ela forma o caráter do ser humanoRoseli Rizzo

Fotos: Mônica Salvador

GOIÂNIA, 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola5 E S C O L AE S C O L AArtIGO

Rosemeire Barreto dos Santos Carvalho

A escola e a família vêm enfrentando profundas transformações e, consequentemente, estas mudanças

acabam interferindo na dinâmica familiar e educacional, pois, somados ao desrespeito às regras de conduta e à falta de limites, os desafios tornam-se mais complexos. Muitas famílias depositam na escola a obrigação da educação familiar, transferindo responsabilidades que na verdade devem ser dos pais e invertendo os valores sociais da escola.

Se os pais participam ativamente da vida escolar dos filhos e acompanham suas atividades, a tendência é de que os alunos se dediquem e se esforcem mais, além de se sentirem amados e apoiados. Pesquisas mostram que os pais que procuram conhecer a relação dos filhos com os professores, o comportamento em sala de aula, desempenho e dificuldades nas disciplinas, estão dispostos a colaborar com o professor nos desafios da sala de aula, adotando medidas complementares em casa, obtendo, assim, melhoria dos resultados da aprendizagem do aluno.

Apesar de vivermos em uma sociedade fragmentada e individualista, muitos pais se esforçam para dar aos filhos o afeto, a atenção e os princípios e valores que os fazem assumir os desafios da vida com responsabilidade para serem pessoas de bem.

A parceria escola-família é prioritária. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. Entretanto, mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que possa conduzir os jovens ao caminho do sucesso.

A família deve informar tudo o que se passa com o aluno à escola, assim haverá uma aproximação para encontrar a solução para o bem dele. Essa parceria proporcionará estímulos ao aprendizado e aos valores de conduta dos alunos. Os maiores estímulos que a família pode oferecer é amor, cuidado, atenção e apoio. Experimentando esses sentimentos, o aluno se sente seguro, cresce intelectualmente, desenvolve-se no meio social e vive de forma feliz e saudável.

Estabelecer um horário para realizar as tarefas com o filho é muito importante porque é uma maneira de estimular e acompanhá-lo no que ela está aprendendo. Participar da aprendizagem do filho é complexo, pois requer tempo para conversar com o professor, saber de tudo o que ele está fazendo na escola e também participar sempre das reuniões escolares.

Apesar de não existir uma fórmula mágica para se consumar a relação família/escola, é possível construir coletivamente uma relação de diálogo mútuo, buscando meios, apesar das dificuldades e diversidades que as envolvem. O diálogo promove uma maior aproximação e pode ser o começo de uma grande mudança no relacionamento entre a Família e a Escola.

Professora na rede estadual, mestra em Educação pela PUC de Goiás, especialista em Leitura e Produção de

Texto pela UFG e graduada em Letras (UCG).

A parceria escola e família

Para evitar conflitos e mau compor-tamento de estudantes no ambiente es-colar, este ano o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) programou vá-rias ações a serem trabalhadas nas es-colas. A primeira é a campanha contra o bullying, já implantada nas escolas da rede municipal, estadual e particular de todo o Estado, destinada a esclarecer à comunidade escolar o que é preconcei-to e como proceder quando identifica-do. A campanha incentiva os próprios estudantes a assumirem postura ativa, incentivando o protagonismo juvenil.

Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação do MP-GO, a promotora de Justiça Liana Antunes diz que este ano a campanha será intensifi-cada de forma preventiva, com foco em ações de combate a qualquer tipo de agressão física ou verbal entre crianças e adolescentes dentro ou fora dos mu-ros da escola.

“A prática do bullying pode gerar consequências graves para a saúde, a formação e o desenvolvimento da ví-tima, do agressor e o do indivíduo que testemunha o ato, como depressão, di-ficuldades de relacionamento interpes-soal, baixa autoestima, agressividade, tensão, insegurança, morte e até suicí-dio. E para combater e prevenir as di-

A fachada da escola ganhou novas cores para receber carinhosamente

os estudantes, que já conseguem interagir

normalmente entre si

ministério público intensifica prevenção

versas formas de violência no ambiente escolar o envolvimento e a participação ativa dos estudantes em palestras e campanhas sociais são fundamentais”, observa.

Para que a campanha tenha melhor resultado nas escolas é necessário que a família esteja acompanhando a rotina escolar do filho, permanecendo atenta às atividades escolares e pessoais dele.

“Todo governo precisa fomentar as práticas de paz, assim como oferecer assistência psicológica e social, mas a família exerce papel fundamental na formação da criança e do adolescente e deve participar ativamente da edu-cação deles. Nosso engajamento social acontece de forma coletiva”, frisa a co-ordenadora.

Promotora de Justiça Liana Antunes: a campanha incentiva o estudante a ter postura ativa

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Tribuna do PLanaLTo – o que é o C20 e o que está sendo planejado para reunião do G20 em buenos aires este ano?

Valdinei Valério – O G20 é o grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mun-do que se reúnem todos os anos a fim de que assuntos importantes, de im-pacto mundial, sejam tratados a partir desses países. O C20 representa organi-zações da sociedade civil, que prepara os temas, propõe soluções e faz pro-postas para que possam ser discutidas na reunião. A reunião acontecerá em novembro e, desde agora, estamos tra-balhando em alguns temas, no sentido de pautar os presidentes do C20, para que os temas estejam mais amadure-cidos e sejam debatidos e discutidos. E soluções políticas saiam da reunião dos presidentes.

Quais os temas mais emergenciais?Vários são os temas estabelecidos

pelo G20. Alguns deles são a anticor-rupção, arquitetura do sistema interna-cional, meio ambiente, clima e energia, inversões e infraestrutura dos países, gênero e saúde global e a nossa parte ficou para pautar educação, trabalho e inclusão. Então, já estamos trabalhando com esses temas, envolvendo pessoas do mundo inteiro em uma plataforma onde colocamos os temas, debatemos, discutimos e extraímos ideias. E aqui vamos resumir um documento até no-vembro e vamos apresentar aos presi-dentes do G20.

nesse documento, há preocupação de mostrar o elo que deve existir entre educação, qualificação e inclusão no trabalho?

Superintendente de Operações da Rede Pró-Aprendiz, Valdinei Valério da Silva coordena o C20, um dos sete grupos independentes formados por organizações da sociedade civil que vão preparar pautas de discussões para o encontro do G20, reunião dos 20 países mais

desenvolvidos do planeta, que será realizado em novembro, em Buenos Aires. O objetivo do grupo é buscar assegurar que a posição em temas importantes como educação, trabalho e inclusão seja tomada pelos líderes das nações participantes. Os debates do C20 giram em torno de temas de relevância global, como emprego decente, capacitação e atualização profissional e contínua, desenvolvimento local sustentável para a promoção do trabalho, fortalecimento da seguridade social, acesso, inclusão e permanência na escola, acompanhamento da trajetória educativa, financiamento à educação de qualidade e justiça educativa. “Em um mundo sem fronteiras, uma educação equânime ou mais horizontalizada é importante para todos os países”, afirma. Por meio de parcerias visando inclusão social e promoção da cidadania, a Rede Pró-Aprendiz é uma entidade que promove a inserção de jovens no mundo do trabalho a partir de programas de socioaprendizagem, surgida antes da Lei da Aprendizagem, de 2000. (Entrevista foi concedida à Rádio Sagres 730 AM e editada por Manoel Messias Rodrigues)

rEprESEntantE dE EntidadE SurGida Em GoiÁS prEpara pauta dE aSSuntoS EduCaCionaiS para SEr diSCutida pELoS prESidEntES do G20

A preocupação é em discutir a edu-cação de uma maneira ampla e como a educação e o trabalho se conversam e como elas se convergem. É importante que possamos discutir e estabelecer soluções e propostas para que o processo educativo, também, pos-sa vir a conversar com o mercado a partir desses novos mercados que estão surgindo, porque hoje o processo educativo não consegue acompanhar a evolução e o desenvolvi-mento do mercado.

E em que momento isso deve ocorrer na vida do educando?

Deve ocorrer desde o princí-pio da forma-ção. Hoje se dis-cute, sobretudo no Brasil, que tem se apoiado muito nos últi-mos anos no sis-tema de formação universitária, se esque-cendo do processo de forma-ção do ensino médio e da primeira e segunda fase do fundamental. En-tão, esquecemos que essas duas fases são fundamentais para que se tenha um universitário, ou aquele que pre-tende chegar a uma universidade, com um pouco mais de qualidade. Porque o que enxergamos, me incluo como professor de universidade há muitos anos, é a percepção daquele público que chega à universidade com uma dificuldade impressionante de in-terpretação de texto, por exemplo.

V Valdinei alério

o Futuro da EduCação

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e crianças que entram na escola não concluem o ensino médio. Quer

dizer que apenas 1/3 concluem e isso é um número pífio

73%Dos JoVens

gastou o BRasil

ao reprovar em 2016

cerca de

milhões

três milhões de alunos da

educação básica

na mira do G20

quando falamos que ela tem que ser igua-litária, não interessa se ela é da iniciativa privada ou pública. Os governantes têm que cultivar, necessariamente, um proces-so de qualidade que chegue à igualdade entre o público e o privado. Não há uma fórmula mágica, o que estamos fazendo é um processo de fomentar e de alimentar esses presidentes com ideias.

Está na pauta do C20? Porque além de ser o direito dos di-

reitos, a educação é o alicerce dos alicer-ces. Está sim. É o alicerce dos alicerces, é aquilo que promove a possibilidade da inclusão em todas as outras áreas.

Também está na pauta a diminuição das grades curriculares, que muitas vezes têm disciplinas desnecessárias e que alongam demais os cursos?

Isso também está na pauta. E essa discussão vai um pouco mais adiante, ela versa também sobre aquilo que é o ensino técnico e aquilo que é o ensino superior. Onde se precisa de mais apoio, onde estamos precisando mais de mão de obra. Porque temos que linkar essas questões às novas tecnologias de merca-do e ao novo mercado que está surgin-do. Outro problema que vamos debater é que muitos estudantes hoje estão se formando para uma profissão que esta-rá declinada daqui há dez anos, que não terá possibilidades de mercado. Quan-tos aos cursos técnicos, se discute qual o momento devem acontecer, se é após ou dentro do ensino médio. Tem esse deba-te em pauta.

Quando o C20 fecha o documento com sugestões aos líderes do G20?

O C20 utiliza uma plataforma onli-ne para se conectar a todos os países. E teremos uma reunião em Buenos Ai-res em abril outra para apontamento

do fechamento em Genebra em junho. Então a partir deste momento fechare-mos essa documentação de todos os de-

bates que aconteceram. Não é uma discussão simples, porque o

que se discute na Índia e no Brasil às vezes

as perspectivas são um pouco

diferentes. Então temos que montar um

documento que contemple todas essas questões, que, pelo

menos no primeiro momento, seja transversal a todos esses temas para que sejam apresentados para os presi-dentes.

Efetivamente que tipos de experiências da rede Pró-aprendiz aqui no brasil podem ser colocadas nessa reunião, nas metas do C20?

Essa é uma oportunidade de falar o porquê estamos lá, porque uma or-ganização fundada em Goiás, que faz um trabalho no Brasil, tomou tal pro-porção, que hoje coordena um grupo de temas que será colocado à disposi-ção dos 20 governantes mais poderosos do mundo. Em 2016 fomos convidados a participar, com a Secretaria Ibero-A-mericana, da Cúpula das Américas, e na ocasião foi pautado educação e tra-balho, focado, sobretudo, na questão juvenil, assunto do qual somos especia-listas e protagonistas no Brasil. A partir desta participação, agora, novamente, nos convidaram a participar desta reu-nião do G20.

Então o convite surgiu a partir do que a rede Pró-aprendiz faz?

O trabalho que fazemos tomou cor-po porque atravessou fronteiras. É um trabalho que proporciona a permanên-cia dos jovens na escola, que propor-ciona a inclusão laboral descente que é aquilo que a OIT (Organização Inter-

nacional do Trabalho) vem pregando e ela realmente reconhece nosso traba-lho que proporciona isso à juventude. É uma situação que gera renda, que contribui para a questão previdenciá-ria, que hoje é um problema mundial. Então é tudo muito amplo. Falando assim parece uma panaceia, mas não é panaceia, se trata de um programa efetivo, que há 20 anos está sendo exe-cutado e cujos resultados alcançados e medidos nos proporcionaram essas questões que trabalhamos aqui. Esse trabalho atravessou fronteiras e nos proporcionou contatos com o mun-do inteiro que vai desde a África até a Suíça, por exemplo. O programa Pró-Aprendiz é um exemplo para o mundo e, como exemplo, estamos colocando nossas experiências à disposição.

o brasil gastou r$ 16 bilhões ao reprovar em 2016 cerca de três milhões de alunos da educação básica, o que é equivalente a 10,6% dos estudantes da rede pública. Quer dizer, estamos perdendo não só esses recursos, como uma geração de estudantes do ensino fundamental.

Eu vou mais além: os números que tenho conhecimento dão conta que 73% daqueles jovens, das crianças que entram na escola, não concluem o en-sino médio. Quer dizer que apenas 1/3 concluem e isso é um número pífio.

Tanto que em regiões periféricas a criança ou o jovem conclui o ensino médio ele diz que formou, para a família e para a sociedade ele formou. Enquanto em outras regiões da cidade as pessoas só formam depois de fazer uma faculdade.

Neste caso é uma questão de vitória, quando você conquista um novo passo. Essa que é a verdade. Quando você con-segue concluir a primeira fase do ensino fundamental, sobretudo se você esti-ver adequando com a idade-série, é um grande passo. E após isso é um grande passo quando você consegue ingressar no ensino médio, e se você concluir o en-sino médio e se esse ensino médio tiver ligado ao ensino técnico é ainda melhor. Porque você sai um pseudoprofissional. Porque não podemos dizer que hoje com os avanços da tecnologia quando você forma você sai um profissional. Mas você sai com a possibilidade maior do que aquele que não formou. Então, esses dados são muito importantes, porque temos uma pesquisa, também capitane-ada pelo instituto em um determinado momento, que diz que a população que conclui o ensino médio tem 50% me-nos chances de ser pobre. Então de fato quando você conclui uma fase de estu-dos você muda, você cambia a vida das pessoas.

a educação é um fator de ascensão social?

Não tenha dúvida, por isso o que estamos tratando e sobretudo o que fa-zemos e o que propomos para o G20 e o C20, no princípio das discussões, é a educação como o direito dos direitos. É a educação que te dá possibilidades de acessar o mundo do trabalho. A educa-ção que te dá possibilidade de conhecer os seus direitos, de saber sobre saúde, de saber outros fatos mundiais – de sa-ber votar inclusive.

o G20 pode levar esses assuntos, que são mais específicos de países como brasil, para o debate?

Hoje vivemos um fenômeno mun-dial do fim das fronteiras, sobretudo para os jovens entre 16 e 29 anos, que é uma faixa etária que pouco para, que se desloca com certa facilidade. Um proble-ma de educação num país acaba refle-tindo no outro. Ele, fatalmente, atinge o outro país porque a população migra com todo o histórico de problemas. Hoje o processo educacional não é mais um problema apenas local, embora os pa-íses em desenvolvimento têm muito mais problemas. E hoje os países que recebem essa imigração recebem pesso-as com pouca, com abaixa qualidade de formação. Daí temos uma situação que vai se permeando no mundo inteiro. Em um mundo sem fronteiras, uma educa-ção equânime ou mais horizontalizada é importante para todos os países.

Como isso pode ser efetivado posteriormente, como isso retorna para os países em forma de políticas públicas?

O papel do C20 é colher informações, formular propostas, apresentar essas propostas junto à reunião do G20 para, ali, sim, se decidir as políticas. Então, o papel que estamos fazendo, através de uma plataforma online, é nos relacio-narmos com lideranças, com forma-dores de opinião, líderes da sociedade civil, educadores do mundo inteiro. Provocar esses educadores, no sentido de colocar questionamento nas plata-formas e mobilizar essas informações, copilando essas informações e apre-sentá-las para o grupo de presidentes.

Próximo do brasil, o Chile conseguiu chegar a uma educação de qualidade. Como elevar a qualidade geral da educação no brasil?

Esses é um grande desafio. O fato é que defendemos, enquanto grupo da socieda-de civil, que a educação é o direito dos di-reitos. E que ela tem que ser igualitária, e

GOIÂNIA, 25 A 31 DE MARÇO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola8 E S C O L AE S C O L APArCErIA

O governador Marconi Perillo e o vice-governa-dor Zé Eliton entrega-

ram, na tarde de segunda-feira, 19, durante solenidade no Au-ditório Mauro Borges do Palá-cio Pedro Ludovico Teixeira, uma série de benefícios para 119 municípios do interior goiano. Entre ginásios de es-porte, terminais rodoviários e maquinário foram mais de R$ 62 milhões em doações. Além disso, cada uma das prefeitu-ras beneficiadas receberá um Cheque Reforma no valor de R$ 50 mil, para readequação das estruturas físicas dos patrimô-nios recebidos.

Durante o evento, o gover-nador Marconi Perillo ressaltou a importância da transferência

definitiva do patrimônio às Pre-feituras.

“Estamos entregando hoje cerca R$ 62 milhões aos prefei-tos de mais de 100 municípios goianos. No caso dos terminais rodoviários e das praças espor-tivas, trata-se de uma política acertada repassá-los às pre-feituras para que elas possam geri-los de maneira que sejam utilizados para uma finalida-de relevante para o município”, ressaltou. Com relação aos ma-quinários, Marconi afirmou que os prefeitos saberão utilizá-los muito bem em favor da pro-dução de cada localidade e em favor da sociedade que vive em cada cidade.

O vice-governador Zé Eliton salientou a importância das

Cada município receberá também R$ 50 mil, para readequar os patrimônios recebidos

praças esportivas como meca-nismo de acesso dos jovens do interior ao saber, ao esporte e à cultura.

“Preparamos também um recurso de R$ 50 mil para que os prefeitos adequem esses patri-mônios imobiliários de forma que beneficiem efetivamente a comunidade. Devemos chegar ao final desta gestão com todas essas unidades repassadas aos municípios, valorizando os pre-feitos e valorizando principal-mente a juventude que se utiliza desses espaços”, disse.

De acordo com a secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, a medida vai melhorar o uso dos espaços. “O que nós observamos é que administrar um ginásio de es-

R$ 62 MilHÕes

Governo formaliza doações a 119 cidades

portes de longe não é a melhor forma. Os prefeitos são quem conhece as demandas da popu-lação, eles sabem os programas de lazer, de esporte que a juven-tude, as crianças e as pessoas da sua cidade precisam e querem. Então, o governador tomou a decisão de, além de fazer uma cessão de uso, fazer uma doa-ção destas praças esportivas”, acentuou.

doaçõesDurante o evento foram for-

malizadas as doações de 40 ter-minais rodoviários, que somam um valor total de R$ 35,920 mi-lhões, de 50 ginásios de esporte, que totalizam mais R$ 16,740 milhões, além de maquinários, que já estão sendo utilizados em

obras de infraestrutura pelas prefeituras, somando R$ 9,650 milhões.

A entrega desta segunda-feira representa o lote inicial de bens que serão transferidos para todos os municípios do Es-tado. Os primeiros municípios beneficiados são aqueles que já regularizaram a documentação junto aos órgãos responsáveis no Governo Estadual.

Com a formalização das do-ações, os prefeitos passam a ter autonomia na administração dos bens públicos. As prefeitu-ras também receberam o Che-que Reforma para investir em melhorias, entregando, dessa forma, equipamentos adequa-dos aos moradores de cada mu-nicípio.

prEFEituraS rECEBEram a propriEdadE dE GinÁSioS dE ESportE E tErminaiS rodoviÁrioS, aLém dE maquinÁrioS para oBraS dE inFraEStrutura

Foto: Mantovani Fernandes