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1 COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA ALBINA NOVAK MUGINOSKI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011 Campo Largo 2011

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA ALBINA NOVAK MUGINOSKI

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2011

Campo Largo

2011

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“De tudo só ficaram três coisas:

a certeza de que estamos sempre começando,

a certeza de que é preciso continuar,

a certeza de que seremos interrompidos

antes de terminar. Portanto, devemos:

fazer da interrupção um novo caminho,

da queda um novo passo de dança,

do medo uma escada, do sonho uma ponte,

da procura um encontro.”

Fernando Pessoa

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1 PARECER DO CONSELHO ESCOLAR

Um momento significativo, a mais, marca a nossa Educação, em que se

parte das mudanças de políticas públicas para o fortalecimento das unidades

escolares, as quais puderam usar de autonomia para propor uma nova prática

educativa, conforme orientações recebidas. Priorizando, sempre, a educação do

aluno, na busca do que almejamos.

A participação na Construção do Projeto Político Pedagógico atingiu

quase a unanimidade dos segmentos, só não foi coletiva devido às diversas

mudanças nos profissionais da educação ocorridas ao longo deste processo de

reformulação.

Sabemos que é uma mudança que não ocorre de um momento para o

outro, que a construção será efetivada a cada dia, sofrendo as mudanças

necessárias às expectativas e perspectivas do nosso cotidiano, e como nada deve

ser pronto e acabado o compromisso em busca do aprimoramento.

O Conselho escolar tem parecer favorável a tais mudanças, pois aceita

que podemos fazer sempre mais por nossos educandos, bem como pela sociedade

a qual a escola está inserida.

Sabemos que muitas dicotomias precisam ser rompidas, mas este é um

marco importante para a transformação desse cenário que só poderá ser

transformado com objetivos traçados e trabalho em conjunto de todos os sujeitos

envolvidos na dinâmica educacional.

Conselho Escolar: Claudia Cristina dos Anjos; Dinalva de Sá Maynardes;

Rosangela Maria Seguro; Cleberson Luciano Gomes, Ana Maria Rodrigues, Marta

Ferreira Torres, Geni Bonalume, Elizangela Maria Ferreira, Elisangela Marcia

Ferreira de Souza Soares, Deibimar dos Santos; Ariete Aparecida Ricetto Machado,

Adriely Cristina Cordeiro de Almeida, Keity Pereira Joana, Adriana da Silva Ramos,

Juliane Aparecida Rodrigues Boeira, Olinda Pereira Joana, Patricia Antunes dos

Santos, Sirlei do Rocio Romero, Maria Ines Rodrigues Oliveira Boeira, Marilia

Estevan Cordeiro Almeida, Marina Muniz da Silva Sabino.

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SUMÁRIO

1 PARECER DO CONSELHO ESCOLAR............................................................... 3

2 APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 9

3 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................ 11

4 OBJETIVOS ....................................................................................................... 12

5 MARCO SITUACIONAL ..................................................................................... 13

5.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ........................................................................ 13

5.2 PERFIL DA COMUNIDADE .............................................................................. 14

5.3 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO .............. 15

5.3.1 Corpo docente ................................................................................................ 15

5.3.2 Corpo técnico administrativo .......................................................................... 20

5.3.3 Grupo de serviços gerais ................................................................................ 22

5.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ............................................................ 23

5.5 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIAIS ................................................. 25

5.5.1 Sala de apoio .................................................................................................. 25

5.5.2 Sala de recurso ............................................................................................... 25

5.6 DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA ............................................................. 25

5.6.1 Gráficos 2009 ................................................................................................. 25

5.6.2 Gráficos 2010 ................................................................................................. 27

5.6.3 Gráfico ProvaBrasil 2009 ................................................................................ 28

5.6.4 Gráfico IDEB 2009 .......................................................................................... 28

5.6.5 Análise dos dados estatísticos da escola ....................................................... 29

5.7 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO .................................................. 30

5.8 INCLUSÃO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO FISCAL ...................................... 31

5.9 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS .............................................. 31

5.10 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA ...................................................... 31

5.11 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS ............................................................................. 32

5.12 CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS ..... 33

5.13 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS ................. 34

5.14 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE .......................................................... 34

5.15 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE .... 35

6 MARCO CONCEITUAL ...................................................................................... 37

6.1 CONCEPÇÕES ................................................................................................ 37

6.1.1 Concepção de educação ................................................................................ 38

6.1.2 Concepção de homem.................................................................................... 39

6.1.3 Concepção de ensino – aprendizagem .......................................................... 39

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6.1.4 Concepção de sociedade ............................................................................... 39

6.1.5 Concepção de cultura ..................................................................................... 40

6.1.6 Concepção de cidadania ................................................................................ 40

6.1.7 Concepção de infância e adolescência .......................................................... 41

6.1.8 Concepção de escola ..................................................................................... 43

6.1.9 Concepção de alfabetização e letramento ..................................................... 43

6.1.10 Concepção de conhecimento ......................................................................... 45

6.1.11 Concepção de tecnologia ............................................................................... 46

6.1.12 Concepção de avaliação ................................................................................ 46

6.1.13 Concepção de gestão democrática ................................................................ 48

6.1.14 Concepção de currículo .................................................................................. 49

6.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ....................................................................... 51

6.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA .................................................................................. 51

7 MARCO OPERACIONAL ................................................................................... 54

7.1 LINHAS DE AÇÃO ............................................................................................ 54

7.2 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS ....................................................... 55

7.2.1 Grêmio estudantil ............................................................................................ 55

7.2.2 Conselho escolar ............................................................................................ 55

7.2.3 Associação de pais, mestres e funcionários ................................................... 56

7.2.4 Conselho de classe ........................................................................................ 57

7.3 AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA ....................................... 59

7.4 DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO GERAL .................................................... 59

7.5 AÇÕES RELATIVAS À RECUPERAÇÃO PARALELA ..................................... 61

7.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE . 61

7.7 AS AÇÕES RELATIVAS À IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DE NOVE ANOS ... 63

7.8 CALENDÁRIO ESCOLAR ................................................................................ 64

7.9 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................... 65

7.10 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR ......................................................... 69

7.11 REGIMENTO ESCOLAR .................................................................................. 69

7.12 PROJETOS INTERDISCIPLINARES ............................................................... 69

7.12.1 Projeto cultural afro-brasieiro e indígena ........................................................ 69

7.12.2 Projeto de recuperação de estudos e notas ................................................... 72

7.12.3 Projeto sobre sexualidade .............................................................................. 74

7.12.4 Projeto sobre educação ambiental ................................................................. 77

7.12.5 Projeto: sobre a violência ............................................................................... 80

7.13 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E DEPENDÊNCIA ........................................................................................................ 83

8 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ....... 86

9 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 87

10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ...................................................... 89

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10.1 DISCIPLINA DE ARTE ..................................................................................... 89

10.1.1 Apresentação geral da disciplina .................................................................... 89

10.1.2 Objetivos gerais .............................................................................................. 92

10.1.3 Conteúdos estruturantes ................................................................................ 92

10.1.4 Referências................................................................................................... 112

10.2 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS ............................................................................ 113

10.2.1 Apresentação geral da disciplina .................................................................. 113

10.2.2 Objetivos ....................................................................................................... 114

10.2.3 Organização dos conteúdos ......................................................................... 115

10.2.4 Metodologia .................................................................................................. 120

10.2.5 Critérios de avaliação ................................................................................... 120

10.2.6 Referências................................................................................................... 121

10.3 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................ 121

10.3.1 Apresentação da disciplina ........................................................................... 121

10.3.2 Objetivos gerais ............................................................................................ 123

10.3.3 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 123

10.3.4 Metodologia .................................................................................................. 132

10.3.5 Critérios de avaliação ................................................................................... 134

10.3.6 Referências................................................................................................... 135

10.4 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO ......................................................... 136

10.4.1 Apresentação geral da disciplina .................................................................. 136

10.4.2 Objetivos gerais ............................................................................................ 138

10.4.3 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 139

10.4.4 Metodologia .................................................................................................. 140

10.4.5 Critérios de avaliação ................................................................................... 140

10.4.6 Referências................................................................................................... 141

10.5 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ........................................................................ 141

10.5.1 Apresentação geral da disciplina .................................................................. 141

10.5.2 Objetivos gerais ............................................................................................ 144

10.5.3 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 145

10.5.4 Metodologia .................................................................................................. 152

10.5.5 Avaliação ...................................................................................................... 154

10.5.6 Referências................................................................................................... 155

10.6 DISCIPLINA DE HISTÓRIA ........................................................................... 156

10.6.1 Apresentação geral da disciplina .................................................................. 156

10.6.2 Objetivos gerais ............................................................................................ 158

10.6.3 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 159

10.6.4 Metodologia .................................................................................................. 162

10.6.5 Critérios de avaliação ................................................................................... 163

10.6.6 Referências................................................................................................... 164

10.7 DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA...................................................... 165

10.7.1 Apresentação geral da disciplina .................................................................. 165

10.7.2 Objetivos gerais ............................................................................................ 173

10.7.3 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 174

10.7.4 Metodologia da disciplina ............................................................................. 193

10.7.5 Critérios de avaliação ................................................................................... 199

10.7.6 Referências................................................................................................... 201

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10.8 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA ..................................................................... 202

10.8.1 Apresentação geral da disciplina matemática .............................................. 202

10.8.2 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 204

10.8.3 Metodologia .................................................................................................. 210

10.8.4 Avaliação ...................................................................................................... 213

10.8.5 Referências................................................................................................... 215

10.9 DISCIPLINA DE INGLÊS ................................................................................ 216

10.9.1 Apresentação da disciplina ........................................................................... 216

10.9.2 Objetivos gerais ............................................................................................ 223

10.9.3 Conteúdos estruturantes .............................................................................. 226

10.9.4 Metodologia .................................................................................................. 237

10.9.5 Avaliação ...................................................................................................... 238

10.9.6 Critérios de avaliação ................................................................................... 239

10.9.7 Referências................................................................................................... 240

10.10 DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL .... 240

10.10.1 Apresentação geral da disciplina: .......................................................... 240

10.10.2 Objetivos: .............................................................................................. 241

10.10.3 Conteudos estruturantes ....................................................................... 243

10.10.4 Metodologia: .......................................................................................... 247

10.10.5 Avaliação: .............................................................................................. 249

10.10.6 Critérios de avaliação: .......................................................................... 250

10.10.7 Referências ........................................................................................... 252

10.11 DISCIPLINA DE BIOLOGIA ..................................................................... 253

10.11.1 Apresentação geral da disciplina ........................................................... 253

10.11.2 Objetivos gerais ..................................................................................... 254

10.11.3 Conteúdos estruturantes ....................................................................... 256

10.11.4 Metodologia ........................................................................................... 265

10.11.5 Critérios de avaliação ............................................................................ 266

10.11.6 Referências ........................................................................................... 267

10.12 DISCIPLINA DE FILOSOFIA .................................................................... 267

10.12.1 Apresentação geral da disciplina ........................................................... 267

10.12.2 Objetivos gerais ..................................................................................... 270

10.12.3 Conteúdos estruturantes ....................................................................... 270

10.12.4 Metodologia ........................................................................................... 272

10.12.5 Critérios de avaliação ............................................................................ 273

10.12.6 Referências ........................................................................................... 274

10.13 DISCIPLINA DE FÍSICA............................................................................ 274

10.13.1 Apresentação da disciplina: .................................................................. 274

10.13.2 Objetivos gerais da disciplina ................................................................ 277

10.13.3 Conteúdos estruturantes ....................................................................... 277

10.13.4 Metodologia ........................................................................................... 281

10.13.5 Avaliação: .............................................................................................. 281

10.13.6 Referência ............................................................................................. 282

10.14 DISCIPLINA DE QUÍMICA ........................................................................ 282

10.14.1 Apresentação geral da disciplina ........................................................... 282

10.14.2 Objetivos ............................................................................................... 290

10.14.3 Conteúdos estruturantes ...................................................................... 291

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10.14.4 Metodologia ........................................................................................... 293

10.14.5 Avaliação ............................................................................................... 295

10.14.6 Referências ........................................................................................... 296

10.15 DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA ................................................................ 297

10.15.1 Apresentação geral da disciplina sociologia .......................................... 297

10.15.2 Objetivos gerais ..................................................................................... 300

10.15.3 Conteúdos estruturantes ....................................................................... 302

10.15.4 Metodologia ........................................................................................... 305

10.15.5 Avaliação ............................................................................................... 307

10.15.6 Referências ........................................................................................... 308

10.16 SALA DE RECURSOS .............................................................................. 308

10.16.1 Referências ........................................................................................... 310

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2 APRESENTAÇÃO

Considerando a necessidade de se buscar a cada dia uma educação com

qualidade, foi elaborado o Projeto Político Pedagógico baseado nos princípios

norteadores da LDB e DCE’s.

O Projeto Político Pedagógico busca um rumo, uma direção. É uma ação

intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente.

Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar

intimamente articulado ao compromisso sócio-político e com os interesses reais e

coletivos da população.

O presente projeto é resultado de leituras, discussões e decisões de

todos os diferentes segmentos da instituição, com o propósito de encontrar as

possibilidades de intervenção na realidade, buscando a transformação social,

econômica, política e cultural.

O projeto político pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e

prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão

teórica, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de

tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo

educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um

todo.

Além de informar, cumprir projetos, seguir o currículo, é importante

enfatizar o relacionamento, a afetividade que não se faz por decretos e leis, pois isto

só é possível quando se opta pela formação integral do educando.

Portanto, o Projeto Político Pedagógico está voltado para uma educação

democrática e para a construção e o exercício da cidadania. Para sua aplicação, é

necessário que haja coerência entre o que é estabelecido e a ação educativa. Para

se formar alunos, participativos, éticos, críticos, solidários, autônomos, responsáveis

e afetivos.

O Projeto Político Pedagógico está sendo construído para nortear as

ações dentro da escola num processo educativo que nunca está pronto e acabado,

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buscando uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos através de

toda comunidade escolar do Colégio Estadual Profª Albina Novak Muginoski –

Ensino Fundamental e Médio.

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3 IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Profª Albina Novak Muginosk - Ensino Fundamental e Médio

Código: 01198

Endereço: Rua Alcibíades Affonso Guimarães s\nº

Bairro: Águas Claras

Município: Campo Largo.

Código: 0420.

Telefone: 3399-2965

Dependência Administrativa: Estadual - Código: 02.

NRE: Área Metropolitana Sul - Código: 03.

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação.

Ato de autorização da Escola: Resolução no276/96 de 18/01/96

Ato de reconhecimento da Escola: Resolução no 18/97 de 09/01/1197

Implantação do Ensino Médio: Resolução 87/03 de 05/02/2003

Reconhecimento do curso Resolução nº 2614/05 de 23/09/05.

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Nº 259 de 11/01/2001.

Distância da Escola do NRE: em torno de 45 km.

Localização: Urbana

E-mail: [email protected]

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4 OBJETIVOS

Buscar a universalidade, gratuidade e obrigatoriedade da educação,

recebendo a todos e assegurando aos alunos o desenvolvimento de suas

capacidades;

Garantir a oportunidade de acesso e permanência na escola, buscando

uma adequação pedagógica a partir da diversidade e da igualdade;

Possibilitar ao educando um ensino aprendizagem de qualidade, que

assegure o pleno exercício da cidadania;

Oportunizar a todos os segmentos da escola a discussão e vivência da

gestão democrática enquanto categoria política capaz de ressignificar a participação

e a autonomia.

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5 MARCO SITUACIONAL

5.1 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Profª Albina Novak Muginoski - Ensino Fundamental e

Médio, código 0119-8, funciona nas dependências do CAIC – Emígdio Pianaro, está

localizada na Rua Alcebíades Affonso Guimarães, s/nº - Bairro Águas Claras – CEP

83.602-210, em Campo Largo, Paraná, fone/fax (041) 3399 2965, e-mail

[email protected], estando a aproximadamente 45km de distância entre a

Escola e o NRE. Atende cerca de 750 alunos, provenientes de diversas

comunidades, sendo as principais: Águas Claras, São Marcos, Francisco Gorski,

São Vicente, Jardim Tropical, Moradias Bom Jesus, Jardim Esmeralda, Vila Glória,

Campo do Meio, Jardim Meliane, Lamback, Santa Rita, São João I, São João II,

Vila Verde, Santo Antônio, Cristo Rei, Céu Azul, Jardim Itaqui e Botiatuva.

O Colégio Estadual Prof.ª Albina Novak Muginoski - Ensino Fundamental

e Médio, foi desmembrado da Escola Municipal Mauro Portugal – Ensino

Fundamental, pelo projeto de estadualização das escolas municipais que ofertavam

o ensino de 5ª a 8ª série, na data de 18/01/96, pela Resolução 276/96.

Ato de Reconhecimento do Colégio 18/97 de 09/01/1997. Ato de

Renovação do Reconhecimento do Colégio, Resolução 2029/04 de 04/06/2004.

Regimento escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 259 de

11/01/2001.

Resolução nº 87/03 de 05/02/2003 autorização de funcionamento do

Ensino Médio. Reconhecimento do curso Resolução nº 2614/05 DOE 23/09/05 e

Renovação de Reconhecimento do curso Resolução nº 1084/11.

Esta unidade escolar oferece o Ensino Fundamental nos períodos da

manhã, tarde e o Ensino Médio pela manhã e noite.

Tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná e

pertence ao Núcleo Regional Metropolitano da Área Sul, situado na Avenida Iguaçu,

420 – Bairro Rebouças – Curitiba – Paraná.

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O Colégio Estadual Prof.ª Albina Novak Muginoski - Ensino Fundamental

e Médio, recebeu essa denominação para prestar homenagem a Prof.ª Albina que

nasceu em 08 de setembro de 1922 e faleceu em 08 de setembro de 1992. No

exercício de sua profissão como educadora colaborou para o enaltecimento da

educação de Campo Largo, exercendo suas funções na Escola Estadual Macedo

Soares e Escola 1º Centenário, onde se aposentou como Diretora.

Atualmente processo educativo passa por diversas mudanças visando

garantir o ensino de qualidade. Em 2005 foi promulgada a primeira lei específica do

Ensino Fundamental de nove anos, a lei nº 11.114/05, que tornou obrigatório a

matrícula da criança aos seis anos de idade.

Durante os últimos anos o sistema educacional procurou a melhor forma

de aplicar as mudanças necessárias, assim ampliando significativamente o número

de atendimento nos estabelecimento de ensino. Como o processo nas séries iniciais

foi gradativo, somente em 2012, o colégio iniciará o atendimento com as séries

finais.

Com as mudanças ocorridas nas séries iniciais, houve há necessidade de

rever alguns conceitos, visando dar continuidade ao processo educativo.

O processo de implantação do ensino de 9 anos exigirá o envolvimento

de todos: comunidade, professores, alunos, equipe pedagógica e principalmente os

profissionais das séries iniciais. No decorrer do projeto, o tema será trabalhado de

acordo com sua especificidade.

5.2 PERFIL DA COMUNIDADE

Nas dependências do CAIC Emígdio Pianaro funcionam a Escola

Municipal Mauro Portugal, o Colégio Estadual Profª Albina Novak Muginoski e o

Centro Municipal de Educação Infantil Dr. Rudolf Anton Michael Göhringer.

Os alunos deste colégio estão na faixa etária entre 10 e 21 anos e vêm

de diversas comunidades sendo as principais: Águas Claras, São Marcos,

Francisco Gorski, Três Rios, Botiatuva, São Vicente, Jardim Tropical, Moradias Bom

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Jesus, São João I, São João II, Santa Terezinha, Santa Rita, Santo Antonio,

Lamback, Jardim Habitalar, Jardim Esmeralda, Vila Glória, Campo do Meio e Jardim

Meliane.

O rendimento mensal das famílias atendidas é em média de 01 a 02

salários mínimos. Com relação ao nível de escolarização dos pais e das mães, 57%

não completaram o Ensino Fundamental, 17% possuem o Ensino Médio completo e

apenas 2% tem nível superior. Os pais exercem profissões como: pedreiro,

carpinteiro, operador de máquinas, serviços gerais, vigia, motorista, mecânico e

policial, enquanto as mães trabalham como: donas de casa, diaristas, empregadas

domésticas e serviços gerais.

Quanto à moradia, 91% possui residência própria, sendo de alvenaria

com água encanada e esgoto.

O lazer desta comunidade restringe- se a assistir televisão e visitar

parentes, pois a grande maioria não tem condições para manter outros tipos de

diversões. Esta clientela considera nossa sociedade desigual, injusta e violenta

devido à falta de solidariedade e segurança.

Além de todos os aspectos significativos já ressaltados sobre esta

comunidade, é importante destacar as características do nosso município.

Embora os primeiros habitantes europeus ao chegarem a essa região

fossem portugueses, a formação étnica predominante foi a dos poloneses e

italianos. A forma produtiva mais utilizada desde a fundação do município foi a

agricultura, a produção de hortifrutigranjeiros e a indústria da cerâmica. Porém, a

partir de 1997 a situação econômica começou a ser substituída pela indústria

automobilística e de autopeças.

5.3 RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO ADMINISTRATIVO

5.3.1 Corpo docente

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Composto por 38 professores abaixo relacionados:

NOME FUNÇÃO HABILITAÇÃO

Alcimari de Lourdes

Hüffner

Professora de Química para

o Ensino Médio

Licenciatura em Ciências e

Bacharelado em Química

Andre da Silva Professor de Arte para o

Ensino Fundamental

Licenciatura em Música –

em curso

Andre Santos Bortoleto Professor de Ciências para o

Ensino Fundamental

Licenciatura Plena em

Ciências Biológicas

Andrea Cristina da Silva

Santana

Professor de História para o

Ensino Fundamental e Médio

Licenciatura e Bacharelado

em História e

Especialização em Gestão

Escolar, Supervisão e

Orientação Educacional

Angela Regina Missio Professor de Arte para o

Ensino Fundamental

Licenciatura em Artes

Visuais

Ariete Aparecida

Ricetto Machado

Professora de Geografia

para o Ensino Fundamental

e Médio

Licenciatura em Geografia e

Especialização em Meio

Ambiente e Ecologia

Bernadete Lenine Lavall

Professora de Educação

Física para o Ensino

Fundamental

Licenciatura em Educação

Física e Especialização em

Magistério de Educação

Básica

Bruno de Souza

Nogueira

Cesar Henrique Ferreira Professor de Filosofia para o Licenciatura em Filosofia

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Ensino Médio

Deibimar dos Santos Professor de Historia para o

Ensino Fundamental a Médio

Licenciatura em História

Especialização em História

e Geografia do Paraná

Doraci do Rocio

Merchiori

Professora de Matemática

para o Ensino Fundamental

Licenciatura em Ciências,

Bacharelado em Química e

Especialização em

Magistério de 1º e 2º graus

Edilson Fila Portella Professor de Matemática

para o Ensino Fundamental

Licenciatura em Matemática

– em curso

Elisangela Marcia de

Souza

Professora de Ciências para

o Ensino Fundamenta e

Biologia para o Ensino Médio

Licenciatura em Ciências e

Especialização “Lato Sensu”

em Biologia: Morfofisiologia

do organismo humano e sua

integração com o meio

ambiente

Elizangela Maria Ferreira Professora de Matemática do

Ensino Fundamental e Médio

Licenciatura em Matemática

e Especialização em

Educação Matemática

Fernanda Lorandi

Lorenzetti

Professor de História para o

Ensino Fundamental e Médio

Licenciatura e Bacharelado

em História e

Especialização em História,

Região e Identidades

Fernando Luiz Scarpin Professor de Física para o

Ensino Médio

Engenharia Civil com

habilitação em Engenharia

Cartográfica

Gislaine Antonelli de

Lima Guilherme

Professora de Matemática

para o Ensino Médio Licenciatura em Matemática

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Gislaine Rossato Barutti

Professora de Língua

Portuguesa e Língua

Estrangeira Moderna Inglês

para o Ensino Fundamental

Licenciatura em Letras

Português/Inglês e

Especialização em

Literatura Brasileira de a

construção do texto

Jairo Antonio Rodrigues Professor de Matemática

para o Ensino Médio Licenciatura em Matemática

Janaina Ferreira dos

Santos

Professora de Matemática

para o Ensino Fundamental

e Médio

Licenciatura em Matemática

e Especialização em

Professores de Matemática

Jessica Cristina Rutana

Santana

Professora de Matemática

para o Ensino Fundamental

Licenciatura em Matemática

– em curso

Levi Jose Diniz

Professor de Língua

Portuguesa para o Ensino

Médio

Licenciatura em Letra –

Português e Especialização

em Pedagogia para o

Ensino Religioso

Luciane Dorea da Silva

Professora de Arte para o

Ensino Fundamental e Médio

Licenciatura em Educação

Artística e Especialização

em supervisão, orientação,

administração e

coordenação pedagógica

Lucimara Salete

Guerchewski

Professora de Língua

Portuguesa para o Ensino

Médio

Licenciatura em Letras -

Português, Especialização

em Linguística aplicada a

Língua Portuguesa,

Especialização em

Magistério da Educação

Básica e Mestrado em

Estudos Linguísticos

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Lucineia Furtado da Silva

Professora de Língua

Portuguesa para o Ensino

Médio

Licenciatura em Letras –

Português e Especialização

no Ensino de Língua

Portuguesa e Literatura

Brasileira

Luiz Fernando Merchiori

Professor de Língua

Estrangeira Moderna Inglês

para o Ensino Médio

Licenciatura em Letras – em

curso

Márcia Cristina de Assis Professora de Inglês para o

Ensino Fundamental e Médio

Licenciatura em Letras

Português/ Inglês

Margareth Aparecida

Pinto

Professora de Educação

Física para o Ensino

Fundamental e Médio

Licenciatura em Educação

Física

Maria Eunice Ganzert Professora de Sala de

Recursos

Pedagogia e Especialização

em Metodologia e

fundamentos do Ensino da

Matemática

Mariana da Silva Professora de Ciências para

o Ensino Fundamental

Licenciatura em Ciências e

Especialização em Ensino e

Práticas de Ciências

Mirian Labios dos Santos Professora de Física para o

Ensino Médio

Licenciatura em Física – em

curso

Rafael José Ramos Silva Professor de Sociologia para

o Ensino Médio Licenciatura em História

Rejane Rodrigues

Professora de Geografia

para o Ensino Fundamental

e Médio

Licenciatura em Geografia

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Roseli Maria Wiezbicki Professora de Espanhol para

o CELEM

Licenciatura em Letras

Português/ Espanhol

Rosélis Rita Dibas

Professora de Língua

Portuguesa para o Ensino

Fundamental

Licenciatura em Letras

Português/Inglês e Pós

Graduação em Magistério

da Educação Básica

Sílvia W. Burcot

Professora de História e

Ensino Religioso para o

Ensino Fundamental

Licenciatura em História e

Pós Graduação em

Tecnologias aplicadas à

Educação

Simone Teixeira Professora de Arte para o

Ensino Fundamental e Médio

Bacharelado em Artes

Visuais com ênfase em

computação

Solange Máximo de

Souza

Professora de Matemática

para o Ensino Fundamental

Licenciatura em Ciências e

Pós Graduação no Ensino

da Matemática do 1º e 2º

graus

Tania Regina Cuooss

Magalhães

5.3.2 Corpo técnico administrativo

Composto por 15 funcionários abaixo relacionados:

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NOME CARGO/FUNÇÃO ESCOLARIDADE

Ana Maria Rodrigues Agente de Apoio – Agente

Educacional II

Curso Superior de Tecnologia

em Gestão Pública

Claudia Cristina dos

Anjos

Diretora

Licenciatura em Artes Visuais

e Especialização em arte-

educação e metodologias de

ensino

Dinalva de Sá Maynardes Pedagoga

Pedagogia e Especialização

em Educação Básica com

concentração em

Interdisciplinariedade na

escola

Ivaneris Fernanda Gorski Agente de Apoio – Agente

Educacional II Ensino Médio

Katia Marcon Agente de Apoio – Agente

Educacional II Magistério

Luciane Teresinha Kulka Agente de Apoio – Agente

Educacional II Pedagogia

Maria de Jesus Arruda da

Silva Riffert Pedagoga

Licenciatura Plena em

Pedagogia

Nilcéia Aparecida dos

Santos Maria

Agente de Apoio – Agente

Educacional II Pedagogia

Olga Machado da Luz Pedagoga Pedagogia e Especialização

em Educação Especial

Rosangela Maria Seguro

da Silva Pedagoga

Pedagogia e Especialização

em Supervisão Escolar e

Orientação Educacional

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Silvana Batista

Prudenciano

Agente de Apoio – Agente

Educacional II Bacharelado em Direito

Simone Aparecida

Ferreira do Couto Diretora Auxiliar

Licenciatura em Matemática e

Especialização em Ensino da

Matemática

Solange Máximo de

Souza Diretora Auxiliar

Licenciatura em Ciências e

Especialização no Ensino da

Matemática do 1º e 2º graus

5.3.3 Grupo de serviços gerais

Composto por 07 funcionários abaixo relacionadas:

Nome Função Escolaridade

Lorian de Paula Agente de Apoio - Agente

Educacional I Ensino Médio

Margarete Gequelin

Graciano

Agente de Apoio - Agente

Educacional I Ensino Médio

Marilza Pereira da Silva Agente de Apoio - Agente

Educacional I Ensino Médio

Marta Ferreira Torres Agente de Apoio - Agente

Educacional I Ensino Fundamental

Noeli de Fatima Santana Agente de Apoio - Agente

Educacional I Ensino Fundamental

Rosilene de Fatima

Torres

Agente de Apoio - Agente

Educacional I Ensino Fundamental

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Terezinha Maria Mussiol

Gequelim

Agente de Apoio - Agente

Educacional I Magistério

5.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Professora Albina Novak Muginoski – Ensino

Fundamental e Médio é parte integrante do CAIC Emígdio Pianaro e tem 4.715m2

de área construída.

Para 2012, o colégio deverá alterar a nomeclatura (série / ano) de acordo

com a proposta do ensino fundamental de 9 anos, inicialmente não haverá

alterações quanto ao numero de turmas.

Em 2011, o Colégio atende 12 turmas pela manhã, sendo 07 do Ensino

Fundamental e 05 do Ensino Médio, à tarde, 07 turmas do Ensino Fundamental e

no período da noite temos 04 do Ensino Médio e 02 turmas de CELEM Espanhol,

conforme quadro abaixo:

SÉRIE ALUNOS TURNOS

5ªA – Ens. Fundamental 30 Manhã

5ªB – Ens. Fundamental 33 Manhã

5ªC – Ens. Fundamental 34 Tarde

5ªD – Ens. Fundamental 30 Tarde

6ªA – Ens. Fundamental 35 Manhã

6ªB – Ens. Fundamental 36 Tarde

6ªC – Ens. Fundamental 36 Tarde

7ªA– Ens. Fundamental 33 Manhã

7ªB – Ens. Fundamental 32 Tarde

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7ªC – Ens. Fundamental 30 Tarde

8ªA– Ens. Fundamental 28 Manhã

8ªB – Ens. Fundamental 27 Manhã

8ªC – Ens. Fundamental 30 Manhã

8ªD – Ens. Fundamental 30 Tarde

1ªA – Ensino Médio 30 Manhã

1ªB – Ensino Médio 31 Manhã

1ªC – Ensino Médio 32 Manhã

1ªD – Ensino Médio 24 Noite

1ªE - Ensino Médio 23 Noite

2ªA – Ensino Médio 40 Manhã

2ªB – Ensino Médio 26 Noite

3ªA – Ensino Médio 36 Manhã

3ªB– Ensino Médio 27 Noite

1ºA – CELEM Espanhol 30 Noite

2ºA – CELEM Espanhol 14 Noite

Além das 12 salas de aula ocupadas pelas 23 turmas, o colégio dispõe de

01 sala de professores, 01 sala para a equipe pedagógica, 01 secretaria, 01 sala de

apoio pedagógico, 01 laboratório de ciências, 01 laboratório de informática do PR

Digital, 01 laboratório do Proinfo, 01 biblioteca, 01 anfiteatro, 01 ginásio, 01 quadra

de esportes, 01 depósito, banheiros para os alunos (masculino e feminino),

banheiros para professores (masculino e feminino), 01 refeitório, 01 cozinha, 01

lavanderia.

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5.5 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIAIS

5.5.1 Sala de apoio

O atendimento em sala de apoio à aprendizagem ocorre nos dois

turnos, possibilitando o acompanhamento de todos os alunos do sexto ano.

Em 2011 iniciamos uma sala de apoio para o 9ª ano. O atendimento

envolve as disciplinas de língua portuguesa e matemática, que são ministradas duas

vezes por semana, totalizando 4 aulas em cada disciplina. As aulas são ministradas

em horários diferentes, pois alguns alunos freqüentam apoio nas duas disciplinas.

A maior dificuldade no atendimento à sala de apoio refere–se às faltas,

em virtude da distância das residências, pois a maioria dos alunos utiliza transporte

escolar, ficando na escola os dois turnos.

5.5.2 Sala de recurso

A escola oferece atendimento em sala de recurso para alunos deste

estabelecimento de ensino e outras escolas do município. O programa enfrenta o

mesmo problema de faltas constatado na sala de apoio, mas a freqüência ainda é

melhor, pois o vínculo afetivo em sala de recurso é maior.

O espaço físico destinado a sala de apoio é pequeno, porém não

prejudica o atendimento, pois este é feito individualmente ou em pequenos grupos.

5.6 DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA

5.6.1 Gráficos 2009

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5.6.2 Gráficos 2010

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5.6.3 Gráfico ProvaBrasil 2009

5.6.4 Gráfico IDEB 2009

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5.6.5 Análise dos dados estatísticos da escola

5.6.5.1 Desempenho interno

Analisando os dados estatísticos da escola em relação ao aprendizado do

ano de 2009, tivemos um grande número de alunos reprovados e outros que se

evadiram da escola.

Os problemas enfrentados neste ano, tais como: números elevados de

alunos fora da faixa etária e com dificuldades acentuadas, sala de aula lotada,

indisciplina, quadro de funcionários e professores incompletos ate o inicio do

primeiro trimestre e a intolerância por parte dos professores, mediante o

desinteresse dos alunos em atividades de recuperação de estudo, levaram ao

resultado acima.

Já em 2010 os números melhoraram, resultados das mudanças

efetuadas no processo de avaliação, que passou a ser acompanhado pelos

responsáveis logo após o término do trimestre, quando os alunos, que não

obtiveram a média, puderam desenvolver atividades extras, melhorando

significativamente o seu desempenho no próximo trimestre. A participação dos pais

tem sido o grande desafio, pois mesmo com o aumento da presença nas reuniões,

ainda é baixa.

Quanto à aprovação por conselho esta ocorreu em maior número em

2010, quando muitos alunos não atingiram a média exigida para aprovação, mas

demonstraram melhorias, após participação do projeto de recuperação de estudos.

5.6.5.2 Desempenho externo

O desempenho do colégio nas avaliações externas como: Saed, Prova

Brasil, Ideb, refletiram os problemas enfrentados no período da avaliação e

demonstrados nos gráficos acima.

Ao analisar individualmente cada avaliação, constatou-se que o

desempenho na Prova Brasil, foi semelhante ao de outras escolas do município, que

obtiveram notas melhores no Ideb, demonstrando que o aprendizado está

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ocorrendo. O baixo desempenho no Ideb ocorreu em virtude da evasão e

reprovação em 2008.

O colégio já vem desenvolvendo alguns projetos para amenizar o

problema e em 2012 participará do programa PDE Escola oferecida pela SEED.

5.6.5.3 Relação da faixa etária e série

A clientela atendida pelo colégio no ensino fundamental, em sua maioria

está dentro da faixa etária esperada para a série que freqüenta. A variação média

de idade dos alunos fora da faixa etária é de um a dois anos para alunos de 6º ao 9º

ano. No ensino médio a porcentagem de alunos fora da faixa etária

aumenta,principalmente no primeiro e segundo ano do noturno, quando muitos

alunos saem para o primeiro emprego e outros retornam quando sentem na pele a

falta do estudo.

5.7 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

A unidade escolar funciona em três turnos: manhã, tarde e noite,

oferecendo a carga horária (mínima) de 800 h/anuais, ministradas em (no mínimo)

200 dias de efetivo trabalho escolar.

A instituição educacional oferta os dois últimos níveis da educação

básica, sendo que o Ensino Fundamenta funciona pela manhã com sete turmas, à

tarde sete turmas , em regime de progressão regular por série, com duração de

quatro anos e o Ensino Médio tem quatro turmas no turno da manhã e três turmas

no turno da noite, com regime de progressão regular por série, com duração de três

anos.

Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos em 2012, não

ocorrerá mudanças na organização do espaço e de tempo, pela limitação do

espaço, mas as turmas serão formadas de acordo com o número de sala já

existente.

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5.8 INCLUSÃO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO FISCAL

Para viabilizar o financiamento técnico e financeiro para criação de

ambientes educativos e revitalização de ambientes já existentes, faz-se necessário

a participação do Colégio no Projeto de Educação Fiscal de acordo com a Lei

Orçamentária Federal. No momento não desenvolvemos projetos de educação

fiscal.

5.9 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

A escola dispõe de:

320 conjuntos de carteira/cadeira, 8 estantes de aço,

19 mesas para computador, 35 microcomputadores,

01 impressora jato de tinta, 02 impressoras matricial,

03 impressoras a laser, 01 aparelho fone/fax,

02 armários de aço, 11 TVs,

01 vídeo cassete, 04 aparelhos de DVD,

04 CD’s player, 01 caixa de som,

01 data show.

5.10 RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA

(Professores, funcionários, pedagogos, alunos, diretoria, pais)

A relação de trabalho na escola fundamentasse nos princípios de uma

gestão democrática, aberta e participativa. A realização do trabalho em equipe, cada

elemento exercendo seu verdadeiro papel e buscando alcançar os objetivos

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propostos, assim todos os envolvidos estão em constante aprendizado, sendo

sujeitos do seu próprio desenvolvimento e do bem estar da coletividade.

Dentro de um Estabelecimento de Ensino todos são educadores e

corresponsáveis pelo sucesso do projeto que norteia todo trabalho pedagógico

realizado.

Quando a gestão é democrática o compromisso e o planejamento se faz

necessário, assim os resultados melhoram, pois todos devem tem clareza dos

objetivos traçados e não medir esforços para alcançá-los. Este planejamento deve

ter quatro dimensões: a das ações concretas a realizar, a das orientações para toda

ação (políticas e estratégias), a das determinações gerais e das atividades

permanentes.

Reuniões periódicas acontecem para a elaboração deste planejamento e

a execução do mesmo ocorre no dia a dia da escola. Portanto, queremos uma

escola de qualidade que não seja excludente, que respeite as diferenças e que a

reflexão constante sobre a realidade promova o compromisso social.

Frente as dificuldades, comum ao convívio escolar, a mediação tem

ocorrido, sempre visando o bem comum. A rotatividade de professores caiu

significativamente, o que aumenta o vinculo dos professores com a comunidade

escolar.

5.11 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

Este tem sido o grande desafio, pois os pais e responsáveis, são em sua

maioria provedores da família, deixando na responsabilidade da escola as decisões

pedagógicas e administrativas.

A participação dos pais acontece através de reuniões realizadas no

decorrer do ano letivo, a fim de aproximar os pais da realidade escolar e

proporcionar a eles o conhecimento da organização pedagógica e administrativa do

Estabelecimento. As reuniões são realizadas no período da noite, facilitando para

os responsáveis que trabalham, mas mesmo assim a participação é pequena.

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Nestes momentos os pais demonstram suas expectativas em relação à

escola e sugerem soluções para algumas dificuldades encontradas, além de

compartilharem suas experiências na educação dos seus filhos.

Atualmente o colégio atende dezesseis bairros em sua maioria com falta

de estrutura e alto índice de marginalidade. Outro fator que interfere

significativamente é a questão financeira, pois muitos pais trabalham na cidade

vizinha, deixando a responsabilidade para irmãos mais velhos, porem menores de

idade ou em projetos sociais, que por sua vez enfrentam o mesmo problema, quanto

a participação.

Além dessa participação coletiva, a escola está aberta para atender os

pais individualmente, pela direção, equipe pedagógica e professores. A agenda é

outro instrumento que visa garantir a comunicação entre pais e escola.

A busca de soluções para os problemas acontece em reuniões periódicas

com o Conselho Escolar e com a APMF, garantindo um melhor andamento do

Estabelecimento e a qualidade do ensino almejada.

Pretende-se em todos esses momentos, deixar claro que a Escola é um

espaço democrático e que somente com a participação efetiva da família

possibilitará a melhoria do processo educativo.

5.12 CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

A capacitação de professores e funcionários vem acontecendo em forma

de reuniões, grupo de estudos debate em busca do entendimento da função da

escola, concepções de aprendizagem, homem, sociedade... Em muitos casos os

professores participam de cursos promovidos pela SEED ou instituições

educacionais, normalmente por iniciativa própria preocupados com sua formação.

A formação continuada, ocorre segundo calendário estipulado pela SEED,

o que garante a participação de todos os envolvidos no processo educativo. Com as

mudanças previstas para 2012,quando será implantado a Ensino Fundamental de

nove anos, séries finais, os estudos realizados neste período ajudarão na efetivação

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do processo.

O fato de o prédio ser em dualidade administrativa facilitará a articulação

entre os profissionais das séries iniciais e finais.

5.13 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TURMAS

Tendo em vista que o Colégio Professora Albina Novak Muginoski,

funciona em um prédio municipal com dualidade administrativa, precisamos adaptar

os espaços de acordo com as necessidades das duas escolas, além de respeitar o

horário do transporte escolar e adequação dos horários dos professores que

trabalham em outros Estabelecimentos de Ensino.

A organização e distribuição das turmas por período decorrem da

quantidade de salas disponíveis e do horário oferecido pelo transporte escolar que

atende os diversos bairros.

Sendo a estrutura física do CAIC compartilhada com a Escola Mauro

Portugal, muitas famílias possuem filhos nas duas escolas, o que justifica a abertura

de todas as turmas do ensino fundamental nos dois períodos.

O nosso Colégio recebe alunos transferidos de outros colégios,

municípios ou estados durante o ano letivo.

Mesmo com as mudanças ocorridas na implantação do ensino

fundamental de 9 anos e a abertura da sala de apoio do 9º ano, não haverá muitas

mudanças quanto ao número de salas, pois esse número é fixo, limitando o número

de alunos a ser atendidos.

5.14 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

A hora-atividade é organizada buscando atender aos objetivos da escola.

Não conseguimos deixar o horário da hora-atividade, de acordo com as sugestões

do NRE AM/SUL, pois os professores exercem suas funções em várias escolas,

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assim tentamos adequar os horários segundo a disponibilidade dos professores e as

necessidades pedagógicas dos alunos deste Estabelecimento de Ensino.

Ainda temos dificuldades em conscientizar os professores da importância

de reflexões possibilitadas neste tempo (estudo de textos) e com alguns, da

importância da conquista dos 20% da carga horária, num espaço de tempo a ser

utilizado para organizar instrumentos mais eficazes de avaliação e estratégias

diversificadas de aplicação de conteúdos, buscando tornar o processo ensino

aprendizagem mais significativo e capaz de levar o aluno a refletir e transformar a

realidade em que vive.

O acompanhamento pedagógico ocorre normalmente neste horário,

quando o professor recebe orientações e também compartilha suas dificuldades.

Este espaço é um dos mais prejudicados no contexto escolar, pois em

função do “bom andamento da escola”, abrimos mão deste tempo, fundamental

para uma gestão escolar democrática. Em 2009 foi procurado trabalhar dentro de

proposta da SEED, utilizar este horário para dar suporte ao professor. Acreditamos

que o primeiro passo já foi dado.

Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos, este horário

de estudo possibilitara aos professores adequar a sua prática, as mudanças

necessárias.

5.15 CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE

Na identificação deste projeto registrou-se o perfil da nossa comunidade,

pessoas de baixa renda, pouca escolaridade, porém na sua grande maioria

proprietários de sua residência e com trabalho autônomo e/ou temporário,

ocasionando muitas transferências expedidas e recebidas. Aparentemente

poderíamos desenvolver este projeto sem grandes dificuldades, mas o grande

desafio está em conscientizar os alunos e as famílias para que acreditem que o

estudo pode lhes possibilitar a transformação da própria vida e a realidade em que

estão inseridos.

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36

A inversão dos valores nesta sociedade traz consequências de muitos

conflitos entre os adolescentes, que buscam levar vantagem em tudo, preocupam -

se com status, acirrando a discriminação e a desigualdade.

Há um desencontro entre o que o professor formaliza no seu

planejamento, ou diz que faz e ensina, e aquilo que de fato acontece em sala de

aula. Desejos e projetos transformam-se em discurso, mas não refletem a realidade.

A educação tem por objetivo constituir um ensino com significados,

possibilitando ao aluno se inserir na vida cidadã, mas esta ainda não é a realidade

da escola, pois nas salas de aula ainda se perpetua o ensino enciclopédico. Assim,

o ensino atual ainda não atende as diferentes formas e ritmos de aprendizagem dos

alunos, ocasionando muitos casos de evasão e repetência.

Na sociedade estamos sempre nos adaptando às mudanças, isso é ser

flexível, porém nem sempre isto é possível dentro da escola. Pois, a quebra de

paradigmas exige coragem e ousadia para o enfrentamento e a busca de soluções

para os problemas e isto buscamos efetivar no dia-a-dia da escola e no decorrer do

processo tornando o Projeto Político Pedagógico uma realidade construída e

renovada a cada momento escolar.

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6 MARCO CONCEITUAL

Um projeto pedagógico precisa, primeiro, saber fundamentar o que entende por processo educativo e por papel da escola, frente aos direitos dos alunos e suas famílias, e da sociedade como um todo. Esta seria o que poderíamos chamar de bloco comum, no sentido de que, mesmo devendo abrir-se a forma divergentes e/ou complementares de conceituação unifica se em torno de alguns elementos conceituais, como instrumentação pública da cidadania, móvel mais decisivo das mudanças estruturais na sociedade e na economia, função moderna do manejo e produção do conhecimento, promoção de didáticas construtivas, etc. (Demo, p. 245).

6.1 CONCEPÇÕES

“A educação é um direito de todos” e a escola, por sua vez, inserida

numa sociedade que vive em constantes mudanças, configurada como instituição a

serviço de toda coletividade precisa ajustar-se a tais modificações, posicionando-se

de forma transformadora e emancipadora, criando um ambiente favorável a

construção do conhecimento, exercício da cidadania, valorizando o trabalho, a

cultura e estimulando a pesquisa.

O CEPANM (Colégio Estadual Professora Albina Novak Muginoski –

EFM) apresenta seus princípios filosóficos e educacionais fundamentados no

referencial teórico crítico, buscando assegurar a qualidade da prática educativa, nas

dimensões culturais, política e social, partindo dos princípios de igualdade,

qualidade, gestão democrática e valorização do magistério.

Segundo Gomez:

[...] de uma perspectiva, habitualmente hegemônica na analise pedagógica do ensino, geralmente se descreveu a escola e suas funções sociais, o processo de socialização das gerações jovens, como um processo de inculcação e doutrinamento ideológicos. Dentro desta interpretação idealista, a escola cumpre a função de impor a ideologia dominante na comunidade de social, mediante um processo mais ou menos aberto e explicito de transmissão de ideias e comunicação de mensagens, seleção e organização de conteúdos de aprendizagem. Dessa forma, os alunos/as assimilando os conteúdos explícitos do currículo e interiorizando as mensagens dos processos de comunicação que se ativam na aula,vão configurando um corpo de

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ideias e representações subjetivas, conforme as exigências do status quo, a aceitação da ordem real como inevitável, natural e conveniente ( Gómez, Sacristan. 1998, p.17).

Nesse sentido, a escola precisa ter clareza sobre o papel e a realidade

em que está inserida, exercendo sua função na apropriação e transmissão do saber,

caracterizando desta forma a sua especificidade, diferente das demais instituições.

O compromisso expresso em seus objetivos só ocorrerá através do conhecimento

produzido historicamente e apropriado no contexto escolar, dentro de uma visão

dialética e problematizadora.

Para isto, é fundamental explicitar sua visão de homem, sociedade,

educação e avaliação. Que ocorre através de um ensino eficiente que só terá

resultado a partir do momento que cada integrante tenha noção da sua

responsabilidade, assumindo-a e colocando-a em prática. Para isso é fundamental

algumas concepções básicas para a formação integral do aluno.

6.1.1 Concepção de educação

A educação é um componente vivo e social que implica na transformação

da sociedade, que propõe desvendar e utilizar as próprias contradições da própria

sociedade para trabalhar criticamente sua transformação.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo1º “A educação

abrange processo formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência

humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa , nos movimentos

sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais,”

A educação é uma das formas de manifestação da prática social que atua

como coadjuvante no movimento da transformação social, atuando na tomada de

entendimento coletivo, na elaboração crítica, consciente das relações sociais em

que são levados a viver.

A educação deve buscar a formação do educando com o espírito crítico,

capaz de refletir, discernir, decidir, dentro de uma escala de valores morais e

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sociais, que produzam equilíbrio, harmonia, segurança e fundamentem o verdadeiro

sentido da vida.

6.1.2 Concepção de homem

A visão de homem está diretamente ligada, ao tipo de homem que se

deseja formar, ou seja, um indivíduo crítico e consciente. O trabalho deve ser

realizado para que este homem desenvolva as suas potencialidades para

autorrealização e preparo para o exercício consciente da cidadania. O homem é um

ser histórico determinado pelo social, político, econômico e individual.

6.1.3 Concepção de ensino – aprendizagem

O processo ensino-aprendizagem é relacional e reflete a ação de ambos

os lados, o que busca o aprendizado, direta ou indiretamente bem como aquele que

deseja transmitir esse ensino.

Serres (1993), com muita propriedade no seu livro “Filosofia Mestiça”, nos diz que, para que haja aprendizagem, exige-se uma viagem, uma partida... O aprender é uma busca incessante da sabedoria, é a busca do “lugar mestiço”. Afirma: “nada ninho” (p. 14).

Segundo Vygotsky a idéia de aprendizado inclui a interdependência dos

indivíduos envolvidos no processo, ou seja, aquele que aprende, aquele que ensino

e a relação entre essas pessoas.

6.1.4 Concepção de sociedade

Numa concepção histórica a consciência humana não é nata, ela se

constrói nas relações sociais, sendo assim a sociedade é um processo na

construção do ser humano na coletividade, que por sua vez deve buscar o

conhecimento, pois só assim encontrará respostas às suas perguntas. A obtenção

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de respostas aos questionamentos leva o ser humano a um ciclo de novas

perguntas.

O homem é um ser social e a sociedade inteiramente humana. É,

portanto um erro esperar uma transformação da sociedade unicamente pela ação

política, sem levar em consideração a especificidade de cada indivíduo, pois ela se

constrói histórica e culturalmente pela interação concreta dos homens em relação

com os outros.

6.1.5 Concepção de cultura

“Do latim, cultura, é o conjunto de características humanas que não são

inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e

cooperação entre indivíduos em sociedade.”

No Brasil existe grande diversidade cultural, em virtude dos povos

africanos , dos índios e dos colonizadores que aqui chegaram, trazendo em sua

bagagem todo o seu patrimônio cultural, o que nos permite optar por uma conduta

cultural, seja religiosa, musical, hábitos ou costumes de um grupo.

A escola é o espaço aonde as pessoas chegam com sua cultural, trocam

suas experiências, ponderam as informações e buscam o equilíbrio necessário para

a convivência em grupo, onde todos aprendem e ao mesmo tempo ensinam.

6.1.6 Concepção de cidadania

É um conjunto de valores sociais que engloba direitos e deveres de um

indivíduo em relação a uma sociedade na qual este esteja inserido.

Dentro de uma gestão democracia, a própria definição de Direito,

pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma escola os direitos de

um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais

componentes.

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Segundo Jorge Sampaio, in Educar para a Cidadania: "A cidadania é

responsabilidade perante nós e perante os outros, consciência de deveres e de

direitos, impulso para a solidariedade e para a participação, é sentido de

comunidade e de partilha, é insatisfação perante o que é injusto ou o que está mal,

é vontade de aperfeiçoar, de servir, é espírito de inovação, de audácia, de risco, é

pensamento que age e ação que se pensa."

6.1.7 Concepção de infância e adolescência

O estudo da psicologia tem contribuído muito com a educação e nos

permite conhecer o desenvolvimento infantil em suas diferentes áreas (sensório-

motora, sócio-afetiva, simbólica e cognitiva), possibilitando o entendimento do

processo que a criança passa na construção do seu conhecimento. São dessas

informações que derivam subsídios fundamentais à prática pedagógica, auxiliando

os professores sobre o que e como a criança aprende.

Alguns fatores são relevantes para o bom desempenho tanto do

professor como do aluno:

A criança precisa ter sua auto-estima elevada, ser respeitada na sua

personalidade para que participe de forma ativa na construção do seu

conhecimento, assim, a medida que se envolve socializa-se, interagindo com o

outro. A expressão e a comunicação infantil ocorrem através de conversas, leituras,

música e na medida em que isso se contextualiza, a criança inicia a sua

comunicação escrita.

O conhecimento do desenvolvimento infantil permite que o professor atue

em concordância com as necessidades da criança, atingindo seus objetivos e

colaborando com a formação da criança.

A criança é o principal agente construtor do seu conhecimento do mundo

e da sua própria identidade. As circunstâncias do meio em que vive, somadas às

condições do seu pensamento, em cada uma das etapas pelas quais vai passando,

fazem de cada criança um ser inteiramente original.

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Já na adolescência são os fatores sociais (históricos e culturais) que

associados a mudanças físicas definem o posicionamento que cada jovem irá

seguir. Entender que no contexto em que o adolescente esta inserido proporcionará

o espaço necessário a formação de sua personalidade, que são as informações

recebidas que ampliará ou limitará sua formação. Quando nos referimos ao termo

informação queremos dizer, todo tipo de informação e não somente a que queremos

que eles absorvam.

Na adolescência os comportamentos individuais se manifestam: a

inquietação, diminuição da concentração, aumento da ambivalência frente aos

objetos amorosos, questionamentos referentes a hábitos e costumes e os valores

pré-estabelecidos.

O comportamento grupal é comum entre os adolescentes, ocasião na

qual buscam a aceitação do próximo, a auto-afirmação e sua identidade. Os

conflitos com os pais e outros grupos de adolescentes são características dessa

fase da vida, demonstrados principalmente através de um comportamento próprio

de linguagem, estereótipo e a defesa de idéias que priorizam o grupo em detrimento

dos familiares.

O processo de identificação do ser humano só ocorre no convívio com o

outro. Na adolescência, quando as contradições prevalecem, o indivíduo oscila ente

o desejo de se tornar adulto ou voltar à infância, quando havia menos cobrança. É

muito comum os conflitos entre pais e filhos, professores e alunos, pois criticam

crenças, valores, normas e as regras preestabelecidas são esquecidas. Entender

que isso não significa rejeição, pelo contrário, após refletir e se questionar, o

adolescente adota muitos desses valores para a sua vida. Esse tem sido o grande

desafio para pais e professores.

Na atualidade o conceito de família tem sofrido modificações em sua

base, fugindo da tradição, nem por isso o papel da família na transmissão de

valores éticos e morais diminuíram, entretanto muitos pais têm permitido aos filhos

que estes assumam responsabilidades sem estarem preparados. Diante da situação

a escola torna-se relevante no processo, passando a ser referência, pois é nesse

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espaço que muitos valores são colocados e vivenciados e não somente os

conteúdos propostos.

O convívio escolar, dependendo da forma em que ocorra poderá ser

benéfico ou prejudicial. O que determinará isto são os objetivos estabelecidos pelos

profissionais educadores existentes no espaço educativo.

A escola deverá representar (...), um espaço democrático e emancipatório por excelência, constituindo-se, juntamente com a família em extraordinária agência da socialização do ser humano, destinado aos propósitos de formação, valorização e respeito ao semelhante. É sobre tudo na escola que a criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento no campo das relações interpessoais. (SOTTO Maior Neto, 2004).

Reconhecer que o papel da escola mudou e que a sociedade também

mudou, facilitará o convívio entre os indivíduos, afinal, conflitos entre gerações

fazem parte do desenvolvimento humano.

6.1.8 Concepção de escola

A escola é o espaço vivo onde as relações sociais acontecem. Seu

principal papel é a socialização do saber elaborado, do saber sistematizado, da

cultura popular herança do aluno, adquirida em suas experiências no cotidiano.

É na escola que acontece a transmissão/assimilação de conhecimento,

mas não basta à presença do conhecimento, é necessário que neste espaço o

aluno possa produzir, criar e recriar novos conhecimento.

6.1.9 Concepção de alfabetização e letramento

''Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um

indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos

da aquisição de uma sociedade (Tfouni,1995,p.20).

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Vários fatores contribuíram para que se repense a alfabetização que no

decorrer dos anos vem sofrendo mudanças, fruto de estudo e pesquisa sobre esse

processo. Essa reflexão busca responder muitas questões, tais como: quando,

como, em quais condições e qual o melhor método para ensinar a língua escrita.

A psicologia auxiliou no estudo do desenvolvimento infantil, atualmente é

possível identificar por área as etapas do crescimento, facilitando e ao mesmo

tempo subsidiando o professor no seu trabalho pedagógico.

Ao iniciar o processo de alfabetização é apresentado ao aluno a técnica

de juntar letras e quais os resultados dessa junção. Muitas vezes esse processo

parece não ter lógica para a criança, mas à medida que esse conhecimento se

estrutura, ela passa a dominar a técnica.

O aprimoramento desse conhecimento ampliará saberes essenciais pré-

requisitos para o bom desempenho escolar. Garantir o acesso a esse conhecimento

é fundamental na construção do saber.

“O domínio da linguagem tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informação, expressa e defende ponto de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.” (BRASIL, 1997 b, pg 21).

Atualmente foi incorporado o conceito de letramento no meio

educacional. Este conceito caracteriza o valor social do domínio da língua, pois é

por meio dela que o homem se comunica e expressa seu ponto de vista.

Enquanto os autores discutem os termos: alfabetização e letramento, a

escola procura rever sua postura frente a estes conceitos, pois queremos indivíduos

que: interprete, sistematize confronte, reivindique e que, acima de tudo use seu

conhecimento em benefício próprio e da sociedade.

Alfabetizar letrando significa descobrir a escrita, aprender a escrita, para

somente então, utilizá-la com eficácia.

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6.1.9.1 Concepção de trabalho

"O TRABALHO enobrece o homem" (Max Weber)

Defini-se como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser

humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.

O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele

que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho

gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento

econômico. Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades.

6.1.10 Concepção de conhecimento

Conhecimento “o ato de conhecer, realizado por meio da razão e/ou da

experiência.” Esta atividade humana busca a compreensão da realidade, das

relações entre o homem e a natureza.

O conhecimento escolar é o resultado de fatos, conceitos e

generalizações apresentadas no contexto escolar.

Conforme Freire “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma

coisa, é sempre intencional, isto é, esta sempre dirigido para alguma coisa.”

(2003,pg.59).

Os conhecimentos trabalhados na escola deverão colaborar na formação

do homem, viabilizando o domínio do método científico, das formas de

comunicação, dos relacionamentos de maneira a utilizar estes conhecimentos para

resolver problemas da prática social e produtiva.

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6.1.11 Concepção de tecnologia

A utilização do conhecimento técnico e científico apropriando-se de

ferramentas, métodos e estudos visando uma melhora em produtos, serviços ou

qualidade de vida.

A escola tem o papel de embasar o aluno nos conhecimentos das novas

tecnologias visando a participação do mesmo no processo de avanço social. As

novas tecnologias vêm causando grandes transformações na estrutura da

sociedade e a escola não podem ficar indiferentes a esses avanços, pois ela serve

como apoio no processo ensino-aprendizagem.

É importante salientar que na aplicação das tecnologias nem sempre os

resultados são positivos, gerando muitas vezes prejuízos sociais. Na história do

homem, por ocasião da Revolução Industrial a tecnologia acarretou a destruição

maciça do meio ambiente, deixando uma herança negativa às gerações futuras.

No panorama das aplicações das tecnologias cabe às escolas fazerem a

ponderação e análise crítica buscando sempre o avanço benéfico da aplicação da

tecnologia.

6.1.12 Concepção de avaliação

A avaliação precisa antes de tudo estar comprometida com o social,

constituindo-se como prática educativa libertadora em favor dos excluídos,

buscando garantir a educação como um bem civilizatório, como direito de cidadania,

de desenvolvimento pleno da existência humana digna.

A sociedade se constrói histórica e culturalmente pela interação concreta

dos homens em relação uns com os outros. Precisamos estar bem atentos, pois a

avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino, pelo qual, o professor

estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a

finalidade diagnosticar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.

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avaliação deve:

� Dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões

quanto ao aperfeiçoamento do processo ensino aprendizagem;

� Proporcionar dados que permitam a este Estabelecimento de Ensino

promover a reformulação de currículo com adequação dos conteúdos e métodos de

ensino, pois a avaliação que garante a participação e o diálogo crítico fundamenta a

reorientação curricular e a reconstrução de práticas pedagógicas numa perspectiva

emancipadora;

� Incidir sobre o desempenho do educando em diferentes “situações de

aprendizagem”, utilizando técnicas e instrumentos diversificados, tais como:

avaliações orais e escritas, pesquisas teóricas e de campo, produção de textos,

aulas/passeio, observação direta, relatórios, gincanas, concursos, jornal, mural e

outros;

Independente do respectivo tratamento metodológico, a avaliação deve

utilizar procedimentos que assegurem a comparação com as DCES indicadas pelos

conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos alunos entre si, e, preponderar

os aspectos qualitativos da aprendizagem considerados a relação e a

contextualização dos conteúdos sempre dando enfoque e relevância à atividade

crítica à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação deve ser contínua, permanente e cumulativa, cumprindo sua

finalidade educativa e deve obedecer à ordenação e à seqüência do ensino e da

aprendizagem bem como à orientação do currículo, sempre considerando os

resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado

final venha incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar,

tomado na sua melhor forma.

A oposição do enfoque liberal e da visão libertadora que permeiam a

avaliação, trazem em sua bagagem os seguintes contrastes: da postura

disciplinadora à postura cooperativa; da memorização à compreensão; da exigência

à responsabilidade de consciência; da ação competitiva à ação coletiva.

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“O educador libertador tem que estar atento para o fato de que a

transformação não é só uma questão de métodos e técnicas. Se a educação

liberadora fosse somente uma questão de métodos, então o problema seria mudar

algumas metodologias tradicionais por outras mais modernas. Mas esse não é o

problema. A questão é o estabelecimento de uma relação diferente com o

conhecimento e com a sociedade.” (Shor, IRA & FREIRE, Paulo, 1986, p. 48).

6.1.13 Concepção de gestão democrática

A Gestão Democrática perpassa pelas leis vigentes e abrange as

dimensões pedagógica, administrativa e financeira. Exige uma ruptura histórica na

prática administrativa, implica o repensar da estrutura de poder da escola tendo em

vista sua socialização propiciando a prática da participação coletiva, que atenua o

individualismo, que elimina a exploração, que supera a opressão, que anula a

dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das

quais a escola é mera executora.

Em uma Gestão Democrática é preciso entender que as leis não mudam

a realidade como um toque de mágica, devendo ser vistas mais como ponto de

partida para os sujeitos e autores da escola pensarem suas próprias condições e

transformá-las.

Também a educação deve ter um caráter democrático que considera o

aluno como cidadão, promove o desenvolvimento da democracia e da liberdade

humana, repudia qualquer tipo de discriminação, constrói sua proposta pedagógica

numa visão crítica, incorpora os avanços das ciências e das tecnologias a serviço do

homem, busca a democratização do saber e a democratização das relações,

garante uma qualidade de ensino articulando a escola como um lugar de

aprendizagem significativa na busca de formar homens livres possuidores de

direitos e cumpridores dos seus deveres, além de aptos a atuar no mundo do

trabalho.

A crescente complexidade das relações do mundo do trabalho é uma das

questões que, atualmente, mais tem ocupado e, preocupados tanto profissionais

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que já estão inseridos no mercado, quanto àqueles que estão ás vésperas da

escolha de sua formação profissional. A necessidade de aperfeiçoamento constante

diante do avanço tecnológico é apenas um dos fatores responsáveis por essa nova

configuração; portanto cabe à escola a instrumentalização do educando para o bem

falar, escrever e interpretar, grande ciência e ao mesmo tempo grande arte

indispensável ao desempenho de papéis na sociedade e ao sucesso profissional

singular a cada área.

Diante dos cenários da sociedade atual as ações individualizadas são

improdutivas e o trabalho escolar deve ser uma ação de caráter coletivo, realizado a

partir da participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos das

instâncias colegiadas da comunidade escolar. Sendo assim o envolvimento de todos

os que fazem parte, de uma forma ou outra do processo educacional, que traçam os

planos de ações visando à melhoria do ensino, é imprescindível para que a gestão

escolar participativa se efetive.

A gestão escolar é um processo democrático onde é descentralizado o

poder do diretor e, todos, juntamente com o corpo docente, quadro administrativo,

alunos e comunidade participam na tomada de decisões dividindo dessa forma as

responsabilidades na construção de propostas para garantir o avanço da educação.

A participação da família é de grande importância, mas não podemos

esquecer que a democratização da escola consiste na realização do seu papel, que

é ensinar e não somente envolver a todos nas tomadas de decisões, mas

proporcionar um trabalho pedagógico diferenciado, que permita ao aluno expressar-

se, desenvolver-se e continuar na escola para aprender e aprender a fazer.

6.1.14 Concepção de currículo

O Currículo é um importante elemento constitutivo da organização

escolar. Implica a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por

um referencial teórico que o sustente.

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É uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização

dos meios para que esta construção se efetive, pois este não pode ser separado do

contexto social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente

determinado.

A sociedade está em constantes mudanças, os conhecimentos

considerados importantes são alterados, os conceitos são ampliados e a escola que

acolhe crianças e jovens por um determinado período, para devolvê-los mais tarde a

essa dinâmica, tem que ter um currículo que acompanhe a mesma.

Portanto, nesse movimento a unidade escolar exercerá seu papel,

mostrando a importância de estar atento aos movimentos sociais e políticos para

que usem os conhecimentos adquiridos além dos muros escolares procurando

dessa forma mudar a sua realidade, da sua comunidade e demais segmentos.

Para que isso se concretize é necessário que a escola faça uma análise

do seu alunado e qual é a realidade da instituição escolar, pois sendo ela a instância

maior que faz a mediação entre o educando e os modelos sociais precisa ter clareza

do conhecimento que quer passar, para que vá adquirindo, nesse processo, a

capacidade de compreender e transformar saberes.

Para isso temos as orientações das Diretrizes Curriculares que são

parâmetros para um contexto específico, portanto é elaborada de acordo com os

componentes regionais e locais, com intencionalidade, organização específica e

gestão escolar adequado a aprendizagem do currículo para o educando daquele

contexto.

Ações como estas, voltadas para os indivíduos inseridos no contexto

escolar, com diversidade cultural é que vão alavancar o ensino.

É na escola, através do currículo, que as ideologias se concretizam com

conteúdos que fortalecem a democratização do saber e das relações. Portanto,

sendo a unidade escolar um espaço de luta, é nela que a realidade social poderá

ser mudada atendendo à diversidade cultural para que não se reproduza uma única

maneira de ser, de pensar, tido como hegemônica.

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Até, porque o pluralismo cultural não existe somente entre as nações, ele

está no interior dela, das comunidades, dos indivíduos.

Muitas práticas excludentes e de fracasso escolar realizada na escola são

frutos do desrespeito ao multiculturalismo, uma vez que as práticas escolares

atingiram apenas parte dos alunos, proporcionando uma desigual proximidade dos

grupos diante às práticas e normas escolares.

Enfim, a questão fundamental no âmbito dos estudos sobre currículo

resume se na explicação do que deve ser ensinado e aprendido e do como deve ser

ensinado e aprendido num processo onde o ensino/aprendizagem se aproxima da

vida cotidiana dos alunos.

6.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A organização curricular do Ensino Fundamental e Médio segue a Matriz

Curricular, previamente aprovada pela SEED. Ela é dividida em duas partes, sendo

que a Base Nacional Comum representa 75% da carga horária e a Parte

Diversificada 25%.

Baseando se na Matriz Curricular, a unidade escolar deverá garantir

cinco aulas diárias, com duração de cinquenta minutos cada, totalizando 25 aulas

semanais.

6.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

As escolas públicas não têm correspondido às características individuais

e sócio culturais diferenciadas de seu alunado, funcionando de forma seletiva e

excludente, mas se faz necessário abrir o universo de possibilidades humanas, que

se constrói no enfrentamento cotidiano dos conflitos, impasses e limitações.

Especial é a educação, que legitima esquemas, espaços e dimensões do

conhecimento e dos direitos humanos, sem a necessidade de atributos restritivos.

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A escola inclusiva (escola que deve acomodar todas as crianças

independentemente de suas condições intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas

e outras – Salamanca- 1994), deve promover uma educação de alta qualidade a

todos os educandos, mudando atitudes discriminatórias, criando comunidades

acolhedoras e desenvolvendo uma sociedade inclusiva.

A dificuldade de aprendizagem não deve ser tomada, isolada e como

obstáculo ou impedimento que impossibilita o pleno desenvolvimento de uma

pessoa. Escola inclusiva requer novas estruturas, novos paradigmas dentro do

Projeto Político Pedagógico. A formação dos educadores deve romper com a

polaridade entre educação comum e especial, tendo como referencial a diversidade

e o aprendizado do aluno.

A integração escolar é vantajosa para todos, porque propicia a renovação

do sistema educacional, pela incorporação da diversidade das experiências

humanas e para que isso aconteça, a escola deverá propor alternativas e soluções,

instrumentalizando se de todas as formas para lidar com as diferenças e a partir

delas buscar o convívio produtivo com a diversidade. Alunos, professores, técnicos,

especialistas, pais, agentes do poder político e comunidade, todos devem assumir o

desafio da descoberta e a superação dos limites, construindo novos referenciais da

Escola Inclusiva.

A educação Inclusiva requer uma escola aberta para todos os alunos,

indo além, de uma posição política, porque resgata uma proposta de recriação da

própria vida na escola.

E é com esta visão que o Colégio abriu as portas para esta nova etapa da

Educação oferecendo atendimento individualizado e/ou pequenos grupos que estão

sendo acompanhado em Sala de Apoio e Sala de Recurso, de acordo com a

necessidade.

O trabalho está sendo ofertado em contra turno, permitindo que o mesmo

continue em sala regular.

A inclusão já é de fato nas escolas públicas e acredita se que em parceria

com a família, pode se atender a todos de acordo com a realidade de cada um.

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Para acabar com a exclusão da contemporaneidade faz se necessário

introduzir outro padrão de sociedade, fundada na civilidade e na ética. A ideologia

da submissão precisa ser precisa ser superada e o “fantasma” do compromisso

abolido, pois pressupõe destinos previamente traçados, sem espaço para as

decisões, para a liberdade que é um dos componentes centrais da constitutividade

humana.

Para que se possa compreender uma cultura, seja a brasileira ou

qualquer outra, deve se, em primeiro lugar, percebê la como algo dinâmico e não

estático, como algo inerente à vida das pessoas, sendo a ética de grande valia para

criar uma coesão na sociedade, uma unidade na diversidade, uma compreensão do

humano dentro das distinções culturais, um melhor entendimento sobre a teia de

relações que constroem o humano.

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7 MARCO OPERACIONAL

7.1 LINHAS DE AÇÃO

• Reorganização do trabalho pedagógico escolar,

• Perspectiva administrativa,

• Perspectiva Pedagógica,

• Perspectiva Financeira

• Político- educacional

Entre muitas inovações, as tecnologias vêm causando grandes

transformações na estrutura da sociedade, assim a escola não pode ficar indiferente

a esses avanços, pois ela serve como apoio para o processo ensino aprendizagem.

Frente a esta situação o professor se depara com um novo desafio que é

o repensar sua ação pedagógica, buscando a participação do educando num

processo de aprendizagem colaborativa e cooperativa superando o modelo

individualista e competitivo.

A informática deve ser entendida como um meio de apoio para o trabalho

pedagógico, colaborando na motivação do aluno, com objetivos bem definidos,

integrando os temas trabalhados e articulando as diversas áreas do conhecimento.

O uso dessas tecnologias, nos dias atuais, primordial para proporcionar

uma educação inovadora e crítica, buscando mais igualdade e justiça no espaço

escolar.

Com a implantação do laboratório de informática, as atividades docentes

e discentes, envolvem práticas pedagógicas voltadas às tecnologias,

proporcionando dentro do ambiente escolar uma aprendizagem mais significativa.

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7.2 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

As instâncias colegiadas são instituições auxiliares para que as decisões

sejam tomadas no coletivo e, portanto a equipe pedagógica administrativa e a

estrutura social se sentem responsáveis pela instituição escolar.

Terão papel fundamental no esclarecimento aos pais, quanto à

implantação do ensino fundamental de nove anos, pois auxiliarão neste embate.

As instâncias que atuam na escola são:

7.2.1 Grêmio estudantil

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes

do Colégio e suas atividades reger-se-ão pelo Estatuto próprio aprovado em

Assembléia Geral. Tendo como objetivos lutar pela democracia permanente na

Escola, representando e defendendo os direitos dos alunos, incentivando a cultura

literária, artística e desportiva, promovendo a cooperação entre toda a comunidade

escolar e realizando o intercâmbio com outras instituições educacionais.

7.2.2 Conselho escolar

A importância da tarefa educativa e a complexidade do organismo escolar

na atualidade impõem à necessidade da adoção de mecanismos que assegurem os

princípios de democratização e representatividade no processo de gestão escolar.

O Conselho Escolar deverá ter como tarefa principal a definição da

proposta pedagógica da escola, orientando se para tanto pelos princípios da

democratização, gratuidade e universalidade, direcionando suas ações para a oferta

de ensino de qualidade para todos.

Para alcançar plenamente seus fins o órgão colegiado deve ser

constituído com observância do princípio da representatividade abrangendo toda

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comunidade escolar (professores, funcionários, alunos e pais) e incluindo também

representantes da sociedade civil e organizada.

Quanto à comunidade escolar deve se ressaltar a importância de que os

representantes sejam eleitos democraticamente por seus pares, preferencialmente

através de suas organizações próprias (Grêmio Estudantil, Associação de Pais,

Congregação de Professores, etc.). No que se refere à presença de segmentos da

sociedade civil organizada devem ser considerados aqueles efetivamente

comprometidos com a escola pública, os quais serão chamados a participar por

iniciativa da comunidade escolar.

O funcionamento deste órgão deve ser pautado em critérios que

assegurem a transparência de suas ações, tais como:

• Convocação e pauta antecipada para as reuniões e previsão de quorum

mínimo para a sua realização;

• Definição clara de mecanismos de substituição dos conselheiros que venham

a se afastar;

• Representação de todos os segmentos como condição para instalação e

funcionamento do conselho;

• Delimitação do período de mandato e das possibilidades de recondução dos

conselheiros;

• Mandato do conselho não coincidente com o do diretor como forma de

assegurar a continuidade do progresso da gestão da escola.

7.2.3 Associação de pais, mestres e funcionários

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é o órgão de representação

dos pais, professores e funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo

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caráter político-partidário, religioso, social e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

Tem por objetivo geral colaborar na assistência do educando, no

aprimoramento do ensino e na integração família escola comunidade, mediante

ação integrada ao Conselho Escolar.

A APMF tem estatuto próprio, aprovado pelo N.R.E. e registrado em

Cartório.

7.2.4 Conselho de classe

O Conselho de Classe se constitui num momento coletivo, geralmente

organizado por séries / áreas do conhecimento de discussão do processo de

aprendizagem dos alunos pelos professores, direção e pedagogos. Ele é importante

na busca de alternativas para a superação de problemas pedagógicos, comunitários

e administrativos da escola.

O enfoque principal é o processo educativo e não as notas, devendo

apontar as necessidades de mudança em todos os aspectos da escola e não

apenas os relativos aos alunos.

É o momento de decisões sobre providência a serem tomadas,

registradas e avaliadas para o conselho seguinte, de modo a se fazer história e não

ser simples momento de catarse.

Os conselhos devem ser preparados com antecedência, estabelecendo

critérios para uma análise mais ponderada.

O Conselho de Classe tem como finalidades:

• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto

pelo Plano Curricular;

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• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

• Analisar os resultados do processo ensino-aprendizagem na relação com o

desempenho da turma com a organização dos conteúdos e o

encaminhamento metodológico;

• Adotar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros

indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação

dos alunos entre si;

• Analisar os resultados da avaliação do desempenho dos alunos portadores

de necessidades educacionais especiais, considerando o respeito às

diferenças individuais e às dificuldades de aprendizagem;

• Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em

vista o respeito, à cultura do educando, integração e relacionamento com os

alunos da classe;

• Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com

o Plano Curricular do Estabelecimento de Ensino;

• Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que após apuração dos

resultados finais não atinja o mínimo solicitado pelo Estabelecimento de

Ensino, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.

� Aluno representante de turma

Quanto ao aluno representante de turma, a escolha de dois membros é

feita pelos colegas e com acompanhamento do professor representante daquela

turma, pautando nos princípios de assiduidade, disciplina, ética e participação em

sala de aula. O fato de sê-lo em dupla, ampara a turma para que numa eventual

falta desse membro, não se fique sem representatividade.

Compete ao representante de turma fazer a chamada diariamente

preferencialmente no momento da terceira aula, preencher o calendário com as

datas de avaliações e trabalhos deixando o em exposição na turma, encaminhar à

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sala de orientação da Equipe Pedagógica eventuais problemas surgidos, solicitar a

ajuda das pedagogas sempre que necessário e ajudar o professor que findada a

aula muda se para outra turma, auxiliando o na mudança do material.

7.3 AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA

A escola enquanto instituição social, cumpre a função, que lhe é

específica, a socialização do saber historicamente acumulado com a qualidade e

organização. Essa qualidade deve estar fundamentada com professores

capacitados, com formação especifica, mas para isso é preciso prever capacitação,

aperfeiçoamento e assistência pedagógica aos mesmos, de forma a assegurar o

retorno dos benefícios para a escola. É preciso, ainda assegurar horários para

reuniões pedagógicas e desenvolvê-las como espaço de discussão sobre temas da

educação que favoreçam a melhoria da qualidade do trabalho docente, pois ensinar

é uma tarefa complexa que requer formação sólida para que o professor consiga

definir o que ensinar como ensinar e para que ensinar.

Os professores participam de cursos, reuniões, simpósios, encontros,

grupos de estudo e seminários oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação.

Também, uma parte da hora atividade, é dedicada a leitura e reflexão de

textos que levam o professor a uma reflexão da sua prática pedagógica e maior

aprofundamento teórico.

7.4 DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO GERAL

Sabe se que a avaliação é uma ferramenta indispensável para o

planejamento, a gestão e as demais atividades que constituem o currículo da

escola, devendo basear se em uma visão crítica, porém compreensiva das partes

componentes da escola, das relações desenvolvidas, formando um todo.

Para a avaliação nos baseamos nos seguintes pontos:

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I – Organização didático-pedagógico da escola

• Estrutura acadêmico - administrativa

• Projeto Político - pedagógico

• Atividades acadêmicas desenvolvidas

II – Corpo docente

• Formação acadêmica e profissional

• Condições de trabalho (regime de trabalho, relação docente/alunos e

turmas

• Atuação e desempenho acadêmico e profissional

III – Instalações

• Instalações gerais da escola

• Biblioteca

• Laboratórios

Baseando se nos aspectos citados acima a escola tem como objetivos

verificar o ritmo e os estilos de aprendizagem dos alunos, realimentar o processo

ensino-aprendizagem, permitindo efetuar correções, enfatizando os conteúdos e

objetivos mais importantes e oportunizar a obtenção de maior sucesso escolar, por

meio da detecção e da correção dos erros mais frequentes, aumentando a

motivação dos alunos e minimizando a evasão e a repetência escolar.

Com isso, esta instituição sempre vem buscando através de algumas

atividades perceberem suas falhas para melhorá-las. As estratégias utilizadas para

a avaliação da escola são: reuniões, questionários para os pais, alunos e

professores e caixa de sugestões.

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7.5 AÇÕES RELATIVAS À RECUPERAÇÃO PARALELA

Considerando que as aprendizagens cognitivas exigidas pela escola

podem ocorrer com maior ou menor rapidez em função das características e

estimulação dos ambientes sociais de onde os alunos provem, a recuperação

paralela é a oportunidade que o educando tem de superar as dificuldades na

aquisição de conhecimentos e no rendimento escolar.

Portanto, toda vez que forem constatadas dificuldades, falhas na

aprendizagem, o professor fará a recuperação de estudos, no horário de aula,

procurando se adequar às dificuldades dos alunos.

A carga horária da recuperação de estudos está inserida no cômputo das

800 (oitocentas) horas anuais, atendendo a legislação vigente.

7.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRÁTICA DOCENTE

A construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio deixa claro, a

intenção de transformação numa escola democrática, com a participação de todos

em busca de uma educação mais justa e digna. Porém, é preciso superar algumas

resistências na prática pedagógica e para isso o professor deve se conscientizar de

que o presente projeto está sendo construído a partir das decisões no coletivo e que

é o documento que norteia as ações dentro da escola, inclusive a prática

pedagógica.

Baseando se nessa lógica é de suma importância à colaboração de todos

no trabalho pedagógico para que esta escola seja realmente democrática acolhendo

a todos.

Portanto, pretende se fazer alguns avanços quanto à prática avaliativa

para que ela realmente seja vista mais como um recurso para o educador ter claro o

que precisa mudar, quais conteúdos precisam ser retomados, enfim dar mais ênfase

à avaliação diagnóstica do que a classificatória.

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Com isso a avaliação deixa de ser um instrumento nas mãos do professor

para selecionar, rotular, classificar, controlar e, consequentemente aumentar as

estatísticas de reprovações e evasões, uma vez que temos como linha de ação

diminuir o número de alunos que permanecem na mesma série por vários anos e

dos desistentes, também.

Dar se á, também, continuidade à implantação do Conselho de Classe

participativo, buscando subsídios para que essa instância seja realmente

aproveitada para reflexões sobre os problemas de ensino-aprendizagem, buscar

alternativas, deixando de ser um espaço específico de avaliação que declara se o

aluno vai ser aprovado ou reprovado.

Além das atividades que constam no currículo, a escola desenvolve

alguns projetos de trabalho em torno de uma problemática de interesse de um grupo

de alunos ou da necessidade dos professores.

Essa prática pedagógica orientada por projetos de trabalho possibilita a

abordagem dos conteúdos numa perspectiva interdisciplinar que favorece a

compreensão da multiplicidade de aspectos que compõem a realidade, uma vez que

permite a articulação de contribuições de diversos campos de conhecimento.

Esse tipo de organização permite que se dê relevância às grandes

questões do cotidiano como, biodiversidade, violência, drogas, influência política e

econômica, vida saudável, pois os projetos de trabalho podem se desenvolver em

torno delas e serem direcionados para metas objetivas, com a produção de algo que

sirva como instrumento de intervenção nas situações reais.

A escola também participa de projetos oferecidos pela mantenedora

como: Semana Cultural e Esportiva, Projeto Fera Com Ciência e Jogos Colegiais

Estaduais.

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7.7 AS AÇÕES RELATIVAS À IMPLANTAÇÃO DO ENSINO DE NOVE ANOS

O Colégio Estadual Prof.ª Albina Novak Muginoski tem dualidade

administrativa com a Escola Municipal Mauro Portugal, o que possibilita aos alunos

iniciar e concluir o ensino fundamental dentro da mesma estrutura física.

A troca de informações referente ao desempenho escolar dos alunos já

acontece, porem diante das mudanças ocorridas com a implantação do ensino

fundamental de nove anos, esta troca de informações deverá ocorrer de forma

sistematizada, quando serão trabalhadas detalhadamente as possíveis mudanças

nos conteúdos adequando as necessidades dos alunos.

Inicialmente os professores irão analisar os conteúdos trabalhados nas

séries iniciais, para depois reunir-se com os professores destas séries.

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7.8 CALENDÁRIO ESCOLAR

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7.9 MATRIZ CURRICULAR

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7.10 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do

trabalho pedagógico. O calendário ordena a ordem do tempo: determina o início e o

fim do ano, prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano

se divide os feriados cívicos e religiosos, os períodos para reuniões pedagógicas,

capacitação, etc.

O Colégio oferece os dois níveis da educação básica, o Ensino

Fundamental e o Ensino Médio, Apoio Pedagógico em contra turno para as turmas

de 6ª e 9ª ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática com carga

horária de 20 horas semanais, oferece também uma Sala de Recursos em contra

turno.

A organização do tempo escolar neste Estabelecimento é realizada por

série, com carga horária de 800 horas aula, de acordo com a matriz curricular e o

calendário escolar aprovado pela Secretaria de Estado da Educação.

7.11 REGIMENTO ESCOLAR

A ser anexado após aprovação pela SEED.

7.12 PROJETOS INTERDISCIPLINARES

7.12.1 Projeto cultural afro-brasieiro e indígena

7.12.1.1 Introdução

Este projeto será desenvolvido em dois momentos inicialmente

trabalharemos com o tema quilombolas, dando enfoque à sua origem, histórico

brasileiro, desenvolvimento de seus grupos sociais a partir da abolição dos escravos

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e de como vivem hoje as comunidades remanescentes, principalmente na cidade de

Campo Largo, mais precisamente no Vale da Ribeira.

Em um segundo momento, o enfoque será nos grupos indígenas,

demonstrando o percurso histórico, herança cultural e como vivem hoje as

comunidades indígenas.

A proposta do trabalho nos remete a um compromisso, que é o de não

ignorarmos os fatos, sermos sensíveis, e ao final, como educadores exercermos a

ação social, como promotores da dignidade, tendo isso como valor maior de nossas

profissões.

7.12.1.2 Justificativa

A elaboração deste projeto visa atender a necessidade da escola, frente

ao desconhecimento de sua comunidade escolar, quanto a cultura afro- brasileira,

indígena e minorias integrantes da formação da “Pátria Brasil”, uma vez que temos

próximo a nossa comunidade, grupos remanescentes de quilombolas e indígenas,

muitas vezes marginalizados pela sociedade Campo-larguense.

7.12.1.3 Objetivo geral

Objetiva-se com este estudo explanar a realidade das comunidades

quilombolas e indígenas, existentes em nosso município, permitindo ao aluno

identificar- se como brasileiro, rico em sua miscigenação, entendendo que em algum

momento a historia convencional se encontra com a sua historia de vida.

7.12.1.4 Objetivos específicos

1. Levantar a temática acerca dos Grupos Étnicos, presentes em nosso

município, utilizando como mola propulsora o histórico local.

2. Conhecer os registros históricos convencionais confrontando com

relato da comunidade.

3. Conhecer a utilidade dos artesanatos e sua importância na renda

familiar dos remanescentes étnicos estudados.

4. Pesquisar em sua genealogia, descendentes afros e/ou indígenas.

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5. Debater o tema e coletar sugestões práticas entre professores e

alunos.

7.12.1.5 Metodologia

O projeto envolverá todos os alunos e professores, inicialmente através

de palestras, ministradas por convidados especializados nos temas, estudos de

textos bibliográficos e apresentações de vídeos. A pesquisa de campo trará

subsidio para o entendimento da realidade atual, sendo coletado em órgãos

públicos e de interesses coletivos, tais como : Prefeitura, INCRA, ONGs, etc.

Cada professor dará ênfase ao tema de acordo com a pertinência de sua

disciplina.

7.12.1.6 Recursos

Recursos áudios visuais

Data show

Vídeos

Sites de internet

Materiais impressos

Livros

Apostilas

Revistas

Folhas avulsas

Recursos humanos

Professores

Alunos

Palestrantes

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7.12.1.7 Referências

As políticas Públicas e a desigualdade racial no Brasil – 120 anos após a abolição –

Mário Theodoro, Luciana Jaccoud, Rafael Osório, Sérgio Soares – Brasília: Ipea,

2008.

A Construção de uma Política de Promoção da Igualdade Racial: uma análise dos

últimos 20 anos, Luciana Jaccoud – Brasília: Ipea, 2009.

Cultura Afro, Acesso em 29/09/2011 http://afrobrasileira.multiply.com/journal/item/46

7.12.2 Projeto de recuperação de estudos e notas

Série: TODAS AS TURMAS

7.12.2.1 Problematização:

Como ignorar um nível de aprendizagem insatisfatória e nada fazer para

reverter essa realidade?

7.12.2.2 Justificativa:

A elaboração deste projeto visa atender a necessidade da escola.

Frente ao baixo rendimento apresentado por esta no ano de 2010,

observado no IDEB. Ao analisar os problemas enfrentados pela escola nos últimos

anos, observou-se o atendimento à 12 bairros da periferia de Campo Largo, em sua

maioria sem – infra estrutura, pobreza generalizada e alto índice de marginalidade.

Estes alunos utilizam transporte escolar, ficando impossibilitados de frequentarem

programas em contra turno, oferecidos pelo colégio, e em muitos casos prejudica

até a utilização da biblioteca.

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O outro agravante é o perfil da comunidade, que em sua maioria

trabalham em Curitiba, deixando os filhos na responsabilidade de projetos sociais ou

de irmãos mais velhos, que por sua vez não realizam suas atividades escolares e

muito menos auxiliar seus irmãos menores.

7.12.2.3 Objetivo geral:

Atender o aluno em sua real necessidade, oportunizando

momentos de estudo direcionados em sala, complementados com trabalhos de

pesquisa, revertidos em notas que complementarão as notas trimestrais.

7.12.2.4 Objetivos específicos:

- Possibilitar ao aluno a retomada extra de conteúdos.

- Proporcionar recuperação de notas nas disciplinas abaixo da média.

- Ampliar o campo de estudo através da pesquisa.

- Envolver familiares no processo educativo.

7.12.2.5 Recursos utilizados:

Quadro-negro, TV, pendrive, livros para pesquisa, cartazes, laboratório

de informática.

7.12.2.6 Metodologia:

O Projeto será apresentado aos responsáveis pelos alunos com baixo

rendimento e com risco de reprovação, através de reunião, quando os pais tomarão

ciência dos boletins e das estratégias criadas pela escola para recuperação de

estudo e nota. Lembrando os pais que o sistema de avaliação utilizado pela escola,

já ofereceu diversas atividades avaliativas, retomadas de conteúdo e recuperação,

mas mesmo assim estes alunos não tiveram êxito, uma vez que recebemos alunos

com muita defasagem de aprendizagem.

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Os pais deverão assinar termo de compromisso, garantindo o

acompanhamento na execução das pesquisas e trabalhos solicitados aos alunos.

Cada professor devera encaminhar as orientações quanto aos conteúdos a serem

pesquisados e apresentados aos professores.

7.12.2.7 Avaliação:

A avaliação será realizada individualmente, atendendo os critérios de

cada disciplina e embasado no Sistema de Avaliação adotado pela escola.

7.12.2.8 Considerações finais:

Para a aprendizagem não há fronteiras;todo progresso do aluno precisa

ser comparado com a situação dele mesmo em épocas anteriores. Dessa forma,

acreditando em sua própria capacidade, o aluno melhorara sua autoestima e

avançará em seus conhecimentos, alem de adquirir comprometimento e um espírito

de organização tal que o leve a não mais perder oportunidades ou deixar a desejar

com suas obrigações.

7.12.3 Projeto sobre sexualidade

TITULO: “Contrato de Prevenção”

PÚBLICO ALVO: 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio.

7.12.3.1 Problematização:

Como a escola pode ser determinante no sentido de diminuir a incidência de

gestão precoce?

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7.12.3.2 Justificativa:

Cerca de 20% das crianças que nascem a cada ano no Brasil são filhos

de adolescentes, sendo que, na maioria das vezes não se tem condições financeiras

nem emocionais para assumir esta maternidade.

Com isso, adolescentes grávidas abandonam seus estudos, interrompem

seu processo de socialização e abrem Mão de sua cidadania. Muitos são as causas

que podem ser apontadas para o problema, entre elas, a desinformação. Por isso,

sendo a escola, um espaço propicio para o autoconhecimento, a educação sexual

nas instituições escolares é fundamental para que os jovens possam falar sobre sua

sexualidade, sem preconceitos, superando os tabus.

7.12.3.3 Objetivo geral:

Trabalhar a questão do gênero e de afetividade, respeitando a

individualidade do outro e mantendo a auto-estema.

7.12.3.4 Objetivo específico:

• Orientar sobre os riscos de uma gravidez indesejável e os perigos do aborto

clandestino.

• Conhecer as doenças sexualmente transmissíveis e os métodos

contraceptivos.

• Promover o confronto de ideias e a troca de experiências dentro de vivencias

saudáveis.

• Orientar a juventude no sentido de que vivam a sexualidade a partir de

valores éticos e humanos

7.12.3.5 Operacionalização do projeto:

O inicio do trabalho seria através do levantamento das expectativas dos

adolescentes e as duvidas que permeiam essa esfera. Para isso, o grupo faria o

levantamento dos temas mais polêmicos os quais gostariam de trabalhar nos

encontros, depositando – os anonimamente numa urna,para evitar

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constrangimentos. Algo que não deve ser esquecido é a elaboração coletiva de um

“contrato de trabalho” com normas que permitam esclarecer duvidas e ao mesmo

tempo funcionar bem.

Para responder com segurança a estas questões, o ideal seria um

agendamento prévio com ginecologista ou outro profissional da área. Cabe lembrar

que o orientador do grupo atue como um facilitador da discussão e não como um

conselheiro.

Ao termino da palestra com profissional especializado, um farto material

ilustrativo deve ser distribuído: folder sobre doenças veneras, cuidados na gravidez,

enfim matérias disponíveis na Secretaria Municipal de Saúde. Na sequencia do

projeto, outros profissionais devem ser convidados para responder à caixinha de

perguntas, vídeos sobre o tema serão trabalhados e os pais dos alunos devem ser

convidados para tomar ciência do projeto e manifestar seu apreço. Dependendo do

interesse e da aceitabilidade de todos, a escola poderá avançar nessa iniciativa,

realizando uma reunião com o corpo docente e técnico da instituição para integrá- lo

e selecionar professores que desejem participar da sequencia desse trabalho com

os alunos. A equipe selecionada devera participar de uma formação teórica,

agendar palestras e preparar dinâmicas de relacionamento para cada encontro,

onde serão atendidos semanalmente grupos de alunos conforme a faixa etária.

7.12.3.6 Metodologia:

Elaboração de contrato de trabalho, entrevista sigiloso através da urna de

perguntas, debates.

7.12.3.7 Recursos utilizados:

TV pendrive, médicos, psicólogos, terapeutas, panfletos e folders sobre

Orientação Sexual, exemplares de métodos contraceptivos, urna com perguntas.

7.12.3.8 Avaliação:

Através do conhecimento gerado e do comportamento dos adolescentes

nos grupos de amigos, do levantamento estatístico de possíveis casos de gravidez

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nessa faixa etária, de mudança de hábitos dos adolescentes no que tange a

sexualidade exposta na TV e internet.

7.12.3.9 Considerações finais:

O impacto da globalização repercutiu não apenas na economia, mas

principalmente na intimidade das pessoas; alguns valores e princípios morais

tradicionais foram extintos, sufocados pela propagação sexual barateada da mídia.

A ausência de regras e a pluralidade de escolhas inconseqüentes trouxe a pseudo

liberdade, causando desnorteio, insegurança e conflito interior em indivíduos que

cultuam o corpo e os prazeres, esquecendo que “o corpo é a morada do ser”.

Contudo, as pessoas em sua condição humana, ainda desejam amar a

ser amadas; para isso precisam ser orientadas a interagir com outros e com sua

própria existência rumo à maturidade intelectual, física e emocional.

7.12.3.10 Referências:

MUNDO JOVEM nº 290 (agosto/ 1998)

MUNDO JOVEM nº 291 (setembro/ 1998)

MUNDO JOVEM nº 313 (fevereiro/ 2001)

7.12.4 Projeto sobre educação ambiental

TITULO: “Fiscais da Natureza”

PUBLICO ALVO: Sociedade do Bairro Águas Claras

CLIENTELA ENVOLVIDA: 5ª A 8ª series do Ensino Fundamental

7.12.4.1 Problematização:

De que forma, a partir do local onde vivemos contribuir com a conservação da

biodiversidade.

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7.12.4.2 Justificativa:

A conservação da biodiversidade no planeta constitui, atualmente, um

dos assuntos mais debatidos nos encontros nacionais e internacionais sobre o meio

ambiente, daí a relevância de inserir nas instituições de educação atividades

voltadas à sensibilização com o intuito de manter o equilíbrio do sistema tão

necessário à sobrevivência da humanidade.

7.12.4.3 Objetivo geral:

Despertar o interesse da comunidade estudantil para a importância da

conservação da biodiversidade.

7.12.4.4 Objetivo especificos:

• Promover crescimento da consciência ecológica entre os jovens.

• Conhecer a legislação ambiental brasileira.

• Fiscalizar atitudes de delitos, depredação, desmatamento e caça elícita.

7.12.4.5 Operacionalização do projeto:

O primeiro passo para disseminar na clientela uma conscientização sobre

os problemas que afetam o meio ambiente e repercutem diretamente no índice de

qualidade de vida, passa pelo viés da promoção de palestras na escola com

profissionais da área, sejam eles de organizações governamentais ou não

governamentais. Como todo trabalho que visa conscientizar é lento, sem resultados

imediatos e se convive com o agravante de que o Brasil acordou tarde para essa

problemática, a questão ambiental assume um caráter de desafio, o que, de certa

forma é positivo para uma juventude tão arrojada.

Na seqüência um estudo de campo sobre as degradações que trouxeram

problemas ao bairro, como o caso recente de uma rua central do Conjunto

Habitacional que foi por mais de um mês interditada devido ao problema da erosão

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e, através de entrevistas com moradores da região, o levantamento das medidas

tomadas pelas autoridades competentes para sanar o problema.

Há de se entender que para que a vida do planeta continue possível, é

preciso mudar a cultura do estilingue, dos galos de rinha, da farra do boi, da moto-

serra e dos esgotos a céu aberto, cuja natureza tem respondido a estas agressões

com vendavais, enchentes e terremotos. Para tanto, a próxima iniciativa é a da

formação de um comitê voluntario entre esses alunos, agora já bem motivados,

visando a criação de um “Batalhão Ambiental” para fiscalizar infrações contra a

natureza, que vão desde o simples papel de bala atirado ao chão até os crimes

ambientais inafiançáveis.

Os membros do Batalhão Ambiental, portando um crachá de

identificação, sairão às ruas distribuindo à população folders sobre Preservação

Ambiental confeccionadas em “aulas – vagas” ou como tarefa de casa,

contemplando praticas de respeito ao meio ambiente.

7.12.4.6 Metodologia:

Debates entre os alunos, vídeos sobre animais em extinção e

desequilíbrios ecológicos, palestras e pesquisas sobre o tema, entrevistas com

moradores da comunidade, registros das observações feitas.

7.12.4.7 Recursos utilizados:

Internet, TV pendrive, pranchetas para entrevistas, máquinas fotográficas,

papéis coloridos, lápis de cor, canetinhas, tesoura, cola, cartolina para confecção de

folders, jornais e revistas.

7.12.4.8 Avaliação:

A avaliação gradativa acontecerá através da mudança de atitudes, da

assumida de compromissos e da postura individual de cada aluno, que, mesmo não

vindo a se filiar a nenhuma organização em prol da natureza, venha a cumprir

dignamente seu papel de cidadão consciente.

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7.12.4.9 Considerações finais:

Infelizmente, o modelo de crescimento econômico baseado no falso

conceito de desenvolvimento tem trazido ameaças à sobrevivência das espécies

vivas no planeta, visto que a idéia de desenvolvimento está atrelada ao uso

insustentável dos recursos biológicos. A humanidade hoje tem sede de

“conservação”, entender esta como a prática de desenvolver atividades econômicas

e sociais usufruindo recursos biológicos, porém sem comprometer sua extinção.

7.12.4.10 Referências

MUNDO JOVEM Nº 288 (JUNHO / 1998) (Um jornal de ideias)

MUNDO JOVEM Nº 331 (OUTUBRO / 2002 )

MUNDO JOVEM Nº 333 (FEVEREIRO / 2003)

7.12.5 Projeto: sobre a violência

Título: “VIDA EM ESSÊNCIA NÃO TEM VIOLÊNCIA”

Publico Alvo: TODOS OS ALUNOS

7.12.5.1 Problematização

Como melhorar as relações sociais substituindo a competição pelo

companheiro e a agressividade pela generosidade?

7.12.5.2 Justificativa:

Vive- se atualmente o limite da cordialidade numa cultura impregnada de

violência, difundida pelos meios de comunicação de massa que expressam uma

ideologia determinante sobre a sociedade brasileira. Para se chegar a um mundo

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mais fraterno, faz- se necessário um bom relacionamento na família, na escola e na

sociedade como um todo.

7.12.5.3 Objetivo geral:

Tornar a convivência diária possível ante tantas diversidades,

disseminando valores como respeito, ética e solidariedade.

7.12.5.4 Objetivos específicos:

• Contribuir para que os Direitos Humanos não sejam violados.

• Filtrar as informações transmitidas pela mídia, de modo a resgatar na

sociedade a nação de respeito à cidadania.

• Fazer escolhas corretas.

7.12.5.5 Operacionalização do projeto:

Na semana a ser desenvolvido o projeto, os alunos assistirão a um

espetáculo com duração de 60 minutos destinados a alunos de ensino fundamental

e médio, com um humorista trazendo mensagem de prevenção e acima de tudo

conscientização. O objetivo principal do espetáculo é prevenir o jovem do assedio

das drogas e do álcool, problema que atinge milhares de pessoas em todo o

mundo,sendo a raiz principal de um cenário violento. Painéis com figuras coletadas

farão parte de uma bienal sobre o REAL e o IDEAL, envolvendo violência no

transito, violência domestica, enfim, vários enfoques sobre o mesmo tema. Em

contrapartida, figuras de um transito organizado, de uma política de boa vizinhança

e contratos de convivência farão parte do mundo a ser idealizado com a

colaboração entre todos.

Na seqüência, a escola promovera um concurso de parodias sobre o

tema em cada turma, onde o vencedor será premiado com mansão honrosa e terá

seu trabalho divulgado na reunião dos pais.

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Dinâmicas, onde se valorize as qualidades e características dos colegas,

deverão ser desenvolvidos por todos os professores nas turmas, filmes que

contemplem o tema, deverão ser selecionados e apresentados, para posteriores

debates e devera ser promovido o Dia da Família na Escola, com convites feitos

pelas turmas, cronograma de atividades e divulgação aos familiares mostrando que

se tem feito, na tentativa de resgatar a dignidade humana, tão atingida em nossa

sociedade.

7.12.5.6 Metodologia:

Conversar, debates, pesquisas, parodias.

7.12.5.7 Recursos utilizados:

Laboratório de informática, internet, TV pendrive, papel bobina, pinceis

atômicos, revistas e jornais para recorte, cola.

7.12.5.8 Avaliação:

Avaliados através do empenho nas atividades, da atenção conferida aos

palestrantes e principalmente pelas mudanças de atitude e melhoria de regras de

convívio, observadas no cotidiano escolar entre alunos e professores.

7.12.5.9 Considerações finais:

Apesar de a humanidade parecer ter se habituado a viver em guerras e

conflitos, é preciso que se reafirme que ela não é naturalmente inclinada à violência.

O coração humano foi feito para a paz e anseia a convivência harmoniosa com seus

semelhantes. Embora a guerra não seja inevitável, uma educação para a paz cujo

ponto básico é a valorização da dignidade humana precisa ser cultivada. Como ator

desse processo no palco da vida permite-se a cada um “roubar a cena” do outro e

fazer o melhor de si para a pacificação entre todos e a manutenção da qualidade de

vida em nosso meio.

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7.12.5.10 Referências

MUNDO JOVEM nº327, junho 2002

MUNDO JOVEM nº333, fevereiro 2003

7.13 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E

DEPENDÊNCIA

O sistema de avaliação seguido por este Estabelecimento de Ensino

consta no Regimento Escolar, aprovado pelo Ato Administrativo 259/01 de

11/01/2001, sendo assim os resultados da avaliação são expressos através de

notas numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) e computados trimestralmente através

da somatória das avaliações mensais sendo estas desenvolvidas através de

trabalhos e avaliações escritas, não permitindo que os alunos sejam submetidos, a

uma só oportunidade nem tão pouco a um só instrumento de avaliação.

“A avaliação será continua, cumulativa e processual, realizada através de

método e instrumentos diversificados e coerentes com o projeto político pedagógico

da escola.”

O rendimento mínimo exigido por este Estabelecimento de Ensino será

nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina e para se obter a média final deve ser feita

média aritmética que se baseia na seguinte fórmula:

1º Tri+ 2º Tri + 3ºTri = MF

3

Cabe ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de

avaliação da série devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na

aprendizagem.

Para as avaliações que não atingiram a média 6,0 será proporcionada à

imediata recuperação de conteúdos a fim de garantir a aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual os alunos com baixo rendimento escolar

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dispõem de condições que lhes possibilitem a apreensão de conteúdos básicos ao

longo da série letiva, que deve ser entendida com carga mínima anual de 800

(oitocentas) horas distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo

trabalho escolar.

“Poderão ser aprovado por conselho os alunos que demonstrarem

apropriação dos conteúdos essenciais e que demonstrem condições de dar

continuidade de estudo nos anos seguintes.”

A recuperação dos conteúdos deve constituir um conjunto integrado ao

processo de ensino, ele, deve se adequar às dificuldades do aluno, utilizando-se de

instrumentos como exercícios, trabalhos em sala de aula e pesquisas.

Os resultados da recuperação serão incorporados ás avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente de

aproveitamento escolar, sendo obrigatório anotar em Livro Registro de classe

Mesmo ofertando a recuperação em sala, para enfrentar problemas

relacionados ao ensino - aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, no que

se refere aos conteúdos de leitura, escrita e cálculos foram implantadas as salas de

apoio, para 5ª Séries e Sala de Recursos para alunos de 5ª à 8ª Séries, que

funcionam em contra turno.

O trabalho desenvolvido por estes profissionais é diferenciado, buscando

metodologias que atendam as diferenças individuais dos alunos e contribuam

decisivamente para a superação das dificuldades de aprendizagem.

O Regimento Interno dá legitimidade ao processo de classificação, que

poderá ocorrer por promoção, para alunos da própria escola, por transferência

,considerando a classificação da escola de origem e independente da escolarização,

desde que se observe os critérios contidos neste documento.

O processo reclassificação poderá ocorre quando “O estabelecimento

constatar possibilidade de avanço de aprendizagem, apresentado por aluno

devidamente matriculado e com freqüência “, desde que em concordância com as

orientações NRE, quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o

fundamentam.

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O estabelecimento não oferta aos seus alunos matrícula com progressão

parcial, mas recebe por transferência os alunos com dependência em até três

disciplina, mediante plano especial de estudo

Nosso desafio consiste em construir uma sociedade onde todos tenham

espaço, possam fazer-se ouvir e gozar do direito a uma educação democrática.

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8 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O presente projeto político-pedagógico foi construído observando as

decisões que foram tomadas no coletivo e uma vez aprovadas pelo Conselho

Escolar passa a ser um instrumento de cunho social, político e pedagógico que

servirá de base para toda ação educativa, passando a ser o documento regente do

trabalho escolar.

Este projeto é flexível e será submetido à avaliação no decorrer de sua

prática observando as ações que não obtiveram sucesso, o qual sofrerá as devidas

alterações sempre que se fizer necessário, com o objetivo de estar aprimorando a

ação pedagógica e para a efetivação de relações democráticas no ambiente escolar.

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9 REFERÊNCIAS

SOTTO Maior Neto, O. de S, Introdução: Programa de Fortalecimento das Bases de Apoio Familiares e Comunitárias nas Escolas, SEED, Paraná, 2005. DEMO, Pedro, Pesquisa e Construção do Conhecimento: Metodologia Científica no Caminho de Habermas, Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1997. SERRES, Michel. Filosofia Mestiça. Rio de Janeiro: Nov, 1993 VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo, Martins Fontes, 1989. PAIXÃO, Maria de Lourdes, Educar para a Cidadania, Editora Lisboa, 2000. SILVA, Paulo Vinivius Baptista, Jandicleide Evangelista Lopes e Arianne Carvalho , Por uma escola que protege: a educação e o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, Ponta Grossa, Editora UEPG, 2008. TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais- língua portuguesa,. Brasília (DF): MEC/SEF, 1997. GIMENO SACRISTAN, J. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas. 1998. FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa,. São Paulo, Brasil: Paz e Terra, Colecção Leitura, 1997 DECLARAÇÃO de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: Corde, 1994. Áreas de Ensino do Currículo do Ensino Médio: Subsídios Iniciais para Compreensão de seus Fundamentos, agosto, 1998. As Novas Diretrizes da Educação Básica, LDB 9394/96.

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Diretrizes Curriculares do Ensino Médio e Fundamental, SEED, 2009. Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasil Seção I, 16 de julho de 1990. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, 1996. Material de Apoio – Oficinas de Organização, Gestão, Implementação e Uso das TIACS na escola, 2004. Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasília, 1998. SILVA, Maurício da, A Violência nas Escolas, Caos na Sociedade, EVIRT, Ed. Virtual, Ed. Virtual, http:/www.evirt.com.br, acesso em 28/09/2011. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1991. PARANÁ. Orientações para organização da Semana Pedagógica: agosto/2010. Curitiba: SEED, 2010. PARANÁ. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afrobrasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2005. PARANÁ. Governo do Estado do Paraná. Estatuto da Criança e do Adolescente. Curitiba, 1993. VASCONCELLOS, Celso dos Santos, Planejamento Projeto de Ensino- Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico, Ed. Libertad, SP, 2005. VEIGA, Ilma Pa. “Projeto Político-Pedagógico da Escola – Uma construção coletiva. Campina, Papírus, 1995. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia, Editora Alternativa, 2001. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 27. Ed, São Paulo: Saraiva, 1991.

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10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A construção dos saberes escolares, acontece na relação de professores

e alunos com o conhecimento, partindo de múltiplas possibilidades de interesses,

de ênfases, de modos de transmissão, a da articulação dos conteúdos com a

prática social. Saberes expressos no currículo real da escola, construídos no

desenvolvimento da aprendizagem de um conjunto de normas, valores e práticas

que estão impregnadas na cultura da escola .

Esta proposta traz os conteúdos básicos e as estratégias que visam

nortear o trabalho do professor, garantindo a apropriação do conhecimento do

aluno.

O compromisso do professor é mediar a construção do conhecimento do

aluno com reflexão crítica, constante e transformadora.

10.1 DISCIPLINA DE ARTE

10.1.1 Apresentação geral da disciplina

O homem necessita de informações básicas para sobreviver no seu dia-

a-dia, mas para viver ele necessita da arte.

Tendo em vista que a arte existe desde que existe vida inteligente na

Terra, ela torna- se primordial a todos.

Diante disso, vejamos alguns fatos importantes que, ao longo da história,

fizeram na, desenvolver se como essência na educação.

Foi com os jesuítas, a primeira forma registrada de arte na educação,

mesmo que tenha sido em meio a tradição religiosa, através da retórica, literatura,

pintura, escultura, música e outras artes manuais.

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Aproximadamente por 250 anos, de 1.500 a 1.759, esse trabalho jesuítico

perdurou e até os dias atuais vê se as manifestações culturais, como em

Guarapuava, Lapa e outros locais paranaenses.

Por volta do século XVIII, a influência também trazida de fora, foi

Iluminista. Há ênfase nas ciências naturais e estudos literários, além de música.

No século XIX o estudo do desenho esteve associado à matemática e à

harmonia da música.

Em 1.808 com a chegada da família real ao Brasil, veio um grupo de

artistas franceses, para acomodar até mesmo culturalmente, a família. Esse grupo

ficou conhecido como Missão Francesa ,cujo estilo era o neoclássico, fundamentado

no culto à beleza e às coisas fúteis da burguesia. Coincidindo com esse padrão

estético, está o movimento Barroco de Aleijadinho. Nesse período houve a

separação: Belas Artes e Música para a formação estética e o de Artes Manuais.

Assim foram surgindo os Colégios Públicos como o Liceu, a Escola Normal e a

Escola Profissional Feminina.

Em 1.890 surgiu a primeira reforma educacional do Brasil, onde em arte

foi valorizado o desenho geométrico, como forma de desenvolver o pensamento

científico.

Em alguns momentos a educação esteve centrada no atendimento à

produção e ao mercado de trabalho, como no governo de Getúlio Vargas com a

instituição do ensino profissionalizante nas escolas públicas.

Sem nenhuma dúvida, importante para a arte nacional, foi a Semana de

Arte Moderna de 1.922, onde os artistas ressaltaram a arte brasileira. Nesse

período, a expressão do aluno era valorizada, como também a expressividade,

espontaneidade e criatividade. Mas não enfatizava o conhecimento em arte.

Com a nomeação de Heitor Villa Lobos como Superintendente de

Educação Musical e Artística, durante o governo de Getúlio Vargas, o ensino de

música tornou-se obrigatório em todas as escolas. Permaneceu até o final dos anos

setenta, quando se resumiu à teoria musical e execução de hinos e canções cívicas.

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No Paraná os artistas imigrantes e locais começaram a refletir sobre a

importância da arte para o desenvolvimento de uma nova sociedade. Em virtude

desse trabalho foi criada em Curitiba, a Escola de Belas Artes e Indústrias em

1.886, impulsionando também a fundação da futura Universidade Federal do Paraná

em 1.912 e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná em 1.948.

A partir dos anos sessenta, as produções e movimentos artísticos se

intensificam: nas artes plásticas com as Bienais, na música com a bossa nova e os

festivais, no teatro com o teatro de rua e de arena, no cinema com o cinema novo

de Glauber Rocha.

Com a Lei 5692/71 que torna a disciplina obrigatória, a Educação Artística

passa a pertencer à área de Comunicação e Expressão. O ensino de artes plásticas

é direcionado para as artes manuais e a música para os hinos e festas cívicas.

Em 1.990 em Curitiba é elaborado o Currículo Básico para a Escola

Pública do Paraná no ensino de 1º e 2º Graus. Nesse currículo o ensino da Arte

retoma seu caráter artístico e estético, visando a formação do aluno pela

humanização dos sentidos, pelo saber estético e trabalho artístico. Mas o Currículo

aos poucos é abandonado e no seu lugar são introduzidos os Parâmetros

Curriculares Nacionais no período de 1.997 a 1.999. A proposta relaciona o fazer

artístico, a apreciação e os conhecimentos históricos e contextuais em Arte.

A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas

escolas (educação básica). Nos cursos de graduação em Educação Artística há a

Licenciatura Plena ou uma habilitação específica: Música, Desenho Geométrico ou

Artes Plásticas.

As Diretrizes Curriculares passam a considerar a Música, as Artes

Visuais, o Teatro e a Dança, como linguagens fundamentais na arte, no Ensino

Fundamental e Médio.

Durante o período de 2.003 a 2.006 são realizadas diversas ações que

valorizam o ensino da Arte, como o estabelecimento de duas aulas semanais de

Educação Artística no ensino fundamental e de duas a quatro aulas semanais

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distribuídas durante o ensino médio. Com a Lei Federal 10.639/03 torna-se

obrigatório o estudo da cultura afro-brasileira e africana.

A disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte com área de

conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos.

10.1.2 Objetivos gerais

Analisar o espaço e organizar se nele.

Avaliar a importância da arte no decorrer da história.

Observar o mundo ao seu redor.

Ler o mundo através das diversas linguagens da arte.

Aplicar os conhecimentos de arte no seu dia-a-dia.

Apreciar, esteticamente, obras de culturas diferentes, interpretando signos.

10.1.3 Conteúdos estruturantes

5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica,

penta tônica

Greco-romana

Oriental

Ocidental

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Densidade cromática

maior, menor,

Improvisação

Gêneros: erudito,

popular

Idade Média

Música Popular (folclore)

6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Estrutura

Gêneros: folclórico,

popular, étnico

Técnicas: vocal,

instrumental, mista

Improvisação

Música popular e étnica

(ocidental e oriental)

Brasileira

Paranaense

Africana

Renascimento

Neoclássica

Caipira/Sertanejo Raiz

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7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a

fusão de ambos.

Técnicas: vocal,

instrumental,

eletrônica, informática

e mista

Sonoplastia

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Sertanejo pop

Vanguardas

Clássica

8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Estrutura

Música Engajada

Música Popular Brasileira.

Música contemporânea

Hip Hop, Rock, Punk

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Densidade Técnicas: vocal,

instrumental, mista

Gêneros: popular,

folclórico, étnico.

Romantismo

5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa/Abstrato

Geométrica

Técnicas: Pintura,

desenho, baixo e alto

relevo, escultura,

arquitetura...

Gêneros: paisagem,

retrato, cenas da

mitologia

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Idade Média

Arte Popular (folclore)

Arte Pré-Histórica

Renascimento

Barroco

6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa

Abstrata

Geométrica

Técnicas: Pintura,

desenho, escultura,

modelagem, gravura,

mista, pontilhismo...

Gêneros: Paisagem,

retrato, natureza

morta.

Arte indígena

Arte Popular Brasileira e

Paranaense

Abstracionismo

Expressionismo

Impressionismo

7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha

Forma

Textura

Superfície

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Indústria Cultural

Arte Digital

Vanguardas

Arte Contemporânea

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Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Cenografia

Técnicas: pintura,

desenho, fotografia,

audiovisual, gravura...

Gêneros: Natureza

morta, retrato,

paisagem.

Arte Cinética

Op Art

Pop Art

Classicismo

8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha

Forma

Textura

Superfície

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Geométrica

Figura fundo

Perspectiva

Semelhanças

Realismo

Dadaísmo

Arte Engajada

Muralismo

Pré-colombiana

Grafite (Hip Hop)

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Volume

Cor

Luz

Contrastes

Ritmo Visual

Cenografia

Técnica: Pintura,

desenho,

performance...

Gêneros: Paisagem

urbana, idealizada,

cenas do cotidiano

Romantismo

5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos

teatrais, teatro

indireto e direto

improvisação,

manipulação,

máscara

Gênero: Tragédia,

Comédia, enredo,

roteiro.

Espaço Cênico, circo.

Adereços

Greco-romana

Teatro Oriental

Africano

Teatro Medieval

Renascimento

Teatro Popular

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6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Gêneros: Rua,

Comédia, arena,

Caracterização

Técnicas: jogos

dramáticos e teatrais,

Mímica,

improvisação, formas

animadas...

Comédia dell' arte

Teatro Popular

Teatro Popular Brasileiro e

Paranaense

7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Representação no

Cinema e Mídias

(Vídeo, TV e

Indústria Cultural

Realismo

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100

Ação

Espaço

Computador)

Texto dramático

Cenografia

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro, enredo

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação cênica

Expressionismo

Cinema Novo

Vanguardas

Classicismo

8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo,

jogos teatrais,

direção, ensaio,

Teatro Fórum, Teatro

Imagem

Representação

Roteiro, enredo

Dramaturgia

Cenografia

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Romantismo

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101

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Gêneros

5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Deslocamento

Ponto de Apoio

Formação

Técnica:

Improvisação

Gênero: Circular

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Idade Média

Arte Popular (folclore)

6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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102

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Gênero: Folclórica,

popular, étnica

Ponto de Apoio

Formação

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Níveis (alto, médio e

baixo)

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Renascimento

7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Direções

Dinâmicas

Aceleração

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural, espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Clássica

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103

8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Níveis (alto, médio e

baixo)

Rotação

Deslocamento

Gênero: Salão,

espetáculo, moderna

Coreografia

Arte Engajada

Vanguardas

Dança Contemporânea

Romantismo

Ensino Médio

1º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Ritmo

Melodia

Harmonia

Música Popular Brasileira

Paranaense

Popular

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104

Intensidade

Densidade

Ensino Médio

1º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Técnica: Pintura,

desenho, modelagem.

Gêneros: paisagem,

natureza-morta,

designer, história em

quadrinhos...

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Brasileira

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105

Cor

Luz

Ensino Médio

1º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos

teatrais, teatro direto e

indireto, mímica,

ensaio, Teatro Fórum

Roteiro

Caracterização

Teatro Greco-romano

Teatro Medieval

Teatro do Oprimido

Teatro Renascentista

1º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

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106

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Dinâmica

Aceleração

Ponto de Apoio

Salto e Queda

Rotação

Pré-história

Greco-romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

2º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Modal, Tonal e fusão

de ambos.

Gêneros: erudito,

clássico, popular,

étnico, folclórico, Pop

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-americano

2º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

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107

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Técnica: instalação

performance,

esculturas...

Gêneros: história em

quadrinhos

Arte Africana

Arte Popular

Indústria Cultural

Arte Engajada

Arte Latino-americana

Ensino Médio

2º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Encenação, leitura

dramática

Gêneros: Tragédia,

Comédia, Drama e

Épico

Dramaturgia

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

2º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Níveis

Formação

Deslocamento

Improvisação

Africana

Indígena

Arte Engajada

Vanguardas

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Ensino Médio

3º ANO - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Técnicas: vocal,

instrumental,

eletrônica, informática

e mista

Improvisação

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ensino Médio

3º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Técnica: performance,

fotografia

Gêneros: designer

Arte Contemporânea

Arte Digital

Ensino Médio

3º ANO - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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111

Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação nas

mídias

Cenografia,

sonoplastia, figurino,

iluminação

Direção

Produção

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

3º ANO - ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo,

industrial cultural,

étnica, folclórica,

circular, populares,

salão, moderna,

contemporânea...

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Hip Hop

Indústria Cultural Dança Moderna

Dança Contemporânea

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10.1.4 Referências

AZEVEDO, F. de. A cultura brasileria. 5ª edição, revisada e ampliada. São Paulo: Melhoramentos, Editora da USP, 1971.

_________Arte no Brasil. São Paulo, Nova Cultural, 1982.

HERLING, André & YAJIMA, Eiji. Desenho: 4 volumes. São Paulo, Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas.

MATTOS, Paula Belfort A arte de educar: Cartilha de Arte e Educação. Editora Antonio Bellini, 2003

_________Os grandes artistas. São Paulo, Nova Cultural,1986.

SOUZA, Osvaldo Rodrigues. História Antiga e Medieval. São Paulo, Editora Ática, 1987.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Artes do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

VASCONCELLOS, Thelma & NOGUEIRA, Leonardo. Reviver Nossa Arte. São Paulo, Editora Scipione, 1985.

VIEIRA, Ivone Luzia & DECKERS, Jan. Educação Artística. Belo Horizonte, Lê Editora, 1975.

XAVIER, Natália & AGNER, Albano. Viver com Arte: 4 volumes. São Paulo. Editora Ática, 1984.

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10.2 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

10.2.1 Apresentação geral da disciplina

A disciplina de Ciências constitui um conjunto de conhecimentos

necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas

interferências no mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes

conhecimentos físicos, químicos e biológicos, em cujos cenários estão os problemas

reais, a prática social. Pode-se dizer que esse olhar para o objeto de estudo torna-

se mais amplo e privilegia as relações e as realidades em estudo.

Entende-se que é na apropriação e discussão de conteúdos que

historicamente compõe o currículo de Ciências, articulados com a realidade, que se

possibilita aos educandos situarem-se na sociedade, compreenderem o que

ocorrem ao seu redor e assumirem uma postura crítica para intervir no seu contexto

social.

Pautado nessa concepção, o processo de ensino e aprendizagem de

Ciências valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o

questionamento das certezas e incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos

conteúdos por eles mesmos, de modo a dar prioridade à sua função social.

A disciplina de Ciências caracteriza-se pela necessidade de compreensão

do mundo natural, do mundo construído e do cotidiano construído histórica e

dialeticamente pela humanidade levando em consideração os aspectos sociais,

políticos, econômicos, culturais e éticos. Com esse conhecimento o aluno poderá

intervir na sociedade avançando a ciência e a tecnologia e, conseqüentemente,

melhorando o ambiente e a qualidade de vida.

Esta disciplina tem por objetivo promover a socialização dos

conhecimentos científicos e tecnológicos em sua historicidade, intencionalidade,

provisoriedade, aplicabilidade e nas inter-relações que se estabelecem na

sociedade.

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10.2.2 Objetivos

Estabelecer critérios onde o ser humano é agente modificador do meio, e

que é modificado pelo mesmo meio, sofrendo os fenômenos naturais e ocorrências

astronômicas, juntamente com os progressos científicos e históricos, enfatizando

que deve sempre procurar incessantemente pelo novo, as manifestações do

universo, seus movimentos e que isso interfere na vida do planeta e dos seres vivos.

Compreender a composição do universo que é formado por matéria, sua

constituição e propriedades, tendo como elemento primordial os benefícios das

soluções de problemas do cotidiano, com abordagem cientifica e social do

conhecimento.

Instigar o uso do conhecimento sobre temas como Energia, tecnologia,

transformação e organização celular, e que os seres vivos são pontos culminantes

do desenvolvimento histórico, social e instrumento de pesquisa para que o individuo

seja provido de todas praticas cientificas e venha por meio delas suprir as

necessidades humanas, na compreensão do processo do conhecimento, o bem

comum e coletivo das descobertas cientificas, para desenvolvimento social,político e

cultural da humanidade.

Priorizar a saúde do individuo, para que o mesmo tenha discernimento de

usar o bem individual, para um bem comum, procurando conhecer o seu corpo, seja

morfologicamente ou fisiologicamente, juntando o conhecimento teórico com

desenvolvimento pratico dos conceitos básicos, sobre seu corpo e níveis de

organização dos seres vivos.

Praticar através de atividades propostas por diversas fontes didáticas,

diagnosticar problemas e propor soluções reais, através de fontes teóricas e

aplicação prática com conceitos pré- existentes.

Colocar a disposição do aluno as diversas possibilidades dentro dos

Reinos para que ele possa desenvolver conceitos de ação coletiva, para resolver

diversas problemáticas sobre os fenômenos científicos , manifestações vitais e

culturais de cada espécie, desenvolvendo habilidades e argumentos para discutir

informações coletivas, solucionando questões propostas e aguçando ainda mais o

aluno a desenvolver capacidades de questionar conceitos impostos a ele.

Compreender que ele é agente do meio e promover o desenvolvimento

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115

pratico através do conhecimento teórico do aprendizado escolar.

Valorizar o trabalho coletivo com trocas de conhecimento, promovendo

então a socialização do individuo através de conhecimento cientifico e tomando este

individuo um cidadão transformador de conceito, procurando a melhoria do

ambiente em que vive, para uma sociedade participativa, critica, solidaria,

consciente, transformadora, questionadora e envolvida com suas e efeitos do

homem na natureza, onde o maior beneficiado é o próprio homem.

10.2.3 Organização dos conteúdos

O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é constituído

historicamente por um conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina

escolar para compreender os fenômenos naturais nesta etapa da escolarização.

De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina

focando:

Os conhecimentos físicos: a partir dos conhecimentos científicos em

relação aos diversos fenômenos naturais e tecnológicos, abordando conteúdos

como: movimentos, sons, luz, eletricidade, magnetismo, calor e ondas, dentre

outros.

Os conhecimentos químicos: contemplam as noções e conceitos

científicos sobre os materiais e as substâncias; sua constituição; suas

propriedades e transformações, necessárias para a compreensão dos

processos básicos da Química;

Os conhecimentos biológicos: orientam progressivamente na

interpretação e compreensão dos processos biológicos, contribuindo no

entendimento dos ambientes e da manutenção da vida.

Nesse sentido, os conteúdos estruturantes entendidos aqui como

saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da

disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e de suas áreas

afins.

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116

CORPO HUMANO E SAÚDE

Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a

integração entre os sistemas que compõem o corpo humano, suas

funções de nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como

as questões relacionadas à saúde e à sua manutenção, caracterizam o

campo de estudo desse conteúdo estruturante, procurando ter como princípio a

prevenção.

AMBIENTE

O entendimento do funcionamento dos ambientes da natureza, de como

a vida se renova e se mantém perpassa pelo reconhecimento da

importância da biodiversidade e das ações humanas que interferem nela. Para

sua compreensão é importante discutir sobre os diferentes ambiente da

Terra, sua diversidade, localização, caracterização, transformações ao longo da

história e, adaptação dos seres vivos e do homem aos ambientes aquáticos,

gelados, temperados, quentes e secos, quente e úmidos, cavernas e ao ambiente

espacial.

MATÉRIA E ENERGIA

O estudo da matéria e da energia é indispensável e indissociável no

currículo de Ciências, pois, trata de conhecimentos físicos, químicos e biológicos e

possibilita a compreensão científica desses conceitos. É importante considerar as

interações, as transformações, as propriedades, as transferências, as diversas

fontes e formas, os modos como se comportam em determinadas situações, as

relações com o ambiente, assim como os problemas sociais e ambientais

relacionados não só à geração de energia, sua distribuição, consumo e desperdício,

como também à produção e ao descarte dos resíduos referentes ao seu uso.

TECNOLOGIA

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117

A medida em que o homem estabelece as relações sociais, de produção

da ciências e da tecnologia, com vistas ao atendimento das suas necessidades,

passa a perceber que a ciência e a tecnologia não são neutras. A tecnologia, a

informação, a biotecnologia e a medicina, entre outros campos do saber, também

são influenciadas pelas relações de poder existentes na sociedade, pois os

cientistas, por vezes, se colocam a serviço das multinacionais, de interesses

políticos hegemônicos e/ou daqueles que detém o capital.

A partir dos conteúdos estruturantes temos os conteúdos específicos de

5ª a 8ª Séries.

5ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização

Celular

ENERGIA

Formas de energia

Conversão de energia

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CONTEÚDO

ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistema

Evolução dos seres vivos

6ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

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7ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energia

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

8ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Astros

Gravitação universal

MATÉRIA Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA Formas de energia

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Conservação de energia

BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

10.2.4 Metodologia

Ao considerar a concepção e os princípios da disciplina de Ciências,

julga- se necessário a implementação da pratica pedagógica da qual o aluno, seja

um sujeito ativo que colabora progressivamente na construção de seu

conhecimento.

Propõe- se que os conteúdos específicos sejam encaminhados por meio

de uma metodologia crítica e histórica, de modo a considerar a articulação entre

conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

Com base nisso, o ensino de Ciências fará uso de aula expositiva, leitura

e interpretação de textos e imagens, debates e seminários, elaboração de pesquisas

e painéis, construção de modelos didáticos, vídeos e DVDs, aulas de campo, aulas

de laboratório, jogos de simulação, projetos individuais e em grupos, dinâmicas de

dramatização e palestras de convidados.

Para tanto, utilizam-se todos os recursos didáticos e tecnológicos

disponíveis de acordo com a realidade da escola.

10.2.5 Critérios de avaliação

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e aprendizagem

possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,

contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram

dos conteúdos específicos tratados nesse processo.

É necessário que o processo avaliativo ocorra de forma sistemática e a

partir de critérios estabelecidos pelo professor, relativamente aos conhecimentos

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121

acumulados pelos alunos e à prática social deles; ao confronto entre esses

conhecimentos e os conteúdos específicos; às relações e interações estabelecidas

em seu progresso cognitivo, no cotidiano escolar e fora dele.

Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe,

são necessários meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. A

coerência entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos é

fundamental para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos.

10.2.6 Referências

CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental: O Corpo Humano. São Paulo. SP. Ed.Ática. 2005.

____________. Ciências e Educação Ambiental: Os seres Vivos. São Paulo. SP. Ed.Ática. 2005

_____________ Ciências e Educação Ambiental: O Meio Ambiente. São Paulo. SP.Ed.Ática. 2005

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Ciências do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

10.3 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

10.3.1 Apresentação da disciplina

A Educação Física deve ser entendida como Princípio de Liberdade.

Desta forma, o homem ao praticá-la deve buscar valores éticos a morais, tais como:

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a verdade, a beleza, a eficiência da sociedade, a justiça, a paz e os direitos

humanos; o equilíbrio ecológico, a aventura, a qualidade de vida. Estes são

elementos da prática de uma forma equilibrada e se completando, levam à

conquista da liberdade e da cidadania.

A Educação Física enquanto disciplina que compõe a grade curricular dos

estabelecimentos de ensino, tem os mesmos objetivos da educação, ou seja, deve

preocupar-se com o desenvolvimento integral do ser humano, utilizando para isso,

suas atividades – meio que se concretizam pelo movimento.

Com disciplina integrante do currículo, deve estar fundamentada na

produção do conhecimento, tendo consciência de seus condicionantes histórico-

sociais e sendo um instrumento de apropriação do sabe. Deve ter como princípio, a

relação dialética de compreensão da realidade social, calcada numa concepção

histórico-crítica de educação. Que pressupõe o entendimento do aluno nas diversas

relações, respeitando seus interesses, sua maturação e as experiências anteriores

adquiridas.

As transformações que se podem fazer no conhecimento de forma

duradoura para traduzir em qualidade de vida precisam ser medidas pela educação.

A abordagem da relação entre “atividade física e qualidade de vida” deverá ir além

das próprias aulas de Educação Física, mediante informações que evidenciem a

preocupação com a promoção da saúde e que forneçam subsídios que possam

levar os alunos a se conscientizarem da importância da atividade física como uma

prática regular no seu dia-a-dia.

Nesta perspectiva, esta disciplina deverá orientar esta prática para a

percepção da atividade física e esportiva como um componente cultural responsável

pela cultura corporal e esportiva presente na sociedade atual em que o aluno está

inserido. É por meio da Educação Física que ele, agora adolescente, incorpora a

atividade física como uma prática necessária e regular, proporcionando assim uma

política de melhoria na qualidade de vida durante e após sua vida escolar.

Pensando na continuidade do que foi desenvolvido no Ensino

Fundamental, podemos constatar numa forte inclinação ao trabalho com os esportes

e, principalmente, a mesma metodologia de ensino – a execução de fundamentos,

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seguida de vivência de situações de jogo. Contudo, é possível constatar em

algumas escolas um aprofundamento tático das modalidades, o que nos dá a

impressão de que o sentido da Educação Física passa a ser o comportamento

estratégico durante a prática desportiva.

Para a efetividade da presente proposta devemos buscar a excelência de

conhecimentos no ensino da Educação Física, dentro de uma concepção histórica-

crítica de Educação. Para tanto o resgate do compromisso social na ação

pedagógica da Educação Física no sentido da transformação de “como é”, para o

“como poderá ser”, deve ser conquistado.

10.3.2 Objetivos gerais

Fazer com que os alunos dominem os conhecimentos básicos científicos,

com relação à importância da atividade física e aos desportos, a socialização, a

consciência do respeito mútuo, a dignidade a solidariedade nas práticas da cultura

do movimento, bem como sua pluralidade.

Ter noções dos cuidados com o corpo, desenvolvendo hábitos de higiene

e alimentação, e noções de primeiros socorros no esporte. E uma vez de posse

desses conhecimentos buscarem aplicá-los no seu cotidiano, vivenciando sempre o

processo de investigação científica e tecnológica.

10.3.3 Conteúdos estruturantes

5ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Futebol

Handebol

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Esporte

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Jogos e brincadeiras Brincadeiras de rua / populares

Brinquedos

Brincadeiras de roda

Jogos de tabuleiro

Jogos de estafetas

Jogos dramáticos e de interpretação

Dança

Danças folclóricas

Atividades de expressão corporal

Cantigas de roda

Ginástica

Ginástica artística

Atividades circenses

Ginástica natural

Lutas

Judô

Karatê

Taekwondo

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125

Capoeira

6ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Tênis de mesa

Futsal

Xadrez

Jogos e Brincadeiras

Brincadeiras de rua

Jogos dramáticos e de interpretação

Jogos de raquete e peteca

Jogos cooperativos.

Jogos de estafetas

Jogos de tabuleiro

Dança Hip Hop: Break

Dança folclórica

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126

Dança criativa

Ginástica

Atividades circenses

Ginástica rítmica

Ginástica artística

Ginástica natural

Lutas

Capoeira

Judô

Karatê

Taekwondo

7ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Futebol

Handebol

Voleibol

Basquetebol

Atletismo

Futsal

Xadrez

Tênis de mesa

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Jogos e Brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos intelectivos

Jogos de raquete e peteca

Jogos de tabuleiro

Dança

Hip Hop

Danças folclóricas

Dança de rua

Dança de salão

Ginástica

Ginástica artistica

Ginástica rítmica

Ginástica geral

Atividades circenses

Lutas

Capoeira

Judô

Karatê

Taekwondo

8ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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128

Esporte

Coletivo

individuais

radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos cooperativos

jogos dramáticos

Jogos de tabuleiro

Dança

Dança de salão

Dança de rua

Dança Folclórica

Ginástica Ginástica artística

Ginástica de academia

Lutas Lutas que mantém distancia

Lutas com instrumento mediador

ENSINO MÉDIO

1ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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129

Esporte

Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos dramáticos

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Dança

Danças folclóricas

Dança de rua

Dança de salão

Ginástica Ginástica artística/ olímpica

Ginástica de academia

Lutas

Lutas que mantém distancia

Lutas com instrumento mediador

2º ANO

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130

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Dança Dança de rua

Dança de salão

Ginástica Ginástica de academia;

Ginástica rítmica

Lutas

Lutas que mantém distancia

Lutas de aproximação

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

3º ANO

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131

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos cooperativos

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Dança Dança criativas

Dança de salão

Ginástica Ginástica circense

Ginástica de academia;

Lutas

Lutas que mantém distancia

Lutas de aproximação

Lutas com instrumento mediador

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132

10.3.4 Metodologia

Ao estudarmos o corpo humano e seus movimentos a Educação Física

objetiva atingir a consciência, domínio e a plenitude do movimento, trabalhando

através dos pressupostos existentes e nas amplas diversidades da ginástica, dança

e dos esportes.

Cabe ao educando propiciar uma consciência e domínio do seu corpo e,

a partir daí, contribuir para o desenvolvimento de suas possibilidades de

aprendizagem, deverão permitir ao aluno a exploração motora, vivenciada através

das possibilidades propostas, oportunidades que lhe dêem condições de criar novos

caminhos para a prática esportiva.

A proposta para a Educação Física aborda os conteúdos da disciplina

destacando:

• Projetos de estímulo à prática de atividade física e esportiva;

• A ampliação do campo de intervenção da Educação Física, para além das

abordagens centradas na motricidade;

• O desenvolvimento dos conteúdos destacados no currículo de maneira que

sejam relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva e sensitiva

do aluno;

• As práticas corporais tendo como princípio o desenvolvimento do sujeito;

• A superação do caráter da Educação Física como mera atividade;

• A Educação Física voltada à aptidão física e a saúde;

• A integração no processo pedagógico como elementos fundamentais para o

processo de formação humana do aluno;

• Atividades esportivas;

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• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está

inserido;

• A Educação Física voltada à qualidade física;

• Cultura corporal;

• A interdisciplinaridade;

• Trabalhos individuais e em grupos;

Considerando estes apontamentos, a Educação Física propiciará a

potencialização das formas de expressão do corpo. A importância seria:

� A importância do contato corporal e o necessário respeito mútuo que

este reclama;

� Do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os

participantes;

� Do respeito por aqueles que de alguma forma não conseguem realizar

o que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir com elementos que levem o

sujeito a questionar formas de preconceito sobre a domesticação e a violência em

relação ao corpo.

A Educação Física consiste em vários métodos de aprendizagem,

dependerá da análise do educador em escolher o qual se escolherá para que o

ensino seja rápido e consistente. Esta análise dependerá do rendimento de cada

aluno, seu grau de dificuldade e experiências vividas anteriormente. Cabe ainda,

fazer uma ressalva e verificar o desenvolvimento e o método que foram utilizados,

se estes foram eficientes, pois cada aluno tem seu ritmo.

Na modalidade de ginástica, por exemplo, serão transmitidos aos alunos

técnicas de trabalho corporal podendo ser como preparação para outras

modalidades, como relaxamento para a manutenção ou recuperação da saúde ou

ainda de forma recreativa, repetitiva e de convívio social envolvendo a utilização de

materiais ou não. O objetivo é ressaltar o “conhecimento do corpo”.

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134

Os conteúdos deverão atingir as necessidades existentes nos alunos com

relação à consciência e domínio corporal, trabalhando através dos precursores do

movimento expressivo da ginástica dança e jogos. O esporte vem fortalecer também

habilidades motoras visando a compreensão do disposto, transpondo para seu

cotidiano e facilitando nas atividades escolares e sociais.

O professor não apenas terá preocupação em apresentar um melhor

rendimento, mas também observar o aluno em seu desenvolvimento nos

pressupostos do movimento humano, que são condutas motoras de base, condutas

neuromotoras, esquema corporal, ritmo e aprendizagem objeto- motor.

10.3.5 Critérios de avaliação

A proposta sugerida da Educação Física é democratizar, humanizar e

diversificar a prática pedagógica, buscando sempre ampliar as dimensões afetivas,

cognitivas e socioculturais dos alunos, procurando sempre subsidiar as discussões,

os planejamentos e as avaliações da prática de Educação Física.

Em todas as atividades propostas tem- se por objetivo o desenvolvimento

intelectual, social e moral do aluno. A avaliação, neste sentido, visa diagnosticar

como a disciplina está contribuindo para a efetiva apropriação destes saberes. A

meta do ensino de Educação Física é que o aluno possa desenvolver capacidades

físicas e intelectuais, tendo pensamento independente e criativo.

A avaliação será contínua buscando o desenvolvimento da consciência

corporal. Serão discutidos textos teóricos e analisado o desenvolvimento individual

do aluno. Sua participação e evolução bio- psico- social será valorizada. Na dança a

relação que o indivíduo faz com o ritmo do seu corpo, o envolvimento e interesse do

aluno sobre os diferentes tipos de dança será alvo de observação.

O professor irá atuar na superação de dificuldades individuais e de grupo,

enfatizando a expressão física e esportiva, contribuindo para que o aluno tenha

apropriação do conhecimento e sua atuação perante a sociedade.

Serão observados ainda, os seguintes aspectos:

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� Conhecimento: da parte teórica e escrita, individualmente ou em

grupos. Como complemento, poderão ser verificadas as realizações da pesquisa

sugerida no decorrer dos bimestres;

� Habilidades: serão realizados testes práticos sobre os fundamentos. O

professor terá de elaborar testes sobre fundamentos, táticas e técnicas dos

esportes. Durante os testes, deverá ser observada principalmente a naturalidade,

coordenação motora, domínio corporal e do movimento, execução do movimento,

grau de dificuldade individual e outros. Cabe ao professor criar meios para que o

aluno em defasagem possa progredir e superar suas dificuldades.

� Atitude: deverá ser observado nas aulas baseando- se nos seguintes

aspectos: espírito de equipe, participação, espírito de luta, espírito de liderança

positiva, criatividade, raciocínio rápido, acato as regras, respeito mútuo, como o

professor e com os colegas, espírito esportivo, a socialização, o dinamismo, a

capacidade de síntese e compreensão e a organização em grupos.

10.3.6 Referências

BARRETO, Débora, Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.

BORSARI, José Roberto. Educação Física da pré-escola à universidade. São Paulo: ed. EPU, 1980.

_______Educação Física, recreação e jogos. São Paulo: ed. Cia Brasil, 1981.

MASCARENHAS, Fernando. Lazer como prática de liberdade. Goiânia: ed. UFG, 2003.

Regras oficiais do Atletismo. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.

Regras oficiais do Handebol. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.

Regras oficiais do Voleibol. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.

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136

Regras oficiais do Futsal. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.

Regras oficiais do Basquetebol. Rio de Janeiro: ed. Sprint, 2005.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do - Estado do Paraná: Educação Física do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

TIRADO E SILVA, Augusto e Wilson da. Meu primeiro livro de xadrez. Paraná: Expoente.

VALADARE, Solange; ARAÚJO, Rogéria. Educação Física no cotidiano escolar. Ed. FAPI LTDA.

10.4 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

10.4.1 Apresentação geral da disciplina

Ao apresentar a disciplina de Ensino Religioso é relevante percorrer a

trajetória desta disciplina no processo educacional, inicialmente como ensino da

religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, somente com a

Proclamação da República ,o ensino passa a ser laico, público, gratuito e

obrigatório, mas ainda em sua maioria com ênfase ao catolicismo. No decorrer dos

anos algumas mudanças ocorreram, em 1934 a matrícula passou a ser facultativa.

A questão educacional só em 1960, passou a ser debatida com maior

relevância quando diversos grupos religiosos reivindicavam a liberdade religiosa no

contexto escolar. Neste contexto o ensino religioso perde a sua força e por

comodismo, o próprio Estado deixa de adotar medidas que efetivem a disciplina. Em

decorrência dessa situação os cursos de formação para professores de Ensino

Religioso deixou de ser ofertado retornando as materiais didáticos pedagógico cuja

elaboração era fundamentada nas tradições religiosas.

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Na LDB 4024/61 o Ensino Religioso foi citado no artigo 97, porém o

Estado passou toda a responsabilidade as autoridades religiosas, onde os

interessados se cadastravam para ministrar as aulas. No regime militar institui a Lei

5692/71, no artigo 7º, § único “ o Ensino Religioso de matrícula facultativa constituirá

disciplina dos horários normais dos Estabelecimentos oficiais de 1º e 2º graus”. Em

decorrência dessa lei em 1972 o estado do Paraná criou- se a associação

Interconfissional de Curitiba (Assintec), que acreditava não ser suficiente dar

alimentos à criança, mas também favorecer sua dimensão religiosa. Em 1973 a

SEED forma convênio com a Assintec e junto aos Núcleos Regionais auxilia na

elaboração das diretrizes curriculares da disciplina.

Com o início da Especialização em Pedagogia Religiosa em 1987

evidenciou- se a preocupação com a formação docente, no sentido de buscar a

pluralidade religiosa e a garantia da matéria estabelecer- se como disciplina.

Com a Implantação do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná

em 1990, o Ensino Religioso incluso, sendo dois anos depois apresentado o

caderno para o Ensino Religioso, mas nos Parâmetros Curriculares Nacionais

novamente a disciplina foi inclusa, somente em 1997 foi publicado o PCN de Ensino

Religioso. A regulamentação ocorreu em 2002, quando foi aprovada a Deliberação

03/02, pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná.

Com a mudança do perfil dos professores que passavam por uma

formação continuada o enfoque deixou de ser catequético, assumindo a visão do

sagrado e em diferentes manifestações, o que possibilitou a reflexão sobre a

pluralidade religiosa contida na humanidade.

As religiões passaram a ser objeto de estudo, contemplando sua riqueza.

A disciplina assume o papel de subsidiar os alunos na busca deste conhecimento,

por meio de conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes

manifestações do sagrado.

O Ensino Religioso visa propiciar aos educandos condições de identificar

as diferentes manifestações, favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em

suas relações éticas e sociais diante da sociedade.

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138

10.4.2 Objetivos gerais

1. Promover aos educandos a oportunidade de processo de

escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos

religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de modo a

colaborar com a formação da pessoa.

2. Propiciar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o

fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do

educando.

3. Compreender os eixos organizadores do conteúdo do Ensino

Religioso.

4. Identificar as diferenças culturais.

5. Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência

religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

6. Compreender a presença do sagrado nas diferentes manifestações

religiosas.

7. Reconhecimento de que, todos nós, somos portadores de

singularidade.

8. Identificar os textos sagrados das diferentes tradições religiosas,

entendendo que são referenciais de fé e orientação para a vida.

9. Conhecer a importância dos rituais, símbolos e espiritualidade das

diferentes religiões na vida das pessoas.

10. Conhecer as diferentes ideias do Transcendente (Deus)

construída ao longo do tempo desenvolvendo uma atitude de respeito às diferentes

concepções sobre o transcendente.

11. Reconhecer os limites étnicos propostos pelas diferentes

tradições religiosas.

12. Promover um espaço de reflexão na sala de aula sobre valores

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139

humanos e leis de qualidade de vida.

10.4.3 Conteúdos estruturantes

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Paisagem

Religiosas

Universo

Simbólico

Religiosos

Organizações religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Paisagem

Religiosas

Universo

Simbólico

Religiosos

Textos

Temporalidade

Sagrada

Ritos

Vida e Morte

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140

Sagrados

10.4.4 Metodologia

O encaminhamento deverá privilegiar as experiências religiosas que

compõem o universo cultural dos diversos grupos sociais, visando conhecer os

caminhos percorridos pela humanidade, identificar a sua simbologia e espaços que

se organiza e acima de tudo repensar as ações que até então subsidiarão o trabalho

pedagógico desta disciplina.

Os conteúdos contemplam as diversas manifestações culturais e a forma

em que vive o homem religioso no seu cotidiano.

Para tanto, propõe-se diversas atividades:

− Leitura de reflexão de textos;

− Debates;

− Produções textuais;

− Pesquisas;

− Dinâmicas.

10.4.5 Critérios de avaliação

Na disciplina de Ensino Religioso, a avaliação não possui registro de nota

ou conceito, pois não constitui objeto de reprovação, por ser de caráter facultativo,

mesmo assim a avaliação deverá fazer parte do processo educativo, podendo ser

implementada pelo professor. O nível de apropriação por parte do aluno deverá ser

acompanhado de forma contínua, interativa e participativa.

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Outra forma de avaliar é a observação que possibilita analisar a relação

de alunos com colegas de outras culturas, aceitando as diferenças e principalmente

reconhecendo o fenômeno religioso no contexto social.

10.4.6 Referências

MARCHON, B.; Kieffer, Jean-François. As grandes religiões do mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. Ensino Religioso: perspectivas pedagógicas. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

OLENIKI, Marilac Loraine R.; Daldegan, Viviane Mayer. Encantar: uma prática pedagógica no Ensino Religioso. 2ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

MARTELLI, Stefano. A Religião na Sociedade Pós-moderna. São Paulo: Paulinas, 1995.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Ensino Religioso do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

10.5 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

10.5.1 Apresentação geral da disciplina

Os diversos grupos sociais que compõem a sociedade, ao se

organizarem, constroem diferentes espaços que retratam os diferentes modos de

viver. A Geografia tem por tarefa primordial explicar esse espaço real para além das

aparências, para que se compreenda como ele foi construído e como se reconstrói

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142

em face da ação dos homens, para que se construa um espaço melhor distribuído

socialmente, menos agressivo e mais justo.

O objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, que se manifesta

aparentemente através da paisagem, que é a realidade física, vista e sentida pelo

homem. A paisagem é o ponto de partida e o ponto de chegada para o

conhecimento geográfico. È o ponto de partida porque é o dado da realidade que as

pessoas percebem. È um conjunto de coisas naturais (relevo, floresta, rios, etc) e de

coisas culturais, criadas pelos homens (viadutos, prédios, etc) nas suas relações

sociais.

A paisagem está sempre em mudança, é uma espécie de marca da

história do fazer humano, do movimento da sociedade. Entretanto, torna- se

necessário ultrapassar o concreto aparente da paisagem para se chegar ao

conhecimento das relações sociais que a construíram O entendimento dessas

relações é o ponto de chegada.

O espaço geográfico é, portanto, histórico e socialmente produzido. Seu

entendimento exige a compreensão das relações que os homens estabelecem entre

si e com a natureza. Assim dois conceitos devem ser levados em consideração: o

processo de trabalho e o das relações sociais de produção.

Neste sentido, o simples repasse de fatos para os alunos memorizarem

não estará contribuindo para o desvelamento da realidade. Torna- se necessário o

levantamento de questões e a instrumentalização dos alunos, de modo a lhes

propiciar condições para compreenderem- se como sujeitos da História e agentes da

transformação social.

A geografia assim como as demais disciplinas do currículo escolar,

desenvolve no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente a realidade, para melhor compreende- la identificar as possibilidades no

sentido de superar suas contradições.

A geografia enquanto disciplina contribui para a formação do cidadão que

participa dos movimentos produzidos pela sociedade e ainda terá o papel de

proporcionar situações que permitam ao estudante pensar o tempo e o espaço de

vivência.

A compreensão desses processos e a inserção dos alunos no mundo

capitalista somente podem ocorrer se forem problematizados.

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143

A disciplina de geografia pode aumentar o patamar de consciência dos

alunos mostrando como a comunicação de massa tem efeitos sobre a maneira de

ver e analisar o mundo.

O conhecimento geográfico abre ao jovem a possibilidade de pensar o

homem por inteiro em sua dimensão social e humana, assim como outras ciências

humanas ela contribui para o cidadão estudante conheça os vários instrumentos

utilizados pelos meios de comunicação para a formação de valores.

O objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, entendido como

o espaço produzido e apropriado pela Sociedade (LEFEBVRE,1974), composto pela

inter-relação entre sistemas e objetos naturais,culturais e técnicos, sistemas de

ações, relações sociais,culturais,políticos, econômicos(SANTOS,1996).

A Geografia no currículo escolar deve prestar-se a desenvolver no aluno

a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade

para melhor entende-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido

de superar suas contradições.

Opta-se pelo ensino de Geografia crÍtica que desvele a realidade, que

conceba o espaço geográfico como sendo um espaço social, produzido e

reproduzido pela sociedade humana. Ela se preocupa com o desenvolvimento do

senso critico do aluno, em desenvolver-lhe a compreensão do papel histórico

daquilo que é criticado. Neste sentido não se trata apenas de repassar aos alunos

fatos para que eles memorizem, e sim levar questões e instrumente-los, de modo a

lhes propiciar as condições de se compreenderem como sujeitos da historia e

agentes da transformação social.

É dentro desta perspectiva que se deve proceder na escolha e no

tratamento dos conteúdos essências da disciplina no Ensino Médio. Deve-se

selecionar, então, os conteúdos necessários a apreensão do espaço geográfico

como uma totalidade, que envolve espaço e sociedade, homem e natureza.

Diante dos múltiplos desafios do futuro, a educação surge como um

trunfo indispensável à humanidade na construção de idéias de paz, liberdade, e

justiça social. Portanto, a Geografia escolar conta com um espaço privilegiado para

trabalhar na formação intelectual e ética dos jovens, na construção de sua cidadania

e na consciência de sua dignidade humana, alem de ressaltar a importância da

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integração entre diferentes campos do conhecimento para uma visão mais ampla e

profunda do mundo atual.

A Geografia permite aos alunos adquirir hábitos e construir valores

significativos da vida em sociedade. Na busca da vivencia do educando com os

lugares, levar a construção de compreensões novas e mais complexas a seu

respeito, visando o desenvolvimento da capacidade de refletir.

No tratamento de uma Geografia critica, propõe-se a não separação da

parte física e da humana. Visto que a humanidade transformou em ecúmeno toda a

superfície terrestre, necessitamos ter de forma bem clara a abordagem que se deve

dar acerca do “meio natural”.

10.5.2 Objetivos gerais

* Estimular nos alunos, a postura cientifica utilizando- se do estimulo à

observação da natureza/sociedade e de sua compreensão.

* Desenvolver atitudes sociais, dentre elas o espírito associativo e de

solidariedade, na busca incessante de construção e reconstrução da cidadania, da

ética, do pensamento critico, da compreensão e do respeito ao ambiente natural e

socialmente produzido.

* Assimilar as noções espaciais, aprendendo conceitos de localização,

organização, representação e compreensão da estrutura do espaço construído

dinamicamente pela natureza e pela sociedade.

* Ler e interpelar criticamente o espaço, levando em consideração o

meio em que o educando vive.

* Empregar a linguagem cartográfica, quando necessário, possibilitando

maior leque de informações e serem confrontados, dando margem a maior

compreensão dos fenômenos estudados.

* Desenvolver atitudes sociais, dentre elas o espírito associado e de

solidariedade, na busca incessante de construção e reconstrução da cidadania da

ética do pensamento critico da compreensão e compreensão e do respeito ao

ambiente natural e socialmente produzido.

* Distinguir as várias representações sociais da realidade apresentada,

por meio de analise de leituras sobre os processos formadores dessas

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representações, criticando as falhas e destacando as contribuições.

• Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a

compreensão, de como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem;

• Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e as suas

conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo que construa referenciais

que possibilitem uma participação ativa nas questões sócio-ambientais locais.

• Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de

modo a que compreenda o papel da sociedade na construção do território, da

paisagem e do lugar;

• Compreender a especialidade e a temporalidade dos fenômenos

geográficos estudados em suas dinâmicas e interações;

• Compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos

políticos,os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas

ainda não usufruídas por todos os seres humanos, e dento de suas possibilidades,

empenhar-se em democratizá-las;

• Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa para a Geografia,

para compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção,

identificando suas relações, problemas e contradições.

10.5.3 Conteúdos estruturantes

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfica

Formação e transformação das paisagens naturais

e culturais;

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção

A formação, localização e exploração dos recursos

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Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

naturais;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

transformação da paisagem, a (re)organização do

espaço geográfico;

As relações entre campo e a cidade na sociedade

capitalista;

A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade culturais;

A evolução demográfica, a distribuição espacial da

população e os indicadores estatísticos;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

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147

6a SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfica

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

Formação território brasileira

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro

A mobilidade populacional e as manifestação

socioespaciais da diversidade cultural

A evolução demográfica da população, sua

distribuição espacial e indicadores estatísticos

Movimentos migratórios e suas motivações

O espaço rural e a modernização da agricultura

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a

apropriação do espaço

O formação, o crescimento das cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos e a urbanização

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

(re) organização do espaço geográfico

A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das

informações

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7ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfica

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente americano

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e

o papel do Estado

O comércio em suas implicações socioespaciais

A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e informações

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)

organização do espaço geográfico

As relações entre o campo e a cidade na sociedade

capitalista

O espaço rural e a modernização da agricultura

A evolução demográfica da população, sua distribuição

espacial e os indicadores estatísticos

Os movimentos migratórios e suas motivações

A mobilidade populacional e as manifestações sócias

espaciais da diversidade cultural;

A formação, a localização, exploração dos recursos

naturais

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149

8ª. SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e

o papel do Estado

A revolução técnico-científico-informacional e os novos

arranjos no espaço da produção

O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração territórios.

A evolução demográfica da população, sua

distribuição espacial e os indicadores estatísticos

A mobilidade populacional e as manifestações sócio

espaciais da diversidade culturais

Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re)organização do

espaço geográfico

A formação, localização, exploração dos recursos

naturais;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção

O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial

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150

Ensino médio

1º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

transformação da paisagem, a (re)organização do

espaço geográfico

A formação, localização e exploração dos recursos

naturais.

2º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

O espaço rural e a modernização da agricultura.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração

dos territórios

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a urbanização recente.

Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a

apropriação do espaço.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da

população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

A mobilidade populacional e as manifestações sócio

espaciais da diversidade cultural.

3ºANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

A revolução técnico-científica-informacional e os novos

arranjos no espaço da produção;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação

na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das

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152

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

mercadorias e das informações

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração

dos territórios

As relações entre o campo e a cidade na sociedade

capitalista.

O comércio e as implicações sócios espaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações sócio espaciais do processo de

mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o

papel do Estado.

10.5.4 Metodologia

A disciplina de geografia é norteada por um ensino critico e reflexível que

busca enfocar no individuo a relação homem e meio. Desta forma pode se fazer

com que o mesmo enriqueça seus conhecimentos com pesquisas.

A prática pedagógica a ser desenvolvida no ensino da Geografia deve

colocar os alunos em diferentes situações de vivência com os lugares, de modo que

possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito.

Esse trabalho será feito de forma dinâmica e instigante, mediante

situações que problematizem os diferentes espaços geográficos materializados em

paisagens, lugares e territórios, que disparem relações entre o presente e o

passado, o específico e o geral, as noções individuais e as coletivas, e promovam o

domínio de procedimentos que permitam aos alunos "lerem" a paisagem local e

outras paisagens presentes em outros tempos e espaços.

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153

Serão utilizados para esse trabalho procedimentos de problematização,

observação, registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos

fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço

geográfico na busca e formulação de hipóteses e explicações das relações,

permanências e transformações que se encontram em interação.

O professor deve criar e planejar situações de aprendizagem em que os

alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A

observação, descrição analogia e síntese são procedimentos que serão utilizados

para que os alunos possam aprender e explicar, compreender e representar os

processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares.

As situações de aprendizagem serão planejadas considerando- se a

própria leitura da paisagem, a observação e a descrição, a explicação e a interação,

a territorialidade e a extensão, a análise, o trabalho com a pesquisa e a

representação do espaço.

As aulas de campo, é importante encaminhamento metodológico para

analisar as áreas a ser estuda, de modo que o aluno poderá diferenciar paisagem

do espaço geográfico.

Dentro das pratica pedagógica conduzir o educando para tornar um

agente participativo dentro das diferentes potencialidades, de acordo com sua

realidade. Buscar contribuir na complementação dos temas pré-dispostos do

programa anual, deixando claro que a geografia é uma da ciência ligada a vida e ao

nosso espaço de vivencia. Neste contexto, o educando participa desenvolvendo a

construção de seu conhecimento, realizando pesquisa, contextualizando a

realidade, participando de seminários.

Parceria significativa. Pratica critica, produtiva, reflexiva e transformadora.

Lembrando que o aluno é original, único dotado de inteligências múltiplas.

A interatividade entre o aluno, professor e o conhecimento é

proporcionada por meio de diversos questionamentos existentes, os quais resgatam

as experiências previas do aluno, estimulam a exposição de opiniões e participação

em grupos de debates. Esses questionamentos têm como objetivo desenvolver

atitudes de sociabilidade, convivência em grupo, respeito mutuo e tomadas de

decisões.

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154

10.5.5 Avaliação

A avaliação tem por objetivo avaliar o aluno em todos os aspectos com

relevância para o cognitivo.

A avaliação em geografia deverá ser diagnóstica, somatória e contínua

levando em conta o espaço físico percorrido pelo aluno, o ambiente em que vive, as

mudanças ocorridas no universo, a preservação do meio ambiente, os fatores

econômicos e políticos, reconhecendo que a sociedade e natureza possuem leis e

princípios próprios e que o espaço geográfico é resultado da interação entre elas.

No caso da geografia, além das alternativas usuais de avaliação, como exercícios

de múltipla escolha, questões subjetivas, interpretações de textos e outros

documentos, é importante que sejam utilizadas formas de avaliação que

desenvolvam nos alunos habilidades tipicamente geográficas, como orientação,

localização, percepção, visão espacial, entre outras. O ensino de geografia poderá

ser avaliado através de: trabalhos, individuais e em grupo, testes de múltipla

escolha, pesquisas, simulações do cotidiano do aluno (diagnóstica), provas

individuais, apresentação de mapas, dados estatísticos (gráficos e tabelas),

apresentação oral e aplicação de interdisciplinaridade, formulação de conceitos.

Dentro das pratica pedagógica conduzir o educando para tornar-se um

agente participativo dentro das diferentes potencialidades, de acordo com sua

realidade. Buscar contribuir na complementação dos temas pré-disposta do

programa anual, deixando claro que a geografia é uma ciência ligada a vida e ao

nosso espaço de vivencia. Neste contexto o educando participa desenvolvendo a

construção de seu conhecimento, realizando pesquisa, contextualizando a

realidade, participando de seminários.

Parceria significativa. Pratica crítica produtiva, reflexiva e transformadora.

Lembrando que o aluno é original, único dotado de inteligências múltiplas.

A interatividade entre o aluno, professor e o conhecimento é

proporcionada por meio de diversos questionamentos existentes, os quais resgatam

as experiências previas do aluno, estimulam a exposição de opiniões e participação

em grupos de debates. Esses questionamentos têm como objetivo desenvolver

atitudes de sociabilidade, convivência em grupo, respeito mutuo e tomadas de

decisões.

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10.5.6 Referências

ADAS, Melhen, Noções Básicas de Geografia. São Paulo. Moderna, 1998 ANTUNES, Celso. Geografia do Brasil. São Paulo. Scipione. 1996 CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos e outros. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões 4ª ed. Porto Alegre. Editora UFRGS.2003. PROJETO ARARIBA: geografia 5ª / Organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli. 2ª ed. - São Paulo. Moderna, 2007. PROJETO ARARIBA: geografia 6ª / Organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli. 2ª ed. - São Paulo. Moderna, 2007. PROJETO ARARIBA: geografia 7ª / Organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli. 2ª ed. - São Paulo. Moderna, 2007. PROJETO ARARIBA: geografia 8ª / Organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Sônia Cunha de Souza Danelli. 2ª ed. - São Paulo. Moderna, 2007. SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Geografia do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo, Ática, 2002. VECENTINI, J. William, VLACH, Vânia, Geografia Crítica: o espaço social e o GONÇALVES, C. W. P. Os descaminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1999. OLIVEIRA, A.U. Para onde vai o ensino da geografia? São Paulo: Contexto, 1989. SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Educação Física do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

VASCONCELOS, Celso dos. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertard – Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.

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156

10.6 DISCIPLINA DE HISTÓRIA

10.6.1 Apresentação geral da disciplina

A História como disciplina escolar obrigatória, passou a ser obrigatória, a

partir da criação do Colégio D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como

disciplina acadêmica.

O modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889)

e o Colégio D. Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização

educacional brasileira. A partir de 1901 o corpo docente alterou o currículo do

Colégio, propondo que a História do Brasil passasse a compor a cadeira de História

Universal.

No período do Estado Novo (1937) por meio da Lei Orgânica do Ensino

Secundário de 1942, fez com que a História do Brasil retornasse ao currículo

escolar. O ensino de História foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão

dos Estudos Sociais na escola desde o início dos anos 1930. As experiências norte-

americanas na organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte

dos debates educacionais por meio da Escola Nova. Enfim, por força da Lei nº5692

em 1971 foi implantado o ensino de Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau.

A partir da Lei nº 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito

anos e o Segundo Grau profissionalizante, com ensino voltado a qualificar mão-de-

obra para o mercado de trabalho. O ensino de História tinha como prioridade ajustar

o aluno ao cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e

conceitos básicos para a adaptação à realidade, continuando ser vista de maneira

linear, cronológica e harmônica, conduzida pelos heróis em busca de um ideal de

processo de nação.

O ensino de Estudos Sociais foi contestado no início da década de 1980,

tanto pela Academia quanto pela sociedade. Queriam a volta do ensino de História.

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No ano de 1990, o Estado do Paraná fez uma proposta de renovação do

Ensino de História que tinha como pressuposto teórico a historiografia social,

pautada no materialismo histórico dialético.

O Ministério da Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999 os

Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio, os

Parâmetros organizaram o currículo em áreas de conhecimento. Incorporado pelo

Estado do Paraná no final dos anos 1990. Com o objetivo de preparar os cidadãos

para as exigências tecnológico-científicas da sociedade contemporânea.

O ensino de História do Paraná, torna-se obrigatório com a aprovação da

Lei nº13.381/01, nos Ensinos Fundamental e Médio. Além da Lei nº10.639/03 sendo

alterada pela Lei nº9394/96 que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura

Afro-Brasileira.

Por meio de todas essas Leis, a Educação do Ensino de História passou

a ser ministrado de uma maneira mais abrangente e concreta dentro da realidade

social contemporânea. Formando um cidadão crítico e ativo dentro da sociedade em

que está inserido.

O mesmo nível de crítica que temos quanto ao presente, devemos tê-lo

com relação ao passado. A construção de uma relação crítica com o presente, com

a realidade do aluno, pressupõe e aponta para a necessidade de uma concepção de

história que permita o desvelamento dessa realidade e sua superação.

A contribuição mais significativa da História para o jovem é a

compreensão da sociedade contemporânea e sua inserção nela, desenvolvendo a

capacidade de apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências

humanas. O tempo histórico compreendido nessa complexidade utiliza a História

Temática, enfocando três conteúdos estruturantes, são eles: Trabalho, Poder e

Cultura. Nessa maneira de ensinar a História, o aluno aprenderá as relações de

continuidades e descontinuidades, das permanências e das mudanças.

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10.6.2 Objetivos gerais

- Perceber e comparar estruturas sociais

- Desenvolver a capacidade de analisar imagens

- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em todas as suas

manifestações

- Dominar conceitos básicos

- Aprender a refletir historicamente, perceber os processos pelos quais as

sociedades evoluem, como enriquecedoras para o conhecimento

- Desenvolver senso crítico e criativo

- Notar que tudo precisa se adaptar ao seu tempo, que não se pode ser retrógrado,

nem radical, mas sim flexível e consciente das necessidades do seu tempo

- Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos e

iconográficos

- Valorizar a cultura como forma de se conhecer e entender os motivos que levam

um poço a ser e agir de uma maneira e não de outra

- Perceber os interesses político-econômicos dentro de uma sociedade

- Analisar os fatos históricos em todos os seus aspectos, seus verdadeiros motivos e

concepções envolvidas

- Perceber a influência política na vida das pessoas, ninguém pode ignorá-la,

podemos sim, usá-la para modificar estruturas vigentes

- Analisar que uma ideologia pode ser a salvação ou a derrota de uma nação,

depende da interpretação

- Perceber o valor atribuído à religião pela população de qualquer país, e sua

carência pela liderança, todos precisam de um líder senão nada de movimentos

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159

- Perceber que a globalização fez o mundo ficar menor e ao mesmo tempo abriu um

abismo enorme entre as nações ricas e pobres

10.6.3 Conteúdos estruturantes

Com os conteúdos estruturantes o enfoque passa a ser a compreensão

do objeto e a organização dos campos de estudo da disciplina de História, a fim de

atender a Proposta Curricular aqui apresentada: Trabalho, Poder e Cultura.

No Trabalho, o estudo refere-se aos primeiros passos da organização dos

povos, bem como o nascer do trabalhador assalariado e sua luta pela necessidade

de leis trabalhistas. Na Idade Média, os senhores feudais fazem com que o

trabalhador ou servo seja obrigado a apenas obedecer e não questionar. O século

XX surge com muitos conflitos político, ligados também a economia mundial,

vigorando agora uma concepção de História Crítica, onde o cidadão passa a fazer

parte da História como agente transformador.

O Poder está sempre permeando as ações do homem, desde o momento

em que surgem as classes, surgem os poderosos e os explorados. O Estado surge

para gerenciar os interesses das Nações, e acaba fazendo um papel não de

gerenciador, mas de opressor e ditador de regras que interessam apenas ao Estado

e não ao cidadão. Essa necessidade de poder cada vez maior, faz com que a

humanidade fique a beira da ruína, com guerras mundiais. O ser humano passa a

agir apenas em função de conseguir poder, sem preocupar-se com os meios,

contanto que cheguem ao objetivo: Poder.

A Cultura será essencial para que o estudo dos conteúdos estruturantes

sejam bem feitos, pois ela explicará em vários lugares e em tempos diferentes, essa

necessidade do ser humano quer cada vez mais o poder. Ao se propor a cultura

como uma dimensão para o estudo da História entende-se essa dimensão em que

aquela que o indivíduo se permite conhecer os conjuntos de significados que os

homens conferiram a sua realidade para explicar o mundo.

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HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE – OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS SUAS HISTÓRIAS

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

A experiencia humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

6ª SÉRIE – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da

Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do

mundo da cidade.

A relações entre campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural

campo/cidade.

7ª SÉRIE – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistências

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com o

trabalho

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª SÉRIE – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das

Instituições Sociais

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Tema 1

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e Trabalho

Livre.

Tema 2

Urbanização e industrialização

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Tema 3

O Estado e as relações do poder

Tema 4

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Tema 5

Movimentos sociais, políticos e culturais e as

guerras e revoluções

Tema 6

Cultura e religiosidade

10.6.4 Metodologia

Tomando como premissa básica que o papel fundamental da educação

escolar é o de preparar educando para o exercício da cidadania, entendemos que a

História contribui para que o educando desenvolva visão crítica e espírito social e

politicamente participativo, capaz de avaliar a sua possibilidade de atuação no

contexto histórico em que se insere. Isso significa que o ensino de História deve

fazer com que o educando. “produza uma reflexão de natureza histórica; [...]

pratique um exercício de reflexão que o encaminhará para outras reflexões, de

natureza semelhante, em sua vida e não necessariamente só na escola; pois a

Historia produz um conhecimento que nenhuma, outra disciplina produz - e ele nos

parece fundamental para a vida do homem, individuo eminente histórico”. (CABRINI,

Conceição e outros. O ensino de História. São Paulo, Brasiliense, 1987.p.23.).

É necessário que nas escolas, os educadores em geral, assumam esse

princípio meta primordial, tendo em vista o significado e a importância de seu papel

na formação da cidadania, que deve ser entendida também como um processo de

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163

participação social, política e civil, na escola, na família, no trabalho, na

comunidade.

A apropriação de conceitos e temas ocorre por intermédio de métodos

oriundos das investigações históricas, desenvolvendo capacidades de extrair

informações das diversas fontes documentais e interpretá-las, estabelecendo

relações e comparações entre problemáticas atuais e as de outros tempos e

culturas.

A História Temática contribui para que os educandos ampliem suas

fontes de pesquisa e consequentemente, abram sua compreensão para os

conteúdos estruturantes: Trabalho, Poder e Cultura. Esses conteúdos farão uma

busca em vários tempos e espaços sobre cada um deles, para que o aluno aprenda

a relacionar todos eles entre si e cada um em seu determinado tempo/espaço.

O educando não aprende História apenas na escola, pois têm acesso a

inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos

festejos de caráter local, regional, nacional e mundial, no qual estão inseridos.

Percebem as transformações sociais culturais econômicas e política

envolvendo-se assim nesse processo acelerado da vida urbana e a globalização,

nesse contexto os meios de comunicação de massa a convivência de gerações

através de fontes como: televisão, videoclipes, fotos, livros, jornais, rádio,

enciclopédias, cinema, vídeos e computadores, provem essa releitura de mundo e a

formação de sua identidade cultural.

10.6.5 Critérios de avaliação

A avaliação no ensino de História, por meio de atividades específicas com

as diferentes temporalidades, pode favorecer a reavaliação dos valores do mundo

de hoje, a distinção de diferentes ritmos de transformações históricas, o

redimensionamento do presente em processos contínuos e a construção de

identidades com as gerações passadas.

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Nesta perspectiva o ensino de História pode desempenhar um papel

importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre atuação do

indivíduo nas suas relações pessoais como grupo de convívio, suas afetividades,

sua participação no coletivo, suas atitudes e compromissos com classes, grupos

sociais, culturas, valores e gerações do passado e do futuro.

Portanto, o aluno deverá compreender e aprender as formas de produção

desse conhecimento através dos conteúdos críticos desta disciplina, tendo como

ponto de partida os acontecimentos que cercam a sua realidade.

A avaliação no ensino de História será feita de maneira a perceber o

quanto o aluno evoluiu ao longo dos bimestres, verificando se o educando

compreende os conceitos básicos da disciplina, a capacidade de elaboração textual

e oral de assunto estudado no ano.

10.6.6 Referências

ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a História. São Paulo: Ática. 1996.

CAMPOS, Flavio de; AGUILAR, Lídia; CLARO, Regina; MIRANDA, Renan Garcia. O jogo da História. São Paulo: Moderna. 2002.

COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio. São Paulo: Saraiva. 2004.

DREGUER, Ricardo; TOLEDO, Eliete. História: Cotidiano e mentalidade. São Paulo: Atual, 2000.

FERREIRA, José Roberto Martins. História. São Paulo: FTD, 1997.

MARINO, Denise Mattos; STAMPACCHIO, Léo. Link do tempo. São Paulo: Moderna. 2002.

MORAES, José Geraldo Vinci de. História Geral e do Brasil. Ensino Médio. São

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165

Paulo: Atual. 2003.

ORDOÑEZ, Marlene. Caderno do futuro. São Paulo: IBEP. 2003.

PETTA, Nicolina Luíza de; OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma abordagem integrada. Ensino Médio. São Paulo: Moderna. 2003.

PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida. São Paulo: Ática, 2004.

RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento. Imagem e Texto. São Paulo: FTD. 2002.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: História do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

10.7 DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

10.7.1 Apresentação geral da disciplina

A Língua Portuguesa é a língua oficial do Brasil que iniciou seu processo

de formação, na Península Ibérica, através do contato do latim com outras línguas,

no século II a.C. Depois de um longo período de mudanças correspondente a todo o

final da chamada Idade Média, é transportada para o Brasil, assim como para outros

continentes, no momento das grandes navegações do final do século XV e do

século XVI. Aqui se inicia o contato dessa língua com outras, as indígenas.

No século XVII, no Brasil, havia o uso da Língua Portuguesa, as línguas

indígenas, as línguas gerais (línguas tupi falas pela maioria da população para o

contato com os índios de diferentes tribos, entre índios e portugueses e com o

holandês). O português, como língua oficial do Estado português, era a língua

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empregada em documentos oficiais e praticada por aqueles que estavam ligados à

administração da colônia.

Com a vinda de portugueses e africanos a população do Brasil, que era

somente de índios, passa a receber um número crescente de portugueses assim

como de africanos. Com o maior número de portugueses cresce também o número

de falantes específicos do português. E isto tem outra característica: os portugueses

que vêm para o Brasil não vêm da mesma região de Portugal. Desse modo,

passam a conviver no Brasil, num mesmo espaço e tempo, divisões do português

que, em Portugal, conviviam como dialetos de regiões diferentes.

Em 1757 foi estabelecido o Diretório dos Índios, por iniciativa do Marquês

de Pombal, que proibia o uso da língua geral na colônia. Assim, os índios não

poderiam mais usar nenhuma outra língua que não a portuguesa. Em 1827 houve

um grande número de discussões sobre o fato de que deveriam ensinar a ler e a

escrever utilizando a gramática da língua nacional. É dessa época a literatura de

José de Alencar e que foram legitimadas as gramáticas para o ensino de português

e seus dicionários. Com a vivência da Língua Portuguesa, dos portugueses, no

espaço geográfico com índios, africanos e depois, com a imigração, quando

chegaram falantes de alemão, italiano, japonês, coreano, holandês, inglês.

Foi somente em 1837, no Rio de Janeiro, que a disciplina Língua

Portuguesa passou a fazer parte dos currículos escolares com as disciplinas

Retórica, Gramática e Poética (incluindo Literatura), com exposição de uma

gramática normativa e trechos de autores consagrados para uma pequena camada

da população, filhos da burguesia.

A partir 1950, com as modificações sociais de culturais no Brasil, as

camadas populares começam a reivindicar o direito à escolarização,

democratizando- se as escolas. A partir dos anos 60 incluiu- se, nos currículos de

formação de professores, o estudo de teorias na área das ciências linguísticas

(Linguística, Sociolinguística) e mais recentemente a Linguística Aplicada, a

Psicolinguística, a Linguística Textual, a Pragmática, a Análise do Discurso.

Travaglia (2002) explica a Linguística da Enunciação, como sendo as correntes e

teorias tais como a Linguística Textual, a Teoria do Discurso, a Análise do Discurso,

a Análise da Conversação, a Semântica Argumentativa e todos os estudos de

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alguma forma ligados à Pragmática, o que tem ajudado a direcionar o Ensino da

Língua Portuguesa.

Segundo a DCE (2006), na linguagem o homem se reconhece humano,

interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e

percebe o seu papel como participante da sociedade. Então, na disciplina de Língua

Portuguesa, no Ensino Fundamental, tem- se o objetivo de aprofundar o

conhecimento cognitivo do aluno, fazendo reflexão sobre o que já domina e estudar

a norma-padrão, tanto na comunicação oral como na escrita, na perspectiva do

aluno ter maior domínio sobre o uso da linguagem e assim exercer melhor a

cidadania. Também é necessário, no estudo da Língua, observar e conhecer a

variação linguística.

O discurso, na linguagem, é a interação entre enunciado e enunciação e

entre sujeitos (interlocutores), que através da linguagem e da influência de

conhecimentos sócio- históricos, exercem a função comunicativa.

Enunciado é o ato de enunciar, de exprimir, transmitir pensamentos,

sentimentos, conforme explica Bakhtin,

Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da

linguagem. Compreende- se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso

sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não

contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em

forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos

integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados

refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só

por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos

recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua, mas, acima de tudo, por sua

construção composicional (2003, p. 261).

Para a efetivação da comunicação deve ocorrer a interação, uma ação

entre o emissor e o receptor. O emissor coloca a informação em um código; o

receptor descodifica, transformando a linguagem escrita (código) em informação,

ocorrendo a enunciação “que é regulado por uma exterioridade sócio-histórica e

ideológica que determina as regularidades linguísticas e seu uso, função”

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(TRAVAGLIA, 2002). Para o texto fazer sentido depende de toda a ação

comunicativa e do conhecimento cognitivo que o leitor já tem: os linguísticos, que

correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que

englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que

correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual

a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento

estão em interação. Logo, percebemos que a comunicação é um processo

interativo.

Segundo Travaglia (2002), entre os três tipos de ensino (prescritivo,

descritivo e produtivo), devemos priorizar o ensino produtivo (o que objetiva ensinar

novas habilidades lingüísticas de forma mais eficiente, sem alterar padrões que o

aluno já adquiriu, mas aumentando as potencialidades de sua língua, em todas as

diversas situações em que tem necessidade), pois é a mais adequada à consecução

de ensino de língua materna, ou seja, desenvolver a competência comunicativa para

o domínio da norma culta e o da variante escrita da língua.

Na sala de aula há a necessidade da integração do conhecimento

sistêmico, com a vida social e atual. O trabalho com vários tipos de textos em

situações de interação comunicativa variada, ajuda no desenvolvimento da

competência comunicativa (capacidade de produzir e compreender textos nas mais

diversas situações comunicativas). Bakhtin (2003) coloca que todo discurso se

constrói pela relação com outros, pois surge num momento histórico e num meio

social determinados. O discurso é construído por outros discursos, sendo

heterogêneo. A Literatura, na sala de aula, vinculada à estética, faz observar e

analisar o tempo no mundo, as transformações das sociedades, os valores

empregados em cada período, o pensamento em cada geração, ajudando no

entendimento da sociedade atual. O contato com textos literários ajuda a ampliar a

visão que se tem do mundo, quem se é na sociedade, estabelece um diálogo com o

autor, interage com o texto e ainda enriquece o vocabulário e o uso de expressões,

com as quais, o aluno pode trabalhar com a sua imaginação, com o irreal, com a

fantasia, ajudando na formação de personalidade.

Em seu trabalho, Bakhtin (2003) explica que a riqueza e a diversidade

dos gêneros do discurso são infinitas, porque são inesgotáveis as possibilidades da

multiforme da atividade humana e porque cada campo dessa atividade é integral o

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repertório de gênero do discurso, que cresce e se diferencia à medida que se

desenvolve e se complexifica um determinado campo. Bakhtin (1999) também

coloca que a língua é viva, sofre mudanças e alguns gêneros textuais são

adaptados, transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a partir

da necessidade que o homem tem de se comunicar com o outro, tendo em vista que

todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem

no contexto e não em frases soltas. Segundo Widdowson (2005, p. 39), “o

comportamento linguístico normal não consiste na produção de frases isoladas, mas

no uso de frases para a criação do discurso”.

Na DCE comenta-se que o aprimoramento da competência linguística do

aluno acontecerá com maior propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de

leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. “O trânsito

pelas diferentes esferas de comunicação possibilitará ao aluno uma inserção social

mais produtiva no sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na

sociedade em que está inserido” (BAKHTIN, 1992, p. 285). Na DCE, também há a

colocação de que o trabalho com os gêneros textuais deverá levar em conta que a

língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é

direito para todos os cidadãos. Para que isto se concretize, o estudante precisa

conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a

norma culta.

O hábito da prática da leitura deve ser um dos objetivos na escola, sendo

também através de livros de literatura infanto-juvenil. Magnani (2001) coloca a

concepção de literatura como um fenômeno social e histórico. Na sala deve procurar

sempre a diversidade (de enredos, procedimentos narrativos, gêneros, linguagens,

autores e métodos), levando o aluno a buscar os significados e, assim, ampliar seus

horizontes.

Na Reforma do Ensino, consubstanciado na Lei nº: 9394/96, já se

defendia um ensino unificado, uma educação formativa do cidadão, preocupada

com os métodos e recursos, para a formação necessária no desenvolvimento das

potencialidades do aluno. Então é na escola, pela mediação do professor, que os

estudantes aprenderão a ler, a escrever e a enxergar a sua própria realidade e a

realidade do outro. Freire (2005) faz um comentário sobre isso: “A leitura do mundo

deve sempre preceder o da palavra e a leitura desta implica na continuidade

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daquela”, e cita também: “as palavras devem ser carregadas do sentido de sua

experiência existencial”.

O objeto de ensino da disciplina de Língua Portuguesa/Literatura é a

Língua. Buscando os conhecimentos linguísticos e discursivos relacionados às

práticas sociais de linguagem, para que o aluno desenvolva-se na prática

comunicativa, de forma coerente e satisfatório nas mais variadas situações de

comunicação.

Então, na escola, nos anos finais do Ensino Fundamental, o processo de

ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa/Literatura fundamenta-se nas práticas

da leitura, da produção de textos (orais e escritos) e da análise linguística e do

discurso.

PRÁTICA DA ORALIDADE

Marcuschi (2005, p.18) explica que a fala (enquanto manifestação da

prática oral) é adquirida naturalmente, em contextos informais do dia-a-dia e nas

relações sociais, dialógicas que se instauram desde o momento em que a mãe dá

seu primeiro sorriso ao bebê. Mais do que a decorrência de uma disposição

biogenética, o aprendizado e o uso de uma língua natural é uma forma de inserção

cultural e de socialização.

A fala, normalmente, vem acompanhada de outros recursos

comunicativos, para se atingir o efeito desejado, como o uso da prosódia, dos

gestos, dos movimentos com olhos, ocorrendo em situações formais e informais da

língua, nas manifestações discursivas entre interlocutores. A fala, quase sempre, é

redundante, não planejada, imprecisa e fragmentada, sendo também fator de

identidade social, regional, grupal.

Nas atividades em sala de aula devem ser respeitadas as variedades

linguísticas, o contexto de uso e evidenciar o emprego da norma culta em situações

reais.

PRÁTICA DA LEITURA

A DCE cita: Entende-se a leitura como um processo de produção de

sentido que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que

acontecem entre o texto e o leitor. (2006,25)

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171

A prática da leitura deve acontecer na totalidade, observando os modos

de produção e percepção, os códigos, as normas linguísticas e estéticas, os

conteúdos, as relações extra/ intra e intertextuais. É uma atividade entre leitor e

autor, pela qual se adquire, se transforma, se faz interferência com o conhecimento,

sendo um fato social, com a qual, o aluno tem a oportunidade de interagir com as

informações que estão presentes nos mais variados gêneros textuais, textos

literários e não-literários, modernos e antigos, podendo melhorar a compreensão do

mundo que o cerca nos mais variados campos do saber.

Magnani comenta:

A leitura não é um ato isolado de um indivíduo diante do escrito de outro indivíduo. Implica não só a decodificação de sinais, mas também a compreensão do signo lingüístico enquanto fenômeno social. Significa o encontro de um leitor com um escrito que foi oficializado (pela intervenção de instâncias normativas como a escola, por exemplo) como texto (e como literário) em determinada situação histórica e social. E nessa relação complexa interferem também as histórias de leitura do texto e do leitor bem como os modos de percepção aprendidos como normas, em determinada época e por determinado grupo. (2001, p. 49)

De um ponto de vista interacionista, a leitura é um processo de

construção de sentidos. Oscilando numa tensão constante entre paráfrase

(reprodução de significados) e polissemia (produção de novos significados), ela se

constitui num processo de interação homem/mundo, através de uma relação

dialógica entre leitor e texto, mediada pelas condições de emergência (produção,

edição, difusão, seleção) e utilização desses textos.

PRÁTICA DA ESCRITA

A escrita é um sistema de representação da realidade, usada em

contextos sociais da vida cotidiana, muitas vezes em conjunto com a oralidade, o

que ocorre simultaneamente, como na comunicação pela Internet, nos bate-papo.

Também no trabalho, na escola, nas atividades intelectuais, sendo a escrita

contextualizada e empregada em gêneros textuais diversos. A escrita é planejada,

precisa, condensada, cheia de intencionalidade e objetivos

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Marcuschi (2005, p.18) coloca: A escrita (enquanto manifestação formal

do letramento), em sua faceta institucional, é adquirida em contextos formais, na

escola. Daí também seu caráter mais prestigioso como bem cultural desejável.

O texto literário apresenta características diferenciadas, os recursos

lingüísticos usados buscam a sensibilidade e a preocupação estética, de forma

diferente da maioria dos outros textos, e cabe ao leitor fazer uma nova

reinterpretação do mundo real e dos mundos imaginários.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA E AS PRÁTICAS DISCURSIVAS

O discurso, quando produzido, manifesto linguisticamente por meio de

textos e todo discurso se relaciona com outros, fazendo a intertextualidade. Em

muitos momentos precisamos transmitir, o que foi absorvido, em outro gênero,

fazendo as adaptações, como da escrita para a oralidade, e Marcuschi coloca que

Há nestas atividades de re-textualização um aspecto geralmente ignorado

e de uma importância imensa. Pois para dizer de outro modo, em outra modalidade

ou em outro gênero o que foi dito ou escrito por alguém, deve ser compreendido o

que foi que esse alguém disse ou quis dizer. Portanto antes de qualquer atividade

de transformação textual, ocorre uma atividade cognitiva denominada compreensão.

(2005, p.47)

É importante um trabalho de conscientização linguística crítica, mas para

isso, o professor deve criar condições, para que o aluno possa desenvolver sua

capacidade de perceber a relação entre a função do elemento textual e a

intencionalidade. Reconhecendo que a linguagem tem funções diferentes

(referencial, poética, expressiva, social, interpessoal) que fornecem recursos para a

análise e compreensão, Kleiman (1995, p.100) enfoca o trabalho com a leitura nos

aspectos globais do texto por um lado, e estrutura que dá suporte à concatenação

de informações locais e, por outro, à intencionalidade, que, sendo constitutiva da

interação, desenvolve a atividade em sua característica social essencial, permitindo

ao aluno uma reflexão e análise criticas sobre o uso de sua língua materna e

Cagliari (1991, p.46) explica que, nos estudos linguísticos da Análise do Discurso,

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entram não apenas aspectos semânticos e literários, mas tudo o que um linguista

pode utilizar em termos de som, significado e estrutura para analisar um texto.

Nas atividades de sala de aula, os alunos têm a oportunidade de

conhecer, reconhecer, refletir e empregar os aspectos discursivos da Língua,

associando língua e pensamento, com os elementos estruturais, extras verbais e

gramaticais, de forma contextualizada, conforme se analisa na DCE (2006). Então,

ao se fazer a análise lingüística, faz-se a interação entre a leitura, a escrita e a

oralidade, as três práticas relacionando-se, como é, na verdade, o uso da linguagem

no cotidiano.

10.7.2 Objetivos gerais

Seguindo a concepção de Travaglia

Discurso é visto como qualquer atividade produtora de efeitos de sentido entre interlocutores, portanto qualquer atividade comunicativa (não apenas no sentido de transmissão de informação, mas também no sentido de interação), engloba os enunciados produzidos pelos interlocutores e o processo de sua enunciação, que é regulado por uma exterioridade sócio- histórica e ideológica que determina as regularidades linguísticas e seu uso, sua função. (2002, p.68)

Então, no processo ensino-aprendizagem da disciplina de Língua

Portuguesa/Literatura têm- se como objetivos levar os alunos a:

- fazer uso das linguagens em diferentes situações e contextos, de forma adequada;

- perante um texto, ter autonomia suficiente para atuar desde a decodificação da

mensagem, até o estabelecimento com o conjunto de relações estruturais,

contextuais, entre leitor/autor, entre textos e com o mundo;

- utilizar a Língua de modo variado, produzindo diferentes efeitos de sentido e

adequando o texto a diferentes situações de interlocução e de escrita;

- ampliar o seu repertório lingüístico;

- re-estruturar o seu texto ou de outros autores, de forma que aproxime ao máximo

do gênero trabalhado, no emprego dos elementos de coesão, clareza nas ideias e

outros;

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174

- produzir textos (orais/escritos – verbal/não-verbal)) respeitando os elementos da

produção: o objetivo, o gênero, os interlocutores e outros;

- familiarizar-se com a gramática relacionando ao conhecimento linguístico;

- desenvolver melhor a prática da leitura e da escrita;

- ampliar o contato com textos literários e não-literários, aprimorando o

conhecimento dos gêneros discursivos, como também relacionado com o mundo

atual, desenvolvendo a visão critica e argumentativa;

- fazer reflexão crítica sobre os textos que encontra nas mídias;

- ampliar o contato com os mais variados textos;

- proporcionar situações em que o acesso à linguagem escrita se faça necessário

em diversos aspectos da prática social e de motivação individual;

- construir discurso próprio, no estilo adequado com clareza e fluência de ideias,

com argumentos consistentes;

- reconhecer as especificidades de cada discurso;

- ler com fluência, entonação, postura adequada;

- na produção oral: adequar o vocabulário aos objetivos do texto e ao interlocutor;

participar de debates, expondo suas ideias com clareza e coerência, através de

situações de usos diferentes, de forma coerente com o texto seus interlocutores;

- na produção escrita: fazer as adequações da linguagem aos interlocutores, aos

objetivos, à contextualidade e outros;

- reconhecer a importância de saber mais sobre a história e cultura indígena, e afro-

brasileira, sobre a História do Paraná e o Meio Ambiente;

- na prática da leitura: reconhecer e fazer referência ao gênero textual, ler com

fluência, entonação, ritmo, percebendo as informações implícitas e explícitas;

- na prática da análise lingüística: reconhecer as informações implícitas e as

explícitas, a idéia central, a argumentação, a finalidade, relacionando com outros

textos, se posicionando de forma reflexiva, argumentativa e crítica, observando as

intenções do autor o contexto em que aparecem e outros;

10.7.3 Conteúdos estruturantes

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175

5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Identificação do tema

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- informatividade

- intencionalidade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos

argumentos secundários

Inferências

ORALIDADE

Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

gestos...

ESCRITA

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176

Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Clareza de ideias

Re facção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas

de leitura, escrita e oralidade:

� Coesão e coerência do texto lido ou

produzido pelo aluno

� Expressividade dos substantivos e sua função

referencial no texto

� Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo

e de outras categorias como elementos do texto

� A pontuação e seus efeitos de sentido no

texto

� Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico,

� acentuação gráfica

� Processo de formação de palavras

� Gírias

� Algumas figuras de pensamento

(prosopopeia, ironia ...)

� Alguns procedimentos de concordância verbal

e nominal

� Particularidades de grafia de algumas

palavras

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177

6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- papéis sociais representados

- intertextualidade

- intencionalidade

- informatividade

- marcas linguísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários

As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto

em registro formal e informal.

Texto verbal e não-verbal

ORALIDADE

� Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

1. Procedimentos e marcas linguísticas típicas da

conversação (entonação, repetições, pausas...)

2. Variedades linguísticas

3. Intencionalidade do texto

4. Papel do locutor e do interlocutor:

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178

- participação e cooperação

5. Particularidades de pronúncia de algumas palavras

ESCRITA

� Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

� Linguagem formal/informal

� Argumentação

� Coerência e coesão textual

� Organização das ideias/parágrafos

� Finalidade do texto

� Re facção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de

leitura, escrita e oralidade:

� Discurso direto, indireto e indireto livre na

manifestação das vozes que falam no texto

� Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de

outras categorias como elementos do texto

� A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

� Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

itálico, parênteses, hífen

� Acentuação gráfica

� Valor sintático e estilístico dos modos e tempos

verbais

� A representação do sujeito no texto

(expressivo/elíptico; determinado/indeterminado;

ativo/passivo)

� Neologismo

� Figuras de pensamento (hipérbole, ironia,

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179

eufemismo, antítese).

� Alguns procedimentos de concordância verbal e

nominal

� Linguagem digital

� Semântica

� Particularidades de grafia de algumas palavras

7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- intencionalidade

- informatividade

- marcas linguísticas

− Identificação do argumento principal e dos

argumentos secundários

− As diferentes vozes sociais representadas no texto

− Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos,

etc.

− Relações dialógicas entre textos

ORALIDADE

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180

� Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

� Coerência global do discurso oral

� Variedades linguísticas

� Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

� Particularidades dos textos orais

� Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

gestos...

� Finalidade do texto oral

ESCRITA

13. Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

14. Argumentação

15. Coerência e coesão textual

16. Paráfrase de textos

17. Paragrafação

18. Refracção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de

leitura, escrita e oralidade:

19. Semelhanças e diferenças entre o discurso

escrito e oral

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181

20. Conotação e denotação

21. A função das conjunções na conexão de sentido

do texto

22. Progressão referencial (locuções adjetivas,

pronomes, substantivos...)

� Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e

de outras categorias como elementos do texto

� A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

� Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico

� Acentuação gráfica

� Figuras de linguagem

� Procedimentos de concordância verbal e nominal

� A elipse na sequencia do texto

� Estrangeirismos

� As irregularidades e regularidades da conjugação

verbal

� A função do advérbio: modificador e

circunstanciador

� Complementação do verbo e de outras palavras

8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

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182

- intencionalidade

- intertextualidade

- ideologia

- informatividade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários.

Informações implícitas em textos

As vozes sociais presentes no texto

Estética do texto literário

ORALIDADE

� Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

� Variedades linguísticas

� Intencionalidade do texto oral

� Argumentação

� Papel do locutor e do interlocutor:

ESCRITA

� Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

1. Argumentação

2. Resumo de textos

3. Paragrafação

4. Paráfrase

5. Intertextualidade

6. Refracção textual

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183

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de

leitura, escrita e oralidade:

- Conotação e denotação

- Coesão e coerência textual

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de

sentido

- Expressões modalizadoras (que revelam a posição

do falante em relação ao que diz, como: felizmente,

comovedoramente...)

- Semântica

- Expressividade dos substantivos e sua função

referencial no texto

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de

outras categorias como elementos do texto

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico

� Acentuação gráfica

- Estrangeirismos, neologismos, gírias

- Procedimentos de concordância verbal e nominal

- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos

verbais

- A função das conjunções e preposições na

conexão das partes do texto

- Coordenação e subordinação nas orações do

texto

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184

ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Leitura de textos que enfoquem os temas:

− Índio

− Afrodescendente

− literatura paranaense

− meio Ambiente

Leitura dos seguintes gêneros textuais: tiras,

anúncios publicitários, cronicas, contos, poemas,

peça teatral, fábulas, imagens, quadros, cantigas,

carta pessoal, relato,campanha publicitaria, gráfico,

trechos de obras literárias, textos informativos, artigo

de opinião, texto de opinião, blog, reportagem,

notícia, etc.

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidade

- ideologia

- informatividade

- situacionalidade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos

argumentos secundários.

Inferências

As particularidades (lexicais, sintáticas e

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185

composicionais) do texto em registro formal e

informal

As vozes sociais presentes no texto

Relações dialógicas entre textos

Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

Estética do texto literário (classicismo, Trovadorismo,

Quinhentismo, Barroco e Arcadismo)

Contexto de produção da obra literária

Diálogo da literatura com outras áreas

ORALIDADE

Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas

palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas

da conversação (entonação, repetições, pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

- Conotação e denotação

- Figuras de pensamento e linguagem

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186

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de

sentido

- Expressões modalizadoras

- Semântica

- Discurso direto, indireto e indireto livre na

manifestação das vozes que falam no texto

- Progressão referencial no texto

− A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

− Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico

− Acentuação gráfica

− Variedades linguísticas

− Processos de formação das palavras na

construção do texto

− Recursos do gênero poético

− Textualidade, coerência, coesão, ambiguidade

− Ortografia

ESCRITA

- Produção de texto dos diferentes gêneros textuais

estudados, observando:

Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais (estrutura)

- marcas linguísticas

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Diálogos textuais

- Re-escrita, re-estruturação e refação textual

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187

2º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Leitura de textos que enfoquem as temáticas:

- Índio

- Afrodescendente

- literatura paranaense

- meio Ambiente

- Leitura dos seguintes gêneros textuais: tiras,

cartuns, anúncios publicitários, conto, romances,

imagens, quadros poemas, noticia, reportagem,

gráficos, resenha critica, infográficos, etc.

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidade

- ideologia

- informatividade

- situacionalidade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos

argumentos secundários.

Inferências

As particularidades (lexicais, sintáticas e

composicionais) do texto em registro formal e

informal

As vozes sociais presentes no texto

Relações dialógicas entre textos

Contexto de produção da obra literária (Romantismo,

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188

Realismo, Parnasianismo, Naturalismo, Simbolismo)

Diálogo da literatura com outras áreas

ORALIDADE

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas

palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas

da conversação (entonação, repetições, pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

- Conotação e denotação

- Figuras de pensamento e linguagem

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de

sentido

- Expressões modalizadoras (que revelam a

posição do falante em relação ao que diz, como:

felizmente, comovedoramente...)

- Semântica

- Discurso direto, indireto e indireto livre na

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189

manifestação das vozes que falam no texto

- Expressividade dos substantivos e sua função

referencial no texto

- Progressão referencial no texto

− Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e

de outras categorias como elementos do texto

− Função das conjunções e preposições na

conexão das partes do texto

− Coordenação e subordinação nas orações do

texto

− A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

− Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico

Acentuação gráfica

- Ortografia

- Verbo locução verbal

- Sujeito e predicado

- Frase, oração, período.

- Coordenação e subordinação nas orações do

texto

− Variedades Linguísticas

ESCRITA

- Produção de textos dos diferentes gêneros

textuais estudados, observando:

Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

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190

- Diálogos textuais

- Rescrita, re-estruturação e re facção textual

3º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

(*)

LEITURA

Leitura de textos que enfoquem as temáticas:

- Índio

- Afrodescendente

- literatura paranaense

- meio Ambiente

- Leitura dos seguintes gêneros textuais: tiras,

cartuns, anúncios publicitários, conto, romances,

cronicas, gráficos, artigos de opinião, resenha

,critica, poemas,carta de leitor, carta argumentativa ,

etc.

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intencionalidade

- ideologia

- informatividade

- situacionalidade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos

argumentos secundários.

Inferências

As particularidades (lexicais, sintáticas e

composicionais) do texto em registro formal e

Page 191: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA ALBINA NOVAK … · 2 “De tudo só ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que é preciso continuar, a certeza

191

informal

As vozes sociais presentes no texto

Relações dialógicas entre textos

Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

Estética do texto literário

Contexto de produção da obra literária (Pré-

Modernismo, Modernismo – fases do modernismo,

Romance de 30, Geração de 45 e Literatura

Contemporânea..

- Dialogo da Literatura com outras áreas.

ORALIDADE

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Variedades linguísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

- Particularidades de pronúncia de algumas

palavras

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas

da conversação (entonação, repetições, pausas...)

- Finalidade do texto oral

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

- Conotação e denotação

- Figuras de pensamento e linguagem

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192

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de

sentido

- Expressões modalizadoras (que revelam a

posição do falante em relação ao que diz, como:

felizmente, comovedoramente...)

- Semântica

- Discurso direto, indireto e indireto livre na

manifestação das vozes que falam no texto

- Expressividade dos substantivos e sua função

referencial no texto

- Progressão referencial no texto

− Função das conjunções e preposições na

conexão das partes do texto

− Coordenação e subordinação nas orações do

texto

− A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

− Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito,

hífen, itálico

- Acentuação gráfica

− Gírias, neologismos, estrangeirismos

− Procedimentos de concordância verbal e nominal

− Particularidades de grafia de algumas palavras

− Concordância Verbal

− Concordância nominal

− Uso da crase

− Variedades Linguísticas

− Regência Verbal

− Regência Nominal

− Colocação pronominal

ESCRITA

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193

- Produção de textos dos diferentes gêneros

textuais estudados, observando:

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

- Argumentação

- Coesão e coerência textual

- Finalidade do texto

- Paragrafação

- Diálogos textuais

- Re-escrita, re-estruturação e re facção textual

10.7.4 Metodologia da disciplina

As atividades, em sala de aula, dentro de uma prática docente

transformadora, deve ser com a língua padrão e com as variedades lingüísticas,

expondo o aluno a situações reais de uso, sendo direcionado para várias formas de

uso do idioma na sociedade, para que o aluno tenha mais autonomia na interação

social, se expressando de forma mais precisa, adequada, coerente e argumentativa.

A maioria dos alunos tem a escola como sua única unidade de formação,

tendo como objetivo, no processo ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa,

atividades com gêneros discursivos variados para aproximar mais o aluno da

relação leitor/interlocutor, intensificando as condições do aluno situar os temas, de

contextualizar, se percebendo como leitor ativo/participativo ao que é apresentado,

visando o desenvolvimento como cidadão consciente das transformações que

ocorrem no mundo, como também torna-se ativo na sociedade. Tendo o domínio da

prática da leitura, da escrita, da oralidade e das práticas discursivas, o aluno

conseguirá fazer, com mais êxito, intervenções na sociedade, exercendo o direito a

cidadania. Para tudo isso, é preciso planejar o trabalho docente, baseando-se nas

orientações dos PCNs e das DCEs.

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194

O ensino dar-se-á através de diferentes níveis de atividades: lingüísticas,

epilinguísticas e metalinguísticas, com atividades que levem os alunos a operar e

refletir sobre a própria linguagem, experimentando modos de construções diferentes

à disposição do falante, concretizadas na produção e interpretação de textos, com

abordagens diversificadas variando a metodologia e, na prática docente, sempre

deixar claro a função do texto estudado.

As ações pedagógicas, no processo ensino-aprendizagem,

fundamentam-se através do uso de diferentes textos verbais e também dos textos

não-verbais para que o aluno possa interagir com diversos gêneros discursivos,

fazendo reflexão sobre o uso da língua, mas partindo do conhecimento já dominado

pelo aluno e adequando recursos variados, como aqueles apresentados pelos meio

midiáticos (televisão, rádio, jornal, panfleto...), e outras linguagens, sempre de forma

contextualizada. Também dá-se ênfase ao estudo sobre a “História e cultura afro-

brasileira e indígena”, conforme a Lei 11.645, sobre a “História do Paraná, conforme

a Lei 13.381/01 e também estudos sobre “O Meio Ambiente, seguindo a Lei

9.795/99.

As práticas da oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística

podem ser trabalhadas paralelas uma a outra e podem ser desenvolvidas pelos

alunos de forma individual, em dupla ou coletivamente, com recursos metodológicos

diversos (livros literários, livros didáticos, jornais, revistas, computador, lousa, giz,

pen-drive, televisão, rádio, gramática, dicionário, CD, DVD, filmadora, filmes, gibis,

desenhos animados...).

Cita- se, abaixo, seguindo as orientações da DCE, atividades para o

processo ensino-aprendizagem:

NA ORALIDADE

Dando atenção às variedades linguísticas e à busca do aprimorando do

uso da norma padrão, em várias situações reais de uso da Língua na sociedade:

- Atividades treinando a entonação, o ritmo e a fluência;

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195

- Atividades com temas variados treinando o emprego de opinião e

argumentos coerentes, como em debates, histórias familiares, relatos, comentários,

diálogos, seminários, entrevistas, júris-simulados, dramatização;

- Atividades para o aluno adequar o uso da linguagem formal e informal,

como também a linguagem escrita e a falada;

- Atividades em que se treine o emprego correto da concordância

nominal, concordância verbal, regência e outros;

- Atividades para o aluno expor suas ideias com clareza, lógica,

sequencia, objetividade;

- Atividades para o aluno acompanhar atenciosamente a exposição dos

outros, de forma tolerante e respeitosa e também ir percebendo qual o momento de

se pronunciar;

- Atividades para o aluno ouvir as informações, refletir, levar hipóteses e

parafrasear;

- Atividades variadas de contação de histórias;

- Atividades em que o aluno considere os papéis de cada participante;

- Atividades variadas de recitação de poemas;

- Atividades em que envolva o uso das Mídias;

- Atividades em que o aluno reconheça a comunicação oral em conjunto

com a linguagem não-verbal (gestos, postura, movimento com os olhos...);

- Atividades em que o aluno precise planejar anteriormente, a sua fala e

apresentação (inclusive com apoio de outros materiais metodológicos);

- Atividades onde se analise o tipo de discurso, a função, o objetivo, os

interlocutores, a situação, o tempo, o gênero, e outros;

- Atividades em que o aluno possa melhorar o seu repertorio linguístico;

- Atividades em que o aluno possa exercer a leitura com as outras

práticas (prática da leitura, prática da escrita e prática da análise linguística);

- Atividades em que o aluno perceba a prática da oralidade com um meio

de inserção na sociedade:

NA LEITURA

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196

Dando atenção ao discurso, à escolha do texto, ao processo de

interlocução com textos de diferentes tipologias e diferentes fontes, e à adequação

da leitura a situação real do discurso:

- Atividades de leitura de tipologia e gêneros diversos;

- Atividades de leitura para si ou para o grupo, individual ou

coletivamente;

- Atividades de leitura oral treinando a expressividade, a entonação, o

ritmo, a fluência;

- Atividades de leitura e comparação com os respectivos filmes;

- Atividades de leitura de textos ficcionais e análise confrontando com o

mundo real;

- Atividades em que o aluno identifique o processo e o contexto de

produção;

- Atividades em que o aluno possa fazer leitura contrastiva com outros

textos;

- Atividades em que o aluno identifique as ideias básicas;

- Atividades de leitura em que envolva o uso das Mídias;

- Atividades em que o aluno amplie o seu conhecimento discursivo,

semântico e gramatical pertinentes aos textos;

- Atividades em que o aluno tenha contato com textos não-verbais, em

conjunto com textos verbais ou não;

- Atividades em que o aluno reconheça as intenções do enunciador;

- Atividades em que o aluno possa escolher o texto conforme seu

interesse e necessidade;

- Atividades em que o aluno leia de forma autônoma;

- Atividades em que o aluno possa fazer, antes da leitura, inferências,

suposições, e outros;

- Atividades em que o aluno possa aumentar o seu repertório linguístico e

consultar o dicionário sempre que necessário;

- Atividades em que o aluno compreenda o texto em todas as dimensões;

- Atividades em que o aluno perceba a leitura com um meio de

informações, lazer e também forma de inserção na sociedade;

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197

- Atividades em que o aluno, após ler, faça sínteses, análises reflexivas,

paráfrases e outros;

- Atividades em que o aluno possa exercer a leitura com as outras

práticas (prática oral, prática escrita e prática da análise linguística);

NA ESCRITA

Dando atenção à variedade de gêneros textuais e sua função na

sociedade:

- Atividades de produção em que o aluno produza seguindo as

características do gênero proposto, seguindo as intenções do enunciador, objetivo,

linguagem, função, interlocutores, situação e outros;

- Atividade de produção individualmente ou coletivamente, sempre

fazendo a re-escrita (individualmente ou coletivamente);

- Atividades em que o aluno possa exercer a prática da escrita com as

outras práticas (prática oral, prática da leitura e prática da análise linguística);

- Atividades em que o aluno perceba o texto escrito como um meio de

informações, lazer e também forma de inserção na sociedade:

- Atividades de produção em que o aluno não tenha fuga ao tema e ao

gênero proposto;

- Atividades em que o aluno treine e perceba a necessidade do uso de

recursos linguísticos, como os conectivos, as conjunções, as anáforas e outros;

- Atividades em que o aluno produza textos escolhendo, adequadamente,

os elementos lexicais, os sintáticos, os figurativos, ajustando às circunstâncias, à

formalidade e intenções;

- Atividades de produção escrita em que o aluno perceba a necessidade

da revisão e até mesmo, de produzir outras versões, aproximando do que foi

solicitado ou se deseja;

- Atividades em que utilize a linguagem escrita como registro documental

e histórico;

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198

- Atividades de produção escrita objetivando o emprego satisfatório da

linguagem: coerência, coesão, clareza na exposição de ideias, legibilidade, margem,

título, acentuação, adequação da linguagem, ortografia, paragrafação, concordância

verbal e concordância nominal, regência, pontuação, legibilidade, uso de letra

maiúscula, minúscula entre outros;

NA ANÁLISE LINGÜÍSTICA E NAS PRÁTICAS DISCURSIVAS

Dando atenção à interlocução e aos aspectos funcionais que constroem o

sentido dos enunciados:

- Atividades em que o aluno faça os estudos individualmente ou

coletivamente

- Atividades com uso da linguagem, em situações sociais variadas de

comunicação do dia-a-dia, fazendo sentido, tendo o texto como a unidade básica de

ensino e aprendizagem , valorizando a diversidade de textos e gêneros que circulam

na sociedade e também estudar as suas especificidades lingüísticas;

- Atividades em que se estude a linguagem paralelamente na prática da

leitura, na prática da escrita e na prática da oralidade;

- Atividades em que o aluno aumente o seu conhecimento sobre o

funcionamento da linguagem e sobre o sistema linguístico da Língua Portuguesa;

- Atividades em que o aluno estabeleça relação do texto com partes do

mesmo texto, com outros e com a realidade;

- Atividades de re-estruturação observando o emprego correto linguístico;

- Atividades em que o aluno reconheça o uso da linguagem coloquial e da

linguagem formal;

- Atividades observando os recursos da língua: lexicais, fraseológicos,

gramaticais;

- Atividades com textos estudando a finalidade, a situação comunicativa,

a intenção discursiva, a forma de apresentação do texto, a localização de

informações, a interpretação de ideias implícitas e a busca das explícitas, fazendo

inferências, extrapolação, fazendo relação com outros textos e com a realidade

temática.

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199

10.7.5 Critérios de avaliação

Com o desenvolvimento tecnológico, a sociedade precisa mudar sua

postura perante o conhecimento. Circulam diariamente informações de formas

diversificadas exigindo seres mais preparados para interpretar e empregar essas

múltiplas linguagens e relacioná-las. Por isso, as avaliações, em Língua Portuguesa,

são vistos como um instrumento para verificar a apropriação do conhecimento e o

desenvolvimento individual de cada aluno, conforme comenta Luckesi:

O ato de avaliar, por sua constituição mesma, não se destina a um

julgamento “definitivo” sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois que não é um

ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, “a inclusão”;

destina-se à melhoria do ciclo da vida. Deste modo, em si, é um ato amoroso.

(2005, p.180)

Todo processo de avaliação tem como objetivo ser um recurso,

instrumento para que os professores conheçam o que os alunos já sabem, dominam

e ainda o que não conseguem realizar sozinhos sem a intervenção do professor. Por

outro lado, serve para o professor rever a sua prática docente. Sendo a avaliação

aplicada ao longo do processo ensino-aprendizagem, de forma cumulativa,

diagnóstica e processual, seguida de retomada e reavaliação prevendo a efetivação

da aprendizagem.

A avaliação terá como base os critérios propostos anteriormente nas

atividades, analisando se o aluno:

NA ORALIDADE

- Comunica-se oralmente expondo, de forma clara e coerente, suas

idéias, argumentos, críticas e outros;

- Participa das atividades propostas seguindo o papel do interlocutor, pré-

estabelecido;

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- Expressar-se adequando a linguagem (formal/informal) ao momento;

- Comunica-se adequando o ritmo e a entonação;

- Respeita a exposição do outro e sabe qual e o momento certo de se

pronunciar;

- Estabelece relação com o que ouviu e transmitiu;

- Elabora argumentos do ponto de vista do grupo e individualmente;

- Como instrumentos avaliativos, cita-se entrevista, debate, dramatização,

contação de história, exposição de argumentos...

NA LEITURA

- Ajusta a leitura a cada situação;

- Identifica as ideias básicas, levantando as informações explicitas e as

implícitas;

- Faz deduções do texto antes da leitura propriamente dita;

- Faz levantamento de informações para a sua pesquisa;

- Lê com autonomia para si e para os outros, compreendendo o que lê;

- Apresenta fruição na leitura.

- Como instrumentos avaliativos cita-se avaliação escrita com

interpretação de textos e leitura oral.

NA ESCRITA

- Produz texto seguindo a estrutura do gênero textual estudado;

- Produz texto respeitando o emprego de linguagem formal e linguagem

informal;

- Produz texto coerentemente, sem fuga ao tema e sem perda da idéia

principal;

- Produz, de forma adequada, a intenção, a função, aos interlocutores, a

finalidade...

- Produz texto utilizando os recursos de coesão;

- Produz texto com ideias claras

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- Produz respeitando a organização dos parágrafos, dos períodos, da

pontuação, dos sinais gráficos, emprego de letra legível e outros;

- Produz fazendo a concordância nominal, a concordância verbal, a

regência , os tempos verbais e outros;

- Produz fazendo relação lógico-temporal;

- Utiliza o dicionário e ou a gramática em caso de dúvida na escrita;

- Revisa o seu texto melhorando;

- Relaciona obra, autor, texto e mundo real e mundo imaginário.

- Como instrumentos avaliativos cita-se a produção de texto dos diversos

gêneros textuais estudados.

10.7.6 Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. Maria Ermantina G. G. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e YaraFrateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais; 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Língua Portuguesa: Brasília: MEC/SEF, 1998.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística. 3 ed. São Paulo, 1991.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 46 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria & prática. 3 ed. Campinas: Pontes, 1995.

Page 202: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA ALBINA NOVAK … · 2 “De tudo só ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que é preciso continuar, a certeza

202

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 17 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MAGNANI, Maria do Rosário Mortatti. Leitura, literatura e escola. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED,1990. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares Língua Portuguesa. Versão Preliminar. Julho 2006, Curtiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1o e 2º graus. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

WIDDOWSON, H.G. O Ensino de línguas para a comunicação. 2 ed. São Paulo: Pontes, 2005.

10.8 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

10.8.1 Apresentação geral da disciplina matemática

As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do

homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. Ao longo do processo de

desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das

necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens elaborassem códigos

de representações.

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203

A capacidade de comunicação, de resolver problemas, tomar decisões,

criar, aperfeiçoar conhecimentos e valores são cada vez mais exigidas. A

matemática tem como objeto de estudo a quantidade e o espaço e é através desses

conhecimentos que o homem quantifica, geometriza, mede e organiza informações,

pois é impossível não reconhecer o valor educativo da Matemática para a resolução

e compreensão de diversas situações do cotidiano.

Aprender Matemática é interpretar, criar significados, construir seus

próprios instrumentos para resolver problemas, desenvolvendo o raciocínio lógico.

A Matemática é um dos componentes importantes na construção da

cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais de

conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se

apropriar. Ela é utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e na

formação do indivíduo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. É uma ciência

viva, não apenas no cotidiano, mas também nas universidades e centros de

pesquisas, onde se verifica hoje, uma impressionante produção de novos

conhecimentos que, a par de seu valor intrínseco de natureza lógica, tem sido

instrumentos úteis na solução de problemas científicos e tecnológicos da maior

importância.

Com base nas DCE’s de matemática, observou- se o direcionamento

para o campo de investigação e de produção de conhecimento, que passa a ter

natureza científica, trazendo a melhoria na qualidade do ensino e na aprendizagem.

A construção do conhecimento matemático, através de ações reflexivas, abre

espaço tanto para a cognição do estudante, como para o educador redirecionar sua

ação docente.

A Matemática deve ter como objetivo transmitir seu patrimônio cultural

adquirido através da história às novas gerações, BICUDO (2003, p.40). É contribuir

para a integração do aluno na sociedade em que vive, proporcionando- lhe

conhecimentos básicos de teoria e prática da Matemática, atividades lúdicas e

desafiadoras estimulando a curiosidade, o interesse, o desenvolvimento do

raciocínio, o gosto pela Matemática e a criatividade do aluno, para que ele explore

novas idéias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos adquiridos e

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204

na resolução de problemas. Criar hábitos de investigação, proporcionando confiança

e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas.

O conhecimento matemático, quando significativo para o aluno contribui

para o desenvolvimento do senso crítico, na medida em que proporciona as

condições necessárias para uma análise mais apurada das informações da

realidade que o cerca, na medida em que esse conhecimento se inter-relaciona com

as demais áreas do conhecimento.

Podemos dizer que ensinamos matemática devido à sua especificidade

na construção do conhecimento e na formação do indivíduo.

10.8.2 Conteúdos estruturantes

5ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

− Sistemas de Numeração;

− Números Naturais;

− Múltiplos e divisores;

− Potenciação e radiciação

− Números Fracionários;

− Números decimais.

MEDIDAS − Medidas de comprimento;

− Medidas de massa;

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− Medidas de área;

− Medidas de volume;

− Medidas de tempo;

− Medidas de ângulos;

− Sistema Monetário.

GEOMETRIAS − Geometria Plana;

− Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

− Dados, tabelas e gráficos;

− Porcentagem.

6ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

− Números Inteiros;

− Números racionais;

− Equação e Inequação do 1º grau;

− Razão e proporção;

− Regra de três.

MEDIDAS − Medidas de temperatura;

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− Ângulos.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

− Pesquisa Estatística;

− Média Aritmética;

− Moda e mediana;

− Juros simples.

7ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

− Números Irracionais;

− Sistemas de Equações do 1º grau;

− Potências;

− Monômios e Polinômios;

− Produtos Notáveis.

MEDIDAS

− Medida de comprimento;

− Medida de área;

− Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

− Geometria Plana

− Geometria Espacial;

− Geometria Analítica;

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− Geometrias não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

− Gráfico e Informação;

− População e amostra.

8ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

− Números Reais;

− Propriedades dos radicais;

− Equação do 2º grau;

− Teorema de Pitágoras;

− Equações Irracionais;

− Equações Biquadradas;

− Regra de Três Composta.

MEDIDAS

− Relações Métricas no Triângulo

Retângulo;

− Trigonometria no Triângulo

Retângulo

FUNÇÕES

− Noção intuitiva de Função Afim .

− Noção intuitiva de Função

Quadrática.

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GEOMETRIAS

− Geometria Plana;

− Geometria Espacial;

− Geometria Analítica;

− Geometria Não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

− Noções de Análise Combinatória;

− Noções de Probabilidade;

− Estatística;

− Juros Composto.

ENSINO MÉDIO

1º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

− Números reais;

− Equações e Inequações Exponenciais, -

Logarítmicas e Modulares.

MEDIDAS

− Medidas de Grandezas Vetoriais;

− Medidas de Informática;

− Trigonometria.

FUNÇÕES − Função Afim;

− Função Quadrática;

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− Função Exponencial;

− Função Logarítmica;

− Função Modular;

GEOMETRIAS − Geometria Analítica;

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO − Matemática Financeira.

2º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

− Sistemas lineares;

− Matrizes e Determinantes;

MEDIDAS − Trigonometria.

FUNÇÕES

− Função Trigonométrica;

− Progressão Aritmética;

− Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS − Geometria de posição e métrica

− Geometrias Não- Euclidianas.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

− Analise Combinatória;

− Binômio de Newton;

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− Estudo das Probabilidades;

3º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

− Números complexos;

− Polinômios;

− Equações algébricas

MEDIDAS − Medidas de área;

− Medidas de Volume;

FUNÇÕES − Função Polinomial;

GEOMETRIAS

− Geometria Plana;

− Geometria Espacial;

− Geometria Analítica;

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO − Estatística;

10.8.3 Metodologia

O Ensino da Matemática deve ser dinâmico e também contribuir para

desenvolver a capacidade de resolver problemas, verificar soluções, tomar decisões

e raciocinar logicamente. É necessário que seja proporcionado em sala de aula,

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situações significativas de aprendizagem, valorizando a criatividade e incentivando a

pesquisa.

Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a matemática

como um meio de resolver situações cotidianas. È importante que os alunos

participem de forma dinâmica, partindo de experiências já adquiridas e que os levem

a ampliar ou formular novos conceitos. Deve- se levar em conta, que se aprende

Matemática fazendo matemática, e que esta aprendizagem está ligada a apreensão

e atribuição de significados, devendo reconhecer e registrar questões de relevância

social que produzem conhecimento matemático (etno-matemática) sendo um

importante campo de investigação priorizando um ensino que valoriza a história do

aluno através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

Para que o ensino da Matemática contribua para a formação global do

aluno, é fundamental explorar temas que de fato encontrem na Matemática uma

ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim, o aluno percebe a real

necessidade dessa ciência para sua vida.

É necessário que o processo de ensino aprendizagem em matemática

contribua para que o estudante tenha condições de encontrar regularidade

Matemática, generalizações e apropriação de linguagem adequada para escrever e

interpretar fenômenos ligados à Matemática e outras áreas do conhecimento.

Na organização do ensino de Matemática no ensino fundamental, de 9

anos Parecer n. 407/2011-CEE/CEB, que responde a consulta da SEED quanto à

implantação do 6° ao 9° ano e; a obrigatoriedade da oferta do 6° ano do Ensino

Fundamental em 2012, pretendem- se contemplar a necessidade de sua

adequação para o desenvolvimento e promoção de alunos, com diferentes

motivações, interesses e capacidades, criando condições para a sua inserção num

mundo em mudança e contribuindo para desenvolver as capacidades, que deles

serão exigidas em sua vida social e profissional. Assim, a partir do conhecimento

matemático, é possível o estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e

históricas.

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Segundo D’Ambrósio, afirma que “reconhecer e respeitar as raízes do

indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas num processo de

síntese reforçar suas próprias raízes”.

O ensino da matemática deve ser dinâmico e também contribuir para

desenvolver a capacidade de resolver problemas, que deve ser considerada como

um eixo organizador do ensino de matemática, pois possibilita aos alunos mobilizar

conhecimentos e gerenciar as informações que estão ao seu redor. É fundamental

compreender que os problemas não são conteúdos e sim uma forma de trabalhar os

mesmos, propondo a valorização do aluno no contexto social, procurando levantar

problemas que sugerem questionamentos sobre situações da vida (modelagem

matemática). É necessário que seja proporcionado em sala de aula a verificação de

soluções, a tomada de decisões e o raciocínio lógico, valorizando a criatividade e

incentivando a pesquisa.

Podemos destacar que ter iniciativa na busca de informações, demonstrar

responsabilidade, ter confiança em suas formas de pensar, fundamentar suas idéias

e argumentações são essenciais para que o aluno possa aprender, se comunicar,

perceber o valor da Matemática como bem cultural de leitura e interpretação da

realidade, e possa estar melhor preparado para ser inserido no mundo do

conhecimento e do trabalho.

A matemática é uma construção das relações do homem com o mundo

em que vive e de suas relações sociais. Portanto, o professor ao ensinar

matemática deve levar em conta que a escola não é um mundo isolado, mas faz

parte da sociedade. Ela utilizada como base nos diversos ramos do conhecimento e

na formação do indivíduo, é aplicada aos fenômenos do mundo real. Assim, a

disciplina de matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a reflexão e a

contextualização com os temas, com as relações etno raciais com a história e

cultura afros brasileira e africanas, conforme lei n.º 11645, de 10 de março de 2008,

com a História do Paraná, conforme lei 13381/01 e o Meio Ambiente, lei 9795/99

que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na

rede de ensino.

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Pela construção histórica do conhecimento matemático identificaram- se

os conteúdos estruturantes, que dão base para todos os outros conteúdos,

viabilizando os desdobramentos possíveis dentro de cada tema (geometrias,

números e álgebra, medidas e tratamento de informações).

A abordagem dos conteúdos deve transitar por todas as tendências da

educação matemática, articulados por meio da problematização, que possibilitará a

compreensão do processo de resolução. Os recursos tecnológicos (software, TV,

calculadoras, aplicativos da internet) devem ser utilizados como meio facilitador e

incentivadores do espírito de pesquisa. As ferramentas tecnológicas são interfaces

importantes no desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Os jogos são,

uma forma interessante de propor problemas e devem ser utilizados sempre que

possível, pois permitem que problemas sejam apresentados de forma atrativa e que

favorecem a criatividade na busca de soluções. Não esquecendo as atividades em

grupo, pois estimula a discussão, a troca de ideias, levando o aluno a respeitar o

modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles, favorecendo as experiências

matemáticas potencializando formas de resolução de problemas. O trabalho com as

mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar, aprender e valorizar o

processo de produção de conhecimentos.

A História da Matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades, nas situações-problema, na busca de referências para compreender

melhor os conceitos matemáticos, oportunizando que o aluno conheça a história da

matemática como campo do conhecimento em construção.

10.8.4 Avaliação

A avaliação do aprendizado matemático deve ser feita a todo o momento,

à toda hora. Isto porque a construção do conhecimento é um processo maior do que

a verificação por uma única prova. A avaliação jamais deve ser um instrumento para

reprovar ou reter alunos, devendo ocorrer ao longo do processo de aprendizagem,

propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão

do conteúdo trabalhado.

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Considerar nos registros escritos e nas manifestações orais dos alunos

os erros de raciocínio e de cálculo são de grande importância. Os erros mostram o

raciocínio do aluno e são valiosos na hora de planejar as atividades didáticas. A

causa comum de erros na Matemática é a dificuldade de interpretação do texto. É

importante que o professor ao propor atividades, insista com os alunos para que

expliquem os processos adotados e que tenham a oportunidade de explicar

oralmente ou por escrito as suas afirmações quando se tratarem de algoritmos ou

resolução de problemas. Os erros de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do

processo de aprendizagem mostram o raciocínio do aluno e são valiosos na hora de

planejar as atividades.

A avaliação é muito mais do que buscar resultados, é um processo de

observação e verificação de como os alunos adquirem os conhecimentos

matemáticos e do que pensam sobre a Matemática. Os resultados da avaliação

devem nortear o trabalho do professor e do aluno na busca dos objetivos não

atingidos, por meio de intervenções, das quais se destacam a retomada de

conteúdos e mudanças de estratégia.

O objetivo da avaliação é aprimorar a qualidade dessa aprendizagem.

Ela deve ser contínua, dinâmica e com frequência, pois deve ser parte integrante do

processo ensino-aprendizagem para que, por meio de uma série de observações

através de trabalhos escritos, avaliação escrita ou oral, atividades em grupo, jogos,

participação do aluno na resolução de exercícios em sala de aula onde possa emitir

algo de valor sobre a evolução do aluno na aprendizagem da Matemática.

Os critérios de avaliação explicitam as expectativas de aprendizagem. A

avaliação deve informar sobre:

• O conhecimento e compreensão dos conceitos e procedimentos;

• A utilização dos diferentes significados dos números em contextos

sociais, matemáticos ou de outras áreas do conhecimento;

• A capacidade de resolver problemas do cotidiano;

• As habilidades de análise, generalização e raciocínio;

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• A perseverança e o cuidado na realização de tarefas e a compreensão

nos trabalhos em grupo e participação;

A avaliação de acordo com a Educação Matemática tem papel de

mediação no processo pedagógico, aprendizagem e avaliação integram um mesmo

sistema. Para D’Ambrósio, a avaliação deve orientar o professor em sua prática

docente, não é um instrumento para reprovar ou reter alunos. “ Selecionar,

classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos não são missão de educador ”.

Uma prática educativa requer encaminhamentos metodológicos que

abram espaço à interpretação e à discussão dos conteúdos trabalhados.

É de grande valia que o professor reintegre o aluno no processo de

aprendizagem e não se limite a recuperar apenas notas ou conceitos; que abra

espaço para o aluno repensar o conteúdo para descobrir os próprios erros e

reconstruir o conhecimento.

Com estes princípios de avaliação e recuperação, muda- se o enfoque:

da nota para o aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a aprender

desenvolvendo suas habilidades na busca do conhecimento.

10.8.5 Referências

JUNIOR, José Ruy Giovanni e CASTRUCCI, Benedicto. A conquista da Matemática. 5.ª série. São Paulo: FTD, 2009. Edição Renovada.

GUELLI, Oscar – Contando a História da Matemática. São Paulo, Ática, 1992.

DANTE, Luiz R, Didática da resolução de problemas de matemática, São Paulo: Ática, 1990.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental – 2008.

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REVISTA NOVA ESCOLA, A Matemática pulsa no dia – a - dia. N.º 150, p. 18 – 24. São Paulo. Março/2002.

REVISTA NOVA ESCOLA, O Aluno Errou? N.º 149, p. 40 – 41. São Paulo. Março/2004.

Revista Nova Escola, Parâmetros curriculares nacionais, São Paulo, edição especial, p. 49 – 60.

10.9 DISCIPLINA DE INGLÊS

10.9.1 Apresentação da disciplina

A forma do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a fundamentação

do currículo escolar passaram por várias transformações devido a organização

social, política e econômica ao longo da história.

O ministro Marquês de Pombal, em 1759, instituiu o sistema de ensino

régio no Brasil, por meio do qual cabia ao Estado a responsabilidade de contratar

professores não religiosos. As línguas que continuaram a integrar o currículo eram o

Grego e o Latim, línguas clássicas da literatura. Por meio dessas línguas, ensinam-

se o vernáculo, a História e a Geografia.

O marco inicial na história do ensino de línguas estrangeiras no Brasil, foi

com o Decreto de 22 de junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal

D. João VI, recém chegado ao Brasil, que mandava criar uma cadeira de língua

francesa e outra de inglesa. Já a carta régia de janeiro de 1811, criava o lugar de

intérprete de línguas na Secretaria do Governo da Bahia. A partir dessa época, os

ensinos das línguas estrangeiras começaram a ser valorizadas.

A década de 1930 representou um impulso no ensino de inglês no Brasil

devido às tensões políticas no mundo que vieram a culminar na Segunda Guerra

Mundial. A difusão da língua inglesa no Brasil passou a ser vista como uma

necessidade estratégica para contrabalançar o prestígio internacional da Alemanha

que encontrava no Brasil particularmente eco devido à imigração ocorrida no século

anterior. Assim, em 1935 surgiu o primeiro acordo de cooperação entre a "Escola

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Paulista de Letras Inglesas" e o Consulado Britânico, dando origem à "Sociedade

Brasileira de Cultura Inglesa", precursora da atual Cultura Inglesa. Em 1938 surgiu

também em São Paulo, o primeiro instituto binacional com o apoio do consulado

norte-americano: o "Instituto Universitário Brasil - Estados Unidos" que mais tarde foi

renomeado "União Cultural Brasil - Estados Unidos". Foi só a partir da década de

1960 que iniciou a proliferação dos cursos comerciais operando em redes de

franquia.

No decorrer da historia a estrutura do currículo da Língua Estrangeira

moderna passou por várias transformações. Sendo que todas essas mudanças que

ocorreram foram para açularem e atenderem as necessidades contemporâneas e a

favorecer as novas gerações.

Desde nossos primórdios colonizadores existia a preocupação com a

educação e aprendizagem de uma outra língua. A qual foi trabalhada, latim, pelos

Jesuítas. Tendo como propósito facilitar a dominação.

A ideia de expulsar os Jesuítas teve-se inicio na União Ibérica (1581-

1640), pois eles conseguiram por nos nativos a resistência. Através de Marquês de

Pombal estabeleceu o ensino régio no Brasil. No qual cabia ao estado a contratar

professores. Os idiomas que se mantiveram no currículo foram o grego e o latim.

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil houve a valorização

da aprendizagem das línguas modernas, em 1808. Criaram- se as cadeiras de

inglês e francês com a assinatura do decreto 22 de junho, pelo príncipe regente D.

João VI, para a melhoria das atividades comerciais, com a abertura dos portos.

Fundação do Colégio Pedro II - O primeiro em nível secundário do Brasil

e referência curricular para outras instituições escolares. O currículo embasava- se

nos modelos franceses, em seu programa, constavam sete anos de francês, cinco

de inglês e três de alemão, cadeira esta criada no ano de 1840. A metodologia do

Colégio Pedro II manteve- se até 1929. Nele valorizavam- se as línguas estrangeiras

em primeiro lugar o francês, seguindo o inglês e depois o alemão.

O enfoque pedagógico tradicional de origens europeias, também

conhecidas de gramática- tradução, adotado desde a educação jesuítica com o

ensino dos idiomas clássicos – Grego e Latim –, prevaleceu no ensino das Línguas

modernas. Nessa época valorizava- se o conjunto de regras e a escrita de uma

língua. Sendo que o domínio da gramática proporcionaria uma melhoria tanto na fala

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quanto na escrita. Essa metodologia manteve- se até o início do século XX e tinha

como objetivo permitir o acesso a textos literários e gramaticais, tradução, versão e

ditados, sendo que a avaliação preocupava- se também com o conhecimento

gramatical.

Com a publicação de Cours de linguitique de Ferdinand Saussure (1857-

1913), na Europa, em 1916, os estudos da linguagem assumiram um caráter

científico. Essa obra, que estabelece a oposição entre langue, o sistema tornou- se

um marco histórico. As análises feitas com base nos estudos de Saussure

proporcionaram elementos para a definição do objeto de estudo específico da

Linguística: a língua. Tais análises fundamentaram o estruturalismo, uma das

principais linhas da língua moderna.

No século XIX e até início do século XX o Brasil foi interesse dos

europeus, pois vários fatores contribuíram para a vinda desses estrangeiros para o

nosso país. Como o aumento populacional, a falta de emprego, os períodos de

guerras e perseguições étnicas, os mesmos começaram a ter esperanças de

melhoria de vida neste local. Sem contar que nesta época, o Brasil estava fazendo

campanhas para conseguir mão de obra, porque a escravatura tinha acabado. Apos

à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), iniciavam- se a industrialização e também a

agricultura cafeeira.

Em grande parte do território foram criadas as colônias de imigrantes. No

sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as de imigrantes

italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Muitos colonos

construíram escolas para seus filhos com intenção de preservar suas culturas. O

currículo dessas escolas era centrado no ensino da língua e na cultura dos

ascendentes das crianças.

A transição histórica que vai de 1910 a 1937 tem alguns marcos

significativos para o ensino de línguas. Em 1910 implantaram o nacionalismo, tendo

uma visão não somente à escolarização, mas à solidificação dos ideais

nacionalistas nas futuras gerações. Em 1917 o governo resolveu fechar as escolas

estrangeiras e de imigrantes. Sobretudo, no sul do Brasil. E no ano 1918 criou as

escolas primárias subvencionadas com recursos federais, com a responsabilidade

dos Estados. Em São Paulo houve uma reformulação educacional (1920), a qual

preocupou com o nacionalismo, estabelecendo a oferta do ensino primário por

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escolas particulares, mas que respeitassem as orientações de caráter nacionalista,

esta onda estendeu- se até o governo de Getúlio Vargas e intensificou com o golpe

de Estado em 1937.

Getúlio Vargas quando tomou posse , em 1930, criou o Ministério de

Educação e Saúde e as Secretarias de Educação nos Estados. Naquele contexto,

intelectuais imbuídos por um ideal de modernidade e de construção de uma

identidade nacional, iniciaram estudos com vistas à reforma do sistema de ensino.

Com a reforma Francisco Campos (1931), a escola ficava responsável

pela formação e preparação do ensino superior dos estudantes. Pois através da

educação conseguiria o desenvolvimento e atingiria a modernidade.

Com a vinda da reforma Francisco Campos surgiu uma metodologia

oficial de ensino de língua estrangeira, o método direto. Contradizendo ao

tradicional, tendo como necessidade a oralidade o que o anterior não incorporava.

Cook (2003) - indica os fatores de migração e do comercio internacional

da época, sendo os responsáveis pela mudança da personalidade dos aprendizes.

O método direto trabalha a atividade mental, comparando- se a da língua

materna, que acontece primeiramente pela fala.

No Método Direto, a língua materna perde seu papel de interceder na

aprendizagem da língua estrangeira, tendo como primordial fundamentação da

aprendizagem o constante contato com a língua em estudo. O ensino dos

significados faz por meio de figuras, gestos, fotos, simulações, no entanto, tudo que

possa facilitar a memorização e compreensão. A gramática por dedução, através de

perguntas e respostas. Devido a esse método, a preferência era por professores

natos ou fluentes da língua alvo.

A dependência econômica e cultural em relação aos Estados Unidos

emergiu durante a Segunda Guerra Mundial. O que levou a necessidade de

aprender o inglês. Na década de 1940 vieram vários intelectuais ingleses para o

Brasil juntamente trazendo sua cultura e seus costumes. O que tornou

indispensável,o domínio da língua inglesa , ganhando maior espaço no currículo.

A implantação dos ideais nacionalistas, apareceu com muita evidência na

Reforma Capanema, em 1942, ao focar ao ensino secundário um caráter patriótico

por excelência. Com esse critério, o currículo oficial tinha como objetivo juntar todos

os conteúdos ao nacionalismo. O curso secundário foi constituído em dois níveis:

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ginasial, de quatro anos, e colegial, de três. Este era constituído em duas

modalidades: o clássico e o científico, procurados pela elite, proporcionando o

ingresso na universidade, e o técnico profissionalizante que tinha como finalidade a

formação profissionalizante dos alunos e não dava acesso ao ensino superior.

Desde a década de 1950, o ensino brasileiro teve que formar os alunos

para o mundo do trabalho. Devido a isso o ensino das humanidades foi substituído,

proporcionalmente, por um currículo cada vez mais técnico, o que fez diminuir a

carga horária das Línguas Estrangeiras.

A sistematização dos Métodos Audiovisual e Ultra-áudion, feita pelos

lingüistas estruturalistas da época, Leonardo Bloomfield (1887-1949), Charles Fries

(1854-1940) e Robert Lado (1915-1995), com base na psicologia da escola

Behaviorista de Pavlov e Skinner. Tendo como fundamentação partir da forma para

se chegar ao significado.

A partir dessa metodologia, a língua passou a ser vista como um conjunto

de hábitos a serem automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem

memorizadas. Essa metodologia apresenta a estruturação da aprendizagem da

língua estrangeira como a junção de hábitos a serem adquiridos e não mais uma

estruturação de termologias a serem memorizadas. Segundo o método áudio- oral

qualquer pessoal e capaz de assimilar uma segunda língua, desde que haja uma

repetição constante de modelos.

Já o Método audiovisual estava além em relação ao Áudio- oral, pois não

usava sentenças soltas e sim diálogos contextualizados. Tornando o ensino da

Língua Estrangeiro mais requintado comparados aos métodos didáticos. Com a

expansão dessa técnica em 1960, torna o estudo cientifico mais forte e enfraquece

a maneira estruturalista.

Sendo assim a estrutura feita pelos linguistas estruturalistas é

questionada pelo embasamento da psicologia cognitiva

A psicologia cognitiva questiona a eficácia da teoria behaviorista, pois na

área da linguística, surgiu o modelo de descrição linguística postulada por Chomsky

a Gramática Gerativa transformacional, a qual reorganizou o aspecto da língua e

sua aquisição. Para Chomsky a língua não poderia ser reduzida a meros

enunciados para memorização e repetições de forma mecânica em qualquer

circunstância.

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Chomsky axioma que o ser humano nasce com especificas capacidades

que serão desenvolvidas com o tempo. Para este estudioso, a língua faz parte do

sujeito, o qual nasce com um sistema linguístico retido.

O que contradiz Saussure, pois ele aponta que a língua é uma estrutura,

sistema concreto (real), e igual; é um conjunto de significados ordenados, dos quais

se podem prescindir sentidos.

Em 1970 Piaget desenvolve a abordagem cognitiva e construtiva, a qual a

língua é um os resultados de interação entre o organismo e o ambiente, em

especificações e acomodações responsáveis pelo desempenho do intelecto.

Os educadores brasileiros passaram a ter conhecimento dos estudos de

Vygotsky, no campo da aquisição da linguagem. Sendo que para ele a o

desempenho da linguagem acontece em duas situações, primeiro externo ao

indivíduo e depois interna. Aquela acontece nas trocas sociais e essa, num

processo mental, sendo que essa permuta faz um movimento de interiorização.

Com a visão tecnicista (1950) a educação sentiu- se obrigada a formar

alunos para o mundo do trabalho. E o currículo deixou de ser humanista para ser

mais técnico, o que levou a diminuir a carga horária das línguas estrangeiras.

O antropólogo Hymes preocupado com o uso da língua e não somente a

aquisição da mesma ampliou o termo competência estipulado por Chomsky, pois

para Hymes não bastava o individuo somente conhecer, mas também assimilar das

regras do discurso específico da comunidade falante da língua-alvo.

Para Savignon a aptidão de fala e aprender de pende do léxico, sintático

e até mesmo do eu de cada falante.

Já Halliday explana a teoria de funções da linguagem, sendo que a língua

e postulada como um sistema de escolhas, conforme o contexto de uso.

A diferenciação entre regras gramáticas e o uso da língua segundo

Widdowson, devem estar sempre associadas para que se desenvolva a

interpretação.

Em 1980, Canale e Swain ampliaram o conceito de competência

comunicativa ao incorporarem, além da competência gramatical, outras três em seu

modelo final: a competência sociolinguística, a estratégica e a discursiva. Além

disso, esses linguistas propuseram quatro habilidades respectivas: leitura, escrita,

fala e audição.

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Com a Lei n. 5692/71 e sob a égide de um suposto nacionalismo, o

governo militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de

primeiro e segundo graus, sob o argumento de que a escola não deveria se prestar

a ser a porta de entrada de mecanismo de impregnação de outras sociedades e do

colonialismo cultural no país.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando

a disciplina se tornou novamente obrigatório somente no segundo grau. De acordo

com o parecer n.581/76 do Conselho Federal, a Língua Estrangeira seria ensinada

por acréscimo, conforme as condições de cada estabelecimento. Isso faz muitas

escolas suprirem a Língua Estrangeira no segundo grau ou reduzirem seu ensino

para uma hora semanal, por apenas um ano, com um único idioma.

Conforme fundamentações da estrutura behaviorismo de Skinnero o

ensino de Inglês tornou- se hegemônico sob a finalidade estritamente instrumental.

Nesse sentido deixava- se de ensinar língua e civilização para ensinar apenas a

língua como recurso instrumental.

Tais questões, em 1970, no Estado do Paraná geraram movimentos de

professores descontentes coma a reforma do ensino, os quais contavam com

professores de Latim, Francês, Inglês e Espanhol. Para manter a oferta de línguas

estrangeiras nas escolas públicas após o parecer n.581/76, bem como com a

tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi

criado o Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio do Paraná, em 1982.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) reconheceu a importância da

diversidade de idiomas e a partir de 1982, foram incluídas no vestibular as Línguas

Espanholas, Italiana e Alemã 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB), nº. 9.394, estabelece a obrigatoriedade de pelo menos uma língua

estrangeira moderna para o ensino fundamental a partir da 5ª série, ficando ao

cargo da comunidade escolar optar, conforme suas possibilidades de atendimento (

Art.26,§ 5°).

Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma Língua

Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da

instituição (art. 36, Inciso III)

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A metodologia dessa língua aspira em desnaturalizar a problemática que

tem acompanhado essa disciplina, tais como: as questões políticas, econômicas,

sociais, culturais e educacionais

10.9.2 Objetivos gerais

O objetivo é de ter um aluno que seja capaz de interagir ativamente pelo

discurso, conseguindo comunicar- se de diferentes formas materializadas em vários

gêneros textuais. A aprendizagem desse idioma tem como objetivo o

desenvolvimento da expressão da língua como discurso, não como estrutura ou

código a ser decifrado. Tendo como sentido a língua inserida na interação verbal e

não no linguístico. Ter uma visão para o texto escrito, visual, oral e hipertexto de

forma que questione e desafie as atitudes, os valores e as crenças nele

subentendidos. Sendo que as práticas discursivas são influenciadas umas pelas

outra.

O texto e a leitura, são indissociáveis, e que um não se realiza sem o

outro. E o mesmo pode ser verbal ou não-verbal. Para Bakhtin (1992) o texto é a de

um enunciado e é entendido como unidade contextualizada da comunicação verbal.

Conforme as Diretrizes a leitura tem que estar embasada em uma leitura

crítica, a qual proporcione um confronto referente à realidade mundial. Deixa de ser

uma leitura tradicional, mas vinculada a busca de informações.

O leitor passar de um ser pacificador par um crítico, que confronta o autor

e o texto. Dessa maneira todos os envolvidos no processo pedagógico conseguem

construir um significado além dos propostos e objetivados. Em um processo que

amplia suas possibilidades de compreensão de mundo.

Para Orlandi:

[...] uma relação determinada do sujeito – afeto pela língua – com a história.É o gesto de interpretação que realiza essa relação do sujeito com a língua, com a história, com os sentidos. Esta é a marca da subjetividade e, ao mesmo tempo, o traço da relação da língua com a exterioridade: não há [...] A Língua estrangeira Moderna, assim como as demais disciplinas, deve ter como finalidade primordial no trabalho docente o pleno desenvolvimento do educando, para que seja

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um cidadão cônscio, crítico, participativo e pró-ativo _ inserido na sociedade local e no panorama internacional.

Na seara pedagógica das Diretrizes Curriculares referentes ao Ensino

fundamental está explicito: o dever de assegurar ao aluno um embasamento

necessário para dar continuidade ao estudo da língua em séries posteriores, bem

como ampliar seus horizontes, tornando- os cidadãos mais críticos e reflexivos.

Sendo uma disciplina, atualmente, preeminente na formação do aluno,

torna- o capacitado para a habilidade comunicativa, o que proporciona ao educando

uma comparação da língua materna com a língua estrangeira estudada.

O ensino deste idioma permitirá que o educando tenha uma concepção

teórica e fundamental do que é linguagem, para a percepção de sua própria cultura

através do conhecimento da cultura de outros povos.

Os tópicos principais nesta proposta são a cidadania, a consciência

crítica de como a linguagem é usada dentro do trabalho com a leitura, produção oral

e escrita.

A aprendizagem da Língua Estrangeira no Ensino fundamental não é

meramente um conceito de formas e estruturas linguísticas em um código diferente;

sendo uma experiência de vida a qual amplia as maneiras de se atuar

discursivamente no cotidiano.

A função educacional da Língua Inglesa é importante, com a finalidade de

um desempenho integral do indivíduo, sendo que seu ensino propiciará ao aluno

essa nova experiência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na

compreensão de outras culturas.

Na disciplina de Língua Inglesa constatará também na sua metodologia a

importância dos temas das ralações étnico-raciais e histórias e cultura afro-brasileira

e africana em sala de aula com o objetivo de apresentar a influência dos negros na

cultura dos norte-americanos e, proporcionalmente, na formação cultural brasileira,

em conformidade com a Lei nº 10.639/2003 que prevê a abordagem deste conteúdo

no currículo escolar.

A explanação comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula. O

que leva a ajudar o uso da língua pelos alunos, mesmo sendo uma forma restrita, e

evidente uma alternativa utilitarista de ensino, na qual a língua surge como um

sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.

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Porém trata- se de uma situação que exige a busca de fundamentação

teórico-metodológicos para salientar efetivamente a aprendizagem da Língua

Estrangeira no processo educacional.

Para a fundamentação dessa teoria tem como base Meurer, o qual

destaca a urgência de desenvolver formas de instigar a prática pedagógica que

contradiz “ou quebrem o círculo do senso comum, daquilo que parece natural, não

problemático, mas que recria e reforça formas de desigualdades e discriminação”.

As práticas pedagógicas decorrem de ideias teórico-metodológicas, no

entanto não são naturais nem desligadas do contexto sócio- histórico, mas onerado

de ideologias que explicitam as relações de poder (FOUCAULT, 1996).

Gimenez (1999) afirma que a fundamentação comunicativa foi apropriada

como referencial teórico na elaboração da proposta de ensino de Língua Estrangeira

do Currículo Básico (1992). Entretanto esse documento apresente uma concepção

de Língua discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos de textos, a partir da

visão bakhtianiana, observa- se que a progressão de conteúdos, do ensino

fundamental está voltada para o ensino comunicativo, centrado em teorias da

linguagem do cotidiano, o que esvazia as práticas sociais mais amplas de uso da

língua.

Segundo Mascia (2003, p. 218), “uma primeira é associada ao nacional- funcional e é calcada em práticas áudio linguísticas; a segunda marcada pelos atos de fala com a incorporação de tendências sociolinguísticas e a terceira corresponde a uma vertente mais crítica, em que se pretendeu promover as interações culturais”.

A definição de cultura apresenta um plano homogêneo que a percebe

desligada da língua, muitas vezes enfocada de maneira estereotipada.

Conforme Gimenez,

[...] a abordagem comunicativa, na tentativa de ensinar e se comunicar na Língua Estrangeira, deixou de lado a relação entre comunicação e cultura, e a necessidade de entender a comunicação entre falantes nativos e não- nativos como comunicação intercultural mais do que comunicação na língua-alvo(2001, p.110)

Já alguns autores apresentam pontos importantes para uma releitura

crítica dos pressupostos subjacentes a essa concepção de ensino de língua , não

fora do contexto histórico.

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Para Pennycook

[...] a expansão do inglês no mundo não é mera expansão da língua, mas também uma expansão de um conjunto de discursos que fazem circular ideias de desenvolvimento, democracia, capitalismo, neoliberalismo, modernização [...].

Percebe- se que o ensino da língua tem base em um conteúdo histórico

em que questões sobre a hegemonia de uma língua, do plurilinguismo e do

imperialismo linguístico que as permeiam não eram problematizado.

O idioma a ser ministrado na escola não é neutro, mas profundamente

marcado por questões político-econômicas e ideológicas.

Alguns dos fundamentos teórico-metodológicos que o ensino da Língua

Estrangeira Moderna referência e os princípios são:

O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e

a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua estrangeira Moderna

em relação às demais obrigatórias do currículo;

O resgate da função social e educacional do ensino de Língua

estrangeira no currículo da educação Básica.

O respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautada no

ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

O objeto de ensino da disciplina de Língua Inglesa é a Língua. Buscando

dessa forma contemplar as relações com a cultura, o sujeito e a identidade e

discurso sem sujeito. (2005, p. 45)

10.9.3 Conteúdos estruturantes

5ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social Leitura

Identificação do tema, do argumento principal.

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Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

Linguagem não verbal.

Oralidade

Variedades linguísticas.

Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e do uso de

vocábulos da língua estudada em diferentes

países.

Escrita

� Adequação ao gênero: elementos

composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas.

� Clareza de ideias.

Análise Linguística

6. Coesão e coerência.

7. Função dos pronomes, artigos, numerais,

adjetivos, palavras interrogativas,

substantivos, preposições,verbos,

concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto.

8. Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto.

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9. Vocabulário.

6ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social Leitura

� Identificação do tema, do argumento

principal.

� Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

� Linguagem não verbal.

Oralidade

� Variedades linguísticas.

� Intencionalidade do texto.

� Exemplos de pronúncias e de uso de

vocábulos da língua estudada em diferentes

países.

Escrita

� Adequação ao gênero: elementos

composicionais, elementos formais e marcas

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229

linguísticas.

� Clareza de ideias.

� Adequar o conhecimento adquirido à norma

padrão.

Análise Linguística

23. Coesão e coerência.

24. Função dos pronomes, artigos, numerais,

adjetivos, palavras interrogativas, advérbios,

preposições, verbos, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis,

concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto.

25. Vocabulário.

26. Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto.

7ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

� Identificação do tema, do argumento

principal e dos secundários.

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� Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

� Linguagem não- verbal.

Oralidade

� Variedades linguísticas.

� Intencionalidade do texto.

� Exemplos de pronúncias e de vocábulos

da língua estudada em diferentes países.

Escrita

7. Adequação ao gênero: elementos

composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas.

8. Clareza de ideias.

9. Adequar o conhecimento adquirido à norma

padrão.

Análise Linguística

- Coesão e coerência.

- Função dos pronomes, artigos, numerais,

adjetivos, verbos, preposições, advérbios,

locuções adverbiais, palavras

interrogativas,substantivos, su-bstantivos

contáveis e incontáveis, question tags, falsos

cognatos, conjunções, e outras categorias

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como elementos do texto.

- Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto.

- Vocabulário.

8ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

- Identificação do tema, do argumento

principal e dos secundários.

- Interpretação observando: conteúdo

veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

- Linguagem não- verbal.

- Realização de leitura não linear dos

diversos textos.

Oralidade

- Variedades linguísticas.

- Intencionalidade do texto.

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- Exemplos de pronúncias e de vocábulos

da língua estudada em países diversos.

- Finalidade do texto oral.

- Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos.

Escrita

− Adequação ao gênero: elementos

composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas.

− Paragrafação.

− Clareza de ideias.

− Adequar o conhecimento adquirido à norma

padrão.

Análise Linguística

− Coesão e coerência.

− Função dos pronomes, artigos, numerais,

adjetivos, preposições, advérbios, locuções

adverbiais, verbos, palavras interrogativas,

substantivos, substantivos contáveis e

incontáveis, conjunções, question tag, verbos

modais, falsos cognatos, concordância verbal

e nominal e outras categorias como elementos

do texto.

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− Vocabulário.

− Pontuação e seus efeitos de sentido no

texto.

ENSINO MÉDIO

1ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico.

Oralidade

Elementos extralinguísticos: entonação,

pausas, gestos.

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Escrita

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Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade( informações necessárias

para a coerência do texto);

Ensino Médio

2ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Coesão e coerência;

Marcadores do discurso;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Informatividade (informações necessárias para a

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coerência do texto);

Oralidade

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas; coesão, coerência, gírias e

repetições;

Escrita

- Vozes sociais presente no texto;

− Vozes verbais;

− Discurso direto e indireto;

− Emprego do sentido denotativo e conotativo no

texto;

− léxico;

− coesão e coerência;

− Funções das classes gramaticais no texto;

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236

3º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Emprego do sentido denotativo e conotativo no

texto;

- Recurso estilístico ( figura de linguagem);

- Marcas linguísticas; particulares da língua,

pontuação; recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito) ;

- Variedade linguística;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

Oralidade

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral

e o escrito;

- Adequação da fala ao contexto;

- Pronúncia

Escrita

Elementos semânticos ;

− Recursos estilísticos ( figura de linguagem);

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− Marcas linguísticas : particulares da língua,

pontuação ; recursos gráfico( como aspas,

travessão, negrito);

− Variedade linguística;

− Ortografia;

− Acentuação;

10.9.4 Metodologia

Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações

sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em atividade

diversificada que envolverão uma ou mais habilidades linguísticas (ler, falar,

ouvir,escreve)

Entende- se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na

construção do conhecimento, na prática da linguagem, a pesquisa voltada a outras

culturas e no posicionamento crítico.

O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este

se sinta incluindo no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando que o

educando já sabe, abre- se espaço para uma leitura de mundo mais amplo, e para

uma adequação da metodologia do professor à realidade da classe.

O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades

diversificadas ao educando medidas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a

aquisição progressiva da Língua Inglesa falada e escrita, permitindo assim a

compreensão de textos e a expressão do pensamento. Pode- se trabalhar algumas

atividades como:

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Pesquisas de palavras no dicionário (os múltiplos sentidos de uma

palavra em conforto com o apresentado no contexto).

− Filmes (ouvir e interpretar);

− Produções orais e escritas;

− Confecções de cartazes, slogans;

− Entrevistas

− Diálogos;

− Uso de tipologias textual diversificada: trava-línguas, anedotas,

provérbios, charas, rimas, palavras cruzadas, adivinhas, caça-palavras.

− Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como histórias em

quadrinhos, anúncios, propagandas, rótulos, notícias, classificados, receitas,

poemas, bulas, instrucional, narrativo, informativo.

− Dramatização, músicas.

− Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDS, DVDS.

A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionará

a oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas e, como

consequência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando

assim o domínio linguístico que o aluno possa vir a ter.

10.9.5 Avaliação

A avaliação da aprendizagem será um processo, que visa ajudar no

processo de ensino e de aprendizagem, o qual proporcione ao aluno a ter uma visão

do ponto em que se está no percurso pedagógico.

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De acordo com Luckesi:

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da

aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso

aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso

de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o

papel de auxiliar o crescimento.

Observar a participação dos alunos e considerando que o discurso no

ambiente de ensino acontece pela interação verbal, a partir de uma variedade de

textos e os mesmos consistentes.

Verificar a construção dos significados na interação com textos e nas

produções textuais dos alunos.

Analisar as dificuldades e avanços , a partir das produções dos alunos.

Levar em consideração que o processo de aprendizagem de uma nova

língua não é um processo de simples aprender, é sim uma aquisição irreversível.

Que o erro não seja um entrave na aquisição dessa língua, mas sim como a

produção do conhecimento do ser humano. Caminhá-lo a superação e ao

enriquecimento do saber, levando a uma avaliação reflexiva.

10.9.6 Critérios de avaliação

A avaliação da aprendizagem será diagnóstica, progressiva e qualitativa

as dificuldades e avanços dos alunos superados a concepção de mero instrumento

de classificação da nota.

Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de

trabalhos encaminhadas aos alunos através de trabalho individual ou em grupos,

atividades escritas e orais como; diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos,

produção textual, maquetes, teatro, pesquisas, entre outros.

O aluno é construtor do conhecimento e está envolvido no processo de

avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas

produções, com o fornecimento de seu desempenho e o entendimento do “erro”

como parte integrante da aprendizagem. Mediante essas constatações, o professor

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pode planejar e propor outros encaminhamentos que visem a efetivação da

aprendizagem.

10.9.7 Referências

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna - Inglês do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2006.

ROCHA, Analuzia Machado. Take Your Time. 3ª ed. Reformulado- Ed. Moderna, 2004

10.10 DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

10.10.1 Apresentação geral da disciplina:

O ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, remete diretamente à criação

do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do prestigio das línguas

estrangeiras nas escolas está relacionada as razoes sociais, econômicas e políticas.

Em 2005, como resultado de um processo que se arrastou por anos e

atendendo as interesses políticos e econômicos, foi criada a Lei 11.161,5 de agosto

de 2005, que decretou obrigatória para a escola,mas de matricula facultativa para o

aluno e os estabelecimentos de ensino têm 5 anos, a partir da data de sua

publicação, para implementá – la.

O MEC tem incentivado, desenvolvido parcerias e promovido discussões

sobre o ensino de espanhol nas escolas brasileiras, alem de distribuir material de

suporte para professores de língua espanhola.

O resgate do prestigio do ensino de língua estrangeira se dá em 1976,

quando esta passa a ser obrigatória, porém, somente no 2º grau, não perdendo o

caráter de recomendação para o 1º grau, desde que em condições favoráveis.

A Língua Estrangeira Moderna, assim como as demais disciplinas, deve

ter como finalidade primordial no trabalho docente o pleno desenvolvimento do

educando, para que seja um cidadão cônscio, critico, participativo e pró – ativo –

inserido na sociedade local e no panorama internacional.

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241

Na seara pedagógica das Diretrizes Curriculares referentes ao Ensino

Fundamental está explicito: o dever de assegurar ao aluno um embasamento

necessário para dar continuidade ao estudo da língua em séries posteriores, bem

como ampliar seus horizontes, tornando – os cidadãos mais críticos e reflexivos.

Sendo uma disciplina, atualmente, preeminente na formação do aluno,

torna – o capacitado para a habilidade comunicativa, o que proporciona ao

educando uma comparação da língua materna com a língua estrangeira estudada.

O ensino deste idioma permitira que o educando tenha uma concepção

teórica e fundamental do que é linguagem, para a percepção de sua própria cultura

através do conhecimento da cultura de outros povos.

Os tópicos principais nesta proposta são: a cidadania, a consciência

critica de como a linguagem é usada na sociedade e os aspectos sócios – políticos

da aprendizagem da língua espanhola dentro do trabalho com a leitura, produção

oral e escrita.

A aprendizagem da Língua Estrangeira no Ensino Fundamental não é

meramente uma aprendizagem mecânica de um código diferente; mas essa

aprendizagem deve colaborar para ampliar os conhecimentos e a cultura do aluno, a

fim de possibilitar uma mudança na realidade em que o mesmo vive.

A função educacional da Língua Espanhola é importante, com a

finalidade de um desempenho integral do individuo, sendo que seu ensino propiciara

ao aluno uma nova experiência de vida, também contribuindo para a capacitação e

para a pratica de uma aprendizagem não só no uso de línguas estrangeiras, mas

também na compreensão de outras culturas e transformação da realidade.

10.10.2 Objetivos:

Desenvolver a abordagem sócio interacionista, onde a aquisição da

linguagem é entendida como resultado da interação entre o organismo e o

ambiente, através de assimilações e acomodações responsáveis pelo

desenvolvimento da inteligência;

Dominar por parte do falante a competência comunicativa que são os

valores sócio-culturais em que se realiza a comunicação e da adequação do

discurso aos usuários e a intenção do falante;

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Levar em conta uma pratica social, interagindo a elaboração de muitos

materiais didáticos centrados na oralidade e organizados a partir de funções da

língua;

Voltar a competência comunicativa para o uso efetivo da língua e não

apenas para o estudo da “língua pela língua”, para a busca da interação e não

apenas da precisão, para autenticidade da língua e contextos, atendendo às

necessidades dos alunos no mundo real;

Integrar as quatro habilidades: ler, escrever, falar, compreender

auditivamente;

Produzir significados que são considerados, alem da gramática, o

contexto sociolingüístico, os papeis dos falantes na situação, os meios não

lingüísticos e paralinguísticos, assim como a tipologia textual típicas de situações de

comunicação.

Ofertar no ensino de língua enquanto discurso, entendido como pratica

social significativa – (oral e/ou escrito);

Colaborar para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o

aluno consegue perceber-se também como um sujeito histórico e socialmente

constituído;

Contribuir para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as

convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua

estrangeira, de forma critica, percebendo que não há um modelo a ser seguido, ou

uma cultura melhor que a outra, mas apenas diferentes possibilidades que os seres

humanos elegem para regular suas vidas e que são passiveis de mudanças ao

longo do tempo, como a língua, correspondem ao contexto histórico e social de uma

comunidade que esta em constante movimento e transformação;

Prover os alunos com os meio necessários para que não apenas

assimilem o saber como resultado,mas apreendam o processo de sua produção,

bem como as tendências de sua transformação, explicitando as relações de poder

que as determinam.

Oportunizar a participação do educando na construção de significados

ligados à situação de uso da língua.

Propiciar a construção de identidades dos alunos como cidadãos

participativos e transformadores.

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Possibilitar aprendizagem da língua como meio de conhecer culturas

diversas, bom como as diversas maneiras de se viver a experiência humana.

Inserir a linguagem oral e escrita levando em consideração sua natureza

sócio-interacional.

Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.

Construir consciência linguística e consciência critica dos usos que se

fazem da língua estrangeira que esta aprendendo.

Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer utilizando-a

como meio de acesso ao mundo de trabalho e dos estudos avançados;

Valorizar o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade

brasileira e no panorama internacional.

10.10.3 Conteudos estruturantes

Conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da

disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um

corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente.

Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis,

integradores e que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno

com a língua estrangeira, seja em que pratica for: conhecimento

linguístico,discursivos, culturais e sócio – pragmáticos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e

às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a

língua que se lhe apresenta.

Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a

variada gama de praticas sociais que são apresentadas aos alunos.

Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma

sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.

Os sócios – pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que

envolvem o discurso em um contexto sócio – histórico particular.

Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada

e garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as

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praticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma pratica

sócio – cultural.

PRIMEIRO ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática

social

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas lingüísticas: particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos (como gráficos (como

aspas, travessão e negrito);

- Variedade linguística;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade do texto;

- Condições de produção;

- Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

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- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas lingüísticas: particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e

negrito);

- Variedade linguística;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

etc...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Pronuncia.

SEGUNDO ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como pratica

social

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação,

recursos gráficos (como gráficos (como aspas, travessão e

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negrito);

- Variedade Linguística;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia.

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condição de produção;

- Informatividade (informações necessárias para a

coerência do texto);

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas lingüísticas: particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

- Variedade linguística;

- Ortografia;

- Acentuação gráfica.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

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- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

- Adequação da fala ao contexto;

- Pronúncia.

10.10.4 Metodologia:

O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de

comunicação verbal, que pode tanto ser escrita,oral ou visual será o ponto de

partida da aula de língua estrangeira.

O texto trará uma problematização em relação a um tema, pois a busca

de uma solução faz com que o aluno desenvolva uma prática reflexiva e critica,

ampliando seus conhecimentos lingüísticos.

É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros,

mas sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade

de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas praticas

sociais.

Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,

jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc..

A leitura em língua estrangeira pressupõe a familiarização do aluno com

os diferentes gêneros textuais, provenientes das varias praticas sociais de uma

determinada comunidade que utiliza a língua que se está aprendendo – literatura,

publicidade, jornalismo, mídia, etc.

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que

permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade.

As estratégias, especificas da oralidade, tem como objetivo expor os

alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando

compreendê–los em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem

suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista

como uma atividade sócio–interacional.

Partindo do pressuposto que a aprendizagem acontece nas interações

sociais, o trabalho será voltado para a participação dinâmica do aluno em atividade

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diversificada que envolverá uma ou mais habilidades lingüísticas (ler, falar, ouvir,

escrever).

Entende – se por “participação dinâmica do aluno” a contribuição na

construção do conhecimento, na pratica da linguagem, a pesquisa voltada a outras

culturas e no posicionamento crítico.

O professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno para que este

se sinta incluído no processo ensino-aprendizagem. Além disso, valorizando o que o

educando já sabe, abre-se espaço para uma leitura de mundo mais ampla, e para

uma adequação da, metodologia do professor à realidade da classe.

O processo de ensino e aprendizagem contempla atividades

diversificadas ao educando medidas pelo professor, a fim de propiciar ao aluno a

aquisição progressiva da Língua Espanhola falada e escrita, permitindo assim a

compreensão de textos e a expressão do pensamento. Pode-se trabalhar algumas

atividades como:

Pesquisas de palavras no dicionário (os múltiplos sentidos de uma

palavra em conforto com o apresentado no contexto).

• Filmes (ouvir e interpretar);

• Produções orais e escritas;

• Confecções de cartazes, slogans;

• Entrevistas;

• Diálogos;

• Uso de tipologias textuais diversificadas: trava-línguas, anedotas,

provérbios, charadas, rimas, palavras cruzadas, adivinhas, caça-palavras.

• Interpretação e leitura de diversos tipos de textos como historias em

quadrinhos, anúncios, propagandas, rótulos, noticias, classificados, receitas,

poemas, bulas, texto instrucional, narrativo, informativo.

• Dramatização músicas.

• Uso de revistas, livros, fitas de vídeo, CDs, DVDs.

A partir da realização das atividades propostas o professor proporcionara

a oportunidade do educando ir ao encontro de outra língua e culturas e, como

conseqüência adquirir consciência do lugar que ocupa no mundo, extrapolando

assim o domínio lingüístico que o aluno possa vir a ter.

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A disciplina de Língua Espanhola abordara e dará ênfase aos aspectos

da historia e cultura afro-brasileira e indígena em sua metodologia com o objetivo de

valorizar a influencia dos negros e índios na formação cultural brasileira, em

conformidades com a Lei nº 11.645/2008, que prevê a abordagem destes conteúdos

no currículo escolar.

10.10.5 Avaliação:

A avaliação deve ser parte integrante do processo e contribuir para a

construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,

determina que a avaliação seja continua e cumulativa e que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos, superando a concepção de avaliação como

instrumento de classificação e atribuição de nota.

Na verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servira,

principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas

aulas de acordo com as necessidades de seus alunos.

Os momentos avaliativos se constituem pelas diversas propostas de

trabalhos encaminhadas aos alunos através de trabalhos individuais ou em grupos,

atividades escritas e orais como: diálogos, leituras diversificadas, painéis, jogos,

produção textual, maquetes, teatro, pesquisas, entre outros.

O aluno é construtor do conhecimento e esta envolvido no processo de

avaliação, desse modo precisa ter seu esforço reconhecido pelo retorno de suas

produções e o entendimento do seu “erro” como parte integrante da aprendizagem.

Mediante essas constatações o professor pode planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a efetivação da aprendizagem.

A avaliação em Língua Estrangeira Moderna deve ser um processo

continuo, que possa avaliar o desempenho do aluno durante todo processo visando

uma aprendizagem significativa.

É indispensável considerar que cada aluno tem seu ritmo e processo de

aprendizagem e que uma avaliação formativa e diagnostica não pode fechar os

olhos diante dessas diferenças. Dessa forma, não se pode conceber a avaliação

centrada apenas em provas, com datas pré-definidas e rituais especiais, mas numa

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atitude que se concretiza no dia a dia por meio de praticas diversas.

Os alunos serão avaliados em cada um dos conteúdos básicos que

constituem o trabalho com a língua, a saber:

Na oralidade: a participação dos alunos nos diálogos e atividades

discutidas, a adequação de sua linguagem as diferentes esferas sociais, a clareza e

a fluência na exposição de suas ideias e na defesa de seus pontos de vista.

Na escrita: a adequação do texto ao gênero, à finalidade. Ao interlocutor,

a utilização correta de seus aspectos discursivo-textuais (paragrafação, pontuação,

unidade temática, argumentação)

Na leitura: a fluência, a compreensão do conteúdo (considerando as

estratégias utilizadas), a localização de informações explicitas e implícitas, as

inferências, a leitura de textos não verbais (gráficos, quadros, esculturas, charges,

quadradinhos.)

10.10.6 Critérios de avaliação:

A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino, pelo qual, o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e o seu próprio trabalho,

com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar a aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação dá condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporciona

dados que permitem ao estabelecimento promover a reformulação do currículo com

adequação dos conteúdos e métodos de ensino,possibilita novas alternativas para o

planejamento do estabelecimento e di sistema de ensino como um todo.

Os critérios de avaliação são de responsabilidade do

estabelecimento,constando do Regimento Escolar, obedecendo a legislação

existente, são elaborados em consonância com a organização curricular do

estabelecimento.

A avaliação do aproveitamento escolar incide sobre o desempenho do

aluno em diferentes situações de aprendizagem, tendo seus resultados expressos

em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez virgula zero), utiliza técnicas e instrumentos

diversificados, sendo que o rendimento mínimo exigido pelo colégio para o

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aproveitamento é 6,0 (seis virgula zero) como media finais (media aritmética) por

disciplina.

É verdade a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só

oportunidade de aferição.

Os resultados das avaliações do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

serão divulgados trimestralmente. A nota do trimestre é resultado da somática dos

valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em

varias aferições, na seqüência e ordenação de conteúdos.

Na avaliação do aproveitamento escolar, preponderam os aspectos

qualitativos da aprendizagem considerados a interdisciplinaridade e a

multidisciplinaridade dos conteúdos, dando-se relevância à atividade critica, à

capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre memorização.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, ela é continua,

permanente e cumulativa; obedecendo à ordenação e a seqüência do ensino e da

aprendizagem, bem como a orientação do currículo; sendo considerados os

resultados obtidos durante o ano letivo, num processo continuo cujo resultado final

venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar,

tomando na sua melhor forma. A avaliação é registrada em documentos próprios a

fim de assegurar a regularidade e a autenticidade da vida escolar dos alunos.

Após a apuração dos re3sultados finais aproveitamento e frequência,

serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.

Será considerado aprovado o aluno que apresentar:

a) Frequência igual ou inferior a setenta e cinco por cento, sobre o total

da carga horária do período letivo e media anuais inferior a 6,0 (seis virgula zero).

b) Freqüência inferior a setenta e cinco por cento sobre o total da carga

horária do período letivo, com quaisquer media anuais.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a setenta e cinco por

cento e media inferiores a 6,0 (seis vírgula zero), ao longo da serie ou período letivo,

será submetido à analise do Conselho de Classe, que definirá pela aprovação ou

não.

Cabe ao Conselho de classe o acompanhamento do processo de

avaliação, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na

aprendizagem. O Conselho de Classe reunir-se-á, ordinariamente em cada

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trimestre, em datas previstas no Calendário Escolar e, extraordinariamente, sempre

que um fato relevante assim o exigir.

10.10.7 Referências

ALMEIDA Filho, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996. P.54.

CELANI, M.A.A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola publica. São Paulo: Claritas, 1994 CORACI, M.J.R.F. Leitura: decodificação, processo discursivo. In CORACINI, M.J.R.F. (Org) O jogo discursivo na sala de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes. 1995. DONATO, H. Coleção Povos do Passado. S.P. Melhoramentos, 1998. JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do individuo. Curitiba: mimeo, 2004. LEFFA, V.J. Metodologias do ensino de línguas. In: BOHN, H.I;VANDRESEN, P. Tópicos em lingüística aplica: O ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1988 p. 211-236. MEIRELES, S.M. Língua Estrangeira e Autonomia. In:Educar em revista. Curitiba: UFPR, 2002. MUSSALIM, F.;BENTES, A B. Introdução à Lingüística – domínios e fronteiras. Vol. I. II e III. São Paulo: Cortez Editora, 2004. ORLANDI, E.P. A polissemia da noção de leitura. In:discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 1999. ROJO, R.H.R.; LOPES, L.P.M. PCNEM E PCN+ de Línguas Estrangeiras (LE) NO Ensino Médio.In: Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. SARMENTO, S.; MULLER, V (ORGS.). O ensino do inglês como língua estrangeira:estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ) Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Médio. Curitiba: SEED.

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253

OUZA, L.M.T.M. O conflito de vozes na sala de aula. In CORACINI, M.J. (Org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. p. 21-26. VOLPI, M.T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua ação docente. In LEFFA, V. O Professor de Línguas Estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

10.11 DISCIPLINA DE BIOLOGIA

10.11.1 Apresentação geral da disciplina

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA.

Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre

este fenômeno numa tentativa de explicá-l o e ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos

naturais levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu

papel enquanto parte desse mundo. Essa preocupação humana representa a

necessidade de garantir sua sobrevivência.

Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

Médio representam modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas

teóricos), que representam o esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os

recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,

buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões

religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais

no modo como o homem passou a compreender a natureza.

A história da Ciência mostra que tentativas de definir VIDA têm sua

origem registrada desde a antiguidade. Partindo-se da dimensão histórica da

disciplina Biologia, foram identificados os marcos conceituais da construção do

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pensamento biológico. A importância desta compreensão histórica e filosófica da

Ciência está em conformidade com o atual contexto sócio-econômico e político,

estabelecido a partir da compreensão da concepção de Ciência enquanto

construção humana.

10.11.2 Objetivos gerais

A Biologia é uma das ciências que contribui para a formação de sujeitos

críticos, reflexivos e atuantes, por meio de seus conteúdos, desde que

proporcionem o entendimento do seu objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em

toda sua complexidade de relações.

Utilizar de diversos recursos, seja visual, fotográfico, textual, pratico

ambiental, tecnológicos para o conhecimento biológico teórico, auxiliando o mesmo

em temas práticos, instigando o processo critico do aluno, para que ele por ,meio do

conhecimento adquirido possa mudar o mundo a sua volta.

Diante de todas as evoluções e crescimentos acelerado de novos

horizontes científicos, a disciplina de Biologia vive em processo de atualização

continua em que todos os dias e para todos os seres vivos, a ciência vem propor

uma nova descoberta, um novo sentido aos objetivos biológicos, tecnológicos,

ambientais e sociais e que estes novos conhecimentos venham a acrescentar uma

valorização maior à vida e ao meio ambiente.

Mera expectativa de conhecer o mundo, passa pela vida em busca da

melhoria pessoal e comportamental e diante do conceito de Biologia que diz que é o

“estudo da vida e suas manifestações”, cabe a disciplina aprimorar as vantagens

aos recursos para que os seres vivos conheçam o seu corpo, o seus reinos e a sua

saúde em um ambiente qualificado.

Apresentar ao aluno os conceitos históricos de como surgiu o interesse

em conhecer mais da vida, do meio, dos seres vivos e não vivos diante dos

aspectos culturais e que envolvam os meio bióticos e abióticos existentes.

Compreender o movimento teórico com o cotidiano do aluno, aplicando

esses mesmos conhecimentos na prosperidade da humanidade em geral e que são

extremamente importante e útil à melhoria da vida e da sociedade.

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Propor novas idéias diante dos velhos conceitos já analisados por

cientistas, pesquisadores e curiosos no que se refere a historia da Biologia.

Analisar, compreender, problematizar, diagnosticar novas ideias já

proposta e diante destas propostas verificar quais estão atuais, quais estão

obsoletas e quais ainda poderão ajudar na melhoria da vida do estudante e do

cidadão atuante.

Valorizar e aguçar através de estímulos básicos sobre biologia e o meio,

novas hipóteses, criticas, interpretações, propondo ao aluno conhecer o corpo,

cuidar da saúde dele e do planeta, contando com seu discernimento de proteger o

meio ambiente, e ainda das intempéries do meio diante dos fenômenos naturais, em

que nada ou pouco se pode fazer ou prever diante de tais acontecimentos, porem

podemos buscar novas alternativas para a melhoria do meio em que vivemos.

Proporcionar atividades diversificadas através do questionamento de

situações vivenciadas pelo mundo, investigando os níveis de dificuldades para cada

estudante sem esquecer que este mesmo exercício deve sempre estar inserido no

cotidiano do aluno, para que o mesmo usar na vida em sociedade.

Portanto, os principais objetivos são levar o aluno a:

• Compreender as diferenças de complexidade apresentada pelos

seres vivos;

• Perceber a diversidade dos seres vivos e a integração desses

seres para a manutenção do equilíbrio da natureza;

• Reconhecer e sensibilizar-se que o homem é fundamental para a

manutenção do equilíbrio ecológico, sendo que toda mudança

radical provocada por ele em prol do progresso pode determinar o

desequilíbrio da natureza, e como consequência, proporcionar

extinção de espécies;

• Compreender como o conhecimento biológico é produzido e

determinado pelas condições sociais da época;

• Acompanhar o progresso das Ciências e os avanços tecnológicos

que a cada dia oferecem novas alternativas de solução para os

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256

problemas da humanidade;

• Discutir e avaliar as atividades científicas, exercitando o senso

crítico e fazendo a análise criteriosa de questões propostas no seu

dia-a-dia.

10.11.3 Conteúdos estruturantes

1º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Organização dos

Seres Vivos

− Classificação dos seres

vivos: critérios taxonômicos e

filogenéticos.

− Sistemas biológicos:

anatomia, morfologia,

fisiologia.

− Mecanismos de

desenvolvimento

embriológico.

− Teoria celular;

mecanismos celulares

biofísicos e bioquímicos.

− Teorias evolutivas.

− Transmissão das

características hereditárias.

− Dinâmica dos

ecossistemas: relações entre

− - Características dos seres

vivos

− Composição química e

organização da matéria viva

− Metabolismo, homeostase,

movimento, reação, crescimento,

reprodução, adaptação

− Níveis de organização em

biologia

− - Breve histórico da Biologia

− As origens da Biologia

− Biologia e as grandes

questões atuais

− - A investigação científica

− Método hipotético-dedutivo

em ciência, teste de hipóteses

através da experimentação

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os seres vivos e a

interdependência com o

ambiente.

− Organismos

Geneticamente Modificados.

− - As principais subdivisões da

Biologia

− - A origem da vida

− Biogênese versus

abiogênese: os experimentos de

Redi; Pasteur e a derrubada da

abiogênese

− A origem dos primeiros seres

vivos

− - Citologia: a descoberta da

célula

− Histórico e os primeiros

citologistas

− Noções de microscopia:

microscópio óptico e eletrônico

− Células eucariontes e

procariontes

− - Química da célula

− Água: importância e

propriedades

− Sais minerais: importância,

tipos e propriedades

− Carboidratos: tipos e funções

− Lipídios: tipos e funções,

lipídios e membrana celular

− Proteínas: tipos, funções,

aminoácidos, função enzimática,

enzimas (atuação, fatores que

afetam a atividade das enzimas).

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Proteínas simples e conjugadas

− Ácidos nucleicos: tipos de

ácidos nucleicos, DNA e RNA

− Vitaminas: importância e

fontes naturais

− - Envoltórios e membranas

celulares

− Glicocálix

− Parede celular

− Membrana plasmática

− Organização molecular da

membrana plasmática: O

MODELO MOSAICO-FLUIDO

− Permeabilidade da membrana

plasmática: difusão, osmose,

difusão facilitada e transporte

ativo

− Fagocitose e pinocitose

− - O citoplasma

− Citosol

− Retículo endoplasmático

rugoso e liso

− Aparelho de Golgi

− Lisossomos

− Peroxissomos

− Mitocôndrias

− Plastos

− Citoesqueleto

− Centríolos, cílios e flagelos

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259

− - O núcleo

− Componentes do núcleo:

membrana nuclear, cromatina,

nucléolos;

− A estrutura do cromossomo

− Cromossomos homólogos

− Cromossomos gigantes

− - Divisão celular

− Mitose: ciclo, fases

− Meiose: processo geral,

primeira divisão, segunda divisão;

formação de gametas

− - Metabolismo energético

− Fotossíntese

− Quimiossíntese

− Fermentação;

− Respiração: aeróbica e

metabolismo anaeróbico

− - Diversidade celular nos

animais: histologia (estudo dos

tecidos)

− Como se formam os tecidos

− Tipos fundamentais de

tecidos: epitelial, conjuntivo,

muscular, nervoso.

− - Reprodução

− Sexuada e assexuada

− Fecundação

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260

− Embriologia

− - Ecologia

− A dinâmica dos ecossistemas

− Populações e comunidades

− Comunidades em

desenvolvimento

− A biosfera e os biociclos

− Os seres vivos e suas

relações

− Os ciclos biogeoquímicos

2º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Organização dos

Seres Vivos

− Classificação dos

seres vivos: critérios

taxonômicos e

filogenéticos.

− Sistemas

biológicos:

anatomia,

morfologia,

fisiologia.

− Mecanismos de

desenvolvimento

embriológico.

− Teoria celular;

− A classificação biológica

− Importância da classificação

− Categorias taxonômicas

− Nomenclatura binomial

− Os reinos dos seres vivos

− Classificação e parentesco evolutivo:

filogenia e evolução

− - Os vírus

− Características gerais

− Estrutura e diversidade

− Reprodução

− Doenças provocadas por vírus

− - Reino Monera

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261

mecanismos

celulares biofísicos e

bioquímicos.

− Teorias

evolutivas.

− Transmissão das

características

hereditárias.

− Dinâmica dos

ecossistemas:

relações entre os

seres vivos e a

interdependência

com o ambiente.

− Organismos

Geneticamente

Modificados.

− Diversidade e classificação:

arqueobatérias e eubactérias

− Estrutura celular

− Diversidade nutricional das

eubactérias: respiração e fermentação

− Reprodução

− Importância ecológica e econômica

− Doenças provocadas por bactérias

(antibióticos)

− - Reino Protista

− - Características gerais e

classificação

− ALGAS: características, classificação,

reprodução, importância ecológica e

econômica

− PROTOZOÁRIOS: características

gerais e diversidade

− - Classificação: principais FILOS e

suas características

− - Reprodução

− - Doenças causadas por protozoários

− - Reino Fungi

− Características gerais e diversidade

− Estrutura e organização

− Classificação: principais classes

− Reprodução: assexuada e sexuada

− Importância ecológica e econômica

− Fungos e substâncias de uso

farmacêutico

− - Reino Plantae

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− Origem e evolução das plantas

− Classificação A – criptógamas, B –

fanerógamas

A) CRIPTÓGAMAS − - Avasculares:

− Briófitas: características gerais,

diversidade, reprodução

− - Vasculares

− - Pteridófilas: características

gerais, diversidade, reprodução

B) FANERÓGAMAS − Características gerais

− Origem e evolução, adaptações

− - Gimnospermas: características

gerais e reprodução

− - Angiospermas: características

gerais, estudo da raiz, caule, folha, flor,

fruto e semente: classificação:

monocotiledôneas e dicotiledôneas;

anatomia e fisiologia

− - Reino Animal

− Origem e evolução

− Características gerais

− Classificação: vertebrados brados e

invertebrados

− INVERTEBRADOS: características

gerais, anatomia e fisiologia, reprodução

de cada um dos filos

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263

− Filo dos poríferos

− Filo dos cnidários

− Filo dos platelmintos

− Filo dos nematelmintos

− Filo dos moluscos

− Filo dos anelídeos

− Filo dos artrópodos

− - Classes: insetos, aracnídeos,

crustáceos, dipeópodos e quilópodos.

− Filo dos equinodermos

− - VERTEBRADOS: características

gerais, anatomia e fisiologia, reprodução

para cada uma das classes do filo dos

cordados.

− Filo dos cordados

− Classes: agnatos, condrictes,

osteíctes, anfíbios, répteis, aves e

mamíferos

3º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Organização dos

Seres Vivos

− Classificação dos

seres vivos: critérios

taxonômicos e

filogenéticos.

− Sistemas

biológicos: anatomia,

− Genética

− Origem da ciência genética

− Reprodução e hereditariedade

− Base celular da hereditariedade

− A primeira Lei de Mendel –

Monoibridismo

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264

morfologia,

fisiologia.

− Mecanismos de

desenvolvimento

embriológico.

− Teoria celular;

mecanismos

celulares biofísicos e

bioquímicos.

− Teorias

evolutivas.

− Transmissão das

características

hereditárias.

− Dinâmica dos

ecossistemas:

relações entre os

seres vivos e a

interdependência

com o ambiente.

− Organismos

Geneticamente

Modificados.

− A expansão do Mendelismo: os

conceitos de fenótipo e genótipo

− A segunda Lei de Mendel –

Diibridismo

− Noções de probabilidade aplicada à

genética

− O retrocruzamento e os

heredogramas

− As disjunções cromossômicas e o

linkage

− Os alelos múltiplos

− Os grupos sanguíneos humanos

− Interação gênica

− Comportamentos gênicos especiais

− Vinculação ao sexo

− Determinismo do sexo

− Genética de populações

− - Evolução

− A origem da vida

− Teorias da evolução

− Irradiação adaptativa e convergência

− As provas da evolução

− As divisões do tempo geológico

− - Fisiologia Humana

− Sistemas: digestório, circulatório,

respiratório, excretor, endócrino, nervoso,

locomotor, sensorial e imunológico.

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265

10.11.4 Metodologia

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua

complexidade de relações significa pensar em uma Ciência em transformação, cujo

caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar

e a mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento

histórico, social, político, econômico e cultural.

Se por um lado os conteúdos se tornam históricos e enciclopédicos, por

outro não se abre mão do conhecimento científico que garanta o objeto de estudo

de Biologia.

A disciplina de Biologia fará uso de:

• Seleção de conteúdos significativos que possibilitem a formação

de conceitos para a compreensão do ambiente, dos seres vivos e

da interdependência existente entre eles.

• Será utilizada uma metodologia que instigue os alunos a refletirem

sobre o ambiente e os seres vivos, utilizando a análise,

interpretação, pesquisa de vários tipos de documentos.

• Utilização de várias linguagens para compreensão e construção do

conhecimento: filmes, falas, gráficos, charges, números, etc.

• Elaboração de pesquisas;

• Atividades individuais e coletivas;

• Interpretação de textos, aulas expositivas e debates;

• Aulas de campo e de laboratório.

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10.11.5 Critérios de avaliação

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste

modo, a avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como

instrumento, cuja finalidade é obter informações, necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos

de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento

dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de

ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.

Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de

superar os obstáculos.

A avaliação será feita através de:

• Produção textual a partir de atividades, práticas, vídeos e leitura d

textos de revistas;

• Pesquisas e/ou trabalhos, seguidos de palestras ou debates;

• Produção de relatórios;

• Arguição oral;

• Participação em atividades práticas e no contexto geral das aulas

(relacionamento aluno X aluno e professor X aluno);

• Interpretação de textos;

• Interpretação de situações-problema;

• Provas subjetivas, discursivas e objetivas

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267

10.11.6 Referências

AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna. 1ª Edição. São Paulo: Ed. Moderna, 1990.

_______. Biologia. Vols. 1,2,3 e 4. 1ª Edição. São Paulo: Ed. Moderna, 1995.

FAVARETTO , José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Vol. Único. 1ª Edição. São Paulo: Ed. Saraiva, 1994.

SOARES, José Luis. Biologia. 2º Grau. Vols. 1,2 e 3. São Paulo: Scipione, 1996.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje. Vols. 1,2 e 3. 6ª Edição. São Paulo: Ed. Ática, 1997.

MACHADO, Sídio. Biologia: de olho no mundo do trabalho. 1ª Edição. Vol. Único. São Paulo: Scipione, 2003.

PAULINO, Roberto Wilson. Biologia. 1ª Edição. Vol. Único. São Paulo: Ática, 2003.

LAURENCE, J. Biologia: Ensino Médio. Vol. Único. 1ª Edição. São Paulo: Nova Geração, 2005.

10.12 DISCIPLINA DE FILOSOFIA

10.12.1 Apresentação geral da disciplina

Para os que pensam que a escola deve ensinar a “ler, escrever e contar”

parece que realmente Sociologia e Filosofia seriam fonte de eruditismo e

enciclopedismo inúteis. Mas o mesmo se daria com a geometria analítica, a

trigonometria, o cálculo integral; o mesmo se passaria com cálculo estequiométrico,

os principal estruturadores da tabela periódica; o mesmo com relação às bases

nitrogenadas que compõem o DNA ou as partes das flores e os ossos e órgãos do

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corpo humano; ou os tipos de rochas e composição geomorfológica e paisagens

brasileiras; ou ainda, questões de historiografia e análise de fontes históricas; e,

para resumir, conhecimentos de literatura brasileira. Mas é do conhecimento de

todos que há níveis diversos desse “ler, escrever e contar”. Mesmo um analfabeto

lê, escreve e conta. Não fosse assim, a história da escravidão chegaria até nós

apenas pelos testemunhos dos senhores; não fosse assim, a América Pré-

Colombiana não se apresentaria a nós senão pela visão de Cortez, Caminha e

congêneres, não fosse assim e boa parte da arqueologia estaria condenada a um

mutismo: não teria o que ler, pois nem tudo foi escrito em alfabeto. Há níveis desse

ler, escrever e contar, portanto. E, num certo sentido, as disciplinas escolares já no

“ginásio”, já no “colégio” são um deslocamento daquele ler e escrever e contar

dados pela alfabetização e aritmética no “primário”. Pode-se inclusive duplicar o

sentido de contar e se encontra aí o contar histórico, a narração, contar os fatos no

tempo que, antes de tudo, é medida. Se Galileu inicia a Ciência Moderna dizendo

que Deus escreveu o universo em língua matemática que é preciso ler, sem o que

“vagamos dentro de um labirinto escuro”, não se pode ter outra compreensão do

desenvolvimento das ciências senão o de leitura constante e renovada do mundo.

Deste ponto de vista, tanto a Filosofia como a Sociologia são formas de leitura do

mundo, por isso não se pode confundir essa competência de leitura com os

resultados da leitura da Filosofia e Sociologia, pois o que é insubstituível é esse

olhar filosófico e o olhar sociológico da questão.

Tanto a Filosofia como a Sociologia não se reduzem a conteúdos, clichês,

diagnósticos já deslizando para o domínio público e declamando nas esquinas, nas

“enquetes” rápidas e rasteiras divulgadas pelos meios de comunicação de massa,

em especial, pela TV. Essa experiência é formada à medida que o aluno vão

dominando e manipulando linguagens especiais, testado e efetivando explicações,

decodificando e compreendendo a estrutura do social e dos discursos sobre o

mundo e sobre o homem. Ora, a Filosofia e a Sociologia são sabores e práticas e

envolvem tecnologias necessárias e insubstituíveis na formação, não só da

cidadania – se é que a cidadania é compreendida tão estritamente, ao que parece,

como exercício de voto-, mas do indivíduo como ser humano, o que ultrapassa

fronteiras territoriais e o imediatismo do contexto político. São duas formas de

conhecimento básicas – como processo, como produto – de uma educação

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269

humanista, tão renegado pela legislação anterior (Reforma 5692/71), e que se

espera resgatada pela lei atual (Lei 9394/96).

Sabe-se bem que as ciências se transformam quando assumem uma

postura crítica em relação aos seus próprios paradigmas. Nesse momento, as

ciências não só abandonam pontos de vista e superam conhecimentos

consagrados, mas também, num certo sentido, transitam para outro campo, dessa

forma recuperam uma dimensão filosófica, condição dessa transformação. Se a

história das ciências pode ser interpretada como processo de desenvolvimento e

acúmulo de avanços de conhecimento sobre o mundo e o homem, a Filosofia

aparece como condição dessa história, isto é, da necessidade das crises, da

experiência das crises, da superação das crises, da superação das crises.

Pensando agora no conjunto das disciplinas presentes no currículo do ensino médio,

reconhece-se esse papel fundamental que a Filosofia desempenha como elemento

crítico dos pressupostos e procedimentos das ciências. É importante notas que não

se refere a uma criticidade abstrata, tão ao gosto do discurso pedagógico – “formar

o aluno crítico, etc”-, mas a uma criticidade que põe em discussão e estrutura, os

critérios, a linguagem e os compromissos que formam um ponto de vista científico.

Eliminar a Filosofia desse contexto significa apostar uma pretensa intuição natural

ao processo de conhecimento ou, o que é pior, à simulação de uma competência

filosófica espontânea.

É interessante notar que o mundo extra-escolar tento a Filosofia como a

Sociologia têm sido a preferência central dos debates em torno de problemas atuais

que interessam ou afetam a humanidade. Discussões sobre pós-modernidade ou

sobre globalização têm sido travadas de forma constante e sistemática por esses

dois campos de saber, sendo impossível discorrer sobre o caso sem citar autores ou

recorrer a conceitos cunhados que escapem a esses campos. Isto revela a

competência permanente da Filosofia e da Sociologia quer para formular as

questões que interessam, quer para apresentar as respostas pertinentes. Estão aí

também duas razões pelas quais não podem estar ausentes do ensino médio.

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10.12.2 Objetivos gerais

• Auxiliar ao educando na passagem do senso comum ao bom

senso, vencendo obstáculos para a sua realização;

• Mostrar que as ideias do texto filosófico têm uma abordagem

diferenciada sobre o mundo, em relação às demais formas de

saber;

• Levar o educando a lançar outro olhar sobre o mundo e sobre si

mesmo;

• Por meio de interrogações conceituais e ao buscar o fundamento

do saber e do agir, fazer a crítica da cultura e se pronunciar como

discurso contra-ideológico;

• Superar o saber fragmentado e estabelecer a interdisciplinaridade;

• Educar para a inteligibilidade e para a autonomia intelectual;

• Desenvolver a atitude crítica e o pensamento crítico;

• Ampliar a visão do mundo;

• Conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de

sentido;

• Desenvolver a reflexão filosófica.

10.12.3 Conteúdos estruturantes

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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MITO E FILOSOFIA

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do mito;

O que é filosofia?

TEORIA DO

CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

ÉTICA

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade

das normas.

FILOSOFIA POLÍTICA

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera política e privada;

Cidadania formal e/ ou participativa;

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FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepção de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

ESTÉTICA

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico,

cômico, grotesco, gosto, etc.

Estética e sociedade

10.12.4 Metodologia

Em termos práticos, a conquista da inteligibilidade pelos alunos pode

advir da proposição, pelo professor, de exercícios operatórios, nas leituras de textos.

Nas redações, nas discussões; na aquisição de uma determinada informação, na

elaboração de um conceito, é preciso levar em conta a qualidade do conteúdo e a

situação de aprendizagem. Em filosofia, os trabalhos operatórios visam ao

desenvolvimento de habilidades em construir e avaliar proposições em determinar

os princípios subjacentes a elas – o que passa pelo sentido das palavras e pela

atenção à cadeia sintática, pelo menos. O pensamento crítico não provém, portanto,

da simples discussão, ou a confrontação de posições contrárias, ou da doação de

soluções pelo professor. A crítica pode ser avaliada pela capacidade dos alunos em

formular questões e objeções de maneira organizada, estruturada (rigorosa). A

prática, sempre interessante, de integrar os alunos – provocando-os para a dúvida,

a produção de interferências e a articulação de experiências e teoria – é útil,

principalmente naquelas situações em que os alunos não têm condições de aplicar

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273

imediatamente uma regra pelo exercício de uma retórica já desenvolvida. Explorar

os trabalhos operatórios talvez seja o grande caminho para o professor de Filosofia.

Ensinar Filosofia enquanto disciplina escolar implica determinar uma

ordem de conhecimento e práticas a que se poderia denominar ordem da

transmissibilidade, inscrita na própria história da Filosofia. A busca dessa ordem

dedica-se a especificar aquilo que na ação pedagógica é dimensionado como

encenável, embora tendo em vista que não se desdenhe o encenável, este

indeterminado da educação. O foco de atenção de cada disciplina, como se sabe,

diz respeito ao que pode ser ensinado e aprendido (incluindo-se aí o como sr

aprende), enquanto processos pensados institucionalmente; isto é, a determinação

do que pode e deve ser apreendido tendo-se em vista as necessidades de formação

e saber inscritos culturalmente e solicitados socialmente. Aquilo que se enuncia pela

designação aula é um espaço em que se efetivam as condições de

transmissibilidade: um trabalho que articula materiais e linguagens, conceitos e

procedimentos, explicando o que, já intrinsecamente na disciplina, é disposição para

a transmissibilidade.

10.12.5 Critérios de avaliação

A avaliação apresenta a função diagnóstica, quebrando o dogma da

verificação, entrando no campo da prática, como discussão com o outro,

propiciando e preparando a experiência do pensamento filosófico, subsidiando e

redirencionando o curso da ação no processo ensino- aprendizagem.

Os envolvidos com este processo educativo deverão respeitar as

posições do outro, pois o que estará em jogo é a capacidade de argumentar e de

identificar os limites destas posições. É primordial avaliar a capacidade

argumentativa do estudante para criar conceitos.

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274

10.12.6 Referências

ARANHA, M. L. A. Temas de filosofia. 3. ed. Ver. São Paulo: Moderna, 2005.

CHAUI. M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2004.

ORIENTAÇÕES CURRICULARES. Filosofia. Paraná: Secretaria do Estado da Educação, 2006.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Filosofia do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

10.13 DISCIPLINA DE FÍSICA

10.13.1 Apresentação da disciplina:

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua

complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo

da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.

As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de

acordo com o que se conhece sobre ele. Aristóteles, no século IV a.C., apresentou

argumentos bastante convincentes para mostrar a forma arredondada da Terra e

desenvolveu uma Física para tentar compreender a nova visão de mundo terrestre.

Aristóteles lança o argumento dos quatro elementos que formariam o Universo:

terra, água, fogo e ar. Era observado o comportamento natural dos corpos

terrestres, em um cosmos considerado ordenado, hierárquico e imutável: os

elementos terra e água, por serem pesados, buscavam uma aproximação com o

centro do Universo; enquanto os elementos fogo e ar, leves, tentavam afastar- se

dele. Esses movimentos contribuíam para a formação de uma matéria pesada no

centro do Universo.

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275

O conhecimento medieval do Universo era associado a Deus, validado

pela Igreja Católica e transformado em dogmas. O Cosmo medieval era ordenado,

hierárquico e imutável. Por isso, as coisas tendiam a permanecer em seu lugar

natural. A Terra ocupava uma posição de destaque, visto que era o lugar onde vivia

o Homem, criação divina perfeita.

A cosmologia de Ptolomeu foi aceita pela Igreja porque respeitava este

Cosmo, isto é, colocava a Terra no centro do Universo. A filosofia medieval cristã

(escolástica) submetia a fé e “as verdades científicas” ao cristianismo, valorizava as

questões espirituais e, com isso, afastava os filósofos dos estudos dos fenômenos

naturais.

As observações e cálculos do polonês Nicolau Copérnico (1473-1543),

por exemplo, insistiam em revelar que era o Sol o centro de um sistema, a qual a

Terra era apenas um planeta. A partir disso, ele propôs o novo modelo de

explicação do universo (heliocentrismo), uma ideia já defendida muito antes por

Aristarco de Samos (310-210 a.C.), para quem o Universo tinha um fogo central.

Naquele contexto histórico, Galileu Galilei (1562-1643) inaugurou a Física

que conhecemos hoje. O Universo deixaria de ser finito e o céu deixou de ser

perfeito. O espaço passou a ser mensurável, descrito em linguagem matemática.

Caruso e Araújo (1998) ressaltam outro aspecto fundamental do método

científico de Galileu: o valor epistemológico atribuído à experimentação que, ao

contrário da contemplação e da argumentação racional, seria o caminho para a

verdade.

Ao instituírem o método científico, Bacon, Galileu, Descartes e,

provavelmente, outros anônimos, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle

sobre o conhecimento e iniciaram um novo período que chamamos de moderno, o

que possibilitou a Isaac Newton realizar a primeira grande unificação da ciência, que

elevou a Física, no século XVII, ao status de Ciência.

Enquanto Copérnico, Kepler e outros antecessores e contemporâneos,

deram grande importância à composição da matéria, essência dos corpos

identificados nas formas geométricas, Newton preocupou- se com as leis do

movimento e com a forma como se dá a interação entre os corpos, o que foi

sintetizado na Teoria da Gravitação.

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276

Essa ciência moderna indicava a ideia de que o Universo se comporta

com uma regularidade mecânica5, ou seja, era uniforme, mecânico e previsível.

Além disso, essa ciência alicerçava- se em dois pilares principais:

• a Matemática como linguagem para expressar leis, ideias e elaborar

modelos para descrever os fenômenos físicos;

• a experimentação como forma de questionar a natureza, de

comprovar ou confirmar ideias e de testar novos modelos.

A síntese elaborada por Newton explicava de forma satisfatória

fenômenos celestes e terrestres, por isso seu trabalho foi considerado, pelos

filósofos europeus iluministas do século XVIII, especialmente na França, o caminho

correto para o conhecimento do Universo.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e

econômico favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das

máquinas a vapor à indústria trouxe mudanças no modo de produzir bens e

contribuiu para grandes transformações sociais e tecnológicas e também para o

desenvolvimento da termodinâmica.

O calor passou a ser entendido como uma forma de energia

relacionada ao movimento, o que possibilitou o estabelecimento das leis da

termodinâmica, outra grande unificação na Física

Nesse contexto houve mais uma unificação na Física, cuja

sistematização coube ao escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861. Ao lado

da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do eletro

magnetismo, sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os

campos de força até então conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases

tanto para a produção e uso da energia elétrica quanto para as modernas

telecomunicações. (MENEZES, 2005, p. 21)

Até meados do século XIX, todos os problemas, aparentemente,

poderiam ser resolvidos pela Física Newtoniana, pelas leis da termodinâmica e

pelas equações de Maxwell. Entretanto, faltava algo, uma base experimental para

comprovar a existência do éter, meio hipotético que possuiria propriedades

especiais e supunha- se que fosse através dele que as ondas eletromagnéticas se

propagavam. Esse meio, o éter, que tinha sido considerado por René Descartes no

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277

século XVII, foi retomado no século XIX, pois a intenção era manter a imagem de

um Universo mecânico criado pelo homem no século XVII.

Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início

do século XX. Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao

perceber que as equações de Maxwell não obedeciam às regras de mudança de

referencial da teoria newtoniana. Ao decidir pela preservação da teoria, Einstein

alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma nova visão do espaço e do

tempo, sem o éter.

10.13.2 Objetivos gerais da disciplina

O estudo da Física tem como objetivo fazer com que os alunos

compreendam que ela está presente em nosso dia a dia, quando andamos em um

carro (cinemática), o por que do céu ser azul (óptica), como e porque se formam

raios em uma tempestade (electromagnetismo), essa relação faz com que os alunos

se interessem em saber como esses fenômenos são explicados, e que eles não são

por acaso ou tão pouco sem explicação Física coerente.

A Física, como ciência que estuda os fenômenos que ocorrem no

universo, tem como papel primordial no momento atual em que a tecnologia

desponta, a preparação do educando para o exercício da cidadania.

Sendo assim, é importante levar em consideração as características

próprias da clientela atendida e partindo delas desenvolver um ensino que possa

corresponder com as expectativas levantadas através de um estudo qualitativo da

situação sócio- econômica da comunidade local. Devendo, portanto, oportunizar aos

alunos a possibilidade de compreender o Universo sob a perspectiva da Física; ter

condições de elaborar sínteses sob o tema trabalhado; ter motivação e interesse em

investigar os fenômenos físicos e desenvolver o raciocínio lógico; perceber as

aplicações práticas da Física no mundo.

10.13.3 Conteúdos estruturantes

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1ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Movimento

Movimentum e inércia

Conservação de

quantidade de

movimento

(movimentum)

Variação da

quantidade de

movimento= impulso

2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton e

condições de

equilíbrio

Energia e o princípio

da Conservação da

energia

Gravitação

Sistema Internacional de Unidades

Conceito de movimento

Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)

Movimento retilíneo uniformemente

variado (MRUV)

Equação de Torricelli

Movimento em queda livre

Leis de Newton

Massa e Peso

Estática do ponto material

Plano Inclinado, componentes do peso

de um corpo

Forças de Atrito

Movimento Circular Uniforme

Conceito sobre trabalho de uma força

Potência e Rendimento

Trabalho e energia

Energia cinética e energia potencial

Energia mecânica: Conservação da

energia mecânica de um sistema

Quantidade de movimento

Conservação da quantidade de

movimento e impulso

Gravitação – Leis de Kepler

Lei da Gravitação Universal

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2ºANO

Conteúdo

Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Termodinâmica

Leis da

Termodinâmica:

Lei zero da

Termodinâmica;

1ª Lei da

Termodinâmica;

� 2ª Lei da

Termodinâmica;

Equilíbrio Térmico e Temperatura

Medidas de Temperatura

Dilatação Térmica

Calor

Primeira Lei da Termodinâmica

Fontes de Luz

Reflexão da luz

Espelhos (planos e esféricos)

Leis da refração

Lentes esféricas

Construção gráfica de imagens

Instrumentos ópticos

Defeitos de visão

Interferência e difração

Movimento ondulatório

Ondas mecânicas e eletromagnéticas

Formas de Propagação de uma onda

Ondas periódicas

Ondas estacionárias

Período e frequência de uma onda

Equação fundamental das ondas

Características do som

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3ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Eletromagnetismo

Carga, corrente

elétrica, campo e

ondas

eletromagnéticas

Força

eletromagnética

Equações de

Maxwell: Lei de

Gauss para

eletrostática/ Lei de

Coulomb, Lei de

Ampère, Lei de

Gauss magnética,

Lei de Faraday

A natureza da luz e

suas propriedades

Carga Elétrica e processos de eletrização

Lei de Coulomb

Conceito de Campo elétrico

Potencial Elétrico

Corrente elétrica

Diferença de Potencial e corrente elétrica

Resistência Elétrica e lei de Ohm

Associação de resistores

Potencia Elétrica

Geradores e força eletromotriz

Equação dos geradores

Circuitos elétricos

Características dos ímãs

Magnetismo da Terra

Campo Magnético e vetor campo

magnético

Campo magnético de um fio retilíneo e

longo

Força Magnética sobre uma partícula

Força Magnética entre condutores

Indução eletromagnética

Lei de Faraday

Lei de Lenz

Transformadores

Introdução à teoria da relatividade restrita

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10.13.4 Metodologia

Os conteúdos serão desenvolvidos ao longo do curso tomando- se como

principio metodológico a apresentação dos princípios básicos gerais e

desenvolvendo conceitos mais complexos à medida que curso avança. As

atividades incluem resolução de problemas com diferentes níveis de dificuldades e

que tratam de diversos aspectos do conteúdo em questão, os alunos serão

orientados em trabalhos individuais e em equipes buscando soluções para os

problemas apresentados. Dentre os recursos disponíveis para o desenvolvimento

das aulas destacamos o uso do quadro negro e da TV multimídia para aulas

expositivas com uma maior riqueza de ilustrações e de objetos do cotidiano do

aluno. Através de vídeos e fotos buscamos apresentar aos alunos com maior

clareza e objetividade os assuntos pertinentes. O laboratório de informática e a

biblioteca também se constituem espaços privilegiados para os estudos e pesquisa,

para o planejamento prevê a utilização desses espaços. Na utilização da biblioteca

destacamos a pesquisa bibliográfica e a consulta de fontes exclusivas, como as

grandes vantagens desse espaço, já o laboratório de informática pode ser utilizado

como fonte de pesquisa e de uso da tecnologia para a simulação e reprodução de

fenômenos físicos.

10.13.5 Avaliação:

O processo de avaliação deverá seguir a mesma linha de trabalho

desenvolvido, diagnosticando e ao mesmo tempo atuando como estratégia para a

revisão, permitindo ao aluno expressar seus conhecimentos e perceber suas

dificuldades.

A medida que os conteúdos forem desenvolvidos, o professor poderá

adaptar os procedimentos avaliativos,valorizando todas as atividades realizadas

pelos alunos, dentre elas: trabalhos individuais e em grupo, provas, pesquisas e

apresentações.

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As avaliações realizadas em forma de instrumentos, são essenciais para

obter o controle do desempenho, indispensável à progressão do aluno,

complementando assim o ciclo avaliativo.

10.13.6 Referência

CARUSO, F.; ARAÚJO, R. M. X. de. A Física e a Geometrização do mundo: Construindo uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998. CARRON, Wilson. As Faces da Física: volume único, 3º ed. Moderna, São Paulo. 2006 FERRARO, Nicolau Gilberto. Física básica: volume único – 2º ed. Atual, São Paulo, 2004 GASPAR, Alberto. Física – Volume único. Ática, São Paulo. 2005 MENEZES, L. C. A matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.

10.14 DISCIPLINA DE QUÍMICA

10.14.1 Apresentação geral da disciplina

A química é o estudo dos materiais, suas transformações naturais ou

influenciadas pela interferência humana e deve ser demonstrada aos nossos alunos

de forma que amplie a visão sobre a origem, evolução, importância e campo atual

de estudo da mesma, com abordagem e discussão de questões fundamentais: o

grande elo entre ensino-aprendizagem.

Estudando a química, o aluno deve ter uma visão clara sobre a

importância da interdisciplinaridade, que garantirá a ele uma formação ampla do

universo que o rodeia e não somente científico.

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Historicamente o homem desde a sua trajetória primitiva, vem

acumulando conhecimentos necessários para sua sobrevivência, o que

proporcionou a trajetória atual em que a química vai percorrendo e avançando cada

vez mais acompanhando o desenvolvimento da humanidade. Segundo Chassot

(2004, p. 119),

A busca de novos materiais para o fabrico de vestuário e para construção

de habitações se assemelha ao que faziam os alquimistas, que com a evaporação

dos líquidos ou com a re calcinação de sólidos procuravam melhorar a qualidade

das substâncias. As retortas, os cresóis, os alambiques de então estão nos

modernos laboratórios de hoje, sob a forma de sofisticada aparelhagem de vidros

especiais.

A história da química acompanha muitos fatos políticos sociais , culturais

e, principalmente as transformações ambientais decorrentes da extração e

modificação provocadas pelo próprio desenvolvimento da humanidade. O aluno

deve perceber que a maioria das descobertas até hoje, só foi possível graças os

acidentes ocasionais e não por somente uma preocupação científica. No século XV ,

a burguesia , já preocupada com a cura de doenças começava a comandar o

processo produtivo e no século XVI vemos o nascimento da Iatroquímica, uma

leitura cosmológica da ciência relacionada com a religião.

No século XVII, o mágico deu lugar ao científico com a investigação sobre

a composição da matéria. Iniciando com Lavoisier que elaborou o Tratado

Elementar da Química, com uma linguagem universal para a química estabelecendo

alguns fundamentos.

Jhon Dalton apresentou suas teorias sobre a constituição da matéria no

século XIX e Wöhlersintetizou a ureia, uma substância orgânica , a partir de um

composto inorgânico, superando a Teoria da Força vital. Os interesses da indústria

no século XIX impulsionaram novas pesquisas e descobertas sobre o conhecimento

químico e descobertas sobre eletricidade esclareceram a estrutura da matéria..

Surgem então os laboratórios de pesquisa, no século XX, a Química e

outras ciências naturais tiveram um grande desenvolvimento nos Estados Unidos e

Inglaterra. Depois da segunda guerra mundial e no final do século XX , passamos a

conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação com o

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aumento da sua eficiência e a ampliação do seu uso que vem modificando algumas

maneiras de viver.

O conhecimento químico está inserido na vida humana, interligado com

os demais campos do conhecimento daí a importância da presença da química na

escola formal e, especialmente, no ensino médio que completa a educação básica.

O objeto de estudo da disciplina de Química é a formação de conceitos

científicos. O processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (MALDANER, 2003, p.144) se dá a partir de uma ação pedagógica em

que a partir de conhecimentos anteriores dos alunos seja permitido aos mesmos o

entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais que acontecem

com os materiais e substâncias por meio de conceitos químicos.

Assim,o curso da vida moderna mantém uma relação com as recentes

conquistas da química e é impulsionada pelos interesses econômicos, sociais,

culturais e até mesmos religioso. As novas substâncias descobertas e sintetizadas

nos laboratórios permitem o surgimento de novos produtos fabricados pelas

indústrias.

Iniciamos o século XXI com a atenção voltada para as rápidas

transformações ambientais resultantes de um consumismo exagerado e da falta de

conhecimento e controle da produção de substâncias químicas, os quais, tem

gerado inúmeros problemas de ordem social e econômica.

Passamos a conviver com catástrofes na natureza e sendo desafiados

diariamente a entender todos esses fenômenos de impacto mundial.

O impacto sobre o meio ambiente é decorrente ... à ânsia consumista que

o capitalismo conseguiu disseminar na consciência da humanidade e que se

identifica na busca ... acelerada, sendo a própria razão ontológica do processo

civilizatório. (MALDANER apud BUARQUE, 1990, p. 120)

Percebemos a urgência e eminência da humanização do ensino da

química em detrimento de uma sociedade que respeite o ser humano, preserve os

recursos naturais, tão importantes para sua sobrevivência, e que aprenda a

administrá-los dentro de um desenvolvimento sustentável.

Resumindo: milhares de produtos, alimentos, componentes

eletrônicos,drogas farmacêuticas, fertilizantes, embalagens entre outros, são

resultados dos avanços dos conhecimentos químicos e devem ser trabalhados com

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os alunos, pois aproximar o aluno e a ciência do dia-a-dia, tirando o conceito que os

alunos tem de que a química é utilizada somente no Ensino Médio, mas sim no

cotidiano, no presente e no futuro da humanidade. Segundo BERNARDELLI (2004,

p. 2)

[...]devemos criar condições favoráveis e agradáveis para o ensino e

aprendizagem da disciplina, aproveitando, no primeiro momento, a vivencia dos

alunos, os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural e a mídia, buscando com isso

reconstruir os conhecimentos químicos para que o aluno possa refazer a leitura de

seu mundo.

Em relação à leitura de mundo, o aluno deverá posicionar- se

criticamente nos debates conceituais, articulando o conhecimento químico às

questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção coletiva do

conhecimento a partir do ensino, da aprendizagem. É preciso ter clareza também de

que o ensino da química como de outra ciência deve ser sob o prisma da atividade

humana, portanto sem verdades absolutas.

O entendimento das implicações sociais, ambientais, políticas e

econômicas do conhecimento químico envolve também aspectos afetivos em

relação a aprendizagem.

A consciência de que o conhecimento científico é assim dinâmico,

mutável, ajudará o educando e a professora ter uma necessária visão crítica da

ciência. O conhecimento deve ser construído pelo aluno, não somente transmitido,

pois aquilo que ele traz como experiência influencia na sua aprendizagem.

Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica; significa dar voz aos

alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor, mas para que

expressem sua própria visão de mundo. Conhecer química significa compreender as

transformações químicas que ocorrem no mundo físico e assim poder julgar mais

fundamentadamente, as transformações advindas da mídia e da escola.

No ensino da química incentivar atividades extraclasse, desenvolvimento

de projetos interdisciplinares e iniciação à pesquisa. Os conhecimentos químicos

podem ser encaminhados ao longo da história, mostrando um saber construído pelo

homem, pois a química deixará de ser um problema como as demais ciências,

solução para o sucesso construindo uma sociedade tecnológica inovadora.

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A ciência é uma atividade profundamente humana, portanto construída e

reconstruída constantemente. Como atividade humana, sofre interações com outros

campos de atividades humanas (religiosos, psicológicos, sociológicos, econômicos e

políticos). Nessa ação coletiva, o professor deve atuar como mediador.

A escolha dos Conteúdos Estruturantes recaiu sobre esses três enfoques,

os quais como a Química se estruturou enquanto ciência e como disciplina escolar,

tendo a preocupação de articulá-los com a especificidade regional.

MATÉRIA E SUA NATUREZA

É o Conteúdo Estruturante que identifica a disciplina de Química, por se

tratar da essência da matéria, é ele que abre o caminho para um melhor

entendimento dos Conteúdos Estruturantes na disciplina de Química. Para poder

evidenciar nosso estudo usaremos exemplos de Conteúdos específicos de Matéria e

sua natureza: Estrutura da matéria, Substância, Misturas, Métodos de Separação,

Fenômenos Físicos e Químicos, Estrutura Atômica, Distribuição Eletrônica, Tabela

Periódica, Ligações Químicas, Funções Químicas, Radioatividade, o que acaba

envolvendo reações de pilhas ( oxidação e redução). Em Matéria e sua Natureza

também será abordado o detalhamento da química orgânica: hidrocarbonetos e

suas funções energéticas dentro do sistema “planeta Terra”.

A abordagem da história da Química é necessária para a compreensão

de teorias e, em especial, dos modelos atômicos. A concepção de átomo é

imprescindível para que se possam entender os aspectos macroscópicos dos

materiais com que o ser humano está em contato diário e perceber o que ocorre no

interior dessas substâncias, ou seja, o comportamento microscópico.

Desde o conceito de átomo indivisível (Leucipo e Demócrito) até o

conceito atual do átomo (partícula- onda), foram desenvolvidos modelos de átomos

para explicação do comportamento da matéria. Por isso é preciso relacionar os

acontecimentos históricos para perceber que os modelos atômicos foram sendo

substituídos a partir de importantes descobertas, tais como a eletricidade e a

radiatividade.

Neste momento a abordagem de conteúdos específicos como:

distribuição eletrônica e ligações químicas, diagrama de Linnus Pauling. Porém,

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deve ser abordado como um mecanismo para o entendimento da tabela periódica,

para que promova um aprendizado significativo, pois a utilização isolada do

diagrama permite apenas uma memorização temporária.

Ao trabalhar os conteúdos ácido- base, utiliza- se usualmente apenas a

teoria de Arrenhius, para explicitar o conceito. Existem, porém, outras duas

importantes teorias, a Brönsted - Lowry e a Lewis. A teoria de Brönsted tem uma

maior abrangência, é mais complexa do que a teoria de Arrenhius. Ao compreender

aluno terá condições suficientes de analisar algo mais simples. Isto não significa que

se deve abandonar a teoria de Arrhenius, mas ampliar as possibilidades de ensino

aprendizagem no desenvolvimento do conteúdo ácido- base.

Na maioria das vezes, as propriedades coligativas estudadas nas

soluções são deixadas de lado, no entanto são elas que dão significado ao

comportamento das moléculas nos três estados físicos da matéria e ao ponto tríplice

nos diagramas de fases. O que não se deve privilegiar, na abordagem do conteúdo

soluções, isto é, propriedades coligativas, são os problemas, baseados unicamente

na aplicação de fórmulas (que são simplesmente exercícios matemáticos). É preciso

que o trabalho pedagógico possibilite ao aluno a construção de conceitos científicos.

BIOGEOQUÍMICA

Este Conteúdo Estruturante é caracterizado pelas interações existentes

entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera e historicamente constituem- se a partir de

uma sobreposição de biologia, geologia e química.

O conteúdo Estruturante Biogeoquímica pode ser desdobrado nos

seguintes conteúdos específicos: Soluções, Termoquímica, Cinética Química,

Equilíbrio Químico, reações químicas, cálculos químicos (massa molar, volume

molar, fórmulas químicas, equivalente-grama de substâncias químicas),

estequiometria.

Ao tornar- se sedentário e dedicar- se à agricultura, o homem, descobriu,

pouco a pouco, que a terra é rica em alguns elementos químicos como enxofre,

cloro, sódio, entre outros. Descobriu também que uma plantação absorve

determinados nutrientes do solo, exaurindo- o desse elemento, podendo torná -lo

infértil. Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das

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plantas e a utilização do esterco, por exemplo, percebeu- se a importância da

reutilização do solo com uso de fertilizantes que mais tarde seriam produzidos em

laboratório.

Os estudos de maior impacto no combate às pragas por meio da

utilização de pesticidas e herbicidas levaram à descoberta do DDT, BHC,

Organoclorados e Organofosforados. O DDT descoberto em 1939 trouxe inúmeros

benefícios no controle de insetos, especificamente na agricultura e no bem estar

humano. Naquela época, o DDT era o inseticida de muita abrangência e muito

eficiente, fácil de produzir, pouco tóxico para mamíferos e de uso adequado para o

campo.

O amplo espectro de sua ação se estendia a muitos insetos que tinham

uma função importante no equilíbrio ecológico. Os insetos indesejáveis

desenvolveram mecanismos de resistência ao inseticida, fazendo com que os

agricultores pulverizassem suas plantações com quantidades excessivas,

ocasionando carreação para os rios com ajuda da água de chuva. Além disso,

estudos revelaram que o seu uso resultava na bioacumulação desse produto

químico em sistemas biológicos, afetando a vida silvestre, os peixes e as aves. O

homem, devido a sua dieta variada e sua posição na cadeia alimentar apresenta

maior probabilidade de bioacumulação.

No Brasil, a chegada dos adubos, fertilizantes, insumos agrícolas,

máquinas, resultado da política econômica do período por imposição do mercado

internacional desses produtos.

As abordagens dos ciclos globais: do carbono, enxofre, oxigênio e

nitrogênio suas interações na hidrosfera, atmosfera e litosfera são imprescindível

para a exploração de todas as funções químicas, para permitir a descaracterização

da dicotomia entre Química Orgânica e Inorgânica.

QUÍMICA SINTÉTICA

Este Conteúdo Estruturante foi consolidado a partir da apropriação da

Química na síntese de novos produtos e novos materiais e que permite o estudo

que envolve produtos farmacêuticos, as indústrias alimentícias (conservantes,

acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes, agrotóxicas.

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Outros conhecimentos químicos que são utilizados no preparo de

medicamentos eficazes, como o ácido acetil salicílico (primeiro fármaco sintetizado),

os antibióticos, os anti-histamínicos, os anestésicos como compostos citados e

referendados como pertencentes à Química Orgânica.

Cabe, neste momento, lembrar que são muito utilizados atualmente, na

Medicina, medicamentos em cujas fórmulas, encontram- se metais, elementos da

Química Inorgânica. Metais como ferro, cobre, bismuto, zinco, magnésio, lítio, entre

outros, são considerados primordiais para a manutenção equilibrada das funções do

corpo humano. Entrando estudo dos elementos químicos e suas propriedades. Por

exemplo: doenças parasitárias como leishmaniose e esquistossomose, ainda tão

comuns em nosso país, podem ser tratadas com eficácia com medicamentos à base

de antimônio. Infelizmente o acesso a esses e outros medicamentos não é

alcançado por todas as classes sociais. Os conteúdos envolvendo o conceito de

ácido e base, bem como suas funções, sendo colocados de forma cotidiana.

A apresentação de conteúdos a esse respeito, nos livros didáticos

tradicionais em geral, privilegia o estudo de nomenclatura e classificação,

principalmente dos compostos pertencentes à “Química Orgânica”, não se detendo

na composição de aminoácidos, proteínas lipídios, glicídios e a sua presença em

todos os setores da vida das pessoas, e até mesmo relacionados às funções de

produtos usados no dia-a-dia como xampus e sabonetes etc.

Na mesma linha, ao se tratar dos conteúdos polímeros, pode- se abordar

as proteínas na estrutura capilar e como agem os diferentes produtos químicos

utilizados para a limpeza e alteração de textura e cor dos cabelos. Com relação ao

estudo do átomo de carbono, deve- se buscar a curiosidade do aluno para os

diferentes materiais orgânicos formados por esse elemento e a importância na vida

das pessoas.

Assim, a Química Sintética tem papel importante a cumprir, pois com a

síntese de novos materiais e o aperfeiçoamento dos que já foram sintetizados,

alarga horizontes em todas as atividades humanas. Além disso, o sucesso

econômico de um país não se restringe apenas à fabricação de produtos novos,

mas sim à capacidade de aperfeiçoar, desenvolver materiais e transformá- los.

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10.14.2 Objetivos

A disciplina de Química tem por finalidade:

• Oportunizar ao aluno o desenvolvimento do conhecimento científico, levando-

os a apropriação dos conceitos da Química e sensibilizá- lo para um

comprometimento com a vida no planeta.

• Possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele.

• criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais

criticamente sobre o mundo.

• Abordar, refletir e discutir aspectos sócio- científicos, ou seja, questões

ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais relativas à

ciência e tecnologia.

• Compreender o processo histórico do desenvolvimento da química;

• Correlacionar estudos da disciplina com o avanço sócio- tecnológico do país

e do mundo;

• Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual;

• Apresentar a importância da disciplina para o futuro de nossos alunos;

• Capacitá-los a argumentação e interesse de pesquisas bibliográficas;

• Aplicar uma metodologia de ensino de química associada à reconstrução

social, econômica, política, cultural, ambiental e humanista;

• Relacionar os conteúdos químicos com base na realidade do cotidiano;

• Interpretar epistemologicamente as teorias químicas e suas relações com o

cotidiano;

• Conduzir o ensino da química a nível prático com segurança e criatividade;

• Propiciar discussões evidenciando as relações entre os conceitos químicos e

o cotidiano;

• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros

(classificação, seriação e correspondência em Química);

• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva

do ser humano com o ambiente;

• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no

desenvolvimento da Química e da tecnologia.

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10.14.3 Conteúdos estruturantes

1ª SÉRIE

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

Soluções, substâncias e misturas.

Modelos atômicos

Estudos dos metais

Tabela periódica

Radioatividade

Ligações químicas

Estudos metais

Ligações intermoleculares

Funções inorgânicas

2º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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BIOGEOQUÍMICA

Reações químicas

Cálculos químicos

Estequiometria

Soluções

Velocidade das reações

Equilíbrio químico

Eletroquímica

Radioatividade

Gases

3ª ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Química Sintética

Funções da química orgânica

Estudo do átomo de carbono

Funções da químicas, nomenclatura e

propriedades

Hidrocarbonetos

Haletos

Oxigenados

Sulfurados

nitrogenados e mistos

Isomeria (plana,geométrica e óptica).

Reconhecimento de grupos funcionais

Reações orgânicas

10.14.4 Metodologia

Utilizar maneiras diferenciadas para atrair a atenção e aguçar a

curiosidade do aluno com aulas expositivas, dialogadas, dinâmicas, discussão em

grupo, atividades laboratoriais, atividades desenvolvidas no ambiente escolar,

utilizando os recursos tecnológicos como vídeos, slides imagens da TV Multimídia,

acompanhando o desenvolvimento e a trans formação da sociedade e meio

ambiente através das informações atualizadas em notícias, reportagens, leis que

regem a humanidade.

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Segundo CHASSOT, (1995, p. 68)

“A ciência já não é mais considerada objetiva, nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios”

Desta maneira proporcionamos um ambiente menos formal e mais

interessante. Adotamos a avaliação contínua, diagnóstica e formativa para averiguar

o acompanhamento do aluno em relação à aprendizagem. Estas avaliações são

mediadas por atividades em classe e extra- classe, aplicações de teste oral e

descritivo no decorrer do desenvolvimento do conteúdo e correção de exercícios

considerando as ligações com atividades cotidianas.

Propõe- se que os conteúdos de Química sejam tratados em dois

momentos. No primeiro momento, utilizando- se da vivência dos alunos e dos fatos

do dia-a-dia. No segundo momento, em busca de explicações para os fatos

estudados, passa- se a interpretá- los segundo as necessidades e capacidades de

entendimentos dos alunos.

É preciso romper com a transmissão de conteúdos, realizada ano após

ano com base na disposição sequencial do livro didático tradicional, e que

apresenta, entre outros aspectos, uma divisão entre Química Orgânica e Inorgânica

que afirma a fragmentação e a linearidade dos conteúdos químicos. É preciso

desvencilhar- se de conceitos imprecisos, desvinculados do seu contexto.

Os estudantes de nível médio devem ser capacitados a fazer uma leitura

crítica dos acontecimentos ligados à ciência. Combatendo- se o mito de que a

ciência é feita por gênios abnegados, que buscam os conhecimentos desligados das

preocupações materiais. É preciso saber perceber e julgar os interesses

econômicos e políticos envolvidos e o impacto da ciência na sociedade.

A teoria deve sempre combinar com a prática (laboratório).

O aluno do ensino médio deve ter e desenvolver o conhecimento,

seleção, compreensão, tradução, descrição de códigos, textos, análises, problemas,

linguagens, símbolos, variáveis, fatos, fenômenos, conceitos próprios da Química

moderna e atual, sempre com uma visão crítica e analítica dos fatos envolvidos.

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O aluno deve resolver situações com raciocínio lógico, apropriando- se

das fórmulas matemáticas com valor significativo.

O aprender é muito mais do que o uso de métodos estabelecidos para

comprovação de ideias científicas, fazendo com que o educando leia o mundo em

que vive, com seus próprios olhos e com os olhos da ciência.

10.14.5 Avaliação

Num primeiro momento da aprendizagem de Química prevalece a

construção dos conceitos a partir dos fatos. Num segundo momento, prevalece o

conhecimento de informações ligadas à sobrevivência do ser humano. Como nesses

dois momentos visam- se uma aprendizagem ativa e significativa, as avaliações dos

temas dever ser feitas através de atividades elaboradas para provocar a

especulação, a construção e a reconstrução de ideias. Os dados serão obtidos

através de avaliações, trabalhos, participação, exercícios em classe e extra- classe,

atividades laboratoriais.

Essas habilidades no ensino da química, deverão capacitar os alunos a

tomar suas próprias decisões em situações problemáticas, contribuindo assim para

o desenvolvimento do aluno como pessoa humana e como cidadão.

A avaliação no Ensino de Química será de forma processual e formativa,

contínua permitindo fazer o diagnóstico do conhecimento elaborado pelo aluno.

Esse processo ocorre por meio de interações recíprocas, no dia a dia, no transcorrer

da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto sujeita as alterações no

seu desenvolvimento.

A avaliação subsidiará e redimensionará o curso da ação do professor no

processo ensino-aprendizagem, pois ela não possui uma finalidade em si mesma,

tem como objetivo garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no

coletivo da escola.

O professor usará instrumentos de avaliação que contemplem várias

formas de expressão dos alunos, como: trabalhos diversificados, testes, aulas

práticas de laboratório dentro das possibilidades de cada conteúdo. visita de

campo(indústrias, plantações e outras visitas correlatas), leitura e interpretação de

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textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas

bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, de

exercícios escritos, atividades esportivas, entre outros. Esses instrumentos devem

ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Poderá também ser realizada por meio da observação do interesse e

participação nas atividades propostas.

Os valores e atitudes que devem ser promovidos no ensino da química,

não se desvinculam dos conteúdos a serem desenvolvidos, ao contrário são parte

integrante desses conteúdos é devem ser concretizados a partir dos diferentes

temas propostos para o estudo da química, em níveis de aprofundamento com

assunto tratado.

A recuperação de conteúdos e notas, será feita após as avaliações onde

os alunos não conseguiram a média bimestral.

Essas ações no ensino da química, deverão capacitar os alunos a tomar

suas próprias decisões em situações problemáticas, contribuindo assim para o

desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão.

10.14.6 Referências

RUSSELL, B. John. Química geral 2ª edição volume 1. Pearson Makron Books, São Paulo,1994. USBERCO & SALVADOR. Química Essencial 1ªedição. Saraiva, São Paulo, 2001. BARROS Carlos , PAULINO Wilson Roberto. Ciências, Física e Química – Química. Ática, São Paulo, 2002. SARDELLA. Química Edição reformulada. Ática, São Paulo, 2005 SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Química do Ensino Média. Curitiba: SEED, 2006.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992.

10.15 DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

10.15.1 Apresentação geral da disciplina sociologia

Desde tempos antigos já havia a necessidade ou a curiosidade de

entender o homem e suas relações.

Os gregos antigos foram os primeiros a se perguntarem a respeito do que

os rodeavam e sua interação com o mundo e os demais. Foram os criadores do

pensamento “crítico filosófico”, tendo como importantes pensadores Platão e

Aristóteles, diziam eles que o “ homem é um ser social”.

Muito tempo depois,na Idade Média, com o predomínio da fé e da

religiosidade para explicar e justificar tudo o que acontecia ou como deveria se

comportar o homem, houve o extremismo por parte da Igreja Católica. Qualquer

pensar ou agir diferente das normas vigentes era considerado pecado e sujeito a

severas punições, o que impossibilitava ao homem se indagar de sua realidade e

conseqüências na sua vida.

Um pouco antes do século XV começou a surgir uma renovação cultural

chamada Renascimento. Resgatavam o pensamento”crítico filosófico” grego,

rejeitando os moldes vigentes, repudiando o radicalismo religioso, influenciando a

arte, a ciência, a literatura e a filosofia.

Um dos primeiros foi Nicolau Maquiavel, com o livro “O Príncipe”, onde

indaga sobre a capacidade de manipulação de um governante para conquistar e se

manter no poder.

Aí aparecem as ideias ou pensamentos de que o homem não só vive e

deixa viver mas que ele pode e deve participar da sociedade. Surge o

antropocentrismo, o homem passando a ser o centro dos acontecimentos, o agente

modificador da sociedade.

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Continuando esse pensamento crítico, nos meados do século XVIII,

aparece o Iluminismo na Europa, inicialmente na França e Inglaterra.

Com o enfoque para a ciência e o racionalismo, combatiam as do

Absolutismo, onde o rei era supremo representante divino na terra. Não mais se

justificava a vida e a sociedade de outra forma que a racional.

Teve muitos expoentes, mais os principais foram: Voltaire que defendia a

razão e combatia o fanatismo religioso; Jean-Jacques Rosseau. Defensor da

democracia e estudioso das causas das desigualdades sociais; e Montesquieu, que

criticava o absolutismo e defendia a separação dos poderes.

Vale salientar que com as ideias do Iluminismo,os estudiosos começaram

a pensar no homem e suas relações, nada havia de se falar em uma ciência da

sociedade.

Dois grandes fatos históricos aconteceram conjuntamente com o

Iluminismo para alavancar o nascimento da Sociologia como ciência: a Revolução

Francesa e a Revolução Industrial. Estas revoluções marcaram a passagem da

sociedade pré-capitalista para a sociedade moderna, fatos que provocaram intensas

e profundas mudanças na ordem geral.

A sociologia surgiu para compreender esses fenômenos sociais que

alteraram definitivamente o comportamento da sociedade.

REVOLUÇÃO FRANCESA

A França Passou por um processo longo e lento que culminou na “

Tomada da Bastilha”, um dos símbolos da Revolução francesa. Em 1789, uma

revolta política pôs fim ao sistema monárquico francês, o Antigo Regime. Na última

fase do antigo regime, a autoridade máxima e o poder absoluto estavam nas mãos

do rei Luís XVI. A nobreza e o clero, consideradas classes privilegiadas, já as

massas populares e os pequenos proprietários sofriam com a miséria e a carestia;

a classe média em desenvolvimento, não aguentava os altos impostos taxados pela

monarquia.

A irresponsabilidade e total desconsideração da classe dominante pelos

menos favorecidos culminaram com o fim violento da monarquia, sob a bandeira

popular da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.

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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial conseguiu prosperar e se fortalecer devido a

vários fatores, principalmente à estabilidade política conjuntamente com a próspera

economia.

Desde as “Cruzadas”, realizadas pela Igreja Católica e da época das

grandes navegações, criou- se um importante canal de circulação de riquezas entre

o ocidente e o oriente, surgindo importantes núcleos urbanos chamados burgos.

Mais tarde vieram a ser as novas cidades.

As corporações de ofício se fortaleciam e a ideia de lucro se enraizava.

Transformadas mais tarde em manufaturas, os comerciantes viram que teriam mais

lucro se reunissem os artesãos e separassem as tarefas. Com o advento das

máquinas, surgiram as primeiras fábricas.

CRISES SOCIAIS

Se, de um lado, temos a França totalmente agitada pela revolução que

originou a primeira democracia moderna, de outro, temos a Inglaterra em acelerado

crescimento industria.

Famílias inteiras rumavam para os centros urbanos, expulsos de suas

terras, a procura de trabalho nas fábricas, uma vez que, com o surgimento das

indústrias, a profissão de artesão deixou de ser valorizada. Esses ex-artesões e

suas famílias habitavam em condições precárias nas cidades. Nas fábricas eram

sujeitos a todo tipo de exploração, sem garantia de emprego, com salários

miseráveis, onde mulheres e crianças eram submetidos a longas e desgastantes

jornadas de trabalho.

O estilo de vida das pessoas estava se transformando, levantamentos

realizados na época mostram que em centros urbanos, a delinquência, a

prostituição, a pobreza e os homicídios alcançaram números elevadíssimos.

Surgem duas classes distintas: a dos banqueiros e empresários,

chamada de classe burguesa e o proletariado, a classe assalariada.

Todo o quadro europeu passava por profundas mudanças, com a

consolidação do sistema capitalista, a valorização da ciência,a abertura de

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mercados mundiais e pelos conflitos entre a burguesia enriquecida e os miseráveis

dos operários.

Diante de tudo isso, é que a Sociologia começa a ser pensada como

ferramenta de reflexão sobre a sociedade que surgia. Suas teorias surgem para

entender os problemas sociais e ajudar a encontrar soluções.

O objetivo geral é garantir ao aluno a percepção histórica do dualismo

tradição e modernidade e a emergência do saber sociológico como definidor dessa

oposição. O século XIX foi palco de mudanças nas políticas, ao implantar a primeira

democracia moderna e institucionalizar os direitos civis. Através da Revolução

Industrial, houve profundas modificações do modo de pensar rural centrado na

estrutura social estática e na concepção de tempo orientada pela natureza, para um

pensar moderno e racional, baseado no pensar urbano. Do parecer social, tal

complexidade de transformações promoveu a emergência do mercado de trabalho,

de novos grupos sociais referenciais, novos meios de produção e execução do

trabalho, novos valores e crenças, uma estruturação de poder completamente

diferenciada da existente, referenciando toda uma mudança no contexto social,

com novos atores e papéis sociais. É em toda essa conjuntura social que o saber

sociológico se apresenta como uma ciência capaz de analisar, identificar e

classificar as transformações acontecidas. Esse entender científico se prontifica sob

a égide da rápida expansão urbana, pela inadequação das condições de vida social

e pela perda ou alteração de muitas tradições. A sociologia aparece como ciência

comprometida para entender e explicar as transformações e as contradições da

sociedade emergente, com a mutação de valores tradicionais e a afirmação de uma

modernidade.

10.15.2 Objetivos gerais

• Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais,

servindo- se para tanto dos conhecimentos sociológicos;

• Identificar na realidade social as recentes mudanças da estrutura produtiva;

• Compreender a totalidade social como expressão simultaneidade e a

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complexidade dos fenômenos sociais, produto de diversos condicionamentos;

• Compreender a recente restruturação produtiva;

• Exercitar e relacionar práticas sociais em diversos contextos;

• Observar nas práticas sociais o respeito e desrespeito, conhecimento dos

direitos e deveres no exercício da cidadania;

• Desenvolver o pensamento sociológico crítico – criativo;

• Perceber os direitos e respectivos deveres do cidadão como frutos de uma

construção social;

• Praticar, reivindicar, criar na vida escolar direitos/deveres referente às

relações sociais aí vivenciado;

• Construir sua identidade social (pessoal) a partir de sua integridade;

• Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão povos,

etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos;

• Distinguir autoridade de autoritarismo;

• Aprender a forte tradição autoritária da sociedade brasileira decorrente do

autoritarismo, como elemento principiante dessa sociedade;

• Compreender as relações patrimonialistas e clientelistas;

• Reconhecer a sociologia dentre as demais ciências como um construtor da

história socialmente determinada;

• Identificar funções desenvolvidas pelo Estado e funções cobradas ao Estado,

analisá-las e compará-las;

• Analisar e compreender as relações sociais, políticas e econômicas, para

atuar em seu meio social;

• Compreender a crise da instituição Estado como uma das expressões da

reordenação do funcionamento das democracias ocidentais;

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• Identificar os direitos e respectivos deveres emergentes, cuja necessidade de

institucionalização é reivindicada socialmente;

• Analisar e avaliar as consequências sociais decorrentes da modificação e re-

estruturação da sociedade;

• Caracterizar as relações sociais de produção em nível nacional e

internacional;

• Analisar e avaliar as dificuldades de redefinição e de ingresso no denominado

mercado de trabalho formal;

• Perceber criticamente o processo de mundialização da economia e de

inserção do país no mercado internacional;

• Compreender a indústria cultural em suas relações com os contextos

econômicos, político, social e cultural em que se insere;

• Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de tal forma a atuar em

equipe, construir, realizar e avaliar projetos de qualquer natureza;

• Identificar os movimentos sindicais do país;

• Analisar fenômenos da mídia, servindo- se de conhecimentos sociológicos.

10.15.3 Conteúdos estruturantes

1º ANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

O Surgimento da

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social;

� Pensamento científico e senso comum;

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Sociologia e Teorias

Sociológicas

� Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim,

Engels e Marx, Weber.

� O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

Processo de

Socialização e as

Instituições Sociais

Processo de Socialização;

� Grupos sociais;

� Instituições sociais: Familiares; Escolares;

Religiosas;

� Instituições de Ressocialização: prisões,

manicômios, educandários, asilos, etc;

2ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Cultura e Indústria

Cultural

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e

sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Preconceito;

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Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Cultura indígena.

Trabalho, Produção e

Classes Sociais

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes

sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes

sociais

Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização;

Relações de trabalho;

Neoliberalismo;

Trabalho no Brasil;

3ºANO

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Poder, Política e

Ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

� Democracia, autoritarismo, totalitarismo

� Estado no Brasil;

� Conceitos de Poder;

� Conceitos de Ideologia;

� Conceitos de dominação e legitimidade;

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� As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas.

Direito, Cidadania e

Movimentos Sociais

- Direitos: civis, políticos e sociais;

- Direitos Humanos;

- Conceito de cidadania;

- Conceito de Movimentos Sociais;

- Movimentos Sociais urbanos e rurais;

- Movimentos Sociais no Brasil;

- Movimentos ambientalistas;

- ONG's;

10.15.4 Metodologia

Uma proposta programática deve ser entendida como um instrumento de

trabalho, um referencial teórico – metodológico para o professor, e não como um

modelo direcionador da sua ação.

Como modelo, ela mobiliza a dinâmica social e a própria produção do

conhecimento, que se constrói/reconstrói no seu interior.

Enquanto referencial teórico – metodológico, uma proposta deve

construir- se num instrumento que norteia a ação pedagógica autônoma e

consciente do professor em sala de aula, destacando- se o compromisso com a

ampliação dos exercícios da cidadania, a compreensão, por parte de alunos e

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professores, dos condicionantes econômicos, políticos, sociais, demográficos e

culturais da realidade brasileira e a construção de referenciais críticos de análise da

sociedade contemporânea.

Uma proposta norteadora de currículo deve, metodologicamente,

considerar as diferentes matrizes de pensamento para ampliar as possibilidades de

análise, tendo em vista a complexidade, hoje dos fenômenos sociais, nenhum deles

possível de explicações apenas a partir de uma única perspectiva teórica; também

assume a ideia de movimento, porque cada momento do seu próprio “fazer- se” é

entendido como “um momento” estudo sobre um processo ativo o fazer pedagógico.

Processo que traduz uma relação precisa entre o sujeito da ação e os contextos

reais onde se inserem, constituindo os elementos de um fenômeno social – a

educação – produto de determinadas relações sociais estabelecidas num momento

histórico.

A compreensão do mundo do trabalho poderá ser constituída a partir de

uma perspectiva crítica que aborde sua organização social contemporânea, a

recente revolução na estrutura produtiva e as diferentes determinantes da sua

divisão técnica em nível internacional, observando -se, porém as especificidades

regionais e locais.

Dessa forma, é desejável os alunos desenvolvam competências crítica e

criativas para utilizá-las adequadamente em diferentes níveis de análise e avaliação

sobre as graves conseqüências sociais marcadas pela recente re-estruturação

produtiva, bem como sobre as dificuldades de redefinição e de ingresso no

denominado mercado de trabalho formal.

Faz- se necessária a compreensão do processo de globalização da

cultura e da economia, com as conseqüências advindas do rompimento de

fronteiras geográficas e da desterritorialização do conhecimento, em virtude do

avanço tecnológico. Pode- se levar o aluno a compreender a emergência dos temas

que hoje ocupam o cenário dos movimentos sociais, manifestações de ordem

étnica, religiosa, racial, sexual, ecológica, que estão exigindo uma discussão sobre o

multiculturalismo e o relativismo cultural, tendo em vista a simultaneidade e a

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complexidade dos fenômenos sociais, históricos, culturais, econômicos,

demográficos e políticos.

10.15.5 Avaliação

“A aprendizagem entendida como construção de conhecimento pressupõem entender tanto sua dimensão como produto quanto como processo, isto é, o caminho pelo qual os alunos elaboram pessoalmente os conhecimentos. Ao aprender o que muda não é apenas a quantidade de informação que o aluno possui sobre determinado assunto, mas também a sua competência( aquilo que é capaz de fazer, de pensar, de compreender), a qualidade de conhecimento que possui e as possibilidades de continuar aprendendo. Dessa perspectiva, é óbvia a importância de ensinar o aluno a aprender a aprender e ajudá-lo a compreender que, quando aprende, não deve levar em conta apenas o conteúdo objeto de aprendizagem, mas também como organiza a atua para aprender” (Mauri, 1999, p.88)

A avaliação no ensino é considerada como um processo “formativo e

continuado, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de

avaliação proposto pelo professor em sala de aula” (DCE, p. 98).

As formas de avaliação proposta, tendo sempre em vista para uma

construção autônoma do saber estudantil, devem sempre estar de acordo com a

prática pedagógica atuante do professor.

Para Luckesi (2005) deve- se considerar como critérios básicos:

a) a compreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social;

b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

c) a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas, no texto

oral e escrito; a mudança na forma de olhar e compreender os problemas

sociais.

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10.15.6 Referências

ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia geral. 11ª ed. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

CUCHE, D. A noção da cultura nas Ciências Sociais. Florianópolis: EDUSC, 1999.

SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Sociologia do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 15ª ed. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais. 2000.

10.16 SALA DE RECURSOS

A educação escolar tem como objetivo fundamental promover, de forma intencional, o desenvolvimento de certas capacidades e a apropriação de determinados conteúdos da cultura, necessários para que os alunos possam ser membros ativos em seu âmbito sócio-cultural de referencia. Para atingir o objetivo indicado, a escola deve conseguir o difícil equilíbrio de oferecer uma resposta educativa, proporcionando uma cultura comum a todos os alunos, que evite a discriminação e a desigualdade de oportunidades e, ao mesmo tempo, que respeite suas características e suas necessidades individuais.

Existem necessidades educativas comuns compartilhadas por todos os alunos, relacionadas as aprendizagens essenciais para o seu desenvolvimento pessoal e sua socialização, que se expressam no currículo escolar.

Nem todos os aluno, porem enfrentam com a mesma bagagem e da mesma forma as aprendizagens estabelecidas nele, visto que tem capacidades, interesses, ritmos, motivações e experiências diferentes que norteiam seu processo de aprendizagem.

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Algumas necessidades individuais podem ser atendidas pelo trabalho individual do professor em sala de aula, outras requerem por em pratica uma serie de ajudas, recursos e medidas pedagógicas especiais ou de caráter extraordinária, diferentes das que requer habitualmente a maioria dos alunos. Nesse caso refiro-me aos alunos que apresentam dificuldades ou defasagens em relação ao currículo que corresponde a sua idade.para serem atendidas, essas dificuldades requerem modificações que facilitem e reforcem o progresso, destes alunos, tanto na organização e no funcionamento da escola, como nas adaptações no currículo e nos meios para ter acesso a ele.

Girox (1988) o professor precisa atuar como “intelectual transformador”, fundamentando suas atividades na perspectiva de articular e desenvolver possibilidades emancipadoras em espaços mais específicos.

Assim, o Colégio Estadual Albina Novak Muginoski Ensino Fundamental e Médio conta com a Sala de Recursos de Deficiência Intelectual, Transtorno Funcional Especifico e Transtorno Global do Desenvolvimento.

A Sala de Recursos é um espaço de investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais, visando a superação das dificuldades de aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes possibilidades dos sujeitos.

Regulada por tempos escolares a organização pedagógica da S.R. tem por função primeiramente, dissipar as dificuldades impeditivas da aprendizagem pelas quais os alunos são encaminhados, independente da natureza delas.

Em segundo plano, ela assine a função moralizante quando observa a organização que lhe e extrínseca.

É importante a troca de informações entre os professores da Sala de Recursos e os da sala regular, o que permite o apoio e intervenções na escolarização dos alunos com necessidades especiais.

Faz-se necessário aplicabilidade de atividades pedagógicas especificas, incluindo o desenvolvimento afetivo emocional.

O programa visa atender com qualidade os alunos com deficiências, transtorno globais de desenvolvimento, matriculados nas classes comuns do ensino regular. Ocorre no contra-turno, duas vezes por semana de forma individual ou em pequenos grupos pelo período que varia de uma hora e trinta minutos a duas horas.

O foco do trabalho não é clinico e sim pedagógico. O professor prepara o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem o seu aprendizado nas aulas regulares.

São realizadas atividades que envolvem a memória, atenção, concentração expressão do pensamento e raciocínio através de jogos e atividades

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diversas como: relato de fatos ocorridos, reprodução de historias , jogos de competição, desafios matemáticos, sala de informática,textos diversos, leitura e interpretação, dinâmica (socialização) operações matemáticas em situações problemas.

Atividades “valorização do eu” e a importância do querer, desejar avançar na apropriação do conhecimento e também do respeito ao outro.

Uso de atividades em grupos para que o aluno saiba trabalhar com a ansiedade e conseqüentemente elevar sua auto-estima, e atividades para despertar a oralidade levando em consideração aspectos como: organização do pensamento, a expressão verbal, articulação correta, a interpretação de cenas, a compreensão, a transmissão da informação e a síntese dos fatos.

Estas habilidades são desenvolvidas através de jogos pedagógicos e outros recursos disponíveis, com a intenção específica de provocar uma aprendizagem significativa, estimulando a construção de um novo conhecimento e, principalmente ajudando o aluno nos fenômenos sociais e culturais.

10.16.1 Referências

TEZZARI ML – Inclusão Escolar e Rede de apoio: sala de integração e recursos como possibilidade de serv. Atend. Especializado – Santa Maria – 2006.

FERREIRA JR – A nova LDB e as necessidades educativas especiais vol 19 nº46 Campinas 1998.

GIROUX, Henry A – Os professores como intelectuais rumo a uma nova pedagogia critica de aprendizagem. Porto Alegre, Artes Medicas, 1988.