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COLÉGIO ESTADUAL “DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO” ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO RIO AZUL 2010

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Page 1: COLÉGIO ESTADUAL “DR - Notícias · 2 II – INTRODUÇÃO 2.1. Identificação do Estabelecimento DENOMINAÇÃO: Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino

COLÉGIO ESTADUAL “DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO” ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

RIO AZUL2010

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SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................01

II – INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................02

2.1. Identificação do Estabelecimento.........................................................................................................02

2.2. Atos Jurídicos da Legislação dos Cursos...........................................................................................02

2.3. Histórico da Escola.................................................................................................................................03

2.4. Organização do Espaço Físico..............................................................................................................03

2.5. Oferta de Cursos e Modalidades...........................................................................................................04

2.6. Características da Comunidade Escolar..............................................................................................04

2.7. Perfil dos Educadores............................................................................................................................06

III – OBJETIVOS GERAIS...............................................................................................................................07

IV – MARCO SITUACIONAL..........................................................................................................................08

4.1. Possibilidades e necessidades de avanços na prática pedagógica...........................................,,,,,..08

4.2. Gestão Escolar........................................................................................................................................08

4.3. Formação Inicial e Continuada..............................................................................................................09

4.4. Aproveitamento escolar.........................................................................................................................09

V – MARCO CONCEITUAL............................................................................................................................12

5.1. Homem.....................................................................................................................................................12

5.2. Sociedade................................................................................................................................................12

5.3. Educação.................................................................................................................................................12

5.4. Escola......................................................................................................................................................13

5.5. Ensino/Aprendizagem............................................................................................................................13

5.6. Cidadania.................................................................................................................................................13

5.7. Currículo..................................................................................................................................................13

5.8. Conhecimento.........................................................................................................................................13

5.9. Mundo......................................................................................................................................................14

5.10. Cultura...................................................................................................................................................14

5.11. Gestão....................................................................................................................................................14

5.12. Tecnologia.............................................................................................................................................14

5.13. Tempo....................................................................................................................................................14

5.14. Espaço...................................................................................................................................................14

5.15. Formação Continuada..........................................................................................................................15

5.16. Avaliação...............................................................................................................................................15

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VI – CURRÍCULO............................................................................................................................................17

6.1. Matriz Teórica e Organização dos Conteúdos.....................................................................................17

6.2. Critérios de Organização de Turmas....................................................................................................17

6.3. Organização da Hora-atividade.............................................................................................................18

6.4. Calendário Escolar.................................................................................................................................19

VII – REGIME ESCOLAR................................................................................................................................20

7.1. Organização Interna da Escola..............................................................................................................20

7.2. Educação Ambiental...............................................................................................................................21

7.3. Educação Inclusiva.................................................................................................................................21

7.4. Educação do Campo..............................................................................................................................22

7.5. História e Cultura Afro-brasileira e Africana........................................................................................23

VIII – AVALIAÇÃO..........................................................................................................................................24

8.1. Da Instituição..........................................................................................................................................24

8.2. Do Ensino e da Aprendizagem..............................................................................................................24

8.3. Processos de Avaliação, Classificação e Promoção..........................................................................25

8.4. Recuperação Paralela.............................................................................................................................27

IX – MARCO OPERACIONAL........................................................................................................................28

9.1. Organização interna da escola/funções específicas...........................................................................28

9.2. Equipe de Direção...................................................................................................................................28

9.2.1. Compete ao Diretor................................................................................................................................28

9.2.2. Compete ao (à) Diretor Auxiliar.............................................................................................................30

9.3. Equipe Pedagógica.................................................................................................................................30

9.3.1. Compete à Equipe Pedagógica.............................................................................................................30

9.4. Equipe Docente.......................................................................................................................................32

9.4.1. Compete aos Docentes.........................................................................................................................32

9.5. Equipe Técnico Administrativa e os Assistentes de Execução.........................................................34

9.5.1. Compete ao Secretário Escolar.............................................................................................................35

9.5.2. Compete aos Técnicos Administrativos que atuam na Secretaria........................................................36

9.5.3. Compete ao Técnico Administrativo que atua na Biblioteca Escolar.....................................................37

9.5.4. Compete ao Técnico Administrativo que atua no Laboratório de Informática.......................................37

9.5.5. Compete ao Assistente de Execução que atua no Laboratório de Química, Física e Biologia.............38

9.6. Equipe Auxiliar Operacional..................................................................................................................38

9.6.1. Compete ao Auxiliar Operacional que atua na limpeza, organização

e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios......................................................................38

9.6.2. Atribuições do Auxiliar Operacional que atua na cozinha......................................................................39

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X – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS..............................................................................41

XI – PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.............................................................................................43

11.1. Conselho Escolar..................................................................................................................................43

11.2. Conselho de Classe..............................................................................................................................44

11.2.1. São atribuições do Conselho de Classe..............................................................................................45

11.3. Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar.....................................................45

11.4. Formação Continuada dos Trabalhadores em Educação.................................................................45

XII. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................48

XIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................................49

XIII – ANEXOS................................................................................................................................................50

14.1. Relação do Corpo Docente e Técnico Administrativo......................................................................50

14.2. Calendário Escolar...............................................................................................................................53

14.3. PROPOSTAS CURRICULARES - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO..............................................54

14.3.1. ARTE...................................................................................................................................................54

14.3.2. BIOLOGIA ...........................................................................................................................................59

14.3.3. CIÊNCIAS............................................................................................................................................69

14.3.4. EDUCAÇÃO FÍSICA............................................................................................................................78

14.3.5. ENSINO RELIGIOSO..........................................................................................................................83

14.3.6. FILOSOFIA .........................................................................................................................................90

14.3.7. FÍSICA.................................................................................................................................................97

14.3.8. GEOGRAFIA......................................................................................................................................106

14.3.9. HISTÓRIA..........................................................................................................................................114

14.3.10. LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................................................122

14.3.11. L.E.M. INGLÊS................................................................................................................................141

14.3.12. MATEMÁTICA.................................................................................................................................144

14.3.13. QUÍMICA..........................................................................................................................................153

14.3.14. SOCIOLOGIA..................................................................................................................................161

14.3.15. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DO

CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – CELEM...............................................167

14.4. PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO......................................................................................171

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I - APRESENTAÇÃO

As profundas modificações no mundo de hoje, principalmente nas três últimas décadas, vêm

acarretando mudanças nas demandas sociais e para o sistema de ensino. O avanço da ciência e da

tecnologia, o impacto da informatização e globalização da economia e consequente surgimento de novas

formas de organização do trabalho e organização social são algumas das causas dessas modificações.

As exigências postas por essa sociedade em constante transformação apontam novos objetivos

para a escola, para os seus profissionais e para a própria formação do educando. Assim, é necessário que

a escola seja repensada coletivamente em relação à sua organização como um todo e na organização da

sala de aula. O Projeto Político Pedagógico é que norteará a escola na busca de novos rumos, nova

direção.

A reorganização da escola deve ser buscada de dentro para fora. Essa tarefa exige empenho

coletivo na construção de um Projeto Político Pedagógico que implica rupturas com o existente para

avançar, visto que a implementação dessa proposta é condição para que a identidade da escola, como

espaço pedagógico imprescindível à construção do conhecimento e da cidadania se concretize.

Ter a escola seu próprio Projeto Político Pedagógico significa que ela tem duração e continuidade,

memória de sua marca fluente, de uma trajetória muito própria de experiências, de tentativas felizes ou não,

como tarefas que se retomam e projetam nas transcendências de si mesmas, e que permitem ao conjunto

escolar a contínua reflexão sobre sua ação educativa, portanto, o Projeto Político Pedagógico constitui nó

norteador desse caminho.

Pretende-se que diante das idéias aqui apresentadas, os educadores sintam-se desafiados a

assumir uma prática reflexiva, crítica e criativa com vistas a unir forças em direção a posturas

compromissadas, autônomas, emancipatórias e inclusivas.

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II – INTRODUÇÃO

2.1. Identificação do Estabelecimento

DENOMINAÇÃO:

Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino Fundamental e Médio

FUNDAÇÃO

24 de maio de 1941

ENDEREÇO:

Rua Cafieiro Corsi, s/n – Centro – Rio Azul/PR CEP 84.560-000

Tel./Fax: (42) 3463-1342

e-mail: [email protected]

NRE: Irati

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: SEED

ENTIDADE MANTENEDORA: Estado do Paraná

DISTÂNCIA DO COLÉGIO DO NRE: 34 km.

2.2. Atos Jurídicos da Legislação dos Cursos:

• Decreto n.º 2655 de 27/03/56 – Grupo Escolar “Dr. Afonso Alves de Camargo”;

• Decreto n.º 3536 de 30/12/66 e Portaria n.º 663 de 13/12/66 – Escola Normal Colegial “Fagundes

Varela”;

• Resolução n.º 2243 de 05/11/80 – Colégio “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino de 1º e 2º

Graus;

• Resolução n.º 2965 de 19/08/83 – Curso de 2º Grau Regular com habilitação plena Magistério e

Básico em Comércio;

• Resolução n.º 638/89 – Técnico em Contabilidade (cessação definitiva; Res. N.º 3189, em

08/12/1999);

• Resolução n.º 1793/97 (autorização de funcionamento) – Curso de Educação Geral.;

• Resolução n.º 987 de 01/04/2003 – Reconhecimento do Ensino Médio;

• Resolução n.º 3981 de 25/08/2006 – Reconhecimento do Ensino Fundamental anos finais.

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2.3. Histórico da Escola

O Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” Ensino Fundamental e Médio, localizado em Rio

Azul, Estado do Paraná, à Rua Cafieiro Corsi, s/nº, mantido pelo Governo do Estado do Paraná e

administrado pela Secretaria de Estado da Educação, teve o lançamento da pedra fundamental em

24/05/1941, para a construção do “Grupo Escolar de Rio Azul”, assim denominado na época. O Grupo

Escolar de Rio Azul ocupou o prédio no dia 01 de setembro de 1945, onde mantinha o ensino “pré-primário”.

Em 27 de março de 1956, o “Grupo Escolar de Rio Azul” passou a denominar-se “Grupo Escolar Dr. Afonso

Alves de Camargo”.

Neste prédio funcionou a “Escola Normal Regional”. Em 30 de dezembro de 1966, foi criada a

“Escola Normal Colegial Estadual Fagundes Varela”. Neste mesmo prédio também funcionou de 1960 a

1967 o “Ginásio Estadual Dr. Chafic Cury”, passando a ocupar o prédio próprio onde funciona hoje,

inaugurado a 14 de julho de 1968. A partir de então, passou a funcionar no mesmo prédio o “Colégio

Comercial Estadual de Rio Azul”.

Através da Resolução n.º 2243 de 20 de abril de 1981, foi autorizado a funcionar nos termos da

Legislação vigente o Colégio “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da

reorganização da Escola Normal Colegial Estadual Fagundes Varela e do Colégio Comercial Estadual de

Rio Azul e da Escola “Dr. Afonso Alves de Camargo” Ensino de 1º Grau”.

Através da Resolução n.º 2965, de 01 de setembro de 1983, foi reconhecido o Curso de 2º Grau

Regular com habilitação plena em Magistério e Básico em Comércio. Com a extinção do Curso Básico em

Comércio entrou em vigor o Curso com habilitação em Técnico em Contabilidade em 07/03/89.

Em substituição aos Cursos de Magistério e Técnico em Contabilidade foi implantado o Curso de

Educação Geral no ano de 1997.

Atualmente o colégio oferece o Ensino Fundamental e Médio, sendo que o Médio teve início no ano

de 1999, Reconhecido através da Res. 0987/2003 de 01/04/2003, e o Fundamental teve início no ano de

2005, autorizado a funcionar através da Resolução 4136/03 de 21/10/2003.

2.4. Organização do Espaço Físico

Atualmente o Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo”. Ensino Fundamental e Médio conta

com:

−10 salas de aula, sendo 08 equipadas com TVs pendrive, aparelho de DVD, apresentando condições

satisfatórias quanto à ventilação e à iluminação;

− 01 sala de professores equipada com a biblioteca do professor e videoteca;

− 01 sala para Secretária;

− 01 sala para secretaria;

− 01 sala para Direção, Direção Auxiliar e Equipe Pedagógica;

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− 02 banheiros para professores;

− 02 banheiros femininos com 03 sanitários;

− 01 banheiro masculino;

− 01 banheiro adaptado a deficientes físicos;

− 01 quadra de esportes sem cobertura;

− 01 quadra de esportes com cobertura;

− 01 quadra de areia;

− 01 cozinha;

− 01 pavilhão que servirá como refeitório.

− 01 biblioteca equipada com 10 computadores do Proinfo e com acervo bibliográfico insuficiente para

atender as necessidades do corpo docente e discente;

− 01 laboratório de informática com 20 computadores;

− 01 laboratório de Física, Química e Biologia para o Ensino Médio.

2.5. Oferta de Cursos e Modalidades

O Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo” – Ensino Fundamental e Médio no ano de 2010

conta com aproximadamente 663 alunos, sendo estes assim distribuídos:

Curso Ensino Fundamental Vespertino: 5ªs Séries: 47 alunos; 6ªs Séries: 34 alunos; 7ª Série: 36 alunos; 8ª

Série: 16 alunos.

Curso Ensino Médio Matutino: 1ªs Séries: 138 alunos; 2ªs Séries: 91 alunos; 3ªs Séries: 88 alunos;

Curso Ensino Médio Noturno: 1ª Série: 39 alunos; 2ª Série: 40 alunos e 3ª Série: 36 alunos.

Curso Celem-Espanhol: 30 alunos

Curso Celem-Ucraniano: 68 alunos

2.6. Características da Comunidade Escolar

Entendemos que a Escola deve ser um local de reflexão sobre os valores de uma sociedade. São

muitas as discussões em torno da aprendizagem no País, porém devemos voltar nossa atenção para as

áreas do conhecimento já que, sem dúvida, um país poderá desenvolver-se quando se investe na

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educação.

Na luta pela democratização da Escola pública, atendemos os limites históricos para sua

implantação, desde a própria organização e estrutura da sociedade capitalista e dentro dela a própria

organização escolar, sua cultura, sua lógica interna.

No que se refere às práticas pedagógicas, há vários professores universitários de escola pública e

privada trabalhando, fazendo projetos e inúmeras experiências, numa perspectiva transformadora, assim

como das administrações populares que vêm instituindo uma nova cultura de gestão democrática em defesa

do ser humano e de sua inclusão que garanta os seus direitos elementares, que possa construir uma

sociedade justa e igualitária.

No Paraná, cada governo também impõe sua Política Educacional. Atualmente, há uma tendência

para reorganizar a escola em todas as suas formas estruturais, representada pelo trabalho e esforço

coletivo de diversos setores educacionais e sociais a fim de se ter o ensino público com mais eficiência e

qualidade.

No município de Rio Azul, o Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo – Ensino Fundamental

e Médio, conta com uma equipe de profissionais que trabalham com cerca de 663 alunos, sendo 55% da

zona rural.

A comunidade apresenta características culturais diversas, mas a que mais se destaca é a religião.

Em sua maioria quase absoluta são católicos. A maioria das Festividades da Comunidade estão

relacionados a feriados religiosos, ao Aniversário do Município, ao Carnaval e ligadas aos Centros de

Tradição Gauchescas. No esporte destaca-se o futebol, voleibol. A cultura manifesta-se sobretudo no cultivo

das tradições (Grupo Folclórico Ucraniano e Gaúcho).

A economia da localidade é baseada na agricultura. Notadamente a agricultura familiar cuja

principal cultura é a fumicultura, possuindo também trabalhadores avulsos na derrubada e corte de pinho,

suinocultura, avicultura, extração de erva-mate, beneficiamento de madeira (serraria e madeireiras),

comerciantes, prestadores de serviços, funcionários públicos e também aposentados.

Portanto, alguns alunos de zona rural que frequentam o estabelecimento, nos períodos de plantio e

da colheita de fumo, a principal fonte agrícola e econômica do município, faltam à escola porque tem

necessidade de ajudar seus pais e acabam prejudicando-se porque perdem os conteúdos e avaliações,

sendo que, alguns destes conseguem êxito.

Outros, oriundos da zona urbana, de famílias assalariadas com dificuldades financeiras, abandonam

a escola ou trocam de período para trabalharem.

Portanto, o corpo discente deste estabelecimento de ensino é formado por alunos das mais diversas

classes sociais, com valores e atitudes diferenciadas, onde as turmas numerosas e heterogêneas

apresentam casos de indisciplina que afetam o relacionamento entre seus pares; desinteresse pelos

estudos, baixo rendimento, evasão, repetência, comportamento inadequado, faltas excessivas dos alunos

oriundos da zona rural nos períodos mais chuvosos devido a distância da residência até o ponto de ônibus

e, principalmente, no período noturno por motivo de trabalho e falta de perspectiva de futuro.

Além destes fatores que interferem no pleno desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem,

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ainda podemos destacar a falta de participação e acompanhamento do processo ensino-aprendizagem por

parte da família que alega não ter tempo e/ou conhecimento suficiente para auxiliar seus filhos nas tarefas

escolares, falta do cumprimento das regras estabelecidas no Regimento Escolar, gerando desmotivação de

profissionais da Educação, dificuldade para reunir os educadores para reunião pedagógica pelo fato de

lecionarem em outras escolas.

Considerando a diversidade social, cultural, racial, de educação especial e étnica da comunidade

escolar, destacamos que o colégio não oferta a Sala de Recursos aos alunos com problemas de

aprendizagem na área cognitiva, emocional, motora ou neurológica, avaliados pela Equipe Pedagógica,

Conselho de Classe e profissionais habilitados nesta área. Esses alunos são atendidos na Escola Estadual

“Dr. Chafic Cury” Ensino Fundamental, no contra turno, perfazendo quatro horas semanais de atendimento.

O colégio não oferta a Sala de Apoio a Aprendizagem para os alunos oriundos da 5ª série. Este

serviço teria como principal objetivo desenvolver ações pedagógicas para o enfrentamento dos problemas

relacionados às dificuldades de aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, no que

se refere aos conteúdos de leitura, escrita, oralidade e cálculo. Atualmente a Sala de Apoio não está sendo

ofertada por não atender às determinações legais para este serviço e porque no momento não há espaço

físico disponível no contra turno.

O colégio oferta o CELEM (Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras Modernas) que funciona no

período da tarde e noite com a Língua Ucraniana e no período noturno a Língua Espanhola, que atende a

Instrução 011/2009. Neste curso são priorizados os alunos matriculados no colégio, mas se as vagas não

são preenchidas, poderão matricular-se pessoas da comunidade. Funciona com quatro aulas semanais com

dois anos de duração o curso de Língua Espanhola e três anos o curso de Língua Ucraniana.

2.7. Perfil dos Educadores

O colégio conta com 48 professores dos quais 21 pertencem ao Quadro Próprio do Magistério

(QPM) e 27 são contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS), 04 Pedagogas das quais 02 do

QPM e duas contratadas pelo PSS, 07 Agentes Educacionais I e 06 Agentes Educacionais II.

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III - OBJETIVOS GERAIS

Considerando os aspectos sociais e legais (Diretrizes Nacionais da Educação, LDB 9394/96,

deliberações 002/2003 – Educação Especial, 007/99 – Avaliação do Aproveitamento escolar, 009/2001 –

Matrícula de ingresso, transferência, classificação, reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência

de estudos, 014/99 – Indicadores da Proposta Pedagógica, 016/99 – Regimento Escolar, a escola objetiva:

− Possibilitar a emancipação social do educando, preparando-o para a vivência coletiva e a conquista da

cidadania;

− Propiciar aos alunos o acesso ao saber sistematizado e produzido historicamente, com vistas a

formação do ser humano na sua integridade, abrindo caminhos para a ampliação da cidadania,

valorizando a sua cultura e a de sua comunidade;

− Possibilitar a formação do cidadão participativo, compromissado, crítico, criativo e com conhecimento

para agir e compreender o espaço no mundo com responsabilidade;

− Criar um ambiente propício para que o educando beneficie-se com aprendizagens significativas e para

que construa conhecimentos utilizando-se destes para desvendar o novo e progredir;

− Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

− Proporcionar um colégio de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para que o aluno se

desenvolva plenamente respeitando as diferenças individuais, no que diz respeito a raça, credo,

orientação sexual, ideologia política, valorizando os limites e o desempenho de cada um, reforçando a

inclusão social e educacional dos indivíduos portadores de necessidades especiais conforme a

Deliberação 002/03 da Educação Especial;

− Possibilitar que a avaliação seja cumulativa, contínua, formativa e diagnóstica do desempenho do aluno,

com predominância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e atribuir-lhes valor, conforme a

deliberação 007/99 da Avaliação e aproveitamento escolar;

− Ofertar matrícula de ingresso, por transferência e em regime de progressão parcial, aproveitamento de

estudos, a classificação e a reclassificação, as adaptações, a revalidação e equivalência de estudos

feitos no exterior e regularização de vida escolar no Ensino Fundamental e Médio, nas suas diferentes

modalidades do Sistema Estadual do Paraná, conforme Deliberação 009/01 matrícula de ingresso,

transferência, classificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos;

− Assegurar a constante re-elaboração do Projeto Político Pedagógico envolvendo todos os segmentos

da comunidade, bem como sua plena execução, zelando pela aprendizagem dos alunos e adaptando o

currículo à função social da escola, conforme Deliberação 014/99 – Indicadores da Proposta

Pedagógica.

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IV – MARCO SITUACIONAL

A observância do perfil da comunidade escolar e dos objetivos gerais propostos neste Projeto

Político Pedagógico impõe uma análise profunda do trabalho educacional desenvolvido na escola, de forma

que se possam estabelecer estratégias que visem o alcance das metas de maneira eficiente.

Analisam-se, a seguir, alguns dos aspectos mais relevantes.

4.1. Possibilidades e necessidades de avanços na prática pedagógica

Este aspecto se apresenta bastante complexo quando são considerados relevantes os diversos

fatores que interferem na prática pedagógica, dentre eles:

- o perfil sócio-econômico dos educandos, de origem predominantemente rural;

- a necessidade de uma educação inclusiva que beneficie todos os que apresentam necessidades

educacionais especiais, desde aqueles com dificuldades de aprendizagem aos portadores de deficiência;

- a importância do respeito às diversidades: de gênero, de religião, de cultura, de descendência ou de opção

sexual;

- a utilização adequada das tecnologias de informação e comunicação na escola, de modo a promover sua

socialização, democratização e o acesso de todos;

- a concepção de currículo que a escola defende e deseja aplicar;

- o enfrentamento aos desafios educacionais contemporâneos;

- os recursos didáticos, tecnológicos e humanos disponíveis na escola;

- a formação inicial e continuada dos educadores que propicie também sua integração com o projeto

escolar;

Pode-se afirmar que a própria construção do Projeto Político Pedagógico da escola propicia uma

melhor compreensão destes aspectos, promovendo à comunidade escolar uma visão mais ampla de

educação escolar. Dessa forma, considera-se que há muitos avanços nestes pontos nos últimos anos.

No entanto, como o PPP é um documento dinâmico, a todo momento são levantadas discussões

para o aprimoramento das concepções e ações educativas, aproveitando-se todo tipo de encontro entre os

docentes, discentes, funcionários, pais e associações escolares, no intuito de melhorar o projeto escolar.

4.2. Gestão Escolar

O próprio amadurecimento da comunidade escolar, no que se refere à concepção de projeto

educacional, leva também ao aprimoramento da gestão escolar. Assim, o conceito de gestão escolar

apontado neste PPP demonstra que este colégio vem caminhando gradativamente e rapidamente para uma

gestão mais democrática e participativa.

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O perfil de gestor que se tem buscado é daquela pessoa que possui autoridade e deve ser

respeitada por isso, mas que está aberto a diálogos e discussões sobre as melhores formas de administrar

as diversas situações escolares.

4.3. Formação Inicial e Continuada

Nos últimos anos, vem se percebendo um grande avanço no aspecto da formação inicial,

especificamente no que se refere a professores que atuam em disciplinas diferentes de sua formação.

Mais especificamente as áreas de matemática, biologia, física e química, têm sido supridas

satisfatoriamente por professores licenciados nessas disciplinas. Ainda há dificuldades nas áreas de

Sociologia, Filosofia e Ensino Religioso, para as quais faltam professores habilitados, tendo sido supridas

por profissionais da área de História.

Com relação à formação continuada, há grande interesse de todo o corpo docente e também dos

agentes educacionais, tendo em vista a busca por cursos de pós-graduação/especialização e a grande

participação em cursos oferecidos pela própria SEED e pelo MEC. Dentre estes cursos, destacam-se os

grupos de estudos, participação em seminários e encontros de disciplinas, Itinerante, e também em cursos

de Educação à distância (EaD), como o GTR – Grupo de Trabalho em Rede, Educação Fiscal, Prevenção

ao uso de Drogas, entre outros. Também há professores participantes do PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional, sendo quatro professores em 2009 e cinco em 2010.

4.4. Aproveitamento escolar

Possivelmente, este seja o aspecto de maior enfoque quando se trata de planejamento das ações

educativas, pois revela diretamente o resultado das ações desenvolvidas anteriormente.

Como apontado anteriormente, a aprendizagem escolar está diretamente relacionada à prática

pedagógica e esta depende de diversos fatores. Dessa forma, considera-se que a análise dos resultados de

aproveitamento escolar são indicativos importantes sobre os aspectos em que ainda há necessidade de

avanços.

Quadro 1: Índices de aproveitamento escolar de 2008 e 2009 do Ensino Fundamental

ANO TOTAL DE ALUNOS

APROVADOS APROVADOS POR

CONSELHO DE CLASSE

REPROVADOS EVADIDOS

2008/ EM Nº 136 98 38 30 82008/ EM % 72,05 38,7 22,05 5,82009/ EM Nº 187 149 48 26 122009/ EM % 79,67 32,2 13,9 6,4

Fonte: SERE

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Quadro 2: Índices de aproveitamento escolar de 2008 e 2009 do Ensino Médio

ANO TOTAL DE ALUNOS

APROVADOS APROVADOS POR

CONSELHO DE CLASSE

REPROVADOS EVADIDOS

2008/ EM Nº 373 273 65 41 592008/ EM % 73,19 23,8 10,9 15,82009/ EM Nº 484 351 103 38 852009/ EM % 72,52 29,3 7,8 17,56

Fonte: SERE

Quadro 3: Índices de aproveitamento escolar entre 2002 e 2007

ANO 2002 2003 2004 2005 2006 2007%

EVASÃO15,05 22,36 21,84 12,26 10,57 8,74

%

REPETÊNCIA5,98 7,17 5,10 10,38 7,27 5,6

Fonte: SERE

Analisando-se os quadros 1 e 2, observam-se ainda a elevação dos índices de evasão e repetência,

quando comparados com o quadro três. No entanto, outro índice que vem chamando à atenção é o de

aprovação por Conselho de Classe, o que mostra fragilidade no aspecto da aprendizagem, conforme os

quadros 1 e 2. São muitos os alunos que têm sido aprovados sem terem alcançado a nota mínima, mas

considerando outros aspectos relevantes e decidido em Conselho de Classe. Esses dados permitem

concluir que alunos vêm sendo aprovados sem terem aprendizagem efetivada em alguma ou algumas

disciplinas.

Na tentativa de diminuir estes três índices preocupantes, no ano de 2010 o Colégio está

reformulando sua proposta de Conselho de Classe, promovendo uma participação mais efetiva dos alunos

e/ou pais nesse processo, por meio de Pré-Conselhos e Pós-Conselhos, em que os diversos aspectos e

especificidades das turmas são discutidos, levantando-se proposições e assumindo compromissos entre

docentes, discentes, pais, direção e equipe pedagógica para a melhoria do processo ensino-aprendizagem

e, consequentemente, dos índices de aproveitamento.

O plano de efetivação da nova roupagem do Conselho de Classe tem se mostrado muito proveitoso,

tanto do ponto de vista da aprendizagem, como do amadurecimento dos alunos com relação a suas

responsabilidades com o estudo. A participação dos pais no processo educacional dos alunos,

especialmente do Ensino Fundamental, também tem sido mais próxima.

Outro ponto em que os Pré e Pós-conselhos têm interferido de forma significativa e positiva é sobre

a relação entre docentes e discentes, permitindo-lhes uma maior aproximação e conhecimento das

particularidades de cada aluno, professor, disciplina, abrindo possibilidades de resolução de problemas e

conflitos de forma mais madura e eficiente.

Obviamente, trata-se de um processo que está apenas no início, e acredita-se que os resultados

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mais significativos irão aparecer ao longo dos próximos anos, também com o próprio amadurecimento do

processo. Não se trata de uma ação a curto prazo, por isso a consciência de que a melhora nos índices,

possivelmente não será muito expressiva ainda neste ano letivo. Contudo, conforme o exposto,

subjetivamente já são perceptíveis melhoras no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.

V - MARCO CONCEITUAL

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5.1. Homem: em um mundo em constantes mudanças o homem é o agente de grandes transformações,

cabe a ele tomar postura frente às infinitas possibilidades que lhe são colocadas, selecioná-las para

que seja dono de seu próprio destino. Neste sentido, a escola procurará trabalhar buscando:

A formação da pessoa, de maneira a desenvolver os aspectos necessários à

integração de seu projeto individual ao projeto da sociedade em que se situa;

O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética

e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

A preparação e a orientação básica à sua integração ao mundo do trabalho, de modo a

garantir a interação no âmbito profissional e que lhe permita acompanhar as mudanças que

caracterizam o nosso tempo;

O respeito às diferenças sejam elas sociais, étnicas, físicas, religiosas ou psicológicas

visando à inclusão de todos;

A valorização da família como núcleo social, indiferentemente do seu formato.

5.2. Sociedade: parafraseando o sociólogo Pérsio Santos de Oliveira, a escola entende sociedade como

uma coletividade organizada e dialética de pessoas que ocupam o mesmo território, falam a mesma

língua, compartilham a mesma cultura, são geridas por instituições políticas e sociais aceitas de forma

consensual e desenvolvem atividades produtivas e culturais voltadas para a manutenção da estrutura

que sustenta o todo social. Embora apresente camadas ou classes sociais diferentes, a escola

procurará desenvolver a compreensão do outro e a percepção das interdependências, na realização de

projetos comuns, preparando-se para gerir conflitos, fortalecendo sua identidade e respeitando a dos

outros, respeitando valores de pluralidade, de compreensão mútua em busca do equilíbrio.

5.3. Educação: A educação pode ser subdividida em dois aspectos: o informal, que se caracteriza pelos

ensinamentos transmitidos no meio familiar, religioso ou de grupos sociais mais particulares; e o

formal, caracterizado pela educação escolar que deve considerar o desenvolvimento da afetividade, do

intelectual, do social e cultural dentro de uma perspectiva de conquista da cidadania, visando a

ampliação da capacidade de perceber o mundo e influir nele. Também deve estar voltada para a

autonomia, a ética, para a valorização da diversidade cultural e para a busca da identidade. Pode-se

dizer que a educação é um processo pelo qual são transmitidos os conhecimentos e atitudes

necessárias para que o indivíduo tenha condições de se integrar à sociedade. Este colégio visa a

formação de pessoas criativas, capazes de ouvir o outro, de respeitar o diferente, de refletir, de analisar

situações e buscar soluções e de ver o outro como um parceiro importante para a construção do seu

saber.

5.4. Escola: A escola pode ser considerada reflexo da sociedade, na forma de instituição encarregada de

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compartilhar os conhecimentos acumulados pela humanidade com as novas gerações e que busca,

num conjunto, levar o educando a desenvolver suas potencialidades. Quando pensamos a escola,

pensamos uma instituição que, ao repassar conteúdos, leve o aluno a construir conhecimentos

necessários ao desenvolvimento de sua vida e sua cidadania. Portanto a escola possui o objetivo de

ensinar para que aconteça a apropriação dos conhecimentos sistematizados por parte dos alunos. Esta

escola objetiva o ensino e apropriação dos conceitos intencionalmente sistematizados, além de

propiciar uma educação com qualidade que garanta as aprendizagens essenciais para formação de

cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com dignidade e responsabilidade na

sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais e coletivas.

5.5. Ensino/Aprendizagem: Processo que inter-relaciona os fazeres do professor e do aluno, este como

decorrência do primeiro. O ato de ensinar visa a aprendizagem do aluno e consiste no ato sistemático

de mediação de conhecimentos o que requer planejamento sobre o que, como e para quem ensinar. A

aprendizagem do aluno consiste na maneira como ele constrói seu conhecimento, se desenvolve e

muda seu comportamento, por meio da mediação do professor. Ensino-aprendizagem é, portanto, um

processo impregnado de pressupostos políticos e ideológicos, diretamente relacionado à visão de

homem, de sociedade e de conhecimento.

5.6. Cidadania: Considera-se a cidadania como o pleno gozo e cumprimento de seus deveres, de seus

direitos civis, políticos e religiosos na sociedade em que o indivíduo está inserido, sendo este

participativo, crítico e responsável para atuar na sociedade.

5.7. Currículo: Concebe-se o currículo como um conjunto de conteúdos, estratégias, instrumentos que

perfazem o projeto escolar, tendo por base um planejamento que contemple a necessidade de formar o

aluno para a vida em sociedade no seu sentido mais amplo. Ou seja, o currículo tem a função de

coordenar as ações pedagógicas para a formação cognitiva, humana, política, social e cultural. O

currículo é objeto de análise contínua dos sujeitos da educação e as matrizes teóricas que o orientam,

valorizando o diálogo entre os saberes das disciplinas, os aspectos intelectuais, físicos, emocionais e

sociais da vida do indivíduo.

5.8. Conhecimento: O conhecimento é um processo originário da vivência da subjetividade de construção

dos objetos de nossa experiência real. O conhecimento é o esforço do espírito humano para

compreender a realidade que se dá mediante a explicação da ligação entre objetos e situações da

realidade. O conhecimento informal é trazido pelo aluno através das suas vivências na sociedade,

resultante de sua integração com as diversas instituições sociais. O conhecimento escolar é a síntese

do conhecimento formal produzido pela humanidade mediante critérios estabelecidos como válidos no

ambiente científico. Além do produto, o conhecimento escolar também inclui o processo de produção

do conhecimento formal e científico.

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5.9. Mundo: é um nome para o universo do ponto de vista humano, como um lugar habitado e transformado

por seres humanos. Frequentemente, é usado para dizer a soma de experiência humana na historia,

ou a condição humana em geral. Apesar do desenvolvimento econômico e tecnológico sem

precedentes, o mundo continua dividido entre norte e sul, entre ricos e pobres, entre aqueles que

comem em abundância e os que morrem de fome, entre os que gozam de direitos civis e os que são

sujeitos a constantes atropelos dos direitos humanos, entre os que nem sequer possuem material

básico, como cadernos e lápis.

5.10. Cultura: É o conjunto de manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais de um povo

ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura as seguintes atividades e manifestações: música,

teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura,

invenções, pensamentos, formas de organização social. A função da cultura é tornar a vida segura e

contínua para a sociedade, podemos dizer que tudo que faz parte do mundo humano é cultura.

5.11. Gestão: O conceito de gestão escolar engloba as atuais exigências da vida social e classifica-se em

três áreas, sendo: gestão pedagógica – estabelece objetivos gerais e específicos para o processo

ensino-apredizagem; gestão administrativa – responsável pela parte física e institucional da escola;

gestão de recursos humanos – atua nas questões de relacionamento humano. Estas áreas de gestão

não podem ser separadas, mas atuar integradamente de forma a garantir a organização do processo

educativo.

5.12. Tecnologia: Conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, ferramentas, processos

e materiais criados e/ou utilizados e aplicados em um determinado ramo de atividade. Na educação,

pode ser resumida na integração através das mídias, pelas ferramentas e aparatos que favorecem o

processo de ensino-apredizagem.

5.13. Tempo: Para o senso comum, tempo pode ser considerado e indicado por intervalos ou períodos de

duração, dentro dos quais ocorrem os fenômenos sob uma perspectiva linear. Fisicamente, esse

conceito é mais amplo e complexo. Sob a ótica escolar pode se considerar que o tempo, mesmo

estando vinculado a eventos externos ao indivíduo, constitui-se basicamente por momentos de

aprendizagem, de convívio e de planejamentos para ações futuras.

5.14. Espaço: Esse termo pode estar relacionado a geografia, a física ao cosmos, a informática, a

geometria e outros. O espaço escolar faz parte de um conceito mais abrangente da cultura humana, e

enquanto espaço físico simboliza o local onde docentes e discentes constroem o processo ensino-

aprendizagem. Sua análise implica considerar sua morfologia ou estrutura, seus diferentes usos e

funções e sua organização.

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5.15. Formação Continuada: Processo contínuo e permanente do desenvolvimento profissional do

educador, que propõe novas metodologias e discute teorias atuais com a intenção de contribuir para as

mudanças que se fazem necessárias para a melhoria da ação pedagógica.

5.16. Avaliação: Praticamente, todo mundo avalia o tempo todo, pois avaliar é uma prática corriqueira se

pensarmos em avaliação como uma espécie de opinião sobre algo ou como a atribuição de valor

positivo ou negativo a respeito de algo que é julgado. Fazemos juízo de valor sobre o clima, os

alimentos, as roupas, sobre os lugares ou pessoas que encontramos ou que tivemos contato

anteriormente, sobre as situações que vivenciamos, sobre as palavras que ouvimos e proferimos,

enfim, fazemos avaliações em muitos momentos e constantemente. A avaliação faz parte do cotidiano

do ser humano, mas em se tratando de avaliação na educação escolar, ainda estamos longe de

compreender muitas das consequências, da idéia de avaliação em educação e de sua prática no

ambiente escolar.

Sendo a avaliação de grande relevância ao processo educativo devido à profundidade e seriedade que

exige, é necessário que no âmbito escolar seja realizada com muita clareza, humanidade e justiça,

respeitando-se o ritmo de cada aluno para não prejudicá-lo, pois é inegável a influência que ela exerce

na vida dos educandos.

A avaliação é um processo importantíssimo para educandos, educadores, pais e escola, pois através

dela que os educandos tomam conhecimento de suas dificuldades, os pais podem acompanhar o

processo educacional, a escola e educadores poderão refletir sobre suas práticas pedagógicas,

mudando as estratégias e metodologias, se necessários. É preciso estar atento às individualidades,

pois cada educando traz consigo problemas que podem interferir na aprendizagem, como também na

avaliação. Portanto, é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades para que o professor possa

definir os caminhos e que todos alcancem seus objetivos.

Avaliar é criar oportunidades de ação e reflexão, constantemente acompanhado pelo professor,

visando estimular o aluno à novas questões e problemas a partir das respostas apresentadas. O ato de

avaliar não é a fase terminal do processo ensino-aprendizagem, mas se constitui de momentos

constantes de coleta de dados, de busca de compreensão das dificuldades do educando, possibilitando

a tomada de decisão sobre o trabalho pedagógico e o consequente progresso ou não do aluno.

Portanto, avaliação é a reflexão transformada em ação cuja finalidade é impulsionar novas reflexões.

Ou seja, a avaliação é norteadora da ação pedagógica do educador, de maneira que possa modificar

seu planejamento, retomar conteúdos e adequar às metodologias.

Podemos dizer que a avaliação como parte integrante do processo ensino-aprendizagem deve

apresentar as funções diagnóstica, formativa e somativa.

A função diagnóstica tem por finalidade realizar uma sondagem de conhecimentos e experiências

prévias do aluno, bem como a existência de pré-requisitos necessários à aquisição de um novo saber.

Permite ainda identificar progressos e dificuldades de alunos e professores diante do objetivo proposto.

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A função formativa tem por finalidade, proporcionar a retroalimentação para o professor e para o aluno,

durante o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, ou seja, propicia a correção de falhas,

esclarecimento de dúvidas e estímulo a continuação do trabalho para alcance do objetivo. Também

proporciona informações sobre o desenvolvimento do trabalho docente, possibilitando a adequação de

métodos, materiais e linguagem.

A função somativa tem o propósito de oferecer subsídios para o registro das informações relativas ao

desempenho do aluno, visa proporcionar uma medida que expressa uma nota sobre o desempenho do

aluno, sendo que a mesma ocorre ao final de cada bimestre e ao final do ano letivo.

A avaliação somativa contempla tudo que é visualizado na função diagnóstica e formativa. Durante o

processo de avaliação, o docente utiliza instrumentos diferentes para contemplar diferentes

capacidades.

A avaliação é essencial ao processo ensino-aprendizagem, cabendo ao educador uma reflexão

permanente sobre a sua realidade, um acompanhamento contínuo do educando na construção do

conhecimento.

VI – CURRÍCULO

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6.1. Matriz Teórica e organização dos conteúdos

A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades de ensino segue as

orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.

O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, organizado por séries nos anos

finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam:

I. difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao

bem comum e à ordem democrática;

II. respeito à diversidade.

Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular,

inclusa no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes

Curriculares Estaduais, sendo que os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas para os anos

finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Fundamental organizado em 4 (quatro) anos finais,

em regime de série/ano, com 4 (quatro) anos de duração, perfazendo um total de 3.200 horas.

Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental consta:

I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso

somente na 5ª e 6ª séries, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de uma Parte

Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês;

O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três anos, perfazendo um

mínimo de 2.400 horas.

Na organização curricular do Ensino Médio consta:

I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia, Química, Física, História, Geografia,

Educação Física, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada

constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês nas 1ª e 2ª Séries;

II. História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas,

Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança

e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas do Ensino

Fundamental e Médio; Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História.

6.2. Critérios de organização de turmas

A equipe deste estabelecimento de ensino procura organizar as turmas de forma que favoreça o

processo ensino-aprendizagem, bem como a organização do cotidiano escolar. A organização das turmas

tem como princípio básico a heterogeneidade, o respeito às diferenças e o número de alunos por turma,

visando o desenvolvimento satisfatório dos educandos.

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Assim, inicialmente procura-se dividir os alunos, buscando atender a solicitação de pais e alunos

quanto ao turno e turmas por questões de trabalho, estágio remunerado, transporte escolar, proximidade de

residência para execução de tarefas e pesquisas, quando esta tiver justificativa. Evita-se a formação de

grupos que tornem a turma muito indisciplinada e menos produtiva, mas em casos, em que se observa a

dificuldade de aprendizagem de determinados alunos, estes são colocados nas turmas em que estudam os

colegas que os auxiliam nas atividades.

Nas turmas em que há portadores de necessidades educativas especiais, procura-se estabelecer

um número menor de alunos, embora isso nem sempre seja possível devido ao grande número de

educandos por turno.

6.3. Organização da Hora-atividade

A hora-atividade é o período em que o professor desempenha funções de docência. Tempo

reservado para estudo, avaliação, planejamento, reunião pedagógica, atendimento a comunidade escolar,

preparação de aulas, avaliação dos alunos. Portanto, cada membro do corpo docente deve utilizar sua hora-

atividade para preparar suas aulas, fazer correções das atividades e avaliações, fazer os registros no Livro

Registro de Classe, fazer pesquisas no laboratório de informática, fazendo uso das tecnologias disponíveis,

como também para planejamento, pesquisas, reflexões, capacitação pessoal, elaboração de projetos, etc.,

ou seja, é um espaço privilegiado em que o professor pode organizar seu trabalho e repensar seus métodos

e técnicas de ensino. Além disso, esse tempo também é utilizado para estudos e leituras direcionadas ao

aperfeiçoamento contínuo do professor, atendimento a pais e alunos, troca de experiências com outros

membros do corpo docente, tendo valor fundamental para o trabalho coletivo, de parceria e

interdisciplinaridade.

Segundo orientações da SUED, a hora-atividade deve ser organizada com a finalidade de favorecer

o trabalho coletivo dos professores que atuam na mesma área ou turmas. Infelizmente esta forma de

organização da hora-atividade fica comprometida devido ao número de turmas em cada turno e professores

que atuam em mais de uma escola. Vale ressaltar que há disciplinas em que um único professor ministra

todas as aulas.

Permite-se que o professor cumpra sua hora-atividade em reuniões pedagógicas solicitadas pela

escola, quando fora de seu horário de trabalho.

Cabe à direção do estabelecimento de ensino distribuir, verificar o cumprimento da hora-atividade e

sistematizar o quadro da distribuição que deverá constar em edital, permitindo o acompanhamento e

informando à comunidade escolar da disponibilidade de atendimento do professor aos alunos e pais.

A equipe pedagógica cabe coordenar as atividades coletivas e acompanhar as atividades

individuais a serem desenvolvidas durante a hora-atividade.

6.4. Calendário Escolar

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O Calendário Escolar será elaborado anualmente, conforme normas emanadas da SEED, pelo

estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após, enviado ao órgão

competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua vigência.

A elaboração do calendário escolar deverá atender ao disposto na legislação vigente, garantindo-se

o mínimo de horas e dias letivos previstos para cada nível e modalidade de ensino.

VII – REGIME ESCOLAR

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7.1. Organização Interna da Escola

O Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo - Ensino Fundamental e Médio, oferece três

turnos: manhã, tarde e noite. Suas atividades educativas são desenvolvidas tendo como base a Matriz

Curricular de 2010, sendo cinco aulas por dia com duração de cinquenta minutos cada, totalizando vinte e

cinco aulas semanais em cada turno, perfazendo um total de duzentos dias letivos e oitocentas horas-aula.

O tempo escolar é organizado por séries.

No período da manhã, o estabelecimento de ensino oferece o Curso de Ensino Médio num total de

dez turmas sendo quatro turmas de 1ª série, três de 2ª série e três de 3ª série. Suas atividades iniciam às 7

horas e 30 minutos e encerram às 11 horas e 50 minutos.

No período da tarde as aulas iniciam às 13 horas e encerram às 17 horas e 15 minutos. Neste

período o estabelecimento oferta o Ensino Fundamental com duas 5ª séries, uma 6ª série, uma 7ª e uma 8ª

série.

No período da noite as aulas iniciam às 18 horas e 45 minutos e encerram às 22 horas e 50

minutos. Neste horário o colégio oferta o Ensino Médio, sendo uma turma de 1ª série, uma turma de 2ª série

e uma terceira série.

O colégio não oferta a Sala de Apoio aos alunos de 5ª série com defasagem de aprendizagem na

leitura, escrita e cálculo por não atender as determinações legais para este serviço.

Salientamos que o colégio também não oferta a Sala de Recursos para os alunos de 5ª a 8ª séries

que apresentam dificuldade de aprendizagem, mas os alunos são atendidos em contra turno na Escola

Estadual “Dr, Chafic Cury”. Ensino Fundamental. O atendimento é de duas horas diárias, no mínimo duas

vezes por semana, totalizando quatro horas semanais. As necessidades pedagógicas e dificuldades

específicas dos alunos são trabalhadas individualmente, a frequência é controlada pelo registro de classe e

são elaborados relatórios semestrais.

A Sala de Recursos oferece subsídio pedagógico contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos,

visando desenvolver as áreas cognitivas, motora, afetiva e emocional dos educandos.

Este colégio oferta o CELEM (Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras Modernas) que

funcionam no período da tarde e noite com a Língua Ucraniana e no período noturno a Língua Espanhola.

Neste curso são priorizados os alunos matriculados no colégio, mas se as vagas não são preenchidas,

poderão matricular-se pessoas da comunidade. Funciona com quatro aulas semanais com dois anos de

duração o curso de Língua Espanhola e três anos o curso de Língua Ucraniana.

A matrícula é ofertada através do programa SERE WEB, de acordo com a Instrução normativa do

Estado.

Em relação aos recursos e materiais didáticos, destacamos que são utilizados os livros didáticos e

para didáticos, mapas, recursos audiovisuais e de multimídia entre outros que a escola disponibiliza ao

corpo docente e que estão em conformidade com a proposta curricular de cada disciplina.

7.2. Educação Ambiental

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A Educação Ambiental deve ter como princípio a sustentabilidade ambiental, a ética do cuidado e

precaução. É interessante que os professores de todas as disciplinas trabalhem com o tema ecologia, pois

ele contribui para que os alunos sejam capazes de se identificar como parte integrante da natureza e sentir-

se efetivamente ligados a ela.

Trata-se de um processo pedagógico, participativo e permanente para incutir uma consciência

crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a capacidade de captar a gênese e a

evolução de problemáticas ambientais com as quais se vêem confrontando no dia a dia.

Entre as temáticas que necessitam ser abordadas em todas as disciplinas estão:

• Separação do lixo;

• Abordagem dos quatro erres (reduzir, reutilizar, reciclar e reciclagem);

• Adotar uma postura de responsabilidade ambiental, buscando a não contaminação do ambiente natural;

• Medidas de economia de energia, água e outros materiais de consumo.

Além disso, comportamentos ambientais corretos devem ser aprendidos na prática do dia a dia na

escola: gestos de solidariedade, hábitos de higiene pessoal e também dos ambientes escolares e

domiciliares.

Em se tratando de uma escola que atende basicamente alunos de comunidades rurais e pela

necessidade de se tratar de assuntos ambientais locais, é fundamental repensar o processo de produção e

consumo: estimular a produção orgânica familiar sustentável; incentivar a economia popular solidária;

promover o consumo consciente; realizar a reciclagem, o reaproveitamento e a compostagem entre tantas

outras medidas possíveis e necessárias.

“Em suma, educação ambiental para o desenvolvimento sustentável é uma vida ampla e longa que

sustente com inteligência cada desafio individual, das instituições e das sociedades que visualizem o

amanhã com uma diferença que pertença a todos nós, ou não pertença a ninguém”. (BOTH, 2009. p. 16)

7.3. Educação Inclusiva

Pensar em diferença ou no diferente é pensar na dessemelhança, na desigualdade, na diversidade

ou, como na Matemática, num grupo de elementos que não pertencem a um conjunto, mas pertence a

outros segundo o dicionário.

Portanto, a inclusão é um processo pelo qual se garante ao aluno o acesso aos direitos civis,

sociais, econômicos e culturais permitindo-lhe assumir seu papel na sociedade.

A Escola Inclusiva educa todos os tipos de alunos, independente do gênero, cor raça, deficiência,

classe social, condições de saúde e outros, devendo proporcionar ações educacionais apropriadas às

necessidades dos alunos. Então é importante que os profissionais acreditem nesta possibilidade e

concretizem as mudanças necessárias para que todos os educandos tenham uma escola de qualidade.

A grande maioria dos conteúdos veiculados na sala de aula pode ser simplificada em benefício de

todos os alunos. As formas diferentes de mediação nas estratégias de ensino e na avaliação do rendimento

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escolar fazem do professor um articulador do processo inclusivo. É importante entender que todos os

cidadãos que tiverem acesso à educação formal vão para a escola não apenas para se socializar, mas

também para aprender conteúdos. Sendo assim, todas as disciplinas devem contemplar ações efetivas

para o êxito da integração social, na aquisição do conhecimento e realização pessoal e profissional.

Para Maria Lúcia Madrid “...a escola só será inclusiva no momento em que não excluir os que fazem

parte do seu contexto escolar”.

7.4. Educação do Campo

De acordo com o Marco Situacional, muitos dos educandos que frequentam este estabelecimento

de ensino são provenientes do campo, por isso a necessidade de abordar conteúdos que abarquem este

tema.

Para pensar em educação do campo, é importante fazer uma distinção entre termos “rural” e

“campo”. A concepção de rural representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que

historicamente fizeram referência aos povos do campo como pessoas que necessitam de assistência e

proteção, na defesa de que o rural é lugar de atraso. Trata-se do rural pensado a partir de uma lógica

economicista e não como um lugar de vida, de trabalho, de construção de significados, saberes e culturas.

A concepção de campo trata do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento

na sua relação de existência e sobrevivência. O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se

relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas mediante mão-

de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança,

que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina que nem

sempre segue o relógio mecânico.

O tema Educação do Campo deve ser contemplado em todas as disciplinas, articulando os

conteúdos sistematizados com a realidade do campo.

Na educação escolar, cabe aos professores e alunos, num processo investigativo, chegar à

indicação dos temas e significados para a comunidade local. A investigação, o diálogo, a interrogação

constante são essenciais ao trabalho com a educação do campo, para que esteja vinculada a um projeto

peculiar aos sujeitos que a concernem.

Visando o desenvolvimento humano e o desenvolvimento do campo que se contraponham ao

modelo hegemônico, devem emergir conteúdos e debates, entre outros, sobre:

• a diversidade de produtos relativos à agricultura e o uso de recursos naturais;

• a agroecologia e o uso das sementes crioulas;

• a questão agrária e as demandas históricas por reforma agrária;

• os trabalhadores assalariados rurais e suas demandas por melhores condições de trabalho;

• a pesca ecologicamente sustentável;

• o preparo do solo;

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7.5. História e Cultura Afro-brasileira e Africana

Não há como falar da História do Brasil sem mencionar as contribuições da cultura africana.

Podemos afirmar que temos uma grande dívida cultural para com esse povo que tanto contribuiu para a

formação étnica e cultural brasileira.

É preciso romper com certos paradigmas e imagens estereotipadas que foram construídas

historicamente a respeito do continente e do povo africano, como por exemplo, associar a imagem do negro

à pobreza e escravidão.

Dentro do contexto escolar, há disciplinas em que a história da Cultura Africana está mais presente,

como no caso de História, Geografia, Ensino Religioso, Arte e Educação Física. Nesse contexto a disciplina

de História se configura com forma privilegiada para abordar este tema, uma vez que seu ensino foi um dos

responsáveis pela visão que temos dessa cultura, fruto do eurocentrismo. Propomos uma educação

“inclusiva” e não “exclusiva”, e por isso é preciso que a história reveja alguns conceitos, pois serve de base

para outras disciplinas trabalharem seus conteúdos valorizando a cultura Afro, necessitam constantemente

revisitá-lo.

É interessante também que sejam trabalhados os conflitos que os descendentes destes povos

enfrentam na atualidade, um exemplo disso são as comunidades quilombolas que lutam para preservar sua

cultura e sua memória.

Na disciplina de Ensino Religioso poderá ser trabalhada a presença de celebrações religiosas das

tradições africanas no Brasil, como e porque se deu o Sincretismo Religioso.

Em Geografia, a cultura afro poderá abordar os conceitos geográficos dos países, os quais fazem

parte do continente, bem como a separação do continente sul americano e sub-africano, já que há milhões

de anos constituíam um único bloco. A vegetação, já que o continente possui grande quantidade de ervas

medicinais, as quais os habitantes de cada região utilizavam e continuam utilizando até hoje para

tratamento de enfermidades que se alojam nos habitantes por causa das péssimas condições de vida que

estes estão submetidos.

Educação Física poderá abordar os jogos, danças e “lutas” de origens africanas. Essas

manifestações culturais devem ser estudadas de maneira histórica e prática.

VIII - AVALIAÇÃO

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8.1. Da instituição

Enquanto processo contínuo, a avaliação também precisa servir de referência para adequação de

práticas na sala de aula e na instituição como um todo. Dessa forma a avaliação institucional também tem

sua importância como indicativo para melhorias em todos os âmbitos da escola.

A avaliação institucional pode ser feita através da análise de diversos fatores como: - índices de

aprovação/reprovação/evasão, - participação dos pais na vida escolar dos discentes; - apoio das instâncias

colegiadas; - avaliação dos professores e funcionários; - participação do colégio em eventos diversos; -

eficiência da equipe pedagógica; - parcerias com a sociedade e órgãos diversos.

A análise desses fatores pode ser utilizada para compor um índice de avaliação da instituição,

indicando os pontos de dificuldades e também os caminhos para a tomada de decisão e resolução das

dificuldades.

8.2. Do ensino e da aprendizagem

As causas sócio-econômicas, geralmente, são apontadas como o principal fator da evasão escolar.

Por outro lado, uma crescente conscientização sobre a necessidade de estudar os fatores internos da

escola, demonstra que as práticas de ensino e de avaliação também contribuem para o abandono escolar.

É crescente, também, o número de estudiosos que defendem, entre outras coisas, uma avaliação

diagnóstica para ajudar a construir a incorporação das diferenças combatendo a desigualdade, a

discriminação, a exclusão. De acordo com C. C. Luckesi e Ana Canen, a avaliação diagnóstica é um

processo que acompanha o processo de ensino aprendizagem, buscando “diagnosticar” as dificuldades e

re-elaborar as práticas pedagógicas a fim de superar os pontos críticos e favorecer uma aprendizagem

efetiva, subsidiando, portanto, o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática.

Neste colégio a avaliação é considerada parte do processo pedagógico que acompanha a

aprendizagem dos alunos e norteia o trabalho dos professores. Mais do que a definição de uma nota ou

conceito prioriza a qualidade e o processo de aprendizagem.

Assim esta instituição optou pela avaliação diagnóstica, contínua, somatória e cumulativa que

possibilite uma oportunidade de reflexão sobre o processo de ensino e seus resultados que, quando não

atingidos, recupere-se paralelamente, visando, sempre, ao crescimento e inclusão dos alunos, autonomia

do professor e a permanência daqueles no sistema de ensino.

Na perspectiva da avaliação acima, instrumentos diversos serão utilizados, de acordo com a

criatividade e sensibilidade dos professores e os recursos disponíveis. O aluno será avaliado por, no

mínimo, dois instrumentos diversificados por bimestre nos diversos conteúdos trabalhados nas disciplinas

como:

- relatórios;

- seminários;

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- pesquisas;

- questionários;

- provas escritas objetivas e discursivas, com ou sem consulta ao conteúdo;

- questões orais;

- participação e desenvolvimento das atividades em sala de aula;

- apresentação de trabalhos e atividades nos cadernos em geral;

- trabalhos individuais e em grupos;

- participação em jogos e outros projetos desenvolvidos pela escola.

Fica a critério de cada professor estabelecer o valor para a atividade, ou instrumento de avaliação

que serão somados para obtenção da média bimestral.

8.3. Processos de Avaliação, Classificação e Promoção

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a

função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno sendo contínua, cumulativa e

processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos, dando-se relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração

pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados,

coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a

organização curricular e descritos no Projeto Político Pedagógico e no Plano de Trabalho Docente e deverá

utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se

a comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação

pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo,

num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo

professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações

pedagógicas.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, cumulativa e

permanente e deverá obedecer à ordenação e à sequência do ensino e da aprendizagem, bem como à

orientação do currículo.

Na Avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num

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processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento

escolar, tomado na sua melhor forma.

Os registros de notas serão expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo

diagnóstica, contínua, somatória e cumulativa feita por meio de, no mínimo, dois instrumentos distintos.

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que

sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua

frequência.

Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino

Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida

por lei.

NORMAS OPERACIONAIS DAS AVALIAÇÕES DO ANO:

MF = 1ºB + 2ºB + 3º B + 4º B = 6,04

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem frequência

mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão considerados retidos ao

final do ano letivo quando apresentarem:

I. Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar;

II. Frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em três ou

mais disciplinas distintas;

III. O aluno que apresenta frequência igual ou superior a 75% e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula

zero), mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela ao longo da série ou período letivo será submetido

à análise do Conselho de Classe que definirá sua aprovação ou não.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema

informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas

especificidades, conforme Lei nº 9.394/96 da LDBN, capítulo V, artigo 58.

8.4. Recuperação Paralela

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A recuperação paralela, dos conteúdos será ofertada para todos, sendo que, cada professor deverá

elaborar atividades para os alunos que não querem ou não necessitam fazê-la afim de que se mantenham

ocupados durante o momento da recuperação.

A recuperação paralela se constituirá na recuperação dos conteúdos de provas ou testes escritos,

prevalecendo, nesta situação, o valor maior.

Em outras palavras, utilizando-se de instrumentos diversos (tais como exercícios orais e escritos,

trabalhos em grupo, jogos, dramatizações e também provas, testes, pesquisas, apresentações de trabalhos,

participação nas aulas, relatórios de aulas, debates) os professores irão detectar os pontos positivos e as

dificuldades a serem superadas para que o diálogo entre os saberes escolar e do aluno se concretize.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino-

aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados. A recuperação de conteúdos, quando avaliada se dará por meio de

instrumento determinado pelo professor, em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola,

prevalecendo, sempre o valor maior da avaliação para perfazer a média.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo,

constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no

Livro Registro de Classe, prevalecendo a maior nota entre a avaliação e sua respectiva recuperação.

IX - MARCO OPERACIONAL

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9.1. Organização interna da escola/funções específicas.

Com base no Regimento Escolar, são os seguintes papéis a serem desenvolvidos pelos membros

integrantes da estrutura organizacional.

9.2. Equipe de Direção

A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos democraticamente entre

os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em vigor.

A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o

alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

9.2.1. Compete ao Diretor (a): - cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

- zelar pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

- coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político Pedagógico da escola,

construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

- coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

- implementar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

- coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do

Conselho Escolar;

- convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

- elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar

e colocando-os em edital público;

- prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em

edital público;

- coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor,

submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

- garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração

estadual;

- encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando

necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

- deferir os requerimentos de matrícula;

- elaborar o Calendário Escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do

Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;

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- acompanhar o trabalho docente referente as reposições de horas-aula aos discentes;

- assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;

- promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para

atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

- propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do

Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;

- participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para

aprovação;

- supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas

estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade

nutricional;

- presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

- definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional;

- articular processos de integração da escola com a comunidade;

- solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores do

estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

- organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional Supervisionada do funcionário

cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário

de trabalho, correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática Profissional

Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;

- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto

Político Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;

- cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica;

- viabilizar salas adequadas quando da oferta de ensino extracurricular e plurilinguista de Língua

Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM;

- disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos

Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial, ou solicitá-lo quando não existir;

- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e com os

demais segmentos da comunidade escolar;

- assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

9.2.2. Compete ao (à) Diretor (a) Auxiliar

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Assessorar o (a) diretor (a) em todas as suas atribuições e substituí-lo (a) na sua falta ou por algum

impedimento.

9.3. Da Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no

estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no

Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de

Estado da Educação.

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.

9.3.1. Compete à Equipe Pedagógica: - coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico e do Plano de

Ação do estabelecimento de ensino;

- orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva

democrática;

- participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar

a função social e a especificidade da educação escolar;

- coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de

ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

- orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do

estabelecimento de ensino;

- acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;

- promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de

temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade

de ensino para todos;

- participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de

ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

- organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de

forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no

estabelecimento de ensino;

- coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das

decisões do Conselho de Classe;

- subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino,

promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

- organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse

espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

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- proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de

reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos

os alunos;

- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a

participação democrática de toda a comunidade escolar;

- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e

metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico

escolar;

- orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos,

no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC –

FNDE;

- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos

e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

- participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim como do

processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

- acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática;

- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos

momentos e Órgãos Colegiados da escola;

- coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

- colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;

- coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais,

didático-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a serem

desenvolvidas no estabelecimento;

- acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação –

Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional

Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

- promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação,

preconceito e exclusão social;

- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

- acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

- participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à

avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos,

adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;

- organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos

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discentes;

- orientar, acompanhar e visar periodicamente os livros de Registro de Classe;

- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais do estabelecimento

de ensino;

- solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto

Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais;

- coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com

dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados

da Educação Especial, se necessário;

- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família

com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;

- acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos

competentes, quando necessário;

- acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de

encaminhamentos;

- orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais,

nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

- manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades

educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do

trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

- assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino

ofertar o ensino extracurricular e plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna;

- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais

segmentos da comunidade escolar;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- elaborar seu Plano de Ação;

- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

9.4. Da Equipe Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados.

9.4.1. Compete aos Docentes: - participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento

de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;

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- elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino, em

consonância com o Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

- participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e materiais didáticos,

em consonância com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo

aluno;

- proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer

necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno;

- proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e

formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo estratégias

diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;

- participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades

acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à

identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e

apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

- participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor

desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

- participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

- assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de diferenças

físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sociocultural, entre outras;

- viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a

pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

- participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao professor de Serviços

e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim

de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;

- estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística;

- participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas

que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e

decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

- propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

- zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica;

- cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos, além de

participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento

profissional;

- cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de

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atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED; instrução

002/04 - SUED;

- manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria

escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino, conforme instrução da SEED/DIE;

- participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade;

- desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento do processo

educativo;

- dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança

e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa;

- participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto

Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas

extraordinárias, quando convocado;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

- zelar pela defesa dos profissionais e pela dignidade da classe;

- zelar pela disciplina geral do Estabelecimento;

- ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;

- exigir tratamento e respeito compatível com a sua profissão;

- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

9.5. Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do

Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas áreas da

secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino.

A função de assistente de execução é exercida por profissional que atua no laboratório de Química,

Física e Biologia do estabelecimento de ensino.

O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário (a) escolar é indicado pela direção

do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da SEED.

O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.

9.5.1. Compete ao Secretário Escolar:

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- conhecer o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o registro

escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos administrativos;

- receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

- organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas, ordens de

serviço, ofícios e demais documentos;

- efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e conclusão de

curso;

- elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às autoridades

competentes;

- encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;

- organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a permitir, em

qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade

dos documentos escolares;

- responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por

qualquer irregularidade;

- manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;

- organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola, referentes à sua

estrutura e funcionamento;

- atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e orientações sobre a

legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do

Regimento Escolar;

- zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;

- orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da

frequência e do aproveitamento escolar dos alunos;

- cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao

registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de

estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

- organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor competente a sua

frequência, em formulário próprio;

- secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

- conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

- comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria da escola;

- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

- organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular (CELEM);

- auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no Sistema de Controle e

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Remanejamento dos Livros Didáticos;

- fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.

9.5.2. Compete aos Técnicos Administrativos que Atuam na Secretaria:

- cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do

aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos,

progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

- atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações;

- cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

- controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os mesmos a quem

de direito;

- organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;

- efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar, Boletins,

Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

- organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;

- classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a movimentação de

expedientes;

- realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento, sempre

que solicitado;

- coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e atualizando o sistema

informatizado;

- executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à

especificidade de sua função.

9.5.3. Compete ao Técnico Administrativo que atua na Biblioteca Escolar:

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- cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e funcionamento;

- atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de acordo com

Regulamento próprio;

- auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino;

- auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros;

- encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos

usuários;

- zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

- registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

- receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;

- manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua manutenção;

- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

- auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à

especificidade de sua função.

9.5.4. Compete ao Técnico Administrativo que atua no Laboratório de Informática:- cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na sua

organização e funcionamento;

- auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos de

informática;

- preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a realização de

atividades práticas de ensino no laboratório;

- assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;

- zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

- receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de Informática;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

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- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à

especificidade de sua função.

9.5.5. Compete ao Assistente de Execução que atua no Laboratório de Química, Física e Biologia: - cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e Biologia;

- aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e discente, normas de

segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;

- preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de atividades práticas

de ensino;

- receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório;

- utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório;

- assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

- zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos instrumentos e equipamentos de uso do laboratório,

assim como pela preservação dos materiais de consumo;

- participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

- comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente ocorridos no

laboratório;

- manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e

demais materiais de consumo;

-participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.

9.6. Da Equipe Auxiliar OperacionalO auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção, preservação,

segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e supervisionado pela direção

do estabelecimento de ensino.

9.6.1. Compete ao auxiliar operacional que atua na limpeza, organização e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações: - zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas estabelecidas na

legislação sanitária vigente;

- utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com antecedência, a necessidade

de reposição dos produtos;

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- zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer irregularidade à direção;

- auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início e de término dos

períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela direção;

- atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou

permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;

- auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas, e outros

facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente escolar;

- auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação durante o recreio,

atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao uso do banheiro;

- auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades escolares;

- cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;

- participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

- coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o devido destino, conforme

exigências sanitárias;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à

especificidade de sua função.

9.6.2. Atribuições do auxiliar operacional que atua na cozinha: - zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas estabelecidas

na legislação sanitária em vigor;

- selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de qualidade nutricional;

- servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança;

- informar ao diretor do estabelecimento de ensino, com antecedência, da necessidade de reposição do

estoque da merenda escolar;

- conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar, conforme legislação

sanitária em vigor;

- zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda escolar;

- receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e da merenda escolar;

- cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias;

- participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que

autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional;

- auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer necessário;

- respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou manipulação de

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gêneros alimentícios e de refrigeração;

- participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e

com os demais segmentos da comunidade escolar;

- participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função.

X - DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

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Sob orientação da SEED, deverão ser trabalhados em todas as disciplinas do Ensino Fundamental

e Médio assuntos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos relativos a Inclusão, Educação

Fiscal, Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e Enfrentamento à

Violência nas Escolas buscando inserir o educando socialmente através de uma formação contextualizada.

Ainda, seguindo orientações da Lei 10.639/03 que trata da inclusão de conteúdos relacionados a

História e Cultura Afro-brasileira e Africana, destacamos que o conteúdo relacionado ao tema deverá ser

incluído no currículo de todas as disciplinas onde poderão ser abordados a História da África e dos

africanos, cultura negra brasileira, a luta nos negros no Brasil, o negro na formação da sociedade,

resgatando a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômicas e políticas.

Consideram-se Desafios Educacionais Contemporâneos demandas históricas que, muitas vezes,

são frutos de conflitos e contradições da sociedade capitalista e, em outros momentos, de anseios dos

movimentos sociais e, por isso, não podem ser negadas às novas gerações.

Tais desafios (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Sexualidade, Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas, Enfrentamento a Violência nas Escolas e Inclusão) devem ser considerados pela escola uma vez

que são relevantes para a comunidade onde esta se insere e, desta maneira, se fazem presentes nas

experiências, nas práticas, nas representações e identidades dos educandos e educadores.

Sendo a Educação Ambiental um destes desafios, a mesma será tratada como processo que

garanta ao educando a compreensão crítica das questões socioambientais que o rodeiam. Assim, os

estudantes serão orientados a assumirem uma postura consciente, atuante e participativa diante das

questões que se relacionam à preservação e ao uso correto de recursos naturais a fim de diminuir as

desigualdades sociais e o impacto ambiental causado pelo consumo desenfreado.

Quanto a Educação Fiscal, esta será desenvolvida com o apoio do programa da SEED, de modo a

orientar os estudantes sobre os seus direitos e deveres como contribuintes, sobre o valor social desses

tributos, a estrutura que proporciona a arrecadação de recursos pelo Estado e o papel dos cidadãos no

acompanhamento da arrecadação e sua aplicação em benefício da sociedade. Tais temas serão abordados

nas disciplinas da matriz curricular em que o tema seja pertinente sob orientação do Programa Nacional de

Educação Fiscal.

O trabalho pedagógico com a Sexualidade deverá considerar os referenciais de gênero e

diversidade sexual, subsidiado pelo conhecimento científico, sem juízos de valores e crenças pessoais.

Desafio dos desafios, a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas exige tratamento adequado e

cuidadoso, com fundamentação em resultados de pesquisas para um trabalho livre de preconceitos e

discriminações. Assim, estudantes serão estimulados, dentro das disciplinas a conhecer a legislação

específica, a debater assuntos presentes no cotidiano tais como: drogadição, preconceito e discriminação

do usuário de drogas, narcotráfico, violência e influência da mídia referenciados pelas relações de poder

nos contextos sociais, políticos, econômicos, étnico-raciais, culturais, históricos, religiosos e éticos.

Para o Enfrentamento à Violência na Escola, com o apoio do programa da SEED, o trabalho

buscará ampliar a visão histórica e social da violência escolar a fim de transformá-la em poder de

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conhecimento por meio de palestras, seminários, debates, filmes, documentários e tudo que possa

contribuir para diminuir a violência na escola.

Todos os temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos poderão ser abordados por meio de

filmes, documentários, debates, pesquisas, seminários, palestras, oficinas e outras atividades suscitadas

pelo tema.

XI - PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

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11.1. Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e

fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do

estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da SEED.

O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e representantes de

movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade,

sendo presidido por seu membro nato, o (a) diretor (a) escolar.

A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da educação atuantes no

estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou

responsáveis pelos alunos.

A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados, presentes na comunidade,

não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.

O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros que o compõem,

maiores de 18 (dezoito) anos.

O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante processo

eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos níveis e modalidades de ensino.

As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão em reunião de

cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única re-

eleição consecutiva.

O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é

constituído pelos seguintes conselheiros:

I. diretor (a);

II. representante da equipe pedagógica;

III. representante da equipe docente (professores);

IV. representante da equipe técnico-administrativa;

V.representante da equipe auxiliar operacional;

VI. representante dos discentes (alunos);

VII. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;

VIII. representante do Grêmio Estudantil;

IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF, Associação de

Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.).

O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços) de seus

integrantes.

11.2. Conselho de Classe

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O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar,

com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a

efetivação do processo ensino e aprendizagem. Constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde

todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações

educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e

aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados

apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao

professor refletir sobre sua prática, adequando metodologias para oferecer ao aluno formas diferenciadas

de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem

analisados no Conselho de Classe.

Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos,

avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira

coerente com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe

pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma turma e/ou série,

por meio de:

I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor

representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s) para preenchimento de fichas para levantamento de

dados sobre o trabalho do professor; preenchimento de fichas pelos professores para levantamento de

dados sobre o desempenho da turma.

II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica,

da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série para

análise dos dados coletados no Pré-Conselho e preposição de alternativas.

III. Pós-Conselho de Classe com toda a turma, em sala de aula, os professores, equipe pedagógica

e eventualmente os pais de alunos para o retorno e debate final dos problemas e propostas para o trabalho

pedagógico.

A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Classe,

deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e,

extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.

As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata, pelo(a) secretário(a) da escola, como

forma de registro das decisões tomadas.

11.2.1. São atribuições do Conselho de Classe:

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- analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas

avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem;

- propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino

e aprendizagem;

- estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem, que

atendam as reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da

escola;

- acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados qualitativos e

quantitativos do processo ensino e aprendizagem;

- atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para série/etapa

subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o

desenvolvimento integral do aluno;

- analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do estabelecimento, no prazo

de até 72 (setenta e duas) horas úteis após o pedido de recurso.

11.3. Dos Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar

Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados de representação da

comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e Regulamentos próprios.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ou similar, pessoa jurídica de direito privado,

é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter

político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e

conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.

A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral, convocada

especificamente para este fim.

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento de

ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura

literária, artística e desportiva de seus membros.

O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral,

convocada especificamente para este fim.

11.4. Formação Continuada dos Trabalhadores em Educação

A crise econômica mundial e a revolução tecnológica, com a robótica e a informática à frente, vem

delineando um novo cenário para a humanidade e para a educação. A globalização, por um lado, aproxima

todos os povos, em determinados aspectos, assim como a tecnologia e a internet que anulou todas as

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distâncias. O homem se vê perplexo, ante a constatação de que nada ou pouco sabe ou o que sabe parece

já não atender às perspectivas à sua frente.

Percebemos que conhecimentos tidos como perenes já não são suficientes para direcionar a nossa

vida no trabalho e na família. Principalmente, nós educadores, sentimo-nos pequenos diante dessa

realidade que se agiganta aos nossos olhos, que nos entra pelos jornais, pela TV, pelo computador, pelos

livros.

A educação surge como um trunfo indispensável à humanidade e ocupa papel essencial no

desenvolvimento contínuo, tanto das pessoas como das sociedades, contribuindo para a construção dos

ideais de paz, de liberdade e de justiça social.

O educador tem sua função ampliada e renovada. Passa de mero transmissor de conhecimentos a

um agente de mudanças, formador do caráter e do espírito das novas gerações, alguém que deve orientar

para um novo horizonte, passando a lidar com um abrangente conceito de educar. Educar para que cada

um, qualquer que seja sua condição sócio-econômica, tenha condições de fazer escolhas e de construir seu

destino. Educar para que o indivíduo tenha condições de readaptar-se continuamente a um mundo em

transformação.

Portanto, para vencer os desafios da sociedade contemporânea, os educadores precisarão

aperfeiçoar-se continuamente, cotidianamente.

A formação dos professores implica uma reflexão sobre o próprio significado do processo educativo,

na sua relação com o processo mais amplo de constituição e desenvolvimento histórico-social do ser

humano.

Pensar a capacitação dos profissionais da educação no contexto político e social, implica em

preparar esse profissional para os desafios da chamada globalização e reestruturação produtiva do

capitalismo.

A formação continuada propicia aos profissionais da educação momentos significativos de formação

por meio de encontros de estudos e de ações que viabilizem um estudo teórico-prático voltado para as suas

reais necessidades, com conteúdos voltados à área de formação específica ou interesse às questões sócio-

educacionais.

Nesse sentido, este estabelecimento de ensino incentivará a formação continuada de professores e

funcionários através de capacitação em seminários, simpósios, estímulo à leitura e discussões nas horas-

atividades; debates em reuniões; sugestão de leituras; Semana Pedagógica; encontros descentralizados por

disciplinas; Profuncionário; formação de gestores; reuniões pedagógicas; grupos de estudo e cursos

ofertados pela Secretaria Estadual de Educação; via Núcleo Regional; através de cursos ofertados por

Universidades ou outras instituições credenciadas para este fim; do incentivo à leitura e à troca de

experiências. Também, os funcionários (serviços gerais) poderão participar de cursos relacionados a

nutrição, higiene, saúde , reaproveitamento de alimentos, entre outros.

Propiciar aos profissionais da educação momentos significativos de informação e formação

continuada, de forma a articular teoria e prática, possibilitarão a ampliação das alternativas e recursos de

apoio na prática docente, cujo fazer diário, venha a contribuir significativamente na melhoria da qualidade

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da educação.

Pretende-se assim, contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, visando aprimorar

a construção da consciência social, da cidadania e da democracia.

XII. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Tendo em vista que o século XXI será movido pelos conhecimentos, as aptidões especializadas

com visão globalizada, as habilidades humanas e profissionais, as qualidades humanas, a ética, a

capacidade de relacionamento, a competência de trabalhar em equipe, o Projeto Político Pedagógico tem

como meta principal: preparar o jovem muito além dos conteúdos do Ensino Fundamental e Médio, levando

em conta que o essencial é formar integralmente o ser humano e o cidadão do mundo.

Assim, a elaboração da presente proposta possibilitou um repensar, uma reflexão em relação às

práticas pedagógicas adotadas pela escola; apontou um caminho no qual as atividades a serem

desenvolvidas se darão em conjunto com os profissionais deste estabelecimento, atividades estas que

visarão, sempre, à melhoria de qualidade do Ensino Fundamental e Médio e mostrou, também, a

necessidade da reflexão e avaliação contínua para que essa caminhada seja feita com sucesso.

XIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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49

Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

MELLO, Guiomar Namo de. E outros. Secretaria da Educação do Estado do Paraná. Setembro, 2000.

MELLO, Guiomar Namo de. E outros. Roteiro Possível. A Proposta Pedagógica em Construção. Secretaria

da Educação do Estado do Paraná, 2000

Orientação para elaboração do Projeto Político Pedagógico

Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio/ Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e

Tecnologia. Brasília: Ministério da Educação, 1999.

SACRISTÁN, J. Gimeno. O Currículo – uma reflexão sobre a prática. – 3. ed. - Porto Alegre: Art-Med, 2000.

Salto para o Futuro. Educação de Jovens e Adultos. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério

da Educação. SEED, 1999.

Salto para o Futuro. Ensino Fundamental. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da

Educação. SEED, 1999.

XIV. ANEXOS

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50

14.1. Relação do Corpo Docente e Técnico Administrativo

DIREÇÃO: Jaciel Surmacz

DIREÇÃO INTERINA (substituto):Anésio Surmacz

DIREÇÃO AUXILIAR: Rute Padilha

DIREÇÃO AUXILIAR INTERINA (substituta):Giseli Cristina Machado

SECRETÁRIA: Dirlei Bernadete Bruczkoski

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO: Cidimar Ribeiro

Luciana Sprada

Elizabete Maria Szrajia

ASSISTENTE DE LABORATÓRIO: Yargos Kern

EQUIPE PEDAGÓGICA:Caroline Elizabel Blaszko

Izaura Vieira Soares

Silvia Surmas Schuta

Tania Maria Weretycki

PROFESSORES: Adelaide Pageski Sampaio

Adriana Petreski Plodoviski RymszaAlda Inês M. PrzysieznyAldori Rodrigues de MatosAnacleto Janóski

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51

Dilma LesniowskiElizandra Andrés Buaszyk

Evaldo DorocinskiEugênia Osatchuk

Franciane Gurski

Giovann Piero Girardi

Giovanna CordeiroGiseli Cristina Machado

Ilda Tomaz de AndradeIvan Gapinski

Jackeline Maria Simon

Josafat Kurasz

Jose Jeronimo Bilinski

Josiane Dorocinski

Josué Duda

Julian Marcelo Fronczak

Juliana Aparecida da SilvaJussara RomanhukKarla Flaiane BurkoLeodocilda Plodoviski

Liliane ZubLuciane PaszkoLucineide Gurski CzpakMárcia Dembéski DruczkowskiMaria Aparecida ZemMaria Eluíza SolareviskiMaria Goretti Mores DacorreioMaria Inês Tomal SurmasMaria José Ferreira SimonMaria Luciane Kubliski

Maria Madalena FialkoskiMarta Maria WoyciechoswskiMaristela Duda Kojunski

Paulo Vinícius Ivancheski

Pedro Adilson Stodolny

Rosangela L. Talar

Roseli Surmacz

Rosemari P. Bassuma

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Rute PadilhaSilmara Dusanóski

Silvane Maruchin

Tatiany Schiliga

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS:Ana Joch

Helena Mazur

Maria Inês da Silva

Maria Odarca Melnik

Maria Claudir Serafim

Rosane padilha

Soeli da Aparecida Crispim

14.2. Calendário Escolar

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Colégio Estadual "Dr. Afonso Alves de Camargo" Ens. Fund. E Médio

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);

Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 23

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53

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 27

24 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 31 31

1 Dia Mundial da Paz

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 20

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26

25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 30 31

2 Paixão 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi 11 Padroeiro

8 OBMEP – 1ª faseJulho Agosto Setembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4

4 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21

11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25

25 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

7 Independência 11 OBMEP – 2ª fase

Outubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4

3 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25

24 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 31 31

12 N. S. Aparecida 15 Dia do Professor 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Proclamação da República 25 Natal20 Dia Nacional da Consciência Negra

Férias Discentes Férias/Recessos/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30

NRE Itinerante 2 dias fevereiro 7 julho/agost./reces. 23 Dias letivos 200 julho/agosto 28 dez/reces. 9 dezembro 9

Total 75 Total 62

Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias Recesso Formação Continuada Conselho de Classe

14.3. PROPOSTAS CURRICULARES - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

14.3.1. ARTE

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde os primórdios da humanidade o homem sempre procurou manifestar seus sentimentos

através da arte, pois a arte é a manifestação do poder criador do ser humano. Através da arte o homem não

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apenas cria uma nova realidade como também é capaz de transformar o meio em que vive. Dessa forma a

arte esteve e está presente em todas as sociedades, sejam elas desenvolvidas ou não.

No Brasil a historia mais remota da relação do homem com a natureza pode ser contada através

das pinturas rupestres principalmente na região norte do Brasil , mas foi a partir do processo de colonização

do nosso pais que a arte teve relevância, tendo origens bastante heterogênea com a mescla da cultura

indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada uma com suas peculiaridades

formaram a matriz da cultura brasileira.

A primeira forma registrada de arte na educação no que hoje é o estado do Paraná, ocorreu nas

reduções jesuítas e nas vilas indígenas com ensinamentos de artes e ofícios, utilizando se da retórica,

música, dança, pintura, literatura, escultura e outras artes manuais.

Em todos os locais onde os jesuítas se radicaram promoveram estas reformas, cultivando junto com

as formas ibéricas da alta idade média e renascentista as formas artísticas locais. O trabalho dos jesuítas

durou cerca de 250 anos e foi muito importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.

Este trabalho teve fim com o governo de Marquês de Pombal por volta do século XVIII, fundamentada nos

padrões da Universidade de Coimbra, a forma pombalina dava ênfase ao ensino das ciências naturais e

estudos literários.

Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, chega também um grupo de artistas

franceses (Missão Artística Francesa) e assim foi fundada a Academia de Belas Artes, que adotou uma

pedagogia tradicional e obedecia ao estilo neoclássico fundamentado no culto à beleza clássica. Esse

padrão estético entrou em conflito com a arte colonial de características brasileiras como o Barroco na

arquitetura, na escultura, entalhe e pintura presentes nas obras de Aleijadinho.

Durante muitos anos o ensino da Arte no Brasil passou por diversas tendências pedagógicas e um

marco importante para a Arte brasileira, foi a semana de Arte Moderna de 22, que influenciou diversos

artistas, os quais valorizavam a cultura local, esses artistas pretendiam dar ênfases a produção nacional e

romper com padrões europeus que deglutiam a arte brasileira em todas as linguagens e que tinham como

base a arte acadêmica e erudita.

A partir de 1960 as produções e movimentos artísticos se intensificaram e após muita opressão do

regime militar em 1971 foi promulgada a Lei Federal nº 5692/71, que determinava a obrigatoriedade do

Ensino da Arte no currículo escolar.

Assim o ensino da arte na escola visa contribuir para o desenvolvimento de habilidades, ampliar a

sensibilidade e cognições estimulando o desenvolvimento expressivo do educando, com meios que auxiliem

a manifestação da criatividade e imaginação, explorando a observação dos componentes artísticos,

contribuindo para desenvolver a sensibilidade estética aprimorando habilidades de percepção. que o

permitam utilizar esse conhecimento na compreensão e reflexão das diversas manifestações culturais e

desafios contemporâneos.

Assim, a disciplina de Arte tem como objetivos:

Criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das

linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais, isto

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é, produtos de uma cultura em um determinado contexto histórico,

Apreciar produtos de Artes em suas várias linguagens tanto fruição quanto análise estética,

Realizar a observação, estudo e compreensão de diferentes obras de arte produzidas em diferentes

movimentos e períodos da história da arte,

Reconhecer, apreciar e diferenciar e saber utilizar as diversas técnicas nas linguagens artísticas:

artes visuais, música, teatro e dança,

Expressar, representar idéias, emoções, sensações por meio das linguagens artísticas

desenvolvendo produções artísticas individuais ou em grupo,

Perceber, reconhecer e aplicar os elementos da linguagem visual: cor, forma, linha, ponto, texturas,

volume, luz, sombra.

Compreender, analisar e observar as relações da arte através da leitura de imagens com outras áreas

do conhecimento,

Compreender a arte como linguagem.

2. CONTEUDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

ARTESVISUAIS

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Volume

Luz

Cor

FigurativaAbstrataFigura-FundoBidimensionalTridimensional

Semelhanças contrastes

Ritmo visual

Gênero:paisagem, retrato, natureza morta

Técnicas: pintura, gravura, desenho, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Arte Pré-histórica, Arte Egípcia, Arte greco-romana, Arte pré-colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Fauvismo, Expressionismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Surrealismo, Op Art, Pop Art, Arte Naif, Vanguardas artísticas, Arte popular, indígena, Arte Brasileira, Paranaense, Indústria Cultural , Arte Latino Americana, Muralismo

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

intensidade

Ritmo, melodia, Harmonia tonal, modalContemporâneaEscalasSonoplastiasEstruturaGênero: erudita folclórica...Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação

Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Vanguardas artísticas, Música eletrônica, Música popular Brasileira, Arte popular, Arte indígena, Arte Brasileira e Paranaense, Indústria Cultural, Música Latino-americana.

Personagem Representação, Texto dramático, Arte Greco-Romana, Oriental,

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TEATRO

(expressões corporais, vocais, gestuais e faciais).

Ação

Espaço

roteiro, espaço cênico, cenografia, figurino, adereços, máscaras, caracterização e maquiagem. Gêneros: tragédia, comédia, Drama, Rua...Técnicas: jogos teatrais, enredo, manipulação, bonecos, sombras, monólogos.

Africana, Medieval, Renascimento, Barroco, neoclassicismo, Realismo, expressionismo, popular, ,indígena, contemporâneo, teatro pobre, teatro do oprimido, fantoches.

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

espaço

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de apoioRotaçãoDeslocamentoCoreografiaGêneros: folclóricos e de salão, étnica.

Arte Greco-Romana, Oriental, Africana, Medieval, Renascimento, Barroco, neoclassicismo, Realismo, expressionismo, popular, indígena, dança circular, indústria cultural, dança clássica, dança moderna, dança contemporânea, hip hop, arte latino americana.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de arte deve possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação dos conhecimentos,

para que o aluno possa interpretar as obras através da leitura formal e informal das imagens e apreender

aspectos de sua dimensão singular e social, e, dessa forma, pretende-se que os alunos adquiram

conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de

criação e desenvolver o pensamento crítico.

A mediação dos conteúdos selecionados na Educação Básica será efetuada a partir do contexto

sócio-cultural dos educandos com o uso de tecnologias e mídias como vídeos, DVDs, TV pendrive,

computadores fotografias e outros, nas diversas linguagens artísticas (Artes Visuais, música, teatro e

dança)., norteada por três abordagens pedagógicas: Teorizar (conceitos artísticos); Sentir e perceber

(apreciação e fruição); Trabalho artístico (prática criativa). Durante a prática e o desenvolvimento dos

conteúdos serão abordados e inseridos de forma contextualizada, referencias aos desafios educacionais

contemporâneos.

Para o desenvolvimento de tais práticas, além do uso de recursos didáticos, como livros, revistas,

papéis diversos, tintas, pincéis, tesoura, cola, entre outros, também devem ser utilizados recursos

tecnológicos, como TV, computador, fotografias, vídeos, imagens digitais, etc.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual, contínua e cumulativa do desempenho

do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, o desenvolvimento formativo e

cultural do aluno, deve levar em consideração a capacidade individual, o desenvolvimento cognitivo do

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aluno e sua participação nas atividades realizadas.

Dessa forma, a avaliação em arte busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o

aluno não estabelecendo parâmetros comparativos entre educandos, discutindo dificuldades e progressos

de cada um, a partir da própria produção, verificando-se o pensamento estético levando em conta a

sistematização dos conhecimentos, inclui a observação e registro do processo de aprendizagem, com

avanços e dificuldades percebidos na apropriação de conhecimentos pelos alunos, com oportunidades para

o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e percurso escolar diferenciado

de conhecimentos artísticos, e assim, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do

conhecimento que os alunos trazem consigo.

O ato de avaliar exige que se defina aonde se quer chegar, também que se estabeleçam os

critérios. Dentre estes, os principais a serem levados em consideração no processo avaliativo são a

composição estética, cromática, espacial, proporção, plano e profundidade. Em seguida são escolhidos os

procedimentos, inclusive aqueles que são referentes à seleção de instrumentos que serão utilizados no

processo de ensino e de aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos artísticos individuais e em grupo, pesquisas

bibliográficas, provas teóricas e práticas, debates, registros em forma de relatórios, portfólio, áudio-visual e

outros, desenvolvimento individual ou em grupo em todas as linguagens de arte, avaliando a criatividade e

pesquisa. Em caso de alunos com necessidades especiais a forma de avaliação será adaptada de acordo

com suas necessidades

A recuperação paralela quando necessária será feita com a retomada dos conteúdos trabalhados

no decorrer do bimestre, porém de forma diferente de acordo com o nível e a dificuldade de cada aluno,

sendo realizadas novas avaliações, por meio de instrumentos adequados, de forma que o aluno possa

recuperar também suas notas.

5. REFERÊNCIAS

ARNHEIM, Rudolf, Arte e percepção Visual - uma Psicologia da Visão Criadora, 1.ª edição, Editora Pioneira, São Paulo, 2002.

BARBOSA, Ana Mae, A imagem no ensino da arte, 5.ª edição, São Paulo, Editora Perspectiva, 2004.

BUORO, Anamélia Bueno, O olhar em construção - uma experiência de ensino e aprendizagem na escola, Ed, Cortez, 5.ª edição, São Paulo, SP, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - ARTE. Secretaria do Estado da Educação do Paraná. 2008.

GOMBRITCH, E. H., A História da Arte, Editora Zahar, Rio de janeiro, 1985.

HADDADIM, M. A Arte de fazer arte. São Paulo. Saraiva, 2002

OSTROWER, Fayga, Criatividade e Processos de Criação, 12.ª edição, Editora Vozes, Petrópolis, 1997.

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PENTEADO, José de Arruda, Comunicação Visual e Expressão. Volume I, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1997.

PROENÇA, Graça, História da Arte, 16.ª edição, Editora Ática, São Paulo-SP, 2003.

14.3.2. BIOLOGIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Educação é o processo vital de desenvolvimento e formação da personalidade. A educação não se

confunde com a mera adaptação do indivíduo ao meio, pois é atividade criadora e abrange o homem em

todos seus aspectos. O objetivo primordial da educação é dotar o homem de instrumentos culturais capazes

de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica da sociedade. A educação

aumenta o poder do homem sobre a natureza e, ao mesmo tempo, busca conformá-lo com os objetivos de

progresso e equilíbrio social da coletividade a que pertence. Assim a Biologia participa do desenvolvimento

específico-tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance

econômico, social e político, sendo esta indispensável do currículo escolar.

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA e ainda, ligar esta disciplina ao tripé:

ciência, tecnologia e sociedade, levando os alunos a elaborar temas associados à história da ciência, ao

cotidiano, às conquistas tecnológicas e suas implicações éticas (PAULINO, R. W., 2006, p. 03).

Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de

comportamento dos animais e da floração das plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres,

representando seu interesse em explorar a natureza. A história da Ciência mostra que tentativas de definir a

VIDA têm origem registrada desde a antiguidade.

Na Idade Média, sob influência do cristianismo, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa não apenas no

aspecto religioso, mas também influindo na vida social, política e econômica, a visão teocêntrica

apresentada pela Igreja repercutiu nas implicações sobre a natureza “para tudo que não podia ser

explicado, visto ou reproduzido, havia uma razão divina” (RAW, 2002, p. 13).

O período entre a Idade Média e Idade Moderna é marcado pela ampliação da sociedade comercial. Na

história da Ciência na Renascença, é introduzido o pensamento matemático e ainda, estudos botânicos com

o objetivo de descrever através da observação direta de fontes originais. Na zoologia também ocorre a

descrição, mas de forma comparativa e classificatória. (RONAN, 1997).

No contexto do pensamento descritivo, conceitua-se VIDA “como expressão da natureza idealizada pelo

sujeito racional“ (RUSS, 1994, p. 360 – 363). Com o passar do tempo a Ciência ou então a VIDA foi

estudada de pontos de vista diferentes e, partindo-se da dimensão histórica da disciplina de Biologia foram

identificados os marcos conceituais da construção do pensamento biológico. Estes marcos foram utilizados

como critérios para a escolha dos Conteúdos Estruturantes e dos Encaminhamentos Metodológicos. Cabe

ressaltar que a importância desta compreensão histórica e filosófica da Ciência está em conformidade com

o atual contexto sócio-econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da concepção de Ciência

enquanto construção humana.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e compreendida

como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim é

mais uma das formas de conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas

necessidades materiais deste em cada momento histórico.

A preocupação com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação racional da natureza,

levou o homem a propor concepções do mundo e interpretações que influenciam e são influenciadas pelo

processo histórico da própria humanidade.

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60

KNELLER (1980, p. 13) afirma que:

(...) a Ciência é intrinsecamente histórica. Não só o conhecimento científico, mas também as técnicas pelas quais ele é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que os apóiam, tudo isso muda em resposta os desenvolvimentos nelas e no mundo social e cultural a que pertencem. Se quisermos entender o que a Ciência realmente é, devemos considerá-la em primeiro lugar e acima de tudo como uma sucessão de movimentos dentro do movimento mais amplo da própria civilização.

A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de

conteúdos, desde que proporcionem o entendimento do objeto de estudo, o fenômeno VIDA – em toda sua

complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos

biológicos, do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética,

hereditariedade e relações ecológicas, e das implicações biológicas do fenômeno VIDA.

A prática pedagógica tem desconsiderado, tradicional e historicamente, algumas questões

relevantes para o ensino de ciências nas escolas. O conteúdo do ensino é entendido e visto como resultado

já pronto, estabelecido e fixado pelas autoridades no assunto. Desta forma, o conhecido se reduz à

definição.

A escola deve contribuir para que o sujeito entenda seu papel enquanto cidadão integrante da

realidade social do mundo contemporâneo e suas transformações tecnológicas.

Algumas contradições ainda resistem no ensino das Ciências. Gil-Perez (1996) destaca que

apesar da grande importância dada à experimentação, o ensino de ciências permanece livresco, com pouco

trabalho prático, o conhecimento científico é apresentado num estado final, sem referência às situações

problemáticas que estão na evolução histórica ou a limitação do conhecimento que aparece como absoluta

verdade não sujeita a mudança; o conhecimento científico aparece como resultado de desenvolvimento

linear, ignorando crises e reestruturações, a ciência é vista como atividade isolada, ignorando o trabalho

cooperativo e interação entre grupos de pesquisas, esquece-se do complexo ciência – tecnologia –

sociedade.

Outro fator que deve ser levado em consideração é que não se deve mitificar a ciência e nem

banalizá-la.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e compreendida

como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é

mais uma das formas de conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas

necessidades materiais deste em cada momento histórico.

A preocupação com o entendimento dos fenômenos naturais e a explicação racional da natureza,

levou o homem a propor concepções de mundo e interpretações que influenciam e são influenciadas pelo

processo histórico da própria humanidade.

Se a incorporação da Ciência aos meios de produção promoveu intensificações nos avanços da

sociedade, não se pode considerar que a Ciência somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas

na prática do cientista, mas que cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da Ciência em

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resposta às necessidades da sociedade.

Dessa forma estabelecem-se os seguintes objetivos para a disciplina de Biologia:

- desenvolver o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem, o significado, a

estrutura orgânica e as relações do objeto de estudo da disciplina, o fenômeno vida;

- descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em microscópio ou a

olho nu;

- perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;

- apresentar suposições e hipóteses acerca de fenômenos biológicos em estudo;

- apresentar de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido, através de textos, desenhos,

esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc.;

- conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem,

entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico de estudo;

- expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca de fenômenos biológicos;

-relacionar fenômenos, fatos, idéias e processos em biologia, elaborando conceitos, identificando

regularidades e diferenças, construindo generalizações;

- utilizar critérios científicos para explicar como ocorrem as transformações de animais, vegetais, etc;

- relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na compreensão de fenômenos;

- estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico;

- selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso,

quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de dados coletados;

- formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando elementos da

Biologia;

- utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado (existencial ou escolar);

- relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou de processos

biológicos (lógica externa);

- reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais,

políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;

- identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos de senso comum

relacionados a aspectos biológicos;

- reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações produzidas pelo seu ambiente;

- julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde

individual, coletiva e do ambiente;

- identificar as relações entre conhecimento específico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a

preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

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Com o objetivo de construir um currículo que promova uma nova relação professor- aluno-

conhecimento, faz-se necessário compreender a concepção e a epistemologia da Ciência presentes na

História e Filosofia da Ciência e a constituição da Biologia como Ciência e como disciplina escolar, para a

partir disso construir o conceito de Conteúdo Estruturante.

Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar sempre esteve

pautado pelo fenômeno VIDA e influenciado pelo pensamento historicamente construído, correspondente à

concepção de Ciência de cada época à maneira de conhecer a natureza.

Os conteúdos estruturantes foram assim relacionados:

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade: relações ecológicas, modificações evolutivas e variabilidade genética.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.

Para cada Conteúdo Estruturante, propõe-se:

1. ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: propõe-se a observação e descrição dos seres

vivos. Busca-se partir desta metodologia ampliando a discussão para a comparação das

características estruturais anatômicas e comportamentais dos seres, realizando discussões entre

os critérios usados desde Linné até a atualidade com a introdução da análise genômica,

propiciando a compreensão sobre como o pensamento humano, partindo da compreensão de

mundo imutável, chegou ao modelo de mundo em constante mudança.

2. MECANISMOS BIOLÓGICOS: fundamenta-se no paradigma para explicar os

mecanismos biológicos. Por isso, baseia-se na análise dos conhecimentos biológicos sob uma

perspectiva fragmentada, conhecendo-se as partes, utilizando as ideias do método científico

propondo hipóteses que permitam analisar como os sistemas biológicos funcionam. Nesta

diretriz, considera-se que este conhecimento, isoladamente é insuficiente para permitir ao aluno

compreender as relações que se estabelecem entre os diversos mecanismos para manutenção

da vida. É importante que o professor considere o aprofundamento, a especialização, o

conhecimento objetivo como ponto de partida para que se possa compreende os sistemas vivos

como fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação deste sistema com os

demais componentes do seu meio.

3. BIODIVERSIDADE: fundamenta-se no paradigma evolutivo. Sendo a concepção de

Ciência entendida como construção humana , a metodologia do ensino neste Conteúdo

Estruturante pretende caracterizar a diversidade da VIDA como um conjunto de processos

organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou, ainda, de organismos

no seu meio. Nesta diretriz, pretende-se que as reflexões propostas, neste Conteúdo

Estruturante, partam das contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias fixistas, já

superadas há muito pela ciência e supostamente pela sociedade. Pretende-se a superação das

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concepções alternativas do aluno com a aproximação das concepções científicas, procurando

compreender os conceitos da genética, da evolução e da ecologia, como forma de explicar a

diversidade dos seres vivos.

4. IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENOMENO VIDA: fundamenta-se

no paradigma da manipulação genética. Ao propor o paradigma da manipulação genética não

significa que esteja sendo proposta a manipulação do material genético nos laboratórios

escolares. O que se pretende, nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as implicações dos

avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma possibilidade metodológica a ser

usada é a problematização. Esta proposta metodológica parte do princípio da provocação e

mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários para a resolução de problemas.

Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do aluno para que ele busque

compreender e atuar na sociedade de forma crítica.

Sendo assim, os conteúdos estruturantes apontam como a Biologia se constituiu como

conhecimento, e como esta tem influenciado na construção de uma concepção de mundo contribuindo para

que se possam compreender as implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais que envolvem a

apropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.

Os Conteúdos Estruturantes de Biologia foram estabelecidos buscando-se sua historicidade para

que se perceba a não neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do

conhecimento elaborado.

Desta forma, a disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos

entre si e com outras áreas e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e

propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Levando-se em conta a lei nº 10639/ 03 no que se diz respeito a inserção dos conteúdos da

História e Cultura Afro-brasileira nos currículos escolares e da obrigatoriedade da educação indígena,

educação do campo e educação especial; acrescentamos os itens que serão articulados aos conteúdos

estruturantes:

• Estudos sobre as teorias antropológicas:

• Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos. Essa análise deve considerar os aspectos

políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais intrínsecos à referida situação;

• Estudo das características biológicas (biotipo) dos diversos povos;

• Hábitos alimentares e condimentos da cultura afro-brasileira;

• Plantas medicinais;

• Medicina indígena;

• Hábitos alimentares indígenas (caça, pesca);

• Agricultura;

• Trabalho no campo: divisão social e territorial;

• Cultura e identidade;

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• Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável (plantio, colheita);

• Organização política, movimentos sociais e cidadania.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Características gerais dos seres vivos

Fundamentos Químicos das Células

Organização Celular

Células e Energia

Material Genético

Núcleo e Divisão

Celular

Embriologia – a reprodução e o desenvolvimento da espécie humana

Desenvolvimento Embrionário – segmentação, gastrulação e organogênese

Anexos Embrionários

Histologia Animal

Implicações dos avanços biológicos

Classificação dos Seres Vivos – categorias taxonômicas e nomenclatura

Os Reinos dos Seres Vivos – definições e Curiosidades

Vírus

Bactérias

Reino Protista

Reino Animalia

Filo Chordata

Reino Plantae

Organização Geral das Plantas

Fisiologia Vegetal

Fundamentos e Hereditariedade

Herança de dois ou mais pares de Alelos

Sexo e Herança

Fisiologia e Anatomia Humana e Animal Comparada

Origem de Vida

Ecologia

Evolução

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes estratégias

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metodológicas de ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática

social (GASPARIN,2002; SAVIANI, 1997).

1. PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é perceber

e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão

sincrética,desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.

2. PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que precisam

ser resolvidas no âmbito da prática social e, em consequência, estabelecer quais conhecimentos

são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse

conhecimento.

3. INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para

que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional.

Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à luta social

para superar a condição de exploração em que vivem.

4. CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento e o

problema em questão. A partir da aproximação dos instrumentos culturais, transformados em

elementos ativos de transformação social, e assim sendo, o aluno passa ao entendimento e

elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a conscientização.

5. RETORNO À PRATICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática social, com o

saber concreto e pensando para atuar e transformar as relações de produção que impedem a

construção de uma nova sociedade mais igualitária. A situação de compreensão sincrética

apresentada pelo aluno no início do processo, passa de um estágio de menor compreensão do

conhecimento científico a uma fase de maior clareza e compreensão explicativa numa visão

sindética. Neste contexto, o processo educacional põe-se a serviço da referida transformação das

relações de produção.

Para pensar sobre o currículo e sobre o ensino de Biologia o conhecimento científico é

fundamental, mas não suficiente. É essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes,

relacionado às suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social, e os diferentes significados e

valores que as Ciências Naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem seja significativa. Neste

contexto serão trabalhados:

• Avaliação diferenciada;

• Material apropriado;

• Atenção mais direcionada;

• Respeito às limitações.

Dessa forma, considera-se de grande importância não só o acompanhamento do livro didático,

que, na maioria das vezes é o único instrumento disponível, mas também a disposição de outros

instrumentos como revistas, vídeos, exemplares de seres vivos, alimentos naturais e industrializados,

reagentes e equipamentos experimentais, passeios em parques, florestas, matas ciliares, fontes de

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captação de água potável, lixões, materiais diversos, entre outros, de acordo com a necessidade e

possibilidade para um aprendizado mais efetivo.

Outras metodologias, além daquelas expositivas e orais por parte do professor, que envolvam a

plena participação do aluno, exigindo dele o desenvolvimento de diferentes capacidades, são de

fundamental importância, como por exemplo, os trabalhos de pesquisa, discussões, leituras

complementares, experimentos, coleta, classificação e catalogação de materiais, confecção de cartazes,

produção de texto acerca de determinados temas, entre outros, tanto de forma individual como em grupo.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz necessária

uma mudança didática, favorecendo a uma reflexão crítica de idéias e comportamentos docentes

(CARVALHO, 2001). É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a

avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os

processos de aprendizagem.

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação se inicia quando os

estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante toda a sua

situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao término de um período de trabalho é o resultado

tanto de um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de momentos específicos de

formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos propostos, a avaliação deve

considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com relação à aprendizagem não só de

conceitos, mas também de procedimentos e atitudes. Dessa forma, é de fundamental importância dispor de

diversos instrumentos e situações que possibilitem avaliar diferentes aprendizagens, como por exemplo,

além de testes orais e escritos, para verificar o conhecimento dos conteúdos, é também necessário serem

levados em consideração o desenvolvimento do aluno durante todo o processo de ensino, na elaboração de

trabalhos, individuais e em grupo, a capacidade de questionar determinados aspectos e posições sobre os

temas, a capacidade de levantar hipóteses e propor soluções para diversas questões, e, ainda, o

desenvolvimento da capacidade de fazer generalizações e compreender as especificidades.

Assim, entende-se que a avaliação propõe-se a ser diagnóstica e sistemática, levando em conta

os diferentes pontos de vista acerca do desenvolvimento do aluno, balanceando suas capacidades e

dificuldades na tentativa de fazer superá-las, para que ao final do período se possa diagnosticar a sua

capacidade primeira, que é a sua formação cidadã.

O aluno será avaliado por no mínimo dois instrumentos diversificados e trabalhados nos diversos

conteúdos da disciplina como: relatórios, seminários, pesquisas, questionários, provas escritas objetivas e

discursivas, com ou sem consulta ao conteúdo; participação e desenvolvimento das atividades em sala de

aula; trabalhos em grupos.

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Deve-se levar em consideração a importância e a necessidade do processo de recuperação, como

sendo uma forma de recuperar conteúdos, sendo paralelo ao processo de ensino aprendizagem, esta se

constituirá na recuperação dos conteúdos de provas, ou seja, descarta-se a recuperação de trabalhos e

outras formas de avaliação e prevalecerá o valor maior, e ainda, a recuperação será colocada ao aluno de

forma diferenciada ao da avaliação, uma vez que esta não obteve bons resultados tentará uma nova

alternativa, de modo a alcançar bons resultados. Não esquecendo de levar em consideração o fato de

existirem alunos com necessidades especiais que necessitam de avaliações de formas diferenciadas que

levem ao bom entendimento e desempenho do aluno como avaliações orais, ampliadas, etc.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas

e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. E, ainda, se busca critérios avaliativos a serem

alcançados pelo professor que serão descritos no Plano de Trabalho Docente a cada conteúdo básico

aplicado na referida disciplina ao decorrer no ano letivo. Professores e alunos tornam-se observadores dos

avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.

5. REFERÊNCIAS

ANDERY, M. A. Para compreender a Ciência. Editora Educ.: São Paulo, 1998.

Caderno Temático – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria do Estado da Educação. Curitiba PR/ BR – 2005.

CARVALHO, A. M. P. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. Editora Pioneira: São Paulo, 2004.

DE ROBERTIS, EDP, DE ROBERTIS JR. EMF. Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE BIOLOGIA. GOVERNO DO PARANÁ - SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Paraná 2008.

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.

GASPARIM, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico- crítica. Editora Autores Associados: Campinas, 2002.

HELENE, M. E. M. Evolução e Biodiversidade: o que nós temos com isso? São Paulo: Scipione, 1996.

JUNQUEIRA, L. C. CARNEIRO, 1. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

_______. Noções Básicas de Citologia, Histologia e Embriologia. São Paulo: Nobel, 1983.

J. LAURENCE, Biologia. São Paulo: Nova Geração Editora, 2005.

KNELLER, G. F. A Ciência como atividade humana. Editora Zahar: São Paulo, 1980.

LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº 6, p. 1-19, 1983.

LIMA, C. P. Genética Humana. Harbra, 1984.

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MIZUKAMI, M. G.N. Ensino: as abordagens do processo. Editora EPU, 1986.

OLIVEIRA, N. S. de Anatomia e Fisiologia Humana. Goiânia/GO: AB Editora, 2002.

PAULINO, W. P. Biologia. Editora Ática: São Paulo, 2005.

RAW, I. Aventuras da Microbiologia. Hacker Editores. São Paulo, 2002.

ROMER, A, PARSONS, T. S. Anatomia Comparada dos Vertebrados. São Paulo: Atheneu, 1985.

RONAN C. A. História Ilustrada da Ciência. Oriente, Roma e Idade Média. Vol.2. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997.

RUSS, J. Dicionário da Filosofia. Editora Scipione: São Paulo, 1994.

Saberes e Práticas da Inclusão. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Brasília – 2005.

SAUIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. Autores Associados. Campinas, São Paulo, 1997.

STORER, T, STEBBINS R. C. Zoologia Geral. São Paulo: Companhia Nacional, 2002.

14.3.3. CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Atualmente as discussões pedagógicas atuais trazem as mudanças e exigências para um novo

ensino que hoje visa à formação de cidadãos e, mais especificamente, os professores das Ciências da

Natureza, que tem grande parcela de contribuição nessa formação para a cidadania, já que é ela que

reforça a construção do conhecimento humano.

Segundo FRACALANZA (1994), os primeiros sinais de inovação para o ensino de Ciências

apareceram durante a década de 50, tendo como finalidade fornecer ao aluno o patrimônio de

conhecimentos construídos pela humanidade através da história, e levando-lhe o produto da Ciência pronto

e organizado, e tendo como figura central o professor, com sua metodologia baseada em oralidade e

visualização, visando à memorização por parte do aluno.

Nesse período, denominado de pós-guerra, a educação no Brasil era discutida em torno do eixo

descentralização, após a Reforma de Ensino Capanema de 1942 e da promulgação da quarta Constituição

Republicana de 18 de setembro de 1946. A Reforma Capanema, relativa ao ensino secundário, impunha o

desenvolvimento da moralidade e do civismo, o que RIBEIRO (1984) aponta como um retrocesso

educacional sintonizado com o modelo nazi-fascista de desenvolvimento copiado dos Estados Unidos que

reafirmava os princípios de democratização da educação, dando prioridade à gratuidade do ensino primário

e seletividade de gratuidade do ensino secundário.

Com relação ao ensino de Ciências, o primeiro grande impulso de reestruturação deu-se com o fim

da Segunda Guerra Mundial e com o lançamento do Sputnik, em 1957. KRASILCHIK (1987, p. 6-7) relata

que naquela época o latim era o mais importante na escola brasileira, sendo que sua “carga horária era de

três aulas semanais nas terceira e quarta séries do curso ginasial. Física, Química e História Natural

apareciam apenas no currículo do curso colegial, além disso, o ensino de ciências era, como hoje, teórico,

livresco, memorístico, estimulando a passividade”.

Nos anos sessenta, a partir da promulgação da LDB de 1961, que se baseou nas transformações

sociais e políticas da época, o ensino de um modo geral e o de Ciências em particular adquirem

característica peculiar no que diz respeito à formação do homem comum para um cidadão como um todo,

incorporando o objetivo de permitir a vivência do método científico, com a implementação de laboratórios

onde a realização de atividades práticas pelo aluno reportaria à valorização do processo de obtenção do

conhecimento (KRASILCHIK, 1987).

O método da redescoberta caracterizava a influência tecnicista no ensino de Ciências, cujos

alicerces eram os chamados livros-curso que traziam a proposta completa de conteúdos e ainda a

metodologia que o professor deveria aplicar, sem poder libertar-se do modelo original.

Em 1971, a LDB nº 5692 estendia o ensino de Ciências para as oito séries do antigo primeiro grau,

cujas propostas de renovação orientavam-se no avanço científico, é claro, mas também no movimento

Escola Nova. Nesse contexto, o plano de metodologia de ensino tinha como proposta básica de atividades a

vivência do método científico com atividades laboratoriais simuladas, onde o aluno reproduzia uma

sequencia de etapas, que eram consideradas necessárias para sua descoberta, ou obtenção de

conhecimentos (FRACALANZA, 1994).

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Outra questão importante que influiu no ensino de Ciências na década de 70 foi a preocupação com

o meio ambiente, em decorrência do desenvolvimento industrial desenfreado que suscitou um relevante

interesse pela educação ambiental, cujo tema passou a fazer parte dos novos currículos de ensino, com

realce à compreensão do equilíbrio ecológico da natureza. Tudo isso foi incorporado em um novo objetivo

para o ensino de Ciências, ou seja, fazer com que o aluno fosse capaz de perceber e discutir as

consequências sociais do próprio desenvolvimento científico. Segundo KRASILCHIK (1987, p. 17): “Esse

objetivo passou a constituir a nova ênfase dos projetos curriculares, evidenciando a influência dos

problemas sociais que se exacerbaram na década de setenta e determinaram um novo momento da

expansão das metas de ensino de Ciências. O que agora se visava era incorporar, ao racionalismo

subjacente ao processo científico, a análise de valores e o reconhecimento de que a Ciência não era

neutra”.

Frente às discrepâncias observadas nas décadas anteriores e levando em conta a necessidade de

direcionar o ensino de forma a responder às mudanças sociais da época, nos anos oitenta o ensino de

Ciências passa a ser incluído nas Ciências Humanas e Sociais, dando ênfase à ciência como construção do

conhecimento e também à Filosofia da Ciência, além de considerar a bagagem de conhecimentos do aluno,

mesmo de senso comum, no processo de aprendizagem.

Todas as tentativas de mudança mostraram, de certa forma, que o ensino de Ciências ainda está

longe do ideal, fazendo da década de 80 um período de novas discussões a respeito, gerando controvérsias

acerca dos métodos e pedagogias a serem aplicados. As mudanças sociais dessa época situaram-se em

torno da crise social e econômica, o que se refletiu na educação. Outro fato importante foi a promoção de

Feiras de Ciências, principalmente no sul do país que, na opinião de HENNING (1994, p.72), “não se

constituem apenas em um empreendimento sócio-científico e sim em uma estratégia de ensino promissora,

capaz de proporcionar aos alunos o real fazer científico e sua única chance de serem criativos."

Nos dias de hoje, o ensino de Ciências deve ter em vista o fato de que a Ciência como um todo é

produto humano e, portanto, algo mutável e passível de contradições, não se constituindo, como se

pensava anteriormente, num objeto estanque e imune de incertezas e questionamentos.

Percebem-se as grandes diferenças acerca da educação em Ciências nos vários períodos, devidas

às ideologias e aos contextos sócio-político-culturais predominantes em cada um deles. Percebem-se,

também, as tentativas de adaptações do ensino às necessidades que os contextos vinham exigindo, e

também as dificuldades e pontos negativos que até os dias de hoje refletem-se na sala de aula, revelando

assim, a importância do ensino de Ciências na escola brasileira, que necessita de constante adaptação.

Hoje, temos mais uma vez, mudanças nas concepções de Ciência, Educação e Sociedade. A de

Educação como sendo o cerne para a formação de cidadãos, de Ciência como construção humana

histórico-social e de Sociedade como resultado do processo de educação escolar, e que, num mundo de

globalização está diretamente influenciando as mudanças no processo de aprendizagem.

O ensino de Ciências tem por meta a desmistificação da Ciência e a democratização dos

conhecimentos científicos, promovendo a alfabetização científica do sujeito centrada na inter-relação entre

conhecimento científico, contexto social e ética, permeando, desse modo, as implicações filosóficas do

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ensino, da aprendizagem, da produção de conhecimento e da aplicação das Ciências.

Tendo em vista todos estes pressupostos e baseando-se nas Diretrizes Curriculares de Ciências

para o Ensino Fundamental, um novo ensino de Ciências deverá ser construído sobre a proposta de

conteúdos estruturantes que são: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E

BIODIVERSIDADE, os quais deverão ser contemplados em todas as quatro séries do Ensino Fundamental

dentro dos conteúdos específicos para cada uma, de acordo com o nível de desenvolvimento intelectual dos

educandos.

Na tentativa de contribuir para a efetivação da nova proposta de educação em Ciências, a reflexão

e a mudança na prática pedagógica, propõe-se alguns objetivos a serem alcançados no decorrer do Ensino

Fundamental dentro da disciplina de Ciências, de maneira que o aluno seja capaz de:

• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de

transformação do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros

componentes do ambiente;

• Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana,

histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;

• Identificar relações entre o conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no

mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir

necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-

tecnológicas;

• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser

promovidos pela ação de diferentes agentes;

• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das

Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado

escolar;

• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço, tempo,

sistema, equilíbrio e vida;

• Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre

explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

• Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do

conhecimento.

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• Respeitar as individualidades, as limitações, as qualidades e as diferenças dos colegas e professores;

• Reconhecer a influência e a contribuição das culturas indígenas brasileiras e as culturas afro-brasileira e

africana para o status cultural, social, ambiental e científico atual no Brasil;

• Reconhecer a si como agente do campo e a identidade cultural relacionada aos conhecimentos científicos,

à organização social e do trabalho, a interdependência campo-cidade, a questão agrária e o

desenvolvimento sustentável no campo.

Com esses objetivos pretende-se que o aluno desenvolva conhecimentos que lhe possibilitem

perceber o mundo com maior amplitude e que se sinta sujeito ativo nesse mundo a partir dos subsídios

científicos e tecnológicos que ele venha a receber durante o curso do Ensino Fundamental.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos a serem trabalhados de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental deverão estar divididos

nos seguintes eixos temáticos: ASTRONOMIA, MATÉRIA, SISTEMAS BIOLÓGICOS, ENERGIA E

BIODIVERSIDADE.

Estes conteúdos estruturantes deverão ter abordagens pedagógicas considerando a historicidade, a

intencionalidade humana, a provisoriedade da ciência, a aplicabilidade dos conhecimentos e as relações e

inter relações entre eles e os conhecimentos das demais disciplinas, para que sejam significativos e se

constituam efetivamente em conhecimentos contextualizados e interdisciplinares.

Os conteúdos básicos a seguir deverão ser trabalhados em todas as quatro séries finais do Ensino

Fundamental, levando-se em consideração os conteúdos específicos adequados aos níveis intelectuais,

etários e sócio-econômico-culturais dos alunos, e interagindo os conceitos químicos, físicos e biológicos que

neles se inter relacionam e que a eles se aplicam:

ASTRONOMIA:

5ª SÉRIE/6º ANO 6ª SÉRIE/7º ANO 7ª SÉRIE/8º ANO 8ª SÉRIE/9º ANO

- Universo;

- Sistema Solar;

- Movimentos Terrestres;

- Astros

- Astros;

- Movimentos Terrestres;

- Movimentos Celestes.

- Origem e evolução do

Universo

- Astros;

- Gravitação Universal.

MATÉRIA:

5ª SÉRIE/6º ANO 6ª SÉRIE/7º ANO 7ª SÉRIE/8º ANO 8ª SÉRIE/9º ANO

- Constituição da Matéria. - Constituição da Matéria - Constituição da Matéria - Propriedades da

Matéria

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SISTEMAS BIOLÓGICOS:

5ª SÉRIE/6º ANO 6ª SÉRIE/7º ANO 7ª SÉRIE/8º ANO 8ª SÉRIE/9º ANO

- Nìveis de Organização. - Célula;

- Morfologia e fisiologia

dos seres vivos.

- Célula;

- Morfologia e fisiologia

dos seres vivos.

- Morfologia e fisiologia

dos seres vivos;

- Mecanismos de herança

genética.

ENERGIA:

5ª SÉRIE/6º ANO 6ª SÉRIE/7º ANO 7ª SÉRIE/8º ANO 8ª SÉRIE/9º ANO

- Formas de Energia;

- Conversão de Energia;

- Transmissão de

Energia.

- Formas de energia;

- Transmissão de energia

- Formas de energia - Formas de Energia;

- Conversão de Energia.

BIODIVERSIDADE:

5ª SÉRIE/6º ANO 6ª SÉRIE/7º ANO 7ª SÉRIE/8º ANO 8ª SÉRIE/9º ANO

- Organização dos Seres

Vivos;

- Ecossistemas;

- Evolução dos Seres

Vivos.

- Origem da vida;

- Organização dos seres

vivos;

- Sistemática

- Evolução dos Seres

Vivos.

- Interações Ecológicas

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para pensar e trabalhar um currículo em Ciências, o conhecimento científico é fundamenta, mas é

necessária uma visão maior acerca do que significa a expressão Educação em Ciências. Desse modo, o

essencial é considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, relacionando as suas experiências de

vida, a sua identidade cultural e social, e as concepções que trazem acerca da Ciência e suas implicações.

Sendo assim, é de importância fundamental a utilização de instrumentos e estratégias diversas,

adequados a cada conteúdo e ao contexto a que se aplicam.

Devem ser desenvolvidas metodologias que estejam além daquelas expositivas por parte do

professor, que envolvam a plena participação do aluno no aprendizado teórico e prático, exigindo dele o

desenvolvimento de diferentes capacidades. Assim, os trabalhos de pesquisa, as discussões, as leituras

complementares, os experimentos, o trato dos dados, a confecção de materiais diversos, a produção de

textos, as interações em grupos, a construção e a interpretação de mapas conceituais, o uso da TV pen

drive, entre outros, constituem-se em estratégias ricas para o desenvolvimento intelectual e social do aluno,

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bem como para o aprendizado específico dos conteúdos.

Especialmente no que se refere às práticas experimentais, estas devem ser conduzidas pelo

professor de modo a orientar a manipulação dos objetos a serem utilizados nessas práticas, a forma de

executar os experimentos, e também proporcionar a fundamentação teórica acerca do fenômeno de estudo.

Para isso, é importante a organização prévia do espaço e dos materiais, a formulação de um roteiro que

organize e facilite o trabalho, além das orientações necessárias à elaboração de relatórios.

Considera-se que a variedade de instrumentos também é de fundamental importância, não somente

para o conhecimento de um conteúdo específico, mas também para oportunizar ao aluno o contato com

informações diversas envolvidas com o objeto de estudo em diversas fontes, como revistas, literaturas

específicas, vídeos, artigos científicos, livros com temas correlatos, e o próprio livro didático, não fazendo

deste o centro das atenções.

Para atender aos estudantes com necessidades educativas especiais, os materiais também deverão

ser adaptados e apropriados para cada necessidade e devem receber atenção diferenciada com respeito às

suas limitações, sem fazer destas barreiras para a aprendizagem, nem motivos de preconceitos.

É importante também salientar que a nova proposta para o ensino de Ciências deve ainda

contemplar a Lei Nº. 11645/2008 que rege a inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e

Africana nos currículos escolares, com o objetivo de evadir todo e qualquer tipo de preconceito que possa

existir com relação aos afro-descendentes, uma vez que a cultura brasileira tem suas bases nessa cultura.

Sendo assim, no ensino de Ciências os conteúdos relacionados a essa temática poderão contemplar o

estudo das teorias antropológicas, panoramas de saúde e características biológicas, hábitos alimentares,

uso de plantas medicinais e outros temas que digam respeito aos conhecimentos físicos, químicos e

biológicos da história e da cultura afro-brasileira e africana.

Outro aspecto a ser contemplado nessa nova proposta de ensino é a questão dos assuntos

indígenas, como seus costumes alimentares, medicinais, produção e/ou obtenção de alimentos, objetos e

instrumentos, uma vez que todo o povo brasileiro, inclusive o paranaense e o da região deste município tem

algum vínculo com a cultura indígena, principalmente no aspecto cultural, mas também na herança biológica

da miscigenação.

A educação do campo é mais um ponto importante a ser considerado e respeitado na nova

proposta, pois a escola localiza-se numa região caracteristicamente de campo. Assim, os processos de

trabalho, de divisão social e territorial, a cultura e a identidade, a interdependência entre o campo e a

cidade, a questão agrária e o desenvolvimento sustentável, a organização política, os movimentos sociais e

a cidadania, que necessitam ser analisados, compreendidos e estudados para que essa realidade seja

valorizada, as pessoas reconheçam a sua identidade, possam intervir beneficamente sobre ela, respeitando

a natureza da qual tiram seu sustento e permitam que esses conceitos e valores permaneçam e/ou sejam

aperfeiçoados ao longo das gerações.

Uma proposta tão abrangente não pode deixar de lado a problemática da educação inclusiva. É

necessário, então, que a escola preste atenção à individualidade, respeitando esses limites e essas

potencialidades de maneira igualitária. Isso não significa, porém, tratar a todos de maneira homogênea ou

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promover a homogeneização, mas contemplar os diferentes ritmos e habilidades dos alunos, favorecendo o

desenvolvimento e a aprendizagem individuais de modo que todos possam crescer. Assim, todos os alunos

precisam ser respeitados na sua individualidade, sejam eles portadores de deficiências físicas, metais,

psicológicas, ou não, os que são diferentes por seu modo de ser e de se relacionar com os outros, os com

dificuldades de aprendizagem, com condutas típicas, os que apresentam obesidade ou qualquer

enfermidade (crônica ou temporária), entre muitos outros, pois todos são diferentes e é na diferença que a

identidade de cada um deve ser construída, respeitada e reconhecida.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e tecnológicos

a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos, para que

sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de

drogas, Enfrentamento à Violência nas escolas e Relações étnico- raciais, além de promover uma educação

Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.

4. AVALIAÇÃO

Em concordância com o Projeto Político Pedagógico e com as DCEs, a Proposta Pedagógica em

Ciências compreende a avaliação como um processo diagnóstico, sistemático, formativo, contínuo e auto-

regulador do processo educativo.

A avaliação se constitui, pois, num instrumento de acompanhamento dinâmico do desenvolvimento

do aluno, intelectual e socialmente, e do trabalho pedagógico. Dessa forma, os critérios e instrumentos

devem ser os mais variados com o objetivo de diagnosticar pontos positivos e negativos do processo como

um todo, para repensá-lo e adequá-lo para o crescimento pessoal do aluno, sem perder de vista a

coletividade da escola, respeitando as diferenças e promovendo a cidadania e o respeito mútuo.

Para que os objetivos propostos sejam alcançados de forma articulada com os conteúdos

estruturantes é necessário que sejam estabelecidos previamente critérios de avaliação para cada conteúdo

básico a ser trabalhado. Ou seja, no Plano de Trabalho Docente deverão estar explicitados os conceitos que

o aluno deverá aprender e apresentar nas avaliações, os quais também deverão ser de conhecimento dos

alunos, até mesmo no sentido de auxiliar e nortear o processo de ensino-aprendizagem no decorrer das

aulas.

Para orientar a escolha dos critérios específicos de avaliação, dispõem-se a seguir alguns critérios

gerais para a disciplina de Ciências:

• entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza;

• reconhecimento das características básicas de diferenciação entre os corpos celestes;

• conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntrica e heliocêntrica;

• entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como

fenômenos da natureza;

• compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera, litosfera e

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hidrosfera;

• conhecimento dos fundamentos teóricos da composição e ciclo da água presente na Terra;

• entendimento dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado;

• reconhecimento das características gerais dos seres vivos;

• interpretação dos conceitos de energia por meio da análise das suas diveras formas de

manifestação;

• reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação;

• reconhecimento dos diversos fenômenos biológicos, nos níveis celular, orgânico, de

ecossitemas e do ser humano;

• entendimento sobre teorias acerca da origem e evolução dos seres vivos;

• compreensão dos fenômenos meteorológicos e sua relação com os seres vivos.

Dessa forma, os critérios e instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto Político

Pedagógico e estarem adequados a cada etapa do processo de ensino de Ciências, com provas, trabalhos

escritos, seminários, relatórios, entre outros, sendo que as notas obtidas nestes métodos deverão ser

somadas, em virtude da proposta de avaliação da escola ser de caráter somatório.

É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve contemplar os alunos com

necessidades educativas especiais, com instrumentos e formas de avaliação diferenciados, respeitando

sempre as limitações e as características dos alunos nos casos específicos.

Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser contemplada, principalmente

quando se trata da avaliação da aquisição de conhecimentos em provas ou testes escritos, por meio da

retomada dos conteúdos sob novas abordagens e novas avaliações.

5. REFERÊNCIAS

ALARCÃO, I. (org.). Escola Reflexiva e Nova Racionalidade. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

CADERNOS TEMÁTICOS: INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NOS CURRÍCULOS ESCOLARES. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental, 2005.

CHASSOT, A. Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí, RS: Editora UNIJUÌ, 2003.

DELIZOICOV, D. & ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Secretaria de Estado da Educação. 2008.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Jan/2007.

FAZENDA, I. Práticas interdisciplinares na escola. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

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FRACALANZA, H.; AMARAL, I. A. de; GOUVEIA, S. F. O Ensino de Ciências no Primeiro Grau. São Paulo: Atual, 1994.

HENNING, G. J. Metodologia do Ensino de Ciências. 2 ed. Porto Alegre: Mercado Aberto Ltda, 1994.

KRASILCHIK, M. O Professor e o Currículo das Ciências: Temas Básicos de Educação e Ensino. São Paulo: EPU, 1987.

LÜCK, H. Pedagogia Interdisciplinar: Fundamentos Teórico-Metodológicos. 8 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Inclusão e Diversidade: reflexões para a construção do Projeto Político Pedagógico. Semana Pedagógica, 2006.

REGO, T. C. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

RIBEIRO, M. L. S. História da Educação Brasileira: A Organização Escolar. 5 ed. São Paulo: Moraes, 1984.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1994.

SEVERINO, A. J. Filosofia da Educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994.

14.3.4. EDUCAÇÃO FÍSICA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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A história da Educação Física apresenta os principais sucessos no campo pedagógico e traduzirá

os estudos relacionados aos exercícios físicos, considerados no tempo e no espaço.

Os índios utilizavam a Educação Física de modo natural, quando tinham que caçar, remar, lutar,

correr, pescar e nadar.

A necessidade da Educação Física foi se tornando cada vez mais clara, até que se tornou

obrigatória nas escolas brasileiras e os estudantes passaram a ter condições de receber melhor preparo e

mais conhecimento.

Atualmente, a prática desportiva é fundamental, cresce o número de adeptos e diminui-se o número

de doenças, graças à atividade física praticada desde a mais tenra idade até os mais idosos.

A tarefa da Educação Física é preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore

e possa usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas, das ginásticas, das práticas de aptidão física,

bem como os demais componentes da cultura corporal em sua vida, em benefício de uma qualidade de

vida, tirando o melhor proveito possível.

O Ensino Fundamental, assim como a Educação Infantil e o Ensino Médio, procuram estabelecer a

qualidade no ensino. A estrutura do Ensino Fundamental e Médio, de forma geral, busca uma perspectiva

democrática, comprometendo-se com a educação necessária para a formação de cidadãos críticos,

autônomos e atuantes.

A aula no Ensino Fundamental e no Ensino Médio deve propiciar aos alunos a participação em

atividades corporais, incentivar relações equilibradas e construtivas com os colegas, sem qualquer forma de

discriminação; valorizar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e

esportivas. Deve transmitir também informações sobre hábitos saudáveis de vida despertando o gosto pela

atividade física.

A prática motora deve ser múltipla, propiciando uma vasta experiência na formação de uma base

para aprendizagens mais específicas, que vão acontecer a partir da quinta série. Jogos e exercícios devem

ser diversificados e elaborados com variados recursos materiais, visando ao aprimoramento e

desenvolvimento de todas as capacidades necessárias que serão requisitadas para a execução de práticas

mais elaboradas.

Deve-se, ainda, buscar atividades que visam atingir todos os educandos, sem discriminá-los ou

excluí-los. Nesse sentido, a inclusão tem sido tema de discussões da comunidade escolar, da mídia e

população em geral. Cabe a Educação Física proporcionar igualdade e respeito às individualidades do

aluno, objetivando atingir a todos, independentemente de serem portadores de deficiência mental ou física,

preconceitos racial ou social.

A proposta de ensino de Educação Física do Colégio Estadual “Dr. Afonso Alves de Camargo”, está

em consonância com o disposto na atual Lei de Diretrizes e Bases que orienta para a integração da

disciplina na proposta pedagógica da escola, visando a compreensão das práticas corporais através de

várias possibilidades que afirmam valores e sentidos contribuintes para a formação humana.

O professor terá como instrumento de trabalho os conteúdos estruturantes (expressividade

corporal) enfocando os conteúdos específicos (jogos, esportes, dança, luta, ginástica) compreendendo os

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diferentes saberes, valores, sentimentos e crenças que interferem sobre a constituição de nosso corpo,

tanto no plano individual como no social.

A corporalidade não se manifesta somente nas aulas de Educação Física, mas nas diferentes

experiências formativas, indo além da vida escolar e se refletindo em toda a vida social dos sujeitos.

1.1 OBJETIVOS

* Ensinar aos alunos o que eles precisam aprender para ser cidadãos que saibam analisar, decidir,

planejar, expor suas idéias e ouvir as dos outros;

* Valorizar todas as atividades corporais, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras

convencionais de trabalhar com a Educação Física como instrumento de transformação;

* Trabalhar todos os limites e possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas

posturas e atividades corporais com autonomia, como recurso para melhoria de suas aptidões físicas;

* Apropriar-se dos processos e das habilidades motoras próprias das situações aplicando-os com

discernimento em situações que surjam no cotidiano;

* Analisar os padrões de saúde e desempenho presente no dia a dia do educando;

* Desenvolver atividades de lazer e de expressões corporais para uma melhor qualidade de vida.;

* Proporcionar um ambiente de respeito mútuo entre os alunos nas atividades propostas;

* Identificar o esporte no contexto histórico;

* Trabalhar habilidades esportivas visando a participação em competições;

* Conscientizar os alunos a utilizarem esporte/atividade física em seus momentos de lazer, discernindo a

importância desses esportes para sua vida;

* Conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações da expressividade

corporal;

* Contemplar a cultura afro-brasileira através de danças e lutas;

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoEsporte Coletivos

Individuais

Jogos e Brincadeiras

Jogos e Brincadeiras PopularesBrincadeiras e Cantigas de RodaJogos de TabuleiroJogos DramáticosJogos Cooperativos

Dança

Danças FolclóricasDança de RuaDanças CriativasDanças CircularesGinástica de Condicionamento Físico

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Ginástica Ginástica CircenseGinástica Geral

Lutas Lutas que mantêm a distânciaCapoeira

Os conteúdos direcionados ao Ensino Médio serão os mesmos, no entanto com abordagens diferentes.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Ao considerar a realidade social e pessoal do aluno no projeto educativo da escola estamos

construindo um ambiente, de aprendizagem significativa que fará sentido para o aluno, no qual ele tenha a

possibilidade de fazer escolhas, trocar informações, estabelecer questões e construir hipóteses na tentativa

de respondê-las.

A aprendizagem e o ensino da expressividade corporal de movimento baseiam-se na experiência

prática e reflexiva dos conteúdos aplicados dentro de contextos significativos.

O professor deverá diversificar estratégias de abordagens dos conteúdos, como expor oralmente o

conteúdo, através de vídeos, ilustrações e vivências práticas; promover uma visão organizada do processo

(experiência sócio-culturalmente construída) e o aluno contribui com o elemento novo ( o seu estilo pessoal

de executar e refletir) trazendo a síntese da atualidade para o momento da aprendizagem ( conhecimentos

prévios, recursos de troca de informações, informações da mídia etc...). Cada situação e cada momento

servirão para o processo de aprendizagem real do aluno.

Com relação aos recursos didáticos serão utilizados: giz, quadro negro, quadra poliesportiva,

materiais esportivos, pista de atletismo entre outros. Já as tecnologias serão: laboratório de informática, TV

multimídia, pen-drive, DVD, rádio, etc.

Como a aprendizagem dos conteúdos nas aulas de Ed. Física está vinculada à experiência prática,

a busca de eficiência (técnica) e da satisfação (prazer) podem co-existir, mas nunca como aspecto

excludente, alienando o aluno dos conhecimentos socialmente construídos.

Para a aprendizagem e o ensino da cultura corporal de movimento serão considerados: a

Resolução de problemas, o exercício de soluções por prazer funcional e de manutenção e a inserção nos

grupos de referência social.

Serão ainda contemplados durante o ano letivo, os desafios educacionais contemporâneos

(Educação Ambiental, Prevenção ao uso de Drogas, Relações Étnico Raciais, Sexualidade e Violência na

Escola), interagindo com os conteúdos da disciplina.

A escola deve ser um lugar onde o aluno encontre a possibilidade de se instrumentalizar para a

realização de seus projetos

Portanto, pensar, aproximar-se dos valores morais com o máximo de racionalidade, é condição

necessária tanto para legitimação das regras, e o emprego justo e ponderado delas, como para construção

de novas regras. Os valores morais deverão ser pensados, refletidos, e não meramente impostos e ou

frutos do hábito. A escola deve ser o lugar onde o ser humano desenvolva a arte do diálogo.

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Pela educação pode-se combater, no plano das atitudes, a discriminação manifestada em gestos,

comportamentos e palavras, que afasta e estigmatiza grupos sociais.

Dentro das expressões corporais desenvolve-se um trabalho de sexualidade, saúde e higiene

ensinando ao aluno os benefícios e abusos que podem mais tarde estar submetido em suas vidas.

Através de vivências práticas da experiência corporal, serão considerados a realidade social e

pessoal e ainda as necessidades de compreensão dessa mesma realidade.

As estratégias de abordagem dos conteúdos visarão uma integração cooperativa de construção e

descoberta, entre professor-aluno e realidade.

4. AVALIAÇÃO

Será desenvolvida de forma contínua, cumulativa, diagnóstica, levando em consideração as

alterações próprias e características de cada educando. Os conteúdos e objetivos poderão ter uma variação

conforme os instrumentos utilizados.

Os instrumentos de avaliação serão: participação, observação, atividades práticas e teóricas como:

relatórios, pesquisas, debates, seminários, provas escritas, entre outras.

A nota bimestral será resultado da somatória das notas atribuídas a cada instrumento avaliativo

utilizado, sendo que será obrigatória a utilização de no mínimo, dois instrumentos avaliativos diferentes

durante o bimestre.

O processo de recuperação de conteúdos e notas ocorrerá de modo paralelo ao processo ensino-

aprendizagem, ocorrendo a cada avaliação em que se utilize como instrumento, provas ou testes escritos.

5. REFERÊNCIAS

BARBOSA, Cláudio L. de Alvarenga. Educação Física Escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. – 2. ed. – Campinas: Papirus, 1991.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

Diretrizes Curriculares de Educação Física. Governo do Paraná: Secretaria de Estado da Educação. 2008.

ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1997.

FERREIRA, Vanja. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.

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LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. – São Paulo: Cortez, 1995.

Orientações Curriculares do Ensino Fundamental: Educação Física. Governo do Paraná: Secretaria de Estado da Educação. Fevereiro/2006.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

SILVA, Elizabeth Nascimento. Educação Física na escola. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2002.

SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2001.

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia, 2:1-23, jun./jul., 1998.

14.3.5. ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A historia do Ensino Religioso até a Lei 9394/96 se processou em consonância com a trajetória da

educação brasileira e mostra a luta entre a Igreja e o Estado, que refletiu-se nos diversos documentos

normativos, idealizado historicamente como doutrinário, na atualidade adquiriu status de área de

conhecimento , identidade pedagógica curricular.

O ser humano, busca a superação de si mesmo num processo contínuo de evolução, na maneira de

pensar, sentir, querer, conhecer, relacionar-se, produzir e atuar em busca do melhor, do que responde mais

plenamente aos seus anseios. Tais desafios com que nos deparamos diariamente estão a exigir profundas

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transformações no relacionamento entre as pessoas e, por isso, necessitamos de constante formação

visando a aquisição de conhecimentos e da consciência da complexidade do universo pluralista em que

vivemos.

A educação, exatamente por lidar, sistematicamente, com processos de elaboração de ideias, está

permanentemente requisitando uma mudança ou um repensar de afirmações e de certezas.

A escola é o espaço socializador do conhecimento, que, através dos conteúdos tem a

responsabilidade de fornecer as informações e responder aos aspectos principais do fenômeno religioso,

presente em todas as culturas em todas as épocas. O Ensino Religioso, sendo um conhecimento humano e

pertencente ao universo da cultura, deve estar disponível à socialização no ambiente escolar, visando

oportunizar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso.

Portanto, a inclusão do Ensino Religioso nos estabelecimentos de ensino deve se justificar em

termos educativos, já que a instituição escolar tem como finalidade própria a educação entendida como um

processo que visa o crescimento integral do ser humano. O homem para adquirir seu estado de realização

integral também necessita da religião, pois ela é um caminho que dá sentido à sua vida.

Portanto é fundamental que a oferta do Ensino Religioso como área do conhecimento, esteja

relacionada com a sua contribuição para a tarefa educativa como um todo, a fim de garantir que sejam

respeitadas as diversidades culturais locais e regionais, étnicas, religiosas, sociais e políticas. A educação

deve atuar de forma a facilitar o processo de construção da cidadania, como também formar cidadãos que

saibam compreender e lidar com a religiosidade humana, com o fenômeno religioso e aprendam a conviver

com as diferentes manifestações religiosas evitando e repudiando toda e qualquer forma de preconceito.

O Ensino Religioso exige o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe toda e qualquer forma

de proselitismo. Ele é compreendido como parte integrante e essencial para a formação do cidadão e visa a

uma educação que possibilite ao educando formular, em profundidade, o questionamento religioso. Como

parte obrigatória dos currículos nacionais e como área do conhecimento, refere-se às noções e conceitos

essenciais sobre fenômenos, processos, sistemas e operações que contribuem para a constituição de

saberes, conhecimentos, valores e práticas sociais, indispensáveis ao exercício da cidadania.

“Portanto, o Ensino Religioso visa a proporcionar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repudio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que, todos nós, somos portadores de singularidades.” (Diretrizes Curriculares p. 9).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN, Lei nº. 9.394/96 prevê a forma de

organização do Ensino Religioso. Em 22 de julho de 1.997 foi aprovada a Lei nº. 9.475/97 que dá nova

redação ao artigo 33 da LDB. Em 10/02/2006 foi aprovado a Deliberação nº. 01/06, que visa instituir novas

normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino no Paraná.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) nº 9394/96 prevê a forma de organização

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do Ensino Religioso no Artigo 33° onde explicita que o ensino constitui-se como disciplina nos horários

normais das escolas públicas de ensino fundamental, porém é de matricula facultativa e ainda oferecida de

acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou pelos responsáveis. Preferencialmente a

disciplina é oferecida em caráter confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou responsável

pelo mesmo, sendo ministrado por professores ou ainda orientadores religiosos credenciados por entidades

religiosas. Em caráter interconfessional pode haver acordo entre as diversas entidades religiosas e estas se

responsabilizarão pela preparação do programa de ensino da disciplina.

A nova redação da Deliberação n° 9475/97 incorpora ao Artigo 33° da LDBN e passa a vigorar que

o ensino religioso facultativo é parte integrante da formação básica do cidadão ainda com horários normais

das escolas publicas de ensino fundamental, porem assegura o direito à diversidade cultural religiosa do

Brasil e é vedada qualquer forma de proselitismo.

A nova redação dada pela Lei n° 9475/97 normatiza a regulamentação do ensino religioso na

definição e conteúdos e normas na habilitação e admissão de profissionais para ministração da disciplina.

Em 2006 o Conselho Estadual de educação aprovou outra Deliberação de n° 01/06, que revisa as

Deliberações anteriores 03 e 07 que foram aprovadas em 2002. Nesta perspectiva os conteúdos serão

trabalhados conforme o artigo 33° da LDBN de acordo com a composição da Matriz Curricular previsto na

Proposta Pedagógica da Instituição.

A disciplina de Ensino Religioso destaca os principais objetivos:

A bordar os diversos aspectos das manifestações religiosas como o conhecimento a ser apropriado

pelos alunos;

Muito embora a nossa cultura Ocidental seja basicamente judaico-cristã, é preciso que se considere

e valorize a pluralidade religiosa existente em nossa sociedade;

Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do cotidiano que o

contextualiza no universo cultural;

Fazer com que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações religiosas constituam-se em

novas referencias para se analisar e aprofundar os conhecimentos a respeito das manifestações já

conhecidas e ou praticadas pelos alunos;

Enfatizar o respeito à liberdade e a diversidade religiosa e cultural;

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Como as demais áreas do conhecimento, o Ensino religioso também contribui para o

desenvolvimento do sujeito. No entanto, para a compreensão do objeto de estudo, há que se determinar os

conteúdos estruturantes que visam organizar os saberes, conceitos ou práticas que identificam os campos

de estudo a serem contemplados.

Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental os

conteúdo estruturantes para desenvolver a diversidade cultural e todo universo simbólico presente no

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ensino são : Paisagem Religiosa , Universo Simbólico e Texto Sagrado.

Tais conteúdos não devem ser abordados isoladamente, pois são referencias que se relacionam

intensamente, contribuem para a compreensão do objeto de estudo e orientam a definição dos conteúdos

básicos e específicos de cada série.

Conteúdos básicos do Ensino Religioso para a 5 ª série

Organizações Religiosas: compõem os sistemas religiosos de modo institucionalizado. Serão

tratadas como conteúdos, sob ênfase das principais características, estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o

Sagrado. Poderão ser destacados: os fundadores ou lideres; as estruturas hierárquicas.

Lugares Sagrados: o que torna um lugar sagrado é identificação e o valor atribuído a ele, ou seja

onde ocorrem as manifestações culturais e religiosas. Assim os lugares sagrados são

simbolicamente onde o sagrado se manifesta. Destacam-se:

• Lugares da Natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;

• Lugares construídos: templos cidades sagradas, cemitérios, etc.

Textos Sagrados Orais e Escritos: são ensinamentos sagrados, transmitidos de forma oral ou escrita pelas

diferentes culturas religiosas, como em cantos, narrativas, poemas orações, pinturas rupestres, tatuagens,

histórias da origem de cada povo contadas pelos mais velhos, escritas cuneiformes, hieróglifos egípcios,

etc. entre eles, destacam-se os textos grafados tal como o dos Vedas, o Velho e Novo Testamento, a Torá,

o Al Corão e também os textos sagrados das tradições orais das culturas africana e indígena.

Símbolos Religiosos: são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel relevante para

a vida imaginativa e para a construção das diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é

definido como qualquer coisa que vincule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um

sonho, um ritual, uma obra de arte, uma notação matemática, cores textos e outros que podem ser

trabalhados conforme os seguintes aspectos: dos ritos; dos mitos; do cotidiano. Entre os exemplos a serem

apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os parentescos, os objetos, etc.

Conteúdos Básicos de Ensino Religioso Para a 6ª Série:

Temporalidade Sagrada: deve ser trabalhada, apresentando nas aulas o evento da criação das

diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos sagrados como: nascimento do líder

religioso, passagem de ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos.

Festas Religiosas: são eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivo de

reatualização de um acontecimento primordial: confraternização, rememoração dos símbolos,

períodos ou datas importantes. Entre eles destacam-se:

• Peregrinações;

• festas familiares;

• festas nos templos;

• datas comemorativas.

Ritos: são celebrações das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um encontro

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interpessoal. Os ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços sagrados.

Dentre as celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função. Destacam-se:

• Ritos de passagem;

• Os mortuários;

• Os propiciatórios, entre outros.

Vida e Morte: as religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além da morte.

As respostas elaboradas nas diversas tradições podem ser trabalhadas sob as seguintes

interpretações:

• O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;

• A reencarnação;

• Além da morte;

• Ancestralidade;

• Espíritos dos antepassados que se tornam presentes e outras;

• Ressurreição;

• Apresentação da forma como cada cultura religiosa encara a questão da morte e a

maneira como lidam com o culto aos mortos, finados e dias especiais.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propor o encaminhamento metodológico a esta disciplina, não significa apenas determinar formas,

métodos, conteúdos ou materiais. Primeiramente é necessário romper alguns padrões convencionais para

buscar a superação de práticas tradicionais e implantar algumas inovações no tratamento e na forma de

apresentação dos conteúdos com a intenção de ampliar a compreensão e o conhecimento do educando a

respeito da diversidade religiosa.

Todo conhecimento, inclusive o conteúdo religioso é integrante do patrimônio cultural da

humanidade. Portanto, no âmbito escolar deverá ser tratado como objeto de conhecimento sem propósito

de doutrinação para uma determinada religião. O processo ensino/aprendizagem deverá ser conduzido pelo

professor de maneira crítica e criativa buscando promover o debate, o confronto de ideias e de informações,

possibilitando a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento, respeitando-se a diversidade

cultural e religiosa.

A metodologia do Ensino Religioso deve ser conduzida de maneira que permita o diálogo e uma

postura reflexiva perante a vida e o fenômeno religioso. A interação entre educador e educando é

imprescindível na ação pedagógica e, para isso, deve-se utilizar uma metodologia dinâmica, realista e

criativa para propiciar uma participação ativa do aluno onde ele possa expressar-se criativamente, despertar

e descobrir os valores essenciais da vida. As aulas devem ter como ponto de partida as experiências de

vida do educando, ou seja, a sua realidade social na qual está inserido para que se respeite a tradição

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trazida de suas famílias e assim garanta a liberdade de expressão de cada um.

A intencionalidade e a direção do processo ensino/aprendizagem, pressupõe um constante

repensar das ações que subsidiarão o trabalho visando a aquisição do conhecimento religioso como tal e

gerar uma mudança qualitativa traduzidos em novas posturas de diálogo e respeito às diversas

manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos evitando atitudes

preconceituosas.

A metodologia utilizada nas aulas de Ensino Religioso será baseada nas aulas expositivas,

buscando abordar as manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco

conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas

mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade, buscando que eles participem ao

máximo das aulas, perguntando e expondo o que sabiam a priori.

Desse modo, pretende-se evitar a redução dos conteúdos da disciplina às manifestações

religiosas hegemônicas, que historicamente têm ocupado um grande espaço nas aulas de Ensino Religioso,

e pouco têm acrescentado ao processo de formação integral dos educandos.

A fim de que os alunos aprendam o máximo do que estará sendo exposto, vários recursos

poderão vir a ser utilizados, tais como: TV pendrive, caderno pedagógico de ensino religioso, livros, revistas,

quadro negro, laboratório de informática, entre outros.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e tecnológicos

a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos, para que

sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de

drogas, Enfrentamento à Violência nas Escolas e Relações étnico-raciais, além de promover uma educação

Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.

4. AVALIAÇÃO

O ato de avaliar está presente em todos os empreendimentos humanos, pois segundo os nossos

critérios e valores próprios estamos sempre fazendo julgamentos de situações com que nos deparamos

diariamente passando por todas as dimensões sociais, políticas, sociais, econômicas, religiosas,

ideológicas, dentre outras.

No Ensino Religioso, a avaliação tem um sentido amplo: além de alimentar, sustentar e orientar a

intervenção pedagógica no processo ensino/aprendizagem, envolve outros aspectos: sociabilidade,

afetividade, postura respeitosa diante das diferentes opções religiosa, compromisso, integração,

participação na expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação.

Na Educação Religiosa o ideal é a avaliação vivenciada entre educador/ educando, auto-avaliação

em termos de compromisso assumido com a prática social, pois a sua função é diagnosticar falhas,

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos o que orientará a continuidade do trabalho ou a

reorganização e retomada do conteúdo, quando necessário.

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Entre os principais critérios de avaliação, estarão: compreensão dos fenômenos religiosos a partir

das experiências percebidas no contexto sócio cultural; entender a constituição dos grupos sociais e sua

relação com o sagrado; compreender a diversidade religiosa da cultura brasileira; conhecer e respeitar as

diferentes expressões religiosas na cultura dos povos; mostrar a construção do transcendente na evolução

da estrutura religiosa, apresentando sua orientação e referência à vida; analisar e compreender o sagrado

como cerne da experiência religiosa no cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

A avaliação não é um momento isolado, mas acompanha todo o processo ensino/aprendizagem,

podendo ser realizada a qualquer momento. Portanto, a avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa e

como instrumentos e procedimentos da avaliação serão utilizados: redações, textos, conversas,

participação, colaboração, trabalhos individuais e em equipe, apresentações dos mesmos, pesquisas,

paródias, murais, desenhos, acrósticos, etc.

É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve contemplar os alunos com

necessidades educativas especiais, com instrumentos e formas de avaliação diferenciados, respeitando

sempre as limitações e as características dos alunos nos casos específicos.

Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser contemplada, principalmente

quando se trata da avaliação da aquisição de conhecimentos em provas ou testes escritos, por meio da

retomada dos conteúdos sob novas abordagens e novas avaliações.

5. REFERÊNCIAS

BESEN, José Artulino; HEERDT, Mauri Luiz; COPPI, Paulode. O universo religioso: as grandes religiões e tendências religiosas atuais. São Paulo: Editora Mundo e Missão, 2005.

CADERNOS de Estudos Integrantes do Curso de Extensão de Ensino Religioso. Fórum Nacional Permanente de Ensino Religioso. 12 volumes.

CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: editora Scipione Ltda, 1994.

DURKHEIN, E. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.

GAARDER, Jostein. O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

MACEDO, C.C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo: Editora Moderna Ltda, 1989.

OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. 2009.

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14.3.6. FILOSOFIA

“O que pretendo sobre título de filosofia, como fim e campo das minhas

elaborações, sei-o, naturalmente. E contudo não sei... Qual o pensador para

quem, na sua vida de filósofo, a Filosofia deixou de ser um enigma? Só os

pensadores secundários que , na verdade, não se podem chamar filósofos, estão

contentes com as suas definições”. (Husserl)

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Quando se deu a passagem do mundo mítico para a consciência racional, apareceram os primeiros

sábios, sophos, como se diz em grego. Um deles, chamado Pitágoras (sec. VI a. C) – também conhecido

como matemático – usou pela primeira vez a palavra filosofia, que significa “amor à sabedoria”. É bom

observar que a própria etimologia mostra que a filosofia não é puro logos, pura razão; ela é a procura

amorosa da verdade.

A Filosofia não é um saber. Com esta estranha afirmação não estamos querendo dizer que a

Filosofia não é trabalho teórico. Ela o é. Mas queremos enfatizar que ela não é um corpo de doutrina, não é

um saber acabado, com um determinado conteúdo, não é um conjunto de conhecimentos estabelecidos de

uma vez por todas.

Portanto, não se trata de um saber abstrato, a margem da vida. O próprio tecido do seu pensar é a

trama nos acontecimentos, é o cotidiano; por isso a filosofia se encontra no seio mesmo da História. No

entanto está mergulhada no mundo e fora dele, eis o paradoxo enfrentado pela Filosofia.

Nos seus primórdios, a ciência se achava ligada a Filosofia, sendo o filósofo aquele sábio que

refletia sobre todos os setores da indagação humana. Por isso, é impossível falar na geometria de Tales e

Pitágoras e na Física e Astronomia Aristotélica.

A partir do século XVII, a revolução científica iniciada por Galileu determinou a ruptura destas duas

formas de abordagem do real. Lentamente apareceram as chamadas ciências particulares – Física,

Astronomia, Química, Biologia, Psicologia, Sociologia, etc, delimitando um campo específico de pesquisa.

Na verdade, o que estava ocorrendo, era o nascimento mesmo da ciência, pois ela não existia propriamente

antes disto.

A primeira questão que nos ocorre é imaginar o que resta a Filosofia, se ela, ao longo do tempo, foi

“esvaziada” do seu conteúdo pelo aparecimento das ciências particulares, tornadas independentes. Na

verdade, a Filosofia continua tratando dessa mesa realidade apropriada pelas ciências.

Apenas que as ciências se especializam e observam “recortes” do real, enquanto a Filosofia jamais

renuncia a considerar o seu objeto de ponto de vista da totalidade. A visão da Filosofia é uma visão de

conjunto, ou seja, o problema tratado nunca é examinado de modo parcial, mas sempre sob a perspectiva

de conjunto, relacionando cada aspecto com os outros do contexto em que está inserida, a Filosofia busca

superar a fragmentação do real, para que o homem seja resgatado na sua integridade a não sucumba à

alienação do saber parcelado. A Filosofia deve estar presente como reflexão crítica em relação ao

conhecimento a ação, reflexionando os fundamentos deste conhecimento e deste agir. Portanto a Filosofia

não faz juízos de realidade, como as ciências, mas juízos de valor.

O filósofo parte da experiência vivida do homem trabalhando numa linha de montagem, repetindo

sempre o mesmo gesto. Mas vai além desta constatação. Não só vê como é, mas como deveria ser. Julga o

valor da ação, sai em busca do significado dela. Filosofar é dar sentido à experiência. A Filosofia

propriamente dita tem condições de surgir no momento em que o pensar é posto em causa tornando-se

objeto de uma reflexão, como análises, reflexões e críticas com graus de autonomia e originalidade.

A Filosofia não é um pensar qualquer mas é uma reflexão mas também não é filosófica quando é

radical, rigorosa e de conjunto. Filosofar não é um exercício puramente intelectual. Descobrir a verdade é ter

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a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder que tentam manter os tatus que é aceitar o desafio,

mudança. Saber para transformar. Assim a Filosofia tem importante espaço a ocupar dentro dos conteúdos

do Ensino Médio ao tratar de assuntos polêmicos como: valores éticos, políticos estéticos e epistemológicos

que geram discussões e desencadeiam ações e transformações. Seus conteúdos estão articulados em: do

mito ao logos; Filosofia política; ética, estética, Filosofia da ciência; teoria do conhecimento, em congruência

com as orientações curriculares da Secretaria do Estado da Educação.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

O principal objetivo da disciplina de Filosofia é fazer com que o aluno do Ensino Médio seja capaz

de ler, compreender e interpretar os conteúdos abordados nos campos clássicos da Filosofia e a partir

destes fazer articulações com a realidade, bem refazer o percurso filosófico, onde o professor faz a

mediação e organiza a aula propondo questionamentos, leituras filosóficas e análises de textos, organiza

debates, propõe pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos.

O aprender e ensinar em Filosofia se concretizam de experiência resultantes do relacionamento

professor – aluno – problemas suscitados, na busca de soluções no texto filosófico e elaboração de novos

conceitos. O professor controla o que ensina, jamais o que o aluno aprende. Dentro das aulas de Filosofia

serão também abordados temas relacionados a questões raciais, educação inclusiva, educação do campo,

cultura afro-brasileira e educação indígena.

Dessa forma, estabelecem-se os seguintes conteúdos a serem desenvolvidos ao longo do Ensino

Médio:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

MITO E FILOSOFIA

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

TEORIA DO CONHECIMENTO

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

Ética e moral;

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ÉTICA Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

FILOSOFIA POLÍTICA

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética

ESTÉTICA Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;

Estética e sociedade.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O exercício filosófico poderá se manifestar em cada aula, na relação educador – educando. Para

isso, as aulas poderão ser desenvolvidas através de explanação oral do professor, leituras, discussão sobre

tais leituras, filmes, fatos do cotidiano, pesquisas com apresentação oral ou escrita.

No ensino de Filosofia quatro momentos serão indispensáveis para que se trabalhe adequadamente

com os conteúdos estruturantes e com os conteúdos específicos, sendo assim mencionados: a

sensibilização, a problematização, a investigação e inclusive a criação de conceitos.

Quanto á sensibilização, pode-se utilizar a exibição de um filme ou de uma imagem, da leitura de

um texto jornalístico ou literário, da audição de uma música, enfim, são inúmeras possibilidades para

atividades conduzidas pelo corpo docente, as quais podem ser retomadas a qualquer momento, a fim de

instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser

desenvolvido.

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Inicia-se então o trabalho propriamente filosófico, a problematização, a investigação, a criação de

conceitos, sendo que a problematização ocorre quando o educador e os educandos levantam questões,

identificam problemas e investigam o conteúdo.

O educando analisará o problema, o que se faz por meio da investigação, no entanto, ao recorrer a

história da Filosofia e aos clássicos, o estudante se defronta com diferentes maneiras de enfrentar o

problema e com as possíveis soluções já elaboradas que embora não resolvam o problema, orientam a

discussão. No entanto, almeja-se na busca da resolução do problema que haja preocupação também com

uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que remeta o educando à sua própria

realidade com o intuito de possibilitar que o mesmo possa formular conceitos e construir seu discurso

filosófico, na tentativa de atuar sobre os problemas da sociedade.

Desta forma, o educando encontrar-se-á apto a elaborar um texto, um construto teórico, onde terá

condições de perceber o que está implícito nas idéias e como elas se tornam conhecimento e, por vezes,

ideologia, de modo que possam argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos, num pensar

coerente e crítico.

Torna-se imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades investigativas

individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, atribuindo-lhe um caráter

extremamente dinâmico e participativo.

Nessa perspectiva, pode-se enfatizar que o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento que

inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, possibilitando que a investigação seja de

fato a diretriz do ensino, pois evidentemente, um bom planejamento evita que se caia no vazio e nos

prováveis desastres do espontaneísmo.

Nessa perspectiva, a Filosofia torna-se importante para que o corpo discente tenha consciência de

que enquanto indivíduos devem tornar-se críticos, o que é proposto pelos “desafios educacionais

contemporâneos”.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e tecnológicos

a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos, para que

sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de

drogas, Enfrentamento à Violência nas escolas e Relações étnico- raciais, além de promover uma educação

Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.

4. AVALIAÇÃO

Torna-se importante salientar que a avaliação deve estar concebida na sua função diagnóstica, pois

almeja subsidiar e redirecionar o curso de ação no processo ensino-aprendizagem.

Nesse contexto convém enfatizar que o ensino de Filosofia é um grande desafio, pois o corpo

docente deve ter respeito pelas posições do educando, mesmo que discorde delas, pois o que está em

questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. Considerando

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notavelmente a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os

princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.

No entanto, a avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa. Nessa perspectiva, a avaliação de

Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o educando pensava anteriormente e o que

passa a pensar após o estudo de Filosofia.

Evidentemente, os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto Político Pedagógico, para

que se possa adequar cada etapa do processo de ensino-aprendizagem. No entanto, a avaliação será

somatória e a recuperação de conteúdos e notas serão contemplados, pois como se trata da aquisição de

conhecimentos haverá a recuperação paralela, sempre levando em conta as dificuldades de cada

educando, principalmente em relação aos conhecimentos já adquiridos por eles considerando o grau de

complexidade que cada professor pode propor em cada série.

A forma de avaliação será constituída pensando-se nas características da disciplina. Como ela

exige a melhora do poder argumentativo dos educandos, será feita principalmente através de debates,

seminários e trabalhos em grupo, pois essas formas de avaliação proporcionam a possibilidade de uma

maior argumentação.

Quanto aos alunos com alguma necessidade especial, será feito total esforço para que eles não

sejam prejudicados em sua educação, respeitando suas necessidades e proporcionando-lhes métodos e

materiais diferenciados quando necessário.

A avaliação será contínua, cumulativa e somatória. Será feita através de:

Provas discursivas;

Pesquisas e relatórios;

Trabalhos individuais e em grupos;

Relatório de debates;

Resumos;

Resolução de problemas propostos;

Participação em sala de aula;

Participação na Feira das Ciências;

Apresentação de trabalhos.

Os diversos tipos de recursos, habilidade e avaliação serão adaptados de acordo com os conteúdos.

Esta proposta será flexível de acordo com o desenvolvimento, curiosidade, aprendizagem e necessidade de

cada turma. Para tanto, estabelecem-se alguns critérios de avaliação gerais: Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, espera-

se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo

estruturante Teoria do Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.

Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com os conteúdos

básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou

seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo

resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.

Reaprender a ver o mundo;

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Desenvolver a crítica;

Levar a investigação e ao diálogo filosófico;

Organizar perguntas num problema filosófico;

Avaliar filosoficamente;

Desenvolver o respeito pela opinião alheia;

Aumentar a capacidade de pensar;

Aumentar a análise crítica dos fatos;

Ser capaz de emitir juízo de valor em questões polêmicas e filosóficas.

5. REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.

ARANTES, Paulo; MUCHAIL, Selma T. A Filosofia e seu ensino. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2004.

CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986, v. 1.

DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação, 2008.

FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis, Vozes, 2000.

KONDER, Leandro. O futuro da filosofia da práxis: o pensamento de Marx no século XXI. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Orientações Curriculares – Filosofia – Secretaria de Estado da Educação.

RANCIÉRI, J. A partilha do sensível. Estética e política. São Paulo: Ed. 34, 2005.

REALE, G: ANTISERI, D. História da Filosofia: patrística e escolástica. São Paulo: Paulus, 2003.

RUSSEL, B. Os Problemas da Filosofia. Coimbra: Almedina, 2001.

VAZ, Sanchez Adolfo. Ética. - 27ª ed. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.

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14.3.7. FÍSICA

“A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o sentido do mistério. Ele é

a fonte de toda a verdadeira arte e de toda a verdadeira ciência. Quem nunca

experimentou essa sensação encontra-se como se estivesse morto: seus olhos

estão fechados. Esse perscrutar nos mistérios da vida, ainda que confuso, deu

vida à religião. Saber que, o que para nós é impenetrável, existe realmente e se

manifesta com a mais alta sabedoria e a mais radiante beleza, que os nossos

pobres sentidos conseguem perceber somente em suas formas mais primitivas.

Essa consciência, esse sentimento, são a essência da verdadeira religiosidade”.

Albert Einstein

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade, através de modelos

elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender a natureza.

A disciplina de Física pode contribuir para que, em seu processo de individualização, o aluno não só

construa um esquema conceitual, mas também desenvolva uma visão crítica que lhe permita operar com

grande volume de informações trazidas pelos meios de comunicação de forma tão diversificada,

aprendendo a selecionar e a compreender aquelas que são relevantes.

O ensino de Física também pode contribuir para a formação de uma cultura científica na condução

do exercício da cidadania e na percepção da beleza que o conhecimento desvenda e leva à melhoria da

relação entre os seres humanos.

O caráter prático-transformador e o caráter teórico-universalista da Física não são traços

antagônicos mas, isto sim, dinamicamente complementares. Compreender este enfoque permitiu evitar

tanto o tratamento “tecnicista” como o tratamento “formalista” e, procurando partir sempre que possível de

elementos vivenciais e mesmo cotidianos, formulam-se os princípios gerais da Física com a consistência

garantida pela percepção de sua utilidade e de sua universalidade.

Observando o histórico da Física:

O povo grego foi quem primeiro organizou sistematicamente seus conhecimentos criando a

“Filosofia”, que em grego significa “amor à sabedoria”. A Física (em grego Physiké), um dos ramos da

Filosofia, buscava estudar fenômenos da natureza, envolvendo também assuntos que hoje pertencem à

Biologia, à Química e a tantos outros ramos conhecidos, sem deixar de incluir a Medicina.

A dedicação de muitos filósofos gregos não só contribuiu significativamente para esse ramo da

filosofia grega, a Física, como também podemos dizer que determinou o avanço necessário para que ela

adquirisse a concepção atual e formalizasse concretamente seu objeto de estudo, o qual veremos logo

adiante.

Dentre as contribuições de alguns dos vários filósofos gregos, não podemos deixar de citar o

primeiro conceito de átomo, apresentando por Demócrito (400-360 a.C.); a primeira teoria heliocêntrica (a

Terra gira em torno do Sol), elaborada por Aristarco (310-230 a.C.); os trabalhos de Arquimedes (287-212

a.C.) a respeito das alavancas, dos espelhos esféricos, da lei do empuxo, da primeira bomba-d’água, do

sistema de roldanas, etc.

O filósofo que mais se destacou, pois conseguiu sistematizar todo o conhecimento científico

adquirido pelos gregos até a sua época, foi Aristóteles (384-322 a.C.). Uma de suas maiores ideias

defendidas foi a Teoria do Geocentrismo, segundo a qual a Terra ocupava o centro do Universo e todos os

demais corpos celestes, inclusive o Sol, giravam ao seu redor. Tal ideia, aceita pelos gregos, refletia

claramente o pensamento do homem antigo a respeito do mundo e de sua posição perante ele.

O patrimônio cultural grego foi divulgado a quase todo o mundo por Alexandre, o Grande (332 a.C.),

através de suas inúmeras conquistas militares. Em Alexandria, no Oriente, ele construiu uma das maiores e

mais completas bibliotecas do mundo da época, que foi o maior centro de estudos da Antiguidade.

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Com a ascensão do Império Romano e consequente declínio do povo grego (séc. II a.C. – séc. V

d.C.), a cultura do mundo centralizou-se em Roma. As ciências naturais, exceto a Medicina, pouco

evoluíram, pois a preocupação com as ciências humanas, como o Direito e a História, predominou

hegemonicamente.

Na primeira fase da Idade Média (séc. V a séc. VIII d.C.), especialmente na Europa, os

conhecimentos científicos permaneceram praticamente estagnados, pois a grande maioria da população

vivia no meio rural e não se dava muita ênfase às ciências. Já na segunda fase da Idade Média (séc. VIII a

séc. XIII d.C.), com o incentivo do comércio na Europa, as cidades se desenvolveram, a ciência tornou a

prosperar, surgindo então as primeiras universidades.

O Renascimento (séc. XIII a séc. XVI) determinou, em virtude da existência das universidades, um

período de intensa evolução científica em que se destacaram inúmeros estudiosos, como, por exemplo,

Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu Galilei (1564-1642). Copérnico foi o maior responsável pela

retomada da Teoria Heliocêntrica, muito antes apresentada pelo grego Aristarco. A retomada desta teoria

encontrou uma forte resistência, pois contrariava as ideias da comunidade científica e da Igreja Católica da

época, por defender a ideia de o Universo e tudo que nele foi criado existirem em função do homem.

Com René Descartes (1596-1650) e Isaac Newton (1742-1727), o mundo desponta para um

movimento natural denominado Iluminismo. Nessa época os trabalhos dos cientistas do Renascimento são

divulgados sob a forma de leis amplamente aceitáveis e aplicadas a todos os tipos possíveis de movimento,

determinando assim definitivamente o fim da ideia de que a Terra era o centro do Universo.

A contribuição das ciências para com a tecnologia foi muito acentuada a partir do século XVIII, com

a denominada Evolução Industrial. Nessa época, destacaram-se inúmeros especialistas em áreas

específicas da Física, a qual, por já conter uma infinidade de conhecimentos, impossibilitava que apenas um

cientista se distinguisse como conhecedor pleno.

No final do século XIX e início do século XX, o homem descobriu a radioatividade, a variação da

emissão de radiação emitida pelos corpos, em função de sua alta temperatura, e a invariação da velocidade

da luz em relação à mudança de referencial. Tais descobertas determinaram um avanço significativo na

Física, até então denominada Clássica, surgindo assim a Física Moderna.

Olhando o aspecto histórico, percebe-se que o ensino de Física no Brasil é algo recente, passando

a ser objeto de estudo nas escolas de maneira mais efetiva a partir de 1837, com a fundação do Colégio

Pedro II, no Rio de Janeiro. O ensino na época baseava-se na transmissão de informações através de aulas

expositivas, visando à preparação para os exames que proporcionavam a continuidade dos estudos.

Destaca-se 1934 como o ano em que foi criado o primeiro curso de graduação em Física no Brasil

Sciencias Physicas, junto à Faculdade de Philosofia, Sciencias e Letras da Universidade de São Paulo. Este

curso visava formar bacharéis e licenciados em Física, sendo os últimos destinados a lecionar em escolas

desde o Ensino Fundamental até o Superior.

Porém, foi a partir dos anos 50, que a Física passou a fazer parte dos currículos desde o Ensino

Fundamental até o Médio, tendo sua obrigatoriedade ocorrida em função da intensificação do processo de

industrialização no país. A este fator somou-se o incentivo dado ao ensino de Ciências nas escolas de

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formação básica nos anos pós-guerra (após o término da II Guerra Mundial) como forma de atrair

estudantes para a formação superior nessa área do conhecimento.

No período anterior à Segunda Guerra Mundial, as atividades experimentais no ensino de Física

eram poucas e centradas na demonstração por parte do professor, pois eram constituídas por arranjos

experimentais sofisticados, com custos elevados. Esse período ficou conhecido como a Era das Máquinas,

cujo objetivo consistia na demonstração do fenômeno físico de modo a ilustrar a teoria. Entretanto, após a

década de 1950, a concepção acerca das atividades experimentais modificou-se, passando a privilegiar a

montagem das experiências pelos alunos. Os estudantes recebiam kits para a montagem do experimento

que desejavam estudar, ocorrendo assim, uma mudança radical na postura que estava sendo dada as aulas

práticas de Física.

Na década de 1960, os investimentos em educação continuavam dependendo de capital

estrangeiro, mas ao mesmo tempo, iniciava-se um movimento de reforma da educação brasileira,

principalmente com a instituição da primeira Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), em

1961. No ensino de Física, identifica-se esta época com os consideráveis investimentos na aquisição de

materiais para aulas experimentais, sobretudo através de convênios com instituições e governos

estrangeiros. Chegavam as escolas os kits de materiais didáticos, sempre acompanhados de livros que

serviam de roteiros-guia para as atividades dos professores, perpetuando, desta forma, o modelo de ensino

difundido nos programas.

Nas décadas de 1980 e 1990, o país passou por uma reorganização no campo político e o ensino

de Ciências, tomava em termos mundiais uma dimensão de produção do conhecimento voltada para os

avanços tecnológicos. Já não se pode mais separar Ciência da Tecnologia e iniciava-se uma discussão em

torno dos benefícios desta associação para os homens e para a sociedade. Havia necessidade de uma

melhoria no ensino das Ciências no Brasil e no mundo, aproximando-o das necessidades permanentes da

sociedade em que os indivíduos estão inseridos.

Hoje, no início do século XXI, mais de cem anos de história se passaram desde a introdução da

Física nas escolas no Brasil, mas sua abordagem continua fortemente identificada com aquela praticada a

cem anos atrás: ensino voltado para a transmissão de informações através de aulas expositivas utilizando

metodologias voltadas para a resolução de exercícios algébricos. Questões voltadas para o processo de

formação dos indivíduos dentro de uma perspectiva mais histórica, social, ética, cultural, permanecem

afastadas do cotidiano escolar, sendo encontradas apenas nos textos de periódicos relacionados ao ensino

de Física, não apresentando um elo com o ambiente escolar.

No ensino de Física, percebe-se a importância dessa interação social no processo de aprendizagem

escolar, já que esta Ciência se encontra próxima e presente na realidade do educando.

Os conhecimentos da Física nos permitem elaborar conceitos de evolução e composição cósmica,

da energia presente na matéria, possibilitando o desenvolvimento de novas fontes energéticas, novos

materiais, produtos e tecnologias. Assim, a Física está presente em nosso cotidiano num contexto histórico,

social, tecnológico, econômico, político e também está relacionada à realidade imediata do educando.

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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos estruturantes da Física Clássica são: o Movimento, a Termodinâmica e o

Eletromagnetismo.

Desta maneira, os três campos: o estudo dos movimentos, da mecânica de Newton, unificou a

Estática, a Dinâmica e a Astronomia (séc. XVII); a Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre gases,

pressão, temperatura e calor; a Teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a Eletricidade e a Óptica

(séc. XIX). Representam teorias unificadas que dão referenciais à disciplina, são independentes e garantem

o fornecimento de referenciais entre os mesmos sendo objeto de estudo desta. Estes conteúdos

estruturantes serão trabalhados articuladamente nas três séries do Ensino Médio proporcionando uma

ligação entre os conteúdos específicos.

Serão levantadas temáticas que contemplem a Diversidade Cultural, Sexualidade, História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, Educação do Campo, Educação Indígena e Educação Especial, sempre voltadas

à Inclusão:

• Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da Ciência e da

Tecnologia.

• A estrutura de Fractais presentes na arte africana.

• O emprego de tecnologia no Campo.

• A criação de armas e instrumentos indígenas (canoa, arco e flecha) e a relação com

conhecimento de física.

• A evolução da tecnologia e as consequências sociais e ambientais.

• Tecnologias desenvolvidas para facilitar a vida dos portadores de necessidades especiais.

A produção do conhecimento está diretamente ligada à necessidade da sobrevivência do homem.

À medida que ele busca suprir estas necessidades práticas, ele soma ao senso comum o conhecimento

científico, consolidando-se, assim, a relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

Dentro do papel da ciência no processo do desenvolvimento tecnológico e social, a disciplina de

Física possibilita ao homem que se coloque como agente cada vez mais atuante, pois lhe permite:

Conhecer cada vez mais o universo físico e os fenômenos que nele acontecem;

Desvendar abstração de leis físicas;

Evoluir o seu espírito crítico;

Desenvolver o raciocínio associativo e as capacidades dedutivas que

possibilitem inserir novos conhecimentos no contexto da tecnologia avançada, ou mesmo em

simples aplicações no cotidiano;

Compreender enunciados que envolvam código e símbolos físicos;

Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física;

Desenvolver a capacidade de investigação física;

Conhecer e utilizar conceitos físicos;

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Compreender a Física presente em seu cotidiano;

Compreender a Física como um instrumento indispensável na elaboração de

novas tecnologias;

Reconhecer a Física como construção humana;

Ser capaz de emitir juízo de valor em questões que envolvam aspectos físicos

e/ou tecnológicos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Pretende-se trabalhar durante os três anos do Ensino Médio os conteúdos básicos abaixo

apresentados:

Conteúdo Estruturante: Movimento:

- Momentum e inércia

- Conservação da quantidade de movimento

- Variação da quantidade de movimento: impulso

- 2ª lei de Newton

- 3ª lei de Newton e condições de equilíbrio

- Energia e o princípio da conservação de energia

- Gravitação

Conteúdo Estruturante: Termodinâmica:

- Leis da Termodinâmica

- Lei Zero da Termodinâmica

- 1ª Lei da Termodinâmica

- 2ª Lei da Termodinâmica

Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo:

- Carga, corrente elétrica, campo e onda eletromagnéticos

- Força eletromagnética

- Equações de Maxwell: lei de Gauss para a eletrostática, lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss

Magnética, Lei de Faraday

- A natureza da luz e suas propriedades.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

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O encaminhamento metodológico partirá de indagações acerca do conhecimento prévio do aluno

onde o professor media estes com os conhecimentos científicos considerando a evolução das idéias e

conceitos físicos (História interna e externa à Física), mostrando a não neutralidade da produção científica,

na qual os modelos matemáticos são construções humanas já que a elaboração e a sistematização dos

conteúdos da disciplina de Física devem atingir, de maneira congruente, as várias dimensões da inteligência

humana em virtude das aptidões individuais e das capacidades diferenciadas de aquisição dos

conhecimentos. Neste sentido, a metodologia deve explicitar ao aluno o que o mesmo precisa saber e saber

cada vez mais para tornar-se cada vez melhor. Assim, é necessário levar os conteúdos o mais próximo de

sua vivência, da realidade que o cerca, valorizando os conhecimentos que possa ter com relação aos

conteúdos, procurando, através de uma participação ativa de cada aluno e do coletivo educacional,

desenvolver uma visão articulada do ser humano em seu meio natural, como construtor e transformador

deste meio, desmitificar os conteúdos de Física tornando-os partes de sua realidade, além de globalizar o

ensino possibilitando uma melhor compreensão do mundo e formação da cidadania mais adequada,

promovendo um conhecimento contextualizado e integrado à vida do aluno capacitando-o para uma leitura

de mundo articulada a outras áreas do conhecimento. É essencial considerar o desenvolvimento cognitivo

do aluno, relacionado às suas experiências, sua maturidade, sua identidade cultural e social e os diferentes

significados e valores que a Física pode ter para os mesmos a fim de que a aprendizagem seja significativa.

As abordagens que serão consideradas no processo têm papel fundamental, pois possibilitam

estender a todos os alunos a construção do conhecimento:

− Relacionar os conteúdos com fatos concretos e palpáveis do dia a dia;

− Mostrar historicamente o processo, o desenvolvimento e a aplicação do conhecimento físico;

− Enfatizar o raciocínio lógico e reflexivo;

− Priorizar o entendimento do fenômeno físico com redução das considerações matemáticas;

− Utilizar a formulística mais como instrumento de comprovação do que de dedução;

− Possibilitar a compreensão de determinada abstração física mediante simples experimentação;

Neste contexto, serão trabalhados: avaliação diferenciada, material apropriado (ampliação),

atenção mais direcionada, respeito às limitações. Isso se dará através de: aulas expositivas, pesquisas,

aulas em laboratório, apresentação oral e escrita de trabalhos, painéis, debates e dramatização.

Assim, a compreensão do todo possibilitará ao aluno a certeza do papel da Física como uma das

ciências que mais se destaca como modificadora da realidade, em virtude de sua vasta aplicação

tecnológica e social.

No decorrer do Ensino Médio, a disciplina também abordará conteúdos sobre a Educação do

Campo, Educação Inclusiva, Cultura Afro-brasileira e Indígena, buscando observar as contribuições que

estas trouxeram ao campo da Física. Procurar-se-á também desenvolver atividades relativas aos Desafios

Educacionais: Educação Ambiental, Relações étnico-raciais, Sexualidade, Prevenção ao uso Indevido de

Drogas e Enfrentamento à Violência nas Escolas, Educação Fiscal, Cidadania e Direitos Humanos.

Serão utilizados recursos tecnológicos de multimídia: computador, data-show, TV pen drive, DVDs

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e Cds entre outros que se fizerem necessários. Sempre que possível, serão desenvolvidas atividades no

laboratório experimental de Física.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é vista como um ato educativo essencial para a condução de um trabalho pedagógico

inclusivo, no qual a aprendizagem é um direito de todos e a escola pública é o espaço onde a educação

democrática acontece.

Desse modo, a avaliação será contínua, diagnóstica e cumulativa, possibilitando uma oportunidade

de reflexão sobre o processo de ensino e seus resultados. Obtidos através de:

- Provas objetivas e discursivas;

- Pesquisas e relatórios;

- Trabalhos individuais e em grupos;

- Resumos;

- Resolução de problemas e exercícios;

- Participação na Feira das Ciências;

- Apresentação de trabalhos;

Observação:

Os diversos tipos de recursos, habilidades e avaliações serão adaptados de acordo com os

conteúdos;

Estes conteúdos serão flexíveis de acordo com o desenvolvimento, curiosidade e aprendizagem de

cada turma, bem como o suprimento das necessidades especiais dos educandos;

Como a avaliação é diagnóstica, contínua e cumulativa, a recuperação, quando necessária, será

feita de forma paralela.

A média será obtida através de somatória simples.

De acordo com as DCEs, os critérios de avaliação em Física que serão verificados são:

− A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada

dentro dos conteúdos estruturantes;

− A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

− A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

− A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas

sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física.

O processo de recuperação de conteúdos e notas ocorrerá de modo paralelo ao processo de

ensino-aprendizagem, ocorrendo após cada avaliação que se utilize de prova ou teste. Na recuperação

haverá retomada de conteúdos, atendimento de dúvidas, atendimentos individuais e nova oportunidade para

fazer a prova ou teste. A recuperação paralela poderá ser feita a todos os alunos, independentemente de

seu resultado na primeira prova ou teste, para que não haja exclusão dos que tenham bom rendimento

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escolar e para que todos sejam envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Quanto à nota da

recuperação paralela, prevalecerá a nota mais alta atingida até o momento.

Caso existam alunos com necessidades educacionais especiais, serão utilizados diversos recursos

para a verificação da aprendizagem com ampliação de textos e provas, provas orais, tradução simultânea

para libras, entre outros.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMALDI, Ugo. Imagens da Física. São Paulo: Scipione, 1996.

BERNERDES, Luiz Antônio Bastos. Dos Gregos à Teoria Quântica: um breve painel de idéias fundamentais na Física. DEFIS/UEPG, 19...

__________. Grandes Físicos da Humanidade. DEFIS/UEPG, 19...

BONFORNO, Regina Azenha; BONFORNO, José Roberto; BONFORNO, Valter; RAMOS, Clinton Marcio. Física Fundamental. – Volume único. São Paulo: Editora FTD, 1993.

CADERNO TEMÁTICO – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

CHIQUETTO, Marcos José. Física para o 2º grau. – Volume único. São Paulo: Editora Scipione Ltda, 1993.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física. Ensino Médio, SEED. Pr, 2009.

Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.

ENCICLOPÉDIA GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. – 4ª ed. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.

FOULLÉ, A. Enciclopédia Técnica Universal Globo: Física das Vibrações. – Vol. I, II e III. Trad.: Rui Pinto da Silva Sieczkowski e Álvaro Magalhães. Porto Alegre: Editora Globo, 1970.

GRIEBELER, Enéri Márcia Czerwonka; BERNARDES, Luiz Antônio Bastos. Apostila História da Física. Universidade Estadual de Ponta Grossa – Setor de Ciências Exatas e Naturais – Departamento de Física, 19...

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de Física 3: Eletromagnetismo. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1991.

LOBO, Ary Maurell. Biblioteca Profissional Brasileira: Compendio de Física Ginasial segundo as Teorias Modernas. Edição da Revista “Ciência Popular”, 1933.

MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2003.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃ E CULTURA. Ciências Físicas e Naturais: 700 experiências copiladas pela UNESCO. Diretoria do Ensino Industrial, 1965.

NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica: Ótica, Relatividade, Física Quântica. – Vol. 4. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 1998.

PENTEADO, Paulo Cesar M. Enciclopédia Física: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Editora Moderna Ltda, 1998.

ROSMORDUC, Jean. Uma História da Física e da Química de Taltes a Einstein. Trad.: Jorge Zahar. Rio de

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Janeiro: Editora de Livros Ltda, 1988.

SILVA, Djalma Nunes da. Enciclopédia Física. – Vol. 1, 2 e 3. São Paulo: Editora Ática, 1993.

__________. Física Paraná: Novo Ensino Médio. – Volume único. São Paulo: Editora Ática, 2003.

14.3.8. GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Por ter como objeto de estudo o espaço geográfico, isto é, as relações homem/meio, a Geografia

está presente no contexto histórico das sociedades desde os princípios das civilizações e sempre

apresentou fundamental importância no processo da evolução histórica. Até mesmo quando o homem nem

a compreendia como ciência, já a praticava em seu cotidiano, demarcando os locais onde podia obter seus

alimentos, por onde andava, onde construía suas habitações, enfim, seu território.

De forma mais recente, quando já sistematizada como ciência, a princípio meramente descritiva

(geografia tradicional), passando pela Nova Geografia que dava ênfase ao levantamento de dados

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(estatística), pela Geografia Crítica (analítica) e pela Geografia Humanística (ênfase aos problemas

humanos), esta ciência sempre forneceu subsídios fundamentais para a análise e compreensão de fatos e

fenômenos, possibilitando a análise do passado, o entendimento do presente e o planejamento do futuro.

Prova disso é o fato de que quase todos os países do mundo, inclusive o Brasil, possuem institutos de

geografia que fornecem estes referidos dados, e estes servem para o planejamento das políticas públicas a

médio e longo prazos, nos campos natural, social e econômico.

Em outras palavras, a utilização e a importância do saber geográfico sempre aumentou com a

evolução histórica das sociedades, pois se os objetos de estudo da Geografia são, como já mencionados,

as relações homem/meio, e se estas se intensificam e crescem, também o fazem a importância e a

utilização da Geografia.

O ensino da geografia há algum tempo, tenta realizar esforços no sentido de refletir sobre as

práticas identificando desafios e desventuras, trabalhar com um espaço mais criativo e mais próximo do

aluno, situar alternativas e propô-las, representar ideias, voltar ao momento de profundas transformações

que se tornam necessárias em relação à educação. Para que isso seja possível, deve-se buscar a

ampliação do conhecimento do aluno sobre o mundo e promover valores e atitudes que concorram para a

construção de um espaço socialmente justo e ecologicamente correto.

O campo da geografia levou a refletir e discutir ao longo dos últimos anos, certos de que cada

momento histórico a sociedade vê na escola a possibilidade de novas perspectivas. Acreditar que esse é o

tempo e o lugar para retomar e aprofundar o nosso conhecimento, de propor desafios de um mundo com

uma série de possibilidades, de buscar uma sociedade pluralista, democrática e dignificante aos que, com

seu suor, constroem as riquezas deste país.

Assim, para que se possa entender o papel da geografia, é preciso compreender e interpretar a

realidade social, econômica, política, cultural e ambiental do espaço geográfico de forma integrada. Sendo

assim, deve considerar as dimensões geográficas da realidade-econômica, geopolítica, socioambiental,

cultural e demográfica sendo que essa proposta proporcione o aluno, um ser politizador e crítico, assuma

uma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade, com objetivo de encontrar resposta para as questões

nucleadoras que envolvem a vida social e afetiva dele.

Finalizando, o estudo da geografia (estudo das relações homem/meio)traz três razões fundamentais

para que o aluno possa valorizar o estudo dessa disciplina. Primeiro: para conhecer o mundo e obter

informações, que há muito tempo é o motivo principal para estudar geografia. Segundo: podemos acrescer

que a geografia é a ciência que estuda, analisa e tenta explicar (conhecer) o espaço produzido e

reproduzido pelo homem. Ao estudar certos tipos de organização do espaço, procura-se compreender as

causas que deram origem às formas resultantes das relações entre a sociedade e natureza. Para entendê-

las, faz-se necessário compreender como os homens se relacionam entre si. Terceira razão: não é no

conteúdo em si, mas num objetivo maior que dá conta de tudo ou mais, qual seja a formação do cidadão

crítico.

É importante também salientar que a nova proposta para o ensino da Geografia deve ainda

contemplar a Lei 11.645/08 que rege a inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e

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Africana nos currículos escolares, com o objetivo de evadir todo e qualquer tipo de preconceito que possa

existir com relação aos afro-descendentes, uma vez que a cultura brasileira tem suas bases nessa cultura.

Sendo assim, no ensino de Geografia os conteúdos relacionados a essa temática poderão contemplar

principalmente os aspectos regionais envolvidos na produção dos materiais, objetos, instrumentos e outros

temas que digam respeito aos conhecimentos geográficos da história e da cultura afro-brasileira e africana.

Outro aspecto a ser contemplado nessa nova proposta de ensino é a questão indígena, que esteja

envolvido com as transformações e aplicações desta cultura nos seus processos de produção de objetos e

instrumentos, uma vez que todo o povo brasileiro, inclusive o paranaense e o da região deste município tem

algum vínculo com a cultura indígena, mas também na herança biológica da miscigenação.

A educação do campo é mais um ponto importante a ser considerado e respeitado na nova

proposta, pois a escola localiza-se numa região caracteristicamente agrícola. Assim, os processos de

trabalho, de divisão social e territorial, a cultura e a identidade, a interdependência entre campo e a cidade,

a questão agrária e o desenvolvimento sustentável, a organização política, os movimentos sociais e a

cidadania, que necessitam ser analisado, compreendidos e estudados para que essa realidade seja

valorizada, as pessoas reconheçam a sua identidade, possam intervir beneficamente sobre ela, respeitando

a natureza da qual tiram seu sustento, permitam que esses conceitos e valores permaneçam e/ou sejam

aperfeiçoados ao longo das gerações e, principalmente que os aspectos geográficos envolvidos nesses

processos sejam conhecidos e compreendidos.

Uma proposta tão abrangente não pode deixar de lado a problemática da educação inclusiva. É

necessário, então, que a escola preste atenção à individualidade, respeitando esses limites e essas

potencialidades de maneira igualitária. Isso não significa, porém, tratar a todos de maneira homogênea ou

promover a homogeneização, mas contemplar os diferentes ritmos e habilidades dos alunos, favorecendo o

desenvolvimento e a aprendizagem individuais de modo que todos possam se desenvolver. Assim, todos os

alunos precisam ser respeitados na sua individualidade, sejam eles portadores de deficiências físicas,

mentais, psicológicas, ou não, os que são diferentes por seu modo de ser e de se relacionar com os outros,

os com dificuldades de aprendizagem, com condutas típicas, os que apresentam obesidade ou qualquer

enfermidade (crônica ou temporária), entre muitos outros, pois todos são diferentes e é na diferença que a

identidade de cada um deve ser construída, respeitada e reconhecida.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

5ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

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Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.7ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações sócio-espaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

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A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

8ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e geográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

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110

configuração territorial.

A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações sócio-espaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico

As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos aqui propostos,

utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas

espaciais, ou seja, local ao global.

Além disso, faz-se necessário destacar os conteúdos específicos que são abordados a partir do

enfoque de cada Conteúdo Estruturante pelo qual estes estão inter-relacionados, garantindo uma totalidade

de abordagens sem adotar uma linearidade de conteúdos.

Os conteúdos a serem desenvolvidos constituem um conjunto de ações ordenadas, orientadas

para a realização de uma meta. Nesse sentido, a aplicação de diferentes linguagens presentes tem a

intenção de promover a construção das noções fundamentais que encaminham a compreensão do

conhecimento geográfico, é preciso utilizar ainda: leitura e interpretação de textos, leitura e interpretação de

fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aula de campo, construção

e análise de maquetes, entre outros. Sendo assim, são atividades que levam os alunos a aplicar os seus

conhecimentos informais juntamente com os conhecimentos geográficos, que eles possam entender o

espaço geográfico onde os elementos não estejam segregados, mas sim interligados entre si.

Para a construção do conhecimento em sala de aula é importante a contextualização do conteúdo.

Na perspectiva teórica das Diretrizes Curriculares Estaduais, contextualizar o conteúdo é mais do que

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relacioná-lo à realidade vivida do aluno é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas,

sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.

Ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que os alunos tenham noções básicas sobre as

relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas (do local ao global) e condições de aplicar seus

conhecimentos na interpretação e crítica de espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou

não.

Esses conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a ampliar as relações

estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade

de formações conceituais mais amplas. Estudos sobre o espaço geográfico global, bem como os estudos

continentais e regionais, serão realizados a partir de recortes temáticos mais complexos.

O trabalho pedagógico da história e da cultura afro-brasileira e indígena pode ser feito, por

exemplo, por meio de textos, imagens, mapas e maquetes que tragam conhecimentos sobre: a questão

histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira; a questão político-econômica da

distribuição espacial da população afrodescendente e indígena no Brasil e no mundo.

A educação ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente, no

desenvolvimento dos conteúdos de ensino da Geografia. A dimensão socioambiental é um dos conteúdos

estruturantes dessa disciplina e, como tal, deve ser considerada na abordagem de todos os conteúdos

específicos ao longo da educação básica.

A valorização da cidadania, dos direitos humanos, o enfrentamento da violência na escola, o uso

indevido de drogas e a educação fiscal, devem ser abordados no decorrer do cotidiano educativo

relacionados aos conteúdos da Geografia.

As metodologias direcionadas aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, o

uso de materiais adaptados para cada caso e o tratamento para com esses alunos (explicações extras, ser

mais lento no falar e atender individual) são de uma importância muito grande para que estes possam

aproveitar ao máximo seu potencial de desenvolvimento, respeitando o limite desse aluno e valorizando o

que ele sabe fazer.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação está inserida dentro do processo de ensino/aprendizagem e, antes de mais nada,

deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas para avaliar o nível de compreensão dos

conteúdos específicos tratados durante um determinado período.

O processo de avaliação está articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos

geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as

relações de poder, contemplando desde a escala local até a global.

A avaliação formativa e somativa será diagnóstica e continuada, não será excluída a avaliação

formal (por meio de provas), mas existirá outros instrumentos de avaliação que contemplem as várias

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formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e

interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas bibliográficas, relatório de aulas de

campo, construção e análise de maquetes, debates, seminários entre outros, sendo assim diversas

atividades, a avaliação será somatória, a cada atividade será atribuído um valor que somados perfazerão a

média do aluno.

Sendo assim, a avaliação será um processo contínuo de construção e reconstrução, assentado na

interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – professor e aluno.

Dessa forma, os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto Político Pedagógico e

estarem adequados a cada etapa do processo de ensino da geografia, com provas, trabalhos escritos,

seminários, relatórios, entre outros.

No caso de alunos portadores de necessidades especias, a avaliação poderá ser feita conforme

as suas necessidades: ampliação da fonte, de imagem, avaliação oral, LIBRAS.

Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser contemplada, principalmente

quando se trata de avaliação da aquisição dos conhecimentos geográficos em provas ou testes escritos, por

meio da retomada dos conteúdos sob novas abordagens e novas avaliações.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Andressa e BOLIGIAN, Levon. Geografia: espaço e vivência. 1. ed. São Paulo. 2004.

ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CASSETI, V. A natureza e o espaço geográfico. In. MENDONÇA, F. A. e KOZEL, S. (orgs) Elementos de epistemologia da geografia contemporânea. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002.

CASTELLAR, Sonia MAESTRO Valter. Geografia - Ensino Fundamental. 2.ed. São Paulo: Editora eletrônica, 2002.CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999.CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel. 1982.

CIGOLINI, A.; MELLO, L.; LOPES, N. Geografia do Paraná: quadro natural, transformações territoriais e economia. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2001.CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986.

COSTA, Wanderley Messias da. Geografia política e geopolítica: Discurso sobre o Território e o Poder. São Paulo: Editora Hucitec, 2002.

DAMIANI, Amélia Luisa. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de, (Orgs). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002.

Diretrizes Curriculares de Geografia. Governo do Paraná: Secretaria de Estado da Educação. 2008.

KOZEL, S. e FILIZOLA, R. Didática de geografia: memórias da Terra, o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996.

MAAK, R. Geografia física do estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.

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MORAES, A. C. R. de. Pequena história crítica da geografia. São Paulo: Hucitec, 1987.

PASSANI, E. Y. As representações gráficas e sua importância para a formação do cidadão . Revista Geografia e Ensino, Belo Horizonte, v.6, nº1, 1997.

PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez, 1994.

PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: Ed. UFSC, 1989

Projeto Araribá. Editora Moderna. 1. ed. São Paulo. 2006.

RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

________. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.

________. Técnica, espaço, tempo. Globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1996.

________. A natureza do espaço. Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

TUAN, Y. F. Geografia humanística. In: CHRISTOFOLETTI, A. (Org) Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982.

VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.

14.3.9. HISTÓRIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Em busca de um saber preenchido de significados, visando à formação integral do ser humano, a

escola enquanto instituição educacional deve promover o maior número possível de vivências e informações

a fim de auxiliar na formação com capacidade para a compreensão do real significado da sociedade atual,

numa perspectiva de transformação que aponte para o compromisso com o coletivo e com a ordem social

democrática. A sala de aula não é apenas um espaço onde se transmite informações, mas onde uma

relação de interlocutores constroem sentidos. Procurando romper com o ensino tradicional, com o

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desinteresse dos alunos pelo ensino de História, conteúdos deslocados do cotidiano, metodologias que

obrigam os alunos a decorar os conteúdos, aulas enfastiosas, assuntos repetitivos, verdades prontas,

sentiu-se a necessidade de analisar o passado não como algo distante e preso no tempo, mas em perceber

a interação passado-presente, a partir das realizações humanas, situando o aluno na sua realidade vivida,

enquanto ser pensante, em evolução, ativo e norteador do seu próprio destino, na medida em que constrói o

mundo.

Levando em conta a necessidade da presente proposta de encaminhar os alunos no caminho da

produção e da relação critica do ser, possibilitando manejar e produzir conhecimento como atitude

construtiva, no sentido da emancipação do aluno e da sociedade, tendo o cuidado de criar situações de

aprendizagem nos quais se possa compreender o presente em sua organização social estabelecendo

condições necessárias para que os alunos percebam as constantes mudanças sociais, políticas,

econômicas culturais e éticas que permeiam a sociedade nas suas mais diversas conjecturas.

Pretende-se assim resgatar na História – ciência uma nova postura em relação professor-aluno, com

uma reorganização dos conteúdos articulados, críticos que considerem a história de todos os homens, as

suas relações contraditórias e conflituosas instauradas na sociedade contemporânea, necessidades postas

pelo cotidiano exige uma inserção crítica com o presente, levando o professor e aluno a olharem o passado

de forma diferenciada, um passado que questiona, que problematiza a relação dos homens.

Procurando recuperar na prática da sala de aula o prazer pela investigação, pela busca

proporcionando diversas leituras, diferentes olhares, evitando a hierarquização de base geográfica,

valorizando a História Regional sem cair na armadilha de pensá-la autônoma. Privilegiando a Educação do

Campo como prevê a LDB no artigo XXVIII, contribuindo para o desenvolvimento da identidade e

especificidade dessa realidade. Ressaltando também a importância da História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena, devendo perpassar todas as séries desse nível ao longo do ano letivo, incluindo

também a temática da História do Paraná e a Educação Inclusiva, estabelecendo com os alunos uma

perspectiva de permanente busca, investigando, aguçando o interesse pela descoberta, pela procura,

incentivando a criação de textos criativos, desenvolvendo a curiosidade e principalmente a busca pelo

conhecimento.

A História está presente na vida de cada indivíduo, portanto é imprescindível. Isto se dá pelo fato

desta ser viva, dinâmica e atual, pode-se considerar que esteja inerente à vida de cada indivíduo.

Isto evidencia que a História é, antes de tudo, um processo vivo e presente aqui e agora. Não é algo

que está apenas no livro ou no patrimônio intelectual de alguém, mas existe em todos os locais, em todos

os âmbitos, na memória, na ação, reação e no viver de cada pessoa.

Pretende-se, assim, que o conhecimento a ser ensinado deva superar as formas de organização

factuais, lineares e cronológicas, buscando dessa forma que o ensino de História tenha uma função crítica,

inclusive no conhecimento dos usos que se pode fazer do passado e não para lhe conferir um estatuto de

verdade absoluta.

A disciplina de História é um importante instrumento analítico, capaz de ampliar a reflexão dos

alunos sobre a realidade que os cerca e, consequentemente, dotá-los de espírito crítico que o capacitará a

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interpretar essa mesma realidade. Todavia, formação de espírito crítico não significa, necessariamente,

levar alunos a posições ideológicas extremadas, mas capacitá-los a discernir as várias linhas e correntes de

interpretações que se podem dar aos fatos históricos, em seus devidos contextos, e assim, a partir daí, o

aluno fazer suas experiências políticas, culturais, sócio-econômicas.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª SÉRIE – Os Diferentes Sujeitos, Suas Culturas, Suas Histórias

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

ENSINO FUNDAMENTAL – 6ª SÉRIE – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.ENSINO FUNDAMENTAL – 7ª SÉRIE – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

ENSINO FUNDAMENTAL – 8ª SÉRIE – Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e

das Instituições Sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

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ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRelações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Tema 1Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Tema 2Urbanização e industrialização.

Tema 3O Estado e as relações de poder.

Tema 4Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

Tema 5Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e as revoluções.

Tema 6Cultura e religiosidade.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Procurando métodos significativos específicos em História, que favoreçam ao aprendizado de

conteúdos e conhecimentos históricos pelos alunos, tornando-os significativos para os estudantes, como

saber escolar e social, criando situações para que os alunos estabeleçam relações entre o passado e o

presente, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas, os interesses específicos e de grupos e

articulações sociais.

O professor deverá adotar um método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e

buscar, por meio dos documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas às suas indagações. A

partir desse trabalho o professor produzirá uma narrativa histórica, que tem como desafio contemplar a

diversidade das experiências políticas, econômico-sociais e culturais.

A elaboração e sistematização dos conteúdos de História devem levar em consideração as

capacidades diferenciadas de aquisição dos conhecimentos, possibilitando aos alunos a construção da

aprendizagem, buscando relacionar os conteúdos com fatos concretos e palpáveis do dia-a-dia; mostrar

historicamente o processo, desenvolvimento e a aplicação dos conhecimentos da História; enfatizar o

raciocínio e a reflexão; trazer os valores do conhecimento da família, os costumes, crenças para análise em

grupo valorizando-os historicamente;

Propõem-se as seguintes situações metodológicas:

Pesquisa e análise através de notícias e reportagens contidas em jornais e revistas e internet;

Teatros – será trabalhado em primeiro lugar com a explanação do conteúdo, o aluno fará sua

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própria pesquisa sobre o assunto e a produção do texto para a criação do teatro, caracterização dos

personagens, tempo e espaço, podendo haver a participação de professores de outras disciplinas tais

como: Educação Artística, Português, Geografia e Ciências;

Histórias em quadrinhos – baseando-se nos temaS aplicados em sala de aula, o aluno produzirá

uma história criativa, cômica, desvinculada da metodologia tradicional do livro didático, trazendo para

uma leitura do dia-a-dia do aluno tornando o assunto mais agradável e de fácil compreensão para os

próprios, podendo fazer uso do computador;

Vídeos e DVDs – trabalhando os temas relacionados aos conteúdos poderá optar-se por história em

quadrinho, teatro e produção de textos, excursões às indústrias, etc;

Filmadora – Filmagens de entrevistas, teatros, visitas a indústrias, passeios, etc;

Músicas e Paródias – serão trabalhados com temas atuais como fome, drogas, violência, turismo,

pois as músicas serão a representação da nossa realidade, as músicas poderão também ser

transformadas em paródias;

Trabalho com documentação histórica (mapas, fotos, pinturas e objetos) - o trabalho será

desenvolvido através de excursões a locais históricos e de interesses geográficos, exposições de fotos,

objetos, pinturas, com o uso de softwares, internet e cd rom.

Trabalhos orais e escritos;

Pesquisas bibliográficas – serão efetuadas nas atividades como teatro, história em quadrinhos,

paródias;

Aulas expositivas, debates, discussões;

Apresentação de textos básicos, com informações essenciais a cada assunto;

Produção de murais;

Livros didáticos – será utilizado como ponto de apoio para o aluno, mas não como forma única de

conhecimento do conteúdo;

Atividades realizadas no caderno do aluno;

Exploração de softwares, site ou cd-room;

Assim, a compreensão da evolução histórica do homem, possibilitará ao aluno a certeza do seu

papel social na mudança da realidade, em virtude do conhecimento acumulado historicamente e da

oportunidade de se fazer História, pois ele é o agente dessa mesma história.

O ensino de História tem a necessidade de uma reflexão sobre a prática pedagógica para um

ensino eficaz, atraente, curioso e capaz de instrumentalizar para a compreensão das profundas

transformações recentes, sem esquecer que o mundo atual é o resultado de um longo e contraditório

processo histórico. Partindo dessa perspectiva, faz-se necessário trabalhar os conteúdos, sempre que

possível, estabelecendo relações com o cotidiano do aluno.

O ensino da cultura afro-brasileira, conforme a Lei N.º 10639/03, será incluído no contexto dos

estudos e atividades realizadas em sala de aula, com as contribuições histórico-culturais dos povos afro-

descendentes. Para tanto, serão trabalhados os conteúdos com atividades como:

História dos Quilombos: a começar pelo de Palmares e de remanescentes de quilombos.

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Divulgação e estudo da participação dos africanos e seus descendentes em episódios da história

do Brasil na construção econômica, social e cultural da nação.

Atividades com teatros sobre a história do povo africano, como, por exemplo, a história das

religiões afro-brasileiras e suas divindades.

História em quadrinhos com as lendas africanas.

Registro da história oral da cultura afro-brasileira relatada pelos remanescentes de quilombos,

comunidades e territórios negros, urbanos e rurais.

Confecção de cadernos de receitas com as contribuições da culinária afro-brasileira.

Seleção de textos, ilustrações e recortes de jornais, revistas e demais informações sobre a cultura

afro.

O ensino da história e cultura indígena, conforme a Lei N.º 11645/08, será incluído no contexto dos

estudos e atividades realizadas em sala de aula, com as contribuições histórico-culturais dos povos

indígenas. Para tanto, serão desenvolvidas atividades, considerando a diversidade cultural no processo

ensino-aprendizagem, dando um tratamento aos valores, saberes e conhecimentos dos povos tradicionais,

neste caso o indígena.

Assim, serão desenvolvidas atividades que terão como objetivo o fortalecimento da cultura indígena

em sala de aula por meio de:

Pesquisas sobre o uso de ervas medicinais pelos indígenas.

Visitas a reservas indígenas para que haja uma interação entre os alunos e a cultura

indígena.

Entrevistas com os indígenas sobre sua língua, hábitos alimentares, artesanato.

Estabelecimento de relações diretas entre os conhecimentos empíricos dos alunos e os

conhecimentos teóricos mediados pelo professor.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e tecnológicos

a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos, para que

sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de

drogas, Enfrentamento à Violência nas escolas e Relações étnico- raciais, além de promover uma educação

Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.

Serão também observadas as necessidades especiais que os alunos possam portar e a melhor

forma de suprir suas limitações.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é uma pratica inerente a todo ser humano, na educação isso não é diferente. Partindo

deste pressuposto, ela será permanente, contínua a cada aula trabalhada através da participação e do

comprometimento do aluno nas atividades propostas, verificando se ele estabelece relações entre os

conteúdos e seu cotidiano, bem como a realidade de outros seres humanos, reelaborando seu

conhecimento histórico e produzindo seu conhecimento através dos trabalhos propostos.

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No decorrer de cada bimestre a avaliação será contínua, diagnóstica, processual e somativa, ou

seja, o aluno será avaliado continuamente.

Entre os critérios de avaliação, estabelecem-se os seguintes:

• Estabelecimento de limites históricos, como períodos, sequência de datas, sequência de objetos e

imagens e relacionamento de acontecimentos com uma cronologia;

• Compreensão das fontes históricas e criticidade na análise de documentos para a explicação do

passado.

• Distinção de fontes primárias e secundárias.

• Interpretação correta de textos históricos, com entendimento de conteúdos e conceitos históricos.

• Estabelecimento de comparação simples entre passado e presente, com referência a uma

diversidade de períodos, culturas e contextos sócio-históricos.

• Estabelecimento de relações diretas entre conhecimentos empíricos e conhecimentos teóricos.

• Entendimento das diferentes temporalidades.

• Compreensão e interpretação das diversas visões sobre o tema trabalhado.

• Valorização da história das civilizações como instrumento de equacionar questões do presente.

• Compreensão da diversidade cultural e pluralidade étnica, bem como os bens culturais do

patrimônio histórico.

Os instrumentos de avaliação serão variados, tais como:

• Trabalhos em grupo, envolvendo os temas dos conteúdos;

• Trabalhos individuais

• Avaliações escritas, objetivas e discursivas;

• Resumo;

• Avaliação oral;

• Pesquisas bibliográficas ou de campo;

• Apresentação de paródias, música e poesia;

• Confecção de histórias em quadrinhos;

• Seminários;

• Debates;

• Análise de imagens, fotografias e filmes.

Os trabalhos e demais formas de avaliação terão pequenos valores, os quais, somados com o valor

das avaliações escritas perfarão a nota 10.0.

Ao concluir-se cada conteúdo, será realizada uma avaliação e aos alunos que demonstrem não tê-lo

assimilado, será retomado o conteúdo até que apreendam o mesmo.

É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve contemplar os alunos com

necessidades educativas especiais, com instrumentos e formas de avaliação diferenciados, respeitando

sempre as limitações e as características dos alunos nos casos específicos.

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Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser contemplada, principalmente

quando se trata da avaliação da aquisição de conhecimentos em provas ou testes escritos, por meio da

retomada dos conteúdos sob novas abordagens e novas avaliações.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

Apostilas, a escravidão na América. O tráfico negreiro e a escravização de populações africanas e indígenas – Roberto Castelli Júnior.

Apostila, história e cultura afro-brasileira e africana.

ANTUNES, Araci. Desenvolvimento das Relações de Tempo e Espaço na Criança. Secretaria Municipal de Educação, Rio de Janeiro, 1983.

ARRUDA, José Jobson de A. Toda a história. Editora Ática, São Paulo: 1997.

BALDIN, Neuman. A História de Dentro e Fora da Escola. UFSC. Florianópolis. 1989.

Cadernos Temáticos. História e cultura afro-brasileira e africana. SEED, Curitiba 2005.

DEL PRIORI, Mary; VENANCIO, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África. Atlântica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Diretrizes Curriculares de História, 2008.

FEIL, Isabela Teresinha Saubem. Proposta Metodológica para as séries do Ensino de 1º Grau. Vozes. Rio Grande do Sul. 1989.

FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. Editora Ática, São Paulo: 1995.

FERREIRA, José Roberto Martins.História. FDT. São Paulo. 1997.

FREYRE,Gilberto. Casa Grande e senzala. 47. ed. [s.i]: Editora Global; 2003

HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS. Presença Negra. São Paulo; Duetto, nº 3.2006-08-07.

MAESTRI, Mário. O escravismo antigo. Editora Atual, Campinas São Paulo: 1985.

NIDELCOFF, Maria Tereza. A Escola e a Compreensão da realidade. 17. ed. Brasiliense. São Paulo. 1979.

NUNES, Carlos Alberto. Metodologia de Ensino de geografia e História. Ed. Lê. Ibirité. 1997.

ORDOÑEZ, Marlene; QUEVEDO, Julio. Apostila IBEP – História Geral, volume único. Editora Aficiada.

PAZZINATO, Alceu Luiz; SENISE, Maria Helena Valente. História moderna e contemporânea. Editora Ática, São Paulo: 1993.

PARANÁ- Lei 13.381. de 18 de dezembro de 2001. Diário Oficial do Paraná nº 6.134 de 18 de dezembro de 2001.

SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. Editora Nova Geração, 1999.

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14.3.10. LÍNGUA PORTUGUESA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Como não há uma única concepção de linguagem, também haverá diferentes formas para o ensino

de Língua Portuguesa.

As concepções mais tradicionais tendem a reduzir a linguagem ora a um conjunto de regras (a uma

gramática); ora a um monumento (a um conjunto de expressões corretas); ora a um mero instrumento de

comunicação e expressão (a uma ferramenta bem acabada que os falantes usam em certas circunstâncias).

Historicamente, o processo de ensino da Língua Portuguesa no Brasil, iniciou-se com a educação

jesuítica. Pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualística, que a linguagem se constituía no

interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.

Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o acesso à educação letrada

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era determinante na estrutura social, fazendo com que os colégios fossem destinados aos filhos da elite

colonial.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português era a língua da

burocracia. Em 1758, um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do

Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.

A partir de 1808, com a vinda da família real para o Brasil, foram instaladas as primeiras instituições

de ensino superior no país, privilegiando as camadas superiores da sociedade brasileira.

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar

os currículos escolares brasileiros. O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871.

O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até meados do século XX,

quando se iniciou no Brasil, a partir da década de 1960, um processo de expansão do ensino primário

público.

A Lei N.º 5692/71 abordou uma pedagogia tecnicista, sendo que o ensino deveria ser voltado à

qualificação para o trabalho.

No vigor da Ditadura Militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o

espírito crítico e criador do aluno.

Mais tarde, nos anos oitenta, a consolidação da abertura política fortaleceu a pedagogia histórico-

crítica, uma vertente progressista.

No final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) fundamentaram a

concepção interacionista.

Neste momento histórico, as Diretrizes Curriculares estaduais de Língua Portuguesa requerem a

inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multi-

letramentos. Dessa forma, será possível a inserção na sociedade de todos os que frequentam a escola

pública.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas

sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:

- empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e

interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um

posicionamento diante deles;

- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que

considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;

- analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus

conhecimentos linguístico-discursivos;

- aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

- aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de

expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a

linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

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Nossa concepção, à luz das Diretrizes Curriculares Estaduais, recusa olhares que alienam a

linguagem de sua realidade social concreta. Nós a concebemos como um conjunto aberto e múltiplo de

práticas sócio interacionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados.

Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente

no contexto das relações sociais: ela é elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui

continuamente.

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos e como realidades

psíquicas em meio a essa intrigada rede de relações sócio-verbais e pela interiorização da própria dinâmica

da interação sócio-verbal.

Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de relações

sócio-verbais. De forma alguma, podemos ser compreendidos como meros aplicadores de regras de um

sistema gramatical; ou como meros reprodutores de um certo monumento linguístico cristalizado; ou, ainda,

como meros usuários de um instrumento externo a nós.

Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a oportunidade de

amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola,

obviamente, nunca parte do zero: os alunos têm uma experiência acumulada de práticas de fala e de

escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade, tornando-se

mais maduro e mais amplo.

Na saída do Ensino Médio, é fundamental que nossos alunos tenham adquirido efetiva autonomia

nas práticas de linguagem que devem ser de domínio comum de todos os cidadãos e cidadãs.

O ensino da língua materna na escola deve garantir a todos os estudantes o domínio daquelas

práticas sócio-verbais indispensáveis à cidadania e que vão além dos limites das vivências cotidianas

informais.

Trata-se tanto do domínio amplo da leitura, da escrita e da fala e as situações formais, quanto do

desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas suas dimensões sociais,

históricas e estruturais.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

O estudo da língua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase.

Busca-se na análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua), e

os elementos extraverbais (as condições e situação de produção) atuam na construção de sentido do texto.

Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão linguístico-discursiva, o mais

importante é cria oportunidades para o aluno refletir, construir considerar hipóteses a partir da leitura e da

escrita de diferentes textos, instância em que pode chegar à compreensão de como a língua funciona e À

decorrente competência textual. O ensino da nomenclatura gramatical de definições ou regras a serem

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construídas, com a mediação do professor, deve ocorrer somente após o aluno ter realizado a experiência

de interação com o texto.

Ressalta-se que os conhecimentos prévios e o grau de desenvolvimento cognitivo e linguístico dos

alunos precisam ser considerados pelo professor na seleção/escolha dos conteúdos específicos a serem

trabalhados em sala de aula.

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS- Cotidiana: adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal, exposição oral, músicas, parlendas, trava-língua, piadas, provérbios, quadrinhas, receitas.- Literária/artística: escultura, fábulas, haicai, narrativas míticas, lendas, histórias em quadrinhos, paródias, poemas, tankas, romances, contos de fadas, contos de fadas contemporâneos, narrativas fantásticas, biografias, autobiografias.- Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestra, pesquisas, resumo, verbetes de enciclopédias.- Imprensa: caricatura, cartum, charge, classificados, tiras.- Publicitária:anúncio, caricatura, cartazes, músicas, paródias.- Política: abaixo-assinado.- Jurídica: boletim de ocorrência, constituição brasileira, declaração de direitos.- Produção e consumo: bulas.- Midiática: blog, chat, desenho animado, filmes.LEITURA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Léxico;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Argumentatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Divisão do texto em parágrafos;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;- Processo de formação de palavras;- Acentuação gráfica;- Ortografia;- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE- Tema do texto;- Finalidade;- Argumentatividade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;- Adequação do discurso ao gênero;

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- Turnos de fala;- Variações linguísticas;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS- Cotidiana: carta pessoal, cartão, cartão postal, causos, bilhetes, convites, diário, exposição oral, músicas, fotos.- Literária/artística: história em quadrinhos, paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, narrativas de aventura, narrativas de ficção científica, narrativas de enigma, literatura de cordel, textos dramáticos, biografias, autobiografias.- Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestra, pesquisas, resumo, verbetes de enciclopédias, debate regrado.- Imprensa: caricatura, cartum, charge, tiras, horóscopo, infográfico, manchete, carta ao leitor, sinopse de filmes.- Publicitária: cartazes, músicas, paródia, e-mail, folder, fotos, placas.- Política: carta de reclamação, carta de solicitação.- Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, contrato.- Produção e consumo: manual técnico, placas, regras de jogo.- Midiática: e-mail, entrevistas, filmes.

LEITURA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Aceitabilidade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Informações explícitas e implícitas;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Repetição proposital de palavras;- Léxico;- Ambiguidade;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA- Tema do texto;- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Informatividade;- Discurso direto e indireto;- Elementos composicionais do gênero;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;- Processo de formação de palavras;- Acentuação gráfica;- Ortografia;- Concordância verbal/nominal.

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ORALIDADE- Tema do texto;- Finalidade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;- Semântica.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS- Cotidiana: carta pessoal, convites, exposição oral, músicas, comunicado, relatos de experiências vividas, causos.- Literária/artística: história em quadrinhos, paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, textos dramáticos, narrativas de humor, narrativas de terror, memórias, narrativas fantásticas, narrativas míticas.- Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestra, pesquisas, resumos, verbetes de enciclopédias, debate regrado, relato histórico, relatório, resenha, seminário, texto argumentativo de opinião.- Imprensa: cartum, charge, tiras, horóscopo, sinopse de filmes, mapas, reportagens, crônica jornalística, entrevista (oral e escrita), resenha crítica, carta ao leitor, editorial.Publicitária: cartazes, músicas, paródia, comercial para TV, slogan, publicidade comercial.- Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, depoimentos, discurso de acusação, discurso de defesa, estatutos.- produção e consumo: prospecto turístico, outdoor.- Midiática: fotoblog, home page, reality show, talk show.

LEITURA- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;- expressões que denotam ironia e humor no texto.

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ESCRITA- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Concordância verbal e nominal;- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;- Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- sentido conotativo e denotativo;- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE- Finalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS- Cotidiana: carta pessoal, convites, exposição oral, músicas, curriculum vitae.- Literária/artística: paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, textos dramáticos, narrativas fantásticas.- Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestras, pesquisas, resumos, verbetes de enciclopédias, debate regrado, relatos de experiências científicas, resenha, seminário, texto argumentativo de opinião, júri simulado.Imprensa: cartum, charge, tiras, sinopses de filmes, crônicas jornalísticas, entrevista (oral e escrita), resenha crítica, agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, mesa redonda, notícia, editorial.- Publicitária: cartazes, música, paródia, publicidade institucional, publicidade oficial, texto político.- Política: fórum, manifesto, mesa redonda, panfleto, discurso político “de palanque”.Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, leis, ofício, procuração, regimentos, regulamentos, requerimentos.- Produção e consumo: rótulos, embalagens.- Midiática: telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, vídeo conferência.

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LEITURA- Interlocutor;- Finalidade Intencionalidade do texto;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Temporalidade;- Discurso ideológico presente no texto;;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Semântica:- operadores argumentativos;- polissemia;- sentido conotativo e denotativo;- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA- Interlocutor;- Intencionalidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Temporalidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;- Sintaxe de concordância;- Sintaxe de regência;- Processo de formação de palavras;- Vícios de linguagem;- Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores;- polissemia.

ORALIDADE- Finalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;- Semântica;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

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LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS- Cotidiana: carta pessoal, convites, exposição oral, músicas, curriculum vitae.- Literária/artística: paródias, poemas, romances, contos, crônicas de ficção, letras de músicas, textos dramáticos, narrativas fantásticas.- Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, mapas, palestras, pesquisas, resumos, verbetes de enciclopédias, debate regrado, relatos de experiências científicas, resenha, seminário, texto argumentativo de opinião, júri simulado.Imprensa: cartum, charge, tiras, sinopses de filmes, crônicas jornalísticas, entrevista (oral e escrita), resenha crítica, agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, mesa redonda, notícia, editorial.- Publicitária: cartazes, música, paródia, publicidade institucional, publicidade oficial, texto político.- Política: fórum, manifesto, mesa redonda, panfleto, discurso político “de palanque”.Jurídica: constituição brasileira, declaração de direitos, leis, ofício, procuração, regimentos, regulamentos, requerimentos.- Produção e consumo: rótulos, embalagens.- Midiática: telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, vídeo conferência.

LEITURA- Interlocutor;- Finalidade do texto ;- Intencionalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Temporalidade;- Vozes sociais presentes no texto;- Discurso ideológico presente no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Contexto de produção da obra literária;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;- Progressão referencial;- Partículas conectivas do texto;- Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;- Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores;- figuras de linguagem;- sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA- Interlocutor;- Finalidade do texto;- Intencionalidade;- Informatividade;- Situacionalidade;- Intertextualidade;- Temporalidade;- Referência textual;- Vozes sociais presentes no texto;- Ideologia presente no texto;- Elementos composicionais do gênero;- Progressão referencial;- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;- Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores;

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- figuras de linguagem;- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;- Vícios de linguagem;- Sintaxe de concordância;- Sintaxe de regência.

ORALIDADE- Finalidade;- Intencionalidade;- Aceitabilidade do texto;- Informatividade;- Papel do locutor e interlocutor;- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;- Adequação do discurso ao gênero;- Turnos de fala;- Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;- Elementos semânticos;- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Acreditamos que a concepção de linguagem e os procedimentos metodológicos não são realidades

isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona nossa metodologia.

No trabalho com a língua portuguesa não se podem ignorar as diversas concepções de linguagem,

e há muitas, desde as mais tradicionais, que a reduzem a um mero conjunto de regras, até as que a

transformam em monumento e, na maioria desses casos, dificultam o trabalho com ela. Porém, há aquelas

que a consideram indissociável do sujeito porque o constitui ao mesmo tempo em que é constituída por ele,

só existindo, assim, no intrincado contexto das relações sociais.

Desse modo, cremos que ensinar a língua materna é permitir, oferecer aos alunos todas as

oportunidades de amadurecer, aumentar, ampliar o domínio que estes já têm das práticas da linguagem,

levando-se em conta o seu conhecimento acumulado como usuário da língua falada e da língua escrita.

Assim, esta visão da linguagem implica em uma metodologia diversificada, dinâmica, que possibilite

trabalhos individuais, em duplas, em pequenos grupos, com toda a turma, além, é claro, das atividades de

exposição do professor, visita, pesquisas bibliográficas e de campo, elaboração e aplicação de palestras

sobre temas de interesse dos alunos, para proporcionar ao aluno, no final da Educação Básica, o real

domínio da leitura e da escrita de diferentes tipos de textos e da fala em diferentes contextos, tornando-os

sujeitos da sua própria história.

Deste modo os alunos serão submetidos a trabalhos que os levem a expressarem-se de maneiras

particulares, valorizando o conteúdo (letramento) e conhecimento que eles têm da língua materna.

Trabalhos como: encenação de textos; obras literárias; contos; debates enfocando temas polêmicos, dando

oportunidade à livre expressão de ideias. Participação em eventos da escola como Feira das Ciências,

Confecção do Jornal da escola, Semana da Cultura e outra atividades desenvolvidas pela escola. Promoção

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de trabalhos de pesquisas bibliográficas e de campo procurando a interação com a comunidade local que é

a geradora de mecanismos que levam o homem a desenvolver sua capacidade linguística, entre outras que

o professor julgue mais adequada ao efetivo domínio da língua. ( Pécora, Alcir ).

3.1. Leitura:

Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos de textos oriundos das mais

variadas práticas sociais, em especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade.

Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor crítico, o que significa, entre outros

aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada um desses textos

há um sujeito, com uma certa experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma

intenção.

Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao texto, dar-lhe uma

resposta, concordando com ele, ou dele discordando; rindo dele, emocionando-se com ele, aplaudindo-o,

refutando-o, assimilando-o, fazendo-lhe a paródia e assim por diante.

Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados como termos restritos à

linguagem escrita. Estamos entendendo ler em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica e

responsiva de textos escritos ou falados.

E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de manifestações (texto) em

outras linguagens, combinadas ou não com a linguagem verbal.

Essa extensão nos ajuda a compreender de forma integrada à linguagem verbal, as demais

linguagens (as artes visuais, a música, o cinema a fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os

quadrinhos, a infografia), percebendo seu chão comum (são todas atividades sócio-interacionais entre

sujeito históricos) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos; seus diferentes modos de

composição e geração de significados).

Ao mesmo tempo, aquela extensão nos permite propor, para leitura das outras linguagens, as

mesmas ações que previmos para leitura dos enunciados falados ou escritos: a leitura crítica e responsiva.

Obviamente, cabe à disciplina de Língua Portuguesa se concentrar nas atividades de leitura dos

textos em linguagem verbal. No entanto, não pode deixar de oferecer aos/as estudantes uma experiência de

leitura de outras linguagens, considerado, de um lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro

que a sociedade contemporânea ampliou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo

uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos e cidadãs.

Quanto à leitura dos textos em linguagem verbal, é importante dizer também que, em língua

Portuguesa, jamais podemos descuidar da relação dos/das alunos/as com texto literário. Essa é, sem

dúvida, uma das mais significativas experiências de leitura que a escola pode e deve oferecer, abrindo os

horizontes dos/das nossos/as alunos/as para a riqueza do modo estético de representar o mundo e de

trabalhar a linguagem.

Além de merecerem uma abordagem que dê destaque às suas especificidades, os textos literários

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abrem um fértil espaço para um trabalho integrado com textos verbais oriundos de outras esferas da

atividade humana, por exemplo, do jornalismo ou divulgação científica, criando uma rede para múltiplas

leituras do mundo e para a compreensão e apreensão do potencial expressivo da linguagem.

Os textos literários permitem também um trabalho integrado com outras linguagens (artes plásticas,

músicas, cinema), criando condições para percepção do fazer artístico em geral, seja de suas

especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais, por isso, procura-se trabalhar, explorando todas

essas possibilidades.

3.2. Escrita:

Quanto à escrita cabe, em primeiro lugar, reiterar que o ato de escrever deve ser visto como uma

atividade sócio-interacional. Ou, ditos de outra forma, escrevem para ler. Isso implica reconhecer que o

interlocutor é um dos condicionantes do nosso texto. Em consequência, a escrita cobra de nós uma ação de

contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias de sua produção.

Por isso, quando propomos atividades de escrita buscamos sempre contextualizá-las e, ao mesmo

tempo, insistimos para que o aluno mostre seu texto para os colegas. É uma das formas que temos para

contornar um certo artificialismo inerente à prática escolar de escrita transformando-a numa atividade

efetivamente geradora de sentidos.

Claro, há também outras formas como a divulgação dos textos no jornal da escola, em murais da

classe, em livros artesanais e coletivamente produzidos ou ainda, no jornal do bairro ou da cidade. De

qualquer modo o olhar do colega será um fator fundamental para o aluno aprender a incorporar ativamente

a figura do interlocutor no seu processo de escrita.

Acrescente-se a isso outra importante atividade: a apreciação coletiva de textos sob a orientação

do/a professor/a. Outra vez, essa atividade permite que o aluno perceba o texto como um leitor e aprenda a

fazer o que todos os que escrevem com autonomia fazem, isto é, monitorar sua própria escrita, sendo, ao

mesmo tempo, autor e leitor.

Todas essas balizas devem estimular cada aluno a perceber a relevância da prática da refeitura de

seus textos. Embora o refazer inerente ao ato de escrever (nenhum texto sai pronto da primeira vez, basta

ver testemunho dos grandes escritores), o aluno precisa vivenciá-lo numa prática significativa de escrita.

Por isso, é importante que crie um ambiente de “oficina” para práticas de escrita, isto é, a escrita

não deve jamais ser encarada como uma tarefa burocrática, mas como uma atividade em que a turma se

sinta coletivamente envolvida com a preparação, apreciação e refacção dos textos.

Em todo esse processo, os alunos deverão ir percebendo, aos poucos, quanto a prática significativa

da escrita (isto é, a escrita como atividade sócio-interacional ) é desafiadora e cativante: envolve, entre

outras ações, adequar-se ao gênero, como planejar o texto, organizar sua sequência, articular suas partes,

selecionar a variedade linguística (mais ou menos formal), dialogar com discursos que circulam socialmente.

Alem, é claro, de transitar pelos imensos recursos expressivos acumulados ao longo do incessante fazer

histórico com linguagem, realizando aí escolhas em vista das intenções, dos interlocutores e da construção

de um mundo personalizando de dizer (isto é, da construção de seu estilo) como parte do próprio processo

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de desenvolvimento da identidade.

Entendemos que os/as alunos/as, ao fim do Ensino Médio, precisam dominar aquelas práticas de

escrita que são indispensáveis para a vida cidadã: a escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita

de apoio cognitivo (resumos e esquemas), mas sem deixar de vivenciar, evidentemente, a escrita literária

(narrativa ou poética).

3.3. Oralidade:

A escola não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito positivo que seu desenvolvimento tem

sobre o conjunto das práticas de linguagem, seja pela relevância que o falar em situações formais tem para

a vida cidadã, mas, é claro, não precisamos ensinar as práticas aprendidas no nosso cotidiano (a conversa

informal e corriqueira). A escola deve oportunizar aos alunos condições para amadurecer o falar com

segurança, com fluência em situações formais, seja em atividades de transmissão de informações ou em

debates.

Com relação à Educação do Campo e à Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os Desafios

Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Relações Étnico-raciais, Sexualidade, Prevenção ao

uso indevido de drogas e Enfrentamento à Violência). Os temas serão abordados através de textos,

discussões, músicas, filmes, palestras, apresentações artísticas, pesquisas individuais, em grupo ou em

conjunto com outras disciplinas.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação – seus critérios e procedimentos – decorrem, evidentemente, da concepção de

linguagem e suas consequências metodológicas. Em outras palavras, entendemos que a avaliação não

pode ser pensada e realizada sem vinculação intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e

como definimos os objetivos e a metodologia.

A avaliação pressupõe, então, uma clara articulação entre objetivos, práticas metodológicas e

instrumentos, articulação que deve estar clara não só para o/a professor/a, mas também para o conjunto da

turma.

Por fim, não podemos nos esquecer de que as atividades de avaliação nunca se esgotam em si

mesmas: elas não servem apenas para cumprir calendário e para dar nota. Elas têm de ser vistas como

uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o

desenvolvimento dos (as) alunos (as), mas principalmente para verificar o rendimento das práticas

pedagógicas. Nesse sentido, a avaliação deve subsidiar o/ a professor/a para eventuais ajustes na

programação e no (re) encaminhamento pedagógico de certo tema ou certa prática.

Considerando que as atividades de avaliação nunca se esgotam por si mesmas já que não servem

apenas para cumprir obrigações de calendário e atribuir nota, mas, principalmente, abrem espaço para uma

reflexão sobre o processo de ensino, seus resultados e o rendimento (ou não) das práticas pedagógicas e,

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por isso mesmo, não pode ser dispensada, ela será feita de maneira contínua, cumulativa levando-se em

consideração os critérios propostos pelas Diretrizes Curriculares Estaduais, por meio da leitura de

diferentes gêneros discursivos e questões de compreensão dos mesmos, fazendo uso de questões

objetivas e/ou abertas, discussões, debates e outras atividades que permitam avaliar as estratégias que os

alunos empregam no decorrer da leitura; atividades de escrita de diferentes gêneros; quanto à oralidade,

esta será avaliada por meio da participação em eventos que exijam a expressão oral como diálogos, relatos,

dramatização, seminários, paródias, declamações entre outras atividades. No caso específico dos

conteúdos gramaticais, poderão ser avaliados por meio de exercícios de observação e reconhecimento dos

fenômenos linguísticos em textos orais e escritos. Atribuir-se-á um valor a cada atividade que, somados,

resultarão na média do aluno (0 a 10). A recuperação dos conteúdos será feita sempre que o professor

julgar necessário, por meio de novas atividades, re-explicações e isso será feito diariamente até detectar

que houve aprendizagem. Quando o aluno não atingir os objetivos será feita a recuperação paralela do

conteúdo e, consequentemente, da nota. À medida que o aluno demonstrar dificuldade em determinado

conteúdo, procurar-se-á retomá-lo, usando estratégias que facilitem a compreensão de conteúdos

estudados.

Entre os critérios de avaliação, enumeram-se:

5ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL:

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a idéia principal do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com clareza;

• Elabore/re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de

produção ropostas (gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,

substantivo, etc.

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135

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade;

•Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

• Respeite os turnos de fala.

6ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas idéias com clareza;

• Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome,

substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente suas idéias com clareza;

• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

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136

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência de sua fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

- Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

7ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a idéia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e

enotativo;

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas idéias com clareza;

• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à

ontinuidade temática;

• Diferencie o contexto e uso da linguagem formal e informal;

• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome,

substantivo, adjetivo, advérbio, etc;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como

os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

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137

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições

orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,

reportagem, entre outros.

8ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade

temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,etc;

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138

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo,

advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de

causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda argumentos no discurso do outro;

• Exponha objetivamente argumentos;

• Organize a sequência da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;

• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre

outros elementos extralinguísticos;

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem

entre outros.

ENSINO MÉDIO

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não verbais;

• Localize informações explícitas e implícitas no texto;

• Produza inferências a partir de pistas textuais;

• Posicione-se argumentativamente;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique a idéia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça

relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

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139

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome,

substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

• Apresente ideias com clareza;

• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• Compreenda os argumentos do discurso do outro;

• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;

• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos,

discussões, etc.;

• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve contemplar os alunos com

necessidades educativas especiais, com instrumentos e formas de avaliação diferenciados, respeitando

sempre as limitações e as características dos alunos nos casos específicos.

Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser contemplada, principalmente

quando se trata da avaliação da aquisição de conhecimentos por meio da retomada dos conteúdos sob

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novas abordagens e novas avaliações.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. Ed. Base, 1ª edição. Curitiba, 2005, vol. 1, 2, 3.

INFANTE Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. Scpione, São Paulo, 1998.

MAZZAROTTO, Luiz Fernando. Manual da Gramática – Guia Prático da Língua Portuguesa. Difusão Cultural do Livro. São Paulo, 2005.

MAZZAROTTO, Luiz Fernando et ali. Manual de Redação – Guia Prático de Língua Portuguesa. DCL, São Paulo, 2005.

MARTINS, Patrícia e Leno, Teresinha de Oliveira. Manual de Literatura. DCL, São Paulo, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação .Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, Secretaria de Estado da Educação, 2008.

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14.3.11. L.E.M. INGLÊS

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Antes do século XIX, o inglês era apenas mais uma dentre as línguas europeias. Com a expansão

do império britânico, e mais tarde, com a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos

Estados Unidos, que emergiu durante a Segunda Guerra Mundial, a língua portuguesa tornou-se bastante

influenciada pela língua inglesa.

Conhecer a língua inglesa passou a ser um anseio e uma necessidade, que o ensino dessa língua

ganhou espaço obrigatório nos currículos escolares.

A internert, o cinema, os jogos, as atividades profissionais, científicas, artísticas e acadêmicas do

mundo moderno mostram o poder que tal língua exerce. Há uma estimativa de que existem 300 milhões de

falantes nativos e que este número de pessoas usam o inglês como segunda língua e ainda 100 milhões

usam-na como língua estrangeira. É a língua da ciência, aviação, computação, diplomacia e turismo. Está

listada como oficial ou co-oficial em aproximadamente 45 países. Dois terços da produção científica, no

mundo é escrita em inglês.

Entretanto, o ensino-aprendizagem de LEM-Inglês, ultrapassa as questões instrumentais e se

centra na educação. O aluno precisa aprender a construir significados, elaborar procedimentos

interpretativos e construir sentidos do mundo e no mundo, reconhecer no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos, independente do grau de proficiência.

A língua inglesa, nesta proposta, apresenta-se como um espaço para o engajamento discursivo.

“Toda enunciação envolve a presença de duas vozes, a voz do eu e a voz do outro.” (Bakthin-1988). No

contato com o outro haverá uma constituição social: constroem-se significados e não apenas os transmitem.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

O conteúdo estruturante Discurso como prática social trata a língua por meio da oralidade e da

escrita.

Levando em conta a seleção de textos como engajamento discursivo e não pela prática de

estruturas linguísticas, os conteúdos básicos contemplam diversos gêneros discursivos e diferentes graus

de complexidade da estrutura linguística.

Considera-se o perfil do aluno e de cada turma, as condições de trabalho existentes na escola, o

Projeto Político Pedagógico e a articulação com as outras disciplinas.

Dentre os conteúdos básicos desta disciplina abordam-se também outros conteúdos significativos

como a História e Cultura Afro-brasileira e Africana; a Inclusão; a Educação no Campo e os Desafios

Educacionais Contemporâneos (Educação Fiscal, Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao Uso

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Indevido de Drogas e Enfrentamento à Violência na Escola). Filmes, biografias, charges, propagandas e

outros gêneros podem demonstrar a relevância destes temas no ensino da Língua Inglesa.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O texto verbal e não verbal é o ponto de partida para o trabalho em sala de aula, considerando o

conhecimento prévio que o aluno tem e conduzido-o a construir sua própria leitura de mundo.

Atividades serão apresentadas num processo de descoberta por meio de textos correspondentes ao

cotidiano do aluno, respeitando as diversidades culturais, étnicas, de crenças e valores.

Assuntos relevantes na mídia nacional e internacional e o uso do Livro Didático de Língua

Estrangeira do Ensino Médio, como também os demais recursos tecnológicos disponíveis na escola fazem

parte desta metodologia para facilitar a aprendizagem do aluno.

4 - AVALIAÇÃO

Na visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, uma vez

que é o construtor do seu conhecimento. É fundamental haver coerência entre ensino e avaliação, partes

inseparáveis do mesmo processo. A avaliação é, também, um instrumento para orientar a ação pedagógica

e detectar a melhoria do ensino.

Na disciplina de LEM pretende-se que os alunos compreendam a diversidade linguística e

cultural, seus benefícios e tenham consciência do papel das línguas na sociedade e sejam participantes

ativos do mundo.

No Ensino Fundamental, o ensino de LEM envolve fatores que podem dificultar a aprendizagem,

como o estranhamento da nova língua. Então, nesta proposta, no Ensino Básico (Fundamental e Médio),

respeita-se e considera-se as diferenças.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados conforme suas especificidades.

5. REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

BEAVEN,B. Headstart. Oxford: Oxford University Press, 1988

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Língua Estrangeira Moderna. SEED – PR, 2008.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 20. ed. Rio de janeiro:

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Editora Paz e Terra S/A, 2001.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês Ensino Médio. Curitiba: SEED – Pr, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo. 2009.

TEIXEIRA, Gliberto. Avaliação da Aprendizagem – Apostila.

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144

14.3.12. MATEMÁTICA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiam desenvolver

os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a Matemática que se conhece hoje.

Registros que podem ser classificados como álgebra elementar foram acumulados pelos babilônicos por

volta de 2000 a.C. São fatos registrados na literatura da História da Matemática provenientes da capacidade

humana de reconhecer configurações geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades. Os

princípios lógicos, regras e exatidão de resultados foram registradas na civilização grega. É também na

Grécia, através dos pitagóricos, que ocorreram as preocupações iniciais sobre a importância e o papel da

Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos, se buscava pela Matemática,

principalmente a aritmética, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem. Esta

concepção arquitetou as interpretações, o pensamento matemático e o ensino de Matemática que ainda

hoje, exercem influências na prática docente.

Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da leitura e da escrita na

formação dos filhos da nobreza. A Matemática se inseriu no contexto educacional grego um século depois,

quando se abordava uma Matemática abstrata. Essa Matemática se distanciava das questões práticas e

com ela os pensadores pretendiam encontrar respostas sobre a origem do mundo. Pelo ensino da

Matemática, tentavam justificar a existência de uma ordem universal, tanto na natureza como na sociedade.

A geometria analítica e a geometria projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a

teoria das equações diferenciais, foram produções matemáticas do século XVI, fizeram com que o

conhecimento matemático alcançasse um novo período de sistematização. As descobertas matemáticas

desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico que se aplicou na

construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo,

imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. Foi o momento no qual prevaleceu o conhecimento

provenientes das engenharias e o valor da técnica, aspecto que determinou uma concepção mecanista e de

mundo e, em função disso, os estudos concentraram-se principalmente, na Matemática pura e na

Matemática aplicada. Isso refletiu na modernização das manufaturas e no atendimento às necessidades

técnico-militares. O ensino da Matemática servia então, para preparar os jovens para o exercício de

atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da

medicina e da guerra.

No período que abrange o final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações

voltadas para o ensino da Matemática, sendo as mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das

discussões em encontros internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com

propostas de ensino da Matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a tarefa de transferir para a

prática docente os ideais e as exigências advindas das revoluções do século anterior. A instalação de

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fábricas e indústrias nas cidades criou um novo cenário sócio-político-econômico que, em conjunto com as

ciências modernas, fez surgir uma nova forma de produção de bens materiais. Muitas atividades

desenvolvidas pelo homem foram substituídas por máquinas. Como consequência, ocorreu o aumento da

população urbana e uma nova classe de trabalhadores e, com isto, a necessidade de discutir a educação

dessa classe. Com isso, os matemáticos antes pesquisadores, passaram a ser também professores,

preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino matemáticos.

O ensino de Matemática costuma provocar sensações contraditórias, por parte de quem aprende,

quando, de um lado, se trata de uma área de conhecimento importante e de outro, a insatisfação diante dos

resultados negativos obtidos com mais frequência em relação à sua aprendizagem.

A matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências que despertam a

curiosidade e instigam a capacidade de generalizar, projetar e prever, favorecendo a estruturação do

pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. É importante que a Matemática desempenhe,

equilibrada e indissociavelmente seu papel na formação de capacidades intelectuais na estruturação do

pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo, na aplicação de problemas, situações da vida cotidiana e

atividades do mundo de trabalho também interagindo nas atividades desenvolvidas no campo

demonstrando a importância da matemática nas atividades realizadas valorizando sua cultura e no apoio à

construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

5ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistemas de Numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e Radiciação; Números fracionários; Números decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema monetário.

GEOMETRIAS Geometria Plana; Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem.

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6ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números inteiros; Números racionais; Equação e inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de temperatura; Medidas de ângulos.

GEOMETRIA Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa estatística; Media aritmética; Moda e mediana; Juro simples.

7ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA Número racional e irracional; Sistemas de equações do 1º grau; Potências; Monômios e polinômios; Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de ângulo.

GEOMETRIAS Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Gráfico e informação; População e amostra.

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8ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º Grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações biquadradas; Regra de três composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS Relações métricas no triangulo retângulo; Trigonometria no triangulo retângulo.

FUNÇÕES Noção intuitiva de função afim; Noção intuitiva da função Quadrática.

GEOMETRIAS

Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de Analise combinatória; Noções de probabilidade; Estatística; Juros compostos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais; Números complexos; Sistemas lineares; Matrizes e Determinantes; Polinômios; Equações e Inequações exponenciais,

logarítmicas e modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de Área; Medidas de Volume; Medidas de grandezas vetoriais; Medidas de informática; Medidas de energia; Trigonometria.

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FUNÇÕES

Função Afim; Função Quadrática; Função Polinomial; Função Exponencial; Função Logarítmica; Função Trigonométrica; Função Modular; Progressão Aritmética; Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS

Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Analise combinatória; Binômio de Newton; Estudo das Probabilidades; Estatística; Matemática Financeira.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações reais que

possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto, a partir desse

saber promover a difusão do conhecimento matemático já organizado.

As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência

essencialmente prática, que permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar

decisões e, portanto, desenvolver uma ampla capacidade com a atividade matemática.

O professor deve ter clareza de que seu papel é diversificado, em alguns momentos é fornecedor de

informações e em outro é mediador. A diversidade de métodos de encaminhamento de conteúdo e de

interação em sala de aula representa um facilitador para a construção do conhecimento.

A partir de uma base conceitual, o aluno deve trabalhar em grupo e também sozinho para que

elabore seus conceitos e definições em interação com os colegas, mas também desenvolva e teste suas

ideias próprias.

A análise dos procedimentos de resolução corretos ou incorretos pelos alunos e professor é um

recurso importante para a tomada de consciência de que é possível criar hipóteses e conjunturas e

investigá-las e, durante esse processo o erro muitas vezes se constitui em uma visão parcial que o aluno

possui do conteúdo.

As atividades e exercícios de fixação devem permitir a organização e a síntese das ideias propostas

e desenvolvidas durante o trabalho.

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Contemplando a Lei nº 11.645/08 em momentos oportunos serão trabalhados conteúdos

relacionados À cultura afro-brasileira e indígena, abrangendo os desafios educacionais contemporâneos. Os

mesmos serão trabalhados através de pesquisa, interpretação de gráficos e tabelas, desenvolvendo o

espírito de coletividade e cooperação, respeitando opiniões diversas, aceitando as diferenças individuais.

Na aplicação da Matemática em seus aspectos formais e conteúdos tecnológicos, busca-se a

essência e a formação do ser cidadão que o torne integrante no meio social, universal e profissionalizante.

Serão utilizados diversos métodos entre os quais:

Discutir as dúvidas, assumir que as soluções dos outros fazem sentido a persistir na tentativa de

construir suas próprias ideias;

Incorporar soluções alternativas, reestruturar e ampliar a compreensão acerca dos conceitos envolvidos

nas situações e, desse modo, aprender;

Fazer e definir experiências com os conceitos e não serem passados simplesmente;

Aplicar os conteúdos a situações problemas adequados à realidade, introdução, sendo isso necessária

também durante todo o trabalho e não deixados para o fim;

Conduzir e induzir caminhos para aplicar o ensino da Matemática como meio de crescimento e

desenvolvimento do raciocínio e habilidade do conhecimento;

Discutir e problematizar situações atuais e reais dentro de conteúdos específicos;

Trabalho, confecção e manuseio de materiais de manipulação que possam ajudar na compreensão e

interpretação da linguagem matemática como forma simbólica para resolução de situações problemas;

Utilizar de recursos tecnológicos e métodos atualizados como calculadoras, computadores, TV

pendrive, DVDs, vídeos e materiais diversos;

Contemplar a Lei 11.635/2008 trabalhando com dados sobre a população brasileira e cultura afro-

brasileira e indígena;

Dialogar com os alunos uma forma de convivência respeitosa defendendo sua particularidade étnico-

racial, valores, raciocínios e pensamentos de cada um.

Valorizar o meio ambiente oportunizando o envolvimento em questões presentes no seu cotidiano;

Atender individualmente os alunos portadores de necessidades educacionais especiais de acordo com

a sua dificuldade;

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem, em que o objetivo não é

verificar a quantidade de informações retidas pelo aluno ao longo de um determinado período.

Ela deve servir como um instrumento de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem,

oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno –

professor – conteúdo – metodologia – instrumento de avaliação).

As formas de avaliação também contemplarão as explicações, justificativas e argumentações

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orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas vezes não ficam evidentes nas

avaliações escritas.

A observação do trabalho individual do aluno permitirá a análise de erros. Na aprendizagem

escolar o erro é inevitável e pode ser considerado como um caminho para se buscar o acerto. Ao procurar

identificar, mediante a observação e o diálogo, como o aluno está pensando, o professor obterá pistas do

que ele não está compreendendo e pode planejar a intervenção adequada para auxiliar o aluno a refazer o

caminho.

Embora a avaliação esteja relacionada aos objetivos visados, estes nem sempre se realizam

plenamente em todos os alunos. Deve-se levar em conta a progressão de desempenho de cada aluno, as

características particulares da classe em que o aluno se encontra e as condições em que o processo

ensino-aprendizagem acontece.

Educandos com necessidades especiais estão presentes nas escolas, sendo assim, as avaliações

devem ocorrer de acordo com o nível de aprendizagem dos mesmos, não podendo ser comparado aos de

aprendizagem regular, ocorrendo muitas vezes avaliações diferenciadas para que esse educando sinta-se

estimulado em sala de aula.

Assim, estebelecem-se alguns critérios de avaliação gerais, que irão nortear a definição dos

critérios específicos no Plano de Trabalho Docente para cada conteúdo específico:

• Conheça os diferentes sistemas de numeração;

• Indique os diversos conjuntos de números, comparando e reconhecendo seus elementos;

• Realize operações com diversos tipos de números;

• Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolva as operações com

• Diversos tipos de números;

• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre fração e número decimal; fração e número

misto;

• Reconheça as potencias como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação

inversa;

• Relacione as potencias e as raízes quadradas e cúbicas com padrões geométricos e numéricos;

• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;

• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;

• Conceitue e classifique polígonos;

• Indique corpos redondos;

• Indique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de

diferentes figuras planas e também o volume dos sólidos geométricos;

• Reconheça os sólidos geométricos em suas formas planificadas e seus elementos;

• Interprete e indique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a

leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;

• Resolva situações problemas que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma

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decimal e fracionária;

• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações problemas que envolvam contagens

aplicando o principio multiplicativo;

• Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;

• Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;

• Resolva situações problemas que envolvam cálculos de juros compostos;

• Identificar e escrever conjuntos na forma simbólica e por meio de suas propriedades;

• Identificar subconjuntos: união, intersecção, diferença e complementar;

• Efetuar operações entre conjuntos: união, intersecção, diferença complementar;

• Determinar o número de elementos da união de dois conjuntos;

• Operar com intervalos: união e intersecção;

• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos;

• Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais;

• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e

compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades;

• Aplique a lei dos senos e lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos

desconhecidos;

• Reconhecer uma função em relação do cotidiano;

• Formalizar o conceito de formação: sua definição e notação;

• Diferenciar função de uma relação não funcional;

• Conceituar domínio, contradomínio e conjunto imagem de uma função;

• Reconhecer o domínio, o contradomínio e o conjunto imagem de uma função;

• Representar e interpretar gráficos de uma função;

• Resolver equações exponenciais elementares e as que exigem uso de artifícios;

• Entender e compreender a condição de existência de um logaritmo;

• Reconhecer uma progressão aritmética e geométrica;

• Expressar e calcular o termo geral de uma progressão e a soma de seus termos;

• Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações problemas;

• Realize analise gráficos de diferentes funções;

• Reconheça nas seqüências numéricas, particularidades que remetem ao conceito das progressões

aritméticas e Geométricas;

• Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica;

• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos

mesmos;

• Compreender, aplicar e generalizar o princípio multiplicativo;

• Compreender e aplicar, na resolução de problemas, os conceitos de arranjo simples, permutação

simples, permutação com repetição e combinação simples;

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• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;

• Compreenda a idéia de probabilidade;

• Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas.

A avaliação, cujos instrumentos serão definidos pelo professor (provas, debates, trabalhos

individuais, trabalhos em grupo, resolução de atividades propostas e, principalmente, o desenvolvimento do

aluno), servirá como um diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do

trabalho.

A recuperação paralela, processo que auxilia na solução de dúvidas e questionamentos

reverenciados pelos alunos no momento em que foi realizada a avaliação, é um procedimento muito

favorável no processo ensino-aprendizagem. Esta se constituirá na recuperação dos conteúdos de provas e

testes e prevalecerá o valor maior, onde este valor maior será adquirido através de nova avaliação,

apresentação de trabalho oral e/ou escrito e pesquisas, os quais levarão o aluno a rever e analisar

novamente os conteúdos trabalhados.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cadernos Temáticos- História e Cultura Afro Brasileira e Africana.

Coleção Nova Didática - Matemática Ensino Médio -1ª, 2ª e 3ª séries. Adilson Longen.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática – 2009.

GIOVANNI, José Ruy. Matemática completa/José Ruy Giovanni, José Roberto Bonjorno – 2ª ed. Renov – SP: FTD,2005, Coleção Matemática Completa.

LINS, R. C.GIMENEZ, Álgebra. Revista Nova Escola. Educação. 16 outubro de 2003.

LONGEN, Adilson. Matemática Ensino Médio.

Orientações Curriculares (Departamento de Ensino Médio). Semana Pedagógica (Julho, 2005).

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14.3.13. QUÍMICA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para uma proposta inovadora do trabalho pedagógico em Química, que vise fazer dos alunos

sujeitos das transformações sócio-históricas, é necessária uma tomada de postura por parte do educador

que vise a um ensino contextualizado no próprio meio social e histórico do educando, uma vez que as

abordagens educacionais tendem a se concentrar no desenvolvimento integral da pessoa, integrando

aspectos epistemológicos, axiológicos e antropológicos.

A Química está intimamente ligada ao desenvolvimento da civilização, pois em todas as

necessidades do homem ela e seus processos estiveram e estão presentes, desde as necessidades

básicas de sobrevivência até o desenvolvimento tecnológico. Sendo assim, é necessário aliar os

conhecimentos químicos ao desenvolvimento histórico da Ciência Química, aliando concomitantemente os

fatos políticos, religiosos, sociais, e culturais que permearam os passos de sua construção.

Outro aspecto que deve merecer espaço no ensino da Química é o experimental, uma vez que os

experimentos práticos permitem a aproximação mais íntima entre os conceitos e os fatos reais. Deve-se, no

entanto, ter em mente que o que se concebe por experimentos em química está além de meros

experimentos laboratoriais, sendo necessária a junção contextualizada entre a teoria e a prática, sob uma

abordagem fundamentada na vivência cotidiana do educando. A importância da abordagem experimental

deve estar, pois, na caracterização de seu papel investigativo e de sua função pedagógica em proporcionar

ao aluno a explicitação, a problematização e a elaboração de conceitos, sendo indispensável perceber que

o experimento faz parte do contexto natural da Química, aliando teoria e prática.

Esses três aspectos – a contextualização, o desenvolvimento histórico da Ciência Química e a

aliança teoria/prática – devem nortear as novas estratégias de ensino de modo que se leve os estudantes a

aproximarem-se e apropriarem-se de forma qualitativa e quantitativa dos conceitos e processos científicos

de uma forma dialógica com os conceitos que trazem acerca das coisas e do mundo, a partir do senso

comum e de sua vivência sócio-histórica.

É necessário, pois, romper com o discurso arraigado de formalismos, formulismos e simbolismos

abstratos e descontextualizados, típicos dos conteúdos da Química, e promover um aprendizado mais

abrangente sobre a Ciência Química, aliando o conhecimento químico, o contexto sócio-histórico e a

aplicabilidade dos conceitos, utilizando-se de linguagens diversas em rumo à compreensão da linguagem

característica da Química.

O ensino da Química tem por meta a desmistificação da Ciência e a democratização dos

conhecimentos científicos, promovendo a alfabetização científica do sujeito centrada na inter-relação entre

conhecimento químico, contexto social e ética, permeando, desse modo, as implicações filosóficas do

ensino, da aprendizagem, da produção de conhecimento e da aplicação da Química enquanto Ciência.

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Tendo em vista todos estes pressupostos e baseando-se nas Diretrizes Curriculares de Química,

um novo ensino deverá ser construído sobre a proposta de conteúdos estruturantes que são: MATÉRIA E

SUA NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA, os quais deverão ser contemplados em

todas as três séries do Ensino Médio dentro dos conteúdos específicos para cada uma, de acordo com o

nível de desenvolvimento intelectual dos educandos.

É importante também salientar que a nova proposta para o ensino de Química deve ainda

contemplar a Lei Nº. 11645/2008 que rege a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira e

africana nos currículos escolares, com o objetivo de evadir todo e qualquer tipo de preconceito que possa

existir com relação aos afro-descendentes, uma vez que a cultura brasileira tem suas bases nessa cultura.

Sendo assim, no ensino de Química os conteúdos relacionados a essa temática poderão contemplar

principalmente os aspectos químicos envolvidos na produção dos materiais, objetos, instrumentos e outros

temas que digam respeito aos conhecimentos químicos da história e da cultura afro-brasileira e africana.

Outro aspecto a ser contemplado nessa nova proposta de ensino é a questão dos assuntos

indígenas que estejam envolvidos com o uso da matéria, as transformações e aplicações desta nos seus

processos de produção de objetos e instrumentos, uma vez que todo o povo brasileiro, inclusive o

paranaense e o da região deste município tem algum vínculo com a cultura indígena, principalmente no

aspecto cultural, mas também na herança biológica da miscigenação.

A educação do campo é mais um ponto importante a ser considerado e respeitado na nova

proposta, pois a escola localiza-se numa região caracteristicamente de campo. Assim, os processos de

trabalho, de divisão social e territorial, a cultura e a identidade, a interdependência entre o campo e a

cidade, a questão agrária e o desenvolvimento sustentável, a organização política, os movimentos sociais e

a cidadania, que necessitam ser analisados, compreendidos e estudados para que essa realidade seja

valorizada, as pessoas reconheçam a sua identidade, possam intervir beneficamente sobre ela, respeitando

a natureza da qual tiram seu sustento, permitam que esses conceitos e valores permaneçam e/ou sejam

aperfeiçoados ao longo das gerações e, principalmente, que os aspectos químicos envolvidos nesses

processos sejam conhecidos e compreendidos.

Uma proposta tão abrangente não pode deixar de lado a problemática da educação inclusiva. É

necessário, então, que a escola preste atenção à individualidade, respeitando esses limites e essas

potencialidades de maneira igualitária. Isso não significa, porém, tratar a todos de maneira homogênea ou

promover a homogeneização, mas contemplar os diferentes ritmos e habilidades dos alunos, favorecendo o

desenvolvimento e a aprendizagem individuais de modo que todos possam crescer. Assim, todos os alunos

precisam ser respeitados na sua individualidade, sejam eles portadores de deficiências físicas, metais,

psicológicas, ou não, os que são diferentes por seu modo de ser e de se relacionar com os outros, os com

dificuldades de aprendizagem, com condutas típicas, os que apresentam obesidade ou qualquer

enfermidade (crônica ou temporária), entre muitos outros, pois todos são diferentes e é na diferença que a

identidade de cada um deve ser construída, respeitada e reconhecida.

Na tentativa de contribuir para a efetivação da nova proposta de educação em Química, a reflexão e

a mudança na prática pedagógica, propõem-se alguns objetivos a serem alcançados no decorrer do Ensino

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Médio dentro da disciplina de Química, de modo a formar cidadãos conscientes de suas obrigações e

deveres, aptos a participar do mundo do trabalho e a assimilar as mudanças tecnológicas, sociais e éticas,

desenvolvendo a autonomia intelectual e o pensamento crítico.

No decorrer dos estudos no Ensino Médio, em Química os alunos deverão ser levados a:

• Reconhecer as implicações da Química no contexto sócio-histórico, no sistema produtivo, na

interação humana e no desenvolvimento científico e tecnológico;

• Compreender e utilizar fatos e conceitos químicos;

• Identificar tendências e relações de correspondência em Química;

• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos para resolver situações inerentes à Química;

• Identificar conexões e inter-relações nas transformações químicas;

• Compreender a simbologia e a linguagem próprias da Química;

• Identificar fontes de informação sobre a Química e utilizá-las para o seu crescimento intelectual;

• Desenvolver a curiosidade científica;

• Desenvolver o pensamento e a postura críticos e éticos frente aos avanços científicos, suas

implicações ambientais e sociais;

• Reconhecer a Química como parte de todos os processos vivos e não-vivos;

• Reconhecer as conexões da Química com as demais ciências, desenvolvendo uma forma de

pensamento sistêmico e uma visão ampla do mundo e do conhecimento humano;

• Respeitar as individualidades, as limitações, as qualidades e as diferenças dos colegas e

professores;

• Reconhecer a influência e a contribuição das culturas indígenas brasileiras e as culturas afro-

brasileira e africana para o status cultural, social, ambiental e científico atual no Brasil;

• Reconhecer a si como agente do campo e a identidade cultural relacionada aos conhecimentos

científicos, à organização social e do trabalho, a interdependência campo-cidade, a questão agrária

e o desenvolvimento sustentável no campo.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos em Química devem ser norteados pelo eixo MATÉRIA, que é o seu objeto de estudo,

articulando-os dentro da tríade COMPOSIÇÃO, PROPRIEDADES E TRANSFORMAÇÕES, sem deixar de

lado os aspectos humanos e ambientais que os envolvem. Assim, os conteúdos químicos serão dispostos

nas três séries do Ensino Médio, contemplando os conteúdos estruturantes MATÉRIA E SUA NATUREZA;

BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA.

Estes conteúdos estruturantes deverão ter abordagens pedagógicas considerando a historicidade, a

intencionalidade humana, a provisoriedade da ciência, a aplicabilidade dos conhecimentos e as relações e

inter-relações entre eles e os conhecimentos das demais disciplinas, para que sejam significativos e se

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constituam efetivamente em conhecimentos contextualizados e interdisciplinares.

Dessa forma, estebelecem-se os seguintes conteúdos básicos a serem trabalhados nas três séries

do Ensino Médio, articulados com os conteúdos estruturantes:

MATÉRIA: - constituição da matéria; - estados de agregação; - natureza elétrica da matéria; - modelos

atômicos; - estudo dos metais; - tabela periódica.

SOLUÇÃO: - substância: simples e composta; - mistura e métodos de separação; - solubilidade; -

concentração; - forças intermoleculares; - temperatura e pressão; - densidade; - dispersão e suspensão; -

tabela periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES: - reações químicas; - leis das reações químicas; - representação das

reações químicas; - condições para a ocorrência das reações; - fatores que interferem na velocidade das

reações; - lei da velocidade das reações químicas; - tabela periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO: - reações químicas reversíveis; - concentração; - constante de equilíbrio; -

deslocamento do equilíbrio; - equilíbrio químico em meio aquoso; - tabela periódica.

LIGAÇÃO QUÍMICA: - tabela periódica; propriedades dos materiais; - tipos de ligações químicas; -

solubilidade e ligação química; - ligações intermoleculares; - alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS: - reações de Oxi-redução; - reações exo e endotérmicas; - diagrama das reações; -

variação de entalpia; - medidas de calor; - equações termoquímicas; princípio da termodinâmica; - lei de

Hess; - entropia e energia livre; - calorimetria; - tabela periódica.

RADIOATIVIDADE: - modelo atômico de Rutherford; - elementos químicos radioativos; - tabela periódica; -

reações químicas; - velocidade das reações; - emissões radioativas; - leis da radioatividade; - cinética

radioativa; - fenômenos radiativos.

GASES: - estados físicos; - tabela periódica; - propriedades dos gases; - modelo de partícula para os

maeriais gasosos; - diferença entre gás e vapor; - leis dos gases.

FUNÇÕES QUÍMICAS: - funções orgânicas; - funções inorgânicas; - tabela periódica.

Os conteúdos básicos e específicos deverão ser trabalhados em todas as três séries do Ensino

Médio, levando-se em consideração a adequação aos níveis intelectuais, etários e sócio-econômico-

culturais dos alunos, e interagindo com os conceitos físicos, sociais, culturais, históricos e biológicos que

neles se inter-relacionam e que a eles se aplicam.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para pensar e trabalhar um currículo em Química, o conhecimento científico é fundamental mas é

necessária uma visão maior acerca do que significa a expressão Educação em Química. Desse modo, o

essencial é considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, relacionando as suas experiências de

vida, a sua identidade cultural e social, e as concepções que trazem acerca da Ciência e suas implicações.

Sendo assim, é de importância fundamental a utilização de instrumentos e estratégias diversas,

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adequados a cada conteúdo e ao contexto a que se aplicam.

Devem ser desenvolvidas metodologias que estejam além daquelas expositivas por parte do

professor, que envolvam a plena participação do aluno no aprendizado teórico e prático, exigindo dele o

desenvolvimento de diferentes capacidades. Assim, os trabalhos de pesquisa, as discussões, as leituras

complementares, os experimentos, o trato dos dados, a confecção de materiais diversos, a produção de

textos, as interações em grupos, a construção e a análise de mapas conceituais, o uso da TV pen drive,

entre outros, constituem-se em estratégias ricas para o desenvolvimento intelectual e social do aluno, bem

como para o aprendizado específico dos conteúdos.

Considera-se que a variedade de instrumentos também é de fundamental importância, não somente

para o conhecimento de um conteúdo específico, mas também para oportunizar ao aluno o contato com

informações diversas envolvidas com o objeto de estudo em diversas fontes, como revistas, literaturas

específicas, vídeos, artigos científicos, livros com temas correlatos, e o próprio livro didático, não fazendo

deste o centro das atenções.

Para atender aos estudantes com necessidades educativas especiais, os materiais também deverão

ser adaptados e apropriados para cada necessidade e devem receber atenção diferenciada com respeito às

suas limitações, sem fazer destas barreiras para a aprendizagem, nem motivos de preconceitos.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e tecnológicos

a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos, para que

sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso indevido de

drogas, Enfrentamento à Violência nas Escolas e Relações étnico -raciais, além de promover uma educação

Inclusiva, respeitando as capacidades individuais.

A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química presente no cotidiano dos

alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas,

números e unidades de medida.

Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante

Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico

for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos

materiais e a transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos químicos serão

explorados na perspectiva do conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza por meio de modelos ou

representações. E é imprescindível fazer a relação do modelo que representa a estrutura microscópica da

matéria com o seu comportamento macroscópico.

Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a significação dos conceitos

ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental, representacional e experimental a partir

dos conteúdos químicos. Porém, para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são

limitadas. Os fenômenos químicos, nessa perspectiva, podem ser amplamente explorados por meio das

suas representações, como as fórmulas químicas e modelos.

O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado descritivamente ou

classificatoriamente. Este conteúdo básico dever ser explorado de maneira relacional, porque o

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comportamento das espécies químicas é sempre relativo à outra espécie com a qual a interação é

estabelecida.

4. AVALIAÇÃO

Em concordância com o Projeto Político Pedagógico e com as DCEs, a Proposta Pedagógica em

Química compreende a avaliação como um processo diagnóstico, sistemático, formativo, contínuo e auto-

regulador do processo educativo.

A avaliação se constitui, pois, num instrumento de acompanhamento dinâmico do desenvolvimento

do aluno, intelectual e socialmente, e do trabalho pedagógico. Dessa forma, os critérios e instrumentos

devem ser os mais variados com o objetivo de diagnosticar pontos positivos e negativos do processo como

um todo, para repensá-lo e adequá-lo para o crescimento pessoal do aluno, sem perder de vista a

coletividade da escola, respeitando as diferenças e promovendo a cidadania e o respeito mútuo.

Para que os objetivos propostos sejam alcançados de forma articulada com os conteúdos

estruturantes é necessário que sejam estabelecidos previamente critérios de avaliação para cada conteúdo

básico a ser trabalhado. Ou seja, no Plano de Trabalho Docente deverão estar explicitados os conceitos que

o aluno deverá aprender e apresentar nas avaliações, os quais também deverão ser de conhecimento dos

alunos até mesmo no sentido de auxiliar e nortear o processo de ensino-aprendizagem no decorrer das

aulas.

Para orientar a escolha dos critérios específicos de avaliação, dispõem-se a seguir os critérios

gerais para a disciplina de química. Assim, espera-se que o aluno apresente nas avaliações:

• entenda e questione da Ciência de seu tempo e dos avanços tecnológicos na área de Química;

• tenha capacidade de construção e reconstrução do significado dos conceitos químicos;

• problematize a construção dos conceitos químicos;

• tome posição frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do

conhecimento químico;

• compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos,

estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

• formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando

substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares,

etc.

• Identifique as ações dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

• compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração,

relações matemáticas e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão,

temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso;

• elabore o conceito de ligação química na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e

eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

• entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando os

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conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;

• reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza,

partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

• diferencie gás e vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de

partículas e as leis dos gases;

• reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a qual

se estabelece.

Os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto Político Pedagógico e estarem adequados

a cada etapa do processo de ensino de Química, com provas, trabalhos escritos, seminários, relatórios,

entre outros, sendo que as notas obtidas nestes métodos deverão ser somadas, em virtude da proposta de

avaliação da escola ser de caráter somatório.

É importante lembrar, ainda, que todo o processo de avaliação deve contemplar os alunos com

necessidades educativas especiais, com instrumentos e formas de avaliação diferenciados, respeitando

sempre as limitações e as características dos alunos nos casos específicos.

Finalmente, a recuperação de conteúdos e notas também deve ser contemplada, principalmente

quando se trata da avaliação da aquisição de conhecimentos químicos em provas ou testes escritos, por

meio da retomada dos conteúdos sob novas abordagens e novas avaliações.

5. REFERÊNCIAS

CADERNOS TEMÁTICOS: INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NOS CURRÍCULOS ESCOLARES. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental, 2005.

CHASSOT, A. Alfabetização Científica: questões e desafios para a educação. Ijuí, RS: Editora UNIJUÌ, 2003.

DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA. Secretaria de Estado da Educação, 2008.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Jan/2007.

FAZENDA, I. Práticas interdisciplinares na escola. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

MANTOAN, M. T. E. (org.). Caminhos pedagógicos da Inclusão: como estamos implementando a educação (de qualidade) para todos nas escolas brasileiras. São Paulo: Memnon, 2001.

MORTIMER, E. F. & MACHADO, A H. Química para o Ensino Médio. V.único. São Paulo: Scipione, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Inclusão e Diversidade: reflexões para a construção do projeto político-pedagógico. Semana Pedagógica, 2006.

REGO, T. C. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.SARDELLA, A. Química. Série Novo Ensino Médio. V.único. São Paulo: Ática, 2003.

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160

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1994.

SEED/PR/DEM. Orientações Curriculares: Química. Semana Pedagógica, Fev. 2006.

SEVERINO, A. J. Filosofia da Educação: construindo a cidadania.

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14.3.14. SOCIOLOGIA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Podemos começar tentando esclarecer o que é a Sociologia, lembrando que os homens

diferenciam-se dos animais por sua capacidade de se relacionar de maneiras diferentes, entre as quais a

própria linguagem, código que lhe possibilita comunicar-se com outros homens e tornar-se um ser social.

Pois passamos parte considerável de nossa vida interagindo com grupos sociais e devemos à influência

desses grupos muito do que somos. E qual a importância disso para nós? – Esse é um dado fundamental

para entendermos como o homem biológico torna-se um ser social e produz cultura envolvendo a todos e

modelando sua personalidade, internalizando regras sociais, maneira de ser, de pensar e de agir,

transmitidas por meio do processo de socialização.

Os grupos são formados por indivíduos heterogêneos, e cabe a estes contribuir conscientemente

para o desenvolvimento social. Para tanto, é preciso compreender as estruturas e os processos sociais,

bem como suas repercussões na educação das novas gerações, é importante que cada pessoa atue de

forma crítica e construtiva para tornar tais estruturas e processos sempre mais condizentes com a

realização humana. O homem precisa compreender-se, compreender os outros e buscar respostas para as

perguntas que a vida nos coloca.

A Sociologia é uma ciência, e como tal, tem uma base teórico-metodológica que serve para

estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los, analisando os homens em suas relações de

interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da Sociologia, ela

mesma um produto histórico, isto é, algo que surge num determinado contexto histórico, fruto das

transformações pelas quais passou a humanidade a partir do final do século XVIII.

Evidentemente, a trajetória do ensino de Sociologia, caracterizada por freqüentes interrupções,

trouxe marcas a esta disciplina, até se concretizar sua inserção no cenário educacional. No entanto, a

Sociologia, desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, tem contribuído notavelmente para

a análise das sociedades, possibilitando inclusive ampliar o conhecimento dos indivíduos sobre sua própria

condição de vida.

Neste contexto, torna-se extremamente importante enfatizar as diferentes linhas teóricas, com

seus respectivos autores, a fim de que os alunos passem a conhecer todas as concepções, pois desta

forma haverá uma autêntica construção do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar.

Através das diferentes óticas o professor poderá refletir e orientar criticamente sua ação pedagógica, como

também possibilita ao educando ter acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa e complexa,

acerca da realidade social na qual está inserido. Na verdade, possibilita tanto os professores quanto os

alunos a uma alteração qualitativa de sua prática social.

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A Sociologia pode ser caracterizada pelo questionamento do real e do pensado e,

certamente, da relação entre ambos, questionamento este, que vai além do que está estabelecido,

questionamento que possa descortinar as desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no

movimento histórico, mais precisamente no contexto educacional, onde professores e alunos estão

inseridos. Visa-se também a possibilidade e compreensão da constituição da realidade social e sua relação

com a educação, através dos estudos de aspectos dos processos sociais presentes na produção e

configuração do sistema educacional, pois a Sociologia está intimamente ligada á democratização do

acesso ao conhecimento científico ao incremento da discussão consciente, racional e fundamentada na

realidade social.

Refletindo sobre o ensino da Sociologia, pode-se constatar que é imprescindível reconstruir

dialeticamente o conhecimento que o aluno já dispõe, uma vez que está imerso numa prática social, no

entanto, num outro nível de compreensão, este aluno terá a capacidade de intervenção e transformação

desta respectiva prática.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Considerando-se a recente implantação da disciplina de Sociologia em todas as séries de nossa

instituição, e sabendo-se que nos anos anteriores a disciplina era trabalhada somente na segunda série, os

conteúdos trabalhados na primeira e na segunda séries terão características semelhantes, visto que a

primeira e a segunda séries do corrente ano terão em sua grade curricular pela primeira vez a referida

disciplina. Isto para que a experiência dos alunos ao estudarem Sociologia não seja prejudicada. Os

conteúdos serão reformulados nos próximos anos, sequencialmente. Adequando assim o conteúdo a cada

série.

Conteúdos Estruturantes:

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS

PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA

DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS

Conteúdos Básicos:

Processo de Socialização;

Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes

sociedades;

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Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Industria cultural do Brasil;

Questões de gênero;

Culturas afro-brasileiras e africanas;

Culturas indígenas;

O conceito de trabalho e o trabalho nas diversas sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil;

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo e totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de poder;

Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG's.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propõe-se para a Sociologia do Ensino Médio, a abrangência da realidade brasileira sob o aspecto

social, econômico, político, cultural e ideológico.

Os objetivos serão atingidos através de pesquisas sociais, em livros, revistas, entrevistas, leitura

de textos complementares, observação dos meios de comunicação de massa, na convivência real familiar e

escolar, cartazes alusivos, possibilitando aos alunos discussões de temas adquirindo uma visão crítica

acerca da realidade social, incutindo o desejo de formar uma sociedade mais humana, justa e digna. Será

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feita a análise de filmes em vídeo, debate sobre temas atuais, palestras sobre os problemas atuais da

sociedade em geral ou local, produção de murais, trabalho em grupo, produção de textos e outros.

Entre os principais encaminhamentos metodológicos, destacam-se:

- Inicia-se seu curso com uma pequena contextualização da construção histórica da sociologia;

- Retomar esse histórico a cada passo, de acordo com o autor trabalhado ou sua teoria;

- A todo o momento, retomar a relação entre o contexto histórico dos autores, a construção de sua

teoria e o conteúdo específico trabalhado, para mostrar que o conhecimento sociológico não é

estático.

Serão observadas as necessidades especiais que os alunos possam apresentar e a melhor forma

de suprir suas limitações.

Entremeio aos conteúdos básicos e aproveitando a diversidade de recursos didáticos e

tecnológicos a serem utilizados, serão feitas inserções acerca dos desafios educacionais contemporâneos,

para que sejam discutidos assuntos referentes à Educação Ambiental, Sexualidade, Prevenção ao uso

indevido de drogas, Enfrentamento à Violência nas escolas e Relações étnico- raciais, além de promover

uma educação Inclusiva, respeitando as capacidades individuais. Ainda será preciso inserir questões sociais

relativas à Cultura Afro-Brasileira e Africana, Cultura Indígena, Educação do Campo, Educação Especial e

Inclusão, sendo observadas as contribuições destas à sociedade, à economia e o desenvolvimento sócio-

cultural.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem é um processo continuo que privilegia a ação professor – aluno.

Passar para o educando a idéia de que os homens estão a todo o momento transformando a realidade a fim

de que o aluno se torne um ser crítico para que compreenda as relações dos homens entre si.

Leitura de textos, elaboração de resumo e esquemas, trabalho realizado em sala de aula,

atividades extra-classe, debates orais, avaliação escrita, e evidentemente o desempenho individual e

coletivo do mesmo serão alguns dos instrumentos de avaliação. Lembrando, ainda, que toda a avaliação

será diagnóstica, contínua e cumulativa e, se necessária, com recuperação paralela para conteúdos

avaliados em provas ou testes escritos, como também será paralela ao desenvolvimento dos conteúdos

com retomada de conteúdos defasados e reavaliação.

O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar atividades

significativas, sendo que o respectivo processo deve ser elaborado de maneira transparente e

preferencialmente coletiva.

Faz-se necessário a apreensão de conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social

para que os educandos possam argumentar utilizando-se de uma fundamentação teórica, demonstrando

desta forma coerência na exposição das idéias expressas de forma escrita ou oral.

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A avaliação será diagnóstica, contínua, cumulativa. Nessa perspectiva, será analisado no cotidiano

dos alunos, a mudança na forma de olhar e analisar os problemas sociais, a iniciativa, a autonomia a fim de

romper com a acomodação e o senso comum.

Entre os principais critérios de avaliação, destacam-se:

Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as explicações das Ciências

Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos e as do curso comum;

Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das observações e reflexões;

Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana, ampliando a visão de mundo e

o horizonte de expectativas, nas relações impessoais com os vários grupos sociais;

Formar uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa, avaliando o

papel ideológico de marketing enquanto estratégias de persuasão do consumidor e do próprio eleitor;

Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e segmentos sociais, agindo de

modo a preservar o direito à diversidade, enquanto princípio estético, político e ético que supera

conflitos e tensões do mundo atual;

Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigida, geradas

por mudanças na ordem econômica;

Construir a identidade social e poética, de modo a viabilizar o exercício de cidadania plena, atuando

para que haja uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o cidadão, além de

diferentes grupos;

Identificar, analisar e comparar os diferentes pressupostos sobre a realidade, as explicações das

Ciências Sociais, amparados nos vários paradigmas teóricos, e as do senso comum;

Na verdade, as práticas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de ensino,

considerando notavelmente a reflexão crítica nos debates, nas idéias expressas referentes a textos que

demonstrem satisfatoriamente a capacidade de articulação entre a teoria e a prática.

Convém enfatizar que existem inúmeras maneiras de avaliar, mas ao selecioná-las o professor

deverá observar se realmente existe clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido de haver

apreensão, compreensão e reflexão por parte dos alunos.

Pode-se mencionar que não só o aluno deve ser avaliado, mas também o corpo docente e o

próprio sistema escolar devem ser constantemente avaliados, em suas dimensões práticas, discursivas e de

modo inclusivo em seus princípios políticos para que haja qualidade e a democracia almejada.

Evidentemente, os instrumentos de avaliação deverão respeitar o Projeto Político Pedagógico, para

que se possa adequar cada etapa do processo de ensino-aprendizagem. No entanto, a avaliação será

somatória e a recuperação de conteúdos e notas serão contemplados, pois como se trata da aquisição de

conhecimentos haverá a recuperação paralela.

A forma de avaliação será constituída pensando-se nas características da disciplina. Como ela

exige a melhora do poder crítico dos educandos, será feita principalmente através de debates, seminários e

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trabalhos em grupo, pois essas formas de avaliação proporcionam a possibilidade de uma maior

argumentação.

Quanto aos alunos com alguma necessidade especial, será feito total esforço para que eles não

sejam prejudicados em sua educação, respeitando suas necessidades e proporcionando-lhes métodos e

materiais diferenciados quando necessário.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Apostila Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.

Apostila Versão Preliminares. SEED, 2006.

BRANDÃO, C.R. Identidade e etnia. São Paulo: Brasiliense, 1986.

CHINAY, Ely. Sociedade – Uma introdução a Sociologia. São Paulo: Cultrix, 1971.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Versão Preliminar, julho, 2008.

DURKHEIM, Emili. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril Cultural, Coleção Os Pensadores, 1973.

INFORZATO, Hélio. Fundamentos sociais e educação. São Paulo: Nobel 1971.

GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.

GOHN, M.G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 2003.

MANNHEIN, K. Ideologia e utopia. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.

Orientação Curricular. Semana Pedagógica, julho 2005.

OLIVEIRA, Persio Santos de. Introdução a Sociologia. Série Brasil: Editora Ática, 2004.

SARTRE, J.P. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

TOURAINE, A. A sociedade pós-industrial. Lisboa: Moraes editores, 1970.

VALLE, M.R. 1968, o diálogo é a violência: movimento estudantil e ditadura militar no Brasil. Campinas: editora da Unicamp.

ZIZEK, S. (org.) Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999.

WEBER, Max. Ensaio de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

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14.3.15. PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DO CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS - CELEM

1. APRESENTAÇÃO DO CELEM E SUAS DISCIPLINAS

O currículo das escolas públicas está sempre infelizmente sujeito as exigências do mercado. As

mudanças no sistema educacional brasileiro, ocorridas na década de 50, o responsabilizaram pela formação

de seus alunos para o mercado de trabalho. Diante disso, o ensino de “humanidades” foi substituído, como

era de esperar por um currículo técnico, no qual havia pouco espaço para o ensino das línguas

estrangeiras.

Em 1961, a promulgação da Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 4024, criou os

Conselhos Estaduais a quem cabia decidir a oferta ou não da Língua Estrangeira nos currículos e, como o

mercado exigia, ficou clara a valorização da Língua Inglesa.

Os militares, ao tomarem o poder, reformaram a lei, em 1971 entra em vigor a LDB nº 5692/71. Tal

reforma, porém, não trouxe benefício algum para o ensino de Língua Estrangeira, já que a lei desobrigava a

inclusão de Línguas Estrangeiras nos currículos de 1º e 2º Graus porque, segundo o governo militar a

escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada para a cultura estrangeira a fim de evitar o aumento

da dominação ideológica de outras sociedades que, por sua vez, nos levaria a colonialismo cultural.

Somente em 1976 o ensino de Língua Estrangeira retomou o seu valor quando a disciplina tornou-

se novamente obrigatória, porém, somente no 2º Grau. Para o 1º, seria ofertada se a escola tivesse

condições de oferecê-la.

No Paraná, registra-se, na década de 70, movimentos de professores insatisfeitos com a reforma do

ensino e, principalmente, com os métodos utilizados para ensinar cujo foco está no instrumental, ou seja,

abolira-se o ensino da Língua e da civilização estrangeira para trabalhar-se a língua apenas como recurso

instrumental. Assim, a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982,

foi uma forma de manter o ensino de Língua Estrangeira e de qualquer supremacia de um único idioma

ensinado nas escolas já que o centro oferecia aulas de inglês, espanhol, francês e alemão no contra turno.

Com as mudanças no cenário político, em meados de 1980, e o país redemocratizando-se, os professores,

organizados em associações tinham diante de si o momento perfeito para o retorno da pluralidade de oferta

de Língua Estrangeira nas escolas públicas. A mobilização dos professores levou a SEED a criar,

oficialmente, em 15 de agosto de 1986, o Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), como forma

de valorizar a diversidade étnica que marca a história do estado.

Atualmente, o CELEM, segundo dados da SEED, está presente em mais de 300 estabelecimentos

de ensino e oferta aulas de Espanhol, Francês, Alemão, Italiano, Japonês, Ucraniano e Polonês a cerca de

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15.195 alunos da Rede Pública Estadual do Paraná.

A Resolução nº 2137/2004 regulamenta os cursos ofertados pelo Celem, isto é, o número mínimo

de alunos em cada turma, a carga horária (que pode variar de acordo com a língua), a qualificação exigida

para o professor, as condições de ingresso, permanência, conclusão e certificação do aluno.

Em Rio Azul, os cursos do Celem são oferecidos no Colégio Estadual Dr. Afonso Alves de Camargo

onde, desde 1995, há o curso de Língua Ucraniana e, a partir de 2004, oferta-se também a Língua

Espanhola. O curso tem a duração de três anos para a Língua Ucraniana e dois para o idioma espanhol,

com 4 aulas semanais para as duas línguas e certificação emitida pela SEED.

Nesse período, nove turmas concluíram o curso de Ucraniano com direito a solenidades de

formatura que incluem missa de ação de graças com a presença da chefia do NRE, jantar de

confraternização com cantos e alguns passos de dança ucraniana e uma turma de espanhol já foi formada.

O ensino da Língua e da Cultura Ucranianas tem como principal objetivo resgatar e preservar a

riqueza dos costumes e tradições trazidos pelo grande número de pioneiros que colonizaram o nosso

município a fim de passar às novas gerações a imensa e valiosa bagagem cultural herdada dos heroicos e

batalhadores imigrantes que aqui se estabeleceram.

Quanto à Língua Espanhola, o curso visa a atender aos interesses da comunidade, principalmente,

os interesses profissionais e aproximá-la das culturas dos nossos vizinhos latino-americanos.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com DCEs, o conteúdo estruturante do ensino de LE é o discurso enquanto prática social

a partir do qual serão abordadas questões linguísticas, culturais e discursivas assim como as práticas do

uso da língua: leitura, escrita e oralidade.

Assim, sem perder de vista esses três eixos serão desenvolvidos os conteúdos básicos abaixo:

2.1. Língua Ucraniana

− Apresentação do alfabeto;

− Equivalência fonética;

− Fonologia exclusiva do idioma;

− Construção de pequenas frases e progressivamente diálogos e textos;

− Leitura de diferentes tipos de textos;

− Comunicação através de diálogo;

− Adaptação do vocabulário à situações improvisadas;

− Noções básicas da norma culta;

− Traduções;

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− Cantos populares e litúrgicos;

− Poesias;

− Apresentação oral sobre tradições e costumes referentes às datas comemorativas como Natal e

Páscoa;

− Confecção de pêssankas com noções básicas de sua simbologia;

− Noções sobre costumes regionais da Ucrânia que hoje estão entre nós.

− Noções básicas da imigração para a nossa região;

2.2. Língua Espanhola

− Alfabeto;

− Os sons do Espanhol;

− Saudações;

− Calendários;

− Hora;

− Numerais;

− Família;

− Animais;

− Cores;

− Roupas;

− Cômodos da casa e utensílios domésticos;

− Alimentos;

− Partes do corpo;

− Datas comemorativas.

3. METODOLOGIA

Uma vez que é preciso saber qual é o conhecimento de língua que o aluno possui, em que mundo

está inserido, quais são suas aspirações para, então, decidir como trabalhar, as aulas de Língua Estrangeira

Moderna devem estar de acordo com a realidade de cada turma, do aluno, da escola, da comunidade da

região e da LE do curso escolhido pelo aluno.

Os conteúdos devem ser contextualizados, tendo a leitura de diferentes tipos de textos que

correspondam, ao máximo, o cotidiano dos alunos respeitando as diferenças culturais, crenças e valores

individuais como ponto de partida.

O número de alunos e as diferenças de faixa etária, de interesses e de nível de conhecimento da LE

dificultam a prática auditiva e da fala. No entanto, tais aspectos poderão ser trabalhados através de

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músicas, filmes, dramatizações e outras atividades interativas.

Almeja-se trabalhar diferentes gêneros textuais e fazer uso do livro didático público de língua

estrangeira. As atividades propostas a partir de textos, reais ou não, envolverão práticas e conhecimentos

que proporcionem condições para os alunos assumirem uma atitude crítica e transformadora. Assim, todos

os recursos possíveis serão usados para facilitar a aprendizagem como vídeos, cds, internet, tv pen drive,

jornais, revistas, figuras, trabalhos em grupos, duplas e individuais, exposição oral e escrita de resultados de

pesquisas, jogos e outros que possam efetivamente, contribuir para a aprendizagem em LE considerando

que o professor deve motivar os alunos para a aprendizagem da LE como o instrumento de comunicação

que é e, assim, se habituarem a interagir na e com a mesma.

No caso específico da Língua Ucraniana, é necessário, muitas vezes, um trabalho visando à

alfabetização dos alunos nesta língua.

4. AVALIAÇÃO

Na visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, uma vez

que também é construtor do seu conhecimento. É fundamental haver coerência entre ensino e avaliação,

partes inseparáveis do mesmo processo. Assim, a avaliação deve ser de natureza diagnóstica, somativa,

paralela e contínua, voltada aos objetivos das Línguas Estrangeiras respeitando as diferenças individuais e

valorizando o esforço de casa aluno nas quatro habilidades.

Em alguns momentos serão feitos testes simulados, uma vez que muitos dos alunos que

frequentam o curso de espanhol prestarão vestibular após concluir o Ensino Médio. Além disso, os alunos

serão avaliados através de dramatizações, apresentações orais ou escritas, produção de textos orais e

escritos, leitura e compreensão de textos escritos e da frequência, da participação e interesse

demonstrados nas atividades propostas.

De acordo com o PPP, a recuperação paralela se constituirá na recuperação de conteúdos e

provas, ou seja, descarta-se a recuperação de trabalhos e outras formas de avaliação, prevalecendo

sempre a nota maior e será ofertada a todos que desejarem fazê-la.

5. REFERÊNCIAS

BORUSZENKO, Oksana. Os Ucranianos. Curitiba, 1995,

Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná para Língua Estrangeira Moderna.

KALKO, Olga Nadia. Língua Ucraniana. Centro de Línguas da UFPR, 1996.

PICANÇO, Deise Cristina de Lima. El arte de leer español. Curitiba: Base Editora, 2005.

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ROMANKIV, Aurélia. Z Radistiu Bavemosh po Ukrainskomu. Curitiba, 1999.

SEED, Pr. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Vários Autores, 2006.

SLOBODA, Celina. Ukpainskei Bukvar. Prudentópolis, 1976.

14.4. PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

1 – IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino

COLÉGIO ESTADUAL “DR. AFONSO ALVES DE CAMARGO”Endereço completo

RUA CAFIEIRO CORSIBairro/Distrito

CENTRO

Município

RIO AZUL

NRE

IRATICEP

84560-000

Caixa Postal

DDD

42

Telefone

3436 1342

Fax

(42) 3463 1342

E-mail

[email protected]

Site

Entidade mantenedora

GOVERNO DO PARANÁ

CNPJ/MF

Local e data

RIO AZUL, 25 DE SETEMBRO DE 2009.

Assinatura

Direção

II – IDENTIFICAÇÃO DO CURSO E EIXO TECNOLÓGICO

Ensino Médio

a) Carga Horária: 2.500 horas

III – PROFESSOR ORIENTADOR

Pedagoga: SILVIA SURMAS SCHUTA

Graduação: Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Centro-

Oeste – Campus de Irati / Ano de Conclusão: 2000.

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Especialização: Pós-Graduada em Psicopedagogia pela Faculdade de

Ensino Superior de Marechal Cândido Rondon / Ano de Conclusão: 2002.

IV – JUSTIFICATIVA

A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de estudantes, e a

Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização dos Estágios,

definem, também, obrigações da Instituição de Ensino para com os estágios não obrigatórios.

No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “ O plano de atividades do estagiário, elaborado

em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao

termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho

do estudante.”

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:

“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá estar

previsto no Projeto Político-Pedagógico;

II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”.

A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado para análise

juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de estágio não obrigatório

implantado posteriormente, visará assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento

curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de

desempenho do aluno, por meio de aditivos;”.

V – OBJETIVOS DO ESTÁGIO

Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,

cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo,

pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sob o aspecto produtivo.

Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao

mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.

O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, alem de integrar o itinerário formativo

do educando.

Visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à

contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o

trabalho.

VI – LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

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Prefeituras;

Copel;

ACIAP;

Empresas;

Secretarias Municipais.

VII – CARGA-HORÁRIA E PERÍODO DE REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta)

horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do

ensino médio;

A Instituição de Ensino deverá negociar com a instituição concedente o horário de início e

término do estágio de cada aluno durante a semana, de forma a garantir que o aluno cumpra pontualmente

seus compromissos escolares.

VIII – ATIVIDADES DE ESTÁGIO

Os alunos matriculados no Ensino Médio podem realizar atividades que possibilitem:

a integração social;

o uso das novas tecnologias;

produção de textos;

aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

aperfeiçoamento da oralidade;

compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,

organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa, documentação

comercial e rotinas afins.

IX – ATRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

• celebrar Termo de Compromisso com alunos e parte concedente após firmado o Termo de

Convênio, autorizado pelo Sr. Governador;

• incluir o estágio não-obrigatório no PPP;

• regimentar o estágio não-obrigatório;

• indicar professor orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades

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de estágio;

• zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio;

• avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e

profissional do educando;

• exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de

relatório das atividades;

• comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização

de avaliações escolares ou acadêmicas.

X – ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE CURSO, COORDENADOR DE ESTÁGIO, PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO, SUPERVISOR DE ESTÁGIO (ENFERMAGEM)

elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;

organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno;

manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte

concedente;

explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio obrigatório e

não-obrigatório à parte concedente;

planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário;

realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de

acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante relatório;

zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;

orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de realização do

estágio;

solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;

realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de funcionamento do

estágio;

orientar previamente o estagiário quanto:

- às exigências da empresa;

- às normas de estágio;

- aos relatórios que fará durante o estágio;

- aos direitos e deveres do estagiário.

Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar o relatório, o

professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.

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XI – ATRIBUIÇÕES DA PARTE CONCEDENTE

11 Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade jurídica

pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus

respectivos conselhos de fiscalização profissional.

12 A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

I. celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;

II. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

III. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de

aprendizagem social, profissional e cultural;

IV. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na

área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10

(dez) estagiários simultaneamente;

V. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja

compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio nos

casos de estágio não-obrigatório;

a) no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra

acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de ensino;

VI. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento

do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação

de desempenho;

VII. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável

pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário e com

periodicidade mínima de 6 (seis) meses;

VIII. a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.

XII – ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO NA PARTE CONCEDENTE

Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a instituição de

ensino:

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tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de Estágio;

preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

manter contato com o Professor orientador da escola;

propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social, profissional e cultural dos

alunos;

encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à instituição de

ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

XIII – ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

Considerando a Concepção de Estágio:

- ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente como na

instituição de ensino;

- celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de ensino;

- respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;associar a prática de estágio com as

atividades previstas no plano de estágio;

- realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não previstas no plano de

estágio;

- entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.

XIV – FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO

O estágio como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo

professor orientados da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos

nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art.7º da Lei nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008 e por

menção de aprovação final.

XV – AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

Analisar em que medida o Plano de Estágio está sendo cumprido.

a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-obrigatório, faz-se

necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno. Desta

forma o professor orientador precisa ter acesso a três documentos do aluno:

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rendimento e aproveitamento escolar;

relatório elaborado pelo aluno.(Anexo II)

relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente (Anexo III);

b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às instituições e análise

dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio, recomendando

ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e

Artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

XVI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Lei nº. 11.788/98• Lei nº. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.• Decreto nº. 87.497 de 18 de agosto de 1982.• Deliberação nº. 02/09 do CEE.• Instrução nº. 006/2009 – SUED/SEED.