colÉgio estadual do paranÁ no sÉculo xxll ... · atendendo às especificações da resolução...
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ
COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ NO SÉCULO XXll: SUSTENTABILIDADE E PROTEÇÃO PATRIMONIAL
CURITIBA 2012
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 3 2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 5 3. OBJETO ....................................................................................................................... 7 4. OBJETIVOS ............................................................................................................... 13 5. META ......................................................................................................................... 13 6. PREMISSAS .............................................................................................................. 13 7. PARCERIAS .............................................................................................................. 14 8. DEMANDA ESPERADA ............................................................................................ 15 9. OFERTA EDUCACIONAL ......................................................................................... 15 10. IMPLEMENTAÇÃO .................................................................................................... 15 10.1 CUSTOS DO PROJETO .......................................................................................... 15 10.2 FONTE DE RECURSOS .......................................................................................... 15 10.3 DEFINIÇÃO DOS TERRENOS E ÁREA MÍNIMA .................................................... 16 10.4 ETAPAS DE IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................. 16 11. GESTÃO DO PROGRAMAS ..................................................................................... 16 12. ANEXOS .................................................................................................................... 16 ANEXOS - CADA UM DOS PROGRAMAS A SEREM IMPLEMENTADOS - ANEXO I PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 16
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COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ NO SÉCULO XXll: SUSTENTABILIDADE E PROTEÇÃO PATRIMONIAL
1. APRESENTAÇÃO O homem moderno vivencia uma necessidade crescente de preservar o meio
ambiente que o cerca. As consequências das decisões tomadas hoje influenciarão as
gerações futuras de modo a determinar a viabilidade da própria vida no planeta.
Felizmente, a aparente aniquilação iminente fez com que os seres humanos
descobrissem que somente a convivência sustentável com o ambiente que os cerca é a
chave para a sobrevivência da nossa espécie. Nunca antes se falou tanto em
sustentabilidade, da mesma forma que nunca se tentou seguir e estudar formas de
encontrar os caminhos da sustentabilidade e harmonizar nossa existência com as
necessidades de preservação do meio ambiente.
É crescente o número de pessoas, em todo o mundo, que passaram a exigir uma
postura mais ativa por parte das autoridades de seus países em relação às políticas
relativas ao meio ambiente, à exploração de seus recursos naturais e à ocupação mais
racional das áreas urbanas. Assim como cientistas, estudiosos e pessoas ligadas ao
meio ambiente reúnem-se em fóruns, debates e conferências onde se procuram
demarcar claramente técnicas, formas e diretrizes para que se assegure a descoberta e
a implementação de políticas voltadas para a ecologia e a sustentabilidade, cada nação
deve também definir - de acordo com o seu grau de desenvolvimento tecnológico,
características populacionais e a forma como exploram seus recursos naturais -
caminhos para um futuro sustentável e pleno para todos os habitantes de nosso planeta.
Algumas autoridades governamentais, vários organismos internacionais como a
O.N.U., ONG’s e entidades particulares estão bastante empenhados em estabelecer e
definir metas e caminhos viáveis para que qualquer sociedade possa implementar as
políticas que melhor se adaptem a cada país e a suas particularidades, aprofundando a
troca de experiências e estabelecendo sempre um debate em todos os níveis do
conhecimento humano.
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É importante entender que a busca de caminhos para a sustentabilidade global,
passa, antes de qualquer coisa, pela busca da sustentabilidade individual, da
sustentabilidade das relações humanas, pois, cada um, como indivíduo, pode se aliar às
forças que lutam com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida para o
futuro da humanidade. Cidades que tratam seus efluentes e resíduos, empresas que
evitam o desperdício de energia e de recursos, pessoas que vivem atentas ao modo
como interferem na natureza e no meio ambiente que as cercam, são exemplos de como
encontrar os caminhos da sustentabilidade e de como manter nosso planeta com
capacidade de sustentar a vida por muitas e muitas gerações.
Dentro deste contexto, o Colégio Estadual do Paraná, referência em Educação no
estado desde 1846, propõe um projeto de sustentabilidade para que se minimize o
impacto ambiental atual e com vistas à realidade futura. A inauguração da sede atual,
em 1950, torna necessária uma manutenção e atualização frequentes, que implicam
constantes aplicações significativas de investimentos.
Assim, para além da necessidade de preservação do acervo documental e da
estrutura física do Colégio, há necessidade de se implementar uma proposta que atenda
às demandas futuras para que o Colégio cresça de modo sustentável, a fim de garantir
educação de qualidade à altura da história e da importância desta instituição.
A partir de tal necessidade de adequar o CEP às demandas atuais e futuras é que
este projeto propõe soluções para Colégio Estadual do Paraná, transformando-o no
primeiro estabelecimento público estadual de ensino totalmente sustentável em todas as
dimensões: cultural, histórica, memorial, energética, ambiental, acessibilidade,
preparando a instituição para o século XXll.
O projeto apresenta duas bases: Sustentabilidade e Educação Patrimonial. Na
primeira, buscar-se-ão soluções para a produção de energias alternativas, captação e
tratamento de água e esgoto, gerenciamento de resíduos e Educação Ambiental. Em
contrapartida, o outro eixo do projeto será a Educação Patrimonial, tanto para a proteção
do patrimônio constituído quanto para a preservação de patrimônios futuros.
Para tanto, um projeto desta envergadura necessita de um trabalho articulado que
transcende o âmbito do Governo do Estado. Assim, pensou-se na construção de uma
verdadeira rede de apoiadores e parceiros, cada um contribuindo com sua expertise e
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possibilidade. Esta proposta será um grande mutirão de vontades e compromissos com
o CEP e comunidade, colocando o Paraná na vanguarda desta área de atuação.
2. JUSTIFICATIVA O modelo de sociedade atual fornece uma visão antropocêntrica e dicotômica
entre o homem e a natureza e esta forma de perceber o mundo - e da qual nossa ciência
é a herdeira - apresenta o que se chama "paradigma moderno” e reflete uma profunda
crise da sociedade moderna, devido à dificuldade de o homem e as ciências
solucionarem problemas práticos e teóricos, principalmente os relativos às questões
ambientais.
A crise ambiental reflete o modo de civilização da modernidade, ou seja, o mundo
está mudando e nas estratégias geopolíticas, dominantes blocos econômicos são
formados e pertencem a mercados que buscam a acumulação e concentração de
capital, o que agrava as desigualdades sociais. Isso reflete o modelo da sociedade
urbano-industrial que prioriza valores individualistas e consumistas, causadores de
dominação e exclusão sociais nas relações sociedade-natureza. Em virtude disso, o ser
humano se sente como não pertencente à natureza, e percebe o meio de forma
utilitarista, o que contribui para a desnaturalização da humanidade (GUIMARÃES, 2000).
Além disso, o desenvolvimento técnico-industrial desta sociedade eliminou grande parte
das diversidades humanas, étnicas e culturais, acarretando em mais problemas e crises
de civilização (MORIN, 2007).
A utilização dos recursos naturais de modo inconsequente, a degradação do meio
ambiente, a pobreza persistente em grande parte da humanidade, a necessidade de
desenvolvimento faz com que se pensem formas de harmonizar a ação do homem e a
sua existência em um espaço que demanda cuidado e proteção.
Segundo Mayor (1998, p.46), a educação é a chave do desenvolvimento
sustentável, autossuficiente - uma educação fornecida a todos os membros da
sociedade, segundo modalidades novas e com a ajuda de tecnologias novas, de tal
maneira que cada um se beneficie de chances reais de se instruir ao longo da vida. E
isto demanda estar preparado, em todos os sentidos, para remodelar o ensino, de forma
a promover atitudes e comportamentos que sejam portadores de uma cultura de
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sustentabilidade ambiental e de sustentabilidade das relações humanas.
É aí que entram os estabelecimentos de ensino, pois possuem uma
responsabilidade de preparar as novas gerações para um futuro viável. Nesse sentido,
os trabalhos desenvolvidos dentro das instituições de ensino têm um efeito multiplicador,
pois cada estudante, convencido das boas ideias da sustentabilidade, influencia o
conjunto, a sociedade, nas mais variadas áreas de atuação.
O Colégio Estadual do Paraná, com aproximadamente 5 mil alunos matriculados
no ensino regular, 1 mil alunos na Escolinha de Artes, 1,5 mil no Centro de Línguas, 1
mil alunos no treinamento desportivo, 364 professores, 96 funcionários, possui uma
considerável responsabilidade neste contexto, pois, além de ser uma instituição de
ensino, é um ambiente onde cerca de 7 mil pessoas circulam diariamente, deixando sua
pegada ecológica na história.
Um projeto de constante preservação e recuperação do patrimônio de quase dois
séculos, construído por diversas gerações de profissionais e estudantes, além do
desenvolvimento de estratégias de desenvolvimento sustentável, neste momento, é de
vital importância para a sobrevivência desta instituição por mais alguns séculos, trazendo
benefícios diretos a grande parte da população do estado do Paraná.
A qualidade do espaço físico é fundamental para promover uma educação de
qualidade, mesmo que a estrutura física constitua apenas um dos elementos que
colaboram para o sucesso do trabalho pedagógico. Se não houver uma administração
eficiente dos ambientes - assim como a conservação destes, a adaptação às mudanças
da sociedade e o planejamento das aulas que acontecerão nesses espaços - a estrutura
física perde sua função pedagógica e, por isso, o Colégio Estadual do Paraná
oportuniza, com a realização deste projeto, uma formação integral e continuada na
própria instituição.
O CEP, além do ensino nos níveis fundamental, médio e educação profissional,
possui o Observatório Astronômico e Planetário, o Canteiro de Obras em Santa
Felicidade, o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) e as atividades
complementares de diversidade, Oficinas da Escolinha de Artes e o Treinamento
Esportivo.
A proposta do Colégio Estadual do Paraná no século XXII, crescendo de modo
sustentável e preservando o seu patrimônio, é pensada no sentido de uma ação
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planejada de forma holística, e tem o intuito de transformar o Colégio em paradigma em
relação ao ensino e à preservação ambiental do patrimônio cultural que o Colégio
representa.
3. OBJETO
Implantação de um projeto de educação patrimonial e desenvolvimento de ações
de sustentabilidade para o século XXII no Colégio Estadual do Paraná, com duas bases
de ação: sustentabilidade e proteção patrimonial.
O projeto apresentará diversas vertentes a partir de seus eixos de sustentação,
tais como: implantação de sistemas para a produção de energia alternativa, captação de
águas pluviais, instalação de uma ETE - Estação de tratamento de Efluentes,
implementação de um PGRS - Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,
inclusão da Educação Ambiental e Patrimonial no currículo escolar como premissa
obrigatória e constante no CEP, estabelecimento de um programa de manutenção e
preservação do patrimônio material e cultural, criação de um programa de redução de
desperdícios.
O Colégio Estadual do Paraná é motivo de orgulho para todo o Estado, pois é
tombado conforme Inscrição Tombo 118 – II, Processo Número 03/93, data da inscrição:
10 de março de 1994, Livro Tombo Histórico. O prédio principal é formado de quatro
pavimentos, ocupando área de aproximadamente 43.140m2, consoante o projeto
original, desenvolvido sobre planta em U, dispondo, além de salas de aula, de
laboratórios destinados ao ensino de disciplinas específicas, tais como Biologia, Física,
Informática, Matemática e Química, e os laboratórios dos cursos do Ensino Profissional,
Escolinha de Arte, salas/ambiente, salas destinadas às atividades administrativas,
cinema/teatro, Auditório, Salão Nobre, biblioteca, almoxarifado, além de espaços outros
relacionados a atividades docentes e discentes. Composto de três blocos, os dois
laterais erguidos sobre pilares – o que permite o aproveitamento dos espaços livres para
fins diversos - além de sua relevante importância arquitetônica, transformou-se, com o
passar do tempo, em destacado marco sociocultural do Estado do Paraná.
De acordo com o Decreto n° 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta
a Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000 - e estabelece normas gerais e critérios
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básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de necessidades
especiais ou com mobilidade reduzida - o Colégio adequou sua infraestrutura com
rampas e 04 banheiros, além de já contar com 2 elevadores antigos para facilitar o
acesso. Apesar disso, a acessibilidade ainda é precária em alguns espaços da escola.
Especificando-se, as instalações do CEP compreendem:
a) Salas de aula:
O Colégio Estadual do Paraná – Ensino Fundamental, Médio e Profissional –
dispõe de 44 (quarenta e quatro) salas de aula, com 54 metros quadrados cada,
atendendo às especificações da Resolução n° 0318/2002 – SESA, sendo utilizadas em
três turnos.
b) Complexo higiênico-sanitário:
O Colégio Estadual do Paraná dispõe, no prédio central, de:
− 07 (sete) complexos higiênico-sanitários femininos, com pia, 05 (cinco) torneiras
e 05 (cinco) vasos sanitários em cada um;
− 07 (sete) complexos higiênico-sanitários masculinos, com pia, 04 (quatro)
torneiras, 05 (cinco) vasos sanitários e 01 (um) mictório com capacidade para 04 (quatro)
pessoas, em cada um;
No complexo poliesportivo, o Colégio dispõe de 02 (dois) complexos higiênico-
sanitários masculinos e 03 (três) femininos com as mesmas especificações citadas
acima.
c) Salas-ambiente:
O Colégio Estadual do Paraná dispõe de:
− 08 (oito) salas destinadas à guarda de materiais específicos das disciplinas,
sendo: uma sala com 18,90m2 para Física, equipada com cadeiras, mesas, poltronas,
armários, quadro; uma sala com 20,15m2 para Química, equipada com cadeiras, mesas,
armários, quadro de recados, telefone e microcomputador; almoxarifado de Química,
com 21,04m2, equipado com duas estantes, duas pias, cadeiras e banco; uma sala com
23,48m2 para Língua Portuguesa e LEM – Inglês, equipada com cadeiras, mesas,
armários, quadro de recados, arquivo, mural e microcomputador; uma sala com 17,83m2
para Sociologia e Filosofia, Cursos Técnicos e Ensino Fundamental, equipada com
armário embutido, cadeiras, mesas, armários, murais, quadro de recados,
microcomputadores e impressora; uma sala com 20,15m2 para Geografia, equipada com
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cadeiras, mesas, armários, quadro branco, escaninho, e microcomputador; uma sala
com 18,90m2 para Biologia, equipada com cadeiras, mesas, poltronas, armários, quadro
de recados, prateleiras, mural, pia de balcão, e microcomputadores.
− 02 (duas) salas com capacidade para cem pessoas cada, equipadas com data
show, amplificador de som, duas caixas de som, DVD player e microcomputador.
− Salão Nobre, com 309,60m2, equipado com conjunto de mesa de honra com
sete cadeiras, 150 cadeiras para plateia, duas mesas pequenas, sistema de som com
caixas, bandeiras históricas do Brasil, do Paraná, do Colégio Estadual do Paraná,
dezoito obras de arte (quadros) e um piano de cauda Essenfelder.
− Biblioteca, com 390,72m2, equipada com doze armários, 14 cadeiras, seis
fichários, quatro mesas com seis cadeiras, onze poltronas, um banco para quatro
pessoas, dez mesas com dez lugares, oito mesas individuais, 119 estantes e um balcão.
− Auditório, com 847,54m2 e 850 lugares, dois complexos higiênico-sanitários,
masculino e feminino, dois púlpitos, um piano de cauda Essenfelder, mesa de
iluminação, iluminação cênica com vinte canhões de luz, sistema de som com mesa de
dez canais, caixas de som, cd player, quatro microfones, tela de projeção, quatro
bandeiras (Brasil, Paraná, Curitiba e do Colégio), dois camarins e depósito de materiais.
− Sala de convivência, com 17,27m2, com nove cadeiras, duas mesas e um
quadro de giz.
− 02 (duas) salas de aula, com vinte conjuntos de cadeiras e carteiras, e 02 (duas)
salas de aula, com quarenta conjuntos de cadeiras e carteiras destinadas às aulas do
CELEM, que oferta, em 2012, cursos de Inglês, Espanhol, Alemão, Francês, Japonês,
Mandarim e Polonês, num total de 48 turmas, distribuídas nos 03 turnos e nos sábados.
− Rádio intervalo.
− Escolinha de Artes, com materiais e equipamentos para desenvolver o trabalho
pedagógico nas quatro áreas: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança.
− Complexo poliesportivo, com ginásio de esportes, pista de atletismo oficial,
piscina olímpica com plataforma de saltos e piscina de aprendizagem, campo de futebol,
quadras de voleibol, basquetebol, futsal, handebol, salas de musculação, de ginástica
rítmica e xadrez.
− Almoxarifado geral, contendo materiais de expediente, limpeza e manutenção
do Colégio, devidamente organizados e acondicionados.
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− Refeitório, onde é servida a merenda escolar. O Colégio Estadual do Paraná,
além da merenda nos períodos da manhã, tarde e noite, oferece almoço e jantar, na
condição de reforço de merenda, para os estudantes que participam de atividades
escolares em turnos diferentes dos quais estão matriculados. Atualmente, a merenda
escolar serve um total de 1.200 refeições por dia. Temos estudantes atletas, que
participam das atividades desportivas e que também utilizam esse tipo de serviço.
− Cantina comercial, administrada pela APMF do Colégio.
− Centro de Memória, contendo o acervo histórico do Colégio, responsável pela
catalogação e organização de documentos, mobiliário, fotos e as mais diversas formas
de registro da história da instituição que, em 2012, completou 166 anos.
d) Laboratórios:
O Colégio Estadual do Paraná possui quatro Laboratórios de Informática, um
Laboratório de Biologia, um de Física, um de Química, um de Matemática, um de
Prótese Dentária e um de Saúde Bucal;
e) Instalações e ambientes destinados às pessoas com necessidades especiais:
O Colégio Estadual do Paraná dispõe de complexo higiênico-sanitário em todos os
andares, rampas de acesso, elevadores e guias no calçamento.
f) Canteiro de Obras, localizado no Bairro de Santa Felicidade, à Rua Angela Dall
Ostro, 201, com 7.928m2, sendo 300m2 construídos. É utilizado nas aulas práticas do
curso de Edificações.
g) Observatório Astronômico, no Município de Campo Magro, área de 5.000
metros quadrados.
h) Casa de máquinas, que abriga os motores de filtro das piscinas.
i) Prédio que abriga os equipamentos de Educação Física, com 190,40m2, e onde
existe garagem para os carros oficiais.
j) Casa destinada ao Centro de Memória (em reforma), com 354m2.
O Colégio Estadual do Paraná possui um patrimônio cultural adquirido e
acumulado ao longo de toda a sua trajetória, destacando-se uma importante pinacoteca.
Essa coleção é um patrimônio público de grande valor histórico e qualidade estética.
Atualmente, é composta de vinte e oito obras de dezoito artistas, sendo muitos
paranaenses, como os premiados Theodoro De Bona (1904-1983), Guido Viaro (1897-
1971), Miguel Bakun (1905-1963), Poty Lazzarotto (1924-1998), entre outros. Grande
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parte desse acervo é composto por trabalhos de ex-estudantes, ex-professores, e até de
artistas que viveram as duas situações neste Colégio, como Luis Carlos Andrade Lima
(1933-1998) e Jarbas Schünemann (1951-1992). A distribuição dessa pinacoteca se
concentra em três ambientes específicos no Colégio Estadual do Paraná: no Salão
Nobre, na Direção Geral e na Escolinha de Arte. Embora não se tenha o registro exato
do início dessa coleção, a obra mais antiga data de 1887, “Nossa Senhora e o Menino
Jesus”, do artista Joseph Weiss (1861-1952) e, por se tratar de uma coleção aberta,
ainda recebe novas obras, como os recentes óleos sobre tela (2005), da artista Dulcirene
Montanha Moletta (1941), doados em 2008.
Atualmente, temos mais de 5000 (cinco mil) estudantes matriculados e
frequentando regularmente, aproximadamente 63% deles residem em Curitiba e 37% e
na área metropolitana, num total geral de 121 turmas. Além dos ensinos fundamental e
médio, o CEP oferta, no Ensino Médio Integrado, os cursos de Técnico em Edificações,
Técnico em Comunicações e Artes, Técnico em Prótese Dentária, Técnico em Arte
Dramática e Artes Cênicas. No Ensino Subsequente, os cursos Técnico em Produção de
Áudio e Vídeo, Técnico em Administração, Técnico em Arte Dramática e Artes Cênicas,
Técnico em Informática, Técnico em Edificações, Técnico em Saúde Bucal, Técnico em
Secretariado.
Como são desenvolvidas várias atividades extracurriculares, há um grande
número de pessoas circulando diariamente nas dependências do CEP, nos períodos
matutino, vespertino e noturno, conforme gráficos e tabelas, elaboradas pela Secretaria
da Escola, em 2011. Pode-se inferir, portanto, que o número de pessoas que circulam no
CEP é bem maior que a população de muitos municípios do interior do Estado, conforme
mostram os gráficos abaixo (Gráficos 1, 2 e 3).
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Gráfico 1
Gráfico 2
Gráfico 3
ALUNOSAGENTE I
AGENTE IIPEDAGOGAS
PROFESSORESESTAGIÁRIOS
0
500
1000
1500
2000
2500
1687
20 14 986
0
1969
18 14 20156
1
CIRCULAÇÃO DIÁRIA DE PESSOAS - CEPNOITE
20102011
SEGMENTOS
QUAN
TIDAD
E DE P
ESSO
AS
ALUNOSAGENTE I
AGENTE IIPEDAGOGAS
PROFESSORESESTAGIÁRIOS
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
2096
43 34 998
4
2645
36 30 15194
4
CIRCULAÇÃO DIÁRIA DE PESSOAS - CEPMANHÃ
20102011
SEGMENTOS
QUAN
TIDAD
E DE P
ESSO
AS
ALUNOSAGENTE I
AGENTE IIPEDAGOGAS
PROFESSORESESTAGIÁRIOS
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
2181
57 43 11107
6
2410
54 44 35213
5
CIRCULAÇÃO DIÁRIA DE PESSOAS - CEPTARDE
20102011
SEGMENTOS
QUAN
TIDAD
E DE P
ESSO
AS
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4. OBJETIVOS
• Implantar sistemas de produção de energia alternativa: eólica, pisos geradores
de energia, células fotovoltaicas, bicicletas geradoras de energia;
• Instalar uma ETE: Estação de Tratamento de Efluentes, um PGRS: Programa
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, um sistema de captação de águas
pluviais;
• Incluir a Educação Ambiental e Patrimonial com vistas à manutenção de todos
os outros projetos;
• Reduzir o desperdício com programas específicos que façam análises
constantes da demanda e do uso dos recursos;
• Adequar os cursos profissionalizantes (integrado e pós-médio), já ofertados
pelo CEP, à concepção de sustentabilidade.
• Ofertar cursos profissionalizantes nas áreas ambientais, memória e patrimônio,
segurança do trabalho, química, bem como formação continuada aos
professores e funcionários do CEP;
• Elevar a oferta e o padrão de qualidade do ensino na instituição.
5. META A meta do projeto é chegar ao século XXII com um Colégio totalmente preservado
e sustentável, com consciência patrimonial e ambiental do uso racional dos recursos
naturais.
6. PREMISSAS Tendo em vista suas finalidades, foram adotadas algumas premissas
fundamentais, relativas à implementação do Projeto:
• Manutenção predial constante;
• Cobertura das piscinas;
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• Reforma do Ginásio para instalação de piso gerador de energia;
• Instalação de células fotovoltaicas no ginásio, na cobertura da piscina e
demais localidades possíveis;
• Instalação imediata do PGRS;
• Construção de sistema de captação da água pluvial e viabilidade da sua
utilização;
• Implantação de projeto de reutilização da água usada no CEP;
• Implantação de projeto de acessibilidade;
• Instalação de bicicletas geradoras de energia no pátio;
• Construção de uma nova torre para a oferta de novos cursos;
• Construção da ETE;
• Implantação de projetos educacionais de Memória e Preservação Patrimonial
e de Educação Ambiental.
• Uso da energia eólica.
7. PARCERIAS
A parceria com instituições públicas ou privadas de ensino técnico e superior tem
como objetivo o desenvolvimento do projeto com a implementação de estágios, através
dos quais estudantes de diversos cursos poderão aplicar seu conhecimento de modo
prático e contribuir para a preservação do patrimônio escolar e para o desenvolvimento
da sustentabilidade com vistas à formação integral e de qualidade do educando,
beneficiando assim toda a comunidade escolar e toda a sociedade. Além disso, uma parceria com órgãos estaduais como COPEL, SANEPAR, IAP,
SEAP, SEAB, SEEC, EMATER, ITAIPU, SEMA, TECPAR dentre outros, poderá propiciar
formação aos professores, pedagogas e funcionários do Colégio Estadual do Paraná, a
fim de capacitar para a manutenção e implementação de todos os projetos de
Sustentabilidade e de proteção ao patrimônio escolar.
Empresas de economia mista como a PETROBRAS e outras poderão contribuir
também com parcerias em seus projetos de sustentabilidade, como o projeto
AGROFLORESTAR, no Vale da Ribeira e no Litoral Paranaense, onde alunos do
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Colégio Estadual do Paraná já tiveram a oportunidade de obter formação em Educação
Ambiental.
8. DEMANDA ESPERADA
Considerando seu porte, o Colégio Estadual do Paraná poderá oferecer estágio
para xx cursos, com a possibilidade de auxiliar xx alunos na sua formação com benefício
direto aos seus alunos e comunidade.
9. OFERTA EDUCACIONAL
O presente trabalho apresenta como sugestão de implantação de cursos técnicos,
tais como: Técnico em processos ambientais (indústria), Técnico em Memória e
Patrimônio, Técnico em Meio Ambiente (gestão); Técnico em Segurança do Trabalho,
Técnico em química.
(Inserir a estrutura dos cursos a serem ofertados.)
10. IMPLEMENTAÇÃO O projeto prevê a implementação em todos os espaços do Colégio Estadual do
Paraná, a saber: Sede Central que contempla o Colégio, a Escolinha de Arte, o Centro
Esportivo; Observatório em Campo Magro e o Canteiro de obras em Santa Felicidade.
10.1 Custos do Projeto
Os custos de implantação do projeto estão estimados em R$ XXX milhões.
10.2 Fonte de recursos
Para a implementação do Programa serão utilizadas XXX fontes de recursos: do
Governo Federal, ....
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10.3 Definição dos terrenos e área mínima
Requer estudo técnico... área de construção da ETE, sistemas de energia e água,
novo prédio, etc...
10.4 Etapas de implementação Cronograma
11. GESTÃO DOS PROGRAMAS Quem ficará responsável
12. ANEXOS
ANEXOS - CADA UM DOS PROGRAMAS A SEREM IMPLEMENTADOS ANEXO I
• Programa de Educação Ambiental:
Laura Patrícia Lopes1
1. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A nossa sociedade atualmente é pautada, na fonte de energia motriz que traz
como danos “irreversíveis”: a desigualdade social desumana, a exploração e a
manipulação dos seres humanos, a exploração sem gestão dos recursos minerais, o uso
da água de forma descompromissada, a urbanização descontrolada, o uso e ocupação
do solo sem planejamento, a saúde dos seres humanos e dos animais em perigo por
questões climáticas, desmatamento de áreas verdes e o consumo desnecessário. Todos
1 Bacharel/Licenciada em Geografia, Especialista em Educação Ambiental. Professora do Colégio Estadual do Paraná. [email protected]
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esses itens elencados são diretamente conectados a EA (Educação Ambiental) e o DS
(Desenvolvimento Sustentável). Para minimizar estes problemas e outros que não estão
presentes no texto, precisamos compartilhar ideias, pensamentos, conceitos similares,
ou a conscientização por meio informal e formal nas escolas, para que no devir
possamos contar com uma biosociedade sustentável de fato.
Nosso objetivo é retomar as atividades ambientais realizados no CEP, pois
como já mencionamos através da LEI Nº. 9.795 a EA deve estar presente em todos os
níveis de ensino. Desta forma, nosso escopo está baseado em três eixos fundamentais,
que versam em: a) identificar as práticas/atividades existentes ou em andamento no
CEP; b) avaliar e questionar o modo como são realizadas; c) propor novas atividades ou
reformular as atividades existentes no CEP.
A pesquisa torna-se extremamente relevante, pois a nossa sociedade
contemporânea “não tem consciência de seus atos” ao que tange ao DS, a base do
futuro da sociedade que também está na escola. Tornando-se essencial trabalhar com
EA nas escolas. De acordo com Dewes (2006), o artigo 1º desta Lei 9.495, entende-se
por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Partimos do princípio que EA não deve ser algo restrito a um grupo de pessoas
ou uma organização pública ou particular. Devemos maximizar os problemas e as
soluções. Desta forma, Marcatto (2002) descreve, a participação implica envolver, ativa e
democraticamente, a população local em todas as fases do processo, da discussão do
problema, do diagnóstico da situação local, da identificação de possíveis soluções, até a
implementação das alternativas e avaliação dos resultados.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Dias (1994), em 1962, a jornalista Rachel Carson lançava seu clássico
livro Primavera Silenciosa, relatando o uso excessivo dos produtos químicos e,
consequentemente, o efeito maléfico sobre os recursos ambientais.
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Em 1972, o Clube de Roma publicou um relatório chamado “Os Limites do
Crescimento”, previsão bastante pessimista do futuro da humanidade, se o modelo de
exploração dos recursos naturais não fossem modificados. Também em 1972, a
Organização das Nações Unidas (ONU) realizou em Estocolmo, Suécia, a Conferência
das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano. Nessa conferência foi criado o Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). (MARCATTO, 2002)
Segundo Medina (2008), a Conferência de Estocolmo inspirou um interesse
renovado na Educação Ambiental na década de 1970, tendo sido estabelecida uma série
de princípios norteadores para um programa internacional e planejado um seminário
internacional sobre o tema, que se realizou em Belgrado, em 1975.
No ano de 1977, houve a Conferência Intergovernamental de Educação
Ambiental, em Tbilisi, ex-União Soviética. As definições dessa Conferência continuam
muito atuais, sendo adotadas por governos, administradores, políticos e educadores em
praticamente todo o mundo (MARCATTO, 2002 apud CZAPSKI, 1998).
No Brasil, em 1977, foi fundada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA),
tendo como objetivo formar um grupo para elaboração de um documento sobre EA, com
o intuito de definir seu papel no contexto da realidade socioeconômico-educacional
brasileira. (DIAS, 1994)
Em 1984, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresentou
resolução estabelecendo diretrizes para as ações de EA, aprovada a Resolução 001/86
(1986) que estabelecia as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais
para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) como um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. (Dias, 1994)
Segundo Marcatto (2002), através da Lei Federal Nº. 9.795, sancionada em
1999, e reformulada em 2002, através do Decreto Nº. 4.281, como define a “Política
Nacional de Educação Ambiental”, a EA deverá estar presente em todos os níveis de
ensino no âmbito escolar.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento
ECO-92, ocorreu no Rio de Janeiro. Deste encontro o Brasil elaborou a Agenda 21, que
tem como objetivo estabelecer equilíbrio entre as estratégias das políticas ambientais e o
desenvolvimento econômico e social, para consolidar um desenvolvimento sustentável.
Em 2002, realizou-se em Johannesburgo, África do Sul, o Encontro da Terra, também
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denominado Rio+10, pois teve a finalidade de avaliar as decisões tomadas na
Conferência do Rio em 1992. (MARCATTO, 2002).
2.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Segundo Marcatti (2002) o conceito Desenvolvimento Sustentável foi utilizado
pela primeira vez no documento Estratégia de Conservação Global (World Conservation
Strategy), publicado pela World Conservation Union, em 1980. Foi, porém a partir da
publicação do Relatório: “Nosso Futuro Comum” em 1987, também conhecido como
Relatório Bruntland que o conceito se firmou. De acordo com este:
O Desenvolvimento Sustentável é aquele que “atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades” (MARCATTI, 2002 apud World Commission on Environment and Development, 1987).
Desenvolvimento Sustentável deve, portanto, significar desenvolvimento social,
econômico, estável e equilibrado, com mecanismos de distribuição das riquezas geradas
e com capacidade de considerar a fragilidade, interdependência e as escalas de tempo
próprias e específicas dos elementos naturais. Significa, ainda, gerar riquezas, utilizando
os recursos naturais, de modo sustentável e respeitando a capacidade de recuperação e
recomposição desses recursos, criando mecanismos que permitam o acesso a esses
recursos por toda a sociedade. (FUCILINI, WATZLAWICK, 2007 apud BEZERRA, 2000).
Para Jacobi (2003), a noção de sustentabilidade implica uma inter-relação
necessária de justiça social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o
atual padrão de desenvolvimento. Complementa Dias (1994), a chave para o
desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das
pessoas. O meio ambiente não é apenas o recurso, está presente na cultura e na
história.
De acordo com Schenini (2005), o Desenvolvimento Sustentável se sustenta em
três atributos básicos que são o crescimento econômico, a equidade social e o equilíbrio
ecológico, todos sob o mesmo espírito holístico de harmonia e responsabilidade comum.
O DS representa o surgimento de uma nova ordem econômica e social. Além da
preocupação com o combate à poluição, existe a conscientização de que se deve levar
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em conta as necessidades da população. (SCHENINI, SILVA, RENSI, 2005 apud MOTA
1997).
Neste contexto, finalizando o DS, Sanches (1996) enfatiza a crise sócio
ambiental, menciona a questão do desemprego e propõe a geração de empregos ou de
auto empregos. Nesta perspectiva deve-se atacar o problema levando-se em
consideração os critérios social, econômico e ecológico. Somente seguindo este padrão
que o DS será real.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Com o mundo que estamos vivendo, vemos que o nosso clima não é mais o
mesmo, as estações não estão mais definidas como antes. A situação está muito
preocupante: enchentes e secas, nevascas entre outras coisas. Tudo isso se dá
também através das atitudes que o homem vem tendo com o nosso meio ambiente.
A educação ambiental é extremamente importante na vida do homem, é uma
forma de poder ensinar ou reeducar as pessoas na sua maneira de agir e pensar.
Sabemos que muitas pessoas não participam para um mundo melhor e aí entra a
Educação Ambiental. Podemos, através de palestras e usando os meios de
comunicação, as aulas práticas e teóricas, abrir os olhos das pessoas com relação ao
meio ambiente, mudando sua maneira de pensar e agir.
A Educação Ambiental é importante na melhoria da qualidade de vida. O grande
desafio da humanidade é promover o desenvolvimento sustentável de forma rápida e
eficiente.
2.4 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – LEGISLAÇÃO 9.795/99
Cabe ao Poder Público, segundo os arts. 205 e 225 da Constituição Federal,
definir políticas públicas, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino.
A lei 9.795/99, segundo (Berna Vilmar, 2004), diz que a Educação Ambiental deve
estar presente nas escolas, em caráter formal e não formal no Art. 2°. Todos têm direito
à educação ambiental.
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Artigo 3°: Cabe: ao SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente), promover
ações de educação ambiental integradas na conservação e recuperação do meio
ambiente; aos meios de comunicação, colaborar para as disseminações de informações
da mídia; às empresas, instituições públicas, promover programas e palestras
destinados aos trabalhadores; à sociedade, estar atenta a qualquer mudança do meio
ambiente.
Art. 4°: São princípios básicos da educação ambiental:
O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo, interdependência
entre o meio natural, o sócioeconômico, o cultural na sustentabilidade. Permanência do
processo educativo, respeito à diversidade individual e cultural.
Art. 5°: São objetivos fundamentais da educação ambiental:
Compreensão integrada entre aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos,
sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. Incentivo à participação individual e
coletiva na preservação do meio ambiente.
Art. 7°: Política Nacional de Educação Ambiental envolve o Sistema Nacional de Meio
Ambiente (SISNAMA), instituições educacionais pública e privada no sistema de ensino,
órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e o dos Municípios e
organizações não governamentais com atuação em educação ambiental.
A educação ambiental deve ser incentivada na educação geral e escolar no
desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentos, na produção e divulgação de
material educativo, nas práticas educativas, na formação e especialização de
professores e profissionais da área de meio ambiente.
Art. 9°: Educação Ambiental no ensino formal
Educação básica (Ed. infantil, ensino fundamental e ensino médio), educação
superior, especial, profissional e educação de jovens e adultos.
Art. 13°: Educação Ambiental não formal
Corresponde às ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da
coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa
da qualidade do meio ambiente.
O poder público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivarão a
transmissão por intermédio dos meios de comunicação, espaços nobres de programas,
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campanhas educativas sobre o meio ambiente; a participação das escolas na formulação
de atividades relacionadas ao meio ambiente, sensibilização da sociedade para
unidades de conservação; a participação de empresas públicas e privadas no
desenvolvimento de programas de educação ambiental; a sensibilização dos
agricultores.
Da execução da Política Nacional de Educação Ambiental:
Art. 14°: A coordenação ficará a cargo de um órgão gestor que se encarregará da
definição de diretrizes para implementação nacional e coordenação e supervisão de
planos e programas, projetos de educação ambiental.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na sua competência e nas áreas
da jurisdição, irão definir diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental.
Art. 17°: A eleição de programas e planos vinculados à política Nacional de
Educação Ambiental deve seguir os seguintes critérios:
Conformidade com princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de
Educação Ambiental. Prioridade dos órgãos integrantes do SISNAMA e do Sistema
Nacional de Educação.
2.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PARANÁ
Em Curitiba, como no país de um modo geral, durante toda a década de 70, as
preocupações se voltaram para a criação de órgãos públicos, cujas ações por eles
desenvolvidas na área ambiental subordinavam-se, principalmente, à lógica
desenvolvimentista de modernização e de progresso, em consonância com as
preocupações dominantes na época.
As medidas educativas do final da década de 70 e 80 eram direcionadas para as
atividades que tinham a criança como alvo principal, tanto na educação formal quanto da
educação informal. Para isso, eram incentivadas excursões aos parques da cidade,
visitas orientadas ao Zoológico, Horto Municipal, Museu de História Natural, Passeio
Público, plantio de árvores e organização de hortas nas escolas. Outras atividades
também eram promovidas na “semana do meio ambiente”, no “dia da árvore”,
principalmente através de concursos de cartazes e histórias escritas ou desenhadas
pelos alunos das escolas municipais. Nesses concursos, as empresas participavam com
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a distribuição de prêmios para os primeiros lugares que eram entregues pelo prefeito.
Esses eventos contavam com a colaboração de empresários, comerciantes, e outros
órgãos, alguns estaduais. (RAMOS, 2006).
A exemplo da Constituição Federal do país de 1988, o Estado do Paraná em sua
lei maior, promulgada em 1989, estabelece no artigo 207 inciso 1º, a inclusão da EA em
todos os níveis de ensino e a “conscientização pública para a preservação ambiental.”.
Anos depois, em respeito às diretrizes constitucionais, o município de Curitiba regulou a
sua “Política de Educação Ambiental” pela Lei n. 7.833/91. Por esta lei, a EA seria
promovida na Rede Municipal de Ensino (RME) em todas as áreas do conhecimento e
no decorrer de todo o processo educativo, em consonância com os currículos e
programas elaborados pela Secretaria Municipal de Educação (SME), e em articulação
com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) (Ramos, 2006). No mesmo ano,
foi implantado o programa do lixo que se constitui em um dos pilares da EA em Curitiba.
Para atender as diversas áreas, os programas educativos foram organizados de
acordo com a atuação em diferentes serviços tais como: EA nas escolas municipais, EA
Comunitária direcionada para a comunidade em geral, EA em Unidades de Conservação
com a realização de atividades nos parques e bosques, Programa Integração Infância e
Adolescência/PIA Ambiental com o objetivo de atender as crianças carentes nas regiões
mais afastadas e pobres, Pesquisa e Produção de Material Instrucional, para elaborar os
materiais informativos e de apoio didático, entre outros. No final da década de 90, em
função de algumas leis, principalmente a Agenda 21, a EA recebeu também a tarefa de
educar, visando o desenvolvimento Sustentável.
Em 1991, a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba
(SME) lançou as diretrizes do projeto político-pedagógico de EA que deveria estar
presente no currículo escolar para subsidiar a prática pedagógica nas escolas da Rede
Municipal de Ensino (RME), na gestão 1989/1992. Mediante o programa Educambientar,
cursos de capacitação passaram a ser ministrados para os professores da rede
municipal de ensino, com o objetivo de torná-los agentes multiplicadores da EA.
No governo do Paraná, no período das gestões 1995/1998 e 1999/2002, foi
firmado um convênio entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e o Sistema
SEMA (composto pela Secretaria de Estado gestora da política ambiental e seus
executores, os órgãos vinculados Instituto Ambiental do Paraná - IAP e Superintendência
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de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – SUDERHSA)
que buscaram parcerias com prefeituras, iniciativa privada e demais setores da
sociedade, estabelecendo a disposição funcional de professores do quadro do
magistério estadual na SEMA; a integração de ações educativas e informações técnicas
especializadas sobre questões ambientais; o desenvolvimento de propostas conjuntas
de EA, relacionadas aos programas ambientais governamentais, reunidos sob o projeto
Paraná Ambiental (JUSTEN, 2006).
O Projeto Paraná Ambiental realizou eventos que movimentavam escolas e
comunidades, professores e alunos. Eram concursos de redação, desenho e monografia,
festivais de teatro e canções ecológicas, com regulamentos específicos, atribuindo-se
premiações aos vencedores, nas instâncias local, regional e estadual. O projeto
mobilizou comunidades e escolas em atividades de pesquisa-ação e desenvolvimento de
projetos sobre as questões ambientais, através da realização anual do Fórum Infanto-
Juvenil do Meio Ambiente (Justen, 2006).
O Governo do Paraná continuou com as ações junto às escolas, comunidades e
setores produtivos com os seguintes programas: Biodiversidade – Conceitos e práticas
para a conservação; Educação Ambiental para a família rural; Projeto Paraná
Biodiversidade – Caderno de resultados 2004-2008; Composição dos Amigos da
Biodiversidade; Desenhos e Poesias – Amigos da biodiversidade; Educação Ambiental
para família rural – Caderno de resultados 2008; A Viagem do Zeca Pivara, preservando
a biodiversidade.
A representação do IBAMA no Paraná, através do seu Núcleo de Educação
Ambiental, tem buscado nivelar as ações de Educação Ambiental nas diferentes áreas
de abrangência (Unidades de Conservação e Unidades Descentralizadas), norteando as
suas atividades para o estabelecimento de um programa integrado de E.A., tendo em
vista que as ações de educação ambiental se dão de forma desarticulada das demais
esferas do Estado.
Quanto às indústrias, cito algumas atuantes no Paraná, como a BOSCH e a
BASF.
BOSCH
Com investimentos de três milhões anuais em ações próprias e parceria com
órgãos públicos e ONGs, o Instituto Robert Bosch é pautado nos pilares da educação de
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crianças e jovens, da saúde preventiva, da preservação do meio ambiente e da
valorização da cultura como complemento a educação.
BASF
A BASF e a Cooperativa Agrária Agroindustrial apresentaram em Guarapuava
(PR) espetáculos teatrais e oficinas de reciclagem. O projeto faz parte das atividades do
Programa Mata Viva, de Adequação e Educação Ambiental da BASF, que visa levar
entretenimento e noções de preservação ambiental às comunidades da região de
Guarapuava. As apresentações são itinerantes e já beneficiaram várias cooperativas
agrícolas do país.
O projeto itinerante do Programa Mata Viva conta também com apoio Fundação
Espaço ECO.
3. METODOLOGIA
A coleta de informação com pessoas diretamente ligadas com a questão em tela,
não buscou nenhum dado numérico, o tema em pauta nos levou à escolha de um
debate/diálogo/conversa com a coordenação (Fórum das Águas) e os docentes que
realizam atividades voltadas a EA. De acordo com Martins (2004), as chamadas
metodologias qualitativas privilegiam, de modo geral, da análise de microprocessos,
através do estudo das ações sociais individuais e grupais. Desta forma, Rauen (2002),
esforça - se para compreender situações únicas, como parte de um contexto particular e
de suas intenções, tendo o pesquisador como instrumento primário da coleta de dados.
O Colégio Estadual do Paraná realizou o evento Fórum das Águas de 2004 até o
ano de 2009. O presente projeto busca a retomada desta importante atividade e a
implementação de outras atividades igualmente importantes para a EA no CEP. A coleta
dos dados ocorreu em: a) conversa com as coordenações e professores do
estabelecimento de ensino; b) busca de arquivos/dados para comprovar a atividade no
Colégio. Nesse norte nossa pesquisa foi observar, coletar e propor a retomada do Fórum
e a implementação de novas atividades de EA.
3.1 IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS RELACIONADOS À EA NO CEP
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Com base nos dados que garimpamos, percebe-se que, em 2004, o Colégio
propôs e realizou o Fórum, que teve como tema central “Água – uma necessidade para
todos”, participaram 74 escolas públicas estaduais de Curitiba e de 14 municípios da
Região Metropolitana. Durante dois dias, mais de 700 participantes, entre professores,
alunos, técnicos e pessoal de apoio discutiram/refletiram sobre o uso dos recursos
hídricos em geração de energia, tratamento de resíduos, indústria, consumo, esgoto
doméstico, lixo, irrigação, agrotóxicos, desmatamento, eco turismo, esporte e lazer.
Além do diagnóstico da realidade local de cada comunidade escolar, o Fórum das
Águas proporcionou uma troca de experiências e informações e todos, imbuídos de um
objetivo comum, após debates, análises, elaboraram a Carta Aberta de Intenções e
Comprometimento dos Colégios e Escolas Públicas de Curitiba e Região Metropolitana –
com mais de 30 propostas de soluções e sugestões, dos alunos e professores. Num
esforço conjunto, professores e alunos, foram unânimes quanto à continuidade desse
processo sócio educacional, tornando-o permanente.
O Fórum permanente das águas aconteceu todos os anos desde 2004, até o ano
de 2009, e teve como proposta fundamental uma educação consciente, crítica e política,
que compreendesse a ação e propusesse aos jovens das escolas públicas mudanças
comportamentais em relação à preservação, conservação e o uso racional da água.
Os eventos contaram com a parceria e apoio da SEED, EMATER, ABAS,
SUDERHSA, NRE de Curitiba da área Norte e área Sul, PARATI, PHOENIX Eventos,
ITAIPU BINACIONAL; SANEPAR; PUC-PR; GRUPO Sonho e Magia; DIRETRAN;
CELEPAR; CICLUS CONSULTORIA; UFPR; Secretarias Municipais de: Araucária,
Campo Magro, Campina Grande do Sul, Curitiba e Rio Branco do Sul; EBCT; MAJA;
TROMBINI; MINEROPAR e SENGE – PR.
No Fórum de 2005 os temas foram: Urbanização Desordenada; Consumismo X
Sustentabilidade; Florestas e Rios.
No Fórum de 2006, os temas foram: Ciclo hidrológico – base de renovação da
vida; Impactos das atividades antrópicas no ciclo da água; Alternativas sustentáveis para
preservação e conservação dos recursos hídricos.
No Fórum de 2007, os temas foram: Consumismo x Sustentabilidade; Ética e
Moral Ambiental; Uso Racional e Desperdício.
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No Fórum de 2008, os temas foram: Leis das águas – Lei da Vida;
Sustentabilidade x Qualidade de Vida; Lei Federal 9433/97 – Lei das Águas.
No Fórum de 2009, os temas foram: Sustentabilidade x Sociabilidade;
Consumismo e a Geração de Lixo.
Além do Fórum das Águas, o Colégio realiza ações isoladas de alguns
professores em relação à Educação Ambiental.
3.2 AVALIAÇÃO SOB OS DADOS COLETADOS
No que tange a LEI Nº. 9.795, a EA deve estar presente em todos os níveis de
ensino. Percebemos que existe uma preocupação no Colégio, em discutir e buscar
soluções para as questões que versam sobre: a) urbanização desordenada; b)
consumismo; c) sustentabilidade; d) preservação e conservação dos recursos hídricos e
energéticos; e) ética e moral ambiental; f) desperdício e g) gerenciamento de resíduos
sólidos.
O CEP, as coordenações e os docentes buscam a conscientização em um
sentido maximizado, como exemplo, buscando alunos de outras escolas, outros
municípios para que todos possam compartilhar conhecimento/ação que permeiam o
meio ambiente e propor soluções.
Esses encontros não ficavam apenas em debates/argumentações/análises. No
final do encontro era elaborada uma Carta Aberta de Intenções e Comprometimento dos
Colégios e Escolas Públicas de Curitiba e Região Metropolitana – com mais de 30
propostas de soluções e sugestões, dos alunos e professores. Percebemos, que para
além do Fórum da Águas, alguns docentes abordam assuntos relacionados ao meio
ambiente em sala de aula, algumas professoras de Matemática possibilitam ao aluno
uma visão ambientalista em suas aulas com a utilização de textos, as professoras de
Ciências, Biologia, História, Língua Portuguesa e Geografia também o fazem utilizando
textos, vídeos, filmes relacionando as questões ambientais.
Com relação à análise crítica dos dados obtidos, pudemos observar que o
Colégio Estadual do Paraná, pela sua estrutura, não tem aproveitado o espaço
disponível para formar uma horta orgânica que poderá ser utilizada pelos alunos do
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ensino fundamental (6° – 9° anos) para aprendizagem e pelo próprio universo de
pessoas do Colégio (merenda escolar para alunos, professores e funcionários).
Outro fator que pode ser melhorado é em relação à “Rádio Intervalo” do Colégio.
A Rádio é uma comunicação muito interessante entre os alunos, pois a força do rádio é
sua capacidade de interagir com o público (Gonçalves, 2004) levando, entre outros
temas, as notícias e reflexões sobre meio ambiente.
3.3 PROPOSTAS, OUTRAS FORMAS DE FAZER A EA
Ressaltamos, que o Colégio já está imbuído/atraído pela sensibilização do
aluno e da comunidade escolar. A seguir, apresentamos algumas propostas:
Atividades que versam em: a) Sensibilização: Cartilhas, folder e utilização do
espaço (mural) da Biblioteca; b) Educação ambiental para toda a comunidade escolar: treinamento aplicado, orientando quanto aos procedimentos ambientalmente
corretos no exercício das funções de cada segmento, fazendo com que todos se tornem
responsáveis pelas práticas sustentáveis em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu
lar e à sua família, c) Programas de orientação ambiental: a escola pode desenvolver
programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos
animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de
caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos
ambientalistas; d) Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando
Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares
que visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente).
Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização
urbana e preservação do ambiente; e) Imitação: estimula os estudantes a produzir sua
própria versão dos jornais, dos programas de rádio e TV - Os estudantes podem obter
informações de sua escolha e levá-las para outros grupos e para a comunidade,
dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado; f) Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpretativas; apresentam
percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio de
placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se utilizar a interpretação espontânea,
na qual monitores estimulam os estudantes à curiosidade à medida que eventos, locais e
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fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os
desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a
percepção ambiental do observador; g) Exploração do ambiente local: prevê a
utilização/exploração dos recursos locais próximos para estudos, observações,
caminhadas etc. - Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação complexa
dos processos ambientais a sua volta; h) Rios de Curitiba e RM: acompanhar
processos de revitalização destes; i) Resíduos sólidos: Reduzir, reciclar e reutilizar; j)
Reimplantação do Fórum das Àguas.
5. CRONOGRAMA DE RETOMADA E IMPLANTAÇÃO DE ATIVIDADES DE EA NO CEP 6. PLANILHA DE CUSTOS 7. CONCLUSÃO
Professores, alunos, pedagogos e funcionários do Colégio Estadual do Paraná
demonstram grande preocupação quanto à EA. O Fórum das Águas possibilitou uma
mudança significativa, visível inclusive no apoio das empresas que patrocinaram o
evento no Colégio. Ao que tange os objetivos específicos, identificamos os aspectos
relacionados a EA no CEP, que realmente aconteceram com o Fórum das Águas.
Avaliamos que o Colégio segue a LEI Nº 9.795, pois existe uma ação/movimentação em
relação a questões ligadas a EA e, por fim, propomos novas atividades/práticas
ambientais, das quais cabe ao Colégio e à coordenações aderir ou não à proposta, que
versa em: a) Sensibilização, b) Educação ambiental para toda a comunidade escolar,
c) Programas de orientação ambiental, d) Parcerias com Secretarias de Educação de
Municípios, e) Imitação, f) Passeios em trilhas ecológicas/desenhos, g) Exploração do
ambiente local, h) Rios, i) Resíduos Sólidos; j) Reativação do Fórum das Àguas.
Compartilhamos com a ideia de que este trabalho tem seu mérito, pois inclui
alunos e professores de escolas de Curitiba e da região metropolitana, maximizando a
discussão sobre a EA. Percebemos, que não apenas o Fórum das Águas tem
representatividade, há também em sala de aula a interdisciplinaridade, onde diferentes
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áreas irão levar a um mesmo objetivo, pautada na preocupação e sensibilização dos
docentes para com os discentes.
Ressaltamos que esta pesquisa de forma alguma vem colocar um ponto final nas
questões/discussões que versam sobre a EA no CEP, como em qualquer outro Colégio,
pois a EA é um mosaico onde vários saberes se interligam. Pensamos que as atividades
propostas vêm fortalecer a EA, almejando sair da rotina.
REFERÊNCIAS
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INSTITUTO BOSCH. Disponível em: http://www.institutorobertbosch.org.br/projetos. Acesso em 04 de setembro de 2009. JACOBI, P. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/ 2003. Disponível em: www.cepa.tur.br/artigos/EADS01_05.pdf. Acesso em 09 set. JUSTEN, L. M. Trajetórias de um grupo interinstitucional em um programa de formação de educadores ambientais no estado do Paraná (1997-2002). Disponível em: http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/. Acesso em 03 de setembro de 2009. MARCATTO, C. Educação ambiental: conceitos e princípios. Belo Horizonte: FEAM, 2002. MARTINS, H.H. T DE SOUZA. Metodologia qualitativa de pesquisa. Universidade de São Paulo Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 289-300, maio/ago. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n2/v30n2a07.pdf. Acesso em: nov, 2009. MEDINA, N. M. Breve histórico da Educação Ambiental. Julho de 2008. Disponível em: < www.abides.org.br/Artigos/View.aspx?artigoID=126. Acesso em 22 set. PELLAUD, F. Concepções, paradigmas e valores para o desenvolvimento sustentável. ENSAIO – Pesquisa em Educação em Ciências. Volume 04 / Número 2 – dezembro de 2002. Disponível em: <www.fae.ufmg.br/ensaio/v4_n2/4215.pdf>. Acesso 09 set. RAUEN, F.J. Roteiros de Investigação Científica. Tubarão: Unisul, 2002. RAMOS, E.C. A abordagem naturalista na Educação Ambiental. Uma análise dos Projetos ambientais de Educação em Curitiba (2006). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/mydownloads.Acesso em 17 de setembro de 2009. SACHS, I. Desenvolvimento Sustentável. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1996. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/asoc/v7n2/24699.pdf> Acesso em 20 set.
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SCHENINI. P.C. Gestão empresarial sócio ambiental. Pedro Carlos Schenini (org). Florianópolis: (s.n.), 2005. _______________. Gestão da Produção mais Limpa: um estudo de caso. Pedro Carlos Schenini (org). Florianópolis: (s.n.), 2005. VILMAR. B. Como Fazer a Educação Ambiental. São Paulo: Paulus, 2004. ANEXO II
• Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos:
ANEXO III
• Programa de Produção de energia alternativa:
ANEXO IV
• Programa de Redução de desperdício:
ANEXO V
• Programa de Tratamento de água: ETE e Águas pluviais
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ANEXO VI
• Programa de Proteção Patrimonial:
ANEXO VII
• Programa de Manutenção permanente: ANEXO VIII
• Programa de acessibilidade: