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Fotografando Paisagens COMPRAS Equipamentos Saiba como escolher sua câmera digital TÉCNICA Movimento Produza lindas fotos de ação TÉCNICA Macrofotografia Explore as cores e as formas da natureza O local e os pontos de vista • Luzes e sombras • O tempo • Equipamentos e acessórios • A água em movimento • Visualização e composição TÉCNICA Longa Exposição Aprendar a “dominar” a luz DICAS E TÉCNICAS IMPERDÍVEL foto mania COLECIONE! Curso de fotografia em 3 edições N o 02 • R$ 7,90

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FotografandoPaisagens

COMPRAS

EquipamentosSaiba como escolher sua câmera digital

TÉCNICA

MovimentoProduza lindas fotos de ação

TÉCNICA

MacrofotografiaExplore as cores e as formas da natureza

O local e os pontos de vista • Luzes e sombras • O tempo • Equipamentos e acessórios • A água em

movimento • Visualização e composição

TÉCNICA

Longa ExposiçãoAprendar a “dominar” a luz

DICAS E TÉCNIC

AS

IMPERDÍV

EL

fotomaniaCOLECIONE! Curso de fotografia em 3 edições

No 02 • R$ 7,90

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ANÚNCIO

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PaisagensO local e os pontos de vista .......................................... 6Luzes e sombras ............................................................... 8O tempo ............................................................................... 9Equipamentos e acessórios ........................................10A água em movimento .................................................12Visualização e composição / Atitude ......................14

MacrofotografiaEscolha natural / Equipamentos ...............................23Regulagens ......................................................................24Em campo / Assuntos ...................................................26

Longa exposiçãoEquipamento / Fotometria .........................................31

FilmePorquê ainda usar película? ........................................34

Mundo em movimentoQuestão de tempo / Panning / Equipamento ......20

Equipamentos Aprenda a escolher sua câmera digital ..................16

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16

DiretoresJoaquim CarqueijóMarco Provenzano

Coordenação

Vanusa G. Batista

AdministrativoWellington Nunes de Oliveira

Distribuição em Bancas

FC Comercial

Planejamento de CirculaçãoEDICASE

www.edicase.com.br

Operações de ManuseioFG PRESS

www.fgpress.com.br

ImpressãoGráfica Parma

ATENDIMENTO AO LEITOR

[email protected] (11) 3772-4303

Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Editora. A Art&Cia, CNPJ 01.362.596/0001-32 que criou e produziu esta publicação tem inteira responsabilidade sobre seu conteúdo. Contato: [email protected]

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ão quatro e meia. Acordo. Olho para o lado e minha

esposa ainda dorme. Dirijo o olhar para o quarto em frente e me de-leito com o sono tranqüilo do meu filho, de apenas um ano e meio. Ah, que inveja! Mas o “dever” me chama. Levanto silenciosamente e caminho com cuidado para a sala, onde a “tralha” – mochila com câmeras e objetivas, tripé, filmes, boné – me aguarda para mais uma jornada fotográfica. Loucura? Talvez! Entretanto, acordar cedo para fotografar paisagens tem suas vantagens. E que vantagens! Quem já se aventurou de alguma forma para obter instantes especiais na natureza entende muito bem so-bre o que estou falando. Nesses momentos, ficamos mais próximos da maravilhosa Criação Divina, e é sobre essas oportunidades de con-tato com as belezas das paisagens naturais que falaremos a partir de agora e também das técnicas necessárias para aproveitá-las da melhor maneira possível.

TEMA C O M O F O T O G R A F A R P A I S A G E N S

04 FotoMania

S

Saber explorar todo o potencial que uma paisagem pode

oferecer não é tarefa fácil. São vários os aspectos envolvidos,

e aprender a lidar com eles é apenas o primeiro passo.

PAISAGENSC O M O F O T O G R A F A R

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FotoMania 05

Escolher o local é o primeiro passo para produzir

boas fotos de paisagem. De nada adianta possuir

os equipamentos mais avançados se você não

tiver um bom cenário para fotografar.

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e acordo com o dicionário Houaiss, defini-se como pai-sagem: “uma extensão de

território que o olhar alcança num lance; vista, panorama”. Ou ainda: “conjunto de componentes naturais ou não de um espaço externo que pode ser apreendido pelo olhar”.

Entender o que é paisagem é o primeiro passo para dominar o as-sunto do ponto de vista fotográfico. Esse é um tema bastante complexo, e a sua aparente facilidade costuma trazer resultados insatisfatórios aos fotógrafos mais descuidados.

A utilização pretendida com as fotos também é um aspecto mui-to importante a ser considerado, quando partimos para uma ses-são fotográfica de paisagens. Por melhor que seja o equipamento utilizado, ele nunca será suficiente para transmitir toda a beleza e a magnitude da cena como a en-xergamos, de modo que, se não utizarmos as técnicas adequadas, o

resultado pode ser decepcionante. Em contrapartida, um registro bem-feito pode ser muito compensador, pois, sem sombra de dúvida, esse é um dos temas mais fascinantes da fotografia, dadas as infinitas possibilidades de obtermos lindas imagens que nos são oferecidas diariamente pela vida.

O local e os pontos de vista

Escolher o local é o primeiro passo para produzir suas fotos de paisagem. De nada adianta possuir os equipamentos mais avançados e as técnicas mais adequadas se você não tiver um bom cenário para fotografar. Pode ser uma re-gião montanhosa, um vale, uma praia, o mar, uma cachoeira, um

penhasco, porém o fundamental é que o ambiente possua atrativos que mereçam ser registrados em filme ou sensor digital.

Mas como saber se o local esco-lhido vale ou não a pena ser fotogra-fado? Bem, não existe uma fórmula exata para essa questão, por isso o “olhar” do fotógrafo continua sendo essencial. Assim, o melhor a fazer é sempre exercitar a capacidade de enxergar boas oportunidades e nun-ca ter medo ou preguiça de realizar novas experiências. Com o tempo, o olhar passa a ficar mais treinado e seletivo, e a tendência é que os re-sultados fiquem cada vez melhores.

Quando estiver escolhendo algum local para fotografar, não se deixe levar pelas primeiras impres-sões. Observe atentamente todo o cenário e não deixe de reparar em detalhes isolados que podem ser muito interessantes.

Procure obter diversos pontos de vista, analisando quais lhe agradam mais. Caminhe, mude de lugar. Ande para frente e para trás. Abaixe. Experimente um ponto mais elevado (uma pedra, um morro etc.) Percorra toda a cena utilizando seus olhos e suas per-nas (importante: essa dica ajuda a melhorar suas fotos e também sua saúde, portanto, pratique). A sua posição em relação à cena e aos seus elementos pode mudar drasticamente o resultado final das imagens, causando, por exemplo, grande influência na disposição en-tre o que está situado no primeiro plano e no fundo da composição. A perspectiva também é alterada conforme a mudança de posição e conforme a objetiva utilizada, como veremos adiante. Com isso,

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06 FotoMania

D

Escala Quando fotografamos paisagens,

muitas vezes pode ser necessário incluir

pessoas ou objetos que nos ajudem a ter

uma idéia melhor da dimensão e da escala

da cena e dos elementos que a compõem.

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Pôr-do-sol Para fotografar o céu com o sol ainda presente e evitar excessiva

subexposição das imagens, a melhor dica é fotometrar a área próxima ao sol, mas

sem ele aparecer no visor. Depois, recomponha a cena (agora com o sol incluído,

mas sem olhar diretamente para ele) e fotografe com a medição feita anterior-

mente. Para garantir, também faça fotos com variação de exposição (bracketing).

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você pode obter uma sensação de maior ou de menor profundidade.

Resumindo, a definição do local e do ponto de vista é o primeiro passo para conseguir resultados satisfató-rios em fotografias de paisagens.

Luzes e sombras

Ao contrário de retratos de pessoas em áreas externas, onde o tema da foto pode movimentar-se para obter um posicionamento mais favorável em relação à luz, com fotos de paisagens precisamos aprender a trabalhar com o que a natureza oferece a cada instante.

As condições de iluminação costumam ser decisivas para o sucesso ou o fracasso no resultado final. Dependendo da hora do dia

e das condições do tempo, pode-mos obter diferentes “climas”. Isso significa que fotografar uma cena nas primeiras horas da manhã nos dará um resultado completamen-te diferente se fotografarmos ao meio-dia, ou no fim de tarde, e por aí vai. A direção da luz muda com as horas, alterando a situação de contraste e o jogo de luz e sombras na cena. A temperatura da luz tam-bém muda com o passar das horas.

Muitos fotográfos de paisagens preferem fotografar logo pela ma-nhã ou no fim de tarde, quando a temperatura da luz é menor, resul-tando em um tom mais quente e agradável. Entretanto, mesmo em horários menos recomendados, como próximo ao meio-dia, é possível fazer belos registros foto-gráficos de paisagens. Entender as características da luz é fundamental para estar atento a elas e aproveitar

ao máximo as oportunidades que podem jamais se repetir. Qualquer alteração pode transformar uma paisagem sem grandes atrativos em uma ótima foto, ou então causar o efeito contrário, transformando um lindo lugar em uma cena sem graça para clicarmos.

Como a posição do sol deter-mina a textura e o clima da foto, procure observar a cena de vários ângulos, analisando como a luz in-terage com o ambiente até encon-trar a composição e a iluminação que mais lhe agradar. Não faça ape-nas fotos com o sol posicionado às suas costas. Fotografar em situação de contraluz, por exemplo, pode trazer resultados muito gratifican-tes. Nesse caso, é muito importante cuidar para que a exposição seja feita corretamente, uma vez que esse tipo de iluminação pode en-ganar os fotômetros até das mais

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08 FotoMania

Contraluz Para fazer fotos nesta situação, é muito importante dar atenção redobrada para a exposição da foto, pois as condições costu-

mam enganar os fotômetros das câmeras e pode ser necessário utilizar o modo manual ou fazer variações de exposição (bracketing)

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modernas câmeras fotográficas.Seja paciente para esperar o

momento ideal, pois, muitas vezes, em questões de minutos, ou até de segundos, uma paisagem pode se modificar completamente, seja por um movimento de nuvens que se abre ou que entra na frente do sol, ou pela inclusão de algum elemento inesperado, como um bando de pás-saros a voar pelo céu, por exemplo.

O TempoO mais comum é as pessoas

fotografarem paisagens com o sol presente, em dias quentes e secos. Entretanto, podemos obter bons resultados quando o tempo está mais frio e até chuvoso.

Em épocas como o outono e o inverno, os dias são mais curtos, e

o ângulo mais baixo do sol oferece condições especiais de iluminação e de cores.

Embora os dias ensolarados sejam mais convidativos às fotos, costumam ser muito propícias as situações adversas, como, por exemplo, momentos antes ou depois de uma chuva forte e com o sol ainda presente, com o pri-meiro plano bastante iluminado, destacando-se do céu escuro e carregado ao fundo. Dias com o tempo completamente fechado e nuvens carregadas também po-dem ser ótimos para produzirmos fotos bastante dramáticas e inte-ressantes. Mas, nesse caso, lembre-se de proteger adequadamente seu equipamento, pois a água e a poeira são grandes inimigas das câmeras e das objetivas.

Em condições extremas de

iluminação, pode ser necessário fazer a medição manual, utilizando o fotômetro do seu equipamen-to em modo spot ou parcial na área mais importante da cena, ou compensando adequadamente a exposição. Se em um dia com o céu cheio de nuvens carregadas você superexpuser o filme, perderá toda a dramaticidade do momento. Nes-se caso, o ideal é fazer a medição na área mais iluminada, garantindo que o céu terá tons mais escuros no resultado final.

Além de aproveitar as mudanças de luz que ocorrem durante um dia, você também pode registrar as alterações sofridas pelas paisa-gens, de acordo com as estações do ano. Se fotografar um mesmo local durante cada uma das estações, no fim de um ano, poderá constatar claramente as variações ocorridas.

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FotoMania 09

Costumam ser muito propícias as situações adversas, como, por exemplo,

momentos antes ou depois de uma chuva forte e com o sol ainda presente

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10 FotoMania

Teleobjetivas são frequentemente

utilizadas por fotógrafos de natureza, prin-

cipalmente quando precisam se manter

longe do assunto, seja por comodidade

seja por segurança.

Equipamentos e acessórios

Estar bem preparado é essencial para que a missão fotográfica não se transforme em uma aventura frustrante. Isso significa que não basta estar com o equipamento ne-cessário, você também precisa utili-zar roupas e calçados adequados, que garantam seu conforto e sua segurança durante a empreitada. Vejamos alguns itens essenciais para quem deseja fotografar paisagens.

• CÂMERAS: qualquer câmera pode ser utilizada, desde uma simples pinhole até uma avançada digital de 16 megapixels. No fundo, o mais importante é estar no lugar certo, na hora certa e contando

com a luz ideal. Se isso acontecer e você souber utilizar corretamente o equipamento disponível, pronto! Pode ser uma câmera compacta, uma SLR de filme ou digital, uma de médio formato ou até uma de grande formato, por que não? Cada equipamento possui suas peculiari-dades e, sabendo delas, o fotógrafo pode tirar o máximo proveito de cada oportunidade. Um tipo de equipamento muito interessante para fotografar paisagens, ainda pouco conhecido no Brasil, é a câ-mera panorâmica, capaz de regis-trar uma cena com uma extensão maior do que a usual.

• OBJETIVAS: ao fotografarmos paisagens, precisamos ter em mente a sensação de espaço e de profun-didade que pretendemos transmitir. A partir daí, podemos escolher qual ou quais objetivas deverão ser uti-lizadas. Lentes grande-angulares são perfeitas para fotografarmos cenas panorâmicas, cobrindo um maior ângulo de visão e incluindo uma maior área da cena na foto. Em contrapartida, teleobjetivas podem ser úteis para capturarmos detalhes ou áreas restritas da paisagem que transmitam um maior impacto. Hoje em dia, muitos fotógrafos preferem

utilizar objetivas zoom pela pratici-dade que elas oferecem. Há modelos que possuem distâncias focais que variam de 24 e 28 mm até 200 ou 300 mm e que, por conta da avan-çada tecnologia empregada em sua construção, oferecem boa resolução e reduzida distorção de imagem.

Enquanto objetivas grande-angulares costumam causar uma sensação maior de perspectiva e profundidade, distanciando os elementos visíveis, teleobjetivas criam uma sensação de maior proximidade deles, causando um certo “achatamento” na perspec-tiva. Esses são aspectos muito importantes a serem considerados no momento da composição final, já que alteram completamente o resultado das fotos.

• TRIPÉ: para os que desejam levar realmente a sério a fotografia de paisagens, um bom tripé é indis-pensável. Enquanto um estável e prático pode ser a glória, um não muito estável pode ser com-pletamente inútil, conforme as condições do solo e do vento, por exemplo. Existem modelos que, apesar de mais caros, são leves e extremamente confiáveis, tornando

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FotoMania 11

Fotos de cachoeiras, com a água

“borrada”, podem ser produzidas com

uma velocidade de obturador mais bai-

xa. Para que a foto não fique tremida, é

fundamental o uso de um tripé.

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TEMA C O M O F O T O G R A F A R P A I S A G E N S

a tarefa de carregar o equipamento menos

árdua. Dependendo da distância per-

corrida, isso pode representar um

grande alívio, fazendo valer

cada centavo investido. Um

acessório útil que pode ser utilizado com um tripé é um disparador via cabo ou controle remoto, que evita contato físico com a câmera e reduz a chance de ela tre-mer durante a exposição. Uma das grandes vantagens de utilizar esses aces-sórios é poder usar aberturas de diafragma reduzidas, aumen-tando a profundidade de campo e conseguindo-se foco em uma área maior da cena fotografada.

• FILTROS: em algumas ocasiões, filtros podem ser muitos úteis para tornar suas fotos de paisagens ainda mais

atraentes. Eles proporcionam um modo simples de alterarmos algu-mas variáveis, como exposição e cor da imagem; e utilizá-los pode ser bastante interessante e compen-sador. Embora atualmente existam vários filtros apropriados, alguns são considerados como básicos ou até essenciais para fotógrafos de paisagens. O polarizador e o UV são os mais utilizados, mas existem ou-tros bastante úteis também, como o graduado com densidade neutra e o laranja, que “aquece”a cena.

Quando fotografamos com o sol posicionado a um de nossos lados, rotacionando o filtro polarizador, podemos clarear ou escurecer o azul do céu, causando maior ou menor destaque deste em relação ao primeiro plano e às nuvens, quando elas estiverem presentes. Outro efeito proporcionado por

filtros polarizadores é o de eliminar ou reduzir refle-

xos em superfícies não metálicas, como água e vidro, por exemplo.

Nas fotografias em preto-e-branco, filtros coloridos, como o amarelo, o laranja e o vermelho, servem para escurecer o tom do céu. Mas lembre-se sempre de que, se utilizados exagerada ou inadequadamente, eles podem até comprometer suas fotos. Portanto, utilize-os sempre com bom senso.

• MOCHILA: além de manter seu equipamento longe da água e da po-eira, uma boa mochila pode tornar sua movimentação muito mais agra-dável e confortável, deixando suas mãos livres para manusear a câmera, os filtros e o tripé, por exemplo.

• OUTROS: esteja sempre bem preparado, leve pilhas e filmes de reserva (ou cartões de memória, se for o caso), para não correr o risco de perder ótimas oportunidades fotográficas por faltar algum deles.

Um bloco de anotações tam-bém pode ser útil, para registrar informações sobre os locais, os horários e as condições da foto.

Com filtro polarizadorSem filtro polarizador

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A água é um elemento que pode adicionar um charme muito especial às suas fotos de paisagens e que pode ser explo-rado de muitas formas.

Uma das possibilidades é uti-lizar a água como espelho, cap-turando o reflexo da paisagem.

Outra opção é fotografá-la em movimento. Nesse caso, para que se tenha um maior controle sobre o resultado, é es-sencial que sua câmera possua modos manuais de regulagem de exposição. Assim, selecio-nando velocidades maiores ou menores do obturador, pode-se “congelar” ou borrar esse movimento. Ao fotografar com velocidades mais baixas – para criar o efeito véu nas suas fotos –, lembre-se de utilizar um tripé ou apoiar a câmera em uma superfície firme e regular, asse-gurando, assim, que as imagens não saiam tremidas.

FotoMania 13

C O M O F O T O G R A F A R P A I S A G E N S TEMA

Fotografando com filtros graduados

Quando vamos fotogra-far paisagens e incluir o céu na cena, deparamos com um aspecto técnico que pode fazer com que

o resultado fique aquém do esperado.O problema costuma ser a grande

diferença de luminosidade entre o céu e o primeiro plano, o que pode resultar em cenas muito escuras ou com o céu “lavado” e muito claro. Nesses casos, podemos utilizar filtros graduados, que retêm a luz em uma área especí-fica da imagem.

Ao lado, podemos visu-alizar a mesma cena foto-grafada sem nenhum filtro (acima) e outra em que foi utilizado um filtro graduado com densidade neutra, da Cokin (à direita).

Água Estas duas fotos ilustram a diferença

de fotografarmos o movimento da água

com diferentes velocidades do obturador. A

foto menor foi feita com tempo de 1/250s de

exposição, e a foto maior, abaixo, foi tirada

utilizando-se 1/8s. Observe que a velocidade

pode servir para “congelar” o movimento ou

então para criar um efeito de véu na água.

Fotografe a água em movimento

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Visualização e composição

Visualizar uma foto significa imaginar ou intuir o resultado que você procura obter, observando a cena e avaliando as possibilidades que o instante oferece. No momen-to de visualizarmos mentalmente uma imagem, precisamos conside-rar todos os fatores envolvidos no registro fotográfico: equipamento utilizado (câmera, objetiva, formato do filme ou sensor digital), quali-dade da luz (direção, intensidade, temperatura etc.) e, evidentemen-te, a própria paisagem.

Da visualização mais elaborada, chegamos ao enquadramento de-sejado. Uma dica básica que pode

ajudar é utilizar a regra dos terços em suas composições, dividindo a área da imagem em três áreas iguais e utilizando as linhas (imagi-nárias) resultantes como guias para posicionamento dos objetos e das cenas fotografadas. Mas como toda regra, essa também foi feita para ser quebrada. Por isso, nunca tenha medo de arriscar. Analise sempre os resultados para ver onde está acer-tando ou errando na hora de fazer suas composições. Experimente en-quadramentos horizontais, verticais e concentre-se em algo que possa manter o interesse pela foto. Preste atenção em como os elementos da paisagem interagem entre si e com a luz. Com o tempo, esse processo vai se tornando mais natural, e os resultados tendem a melhorar cada vez mais.

AtitudePara quem deseja realmente

produzir belas fotos de paisagem, atitude é um ingrediente que nunca pode faltar na receita. Algu-mas vezes é necessário agüentar quilômetros de caminhada ou ter de esperar bastante tempo para que a situação de luz fique mais favorável para o registro da cena. Enfim, coisas que apenas com muita disposição e determinação conseguimos enfrentar.

Mas o que realmente importa é que todos os esforços valem a pena quando temos o privilégio de admi-rar – e melhor ainda, fotografar – a beleza da Criação. Quem se dedica à fotografia de paisagens sabe mui-to bem sobre o que estou falando.

Algumas vezes é necessário aguentar quilômetros de caminhada ou ter de esperar

bastante tempo para que a situação de luz fique mais favorável para o registro da cena.

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utilização de tecnologia di-gital na fotografia trouxe, a reboque, uma enorme

quantidade de ofertas de equipa-mentos e acessórios ao mercado. São produtos dos mais variados ní-veis de sofisticação e, claro, de preço.

A vantagem é que, hoje em dia, temos à disposição marcas e modelos para todos os gostos e necessidades. Além disso, a dis-puta entre os fabricantes torna os valores nas prateleiras mais atraentes para os consumidores, que têm demonstrado um apetite insaciável por novidades.

Mas que significa fazer uma boa compra? A única pessoa capaz de responder com grande chance de acerto a essa pergunta é você mesmo, caro leitor, bastan-do, para isso, ter conhecimento das suas reais necessidades e ex-pectativas em relação à fotografia. Um equipamento capaz de fazer várias fotos por segundo, ótimo para fotografar temas de ação, pode, por exemplo, não ser tão necessário em macrofotografia, em que a velocidade é um as-pecto menos importante do que a aproximação possível entre a objetiva e o assunto.

Vejamos, agora, alguns pontos que devem ser considerados na compra de um novo equipamento.

RecursosO ponto de partida para uma

boa compra é a definição das finalidades a que se destina o equipamento. É para fotografar em estúdio? Ao ar livre? Paisagens? Pessoas, flores ou esportes?

Dependendo dos principais moti-vos fotografados, um ou outro equi-pamento pode ser mais adequado, conforme os recursos oferecidos.

Algumas câmeras possuem objetivas mais luminosas (entenda-se: com maior abertura possível de diafragma). Outras são mais rápidas no disparo e não sofrem o problema de shutter lag, uma demora entre o momento em que se pressiona o botão e o registro feito pela câmera.

Objetivas com zoom costumam ser valorizadas graças à pratici-dade que proporcionam na hora de fazer o enquadramento. Mas dê preferência aos equipamentos que possuem zoom óptico, que garante qualidade muito superior

ao zoom digital encontrado em alguns modelos.

Quanto à resolução, escolha uma câmera que atenda às suas necessidades de impressão, prin-cipalmente. Ou seja, se você não pretende fazer ampliações maiores do que 10 x 15 cm, 5 megapixels são mais do que suficientes. De modo geral, quanto maior a ampliação, maior a resolução necessária para obter boa qualidade.

Outros aspectos

Além dos recursos oferecidos, ou-tras questões devem ser pesadas na balança. O preço é um deles e acaba sendo um dos principais influen-ciadores ou limitadores de compra, dependendo do bolso de cada um. Entretanto, também devemos estar atentos a outros pontos, como a ga-rantia, por exemplo. Dar preferência a produtos garantidos pelas lojas e pelos fabricantes é fundamental para entrar na fotografia com o pé direito. Afinal, a compra é um processo em que devem ser pensados o antes, o durante e o depois.

A P R E N D A A E S C O L H E R O S E U E Q U I P A M E N T O GUIA

FotoMania 17

Quais questões devem ser consideradas na hora da compra.

EqUIPAMENTOA P R E N D A A E S C O L H E R O S E U

A

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GUIA A P R E N D A A E S C O L H E R O S E U E Q U I P A M E N T O

SLRs DigitaisPermitem a troca de objetivas,

oferecem recursos mais avança-dos e maior controle sobre as funções. Indicadas para profis-sionais ou fotógrafos amadores avançados que levam o hobby a sério e estejam dispostos a inves-tir em equipamentos top de linha.

ProsumersModelos compactos, com ob-

jetiva incorporada ao corpo e que possuem recursos sofisticados. Muito utilizadas por amadores avançados e por profissionais que têm o orçamento mais enxuto, principalmente pelo custo–be-nefício que os produtos dessa categoria costumam oferecer.

CompactasCâmeras que, normalmente, são

práticas de carregar e de utilizar. Em alguns casos, possuem recursos limitados e funções demasiada-mente automáticas. Indicadas para quem procura comodidade e tam-bém para aqueles que estão en-trando na fotografia e não querem investir muito em equipamento.

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apturar ações que se de-senrolam em alta velo-cidade não é uma tarefa

fácil. Além de exigir condições de iluminação que possibilitem chegar ao resultado pretendido,

uma boa dose de reflexo para disparar o botão na hora exata também é fundamental. Quanto ao equipamento, é necessário, no mínimo, ter controles que permi-tam aumentar ou reduzir o tempo

de exposição à luz.Mas como proceder para con-

gelar um movimento que acontece em alta velocidade? Ou, então, para “borrar” um objeto ou cena que se move rapidamente? Veja como...

O M U N D O E M M O V I M E N T O TÉCNICA

FotoMania 19

Confira algumas dicas para produzir fotos de ação.

MOVIMENTOO M U N D O E M

C

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20 FotoMania

TÉCNICA O M U N D O E M M O V I M E N T O

Questão de tempo

Quando o assunto é movimen-to, não há como escapar de uma questão primordial: qual a veloci-dade de disparo ideal para registrar determinado objeto que se move pela cena? A resposta é: depende.

Em primeiro lugar, você deve ter

em mente qual objetivo pretende alcançar. Busca congelar o movi-mento? Neste caso, será necessário utilizar uma velocidade maior de disparo e, dependendo da condição de luz, deverá usar, ainda, iluminação auxiliar – um flash, por exemplo. Em contrapartida, caso queira borrar o movimento, deve fazer uso de uma velocidade mais lenta do obtura-dor. Agora, qual a regulagem ideal em cada uma dessas situações, vai

depender tanto da velocidade de movimento do objeto, assim como da distância deste em relação a você.

No caso de uma pessoa corren-do a média distância do fotógrafo, por exemplo, uma velocidade de obturador de 1/250s já é suficiente para congelar o movimento. Para obter o mesmo efeito ao fotogra-far um carro em alta velocidade, o ideal é utilizar disparo de 1/1000s ou superior.

Buscando borrar o movimento devemos utilizar velocidades mais baixas, como 1/30s, 1/15s, 1s ou ainda menores. Se a intensidade da luz no local for grande, faça uso de pequenas aberturas de diafragma (f11, f16 ou f22), de modo a obter a exposição correta, evitando que a foto fique “estourada” (muito clara).

PanningTécnica que consiste em acom-

panhar o movimento do objeto fotografado enquanto se efetua o registro da cena, utilizando uma velocidade de obturador mais baixa. Assim, o objeto tende a ficar nítido e o fundo borrado, causando um efei-to muito interessante na imagem. É muito importante que o movimento seja contínuo ao acompanhar a tra-jetória do motivo fotografado.

EquipamentoPara fotos de movimento, uti-

lize uma câmera com regulagens manuais de exposição (diafragma e obturador). Em muitos casos, principalmente naqueles que bus-camos congelar uma ação, um flash auxiliar pode ser bastante útil. Para registros em panning, um monopé é muito bem vindo. E não se esque-ça de que, além de reflexos ágeis, a prática é fundamental para evoluir na técnica da fotografia de ação!

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FotoMania 21

Para borrar o movimento em suas fotos,

como nas imagens que ilustram essa

página, reduza a abertura do diafragma e a

velocidade de exposição do obturador.

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Combine as infinitas cores e formas presentes na natureza.

MACROFOTOGRAFIAO M A R A V I L H O S O M U N D O D A

TEMA M A C R O F O T O G R A F I A

22 FotoMania

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M A C R O F O T O G R A F I A TEMA

FotoMania 23

Escolha natural

Do seu jardim às mais densas matas e florestas, a natureza se faz presente em todos os lugares, ofe-recendo aos fotógrafos um assunto extremamente rico em cores, formas e texturas. Além de paisagens, pode-mos nos concentrar em explorar os detalhes que a natureza milagrosa-mente produz a cada dia e que, mui-tas vezes, passam despercebidos dos olhares humanos, justamente pelo seu tamanho reduzido.

Falaremos, a partir de agora, sobre uma importante modalidade da fotografia que consiste em regis-trar os pequenos objetos, fazendo uso de técnicas e equipamento especiais: a macrofotografia.

EquipamentoEm primeiro lugar, é importante

você saber que, para praticar a ma-crofotografia, é necessário dispor de um equipamento especialmente desenvolvido para essa finalidade. Não que isso signifique elevados investimentos, até porque hoje em dia muitas câmeras compactas já saem de fábrica com o recurso de fotografar em modo macro (nor-malmente indicado por uma flor no comando “modos de cena”).

Caso sua câmera não possua esse comando incorporado, veri-fique se o fabricante disponibiliza lentes auxiliares que possibilitem a maior aproximação dos objetos.

Para quem possui uma câmera SLR (que permite a troca de lentes), existem objetivas específicas para macrofotografia. Embora o custo não costume ser muito atraente, se você adquirir uma lente de um bom fabricante, certamente ficará mais satisfeito com os resultados.

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TEMA M A C R O F O T O G R A F I A

Além da objetivas “macro”, exis-tem alguns acessórios para quem quer entrar nesse mundo sem gas-tar muito. O mais popular é o filtro close-up, que pode ser rosqueado na objetiva normal e que permite uma maior aproximação do as-sunto fotografado. A capacidade de aumento desse tipo de filtro é indicada por dioptrias, sendo as mais comuns: +1, +2, +3 e +4. Quanto maior esse valor, maior a aproximação. Esses filtros podem ser usados conjuntamente e, nesse caso, a capacidade de aumento será correspondente à soma dos filtros utilizados. A única desvantagem desse acessório é que ele costuma gerar uma pequena perda na qua-lidade, principalmente nas bordas da imagem.

Outra alternativa para quem deseja entrar no mundo da ma-crofotografia é o tubo de extensão, utilizado para alterar a distância entre a objetiva e o filme ou sensor.

Por conta da maior aproximação pretendida, há um acessório que se faz muito importante para evitar que as fotos fiquem tremidas, prin-cipalmente quando não há muita intensidade de luz na cena: o tripé, também muito útil para deixar a câmera imóvel enquanto busca-se o foco correto para o registro.

RegulagensLembre-se de que quanto maior

for a ampliação alcançada, menor será a profundidade de campo ob-tida. Portanto, para que uma maior parte da imagem fique nítida, deve-se optar por menores aberturas de diafragma (veja tabela ilustrada na próxima página).

Nesses casos, para se obter a ex-posição correta é necessário utilizar menores velocidades de disparo ou, então, fazer uso de iluminação auxiliar, como falado anteriormente.

24 FotoMania

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M A C R O F O T O G R A F I A TEMA

FotoMania 25

A profundidade de campo na macrofotografia

Veja abaixo a diferença de resultados que pode ser obtida ao fotografarmos com bastante aproximação do objeto e diferentes aberturas de diafragma.

f/2.8 f/8 f/16

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TEMA M A C R O F O T O G R A F I A

Outro fator crítico na macrofo-tografia é o foco, que com a grande aproximação do assunto fica muito restrito. Caso esteja utilizando câ-mera com foco automático, essa tarefa pode ficar ainda mais com-plicada. Nestas condições, procure optar pelo foco manual.

Em campoQuando estamos em campo

para obter registros da natureza, alguns procedimentos devem ser seguidos a fim de evitar surpresas desagradáveis. Antes de qualquer coisa, respeite a natureza e todos os seres vivos, sejam plantas, inse-tos ou qualquer tipo de animal.

Outra dica importante é vestir-se adequadamente, o que significa utilizar roupas confortáveis e re-sistentes. Seja discreto na escolha das cores e também na sua atitude. Evite fazer barulhos e movimentos bruscos para não assustar os seus “modelos”. Se possível, ao fotogra-far insetos evite utilizar repelentes para não espantá-los e dê prefe-rência a roupas compridas, para mantê-los afastados do seu corpo. Uma vestimenta recomendável é o colete fotográfico que, além de ser uma proteção extra, deixa os acessórios e lentes mais acessíveis.

AssuntosPara quem deseja entrar no fas-

cinante mundo da macrofotografia não faltam motivos. As flores, por exemplo, variam muito em termos de forma, cor e textura, e represen-tam um assunto inesgotável. Da mesma maneira, há uma infinidade de elementos que inspiram um olhar mais aproximado. Você vai se surpreender como a natureza nos revela tantas maravilhas, muitas vezes escondidas a olho nú!

Equipamentos para macrofotografia

Objetivas MacroEspecialmente criadas para a macrofotografia, essas objetivas são desenvolvidas para oferecer grande aproximação do assunto fotografado. Objetivas macro são normalmente encontradas em distâncias focais que variam de 50 até 200 mm. Enquanto alguns modelos oferecem ampliação máxima de 1:2, alguns são capa-zes de atingir a relação 1:1, ou life size, ou até mais em modelos específicos. No caso das objetivas de distância focal mais curta, como as 50 mm, a desvantagem fica por conta da necessidade de aproximação muito grande do fotógrafo em relação ao assunto. As objetivas de maior distância focal (tele e meia-tele) apre-sentam a vantagem de permitir que o assunto seja fotografado a uma distância maior, mas perde-se em profundidade de campo, que fica mais reduzida.

Flash/ RebatedorFlashes e rebatedores de luz são muito importantes para o fotógrafo não ficar à mercê da iluminação natural. Com eles, pode-se suavizar as sombras, uti-

lizando-se iluminação de preenchimento, o que melhora bastante o resultado final das suas fotos.

TripéEssencial para quem deseja produzir fotos bastante aproximadas e com excelente defi-nição, o tripé garante que o equipamento não se mova durante a exposição.

Filtros Close-upDe custo mais acessível,

eles são uma ótima op-ção para quem quer adentrar o mundo da macrofotografia sem precisar fazer pesados

investimentos. Sua potência é medida em diop-trias, que podem ser +1, +2, +4, +10, entre outras. Quanto maior o número, maior a aproximação que o filtro oferece. Podem ser utilizados em con-junto, e a aproximação, neste caso, é o resultado da soma dos filtro utilizados (ex.: filtros close-up +2 e +4 utilizados conjuntamente = aproximação +6). O inconveniente que oferecem é a perda de nitidez, principalmente nas bordas da imagem.

Tubos de extensãoUtilizados para alte-rar a distância entre as objetivas e o pla-no do filme, os tubos de extensão permi-tem fotografia em

modo macro, com elevada qualidade de imagem, embora levem à perda de lumi-nosidade. Quanto maior a extensão dos tubos, maior é a ampliação de imagem oferecida, assim como maior também é a perda de luminosidade causada. São vendidos separadamente ou em conjun-tos e podem ser utilizados com objetivas comuns ou macro.

FoleUtilizar um fole para macrofotografia dá ao fotógrafo a pos- sibilidade de obter vários níveis de aproximação. Assim como os tu-bos, o fole serve para ampliar a distância entre a objetiva e o plano do filme. As principais desvantagens desse acessório são o fato de ele tornar o conjunto pouco prático para a produção de fotos em áreas externas e a perda de luminosidade que ocorre com a sua utilização.

Anéis de inversãoUma opção simples e barata para a macrofotografia, mas pouco usual, principalmente pela difi-cultade de ser encontrado no mercado. Utiliza-se um anel adaptador que permite que a objetiva seja utilizada ao contrário. Apesar de não serem muito práticos para a focagem, costumam gerar resultados muito bons no que se diz respeito à qualidade das imagens.

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M A C R O F O T O G R A F I A TEMA

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TÉCNICA L O N G A E X P O S I Ç Ã O

28 FotoMania

as fotos que fazemos no dia-a-dia os tempos de exposição muito dificilmente ficam abaixo de 1 s. Entretan-to, em alguns casos específicos podem levar minutos ou até horas para serem registradas. Embora possa parecer exagero, isso é possível e constitui uma técnica que pode gerar efeitos tão imprevisíveis quanto

surpreendentes: a de fotografar utilizando longas exposições. E o melhor: para produzir cenas desse tipo você não precisa de um super equipamento, pois o que faz a diferença neste caso é a técnica. Depois de ler essa matéria, não haverá mais desculpa para guardar o equipamento depois que o sol se pôr...

N

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L O N G A E X P O S I Ç Ã O TÉCNICA

FotoMania 29

Aprenda a utilizar seu equipamento para produzir imagens surpreendentes

D O M I N E A T É C N I C A D A

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30 FotoMania

TÉCNICA L O N G A E X P O S I Ç Ã O

Rastros de luz Para causar esse interes-

sante efeito em suas fotos, escolha uma

rua ou avenida bastante movimentada.

Depois, defina sua posição na cena e

utilize um tripé ou algum outro apoio que

deixe a câmera imóvel durante o registro.

Normalmente, é necessário apelar para

regulagens manuais de exposição para

conseguir resultados satisfatórios.

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FotoMania 31

L O N G A E X P O S I Ç Ã O TÉCNICA

À luz do dia também podemos obter inte-

ressantes registros em longa exposição. Para

essas situações, utilize menores aberturas

de diagrafma e experimente usar um filtro

(densidade neutra – ND) que reduza a inten-

sidade da luz a atingir o filme ou sensor.

EquipamentoUma das grandes vantagens de

se fotografar à noite é não ser neces-sário utilizar equipamentos super avançados ou mesmo caros. Basta uma câmera que possua ajustes manuais de exposição, alguns aces-sórios e você estará praticamente pronto para a empreitada. Como não poderia deixar de ser, um bom tripé é fundamental para garantir o

sucesso em seus registros. Caso não possua um, pode apelar para algum outro tipo de apoio ou suporte, como um muro, por exemplo. Um cabo disparador também ajuda bas-tante, mas pode ser substituído pela regulagem de disparo automático, presente na maioria das câmeras. Lembre-se de levar uma lanterna.

FotometriaMedir a luz para

exe c u t a r l o n g a s exposições é uma tarefa extremamen-te difícil e muitas vezes é necessário abandonar a leitura realizada pelo fotô-metro e apelar para o modo manual.

No caso de uti-lizar uma câmera digital fica mais fácil. Basta regular o equi-pamento, tirar uma foto e, dependendo do resultado, fazer novas regulagens

até atingir o objetivo pretendido.Se quiser fazer exposições mais

longas, utilize menores aberturas de diafragma, evitando que as áre-as de alta luz da imagem fiquem muito estouradas. Comece com regulagens intermediárias, com abertura f/5.6 e velocidade de dis-paro de 1s ou um pouco mais lenta (2 a 6 segundos, por exemplo).

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Longa exposição produzida em Ilhabela (SP) com tempo de 30 s e abertura f/11. Câmera Canon EOS 5D apoiada em um tripé.

TÉCNICA L O N G A E X P O S I Ç Ã O

32 FotoMania

No que diz respeito a fazer fotos de longa exposição à noite, uma vantagem: por se tratar de registros sob condições de iluminação artifi-cial, você não fica na dependência do horário e do ângulo de incidên-cia da luz do sol para fotografar.

Além de cenas noturnas em cidades, mais comuns nessa moda-lidade, fotos de longa exposição da natureza também podem render

belíssimos registros. Você pode utilizar essa técnica para borrar o movimento da água em uma ca-choeira ou na costa de uma praia, por exemplo. Pode, ainda, fazer uma foto de paisagem com a iluminação da lua, e deixar sua foto sendo “pin-tada” durante 30 minutos ou mais.Como a regulagem do tempo de exposição nas câmeras fotográficas normalmente não ultrapassa os 30

s, muitos modelos disponibilizam a opção bulb (B), onde é possível fazer o registro pelo tempo que o disparador estiver acionado.

Como você pode ver, na fotogra-fia de longa exposição a criativida-de é o limite para explorar o movi-mento das luzes, o seu contraste de cores e tonalidades e a forma como interagem com o ambiente. Basta ter iniciativa e imaginação!

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Fogos de artifício Para fazer esse tipo

de foto, desligue o flash automático da sua

câmera (quando disponível) e opte pelos

comandos manuais, reduzindo a velocidade

de disparo. Caso seu equipamento não dis-

ponha deste recurso, selecione o modo “cena

noturna” e utilize um tripé ou outro apoio

para evitar que a imagem fique tremida.

FotoMania 33

L O N G A E X P O S I Ç Ã O TÉCNICA

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ARTIGO P O R Q U Ê A I N D A U S A R F I L M E ?

sistema digital inegavel-mente chegou para ficar e, mais do que isso, para domi-

nar o cenário da fotografia mundial. Mas o filme ainda sobrevive, ainda que com a “ajuda de aparelhos”.

Vivemos em um mundo onde velocidade e praticidade deixaram de ser um luxo para tornar-se ne-cessidade... E nessa realidade não há outra alternativa senão a predo-minância do sistema digital. Mas a verdade é que fotografar utilizando filme ainda tem a sua graça e, além disso, pode oferecer uma qualidade de imagem muitas vezes só equi-parada por equipamentos digitais caros e sofisticados, inacessíveis aos bolsos do cidadão comum.

Para começar, uma das vanta-gens indiscutíveis de se fotografar em película deve-se ao fato de que, via de regra, esse meio oferece maior latitude de exposição, ou seja, maior capacidade de registrar informações contidas em regiões contrastadas de altas e baixas luzes. Ou seja, o filme

é, de modo geral, mais capaz de reter informações das áreas de luz intensa e de sombra em uma cena.

Outro ponto favorável é que as cores obtidas em filme tendem a produzir resultados mais naturais e agradáveis aos olhos, embora os equipamentos digitais estejam evoluindo cada vez mais no que diz respeito à qualidade de imagem.

Quer mais um bom motivo para fotografar com filme? Com o domí-nio do sistema digital, o preço das câmeras “analógicas” caiu vertigi-nosamente, e hoje em dia pode-se comprar um ótimo equipamento sem ter que esvaziar o bolso.

Que fique claro que não estou sugerindo que o leitor vire as costas para a modernidade e abandone sua câmera digital. Longe disso. Mas acredito sin-ceramente que a fotografia “tra-d i c i o n a l ” a i n d a t e -

O nha suas virtudes. Sou usuário de uma boa câmera

digital, que permite a troca de obje-tivas e capta imagens com mais de 21 megapixels (que palavrão é esse?) Mesmo assim, adoro utilizar minhas câmeras “antigas”. Escolher o filme e depois fazer a medição da luz e a composição da cena de modo a não desperdiçar os quadros que me restam... Ah, que delícia! Sem falar no cheiro do filme... Sim, todo esse ritual carrega um certo ar nostálgi-co e isso parece se traduzir, muitas vezes, em fotos mais elaboradas.

Pode parecer teimosia, mas en-quanto o filme existir, vou continuar usando... Nem que seja para reviver as lembranças dos meus felizes momentos analógicos...

Obtenha cores e texturas incríveis utilizando a “boa e velha” película.

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