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Publicação do Grupo de Comunicação Espiritual • Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil Ano XIV / Número 45 • Distribuição Gratuita Editorial: Saber viver e acima de tudo, conviver Quem é Henrique Karroiz Viva Melhor: Ponderemos sobre a vida As misérias do homem Problemáticas do progresso atual Valores Os abusos e dificuldades da alma A discórdia entre as almas que se negam a se defrontarem Adequações no viver diário Todas as circunstâncias do dever Entrevista com Léon Denis AME Petrópolis Cumprindo obrigações O tempo que o mundo tem O relógio da vida Apontando um caminho O segredo de ser feliz Alegria no viver As coroações de um bom viver Irmão espiritual fala sobre o bom aproveitamento das horas Jovens do GCE - Agradecimento Reflita: A fuga de nós mesmos Aprendendo: Princípios básicos e doutrinários para qualquer evolução mediúnica Atualidades: O que nos falta hoje? Nossas preces Temos sido amigos e irmãos? A cada dia Colecione Livros Entrevista com Léon Denis

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Publicação do Grupo de Comunicação Espiritual • Petrópolis - Rio de Janeiro - Brasil

Ano XIV / Número 45 • Distribuição Gratuita

Editorial: Saber viver e acima de tudo, conviverQuem é Henrique Karroiz

Viva Melhor: Ponderemos sobre a vidaAs misérias do homem

Problemáticas do progresso atualValores

Os abusos e dificuldades da almaA discórdia entre as almas que se negam a se defrontarem

Adequações no viver diário

Todas as circunstâncias do dever

Entrevista com Léon DenisAME Petrópolis

Cumprindo obrigaçõesO tempo que o mundo tem

O relógio da vida

Apontando um caminhoO segredo de ser feliz

Alegria no viver

As coroações de um bom viver

Irmão espiritual fala sobre o bom aproveitamento das horasJovens do GCE - AgradecimentoReflita: A fuga de nós mesmos

Aprendendo: Princípios básicos e doutrináriospara qualquer evolução mediúnica

Atualidades: O que nos falta hoje?Nossas preces

Temos sido amigos e irmãos?A cada diaColecione

Livros

Entrevista com Léon Denis

Rua Padre Moreira, 163 - ValparaísoPetrópolis/RJ - Brasil • 25.685-132Tel./Fax: (24) 2249 2525

Fale conosco: [email protected]ção e Supervisão: Angela CoutinhoProjeto Gráfico: Equipe de Informática do GCE

Impressão: Tribuna de Petrópolis

Tiragem: 13.000 exemplares

Naturalmente, irmãos, que viver é uma cons-tância de atos e pensamentos, disseminação das pala-vras e da própria vontade do Espírito enquanto encar-nado no momento, a poder alicerçar as devidas movi-mentações pautadas nos objetivos traçados em delinea-mentos próprios a atender as maiores necessidades da alma itinerante. Vemos nesta atualidade, como em todos os tempos de vivenciação terrena, o quanto os seres progridem na materialidade, tentando obter melhores condições de vida. Tudo isto é plausível e necessário, porém precisando estarem todos estes desenvolvi-mentos dentro de um ritmo e constância de equilíbrio, a não onerar a humanidade, trazendo-a sob angustiosas buscas e envolvimentos que podem promover os gran-des desafios de vida, por estarem somente visando a esta premência em obtenções físicas ilusórias. Vemos as problemáticas atormentarem as almas, os acúmulos e as excessivas aquisições eston-tearem aqueles que não se reportam às próprias neces-sidades de Espírito, da alma em busca constante a uma complementação íntima. Viver é fácil, é axioma certo, trazido pelo Cria-dor às Suas criaturas, porém, difícil é saber conviver den-tro de todos os ritmos, progressos, naturezas diversas e

numa inconstância natural de pensamentos e posturas. De modo geral, as almas, todas elas encarna-das ou em vivenciação fluídica buscam a felicidade, a alegria na convivência diária, auspiciando, mesmo nas diversidades materiais e emocionais, a momentos de preenchimentos maiores a completarem as próprias ân-sias que se repercutem em suas vivências. Certo, neces-sário e o buscado a cada reencarne, entretanto, como se colocarem as criaturas a obtenções profundas? Como

exercitarem este conviver, se estão distantes das pró-prias necessidades que vieram preencher? Como, se não procuram vivenciar a moral cristã do desprendimento, das verdades e do respeito a seu próximo? Como, se ho-je, assistimos a tantas corrupções, inúmeros manuseios

egoístas, invejosos e de extrema malícia e maldade? A Terra, como mundo de provas e expiações, naturalmente, está habitada por Espíritos primários e outros tantos ainda vivendo na inferioridade espiritual. Portanto, a grande maioria, distante do exercício das mensagens cristãs, sem uma percepção maior a poder complementar as convivências com seu próximo, de modo a conseguir alicerçar as bases materiais em equi-líbrios maiores, minando nestas próprias bases, os alicerces do Espírito. Por isto, amigos, buscar a felicidade na alegria e entusiasmo de momentos efêmeros e ilusórios é ideal falso, proposta inócua, que só trará sofrimentos e vazios. Usemos do bom senso, participemos deste conjunto de naturezas que nos envolvem em perfeição e beleza, com olhos mais profundos e amigos, a preen-cher os vazios da alma, exercitando as normas morais que o Cristo nos delineou. Busquemos ser amigos, irmãos e criaturas que saibam respeitar o seu próximo, vendo em cada alma a parte divina que ostenta e trazendo à tona o melhor que temos dentro de nós, a verdadeira essência divina que nos propicia, por livre escolha, exercer nosso aprendizado e crescimento, a cada tempo e lugar. Amemos, respeitemos e saibamos desculpar a todos, vendo nestes termos os alicerces básicos a um bom conviver com nossos irmãos natureza.

Site: www.gce.org.brFacebook:

GCE - Grupo de Comunicação Espiritual

Este Informativo encontra-se na íntegra em nosso site: www.gce.org.br Para recebê-lo, via e-mail, envie sua solicitaçãopara: [email protected]

A Tribuna de Petrópolis publica todas as sextas-feiras, na página 2, artigos de Emmanuel psicografados por Angela Coutinho.

O GCE realiza diversas reuniões semanais, todas tendo como base a Doutrina Espírita Cristã.

Segunda-feira:

• Reunião Doutrinária (19h30/21h30) Aconselhada aos que comparecem ao GCE pela primeira vez (Pública / Idade mínima: 15 anos)

Terça-feira:

• Reuniões de Estudo (19h30/21h30)

(Em níveis diversos - apenas para os inscritos)

Quarta-feira:

• Evangelho Partilhado (17h00/18h00)

• Reunião de Tratamento Espiritual (19h30/21h30 - Pública / Idade mínima: 15 anos)

• Evangelização Infanto-Juvenil

(19h30/21h30 - apenas para os inscritos)

Para o GCE, é o orientador espiritual em atuação direta a compor os campos distendidos no direcionamento dos depar tamentos mediúni-co, evangélico, doutrinário e científico, como, tam-bém, em toda a organização dos trabalhos, inclusive, reformulando-os, a cada tempo, a atender as necessidades das almas neles envolvidas. Espírito já em diversas vivenciações, retém a personalística que se evidencia aos olhos capta-tivos como espanhol e líder humanista, a lutar na última etapa da Revolução Francesa, em Madri. Atua como guia espiritual da médium, Angela Coutinho, que coordena os trabalhos da Ca-sa e participa, diretamente, com uma didática pró-pria, a trazer almas em diálogos constantes. Filósofo, educador e magnetizador, atua com adestrada psicologia, diretamente, a ajudar as almas a distenderem a mensagem cristã e amplia-rem a Ciência da Vida Eterna.

Áudio transmitido on-line a partir das 19h45. Acesse: www.gce.org.br

2 Informativo nº 45

Saber viver e acima de tudo, c onviver

Henrique Karroiz

3Informativo nº 45

Ponderemos sobre a vida

As misérias do homem

Vida, sequência leal e perfeita a trazer o grão da fertilidade universal a crescer nas conclusões perfeitas e harmônicas, a formar as naturezas dentro do equilíbrio universal. Vida, forma adequada a cada tipo de natureza, nos seus diferentes graus de crescimento e maturação. Vida, aspecto evolutivo a priorizar necessida-des, vontades e caminhos. Vida, titulagem dada a todo tipo de energia que irá prosperar através dos campos universais, dos meios e diante dos contatos mais próximos, como também, manuseada pela própria frequência íntima de cada ser natureza. A vida, em suas diversas manifestações e estruturas é a demonstração de que existe um Criador, um Arquiteto Universal a trazer formas diversas a mani-festações. A vida é a resultante do constante exercício de elementos energéticos, materiais, semi-materiais ou imateriais a olhos densos, a se exercitarem dentro de

suas possibilidades e probabilidades. Viver é intensificar este processo de dinâmica desconhecida pelos seres pensantes, mas observada, sentida, avaliada e, abusadamente, percebida, trazen-do às livres consequências todas as resoluções cons-tituídas pelas fontes energéticas. O viver é proposta a evolução e crescimento harmônico. Saber viver, já num processo pensante como o do ser hominal, é procurar ajustar-se às possi-bilidades trazidas a todas estas naturezas racionais e sensíveis, para que, numa proposta única, o livre-arbítrio se manifeste a demonstrar ao Criador o grau de entusiasmo, vontade, rebeldia, carência ou negligência que existe no Espírito. Portanto, a vida, trazida sob a forma de nature-za hominal, é um dos estágios em que maiores oportuni-dades são dadas às almas e, por onde, também, deixam escapar as perniciosidades e fraudulências que perdu-ram, tantas vezes, por séculos, exigindo vários retornos

aos mundos e terras de processos reencarnacionistas. A vida é fonte, meus irmãos, de alimentação constante ao contexto energético que nos foi distendi-do. Abusar dela nos trará tristezas, depauperações e necessárias lições nos pântanos dos vícios e lamas, em conturbadas frequências por nós criadas. Trazê-la sob aspectos mais suaves e respeitados nos possibilitará crescer em situações mais plenas, sob a abóbada ce-lestial iluminada por frequências de amor, paz e liberdade. Deus nos trouxe à vida para que, no crescente aprendizado, nos libertássemos das endemias impreg-nadas por nós pelas várias passagens nos diferentes mundos e estruturas, para que buscássemos as possi-bilidades de nos mostrarmos a Ele à Sua semelhança e perfeição. Para que isto aconteça, precisamos rever as lições, executando-as, constantemente, na prática da caridade, do amor altruísta e da paz.

Enveredamo-nos através das eloquentes vivên-cias, tornando-nos presentes valiosos a serem desem-brulhados e manuseados para que nossas almas, de tempos em tempos, se estreitem em relacionamentos com mãos necessitadas, nobres ou especulativas. Ao nos mostrarmos como um presente à vida ou mesmo como um acréscimo às tendências indivi-duais e às especulações coletivas, fazemos com que, durante este manuseio cabalístico que é a vida física, nos lancemos a aprimoramentos, desenvolvimentos e, naturalmente, a um crescimento, que mesmo difícil e não em idealismo consciente, nos consubstanciará como Espíritos eternos. A vaidade do homem, em achar-se um presen-te valioso por percorrer, com alguns caracteres físicos mais aprimorados, algumas terras, alguns campos vivenciais, o faz crer-se crescente ou talvez em busca crescente numa materialidade, que sem o perceber, lhe é funesta e viciosa. O que nos traz a realizações maiores em nos-so percurso diário? O que nos sustenta intimamente? Serão as reminiscências materiais deixadas pelos an-tepassados? Serão as vaidades efêmeras que são des-truídas pelas poeiras dos tempos? Serão os acordes de amor intenso e de paixão avassaladora a nos distor-cerem reais momentos de crescimento? Sim, meus irmãos, nossa razão de existir cami-nha, exatamente de acordo com tudo aquilo que inten-tamos e a que aspiramos quando em vida espiritual nos achamos e, portanto, com a nossa verdadeira realida-de diante de nossos olhos. Aí, sim, arbitraremos o nosso futuro viver e tentaremos, mesmo com a capa ilusória da matéria, reverter situações, contornar momentos, assimilar valores e construir momentos ternos e amigos junto às almas em conturbação e desatinos. Porém, co-mo ainda somos meros estudantes na escala evolutiva espiritual, trazemos as inverdades e as insipiências mui-

to arraigadas e presas às nossas personalidades. Encontramo-nos, muitas vezes, diante de nós mesmos, e vemos a miséria de nossas almas em pen-samentos e vontades. Mas será isto um momento para que tentemos posicionar-nos de forma diferente, numa tentativa maior de desenvolvimento cármico? Sim, a vida que, muitas vezes, nos parece miserável, deprimente e triste, faz parte de nossa pró-pria visão diante de aspectos vislumbrados por uma consciência endurecida, viciosa e impura. As nossas verdades, as verdades que queremos por força surjam diante de nós, nem sempre é a plena e verdadeira. Os pensamentos miseráveis, com que nos portamos diante de pessoas, momentos de alienações de nosso Espírito, são insipiências de nosso caminhar. As misérias da vida, ou melhor, todos os instan-tes, com que nos deparamos e que nos trazem a melan-colia de lacunas, de sofrimentos e dúvidas, são acolhi-mentos de nossa alma que ainda não se encontra em totalidade de apreensão e compreensão, para que saiba com elas lidar e delas se utilizar de maneira substancial para que um crescimento maior possa dar-se. Sim, as misérias da vida do homem terreno, as misérias físicas, materiais, nada mais são do que misérias do Espírito que, em necessidade de se revelar mais perfeito e pleno, necessita ultrapassar, ele mes-mo, estas exposições íntimas que se refletem nos cor-pos físicos e tornam-se deficiências personalísticas, humanas e morais. O que se torna nosso ideal de vida: será so-mente a necessidade básica ou a artificialidade bus-cada em preâmbulos ilusórios? O que representa para o homem de hoje uma realização: serão as conveniên-cias modernísticas a se fazerem presentes diante de outros tantos olhos ambiciosos, ou serão as influên-cias a que se deixa contaminar para que não se apre-sente a irmãos de atualidade diferentemente e possa

destoar em posições modernas, dentro dos aspectos materiais fluentes no mundo atual? Realmente, todas estas colocações, se enfo-cadas como uma busca ideal de vida e de término de existência, serão artificialidades arrebanhadas e torna-das em nuvens artificiais, a se desfazerem no mundo real infinito. Porém, se diante de nós mesmos e das misé-rias íntimas e materiais, nas posicionarmos com ambi-ções mais altas e em performances firmes e regene-rativas, iremos, aí sim, dispor de melhores manuseios para não nos vermos, ironicamente, como palhaços num circo que perambula por esferas, e, através das di-versas apresentações, nos apresentarmos sob capas ilusórias para que apenas um pequeno público restrito nos aprecie e nos aplauda, mas sim para que através deste acompanhamento circense, que é a volta à maté-ria por muitas e diversas vezes, nos mostrarmos com a face limpa e representando a papel ideal. Não busquemos, na miséria que nos toca, a ilusão a nos acompanhar os passos e nos alterar a visão, busquemos a forma de contemplação exata e útil a cada caminhada, tentando frear a nossa miséria íntima e transformá-la em lições de vida, em favor de nós mesmos e de nosso crescimento espiritual. Alcemos patamares mais férteis, alteremos

nossas vibrações, tentemos sintonizar-nos não com relacionamentos miseráveis e distorcidos, mas com prismas de elevadas naturezas, com mandamentos superiores, e peçamos a Deus que a miséria que nos cerca possa ser combatida por nossa força, nossa vontade e nossa fé, num mundo mais pleno de amor e de caridade, pois a caridade partirá de nós mesmos e nos selecionará dentre as almas que se aliam a Jesus nos vocábulos eternos.

Emmanuel, psicografia Angela Coutinho

Emmanuel, psicografia Angela Coutinho

Nº 43

Abençoado seja, Senhor, por nos ter trazido e aventado essa claridade imensa de como processar as nossas vidas, de como entender o viver, de como po-dermos galgar os sentimentos enobrecidos, de como conseguir saldar os nossos débitos, de como aflorar a nossa sensibilidade, de como entender o nosso próximo, as razões que os envolvem nos seus dramas, nas suas infelicidades. Louvado seja, Mestre, por ter trazido a todos nós, a voz da Espiritualidade ativa, operante, delinea-dora, ilustrativa, organizadora, a nos orientar como es-sências divinas, como essências de energia a que toda energia contida em nós, e ao nosso redor, pudesse ser direcionada e equilibrada. Obrigado, Jesus, por abrir os códigos divinos de amor, de compreensão e caridade pautadas nas ver-dades sublimes a todos nós. Precisávamos e precisa-mos da leitura desses códigos, desse código de moral, de amor, de verdade, o código comportamental do ser encarnado e do ser desencarnado, em suas múltiplas facetas de organização estrutural, espiritual e etérea. Agradecer é o nosso verbo dia e noite, ele preci-sa ser utilizado. A alma, amigos, encarnada, não consegue trazer a si uma projeção maior do que ocorre ao seu re-dor, nem o seu redor mais próximo e muito menos aquilo que ocorre no universo, em nível de contexto, de ener-gética, de sensibilidade, de construções, de alternativas. Quando encarnados, a nossa visão está blo-queada e vemos pouco além de nós, aliás, não conse-guimos nem enxergar a nós mesmos, o que somos. Não queremos ver o que fazemos e nos enganamos quanto aos nossos objetivos, resolvemos viver a bel prazer,

4 Informativo nº 45

alicerçar um bem maior a se distender a todos neste mundo, a poder homenagear o Criador com a nossa pequena parte de ajuda, numa fluidificação da esfera. Todos esperam por uma felicidade, não é? A fe-licidade é algo que se constrói, lentamente, dentro de nós. E a visão para que a encontremos, os módulos para que consigamos alcançá-la são difíceis, exigem: força de vontade, persistência, coragem, uma pauta de discerni-mento. Discernir sobre aquilo que vivenciamos e como, como participar positivamente e construtivamente do reino de Deus em nós, a ser distendido ao nosso redor. Como participar e como alimentar essa felici-dade em nós? Felicidade em amplitude de percentuais dificilmente será alcançada na esfera. Momentos de felicidade, sim; entendimentos felizes, sim; busca pela felicidade, sim, quando tivermos aquela força de vontade, conseguirmos entender o que Jesus nos dis-se e o que a Espiritualidade nos abriu nos relatos da Codificação Kardequiana. Aí, sim, iremos perceber os caminhos certos a encontrarmos a felicidade, a paz, a claridade íntima, o conforto dos deveres cumpridos, os alicerces que lançamos de amor, de compreensão, tudo isso vai poder fazer parte da nossa felicidade. Irmãos, ousemos buscá-la em nós olhando a vida com realidade, com humildade, com franqueza, não nos iludindo, passando por ela em harmonia e numa justa posição de cristãos. Esse deve ser o objetivo a ser alcançado por cada ser. Pensem sobre isso irmãos! A paz do Senhor em cada um de vocês.

usufruindo a materialidade e ornando-nos dos ilusórios. Tudo isso acontece. Maldade, diriam? Não, absolutamente, mas falta de discernimento, falta de percepção, estagnação de ideias, falta de visão. Quando encarnados, temos os bloqueios, o Es-pírito com os seus contextos e alguns ideais a mais, não consegue acessar a mente quando está encarnado, por-que os objetivos da carne são os essenciais que estão explodindo dentro de nós e precisamos trabalhar mais. A tarefa na esfera é muito grande, onerosa, pesada e com a desvantagem de nos encobrir algumas facetas do nosso caráter, mas com a grande vantagem de nos obrigar a um ressarcimento maior de nossas dívidas, apaziguando revoltas, burilando os nossos sentimentos e valores. Mas o mais imperioso na vida terrena é imprimir em nós uma movimentação, uma re-novação, um aprendizado. Temos problemáticas inúmeras que se unem às problemáticas do progresso atual, da vida atual, que se unem às problemáticas daqueles que estão ao nosso lado e que, na verdade, fazem parte de todo o nosso processo cármico. Falamos muitas vezes a vocês, mas não nos interpretem como sendo aqueles que nunca erraram e que souberam percorrer as várias vidas, na esfera, sem erros e sublimando-nos na matéria, não. Se assim lhes falo, foi por ter passado por muitos dissabores, dificuldades e com isto aprendido. O exercício na esfera é muito difícil, mas não impossível, quando percebemos as vantagens que vamos angariar com esses exercícios, vantagens a nós, à nossa alma, vantagens na convivência com irmãos, vantagens de

Problemáticas do progresso atual

Léon Denis, psicofonia Angela Coutinho

Valores Quanto às delineações de valores na esfera terrena, serão muitos os endereçamentos deles todos e as consequências em que serão envolvidos. Os valores, a serem distendidos na prática do viver, serão os que precisarão ser enaltecidos e pratica-dos por estarem em defasagens ou mesmo esqueci-dos no tempo. Os valores terão suas dimensões e percen-tuais diante de cada alma, podendo existirem para uns e serem ignorados por outros. Existem valores e valores. Uns materiais, ou-tros espirituais e humanos. Valores que precisarão ser distendidos para uma melhor constituição de armaze-namentos espirituais, utilizando-se da matéria flutuan-te a arregimentar necessidades e crescimentos. Os valores materiais, por exemplo, precisam ser

vistos como empréstimos, a tempo determinado, para serem utilizados por nós, a nos arregimentarem posi-cionamentos que precisam ser efetivados ou revistos. Estes valores materiais são a composição exa-ta a nos favorecerem a atuação na matéria densa, visando à realização de propostas cármicas. Porém, precisam ser observados dentro das devidas proporções de utilidade, usufruto e objeto a nos facultarem um me-lhor distendi-mento nos campos humanos e espirituais. Serão eles o exercício mais rígido a nos testar diante de suas ofertas e oportunidades. Mas utilizá--los, em equilíbrio e proporcionalidade às nossas ne-cessidades e aspirações, será saber delineá-los em

suas apresentações. Aliados à oferta de valores materiais, temos os verdadeiros valores que as almas precisam reter: os va-

lores morais, humanos, sensoriais e espirituais, numa composição justa e equilibrada, não permitindo que es-tes valores se diluam por pressão dos outros tantos que poderão pressionar a criatura pelas exigências materiais. Não, os verdadeiros valores, que precisam es-tar aliados a nós, serão sempre aqueles que nos ofer-tam sedimentos fortes que nos tragam paz, tranquili-dade, equilíbrio e verdades. Estes serão os que arma-zenaremos e levaremos à eternidade, estes serão os que o Mestre deseja que alcancemos: puros e sinceros a comporem almas plenas e iluminadas. Irmãos, quais serão os valores que buscam

hoje? Estão trazendo-lhes paz e felicidade? Ponderem bastante e que Deus lhes ilumine e lhes aponte o cami-nho a seguir.

Emmanuel do livro Ponderemos, psicografia Angela Coutinho ,

Nº 43

Adequações no viver diário O que queremos dizer com "adequações no vi-ver diário"? Bem, os vários posicionamentos no viver, as próprias atitudes exaltadas a cada instante, como tam-bém a impressão emocional e energética que coloca-mos a cada gesto e lida com as almas que nos envolvem, nos tornam pontos de referenciais próprias que estão prensadas na nossa mente inconsciente, para que um melhor adestramento se faça na encarnação atual, não é? Assim sendo, viemos adestrando-nos, lenta-mente, no viver diário e, proporcionalmente, nos adequan-do às condições cármicas necessárias ao nosso desen-volvimento como seres espirituais percorrendo as diver-sas e diferentes etapas do processo evolutivo espiritual. Estes processos cármicos retêm etapas e adequações a serem vencidas e vivenciadas, gradati-vamente, em tentativa de diluir, arrebanhar, manipular e adestrar nossos sentimentos, razão, raciocínio e emo-ções, num alinhamento cármico moralizado e cristão. Estas adequações são as provas, ressarcimen-tos, testes, expiações e tarefas específicas as quais pre-cisam ser instituídas a cada retorno aos planos reencar-natórios. Desta forma podemos explorar partes de nós mesmos e das ligações irmãs, adequando-nos, lenta-mente a cada teste ou prova, que, naturalmente não se concluirão todas numa só encarnação, precisando, às vezes, de treinamento e adequações múltiplas, até que nos sustentemos em bases firmes de amor, fé e caridade. O edifício espiritual que nos compõe, assim como sua exteriorização na matéria orgânica se vem dilatando nas diferentes expressões de uma personali-dade, que, também, é formatada em planos espirituais por conveniência e a cumprir as necessárias provas e tarefas que produzirão circunstâncias mais férteis a recompor os edemas adquiridos anteriormente. Deste modo, o nosso contexto íntimo de per-sonalidade espiritual irá surgir a cada vida, despontando em chagas e provimentos adquiridos, mas num pro-cesso de exclusão e, ao mesmo tempo, de extirpação dos edemas adquiridos. Exclusão em relação a que se exteriorizem no corpo de carne em percentuais vistos a proporcionar um maior alívio às almas, uma maior dilatação das ende-mias que as oprimem, num percentual necessário que está exposto no corpo fluídico, trazendo desesperança, desconforto, dor e sofrimento. E extirpação, quando, por impressão forte no corpo espiritual, ultrapassa a li-nha divisória dos campos energéticos e se infiltra no cor-po de carne, exteriorizando-se em doenças sem cura, chagas e defeitos de nascença, condições mentais dete-rioradas, físicos degenerados e faces mutiladas, como também alterações morais, de caráter e de emoções. As variantes são muitas e irão depender do

5Informativo nº 45

que está impresso no campo perispiritual, embora, de acordo com as projeções dos assistentes espirituais, todas estas dilacerações e doenças não poderão surgir ao mesmo tempo, sendo as mais brandas contidas a fim de que as mais dolorosas, os mais fortes edemas mentais, sensoriais ou emocionais sejam os que se ofertem a manuseios primeiros. Quando nos referimos às adequações no viver diário, são as que nos cabem manusear em nós mes-mos, as lentas e progressivas dificuldades que preci-samos combater e aprender a regular com nossa cons-ciência atual. Nestes exercícios constantes de vigília e buscando coordenadas mais suaves a nos sustenta-rem em maiores condições de paz e esperança, é que daremos maiores possibilidades de uma adequação maior a cada encarnação. O corpo fluídico ou perispiritual, ou psicosso-ma, retém as advertências nos edemas, as obscenida-des na trajetória sexual, as desvantagens dos proces-sos abusivos em ganância, orgulho e vaidade, a des-truição na postura psíquica, os confrontos emocionais nas contraturas musculares, as viciações na degene-ração das células do cérebro, e a grande tortura nos envolvimentos com o remorso e as irresponsabilidades que se permitiram abraçar. Estas múltiplas formas de distúrbios causa-dos nos campos reencarnacionistas são impressas no corpo fluídico por estarem os dois corpos ungidos nas esferas e mundos de aprendizado, provas e expiações, possibilitando as futuras manipulações corretivas, principalmente no corpo orgânico, onde se efetuaram os constrangimentos. O campo fluídico energético, que nos envolve, é a declaração de quem somos, do que fizemos e de como nos comportamos e pensamos. Não adianta o Espírito querer fugir a estas observações, pois elas estão dilatadas na sua tela mental, na configuração e coloração de seu campo magnético, e na forma mental expressa sonora e mentalmente. Como eliminar de nossa mente fatores que nos distorcem a personalidade e o viver? Como conse-guir manusear-nos, constantemente, se sabemos que será preciso muita força de vontade e que, na maioria das vezes, não a retemos? Irmãos, a vontade precisa estar aliada ao co-nhecimento real de suas necessidades, e se a oportu-nidade se fizer presente, como a que apontamos aqui neste diálogo mais aprofundado, as criaturas precisa-rão saber que todo esforço deve partir delas, e se se esquivarem, continuamente, custarão a se tornar edifí-cios espirituais com equilíbrio, harmonia e luminosi-dade, tendo que vivenciar por muitas e muitas esferas e

mundos, a conquistar a verdadeira criatura divina que precisa habitar campos mais iluminados. As adequações ao viver não são referenciais a serem buscadas nas almas irmãs que compartilham do mesmo lar ou do mesmo grupo social. Não, as ade-quações ao viver atual são modificações e adaptações que nós mesmos faremos em nosso proceder diário; são as observações e avaliações ao nosso compor-tamento diante do caminho percorrido nos diversos campos do amor, do trabalho, do social e do espiritual; são as nossas mensagens enviadas através de nossas palavras e gestos; são os protestos e reclamações indevidas por um não conhecimento de causa; são as lamentações em relação às dificuldades e providências que nos envolvem; são os necessários envolvimentos que irão ajudar-nos a nos moldarmos em moral, cará-ter e sentimentos; são momentos difíceis a ultrapas-sarmos e retirarmos aprendizados múltiplos; são as exposições em que nos colocamos nos palcos da am-bição e do poder; são as missivas remetidas por pro-testos contra a pobreza e a miséria; são as luxúrias dos provimentos excessivos que nos bloqueiam a reais vi-sões e comportamentos; são os envolvimentos ilegais sociais, e espiritualmente com as drogas e viciações; são, irmãos, a falta da prática das verdadeiras caridade e benevolência. Todos estes fatores e muitos outros são os que precisam ser-nos situados como movimentações necessárias a aprendizados e crescimentos. Portanto, as adequações no nosso viver são as exteriorizações trazidas a exercícios constantes, como dizem as cria-turas, o próprio processo cármico se dilatando a olhos carnais. Naturalmente, que seriam passadas a serem dadas a cada vida, mas na conscientização real daquilo que precisamos exercitar e perseguir. Nada nem ninguém fará isto por nós. Para que nos adaptemos a viver processos pacíficos e regene-rativos, para que conquistemos a paz íntima e o equilí-brio mental, ou seja, do Espírito, precisamos extirpar esta alienação que nos enclausura a cada vida num processo de negação e dificuldade a serem visua-lizadas, e partirmos com coragem, razão e fé a buscar os remédios certos e adequados a sanarem os edemas pretéritos, as rusgas que nos enclausuram na vingança e na não aceitação a irmãos e circunstâncias viven-ciais, precisamos buscar a luz das verdades cristãs e prática do verdadeiro amor, fraterno e universal, aceitando, compreendendo e perdoando a nós mes-mos, mas agindo em prol de um crescimento positivo e versado no viver real, consciente e intuído.

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho

Nº 436 Informativo nº 45

Somos obsequiados com favorecimentos e momentos de surgimento e empréstimos à alguns tempos, à alguns lugares e ambientes, somos partes efetivas de um sistema grandioso e fértil. Somos, sim, fertilizados a cada existência, prementes ou não, nossas vindas e idas ressurgem, para que possamos assimilar o que nos convêm e nos é fundamentalmen-te necessário. A magia do ressurgimento do espírito em cor-pos diversos nos possibilita um manuseio maior para nossas peculiaridades, para que as luzes que nos contornam possam ser dilatadas e entrar em um espa-ço maior e abrangente. As virtudes, os defeitos, os embrutecimentos, as indiferenças, o estágio que se apresenta no momen-to atual nos será abrangente e nos permitirá uma oferta maior de nós mesmos e, ao mesmo tempo, uma expo-sição do que somos e avolumamos em nossas perifé-ricas formas. As dificuldades, as intromissões, as lutas nos são apresentadas e aceitamos os diversos desafios, as diversas etapas para nos burilarmos. Quem de nós não já foi bastante limitado e controvertido, deixando-se guiar pelos instintos alimentícios e também de certa forma animalescos; quem de nós, em vidas passadas, já não se manifestou em arraigados estágios de bruta-lidade ou de alheamento; quem de nós não cometeu

monstrar que essa verdadeira amplitude deverá ser usufruída pelos que a rodeiam. A alma absorve, frequentemente, as emana-ções de cada vida, as diversas formas atribuídas ao corpo e também ao espírito, a alma vai alastrando-se em requisitos e ensinamentos, onde o seu progresso se fizer diante das suas maiores afinidades, diante das fortes gamas de energias que lhe ficam impressas na sua memória universal e ideal. O ponto culminante, para que alcancemos um patamar de perfeição, será aquele em que os atributos e qualidades impressas se transformam em energias que caminham unicamente a prover os outros de potenciais maiores, será o culto do ideal e verdadeiro espírito, em detrimento de si mesmo, mas se doando através da eternidade do tudo que pode absorver e aperfeiçoar. O mundo erudito, como o mundo mais intelec-tual e os pretensos cientistas e pesquisadores do mun-do terreno muito se distanciam das evidências da per-feição, pois elas não são e nem serão tão aparentes como as queiram e pretendem; serão, sim, dilatadas e apreendidas atrás de um sensor mais equalizado e mais autêntico, povoando apenas as mentes que esti-verem receptivas e se assemelharem às básicas exi-gências do mundo de vida espiritual.

delitos que hoje lhes são cobrados; quem de nós, da natureza amiga e trabalhadora, não usurpou e não debilitou? Sim, o advento da renovação, a cada encar-nação, não nos dispensa os erros, as indiferenças, as rogativas de necessárias tarefas e indultos. O pranto colhido aos pés de um altar nos coloca em disposição de fé e magnitude; o pranto extravazado em noites la-muriosas não estende a momentos de misericórdia e perdão; o pranto nos colhe em meio a dores e triste-zas, abalando-nos e deixando-nos à mercê de nos-sas forças. Somos acolhidos dentro de nós mesmos por nossas forças interiores, possibilitando-nos o re-fazimento e, ao mesmo tempo, o fortalecimento de nós mesmos. As faltas com que nos envolvemos, os débi-tos inacabados e ainda em necessidades de ressurgi-mento em direções opostas nos trazem um acalorado sistema de ação e reação, de causa e efeito, de pretéri-to e passado, de retificação e de ressarcimento, de préstimos em detrimento de nossos erros, de mereci-mento ao encontro do que já aprontamos, do que já elaboramos e do qual colhemos frutos, bem-vindos e benéficos. A alma não só se encaminha a outra vida para que possa burilar-se; irá também expor-se a novos cor-pos, a novas etapas para que possa ampliar-se e de-

Os abusos e dificuldades da alma

André Luiz, psicografia Angela Coutinho

A discórdia entre as almas que se negam a se defrontarem Nem todos se compreendem no plano espiri-tual, nem todos aceitam as respostas que têm, as atitu-des tomadas, as situações que os envolvem, os am-bientes onde são lançados e as verdades que os colo-cam diante de suas realidades. A voz, que lançou a discórdia na Terra, será ou-vida pelo próprio Espírito, será talhada em seu cérebro, será a sua canção constante pela eternidade, até que suas últimas resistências se quedem, e ele então se deixe conduzir pelos emissários divinos, entregando--se para que, de forma mais lúcida, possa livrar-se do seu passado de perdições e dissabores. Essas almas se defrontam com elas mesmas, veem o que fizeram, enxergam as dores que provocaram e somente neste estágio conseguirão atinar em como foram, abusiva-mente, arrogantes e despóticas. A imensa variedade de temas, trazidos à tona nos cérebros espirituais, causa-lhes verdadeiros traumas e choques, pois não dispõem mais da cortina em que possam refugiar-se ou de

teorias a lançar, distorcendo o que fizeram. Tudo é límpido, tudo se lhes apresenta crua-mente: o que tiranizou sente-se também tiranizado; o que matou sentirá as próprias dores das dilacerantes partes a serem rasgadas; o que mentiu ver-se-á como um pérfido enganador, mas cruamente presente e consciente de seus atos. Aqueles que não souberem homenagear-se, através de suas existências, não quererão um retorno, uma nova apresentação, muito menos um palco conjunto com aqueles que foram objeto de seus maus tratos, de suas preferências ordinárias e maléficas. Dá--se, então, a rejeição a esse retorno; dá-se, então, a ne-gativa insólita e indigna de não se querer ver em aco-modada existência, participando e sendo alvo daquele que lhe foi um verdadeiro adversário em vida passa-da. A revolta, a negativa se acelera, tendo-se que lhe dar então esclarecimentos e respostas, mostrando--lhe a possibilidade infinita que o poderá absorver, e

estender-se sobre ele, a fim de que seja mais uma alma em evolução, a pedir sempre por mais uma oportuni-dade de reavaliação, de complemento. Esses momentos são muitos e as aulas, as orientações são dadas e premiadas por fontes de luz, para que o esclarecimento possa ser absorvido e es-tendido às mentes. As lutas terrenas, muitas vezes, se prolongam na vida espiritual, as desavenças são provas e resgates a serem sanados, por isso a importância desses reen-contros, mais ainda em ambientes familiares e irmãos. Todos nós estamos defrontando-nos como irmãos de outras épocas para um melhor entendimento, uma melhor aceitação. Enquanto não soubermos conviver melhor com nossos irmãos, iremos ter que percorrer as estradas das dores e dos sofrimentos, da renúncia e da aceitação, da valorização de cada criatura como espelho divino.

André Luiz , psicografia Angela Coutinho

Todas as circunstâncias do dever Por meio dos diversos currículos cármicos a que nos impomos, ou mesmo que buscamos, podemos ver o quanto temos sido displicentes com os deveres a serem observados e cumpridos. Deveres estes que, logi-camente, incluem as omissões dentro de um lar, a não participação no colegiado humano, social, religioso e

mesmo numa sociedade, que nos abriga e nos faz chama-tivas múltiplas a que participemos, ativa e honestamente. Como podemos ver, em todos os ângulos do nosso viver, os deveres são pontos certos e necessá-rios a serem observados e cumpridos, para que consi-gamos que se estabeleçam em nós a paz, a harmonia e o pleno conhecimento dos relacionamentos humanos. Dentro do nosso processo cármico, natural-mente, trazemos uma listagem de deveres e circunstân-cias a serem exercitadas e cumpridas, unindo necessi-dade, responsabilidade e respeito dentro de alicerces mais vivos e, reconhecidamente, cristãos. A lógica de um viver já nos impõe relaciona-mentos dentro de direitos e deveres, relacionamentos conquistados, alistados a exercícios e prontos a se re-percutirem a cobrir as falhas e negatividades de um pretérito. Buscando os alicerces mais básicos e fortes, a cada tempo, vamos cumprir tarefas negligenciadas, que se impõem em quaisquer dos círculos vivenciais por circunstâncias próprias das diferentes personali-dades que vivenciamos por diversas encarnações. Assim sendo, dentro de cada aspecto viven-cial, que envolve cada criatura, podemos observar algu-mas se exercitando em deveres: - Humanos e íntimos, nos círculos familiares. - De dilatação física e emocional, nos elos consanguí-neos que nos consagrarão às vivenciações dos dramas mais profundos que precisam resolver-se. - Na composição profissional e na relação humanística entre irmãos de habitações intelectuais e próprias ao progresso íntimo profissionalizante e da sociedade, ou do mundo que habita. - Na proposta de humildade e doação nos padrões, muitas vezes, negligenciados na consanguinidade ou numa sociedade no relacionamento entre almas. - No circulo ambiental, por não respeitar, anteriormente, as fontes divinas das naturezas que nos abastecem o viver, e não conjugando equilíbrio e harmonia no âmbi-to vivencial. - No contexto de relacionamentos sociais e participan-tes da vida pública, seja em que setores se identifiquem, porém, não avançando dentro das leis do respeito, de fraternidade e do amor. - Na ampla necessidade de se conjugar no relaciona-mento das almas, comandando-as em forma íntima, em

estruturas e propostas vivenciais, distorcendo ou mani-pulando ideias e personalidades. - Nos posicionamentos fraternos e responsáveis entre a consanguinidade que precisam efetivar-se em carinho, respeito e amizade, destruindo ou menosprezando sen-timentos e afetividades. - Em todos esses ângulos e aspectos a serem observa-dos, na proximidade de cada etapa vivencial, os proces-sos cármicos se efetivam e nos trazem a pactos com almas em correlação a estas deficiências, ou mesmo fragilizadas ou adulteradas por nós, a nos disponibiliza-rem, mais uma vez, a um novo relacionamento, mais claro e consciente. Sendo assim, em todas as encarnações, o de-ver virá à frente de nossos posicionamentos, pois, se falharmos, foi por não termos cumprido alguns deles, dentro de nossas colocações humanas ou sociais. E, na negligenciação de um dos pontos de participação vi-vencial, estaríamos infringindo as leis de dever, respeito e amor, sendo, com isto, necessário um novo posicio-namento na carne densa com as almas envolvidas, para que pontos específicos possam distender-se e se ajus-tar, tais como: - Falta de deveres e respeito entre marido e mulher. - Desrespeito às instituições familiares de modo ge-ral, negligenciando instantes que poderiam ser plenos e construtivos. - Pais e filhos que se desajustaram e que precisam entender-se, se aceitarem e se perdoarem. - Material humano que somos a nos dobrar a leis maio-res da humildade, da paciência e da compreensão. - Propostas a serem elucidadas no direcionamento dire-to com irmãos que participam do sistema vivencial mais próximo, como o ambiente profissional, social e familiar. Em vários momentos, estaremos delineando--nos melhor e acordando em sentimentos e moral com estes tantos irmãos que se unem a nós nestes labo-res íntimos. De qualquer forma, a negligenciação em nos-sos deveres e pontos de ajustamento de nós mesmos nos fará voltar inúmeras vezes, pois o desrespeito a va-lores cristãos e divinos, as defasagens emocionais e humanas nos mostram que fugimos de deveres, por medo, negligências, falta de percepção, indiferença e pequenez, não é? Todos nós precisamos saber que a vida precisa ser vivida e exercitada íntima e socialmente com disci-plina e respeito, a podermos executar nossas tarefas, tarefas estas cumpridas dentro do respeito aos laços da consanguinidade e deste relacionamento que mante-mos no viver em sociedade. Perguntaria aos irmãos:

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1 - Qual o resultado do cumprimento nos deveres de pais? 2 - Qual o resultado do não cumprimento do respeito e dos deveres dos filhos e jovens aos pais e às leis de amor e fraternidade? 3 - Qual o resultado da não observância dos deveres no relacionamento humano, social e religioso? 4 - Qual o resultado da indisponibilidade em relação à lei do trabalho?5 - Qual o resultado do não cumprimento às tare-fas profissionais? 6 - Qual o resultado da não frequência do respeito aos deveres como cidadão, que precisa respeitar a sociedade e as almas que a compõem? Realidade a ser compactuada em indisciplinas, indiferenças, negligência, imaturidade e irresponsabili-dades, estas as respostas globalizadas, não é? Para que possamos sair de cada encarnação certos dos deveres cumpridos, precisaremos deter a consciência sob constantes análises, com lucidez em nossos atos e pensamentos, agindo baseados nas leis do respeito, do dever e da fraternidade. Para que consigamos ultrapassar as negligen-ciações de momentos presentes ou passados, é preciso nos impormos a disciplinas mais rígidas nos relacionamentos com as criaturas, visualizando-as nes-te entrelaçamento consanguíneo ou não, mas tentando administrar os intercâmbios emocionais e humanos, de forma mais compreensível e amiga, sabendo que, se ainda temos dificuldades e diferenças, é por não termos conseguido libertar-nos das viscosidades de pretérito, e, para isto, aqui estamos, mais uma vez, precisando conscientizar-nos com mais firmeza e nos enlaçarmos em sentimentos mais suaves e compreensivos. Todos temos falhas, omissões de tarefas ou sentimentos, negligenciando-nos em deveres que não foram cumpridos, e que precisam seguir as regras cristãs que o Pai dispôs a nós. Para que isto não acon-teça, criemos o hábito de olhar dentro nós mesmos e, antes de nos escusarmos a cumprir nossos deveres, reavaliemos situações e ponderemos dentro de aspec-tos maiores de paciência, aceitação e humildade. Sigamos em frente, irmãos, mas cônscios de que o mundo ao nosso redor espera que vibremos sob melhores condições, a criarmos sentimentos mais pu-ros em fraternidade e respeito, tanto à natureza que nos envolve e alimenta, quanto em relação às almas que caminham conosco e que fazem parte do rol das mani-festações de nossas almas, para que partamos, todos, juntos e unidos, em direção ao universo do Pai Maior.

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho

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O que é necessário para uma boa convi-vência? Como lidar com os irmãos ao redor? Necessário para um bom conviver é Denis:estabelecer ritmos mais amplos de respeito aos que trafegam conosco, seja na materialidade, seja em campo espiritual. A convivência é troca de experiências, sentimen-tos, ideais; é cultivo de aspectos que, prensados no ser, ainda precisam restabelecer uma sequência relativa de conquistas positivas. Não existem fórmulas mágicas que não a boa vontade, a compreensão e o respeito. Saber que todos estão unidos na cadeia da consanguinidade espiritual e que todo este trânsito na matéria se faz como um lavar de resíduos de pretérito, como a limpar de vez as impurezas, tirando as crostas das indisciplinas, do desamor, da indiferença, do orgulho e da vaidade. A lida irmã é constante de uma prática que O Criador nos possibilita em treinamento, até que consi-gamos atingir a um momento em que estaremos aptos a estar defronte ao Mestre, limpos e iluminados, mora-lizados e constantes em aceitação, humildade e amor. O que é necessário para entender a vida? Entender a vida nos seguimentos pró-Denis: prios de cada um é aceitá-la como é, saber observar as formas naturais do viver na alimentação que recebe-mos, sem sequer pensarmos em como ela nos chega, usufruindo da respiração farta do oxigênio; é saber que viemos para realizar algo, para transitar entre as outras tantas naturezas e delas saber cuidar; é saber que, assim como as plantas têm uma fertilidade que lhes vêm em abundância na nutrição do solo, assim como detêm um importante papel na troca das substâncias a alimentar, diariamente, as outras naturezas irmãs e cada uma delas em seu próprio reino, nós, seres racio-nais, também estamos no viver constante a realizar estas trocas, numa mútua e profunda alimentação em respeito, compreensão e amor. Como coordenar o tempo, de modo que possamos aproveitá-lo ao máximo? O que esta-belecer como prioridade, tendo em vista a lida na matéria? Realmente o tempo é luxo, é fartura, é Denis: espaço a ser preenchido com muita atenção e amor, pois representa a grande disponibilidade a nós ofertada aos aprendizados e buscas por um maior aprimora-mento. Estabelecer ritmo, sequências, será fator a ser buscado por cada ser, porque cada um de nós estará num momento vivencial em aspectos múltiplos de

percepção, raciocínio e querer. Por isso, o tempo de cada alma será preenchido na materialidade entre a satisfação do ter, a sequência lógica do obter e a per-cepção máxima do sentir. Os aspectos visualizados em relação ao tem-po de vida serão mais detidamente preenchidos, princi-palmente, quando os sofrimentos e as dificuldades al-cançarem as almas. Nestes instantes, muitas poderão despertar para um preenchimento maior do seu tempo, respeitando os minutos e os relacionamentos que ocorrem a cada instante. A prioridade caberá dentro das respectivas vidas, entre o abastecimento material e, realmente, o que buscam dentro do seu emocional. Um equilíbrio precisará existir para que não se onerem nem na matéria nem no sensorial. Se não existir esta observância nestes fatores, as almas ficarão "capen-gas e doentes". Como superar as próprias defasagens? Com a nitidez das fragilidades, com Denis: um aprofundamento naquilo que estão falhando e com a vontade de superar essas defasagens. Essa nitidez e observância só se dará se a alma buscar fatores e con-textos maiores em sua vida, como as dispostas por Jesus em suas orientações e exemplificações. Isto ficará à disposição dos seres, embora alguns não se percebam em defasagens, passando por cima de suas inadimplências e colocando-as por insuflação e culpa dos que com elas convivem. Lucidez no viver e respostas nítidas ao que são, ao que precisam e o que deverão estabelecer para ultrapassar os fatores fragilizados e para os quais pre-cisam elaborar medicamentos, serão as necessárias providências a serem tomadas, a fim de sanarem os rasgos e as intempestivas atitudes que geraram esta inconstância no equilíbrio da máquina espiritual. Quais as consequências da inobservância de uma moral correta? Consequências sérias e que trarão as Denis: almas a diversas e inúmeras reestruturações; efeitos inúmeros que recaem no campo mental e, consequen-temente, no estrutural. O fator moralidade é o que estabelece um pa-tamar nítido daquilo que se constitui o Espírito em integralidade de sequência mental, em raciocínio, sen-timentos e valores. A moralidade constitui a máxima a ser unida às frequências sensoriais, isto é, aos campos de energia e fluxos de sentimentos agregados a esta-belecer uma rotação constante em colorações perfei-

tas na energética dos centros espirituais e, consequen-temente, de matérias mais densas. Quais as situações atuais de maior des-respeito às leis humanas e espirituais? Como nos postarmos perante tais situações? Denis: Na verdade, são muitas as situações que vêm sendo trazidas no viver atual; aliás, estas mes-mas situações se assemelham a outras tantas do pas-sado. Assistimos à imoralidade, às prostituições hu-manas, aos abusos em todos os setores, à multiplici-dade de negativas aos direitos verdadeiros dos seres; assistimos aos desrespeitos a irmãos; à uma peque-nez e felinidade daqueles que se acham os donos dos postos, dos setores públicos, humanos e religiosos; vemos os púlpitos ocupados por seres inexperientes em atender às necessidades de irmãos, tentando ins-taurar leis onde o usufruto atende somente aos que ne-las se enquadram; vemos a inferioridade espiritual adequando-se aos sistemas e insuflando o terror, a barbárie, que aliás vem reeditada do pretérito; acorda-mos para dias em que as notícias trazem o medo e a inconstância nos editos, enforcando o viver daqueles que trazem as cordas em seus pescoços pela fragili-dade em que vivem; vemos surgir o desrespeito às cria-turas pelo abuso do poder e de manuseios "ridículos" de seres que se julgam sábios e potentes em discursos e "lábias", sentindo-se fora do alcance das leis huma-nas e divinas; assistimos à fuga ao enfrentamento de verdades cristãs e ao mau uso do nome de Deus. Enfim, irmãos, os efeitos sentidos pela plebe, hoje, são enfermiços e tristes, e para saber conviver com todos eles será preciso buscar um elo maior com os planos superiores, com Jesus, envolvendo-se, cons-tantemente, na luz do Senhor, sabendo que a Terra precisa desta busca das almas aos palcos divinos, para restaurar os campos humanos contaminados pelas sombras negativas e insufladas, também, destes abusos e desrespeitos.

A construção da família é uma vivência que, na verdade, é como se fosse um ensaio para vivências mais amplas até chegar a uma vivencia-ção em dimensão universal. Comente, por favor. Denis: Sim, lentamente, desde os tempos ini-ciais da criação dos mundos, a construção familiar é o campo certo e necessário a treinarmos a nós mesmos, em caráter, moral, valores e sentimentos. Será o lugar mais pleno a que as almas se traduzam em seres mais qualificados a ascenderem aos planos superiores.

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Vivemos num sistema competitivo e, às vezes, perdemos o respeito aos outros. Quem tem que mudar: o sistema ou nós? Por quê? Denis: Na realidade, as criaturas é que cons-troem os sistemas e todos que aqui estão encarnados é que precisam observar o que criaram e "arrumar" a casa em que habitam. O sistema competitivo está na materialidade, em seu usufruto no emocional e na bus-ca pelas conveniências mais adequadas a sentimentos próprios. Está num fluxo de construção onde os seres se distorcem na obtenção excessiva de matérias que constituem a eles não só o necessário e o observado por olhos especulativos, mas precisam de abasteci-mentos a demonstrarem e perceberem o "quanto" têm e o "tanto" que os coloca acima de outras almas. Este fluxo é via de duas mãos, e a cada viven-ciação na matéria densa precisa ser mais bem obser-vado e definido, a não trazer os tantos desequilíbrios visualizados por nós do mundo espiritual. Muitas pessoas estão abandonando seus países de origem porque não querem mais viver em campos de guerra. Procuram asilo em países vi-zinhos, mas muitos destes países alegam diversas razões e se recusam a dar asilo a estas pessoas. Temos aqui um impasse, como resolvê-lo? Denis: Sim, o mundo estabeleceu uma divi-são em suas terras, limites em seus solos, em línguas, em conceitos humanos, sociais e religiosos. Entretan-to, a Terra nos foi dada inteira, sem divisas, com abas-tecimentos inúmeros, fartura e possibilidades de viver e viver muito bem. O que acontece é que herdamos uma esfera limpa e perfeita, mas as criaturas que aqui aportam não são perfeitas ainda e trazem as promiscuidades, o primarismo, a parcialidade, o egoísmo e o orgulho nas vivências, assim traçando os tantos limites entre ir-mãos terrenos. O que vemos são efeitos, consequên-

cias destes limites feitos, da mesma forma no pretérito entre povos, se estendendo até os dias de hoje, em que guerreiam ainda entre si, esperneiam a se dizerem povos eleitos, a se colocarem como donos de solos, a se conduzirem como premiados a usufruírem certas prioridades diante de culturas mais empobrecidas. Po-rém, irmãos, existe uma relatividade entre causa e efeito e isto está acontecendo em maiores percentuais entre os povos mais antigos do mundo, entre poderes, entre religiões e objetivos culturais. Quem tem que resolver isto são as criaturas, restabelecendo valores e olhando-se como partes de um campo livre e farto a alimentar a todos os seres. As soluções serão dadas de acordo com o alcance de ca-da alma, que precisará se desfazer dos liames falsos e individualistas do pretérito e aceitar irmãos como seres em oportunidades únicas criadas por Deus. Conceitue, por favor, irmão: - Moral. Denis: Postura íntima a ser buscada como fonte da fortuna espiritual e universal.

- Caráter Denis: Contexto exercitado a cada vida a fazer parte de um único edifício, a moral. Vínculo a valores e sentimentos, lisuras e observâncias no viver psíquico e sensorial das criaturas.

- Dever. Denis: Qualificativo a ser construído em cada vivenciação, respeitando cada campo de vida em si mesmo e em relação aos irmãos de convivência. Pos-tura justa e própria dos que já alcançaram a noção da grande responsabilidade em relação às permissões que o Pai nos ofertou.

- Felicidade. Denis: Saber ser, saber viver, saber honrar ca-

da ser, cada instante no fluxo vivencial; construção de amor e aceitação no imo de cada alma; luz interna construída na observância de si mesmo, quando o flu-xo da luminosidade nos alcança e nos envolve, a sentir-mos que somos de Deus, do Pai Eterno. Qual o seu conselho para nós, que ainda engatinhamos na espiritualidade? O que fazer para que consigamos dar ao menos um passo em busca do manancial de luz? Denis: Saber colher o que a vida nos dá, saber amar mesmo sem ser amado, mas ultrapassando nos-sos próprios limites e invadindo o de semelhantes para agasalhá-lo em nossos braços, para reciclá-lo em con-ceitos, para demonstrar que todos somos irmãos em Cristo. Os resultados de hoje serão vistos no amanhã, vitoriosos ou ainda sob desequilíbrios ou dúvidas. As passadas são dadas de forma lenta, para que sejam absorvidas e entendidas em seus conteú-dos; o viver de hoje é igual ao de ontem, todos nós somos seres de vivenciações pretéritas, unidos em nossos dramas e problemáticas, mas entrosados e em limitações comuns, por isso estarmos ainda neste campo de sujidades morais, humanas e espirituais. O conselho a ser dado, talvez mesmo o que pude seguir em vidas passadas e na minha última ingressão na Terra, é tentar desobstruir nossa alma das endemias e falta de observância da própria vida, obser-varmos palavras, atitudes e pensamentos enviados, construindo um edifício mais forte a não permitir a in-vasão dos "parasitas" morais e espirituais que voejam em torno das almas encarnadas. Buscar o aprendizado e, consequentemente, o crescimento será saber manejar com a consciência atual, não permitindo novos deslizes e trazendo-se em nitidez de procedimento diante Daquele que nos observa a todos os instantes, Jesus, O amigo Eterno.

Baseando-nos, nestes veículos entre ciência e Espiritualidade, alcançamos grandes momentos de aprendizado em elucidação de temas interessantes e importante para cada um de nós que intenta penetrar nos conhecimentos espirituais, aliados aos campos da ciência terrena. Tivemos a colaboração, desde a vinculação da Associação Medico Espírita ao Grupo de Comuni-cação Espiritual, de vários irmãos da área da ciência, pertencentes, todos eles, a outras tantas AMEs de vá-

rias cidades. Agradecemos a todos pela boa vontade, esfor-ço e carinho com que nos prestigiaram. 1 - Em 7/11/2015: A epigenética e a física quântica com suas correlações espirituais - Dr. José Henrique Rubim.2 - Em 05/03/2016: As interfaces da medicina - Dr. Luiz

Felipe Guimarães.3 - Em 09/04/2016: A água, mensageira do espírito, medianeira do cuidado - Dr. José Domingos V. Cabo.4 - Em 07/05/2016: A fé que cura - Dr. Claudio Conti.5 - Em 04/06/2016: Interação mente-corpo-espírito - Dr. Wantuil R. Araújo Filho.6 - Em 02/07/2016: A glândula pineal - Fernanda Gaspar do Amaral.7 - Em 06/08/2016: A bioquímica de Deus - Claudia Cristina de Oliveira.

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Verdadeiramente, viemos a cumprir obrigações, a atuarmos, assiduamente, entre palcos de prazeres e de responsabilidades, não é verdade? Viemos a cumprimentos positivos e que se revelarão a nós, de tempos em tempos, cumprimentos estes que nós mesmos delineamos e colocamos como pontos principais a serem percorridos. A luta, meus irmãos, é necessária, porque nos revela sensações e nos faz apreender algo mais, que estávamos negligenciando ou omitindo de nosso viver entretanto, as tantas colocações, que nos são apresen-tadas no viver terreno, nos provocam sofrimentos e res-ponsabilidades, os quais desejamos que se distanciem

de nós, não é isto? Sim, o cumprimento de obrigações não se en-foca somente no âmbito material, mas, muito mais, através das ligações sentimentais, que nos revelam o quanto de satisfação precisamos dar. Os parâmetros de vida variam, as percepções e os entendimentos também, porém, mesmo dentro dos diversos níveis de cultura espiritual ou intelectual, o percurso cármico nos envolverá e nos trará a cha-mativas de ocupar instantes de obrigações e atendi-mento a tarefas e posicionamentos ímpares. Mas estas mesmas chamativas poderão ser percebidas por diferentes formas e a aquiescência virá

de acordo com a vontade e a intenção de crescer, de ultrapassar etapas de caráter necessário a compor, cada vez mais, um palco mais amplo e perfeito ao nos-so viver. Na compreensão daquilo que somos e porque viemos, na compreensão de nossas tarefas e enver-gando obrigações nas quais nos unimos, precisamos buscar, mesmo em dificuldades, o cumprimento de ca-da etapa, para que possamos olhar-nos, também, com mais respeito e consideração.

Emmanuel, do livro Sinal de Alerta, psicografia Angela Coutinho

Cumprindo obrigações

sais, a se adequarem à harmonia e à perfeição; disposi-ções estas cronometradas pelos grandes propósitos do Relógio-Mór, Criador e Protetor da universalidade da vida, como, também, olhando e orando por nós, Daquele que Se coloca a reger, em seus mínimos detalhes, esta frequência de adestramentos e crescimentos nos se-gundos de cada natureza, Jesus, o Coordenador das vidas, o Mantenedor das relíquias dispostas em essên-cias estruturadas, que habitam o Universo. Assim, somos partes do direcionamento deste Grande Relógio Universal, fazemos parte de cada segun-do registrado nos tempos e em cada movimentação em que seguimos em frente ou que intentamos atrasar o relógio do tempo, atrasando a nós mesmos, por ainda, realmente, não conseguirmos entender que os tempos, que marcam as grandes possibilidades de aprendizado e crescimento, nos são dados com todo amor e carinho, ajudando-nos a que caminhemos e participemos, tam-bém, deste grande contexto que marca, com perfeição, os ritmos de todas as naturezas.

Colaboremos com este Grande Relógio e agrade-çamos as dificuldades e as alegrias, as dores e as triste-zas, pois sabemos que são todas estas situações, que estão alinhadas ainda a nós, que nos farão despertar para a grande oportunidade de viver no tempo dos segundos, minutos, horas, dias, anos e séculos, a alcançarmos o ritmo perfeito, que atua na frequência de todas as movi-mentações de nossa própria vida, o verdadeiro Relojoeiro Universal, Deus.

Augusto dos Anjos, psicografia Angela Coutinho

conserta e entende, o tempo ajuda e ilumina, o tempo é esclarecedor e amigo, o tempo é altaneiro e capaz, é ajuda àquele que vem, que passa e que fica. O tempo nos faz crescer, nos ajuda a desen-volver e ver, nos traz a planejamentos e conclusões, nos reclusa ou nos acelera. Tempo, tempo, momentos pedidos, ansiados e esperados. Passamos um tempo nos perdendo e outro nos achando. Iludimo-nos com o tempo, arcamos com as consequências dos maus tempos, firmamo-nos nos tempos certos e precisos. Sim, o tempo, sem ele nada seríamos. E o mundo? Será que já precisou devidamente o seu tempo ou será que já se lastimou e se esqueceu de que o tempo foi longo, que o homem esqueceu-se de bendizer a quantidade de tempo, que o está merecendo? O tempo para o mundo é preciso, como pre-cisos os tempos a cada criatura. Caminhamos há longo tempo no mundo, neste e em outros, selecionamos o que queremos, como

queremos, e da forma que queremos neles nos envolver. O que mais podemos dizer? Se o mundo nos dá pouco tempo, reclama-mos, se o mundo nos esquece em tempo repleto de condições fartas e difíceis, nos lamentamos; se o mun-do nos lança a tempos medidos e necessários, custa-mos a nos aceitar. O tempo, para o homem no mundo atual, é célere, é permissão concedida a tudo e para tudo, pois a criatura esquece-se de que deve reajustar-se e ter o seu ínfimo, imprimir seu ritmo individual e certo, para cada situação e momento. Não nos tornemos usurpadores de nossos tempos, mas também saibamos apreciá-los e aceitá-los. O tempo certo é e será aquele que é aceito e compreendido, dentro dos limites de nós próprios. Os tempos são vitórias conseguidas ou partidas perdidas, mas todas válidas e conselheiras amigas.

Emmanuel, do livro Mundo, Vida e Esperança, psicografia Angela Coutinho

O tempo que o mundo tem

O relógio da vida

O sol detém seu tempo. A lua caminha a longo tempo. Os mundos, as terras, as lutas internas, as discórdias paralelas nos abraçam e nos trazem em mudas tristezas e incertezas. O tempo que o mundo tem, o tempo que corre paralelo, o tempo que nos absorve e envolve, o tempo de que precisamos e com que contamos, sim, o tempo, o que é o tempo para nós? Para que precisa-mos de tanto tempo? O tempo corre, o tempo urge, o tempo nos mostra o que queremos, o que somos, o que pretende-mos, o de que necessitamos para empreender mais uma heroica caminhada. O tempo, sempre o tempo, momentos exíguos e necessários, através dele nos dilatamos ou nos distorcemos. O tempo individual e pessoal, amigo ou inimigo, aquele que nos dá oportunidades, aquele que nos derrota e nos elimina das lutas, das empreitadas. O tempo transforma as criaturas, o tempo

Sim, a vida tem um relógio que se traz em cons-tante movimentação, como todos os instrumentos terre-nos que marcam a movimentação do tempo na esfera e dão as devidas orientações a todos os seus habitantes. O viver, de modo geral e abrangente, é coorde-nado por ritmos e dispositivos marcantes, que trazem as múltiplas movimentações dos corpos, dos fluxos de vida em todas as estruturas manifestas a olhos car-nais, quanto, também, a olhos espirituais. Tudo se traz sob medidas, ritmos a coordenar os objetivos maiores da Criação. Os planetas, os come-tas, os mundos, os alicerces atmosféricos, as disposi-ções humanas, as marés, os ciclos circadianos, os ci-clos hormonais, as temperaturas e tudo que se encontra latente ou já disposto a manifestações; tudo que se mo-vimenta, pois em tudo existem movimentações e ade-quações e, estas disposições, estruturações e conteú-dos estão sob a égide de um grande relógio, o relógio do tempo, do determinismo e das próprias disposições que se aceleram e se direcionam a cumprir as leis univer-

11Informativo nº 45

Natural que se espere a felicidade da vida que nos orna nesta premência vivencial de aprendizado e crescimento! Natural que busquemos a felicidade em cada recanto do viver! Natural que esta busca se dê em todos os tempos e sob circunstâncias únicas, com referenciais próprias a cada tipo de situação e modulação vivencial! Natural que ansiemos pelo melhor e por tudo que vem à nossa imaginação e à nossa vontade! Natural que venhamos buscando, nas reali-zações materiais ou não, o supremo estágio de bele-za, paz e conformação, a nos trazer, em ritmos ansia-dos, as oportunidades e envolvimentos a que tan-to aspiramos! Realmente, meus amigos, a felicidade é um

segredo que se esconde dentro de nós mesmos, e que, muitas e muitas vezes, procuramos num sorriso, num olhar, numa companhia ou mesmo na abastança material, não é? Mas, meus irmãos, cada um de nós a traz em si, só que não a percebemos ou conseguimos abraçá-la, simplesmente, por não saber visualizá-la ou lutar por ela. Não olhemos para fora de nós, ansiando o que, naturalmente, está dentro de nós. Não há, então, segredos para que sejamos felizes; existe sim, a clareza, a nitidez de purificar as nossas próprias performances, para que sejamos felizes, para que nos completemos e não ansiemos o que não nos pertence. Saber achar a felicidade será buscar em nós o melhor que temos, o que já angariamos através das

diferentes vidas, conformando nossas personalidades pretéritas e adestrando-nos no bem, na compreensão, na fé e na caridade. Aí sim, depois que soubermos posicionar-nos e trabalhar os valores que temos, e burilar os que estão distorcidos, é que poderemos buscar o equilíbrio na solidez da razão com a harmonia dos sentimentos, para que surja a justiça em nossa mente, baseada no testemunho da fé, amor e aceitação. Assim, irmãos, a chave do cofre da felicidade se encontra escondida dentro de nós, mas, para conseguir achá-la, nada melhor do que procurar “conhecer a nós mesmos”, como seres encarnados e como criaturas divinas.

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho

O segredo de ser feliz

Demonstrando a viva intenção d'Aquele Que nos criou, a forma harmoniosa no viver nos traz sob acelerados instantes em que a personificação do nosso lado triunfante e perfeito se chega, demonstrando a todos a realeza da vida em equilíbrio e harmonia. Alegria no viver, alegria em ser, figuração perfei-ta e que irá legitimar o quanto a alma busca e se comple-menta com os elos que se ligam a nós, para que possa-mos fazer cada momento, em que perseguimos a nós mesmos, de paz e amor, instantes reais de felicidade. Alegria em sentir, obséquios em que abraçare-mos sensações plenas e robustas quando o entendi-mento se fizer em frequência seletiva diante das ofertas de cada vida, instantes de compreensão mais ampla a visualizar o quanto podemos reter de bom e útil diante das ofertas a que temos direito. Alegria em atuar diante dos planejamentos a que nos propusemos e pelos quais poderemos disten-der nossos granjeamentos infinitos, distribuindo os en-foques de amor e paz, compreensão e doação, con-temporizando os sofrimentos e dificuldades que pode-rão estar a burlar-nos mais fortemente. Alegria em saber-se em esperanças múltiplas

de reorganizações e readestramentos, para que nos surjam as possibilidades em vida eterna, a caminhar-mos em palcos mais amplos e iluminados. Alegria na fé que nos organiza e harmoniza, incutindo em nossas almas as compensações de nos viabilizarmos como elos infinitos ungidos ao nosso Pai Eterno, e usufruindo a certeza de que partiremos a Seu encontro, por meio de nossa própria estabilização e atuação como seres plenos e eternos. Alegria de nos constituirmos em confrontos ne-cessários a nos disponibilizarem o crescimento pelo qual buscamos intimamente, trazendo a certeza de que as almas

crescem em direção a organizações mais leves e perfeitas. Alegremo-nos com a vida, com as plenas dis-posições que nos são ofertadas dia a dia, incutamos em nossas mentes a certeza de que estamos em pas-sagens necessárias, a nos vermos, mais adiante, envol-vidos por capas menos densas e em equilíbrio e cons-tâncias de amor, paz e esperança. Abracemos as causas do viver com vontade de ultrapassar as tempestades e renascer em ilhas de renovação e aprazimentos, onde a natureza se mostra-rá a nós em maior fluidez e luz. Emmanuel, psicografia Angela Coutinho

Atendendo às necessidades de um momento, enfocando a multiplicidade de objetivos ou mesmo ten-tando abastecer nossas almas, procuramos caminhos a todos os instantes, independendo dos traçados por condutas diárias, nos quais nos sentimos presos e envolvidos. O que realizar quando jovens? Como realizar? O que seguir e o que buscar, se o mundo nos surge em uma multiplicidade de estradas, estradas es-tas muitas vezes turbulentas, difíceis e sem um fim a ser objetivado, por desalinho de suas construções ou por já estarem preenchidas por veículos em busca de um pouso à reestruturação e complementação?

Realmente, meus irmãos, apontar um cami-nho a nós mesmos, em certos momentos, se torna difícil, pois os preenchimentos visualizados são muitos e a dúvida se instala dentro de nós. Irmãos de fé, a escolha será de cada um de nós, o livre-arbítrio é o que nos direcionará a objetivos marcados em vida espiritual. Precisamos abrir nossos olhos espirituais e tentar buscar, dentro de nós, as ver-dadeiras aptidões ao nosso viver, segundo as intuições repassadas por nossas almas em contato direto com as predisposições de nossa individualidade, e enfocan-do um ritmo certo de paz, amor e equilíbrio, seja em que área for, seja em que estrada nos propusermos

a caminhar. A oração diária, pedindo a orientação certa ao Pai, será o farol a ser seguido, entretanto, precisare-mos de não nos deixar influenciar pelas manifestações exacerbadas do meio que nos envolve, e discernirmos, livremente, dentro de momentos de uma maior pene-tração em nosso próprio íntimo. Realizem suas escolhas, atendendo às suas tendências íntimas, pois estas serão as verdadeiras e ansiadas por seus Espíritos.

Emmanuel do livro Sinal de Alerta, psicografia Angela Coutinho

Apontando um caminho

Alegria no viver

Alegremo-nos diante da vida, a cada momento de dificuldade ou obrigação a ser abraçada, tendo sempre a consciência de que caminhamos e devemos caminhar alegres e felizes para a composição mais ampla de nossa própria estrutura infinita. Alegremo-nos por ter um Pai Extremoso Que nos mostra todas as possibilidades de crescer e nos aproximarmos Dele, por nossa própria vontade e en-volvidos pelo amor que nos emana. Busquemos, na alegria da compreensão de nos-sas dificuldades, o fortalecimento e a vontade de continuar

cada programação necessária ao nosso crescimento.

12 Informativo nº 45

Quantas e quantas idéias surgem nas almas a que possam alcançar a plena felicidade, aquela em que se assentem valores nítidos das compensações materiais e dos benefícios dos zelos físicos, principal-mente, os oriundos às seduções físicas e abastadas nos vínculos terrenos mais modernizados. Entretanto, tantas vezes, cruéis, pois as inúmeras consequências virão sob contínuos e duros exercícios, justamente, a lhes provar o quanto lhes é dado e o quanto, por múl-tiplas vezes, desperdiçam ou não se conscientizam da plenitude outorgada a melhor se modelarem em virtu-des, moral e caráter! Alinhando, desta forma, ideais no mundo terre-no, num esquecimento das propostas de plano espiri-tual, os seres se permitem envolver nas elaborações ma-terialistas e exigem tanto de si mesmos, quanto dos que os rodeiam e detêm uma convivência mais próxima. Conquanto livres a arbitrar na vinda a uma nova encar-nação, sabemos o quanto a luta em plano espiritual one-ra a sensibilidade do Espírito, trazendo os devidos remor-sos e sentimentos áridos de uma não vivenciação mais aprofundada nos deveres que deveria ter cumprido ou

mesmo, numa maior atenção a cada alma, respeitando--as e procurando compreendê-las mais e, lutando, assim, pelo seu próprio crescimento e libertação das algemas do passado em que ainda, provavelmente, estaria ligado. Quando nos referimos a um bom conviver, co-roado de êxitos e claridades espirituais, falamos da devida compreensão das almas a perceberem-se como seres infinitos num grande exercício na densa atmos-fera da Terra, e não, seres eternos numa largueza de propósitos a se regalarem num progresso moderno, sem uma nítida percepção dos reais valores e virtudes tão necessários a serem trabalhados, numa grande disponibilidade do Criador, a nós, Seus filhos. Como coroarmos melhor este viver atual, se a dimensão que nos tange já se encontra envolvida em rastros profundos de desamor, de malefícios e falta de reais valores? Como conseguir ultrapassar a nós mesmos, quando ainda nos sentimos fugir das obrigações simples, dos deveres dentro de uma família ou mesmo no campo humano e social? Como restringir nossas más tendências e ultra-passar os resíduos acumulados em nosso coração por falta de amor ou de compreensão? Como conseguir mostrarmo-nos fieis aos irmãos que cooperam conos-co na consanguinidade, ou mesmo àqueles que a nós lançam o melhor de si próprios? Como alcançar estas disposições mais perfeitas, se o mundo nos oferece e nos envolve em conturbadas condições de trabalho, com físicos onerados de pretérito e com as próprias ditaduras da rudeza das origens bárbaras de tempos de maiores inconsciências espirituais e morais? Irmãos, sabemos o quão difícil é o conviver, principalmente, por nos trazermos, ainda, numa imper-feição espiritual, sem podermos auscultar o que, preci-samente, viemos trabalhar. O conjunto do viver objetiva, nitidamente, o aprendizado ao conviver com todos os tipos de natu-

reza, ultrapassando, assim, o ser humano, seus pró-prios desníveis e atingindo as plenas convicções de que é uma natureza em vivenciação continua e que importante, portanto, se tornam abrir suas percepções a captar melhor a origem da vida e das inúmeras propostas que ela nos traz, seja esta vida vivenciada em quaisquer que sejam os campos desse Universo. Sabemos as inúmeras dificuldades de uma convivência, porém, irmãos, o Universo todo precisa aprender a lei do equilíbrio e das compensações, para que não se quebre o silêncio das vozes naturais das básicas instituições criadas pelo Pai. Habitar esta esfera ou outra qualquer não fará diferença para as naturezas, pois todas estão nos mesmos níveis de aprendizado e adestramento, sensi-bilidades e estruturas, sendo a convivência o labor maior a ser observado e atingido. A lógica no conviver deverá seguir etapas pri-márias e severas, tal como Jesus nos apontou em Suas parábolas e, mesmo, em Sua convivência nos palcos rígidos e insensíveis, o que nos demonstra, cla-ramente, quando ele nos diz: "Ame o seu próximo co-mo a si mesmo", não? Assim, tracemos um esquema de convivência a que possa ser observado e, melhor ainda, executado.Começaríamos por dizer que: - Olhemos para nós no espelho a cada manhã e preci-semos o que somos, o que falaremos no contato com a primeira pessoa com quem nos encontrarmos, dentro ou fora de nosso lar. O que dizer, como dizer, o que trabalhar em nós: a linguagem, o olhar ou o lançar de sentimentos como um abraço e um beijo. - Assim, já num cumprimento mais suave, vamos ini-ciar um diálogo. Mas, como será este diálogo: cobran-do, declarando preocupações, dividindo-as com alguém ou nos fechando e não nos comunicando por, talvez, achar que a problemática seria, apenas, nossa? Então, o diálogo ficará maculado e as reticências surgi-rão, assim, como, também, a máscara facial se trans-formará, já, com isto, afastando maiores possibilida-des de diálogo e entrosamento.- Após as primeiras atuações do dia, os "toques de recolher" da fala e dos sentimentos, logicamente, irão onerar o restante das convivências, ao passo que, se a criatura se colocar em comunicação direta a dividir com o parceiro ou familiares as dificuldades que lhe envolvem ou os objetivos a serem atingidos, num rela-cionamento irmão, tudo poderá ter uma continuidade diferente e mais amena.- Irmãos, pais, mães, avós e avôs, todos se trazem nu-ma mesma rede, numa interligação de vidas e senti-mentos, porque a família consanguínea, ou de mútua vivenciação, foi constituída com objetivos claros a se-rem trabalhados a que melhor se entendam, pois a lei de causa e efeito fará o seu trabalho, movimentando cada

alma dentro de suas respectivas necessidades e objetivos. Sendo assim, problemas e dificuldades preci-sarão ser divididos e adequados, a que o conjunto fami-liar melhor se atenda, se compreenda e se una.- As tantas outras "conexões" com seres afins precisa-

As coroações de um bom viver

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho

rão ser trabalhadas, porque, além de serem necessá-rias, também, e, às vezes, muito mais às modificações dos seres, serão elas que ajudarão a que se efetive no íntimo da criatura o reajuste mais forte. Por quê? Sim-plesmente, porque os que não vivenciam dentro do âmbito familiar, não terão as tantas reservas ou debili-dades que unem os consanguíneos, liberando, então, seu parecer e opiniões diversas, falas que poderão pro-duzir efeitos profundos positivos ou negativos, altera-ções nos sentimentos ou no moral.- Talvez, achem que "os de fora" não irão alterar tanto o seu caráter e sentimentos, mas não se esqueçam de que o conviver com tudo e com todos é que nos irá lapidando mais fortemente, pois o mundo é habitado por todo tipo de almas e nem todas terão os mesmos cuidados e respeito como os consanguíneos, que, na maioria das vezes, têm com as almas queridas, sejam elas difíceis ou não, mas haverá sempre este forte elo da consan-guinidade a toldar a visão de como é, verdadeiramente, o ser querido, assim tendo um cuidado maior a não melindrá-lo, o que estaria, também, muito errado. - Sentir, diariamente, o que causa os efeitos de cada instante de convivência; observar esses efeitos em cada contato dentro e fora do lar, analisando-se, ao final do dia, sem se colocar como vítima ou melindra-do por atitudes e palavras, desvelando-se em descul-pas "esfarrapadas".- A bem dizer, a coroação de um bom conviver virá após meses, anos ou mesmo quando a criatura, de-pois de passar pelos grandes dissabores e sofrimentos, conseguir ver, íntima ou parcialmente, o seu próprio desempenho e dos outros tantos irmãos que a rodea-vam. Até mesmo, estas observações mais detalhadas e profundas poderão ser visualizadas e entendidas após o desencarne, quando, em plano espiritual, esta análise for trazida por amigos espirituais, a lhe darem a oportunidade de revisão de suas próprias pospostas, antes do reencarne e do que conseguiram alcançar. Nítido se faz o burilamento de cada alma, seja em que tipo de convivência for, ou a esfera a qual ainda esteja ligada por afinidades vibracionais. Todos nos trazemos sob a visão de estarmos sendo manipulados por "algo" ou "uma força maior", não é? Assim, também, toda e qualquer natureza, sen-do mais importante a conscientização da própria vida e de cada existência, pois, em cada uma delas, iremos trazer alinhadas ao nosso corpo espiritual as causas e efeitos que nos cabem, como verdadeiros co-autores de nossas estruturas e de todo o sistema energético fluídico ou denso, que nos faz movimentar e estabelecer ritmos mais perfeitos e harmônicos, a podermos habitar este Universo, em relatividade de equilíbrio e amor. Alinhar cada convivência será dever de cada natureza e o olhar para nosso próprio íntimo, numa observação detida, real e sem ilusórios posicionamen-tos, nos ajudará a crescer, a termos mais paciência, compreensão e respeito a nosso próximo.

13Informativo nº 45

Amigos e irmãos, as atribulações diárias nos atropelam as intenções muitas vezes, não é verdade? Queremos fazer muitas coisas, mas a falta de um pla-nejamento maior não nos possibilita o recurso indis-pensável à concretização de nossos intentos. A organização de nossos afazeres diários é de suma importância, o querer cumprir, adequadamente, aquilo a que nos propomos muitas vezes, requer de nós, cuidados especiais e melhor atenção. Quero, caros amigos, falar a vocês da nossa organização em plano espiritual. Nosso tempo é o mes-mo que o tempo terreno, mas o aproveitamento das horas é diferenciado. Adequamo-nos da melhor forma ao tempo e ao bom uso dele. Organizamo-nos para o dia, desde que ele surge, e com os seus primeiros raios solares temos já a consciência de nossas obrigações. Então, não tere-mos ninguém a nos cobrar, porque um senso maior de responsabilidade nos direciona as ações, e vamos cum-prindo, por ordem de importância, nossos afazeres. Somos nós mesmos que desejamos cumprir, da melhor forma, nossas obrigações e então nos es-meramos nisto. No final do dia, aliviados por termos dado con-ta destas tarefas, agradecemos ao Alto as oportuni-dades recebidas. E nos sentimos felizes e reconforta-

dos por termos cumprido com o proposto. Nossos maiores nos observam e vão, à medi-da de nosso progresso, nos dando responsabilidades maiores, e é assim. À medida que vamos bem cum-prindo nossas tarefas, outras maiores são propostas, de maior responsabilidade e envergadura moral. Aos poucos, nos vamos adequando a este ritmo e não voltamos mais ao ritmo terreno, que é lento e de-morado, penoso e de difícil cumprimento, muitas vezes. Então amigos, acostumem-se aos poucos, a fazer sempre o melhor, esforcem-se ao máximo por menores sejam a sua tarefa ou o seu trabalho. Seja mais simples ou humilde, não importa. Não é o tamanho, nem o cargo que é olhado ou analisa-do pela Espiritualidade, mas o tamanho do amor em-pregado, o quanto de dedicação, de atenção. Pensem nisto, sempre. Não queiram grandes realizações, queiram aquelas realizações simples que sejam, mas que sejam na medida de suas possibilidades. Dediquem-se e doem-se sempre com muito amor, é o que lhes peço esta noite. Muita paz a todos! Grande abraço do amigo de sempre!

Irmão espiritual fala sobre o bom aproveitamento das horas...

Quando lhes distendemos o exercício da perscrutação de si mesmos no reflexo dos espelhos, nada mais intentamos do que lhes faci-litar o encontro da alma encarnada com o Espírito que os abrange em totalidade: vocês mesmos. Desta forma, nesta especulação diária, mas que precisará ser persistente e constante, muitos irmãos, nos primeiros contatos com seus próprios olhos e suas expressões, tentarão fugir, ou até acharão graça destes momentos, mas aqueles que se concentrarem e olharem fundo na expressão visual colhida sentirão que existe, den-tro de si mesmos, uma expressão que nunca foi percebida. Poderão sentir alguns uma exigência maior, uma pressão a lhes colocar o viver em ritmos mais firmes e sérios, como poderão bus-car o ser mais suave ou sofrido, embora todas es-tas expressões colhidas sejam partes distantes, mas todas elas pertencentes ao próprio Espírito, que as recolheu em necessidade de um novo exercício reencarnacionista. Por que escondemos, então, em nossa expressão atual, as tantas partes de nosso Espí-rito, e, inegavelmente, de nós mesmos? As expressões, distendidas por nós na personalidade que se apresenta hoje, são as que poderemos explorar um pouco no contato com os diversos posicionamentos que tomamos, e junto aos de outros irmãos consanguíneos ou não, porém, quando viemos a esta encarnação, apenas distendemos e nos exercitamos em parte de nosso intelectual, emocional e espiritual, para que este exercício não se torne tão difícil, a ponto de perdermos uma encarnação. Por isso, irmãos, a maioria de nós foge de si próprio, não querendo aceitar os erros, falhas e lacunas, achando-se sempre dentro da razão, envolvidos por situa-ções perfeitas. A análise íntima é um dos posiciona-mentos mais difíceis de serem tomados, porque exigirá de nós maior aceitação a uma modifica-ção mais profunda, fazendo-nos exercer um juízo próprio, e, numa visão constante, estaremos em contatos íntimos conosco mesmos e as falhas e debilidades, que nos envolvem. Assim, toda modificação exigirá muito de nós mesmos, e não dos outros. Serão preci-sos coragem, persistência e fé, para ousarmos realizar, claramente, o que viemos exercitar, enco-bertos pela misericórdia do Pai, Que nos traz, a cada vida, sob o esquecimento do passado.

A fuga de nós mesmos

Frei Augusto, psicografia Margarete R. Lemos

Rafael Lima [participante do Festival Literário de 2016]

Para termos Jesus no lar, Apreciamos as reuniões de Karroiz Que nos ensina que nossos filhos são EspíritosE que depois da morte, há, sim, a verdadei-

ra vida.Henrique nos ensina, também, que as colô-

nias Florescer e Nosso Lar são locais para onde va-mos quando ainda estamos em um processo de evolução, e que, quando encarnados, o processo de aprendizado é muito maior para o Espírito.

Assim, a evolução se dá em dois mundos.O aprendizado e os ensinamentos são contí-

nuos, eternos, da mesma forma que a sabedoria Divina.O som da música e do coração, que são ema-

nados nas reuniões, respectivamente, de segunda e de quarta, auxiliam aos encarnados e aos desencarnados

Jovens do GCE - Agradecimentona busca, no aconchego e no tratamento espiritual.

Que o GCE continue sendo, no tempo justo, o Just in time, da Mi manera que ele foi projetado.

Saiba que Jesus está sempre ao seu lado, que o Mestre Nazareno ampara a todos, sempre que necessário. E que as pontes sobre águas turbulentas passarão, tudo passa.

As artes trabalhadas por pessoas, para pes-soas, são as que mais encantam e, por isso, estamos comungando, hoje, de um momento de deleite de obras únicas e especiais, assim como Toulouse-Lautrec fez e o faz.

Esse é um pequeno texto aos amigos para

siempre.

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho

14 Informativo nº 45

A evolução do ser, do espírito, do ser corpóreo e imanente, de qualquer entidade pensante e em evo-lução, deve ser feita a cada instante no manuseio das vidas, especialmente quando, diante deles, se apresen-tam sensações e afinidades extracorpóreas, manifesta-ções de origem mental ou físico-psíquica. Estas mani-festações serão distendidas, se o ser itinerante souber delas tirar proveito, ampliando os recursos trazidos e exercitando-se altruística e caritativamente. As captações mediúnicas, para que sejam plenas, harmoniosas e perfeitas, precisarão trazer o indivíduo sob um equilíbrio moral, religioso e humano, baseado nas constantes das Leis Divinas. Existem captações e captações, métodos usados, normas es-tabelecidas e voltadas, muitas vezes, ainda a estágios primários em conhecimentos espirituais. As normas, diretrizes e conceitos acertados em um grupo não deverão ultrapassar as necessidades básicas, que en-volvem um trabalho espiritual a ser feito de forma integral e em termos não questionáveis, e, sim, voltar para o amor ao próximo, à condução de um objetivo maior de união e paz, progresso crescente, mas dentro de origens simples, reais e humildes. Não devemos olvidar de nada quando nos propomos a crescer espiritualmente. A vontade será o elemento básico para a evolução, a coragem a vértebra-mór a sustentar tudo e todos, a eficiência e o equilíbrio amplitudes a serem atingidas, para que todo um sistema doutrinário atinja o objetivo primordial. Custa-nos crer e aceitar as ligações ilícitas e tristes de irmãos que se entendem por caridosos e cristãos com entidades menos favorecidas e esclare-cidas, permitindo subjugações. Custa-nos aceitar a completa disposição com que encontramos criaturas voltadas a manifestações de ordem intempestiva, rancorosa e maldosa. Muitas almas se deixam envol-ver com irmãos espirituais inferiores, a fim de abusar e perturbar vidas, danificando almas irmãs. Serão estes os menos iluminados em corpo espiritual, os verdadei-ros necessitados e não os coordenadores enaltecidos e prontos a direcionamentos elevados. Cada um de nós deverá procurar elementos básicos e princípios originados em irmandades cristã e doutrinária para qualquer produção mediúnica. Com fi-nalidades positivas e amplas fomos trazidos a vivenciar o apostolado mediúnico e, tenho certeza, iremos cobrar-nos por estas defasagens no retorno à vida espiritual. Os elementos doutrinários, os elementos ne-cessários a uma séria conduta e a um amplo descor-tino de formas doutrinárias se encontram no próprio

indivíduo. Será nele que os trabalhadores eternos en-contrarão apoio e força, campo e condições para empreenderem tarefas definidas e necessárias. As vir tudes humanas são trazidas da eternidade, abastecendo-nos em condições básicas, para que nos dilatemos em efeitos progressivos a cada encarnação. Ávidos de se tornarem melhores e se manifestarem, ávidos de atenderem a um chamado interior, exem-plificando e exteriorizando planos caritativos, porém de falsa origem humilde, as criaturas se colocam em exposição e prontas a elogios e agradecimentos. Para que possamos empreender um verdadei-ro trabalho de doação, de ocupação doutrinária de ela-borações mediúnicas, precisaremos dedicar-nos de corpo inteiro a propósitos amplos e sem restrições, sabendo sempre que o amor e a fé superarão todos os obstáculos e tendências inferiores. O maior percalço de uma orientação mediúnica é a interferência da pró-pria alma e daqueles que anseiam por tudo, em pouco tempo, tentando espelhar-se em falsas teorias e neces-sitando de ofertas babilônicas para prosseguir. O fardo é pesado, sim, para aqueles dispostos a comunicações, os despojados de interesses mate-riais e submissos às realidades da vida. Estes não sucumbirão, estarão sempre sabendo quem os alimen-ta, como superar as necessidades, encaminhando-as a planos ansiados e sublimes. Seus suprimentos não se limitam a seus dons materiais ou a ofertas apresen-tadas, não se deixando levar por falsas opiniões. As crenças e as condutas primam por um fortalecimento próprio, sob bases firmes e cristãs. A união deles com o Alto Plano Espiritual, nem que seja somente intuída, será tão grande que os afastará dos inconvenientes e dos desapreços em manifestações e atividades. A união do ser espírito com o ser corpóreo será maior a cada momento, a cada atitude. A doutrina específica virá lenta e aprimorada, à medida que o indivíduo quiser buscar esta sustenta-ção, o que o tornará um efetivo trabalhador do Cristo. Nada mais que trabalhadores leais e sinceros são buscados pelas entidades espirituais e por todo o mundo espiritual, nada mais que irmãos seletos, abnegados e colaboradores sinceros que possam ser alvo de nossa atenção, tornando-se aptos a esta inter-comunicação entre mundos e esferas, mentes de ir-mãos que, já tendo vencido etapas, são diretamen-te direcionados pelos planos elevados para ajudar e orientar as almas ainda nos exercícios cármicos, em mundos inferiores e primários. Não queremos absurdas e elogiosas mentes, a

Princípios básicos e doutrinários para qualquer evolução mediúnica nos ofertarem conhecimentos adiantados ou a se colo-carem à disposição por se acharem sob condições intelectuais acima de tantos. Não necessitamos de mentes sábias e científicas ou de primorosos estudio-sos e titulares em doutorados. O Cristo necessita de Seus mais humildes servos, simples discípulos e segui-dores desprovidos de vaidades e extremismos. Deixe-mos as altas configurações para os membros e entida-des dos Altos Planos Espirituais responsáveis pelas orientações, pelo discorrer em espontaneidade e pleni-tude. Sejamos somente aparelhos a serem manipulados pelos verdadeiros mestres divinos e saudáveis, deixando que a Providência Divina nos oriente por intermédio de entidades esclarecidas e iluminadas. O que seria de nós, do mundo espiritual, se apenas nos ligássemos a criaturas intelectualizadas? O que nos proporcionariam aqueles que se sentem elogiados por deterem mentes receptivas, ligadas a elementos de natureza física, química, matemática ou filosófica? O que conseguiríamos obter através dessas mentes tão altamente esclarecidas em conhecimentos científicos? Que elementos nos dariam, para que nos-sas condições espirituais se fizessem mais atuantes do que suas próprias vontades? Nada seria exatamente repassado fielmen-te. Nada se ajustaria perfeitamente. Nada nos proporcionariam. Necessitamos de criaturas humildes e aptas a receber e aceitar um trabalho independente dos conheci-mentos adquiridos. A evolução de um trabalho mediú-nico se dará e surtirá melhor efeito, se for disposta em ordem natural, feita com dedicação, simplicidade e em condições preliminares, para que toda uma conjuntura física e espiritual possa atuar de forma séria e real. Os vasos comunicantes, ou seja, os media-neiros, precisam estar ajustados em formas fluídi-cas, intermediando-se com elas de forma harmoniosa e equilibrada. O equilíbrio mediúnico é fator preponderante para que elementos puros e amigos possam unir-se, repassando com veracidade a Doutrina Cristã. Sejamos, pois, cordatos, simples e aceite-mos o amplo campo espiritual, que se estabelece à nossa volta com respeito e amor, possibilitando as comunicações de irmãos espirituais eternos e verdadeiros colaboradores na educação e reabilita-ção das almas, que ainda se articulam nas esco-las reencarnacionistas.

André Luiz, psicografia Angela Coutinho

15Informativo nº 45

Que essa luz e a vibração maior da Virgem Maria cheguem a nós, intermediando as nossas maze-las, buscando em nosso interior aquela falha que viemos trazendo, por vezes, por séculos. Que Jesus toque em nossas feridas, feridas que nós mesmos provocamos; que Ele nos possa ajudar nos pensamentos a exercermos, realmente, a influência certa, justa e verdadeira, coerente com as lições maiores do Universo. Que Jesus traga a nós o sentido da bênção da vida, da reencarnação, da necessidade dos elos con-sanguíneos e das tantas outras partituras com as almas irmãs que nos rodeiam. Que Jesus nos aponte os caminhos a serem trafegados por nós, caminhos, por vezes, de que tenta-mos fugir, porque ferem os nossos pés, maculam os nossos sentimentos, trazem os sofrimentos à nossa alma e a discordância de todos os momentos em que sentimos o peso da consciência e dos erros a nos comprimirem a alma. Que Jesus nos ajuste nos necessários corpos e personalidades, a que consigamos atingir uma revela-ção maior de Espíritos eternos em busca da sublimida-

de; que nos aponte os caminhos que não nos permita fu-gir dessas estradas, mesmo que estejamos olhando pa-ra as margens que estão à direita e à esquerda do nosso viver e tentemos alcançá-las, porém, sabendo que as margens vão levar-nos às areias movediças, mas, pueril-mente, em nossa pequenez e infantilidade, também, não percebemos que, nos jogamos nos pântanos da vida e, com eles, maiores sofrimentos e angústias. Que Deus permita e que Jesus tenha acesso em nós, em nosso ser e nos abasteça do necessário em corpo físico e em alma; o físico a nos trazer o justo posicionamento da necessária expiação ou prova à nossa alma, aqui. Não nos permitamos fugir dessas provas e dos ressarcimentos de pretérito. Que Jesus nos aponte as almas que vieram a nos envolver, nos ajudar na caminhada, almas solícitas e amigas entre as tantas outras que ainda nos trazemos, sob endividamentos maiores. Tudo isso nós recebemos e tudo isso, por ve-zes e vezes, não temos a noção de que nos vem de en-contro. Muitas e muitas vezes, negamos a nossa vida, negamos que somos filhos de Deus, mas, na verdade, somos abastecidos e conduzidos o tempo todo, ampa-

rados, amados. Porém, nesta hora em que a suavidade da melodia da Ave Maria se propaga pelo mundo inteiro, sabemos que aqui estamos porque temos dívidas gran-des conosco mesmos, com nosso próximo, com as leis universais e com esse Mestre tão dadivoso Que nos apontou, em Seu sacrifício, a estrada a seguir. Que a cada dia, essa conscientização chegue a nós e que possamos usufruir dos benefícios da oração, da prece, a buscarmos o canal de ligação com os planos supe-riores. A luz fértil de Jesus vem a nós sempre e, nós, será que nós temos luzes, fertilidades de amor, de ener-gia, de bondade a podermos aproximar-nos do Mestre? Muitos de nós temos apenas fagulhas, fagu-lhas ainda a se reacenderem em fachos luminosos. E aqui estamos para isto, para alargar este facho de luz, e nele concentrarmos todo o amor e toda a grati-dão que devemos ao Criador e à dignidade maior do Mestre Nazarenos. Alcemos esta dignidade em corpo e em Espí-rito, e busquemos a felicidade eterna.

Léon Denis, psicofonia Angela Coutinho

O que nos falta hoje? Esta pergunta alongaria uma imensa resposta, não? Mas, o que falta a todos nesta esfera diria que é Amor, a falta de amor de uns para com os outros. O amor, irmãos, engloba todos os valores, sentimentos e moralidade; o amor é tudo, pois dignifica quem o distende e quem o recebe; parte de nós des-prendida em atos de consideração e amizade, demons-tra haver amor em percentuais próprios de cada alma; amor revelado em compreensão alicerça parte de um entendimento do que se passa com outras criaturas; amor silenciado diante de almas conturbadas, mas en-volvido num conjunto a dar conforto e amparo; amor conjugado no silêncio das conturbações e turbulências do mundo, aquele em que as rogativas aos céus em-preendem força na dinâmica das vontades; amor pró-prio dos que se experimentam em despojamentos deles mesmos, onde o mais importante é o outro; amor parti-cipante dos sofrimentos dos meios, aquele que se man-tém distante dos veículos de divulgação, ocultando-se para não ser percebido, mas atuando silenciosa, des-pojada e desprendidamente, este amor desinteressado e produtivo que constrói o alicerce no mundo íntimo dele mesmo diante de outras almas. Enfim, amigos, o amor, sentimento-mor que percorre o Universo, que constrói, mas que, também pode destruir quando mal dosado ou trocado por paixões ou sentimentos usurpadores, este sentimen-to que firma em cada um de nós as bases férteis a podermos alcançar um maior equilíbrio em nos-sos relacionamentos. O mundo precisa de outros tantos alicerces, naturalmente, porém, quando o amor toma conta dos

seres, entende-se que irá produzir efeitos positivos. Entretanto, temos visto o amor por ideais destruir por falta de equlíbrio, de discernimento e de inferiorida-de espiritual. Perguntariam os irmãos que amor é este que vem destruindo seres e povos? Diria que isto não seria, propriamente, o senti-mento máximo universal, mas, sim, uma alienação es-piritual, inferioridade construída sem bases de moral e de respeito. Para estes seres, isto seria o amor por ideias e pelo solo, não atingindo estas almas as con-turbações em que se encontram por idealismos religio-sos em fanatismo imensos, como também, além disto tudo, recebendo as grandes insuflações do mundo espiritual inferior a lhes fazerem tomar posiciona-mentos destrutivos e irracionais. Sim, irracionais por ainda se trazerem sob instintos, não sob raciocínios e ponderações. Vemos, também, as distorções em almas que se acumulam no poder trazerem-se sob ditos de amor pela pátria, mas usando de suas posições a favor delas mesmas, num abusivo amor às suas vidas e objetividades. O termo amor é usado e dilatado errada e abu-sivamente, porém como paixão, como alteração dos sentidos, desrespeitando seres e naturezas. Com este rótulo colocado em estruturas múl-tiplas o sentimento vem sendo mal compreendido e assumindo aspectos tristes, enclausurando almas em situações de infelicidades e tristezas. Faltam muitos valores às almas da esfera, simplesmente por estes valores não serem colocados à exposição através de vínculos educativos e nos pró-

prios veículos de comunicação A esfera necessita da expressão de amor e respeito, porém, por estar vinculada a tantos atos negativos e tristes, as máximas divulgadas nas co-municações que mais percorrem os noticiários são no-tícias dos deprimentes acontecimentos, e não as que precisariam acalentar os seres em bases mais positi-vas e cristãs. Irmãos, a esfera, os seres, as naturezas preci-sam das vibrações de amor, de fé e de paz. Com isto, ire-mos trazer ritmos de maiores vibrações a todos as almas

que se conturbam na irracionalidade de seus íntimos. Se choramos e lamentamos por falta de amor, por que não tentar ultrapassar a nós mesmos e, despo-jadamente, demonstrar mais amor a nossos irmãos, atendendo-se em suas necessidades, abrindo nossos ouvidos a acolher as pautas de dúvidas e tristezas, sacudindo a poeira da preguiça e estendendo os bra-ços a praticar a caridade a alguns irmãos carentes, dar um pouco de nosso tempo a buscar os seres e as naturezas que se encontram solitários, presos nos ca-tres dos leprosários ou dos hospitais psiquiátricos, ou mesmo nos berços que acolhem os nasciturnos deixados ao léu. O mundo é nosso lar em grandeza doada pelo Pai, e Ele espera que seja preenchido, pelo menos em parte, pelo sentimento que calcou quando o construiu para Seus filhos, num amor pleno e incondicional. Ousemos fazer este desprendimento se, real-mente, nos vemos como filhos de Deus!

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho

Livros psicografadospor Angela Coutinho,à venda no GCE ou pelo telefone: (24) 2249 2525

Em cada Informativo, uma nova brochura de Toulouse-Lautrec psicopictografada pela médium Angela Coutinho em Reunião Doutrinária do GCE.

TAMBÉM EM

ESPANHOL

A cada dia

16 Informativo nº 45

Temos sido amigos e irmãos? As mensagens cristãs nos mostram o quanto Deus espera que nos unamos em propostas reais de amor, fé e caridade, não é verdade? Mas será que nos estamos vendo, realmente, como irmãos e amigos eternos? Será que enfocamos isto apenas para demonstrar que entendemos que somos filhos de um mesmo Pai e que, após alguns momentos de reflexão, o afastamento por diversos motivos nos enfoca cami-nhos e intenções diversas? Sim, a verdade, meus irmãos, é que só conse-guimos aceitar algumas almas como irmãs e amigas, almas estas que hoje a nós se unem em objetivos materiais, emocionais e sociais, não é isso? Acontece que, hoje, este nosso relacionamen-to temporário, muitas vezes com as tantas almas que

formam a humanidade mais próxima, sofre avaliações constantes e duras de nossa parte; porém, quem fo-ram estas criaturas em nosso pretérito de almas cami-nhantes pelo Universo, e qual terá sido o relacionamen-to que mantínhamos? Lembrem-se de que a família de Espíritos é universal e que, se hoje pertencemos a uma sele-ta coletividade de almas à qual julgamos parte de nossa vida pela simpatia ou consanguinidade, esta mesma família poderá ter sido negligenciada por nós mesmos em passado próximo e estar em necessida-de de aproximações, para desarticular tanto desa-mor e desavenças, dilatados num passado triste e deprimente. A família terrena deverá ser considerada co-mo mais próximos e íntimos objetivos a serem abraça-

Emmanuel, do livro Sinal de Alerta,psicografia Angela Coutinho]

Um roteiro simples, dinâmico e necessário se faz presente a cada um de nós nesta grande oportuni-dade de aprendizado e crescimento, não? Sendo assim, muitos de nós nos esquecemos de que a etapa vivencial, nesta densidade atual, tem o seu tempo e os seus limites nas próprias movimenta-ções íntimas e diante das naturezas que, também, se argúem, intimamente. A cada dia, precisamos ter a conscientização de que as horas, os minutos e os segundos deverão ser trabalhados com alegria, fervor, noção de responsabilida-de, amor e certeza de que necessitaremos fazer o melhor, pois o tempo corre e os minutos passados e as atitudes tomadas não retornarão e, se assim for, virão com varian-tes e diversidade em aspectos, não nos facultando as manifestações em idênticas condições às vividas, ante-riormente. Por isso, a grande importância de traçarmos, a cada dia, um roteiro de vida, de realizações, de atua-ções, de sentimentos a serem perseguidos e aparados, onde os segundos serão riquezas a serem conquistadas por nós, na realização do melhor, do bem e do necessá-rio. Não podemos deixar nada para trás: um beijo não da-do, um abraço não colhido, uma ajuda a ser distendida, uma palavra a consolar ou a construir, um tempo largo a ouvir e sedimentar sentimentos, um momento de paz e luz, prece e consolo à nossa própria alma e àquelas que nos rodeiam, pois a nossa consciência é eterna e, no de-senrolar dos séculos, as oportunidades não nos surgirão

da mesma maneira ou sob jugos idênticos, trazendo-nos, possivelmente, sob grandes remorsos e torturas mentais. Usemos do bom senso, da lógica e da sensibi-lidade na trajetória diária desta oportunidade reencarna-tória, porque não sabemos quando iremos retornar ou mesmo estar diante das mesmas almas de hoje, a nos podermos ressarcir, amparar, abraçar e envolver a cada uma, pois, meus amigos e irmãos, todos nós somos ca-rentes de amor, amizade, compreensão e paz e, como não fomos criados para viver sozinhos, iremos sempre estar diante de naturezas nas quais precisaremos buscar o

carinho, o amor e a paz, que tanto desejamos para compor

nosso Espírito ansioso pelas tantas complementações. Abracemos, ajudemos, olhemo-nos nos olhos, entendamos mais, amparemos conscientemen-te, perdoemos setenta vezes sete, tornemo-nos mais humildes e simples, ponderemos, ao usar as palavras e pensamentos, paremos um pouco, a buscar um abas-tecimento nas naturezas que nos cercam e, principal-mente, aprendamos a agradecer o tanto que nos é con-cedido, dia-a-dia, a nos favorecer este imenso apren-dizado de horas, minutos e segundos. Olhemos para o céu e permitamos que Deus nos toque, alinhando-nos como Seus filhos e, ao mes-mo tempo, facultando-Lhe o direcionamento às nos-sas vidas.

dos, porém, fazemos, todos, parte de uma grande fa-mília e nossos irmãos de hoje serão irmãos entrosados em diferentes laços de consanguinidade num futuro viver, assim como nós mesmos iremos habitar co-rações e conjugar situações com muitas almas que julgamos distantes e desapartadas de nossos objeti-vos momentâneos. Aprendamos a ver, em todas as criaturas, almas irmãs e amigas, pois trocaremos de papéis e títulos, exatamente quando exigirem as nossas neces-sidades cármicas, portanto, nos defrontaremos, uns com os outros, sempre que exigirem nossas respon-sabilidades e condições íntimas.

Henrique Karroiz, psicografia Angela Coutinho