coleção mundo da leitura - jornada nacional de...

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ROTEIRO DE PRÁTICAS LEITORAS PARA A ESCOLA Coleção Mundo da Leitura Miniconto: a literatura em cápsulas ensino médio Tania M. K. Rösing Bruno Philippsen 2010 ensino_medio.indd 1 ensino_medio.indd 1 22/06/2010 14:33:57 22/06/2010 14:33:57

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  • ROTEIRO DE PRTICAS LEITORAS PARA A ESCOLA

    Coleo Mundo da Leitura

    Miniconto: a literatura em cpsulasensino mdio

    Tania M. K. RsingBruno Philippsen

    2010

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  • 22 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

    Rui Getlio SoaresReitor

    Eliane Lucia ColussiVice-Reitora de Graduao

    Hugo Tourinho FilhoVice-Reitor de Pesquisa e Ps-Graduao

    Adil de Oliveira PachecoVice-Reitor de Extenso e Assuntos Comunitrios

    Nelson Germano BeckVice-Reitor Administrativo

    UPF Editora

    Simone Meredith Scheffer BassoEditora

    CONSELHO EDITORIAL

    Alexandre Augusto NienowAltair Alberto FveroAna Carolina Bertoletti de MarchiAndrea Poleto OltramariAngelo Vitrio CenciCleiton Chiamonti BonaFernando FornariGraciela Ren OrmezzanoRenata Holzbach TagliariRosimar Serena Siqueira EsquinsaniSergio Machado PortoZacarias Martim Chamberlain Pravia

    Copyright Editora Universitria

    Maria Emilse LucatelliEditoria de Texto

    Sabino GallonReviso de emendas

    Giancarlo RizziProjeto grfico e ilustrao da capa

    Fbio Luis RockenbachDiagramao

    Este livro no todo ou em parte, conforme determinao legal, no pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorizao expressa e por escrito do autor ou da editora. A exatido das informaes e dos conceitos e opi-nies emitidos, bem como as imagens, tabelas, quadros e figuras, so de exclusiva responsabilidade dos autores.

    UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

    EDITORA UNIVERSITRIA

    Campus I , BR 285 - Km 171 - Ba i r ro So JosFone/Fax: (54) 3316-8373CEP 99001-970 - Passo Fundo - RS - Bras i lHome -page: www.upf.br /ed i toraE-mai l : ed i to [email protected]

    Associao Bras i le i ra das Editoras Univers i tr ias

    Editora UPF af i l iada

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  • 33Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    Vivemos novos tempos em relao leitura. No nos encon-tramos mais atrelados apenas aos textos impressos. Isso no signifi ca que est decretado o fi m do livro. Pelo contr-rio. O livro permanece com seu grande valor enquanto divulgador da cultura gerada ao longo dos sculos. E se revitaliza a cada nova produo.

    Estamos conscientes, tambm, de que a compreenso na lei-tura abrange textos apresentados em diferentes suportes, orien-tando as pr cas de leitura mais inovadoras. A internet invade a nossa vida, seduzindo especialmente os jovens, cons tuindo-se numa ferramenta importante para ser u lizada no apenas no pro-cesso de comunicao, mas como rico e variado material de leitura intera va.

    O Centro de Referncia de Literatura e Mul meios Mundo da Leitura na condio de laboratrio de aes de leitura do cur-so de Letras da Universidade de Passo Fundo, seja na graduao, seja no Programa de Ps-Graduao Mestrado em Letras, cum-pre o seu papel de promover aes de leitura mul midiais para despertar o gosto pela leitura em diferentes suportes, em dis ntas linguagens.

    No contexto das realizaes desenvolvidas pelo Mundo da Lei-tura emerge a srie de publicaes ROTEIROS DE PRTICAS LEITO-RAS PARA A ESCOLA, elaboradas para o atendimento de pblicos especfi cos educao infan l, 1 e 2 anos, 3 e 4 anos, 5 e 6 anos, 7, 8 e 9 anos do ensino fundamental e ensino mdio po-

    APRESENTAO

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  • 44 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    dendo ser u lizadas por professores, por bibliotecrios, por agentes de leitura. Cada volume privilegia um dos pblicos referidos, totali-zando, nesta primeira edio, seis propostas de roteiros dis ntas

    A metodologia desenvolvida na elaborao dos roteiros par u da seleo do tema gerador Arte e tecnologia: novos desafi os , dando con nuidade s discusses desenvolvidas em 2009, por oca-sio da 13 Jornada Nacional de Literatura e da 5 Jornadinha Na-cional de Literatura, quando o foco dos debates girou em torno do tema Arte e tecnologia: novas interfaces.

    Na sequncia, foram elaborados os roteiros para os pblicos especfi cos a par r do trabalho da equipe do Mundo da Leitura. Na primeira etapa, os roteiros so desenvolvidos no espao do Mun-do da Leitura e, numa segunda, so sugeridas a vidades leitoras a serem desenvolvidas na escola, na biblioteca, em espaos cul-turais, por professores, bibliotecrios, agentes de leitura e alunos que par ciparam da primeira etapa enquanto experincia inicial. Pretendemos que esses roteiros possam contribuir com o trabalho dos usurios do Mundo da Leitura, es mulando a con nuidade de pr cas de leitura na escola a par r da experincia de leitura mul- midial vivenciada no espao do Centro de Referncia de Literatura

    e Mul meios.Prezado leitor, dis nta leitora, desejamos compar lhar com

    cada um e com todos nossas preocupaes. O que nos falta so leitores. O que nos falta entrar em contato com as experincias daqueles que j esto envolvidos pela magia em que se cons tui o ato de ler. O que nos falta so dinamizadores de leitura dos acervos existentes nas escolas, no espao da biblioteca, na famlia. O que nos falta a coragem de transformar as bibliotecas na perspec va de centros culturais mul midiais. O que nos falta so a tudes po-

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  • 55Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    si vas em relao leitura para o aprimoramento do ser humano como fundamento de construo de sua cidadania.

    Precisamos despertar o interesse dos leitores em formao pela leitura da msica, da pintura, do teatro, da dana, da escultura, da arquitetura. Precisamos mostrar o valor das histrias em quadri-nhos, das charges, dos cartuns, do grafi , formando pblicos inte-ressados nessas manifestaes ar s cas. Precisamos valorizar as manifestaes da cultura popular, ampliando nosso conhecimento e nossa sensibilidade pela pluralidade de vozes em que se cons tui a cultura em toda a sua complexidade e em toda a sua diversidade. Precisamos renovar o interesse desses leitores por lendas, fbulas, mitos. Precisamos levantar interesses e necessidades dos neoleito-res, leitores da internet, apreciadores das ferramentas eletrnicas disponveis na atualidade pelos avanos tecnolgicos. Precisamos considerar os assuntos com os quais esto envolvidos, os temas que lhes trazem preocupao e os que propiciam construir sonhos, construir um olhar o mista para a vida com o intuito de vencer os obstculos que tentam impedir experincias vivenciais no contexto de um mundo melhor.

    Prof. Dr. Tania Mariza Kuchenbecker Rsing

    Coordenadora do Centro de Referncia de Literatura e Mul meios

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  • 66 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

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  • 77Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    Apresentao...................................................................... 3

    Introduo .......................................................................... 9

    Pr ca Leitora no Mundo da Leitura ...................................11

    Pr ca Leitora na Escola ..................................................... 19

    A vidade 1: Produzindo minicontos .................................................19

    A vidade 2: Produzindo haicais .......................................................19

    A vidade 3: Msica minimalista ...................................................... 20

    A vidade 4: Encenando um miniconto .............................................21

    A vidade 5: Recolha de anedotas .....................................................21

    A vidade 6: Usando o Twi er ...........................................................22

    Referncias ......................................................................... 23

    SUMRIO

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  • 99Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    V ivemos a hipermodernidade. Segundo Gilles Lipovetsky, fi lsofo francs, professor de fi losofi a da Universidade de Grenoble, terico da hipermodernidade, autor dos livros A era do vazio, O luxo eterno, O imprio do efmero, entre outros, estamos em um tempo marcado pelo efmero, no qual a fl exibi-lidade e a fl uidez aparecem como tenta vas de acompanhar essa velocidade.

    Sendo tudo to rpido e fragmentado, natural que a litera-tura refl ita tal tendncia. O gnero miniconto fl oresce por todo o mundo e comea a a ngir o grande pblico e a ser estudado acade-micamente. Seguindo esse fenmeno, o Mundo da Leitura focaliza o miniconto, suas origens e gneros relacionados, e o uso da tecno-logia em sua veiculao, para realizar a pr ca leitora mul midial voltada ao pblico do ensino mdio.

    INTRODUO

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  • 1111Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    Obje vo

    Apresentar aos alunos de ensino mdio o miniconto como gnero literrio, explicitando suas origens na cultura anglo e la -no-americana e suas relaes com o movimento minimalista e a poesia. Refl e r sobre o papel das novas tecnologias na literatura. Desafi ar os alunos a produzirem um miniconto durante a visita ou posteriormente.

    Materiais e recursos

    Computador com acesso internet Projetor mul mdia Caixa de som Livros Os cem menores contos brasileiros e Passaporte Msica Music for a large ensemble

    Etapas propostas

    1. Apresentar o espao do Mundo da Leitura.

    2. Conversar com os alunos sobre o tema gerador das pr cas leitoras mul midiais Literatura & Tecnologia - novos desafi os.

    3. Propor a leitura do miniconto Dinossauro, do hondurenho Augusto Monterroso.

    PRTICA LEITORA NO MUNDO DA LEITURA

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  • 1212 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    4. Apresentar a biografi a de Augusto Monterroso.

    Monterroso um escritor hondurenho que foi ainda jovem para a Guatemala, mas fez carreira literria no Mxico, para onde se mudou em 1944, aos 23 anos, por mo vos pol cos. Seu primeiro livro foi publicado em 1959 com o

    curioso e irnico tulo Obras completas (y otros cuentos), o que j aponta para o es lo caricatural e sa rico de sua obra. O conjunto de narraes do livro de estreia muito infl uenciado pela trajetria pol ca do escritor, que u liza o humor de maneira cr ca para ressaltar situaes de injus a social e discriminao. Talvez por opo est ca, talvez por estratgia literria diante de um perodo to conturbado poli camente, j so marcas de suas narra vas a conciso, a brevidade, a caricatura e as referncias cultas que o leitor no percebe numa primeira leitura. (SPALDING, 2008).

    5. Expor algumas citaes de grandes autores que anunciam o advento de formas de literatura condensada, segundo Marcelo Spalding.Arthur Schopenhauer, em Parega und Paralipomena, de 1851, j aconselhava a

    evitar toda prolixidade [...] usar muitas

    Augusto Monterroso

    DinossauroQuando acordou, o dinossauro ainda estava ali.MONTERROSO, Augusto. A ovelha negra e outras fbulas. Trad. de Millr Fernandes. Rio de Janeiro: Record, 1983

    Arthur Schopenhauer

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  • 1313Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    palavras para comunicar poucos pensamentos sempre o sinal inconfundvel da mediocridade.

    Edgar Allan Poe, tambm na metade do sculo XIX, afi rmava que as pessoas comeavam a preferir a ar lharia ligeira s grandes peas e que o homem de ento, se no nha o pensamento mais profundo do que h um sculo, indubitavelmente o nha mais gil, mais rpido, mais reto, mais metdico, menos pesado: O fundo

    dos pensamentos se enriqueceu. H mais fatos conhecidos e registrados, mais coisa para refl e r. Somos inclinados a enfeixar o mximo possvel de idias no mnimo de volume. (1997, p. 989).

    Nos Excertos da Marginalia, Poe tambm far associao direta entre o progresso realizado em alguns anos pelas revistas e magazines e a afi rmao do conto, dizendo que tal progresso no uma decadncia do gosto ou das letras americanas, como queriam alguns cr cos, e sim um sinal dos tempos, o primeiro indcio de uma era em que se ir caminhar para o que breve, condensado, bem digerido, e se ir abandonar a bagagem volumosa; o advento do jornalismo e a decadncia da dissertao.

    6. Explicitar alguns conceitos de miniconto, como o dado pelo argen no David Lagmanovich que:

    [...] chama a ateno para o fato de que a oposio extenso/brevidade no a nica caracters ca que se pode encontrar no miniconto, mas est ali e h que ser considerada. Adiante, o estudioso diferencia o miniconto de outros textos breves, como o haicai ou a anedota, defi nindo-o como uma forma compacta, de no

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  • 1414 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    mximo uma pgina, uma pgina e meia, com uma narra va que contm incio, meio e fi m. (SPALDING, 2008).

    Ou segundo Ta ana Capaverde:

    Para entendermos melhor essa diferena est faltando a este estudo um conceito, o de microtexto. Capaverde defi ne os microtextos como

    todas aquelas formas escritas que possuem como caracters ca principal a brevidade, sem que se leve em considerao a tem ca ou o es lo narra vo. (2004, p. 31). Assim, tanto o haicai quanto o poema em prosa, o miniconto e tantos outros que poderamos mencionar, como as anedotas, as fbulas ou os aforismos, so textos extremamente breves, em miniatura, microtextos. Entretanto, se a todos os microtextos em prosa chamarmos miniconto, entraremos em um campo de extrema confuso, que nos impedir de defi nir as caracters cas de nosso objeto.

    7. Estalebecer conexes entre o minimalismo na literatura e na msica norte-americana da dcada de 1940.

    Em linhas gerais, o minimalismo nada mais do que a u lizao de um reduzido nmero de elementos para a produo de um mximo efeito ar s co, mas o termo sempre muito controverso e hoje tem sido es rado em todas as direes para cobrir um conjunto to amplo de escultura e pintura (e outras formas de arte) que perdeu quaisquer limites a que alguma vez possa (ou no) ter se proposto. (SPALDING, 2008).

    Na msica erudita das l mas trs dcadas o termo minimalismo foi usado para eventualmente se referir produo musical que rene as seguintes caracters cas: repe o (fre-quentemente de pequenos trechos,

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  • 1515Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    com pequenas variaes atravs de grandes perodos de tempo) ou esta cidade (na forma de tons executados durante um longo tempo); ritmos quase hipn cos. frequentemente associada (e inseparvel) na composio na msica eletrnica e at mesmo no punk rock. (WIKIPDIA)

    8. Propor a audio da msica minimalista Music for a large ensemble, de Steve Reich.

    [...] hoje uma variada gama de manifestaes ar s cas em que um reduzido nmero de elementos era usado para se obter o mximo de efeito classifi cada como minimalista, de tal forma que se tentarmos fazer uma relao de ar stas hoje considerados minimalistas teramos uma lista pouco rgida e bastante ampla, com nomes que vo do cineasta Robert Bresson ao msico Philip Glass. Gablik, por exemplo, iden fi ca traos minimalistas nas coreografi as de Yvonne Rainer, em que os danarinos executam a coreografi a de maneira to neutra e no-expressiva que deixa de ser necessrio o virtuosismo tcnico, bem como na msica de Philip Glass e Steve Reich, uma msica baseada na repe o de elementos mnimos e na mudana gradual de pequenos mo vos ao longo de diferentes fases. (SPALDING, 2008).

    9. Explicitar a relao desse gnero com a poesia, mais especifi camente o haicai:

    Haikai (em japons: , Haiku ou Haicai) uma forma po ca de origem japonesa, que valoriza a conciso e a obje vidade. Os poemas tm trs versos, contendo no primeiro e no l mo cinco caracteres japoneses (isto , slabas) e, no segundo, sete caracteres. Em japons, haiku so tradicionalmente impressos em uma nica linha ver cal, enquanto o haicai em lngua portuguesa geralmente aparece em trs linhas, em paralelo. O principal haicasta foi

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  • 1616 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    Matsu Bash (1644-1694), que se dedicou a fazer desse po de poesia uma pr ca espiritual. (WIKIPEDIA).

    10. Propor a leitura de exemplos de haicais.

    11. Propor a leitura de alguns minicontos dos livros Os cem menores contos brasileiros do sculo e Passaporte, que sero entregues em xerox aos alunos.

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  • 1717Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    12. Ques onar os alunos quanto interpretao dos textos lidos.

    13. Apresentar-lhes Marcelino Freire.

    Marcelino Freire nasceu em 20 de maro de 1967 na cidade de Sertnia, Serto de Pernambuco. Vive em So Paulo desde 1991. autor de EraOdito (Aforismos, 2. ed., 2002), Angu de sangue (Contos, 2000) e BalRal (Contos, 2003), todos publicados pela Ateli Editorial. Em 2002, idealizou e editou a Coleo 5

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  • 1818 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    Minu nhos, inaugurando com ela o selo eraOdito editOra. um dos editores da PS:SP, revista de prosa lanada em maio de 2003, e um dos con stas em destaque nas antologias Gerao 90 (2001) e Os Transgressores (2003), publicadas pela Boitempo Editorial.

    14 - Falar sobre o Twi er e sua u lizao para divulgao de minicontos.

    Twi er uma rede social e servidor para microblogging que permite aos usurios que enviem e leiam atualizaes pessoais de outros contatos (em textos de at 140 caracteres, conhecidos como tweets), atravs da prpria Web, por SMS e por so wares especfi cos instalados em disposi vos portteis, como o Twi erberry desenvolvido para o Blackberry. As atualizaes so exibidas no perfi l do usurio em tempo real e tambm enviadas a outros usurios que tenham assinado para receb-las. Usurios podem receber atualizaes de um perfi l atravs do site ofi cial, RSS, SMS ou programa especializado. O servio gr s na internet, mas usando SMS pode ocorrer cobrana da operadora telefnica.

    15 - Apresentar autores que u lizem o Twi er para divulgar seus textos, visualizando com os alunos os perfi s no computador projetados na Arena.

    Samir Mesquita http://twitter.com/samirmesquita Tiago Morales http://twitter.com/tfmoralles

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  • 1919Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    A vidade 1: Produzindo minicontos

    Obje vos

    Es mular o domnio da lngua escrita e a cria vidade. Revelar talentos para a escrita literria.

    Etapas propostas

    Propor a composio de minicontos. Defi nir o miniconto como uma narra va curta com at 140 caracteres (excluindo-se o tulo, quando houver). Solicitar que os textos sejam enviados por

    e-mail para o Mundo da Leitura. Post-los em um blog criado para esse fi m ou em um perfi l do Twi er, tambm criado para tal. O professor deve avaliar os minicontos criados levando em conta a originalidade, a conciso, a capacidade de narrar uma histria, o fi nal surpreendente e o uso da linguagem.

    A vidade 2: Produzindo haicais

    Obje vos

    Es mular o domnio da lngua escrita e a cria vidade. Revelar talentos para a escrita literria.

    PRTICA LEITORA NA ESCOLA

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  • 2020 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    Etapas propostas

    Propor a produo de haicais, levando em considerao a defi nio desse gnero e os exemplos apresentados anteriormente. Expor os textos produzidos pelos alunos em um varal de poesias, ou outra maneira de exposio do texto em sua forma escrita, em razo de o haicai ter um carter muito visual. Os haicais podem ser divulgados por meio de um blog.

    A vidade 3: Msica minimalista

    Obje vos

    Desenvolver a capacidade de pesquisa em ml plos meios e es mular a cria vidade dos alunos.

    Etapas propostas

    Solicitar aos alunos uma pesquisa extraclasse em livros e na internet sobre a msica minimalista. Os alunos devem produzir uma apresentao de slides, que pode ser feita com o so ware livre Openoffi ce (h p://www.broffi ce.org/) ou na plataforma Google Docs (h p:// docs.google.com/).

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  • 2121Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    A vidade 4: Encenando um miniconto

    Obje vos

    Desenvolver a expresso oral e cnica dos alunos. Es mular o trabalho em grupo e revelar talentos para as artes cnicas.

    Etapas propostas

    Dividir a turma em grupos de, no mximo, trs alunos. Selecio-nar um miniconto do livro Os cem menores contos brasileiros do sculo para cada grupo por meio de sorteio. Solicitar a leitura dos textos pelos alunos. Defi nir um tempo para que os grupos faam uma pequena drama zao de cada miniconto. As encenaes podem ser apresentadas para toda a escola.

    A vidade 5: Recolha de anedotas

    Obje vos

    Desenvolver a capacidade de pesquisa e es mular o interesse pela cultura popular oral.

    Etapas propostas

    Sabendo que a anedota um texto com caracters cas literrias e com curta extenso, assim como o miniconto ou o haicai, o professor pode propor aos alunos que transcrevam textos desse gnero. Eles podem obter esses textos em pesquisa

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  • 2222 Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    junto a seus familiares e amigos, ou podem transcrever textos de seu conhecimento. As anedotas podem ser reunidas e contadas numa sesso de piadas, ou num momento humors co em alguma apresentao a ser feita na escola.

    A vidade 6: Usando o Twi er

    Obje vos

    Es mular o uso das ferramentas da internet e ampliar o domnio da lngua escrita.

    Etapas propostas

    Em uma sala de inform ca com acesso internet apresentar o Twi er (www.twi er.com) aos alunos. Conversar sobre sua funo e funcionamento, de acordo com o que foi apresentado previamente neste roteiro. Solicitar que os alunos criem contas no site (os que no verem) e sigam todos os colegas. Propor que os alunos postem no

    Twi er acontecimentos da escola ou da turma, com a regularidade que a disponibilidade da sala com computadores permita. O professor pode copiar todas as postagens de um determinado perodo de tempo e transcrev-las em um nico texto, que pode ser entregue aos alunos e ampliado ou divulgado.

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  • 2323Miniconto: a literatura em cpsulasMiniconto: a literatura em cpsulas

    ALMEIDA, Guilherme de. Haicais completos. So Paulo: Aliana Cultural Brasil-Japo, 1996.

    BONASSI, Fernando. Passaporte. So Paulo: Cosac & Naify, 2001.

    FREIRE, Marcelino. Os cem menores contos brasileiros do sculo. Co a: Ateli Editorial, 2004.

    SPALDING, Marcelo. Os cem menores contos brasileiros do sculo e a reinveno do miniconto na literatura brasileira contempornea. Dissertao (Mestrado em Literaturas Brasileira, Portuguesa e Luso-africanas) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

    Referncias

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