Coleção I EGEANA

SUMARIO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDSNCIA DA REPü8LICA Pundação ·l nstituto Brasileiro de Geografia é Esutfstica

DIRETORIA DE DIVULGAÇÃO

notícias BOLETIM INFORMATIVO

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Estatísticas Primárias - Censos Econômicos -Pesquisa Domiciliar

Pesquisa Integrada

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- Programa de Trabalho da Superintendência de Estudos Geográficos e Sócio-Econômicos para 1976

Geodésia & Cartografia

PAGINA

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-Convênio para Elaboração de Mapas Temáticos 7 -Mapa da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 7 - Mapa do Sistema de Transportes do Estado do Rio de Janeiro 8

Conservação & Aproveitamento da Natureza - Recursos Naturais - Criação de Superintendência 9

Documentação & Informação -Organização de Arquivo de Informações- Conclusão

para documentos especiais, geográficos, cartográficos e de recursos naturais 10

Editoriais 0/timos Lançamentos -Anuário Estatístico do Brasil 14 - Revista Brasileira de Geografia, a.37, ns. 1 e 2 15 - Boletim Geográfico, ns. 242 e 243 16 - Sinopses Estatísticas :- Roraima, Rondônia ~ Amapá 16 - Monografias Municipais - Birigui 16 - Boletim Estatístico, n. 130 17 - Brasil - Estimativa da População 17 - Indústria de Transformação (janeiro a junhofl5) 17 - Indústria d~ Construção (abr. a set./75) 17

Not.Bol.lnf. Rio de Janeiro p.2-17 jan./mar. 1976

Núcleo de Apoio à Divulgação - Avenida Augusto Severo, 8 - 2? Andar, Rio de Janeiro - Tel.: 242-5521

2 ESTAT~TICAS PRIMARIAS

CENSOS ECONOMICOS

A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatfstica programou, para este ano, a partir de abril, a realização dos Censos Econômicos, visando à coleta de dados referentes aos setores industrial, comercial, agropecuário e de serviços.

Importância. Além de constituir amplo levantamento da realidade econômica e social do Pafs- proporcionando não só um inventário dos progressos alcançados como uma tomada de consciência das deficiências e problemas a solucionar - os Censos fornecem um ponto de referência indispensável para o desenvolvimento de estatfsticas contfnuas, de periodicidade anual ou mensal. Os resultados censitários proporcionam dados sobre o universo, com base no qual serão selecionadas as amostras a serem utilizadas em pesquisas de periodicidade menor, constituindo ainda os seus resultados bases para aferição e avaliação dos elementos colhidos através das pesquisas contfnuas.

As informações censitárias são igualmente fundamentais para a elaboração das estat(sticas derivadas, fornecendo subsídios para as estimativas das contas nacionais, para o cálculo de índices de produção e de produtividade, fndices de emprego e outros indicadores econômicos e sociais, bem como para a elaboração de tabelas de relações intersetoriais.

Periodicidade. Os Censos Econômicos serão realizados, de agora em diante, com intervalo qüinqüenal -ao invés de decenal como vinham sendo efetuados, tendo em vista a obtenção de elementos capazes de possibilitar uma avaliação, em prazos mais curtos, da evolução das atividades produtivas, em obediência ao Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas, aprovado pelo Decreto n9 74.084, de 20 de maio de 1974.

Amplitude. Os resultados dos Censos Econômicos de 1975 deverão estar disponíveis antes do fim do ano de 1978, sendo desnecessário acentuar que o seu conhecimento não se refere apenas ao conjunto do País. No. caso de cada unidade da federação, contribuirá de maneira decisiva à orientação governamental, com condições mais seguras em benefício das iniciativas e medidas relacionadas com o desenvolvimento econômico-social.

Censo Agropecuário. O Censo Agropecuário de 1975, o sexto que se realiza no País, já está sendo iniciado em todo o território nacional e abrangerá a coleta de dados referentes à estrutura, forma de aproveitamento da terra, equipamentos, mão-de-obra, valor dos bens, financiamentos, despesas, processos de cultivo, produção vegetal, produção das indústrias rurais, pecuária, produção de origem animal e outros aspectos das atividades desenvolvidas nos estabelecimentos agropecuários.

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Metodologia. Dois questionários foram elaborados para o Censo Agrícola­- o geral, destinado ao recenseamento de todos os estabelecimentos agropecuários existentes no Pa fs, e o complementar, que se ocupará dos dados referentes a animais e à produção particular dos moradores ou trabalhadores existentes nos estabelecimentos.

Para a consecução desses importantes objetivos serão empregados os esforços de 70 mil recenseadores, mobilizados em 800 agências espalhadas por todo o território nacional.

Sigilo. As informações prestadas aos recenseadores terão caráter confidencial e serão utilizadas, exclusivamente, no preparo dos cadastros e das séries estatísticas.

"\ Em hipótese alguma os questionários preenchidos poderão ser vistos por pessoas estranhas ao serviço censitário, estando, por conse<Juinte, passfveis de processo criminal aqueles que violarem o sigilo censitáno.

A prestação ~as informações solicitadas pelos recenseadores constitui obrigatoriedade, imposta por lei, e atinge igualmente às pessoas jurídicas estabelecidas ou representadas no Pa fs. Por sua vez, os encarregados da obtenção de dados, todos de nfvel médio, deverão usar sempre de cortesia e conciliação.

PESQUISA DOMICILIAR

Como· parte da série de pesquisas que o IBGE vem realizando, destinadas ao estudo da despesa familiar, já foram entrevistadas mais de 50.000 famflias. Essas pesquisas têm por objetivo, igualmente, a obtenção de informações sobre o consumo alimentar, a qualidade, os preços e a origem dos produtos de que se utiliza a população em geral.

Com os elementos que coletar, pretende o IBGE proporcionar meios que possibilitem a um plano nacional de melhoria do nível nutricional de todo o povo brasileiro.

Considerando a natureza dessas pesquisas e a circunstância da sua prioridade, a obtenção desses dados está sendo feita nos Estados, atingindo seus municfpios, em obediência a métodos simples e racionais, atribuindo-se a cada pesquisador a carga de trabalho referente a duas fam(lias por semana. Esse período é considerado essencial para que cada pesquisador possa colher o número de dados necessários a um estudo sério e criterioso das condições de vida dos brasileiros. Além disso, nesse espaço de tempo, serão tomadas medidas antropométricas - peso, altura, circunferência do ante-braço -e colhidos informes sobre rendimentos, despesas de moradia, higiêne, saúdé, gastos com energia elétrica, água, educação, etc.

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Tendo em vista a importância de que se revestem esses dados, estabeleceu-se um banco de informação que concentrará uma série importante de elementos referentes a pessoas, fam(lias, despesas, alimentação semanal, atividades econômicas, objetos feitos em casa, amostras, etc.

PESQUISA INTEGRADA

PROGRAMA DE TRABALHO DA SUPERINTENDENCIA DE ESTUDOS GEOGRÁFICOS E SOCIO- ECONOMICOS -para 1976

Estudos Urbanos. O Setor de Regionalização da Superintendência de Estudos Geográficos e Sócio-Econômicos (SUEGE) programou para este ano uma série de estudos das caracter(sticas geográficas da urbanização e da organização do sistema urbano do País, relacionados com o desenvolvimento sócio-econômico, particularmente no que tange ao processo de industrialização, e às condições da qualidade de vida oferecida à população.

Integrarão esses estudos, projetos referentes à industrialização e urbanização; ecologia metropolitana; política regional no Nordeste e a urbanização; difusão de inovações e o sistema urbano; repercussão da urbanização e industrialização na retaguarda da região metropolitana paulistana; índices de urbanização e multiplicador urbano para São Paulo e Recife; e análise do processo de mudança em cidades brasileiras (1950/70).

Estudos Populacionais. No campo dos estudos pupulacionais, a SUEGE realizará análises de migrações internas na Região Sudeste e o mapeamento da população dispersa e concentrada do Brasil, além de projeção de população e variáveis demográficas .

Constituem ponto de essencial destaque na execução desse programa, análises relacionadas com os diferenciais da população migrante, segundo o tempo de residência a nível de microrregiões homogêneas da Região Sudeste; estudos de migrações para as áreas metropolitanas dessa Região; estudos teóricos e metodológicos; de estimativas e projeções de populações; das variáveis demográficas, econômicas e sociais e suas inter-relações, e trabalhos referentes às estat(sticas vitais.

Estudos Agrários. O programa para 1976 da Superintendência de Estudos Geográficos e Sócio- Econômicos, se substanciará em estudos sobre o desenvolvimento rural do País a realizar-se em dois níveis: nacional e regional .

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Esses estudos compreenderão os projetos A, desenvolvido a nível nacional e B, situado a nível regional relativo ao Nordeste Brasileiro.

Estudos de Simulação. A Superintendência vem desenvolvendo, desde 1975, um programa de trabalho, em convênio com a OIT, no sentido da elaboração de um modelo de simulação demográfico-econômico. Em sua primeira fase, o programa está se processando em nível nacional.

Estatísticas Derivadas. Para o ano presente,a SUEGE incluiu uma série de trabalhos de reconhecida importância no campo das estatísticas derivadas, compreendendo:

19) Prosseguimento da elaboração de matrizes de produção, relativas a 1970, que enfocam:

a) estudos da influência da variação dos preços de produtos selecionados na estrutura dos coeficientes tecnológicos das matrizes nacionais, particularmente dos produtos químicos e

b) prosseguimento da avaliação das tendências da substituição de importações de produtos industri~is selecionados.

2~) Desenvolvimento dos trabalhos para a elaboração de matrizes regionais de input e de output, sendo a primeira da Região Nordeste.

3~) Participação no processo de revisão de critérios de amostragem das pesquisas contínuas do DEICOM.

4~) Aperfeiçoamento metodológico e operacional do (ndice mensal de produção industrial.

5~) Elaboração sistemática do índice de produtividade do trabalho e revisão de sua conceituação frente às estatísticas primárias que estarão, em 1976, disponíveis para a sua elaboração.

6~) Estudo de viabilidade da elaboração de indicador de variação de estoque e de consumo de energia elétrica na indústria de transformação e extrativa mineral, e

7~) Prosseguimento da formulação e implantação de um sistema integrado e indicadores econômicos conjunturais a serem fornecidos pelo IBGE ao Governo Federal, em caráter sistemático.

Estudos de Indicadores Sociais. No que tange a indicadores sociais está programada uma série de estudos relacionados:

1 - com o trabalho feminino no Brasil a partir de tabulações especiais do Censo Demográfico de 1970;

2 - com a implantação de um sistema de informações para os centros urbanos, atendendo, numa primeira etapa, às áreas metropolitanas e, posteriormente, outros centros da alta hierarquia no sistema brasileiro de cidade;

3 - com o padrão de vida dos assalariados e trabalhadores urbanos autônomos, com base nos dados coletados pelo ENDEF;

4 - com estudos de mobilidade social, com base nos dados do Suplemento PNAD-1973, elaborados pelo GPIS;

5 - com a elaboração de análises de indicadores referentes ao sistema educacional;

6 - com a publicação do Documento Indicadores Sociais;

7 - com a implantação de um Banco de Dados de Saúde na Diretoria de Informática, inicialmente com dados referentes à mortalidade na cidade do Rio de Janeiro.

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8 - com estudos de mortalidade segundo as causas de óbito, especialmente as causas associadas a baixo n(vel de saúde, nas capitais brasileiras;

9 - com a análise dos dados já definidos na Diretoria de Informática, com informações do ENDEF relacionadas à área de saúde e, do mesmo modo, com a consistência desses dados;

10 - com a análise histórica de pol(ticas educacionais no per(odo compreendido entre 1930 e 1970;

11 - com educação e mobilidade social a partir de 1970;

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12 - com a análise de poHticas educacionais referentes à formação da mão-de-obra e à educação de adultos no presente;

13 - com a análise do modelo e das classificações utilizadas nas pesquisas oficiais, relativas à zona rural, e, finalmente, com estudds sobre trabalhadores na indústria do Rio de Janeiro.

GEODESIA & CARTOGRAFIA

CONVENtO PARA A ELABORAÇÃO DE MAPAS TEMÁTICOS

O Presidente do IBGE firmou contrato com a Fundação João Pinheiro para a elaboração de mapas temáticos, de determinadas áreas do Território de Rondônia, referentes a solos, vegetação, aptidão agropastoril, sistemas de manejo pouco desenvolvido e áreás sem irrigação.

O prazo para entrega desses trabalhos foi estipulado em 105 dias, ficando a cargo do IBGE a execução de toda a parte técnica.

MAPA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

A Superintendência de Cartografia do IBGE acaba de editar um mapa da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na escala de 1 :200.000, em projeção cônica conforme de Gauss, de 1,00 m por 0,73 m e em 7 cores.Será enquadrado pelos paralelos de 22900'- 23915' e meridianos de 42915', divisão em quadrículas de 15' x 15'

Trata-se de trabalho cuidadoso baseado em elementos próprios e em dados fornecidos pelo Serviço Geográfico do Exército e pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha, além de informações coletadas no DNER, RFFSA, CATAE*e SUNAMAM, no qual estarão caracterizados; as áreas densa e medianamente edificadas; núcleos de população concentrada; localidades classificadas em capital, cidades, sedes distritais, povoados, núcleos e fazendas, sistema viário (rodovias e ferrovias), linha de transmissão, divisas e limites, ponto de referência e parques nacionais, informações para navegação aérea e marítima, usinas elétricas, matas, florestas, culturas, etc.

Seus encartes conterão informações sobre setores naturais de expansão urbana e serviços de utilidade pública na região metropolitana e mapas do Estado do Rio de Janeiro representando as condições de ocupação · e divisão para ação regional.

*Catálogo de Aeródromos, atualmente Catálogo de Informações Aeronáuticas

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Por suas características esse documento cartográfico representa um valioso subsídio ao planejamento sócio-econômico em geral, bem como a projetos de hidrovias, saneamento, rodoviários e ferroviários, além de atender parcialmente ao setor de turismo.

MAPA DO SISTEMA DE TRANSPORTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Está sendo concluído, para divulgação próxima, um mapa do Sistema de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, com base cartográfica no mapa do mesmo Estado, recentemente lançado pelo IBGE em 2~ edição, com seleção e generalização de elementos.

Nele estão lançadas informações atualizadas relativas a vias de transportes e à navegação aérea e marítima, recolhidas no DNER, RFFSA, DEPV* SUNAMAM, DNPVN e Secretaria de Transportes do Estado do Rio.

O tema cartográfico teve o seguinte tratamento: Sistema de transporte rodoviário; com as estradas classificadas em auto-estrada, pavimentadas, implantadas, · vicinais e outras;

Sistema de transporte ferroviário representando as ferrovias de bitola larga e estreita;

Sistema de Transporte marítimo com as linhas de navegação marítima;

Sistema de Transporte fluvial representando os trechos navegáveis dos rios.

Foram lançadas referências para navegação aérea e marítima, representando os aeroportos civis e militares, aeródromos privados e de emergência, portos

. para carga e passageiros; e extremos de navegação fluvial.

O mapa contém um encarte mostrando a posição do Estado do R i o de Janeiro na Região Sudeste, com as principais ligações ferroviárias e rodoviárias.

Atendendo às necessidades do planejamento viário, o mapa destina-se também aos usuários no setor de turismo.

* Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo

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CONSERVAÇAO & APROVEITAMENTO DA NATUREZA

RECURSOS NATURAIS - Criação de Superintendência

Tendo por finalidade a sistematização de dados sobre meio-ambiente e recursos naturais, com referência à sua ocorrência, distribuição e freqüência, inclusive poluição, foi criada, no IBGE, a Superintendência de Recursos Naturais e Meio-Ambiente.

Essa Superintendência, ligada à Diretoria Técnica e conhecida pela sigla SUPREN, está atuando em três campos espec(ficos, de evidente importância para a caracterização do território brasileiro:

a) recursos naturais

b) meio-ambiente

c) poluição

No âmbito dos recursos naturais, estão sendo focalizados os recursos auto-renováveis, os recuperáveis, os inesgotáveis e os não renováveis.

Quanto ao meio-ambiente, a preocupação se tem acentuado na conservação de qualquer tipo de recursos naturais e a sua proteção.

Na parte relativa à poluição, destaca-se o estudo da poluição do ar, do solo, das águas e das paisagens, das áreas urbano-metropolitanas industriais, e de outros meios-ambientes. Para a consecução dessas pesquisas, a SUPREN concentra a importante atribuição de coletar dados, sistematizá-los, analisá-los e interpretá-los; de coparticipar no processo de armazenagem de dados sobre recursos naturais, meio-ambiente e poluição, em um banco de dados; de publicar trabalhos sobre esses três campos; de coparticipar em atividades educacionais para a formação de especialistas; de realizar encontros para a atualização de princípios aplicáveis; de colaborar com entidades incumbidas do preparo de normas e de critérios para zoneamentos regional e setorial do uso da terra, bem assim, de promover o treinamento de pessoal para implántação, manutenção e ampliação de serviços técnicos especializados.

Vários órgãos já atuam, de uma ou de outra forma, nesses estudos, pertencentes a Ministérios, a entidades a eles vinculados e à iniciativa privada.

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.DOCUMENTAÇÃO & INFORMAÇÃO

Neste número, o Bl encerra publicação do trabalho de Edina Taunay Guimarães do Amaral, biblioteconomista do IBGE. Para melhor se avaliar o interesse de que se reveste a informação contida em documentos especiais, principalmente em face da rapidez que caracteriza o desenvolvimento e transformação que se processa em áreas técnicas e da ciência, gerando a "crise da informação", cabe lembrar a figura do historiador Arnold Toynbee, recentemente falecido. Dentre suas numerosas ocupações, dirigia instituição - a "Press Library" - bastante consultada pelo Governo britânico, Parlamento e estudantes irrgleses, especializada em colecionar jornais de todo o mundo, cerca de 80, sendo esse trabalho de leitura e classificação feito por pessoal de nível universitário.

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVO DE INFORMAÇOES- Conclusão

para documentos especiais, geográficos, cartográficos e de recursos naturais.

3.1 - Estrutura e Funcionamento. A dimensão e o tipo de instituição é que determinam, em certo grau, a estrutura, o funcionamento de um serviço de informação, o número e o índice de qualificação dos funcionários, e apoio material para cumprimento dos seus objetivos.

3.2 - Disseminação Seletiva de Informações. Atualmente, esse tipo de serviço se estrutura de tal modo que não mais fique apenas na dependência da consulta do usuário, particular ou institucional. São estudadas as necessidades desses interessados, indo-se ao seu encontro, informando-o na medida mais exata possível do que lhe convém.

Por esse sistema, pode ser dispensada a sol icitação prévia, pois o conhecimento das necessidades reais de elementos informativos por parte do consulente, propicia condições de se manter um "serviço de notificação corrente", pelo qual, através de notificações permanentes, esse consulente em potencial pode estar constantemente a par da novidade incluída no acervo do ser~iço, dentro da área de sua atuação. Esse método de notificação individual, de caráter particular ou institucional, é denominado Disseminação Seletiva de Informações (DSI).

A delimitação do campo de interesse dos usuários tem sido apontada freqüentemente como um instrumento de planejamento capaz de proporcionar mais eficácia e eficiência aos sistemas de informação através de sua melhor adequação.

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O valor primordial dos documentos de um serviço de informação r~side na disseminação que fazem de novos conhecimentos e eventos, tanto Interna quanto externamente, à entidade.

3.2.1 - Perfil do Usuário. A fim de que se possa por em prática o método informativo DSI é imprescindivel traçar-se o "perfil do usuário". Esse perfil é levantado mediante questionário levadõ-pessoalmente a cada usuário, ou a um grupo especializado de trabalho através de entrevista, ou por correspondência, onde ele informa os assuntos do seu interesse. O questionário pode igualmente ser vinculado por publicação periódica quando a entidade que mantém o serviço de informação funciona também como editora. E o caso, por exemplo, do IBGE. O questionário impresso em folhas destacáveis deve ser preenchido pelo usuário e devolvido à instituição.

De posse dos elementos necessários, levanta-se o perfil de cada usuário que, após codificação, é transformado em linguagem adequada e armazenado em computador.

Por sua vez as informações bibliográficas já indexadas no arquivo, são codificadas, transformadas em descritores e introduzidas, igualmente, no computador.

3.2.2 - Folha de Notificação. Solicitado, o computador seleciona combinações de dados e imprime informações em folha de notificação conforme sensibilização conseguida através de elementos bibliográficos já armazenados. As folhas de notificação são enviadas aos respectivos usuários.

3.3 - Disseminação Simples. Pela sua complexidade que não dispensa o processamento automático da informação com apoio de computador, nem sempre é possível o emprego da Disseminação seletiva dd informações.

Nesse caso, é aconselhável a utilização de sistemas mais simples como, por exemplo, o da circulação regular de documentos novos recebidos e de outras informações coletadas. Tal circulação poderia ser realizada por meio de boletins preparados segundo técnicas de apresentação que considerem o nível intelectual de quem é endereçado. ·

Boletins relativos às últimas aquisições e bibliografias seletivas, sobre determinados assuntos, são exemplos de disseminação do acervo do serviço informativo por esse sistema. As relações de novas aquisições a não ser que sejam bem curtas, devem ser dispostas em ordem sistemática de .assuntos.

Merece consideração tamt:>ém o fornecime~to de cópias de elementos informativos, grátis ou a baixo custo, em tamanho original ou reduzido, principalmente considerando-se o desenvolvimento da técnica de xerografia.

Numerosos serviços de informação, do mesmo modo, utilizam boletins diários que fazem a cobertura dos jornais, tanto

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matutinos como vespertinos. Outra publicação útil menos comum, porém, é o boletim noticioso que veicula informações gerais correntes, tais como, reuniões, conferências, pesquisas em andamento e comunicações filtradas do chamado "colégio invisível", ou seja, a comunidade de pesquisadores que, em geral, trocam idéias e mantêm contatos permanentes.

3.4 - Suportes. Para cumprimento de suas finalidades, os serviços de informação devem estar convenientemente aparelhados com instrumentos e suportes apropriados. Dentre eles:

- informações sobre a organização da comunidade científica em larga escala;

- informações sobre processamento de investigações cientl'ficas, provenientes de intercâmbio verbal ou escrito;

- informações acerca de centros de informação e documentação geográfica e de recursos naturais;

informações relativas a entidades governamentais e privadas, congêneres;

- informações sobre pesquisadores e respectivas áreas de interesse;

- informações referentes a cursos e assuntos de maior interesse para os alunos;

- informações sobre aparelhagens, instrumentos de precisão, onde localizá-los - esses dados permitem racionalizar melhor os elementos e equipamentos, que determinada instituição possui conseguindo-se maior aproveitamento quanto a pesquisadores que deles necessitem.

São igualmente de grande utilidade obras básicas de referência, bem como outros suportes para o conhecimento de trabalhos científicos correntes, como, por exemplo, enciclopédias, dicionários técnicos e de terminologia, guias de instituições, bibliografias correntes, (ndices de jornais, documentos, relatórios técnico-científicos, teses, preprints, reviews, currentawareness, etc.

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3.4.1. - Sistemas de Recuperação da Informação. Essa listagem de suportes de serviço informativo técnico e/ou científico estaria muito aquém de alcançar um mínimo necessário se não mencionasse alguns dos sistemas de recuperação de informações à disposição do usuário:

- mdice coletivo de informações. Apresenta arranjo sistemático das informações coletadas e onde localizá·las, tanto no arquivo como em instituições, ou particularmente.

- catálogo de bibliografias seletivas correntes (arranjo sistemático);

- registro das consultas por assunto, onde são indicadas as informações sobre consultas, fontes verificadas, telefonemas dados, respostas finais proporcionadas, etc. Tal registro permite que a consulta seja transferida de um usuário para outro, devidamente atualizada, e com o máximo de rapidez;

- fichário de destinatários;

- meios de recuperação direta (on-line) das informações, através de terminais de consulta, via computador;

- Thesaurus · ,

- microrregistros com seus aparelhos leitores (filme em rolo, filme em tiras, microfichas, etc.);

3.5 - ·Sistemas de Controle. A fim de que se possa tirar o máximo proveito possível dos atuais recursos de comunicação e processamento de dados (telex, computador e aparelhos periféricos, etc.), dispositivos especiais devem ser empregados em um serviço de informação, como apoio, principalmente, de sistemas de controle, coordenação, processamento e distribuição do fluxo de informações.

· 3.6 - Meios Publicitários. A utilização dos serviços de referência mantidos pelo serviço, pode ser promovida lançando-se mão de veículos publicitários.

3.7 - Cooperação. t: indispensável a estreita e contínua cooperação entre serviços de informação. Isso se deve ao fato de que o tipo de atividade que ali se desenvolve não prescinde, para funcionamento adequado, de bom intercâmbio. Diante da impossibilidade em atender internamente a qualquer pedido de informação, esgotados os próprios meios, o auxílio deve ser pronta!llente solicitado, procurando-se assegurar a ·prestação do serviço.

EDITORIAIS

Para auxiliar os estudiosos e promover o conhecimento, são necessários esforços coletivos, cuidadosamente planejados e dirigidos.

Da necessidade de intensificar os trabalhos em cooperação e do processo de transferência de informações, é que surgiram, aliás, há alguns anos, sistemas e redes de serviços de informações correntes.

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3.8 - Política. Finalmente, para estabelecimento de serviço de prestação de informação de natureza técnica e científica em âmbito mais amplo, nacional e internacional, não podem deixar de ser levadas em conta algumas exigências que escapam ao nível comum de tomada de providências. Dentre elas, a existência de compatibilidade de processos e métodos, a disponibilidade de meios de telecomunicação e de pessoal qualificado, e a possibilidade de redução de custos operacionais, em termos de tempo e recursos monetários.

Oltimos Lançamentos

ANUÁRIO ESTATfSTICO DO BRASIL

Já está sendo distribuído e posto à venda, o 369 Volume do Anuário Estatfstico do Brasil, de 1976, correspondente ao ano base de 1975. Esse exemplar reúne informações estatísticas essenciais aos usuários e estudiosos, em geral, possibilitando-lhes conhecimento quantitativo global da situação do País.

Além da matéria habitual que tem constituído os volumes anteriores, o Anuário de 1976 vem acrescido de dados referentes aos resultados definitivos dos censos Agropecuário, Comercial e dos Serviços, relativos a 1970, bem assim de elementos informativos sobre Recursos Naturais, Estimativa de População - segundo as Unidades da Federação até 1980 -incluindo, igualmente, resultados preliminares da População Agrícola, de 1975.

A regularidade da publicação do Anuário Estatfstico do Brasil tem sido o fator predominante que vem permitindo a determinação de séries históricas e a comparabilidade de dados para a observação e projeção de fatos e fenômenos que evoluem ao longo do tempo.

Para esse lançamento, o IBGE teve a colaboração de órgãos vinculados ao Sistema Estatístico Nacional, cuja relação consta de suas últimas páginas.

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA E BOLETIM GEOGRÁFICO

Encontram-se em circulação os números 1 e 2, Ano 37, da Revista Brasileira de Geografia e 242 e 243, Ano 33, do Boletim Geográfico, editados pelo IBGE. Com a mesma apresentação gráfica que as caracterizam, essas publicações apresentam os seguintes sumários:

Revista Brasileira de Geografia, n9 1

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Artigos - Estudos urbanos na área de influência do Recife - Spefidião Faissol, Marília Galvão e Pedro P. Geiger; Contribuição ao estudo de aglomerações urbanas no Brasil - Fany Rachei Davidovicti e Olga Maria Buarque de Lima. Comunicações - Regiões Nodais/funcionais: alguns comentários conceituais e metodológicos - Speridião Faissol; Considerações em torno da geografia industrial: teoria, métodos e uma nova técnica de mensuração da atividade fabril -Silva Selingardi Sampaio. Transcrições - Padrões de localização industrial e o planejamento regional - Roberto Vasconcelos Moreira da Rocha. Comentário Bibliográfico - Cliff, A.D. e Oro J.K. - Spatial Autocorrelation, Londres, Pion Ltd., 1973, 178 p. - Comentário de Antônio Carlos Fernandes de Menezes, Evangelista Xavier Gouveia de Oliveira e Wolney Cogoy de

·Menezes.

Revista Brasileira de Geografia, n~ 2

Artigos - Proposição metodológica para análise dos diferenciais entre imigrántes e nativos ;tás áreas metropolitanas do Sudeste - Olga Maria Schild Becker e Zuleika Lopes Cavalcanti de Oliveira; A conservação da natureza ante a exploração econômica da Amazônia - Edmon Nimer. Comunicações- Padrões espaciais de migração - Estado de São Paulo -- Harry W. Taylor. Transcrição -A Serra do Mar e o litoral na área de Caraguatatuba - Olga Cruz. Comentário Bibliográfico - Forma, Funcional, and Nodal Regions. Three Fallacies (Symansky, R. and Newman J.L.)-- Roberto Lobato Corrêa.

Acompanham os referidos números da Revista Brasileira de Geografia, em cadernos especiais, os exemplares 33 e 34 do Atlas de Relações Internacionais, elaborados pelos professores Delgado de Carvalho e Therezinha de Castro. Versam os seguintes assuntos: n~33- América do Sul, n~34- A China Geo-histórica.

Boletim Geográfico, n~ 242.

Artigos- E a geografia uma ciênc_ia? Marc Boyé; Um paradigméJ.Para o estudo da organização espacial das sociedades - Paul y Villeneuve; Cidades Satélites: Organização do espaço urbano no Distrito Federal --Aldo Paviani e lgnez Costa Barbosa Ferreira; Brasília e sua periferia: Problemas de relacionamento -José Alexandre Felizola, lgnez Costa Barbosa Ferreira e Aldo Paviani; As correntes migratórias para o

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Distrito Federal: Aspectos sócio-econômicos - lgnez Costa Barbosa Ferreira e Aldo Paviani; o Centro Funcional de Madureira -Antônio Francisco da Silva; Antigas capitais do café - Eduardo Pazera Junior e Laura Regina Mendes Bernardes; O retorno do café às antigas áreas produtoras - Lucia Helena de Oliveira Gerardi e Therezinha J.L.Ferreira.

Boletim Geográfico, n~ 243.

Artigos - Caxias do Sul, centro da antiga área colonial italiana no Rio Grande do .Sul - Pier Luigi Beretta. A compreensão sistêmica-amplitude e dificuldades - Lélio Capello Barroso; Evolução e tendências do setor mineral no mundo - Félix Hermann e Antônio Carlos Motta; Climatologia do Brasil - Adalberto Serra; Tentativa de correlação de algumas formaçõej geológicas pré-cambrianas da Amazônia brasileira com formações similar~s das Guianas - Edgar Liandrat; Uso dos diagramas de superfície -Antônio Claudio Branco Vasques; Utilização dos dados altimétricos em mapeamentos obtidos do aerolevantamento radargramétrico em áreas do território nacional - Berilo Langer.

Completam os sumários dos Boletins Geográficos 242 e 243, seções noticiosas, resenhas bibliográficas e legislação de interesse geográfico, cartográfico, geodésico e de recursos naturais.

SINOPSES ESTATfSTICAS

Foram dadas à publicidade as Sinópses estatísticas dos Territórios de Roraima, Rondônia e Amapá que vêm por ao alcance dos estudiosos, variados aspectos da vida daquelas unidades federativas, concernentes às situações física, demográfica, econômica, social, cultural e administrativa.

MONOGFlAFIAS MUNICIPAIS

Está sendo distribuído o n~608 das Monografias Municipais, relativo a Birigui, no Estado de São Paulo.

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BOLETIM ESTATfSTICO

Continuando a divulgação do Boletim Estatlstico, a Diretoria de Divulgação do IBGE está colocando à disposição dos interessados o seu último exemplar, correspondente ao n?130 do trimestre abril-junho de 1975, versando sobre estudos e comentários, estat(sticas nacionais, municipais, regionais e internacionais, e cadastros de estabelecimentos de ensino superior em vários Estados da federação.

Os últimos lançamentos do IBGE incluem ainda as publicações:

Brasil- Estimativa da População Residente nas Regiões Fisiográficas, Unidades da Federação, Microrregiões Homogêneas, Areas Metropolitanas e Municlpios em 1'? de julho de 1975;

Indústria de. Transformação (Pesquisa Mensal) - Retrospectiva de janeiro a junho de 1975; e ·

Indústria da Construção- abril a setembro de 1975.

DISTRIBUIÇÃO E VENDA

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NOTAS

1. A partir deste número, o Boletim lnfaTTlltivo será editado pela Diretoria de Divulgação da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sem perder suas características, terá maior amplitude, passando a refletir o IBGE como um todo.

2. Atendendo-se à recomendação normativa da ABNT, o Bl apresentará a numeração de cada fascículo recomeçada no volume que coincidirá com o início do ano civil.

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